jornal do dia 24e25/02/2013

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NOVO I30

Potência e economia Veja o que o novo i30 tem de novidades.

PAPA

RODOLFO

Em quem confiar?

nD1

Sintonia fina para 2014

Acompanhe a análise de Rodolfo Juarez para o próximo ano. nA2

Ele não soube em quem acreditar.

nC1

Fundado em 04 de Fevereiro de 1987

Macapá-AP, Domingo e Segunda, 24 e 25 de Fevereiro de 2013 - Ano XXVI DIVULGAÇÃO

• Domingo e Segunda R$ 2,50 • Terça a Sábado R$ 1,50

PALAVRA DE ESPECIALISTA

Drogas: ou o Amapá previne ou vai continuar lotando o Iapen Allan, Gilvam e Jorge: bate-bapo político

PRELIMINARES

PPS inicia diálogos para 2014

ao Amapá, os dados são ainda mais assustadores. No Estado, existe uma estimativa que aponta 10 mil pessoas usando crack atualmente. nB2 e B3

AGÊNCIA BRASIL

Em entrevista ao JD, o deputado federal Givaldo Carimbão mostrou dados estarrecedores sobre o uso de drogas no país. Quando os números referem-se

O ex-senador Gilvan Borges recebeu no último dia 20 o candidato ao governo pelo PPS, Jorge Amanajás, junto com o vice-prefeito Allan Sales. No encontro, o PMDB se manifestou de forma favorável ao nome do PPS para a disputa. nA3 DIVULGAÇÃO

Deputado federal Givaldo Carimbão: no Amapá pela Frente Parlamentar de Defesa da Vida DIVULGAÇÃO

RECURSOS

NO STF

Collor quer ministros com mandato

ASCOM/GEA

Collor: proposta ao STF

Prefeitos conhecem agência estrangeira de financiamentos objetivo é aumentar a arrecadação do IPTU

IPTU

Campanha tenta aumentar em 40% a arrecadação

Senador apresenta proposta que pode revolucionar a suprema corte. Ele quer que os ministros tenham mandatos de 15 anos no STF. nA8 Recursos teriam retorno a taxas de juros praticados no mercado brasileiro, com carência de 4 anos

A partir desta segunda-feira, 25, a Prefeitura de Macapá vai intensificar a campanha de incentivo para o cumprimento do Calendário Tributário de 2013. nB4

RESPONSÁVEIS

Dois corintianos são indiciados por disparo que matou torcedor boliviano

O inquérito policial que investiga a morte do torcedor garoto Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, durante o jogo entre San José e Corinthians, quarta-feira, em Oruro, aponta que dois dos 12 torcedores detidos foram os autores do disparo. Segundo o jornal La Patria, de Oruro, o documento da polícia local relata duas pessoas como responsáveis pela morte do jovem boliviano. Os nomes não foram divulgados. nA7

12 torcedores estão presos na penitenciária San Pedro, a 200m do estádio

NA INTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL jdcomercial@jdia.com.br 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110


JD

Opinião

Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Sintonia fina para 2014 RODOLFO JUAREZ

Jornalista rodolfojuares@gmail.com

O

resultado das eleições municipais do final do ano passado mexeu muito no quadro comparativo de sucesso eleitoral formado pelos partidos políticos em atividades no Amapá. Mesmo não sendo uma referência decisiva, devido às coligações que são fechadas para as disputas das eleições, o resultado daquelas eleições deram indicadores aos partidos que estão em ascensão, aos que pararam de crescer e, até, para aqueles que regrediram, ponderando uma série de fatores que precisam ser considerados. É claro que o crescimento de um partido deixe os dirigentes valorizados pelo sucesso obtido, isso porque, a cada dia, se confirma a imagem feita pelos políticos experientes de que “cenário político é como nuvem, muda a toda hora”. Mas existem alguns fatores que precisam ser levados em consideração quando o sucesso não vem, por exemplo, no Município de Macapá. Esse é um indicador que faz com que os gestores dos partidos, que não conseguiram sucesso no maior colégio eleitoral do Estado, voltem para uma espécie de recuperação, façam as análises e, obrigatoriamente, venham de lá com, pelo menos, uma proposta mais arrojada. Para o PSB, por exemplo, o

resultado foi mais enigmático, trazendo outras incógnitas, pois, além de não vencer a eleição que disputou, não chegou ao segundo, com o seu candidato (no caso candidata), entre os dois primeiros colocados e, por isso, não disputou o segundo turno de votação. Para misturar e exigir mais detalhes no processo analítico, o partido, na mesma eleição, elegeu três vereadores na capital, marca só igualada com o PR, partido que disputou “solteiro” o pleito, isto é, sem coligar com outro partido. No cômputo geral da eleição, o PSB teve um bom desempenho, melhorando o seu número de filiados diplomados com cargos eletivos. Foram acrescentados aos que já havia sido conquistado em outras eleições, sem considerar os suplentes, mais 27 diplomas de vereador, três diplomas de prefeito e três diplomas de vice-prefeito, superando o PDT que mantinha, desde 2008, a hegemonia eleitoral no Estado. Mesmo assim é importante que os analistas considerem que o PSB não elegeu prefeito ou vice-prefeito em nenhum dos três colégios eleitorais com maior número de eleitores inscritos e aptos a votar – Macapá, Santana e Laranjal do Jarí. Esses três colégios somados alcançam 78,62% de todo o eleitorado

apto do Estado. O resultado pode ter sido uma avaliação errada do cenário, ou mesmo a ausência dos principais líderes do partido nas chapas que elaborou para a disputa dos cargos. Já o PDT, que tinha 4 prefeitos em todo o Estado, inclusive o da capital, não elegeu um prefeito se quere. Elegeu, isso sim, um vice-prefeito, em Ferreira Gomes, que se mantém no cargo, sustentado por uma liminar, enquanto aguarda o julgamento dos recursos que precisou impetrar, em conjunto com o titular que é filiado do PT. O PDT elegeu 13 vereadores, sendo dois na capital, fazendo com que o partido que fora até 2010 o principal partido do Estado, encolhesse bastante, o que deve refletir, consideravelmente, nas eleições de 2014. O PDT sempre trabalhou com referências orgânicas, exatamente o que rareou afora. Certamente é o partido que vai precisar de aliados fortes para reacender a chama que

atualmente está murcha. O PR foi um dos partidos que continuou avançando no Estado. Elegeu 17 vereadores, dois quais, 3 em Macapá, e um vice-prefeito. Não elegeu prefeito. PT, DEM, PSDB, PTB e PP estão virtualmente equilibrados, alguns pela importância dos filiados que foram para a Câmara da Capital. O PTB tem o reforço pela eleição do filiado para prefeito de Santana e o PP pela eleição dos filiados para os cargos de prefeito e vice-prefeito no município de Laranjal do Jari. O PSOL, que elegeu o prefeito e dois vereadores em Macapá, completa o quadro com um vereador em Itaubal e um vereador em Porto Grande. As eleições de 2014 estão completamente abertas e todos os passos dados agora têm que ser dados no sentido de fortalecer, aquele partido que conseguir o melhor arranjo para vencer as eleições Regionais que estão programadas para os dias 5 e 26 de outubro daquele de 2014.

E aí, vai tirar o relógio? VANESSA FREITAS

Palestrante, consultora de empresas, escritora, professora universitária, executive coach, apresentadora do programa “Espaço da Mulher” e diretora da melhoRH consultoria. Escreve aos domingos no JD.

É

pela ironia que começa a liberdade, afirmou o grande escritor, poeta e político Victor Hugo. Então ironicamente declaro que: eu sempre fui a pessoa mais “preguiçosa” que eu conheço para atividades físicas. No máximo; o meu inseparável patins me fazia companhia umas três vezes por semana. Também declaro que sou controladora pra caramba, quero saber como será tudo e desejo ter o controle dos dias atuais e futuro. É exatamente de pessoas assim que a vida gosta de surpreender! Eis que o meu atual namorado, um jovem senhor de sessenta anos (bonitão pra caramba!), além de executivo é um atleta e corre há muitos anos. A rebelde que vos escreve, não parava de “anunciar” para o namorado: não espere que eu corra algum dia, eu sou morta de preguiça, não tenho fôlego nem para correr cem metros. Mas um homem com esta idade é sábio, prudente e perseverante, nunca disse nada, nem incentivava (acho

que com medo de apanhar), também não concordava com este hino á preguiça humana. E olhe que, como terapeuta de relações, eu sempre soube que nós não desafiamos os nossos limites por uma simples questão: temos a crença de que não vamos conseguir. Então, se nós não acreditamos como poderíamos tentar? Fui fazer minha caminhada habitual, lenta como uma tartaruga, até que um senhor de aproximadamente oitenta anos (ou mais), passa por mim “correndo” e diz: bom dia! Como assim? O cara deve ter o dobro da minha idade, ainda corre e fala ao mesmo tempo? Logo pensei; eu vou experimentar correr! Mas vou com calma, apenas trinta minutos, declarei. Realmente, para a minha surpresa corri trinta minutos e quando vi, estava “morta” após este tempo que “eu” determinei. No dia seguinte, tive a iniciativa de tirar o relógio e

deixar que o meu corpo determinasse o tempo que “ele” suportava correr. É aí que vem a maior lição dos meus últimos anos: - Nossos acordos pré-determinados com a nossa mente não nos favorece em nada. No momento em que comecei a correr, sem olhar para o relógio, eu fui longe, bem longe (literalmente), corri o dobro dos meus “trinta minutos” que eu acreditava ser o meu limite e me sentia ótima fisicamente. Quando parei, por que percebia que já havia corrido muito, olhei para o relógio e não acreditava no que via: no meu segundo dia de corrida, eu conseguir correr por sessenta e cinco minutos. Claro que chorei de emo-

ção (eu choro por tudo), também ficava olhando para as pessoas que passavam por mim, afinal, estava louca para contar a minha novidade. Mas não conhecia ninguém, então fui para casa emocionadíssima. Ao chegar, quase arranco meu namorado do banheiro para dizer a novidade; ninguém conhece os seus limites até tentar superá-los. Tirar o relógio me fez perceber que muitas coisas que eu penso “ainda” ser difíceis, devem ser perfeitamente possíveis. A diferença é que eu ainda não tentei. Com esta lição, fica a dica: qual é o limite que você está colocando na sua própria vida? E ai, vai tirar o relógio?

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A2

Análise

Os cinco minutos de Kevin

A

migo torcedor, amigo secador, precisamos falar sobre o Kevin, mas não encontrei outro modo, depois de tantos comentários, passionais ou racionais, a não ser o de sugerir uma operação psíquica aparentemente simples: colocar-se no lugar do outro, trocar de papéis nesse drama. Parece simples, mas nem tanto, senão vejamos. Coloque-se no lugar dos pais do garoto, a quem sobrou apenas sair de Cochabamba, na madrugada de sexta, para buscar o corpo em Oruro. Embora roguem por justiça, não há punição que console. O que é um torneio de futebol diante da tragédia, mesmo que a Libertadores? Coloque-se no lugar do torcedor corintiano que costuma ver o seu time na paz, já comprou ingressos para a continuidade da taça e não terá o direito de testemunhar o time em campo? Este foi castigado como se o crime fosse de toda a multidão alvinegra, crime da metonímia invertida, o todo paga pela parte. Coloque-se no lugar da direção da Conmebol e imagine se a entidade ficasse enrolando e não definisse, imediatamente, uma pena, mesmo que provisória? Usou o que havia de evidência: vídeos mostram que o foguete proibido foi disparado da torcida do Corinthians. O regulamento prevê o castigo. A pena é incompleta, ób-

vio. E o San José, mandante do jogo? E a segurança falha que, repetindo o que ocorre no Brasil, deixou entrar no estádio as mochilas fumegantes? Agora a parte mais difícil do exercício, a menos que você seja um leitor de um estrangeiro chamado Alberto Camus, escritor e o mais solitário dos goleiros do mundo. Coloque-se no lugar do suposto disparador do rojão. Pense que ele está acostumado a fazer disparos idênticos, rotineiramente, no Pacaembu, no Morumbi, na Vila Belmiro. Todos nós nos imaginamos automaticamente na turma do bem incapaz de certas atitudes. Antes que os bonzinhos nos atirem pedras, mesmo que virtuais, vos digo: sou a favor de que os culpados sejam punidos, mas não me furto ao exercício do absurdo que é a existência. Coloque-se, amigo, também na pele dos jogadores do Corinthians. Como conseguir fazer que as pernas andem no estádio vazio depois da invasão japonesa? Silêncio não move moinhos alvinegros. Sim, qualquer exercício é nada, apenas fanatismo futebolístico, diante da dor do pai e da mãe. Estão impedidos de ver o Kevin não somente durante a Libertadores-2013. O menino viu apenas cinco minutos do seu time do peito. O caixão foi fechado para sempre. (Xico Sá)

Hora-Hora

Transparência Caso do leite superfaturado, comprado para a Residência do governador Camilo Capiberibe, mobilizou tropa de choque do Governo do Estado nas redes sociais, desde ontem. Tentativa de enterrar o assunto, após nota de esclarecimento emitida pelo Gabinete do governador. Fora de pauta Com dois dias de trabalho, Tapa-Buracos realizado pela Prefeitura de Macapá já foi suficiente para amenizar bastante os problemas no trânsito da cidade. Se mantiver o ritmo nos próximos dias, daqui a pouco o assunto sai de pauta. Simples assim.

