Jornaldodia17032014

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MACAPÁ-AP, DOMINGO E SEGUNDA, 16 e 17 DE MARÇO DE 2014 - ANO XXVII

* FUNDADO EM 04 DE FEVEREIRO DE 1987

•DOMINGO E SEGUNDA R$ 2,50 •TERÇA A SÁBADO R$ 1,50

SEMANA SANTA

NISSAN FRONTIER

Preço do pescado deve aumentar em quinze dias

Picape ganha série limitada

Nissan lança picape Platinum e adota preços fixos nas revisões. D3

Os mais procurados são o filhote, dourado, tambaqui e a pescada amarela. C3

Com a grande procura, preço deve disparar

AGÊNCIA AMAPÁ

Banda larga será realidade a partir de segunda-feira Pelo acordo, o preço por um mega será a partir de R$ 69; hoje é acima dos R$ 120

GOVERNADOR Camilo Capiberibe: renúncia fiscal como forma de atrair os empreendedores

A partir desta segunda-feira, 17, o sonho do cidadão amapaense de ter uma internet mais veloz, e principalmente mais barata, começa a se transformar em realidade. Nesta data, o governador Cami-

lo Capiberibe fará a entrega oficial da banda larga por fibra ótica, um empreendimento que começou em 2011. São 400 quilômetros de fibra ótica trazidos via Guiana Francesa para o Estado. nB1 ERICH MACIAS

ENTREVISTA

“Estão esquecendo de discutir o Amapá” Em entrevista exclusiva ao Jornal do Dia, o pré-candidato ao GEA, Jorge Amanajás, e o vice-prefeito Allan Sales, analisam a realidade do AP. nB3

TRÂNSITO

Acidentes são maiores responsáveis por cirurgias O aumento da frota, aliado à pressa e imprudência no trânsito, fizeram com que semanalmente dezenas de pessoas des-

sem entrada no Hospital de Emergências de Macapá (HE) vítimas de fraturas, oriundas dos acidentes de trânsito. nB2 JORNAL DO DIA

POLÊMICA

Civil e Politec divergem sobre caso do bebê violentado

JORNAL DO DIA

O acusado continua preso por estupro de vulnerável porque realizou ato libidinoso com a criança, confessado em depoimento. nC3

JORGE e Allan: pensar o Amapá

EM DISCUSSÃO

OPINIÃO

Produção de pescado cresce um milhão de toneladas No último dia no cargo, o ministro da Pesca Marcelo Crivella, revelou que o país quase dobrou a produção de pescado em 2013. nC2

DELEGADA manteve prisão do acusado

O HOSPITAL de Emergências só em 2013 realizou 2970 cirurgias ortopédicas DIVULGAÇÃO

NESTA EDIÇÃO

Dependente nem sempre traz vantagens no IR

CADERNO A............................4Pag. CADERNO B............................4Pag. CADERNO C............................4Pag. VEÍCULOS D............................4Pag. CLASSIDIA..............................8Pag.

O motivo é simples: o valor total da renda dos dependentes pode não ser compensado pelos abatimentos previstos em lei. Assim, o contribuinte acabará pagando mais. nC1

Análise: diabetes, um assunto nada doce... A diabete é uma das doenças que mais tem crescido, e causado grande preocupação aos médicos de todo o mundo. nC2

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NA INTERNET: www.jdia.com.br - REDAÇÃO: 3217.1117 - COMERCIAL: jdcomercial@jdia.com.br 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO: 3217.1111 - ATENDIMENTO: 3217.1110


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Opinião

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

Poucas & Boas

• NÃO ENTRANDO

nessa de que um pague por todos, mas no Programa Mais Médicos, atualmente implantado no Brasil por força de medida provisória respaldada pelo Congresso Nacional. Um deles atua no município de Itaboraí, bairro de Sapé (RJ). Seu nome: Guilherme Matos King Registro no MS 3.300/120/RJ. Mas o Governo brasileiro não está tendo o cuidado em saber a vida pregressa desses profissionais.

• MATOS KING optou

pela carreira médica na Escola Latino Americana e Medicina de Cuba (ELAN) como “prêmio” pela participação na luta armada nas trincheiras da guerra fratricida angolana, onde fez parte do Comando Estratégico das Operações.

A “vocação” médica só veio depois.

• FINALMENTE a polícia

meteu detrás das grades duas pessoas ligadas ao aliciamento de jovens meninas para serem entregues a cidadãos de origem francesa, com elas fazendo o papel de prostitutas. Isso só veio à tona devido à denúncia de duas funcionárias de uma pousada que estariam sendo obrigadas a fazer programas sexuais com estrangeiros.

decisões tomadas. Mas daqui para frente, conforme o rumo que cada dê as suas candidaturas, não vai ser difícil adivinhar as intenções de cada um.

• NO ÚLTIMO sábado,

quem esteve em Oiapoque foi o candidato a candidato ao Governo do

Estado Waldez Góes. Reuniu com o “staff” do PDT na fronteira onde tratou de uniformizar as conversas políticas e instituindo normas estratégicas a serem utilizada antes das convenções. Alguns membros da situação, mas insatisfeitos com o tratamento dado a eles pediram – e foram atendidos - para participar da reunião e foram bem acolhidos.

Q

CONSELHO EDITORIAL Presidente:

Aldenor Benjamim dos Santos

CONSELHEIROS Haroldo Pinto Pereira Danieli Amanajás Scapin Carlos Augusto Tork de Oliveira José Arcângelo Pinto Pereira Janderson Carlos Nogueira Cantanhede Heloisa Figueiredo Pereira

zar, na “bifurcação”, qual o caminho que deve seguir. A liderança no processo político é mais exigente, tanto com relação às questões naturais do líder, como com relação às necessidades comportamentais dos liderados. Há uma espécie de dependência

Opinião .....................A2, A3 Geral ..........................A4 Geral ..........................B1,B2,B3 Polícia ........................B4

que tomam as iniciativas e que, de certa forma, têm coragem para enfrentar os desafios. O momento da seleção é que precisa ser cuidadoso, não pode ter a influência emocional e muito menos episódica, levando ao cometimento de erros, na maioria das vezes, com a vontade de proteger, dar uma segunda chance e de demonstrar proteção com a vontade de ser identificado e recompensado posteriormente. O líder verdadeiro não admite troca de favores. Admite isso sim, conquis-

1º Presidente: Júlio Maria Pinto Pereira 1987 a 1991 - (*1954 +1994) 2º Presidente: José Arcangelo Pinto Pereira 1991 a 2003

tas coletivas, objetivas e progressivas. Todos aqueles que identificam um líder objetivando curto prazo ou poder, estão irremediavelmente errados, desde a sua proposta de ação coletiva até à expectativa dos resultados que serão obtidos por aquele que elegeu como líder. Toda vez que se percebe em um grupo social, pequeno ou grande, confrontos verborrágicos sem sentido, é bom pelo menos desconfiar que ali não esteja um líder e, pior, podem ser contados vários grupos, alguns de aproveitadores, para confundir a comunidade e confundindo-se entre si. Pode ser isso que esteja acontecendo no Amapá! Não é possível entender o propósito e atender a chamada para que todos se encontrem no pântano do desrespeito, do confronto e da esperteza. Não há justificativa para que todos se enlameiem e deixem todo um povo na dependência das decisões que precisam de propaganda para enfrentar as fortes, e nem sempre justas ou necessárias, críticas. A impressão que dá e de que estamos todos, órfãos de líderes.

Endereços Redação, Administração, Publicidade e Oficinas: Rua Mato Grosso, 296 A Pacoval, Macapá (AP) - CEP 68.908-350 E-mails Pautas e contatos com a redação: jornaldodia@jdia.com.br Editor-Chefe: cantanhede@jdia.com.br Departamento Comercial: jdcomercial@jdia.com.br comercialjd.2011@gmail.com mariaruth@jdia.com.br JD na Internet: www.jdia.com.br VIA CELULAR: m.jdia.com.br Representante comercial Grupo Pereira de Souza – GPS Matriz Rio de Janeiro/RJ - Tel.: (21) 2544.3070; Brasília/DF - Tel.: (61) 3226.6601; São Paulo/SP - Tel.: (11) 3259.6111; Belém/PA - Tel.: (91) 3244.4722

3º Presidente: Maria Inerine Pinto Pereira 2003 a 2005 Vacância do Cargo 2005 a 2012 4º Presidente: Haroldo Pinto Pereira 2013 Presidente Executivo: Haroldo Pinto Pereira haroldopereira@jdia.com.br Vice-Presidente e Diretora Comercial Juliane Pereira juliane.pereira@jdia.com.br Gerente Comercial: Paolo Oliveira paolo.oliveira@jdia.com.br Consultoria Jurídica: Juliane Pereira (OAB/AP 1320) Jakeline Morato Pereira de Souza (OAB/AP 1381) Editor-Chefe: Janderson Cantanhede cantanhede@jdia.com.br

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Acompanha o

caderno de ClasssiDia 8pág. Geral ...........................C1 Esporte ......................C2 Cultura .......................C3 Social ..........................C4

MINISTÉRIO NÃO IMPEDE MORTANDADE DE CRIANÇAS ÍNDIAS

E

nquanto o ex-ministro Alexandre Padilha (PT) se preparava para cair na estrada em pré-campanha para o governo de SP, o Ministério da Saúde fazia vistas grossas, em setembro, para um caso em Japorã (MS), menor IDH do Estado: seis indiozinhos Guarani-Kaiowá de 1 ano morreram de desnutrição

na Aldeia Porto Lindo porque, falida e sem apoio do ministério, a prefeitura fechou o centro de combate à desnutrição. Procurada durante cinco dias, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério informou que a demanda estava na ‘área técnica’ – a mesma que deixou a tribo na mão.

Aos domingos Veículos ....................D1,D2,D3 Informe .....................D4

Debandada

Criado há 5 anos, o centro tinha as despesas divididas entre o ministério e a prefeitura. Mas o governo recuou e deixou todos os gastos com o município, que não deu conta.

Trapalhada pré-eleitoral

coletivos e dos grupos sociais, com permanente atenção ao bem estar de todos. Já os líderes de mau caráter são egocêntricos, narcisistas e perigosamente prejudiciais às coletividades. Cada um do grupo social pode identificar um líder, basta prestar atenção no comportamento e nas atitudes daqueles, do próprio grupo ou fora dele,

Editado por Omega Publicidade Ltda. Rua Mato Grosso, 296 A - Bairro Pacoval CEP. 68.908-350 - Macapá-AP CNPJ 03.926.197/0001-82 Fundado em 4 de fevereiro de 1987 por Otaciano Bento Pereira(*1917 +2006) e Irene Pereira(*1923 +2011)

ÍNDICE

Twitter @leandromazzini

Com o centro fechado e a prefeitura sem dinheiro, as mães não sabem a quem recorrer. A Coluna procurou a Funai, que após horas indicou a.. mesma Sesai que silencia.

Os líderes sem caráter prejudicam os resultados, iludem as comunidades e escondem as suas intenções. da maioria para seguir um caminho, tomar uma posição ou definir uma estratégia de luta ou de administração de casos. Isso quer dizer que a gestão política depende dos líderes natos. Os resultados são adequados ou não para uma sociedade, conforme o caráter do líder. Os líderes sem caráter prejudicam os resultados, iludem as comunidades e escondem as suas intenções. Essas comunidades, as coletividades e os povos precisam de líderes que tenham vocação para a defesa dos interesses

Jornalista

Abandono geral

Órfão de líderes ualquer grupo social se impõe pelas ideias e realizações de seus líderes. Ninguém foge dessa regra e o ser humano tem a necessidade de contar com atitudes de pessoas, às quais pode entregar o comando das suas vontades ou do grupo social ao qual pertence. E tem aqueles que são ativos, importantes agentes de participação, mas precisam ser liderados, orientados e coordenados para serem eficientes nos seus propósitos e eficazes nas suas atitudes. Isso vale para qualquer grupo social e para qualquer pessoa desse grupo, até mesmo para o líder que, mesmo sem qualquer pré-ordem, “descobre” que precisa assumir as rédeas de um grupo, de uma coletividade ou de uma nação. Foi assim desde os povos primitivos e continua até hoje em todos os grupos, desde os menos instruídos até os mais qualificados grupos de especialistas, os quais, mesmo preparados, demonstram que necessitam de um líder para dar a última palavra, para sinali-

POR LEANDRO MAZZINI

Desvios

voltaram a acontecer entre pretensos candidatos a candidatos ao Setentrião, entre eles Waldez Góes, Jorge Amanajás, Lucas Barreto e Gilvan Borges. Em reunião fechada nada vazou até agora das

Jornalista rodolfojuares@gmail.com

ESPLANADA

O TCU acaba de descobrir irregularidades graves em ações do ministério na Saúde Indígena, com rombo de R$ 6,5 milhões pagos a incursões não realizadas.

• CONVERSAS políticas

RODOLFO JUAREZ

Editor: José Maria Baia - josemaria@jdia.com.br

Edição número

8452

Na ânsia de conquistar prefeitos do Paraná, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), candidata ao governo, enviou a mesma carta de promessa a prefeitos que disputam um campus avançado de faculdade de medicina. O quiprocó começou quando um dos alcaides fez alarde com a carta, feliz da vida, e os ‘concorrentes’ descobriram a demagogia.

Todo mundo quer

Foz do Iguaçu, Pato Branco, Umuarama e Guarapuava disputam o campus. Mas as prefeituras de Santo Antônio da Platina, Cornélio Procópio, Ibaiti e Jacarezinho também receberam o ofício-promessa. Resultado: a turma indignada não vai apoiar o PT

Sim, senhora

Procurada, a senadora desconversou. Em nota, diz que apoia o curso de medicina e que a decisão será técnica. A escolha da cidade ‘deve ocorrer neste 1º semestre, dentro do planejamento do MEC. Acho importante evitar briga de municípios’.

