Dia do
Porto Alegre, quarta-feira, 16 de julho de 2014 Caderno Especial do Jornal do Comércio
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Comércio
Comércio
Índice Pesquisa ------------------------2 Mercado ----------------------- 6 Shopping Center ---------- 12 Franquias -------------------- 16 Supermercados ------------20 Qualificação ---------------- 21 Crédito------------------------- 22 Comércio eletrônico ----- 24 Entidades Agas ---------------------------- 26 CDL -----------------------------28 FCDL----------------------------30 Fecomércio ------------------ 31 Federasul --------------------- 32 Sebrae ------------------------- 34 Senac -------------------------- 35 Sesc ----------------------------- 36 Sincodiv ---------------------- 37 Sindiatacadistas-----------38 Sindilojas -------------------- 39
Expediente •Editor-Chefe: Pedro Maciel •Editora de Cadernos Especiais: Ana Fritsch (anafritsch@jornaldocomercio. com.br) •Subeditoras: Cíntia Jardim (cintiajardim@jornaldocomercio.com. br) e Sandra Chelmicki (sandra@ jornaldocomercio.com.br) •Reportagem: Poá Comunicação •Projeto gráfico e editoração: Ingrid Müller •Editor de Fotografia: João Mattos •Revisão: André Fuzer, Daniela Florão, Luana Lima, Mauni Oliveira e Thiago Nestor • Agradecemos a Leonel Mittmann e Suzy Scarton pela participação na foto de capa deste caderno
Caderno Especial do Jornal do Comércio
PERFIL DE CONSUMO
O amadurecimento da classe média As pessoas estão planejando mais antes de comprar. É o que aponta a sexta edição da pesquisa “Os porto-alegrenses e o consumo”, iniciativa exclusiva da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Sul) para o Jornal do Comércio. Segundo a pesquisadora e professora Liliane Rohde, a classe média já alcançou conquistas básicas. “Agora, esses consumidores estão em uma compra de up grade ou em uma complementação. Há um amadurecimento”, diz. Uma demonstração disso é a queda nas frequências de compras, tanto de móveis, quanto de eletrodomésticos, e o aumento da compra eventual. Assim, o crescimento da compra à vista e a preferência por menos parcelas são indicadores importantes. “Nos anos anteriores, houve uma queda na compra à vista. Hoje há um retorno, indicando que a classe média está guardando dinheiro. Na verdade, ela sempre quis poupar, mas não tinha. Agora, está fazendo algo que sempre buscou”, avalia. Com o atual cenário de incertezas econômicas, 37% dos entrevistados admitem consumir menos. “Está se reforçando a ideia de ter uma poupança, principalmente em função da conjuntura”, aponta a pesquisadora. “Da classe média investigada, 60% têm poupança. A participação com ações na bolsa também cresceu, acredita-se que pela popularização em função da internet móvel”, diz. Outra questão é a queda do índice que apura a falta de investimentos por parte
dos entrevistados, o que evidencia que as pessoas estão poupando. O indicador de compra de outros imóveis aumentou de 10% no ano passado para 14% este ano. “As pessoas compraram outro imóvel que não seja a casa deles, casa na praia ou apartamento para o filho morar, por exemplo.” Segundo Liliane, a circulação da classe B nas ruas, em compras e a passeio, é mais expressiva. “As classes sociais mais altas e mais baixas não aparecem com representatividade na pesquisa. Então, eu diria que os nossos resultados são um retrato da classe média de Porto Alegre”, constata. “Nós somos a Capital com mais classe B e menos classe E do Brasil.” Na evolução dos resultados de 2013 para 2014, a distribuição das classes sociais nos locais de compra permaneceu praticamente inalterada. Na classe A, houve uma redução de 16% para 12%, resultado dentro da margem de erro. A classe B, representada por 57% dos entrevistados, teve crescimento de 4% em comparação ao ano anterior, e segue ascendendo se comparada ano a ano. A classe C seguiu representada por 30% dos entrevistados. As classes D e E, em função dos locais escolhidos para a abordagem, representaram apenas 1%, mostrando que as classes A, B e C são as principais responsáveis pela movimentação do comércio da Capital. Sobre a faixa etária das pessoas que circulam nos espaços, a pesquisa mostra que a
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Dia do
Porto Alegre, quarta-feira, 16 de julho de 2014
Para Liliane, crescimento das compras à vista indicam preferência por poupança
maioria possui de 26 anos a 35 anos, e que somente 5% da amostra tem idade superior a 66 anos. Entre os entrevistados, a renda familiar superior a 10 salários-mínimos representou 2,3%, de 7 a 10 salários-mínimos, 16%, de 5 a 7 salários-mínimos, 24%, de 3 a 5 salários -mínimos 26%, de 1 até 3, 29% e, até 1 salário-mínimo nacional, 2,7%. A coleta de dados para a pesquisa ocorreu no mês de maio de 2014, em Porto Alegre. Foram entrevistadas 402 pessoas em locais públicos e com comércio de rua como os bairros Azenha, Centro e Tristeza, a avenida Assis Brasil e os parques Redenção e Parcão. A margem de erro da pesquisa é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos.
PERFIL GERAL
2012 2013 2014
A loja física leva vantagem nas compras em função da ambientação
-
-
65%
Quando tem loja virtual e física, prefiro a loja física
-
-
60%
Prefiro a loja física em função do atendimento
-
-
52%
Costumo deixar de comprar nas lojas físicas para comprar na internet
-
34%
30%
Antes de efetuar uma compra on-line vejo as reclamações que são feitas pela internet
-
-
60%
Usei site de compras internacionais para efetuar minhas compras de vestuário
-
-
12%
Sinto-me seguro fazendo minhas compras pela internet
-
-
34%
Prefiro comprar pela internet em função da variedade de produtos
-
-
27%
Quando saio para passear em um shopping, termino comprando mais do que gostaria
-
34%
27%
Quando quero comprar um produto mais caro planejo e junto o dinheiro
65%
66%
70%
Utilizo mais o crédito hoje do que há dois anos
48%
56%
46%
Acho mais importante que a prestação caiba no meu orçamento do que o valor final do produto
48%
43%
34%
Espero as liquidações para fazer compras maiores
57%
63,4%
51%
Informo-me se a empresa tem preocupação com o meio ambiente quando vou comprar nela
41%
37%
27%
Pago mais caro se o produto for de uma marca conhecida
30%
46%
37%
Os itens marcados com (-) não foram pesquisados no ano referente
CLASSE SOCIAL
2009
2010
2011
2012
2013
2014
A
9,5%
19,9%
19%
19,5%
16%
12%
B
38,1%
40%
50%
49,5%
53%
57%
C
46%
33%
29%
30%
30%
30%
D/E
6,5%
7,1%
2%
1%
1%
1%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
100%
Dia do
Comércio
Caderno Especial do Jornal do Comércio
FORMA DE PAGAMENTO 2010 2011 2012 2013 2014
2014
RENDA FAMILIAR mensal Até 1 salário-mínimo nacional
2,7%
A partir de 1 até 3 salários-mínimos nacionais
29%
A partir de 3 até 5 salários-mínimos nacionais
À vista
62%
63%
54%
53,5%
60%
A prazo
38%
37%
46%
46,5%
40%
Média do número de parcelas
5,2
5,5
5,3
5,1
4,8
INVESTIMENTOS
2011 2012 2013 2014
Poupança
39%
51%
42%
60%
26%
Fundos de investimentos
20%
8%
10%
10%
A partir de 5 até 7 salários-mínimos nacionais
Outros imóveis
5%
10%
10%
14%
24%
Ações na bolsa
2%
2%
2%
3,5%
A partir de 7 até 10 salários-mínimos nacionais
16%
Não soube informar
6%
-
1%
-
-
2%
-
-
Mais de 10 salários-mínimos nacionais
2,3%
Nenhum
28%
27%
35%
12,5%
TOTAL
100%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
Outros
Os itens marcados com (-) não foram pesquisados no ano referente
A compra mobile
O uso de internet móvel é destaque entre as variáveis analisadas. O índice de pessoas com acesso a essa tecnologia diariamente duplicou, e o índice de uso passou de 29,4% para 49%, entre 2013 e 2014. “É uma revolução. Mais da metade usa diariamente a internet móvel”, pontua a pesquisadora e professora da ESPM, Liliane Rohde. Além disso, observa-se uma estabilização dos costumes de compra pela internet. “Há cinco anos, o índice de quem nunca havia comprado pela internet era de 84,43%, hoje é de 34%. E mais da metade compra eventualmente na internet. O número dos que sempre adquirem bens pela internet subiu de 2% para 14%. Esse tipo de compra é um caminho sem volta”, diz. A compra de passagens aéreas passou de 25% para 38%. Em relação a compras, como livros, DVDs, eletrônicos e outros, os hábitos parecem ter se estabilizado. A novidade da pesquisa deste ano é a questão sobre os
itens que são comprados somente pela internet. Em passagens aéreas, dos 38% que optam pela internet, 30% usam esse canal como única forma de compra. Já dos 37% dos entrevistados que adquirem livros, somente 7% compram exclusivamente pela rede. O número é menor quando os itens são eletrônicos. Dos 34% que declararam comprar via web, apenas 2,5% compram só por meio digital, indicando que talvez haja a necessidade de tangibilização, segundo Liliane. Para a pesquisadora, as pessoas ainda têm mais confiança nas lojas que existem de forma física e na internet. As que só existem de forma virtual sentem um pouco mais de resistência. “Há um movimento de tornar a experiência tangível, até porque ela é muito pensada, planejada. Então, estamos vendo através de estudos, que as lojas que têm as duas facetas se complementam melhor do que aquelas que existem só na internet.”
Compra pela Internet FREQUÊNCIA DA COMPRA
2009 2010
2011
2012
2013
2014
Nunca
85,43%
56%
47%
35%
37%
34%
Às vezes
12,06%
42%
37%
53%
48%
52%
Sempre
2,51%
2%
16%
12%
15%
14%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
100%
ITENS COMPRADOS Passagens aéreas
2012 2013 2014 COMPRAS EXCLUSIVAS PELA INTERNET 2014 33,7%
25%
38%
Passagens aéreas
30%
Livros
33%
32%
37%
Livros
7%
DVDs
13%
13%
12%
DVDs
1%
Eletrônicos
25%
35%
34%
Eletrônicos
6%
Eletrodomésticos
13%
14%
16%
Eletrodomésticos
Roupas
11%
15%
18%
Roupas
Acessórios
16%
16%
17%
Acessórios
Calçados
-
12%
13%
Calçados
13%
Reservas de hotéis
-
9%
10%
Reservas de hotéis
50%
2,5% 2% -
3
Vida social e viagens Nos três últimos anos, a pesquisa aponta uma redução na frequência dos consumidores de cinema mais regulares. O cinema tem um público fiel, porém pequeno, segundo Liliane Rohde. “Temos um número grande de pessoas que vai ao cinema hoje, que não ia antes. Essa é a Classe C. Por isso que os espaços estão mais lotados”, diz. Com relação ao hábito de ir a shows, há uma mudança de comportamento. Ressalta-se uma maior regularidade na frequência. “Acredito que seja em função de haver mais ofertas”, atribui Liliane. A frequência de viagens, apesar de ter caído um pouco dentro do Brasil, do ano passado para este, teve um aumento entre os que viajam eventualmente, de 26% para 30%. “A classe média viaja. Porém, a grande surpresa está nas viagens internacionais, com a consolidação da tendência da classe média sair do Brasil.” Outra constatação da pesquisadora é que esse resultado vai ao encontro dos recordes de compras no exterior, ou seja, esse consumidor espera e se programa para comprar itens importados. Em relação à frequência com que o consumidor porto-alegrense vai ao shopping, a pesquisa aponta uma diminuição da assiduidade. O número de frequentadores que visitavam o shopping mais de uma vez por semana passou de 12,6%, em 2012, para 11,7% em 2013, e somente 8% em 2014. “Isso se dá devido aos custos que envolvem a experiência. As pessoas estão procurando alternativas de compras. Principalmente essa nova classe média, que leva em conta o comércio de rua”, explica Liliane.
CINEMA
2012
2013 2014
Mais de uma vez na semana
4%
1,2%
2%
Semanalmente
10%
5%
6,5%
Quinzenalmente
14%
12,7%
13%
Mensalmente
20%
25,4%
20%
Eventualmente
41%
47,5% 47,5%
Não vai
11%
8,2%
11%
TOTAL
100%
100%
100%
SHOWS
2012 2013 2014
Mais de uma vez na semana
9%
12,9%
14%
Semanalmente
16%
19,7%
11%
Quinzenalmente
8%
13%
9%
Mensalmente
45%
27%
43%
Eventualmente
20%
26,4%
21%
Não vai
2%
1%
2%
TOTAL
100%
100%
100%
VIAGENS AO EXTERIOR
2013
2014
Mensalmente
-
-
Duas vezes por ano
-
3,5%
Anualmente
6%
13%
Eventualmente
37%
26,5%
Não viaja
57%
57%
TOTAL
100%
100%
Os itens marcados com (-) não foram pesquisados no ano referente
IDA AO SHOPPING CENTER
2012
2013
2014
12,6%
11,7%
8%
Semanalmente
16%
16,2%
10%
Mais de uma vez na semana
Escolha múltipla − soma dos percentuais superior a 100% Os itens marcados com (-) não foram pesquisados no ano referente
COMPRA MOBILE POR IDADE
Porto Alegre, quarta-feira, 16 de julho de 2014
18 a 25
26 a 35
36 a 45
46 a 55
56 a 65
66 a 75
mais de 75
Quinzenalmente
16%
14,7%
18%
Nunca
22,22%
29,08%
40,63%
34%
61,54%
62,5%
83,33%
Mensalmente
16%
22,9%
17%
Às vezes
66,67%
53,19%
42,19%
58%
15,38%
37,5%
16,67%
Eventualmente
34,4%
26,6%
40%
Sempre
11,11%
17,73%
17,19%
8%
23,08%
0%
0%
Não vai
5%
8%
7%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
TOTAL
100%
100%
100%
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Dia do
Comércio
Porto Alegre, quarta-feira, 16 de julho de 2014
Caderno Especial do Jornal do Comércio
Locais de compra
PERFIL DE CONSUMO
ROUPAS
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Um consumidor mais racional
Público está avaliando mais o custobenefício antes da compra
No que diz respeito aos locais de compra, constata-se a manutenção dos percentuais, e a tendência de crescimento do consumo pela internet. A compra de roupas na web em 2010 era zero e hoje está em 8%, mesmo percentual registrado em 2013. Nos calçados, destaca-se o declínio na preferência por shoppings, que passou de 52%, para 45%. No caso dos móveis, as lojas de rua ainda são a escolha dos porto-alegrenses. Liliane explica que a opção pelos shoppings em detrimento das lojas de rua era maior há seis anos. Hoje, esses espaços ainda são favoritos, mas as lojas de rua estão aparecendo com mais força em alguns itens, como os calçados, que subiram de 40% para 50% da preferência em 2014. Ela credita esse movimento a uma percepção popular de que a loja de rua dispõe de itens com preços mais baixos, mas chama aten-
2010
2011
2012
2013
2014
Lojas de rua
44%
38%
38%
36%
33%
Shopping
48%
56%
54%
53%
57%
Hipermercados
9%
3%
2,5%
2%
2%
Internet
0%
1%
5%
8%
8%
Outros
0%
2%
0,5%
1%
-
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
CALÇADOS
2010
2011
2012
2013
2014
Lojas de rua
42,6%
51%
40%
40%
50%
Shopping
44%
41%
50%
52%
45%
Hipermercados
13,4%
5%
6%
1%
1%
Internet
0%
0,50%
3%
7%
5%
Outros
0%
2,5%
1%
-
-
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
MÓVEIS
2010
2011
2012
2013
2014
Não sabe
0,25%
-
-
-
-
Lojas de rua
52,96%
62%
74%
65%
70%
Shopping
21,67%
17%
16%
20%
10%
Hipermercados
22,91%
15%
5%
3%
3%
Internet
0%
1%
-
9%
8%
Outros
2,22%
4,5%
5%
3%
9%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
ELETRODOMÉSTICOS
2010
2011
2012
2013
2014
33,5%
45%
38%
35%
42%
Shopping
26%
14%
30%
25%
24%
Hipermercados
38%
39%
22%
18%
15%
Internet
0%
2%
10%
21%
17%
Outros
2,5%
-
-
1%
2%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
Lojas de rua
ção também para os investimentos em ponto de venda executados pelos lojistas. Quanto à confiança nas promoções do varejo, a pesquisa aponta para uma certa descrença. Entretanto, a compra em promoções aparece nos hábitos da população da Capital, uma vez que somente 5,5% dos entrevistados nunca compram em promoção. A pesquisadora salienta que, em função de o atendimento não ser relevante para esse consumidor, ele pesquisa mais sobre a loja e sobre os produtos. “Uma das coisas que podemos inferir dessa pesquisa é uma certa racionalização do consumo, que não está mais tão emocional. As pessoas estão avaliando custo-benefício. E, nas questões que investigamos, que são itens do dia a dia, a importância e força das marcas não é tanta.”