Natural Recondução de Ivana Cei ao comando do Ministério Público do Estado, pelo governador Camilo Capiberibe, fez apenas confirmar o que já era esperado. Com a preferência da Casa, mesmo querendo, Camilo não teria argumentos para não escolher Ivana. Reação A nota de desagravo ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, assinada pelos chefes das 32 unidades do Ministério Pùblico Federal espalhadas pelo Brasil, causou polêmica. Para uns, trata-se de

justa solidariedade ao chefe, que estaria sofrendo retaliação política do Senado. Para outros, a nota é uma atitude corporativista. Direcionamento Esta semana, a pedido do senador Collor de Mello, o Senado aprovou realização de auditoria do TCU sobre a compra de 1.200 Ipads, promovida pela Procuradoria da República. Suspeita-se que a compra tenha sido direcionada para a Apple, que produz o Ipad. Mudanças Calaram-se os tamborins do carnaval, os buracos das ruas começaram a ser tapados, o leite da Residência Governamental foi derramado... Agora, parece que chegou mesmo a hora do governador Camilo anunciar as esperadas mudanças em sua equipe. Novidades à vista. Nome do pai Sem entender motivos que levaram a ONG Conservação Internacional a conceder ao governador Camilo Capiberibe o título de Herói da Conservação Global, ambientalistas tucujus, consideram que título caberia melhor ao pai, João Capiberibe, que governou o Amapá sob o lema do Desenvolvimento Sustentável.

MINUTOS

Tempo novo - A partir de segunda-feira, 25, sessões da Assembleia Legislativa devem começar de fato, em 2013. Agora com promessa de harmonia com o Executivo. Vale conferir. Derrame – Não vale à pena chorar pelo leite derramado. Limpar a sujeita também não é mera questão de nota. Até porque, o fogo continua alto e ainda deve vir mais derrame por aí. Visão – Programa bem sucedido do tempo do governador João Capiberibe, Visão Para Todos voltou à ativa ontem, com promessa de realizar 3 mil cirurgias ao ano. Boa notícia.

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Índice Opinião - A2, A3 Especial - A4, A5 Geral - A6 Sociedade - A8 Dia Dia - B1, B3, B4 Geral - B2 Classidia - 14 Pag.

Esportes - A6, A7 Atualidades - C3 Diversão&Cultura - C4 Carro e Moto - D1, D2, D3, D4 Social Click JD - A8 Economia - E1, E2, E3

Edição número 8137


JD

Geral

Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja@jdia.com.br

Senador coloca PPS na pista de decolagem para 2014

O caminho para o mar DOM PEDRO JOSÉ CONTI

Bispo de Macapá

U

Allan Sales, Gilvam Borges e Jorge Amanajás: conversa preliminar para o próximo ano

O

ex-senador Gilvan Borges recebeu no dia 20 de fevereiro de 2014, o candidato ao Governo do Estado pelo PPS Jorge Amanajás, junto com o Vice Prefeito Allan Sales. Neste encontro o PMDB através do Senador Gilvan, se manifestou de forma favorável ao nome do PPS para o governo em 2014. Ele disse que o PMDB está no aguardo de uma definição da reeleição do Presidente José Sarney, mas que esta decisão dará um rumo mais definido nos caminhos que o PMDB irá seguir. Contudo, o nome do PPS para Governo de Jorge Amanajás é viável nesta ca-

minhada que se inicia, neste primeiro diálogo, pois a credibilidade construída por Jorge Amanajás e Allan Sales com o Senador foi consolidada já em outros momentos. Exemplo em 2010 quando caminharam juntos e Jorge Amanajás, naquele momento, conseguiu 28% dos votos em nosso Estado. Desta forma, O PMDB irá continuar dialogando junto com o PPS, que hoje tem como aliado de primeiro momento o PSOL do Senador Randolfe e do Prefeito Clécio. Mas como hoje existem vários nomes para disputa de 2014 a sedimentação desse processo se dará

com muito diálogo e, os cenários que estarão sendo traçados a nível regional, bem como a nível nacional, aonde hoje já existem as seguintes pré-candidaturas para Presidente da República, sendo o PT com Dilma, o PSDB com Aécio, a REDE com Marina Silva, o PSB com Eduardo Campos e, outros nomes que possam vir a surgir. Este quadro nacional inicia uma tendência que dentro do caminhar deste ano irão criando e acomodando os mais variados cenários para o próximo ano. E neste caso o PPS já inicia com seu nome Jorge Amanajás para 2014.

O medo da noite DORIEDSON ALVES

A

Professor

s horas estão avançadas. Não há nada lá fora; e tudo está silenciosamente calmo. O mundo dorme, mas não o mundo todo, apenas aquele que nesse momento pode ser sentido, percebido, notado, por alguém. O universo das coisas mundanas já foi recoberto pelo manto da obscuridade, ao se esconderem da escuridão, enquanto varre a imaginação inquieta daquele que se encontra na vigília. O que resta são somente as ruas vazias, as esquinas desertas e um grande sentimento de sossego (ou desassossego). Isso irá depender do contemplador, na relação direta com a sua subjetividade afetiva. A calmaria, no entanto, encobre a agitação de um dia que esta simplesmente no começo (ou no fim). Ora, a noite é como um grande véu, escondendo os sonhos (e também os pesadelos humanos), quando as histórias parecem retratar fielmente o inconsciente em suas facetas mais ocultas, isto é, desejos, experiências, medos, expectativas. Tudo está lá na psique do homem. Contudo, a noite assusta pelo poder, associado a ela, de camuflar a realidade – seja ela boa, má, justa, injusta etc. – julgada, portanto, na essência, absolutamente tangível diurnamente. No entanto, a visibilidade, e a sensação de segurança que ela traz, reflete a extrema angústia daquele que se vê preso à dimensão visual das coisas, como se esse fosse o seu único aspecto apreensível sensorialmente, e o grande mau a ser combatido. Por que tememos, então, à noite? Nela, se vive, se morre, se nasce, mas parece também que se “morre demais”, sobretudo na ilusão de que o dia seguinte é um novo recomeço: os eventos só se repetirão em continuidade até o derradeiro. É como se ela mar-

casse a descontinuidade constante da existência (Pura ingenuidade!). Mas, o sono não se assemelha ao prelúdio de uma possível primeira morte? No mínimo, de certo modo, é um estado de consciência (inconsciência, semiconsciência etc.) que foge, com certeza, ao mais simples controle. As impressões vão e vêm, revelando desejos até então encobertos, desconhecidos, “indesejáveis”, filhos das ansiedades escamoteadas com tanto carinho, zelo, cuidado. Eles não podem vir à tona, precisam, talvez por senso de civilidade, continuar lá, onde sempre estiveram, bem isolados da vida concreta, onde não podem “ferir” ninguém. Eles são, na verdade e infelizmente, a essência de alguém que se vê destituído de sua “zona de conforto”, de segurança, quando, se expondo a si mesmo, se depara como as razões de uma desrazão perturbadora: a clareza daquilo que lhe foge, realmente, ao mais trivial controle. Não é possível, então, qualquer alegação infundada: os homens (e mulheres) são retratados nos ensaios fielmente confeccionados de uma noite que assusta, sobretudo pelo medo da realidade revelada voluntariamente, entre as múltiplas texturas de pensamentos, como reflexo da condição humana. Há, na noite, diversos retratos de homens, pintados nas telas insuperáveis e incontestes da vivência. São figuras alimentadas pela dinâmica da coexistência concreta, aquela desenvolvida nas entranhas do submundo: nos guetos, subúrbios, favelas, condomínios etc. Sim, aquela retratação feito presente apenas quando a noite cai. Portanto, se não houvesse a escuridão do fim do dia, (ou do começo de um novo), como se apresentariam, ao mundo dos homens, as grandes

figuras noturnas em seus quimeriosos delírios de grandeza escura? Elas figuram folcloricamente nas esquinas, mas perambulam também pelas ruas escuras, desertas, escondidas, buscando meios de notoriedade – e paradoxalmente obscuridade –, ainda que seja, egoísta, efêmera, solitária, para desfigurar a invisibilidade do dia ensolarado. Isto é curioso: os sujeitos noturnos só são sujeito à noite, recortando da vida, dos outros, fugazes momentos de reconhecimento. Fora desse curto, mais intenso período de tempo, não há existência para eles. Os bares, alamedas, avenidas, as casa noturnas, tudo perde espantosamente o encanto, e nada faz o menor sentido sem a escuridão. Por isso, durante o dia inteiro se espera ansiosamente o cair da noite, pois esse é o universo de sobrevivência (e reconhecimento) de um sem número de indivíduos, aliviados pelo anonimato (ou não) que a falta do Sol traz consigo. Talvez, e esta é uma possibilidade real, o pseudoanonimato da existencialidade noturna traga, de algum modo incerto e impreciso, a cegueira desejada pelos oriundos da clareza virtual da luz solar, onde eles são indivíduos respeitados, respeitáveis, insuspeitos, na lama gosmenta que chamamos carinhosamente de moralidade. Defendem a ordem durante o dia, porém perpetuam a degenerescência quando chega o crepúsculo: é hora de converter, ritualisticamente, a água em sangue e o pão, em vinho, em nome da liberdade escondida de quem tem medo da noite. Nesse momento, os bons, obscuros, covardes, escondem da própria “alma” à vulnerabilidade daquilo que se tornaram, especialmente ao cogitarem a tosca ideia do “enfim, sós”. Esta é a vida besta do louco enclausurado em si mesmo, sem nenhuma razão para ter razão.