Digitais..

Esse racha do PMDB é um consórcio de insatisfeitos. Tem dedos do Eduardo Cunha, irritado com acusações do PT, mas também digitais de Danilo Forte e Eunício Oliveira.

.. Familiares

Danilo e Eunício, ambos do PMDB cearense, têm escola – o veterano Paes de Andrade: o deputado já foi casado com filha dele. O senador Eunício ainda é, com outra.

Hermanos

Chanceleres da AL tiveram uma reunião em separado em Santiago do Chile, na quarta, para discutir a crise na Venezuela. Marco Aurélio Garcia, assessor especial do Planalto, esteve dias antes com o presidente Nicolas Maduro (que não foi) e garantiu apoio a ele.

Na trave!

Na sexta dia 7, um deputado petista revelou para amigos que o ex-presidente Lula ligou em maio de 2013 para o presidente da CBF, José Maria Marin, e pedira para ele não tirar o técnico Mano Menezes da Seleção Brasileira. Tinha mau presságio..

Pé frio

Lula teria dito que se

Mano fosse trocado, o Brasil estaria ‘lascado’. E Lula sacramentou, nas palavras do deputado: ‘Temos que ganhar esta Copa, senão estaremos F!’. Felipão estreou, e tem ido bem, para quebrar a bola de cristal do petista pé frio.

Na mira

A OAB julga amanhã, às 9h, na sede do conselho federal em Brasília, a jurisprudência do pedido de cassação do registro de advogado do José Dirceu. Vai decidir se abre processo disciplinar em Brasília ou São Paulo, onde o condenado tem o registro.

Eu, hein..

Lideradas por Valéria Prochmann, ex-UNE em Curitiba, mulheres se reuniram em cafeteria para discutir como liberar na Receita.. 300 pênis de silicone apreendidos.

Boa ideia

Jornalistas lançaram o website http://www.AjudeUmReporter.com.br para ajudar os colegas a encontrar as melhores fontes e consultores para cada tipo de pauta.

Ponto Final

A Funai e a Sesai devem ser responsabilizadas pelas mortes dos indiozinhos.

Com Marcos Seabra, Maurício Nogueira e Adelina Vasconcelos www.colunaesplanada.com.br LM Comunicação Coluna Esplanada contato@colunaesplanada.com.br Caixa Postal 1980 – CEP 70254-970 – Brasília-DF


Opinião

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

Que bonito DOM PEDRO JOSÉ CONTI

N

Bispo de Macapá

um dia luminoso de primavera, um homem que caminhava no meio dos campos elevou os olhos, parou e exclamou com entusiasmo: “Que bonito!”. Outro homem, que passava por perto, também ergueu os olhos, mas não viu nada. Levantou os ombros e foi embora se perguntando: “O que ele viu lá em cima?”. Lá, no alto, aquele homem tinha visto o céu. Apesar de sermos todos dotados de olhos para ver é evidente que cada um de nós enxerga de maneira diferente. Não falo de ter a vista boa ou de precisar de óculos, falo das nossas diferentes reações perante o mesmo espetáculo. O que pode ser surpresa para uns, talvez seja corriqueiro para outros; o que pode incomodar alguns pode deixar indiferentes outros. O que parece enorme aos olhos de uma criança, fica redimensionado, para menos, quando a mesma criança cresce. Os próprios fenômenos da natureza deixam alguns encantados e outros continuam distraídos. No domingo da Transfi-

guração, sempre ficamos curiosos para saber o que de tão extraordinário os três apóstolos viram ao ponto de desejar ficar por lá em contemplação. Talvez cheguemos a pensar que uma visão dessas resolveria de vez todos as nossas dúvidas e perplexidades sobre a fé. Digo isso porque nós confiamos muito naquilo que estamos vendo. Pensamos que a visão seja o maior e o máximo dos conhecimentos. A visão ajuda, mas, como vimos pelos exemplos anteriores, essa visão pode mudar de pessoa a pessoa e nem sempre os “olhos mágicos” que nos filmam, sorrindo ou não, incluindo libertinagens e assaltos, resolvem todas as questões. Naquele dia, Jesus se mostrou “luminoso” para alguns; no entanto, ao longo da sua vida, ele falou para todos e a voz do Pai disse para escutá-lo. Significa que, mais do que a visão, a nossa experiência e o nosso encontro com Jesus e com o próprio Pai devem acontecer pela escuta da sua palavra. Contudo, não é tão

Duas décadas de Real Charles Chelala

I

Economista, Mestre em Desenvolvimento Regional cchelala@uol.com.br

maginem uma situação de aumento de preços diários, ao ponto de um quilo de arroz aumentar de $2,00 para $3,60 no mesmo mês. Avaliem a dificuldade de se elaborar um orçamento público, com uma inflação beirando aos 2.000% ao ano. A confusão monetária era tão grande que uma caixa de fósforos poderia ostentar o preço de milhares de cruzeiros (ou cruzados, cruzados-novos, etc.). Entre os anos de 1980 e 1994 o Brasil conviveu com um dos mais perniciosos males da economia: a inflação persistente e fora de controle. Inflação é a alta generalizada e contínua de preços, que causa diversos impactos indesejados na estrutura econômica, inclusive na distribuição de renda, uma vez que os mais ricos podem defender-se investindo em títulos e em moeda forte, enquanto os mais pobres veem seu poder de compra dimi-

nuir sem nada que possam fazer. As causas clássicas da inflação são o aumento da demanda sem o correspondente da oferta, pressionando a alta de preços; ou o aumento de custos básicos da economia (como petróleo, energia elétrica, salários), que são repassados para os preços. O problema é que o Brasil vivia uma inflação inercial, na qual o movimento altista é retroalimentado preventivamente, contra a inflação futura. Tratava-se de uma espiral ascendente de preços, turbinada pelas diversas formas de indexação existentes à época (dólar, bônus do tesouro nacional, gatilhos salariais). Para enfrentar o “Dragão” foram elaborados cinco pacotes econômicos antes do Plano Real: Cruzado (1986), Bresser (1987), Verão (1989), Collor I (1990) e Collor II (1991). Assim, quando se propôs o Real havia uma

A Educação que queremos!? Josyvane Pereira Arte-Educadora

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esde criança lembro-me do famoso bordão que dizia “as crianças são o futuro do Brasil”. Na adolescência, algo parecido também era pronunciado “a juventude é o futuro do Brasil”. Ainda, nesta fase mais adulta, continuo escutando tais dizeres, a pergunta é - o que mudou nestes anos? Os jovens e as crianças ainda são o tal futuro? Algo foi feito para mantê-los nesse patamar? Atualmente, continuo lendo sobre como a Educação pode influenciar no desenvolvimento de um país, influenciar de tal

forma que implica o seu aumento econômico, sua garantia de riqueza e cultura elevada e também em como crianças e jovens podem ter uma chance de crescer e evoluir ou simplesmente ficarem renegadas debaixo de pontes, entregues a vícios e a marginalidade (este último assola o país de norte a sul). Em como uma Federação “ gigante pela própria natureza, impávido colosso” diga-se, deixa os seus entes morrerem na praia.A disparidade social é imensa e a educacional ainda maior. O esforço é medido quando um país como

simples passar da visão à audição e vice-versa. Vivemos numa sociedade onde as imagens “falam” muito alto, atraem-nos e fascinam, mas também nos espantam e perseguem em cada esquina. Todos os dias, confrontamo-nos com pessoas belíssimas, sempre sorrindo e perfeitamente arrumadas, mas também com imagens de sofrimento e de morte. A propaganda e os noticiários geram, em nós, sentimentos contraditórios. Num piscar de olhos, passamos da inveja à indignação, da superioridade à depressão, da tristeza à alegria. Tudo acontece muito rápido e, se somos sinceros, quase nada fica de tudo o que temos visto e ouvido. Mais uma vez, precisamos aprender a “escutar”. Dizem os especialistas que nos dias de hoje o excesso de informação nos confunde, não nos deixa tempo para refletir, interiorizar, compreender as situações, os valores, as consequências do nosso agir. Talvez seja esta a grande pergunta de sempre; a pergunta de cada pessoa animada pelo desejo de desvendar o enigma da

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Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja@jdia.com.br

realidade humana: quem nos diz e nos mostra a verdade? Em quem podemos confiar? Ao nosso lado, nos caminhos da vida, temos muitos companheiros. Alguns parecem já saber tudo e andam sozinhos, outros nunca dizem o que pensam; outros, enfim, acham-se mais seguros ficando no grupão da maioria. A todos, Deus, na sua bondade e de mil maneiras diferentes, continua a dizer: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!” - (Mt 17,5). Por isso, sempre haverá quem simplesmente olhando para o céu conseguirá entender e exclamar: “Que bonito!”, e sempre haverá quem achará tudo isso inútil, quem ficará somente olhando para o chão, considerando tempo perdido escutar uma palavra diferente daquelas dos outros homens. Sempre haverá quem olhando e escutando a Jesus dirá com Pedro: “Senhor é bom ficarmos aqui” e quem continuará a não querer ver e nem escutar. Cabe, a cada um de nós, vencer o medo, levantar os olhos e abrir os ouvidos. Não ficará decepcionado.

grande dose de descrédito. Quais teriam sido, então, os fatores de sucesso do plano? Primeiramente, é importante relembrar que o Real não foi implantado de supetão, como os demais. Foram três fases: a primeira preparou a economia para o plano com corte de despesas públicas (com o Plano de Ação Imediata), aumento de impostos (com o primeiro imposto do cheque: o IPMF), e diminuição de transferências a entes da federação (Fundo Social de Emergência). A segunda etapa foi decisiva: em 1º de março de 1994, entrou em vigor a Unidade de Referência de Valor URV, grande responsável pelo êxito do combate à inflação. A engenhosidade da URV foi se cacifar como a única unidade de conta, com paridade fixa ao dólar, à qual eram convertidos todos os preços da economia. Este sistema bimonetário, permitia hiperinflação em uma moeda sem prejudicar a outra moeda virtual (a URV), com isso alcançando a sincronia de preços. A terceira e derradeira etapa foi a transformação da URV em Real em ju-

lho de 1994, quando a moeda virtual se tornava a moeda real (com perdão do trocadilho). Estava rompido o espiral da inflação inercial e alcançado a estabilidade. Claro que tal ajuste não ocorreu sem custos: a âncora cambial (atrelamento à cotação do Dólar), quase quebrou o Brasil em 1999, destroçou nossas contas externas e atrasou em uma década a nossa competitividade. A outra âncora, a monetária (rígido controle dos meios de pagamento em circulação), aumentou exponencialmente nossa dívida pública, passando a exigir esforços insuportáveis para a Nação por meio de superávits primários. Aliás, cabe também recordar que foi durante o Plano Real que a carga tributária deu um salto e que a União aumentou a concentração da receita dos tributos à sua disposição. Apesar dos pesares, a adoção do Plano Real foi correta, representou uma vitória do país contra um mal persistente e merece ser relembrada como uma bela página da nossa história econômica.

a Coréia (Istoé2301 25/12/2013), absorvida de guerras, desastres naturais e conflitos civis, supera o nosso gigante, conduzindo suas crianças e jovens numa educação de qualidade e acessível a todos. E aí a pergunta feita anteriormente – o que mudou? A resposta para isso... Nada. Vamos satirizar... O Brasil só nada (e mesmo assim não se destaca na natação), Nada de investimentos em escolas, nada de investimentos em mão de obra ou capacitação, nada de investimentos em estruturas para a saúde e nada de melhorar o “futuro do Brasil”. Quando vamos parar de nadar... Queremos um remo, uma canoa ou um bote. Qualquer auxílio já

serve para nos tirar das marolas e pizzarias que reinam no impávido colosso! Precisamos de uns Caçadores de Obras Primas (Batalhão especial, cuja missão fora resgatar inúmeras obras de artes saqueadas pelos nazistas durante a 2ª guerra), mas, em vez de obras queremos resgatar o futuro, a qualidade de vida. São tantas bolsas destinadas a erradicar a miséria da população, mas nenhuma que sinalize uma possível redução de disparidades e desventuras dos cidadãos brasileiros. Queremos comida, água e acima de tudo... Educação, Educação e Educação!! A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Dia-Dia

Seremos todos idiotas?

E

steve recentemente visitando o Meio do Mundo um grupo político ligado ao PT da tendência “Trabalho”, uma facção que confronta ideias com outras daquela agremiação. Devem ter vido com passagens e hospedagens custeadas pelo fundo partidário para tentar demonstrar que o julgamento dos seus companheiros mensaleiros, hoje a maioria no presídio da Papuda, no Distrito Federal onde cumprem penas, juntamente com outros agentes bancários e publicitários é injusta. Por aqui, devem ter achado que nós amapaenses, que brigamos para sermos brasileiros temos caras de idiotas. A idiotia é o mais avançado grau de demência mental, isto é, inimputáveis e completamente alienados da atualidade. Como são acostumados a manipular os pensamentos das massas com suas teorias políticas exóticas querem a força passar Esses pequepara nossa sociedade que os julgamentos nos deslizes dos “companheiros” do mensalão, foram injus- querem transfortos e que as suas pri- má-los num essões não passam de corregão e de conperseguições política. E para isso eles tem denados por explicações metafóri- corrupção a pecas que beiram ao ridíquenos. culo. Acham eles que o dinheiro arrecadado dos empréstimos fantasmas pelo partido não passou de um “Caixa Dois”, somente para financiar justamente parlamentares do Congresso Nacional para votar como bons cabritos nas matérias dos interesses do Planalto. Esses pequenos deslizes querem transformá-los num escorregão e de condenados por corrupção a pequenos, mas ligeiros ladrões de galinhas. Só falta essa tendência petista achar que o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa e os outros que votaram pelas condenações dos mensaleiros cometeram, pelo menos em teses, crimes de injúria calúnia e difamação, com direito a remetê-los para fora do País, com o devido banimento para cumprir penas nas masmorras de Cuba, Rússia ou nos Gulags siberianos. A pregação desses “profetas” das suas teorias invertidas devem ter levado a pensar que aqui no Meio do Mundo somos todos idiotas. Muito pelo contrário!