CAMA, MESA E BANHO
2010
2011
2012
2013
2014
Lojas de rua
45,81%
47%
44%
44%
50%
Shopping
17,49%
22%
29%
27%
22%
Hipermercados
33,74%
30%
22%
22%
21%
Internet
0,74%
1%
5%
4%
3%
Outros
2,22%
0%
-
3%
4%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
Os itens marcados com (-) não foram pesquisados no ano referente
Frequência de compra 2011
2 x por ano
5,22%
4,7%
7%
13%
10%
Anualmente
8,46%
24%
19%
26%
20%
Nada
18%
2 em dois anos
7,71%
11%
17%
13%
12%
Pouco
77%
Eventualmente
78,61%
60,3%
57%
48%
58%
Muito
5%
TOTAL
100%
100%
100%
100%
100%
TOTAL
100%
ELETRODOMÉSTICOS
2012
2013
CRENÇA NAS PROMOÇÕES DO COMÉRCIO 2014
2010
2014
2010
2011
2012
2013
Não-resposta
2,49%
0%
-
-
2 x por ano
8,71%
9%
10%
22%
16%
Anualmente
13,18%
27%
20%
22%
19%
2 em dois anos
9,2%
8,19%
12%
8%
7%
Eventualmente
66,42%
56,3%
58%
48%
58%
100%
100%
100%
100%
100%
TOTAL
Os itens marcados com (-) não foram pesquisados no ano referente
2014
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MÓVEIS
Lojas de rua ganham força em alguns segmentos, como o de calçados
Caderno Especial do Jornal do Comércio
Quarta-feira, 16 de julho de 2014
O MOVIMENTO HOJE VAI SER GRANDE. TODO MUNDO VAI QUERER PARABENIZAR VOCÊ. 16 de julho. DIA DO COMERCIANTE. Uma homenagem do Sistema Fecomércio-RS a todos aqueles que, com visão empreendedora, fazem a economia girar por meio do comércio de bens e da prestação de serviços.
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Dia do
Comércio
Porto Alegre, quarta-feira, 16 de julho de 2014
Caderno Especial do Jornal do Comércio
MERCADO
O setor de serviços é de longe o maior na economia do Rio Grande do Sul, com aproximadamente 64% do seu Valor Adicionado Bruto (VAB). Na decomposição setorial, o comércio corresponde a 21%, o que o torna uma das principais atividades econômicas em termos de geração de valor no Rio Grande do Sul. O comércio aproveitou o crescimento do consumo das famílias nos últimos 10 anos, baseado no aumento da renda, do emprego e do crédito. “Esse cenário, entretanto, apresenta sinais claros de exaustão. As famílias estão mais endividadas e os bancos estão mais seletivos na concessão de crédito. Ao mesmo tempo, a taxa básica de juros aumentou nos meses recentes, trazendo consigo aumento em todos os instrumentos de crédito para o consumidor”, explica o economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Jéfferson Colombo. Como consequência dessa nova realidade, o
crescimento no volume de vendas está desacelerando, tanto na economia local quanto na brasileira. Os dados do Banco Central do Brasil (Bacen) mostram uma redução no crescimento da carteira de crédito para pessoas físicas dos bancos comerciais, e confirmam o cenário de acomodação do consumo das famílias. Entretanto, a taxa observada no Rio Grande do Sul de 17,9% no primeiro trimestre deste ano é superior à média nacional, o que mostra que localmente o ritmo de expansão, embora em desaceleração, está em nível maior. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC-IBGE) apontam um crescimento do índice de volume de vendas no comércio varejista ampliado do Estado da ordem de 8,8% em 2012, 6,4% em 2013 e 5,8% em 2014 no acumulado até abril. Comparativamente, nesses três períodos, o comércio regional cresceu mais que a média brasileira. Considerando-se os segmen-
tos, as pesquisas mensais mostram queda, no acumulado até abril deste ano, nos segmentos de tecidos, vestuários e calçados (-2,9%), além de livros, jornais, revistas e papelaria (-5,7%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-24,1%). Conforme Colombo, olhando para o macroambiente o cenário econômico atual é marcado pelo bom desempenho do setor agropecuário e pelas dificuldades estruturais enfrentadas pelo setor industrial. O setor de serviços vem perdendo força em face do aumento dos juros, da redução no ritmo de expansão do crédito e do menor crescimento da massa de salários. “No caso particular do Rio Grande do Sul, os números do setor agropecuário, industrial e de serviços foram melhores no primeiro trimestre do ano, mostrando que, ao menos comparativamente, o desempenho é positivo”, avalia.
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Varejo tem crescimento superior a média nacional
Setor aproveitou o aumento do consumo das famílias nos últimos 10 anos
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Classe C segue impulsionando as vendas
Segundo Wainberg, momento é oportuno para expansão dos negócios
As vendas no varejo gaúcho apresentaram um crescimento real nos primeiros três meses de 2014 de 3,1% em comparação ao mesmo período de 2013, descontando a inflação. Para o presidente da Federação das Câmaras de Lojistas (FCDL), Victor Koch, esse é um número muito positivo, pois o primeiro bimestre é geralmente mais fraco, em função das liquidações. “Nós acreditamos que já tenha sido o aspecto psicológico positivo da safra recorde. Quando o agronegócio e a construção civil vão bem, o reflexo no comércio é praticamente imediato.” A expectativa para o ano é de um crescimento de até 7% das vendas no varejo em relação ao ano passado. “Teve a Copa e o inverno que está sinalizando ser bem marcado com frio e chuva, isso faz com que as vendas aconteçam nesse período.” Na avaliação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), a competitividade e a ascensão da classe C fez com que outros tipos de comércio aparecessem. Segmentos como de produtos para casa, por exemplo, estão sendo beneficiados pela aqui-
sição da casa própria pelas classes mais populares. “Agora eles estão recebendo os seus imóveis e gastando muito no comércio, mobiliando, comprando roupas de cama, toalhas etc. E esse nicho tem crescido mais”, explica o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse. Em contrapartida, esse movimento impacta em outros nichos que deixam de ser consumidos, como roupas e produtos de segunda necessidade. Para Kruse, o Brasil vive um momento de indefinição em função das eleições, o que deve impactar de uma certa forma no comércio. “Mas, como houve a ascensão da classe C, isso deve nos favorecer. Eles ainda não chegaram no seu limite e continuarão impulsionando as compras.” Nesse sentido, a rede de lojas Rainha das Noivas, que tem foco na classe média, percebe o momento como oportuno e de crescimento. “Quanto mais esta classe cresce, mais a Rainha tende a crescer junto”, destaca o diretor de Marketing da empresa Rafael Wainberg ao sinalizar expansão para outros estados da região Sul em 2014, além das 31 lojas já existentes no Rio Grande do Sul.
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Quarta-feira, 16 de julho de 2014
TODO COMERCIANTE PRECISA DE AJUDA PRA CRESCER 16 DE JULHO: DIA DO COMERCIANTE
O SEBRAE tem orgulho de homenagear os milhares de comerciantes que contam com o apoio dos nossos especialistas para crescer, se desenvolver e ajudar a impulsionar a economia do Rio Grande do Sul. SEBRAE. Especialistas em pequenos neg贸cios.
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MERCADO
Iniciativas que vão além do preço cliente”, ensina. Segundo Galli, há uma tendência de comportamento de consumo muito forte, que é a conveniência, proximidade e fácil acesso. “Algumas redes estão trabalhando com essa estratégia, em vez de lojas grandes”, aponta. O destaque dos formatos menores no cenário varejista atual, conforme Vieira, vai ao encontro das mudanças como a maior inserção da mulher no mercado ou os grandes deslocamentos entre casa e trabalho, que faz com que o tempo das pessoas seja cada vez mais escasso. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, acredita que essa nova característica do mercado favorece o empresário que opta pelas lojas de rua em contraponto aos shopping centers. “Ele tem condições de oferecer estacionamento, ar-condicionado e um atendimento diferenciado. O cliente quer ter contato e confiança de quem ele está comprando”, avalia. O casal Mathias Simon e Karen Langhanz, 28 anos, ainda não mora junto, mas já comprou um apartamento na Capital. Em julho de 2013, efetivaram o negócio. “Desde 2009, juntávamos em uma poupança conjunta parte de nossos salários, cerca de 25%, quando possível. Essa poupança serviu de entrada paga ao construtor, que totalizou 45% do valor
Simon e Karen não moram juntos, mas já compraram um apartamento
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Dado o atual cenário de endividamento e comprometimento de renda das famílias, ser competitivo é fundamental para garantir os resultados a curto prazo. Para o analista de mercado da Nielsen Bruno Vieira, apesar dos esforços do governo, a inflação deve se manter alta em 2014, sendo o setor de alimentos e bebidas um dos mais impactados. “Assim, indústria e varejo devem entender os níveis adequados de preços a se praticar, de forma que propiciem ao consumidor manter o valor conquistado dos últimos anos”, acredita. Além disso, para ele, garantir a manutenção dos preçosnos períodos sazonais será crucial para o crescimento em um ano de baixas expectativas. Para o consultor e professor de marketing e branding da Escola Superior de Propaganda e Marketing da região Sul (ESPM-Sul) Genaro Galli, além da manutenção de preços, o setor tem que fazer mais. Para ele, entre as iniciativas necessárias estão ter o produto direcionado ao perfil do cliente e ter um bom mix de marcas na loja. “Atendimento é um ponto que agrega muito valor. Para o varejista se diferenciar, não é só o preço. Se ele tiver um bom atendimento, isso vem agregar valor ao seu negócio. As lojas têm que ter estratégias para evitar a variabilidade na prestação de serviço. Isso gera a fidelização do
do imóvel”, conta Karen. Com o apartamento entregue neste ano, um financiamento do restante do valor foi firmado. Com esse mesmo espírito planejador, eles estão comprando os itens para a casa e, aos poucos, transformando sonhos em uma realidade com que podem arcar. Dentro dessa proposta, um dos principais locais de compra é a internet. Eles enxergam como vantagem no meio a possibilidade de pesquisa de uma forma muito rápida. Simon destaca que eles já adquiriram diversos itens pela rede. “Para a compra desses eletrodomésticos, mantivemos uma
contínua pesquisa de preços em lojas na web para tentar encontrar a maior economia possível na compra”, relata. Ele lembra que, “numa dessas ocasiões em que atualizávamos nossas pesquisas, encontramos uma loja virtual de uma empresa bem respeitada que oferecia descontos para a compra de certos produtos em uma lista. Comparamos o valor dos produtos da lista com outras lojas virtuais e, na compra de quatro bens, economizamos mais de R$ 2 mil!”. Mesmo assim, o casal não abre mão da visita em lojas físicas para “conferir o material na prática”, ressalta. Eles misturam
produtos da internet e loja física, mas sempre primam pela qualidade somada ao melhor preço em uma loja que já tenha respaldo no mercado. Uma das principais características notadas pelo casal no comércio é a flexibilidade de pagamento. “Nossa impressão é de que todas as empresas oferecem opções de pagamento semelhantes e, portanto, por enquanto, isso não foi um diferencial.” De qualquer maneira, em relação aos preços, eles afirmam que o importante é encontrar o produto certo e depois partir para a pesquisa e negociação.
A venda pela internet é uma realidade consolidada no País, que já conta com mais de 100 milhões de internautas, mas a experiência na loja física é importante para a maior parte dos consumidores. “O segmento ainda se mostra uma novidade para a classe média brasileira, que ainda prefere ver o produto, senti-lo, antes de efetuar a compra”, acredita a consultora Victória Renner. No outro lado do balcão, os lojistas também enfrentam dificuldades com a modalidade. Para Paulo Kruse, a estrutura do Brasil para a entrega de produtos ainda não é confiável. Isso impacta a compra. O consumidor brasileiro não tem confiança suficiente na entrega dos produtos, e isso se torna complicado para os pequenos lojistas apostarem nessa mo-
dalidade, pois os custos acabam sendo mais altos do que a venda física. “Por isso não tivemos um incremento tão grande ainda nessa área. A partir do momento que houver segurança na compra pela internet, acreditamos que o lojista vai se voltar para isso, tanto pequeno quanto médio”, aposta. Conforme o professor de marketing e branding da Escola Superior de Propaganda e Marketing da região Sul (ESPM-Sul) Genaro Galli, para driblar as dificuldades tanto de logística quanto de confiança dos clientes, uma tendência no varejo hoje é o omni channel, uma combinação entre e-commerce e loja física. “Pode-se encomendar um produto para uma loja no site, por e-mail ou telefone e passar na loja para retirar o produto”, explica.
JONATHAN HECKLER/JC
Vendas em todos os canais
Galli ressalta o omni channel, combinação entre e-commerce e loja física
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SHOPPING CENTER
Posicionado como um shopping de vizinhança, o Lindóia Shopping experimenta crescimentos anuais em vendas e tráfego, e uma média de 95% de seus espaços locados nos últimos cinco anos. O gerente-geral, Fábio Irigoite, destaca o posicionamento mercadológico implantado, de shopping prático. “Somos um local onde a facilidade e a conveniência são o principal atrativo”. Algumas praticidades como estacionamento com isenção de uma hora, mix com serviços, conveniência, lojas relevantes, educação e laboratório são listadas por Irigoite. Indo a esse encontro, o shopping agregou a Multiprático, ferragem de conveniência,
bazar e presentes. Entretanto, apesar de as vendas avançarem, o dirigente analisa que elas estão em ritmo mais lento. O crescimento registrado em 2013 ficou próximo dos 3%. Para 2014, a expectativa é de um aumento perto de 5%. Por isso, datas promocionais, em especial liquidações, Mães, Namorados e Natal, são determinantes para o sucesso das vendas. “Elas alavancam a motivação da compra, e notadamente a compra por impulso, razão pela qual o Lindóia Shopping tem desenvolvido campanhas promocionais sistemáticas em nossa região de influência primária”, explica.