A3

m rio, na sua tranquila corrida para o mar, chegou em um deserto e parou. Diante de si, tinha somente pedras espalhadas por todo lugar e dunas de areia a perder de vista. Ficou paralisado pelo medo. – É o meu fim – pensou desesperado – nunca vou conseguir atravessar este deserto. A areia vai engolir a minha água e eu vou desaparecer. Nunca mais chegarei ao mar. Sou um rio fracassado. Aos poucos as suas águas começaram a ficar sujas. O rio estava virando lama e estava morrendo. O vento, porém, tinha ouvido as suas lamúrias e decidiu salvar-lhe a vida. – Não tenhas medo, deixa que o sol te esquente. Tu vais subir ao céu na forma de vapor. Depois eu mesmo pensarei o restante. Mas o medo do rio aumentava: - Eu não sou feito para voar nos ares, eu devo correr entre as margens, líquido e majestoso. O vento insistiu e explicou: - Quando chegares ao céu, vais te transformar numa nuvem. Eu te levarei além do deserto e tu poderás cair novamente sobre a terra, na forma de chuva, vais voltar a ser rio e vais chegar ao mar. O rio, porém, teve mais medo ainda. Assim foi devorado pelo deserto. Podemos dizer isso de muitas formas, mas a nossa vida é feita de contínuas transformações. Somos sempre a mesma pessoa, mas também mu-

damos. As etapas da vida nos fazem passar pela infância, pela juventude, pela idade adulta e, enfim, pela velhice. Os traços pessoais permanecem, no entanto, às vezes, mudamos tanto que ficamos quase irreconhecíveis. As maiores transformações, porém, não são as do nosso corpo. Mudamos muito mais nas ideias, nos afetos, nos pensamentos, nos sonhos e nas esperanças. O ser humano vive em transformação. É por isso que queremos saber de onde viemos e para onde vamos. Se a vida é um caminho, para onde nos conduz? Podemos encontrar as respostas escutando o que o Filho, Jesus, nos diz, dando ouvido e acreditando na voz do Pai que o enviou. A missão de Jesus foi a de nos fazer conhecer o amor do Pai. Ele quis reconduzir a humanidade ao encontro com Deus, numa nova aliança de amor. Deu atenção aos mais afastados, aos mais sofridos, buscou as ovelhas perdidas. Desmascarou uma religiosidade hipócrita feita de rigor exterior e sem coração. Perdoou e não condenou os pecadores. Entregou totalmente a sua vida a esta missão e pagou muito caro por tudo isso: foi morto na cruz. No entanto abriu o único caminho possível para a verdadeira transformação da vida pessoal de cada ser humano e do mundo inteiro: o caminho do amor. Os apóstolos começaram a entender tudo isso so-

mente na manhã radiosa da Páscoa e ao anoitecer daquele dia quando o reencontraram ressuscitado. Cada um de nós é chamado a dar um sentido às transformações que acontecem em sua vida. Cada etapa é o fim de algo, mas pode ser também um novo começo. Vale também para os acontecimentos da vida. Alguns são esperados e preparados, outros nos pegam de surpresa e devemos reaprender a conviver com a nova situação. Tudo, em nossa vida, poderia – ou deveria – servir para nos tornar melhores. Mais capazes de amar e sofrer; mais capazes de doar e aceitar ser ajudados; mais capazes de confiar e ser confiáveis. Mais corajosos na fé, mais firmes na esperança e mais generosos no amor. Mais felizes. Nem sempre isso acontece. Muitas vezes mudamos para pior. Ficamos mais egoístas, interesseiros, vingativos e rabugentos. Sempre mais tristes e perdidos. É porque deixamos de prestar atenção e acreditar naquilo que Jesus fez e ensinou. O caminho para a vida nova da ressurreição passa pela subida ao Calvário, tem que morrer um pouco todo dia ao nosso orgulho para deixar a paz do Senhor tomar conta do nosso coração. “Somos cidadãos do céu” nos lembra a carta aos Filipenses neste domingo. Somos rios que devem correr para o mar, de transformação em transformação. Não somos feito para morrer nos desertos da vida.

Redes, partidos e política Marco Aurélio Nogueira Professor

M

uitos historiadores já declararam que sempre deparam com a falta de evidência direta das coisas. No romance O sentido de um fim, de Julian Barnes, um pequeno diálogo, aqui ligeiramente modificado, torna-se pertinente: “— Nada pode substituir a ausência do testemunho! — De certa forma, não. Mas os historiadores precisam tratar a explicação de um evento dada por um participante, com certo ceticismo. Normalmente, a declaração feita com um olho no futuro é a mais suspeita. — Se o senhor acha! — E estados de espírito podem, muitas vezes, ser inferidos a partir de ações. O tirano raramente envia bilhete manuscrito solicitando a eliminação de um inimigo”. Como o excerto tenta mostrar, será que a história é, de fato, apenas uma versão escrita pelos vitoriosos com pitacos de lamúria dos derrotados? Isso significa que não há, nem nunca houve, um sentido objetivo para conhecer nossas trajetórias? Será que o método sempre amputará — talvez o método implique nisso — parte da realidade e analise só o que lhe convém? Se a história não é neutra, como confiar em qualquer relato, narrativa ou conhecimento? Afinal, se a história, como ciência das humanidades, é um procedimento científico, deve haver como aferir se o que se afirma de um período corresponde ou não à verossimilhança (o máximo que podemos aspirar em

relação à verdade). Nossa sorte é contarmos com contextos e efeitos. Efeitos são os registros dos impactos — estes mais ou menos confiáveis — para detectar se os eventos realmente produziram os resultados que deles se afirma. Há uma patologia comum, da qual parcela significativa da esquerda padece. Para ela e seus soldados acríticos, os desvios serão esquecidos — vale dizer, deletados — quando os “resultados sociais” forem melhor conhecidos. Uma bobagem perigosa! Em geral, este é o epicentro da corrosão, o grande argumento de que, desde sempre, todos os regimes lançaram mão para justificar abusos e fomentar desejos autoritários. Este pode ser um dos diagnósticos para a afasia da oposição, que, inerte, assiste aos desmandos e manobras federais. Sim, há motivos de sobra para desconfiar do tom pseudoconciliatório, um dia depois das posses. E como a oposição insinua que não pode — será que não? — ir contra a bonança produzida às custas do descontrole orçamentário, imobiliza-se diante do aberto e imodesto uso da máquina do Estado por parte da administração federal. Sem um pio, como qualquer resistência espera ser bem sucedida? Assim, por uma omissão que tem custado a todos nós a supremacia de uma dinastia, a oposição escolheu dois caminhos, igualmente desastrosos: coçar a cabeça à espera de alguma ideia brilhante ou torcer para que os escândalos sucessivos se convertam em

asfixia política. Poder-se-ia chamar isso de improbidade oposicionista, e o resultado prático já está anunciado: perderam o bonde. Ainda não perceberam que — mesmo que apareça aquela prova material, uma gravação, um filme, o tal ato de ofício, assinado e rubricado, com firma reconhecida em cartório — o triunfo eleitoral deste regime está, por ora, garantido. Não é fortuito que muitos ganhadores das últimas eleições sejam ex-oposicionistas que pularam do navio para salvar suas peles e embarcaram na fragata governista, ávida por adesistas, venham de onde vierem. Já que, como diz o refrão, está tudo dominado e não há mesmo com quem contar, que tal embarcar na alienação controlada e esquecer um pouco a miséria psíquica da política? Faz tempo que gente independente da neuropsiquiatria descobriu que existe uma amnésia benévola, implantada em nós como respiro. Então, na próxima rodada, seja mais generoso, esqueça o método e despache o destino para as merecidas férias. Assim vamos aprendendo, solitários, que o tempo é apenas um lugar onde a memória seleciona lembranças como bem entender.


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Plataforma quer auxiliar municípios a identificar situação

Ela permite identificar, por exemplo, os serviços disponíveis para crianças e adolescentes em um determinado município; se há v

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onhecer a realidade local e traçar um diagnóstico dos problemas específicos de cada município é um importante passo para elaborar e direcionar políticas públicas de forma eficiente. Com o objetivo de auxiliar os gestores municipais a ter uma visão individualizada sobre as condições de vida de meninos e meninas nas cidades brasileiras e garantir o cumprimento dos direitos dessa parcela da população, está disponível na internet uma plataforma que permite gerar relatórios sobre a condição de vida de jovens até 18 anos nas áreas de educação, saúde, trabalho infantil entre outras. De acordo com a coordenadora do MapaDCA, nome dado à ferramenta, Adriana Mitre, a plataforma, gratuita, passou por recente reformulação, que facilitou a obtenção de dados mais precisos por meio do cruzamento de informações fornecidas pelos gestores municipais. Ela permite identificar, por exemplo, os serviços disponíveis para crianças e adolescentes em um determinado município; se há vagas suficientes para atender a essa parcela da população na rede de ensino local; e se o atendimento oferecido pela saúde está de acordo com as necessidades da população, segundo parâmetros do Sistema Único de Saúde (SUS). “A proposta é fornecer um retrato mais completo dos municípios cadastrados, indicando a forma como as políticas da infância têm sido priorizadas e se os resultados são satisfatórios, medianos ou insatisfatórios”, disse. Ela acrescentou que entre as novidades está a possibilidade de comparar as informações de um município com os indicadores estaduais e nacionais. “No relatório há algumas referências a leis, planos e resoluções que devem ser cumpridas e ainda o comparativo de alguns dados oficiais do município em questão com os

Com o objetivo de auxiliar os gestores municipais a ter uma visão individualizada sobre as condições de vida de meninos e meninas nas cidades brasileiras e garantir o cumprimento dos direitos dessa parcela da população

do estado e do país. Se um indicador municipal está pior, ele precisa identificar as causas disso e tentar melhorá-lo. Para isso, será preciso investir em políticas públicas locais”, ressaltou. O MapaDCA é direcionado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), responsável por elaborar e monitorar as políticas públicas para a infância, mas também pode ser utilizado por outros órgãos da área, como

o conselho tutelar. Os interessados em utilizar a plataforma devem se cadastrar no site e criar uma conta, com a qual será possível preencher os formulários da ferramenta. As perguntas sobre as políticas e as condições de vida de crianças e adolescentes estão divididas em dez áreas temáticas, como cultura, esporte e lazer, trabalho infantil e medidas socioeducativas. Com base nas respostas, os usuários têm acesso a

uma avaliação sobre seu município. Desenvolvido pela organização não governamental (ONG) mineira Oficina de Imagens, o MapaDCA tem apoio do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) para divulgação. Atualmente, 258 municípios de 23 estados estão cadastrados, entre eles, Barcarena (PA). Segundo o psicólogo da Secretaria Municipal de Educação Juarez Silva do Nascimento, as autoridades locais estão

implantando, este ano, um plano de ação, com medidas voltadas principalmente às áreas de educação e assistência social, baseado no relatório gerado pela plataforma. “Percebemos, a partir da utilização do MapaDCA, que há pouca interlocução entre os serviços que atendem a essa parcela da população no nosso município. Informações que chegam aos serviços de saúde sobre vítimas de abuso sexual, por exemplo, muitas ve-

zes não são captados pelas delegacias ou pelo conselho tutelar. Estamos trabalhando para padronizar um banco de dados que unifique tudo isso”, destacou. Ele acrescentou que a plataforma também contribuiu para a implantação de um programa de saúde sexual e reprodutiva na rede municipal de ensino, que conta com a participação dos próprios jovens para multiplicar as orientações transmitidas pelos profissionais.

Trabalhadores recebem bolsa porque são mal remunerados, diz ministra

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ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello afirmou nesta sexta-feira (22) que trabalhadores assalariados também recebem o Bolsa Família porque são mal remunerados. Para Campello, “o pobre é pobre não porque não trabalha. É pobre porque trabalha. Em geral, trabalha e recebe mal, é explorado, é vulnerável. Ou faz bico; não tem trabalho todo dia”. “A pessoa que trabalhar não [fica sem] o direito dela de estar no Bolsa Família [..] Ao contrário, nós queremos que as pessoas trabalhem e [queremos] garantir que, mesmo trabalhando, recebam o bolsa família”, afirmou durante o programa “Bom Dia, Ministro”, da televisão es-

tatal EBC. Na última terça-feira (20), a presidente Dilma Rousseff anunciou ampliação do programa Bolsa Família. A partir de agora, os beneficiários com renda menor que R$ 70 per capita (por pessoa) passarão a receber um complemento no benefício para que possam sair da extrema pobreza. O governo considera como extremamente pobres, miseráveis ou na pobreza absoluta as famílias cuja renda mensal por pessoa é inferior a R$ 70. Segundo a ministra, todas as famílias registradas no cadastro único do programa saíram da miséria. Mesmo assim, segundo Campello, o beneficiário que conseguir “melhorar de vida” tem direito a permanecer no programa por

mais dois anos. “A pessoa melhorou de vida no mês passado, ela não é irregular, a lei garante que ela permaneça no programa por mais dois anos”, afirmou. Uma das exigências que as famílias devem cumprir para entrarem no cadastro único do Bolsa Família, é assiduidade dos filhos de beneficiados na escola e a atualização do cartão de

vacinas das crianças. No entanto, Campello concorda que o beneficiário tem dificuldade de acessar serviços de saúde e afirmou que o governo usa mapa do Bolsa Família para melhorar oferta no setor. “As pessoas não descuidam da saúde porque querem, mas muitas vezes porque não conseguem ter acesso à saúde tanto quanto necessário.”