Preço

Hora-Hora

Ontem à noite, no estádio Milton e Souza Corrêa, o Zerão, aconteceu à primeira partida pelo Campeonato Amapaense de Futebol Profissional com o jogo chamado clássico SanSão, entre Santos e São Paulo. Enquanto no Maracanã o ingresso mais barato para o campeonato carioca custa R$ 80 reais, o nosso por aqui é de ocasião custando apenas R$ 5 reais.

Público

Enquanto num jogo entre Flamengo e Bonsucesso na quarta-feira de Cinzas teve 385 espectadores – que estavam mais para testemunhas -, ontem pelo menos nas arquibancadas do Zerão foram notados mais de mil torcedores, que torciam pelos seus clubes com muito entusiasmo.

Voz

Segundo o presidente do Instituto de Aquicultura do Amapá (AQUIAP), Emanuel Brito, nessa legislatura os aquicultores tem um representante a altura na Câmara de Vereadores. Trata-se do edil Lucas Barreto, um dos responsáveis pela aprovação da adequação a nova legislação federal a Lei da Aquicultura vigente na Capital, da lavra o ex-vereador Luízinho Monteiro (PT) e sansão do ex-prefeito Roberto Góes (PDT). O adendo legal foi votado à unanimidade na semana passada.

Bomba

Uma denuncia das mais graves que precisa ser apurada caso seja concluía. Uma emenda parlamentar contemplaria uma empresa particular localizada acima da Linha do Equador, ligada à pesca oceânica no valor e R$ 600 mil, que seria revertida na compra de máquinas modernas. Primeiro que emendas particulares não podem ser revertidas para empresas privadas a não ser com a ação de “laranjas” e a segunda seria a formação de um “Caixa Dois” perfeitamente aceitos por um partido, no valor de R$ 300 mil. O autor(a) seria expert no assunto. Vamos aguardar.

Esconde

Gozação da semana que surgiu em conversa com assíduos leitores de jornais em uma das bancas mais movimentadas da cidade. É que a Prefeitura de Macapá não estaria mais realizando a operação tapa buracos devido às críticas disparadas por contribuintes contra a declaração do secretário afim, que disse pretender tapar 30 mil buracos por semana. Agora o nome da operação é “Esconde Buraco”.

Missa

Ontem à tarde no canal católico Rede Vida (em Macapá sintonizada no Canal 40), a Santa Missa foi transmitia da Igreja da Trindade e teve a participação do diretor corporativo da rede o jornalista Elpídio Amanajás.

MINUTOS Sem informação - Pesquisa do Instituto Brasileiro de

Defesa do Consumidor (Idec) aponta que as empresas de telefonia celular ainda não fornecem informações adequadas aos consumidores de celulares pré-pagos. O Idec identificou que as operadoras informam prazos de validade e preços diferentes no site e no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e que o relatório de chamadas não chega no prazo estipulado por lei.

Campanha - O levantamento também fez parte da

mobilização para o Dia Mundial do Consumidor, comemorado ontem (15). Em 2014, a telefonia é o tema da campanha global da Consumers International, entidade que reúne 220 entidades de defesa do consumidor no mundo.


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Informe Publicitรกrio

Macapรก-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de marรงo de 2014


MACAPÁ-AP, DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA, 16 e 17 de março de 2014

Geral

ENTREVISTA

Estão esquecendo de discutir o Amapá, dizem Jorge Amanajás e Allan Sales B3

Acidentes de trânsito são maiores responsáveis por cirurgias ortopédicas no Amapá B2 Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja@jdia.com.br

Internet banda larga por fibra ótica chega ao AP a custo zero para o GEA A empresa de telefonia Oi foi quem se credenciou para explorar o serviço Agência Amapá

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mbora o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) tenha autorizado o Estado a conceder isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) às empresas interessadas em trazer a banda larga para o Amapá, o benefício não foi utilizado

pela Telefonia Oi, que se credenciou para explorar o serviço. Para a construção dos 400 quilômetros de fibra ótica, a partir da fronteira com a Guiana Francesa, no município de Oiapoque, foram contatadas em torno de 300 pessoas para executar as mais diversas atividades. Esse linhão é importante, pois levará também energia elétrica para comunidades abastecidas por motores geradores ou até mesmo àquelas que estão sem energia elétrica. “Há alguns anos as operadoras de lá tentam entrar no Amapá, mas os governos anteriores nunca elaboraram projetos de atração de empresas para prestar o serviço”, infor-

mou o presidente do Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap), Alípio Junior. O governador Camilo Capiberibe explicou que, para trazer a banda larga, era preciso fazer a proposta da renúncia fiscal como forma de atrair os empreendedores. “Procuramos um parceiro, a Oi, que, por sua vez, buscou parceria francesa. Desde 2008, eu dizia que era possível realizar esse sonho dos amapaenses. Na minha campanha para prefeito essa foi uma das principais propostas, a oposição dizia que era impossível e mostramos que foi, sim, possível”, declarou, informando que não foi preciso a utilização da renúncia fiscal.

Internet de alta velocidade vai beneficiar 227 escolas estaduais e municipais

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O GOVERNADOR Camilo Capiberibe explicou que, para trazer a banda larga, era preciso fazer a proposta da renúncia fiscal como forma de atrair os empreendedores

Banda larga vai garantir agilidade nos serviços oferecidos pela Saúde

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Agência Amapá

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uitos órgãos serão beneficiados com a implantação da banda larga no Amapá, pois terão mais agilidade em suas atividades. Com as escolas públicas estaduais não será diferente, pois elas terão acesso a uma internet de qualidade que possibilitará aulas mais interessantes e interativas. O Estado investe maciçamente em tecnologias para a rede pública. Atualmente, as escolas contam com projetor multimídia, lousa digital, tablets, laptops do programa “Um Computador por Aluno”, além do computador do programa Professor Conectado. Sem falar que, hoje, as escolas contam ainda com o boletim eletrônico, ferramenta implantada para que os estudantes possam ter uma visão geral de seu rendimento e os responsáveis acompanharem a sua vida escolar com mais velocidade e em períodos menores. Com a banda larga, aliada aos computadores do Professor Conectado, os docentes poderão informar, em tempo real, o rendimento dos alunos. Atualmente, muitas escolas, mesmo na capital, têm

acesso a uma internet de baixa qualidade. A banda larga permitirá que os estudantes realizem atividades pedagógicas em laboratórios de informática, além do acesso a uma gama de outros recursos educacionais que possibilitam a familiarização com a tecnologia e sua utilização cotidiana, não apenas em sala de aula, como também em outros espaços com as salas de tecnologia educacional, chamados de Lied. 227 escolas estaduais e municipais de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Macapá e Santana serão beneficiadas. O analista de Sistema do Prodap, Marlúcio Alcântara, explica que, pelo projeto, ficou estabelecido que a empresa que irá trabalhar com a banda larga terá de prover inter-

net àquelas escolas que estiverem nas sedes dos municípios contemplados. “Todas as escolas que estiverem no percurso por onde os fios de fibra ótica irão passar serão contempladas com a internet de qualidade a custo zero. Isso proporcionará a troca de dados entre as escolas em si e até com a Secretaria de Educação, não com via satélite, como é hoje, mas por meio de fibra ótica, que é o que configura a banda larga”, enfatizou o técnico. Com a banda larga, as escolas poderão trabalhar com videoconferência, além de permitir a utilização, nas salas de aula, de elementos multimediáticos que tornam os ambientes mais atraentes para desenvolver a curiosidade dos estudantes na busca do conhecimento.

A INICIATIVA beneficiará pessoas e instituições públicas e privadas que dependem de uma internet com acesso rápido e de boa qualidade

Agência Amapá

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esta segunda-feira, 17, o Governo do Amapá lança oficialmente a banda larga por fibra ótica no Estado. A iniciativa beneficiará pessoas e instituições públicas e privadas que dependem de uma internet com acesso rápido e de boa qualidade. Entre os órgãos contemplados está a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Um desses benefícios será a transferência de dados pela Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Sesa. As licitações feitas pela secretaria são por meio de pregões eletrônicos e, ao abri-las, é preciso uma conexão mais ágil. Segundo o pregoeiro da Sesa, Fabrício Bruno de Souza, com a nova internet será mais fácil e seguro efetuar os processos de licitação. “As instituições responsáveis em homologar esses pregões trabalham com plataformas pesadas e esses programas precisam ser atualizados constantemente”, explicou, completando que, “com a implantação da internet por fibra ótica, os trabalhos serão mais rápidos, permitindio acessos a atas, documentos, além de agilidade nas conclusões das licitações”. Outra comodidade proporcionada pela banda larga será o aprimoramento do projeto de Telemedicina implanta-

ALÍPIO JUNIOR, do Prodap: “nunca houve projeto para atrair empresas para o serviço”

do no Hospital de Emergência, o qual facilita a comunicação, em tempo real, dos profissionais do HE com médicos do Hospital Israelita Albert Einstein através de videoconferência. O serviço permitirá avaliação a distância de pacientes graves em regime contínuo, com prioridade para as especialidades de cardiologia, neurologia, traumatologia e terapia intensiva. “Com a internet banda larga será possível, tam-

bém, a implantação de uma Central de Telemedicina - portátil/móvel, com recursos de áudio e vídeo - para comunicação, em tempo real, nas unidades de emergência e nas salas de terapia intensiva do hospital”, disse o diretor do HE, Regiclando Silva. A estrutura já foi implantada no hospital de pronto-socorro, faltando somente a liberação do sinal para, posteriormente, a utilização em 100% do novo sistema.


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Dia-Dia

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014 Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja@jdia.com.br

Acidentes de trânsito são maiores responsáveis por cirurgias ortopédicas no Estado do Amapá

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Somente no mês de fevereiro de 2014, 331 pessoas vítimas de acidentes no trânsito deram entrada no Hospital de Emergência para a realização do procedimento Jéssica Alves

Da reportagem

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dealizado para ser um aliado no cotidiano, os meios de transporte motorizados cada vez mais representam um perigo à integridade física do homem. O aumento da frota, aliado à pressa e imprudência no trânsito, fizeram com que semanalmente dezenas de pessoas dessem entrada no Hospital de Emergências de Macapá (HE) vítimas de fraturas, oriundas dos acidentes de trânsito. Segundo informações da instituição, esses são os maiores responsáveis pela realização de cirurgias ortopédicas, representando em torno de 70 a 80% dos atendimentos. “Houve uma melhora do poder aquisitivo e do acesso ao crédito e hoje as pessoas têm possibilidade de financiar um carro ou uma motocicleta com prestações bem baixas, o que dá chance de mais pessoas terem seu próprio meio de locomoção”, frisou o diretor do HE, Regiclaudo Silva. O Hospital de Emergências só em 2013 realizou 2970 cirurgias ortopédicas. O Hospital realizou mais de 3400 atendimentos no setor de traumatologia. Somente no mês de fevereiro de 2014, 331 pessoas deram entrada no hospital para a realização do procedimento. Para diminuir a demanda, a equipe de ortopedistas do Hospital realizam cirurgias diariamente, nos três turnos. “Nossa equipe tem um número bem alto de profissionais com dez ortopedistas, a qualquer momento do dia, atendemos 24 horas por dia realizando cirurgias de emergência. Aqueles pacientes que se tratam de lesão fica aguardando no hospital, e de acordo com a ordem de chegada é realizada a cirurgia. A demanda é muito alta, e aqui é o único hospital de urgência e emergência, que tem capacidade de cirurgias, mas recebemos muitos pacientes. As cirurgias ortopédicas de baixa e média complexidade são realizadas no HE e as de alta complexidade, somente no Alberto Lima, visamos assim diminuir o tempo de espera dos pacientes”, alega. A maioria dos acidentes de trânsito com fratura envolve motociclistas, correspondendo a 60% dos dados, um número preocupante. “Grande parte da população ainda utiliza a motocicleta como principal meio de transporte, entretanto os riscos de sofrer uma lesão são maiores devido à maior exposição. A situação torna-se preocupante”, alerta o diretor. Idosos Outros dados que chamam a atenção da direção do HE são quanto, ao au-

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MAIORIA DOS acidentes de trânsito com fratura envolve motociclistas, correspondendo a 60% dos dados, um número preocupante

mento no número de cirurgias ortopédicas em pacientes idosos, que sofrem algum tipo de fratura. Por mês, aproximadamente 30 pacientes dão entrada no hospital e na

maioria dos casos, apresentam fraturas nos membros inferiores, especialmente no osso fêmur. “No último ano ocorreu o aumento das cirurgias em idosos que por ventura so-

Ronda Policial JOÃO BOLERO Da 99,1 FM

BLOG DO BOLERO ESTATÍSTICA DAS MORTES VIOLENTAS DE 01.01 a 13.03.2014 1º ARMA DE FOGO: com 29 homicídios ( 1 acidental ou, culposo ) 20 em Macapá; 2 em Santana, 2 na Rodovia Duca Serra; 1 em Oiapoque, 1 na BR-210, 1 no Anauerapucu/STN, 1 em Laranjal do Jari, 1 em Cupixi/Porto Grande; 27 do sexo masculino 2 do sexo feminino. Obs.: No mesmo período do ano passado foram 22 homicídios, 18 em Macapá. 2º ARMA BRANCA: com 21 homicídios 9 em Macapá; 3 em Santana; 2 no Distrito de Lourenço\ Calçoene; 1 em Oiapoque, 1 na BR-210, 1 em Maçaranduba\Santana, 1 no Bailique, 1 no Distrito do Coração (MCP),1 em Ferreira Gomes, 1 em Porto Grande; 18 do sexo masculino e 3 do sexo feminino. Obs.: No mesmo período do ano passado foram 17 homicídios, 6 em Macapá. 3º TRÂNSITO: com 19 óbitos 4 na BR-156, 4 em Macapá; 3 em Santana; 2 na Rodovia JK; 1 na Rodovia Duca Serra, 1 no Igarapé da Fortaleza

(Santana), 1 em Calçoene, 1 na rodovia do Curiaú, 1 na Rodovia Salvador Diniz (STN),1 na Perimetral Norte/ Porto Grande; 8 de moto, 5 pedestres, 5 bicicleta, 1 de carro; 15 do sexo masculino e 4 do sexo feminino Obs.: No mesmo período do ano passado foram 15 óbitos, 5 em Macapá. 4º AFOGAMENTO: 14 óbitos 3 em Macapá; 2 em Ferreira Gomes, 1 em Jarilândia (Vitória do Jari); 1 no Rio Preto (Mazagão), 1 no Cunani (Calçoene), 1 em Aporema (Tartarugalzinho), 1 em Itaubal, 1 no Bailique / MCP, 1 em Porto Grande, 1 em Carapanatuba/MCP; 13 do sexo masculino e 1 do sexo feminino. Obs.: No mesmo período do ano passado 9 casos, 1 em Macapá. 5º SUICÍDIO: 12 casos 5 em Macapá; 3 em Santana; 1em Laranjal do Jarí; 1 em Oiapoque, 1 no Distrito do Coração (MCP) , 1 Lourenço (Calçoene); 11 por enforcamento, 1 por fogo; 10 do sexo masculino e 2 do sexo feminino. Obs.: No mesmo período do ano passado 14 casos, 7 em Macapá.

frem acidentes e acabam adquirindo algum trauma que necessita de intervenção cirúrgica. Por isso, o cuidado é maior com este grupo de pacientes”, afirma o diretor.