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Boa e conveniente vizinhança
Irigoite destaca serviço, conveniência, educação e laboratório no local
Inaugurações na região Sul são destaque
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Profissionalização e empreendedorismo
Elaine comemora consolidação do Pop Center
Após a adaptação, com forte apelo de inclusão social e profissional, a consolidação ganha espaço no Pop Center. Construído para retirar das ruas do Centro de Porto Alegre os camelôs, há cinco anos, trabalha valores como empreendedorismo e autoestima por meio de capacitações. “Este objetivo vem sendo buscado e realizado numa velocidade muito boa. Dos 100% informais que entraram aqui, mais de 70% já se formalizou”, diz a diretora Elaine Deboni. Por ser uma concessão pública, o acesso aos resultados dos lojistas é restrito. No entanto, uma pesquisa encomendada pela administração apontou que circulam no local mais de um milhão de pessoas por mês, 95% com intenção de compra. Aos sábados, o número chega a 78 mil pessoas. “O Pop Center é a maior vitrine para qualquer produto que queira chegar até as classes C e D”, afirma a dirigente.
As cidades do Interior estão recebendo investimentos. Para o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Pinto Veiga, fatores como mobilidade, desenvolvimento local e conveniência explicam a ida dos shoppings para todas as cidades do Estado. “É um conjunto de atrativos que faz o shopping algo tão positivo, que todo o mundo quer.” Os resultados dos empreendimentos confirmam o sucesso do modelo. O Bella Città Shopping, de Passo Fundo, experimenta crescimento constante de 15% nos últimos cinco anos. No ano passado, as vendas totalizaram cerca de R$ 150 milhões, representando 18% de aumento. No primeiro quadrimestre deste ano, foi registrado um crescimento de 24% em comparação ao mesmo período de 2013. Até o
final de 2014, a expectativa é de crescer 16% sobre o ano anterior. “Há previsão de nova expansão para o segundo semestre de 2015”, diz o gerente-geral, Paulo Roberto Fleck. No Vale do Taquari, o Shopping Lajeado vem se reinventando desde 2011, com reformas e novas operações. Atualmente, importantes players, como Burger King, Lojas Renner e Lojas Americanas, realizam obras para inauguração ainda em 2014. O primeiro quadrimestre de 2014 já apresenta aumento de vendas de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o superintendente Marco Pacheco, com a chegada de novas âncoras e operações, a expectativa é de um aumento real de vendas.
FREDERICO SEHN/DIVULGAÇÃO/JC
Expansão do setor para o Interior
O Shopping Lajeado passou por reformas e tem novas operações
Em abril de 2014, a cidade de Rio Grande recebeu o Praça Rio Grande Shopping. Com investimento total de R$ 135 milhões e um projeto de uso misto, com áreas para hotel e edifícios comerciais e residenciais, ele busca consumidores tanto da cidade como da região, num raio de 50 km. Da inauguração até agora, “a avaliação é muito positiva. A receptividade e a visitação estão acima de nossas previsões”, declara o diretor Francisco Ferraz. Para ele, as aberturas semanais de lojas gradativamente impulsionam os resultados. Inaugurado em outubro de 2013, o Shopping Pelotas comemora o fluxo de clientes da cidade e da região. Apesar de ainda não apresentar dados estatísticos, o gerente-geral, Márcio Porto, avalia que, nos primeiros quatro meses de 2014, as vendas globais foram crescentes, mês a mês. “Por ser um shopping recente, a expectativa é de crescimento, tanto pela abertura de novas lojas como o hábito de o consumidor visitar o shopping mais vezes”. Segundo Porto, o foco atual do shopping na área comercial é a complementação do mix de lojas. Em 2014, foram abertas quatro lojas nos segmentos de eletrônicos, calçados, moda íntima e moda infantil. Estão em obras um salão de beleza e outros seis empreendimentos. O gerente constata ainda que destacaram-se nas vendas, os eletroeletrônicos, em função da realização da Copa do Mundo, e o setor de vestuário (coleção outono/inverno), devido à queda de temperatura na Metade Sul do Estado.
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SHOPPING CENTER
Modelo de negócio atingiu a maturidade Com 38 novos empreendimentos em operação e 415 milhões de visitantes mensais, o mercado de shopping centers brasileiro registrou, em 2013, alta de 8,6% nas vendas em relação ao ano anterior, atingindo R$ 129,2 bilhões, conforme a Associação Brasileira dos Empreendedores de Shopping Centers (Abrasce). A perspectiva de faturamento para 2014 é de R$ 140 bilhões,
e a previsão é de que sejam inaugurados outros 31 shoppings no País. As vendas no primeiro trimestre tiveram aumento de 8,45% em relação a igual período de 2013, quando o índice foi de 5,65%. A região Sul fechou 2013 com um total de R$ 18,9 bilhões de faturamento e 87 shoppings – 37 desses no Rio Grande do Sul. A região Sudeste foi a que recebeu a maior
quantidade de novos empreendimentos – ao todo foram 20 –, seguida pela região Sul, com cinco lançamentos. Segundo o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Pinto Veiga, o shopping center já atingiu a fase de maturidade no Brasil. “Principalmente porque trouxe às pessoas uma série de conveniências, ao contrário do que as ruas oferecem hoje nas cidades”.
Números cresceram 153% nos últimos cinco anos
Consumidor também busca entretenimento, diz Tânia
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Investimentos agradam o público
Conforme Janine, vendas aumentaram 15,3% este ano
O Shopping Praia de Belas está em ritmo de reinvenção desde 2012. A inauguração do terceiro piso, com 45 lojas e seis salas de cinema, somada à revitalização completa da fachada, novas escadas rolantes e um edifício garagem com mais de 1,6 mil vagas já estão a todo vapor. Estão previstas, ainda, duas novas torres comerciais de 15 andares cada e a revitalização do sistema de ar-condicionado. Segundo a gerente de marketing, Janine Oliveira, a estratégia é “proporcionar aos clientes um melhor ambiente, com ótimas opções de compras e lazer, e um local onde possam resolver as questões do dia a dia”. Somente no primeiro quadrimestre de 2014, o crescimento das vendas foi de 15,3%. Em 2013, as vendas representaram um crescimento de 13,8% em relação ao ano anterior.
CANOAS SHOPPING/DIVULGAÇÃO/JC
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Setor em constante consolidação O BarraShoppingSul, na zona Sul da capital gaúcha, diversificou e qualificou seu mix de lojas nos últimos cinco anos, investindo em estrutura e aprimorando sua operação. Segundo a gerente de marketing, Tânia Nascimento, ainda neste ano, será inaugurada a expansão da praça de alimentação, com nove lojas, e chegarão novas operações, como MAC, Swarovski, Ri Happy, Samsung, Clube Melissa, First Class e Home Collection. “O objetivo é oferecer o melhor serviço ao cliente, que é o nosso foco”, diz. O shopping já recebeu a primeira unidade da GAP fora de São Paulo, H. Stern, Loucos e Santos, Intimissimi, Youcom e Canal. Em 2013, foram abertas 21 novas operações. Para Tânia, o setor está em constante consolidação, uma vez que há uma mudança no hábito do consumidor, que além das compras, busca entretenimento, opções de alimentação e serviços especializados. “Os shoppings estão se movimentando para atender esta demanda”.
Para o dirigente, a experiência de compra foi evoluindo. “Hoje, as pessoas passam, em média, 73 minutos dentro de um shopping, porque sentem-se bem lá dentro”. Os espaços seguem se adequando. Alguns movimentos detectados por Veiga são os serviços de academia e beleza e os restaurantes de grife. “O empreendedor pensa sempre no que o consumidor quer”, diz.
Gestão profissionalizada é diferencial No Canoas Shopping, os números são de expansão. Em 2013, foi registrado um crescimento em vendas de 12,08% em relação ao ano anterior, e, no primeiro quadrimestre de 2014, o aumento foi de 17,89% ante mesmo período de 2013. A superintendente Haidée Höfs revela que, nos últimos cinco anos, os números cresceram 153%. “As alternativas passam por uma gestão cada vez mais profissionalizada, que atende os anseios dos consumidores, oferecendo um mix de operações e serviços que estimulem o consumo”. A expectativa para 2014 é de um crescimento de 10% nas vendas, principalmente em razão das nove operações inauguradas no primeiro semestre, além das doze já abertas no ano passado, totalizando 235 lojas. “Estão previstas outras operações nacionais e regionais, atualmente em negociação, que fortalecerão ainda mais o mix do empreendimento”. De qualquer maneira, a direção do shopping sente o lojista cauteloso e prudente em seus investimentos, tanto na instalação quanto na reformulação de suas operações.
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Este dia a gente celebra junto.
O dia 16 de julho representa muito para nós. E, quando falamos “nós”, falamos o comércio inteiro. Representa porque, desde o início do setor, empresários se unem em torno de um objetivo maior: o fortalecimento do varejo. E a CDL Porto Alegre quer seguir com essa união, para que possamos evoluir no ritmo das mudanças e crescer cada vez mais. Porque um varejo forte se constrói com iniciativas em inovação, conhecimento do mercado regional, nacional e internacional, busca por novidades, proximidade do consumidor, luta pelos direitos dos varejistas e muito, muito trabalho em conjunto. Porque as melhores ferramentas, aliadas à vontade de crescer de todos, fazem a diferença. Porque juntos fazemos mais.
Juntos fazemos mais
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FRANQUIAS
Presente nos municípios brasileiros com mais de 40 mil habitantes, o setor de franquias registrou, em 2013, faturamento de R$ 115 bilhões, crescimento de 11,9% em relação a 2012, quando foi de R$ 103 milhões. Além disso, ultrapassou a marca de um milhão de empregos diretos e formais e inaugurou quase 10 mil novos pontos de venda, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). O número de redes em operação no Brasil é de 2,7 mil, aumento de 11,4% em relação a 2012. Somente em 2013, 277 novas franquias surgiram no mercado. Das marcas em operação no território nacional, 92,4% são genuinamente brasileiras, sendo que, deste total 4,8% (121 marcas) operam também no exterior. O diretor regional da ABF-RS, Marco Pozza, entende que, em momentos de crise, as pessoas ficam mais cautelosas e evitam fazer negócios mais arriscados. “O grande foco da franquia é ser um negócio testado e aprovado, que
Faturamento das franquias deve crescer 10% em 2014 grande classe média. “O que se vê nas franquias, é um grande foco na classe média. É um consumidor que vem exigindo cada vez mais.” Para ele, o pleno emprego e o consumo diferenciado é o que tem movido o Brasil. “Essa classe média aprendeu a
cuidar do seu dinheiro e a se endividar de forma mais responsável. Agora ele retoma um consumo, que está muito atrelado ao PIB.” Nesse sentido, Pozza constata que o crescimento baixo da economia, que aponta para 2%, pode influenciar.
PRAXIS BUSINESS/DIVULGAÇÃO/JC
Apesar do consumo das classes C e D continuar alavancando as vendas, o presidente e fundador da consultoria em Franchising e Varejo Praxis Business, Adir Ribeiro, traz à tona o crescimento da classe B em 2014. Para ele, com o desaquecimento econômico, a classe emergente perde um pouco a força, fazendo com que a energia de consumo fique com as classes A e B. “O consumo das famílias deve continuar a crescer de 1,8% a 2% acima do PIB.” Diante desse cenário, o especialista estima um crescimento de 10% no faturamento das franquias esse ano. Em relação ao número de unidades, a expectativa é de 9%. “O setor continuará criando grandes oportunidades de emprego, que devem ser na mesma proporção do crescimento”, relaciona. O diretor regional da ABF, Marco Pozza relembra que existia uma grande diferença nas classes e que hoje o País pode ser caracterizado como uma
Segundo Ribeiro, desaquecimento econômico faz com que a energia de consumo fique com as classes A e B
tem uma segurança maior”. O diretor da ABF ressalta que 80% das empresas brasileiras fecham antes do terceiro ou quinto ano. No caso das franquias, esse índice cai para 3,5%. Para isso, além do tempo de franquia, a qualificação com treinamentos, métodos e processos faz a diferença. “O franqueador treina o franqueado, a equipe de loja e todas as pessoas que têm contato com os clientes. Além de produtos, todos os serviços são qualificados. O consumidor percebe.” Em relação ao número de unidades ou pontos de vendas, o setor atingiu a marca de 114,4 mil em 2013, crescimento de 9,4%. Conforme a ABF, ainda há uma grande concentração de unidades na região Sudeste (58,7%). Porém, nos últimos anos, as redes têm investido mais no interior e fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Para Pozza, o grande destaque é a interiorização das marcas, tendo como fatores a acirrada concorrência dos grandes centros e a presença mar-
cante do agronegócio no País. “Há uma riqueza no interior que os franqueadores estão indo atrás. Também há investidores, querendo levar produtos e serviços novos para a sua região”, conclui. Para o especialista em franquias da Rizzo Franchise, Marcus Rizzo, o movimento de localidades menores sendo atendidas pelas franquias, antes restrito a centros maiores, vem se consolidando nos últimos três anos. Entretanto, são pessoas locais que buscam montar um negócio e percebem uma oportunidade de mercado em determinada atividade. Por isso, buscam as franquias. De acordo com Rizzo, nos últimos 15 anos há um crescimento consistente do setor, em uma taxa de 10 a 13% ao ano. “O que vemos é um número muito grande de lançamentos de novas redes. Boa parte delas não deve sobreviver, porque não têm boa estrutura. Identificamos isso observando os anos de experiência que o franqueador tem no mercado.”
Um negócio sem limites geográficos Os modelos de franquias voltados para serviços ganham destaque. Com 800 consultores e 15 mil projetos realizados em todo o mundo, a Expense Reduction Analysts (ERA) está no País desde 2004. Seus franqueados atuam na área de consultoria e investigação especializada na detecção de falhas de processos e redução de gastos em empresas de todos os portes e setores. No Estado, conta com um franqueado há 10 anos. Eduardo Natan Hess trabalhou como profissional liberal e prestou consultorias. No entanto, se sentiu mais à vontade quando aderiu à franquia. “Com certeza há um valor agregado no que eu entrego hoje que não teria conseguido gerar sozinho.” De acordo com Hess, a ERA disponibiliza o acesso a uma metodologia de trabalho com treinamento internacional, sem contar o apoio global entre os consultores. “Se o meu cliente tiver uma oportunidade em uma especialidade que não existe no Brasil, posso entrar em contato com especialista de
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Conforme Pozza, em momentos de crises as pessoas evitam fazer negócios mais arriscados
ABF/DIVULGAÇÃO/JC
Interiorização do setor é destaque
Hess destaca metodologia de trabalho com treinamento internacional e apoio global
outro país e trazer ele para participar do projeto e vice-versa. Não tem limite geográfico”, explica. No modelo da ERA, além da consultoria, há o acompanhamento e a implantação durante dois anos, visando aos ajustes necessários para que a empresa tenha uma economia que perdure por longo pra-
zo. “Como a gente cuida de gastos periféricos, que não são do negócio principal, nossa atuação é discreta”, esclarece. Para ele, de uma forma geral, apesar da economia enfraquecida, o viés global da empresa amplia a possibilidade de negócios internacionais, que podem compensar as incertezas nacionais.