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de jovens e monitorar políticas públicas

vagas suficientes para atender a essa parcela da população na rede de ensino local

Cúpula federal gasta 345 mil folhas de papel por dia, aponta levantamento

O

s órgãos que encabeçam a administração federal em Brasília consumiram 85,5 milhões de folhas de papel no ano passado, segundo levantamento efetuado pelo G1 na Presidência da República, na Câmara dos Deputados, no Senado, no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria Geral da República (PGR). Considerados os 248 dias úteis de 2012 na capital federal (excluídos finais de semana e feriados), o consumo diário foi de 344,7 mil folhas. No total, os cinco órgãos gastaram no ano passado R$ 1,2 bilhão para comprar 170.988 pacotes de 500 folhas de papel A4 para uso de cerca de 23 mil funcionários. Os dados, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mostram que, em geral, o uso vem diminuindo nos últimos anos, sobretudo por causa do avanço na digitalização dos documentos e da conscientização. Mas, dentro das repartições, os esforços pela redução do papel ainda esbarram na cultura de um tempo em que tudo, para ser oficial, tinha de estar impresso e carimbado com tinta. No ano passado, apareceram com destaque na mídia as imagens das pilhas de papel acumuladas no plenário do Supremo Tribunal Federal durante o julgamento do processo do mensalão ou sobre as mesas dos parlamentares integrantes da CPI do Cachoeira no Congresso. O G1 visitou os cinco órgãos pesquisados para conhecer como se usa o papel e por que o material é tão usado. Foi constatada uma grande variação, não só pelas diferentes atividades que cada um realiza, mas também pela quantidade discrepante de servidores. A Câmara, por ter mais servidores – cerca de 10,6 mil lotados em Brasília –, tem o maior consumo (64 mil resmas) e o maior gasto (R$ 443 mil), mas por outro lado, o menor consumo per capita: em

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Coluna

ESPLANADA POR LEANDRO MAZZINI Jornalista

Twitter @leandromazzini

A lista dos desejos Prevendo a tradicional letargia em 2014, por causa das eleições majoritárias, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), quer uma pauta propositiva dos partidos para alavancar o trabalho legislativo. Pediu aos líderes que levem na próxima terça uma lista com os projetos de seus desejos para debate. As propostas que forem consenso do escrete entrarão como metas da Casa este ano. Alves não revelou o que ele pessoalmente quer priorizar.

Sem farra

Alves não quer farra, lista ampla ou com motivações eleitorais. Quer apenas “uma lista concisa” de cada líder da base e da oposição.

Alô, Agnelo

Surgem relatos nos corredores do Hospital da Criança, em Brasília, de assédio moral contra servidores para que abram vagas a apadrinhados políticos.

Viva Niemeyer!

Um grupo de 16 arquitetos alemães passeou na quinta pelas galerias da Câmara e do Senado. Saiu surpreso com as Casas vazias, mas gostou do que Niemeyer planejou.

Fumo grosso! A Souza Cruz partiu para a Justiça contra a Tabacalera del Este S.A., do Paraguai. A acusa de responder por 41,9% do cigarro contrabandeado para o Brasil, ou 7,9% do mercado aqui. A fumaça fica é preta quando se descobre que o dono da empresa é Horacio Cartes, do Partido Colorado, que disputa a... presidência do Paraguai. Cópias do relatório final da CPI do Cachoeira sobre as bancadas de parlamentares no Senado

2012, cada servidor usou, em média, 6 resmas (3 mil folhas). Já o Senado, apesar do número menor de servidores (6.455), tem consumo per capita maior que na Câmara: 7,3 resmas por servidor em 2012. Para dar conta da alta demanda (47 mil resmas em 2012), o Senado conta com gráfica semelhante à de um jornal de grande circulação. O Palácio do Planalto, com ainda menos servidores (3.300), tem consumo per capita pouco maior: 7,6 resmas por servidor. Em seguida, com maior consumo per capita, está a Procuradoria Geral da República, com 8,2 resmas por servidor. No topo do consumo, está o servidor do STF: 16 resmas de papel por servidor, em média, em 2012.

Digitalização Embora com os números mais expressivos, a Câmara reduziu o consumo de papel em 29% desde 2009. Além de campanhas em favor do uso consciente, pesou na redução a digitalização. Na área administrativa, procedimentos internos, como marcação de férias, consulta a contracheques, boletins de gestão e pedidos de material, por exemplo, já são realizados inteiramente sem uso do papel, na intranet da Câmara. Há cerca de dez anos, a digitalização chegou ao processo legislativo, na tramitação dos projetos de lei. Significa que cada versão de uma proposta, desde sua concepção à aprovação final, fica disponível online, com atualização constante das alterações que sofre ao longo das dis-

cussões. Em 2011, houve novo avanço com a chamada “pauta digital”, com a instalação de telas digitais para cada parlamentar nas mesas dos 16 “plenarinhos”, salas onde as comissões se reúnem. Antes, para cada reunião semanal de uma comissão, de 20 a 40 cópias de um calhamaço de papel, contendo a pauta do dia (com dezenas de projetos de lei na fila de votação e respectivos pareceres) tinha de ser impresso para uma simples consulta. Em poucas horas, esses calhamaços tinham de ser despejados, ao final de cada sessão. Hoje, tudo fica disponível nas telas, sensíveis ao toque. No início deste ano, as telas chegaram ao plenário principal, para economizar papel também na aprovação final dos projetos de lei. Na Câmara, cada projeto de lei ainda precisa ter um original de papel, por segurança, mas também porque Executivo e Senado só enviam ou recebem propostas em meio físico. Responsável pela digitalização do processo legislativo, o diretor do Departamento de Comissões, Luiz Antonio Eira, diz ter como “obsessão” zerar o uso do papel para projetos. “Não eliminamos o processo físico, mas estamos nesse caminho. Mas não é só um processo tecnológico, é também um processo cultural”, diz o diretor. O site do Senado na internet também disponibiliza os projetos para consulta online, mas as comissões da Casa ainda usam papel para discutir as novas leis. Não à toa, o consumo de papel subiu 18% nos últimos quatro anos, passando de 40 mil em 2009 para 47 mil resmas em 2012. Assim como na Câmara, os servidores têm um programa ambiental próprio para incentivar a redução no Consumo, chamado “Senado Verde”. A maior contribuição, no entanto, é destinar o papel usado para cooperativas de reciclagem, conforme prevê um decreto de 2006.

Aperto neles! Autor da PEC 89/2011, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) reforçou pedido para ela entrar em pauta. A proposta obriga que os diretores de agências reguladoras compareçam às comissões do Senado anualmente para prestar contas. Script Delegado licenciado, o deputado Protógenes (PCdoB-SP) já descobriu, por investigação da PF, quem furtou seu Ipad no Aeroporto de Congonhas. Pegará o sujeito em Brasília. Ainda rastreia para saber se haverá interceptador. Poder & Fé Com agenda mais tranquila, o senador José Sarney (PMDB-AP) levará a esposa Marli à missa na catedral do Divido Pai Eterno, em Trindade (GO), na 1ª quinzena de Março. Suspense Há risco de desafino atrás da cortina no palco do Teatro Nacional, na Orquestra Sinfônica de Brasília. A qualquer hora alguém soltará uma nota fora do tom. ‘Promessão’ O PSDB decidiu em reunião da bancada que todos os deputados vão abrir mão dos 14º e 15º salários na Casa e vão trabalhar para aprovar o voto aberto para qualquer votação na Câmara. A conferir. Se deu bem O deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB) comemora ser o único do es-

tado a abdicar dos 14º e 15º salários. Cobrado da coluna por ser um dever moral, ele lembra que luta contra regalias desde que foi estadual, e que incitou a lei contra nepotismo na Paraíba. Taxiando A Inframérica, do Aeroporto de Brasília, fechou acessos do Terminal 2 e deixou portadores de necessidades especiais, além dos passageiros, sem alternativas: obriga-os a se tornarem fumantes passivos na única área que restou para o trânsito de pedestres. Quem avisa.. A fala é de quem entende do assunto. Presidente do Cruzeiro por 17 anos, o senador Zezé Perrella (PDT-MG) desabafa: o que o governo gasta de dinheiro público com a Copa poderia ser bem empregado na Saúde e Educação. ...cartola é Para Perrella, “O Brasil arcará com os gastos e a FIFA, ditatorial, ficará com os lucros”. O custo mensal do Mineirão será de R$ 30 milhões, bancados também pela prefeitura. Vaivém Depois de toda a pompa da faxina ministerial, Dilma Rousseff corre risco de devolver ao mesmo grupo do PR, apeado dos Transportes, um grande ministério. Ponto Final O conteúdo dos arquivos do Ipad de Protógenes vale muito mais do que um ladrãozinho possa imaginar.

Com Marcos Seabra e Adelina Vasconcelos

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Meta/Oratório vence CDAR pela 1ª rodada do estadual adulto de basquete A primeira rodada do campeonato adulto masculino movimentou a noite da sexta-feira no ginásio do São José

De acordo com o dirigente bicolor, a Federação Amapaense de Futebol (FAF), além de ser omissa neste caso, as decisões estão longe de ser transparentes.

ORCA realiza campanha em prol da moralização do futebol amapaense

D Jogadores do Fla dão sinais de que confiam nos dirigentes por fim da crise financeira

A

Federação Amapaense de Basquetebol (FAB) iniciou na noite da ultima sexta-feira, 22, no ginásio poliesportivo da Sociedade Esportiva e Recreativa São José (SERSJ), no bairro do laguinho a primeira rodada do campeonato estadual adulto masculino de basquetebol. A Meta/ Oratório comandada pelo técnico, Gilmar Justo teve dificuldades para derrotar o time do Centro Didático Avertino Ramos (CDAR) por placar de: 62 x 49 (7 x 7 no primeiro período), (20 x 16 no segundo), (30 x 46 no terceiro quarto), placar final de 62 x 49. A primeira partida da noite, o CDPDB havia derrotado e ABAP por 72 x 52. A competição prossegue nesta

segunda feira, 25, entre o clássico São José e Ypiranga, e ABAP e Meta/ Oratório. Os jogos ocorrem no Avertino Ramos a partir das 19 horas. Em noite inspirada o time montado pelo técnico Gilmar Justo venceu o Centro Didático Avertino Ramos por 62 a 49, (7 x 7 no primeiro período), (20 x 16 no segundo), (30 x 46 no terceiro quarto), placar final de 62 x 49. A partida inicialmente não teve fortes emoções no primeiro quarto de jogo. As equipes bem que se esforçaram para disputar um bom jogo de basquetebol, e a bola não entrava no aro, por que, as equipes erravam muitos arremessos. “Os times estão sem ritmo de jogo logo nesse início

de competição” disse Agostinho Lopes presidente da FAB. Fato que, aconteceram tantos erros nos arremessos por toda a partida. Mas, o placar do primeiro período fechou 7 a 7, sem vencedor até então. No segundo período, as equipes retornaram para a quadra, com uma vontade maior de desenvolver um bom basquetebol. A torcida era pouco curiosa no ginásio, mas, marcou presença. O placar desse período foi de 20 a 16 para a Meta/ Oratório. No terceiro quarto da partida, as equipes retornaram um pouco mais concentradas no embate. O Meta/Oratório abriu oito pontos de vantagem do adversário, que bem que, tentou encostar-se ao mar-

cador, mas não teve jeito, o placar desse período foi: 30 a 43 para a Meta/Oratório novamente. No ultimo quarto da partida a torcida acreditava que o time do C. D. Avertino Ramos pudesse empatar o jogo, por que até então, tinha entrado em concentração no jogo e acertava os arremessos, até poderia vencer o confronto, entretanto, se descuidou do relógio e o placar terminou 62 a 49, Meta/Oratório que soma dois pontos na tabela da competição, o perdedor fica com apenas um. “Nosso time foi formado agora, acreditemos nos meninos, e a Meta vai fazer um bom campeonato se Deus quiser” falou o treinador da Meta, Gilmar Justo.