6º TRAUMATISMOS DIVERSOS: 08 óbitos 3 em Macapá, 3 em Porto Grande; 1 em Mazagão, 1 em Ferreira Gomes; 7 do sexo masculino e 1 do sexo feminino. Obs.: No mesmo período do ano passado 3 óbitos, 1 em Macapá. 7º PAULADA: 03 casos 1 Macapá, 1 em Carnou ( Calçoene), 1 em Oiapoque; 3 do sexo Masculino. Obs.: No mesmo período do ano passado 1 caso, 1 em Macapá. 8ª ASFIXIA: 2 óbitos ( 1 por homicídio e 1 por acidente de trabalho) 1 em Macapá e 1 no Distrito de Lourenço/Calçoene Ambos do sexo masculino. Obs.: No mesmo período do ano passado 4 mortes, 3 em Macapá. 9º LINHA DE PIPA: 01 óbito 1 em Santana; Sexo masculino. Obs.: No mesmo período do ano passado nenhum óbito. 10º POR CAUSA DESCONHECIDA: 01 óbito 1 na Rodovia AP-020. Sexo masculino. Obs.: No mesmo período do ano passado nenhuma morte. 11º ACIDENTE FERROVIÁRIO: 01 caso 1 em Cupixi (Porto Grande ); Sexo masculino. Obs.: No mesmo período do ano passado nenhuma morte


Geral

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

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Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja.com.br

Estão esquecendo de discutir o Amapá, dizem Jorge Amanajás e Allan Sales

SEGUNDO Jorge Amanajás “Apesar de o estado ter quase 25 anos de criação e um grande potencial em diversos aspectos, de modo geral o Amapá ainda não possui um modelo de desenvolvimento econômico”

Jessica Alves

Da Reportagem

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m uma entrevista de uma hora, o pré-candidato ao Governo do Estado, Jorge Amanajás, e o vice-prefeito Allan Sales, ambos do PPS, apontaram propostas que podem ser o rumo para o desenvolvimento do Amapá. Focados no setor primário, eles explicaram como o Estado deveria estar se comportando economicamente para sair definitivamente da economia do contra-cheque. Veja também como o partido está se comportando no tabuleiro político e quais os possíveis aliados. Jorge, qual a visão que você tem da realidade do Amapá? Jorge Amanajás - Ape-

sar de o estado ter quase 25 anos de criação e um grande potencial em diversos aspectos, de modo geral o Amapá ainda não possui um modelo de desenvolvimento econômico. Segundo dados de diversos estudos, 80% de nossa economia depende exclusivamente dos repasses que o Governo do Estado tem do Governo Federal. Estão esquecendo de discutir o Amapá. O Estado é um dos estados mais ricos da federação, mas, nosso setor primário ainda é totalmente ineficiente. O que produzimos no estado não chega a 5% do que é consumido, significa que importamos 95% de tudo que consumimos. O lucro vai para outros estados que são produtores, resultando em uma falta de circula-

ção de recursos em nosso estado. O setor secundário, especialmente o industrial, apesar da aprovação de uma zona franca no Amapá, grande quantidade de muita matéria prima, um bom quadro de pessoas formadas e capacitadas para trabalhar nos setores industriais, não temos uma única indústria instalada, nem na zona franca nem na Zona de Processamento de Exportação, devido à falta de prioridades, por parte de quem está no comando do governo ao longo de todo o tempo de criação no estado. Quando se passa para o setor terciário, de serviços, também tem muito potencial, seja no turismo, comércio, mas ainda não conseguimos avançar no setor de turismo e outras atividades do setor terciário. Com exceção da área de livre comércio, que é o que ainda sustenta 20% da nossa economia de nossos empregos. É preciso pensar muito em como utilizar esses enormes potenciais que temos e transformá-los em benefícios da nossa economia e consequentemente para a população, principalmente na oferta de emprego. Cerca de três mil jovens amapaenses se formam em nossas escolas técnicas, universidades, cursos de capacitação profissional e não tem onde trabalhar. Tirando os concursos públicos, os quais oferecem uma quantidade de vagas muito pequenas diante da demanda, muitos jovens recém-formados trabalham em outra função que não tem nada a ver com o que ele se preparou. Evidentemente se deve a falta de perspectiva de se ter um modelo de desenvolvimento econômico. Allan, você como empresário e vice-prefeito, o que você acha que poderia ser feito para o Estado avançar? Allan Sales - Como o Jorge falou, o Amapá precisa consolidar ciclos produtivos e agregar a esse ciclo valores. Vamos dar um exemplo, que é misto de evasão de renda e um misto de conclusão de um ciclo. Os anos 2000 a maioria dos estudantes que iam fazer faculdade, iam para Mogi das Cruzes (SP), pois o estado ainda não tinha consolidado um ciclo no ensino superior e o número de faculdades ainda era reduzido. Com a vinda dessas faculdades, o jovem que ia gastar apro-

ximadamente R$ três mil em Mogi das Cruzes agora fica no Amapá. A mesma coisa, vamos comparar com outras atividades que poderiam ficar dentro do estado, mas geralmente é necessária a intervenção de economia e mãos de obra de outros estados para desenvolver aqui. O que hoje não pode é o Amapá continuar refém da política do contracheque. Os governos que passam sempre falam disso, ainda é um tema de debate, mas não estamos vendo isso na prática. Outro exemplo é o Festival do Camarão no Afuá, aonde 70 mil macapaenses vão para lá no fim de semana, e gastam em torno de R$ sete milhões, que não corresponde o que a prefeitura de Macapá arrecada o ano inteiro. Perdemos isso em um fim de semana, porque não há um foco para essa evasão e criar novas meios dentro da estrutura do relacionamento de município, estado e governo federal. Pois tem uma evasão grande e o estado não consegue repor isso de maneira ou outra. Hoje nosso estado está dento desse debate, temos que olhar o quanto o Amapá capta e o quanto leva. Precisamos encontrar dispositivos para controlar esses gastos. Isso é o que o PPS planeja, com o Jorge, integralizando mais a sociedade para que cada setor fique recursos no Amapá, que haja esse compromisso. São desafios, ciclos, que o Amapá precisa consolidar, para ser algo real e não apenas na expectativa. Hoje na vive prefeitura trabalhamos na incubadora social onde vemos esses seguimentos que todos eles na Amazônia estão voltados para a economia criativa, que tem que ser olhada e onde pode ser aplicada. Isso que o PPS junto com nosso pré-candidato a governo e aliados, ajuda de outros partidos e entidades. Para apontar caminhos e tenha números seguros e tenha o impacto que a população precisa. Allan, observamos que a discussão proposta pode gerar propostas consistentes. O certo é nivelar por alto? Allan Sales - O PPS hoje pensa que é o Amapá precisa estar ligado com a economia vocacional, mas essa vocação tem que estar conciliada nos grandes investimentos do país. Se hoje uma das maiores riquezas do Brasil é a exportação de grãos, o

FOTOS ERICH MACIAS

ALLAN SALES - “Como o Jorge falou, o Amapá precisa consolidar ciclos produtivos e agregar a esse ciclo valores, Vamos dar um exemplo, que é misto de evasão de renda e um misto de conclusão de um ciclo”

Amapá não pode ficar de fora desse investimento. No momento que se esta fora da exportação de grãos, carne ou frutas, não há desenvolvimento. Seja no serrado, vale de são Francisco, o Brasil é um país com raiz na área da agricultura e um estado como o nosso, que paga para fora e não emprega aqui dentro sai perdendo por não apresentar investimentos na área tecnológica e pólo de produção. Não possuímos formação na área da biodiversidade e ficamos reféns de ONGS internacionais. Hoje isso que o PPS acredita, pois sabemos que a economia do mundo tem suas riquezas minerais, que não exploramos por falta de um modelo adequado. Há uma defasagem, e há necessidade de discutirmos isso. Jorge, falando de eleições 2014, como é a sua pré-candidatura está posicionada no tabuleiro político? Jorge Amanajás - Temos liberdade de conversar com praticamente todas as vertentes politicas, vemos fazendo isso, nos alinhar com aqueles que tem o posicionamento parecido com o nosso, partirmos aliança. Não precisa concordar, mas ter linha de pensamento, para construir uma grande proposta para o estado, essas posturas. Conversamos com vários, partidos, lideranças politicas PR, PRB, PV, PSC, PSOL, PTDOB, PMDB que vamos mantendo conversações, mas as definições só se darão em junho, com as convenções. São vários fatores de possibili-

dade de alianças. Primeiro são os interesses de partidos, quais tem interesses de proporcionais, majoritárias, quem tem candidaturas postas. Tudo são fatores que vão se converter para a definição em junho. Uma grande aliança e ter condições de apresentar uma grande proposta para as eleições de 2014. Allan para finalizar, hoje o PPS conversa com todos, ou tem algum partido fora do diálogo? Allan Sales - Hoje temos a liberdade de conversar com todos os partidos, nossa presidência tem o objetivo de fazer o partido crescer, com uma abertura para pluralidade em alguns momentos. Hoje o PPS tem algo muito positivo que é o nome do Jorge Amanajás como pré-candidato. Ele agrega oportunidades por ser uma pessoa que tem vocação e tem uma referencia como aquele que fica predeterminado, com direcionamento. Segue a linha, consolidado dentro do caráter e postura. Hoje o PPS esta nessa linha e com certeza possuímos grandes chances ficar para o segundo turno, estamos trabalhando para isso. Vemos um campo aberto e vamos esperar os momentos certos, se comprometendo, que o PPS consolide isso, levando para a população, mensagem de dar um novo modelo ao estado, com proposta. O Amapá precisa de quem conhece o partido e saiba identificar as demandas. Esperamos ter aliança competitiva e leve uma proposta de oportunidades na área economia e social para a população.


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Informe Publicitรกrio

Macapรก-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de marรงo de 2014


MACAPÁ-AP, DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA, 16 e 17 de março de 2014

Geral

SOCIEDADE

Produção de pescado no país cresce 1 milhão de toneladas C2

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Vai continuar preso

Civil e Politec divergem sobre suposta violência sofrida por bebê C3

A partir desta segundafeira, 17, o sonho do cidadão amapaense de ter uma internet mais veloz, e principalmente mais barata, começa a se transformar em realidade. C4

Dependente nem sempre traz vantagens na declaração do Imposto de Renda DIVULGAÇÃO

Motivo: valor total da renda dos dependentes pode não ser compensado pelos abatimentos

3) Cônjuge dependente desempregado, mas que recebe renda Neste caso, o cônjuge dependente na declaração do Imposto de Renda não trabalha. Contudo, passou a receber aluguéis e, como consequência, aumentará os rendimentos do casal. Assim, vale a pena simular a declaração das duas formas para ver qual é a mais vantajosa. Ou seja, se continua a ser financeiramente interessante a declaração em conjunto ou se o melhor é declarar em separado.

Da redação

A

pesar da interessante dedução de R$ 2.063 por dependente, declarar outras pessoas no seu Imposto de Renda nem sempre é financeiramente vantajoso. O motivo é simples: o valor total da renda dos dependentes pode não ser compensado pelos abatimentos previstos em lei. Assim, o contribuinte acabará pagando mais ou tendo uma restituição menor do que se declarasse sozinho. Em todos os casos, deve-se simular as situações antes de realizar a declaração definitiva. Veja abaixo 4 situações nas quais o dependente pode trazer prejuízos. 1) Cônjuge com rendimento inferior A declaração de um casal

pessoa.