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SINCODIV/FENABRAVE-RS, A FORÇA QUE CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO DE VEÍCULOS NO RS.
O SINCODIV/FENABRAVE-RS atua em todo o Rio Grande do Sul. Representando os interesses dos concessionários de veículos automotores, trabalha pelo fomento deste expressivo setor do comércio que, junto a tantos outros, impulsiona a economia do nosso Estado. www.sincodiv-rs.com.br
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FRANQUIAS
O Rio Grande do Sul despertou para o franchising. Hoje, o Estado conta com 3,3 mil unidades de franquias e representa 4,5% do setor brasileiro. O diretor regional da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Marco Pozza, destaca o crescimento acima da média nacional. “Estamos importando e trazendo franquias, e muitos franqueadores gaúchos estão levando seus produtos e serviços para outros estados.” Segundo o especialista Adir Ribeiro, a região Sul cresceu em 2013. “O número de redes franqueadoras no Estado aumentou de 4,4 para 4,7%, tendo sido o maior crescimento registrado entre os estados”. Segundo Ribeiro, em número de unidades franqueadas, o Rio Grande do Sul mostra uma evolução contínua, que, no ano passado, foi de 4,9% para 5,2%. “O crescimento é constante, e a perspectiva é de que continue crescendo. O Sul do País já é visto como uma das regiões promissoras para contribuir com o crescimento do setor”. De acordo com levantamento da Praxis Business, em faturamento, o Sul representa 9,% de todo território brasileiro, sendo 80,1% no Paraná, 12,1% no Rio Grande do Sul, e 7,8% em San-
ta Catarina. “Com o quarto maior PIB do Brasil — R$ 175 bilhões —, o Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores e exportadores de grãos do País e tem ganhado atenção, principalmente porque conta com um público exigente e diferenciado, além de ser ideal para se introduzir novos produtos, tendências e ideias”, destaca Ribeiro. Esse foi um dos motivos pelo qual a franqueada da Arezzo Juliana Aragonez Frasson apostou na marca em Porto Alegre e região. “O público gaúcho ama produtos lindos. Ou seja, é exigente e avalia bem o que e onde comprar”. Sobre a escolha pela grife, ela justifica: “procurávamos uma marca forte, sólida e que tivesse um produto que de fato acreditássemos”. Para ela, ser franqueado traz inúmeras vantagens, dentre elas o know-how, com estudos e etapas do negócio como marketing, desenvolvimento de produto e visual merchandising já resolvidos. Além de acompanhamento em tempo integral do franqueador visando ao monitoramento do padrão da marca. “Todos esses pontos são importantíssimos quando se está abrindo um negócio. Ou seja, aprender com quem já sabe ajuda e muito no sucesso
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O maior crescimento entre os estados
da operação”, avalia. Juliana possui sete pontos na Capital, um em Canoas, além da loja de temporada, chamada Arezzo Tempstore, que vende produtos de coleções anteriores com descontos. Otimista com o negó-
cio, que já domina há sete anos, ela e o marido desde o início objetivaram um empreendimento próprio. “Sempre gostei muito do varejo e da moda. A procura por algo relacionado a isso foi o foco”. Ao longo do tempo, ela destaca
Juliana é franqueada da Arezzo e tem sete pontos em Porto Alegre, um em Canoas e a loja de temporada
que ampliações e adequações, tanto de tamanho, quanto de visual são necessárias.
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SUPERMERCADOS
A crescente busca do consumidor por confiabilidade, conveniência e facilidade nas formas de pagamento foram fatores decisivos para o setor supermercadista em 2013. De acordo com o diretor da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Paulo Pfitscher, o crescimento real de 7,39% no ano passado, que em valores nominais atingiu 13,3%, representou um faturamento superior a R$ 21 bilhões. A participação no PIB do Estado — R$ 310,5 bilhões em 2013 — foi de 7,05%. “Ganharam destaque nas gôndolas produtos como atomatados, carne bovina, sucos líquidos e lava-roupas líquidos. Por outro lado, perderam espaço produtos como aguardente, sucos em pó e café em pó. O consumidor busca praticidade, definitivamente”, avalia. Mesmo com a expectativa de crescimento entre 4% e 6% em 2014, Pfitscher elenca que os entraves do setor são logística, dificuldades com mão de obra e, principalmente, tributação. Em relação à inflação, ele nota um comportamento mais estratégico
do consumidor. “A conjuntura econômica atual faz com que o consumidor esteja mais atento do que nunca e, justamente por isso, ele consegue burlar 50% da inflação oficial no ponto de venda, seja pela pesquisa de preços ou pela substituição de produtos por itens similares”, destaca. O grupo norte-americano Walmart, no Brasil desde 1995, já abrange 220 municípios brasileiros e busca garantir um mix de produtos diferenciado para cada espaço de atuação. Para o diretor de operações do Walmart Brasil na região Sul, Walter Freitas, o brasileiro gosta de comprar bem, fazer bom uso do seu dinheiro e ter a certeza de que está fazendo uma economia inteligente. “O Walmart entende e atende as expectativas dos consumidores de diferentes partes do País e de todas as classes sociais, inclusive com produtos regionais”, defende. Para ele, o grande diferencial do grupo é a estratégia de Preço Baixo Todo Dia (PBTD). “Por meio do PBTD, os clientes encontram preços abaixo da média do mercado e mais estáveis. Isso repre-
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Estratégia de compra favorece consumidor
senta vantagens, como a liberdade de escolher qualquer dia da semana para ir às compras.” De acordo com o Ranking Agas 2013, um em cada quatro supermercados (26,5%) projeta algum tipo de investimento em novas lojas ou reformas de unidades já existentes em 2014. A diversificação das atividades é outra aposta dos supermercadistas para o incremento do faturamento, 39% dos supermercados gaúchos têm serviços de recarga de celular. Com relação aos
serviços bancários, 18,7% oferecem aos consumidores a opção do pagamento de suas contas, e 10,8% dispõem de restaurante ou lanchonete nas lojas. O grupo Carrefour, que conta com seis hipermercados e sete unidades do Atacadão no Rio Grande do Sul, está investindo em um novo conceito de loja chamado Nova Geração, focado na experiência de compra do consumidor. Reformulou a loja Carrefour Porto Alegre e, em maio, abrirá mais uma na Capital, no
Conveniência e facilidade de pagamento são palavras-chave
bairro Partenon. Com aproximadamente 4 mil lojas de supermercado no Rio Grande do Sul, o setor emprega mais de 91 mil pessoas e cresceu em representatividade nacional de 7,7% em 2012 para 8% em 2013. No Brasil, o faturamento registrado no ano passado foi de R$ 272,2 bilhões, com crescimento real de 5,8% na comparação com 2012.
MARCOS NAGELSTEIN/JC
A união faz a força
Unisuper tem média de crescimento entre 15% e 20%, segundo Formenton
O grupo Unisuper, gerido por oito empresários (39 lojas licenciadas), está passando por uma fase muito positiva, com uma média de crescimento entre 15% e 20% ao ano contabilizada nos últimos quatro anos. No último mês de junho, a cidade de Canoas recebeu a terceira unidade própria da rede. “A cidade é muito forte, cresceu muito e está carente de bons supermercados. Acreditamos muito nela”, avalia o presidente do grupo, Sandro Formenton, ao lembrar que já são nove lojas na localidade (incluindo as licenciadas) e que há previsão de mais três em 2014. O crescimento da rede, na opinião de Formenton, está relacionado com a competição acirrada. “Há muitas empresas familiares que nos procuram para ser uma loja licenciada”. Segundo o gestor, algumas vantagens são o abastecimento diário via central de produtos, treinamentos, negociações de taxas e marketing. A gestão fica por conta do licenciado.
Outra característica da rede são os locais de investimento. “Realizamos investimentos em bairros que a concorrência era fraca. No momento que o setor vinha desacelerando, nós estávamos acelerando. Acreditamos na contramão. Se tiver um bom atendimento e o cliente encontrar o que procura, dificilmente vai largar da tua loja”. A qualificação dos serviços e a utilização de fornecedores gaúchos faz da rede um gerador importante da economia. “A riqueza não vai embora. Se tu tens uma boa loja, bons colaboradores e fornecedores comprometidos, tem tudo para dar certo”. O Unisuper atua na Capital, Região Metropolitana, Litoral e Vale dos Sinos. Hoje, somente 3 lojas estão fora desse raio: Pelotas, Cristal e Bento Gonçalves. O principal público é a classe C em ascensão. Em função disso, o mix de produtos se diversificou. “As pessoas têm mais dinheiro, querem produtos melhores. Nós estamos nesse vácuo: se o cliente tem o dinheiro, e eu, a qualidade, a gente vai vender”, completa.
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Aperfeiçoamento para todos A qualificação profissional é apontada como um dos legados da Copa do Mundo de 2014. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RS), por exemplo, capacitou 300 mil pessoas no Rio Grande do Sul. Em um projeto nacional chamado Senac em Campo, lançado em 2011, a entidade estimava treinar 230 mil gaúchos, e um total de 1 milhão de pessoas nas cidades-sede da Copa. Segundo o diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, as pessoas que desenvolveram competências para melhor atender o turista e preencher a lacuna de comércio, bens, serviços e turismo qualificaram-se para o mercado de trabalho, uma vez que os cursos e programas não eram exclusivos para o evento. Foram cerca de 100 cursos customizados com a inclusão de
conteúdos referentes à Copa do Mundo. “No nível de treinamento e qualificação, a área da gastronomia sempre tem uma alta demanda, e todos os profissionais que formamos têm atividade garantida no mercado de trabalho. É um curso muito requisitado”, diz Rosa. Os cursos da área da saúde também são muito procurados, juntamente com os da área da imagem pessoal, como cabeleireiro, manicure e maquiador. No nível intermediário, dos cursos técnicos, o mais procurado é o técnico em enfermagem. No nível superior, a novidade de 2014 é o de Tecnologia em produção multimídia, que já apresenta alta procura. Na Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), a qualificação permeia as ações da entidade. Ao
MELISSA HUGENTOBLER/SENAC-RS/DIVULGAÇÃO/JC
QUALIFICAÇÃO
Profissionais da gastronomia têm atividade garantida
fazer uma análise, o presidente da FCDL-RS, Vitor Koch, não esconde a preocupação e afirma que a capacitação é um desafio do varejo gaúcho. “Existe um gargalo muito grande, especialmente das micro e pequenas empresas, que são a maioria dos nossos associados na Federação e nas CDLs”. De acordo com Koch, um dos principais riscos é a qualidade do negócio em função da escala. “A grande empresa compra em grande volume, com preços reduzidos, o que
é justo. Se você ainda não tem qualificação na micro e pequena empresa, com esse fator do preço, você não fica mais competitivo e começa a ter problemas com a liquidez”, diz. Atenta a esse cenário, a FCDL-RS desenvolveu um programa de capacitação, instrumentalização e reconhecimento para uma gestão da qualidade, chamado QComércio. “Ensinamos técnicas e ferramentas de gestão que são aplicadas imediatamente, com
resultados também imediatos no negócio”, relata Koch. Além disso, um consultor faz o diagnóstico da empresa para identificar gargalos. O software de gestão e processos, incluído no programa, monitora e cria históricos e metas. A intenção é que, dotada desses relatórios, a empresa tenha mais clareza na hora de definir as estratégias e na gestão do negócio. O software não tem custo para o lojista por dois anos, depois é R$ 50,00 o custo de manutenção.
COMÉRCIO.
VIA EXPRESSA PARA O CRESCIMENTO. Parabéns a todos os empresários e trabalhadores, responsáveis pela importância e pela força deste setor.
Agilizando negócios no Sul e Sudeste do Brasil.
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CRÉDITO
O crédito do consumidor para compras no varejo cresceu muito nos últimos anos. De acordo com a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), a oferta passou de 24% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2004 para 55% do PIB nacional em junho de 2014. Para o presidente da AGV, Vilson Noer, essa expansão financiou uma população que até então não tinha acesso ao crédito, aumentando as vendas em todos os setores. “Os incentivos dados pelo governo, de modo especial com a redução de juros e IPI em alguns segmentos, favoreceram consumidores que puderam incluir em suas cestas de produtos itens até então não pertencentes ao consumo habitual”, diz. Nesse cenário, o cartão aparece como principal meio de pagamento. “Do
crédito ao consumo, os cartões de crédito e os cartões de lojas têm ultrapassado outras modalidades e meios de pagamento, como crediários tradicionais ou cheques”, compara Noer, ao indicar que os cartões de crédito e débito representam, hoje cerca de 48% das vendas do varejo gaúcho. A Picorrucho, que possui atualmente21lojasnoEstado,trabalha com foco na classe C, uma das que mais ascendeu economicamente. Esse é um dos fatores que impacta positivamente os negócios, uma vez que ela é responsável por, pelo menos, 50% do consumo. Segundo o diretor Jorge Gilberto do Moraes, em quatro anos, a loja quadruplicou. “O poder de consumo da classe C aumentou, e seu grau de exigência também, bem como o acesso à informação”, analisa.
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Cartão segue dominando as formas de pagamento Em fase de consolidação com o rápido crescimento, a Picorrucho é cautelosa. “No ambiente externo, vemos um PIB estagnado, e a perspectiva para 2015 também é de pouco crescimento”. Em relação ao crédito, Moraes destaca o cartão próprio, com possibilidade de crédito parcelado e programa de fidelidade, além da utilização de outros cartões, em até 10x sem juros. Entretanto, o diretor aponta que 50% dos clientes compram à vista. O diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços
(Abecs), Ricardo Vieira, ressalta que, apesar de o cartão ser um dos principais motores do consumo no Brasil, uma pesquisa realizada em parceria com o Datafolha mostrou que 85% das pessoas costumam pagar em dia o valor integral da sua fatura. E o índice de inadimplência desse meio, segundo dados do Banco Central, vem caindo. “Isso mostra que a grande maioria das pessoas costuma fazer bom uso do cartão de crédito e sabe aproveitar seus benefícios sem pagar juros e sem comprometer o seu orçamento”. Em 2012, a inadimplência era de 8,7% e hoje
Moraes destaca que o poder de consumo da classe C se multiplicou
está em 6,5%. Segundo dados da Abecs, no primeiro trimestre do ano, os brasileiros movimentaram R$ 223 bilhões com cartões de crédito e débito, um crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período de 2013. “Esse aumento está diretamente associado à contínua substituição de meios de pagamento por parte dos consumidores, bem como à expansão do e-commerce e à entrada de novos nichos de comércio e serviço no sistema de cartões”, aponta Vieira.