Poder popular garante realização do 1º Torneio de Futsal do MCC de 2013

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Governo do Amapá e a Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel) garantem a realização do 1º Torneio de Futsal do Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC), neste domingo, 24, na quadra poliesportiva do Ginásio Avertino Ramos. A competição iniciará às 7h, tendo pausa para o almoço às 12h (será servida uma feijoada aos participantes), com retorno às 14h. O evento tem como objetivos principais: promover a interação entre os movimentos pastorais, e

comunidades da Diocese de Macapá, visando mais unidade entre os jovens cristãos católicos; divulgar a Jornada Mundial da Juventude e incentivar a ida dos jovens para mesma; ajudar a custear as passagens dos jovens cursilhistas que irão participar da Jornada em julho, no Rio de Janeiro. Espera-se a participação de mais de cinco milhões de jovens de todo o mundo; 25 jovens do MCC-GED Macapá participarão da ação. O Movimento de Cursilhos de Cristandade é um

Toque de Primeira ANTONIO LUIZ

Colunista alpcampos@hotmail.com Positivo Promotoria da Cidadania, Conselho Regional de Educação Física e Vigilância Sanitária debatem em 27 Fev 13 o assunto: Academias e Profissionais de Educação Física. Negativo Diretoria do Flamengo recebeu herança maldita de Patrícia Amorim e tenta resgatar a credibilidade rubro-negra. Ou seja, pagar em dias e honrar os compromissos do clube.

Educação Física I Reunião de 27 Fev 13 interessa a professores, consumidores e sociedade em geral. Educação Física II Profº Aldir Dantas sugere a leitura da Lei 9.696/98, de 1 Set 1998, que regula o assunto. Paz Nos Estádios Com o slogan “Somos Rivais, Não Inimigos”, galera faz a beleza de Remo x Paysandu.

segmento da Igreja Católica e, pelo seu Núcleo Jovem, vem promovendo ações de integração e lazer para a juventude macapaense. Observando que o futebol é uma “paixão nacional”, surgiu a ideia de realizar um torneio de futsal semestral, inicialmente, dentro da Diocese de Macapá, posteriormente, atingindo as escolas e pequenas agremiações da capital. Em setembro de 2013, Macapá realizará o III Encontro para Jovens Cursilhistas da Macrorregião Norte. Parte da renda será

destinada à realização do evento. O GEA, através da Sedel, disponibilizou a quadra poliesportiva do Ginásio Avertino Ramos e material esportivo, que consta de 4 bolas Pênalti digital, 2 jogos de camisas com 14 unidades, 20 medalhas, 1 troféu grande, 2 troféus médios, 2 troféus pequenos, 1 kit de arbitragem com cartões e apitos. As premiações para equipes vencedoras (1º e 2º lugares), jogador artilheiro e torcida mais animada serão variadas entre troféus, medalhas e brindes. (Fonte – Asscom/Sedel).

Voleibol I Disputa acirrada e ótimo nível técnico a X Copa Cidade de Macapá. Torneio nivelado!

mara que ocorra e seja proveitosa!

Trembala Organização, patrimônio invejável e força esportiva marcam o Trem Desportivo Clube. Cariocão Domingo firme com Botafogo x Boa Vista, Fluminense x Madureira e Caxias x Vasco.

Corretivo I Injusta a pena imposta ao Corinthians quanto a jogar a Taça Libertadores sem torcida. Corretivo II Creio que deve ser punido duramente o assassino do garoto boliviano. Jamais o clube!

Amapazão I Foi adiada, outra vez, a reunião marcada entre dirigentes da FAF e clubes profissionais.

Esporte e Prevenção I Secretaria de Segurança Pública/GEA implanta esse belíssimo projeto de alcance social.

Amapazão II Esta segunda é o novo dia para a bendita reunião. To-

Esporte e Prevenção II Voltado para crianças e adolescentes em situação de risco

evido ao problema do Amapazão 2012, e que envolveu as garras dos Tribunais de Justiça Desportivas no Amapá TJD/AP, e no estado do Rio de Janeiro, no STJD/ CBF, e que, encheu a imprensa esportiva de notícias vergonhosas para o futebol amapaense, os torcedores especificamente do Oratório Recreativo Clube (ORC) criam um movimento popular denominado de ‘Pela Moralização do Futebol Amapaense’. A ação é baseada no Estatuto do Torcedor, (Lei 10.671 de 15/ MAI/2003), a campanha vai arrecadar assinaturas para encaminhar ao Ministério Público Estadual (MPE), pedindo varias providências, a campanha será intensificada neste fim de semana no bairro, Santa Rita e outros bairros da cidade, e nos logradouros de grande presença popular. Reginaldo Silva, diretor do clube e incentivador da torcida organizada ‘Orca Demolidora’ argumenta. “Futebol é vida, é sentimento, é algo identificável com a história do povo brasileiro é uma questão de interesse público. Os acontecimentos da decisão do Amapazão 2012, que saíram da esfera esportiva e foram parar nas barras da polícia judiciária e Ministério Público Estadual, preocupam e nos deixam sem confiança nos dirigentes do futebol amapaense. O Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva foi indiciado por falsidade ideológica (é um tipo de fraude criminosa que consiste na adulteração de documento, público ou particular, com o fito de obter vantagem - para si ou para outrem - ou mesmo para prejudicar terceiro), ele adulterou a súmula de um jogo para beneficiar outros e pasmem! Continua no comando do órgão que

social das Zonas Norte e Sul. Esporte e Prevenção III Palestras e esporte objetivam conter drogas, violência, crime e gravidez na adolescência. Esporte e Prevenção IV Está sendo implantado na Praça Adamor Picanço “Wanderley”, Zona Norte de Macapá. Oscar Pistorius Paga fiança de 220 mil reais e responde processo em liberdade. A namorada está morta! Judô I VI Circuito Amapaense de Judô – 1ª Etapa rola em 02 e 03 MAR no Santa Bartolomea.

tem o dever de zelar pela ética e moralidade no futebol, continua sendo investigado pela Polícia Judiciária, sob acusação de ter recebido dinheiro pra adulterar a súmula”. De acordo com o dirigente bicolor, a Federação Amapaense de Futebol (FAF), além de ser omissa neste caso, as decisões estão longe de ser transparentes. “O presidente que dificilmente aparece na entidade, apenas delega poderes pra terceiros, só intervindo quando é em proveito próprio, ou de seus amigos apadrinhados, além de outras mazelas que vamos denunciar ao MP, ignorando a FAF e TJD que o torcedor/consumidor é beneficiado pelo Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671 de 15/ MAI/2003)” alegou Silva. O dirigente reforçou ainda que com base nesse estatuto, eles irão realizar em conjunto com outros torcedores, de iniciar a campanha de coleta de assinaturas para encaminhar ao Ministério Público Estadual pedindo varias providências. “A campanha será intensificada neste fim de semana no bairro Santa Rita, e outros bairros da cidade nos logradouros de grande presença popular. Como podemos confiar nos dirigentes da Federação e TJD, que não primam pela ética e moralidade nas suas atribuições? Por isso convidamos as pessoas de bem para aderirem nossa campanha” convidou. Orca demolidora é o nome da torcida organizada do Oratório Recreativo Clube (ORC). Ela foi fundada em meados dos anos 70 com o objetivo de mobilizar no dia de jogos do Oratório, a maioria dos torcedores para torcer para, o Oratório no Glicério Marques no decorrer do campeonato. (EB)

Judô II A importante competição tucuju serve de Seletivas para os Brasileiros Sub-18 e Sub-21. Judô III Intensa disputa entre atletas Sub-13, Sub-15, Sub-18, Sub21, Sênior e Grand Máster. Basquete Adulto O inédito ‘Clássico da Rivalidade’ Ypiranga x São José rola esta segunda, no Avertinão. Você Sabia? O recém-lançado “Almanaque Oficial do Santos” revela que o time de Pelé parou duas guerras civis. Uma em Biafra, leste da Nigéria, e um conflito diplomático no Congo.


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Dois corintianos são indiciados por disparo que matou torcedor boliviano

Os outros 10 torcedores que estão presos na Bolívia devem responder à Justiça como cúmplices dos responsáveis pelo disparo

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inquérito policial que investiga a morte do torcedor garoto Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, durante o jogo entre San José e Corinthians, quarta-feira, em Oruro, aponta que dois dos 12 torcedores detidos foram os autores do disparo. Segundo o jornal La Patria, de Oruro, o documento da polícia local relata duas pessoas como responsáveis pela morte do jovem boliviano. Os nomes não foram divulgados. Os outros 10 torcedores que estão presos na Bolívia devem responder à Justiça como cúmplices dos responsáveis pelo disparo do sinalizador que atingiu Kevin. Eles seguirão detidos na penitenciária de San Pedro, em Oruro. Na última sexta-feira, o juiz Julio Huarachi aceitou a tese da promotoria e determinou a prisão preventiva dos 12 torcedores do Corinthians. A Justiça boliviana entendeu que os torcedores não devem ser liberados para responder

em liberdade, pois há risco de fuga. Penitenciária de San Pedro, Oruro, Bolívia. É lá que os 12 torcedores corintianos indiciados pelo homicídio do jovem boliviano Kevin Douglas Espada, de 14 anos, ficarão presos à espera do julgamento ou uma segunda ordem judicial. Funcionando desde 1844, a prisão está hoje superlotada e opera sob um controle peculiar de segurança: lá, são os próprios detentos os responsáveis por garantir a ordem. A descrição é do ministro conselheiro da embaixada do Brasil na Bolívia, Eduardo Saboia. Ele é o chefe da representação brasileira no país vizinho e acompanha, com certa apreensão, a situação dos brasileiros presos após o jogo entre San José e Corinthians, na quarta-feira - o duelo terminou empatado em 1 a 1. O incidente que levou à morte do jovem torcedor boliviano aconteceu ainda no primeiro tempo da par-

12 torcedores estão presos na penitenciária San Pedro, a 200m do estádio

tida entre Corinthians e San José, na noite de quarta-feira. Um sinalizador foi disparado da arquibancada onde estavam cerca de 300 torcedores do Corinthians e atingiu a cabeça da vítima, matando-a qua-

se que imediatamente. O incidente ocorreu pouco depois que o atacante do Corinthians, o peruano Paolo Guerrero, marcou o primeiro gol da partida, que terminou em 1 a 1. A jogo continuou,

Torcedor morto em jogo do Corinthians é enterrado na Bolívia

enquanto o menino era levado em vão a um hospital público local. O caso levou a Conmebol a punir o Corinthians. De forma preventiva, o clube ficou obrigado a jogar com estádio vazio nas partidas

que terá mando de campo. Nos jogos fora de casa, os corintianos tampouco poderão ver o seu time no estádio. Os dirigentes corintianos recorreram e pretendem reverter a decisão. (uol)

Enquanto isso...