ASSIM, O CONTRIBUINTE acabará pagando mais ou tendo uma restituição menor do que se declarasse sozinho. Em todos os casos, deve-se simular as situações antes de realizar a declaração definitiva

pode ser feita em conjunto ou em separado. Se optarem pelo documento conjunto, os rendimentos de ambos serão somados. Dessa forma, se o cônjuge dependente tiver renda inferior à do declarante, é provável que a melhor opção seja a declaração em separado. Isso porque quem ganha menos pode se enquadrar em uma alíquota menor de IR ou simplesmente ficar abaixo do limite de isenção, caso declare sozinho. Já se prestar contas junto com o outro cônjuge,

aumentará a renda total, podendo elevar também a alíquota de cobrança. Exemplo: um cônjuge ganha R$ 100 mil por ano e, com isso, pagará algum imposto no ajuste anual. Enquanto o outro ganha R$ 20.529,36, exatamente o limite de isenção. Se a declaração for separada, o que ganha mais vai pagar determinado IR e o que ganha menos não pagará nada. Mas, se a declaração for conjunta, é possível que na soma do casal o tributo a ser pago seja maior.

2) Pais, avós ou bisavós como dependentes Pais, avós e bisavós podem ser declarados como dependentes desde que tenham recebido, em 2013, rendimentos de até R$ 20.529. A renda deve ser declarada de acordo com a sua natureza. Ou seja, se é tributável, deve ser tributada na declaração. Já se era isenta, deverá ser assim informada. Logo, se a renda do dependente for tributável, é possível que não haja vantagem para o contribuinte em declarar essa

4) Filho de casal divorciado que é dependente da mãe Esta situação envolve uma série de variáveis. Primeiro, analisaremos a declaração do pai. As despesas médicas e com instrução pagas por ele (que é o chamado alimentante) em nome do filho (o alimentando) poderão ser deduzidas no documento de ajuste anual. Mas, para isso, é necessário que esses gastos constem na decisão judicial ou no acordo homologado judicialmente. As despesas com instrução só podem ser deduzidas até o limite de R$ 3.230,46, enquanto os gastos médicos

não têm limite de abatimento. Os demais valores estipulados na sentença judicial – tais como aluguéis, condomínio, transporte e previdência privada – não são dedutíveis. Já a pensão alimentícia paga ao filho pode ser abatida integralmente pelo pai, independentemente do valor. Importante destacar que o contribuinte que paga pensão alimentícia a ex-cônjuge e aos filhos (no caso deste exemplo, o pai) não pode colocá-los como seus dependentes, exceto no ano em que se inicia o pagamento da pensão. Na declaração da mãe, que tem o filho como dependente, a situação é a inversa. Ou seja, os rendimentos decorrentes da pensão deverão ser tributados. Mas ela também poderá abater eventuais despesas com o dependente, até os limites estipulados. Portanto, o risco é que as deduções relativas ao filho não sejam suficientes para compensar o aumento de renda decorrente da pensão. Assim, será necessário simular ambas as situações (filho como dependente ou não) para saber se será vantajoso declará-lo em conjunto ou se vale a pena ele fazer a própria declaração. Para isso, basta o filho ter um CPF próprio.


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Geral

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

Produção de pescado no país cresce um milhão de toneladas

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Governo fará decreto para acelerar financiamento para renovação de frota

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o último dia no cargo, ontem, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, revelou que o país quase dobrou a produção de pescado em 2013 - foram 2,5 milhões de toneladas, contra 1,5 milhão de toneladas de 2012. Resultado das políticas implementadas nos últimos anos como renovação da frota e incentivo à aquicultura em tanques e represas. Mas o ministro admitiu que o desafio do Brasil é chegar a 20 milhões de toneladas. É o que cobra a FAO (Food and Agriculture Organization), órgão da ONU. A entidade ainda vê o Brasil como pequeno produtor em relação ao tamanho das riquezas naturais – e em comparação a outros países. “Estamos com um volume muito abaixo de nosso potencial. A FAO nos considera displicentes diante dos re-

cursos naturais que temos”, comentou o ministro, nesta quinta, no Seminário Nacional Pescado Brasileiro – Um Grande Negócio, realizado pela Coluna Esplanada em Brasília. No ranking de pescado mundial, o Brasil, apesar de maior volume de água, perde em produção para países como Noruega, Índia, China e Vitenã (o 4º maior produtor). O governo vai agir rápido, para tentar mudar este cenário. Há meses o ministério prepara em conjunto com o Palácio do Planalto um decreto, que será assinado pela presidente Dilma Rousseff nas próximas semanas, assim espera o secretário Nacional de Infraestrutura e Fomento, Eloy Araújo. Trata-se do novo ProFrota, a linha de financiamento de barcos novos. O decreto fará com que os bancos de fomento aceitem como garantias de empréstimos os barcos usados – hoje barrados nas negociações – para a aquisição de novas embarcações. O ministério espera que a modernização da frota deve alavancar a produção no país. Além disso, com o Plano

Safra da Pesca e Aquicultura o Governo Federal tem estimulado o desenvolvimento do setor para aumento da produção e geração de emprego e renda. Desde sua criação, em outubro de 2012, o plano já disponibilizou cerca de R$ 4 milhões aos pescadores cadastrados. “O Brasil tem centenas de espécies, mas uma frota pesqueira antiquada. Não cria oportunidade de o pescador se mordenizar. No mundo todo o setor está modernizado, mas o Brasil está muito atrasado”, lamentou Crivella. Aquicultura avança A política para o pescado em mar associada com a aquicultura pode alavancar o setor de pesca no PIB brasileiro, preveem as autoridades da pasta. Em 2013, o ministério conseguiu licenciar mais de mil hectares em lagos e represas para o cultivo de peixes de várias espécies, nas cinco regiões do país, destacou a secretária nacional de Aquicultura, Maria Fernanda Ferreira. Há meses, numa outra frente, o ministro iniciou negociações com os estados para que os governadores, por decreto, autorizem cultivo de pescado

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DESDE SUA CRIAÇÃO, em outubro de 2012, o plano já disponibilizou cerca de R$ 4 milhões aos pescadores cadastrados.

nas hidroelétricas. A despeito das ações do Ministério da Pesca, criado em 2003, e da ampla costa no Atlântico Sul, o Brasil ainda hoje importa muito pescado. Só em 2013 foram negociados US$ 1,5 bilhão, revelou o ministro. Pesca predatória Outro desafio, destacado pelo Diretor de Pesca Industrial, Mutuso Asano Filho, é o combate à pesca

predatória na costa brasileira. Segundo Asano Filho, dados da FAO apontam que apenas um quinto do pescado mundial seja legalizado. “O combate da pesca ilegal vai permitir que a produção no Brasil aumente consideravelmente”, explicou. Há informações já em investigação pela Polícia Federal e Marinha de que grandes navios cargueiros na altura da costa brasilei-

ra, mas em águas internacionais, recebem pescado de arrasto feito por pesqueiros estrangeiros, no litoral brasileiro, na clandestinidade. Segundo o diretor Flávio Bezerra da Silva, existe uma interface da Marinha com o ministério e monitoramento via satélite dessas ações ilegais no Nordeste e Norte. Este é o desafio, e em breve poderá acontecer operações. (Por equipe da Coluna Esplanada)

MARCELO CRIVELLA, revelou que o país quase dobrou a produção de pescado em 2013 - foram 2,5 milhões de toneladas, contra 1,5 milhão de toneladas de 2012

Diabetes, um assunto nada doce... Prof. Dr. Eduardo Augusto da Silva Costa Profa. Dra. Lucia Christina Iochida*

Médico com Residência, Mestrado e Doutorado em Cardiologia. Professor de Cardiologia da Faculdade de Medicina da UFPA. Pós-Doutorado em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista eascosta@cardiol.br

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á uma semana estava em São Paulo, participando de banca de tese de doutorado e aproveitei para fazer um curso sobre stents de última geração, quando encontrei a Profa. Dra. Lucia Christina Iochida, uma das médicas mais brilhantes com quem convivi na época da pós-graduação na UNIFESP, e além das qualidades profissionais ela tinha o mais belo par de pernas da escola paulista de medicina, naquela época. Agora, a bela é Professora Associada de Clinica Médica da mesma escola (professor associado, na carreira universitária, é a classe final para a qual passa o professor que tem doutorado, após oito anos de professor adjunto com produção científica); aproveitei o encontro pra discutir um caso de

diabete recente na minha família e durante a conversa ela me contou que soube dos meus artigos na Gazeta, isto em razão de me procurar na internet pra me fazer um convite acadêmico. Conversei com a Lucinha (minha maneira carinhosa de tratá-la) a respeito de meus artigos e pedi para ela escrever alguma coisa para que todo mundo pudesse entender a doença diabete. Ontem, recebi por e-mail este primeiro texto: A diabete é uma das doenças que mais tem crescido, e causado grande preocupação aos médicos de todo o mundo é o diabetes ou diabete. O nome da doença em latim é “diabetes mellitus”, e foi chamada assim porque as pessoas doentes urinam muito (diabetes = sifão) e a urina é doce

(mellitus= doce como mel). Esta doença é conhecida desde a antiguidade, mas seu aumento exagerado foi observado a partir do século XX, principalmente depois da II Guerra Mundial. O que chama atenção no diabetes é o aumento das taxas de açúcar (glicose) no sangue, que ocorre em todos os tipos da doença. É importante notar que existem diversos tipos diferentes de diabetes, porém os mais importantes são o tipo 1, que aparece principalmente em crianças e adolescentes, e o tipo 2 que aparece com mais freqüência após os 40 anos de idade, principalmente em pessoas com excesso de peso. O diabetes tipo 1 exige o uso diário de injeções de insulina, e corresponde a cerca de 10% dos casos de diabetes. Os pouco mais de 90% de todos as pessoas com diabetes são do tipo 2, por isso comentaremos agora sobre ele. No Brasil, estima-se que existam cerca de 10 milhões de pessoas com diabetes, e muitas delas nem sequer sabem que tem a doença. Isto porque, a maioria tem diabe-

tes tipo 2, que é uma doença que provoca poucos ou até nenhum problema, durante muito tempo. Em outras palavras, muitas pessoas tem a doença e não sentem quase nada, ou nada mesmo. Isto não quer dizer que a doença não tem importância, ao contrário, durante todo o tempo em que a pessoa não sente nada, o excesso de açúcar no sangue vai causando estragos em todo o corpo, que mais tarde vão aparecer

na forma de outras doenças, como por exemplo alterações na visão, acidentes vasculares cerebrais, infartos e outras doenças do coração, insuficiência vascular periférica que causa o pé diabético, doenças nos rins e várias outras. É importante prestar mais atenção às informações sobre diabetes, e principalmente para os maiores de 40 anos, mais ainda para os que tem excesso de peso. Procurar o seu médico para perguntar sobre

esta doença, e fazer um exame simples, para verificar a taxa de açúcar no sangue, pode hoje significar mais tempo de vida. Na próxima semana entraremos em maiores detalhes sobre o “diabetes mellitus”. *Médica com Residência, Mestrado e Doutorado em Endocrinologia e Diabete Profa. Associada de Disciplina de Clínica Médica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo


Geral

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

Civil e Politec divergem sobre suposta violência sofrida por bebê É ERICH MACIAS

O acusado continua preso por estupro de vulnerável porque realizou ato libidinoso com a criança, confessado em depoimento Caroline Mesquita

Da reportagem

A

diretora do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegada Elza Maria Nogueira, declarou na manhã de sábado (15) durante entrevista à imprensa, que mesmo após o laudo da Polícia Técnico Científica apontar que não houve conjunção carnal ou similar no caso do bebê de 1 ano e 2 meses, suspeito de ter sofrido violência sexual pelo padrasto José Nilson dos Santos Sena, o acusado continuará preso por estupro de vulnerável. “A criança foi estuprada. O estupro de vulnerável não acontece apenas quando há conjunção carnal, mas também quando ocorre o ato libidinoso. A nova lei 12.015/19 tornou o conceito de estupro mais abrangente em não é apenas a conjunção carnal que designa o crime, e sim diversas formas de realizar o abuso sexual. Portanto, o procedimento feito pela Polícia Civil continuará normal, pois José Nilson cometeu o ato libidinoso com a criança”, explicou a diretora da DPE. Segundo a Delegada Elza Nogueira, o processo inflamatório na região anal e diarreia intensa na criança dificultou à perita, Dr. Carla, manifesta-se imediatamente o posicio-

A DELEGADA destacou que essas informações são necessárias para dirimir toda e qualquer dúvida do fato.

namento concreto do laudo. Porém, ela pediu um complemento de exames subsidiários junto à pediatria da rede pública hospitalar para verificar que tipo de mal trato a criança sofreu. “Não acreditamos que esta criança que está no leito de um hospital apresentando vários sintomas graves não foi vítima de violência por parte do padrasto. No próprio depoimento dado ao delegado plantonista Daniel Mascarenhas, o acusado confessou ter violentado a criança. O Delegado representou pela prisão, a juíza concedeu e o acusado está no Iapen à disposição da Justiça”, enfatizou Nogueira. Na coletiva à imprensa, a delegada Elza Nogueira disse que o suspeito de estupro chegou a falar em depoimento dele que ficou praticando a lascívia com a criança. “Contudo, seja de conjunção carnal ou ato libidinoso, acontece que o fato existiu. A criança foi vítima de violência praticada pelo padrasto”,

pontuou. A delegada destacou que essas informações são necessárias para dirimir toda e qualquer dúvida do fato. “A maior prova disso é que a criança está no hospital, consequentemente sujeita a cirurgia devido ao derrame pleural, abdômen distendido e inflamação intensa no ânus. A Polícia Civil tem plena convicção que esta criança foi vítima de estupro”, concluiu.

bebê estava chorando muito e com sangue nas costas, mas o levou ao hospital apenas no dia seguinte. Os médicos suspeitaram que a criança foi submetida ao estupro e a alertaram para denunciar o crime, entretanto, a denúncia foi realizada apenas 5 dias após o ocorrido por um dos médicos, quando a mãe retornou ao hospital para solicitar outro atendimento ao seu filho.