Dívidas estão atreladas ao cenário econômico Brasil) Marcela Kawauti. Ela afirma que, em maio deste ano, o número de dívidas do banco de dados do SPC cresceu 5,21% em
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Os índices gerais de inadimplência também são avaliados pela economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Noer acredita que o endividamento familiar tem se mantido estável
comparação ao mesmo período do ano passado. “É a maior alta nessa base de comparação desde outubro de 2012”, afirma. Marcela explica que o pagamento das dívidas está atrelado ao momento econômico, inflação e taxa de juros. “O salário começa a valer menos por causa da inflação, há o encarecimento das parcelas por conta da alta dos juros e a atividade econômica não está ajudando”. Segundo Marcela, a tendência é que essa piora da inadimplência se acomode até o fim do ano, principalmente em função do acesso ao crédito, que começa a se restringir. “O crédito faz parte da vida do consumidor e ele é importante para qualquer economia, mas ele tem que ser tomado da forma mais inteligente e planejada possível”, constata. Para a economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Marianne Hanson, o cartão de crédito também se estabeleceu como importante meio de finan-
ciamento. “Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgados pela CNC, mostram o cartão não apenas como o tipo de dívida mais citado pelas famílias, mas também o crescimento na sua participação no endividamento das famílias nos últimos anos”. A consultora financeira da Zurich Investimentos Victoria Renner entende que o consumidor brasileiro tem uma relação conflituosa com o cartão de crédito. “Basta olhar para a inadimplência. De longe, uma das maiores preocupações para os bancos são os atrasos superiores a 90 dias”. Mais otimista, a economista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio) Patrícia Palermo enxerga que o endividamento está concentrado cada vez mais em ativos imobiliários. “O comprometimento mensal da renda não apresenta a mesma tendência altista de pe-
ríodos anteriores, o que colabora para a redução da inadimplência e um perfil de consumo mais saudável”. A inadimplência no Rio Grande do Sul, apesar de crescer de 10,1% em 2013 para 11,5% registrados no último mês de junho, não é representativa. “O endividamento familiar tem se mantido bastante estável, o que indica que a capacidade das pessoas em saldar divida é consistente”, avalia o presidente da AGV, Vilson Noer.
Dicas para evitar a inadimplência Ter na ponta do lápis seus rendimentos e seus gastos. Não comprometer mais de 20% da renda na soma de todas as dívidas parceladas, para manter a saúde financeira. Ter um fundo de emergência ajuda a não ficar inadimplente, principalmente em uma situação inesperada na vida. FONTE: VICTORIA RENNER, DA ZURICH INVESTIMENTOS
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COMÉRCIO ELETRÔNICO
O crescimento do e-commerce é intimamente relacionado ao aumento da confiança do cliente depois de sua primeira compra no meio virtual. É o que apontam as pesquisas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net). De acordo com o vice-presidente de estratégia e coordenador do comitê jurídico da entidade, Leonardo Palhares, 9,1 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra on-line em 2013, chegando ao total de 51,3 milhões de e-consumidores no Brasil. Para Palhares, o Marco Civil da Internet tem influência positiva nesse cenário, principalmente na confiança dos e-consumidores em todo o sistema, incluindo as regras de privacidade e a determinação da responsabilidade por conteúdo de terceiros, com maiores garantias aos provedores de conteúdo e serviços on-line. A média de crescimento de 30% ao ano é comemorada. “Em 2013, segundo o relatório Webshoppers produzido pelo E-bit, o e-commerce brasileiro faturou R$ 28,8 bilhões e cresceu 28%. Espera-se um crescimento de aproximadamente 20% em 2014”, contabiliza Palhares, ao analisar que o Brasil possui mais de 100 milhões de usuários de internet. No entanto, pouco mais
de 50 milhões compram via rede. “Qual setor não gostaria de ter 50 milhões de consumidores em potencial para traçar metas e objetivos futuros?”, indaga. Em 2013, o número total de pedidos chegou a R$ 88,3 milhões, volume 32% maior do que o de 2012, segundo dados da Câmara. “Com o maior acesso à informação e às mídias sociais, o consumidor tem mais recursos para pesquisa por marcas e produtos e tomada de decisão pela compra. O medo ou a dúvida de adquirir de forma on-line está ficando pra trás”, avalia o professor da ESPM-Sul Jessé Rodrigues. A vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCComm), Solange Oliveira, observa que o e-commerce no País cresceu 1.700% nos últimos 10 anos. “Em 2013, os consumidores ativos totalizaram R$ 43,2 milhões, com uma média de duas compras cada”. Moda é a categoria mais comprada, com 19% de todos os pedidos on-line. Entre as novidades para o ano, os market places – portais que oferecem produtos de outras lojas virtuais, como um grande shopping on-line – são apontados por Solange como a principal tendência. “Atrai o consumidor por causa da variedade de pro-
MEN’S HELTH/DIVULGAÇÃO/JC
Potencial para dar e vender
dutos e bons preços”. Além disso, a possibilidade de compra em players internacionais e crescimento da presença das pequenas e médias empresas também são destaque. “Muitos nichos ainda pouco explorados irão trazer novos players e muitas surpresas em termos de faturamento no Bra-
sil” aposta o professor da ESPM. Um exemplo é a Men’s Market, fundada em abril de 2012, que vende produtos de beleza para homens. Com 40 mil clientes ativos em todo o País – 10 mil no Rio Grande do Sul –, abocanha 90% de market share do mercado on-line. Em 2013, o faturamento aproximado foi de R$ 4 milhões,
Prellwitz investe em produtos de beleza para homens, nicho ainda pouco explorado
com uma média de 5 mil produtos vendidos mensalmente. “A meta de faturamento de 2014 está estabelecida entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões”, indica o sócio-fundador Pedro Prellwitz.
me os riscos, e a encomenda chega para o cliente com a nota fiscal e o boleto bancário, que pode ser pago na agência ou pela internet. “A Koin veio para romper barreiras que afetam o consumidor nas compras pela internet”, diz o CEO e co-founder, Marcos Cavagnoli.
CLEARSALE/DIVULGAÇÃO/JC
Soluções de segurança e conveniência começam a fazer parte do varejo on-line. Replicando um modelo usado em pelo menos 40% das vendas de e-commerce na Europa, a empresa brasileira Koin inova desde o ano passado com a possibilidade pós-paga. Ela assu-
Firer aposta na prevenção à fraude
Outra novidade que vem ao encontro dos anseios dos consumidores, lançada pela MasterCard em 2013, é a MasterPass, um serviço de carteira digital para usuários de cartão de crédito, independentemente da bandeira. A compra é realizada com apenas um clique ou toque – on-line, em uma loja física ou em qualquer lugar. “É uma ferramenta que está disponível globalmente. Não importa em que lugar você esteja, você terá acesso”, explica o diretor de convergência digital e e-commerce, Marcelo Theodoro. Ainda em testes no Brasil, Theodoro já adianta que, no Sul do País, o Banrisul é um dos parceiros que ofertará o serviço. Outro sistema que ganha espaço é o da ClearSale. Utilizado por 297 empresas na região Sul e 1,4 mil no País, evita fraudes realizando uma análise automática do risco da transação por meio
MASTER CARD/DIVULGAÇÃO/JC
Soluções tecnológicas garantem as transações
MasterPass tem todas as bandeiras e está em testes no Brasil
de um modelo estatístico que leva em conta elementos como o valor, o item, o local da entrega e os padrões de compras. “Cerca de 80% dos pagamentos das compras virtuais são realizados com cartão de crédito. O varejista que efetuou a venda deve assumir o risco de que quem está realizando a tran-
sação pode não ser o verdadeiro proprietário do cartão. Aí entram as empresas de prevenção à fraude”, explica o coordenador de projetos corporativos da ClearSale, Gabriel Firer. Ele destaca que, em 2013, foram evitadas 374 mil fraudes, o que equivale a mais de R$ 353,4 milhões.
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AGAS
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) tem atuado fortemente junto ao poder público para garantir o bom momento do setor, que apenas nas lojas do Rio Grande do Sul registrou o faturamento de R$ 21,9 bilhões em 2013. Empregando mais de 91 mil pessoas, a entidade mantém preocupação constante com a questão política. “Fazemos reuniões periódicas com os mais diferentes órgãos públicos, buscando fazer a nossa parte e contribuir para o crescimento não só do segmento supermercadista, como da economia como um todo”, explica o diretor de Operações da Agas Paulo Pfitscher, que relata que os principais entraves do empresariado do setor seguem sendo a logística, as dificuldades com mão de obra e, principalmente, o emaranhado tributário. A estratégia de diálogo constante tem trazido resultados. “No campo político, hoje temos abertura para sugerir e reivindicar mudanças nas mais diferentes esferas”, afirma o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo. Ele relembra que, no ano passado, a partir de uma reivindicação do setor supermercadista, a presidente Dilma Rousseff desonerou os impostos sobre itens da cesta básica. “Esse é um tema em permanente debate entre a Agas e o
governo. Buscamos a melhoria, o clareamento e a simplificação do sistema tributário”, ressalta. O fomento de bons negócios é outra grande preocupação da entidade, que procura estreitar relacionamento entre fornecedores e supermercadistas, através de uma série de eventos no Interior do Rio Grande do Sul. Os eventos visam, sobretudo, dar vitrine à pequena indústria gaúcha, como as Convenções Regionais de Supermercados e os Jantando com a Agas. O principal evento da associação, a Convenção Gaúcha de Supermercados (Expoagas) terá a sua 33ª edição entre os dias 19 e 21 de agosto. No ano passado, a Expoagas movimentou R$ 333,9 milhões em negócios, com mais de 37 mil pessoas circulando pelos pavilhões da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, durante os três dias de duração. “É uma feira consolidada como um grande palco de negócios e uma vitrine para a indústria gaúcha, já que temos cerca de 75% de empresas do Rio Grande do Sul entre os expositores e 9% dos negócios da feira são concretizados junto a varejistas de outros países”, calcula Longo. Segundo ele, o objetivo neste ano é qualificar gestores e colaboradores das mais
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Mobilização política e qualificação do setor
diversas áreas dos supermercados, fomentar a indústria gaúcha e oportunizar novas parcerias e negócios. “Será uma feira focada no varejo, mas sem abrir mão de oportunizar o desenvolvimento da indústria gaúcha”, destaca. O dirigente acredita que a troca de informações é o cami-
nho para o aprimoramento do setor, por isso, busca inovações constantes em cursos e eventos. Em 2014, já foi lançado o Agas em Foco, reuniões entre supermercadistas e especialistas desenvolvidas em cidades-polo do Interior, com o objetivo de debater e resolver dúvidas atuais e temas como
Agas mantém debate constante com o governo sobre a melhoria, o clareamento e a simplificação do sistema tributário, conforme Longo
tributação, recursos humanos, prevenção de perdas e tecnologia da informação.
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Pós-graduação é pioneira no setor
Entidade promove cursos de capacitação para gestores
No segundo semestre deste ano, uma parceria entre a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), na Serra gaúcha, vai abrir a primeira pós-graduação com ênfase em gestão de supermercados do País. “Será um marco para a entidade por ser uma ação pioneira no setor supermercadista brasileiro”, comemora Longo. A parceria entre as entidades já viabiliza o curso de graduação a distância de Gestão em Supermercados, que dura cinco semestres e já formou três turmas. “Essa ideia foi desenvolvida pensando nos supermercadistas que não dispõem de tempo para frequentar uma universidade, e também em representantes comerciais que, em viagem, podem acessar as aulas a partir do seu notebook”, explica. O curso tem apenas um encontro presencial por mês, e é reflexo de uma demanda de mercado por uma gestão profissionalizada do negócio. “No supermercado,
o importante é aliar o conteúdo teórico à prática do chão de loja”, conclui. Na área de qualificação, há cursos na sede, localizada em Porto Alegre, e também no Interior do Estado. As aulas visam a formação de atendentes, empacotadores, cartazistas, padeiros, açougueiros, entre outras atividades que compõem o quadro funcional do negócio. Para garantir que o aprimoramento chegue a todos os municípios, há cinco anos foi criada a Carreta Agas, que circula oferecendo cinco cursos por semana, cada vez em uma cidade diferente. Anualmente, a carreta, que se expande lateralmente e está equipada com maquinários de padaria e açougue, além de auditório para 50 pessoas, percorre, pelo menos, 30 municípios gaúchos e capacita cerca de 3,5 mil profissionais. “Isto é mais da metade dos 6 mil gestores e colaboradores de varejo capacitados pela entidade a cada ano”, aponta Longo.
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precısa–se de bons profıssıonaıs. O Senac se orgulha de capacitar o comércio de bens, serviços e turismo, contribuindo para o fortalecimento do setor terciário e para o desenvolvimento da economia.
senac. educação para o trabalho. e para a vıda.
16 de julho. dıa do comercıante.
Parabéns a todos que fazem a economia girar.
/senacrsoficial @senacrs Insta
@senac_rs
www.senacrs.com.br
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CDL
O movimento do varejo porto-alegrense nos primeiros cinco meses do ano surpreendeu. Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL Porto Alegre), Gustavo Schifino, a expectativa traçada pela CDL Porto Alegre era de que 2014 seria bastante complicado. “No entanto, o que aconteceu na prática, de janeiro a maio, foi um período muito bom, considerando o cenário macroeconômico do País.” O presidente chama atenção para o mês de junho, pois em razão da Copa do Mundo, o Dia dos Namorados — terceira data mais importante do ano — não repetiu o bom desempenho dos anos anteriores. “Em junho, o varejo ficou 10% abaixo em comparação ao mesmo mês do ano passado”, constata. Para ele, os resultados
indicaram um cenário similar ao que havia sido vislumbrado para o período, com a preponderância de três fatores: os horários com comércio fechado em dias de jogos do Mundial; o fato de ter um sábado a menos em relação a mês correspondente do ano anterior; e um feriado a mais. Os impactos da Copa do Mundo no caixa do varejo foram negativos. No entanto, para o dirigente, o balanço geral do evento é muito positivo para a autoestima da cidade, que teve a capacidade de receber aprovada pelos turistas, além do sucesso do Caminho do Gol, iniciativa da prefeitura da Capital com percurso a pé para o estádio. “Como qualquer setor, acreditamos que esse problema que está tendo agora é justificá-
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Surpresa positiva nos primeiros meses de 2014
vel e necessário no processo de colocar Porto Alegre na vitrine novamente. Não foi bom economicamente, mas no médio e longo prazo, vai reverter”, aposta. A perspectiva da entidade para o segundo semestre é de recuperação. A partir de agosto até dezembro, a CDL Porto Ale-
Schifino prevê crescimento moderado paa o segundo semestre de 2014
gre vislumbra um crescimento moderado, com índices semelhantes aos cinco primeiros meses do ano. A ascendência esperada é de 7% a 9%. Já a alta real, descontada a inflação, deverá ficar em torno de 1% a 3% no varejo no segundo semestre, estima Schifino. “É o que se es-
pera diante da realidade macroeconômica atual e das dificuldades que o Brasil está tendo de colocar a produtividade como um elemento importante.”
Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento (Sescon-RS). “Ampliaremos para outras entidades, para que ele tenha mais visibilidade e relevância. Isso acaba sendo
mais interessante para toda a economia”, revela o presidente. Ele define o concurso de iluminação natalina como uma ação prática para impulsionar as vendas, acompanhada pela qualificação interna do setor para se preparar para o último período do ano, em que a gestão dos recursos tem prioridade. Schifino explica que a entidade está atuando em duas frentes no segundo semestre. Uma é a qualificação, por meio do Zoom do Varejo, realizado com objetivo de tratar de temas atuais do setor. A outra é de alavancagem das vendas, com o Brilha Porto Alegre. Criado para os lojistas desde 2013, o Zoom do Varejo já contou com mais de 1 mil participantes. É realizado em quatro edições durante o ano e proporciona troca de conhecimentos entre a comunidade varejista. A próxima edição, em 26 de agosto, trará empresas referência e histórias de sucesso do setor de e-commerce. Em outubro, o evento abordará o tema Economia Pós-Eleições.