O

jovem boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, morto na última quarta-feira, após ser atingido por um sinalizador, foi enterrado neste sábado em Cochabamba. O torcedor do San José, que tinha 14 anos, faleceu durante a partida contra o Corinthians pela Libertadores da América. Ele foi atingido por um sinalizador disparado por torcedores do Corinthians, segundo a polícia boliviana. Centenas de familiares e amigos estiveram no enterro, no cemitério Parque das Memórias em Cochabamba, segundo a agência EFE. O incidente que levou à morte do jovem torcedor boliviano aconteceu ainda no primeiro tempo da partida entre Corinthians e San José, na noite de quarta-feira. Um sinalizador foi disparado da arquibancada onde estavam cerca de 300 torcedores do Corinthians e atingiu a cabeça da vítima, matando-a quase que imediatamente. Penitenciária de San Pedro, Oruro, Bolívia. É lá que os 12 torcedores corintianos indiciados pelo homi-

Kevin Espada, que tinha 14 anos, morreu ao ser atingido por um sinalizador na última quarta

cídio do jovem boliviano Kevin Douglas Espada, de 14 anos, ficarão presos à espera do julgamento ou uma segunda ordem judicial. Funcionando desde 1844, a prisão está hoje superlotada e opera sob um controle peculiar de segurança: lá, são os próprios detentos os responsáveis por garantir a ordem. A descrição é do ministro conselheiro da embaixada

do Brasil na Bolívia, Eduardo Saboia. Ele é o chefe da representação brasileira no país vizinho e acompanha, com certa apreensão, a situação dos brasileiros presos após o jogo entre San José e Corinthians, na quarta-feira - o duelo terminou empatado em 1 a 1. A morte do torcedore aconteceu pouco depois que o atacante do Corinthians, o peruano Paolo

Guerrero, marcou o primeiro gol da partida, que terminou em 1 a 1. A jogo continuou, enquanto o menino era levado em vão a um hospital público local. Doze torcedores do Corinthians estão presos em Oruru. Dois deles foram indiciados como responsáveis pela morte de Kevin. Os outros 10 são apontados pela polícia local como cúmplices. (uol)

Mucicy Ramalho vê críticas de Pelé a Neymar como positivas: ‘É para o bem dele’

N

a opinião do Atleta do Século, o atacante do Santos estava se preocupando mais com “vaidades” do que com o futebol. Apesar da repercussão, o técnico Muricy Ramalho minimizou qualquer tipo de polêmica e considerou o alerta do maior ídolo da história santista como “positivo”. - Primeiro, temos que saber de onde vem (a crítica). Ele é o Atleta do Século, tem muita história no Santos e no exterior e possui experiência para fazer a pessoa crescer. Quando fala, é para o bem da pessoa. Às vezes, sai como uma crítica, mas não é isso. É bom que pessoas como o Pelé façam isso com Neymar. É algo natural

Técnico do Santos diz que Neymar precisa evoluir

vindo dele, nós recebemos como uma crítica boa avaliou. O próprio Muricy descreveu situações que, na visão dele, devem ser aprimoradas por Neymar. Em uma delas, o técnico acha que o craque precisa armar mais o jogo quando recua ao

meio para buscar a bola e não tentar jogadas individuais naquela área do gramado. - Uma coisa que ele tem de melhorar é no setor de transição. Quando ele pega a bola no meio-campo, também tenta o drible como faz na frente. Mas nesse setor, ele teria

que armar a jogada explicou, afirmando que isso não significa privar Neymar de suas principais características, como o drible e a velocidade. - Quando ele faz o gol mais bonito do mundo, o que você faz? Fala para ele não fazer aquilo? Tem que deixar de fazer o que ele gosta. Ele tem coisas a melhorar, mas não posso interferir em um jogador que faz tantas coisas. O futebol está muito chato, e quando você tem um cara diferente, tem que deixar ele criar. Só peço que, em determinados setores do campo, ele simplifique. Mas nos demais, vou incentivar sempre (o drible) concluiu. (G1)

Com cartel negativo após título, Lyoto tem luta decisiva para se manter entre os astros do UFC A carreira de Lyoto Machida era irretocável até 2009, quando ficou invicto por oito lutas e conquistou o cinturão do UFC. Com um estilo único, conquistou uma enorme base de fãs fieis no Brasil, que o acompanharam e o defenderam durante sua rivalidade com Maurício Shogun. Mas depois que perdeu o título, ainda não conseguiu uma série de vitórias e está com um cartel negativo desde então. Agora, pode retomar o bom rumo de sua carreira. Com três derrotas e duas vitórias em suas últimas cinco lutas, tem novamente a chance de ter todos os holofotes para ele. Se vencer Dan Henderson na penúltima luta do UFC 157 neste sábado, voltará a disputar o título dos meio-pesados, pela segunda vez desde que deixou de ser campeão. Não estou aqui falando que Lyoto está em uma fase ruim, mas ele simplesmente não conseguiu ser tão dominante quanto no começo de sua passagem pelo UFC. Claro que ter no meio do caminho um jovem senhor chamado Jon Jones complicou, mas agora, precisa de uma vitória para se manter importante dentro do evento. Além disso, Machida já começa a desenhar uma possível descida para os pesos médios. Se vencer Hendo, vai para a disputa de cinturão. Campeão novamente, segue nos meio-pesados. Se perder o título, desce de peso. Mais que isso, não vejo outro caminho para o lutador que não seja os médios de forma imediata se perder para Henderson. Lyoto também tem mais uma chance de conquistar de vez o público norte-americano. O campeão Jon Jones já disse que, se pudesse, não o enfrentaria de novo porque foi sua luta em que menos ganhou dinheiro com a venda de pay-per-view. Se aqui no Brasil ele é um grande ídolo, por lá ainda encontra resistência.

Beckham é relacionado no PSG e pode estrear contra o Olympique de Marselha O Paris Saint-Germain divulgou neste sábado a lista de jogadores para a disputa do clássico contra o Olympique de Marselha, com David Beckham entre os relacionados, abrindo assim, a possibilidade do inglês fazer sua estreia no clube da capital francesa no jogo que acontece às 17 horas de domingo (horário de Brasília). Anunciado no dia 31 de janeiro, o astro foi inscrito na Liga dos Campeões, mas demorou mais de uma semana para iniciar os treinamentos e, por isso, ainda não fez sua primeira partida. Na semana passada, o Beckham definiu como “muito emocionante” a chance de fazer a estreia em um jogo tão importante. “Joguei muitos clássicos em minha carreira, como Milan e Inter, Manchester United contra Manchester City, Real Madrid e Barcelona. É emocionante ter a possibilidade de ter um novo. São sempre jogos diferentes”, explicou.


JD

Geral

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Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Terapeuta manteve relações com mais de 900 pessoas O para tratar disfunções

Fernando Collor propõe que STF tenha 15 ministros com mandato de 15 anos

Segundo ela, as sessões, realizadas com homens e mulheres de diferentes idades, complementam o trabalho feito por terapeutas tradicionais

M

uitas pessoas procuram ajuda de psicólogos na esperança de superar problemas e disfunções sexuais. Mas ir para cama com o terapeuta como parte do protocolo do tratamento dificilmente passa pela cabeça até dos mais engajados na missão de descobrir a própria sexualidade. Apesar de levantar polêmicas e controvérsias, a modalidade que envolve o sexo entre paciente e terapeuta existe e tem ganhado cada vez mais destaque após a estreia do filme As sessões, em cartaz no Brasil há uma semana. O longa conta a história real de Mark O’Brien, jornalista norte-americano que, aprisionado em um pulmão de aço desde os 6 anos de idade devido à poliomielite, contratou uma sex surrogate, ou parceira sexual substituta, para perder a virgindade aos 36 anos. Interpretada pela atriz Helen Hunt, a grande personagem da vida real é Cheryl Cohen Greene. Sex surrogate há 40 anos, Greene já foi para cama com mais de 900 clientes, como ela prefere chamá-los. Bem-humorada, mãe de dois filhos e casada com Bob Cohen Greene, a mulher, de 68 anos, até hoje exerce a profissão. “Enquanto meus clientes estiverem à vonta-

Cheryl Cohen Greene, cuja história inspirou o filme em cartaz

de comigo e eu tiver condições físicas, eu continuarei”, afirma ela. Em entrevista ao Correio, a autora conta a sua história e explica como funciona seu trabalho, baseado no código de ética e em padrões de treinamento da modalidade criada nos anos de 1960 pelos sexólogos americanos William Master e Virgínia Johnson. Ela ressalta que os sex surrogates não são terapeutas tradicionais e têm uma formação

totalmente diferenciada. “Eu não acho que os psicólogos podem ter esse tipo de envolvimento com os clientes. É por isso que nós existimos. É como se os terapeutas tradicionais fossem ortopedistas que consertam seus ossos quando você os quebra. Depois, quando você está melhorando, eles te mandam para um fisioterapeuta, que vai tocar em você. Esses fisioterapeutas somos nós.” Na analogia, Greene reforça que o ideal

é fazer as duas terapias, pois de nada vale a teoria se ela não puder ser praticada. “Não podemos reprimir nossa sexualidade. O trabalho de uma parceira sexual é justamente fazer as pessoas abrirem a cabeça e explorarem o que elas quiserem. Diferentemente da prostituta, nós não queremos que o cliente volte. Queremos que ele aprenda conosco e aplique em sua vida afetiva.”(Correio Brasilienze)

Supremo Tribunal Federal (STF), corte que exerce a função de guardiã da Constituição, tem hoje 11 ministros. Poderá passar a ter 15. Atualmente, um indicado precisa ter ao menos 35 anos para ser ministro do STF. A idade mínima pode passar a ser 45 anos. Essas são algumas mudanças contidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2013, do senador Fernando Collor (PTB-AL). A matéria aguarda indicação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo o senador, a ideia de aumentar o número de ministros decorre da crescente demanda na mais alta corte do país. Outra mudança sugerida pelo senador é que cada ministro do STF tenha mandato de 15 anos. Na justificativa da matéria, Collor argumenta que “a investidura por mandato tem por objetivo garantir a necessária atualização ideológica nas linhas construtoras das decisões do STF, mediante a renovação de seus quadros”. A proposta também toca na forma de aprovação do nome indicado. A Constituição determina que o nome de um ministro do STF precisa ser aprovado no Senado Federal por maioria absoluta, ou seja, um mínimo de 41 votos. Pela proposta de Collor, esse quórum sobe para dois terços, o que significa o mínimo de 54 votos. Segundo o senador, “a prescrição de dois terços do Senado para a aprovação do nome presta-se a consolidar uma maioria efetivamente representativa da vontade da Câmara Alta do Congresso Nacional quan-

to ao indicado”. Outra mudança sugerida prevê que a aposentadoria dos magistrados, com proventos integrais, será voluntária aos 70, e compulsória aos 75 anos de idade, ou, no caso de ministro do STF, ao final do mandato. Restrições A PEC de Collor também prevê a criação de uma lista quádrupla de indicados a ser submetida à Presidência da República. Dessa lista, sai o nome escolhido do presidente, que ainda será submetido à aprovação do Senado. Pelo texto, um nome seria indicado pelos tribunais superiores e outro pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um nome do Conselho Nacional do Ministério Público e outro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) completariam a lista. O texto ainda cria uma série de restrições para a indicação. Não poderá integrar a lista quádrupla quem, nos quatro anos anteriores, tenha ocupado cargo de ministro de Estado, presidente de agência reguladora ou advogado-geral da União. Também estará excluído quem tiver exercido mandato eletivo no Congresso Nacional ou quem tenha sofrido condenação criminal por órgão colegiado. Na visão de Collor, as restrições visam a eliminar, ou reduzir ao mínimo, a influência política “que se possa pretender usar para pavimentar o acesso à elevada condição de ministro da Suprema Corte brasileira”. Outra matéria com propostas de mudanças no STF também tramita no Senado. (Agência Senado)


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DiaDia

Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja@jdia.com.br

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Amapá e Oiapoque serão beneficiados com reforma e ampliação de aeroportos Estado foi contemplado com dois aeródromos em ambos os municípios com o aporte financeiro de R$ 74,5 milhões REPORTAGEM JD da Redação

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m reunião realizada esta semana na Superintendência do Banco do Brasil no Amapá, foi firmada uma parceria com o Governo do Estado e as prefeituras para a revitalização dos aeroportos dos municípios de Amapá e Oiapoque. O Banco do Brasil, em 18 de dezembro de 2012, foi convidado a participar do “Projeto de Investimentos: Aeroportos” da Secretaria de Aviação Civil (SAC), órgão vinculado à Presidência da República. A atuação do banco envolve a administração da parte dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), destinados à modernização, reforma, ampliação e construção de 270 aeródromos regionais, bem como a contratação de obras, aquisição de bens e serviços e o acompanhamento e a fiscalização de projetos estruturantes, no valor de R$ 7,3 bilhões. Foi publicada a Medida Provisória (MP) nº 600, em comum acordo com os órgãos envolvidos, cujo texto autorizou a Secretaria de Aviação Civil e o