Caso O acusado de ter estuprado um bebê de 1 ano e 2 meses, José Nilson dos Santos Sena, de 18 anos, foi preso na noite de quarta-feira (12). O fato ocorreu na sexta-feira (7) em uma casa do bairro Perpétuo Socorro. O suspeito estava embriagado e teria cometido o abuso sexual com o enteado enquanto a mãe da criança, que possui apenas 17 anos, não estava em casa. Em depoimento, a mãe da criança disse que ao chegar percebeu que o

Espancado Na noite de sexta-feira (14), José Nilson foi atacado dentro de uma cela isolada no Instituto Penitenciário do Amapá (Iapen). Outros detentos do Iapen quebraram a parede da cela em que estava o acusado de estuprar o bebê de 1 ano e 2 meses e o agrediram com pauladas e chutes. Ele foi levado ao Hospital de Emergência e apresentou escoriações pelo corpo. Nilson foi transferido para o Centro de Custódia do Iapen, localizado no Novo Horizonte.

Preço do pescado deve aumentar em quinze dias Karina Rodrigues Da Reportagem

O

s principais pescados consumidos pela população amapaense devem sofrer aumento considerável no período da semana santa, que este ano acontece de 14 a 20 de abril. Os peixes mais procurados são o filhote, dourado, tambaqui, pirapitinga e a pescada amarela. De acordo com o vendedor, Abimael de Souza, nesse período de quaresma o peixe já está caro e

com a semana santa se aproximando esses preços irão a tendência é aumentar ainda mais. “Ainda não sabemos de quanto será esse acréscimo, mas como em todos os anos há um aumento no preço e esse ano não será diferente, apesar disso esperamos que o movimento seja maior nesse nessa temporada”. Os comerciantes relatam que por enquanto o movimento ainda está fraco, mas esperam que haja aumento das vendas em abril. “As vendas

Toque de Primeira ANTONIO LUIZ

Colunista alpcampos@hotmail.com Positivo Uberlândia Wheelchair Tennis Open - O Desafio Me Move é o 1º torneio internacional de 2014 no Brasil e vale pontos para a ITF - International Tennis Federation. Negativo Esportivo-RS perde cinco mandos de jogos e leva multa de R$ 30 mil pelos atos racistas contra o árbitro Márcio Chagas. Infelizmente, insultos raciais proliferam no Brasil. Tênis Cadeirante I

Amapaense João Bosco Jr vai ao torneio de Uberlândia, no período de 16 a 20 de abril. Tênis Cadeirante II Bosco Jr precisou adquirir uma cadeira de rodas nova, específica para a competição. Que Honra! Com Cinthya Peixe e Luiz Fábio, palestramos e recepcionamos calouros da Faculdade Estácio/Seama MMA em Dupla I O sucesso das Artes Mar-

mudam totalmente quando chega a Semana Santa e as pessoas passam a consumir mais o produto. Aqui, os peixes mais procurados são a dourada, filhote, pirapitinga e o tambaqui. Os preços são bastante variáveis, o quilo do peixe vai de R$ 12, 00 a 20,00, porém irão elevar daqui para o próximo mês”, afirma o feirante, Neco Pires. Edelson Rangel, que também trabalha na venda de pescado, ressalta que os atravessadores

ciais Mistas continua a gerar novos tipos de luta pelo mundo. MMA em Dupla II O mais novo exemplo mostra dois lutadores competindo em equipe contra outros dois. Peixinhos Voadores I O belíssimo projeto da PM/AP faz sucesso na Academia de Polícia do Estado do Pará. Peixinhos Voadores II Dois acadêmicos defenderão como tema em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Peixinhos Voadores III Através da natação, o projeto transforma aluno em cidadão e honra a Polícia Militar-AP.

que trazem os peixes de outras cidades como Santarém, Mato Grosso e Manaus costumam elevar os preços e por isso não teria como manter o mesmo preço, pelo qual o peixe está comercializado hoje. “Se dependesse apenas de nós permaneceria o valor que está, mas como precisamos buscar o pescado de fora do estado, então temos que fazer alterações na tabela de preços, porque esse é um processo que acontece em cadeia”, explica.

Re x Pa O clássico-rei Remo x Paysandu inicia este domingo quem disputa final da Copa Verde Seminário de Jiu-Jítsu I Rola em Macapá dia 16 Mar, organizado por Eduardo Silva, FEJJA e Amerson Leão. Seminário de Jiu-Jítsu II Terá Rolker Gracie, mestre faixa vermelha/preta 7º Dan, filho do lendário Hélio Gracie. Seminário de Jiu-Jítsu III Inscrições a R$ 100,00 e certificado com carga horária. Ligue 9176 4242 e 8110 7357. Fracasso I Ainda é um profundo mis-

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Editora: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Mau DORIEDSON ALVES

FILÓSOFO

muito comum julgarmos as pessoas pelo que fazem; assim nos colocamos em um lugar privilegiado, onde o ato de julgar se torna a simples condenação ou absolvição, na maioria das vezes sem qualquer direito de defesa, numa dialética condenatória e pública, expurgando o cidadão desviante. Isso irá depender apenas daquilo que acreditamos ser ou não importante, tendo valor moral, histórico, afetivo etc., pois a avaliação carece de referenciais, ainda que não sejam absolutos. Critérios como hábitos, costumes, tradições, superstições, são evocados e comumente se convertem em instrumentos avaliativos da conduta de alguém, principalmente se este sujeito, de algum modo, causou embaraço, a nossa falsa “consciência moral coletiva”. A regra é avaliar sua conduta como boa ou má. Mas o que é o mau? Na concepção socrática, em seu assim chamado “intelectualismo ético”, o indivíduo só pratica o mal, por não conhecer o bem. Podemos pensar, por outro lado, que há certa dose de plausibilidade nisso: desconhecendo, ignorando, desprezando, os critérios de ação moral em uma dada sociedade, o sujeito certamente poderá ser induzido, inconsciente ou conscientemente, ao erro. Dessa forma, para não cometer enganos, prejudicando outros, é fundamental conhecer; mas não somente isso: é vital a disposição em tornar importante, respeitável, num tipo de compromisso coletivo, os valores que tornam coeso determinado ajuntamento humano. As ideias de bom e mau se baseiam diretamente em valores, ou melhor, em critérios fundamentais para a organização social. A partir deles, uma ideologia será confeccionada, implementada, discursivamente defendida, cujo intento é prover os meios pelos quais a vida, e sobretudo a convivência, se tornará possível, agradável, justa. Portanto, se a pessoa se enquadra ao modelo adotado; ela é, inquestionavelmente, idônea, logo, está apta a desfrutar da reputação de alguém com boa índole. Ai cabe, então, o conceito de caráter. Um bom caráter se faz no bom cumprimento das regras de coexistência. Nesse caso, o mau é erradicado quando há sujeição aos padrões. O curioso é que, em certas ocasiões, o simples desrespeito pode caracterizar um estado passível de ser descrito como esquisito. Embora não haja nenhuma doença comprovada, o sujeito é etiquetado inadequadamente de louco. Justificativa: suas ações caminham em completo e absoluto desacordo com a conduta da maioria. Assim, se institui a tirania da “maioria”, na imposição hegemônica da cultura dominante. O novo, entretanto, se perfi-

tério por que os técnicos brasileiros não brilham na Europa? Fracasso II Os fatores básicos passam, certamente, por dificuldade de adaptação, idioma e ambiente. Amapazão I A bola volta a rolar dia 5 de abril com o clássico Ypiranga x Santana. No Zerão, 18hs! Amapazão II Convém lembrar, alguns clubes aguardam o patrocínio do Governo do Amapá. Senão... Gesto Campeão I Portador de câncer nos ossos, Davi, 11 anos, recebeu troféu de Éder, melhor em quadra.

laria, por exemplo, a concepção de contracultura, por romper com a “verdade” da prática comum. Ou seja, a regulamentação parte do que foi inconscientemente convencionado, ainda que nunca se tenha parado para se pensar nisso. A maldade, por conseguinte, se expressaria pelo dissenso, não pelo consenso, numa tensão entre dever e fazer. As pessoas não nascem boas ou más, senão haveria uma essência moral previamente estabelecida; elas simplesmente escolhem “isso” ou “aquilo”, numa vocação extremamente egoísta. O problema é tendemos, de maneira quase invariável, a confundir o que é bom com o que gera o bem, especialmente, quando a intenção é formular “comportamentos exemplares”: atitudes respeitáveis. Ou seja, se uma pessoa escolhe deliberadamente, levando em consideração apenas os próprios interesses, causar dano à outra; a primeira, certamente será má, por partimos da suposição, segundo a qual, todo desejo particular precisa ser considerado na sua relação com o todo; já a segunda, embora agisse da mesma forma em situação similar, afirma ter sido prejudicada. A motivação para esta ou aquela ação se encontra na busca do sentido útil e prazeroso que ela traz consigo, portanto, em seus resultados imediatos. Defendo, por isso, que para além de qualquer regra há, e sempre haverá, uma inclinação a satisfação pessoal, individual, particular. O que isso significa? As normas guardam algo de interessante ao se aplicarem aos outros. Agora, no caso das necessidades individuais, a lei do menor esforço prevalece. Então, o ser bom ou mau não passa de mero detalhe, num universo repleto de ideias que ressaltam e defendem comportamentos egoístas, simulando, inclusive, pretensas necessidades vitais, saciadas com o prejuízo de “alguém”. O mal personifica o carrasco sádico condenando os “princípios universais” de convivência ao esquecimento, sem remorso, arrependimento. De quem é a culpa? É nossa. Ao escolhermos modos de vida nos quais a importância, o valor, e o prazer, se atrelam a desfiguração da existência respeitosa, onde quem tem mais poder, seja qual for sua natureza, continuamente ganha destaque e vantagem em relação aos demais. Pouco importa se o “seu agir” acaba lesando outras pessoas. Desse modo, qualquer traço ético ou moral assume a aparência de fraqueza, nenhuma paixão, com trações de compaixão, deve ser tolerada. Eis a razão para que tanto a culpa, quanto a responsabilidade social, terem sido banidas da moralidade contemporânea, sobretudo na prática diária.

Gesto Campeão II Aconteceu após Cruzeiro 3x1 Maringá, Superliga de Vôlei, e emocionou pais e público. Germano Tiago I O popular Tiaguiho volta a ser técnico da Seleção de Porto Grande no Intermunicipal. Germano Tiago II Mas sonho geral, inclusive do prefeito Tonho Matapi, é ver Porto Grande no Amapazão. Você Sabia? Definido o formato para o Estágio Nacional dos alunos de judô da Academia Brasileira de Treinadores. O aprendizado consiste em treinamento de chão, pé e fundamentos.


Sociedade

LÚCIA THEREZA @luciathereza lucia.ghammachi@jdia.com.br

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

Diagramadora: Maraina Melo - maramiranda@jdia.com.br

Parabéns

G

Prêmio

overnador Camilo Capiberibe declara no Facebook: “Ainda a pouco a primeira dama do Amapá Cláudia Capiberibe, recebeu o prêmio Fátima Diniz, honraria concedida pelo PSB às mulheres que se destacam na luta pela igualdade de gênero e pelo avanço da contribuição feminina em nossa sociedade. A secretária da SIMS foi indicada pelo senador e presidente regional do PSB, João Capiberibe, o Capi. Parabéns!“

Deputada estadual Sandra Ohana, trocou de idade nesta sexta-feira. Na foto a deputada com os filhos Sérgio Barcellos, Alassandra Barcellos e Rodrigo Barcellos

Parabéns ao povo

A

Reunião ver in loco a situação da Ponte binacional, providencias por parte da ANTT estão bem avançadas e a nota técnica da ANTT vai subsidiar o acordo que esta em formatação entre Brasil e França, desta forma estamos integrados com a agência em Brasília para dar mais agilidade visto que a ponte é uma das prioridades do governador Camilo Capiberibe que tem buscado agilizar ao Maximo não somente a ponte mais a melhoria da mobilidade das rodovias do estado” disse Bruno Mineiro. O CoordenaSecretario de Estado dos Transportes Brudor de Transportes Rodoviário Internacional da no Mineiro, esteve dia (14) em mais uma rodada de reunião com diretores da Agên- agencia Marcos Antonio Neves, comentou na reunião em Brasília que, a minuta do termo de cia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), tratando dos trâmites burocráticos sobre o trans- cooperação transfronteiriça sobre a ponte segue bem acelerado. “A convite do secretario Bruno porte de cargas e passageiros, que usarão em breve a ponte binacional em Oiapoque. No final Mineiro, estivemos no Amapá com uma equipe e de fevereiro, o secretario havia conseguido mo- já pudemos rascunhar propostas que subsidiará o Itamarati que esta interagindo com o governo bilizar à agência que enviou técnico e já deram uma celeridade considerável. “Mês passado eles Frances para a assinatura do termo de cooperaestiveram aqui em Macapá, fomos ate Oiapoque ção técnica”.

partir desta segunda-feira, 17, o sonho do cidadão amapaense de ter uma internet mais veloz, e principalmente mais barata, começa a se transformar em realidade. Nesta data, o governador Camilo Capiberibe fará a entrega oficial da banda larga por fibra ótica, um empreendimento que começou em 2011.

Posse

O

Analistas e técnicos judiciários foram empossados para preencher vagas existentes em decorrência de aposentadorias e exonerações voluntárias.

E

Castanholas na terra do Don Juan

Quarta maior cidade da Espanha, esta talvez seja a que mais preserva as tradições do país. Sevilha, terra do conquistador Don Juan, guarda segredos das castanholas nas apresentações de flamenco e atrai multidões nas controversas touradas. Com vias movimentadas, aqui está localizado o maior edifício gótico do mundo: a Catedral de Sevilha. Espetáculos de dança são comuns nos teatros locais, sempre lotados. Museus sobre a colonização do continente americano e antigos palácios fazem da região altamente fotografada.