A CDL Porto Alegre prepara para o segundo semestre de 2014, junto com o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), mais uma edição do concurso cultural Brilha Porto Alegre. A promoção deve alavancar as vendas no período de novembro a dezembro, tendo em vista a atratividade para turistas da região e do Brasil. A intenção é distribuir melhor as compras de Natal para que não se concentrem na última semana de dezembro. “E tem uma vocação maior que é deixar a cidade mais fraterna, mais amiga, mais iluminada, para que as pessoas se abracem mais e consequentemente façam mais festas e troquem mais presentes”, afirma o presidente Gustavo Schifino. O objetivo da campanha é a valorização dos bons sentimentos, principalmente relacionados à família. Ao término do concurso, prêmios das melhores iluminações natalinas, separados por categorias/tipos de estabelecimento são distribuídos. Originalidade,
MARCELO OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Pensado para brilhar
Concurso cultural atrai turistas e alavanca vendas
criatividade e adequação ao tema proposto são alguns dos critérios. A expectativa para 2014 é envolver 90% dos lojistas da cidade. Além disso, outros se-
tores estão sendo cativados na missão, como os bares e restaurantes, através do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), assim como os contadores do Sindicato das
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16 de julho Dia do Comércio Temos orgulho de representar e congregar as forças econômicas e produtivas deste segmento tão importante para o Estado. Parabéns comerciante pelo seu dia.
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FCDL
Com um projeto inédito de oferecer opção de crédito e benefícios tanto para consumidores, quanto para micro e pequenas empresas do varejo, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL/RS) lançou recentemente um cartão de crédito próprio. O produto, viabilizado em 2013 por meio de uma parceria com o Grupo Herval e HS Financeira, disponibiliza duas linhas, uma ao consumidor final e outra ao empresário que precisa de capital de giro ou recursos para a ampliação de seu negócio. A entidade acredita no potencial do produto, inédito no mercado. “Os grandes intervenientes só financiam bens duráveis, como móveis, motos e carros. Não financiam confecções. Conseguimos fazer isso com o Grupo Herval, com taxas de juros reduzidas, resultando no nosso cartão de crédito”,
afirma o presidente da FCDL, Vitor Augusto Koch. “Nós vendemos à vista e só recebemos em 32 dias das operadoras. Esse cartão vai oferecer o retorno do dinheiro em dois dias e ainda com uma taxa reduzida.” Outras vantagens enumeradas pela entidade são o aumento nas vendas pela facilidade das condições de pagamento e da ampliação do mercado, gerando novos fluxos na loja e aumento da frequência de compras. Para a adesão dos consumidores, a loja irá cadastrar os dados do cliente uma única vez no sistema. A HS Financeira encaminhará o cartão para a residência do cliente em até 15 dias úteis. A resposta ao limite disponível sairá em instantes e o sistema já liberará crédito para a primeira compra. Sem anuidade, com gratuidade para cartão adicional, o cartão permitirá o parcelamento em até 24
vezes, além do primeiro pagamento em 45 dias. O presidente destaca que a ferramenta também é aliada na redução da inadimplência. A estimativa é que o cartão seja aceito em aproximadamente 850 mil estabelecimentos credenciados. Desde o ano passado, quando a parceria foi firmada, os lojistas já dispunham dos serviços financeiros oferecidos pela HS Financeira, voltados principalmente ao crédito de financiamentos das vendas a prazo de consumidores em todos os segmentos de comércio varejista que estejam representados pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs). Entre as modalidades disponíveis estão: crédito direto ao consumidor (CDC), empréstimo pessoal, crédito consignado, auto crédito e capital de giro. É necessário que o lojista seja associado a alguma das CDLs que compõem o sistema da FCDL-RS.
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Cartão especial pode chegar a 850 mil estabelecimentos
Koch enumera as vantagens das linhas de crédito próprias
Educação financeira para melhores resultados mentas especiais para que o lojista consiga realizar uma análise mais otimizada do crédito do consumidor, da sua capacidade de endividamento e, principalmente, da capacidade de honrar o contrato pactuado.
“Geralmente, o vendedor tem uma meta. Então, ele empurra a venda, e a pessoa, na necessidade de comprar, não consegue arcar”, exemplifica, ao constatar que o comportamento acaba virando um ciclo vicioso – após a compra
MARCELO MATUSIAK/DIVULGAÇÃO/JC
Junto a essa novidade, o presidente destaca que será desenvolvido um programa de orientação ao crédito com o objetivo de ensinar as pessoas a adquirir e manter o crédito. Segundo Koch, a entidade está formatando ferra-
Compras por impulso e desorganização nos gastos podem gerar inadimplência
e não pagamento, a pessoa entra para o Serviço de Proteção ao Crédito e, automaticamente, não consegue mais crédito, gerando, assim, um problema familiar. “Estamos criando uma ferramenta de educação financeira que seja mais eficaz na hora da liberação do crédito.” Uma das constatações de Koch é de que a população ainda precisa melhorar muito a questão da educação financeira. Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que oito em cada 10 brasileiros não são organizados financeiramente. “As pessoas não avaliam, e pagam juros muito altos. E o mercado se acostumou a cobrar juros altos, porque nele está inserido o risco da inadimplência.” Por isso, ele ensina ao lojista que é essencial se trabalhar a análise criteriosa do crédito, verificando a capacidade de pagamento do contrato a ser firmado, e se o produto é adequado para sua capacidade de pagamento.
“Essa educação financeira que a gente vê como grande gargalo hoje acaba criando uma situação desconfortável para todos, pois o cliente que compra e não consegue pagar fica fora do mercado de consumo.” Pelo lado do lojista, como ele está inserido em um cadastro, também não pode fazer crédito ou comprar mais. “Uma ação errada na hora da venda compromete todo esse sistema. Por isso, a gente está preocupado”, sinaliza. Nesse cenário, Koch analisa que a dificuldade da classe C, que vem ascendendo ao longo dos anos, acaba sendo o endividamento, ancorado em uma bolha de consumo há muitos anos refreada no Brasil. Por isso, essa parcela populacional está mais comedida. “Ela está comprometida com o seu rendimento. Ela tem prestação de carro, televisão por assinatura, colégio, assinatura do jornal, transporte, garagem, IPVA, imposto”, enumera. Ele verifica que o grau de endividamento das famílias está muito alto, por isso a classe C está mais retraída.
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FECOMÉRCIO
O empresário da área da contabilidade Luiz Carlos Bohn assumiu a presidência da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) no dia 1 de julho. Eleito para o quadriênio 2014-2018, Bohn, pretende ratificar a entidade como “um local de defesa para o empresariado, lutando por menor burocracia para os negócios e uma carga tributária adequada à situação vivenciada pelos gaúchos”. A entidade representa o setor que é responsável por 1,6 milhão de empregos formais, ou seja, 48% do PIB do Rio Grande do Sul. O novo presidente tem ao seu lado uma diretoria formada por presidentes de sindicatos patronais dos setores varejista, atacadista, serviços e turismo, e tem por meta de atuação fortalecer e instrumentalizar os sindicatos filiados à federação, fazer uma aproximação com as empresas gaúchas e reforçar a representatividade da entidade no Rio Grande do Sul. Bohn também destaca que buscará uma boa relação com os poderes constituídos, para diminuir as dificuldades existentes no empreendedorismo gaúcho. “Mas
não deixaremos de lutar por uma menor interferência dos governos na regulação dos negócios. Somente com a liberdade econômica teremos um crescimento efetivo do PIB”, ressalta. Dentre as bandeiras a serem defendidas por Bohn, está a busca pela racionalização dos impostos. “Nós devemos atacar mais fortemente as decisões unilaterais dos governos, que aumentam cada vez mais as obrigações acessórias, criando burocracia. O empresário já gasta, em média, 2,6 mil horas anuais no Brasil para a apuração de tributos e cumprimento de obrigações acessórias, e cada vez se criam mais. Isso tem que parar”, exemplificou. A luta por uma gestão pública eficaz, o fomento ao empreendedorismo, a modernização da relação capital e trabalho e o fortalecimento da representatividade do setor terciário também estão na pauta. “Precisamos auxiliar e reforçar os sindicatos, principalmente os que representam pequenas e microempresas optantes do simples, que não têm mais contribuição sindical, mas necessitam colocar produtos no mercado para ter uma nova forma
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Racionalização dos impostos é um dos desafios da nova diretoria
de arrecadação”, defende. O novo presidente também quer tirar do papel, entre os projetos, a construção da sede para acomodar o crescimento da entidade nos últimos 14 anos. O com-
plexo, próximo ao aeroporto é planejado para comportar as unidades pelos próximos 50 anos, mas o primeiro passo programado é a transferência da área administrativa.
Bohn assumiu a presidência no início de julho
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Conjuntura nacional abala confiança de empresários
Desafio do varejo será a concorrência maior nos próximos anos
O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio do Rio Grande do Sul (Icec-RS) vem apontando redução paulatina há algum tempo e, na primeira metade de 2014, já se observa movimento de queda mais acentuada. Em junho, o Icec-RS registrou 110.4 pontos, com queda de 9,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a maio deste ano, o índice apresentou redução de 2,7%. “Ainda há muito otimismo em relação ao futuro, mas atualmente a preocupação é que a economia brasileira vem puxando o indicador para baixo”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. A desconfiança, para ele, deve-se ao somatório dos problemas estruturais já comuns ao cotidiano das empresas à conjuntura econômica atual, uma combinação desanimadora para os empresários. Segundo Bohn, o Rio Grande do Sul apresenta, de fato, maior instabilidade econômica devido à influência do setor agropecuário e sua dependência das condições do tempo, além de um quadro de deterioração das finanças públicas, mais estrutural. Os fatores que vem determinando redução na confiança dos empresários nesse mo-
mento, contudo, estão mais relacionados à conjuntura econômica nacional. Para o dirigente não existem expectativas de mudanças significativas no cenário tanto para 2014 quanto para 2015. “A economia como um todo deve continuar crescendo pouco, dados os condicionantes que já estão estabelecidos para os próximos trimestres, como a inflação resistente, juros mais altos e os limites de expansão do mercado de trabalho”, afirma. Ele acredita que com uma influência maior do setor agropecuário, a economia gaúcha pode ser favorecida por boas condições climáticas que, pelo menos em 2014, devem garantir um nível de produção bastante positivo e um crescimento um pouco superior para o Estado em relação à economia nacional. Olhando mais especificamente para o setor do comércio, Bohn acredita que o desafio do varejo para os próximos anos será a atuação em um cenário em que o consumo das famílias não cresce no mesmo ritmo que nos últimos 10 anos, o que acabará, por consequência, estabelecendo um ambiente mais exigente em termos de concorrência para as empresas.
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FEDERASUL
A Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) elegeu como principal bandeira para este ano a infraestrutura. A escolha, segundo o presidente Ricardo Russowsky, vai ao encontro das necessidades das 240 entidades que ela representa. Para o dirigente, a infraestrutura no Rio Grande do Sul tem pouca capacidade de atender às demandas comerciais e da agroindústria. “Estudos mostram uma média de 18% a 20% do custo dessa logística no Estado, que é bem mais alta do que em países mais desenvolvidos. Nos Estados Unidos é de 6%”, compara Russowsky. “Ela encarece o preço dos produtos, reduzindo os resultados da agroindústria, e diminui a capacidade de reinvestimento.” Conforme Russowsky, saú-
de, segurança e educação são demandas históricas da sociedade. No entanto, ele acredita que a logística é uma demanda que, com o crescimento econômico recente, aparece de forma mais acentuada. “Resolvendo problemas econômicos, como o orçamento do Estado e a previdência pública, nós teríamos em menos tempo, na logística, resultados que poderiam melhorar as condições financeiras do Estado. Aí sim, sobrariam recursos para investir em educação, saúde, segurança. Sem recursos não tem como fazer”, pontua. A Federasul defende a fórmula das parcerias público-privadas (PPPs) para solucionar os problemas do Rio Grande do Sul. O presidente analisa que, em educação, saúde e segurança, é mais difícil fazer PPPs. Mas para resolver problemas de estradas, portos e aeropor-
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Infraestrutura é a bandeira de 2014
tos, dentro da logística, é mais fácil. “Tu podes trazer investimentos privados para associar a um projeto em conjunto com o poder público, colocando, inclusive, muito mais dinheiro da iniciativa privada, regulando a questão da logística com muito mais velocidade, resolvendo os gargalos”, explica. O dirigente acredita que, se o governo não optar pelo proces-
Investimentos podem vir de parcerias público-privadas, afirma Russowsky
so de PPPs, não haverá dinheiro suficiente para investir, não haverá produtividade, tampouco saúde, educação e segurança. “A infraestrutura é o tema que a Federasul abraçou neste ano de eleições, para oportunizar a discussão e ao mesmo tempo comprometer”, define. “A Federasul existe como uma entidade de defesa da classe, mas é uma entidade política”, conclui.
“Outro movimento importante que nós estamos fazendo é o processo de interiorização para fortalecer a base da entidade. Levamos o tradicional Tá Na Mesa para o interior, sempre discutindo a infraestrutura”, finaliza o dirigente.
aproveitando as oportunidades para fazer os investimentos necessários e na velocidade adequada ao mercado. Na atual conjuntura, para ele, ainda há uma taxa de câmbio favorável, porém há dúvida de como ela se comportará após as eleições. “Todos os indicadores mostram um aumento na taxa. O real deve cair”, antevê. Além disso, o efeito previsto pelo dirigente é a diminuição da capacidade de importação, o que encarecerá o preço dos produtos vindos de fora, reduzindo a capacidade de compra do empresário e do consumidor, o que pode pressionar a inflação ou fazer com que falte produtos. “O próximo governo deve ter um plano para resolver isso. Nós vamos ter alguns momentos de dificuldades em 2015”, pondera. O dirigente entende que o crescimento do comércio, registrado nos últimos anos, se deve a algumas vitórias do Rio Grande do Sul no agronegócio, além da importação de bens, já que a indústria nacional não é capaz de suprir a demanda interna. “O
Brasil tem usado a taxa de juros para diminuir a demanda e, por outro lado, tem usado o câmbio para reduzir o dólar e manter a capacidade de importação para abastecer o mercado”, explica. Para Russowsky, essas ações, em função do cenário eleitoral, regularão ou manterão a inflação em baixa. Ele afirma que o governo atual precisa manter a inflação em baixa para não diminuir o poder de compra do trabalhador. Para debater os temas que interessam aos empresários gaúchos, a Federasul já está organizando edições especiais do Tá na Mesa (tradicional reunião-almoço realizadas semanalmente pela entidade). O convite oficial já foi feito para Tarso Genro, do Partido dos Trabalhadores (PT), Ivo Sartori, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Ana Amélia Lemos, do Partido Progressista (PP) e Vieira da Cunha, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), os quatro candidatos ao governo do Estado que estão melhor colocados nas pesquisas eleitorais.