Banco do Brasil para a realização do projeto. A referida MP permitiu que o banco utilizasse o Regime Diferenciado de Contratações Públicas para a consecução dos objetivos firmados com a SAC e com a Casa Civil. Portanto, o banco realizará, em nome da união, as compras e contratações necessárias para cada aeroporto selecionado pela SAC. Para que isso ocorra, é fundamental a colaboração e o apoio dos estados e municípios no sentido de garantir o acesso e a disponibilização das informações necessárias para o sucesso da empreitada. Em complementação à MP, está sendo elaborado Decreto Presidencial da República que regulamentará a atuação do banco no Programa de investimentos em Logística de Aeroportos Regionais. O Estado foi contemplado com dois aeródromos, de Amapá e de Oiapoque, com o aporte financeiro de R$ 74,5 milhões. Na reunião, ficou definido que a Casa Civil fará a coordenação e apoio junto aos órgãos federais, a SAC será a contratante, fará a definição de prioridades, alocação de recur-

sos e normatização, a Anac fará a regulamentação, aprovação, homologação de obras, fiscalização e cooperação técnica, cooperação essa que também será de responsabilidade da Infraero. O governo será responsável pelos questionários de diagnósticos, fará a carta de apresentação do representante do governo nos aeródromos e operação e manutenção dos aeródromos através da Secretaria de Transportes. O Banco do Brasil fará a gestão dos fundos, realização do procedimento licitatório, aquisição de bens, contratação de obras e serviços, supervisão de obras e a administração dos contratos. Estavam presentes no encontro o superintendente do Banco dlo Brasil, Rosélio Furst; o secretário de Transportes, Bruno Mineiro; o prefeito de Amapá, Francisco Assis; o gerente da Infraero, Ezequiel Gomes; o gerente de Setor Público do BB, Marcelo Botelho; o gerente de Relações de Governo do BB, Sérgio Carrapeta; e o gerente de Transportes Aéreos da Setrap, Weligton Souza. O próximo passo será a

CELIANE FREITAS

O secretário Buno Mineiro, que na reunião estava representando o governador Camilo Capiberibe, disse que, para o Amapá, é importante esse tipo de iniciativa

visita aos aeroportos no período de 25/02 a 01/03, com a presença de técnicos do GEA e do BB. Até o dia 06/03 será o prazo para entrega do questionário com os diagnósticos dos aeródromos; de 07 a

08/03 será a fase de tabulação e análise dos questionários e no dia 13 /03 acontecerá a reunião, em Brasília, com a ministra da Casa Civil. O secretário Buno Mineiro, que na reunião esta-

va representando o governador Camilo Capiberibe, disse que, para o Amapá, é importante esse tipo de iniciativa e que o governo está de portas abertas para firmar futuros acordos com o Banco do Brasil.

Conjuv quer ampliar isenção da taxa de recadastro para meia-passagem

A

Coordenadoria Municipal de Juventude (Conjuv) desde o início deste ano vem agregando conquistas para seu público jovem a na maioria estudante. Ligada à Prefeitura de Macapá, o órgão é responsável por debater e implementar políticas para a juventude em parceria com outras entidades públicas ou privadas com o apoio de seu público alvo. Na próxima semana a Conjuv realiza a eleição para a direção de duas entidades e se prepara para começar a discussão para a ampliação da isenção da taxa para recadastramento e cadastramento da meia-passagem. Meia-passagem O coordenador Maycom Magalhães e sua equipe, após conversas com a Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac) e Setap conseguiu garantir para estudantes do município a isenção da taxa de recadastramento da meia-passagem. Cerca de 1.500 alunos da rede estadual não irão pagar a taxa de R$ 5,00 a partir deste recadastramento. “É uma conquista importante porém não va-

mos parar por aqui. A idéia é lutar junto com outros Poderes e entidades estudantis para que o benefício seja ampliado para todos os estudantes, inclusive universitários, de escolas particulares e de cursinho”, disse o coordenador. Ainda relacionado à meia-passagem, a Conjuv, considera que a descentralização do recadastramento para as Zonas Norte e Sul, e a redução da burocracia para acessar o benefício são conquistas que caminham em paralelo ás bandeiras de luta de jovens estudantes. “Em pouco tempo de gestão estamos tirando do planejamento de lutas algumas pautas e colocando em prática. Ainda não é que queremos, a meta é incluir os 25 mil estudantes do Amapá nestes benefícios” disse Maycom. “Estamos conversando com a Secretaria da Juventude do Estado e entidades estudantis para alcançarmos mais este objetivo e está em nossa pauta a isenção da taxa de cadastarmento, que hoje custa R$ 10,00. Não é uma conquista para este ano, mas para termos sucesso estamos em contato desde já

CELIANE FREITAS

com os representantes”, assegura o líder. Maycom alerta para as datas para cadastro e recadastro que iniciou no dia 14 e segue até 30 de abril. Eleição A Conjuv segue ainda a orientação do prefeito Clécio Luís e realiza nesta semana a eleição para dois importantes instrumentos de avanços de políticas públicas. O Conselho de Transportes e a Comissão de Transporte Escolar terão novas pessoas representando entidades, Poderes e sociedade civil. O objetivo da Prefeitura de Macapá é fazer com que o processo eleitoral seja realizado sem vícios com lisura. O Conselho de Transportes faz a fiscalização de transporte, e participa da definição do preço da tarifa de ônibus, com direito a parecer sobre aumento, ou não, da passagem. Não menos importante, a Comissão de Transporte é responsável pela fiscalização da meia-passagem. Oito entidades que representam estudantes participaram das decisões e têm direito a indicar membros e votar. “Estamos conver-

Ainda relacionado à meia-passagem, a Conjuv, considera que a descentralização do recadastramento para as Zonas Norte e Sul, e a redução da burocracia para acessar o benefício são conquistas que caminham em paralelo ás bandeiras de luta de jovens estudantes.

sando com todas as lideranças e promovendo intercâmbio de idéias”, disse o coordenador. A reunião nesta semana sobre a eleição contou com a participação de representante da União dos Estudantes dos Cursos Secun-

dários do Amapá (Uecsa), União Municipal dos Estudantes (Umes), Federação das Entidades Universitárias (Feuni), União Nacional dos Estudantes (Une), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e Diretórios Central

de Estudantes (DCE) das Universidades Federal (Unifap), Estadual (Ueap) e Faculdade de Macapá (Fama). A eleição acontecerá na quarta-feira, 27, em local e hora a ser comunicado oficialmente para os representantes. (PMM)

Prefeitos conhecem agência estrangeira de financiamentos

U

m encontro reuniu esta semana prefeitos amapaenses e uma das maiores entidades de financiamento da Europa. A reunião aconteceu no início da noite desta sexta-feira, 22, no Palácio do Setentrião, onde os representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) - instituição bancária simular ao brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - e os prefeitos de Macapá, Clécio Luis, de Santana, Robson Rocha, além do secretário de Saúde de Laranjal do Jari, Roberto Souza, que representou o prefeito Zequinha

Madeireiro participaram do encontro. Após uma rápida apresentação sobre as linhas de crédito da AFD, feita pelo encarregado do Departamento de Cooperação Regional da entidade europeia, Patrick Singh, os gestores municipais puderam esclarecer questões referentes ao funcionamento das operações financeiras da Agência Francesa. Segundo ele, a AFD pode financiar projetos estruturantes no ambiente urbano das cidades, desde que eles tenham cunho sustentável. Os recursos teriam retorno a taxas de juros praticados no merca-

do brasileiro, com carência de 4 anos e outros 20 para quitação. O prefeito Clécio disse que tem interesse em conhecer mais detalhadamente as linhas de operação financeira da agência francesa. Ele também citou demandas, como a necessidade de um aterro sanitário para Macapá, que são projetos em potencial. Da mesma forma, o prefeito Robson exemplificou com a recuperação da Baixada do Ambrósio, favela assentada em uma ressaca do município de Santana. O governador sugeriu a formulação de uma agenda entre os prefeitos e os

representantes da AFD. “Queremos ajudar os municípios a cessar recursos, tanto nacionais quanto internacionais”, ponderou Camilo Capiberibe. No Brasil, a agência francesa já investe em projetos estruturantes e programas com tecnologia sustentável - sempre nas áreas de transporte e energia - em estados das regiões Sul e Sudeste. A exemplo, na cidade de Curitiba (PR), o financiamento foi para a construção de parte da linha do metrô que auxiliará no transporte exigido para a Copa do Mundo de 2014. Já na capital carioca os re-

cursos foram destinados a um programa da Companhia Estatal de Energia Elétrica. Ao final do encontro, o governador Camilo Capiberibe assinou o de-

creto que oficializa o estado de calamidade pública para a manutenção urbanística em Macapá, conforme solicitado pelo prefeito Clécio Luis.


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“Amapá deve investir em prevenção ou conti

Segundo parlamentar, não há recursos para o setor educacional, porque se investe e CELIANE FREITAS

A visita ao Estado faz parte das ações da Comissão Especial de Combate as Drogas do Congresso Nacional, a qual a deputada Fátima Pelaes (PMDB/AP) e o deputado federal Givaldo Carimbão integram.

REDAÇÃO JD DA REPORTAGEM

cerária 1.567%.

elator da nova política sobre drogas no Brasil, que deve ir à votação no próximo mês na Câmara Federal, o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB/AL), esteve no Amapá esta semana para conhecer o que o Estado tem feito no sentido de prevenir e acolher o dependente químico. Em encontro com autoridades amapaenses, o parlamentar apresentou os últimos dados sobre o cenário que envolve o uso de drogas no país e foi enfático ao afirmar que o Amapá continuará construindo presídios, caso não invista em prevenção. A visita ao Estado faz parte das ações da Comissão Especial de Combate as Drogas do Congresso Nacional, a qual a deputada Fátima Pelaes (PMDB/ AP) e o deputado federal Givaldo Carimbão integram. Acompanhado do secretário de Promoção da Paz do Estado de Alagoas, Jardel Alderico, a Frente Parlamentar que atua em Defesa da Família e da Vida destaca a implantação de estruturas que consistem no tratamento e acolhimento dos dependentes químicos. Em entrevista à reportagem do Jornal do Dia, o deputado federal Givaldo Carimbão mostrou dados estarrecedores sobre o uso de drogas no país, resultado de um relatório baseado em experiências nacionais e internacionais vivenciadas e coletadas em 20 países e nos unidades da Federação, cujas informações foram decisivas para impedir a liberação do uso da maconha no Brasil. Segundo o relatório do parlamentar, em 1970 o Brasil tinha 90 milhões de habitantes e 30 mil presos. Hoje há 550.000 presos contra 200 milhões de habitantes, ou seja, enquanto o Brasil cresceu 111% em número de habitantes, a população car-

Amapá na rota Quando os números referem-se ao Amapá, dos dados são ainda mais assustadores. No Estado há cerca de 700 mil habitantes, por se tratar de uma região de fronteira com países como Bolívia, Colômbia e Peru, há facilidade para o tráfico. O estado se torna a porta de entrada para as drogas, resultando em uma estimativa de 10 mil pessoas no uso do crack atualmente no Amapá. Em 2000, o Amapá tinha apenas 500 presos, dez anos depois a população de apenados chega a 2.500, o que implica dizer que, ou o Estado investe na prevenção, tratamento e acolhimento do dependente químico ou continuará planejando a construção de presídios ao longo dos anos, e o que é mais preocupante, não conseguirá resolver o problema. “Atualmente um preso custa R$ 2.500 mês, um apenado leva em média quatro anos de cadeia no Brasil, a soma desse período reflete em 50 meses, ou seja, o estado gasta R$ 120.000 mil por preso”, analisou o deputado Carimbão. Outro indicador, é que 80% das pessoas que chegam a uma delegacia e seguem para o presídio são usuários de drogas. Pelo menos 100 pessoas que chegam a uma delegacia, tem a droga como pano de fundo de seus delitos. “Está claro que o Brasil tem que encontrar um novo caminho para o uso da droga, não apenas com repressão na fronteira, mas com investimentos que criem barreiras para não se chegar a uma cadeia. É mais inteligente que se aplique R$ 6 ou 8 mil em prevenção, do que R$ 2.500 por cada preso” ressaltou o parlamentar.