Ao percorrer restaurantes será possível conhecer as tapas, pequenas porções de diferentes petiscos regionais. Gaspacho (creme de legumes servido no pão), cozido andaluz (caldo de grãos acompanhado por carne) e caracóis são exemplos de pratos disponíveis nos cardápios. Roupas, artesanatos e antiguidades hippies competem com lojas de marcas internacionais. Para agradar os cerca de um milhão de habitantes, Sevilha está repleta de opções de compras e ruas comerciais.

Empresários fiquem ligados

xecutivos e empresários têm a oportunidade de fazer uma capacitação em uma das melhores escolas de negócios do mundo. Estão abertas as inscrições para o programa Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais, que vai ser desenvolvido de 24 a 29 de agosto, no campus da Insead, em Fontainebleau, na França. Para participar, basta fazer a inscrição na página do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). As vagas são limitadas. A 14ª edição do curso vai abordar temas como liderança, o Brasil no novo cenário global competitivo, gestão de equipes de alta performance, inovação, estratégia global e multinacionais de mercados emergentes, dentre outros assuntos. Será uma semana com aulas em período integral, sessões interativas, estudos de casos e discussões orientadas. As aulas vão ter tradução simultânea e o material de trabalho será oferecido em inglês e português. O curso faz parte do programa deEducação Executiva do IEL. Em 2012, o diretor da Iveco Latin America, Marcello Motta, decidiu investir no curso. “Eu precisava fazer uma reciclagem, ficar por dentro dos temas atuais e de forma rápida”, afirma. Em entrevista aoPortal da Indústria, Motta, disse que foi um aprendizado importante e de fácil aplicação no dia-dia.


MACAPÁ-AP, DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA, 16 e 17 de março de 2014

Carro&Moto

CORRE LÁ

Novo Hyundai Sonata tem primeira imagem revelada D2

Nissan Frontier ganha série limitada

Nissan lança picape Platinum e adota preços fixos nas revisões periódicas. D3

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Renault testa carros elétricos em Curitiba durante a Copa Dentro do Projeto Curitiba Eco-elétrico, 10 carros serão usados para patrulhamento durante o evento esportivo Carplace

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Prefeitura de Curitiba fechou um acordo com a Renault-Nissan para a criação do projeto Curitiba Eco-elétrico, que introduzirá o carro elétrico na cidade. E o primeiro teste será realizado durante a Copa do Mundo. Uma das 12 sedes, a Capital Paranaense receberá 10 modelos elétricos da Renault – sendo cinco Zoe, três Kangoo ZE e dois Twizy – que serão usados pela Guarda Municipal para patrulhamento de parques e praças durante o Mundial de futebol. Os carros também serão usados pelas secretárias municipais de trânsito e de turismo.

Neste primeiro momento, serão implantados 12 pontos de recarga em quatro endereços de Curitiba: Rodoferroviária, Parque Barigui, Parque Tanguá e Secretaria Municipal de Abastecimento. Os carros têm autonomia de 210 km (Zoe), 125 km (Kangoo) e 100 km (Twizy). Além deles, também haverá três micro-ônibus circulando pela cidade na Copa. Cada um tem autonomia de 100 km.

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Montadoras querem IPVA único no país Fenabrave

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UMA DAS 12 SEDES, a capital paranaense receberá 10 modelos elétricos da Renault, sendo cinco Zoe, três Kangoo ZE e dois Twizy

Brasil vai incentivar produção de carros híbridos e elétricos Os carros de baixa ou zero emissão, como modelos com motorização híbrida ou elétrica, vão ganhar incentivos para ficarem mais baratos no mercado brasileiro. Segundo Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

(Anfavea), tais medidas serão anunciadas após o feriado do carnaval. O assunto foi um dos temas discutidos na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado requerida pela senadora Ana Amélia (PP-RS). As ações antecipadas por Moan vão desde o incentivo à importação a produção de carros “verdes” no Brasil. Para isso, será criada uma complementação no

programa Inovar-Auto para beneficiar a categoria que gera menos poluição. De acordo com o presidente da Anfavea, o plano proposta pela Anfavea ao governo prevê três etapas. A primeira propõe a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que atualmente é de 25% para veículos híbridos e elétricos, quase o dobro da tributação cobrada de veí-

culos com motor a combustão no mercado nacional. O segundo passo, que deve ser realizado em três anos, prevê a nacionalização de componentes para veículos verdes. Já o último ponto, com prazo de mais dois anos, é a fabricação de carros alternativos no Brasil. Segundo Moan, o plano já está adiantado e para ser viabilizado só depende do apoio governamental.

Anfavea (associação nacional das fabricantes de veículos) apresentou ao governo uma proposta para alterar a tributação pela posse de carros. Em vez do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), que é proporcional ao valor do bem, seria criada uma taxa anual de valor único. Batizada de ICVA (Imposto sobre Circulação de Veículos Automotores), a taxa sugerida substituiria o IPVA e, segundo Luiz Moan, presidente da entidade, estimularia a renovação da frota. Segundo o executivo, isso ocorreria porque, quanto mais velho o carro, maior seria o peso do tributo em relação a seu preço de mercado. Essa lógica já é aplicada em outros países, como a Inglaterra. Contudo, a unificação do imposto seria complexa, pois o IPVA tem variações de alíquota de um Estado para o outro. Atualmente em São Paulo, o tributo sobre carros de passeio a gasolina ou flex equivale a 4% do valor de tabela do veículo. Assim, o IPVA de um modelo de entrada novo (R$ 28 mil) é de cerca de R$ 1.100. Um automóvel similar, mas com dez anos de uso, terá imposto de R$ 550. Após duas décadas, por lei, o automóvel fica isento da taxa.


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Carro&Moto

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

Novo Hyundai Sonata tem primeira imagem revelada

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A APRESENTAÇÃO oficial ocorrerá no final de março na Coreia e o carro já tem presença confirmada no Salão de Nova York

Sedã de luxo será lançado até o final do ano e segue o novo padrão de design “escultura fluida 2” Revista Auto Esporte

Q

uem visita a Coreia do Sul tem a impressão que está na Alemanha, tamanha a quantidade de sedãs alemães usados como táxis. Quer

dizer, sedãs da Hyundai com aparência alemã. Azeras e Sonatas estão por toda parte. Não é por menos que os dois estão entre os dois modelos mais vendidos da marca no mundo. Quando lançou a atual geração do Sonata, com suas linhas de cupê cheias de filetes, a Hyundai conseguiu o feito de emplacar mais 200 mil unidades nos Estados Unidos, país que adora os modelos japoneses dessa categoria. Mas a vida útil dos carros da montadora é curta e, quatro anos depois, surge a nova geração do Sonata. A Hyundai revelou a pri-

meira ilustração do sedã, segundo modelo a adotar a nova filosofia de design “escultura fluida 2” – o primeiro foi o irmão maior Genesis. A apresentação oficial ocorrerá no final de março na Coreia e o carro já tem presença confirmada no Salão de Nova York, em meados de abril. A única imagem confirma uma tendência a amenizar as linhas rebuscadas da geração anterior. O Sonata está mais sóbrio, mas não menos marcante. A Hyundai ainda preservou a maior parte das informações do modelo, mas diz que o sedã terá um painel mais

intuitivo. A expectativa é que o novo automóvel comece a ser vendido na maior parte dos mercados até o final do ano. Distante do Brasil Apesar do sucesso, o atual Sonata teve uma carreira irregular no Brasil. Quando chegou teve uma boa recepção ao ser colocado num patamar acima do antigo Azera, mas assim que o sucessor deste último chegou ao mercado, o Sonata perdeu o sentido a ponto de o importador, o grupo CAOA, desistir de vendê-lo. Espera-se que com o novo carro, essa situação mude.

Quais são as regras para usar a carretinha? Carros.ig

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ara começar, o reboque deve ser registrado e licenciado no Departamento de Trânsito (Detran), ganhando placa e documento (CRLV). Apesar de não ser preciso pagar IPVA ou seguro obrigatório (DPVAT), a Taxa de Licenciamento da carretinha deve ser paga todo ano. Os veículos com peso bruto total (PBT) de até 3.500kg (soma dos pesos do veículo, unidade acoplada e carga) podem ser dirigidos por motoristas habilitados na categoria B. Até 6 mil quilos, a carteira deve ser tipo C; acima disso, categoria E. Tome cuidado ao comprar a carretinha, já que o fabricante deve estar homologado por entidade credenciada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). De acordo com a Resolução 14/98 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), são equipamentos obrigatórios para os reboques: protetores das rodas traseiras; lanternas; freios de estacionamento e de serviço

(veículos com capacidade superior a 750kg e produzidos a partir de 1997); luzes de freio; iluminação da placa; setas; pneus; lanternas delimitadoras e lanternas laterais (dependendo das dimensões). As penalidades para o veículo que circular em desacordo com essas especificações são variadas e constam no artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Engate O engate para puxar a carretinha também deve estar dentro das normas. As resoluções 197/06 e 234/07 do Contran é que definiram es regras para os veículos com até 3.500kg de PBT. O fabricante ou importador do veículo deve informar ao Denatran os modelos que têm capacidade para tracionar reboque, além de fazer constar no manual do proprietário os pontos de fixação do engate e a capacidade máxima de tração do

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veículo. Já o fabricante do engate precisa estar registrado no Inmetro, que estabelece normas para aprovar o produto e seu procedimento de instalação nos veículos. O acessório deve apresentar algumas características: esfera maciça apropriada ao tracionamento; tomada e instalação apropriada para conexão ao veículo rebocado; dispositivo para fixação da corrente de segurança do reboque; ausência de superfícies cortantes ou cantos vivos na

haste de fixação da esfera; e ausência de dispositivo de iluminação. Além disso, o engate deve trazer uma plaqueta para a rastreabilidade do produto. Por fim, o instalador do engate deve cumprir à risca o procedimento de instalação aprovado e indicar na nota de venda do produto os dados de identificação do veículo. Conduzir o veículo com equipamento ou acessório proibido é infração grave, com multa de R$ 127,69 e retenção do veículo para regularização.

O segmento dos sedãs grandes produzidos por marcas generalistas tornou-se alternativa Carros.ig

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segmento dos sedãs grandes produzidos por marcas generalistas (aquelas que fazem de compactos populares a utilitários de luxo) tornou-se alternativa para quem deseja mais conforto do que o oferecido pelos médios. Isso não significa que o Ford Fusion e o Nissan Altima deste teste Folha-Mauá sejam pechinchas. Ambos custam cerca de R$ 100 mil, mas oferecem comodidades só vistas em modelos mais caros, como o Toyota Camry (R$ 150,6 mil) e o Honda Accord (a partir de R$ 119,9 mil). Prestígio A Ford domina o segmento com o mexicano Fusion, e as

cotas de importação com isenção de tributos garante uma boa margem de lucro à marca. De acordo com a Fenabrave (federação das distribuidoras de veículos), teve 2.364 emplacamentos no primeiro bimestre deste ano. O objetivo da Nissan com o Altima é conferir prestígio à marca. Importado dos EUA, o carro chega ao país em pequenos lotes. A soma das vendas em janeiro e fevereiro chega a 115 unidades. Porém, o sedã produzido pela marca japonesa mostra que tem potencial para mais. Na pista, ele foi mais rápido e econômico que o Ford. Para compensar a diferença de desempenho, o Fusion oferece motorização flex e mais itens tecnológicos. O painel de instrumentos conta com tela configurável, que possibilita escolher quais informações serão exibidas.

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Os sistemas de ar-condicionado, GPS e som podem ser comandados por voz. Outros itens disponíveis são rodas de liga leve aro 17, transmissão automática de seis marchas e controle de estabilidade. O preço parte de R$ 97.990 e chega a R$ 101.990 quando equipado com teto solar elétrico. Câmbio CVT Vendido em versão única, o Nissan Altima tem preço

sugerido em R$ 106.990. O pacote de itens é semelhante ao do rival, com destaque para o câmbio CVT de trocas (muito) suaves. Em comum, os carros oferecem espaço interno abundante, silêncio e ajuste que privilegia o conforto. A razão manda escolher o Fusion, que tem ótimo mercado e motor flex, mas o Altima merece um olhar atento pela eficiência mecânica e diferenciação você não verá muitos por aí.

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Pista livre JOSÉ ARCANGELO

Colunista

Vendas O mês de fevereiro sempre foi muito complicado para as vendas de veículos automotores. Primeiro pelos 28 dias do calendário muitas vezes com apenas 22 dias úteis devido aos feriados de carnaval, que esse ano coincidiu com o final do mês. Mesmo assim os números não foram tão decepcionantes para o mercado. Números No mês passado foram emplacados em todo o Estado em torno de 1.111 veículos automotores, assim distribuídos: autos 540, comerciais leves 194, caminhões 10, ônibus 18, motos 332, implementos rodoviários 10 e outros 07. No acumulado do ano, em apenas dois meses, já oram emplacados 2.387 unidades. No mês de janeiro passaram pelo DETRAN-AP 1.278 veículos. Em relação ao ano anterior, em fevereiro apenas 897 veículos. Índices Nos autos, Macapá continuou liderando os emplacamentos os autos com 78,3%, seguido de Santana com 14,4%, Porto Grande, Laranjal do Jarí e Serra do Navio com 1.1%, Ferreira Gomes 0,7%, Vitória do Jarí, Mazagão e Oiapoque com 0,6% cada e na “lanterna”, Amapari com 0,4%. Já nos comerciais leves Macapá ficou com 93,2%, seguido de Santana com 8,2% e Ferreira Gomes 0,5%.