Cenário de insegurança até as eleições Brasil é de insegurança. Russowsky acredita que, mesmo melhor estruturado do que há 20 anos, quando dependia exclusivamente da taxa de câmbio e de juros para atrair
investimentos externos, e com uma reserva de U$ 400 bilhões (que está sendo usada para controlar o processo inflacionário visando à geração de uma indústria forte), o País não está
IVAN ANDRADE/DIVULGAÇÃO/JC
O presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), Ricardo Russowsky, afirma que, a médio prazo, o cenário econômico do
Reunião-almoço Tá na Mesa irá promover debate com candidatos
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O MELHOR JEITO DE HOMENAGEAR O DIA DO COMÉRCIO É VENDENDO. E NADA VENDE MAIS DO QUE AGREGAR VALOR PARA O CLIENTE. O Jornal do Comércio sempre oferece algo a mais para seus leitores: informação diferenciada, conteúdos com alta qualidade e muita profundidade. Nosso leitor é exigente, tem alto poder aquisitivo e muito senso crítico. E nada melhor do que fazer negócios com um consumidor assim, qualificado. Aproveitamos o dia de hoje para homenagear o comércio e todos que buscam em nosso jornal uma oportunidade de fazer mais e melhores negócios.
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Aposta em inovação para crescer vência, que atualmente está em 73% nos primeiros dois anos de atividade, valores semelhantes ao de países europeus”, comemora o presidente do Sebrae/RS. Vitor Augusto Koch. Com um investimento previsto de R$ 23 milhões para 2014, em programas como Sebraetec, uma plataforma de serviços tecnológicos com acesso subsidiado de 80% à soluções e conhecimento técnico para melhoria de processos ou produtos; e os Agentes Locais de Inovação, que disponibilizam assessoria gratuita para o desenvolvimento de inovações tecnológicas em produtos e processos, o Sebrae/RS pretende auxiliar 15 mil empreendimentos a aumentar sua competitividade através da inovação. “Não se trata apenas de investir em novas tecnologias, mudança de processos reduz custos e gera eficiência, uma medida simples pode representar grande resultado”, explica o presidente.
As iniciativas fazem parte do escopo da atuação da entidade, que trabalha junto às MPEs visando ao apoio à desburocratização, à redução da carga tributária, ao acesso ao crédito e à capacitação em gestão do empresário, buscando impulsionar o crescimento dos pequenos negócios gaúchos. Um projeto iniciado em 2013 no Estado, por meio de parceria com o governo estadual, é o Fornecer - Compras Públicas para Micro e Pequenas Empresas. Com essa iniciativa, o governo gaúcho já contratou aproximadamente R$ 70 milhões dos pequenos negócios e economizou 30% em suas aquisições. O Sebrae/RS atua na preparação das MPEs para serem fornecedoras.
Koch comemora que micro e pequenas empresas estão melhorando muito a taxa de sobrevivência
JOÃO ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
Em 2013, os pequenos negócios foram responsáveis pela criação de 1,1 milhão de novos empregos no País, de acordo com levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em nível nacional. Com essas contratações, as micro e pequenas empresas (MPEs) foram responsáveis por 88,3% dos empregos formais gerados no País no último ano, contra 81,5% em 2012. No Rio Grande do Sul, foram 70 mil postos de trabalho em 2013. No primeiro semestre deste ano, já são mais de 27,5 mil. Apesar dos números, abrir uma empresa e mantê-la é um desafio para o empreendedor brasileiro. Entre as diversas alegações para não empreender, a burocracia e a carga tributária do País estão entre as mais comuns. “Mesmo enfrentando essas dificuldades, um dado que nos deixa otimista é que as MPEs estão melhorando muito a taxa de sobrevi-
JOÃO ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
SEBRAE
Estímulo à cooperação No Estado, a média de variação do volume de vendas do setor de comércio e serviços entre 2004 e 2012 foi de 5,4%, enquanto em 2013 foi de 3,8%. Apesar da redução do ritmo de crescimento, o indicador de 2013 ainda foi favorável, e 2014 deve seguir esta tendência. Por outro lado, os varejistas têm que lidar com o crescimento do e-commerce e o avanço das grandes redes. A situação é agravada pelo baixo conhecimento de gestão pela qualidade e produtividade empresarial reduzida. Com base neste cenário, o Sebrae/RS estimula a cooperação entre as empresas para a ampliação da competitividade através de ganho de escala, e também por meio da diferenciação empresarial. São desenvolvidos 30 projetos que envolvem 2,6 mil empresas, que recebem um atendimento focado e continuado. Além dos projeHainzenreder ressalta a descentralização para aproximação com clientes
tos específicos, existem diversas iniciativas e ações transversais. “Neste sentido, destaco a missão para a National Retail Federation Big Show, em Nova Yorque, que é a maior convenção de varejo do mundo e na qual temos viabilizado a presença de diversas micro e pequenas empresas gaúchas”, diz o presidente do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch. Ele ressalta, ainda, a parceria com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) para a realização do programa Q Comércio, que visa a capacitar, instrumentalizar e reconhecer o comércio que adota o modelo de gestão da qualidade, segundo os critérios da excelência da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O programa já atendeu cerca de mil empresas. Para o superintendente do Sebrae-RS, Léo Hainzenreder, a descentralização é o segredo para que os serviços e produtos da entidade - que apenas em 2013 atendeu 155,4 mil empresas formais no Estado -, estejam mais próximos dos clientes e das realidades regionais. Por isso, com uma estrutura que
conta com 10 regionais, 16 unidades próprias de atendimento e 19 pontos de atendimento ao empreendedor, viabilizados por meio de parcerias, além de cinco unidades móveis, a expectativa neste ano é atender a 158,2 mil empresas, por meio de consultorias, cursos, palestras, orientações técnicas, projetos coletivos, atendimento individual, rodadas de negócios, feiras, missões nacionais e internacionais e ações de inovação. Está programada, também, uma nova edição da Feira do Empreendedor, em Porto Alegre, no mês de setembro. O evento possibilita que, durante quatro dias, empresários e candidatos possam conferir oportunidades diversificadas sempre com foco no mercado, tais como: abertura de empresas, gestão empresarial, alternativas de negócios, novos empreendimentos, inovações tecnológicas e acesso ao mercado e ao crédito. A feira contará, ainda, com eventos paralelos como o 5º Fórum Estadual do Varejo, o 6º Seminário de Educação Empreendedora e o 4º Fórum de Empreendedorismo.
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SENAC
A Educação a Distância (EAD) é uma das apostas do Senac. A entidade oferece programações que vão da Formação Inicial e Continuada (FIC) até cursos de pós-graduação. Em 2013, foram computadas 7,5 mil matrículas em EAD. No primeiro trimestre deste ano, o número atingiu 11,4 mil. No Rio Grande do Sul, a entidade é protagonista na oferta dos cursos técnicos de Ensino Médio na modalidade EAD para todo o Senac do Brasil. O seja, os demais estados captam os alunos, mas toda a produção é feita em solo gaúcho. Conforme o diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, já é identificado um aumento na procura pelos cursos em 2014. Nos primeiros meses deste ano, 1,2 mil alunos já fizeram inscrição. No ano passado, o total de inscritos foi de 2,9 mil. Para Rosa, a dinâmica dos cursos explica o interesse. “A legislação permite que o aluno faça 80% das aulas a distância. E tem uma porção de atividades, oficinas e bate-papos que permitem que ele se aproprie de uma série de competências”, explica. No entanto, ele salienta que é preciso comprometimento para cumprir a grade curricular. “As pessoas têm a ilusão de que
um curso técnico a distância é mais fácil do que o presencial.” Segundo ele, a modalidade exige ainda mais do estudante, que precisa produzir, ler e fazer uma série de atividades individualmente. A sistemática pretende tornar a vida dos estudantes mais simples, disponibilizando ambientes de estudo próximos. Todas as unidades do Senac no Brasil estão cadastradas como polo para receber alunos, que, como enumera Rosa, “podem estar em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará ou em Pernambuco.” As unidades locais são responsáveis por fornecer os 20% das aulas presenciais previstas. Os outros 80% são ensinados por professores do corpo docente do Rio Grande do Sul. Rosa acredita que a modalidade está crescendo muito por conta do avanço da tecnologia da informação e também pelas crescentes dificuldades de mobilidade urbana. O modelo desenvolvido pelo Senac-RS já ultrapassou as fronteiras do território nacional. No primeiro semestre deste ano, a entidade fechou uma parceria com uma escola do Japão. Estimativas indicam que há 200 mil brasileiros no país asiático, e a
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Educação sem fronteiras
embaixada brasileira indicou a entidade para oferecer cursos técnicos a distância para esse público. “Agora, no segundo semestre deste ano, devemos iniciar o técnico em Administração para brasileiros que estão residindo em território japonês. Para os 20% de aulas presenciais, que correspon-
dem à parte prática, irá um professor nosso até a Ásia”, relata o diretor regional. “São avanços na educação e na educação a distância permitindo uma profissionalização de qualidade a qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo”, afirma. A experiência do Senac em educação profissio-
Cursos EAD permitem profissionalização de qualidade em qualquer parte do mundo
nalizante está voltada para o setor do comércio de bens, serviços e turismo há 68 anos e continua apostando na inovação para atingir ainda mais pessoas.
SENAC/DIVULGAÇÃO/JC
Democratização na educação profissional
Entidade inaugura novas unidades no Estado
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) oferece formação em diferentes níveis de ensino, de cursos de aperfeiçoamento a pós-graduação. Até hoje, já prestou mais de 55 milhões de atendimentos, com programações presenciais e a distância. As empresas pedagógicas e as unidades móveis estão distribuídas em mais de 4 mil municípios, em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, onde integra o Sistema Fecomércio-RS, o serviço já beneficiou cerca de 7 milhões de gaúchos. O Senac-RS conta com quatro faculdades, espalhadas pelas cidades de Porto Alegre, Pelotas e Passo Fundo, 39 escolas de educação profissional distribuídas pelo Estado e 20 Balcões Sesc/ Senac, que atendem a todos os 497 municípios gaúchos. Comemorando a ampliação de sua estrutura com a inauguração de unidades em Tramandaí, Carazinho e Montenegro no primeiro semestre do ano, o Senac-RS dá mais um passo para a democratização da educação profissional no Estado. “Sempre que abrimos uma unidade, nós avaliamos o cenário da
região. Conversamos com as entidades para alinhar e definir inclusive o tipo de equipamento que vamos colocar lá, se vai ser um laboratório de cozinha, de imagem pessoal, ou se serão outros segmentos. Os cursos estão vocacionados às prioridades da região”, explica o diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, ao revelar que, para o ano de 2014, o investimento previsto em infraestrutura é de R$ 23 milhões. No ano passado, foram R$ 18 milhões para a abertura de novas unidades. Outras iniciativas também garantem a universalização da educação. Além de receber alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, a entidade oferece o Programa Senac de Gratuidade (PSG), que forma, sem custo, cerca de 20 mil jovens ao ano. Resultado de uma parceria do Senac com a União, o PSG oferece três tipos de cursos: Aprendizagem, Capacitação e Educação Profissional Técnica de Nível Médio para pessoas cuja renda familiar per capita mensal não ultrapasse dois salários-mínimos (nacional).
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SESC
Por meio de uma atuação focada no aprimoramento e qualificação das ações e modelos já em funcionamento, a intensidade e a forma como vem trabalhando o Serviço Social do Comércio (Sesc/RS) impressiona. De acordo com o diretor regional do Sesc/ RS, Luiz Tadeu Piva, um dos diferenciais já computados esse ano foi a ampliação do Programa Mesa Brasil Sesc no Estado, com a inauguração da unidade em Ijuí, assim como melhorias nas instalações já existentes em Erechim, Lajeado, Santa Cruz do Sul e Tramandaí. A adequação do Sesc Campestre/Porto Alegre, como um dos Centros Oficiais de Treinamento de Seleções na Copa do Mundo, igualmente fez parte da agenda. “Inauguramos, em março, a Unidade Sesc Chuí, assim como no mês de maio, aconteceu a inauguração da 2ª Unidade Sesc de Saúde Preventiva”, diz Piva. E as novidades não param, pois até o fim deste ano será inaugurado o Sesc São Luiz Gonzaga. Segundo
o dirigente, até o início de 2015, estão programadas as inaugurações dos prédios próprios do Sesc Camaquã e Carazinho, assim como a inauguração da Unidade Sesc Canoas e a apresentação das melhorias do Sesc Bento Gonçalves, bem como o início das obras do prédio próprio do Sesc São Leopoldo. “Ainda na linha de ampliação, o Rio Grande do Sul receberá duas Unidades Móveis de Saúde Visual, que circularão por todo o Estado, a exemplo das demais unidades móveis da entidade.” Presente nos 497 municípios gaúchos, com a missão de promover a qualidade de vida dos comerciários e comunidade em geral com ações de saúde, esporte, lazer, cultura, educação, turismo e assistência, o Sesc utiliza modernas ferramentas de gestão e prima pela excelência dos seus serviços. Conforme o diretor Piva, os resultados obtidos nos últimos anos evidenciam a importância da implantação dos conceitos de qualidade, que hoje estão inseridos no
CLAITON DORNELLES/DIVULGAÇÃO/JC
Em ritmo intenso para garantir o bem-estar
Entidade leva cultura e lazer para as cidades gaúchas
Das 44 unidades operacionais no território estadual, três são hotéis e 20 são Balcões de atendimento Sesc/Senac – extensões das Unidades Educacionais do Senac e das Unidades Operacionais do Sesc. Além dessas estruturas físicas nas cidades, circulam pelo Estado as unidades móveis, que otimizam a descentralização dos serviços da entidade e levam mais qualidade de vida à população gaúcha. “Essas unidades possibilitam chegarmos a todos os municípios do Rio
dia a dia da organização. “Além dos resultados tangíveis, podemos destacar os intangíveis, o nosso capital intelectual ativo e inovador”, comemora o dirigente, principalmente pelo reconhecimento obtido em 2013, como a 5ª Melhor Empresa para se Trabalhar no Rio Grande do Sul, na categoria grandes empresas, conferido pelo instituto Great Place to Work.
Grande do Sul e levam mais bem-estar aos comerciários e comunidade em geral”, avalia. A RecreArte, unidade móvel de cultura e lazer, foi inaugurada em agosto de 2013 e já esteve em mais de dez cidades. “A comunidade, em todas as localidades, sempre é muito receptiva com o fato de contar, gratuitamente, com o acesso a atividades, como apresentações teatrais e musicais, sessões de cinema, oficinas artísticas, jogos gigantes e parque de infláveis”, avalia Piva.
CLAITON DORNELLES/DIVULGAÇÃO/JC
Menos sedentarismo e mais qualidade de vida
Primeira unidade do Saúde Preventiva já prestou mais de 37 mil atendimentos gratuitos
O mais novo lançamento do Sesc é o Esporte Sesc — Praticar Faz Bem, um conceito que vai englobar todos os projetos esportivos desenvolvidos pela entidade, que tem a finalidade de mostrar para as pessoas a importância da prática da atividade física para promover o bem-estar físico da comunidade. O diretor regional do Sesc/RS, Luiz Tadeu Piva explica que essa linha vai permear todas as ações, incluindo os torneios e competições, tais como o Circuito Verão Sesc de Esportes, Jogos Comerciários, Jogos Sesc de Masters e Sêniors, Triathlon Sesc – Circuito Nacional e o Circuito Sesc de Corridas, além das ações voltadas à qualidade de vida promovidas pelas Academias Sesc. “O Esporte Sesc – Praticar Faz Bem é uma ação para o Move Brasil, campanha nacional em prol do combate ao sedentarismo”, diz. Nessa mobilização, a prin-
cipal intenção é mostrar que o esporte, além de melhorar a qualidade de vida, promove o desenvolvimento social. Por isso, ações conjuntas relacionadas ao esporte e atividades físicas para estimular as pessoas, respeitando a diversidade, farão parte do movimento. Outra ação em saúde é a Unidade Sesc de Saúde Preventiva, projeto pioneiro no País e originário do Estado, que completou cinco anos em junho. Somente a primeira unidade já esteve em 26 cidades, registrando mais de 37 mil atendimentos gratuitos. A entidade também conta com cinco OdontoSesc’s (unidade móvel de saúde bucal), duas Unidades Sesc de Saúde Preventiva (USSP’s), com exames de mamografia, ultrassom, citopatológicos de colo de útero, exames oftalmológicos e os Passaportes para a Saúde, três BiblioSesc’s e unidades móveis com empréstimo de livros.
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SINCODIV
Uma preocupação recorrente do Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS) são as oscilações da economia, que interferem diretamente no resultado das vendas de veículos. “Considerado pelos economistas como o termômetro da economia nacional, o setor automotivo está na mira de quem antecipa queda ou crescimento de um país”, ressalta o presidente, Fernando Esbroglio. Por isso, ele sente o setor sem reação e refém das políticas públicas e tributárias indefinidas. “As taxas tributárias no Brasil estão entre as maiores do mundo. Quando o governo acena com a possibilidade de redução de um tributo ou com a possibilidade de uma linha de crédito, o mercado para, fica em compasso de espera”, diz.
O setor automobilístico passa por uma diminuição no ritmo de vendas acompanhada pelo aumento do estoque das fabricantes. Os números de vendas de veículos no acumulado de 2014 (janeiro a maio) apontam queda de 5% se comparados ao mesmo período de 2013. “Acreditamos em um segundo semestre melhor, porém, a facilidade no crédito é fundamental para o desenvolvimento do mercado”, constata. O dirigente elenca as principais demandas dos integrantes setoriais: políticas de crédito, pleito na agilidade da liberação de crédito, equalização tributária com o restante do País, incentivos para renovação de frota e linha de crédito para usados. A entidade, presente em 494 municípios gaúchos, entende que o mercado automotivo precisa crescer de forma sustentável, em torno de 8%. “Os números recor-
FREDY VIEIRA/JC
Entidade avalia oscilações da economia
des entre 2007 e 2012, com crescimento equivalente a mais de 20% em anos como 2007/2008, não podiam ser mantidos”, relembra Esbroglio. Ele destaca que os mercados que sentiram a crise de forma mais acentuada foram o de motos e o de usados, mais relacionados a financiamentos. “Hoje as instituições exigem 30% a 50% de entrada para
Para Esbroglio, crédito é fundamental para o desenvolvimento do mercado
financiar um veículo seminovo. Vale lembrar que os seminovos são moeda na troca por um veículo novo”, salienta. Outro mercado que apresentou retração foi o de importados, visto que tem um índice de financiamentos da ordem de 80%. Os segmentos de caminhões e implementos, apesar dos altos índices de financiamento, dependem do crescimen-
to do agronegócio. “Importante ressaltar que mercados como mineração, celulose e construção civil não devem fazer novos investimentos pós-Copa do Mundo, porém, a agricultura nacional tem boas perspectivas”, finaliza.
grupo, com atenção especial no desenvolvimento e na promoção pelo Interior do Estado. “O Sincodiv-RS tem 16 anos desde a fundação, a Fenabrave-RS está
no Estado desde a década de 1960. Hoje, as entidades contam com mais de 700 concessionários associados. São empresas que comercializam autos e comerciais leves, ônibus, caminhões, motos, máquinas e implementos agrícolas e rodoviários. Há 10 anos esse número era de 400 concessionários”, assinala. Apesar dos entraves, Esbroglio sinaliza que a grande maioria dos distribuidores tem intenção de expandir o seu negócio nos próximos anos por meio de ações como o incremento da equipe de vendas e a diversificação da atuação e dos produtos. Baseado nisso, o Sincodiv/Fenabrave-RS desenvolveu, de forma eletrônica, um Banco de Empregos a ser consultado pelo concessionário. Também, para uma ampla visão dos acontecimentos e disponibilização de informação à rede de associados, a entidade envia boletins diários sobre mercado, economia, parceiros e boas práticas, além de informes legais de recursos humanos e contabilidade.
Liberação de crédito, renovação da frota, em especial a de veículos pesados, e comunicação entre o Judiciário e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) são os temas mais abordados nos encontros mensais para debates de questões inerentes à categoria. As reuniões-almoço na sede, em Porto Alegre, vêm estimulando a categoria e têm como característica a presença de representantes de autarquias, membros do governo, entidades afins com o setor e jornalistas. Segundo o presidente do Sincodiv e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Fernando Esbroglio, assuntos como as mudanças administrativas nas concessionárias com o novo e-Social também são pauta. A entidade congrega as empresas do setor automotivo e tem como principal objetivo a defesa dos direitos e interesses da rede de distribuição, administrativa e judicialmente. Também representa a categoria nas relações laborais e na manutenção da saúde do negócio. Lotada em uma sede
LAURIANE BELMONTE/DIVULGAÇÃO/JC
Reuniões-almoço unem a categoria
Temas mais importantes para o setor são discutidos mensalmente
de 500 m2, oferece salas para palestras, conferências e reuniões, com computadores, estrutura administrativa e secretariado, além de assessoria jurídica, tributária
e de comunicação. De acordo com o presidente, no intuito de manter as conquistas anteriores, a atual diretoria tem focado nos trabalhos em
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Crescimento do primeiro trimestre impressiona O volume das vendas do atacado no Rio Grande do Sul teve um crescimento nominal de 8%, sendo o crescimento real, descontando-se a inflação do período, de 2,1%, no comparativo de março de 2014 com março de 2013. Já no acumulado do ano, de janeiro a março de 2014, o resultado apresentou um crescimento nominal de 9,4% para um resultado real de 4,7%. Os dados são do Índice de Vendas do Comércio (IVC), calculado por meio de convênio entre a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Fundação de Economia e Estatística (FEE) e Secretaria da Fazenda (Sefaz).
“Como no acumulado dos últimos 12 meses, considerando o mês de maio, tivemos um crescimento nominal de 9,5% e um crescimento real de 3,7 %, podemos dizer que, no primeiro trimestre do ano de 2014, houve um crescimento maior que no acumulado anual”, constata o vice-presidente em exercício da presidência do Sindicato do Comércio Atacadista de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas-RS), Luiz Henrique Hartmann. De acordo com ele, as médias foram puxadas, principalmente, pelos setores de máquinas, aparelhos e equipamentos (17%); veículos, motocicletas, partes, peças e
MARCOS NAGELSTEIN/JC
SINDIATACADISTAS
acessórios (10,7%); combustíveis (11,1%); e material de construção, madeiras, ferragens e ferramentas (7,5%). Os setores com desempenho mais discreto foram os de artigos de uso pessoal e doméstico (3,4%) e produtos intermediários industriais (2,7%). O desempenho foi negativo para produtos alimentícios, fumo e bebidas (-0,6%); mercadorias em geral (outros), com -1,4%. O setor atacadista gaúcho, composto por 13 mil empresas,
Para Hartmann, incertezas do ano eleitoral podem refletir no desempenho dos volumes de vendas do atacado
emprega diretamente aproximadamente 120 mil pessoas e engloba sete sindicatos por meio do Sindiatacadistas-RS. Para Hartmann, o principal desafio para manter taxas positivas de crescimento está na manutenção da atividade da construção civil e na queda acentuada nas vendas dos itens ligados à indústria automobilística. “Não podemos desconsiderar que o desaquecimento das vendas de veículos novos faz crescer a procura por seminovos e, automatica-
mente, também uma procura por manutenções, o que faz aquecer a venda de peças e itens de manutenção”. Ele acredita que as incertezas, normais de ano de eleição presidencial, poderão trazer reflexos no desempenho dos volumes de vendas do atacado.
gional, que atenderão às demandas locais dos associados no que tange a convênios, treinamentos e extensão dos principais serviços que hoje são feitos de forma centralizada na sede na Capital. Outro importante instrumento do sindicato é o Programa Qualificar, que oferece cursos sobre assuntos importantes do dia a dia das empresas. O objetivo é capacitar os profissionais das empresas desde a parte comportamental/motivacional, bem como dotá-los das atuais técnicas de relacionamento com clientes e fechamento de negócio. Segundo o presidente, uma média de 40 diferentes programas por ano tem sido ofertada. “Estes programas são escolhidos em especial a partir de demandas identificadas em visitação às empresas representadas, além de pesquisas dirigidas realizadas pelo Sindicato”, esclarece Hartmann. Práticas contábeis, em especial a relativa à implantação da Nota Fiscal Eletrônica, até o Sistema Público de Escrituração Digital igualmente estão contempladas. Em 2013, o Programa passou a oferecer também cursos customizados no formato in com-
pany para as empresas da base. Visando à interiorização do Programa Qualificar, com a facilitação do acesso dos atacadistas das diferentes regiões do Estado aos conteúdos do Programa, o Sindiatacadistas-RS está acoplado ao projeto Giro Pelo Rio Grande, uma iniciativa do Sistema Fecomércio-RS na aproximação da entidade com suas empresas de base e a difusão de conhecimentos da área empresarial. “Em 2013, o Sindiatacadistas-RS se manteve presente em todas as etapas do Giro pelo Rio Grande, o que significa dizer que esteve nos quatro cantos do Estado, participando ativamente do estreitamento de relações com o empresariado associado local, ouvindo suas demandas e buscando interagir na busca de soluções”, diz Hartmann. Em sua maioria, os eventos contaram com profissionais qualificados ministrando palestras sobre as mais recentes implantações da área fiscal e tributária, tais como NFE e Sped fiscal, oportunizando aos profissionais da área melhor entendimento do assunto.
Capacitação nos quatro cantos do Estado da para 2014, Luiz Henrique Hartmann destaca que a prática de ações sustentáveis e ambientalmente corretas fará parte da agenda ao longo do ano. Exemplos dessas ações são o programa Cicloatividade, com passeios ciclís-
ticos na cidade de Porto Alegre, com mais de 400 participantes, e atividades de cidadania, como o Dia da Limpeza da Orla do Guaíba. Ainda na linha de projetos, está em avaliação a implantação de escritórios de coordenação re-
SINDIATACADISTAS/DIVULGAÇÃO/JC
A atuação do Sindiatacadistas-RS no apoio às empresas vai além da interface junto aos poderes e órgãos de Estado. A entidade também realiza importantes ações de qualificação e conscientização. Com uma gestão renova-
Profissionais qualificados ministram palestras com temas da área fiscal e tributária
Dia do
Comércio
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Porto Alegre, quarta-feira, 16 de julho de 2014
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SINDILOJAS
Feira Brasileira do Varejo é oportunidade de bons negócios O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, destaca que o empenho na realização da Febravar é oriundo da concepção de que a feira oportuniza aos lojistas desenvolvimento generalizado, por um lado gerando negócios e, por outro, levando informações qualificadas para os comerciantes. “A Febravar é uma feira única no Brasil e deve trazer muita inovação para os lojistas, troca de informações e o que há de melhor e mais recente em consultoria de varejo”, afirma o dirigente. No ano passado, o evento trouxe à Porto Alegre tecnologias e novidades que ainda não tinham sido apresentadas no País. A empresa NC4U Digital Solutions, por exemplo, apresentou um painel interativo inédito no Rio Grande do Sul. Outros itens como provador virtual, piso interativo que alterava o jogo de sombras e luzes conforme os movimentos das pessoas, além de sistemas de automação, foram apresentados por outras empresas e chamaram a atenção dos lojistas como alternativas inovadoras para os pontos de venda. Para Kruse, os investimentos na feira representam a própria visão do Sindilojas Porto Alegre em qualificar continuamente o lojista frente aos avanços do varejo, a exemplo do e-commerce e das
Kruse destaca a Febravar, que traz inovação e troca de informações para os lojistas
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Com sua atuação focada no fortalecimento do setor varejista da Capital e de Alvorada, o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre) promove, entre os dias 15 e 17 de setembro, no Centro de Eventos BarraShoppingSul, a segunda edição da Feira Brasileira do Varejo (Febravar). A feira é o principal projeto do Sindicato, sendo idealizada para levar cada vez mais tecnologia e inovação ao setor. Também objetiva oportunizar aos lojistas fechar bons negócios e levar mais conhecimento aos seus estabelecimentos. A 2ª Febravar acontece paralelamente ao Congresso Brasileiro do Varejo, que trará a Porto Alegre importantes nomes do varejo nacional e internacional, com o objetivo de qualificar lojistas e suas equipes a partir da experiência de renomados estudiosos e empresários do setor. A principal atração do Congresso será o escritor e psicólogo comportamental especializado em ciência do consumo Paco Underhill, considerado referência mundial em pesquisas sobre varejo. Ele profere palestra no dia 16 de setembro, às 20 horas. A CEO da rede Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, virá à Capital no dia 15 de setembro, para compartilhar com o público o case da rede e seus diferenciais.
constantes mudanças tecnológicas que atingem o setor. Justamente por isso, um dos mais importantes focos da feira são as novas tecnologias disponíveis para aplicação no comércio, a fim de aproximar os comerciantes de tendências e processos que existem para incrementar o atendimento ao consumidor e o resultado de seus negócios. “Teremos novas tecnologias apresentadas na feira, fundamentais
para quem pretende sobreviver em um varejo competitivo”, salienta Kruse. Em seu primeiro ano de mandato na presidência do Sindilojas Porto Alegre – Kruse foi empossado em março deste ano, o dirigente considera um desafio dar continuidade ao planejamento e à execução da Febravar, iniciado pelo ex-presidente Ronaldo Sielichow, que liderou a entidade
entre 2007 e o início de 2014. O dirigente acrescenta que a grande meta do Sindicato é torná-la uma referência para o varejo brasileiro, caminho que vem sendo trilhado com o desenvolvimento da feira. “O Sindilojas Porto Alegre enxergou que no futuro a Febravar pode ser referência no Brasil, assim como é a NRF (maior evento de varejo do mundo), na qual ela foi inspirada”, destaca.
SINDILOJAS/DIVULGAÇÃO/JC
Vale Mais movimenta mês de setembro pelo sexto ano
Promoção distribui R$ 350 mil em prêmios para consumidores e vendedores
O Sindilojas Porto Alegre trabalha para oferecer as melhores oportunidades de desenvolvimento aos lojistas da região. A promoção Vale Mais, por exemplo, promove, desde 2009, vendas no mês de setembro, período com vendas mais fracas por características sazonais, como a ausência de datas comemorativas importantes para o comércio. Desde a entrada da promoção no mercado de Porto Alegre e Alvorada, há seis anos, os comerciantes registram melhores índices de venda no período. Somente no ano passado, as vendas foram incrementadas em cerca de 10% entre os lojistas que participaram da Vale Mais.
A ação distribui R$ 350 mil em prêmios para consumidores e vendedores, sempre em vale-compras, beneficiando não apenas os sorteados, mas o próprio comércio, que absorve integralmente os valores distribuídos. Neste ano, a Vale Mais – que acontece de 1 a 30 de setembro –, tem como novidade a interatividade. O cadastro para participação é online, tanto para os consumidores quanto para vendedores, que receberão uma senha para ser inserida no site www.valemaiscompraraqui. com.br. A nova dinâmica de cadastro pela internet possibilitará maior agilidade dentro das lojas, além de economizar papel.
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Caderno Especial do Jornal do Comércio
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