Motos Nas duas rodas Macapá emplacou 68,4%, Santana 17,8%, Laranjal do Jarí 7,5%, Amapari 1,5%, Calçoene 1,2%, Porto Grande e Amapá 0,9% cada, Tartarugalzinho e Serra do Navio 0,6% e Oiapoque com 0,3%. Por esses números divulgados pela Fenabrave, não deixa de ser uma parte na avaliação da economia dos municípios. Perdido Alta do dólar, mudanças nas regras e incentivos às vendas de autos como a volta do IPI e mudanças nas regras de importação são itens que deixam a indústria automotiva instalada no Brasil classificar esse ano como “perdido” e já olham com alguma satisfação para o biênio 2015/16 que acreditam ser o “boom” do mercado automotivo brasileiro. Inovar O programa do Governo Federal, o Inovar-Auto, deu uma chacoalha nas montadoras nacionais obrigando as importadoras a instalarem fábricas no País se não quisessem ficara para trás e estas vão ter que se adaptarem ao mercado à modernidade. Enquanto o presidente Collor de Mello, de triste memória, mas que teve a ousadia de decretar o fim das “carroças”, a presidenta Dilma bateu o martelo no protecionismo da indústria automobilística nacional.

Auto Pista

Para combater as baixas nas vendas e tentar remexer o mercado, as financeiras retomaram algumas facilidades no crédito, com planos mais flexíveis e algumas exigências esquecias. E o resultado tende a aparecer em curtos e longos prazos. –x-x-x-x- Os consumidores voltaram a encontrar os caminhos das lojas devidos aos granes lançamentos que aconteceram ano passado e os que vem ainda esse ano. Portanto, para o ano, montadoras e clientes devem curtir uma intensa e proveitosa “lua de mel” nas vendas. –x-x-x-x- Mercado amapaense de seminovos continua aquecido. O cliente do seminovo em dois a três anos é um potencial consumidor de um zero quilômetro. –x-x-x-xA revolta é grane dos contribuintes com o excesso de buracos pelas ruas da cidade. Na ultima sexta-feira eram grandes as reclamações nas filas de bancos e lotéricas por ocasião do pagamento do seguro, licenciamento e primeira parcela do IPVA. Pouca gente teria aproveitado o bom desconto de 20% na quitação total do imposto, justamente pelo descontentamento com que os administradores relegaram as ruas da cidade. –x-x-x-x- A explicação da frase da semana é: o pior cego é o que não quer ver. Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel (anjo). Foi um sucesso da medicina a época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar as belas paisagens da terra e Voltaire, mas ficou horrorizado com as atrocidades do mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Então pediu ao cirurgião que lhe arrancassem os olhos. O caso acabou indo parar no Tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver. –x-x-x-x- Freando... e enxergando muito bem e revoltado com os milhares de buracos da cidade. –x-x-x-x- Mesmo assim: Bom Domingo!


Carro&Moto

Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

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Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Nissan Frontier ganha série limitada Nissan lança picape Platinum e adota preços fixos nas revisões periódicas

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Carand Driver Brasil

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Nissan lança a série limitada Platinum da picape Frontier por R$ 120.890. O carro terá apenas mil unidades produzidas com alguns itens excluivos, câmbio automático, motor a diesel e tração 4x4. A série especial está posicionada entre as versões SV Attack 4X4 manual e a topo de linha SL, que até agora era a única opção com câmbio automático da linha da fabricante japonesa. Ela está disponível em três cores: branco (sólida), preto e prata (metálicas). Na lista de equipamentos de série, a picape tem controle de estabilidade (VDC – Vehicle Dynamic Control) e de tração (TCS – Traction Control System); ar-condicionado digital automático de duas zonas; câmera de ré integrada ao display do

ELA ESTÁ DISPONÍVEL em três cores: branco (sólida), preto e prata (metálicas)

rádio de 5 polegadas; chave presencial I-key, que permite a abertura das

portas com um simples toque na maçaneta. Externamente, a Frontier

Platinum traz acabamento com detalhes cromados na grade, nos retrovisores externos e nos faróis de neblina. Os pneus todo terreno, que calçam rodas de liga aro 16 de seis raios, possuem escrita em branco e os faróis e as lanternas têm máscara negra. O logotipo que identifica a série fica na tampa traseira. No conjunto mecânico há câmbio automático de cinco velocidades com sobremarcha (overdrive), que trabalha casado ao motor

tos e comerciais leves da história da indústria automobilística nacional. Foram 571,9 mil licenciamentos, um crescimento de 4,6% em relação aos dois primeiros meses do ano passado. O recorde foi influenciado pelo bom resultado no mês de fevereiro, que apresentou vendas 10,3% superiores em relação ao

mesmo período de 2013 - foram 259,3 mil unidades comercializadas contra 235,1 mil unidades do ano anterior. Além das vendas, a produção de carros e comerciais leves também apresentou resultados positivos e fechou o segundo mês de 2014 com números 16,9% maiores que fevereiro de 2013. Falando em núme-

ros absolutos, foram 281,5 mil unidades produzidas contra 240,8 mil unidades do ano passado. Apesar disso, o crescimento em fevereiro não foi o suficiente para amenizar o prejuízo de janeiro e o bimestre fechou com queda de 2,7% na produção em relação ao mesmo período de 2013. As exportações também

turbodiesel de 2.5 16V de 190 cv. A direção é hidráulica com ajuste de altura do volante e na lista de equipamentos também estão incluídos itens como travas elétricas nas quatro portas, ABS, airbag duplo e volante com comandos de áudio e piloto automático. E dentro da nova política de preços fixos nas revisões, o custo de manutenção até os 60 mil km do utilitário produzido no país pela marca japonesa somará R$ 4.584, de acordo

com a fabricante. O programa também está disponível para os modelos March, Versa, Novo Sentra e o Altima. A revisão com preço fixo da Nissan Frontier inclui, além das peças e lubrificantes de substituição obrigatória, a mão de obra para troca dos mesmos e inspeção dos itens previstos no manual de garantia e manutenção. Confira os valores das revisões, que deverão ser realizadas a cada 10 mil km ou 12 meses.

apresentaram baixa (24%) no acumulado do ano: Até agora, foram 51,6 mil carros enviados para fora do País ante 67,9 mil do primeiro bimestre de 2013. Segundo Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o principal fator responsável pela queda é o atual cenário econômico da Argentina, país que vive situação instável

e é um dos maiores compradores do Brasil.

Vendas batem recorde no 1º bimestre de 2014 Carand driver Brasil

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primeiro bimestre de 2014 deve ter aguçado a expectativa das montadoras. Segundo o balanço de fevereiro divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o período registrou o maior número de vendas de au-

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Macapá-AP, domingo e segunda-feira, 16 e 17 de março de 2014

Fiat reajusta novamente preço do Palio Fire Hatch de entrada parte agora de R$ 24.490. Apesar do aumento, modelo segue com o título de mais barato do Brasil Revista Auto Esporte

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novo Palio Fire acaba de passar por mais um reajuste de preço. É o segundo aumento na tabela do hatch de entrada, que segue com o título de carro mais barato do Brasil. Anunciado por valores entre R$ 23.990 (versão duas portas) e R$ 25.990 (quatro portas) no início do ano, o modelo, logo no primeiro mês, teve um reajuste de R$ 200 em sua tabela R$ 24.190. Agora, de acordo com o configurador do site da Fiat, o modelo tem preço de partida de R$ 24.490, na ver-

são duas portas, e R$ 26.520 na quatro portas. Os aumentos foram respectivamente de R$ 300 e R$ 330. Desde janeiro, o aumento na tabela totaliza R$ 500. Pode não parecer muito perto do valor total do automóvel, mas é uma diferença que pesa no bolso do consumidor, principalmente quando pensamos que corresponde a uma parcela do financiamento. Mesmo assim, o Palio Fire ainda segura o título de carro zero mais barato do Brasil. Tal-

vez não por muito tempo. A diferença entre ele e os concorrente Chery QQ e Renault Clio é de apenas R$ 100 e R$ 200, respectivamente. Atualmente, o chinês compacto parte de R$ 24.590 e o hatch de origem francesa de R$ 24.690. O Palio Fire não foi o único a ficar mais caro. O irmão Fiat Uno também subiu R$ 300

na tabela. Antes sugerido a partir de R$ 25.190, o compacto agora tem preço inicial de R$ 25.390. O sedã Siena também está mais salgada. Com preço inicial de R$ 31.820, o modelo está R$ 450 mais caro. A picape Strada

também encareceu, após ter alcançado a segunda posição no ranking de veículos mais vendidos em fevereiro. O reajuste foi de R$ 510 para a versão de entrada Working, que agora parte de R$ 35.380.

SUA TABELA R$ 24.190. Agora, de acordo com o configurador do site da Fiat, o modelo tem preço de partida de R$ 24.490

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Toyota apresenta novo Corolla Revista Auto Esporte

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Produção de veículos sobe 16,9% em fevereiro

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Toyota apresentou no último dia (11) o novo Corolla, em evento realizado para a imprensa em Campinas, no interior de São Paulo. Com um upgrade em equipamentos e estilo, o sedã chega equipado com cinco airbags de série e preço inicial de R$ 66.570. O valor representa um acréscimo de R$ 4.470 frente à versão anterior. As vendas oficiais começaram já na quinta-feira passada (13). A meta da Toyota é emplacar até 60 mil unidades do modelo no ano, o que não é muito difícil já que no ano passado foram vendidas 54.103 unidadades do modelo. Mais refinado, o novo Corolla segue a linguagem visual do modelo europeu, com a bela grade frontal em evidência. O veículo ganhou em espaço: são 4,62 metros de comprimento (mais 8 cm em relação ao anterior), 1,77 metros de largura (acréscimo de 15 cm) e 1,47 metros de altura (queda de 0,5 cm). Sob o capô, não há grandes novidades. O carro segue oferecendo os motores 1.8 16V de 138/144 cv e torque de 17,7/18,4 kgfm e 2.0 de 143/154 cv de potência e torque de 19,4/20,3 kgfm. Os dois propulsores receberam melhorias, dentre elas a adoção de duplo comando variável de válvulas. O três volumes será oferecidos em três versões. Apenas a configuração de entrada, GLi, contará com a opção do câmbio

Fenabrave

MAIS CARO, sedã chega equipado com cinco airbags; Vendas começaram na última quinta-feira (13)

manual de seis marchas. As demais versões, XEi e Altis, trarão câmbio CVT, com simulação de sete velocidades e direito à borborletas atrás do volante. O paddle shift está disponível apenas para as configurações intermediárias e topo de linha. O curioso é que nenhuma das versões conta com controle de tração e estabilidade. Segundo Frank Peter Gundlach, diretor de pós-venda da Toyota, a montadora não achou necessário oferecer esses itens, devido ao nível de segurança do carro. A Toyota estima que as vendas da versão intermediária XEi representarão 70% das vendas do

modelo. O restante do mix será dividido entre 20% para a configuração topo de linha Altis e os 10% restantes ficaram com o modelo de entrada GLi. Confira todas os preços, versões e principais conteúdos de série: Corolla 1.8L GLi Manual: R$ 66.570 Corolla 1.8L GLi Automático: R$ 69.990 - Freios ABS com EBD, cinco airbags, direção elétrica progressiva, ar-condicionado manual, setas nos retrovisores externos, vidros e travas elétricas, sistema de som integrado e com entrada USB e Bluetooth e volante com comandos

de som. Corolla 2.0L XEi Automático: R$ 79.990 - Acrescenta bancos de couro, ar-condicionado digital, retrovisor interno eletrocrômico, câmera de ré, central multimídia com tela sensível ao toque, leitor de DVD, TV digital e faróis de neblina. Corolla 2.0l Altis Automático: R$ 92.990 - Acrescenta sete airbags, controle de velocidade com cruzeiro, acendimento automático dos faróis, bancos de couro bege com ajuste elétrico, faróis baixos em LED, lanternas dianteiras e traseiras em LED e recolhimento elétricos dos retrovisores externos.

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produção de veículos voltou a subir em fevereiro, alcançando o ponto mais alto em três meses, apesar de medidas recentes tomadas por algumas montadoras para adequar a atividade das linhas de montagem à desaceleração do consumo doméstico e à forte queda nas exportações para a Argentina. Segundo balanço divulgado ontem pela Anfavea, a entidade que abriga as montadoras instaladas no país, foram fabricados 281,5 mil veículos no mês passado, com alta de 16,9% em relação ao mesmo período de 2013. Na comparação com janeiro, o avanço foi de 18,7%, em números que incluem carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Foi o maior volume desde novembro, quando 293,2 mil veículos saíram das fábricas. Contudo, as vendas domésticas, assim como os embarques ao exterior, não acompanharam o ritmo, o que causou elevação dos estoques. O giro dos veículos parados em pátios de montadoras e concessionárias avançou de 31 para 37 dias na passagem de janeiro para fevereiro. Mas esse é um fato que ainda não gera preocupação, já que as paradas do feriado de Carnaval, junto com férias coletivas ou afastamento temporário de ope-

rários em linhas da Peugeot Citroën e da Volkswagen, podem contribuir para redução de estoques já em março. No total, as vendas de veículos no país caíram 17% de janeiro para fevereiro. Na comparação com o volume de um ano antes, quando o desempenho foi prejudicado pelo Carnaval - que, em 2013, caiu em fevereiro -, os emplacamentos subiram 10,3%. Com isso, o bimestre fechou com a marca recorde de 571,9 mil unidades licenciadas, o que corresponde a um crescimento de 4,6%. As exportações, por outro lado, seguem em queda, afetadas pelas restrições da Argentina - destino de quatro a cada cinco carros embarcados no Brasil. Nos dois primeiros meses, as vendas ao exterior de veículos brasileiros caíram 24%, somando 51,6 mil unidades. Durante a apresentação dos resultados à imprensa, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que a situação é preocupante, mas que acredita em um consenso entre os governos do Brasil e da Argentina na busca por soluções que normalizem o fluxo do comércio bilateral. As autoridades dos dois países vão se reunir na sexta-feira para discutir o tema. Ontem, Moan voltou a propor a criação de uma linha de crédito especial para a importação de carros na Argentina.


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