R

aumentou

Programa Acolhe Alagoas Na prática, a nova políti-

ca de enfrentamento ao uso de drogas oportunizou a criação de um projeto piloto que já foi implantado em Alagoas e Rondônia. Em Alagoas, o projeto Acolhe Alagoas coordenado pela Secretaria de Promoção da Paz, é constituído por Associações de Proteção e Assistência à Casas de Acolhimento e Hospitais Públicos e internação e desintoxicação. O trabalho é realizado por psicólogos, médicos e policiais que atuam na recuperação e reinserção dessas pessoas novamente na sociedade. Para o secretário Estadual de Promoção da Paz de

Alagoas, Jardel Aderico, trabalhar as estratégias de prevenção social contra criminalidade e violência são os principais instrumentos de enfrentamento. “Criamos um conjunto de iniciativas e temos como norte a identificação do usuário de drogas, tempo de uso, de onde vem, como se relacionam com criminalidade, e a partir daí, iniciamos a aproximação do usuário ao serviço, com objetivo de afastá-lo de forma prolongada dessa situação” disse o secretário. Atualmente, o Governo Federal começa a perceber que não se trata de uma ação isolada de saú-

de e sim conjunta que passa pela educação e justiça. O Programa é apenas um dos braços da Secretaria de Promoção da Paz em Alagoas. Em 2012, os atendimentos chegaram a cerca de 7 mil pessoas encaminhadas para serviço, sendo que 4 mil para as comunidade acolhedoras, as chamadas comunidades terapêuticas. Antes, o cenário em Alagoas era de jovens relacionados com consumo de drogas abusivo e descontrolado, o que resultava na violência nas comunidades. Projeto de Lei 7663/10

Proposição trata do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas. O substitutivo, apresentado pelo deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), traz definições orientadoras para a implantação do Sistema, como a possibilidade de internação involuntária do usuário de drogas, por decisão de familiar ou agente público. Entre as propostas, Carimbão defende que para fortalecer os conselhos estaduais e municipais de Políticas sobre Drogas, os recursos dos Fundos de Políticas sobre Drogas sejam repassados aos estados e municípios que, no prazo de dois anos a CELIANE FREITAS

Em entrevista à reportagem do Jornal do Dia, o deputado federal Givaldo Carimbão mostrou dados estarrecedores sobre o uso de drogas no país, resultado de um relatório baseado em experiências nacionais e internacionais vivenciadas e coletadas em 20 países e nos unidades da Federação


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Editor: Túlio Pantoja- tuliopantoja@jdia.com.br

inuará construindo cadeias”, diz especialista

em prisão partir da aprovação da lei, instalarem seus Conselhos de Políticas sobre Drogas e tiverem elaborado os planos de combate às drogas. Outro destaque do texto, é que escolas federais de ensino profissional deverão oferecer 10% das vagas em cada curso para reinserção social de pessoas atendidas pelas políticas públicas de combate às drogas. E ainda, que 5% das vagas determinadas em cada contrato de obras ou serviços públicos sejam reservadas para ex-dependentes químicos. Movimento contra propaganda de bebidas Esta semana em Brasília, o deputado federal Givaldo Carimbão dará inicio ao seu segundo movimento pela vida, contra a propaganda de bebidas. Segundo ele, ninguém entrou no crack pelo crack, e sim pela bebida. A meta do movimento nacional é conseguir um milhão de assinaturas para

eliminar as propagandas de bebidas do país. Frente Parlamentar A deputada federal Fátima Pelaes (PMDB) acredita que é preciso que o Estado do Amapá esteja atento a essas iniciativas, visando apoio, uma vez que é possível a partir das experiências, mudar a situação no Estado. “A partir do tratamento e acolhimento, com política públicas efetivas de combate a drogas, teremos uma estrutura com instituições que trabalharão com metodologias de combate as drogas e principalmente com suporte do Estado” disse a parlamentar. Dados do Relatório - No Brasil, entre 70 a 90% dos presos e menores em cumprimento de medidas socioeducativas, têm envolvimento com drogas. Este público, em geral, não são marginais ou de má índole, mas entraram na criminalidade buscando manter o vício.

- Segundo os dados do Ministério da Justiça, entre dezembro/2005 e dezembro/2010, o número de presos por tráfico de drogas aumentou 320%. Em 2005, 32.880 estavam presas no sistema carcerário por envolvimento com o tráfico de drogas. Em dezembro de 2010, 106.491 cumpriam pena pelo mesmo crime. - As pesquisas indicam as pesquisas no Brasil de 0,7 a 1% da população está no uso ativo de crack. Ou seja, se o Brasil tem em torno de 200 milhões de habitantes, estima-se que temos aproximadamente 2 milhões de brasileiros usuários de crack, que em tese, grande parte, serão os futuros presos deste país. - Indicadores gerais e preliminares sobre a população penitenciária do país, indica que o Brasil possuía, em dezembro de 2010, 496.251 presidiários, sendo que destes 106.491, 21%, estavam presos por envolvimento com o tráfico de drogas.

Esta semana em Brasília, o deputado federal Givaldo Carimbão dará inicio ao seu segundo movimento pela vida, contra a propaganda de bebidas.

Como saber se uma pessoa próxima está usando crack

O

usuário de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Um dos sintomas físicos mais comuns que ajudam a identificar o uso da droga é a redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada – em um mês de uso contínuo, o usuário pode emagrecer até 10 quilos. Fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico também são sintomas relacionados à perda de apetite. É comum ainda que o usuário tenha insônia enquanto está sob o efeito do crack, assim como sonolência nos períodos sem a droga. “Os períodos utilizando a droga prolongam-se e os usuários começam a ficar períodos maiores fora de casa, gastando, em média, três dias e noites inteiros destinados ao consumo do crack. Neste contexto, atividades como alimentação, higiene pessoal e sono são completa-

mente abandonadas, comprometendo gravemente o estado físico do usuário”, afirma o psiquiatra Felix Kessler. Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB). Comportamento Falta de atenção e concentração são sintomas comuns, que levam o usuário de crack a deixar de cumprir atividades rotineiras, como freqüentar trabalho e escola ou conviver com a família e ami-

CELIANE FREITAS

gos. “O dependente apresenta algumas atitudes características, como mentir e ter dificuldades de estabelecer e manter relações afetivas. Muitas vezes apresenta comportamentos atípicos e repetitivos, como abrir e fechar portas e janelas ou apagar e acender luzes”, afirma Laura Fracasso, psicóloga da Instituição Padre Haroldo. O usuário de crack também pode experimentar alucinações, sensações de perseguição (paranóia) e episódios de ansiedade que podem culminar em ataques de pânico, por exemplo. Isolamento e conflitos familiares são comuns. O dependente pode, ainda, passar a furtar objetos de valor de sua própria casa ou trabalho para comprar e consumir a droga. “O humor pode ficar desequilibrado em função do uso ou falta da droga. O usuário alterna entre estados de apatia e agitação”, diz Fátima Sudbrack.

Quatro deputados acusam colega de partido de ‘tráfico de influência’

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uatro deputados federais gaúchos do PP protocolaram nesta quarta-feira (20) no Conselho de Ética do partido uma representação contra o colega Jerônimo Goergen (PP-RS). A petição foi assinada pelos deputados Afonso Hamm, Vilson Covatti, José Otávio Germano e Luis Carlos Heinze. No documento, os parlamentares argumentam que Goergen teria cometido “tráfico de influência” ao divulgar, em sua conta pessoal no microblog Twitter e em veículos de comunicação do Rio Grande do Sul, investimentos que devem ser anunciados nas próximas semanas pelo Ministério das Cidades no lançamento de nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltada para obras de infraestrutura. Goergen nega tráfico de influência. No último dia 9, ele publicou nas redes

sociais que o governo federal iria liberar recursos para os municípios gaúchos por meio do PAC 2. Na ocasião, o deputado afirmou no Twitter que a medida teria sido “acertada” com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, deputado da Paraíba indicado para o ministério na cota do PP. Em uma série de posts no microblog, Goergen afirmou que 26 municípios do Rio Grande do Sul seriam beneficiados com verba do programa federal. Nas mensagens, ele detalhou o volume de recursos do PAC 2 para cada uma das cidades. O parlamentar gaúcho também concedeu entrevistas relatando detalhes dos investimentos em jornais e rádios locais. “Trazemos ao conhecimento de Vossa Excelência [Francisco Dornelles, presidente nacional do PP] a nossa profunda preocupação com a conduta abusiva e antiética adota-

da pelo deputado Jerônimo Goergen, que vem anunciando, de forma prematura e descabida, a liberação de recursos junto ao Ministério das Cidades em diversos veículos da mídia regional do Estado do Rio Grande do Sul”, escreveram os parlamentares do PP na representação entregue à direção da legenda. Os deputados ainda destacaram no documento que a conduta de Goergen “se caracteriza como tráfico de influência”. Segundo eles, a iniciativa consistiria “na prática ilegal de um parlamentar se aproveitar de informação privilegiada para obter favores ou benefícios pessoais”. O suposto crime está previsto no artigo 332 do Código Penal. Deputado aponta ‘ciúmes’ Mesmo sem ter sido comunicado oficialmente pelo partido sobre a representação apresentada pelos correligionários, Go-

ergen conversou sobre o assunto com o G1. O parlamentar gaúcho admite que divulgou as informações sobre os futuros investimentos em sua base eleitoral. Ele, no entanto, argumenta que o procedimento é corriqueiro entre os parlamentares do Congresso Nacional. O deputado explica que obteve as informações sobre as obras que devem ser anunciadas pela presidente Dilma Rousseff junto ao Ministério das Cidades, em 7 de fevereiro. Conforme Goergen, no mesmo dia, outros deputados do PP gaúcho também teriam sido comunicados pela pasta sobre os investimentos, entre eles Heinze, um dos autores da reclamação partidária. Goergen, inclusive, ressalta que o colega do PP que o acusa de “tráfico de influência” também concedeu entrevistas à imprensa gaúcha detalhando municípios que seriam atendidos pela nova fase

do PAC. “Lamento que isso esteja acontecendo. Deveríamos estar comemorando os investimentos destinados ao estado. Porém, o que pode acontecer é que essa representação atrapalhe o envio desses recursos para o Rio Grande do Sul. O governo federal pode se incomodar com essa polêmica e cancelar os repasses”, reclamou. Na avaliação de Goergen, a iniciativa dos colegas de partido teria sido motivada por “ciúmes” do trânsito que ele possui dentro do Ministério das Cidades e também por interesses eleitorais, já que alguns dos parlamentares que representaram contra ele no Conselho de Ética disputam votos nos mesmos municípios e têm eleitores com o mesmo perfil. Colegas justificam representação Um dos autores da re-

presentação, Vilson Covatti afirmou que, diferentemente das acusações do colega de sigla, a reclamação interna contra Goergen teria sido feita apenas para “preservar a imagem” do PP e do governo federal. “Ele [Goergen] obteve informação privilegiada. Isso é crime previsto no Código Penal. Os deputados estão indignados. Como um deputado pode se valer de uma informação privilegiada? Ele que revele quem o autorizou a divulgar essas informações”, criticou Covatti. Apesar de ter subscrito a representação contra Goergen, Luis Carlos Heinze disse que assinou o documento a pedido de Covatti. Ele reconhece que também obteve as informações em primeira mão e que divulgou os empreendimentos federais a veículos de imprensa gaúchos.


JD

DiaDia

Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

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Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja@jdia.com.br

Campanha tenta aumentar em 40% arrecadação do IPTU em Macapá O sistema arrecadava apenas 20% do lançado em ano anteriores

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partir desta segunda-feira, 25, a Prefeitura de Macapá vai intensificar a campanha de incentivo para o cumprimento do Calendário Tributário de 2013. Ele já está em vigor, com descontos e facilidades para pagar, e, em contrapartida, a PMM assegura o retorno com serviços para a população. O objetivo do estímulo, é atingir o objetivo de aumentar, somente com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a arrecadação em até 40%, o que corresponde a R$ 10 milhões a mais nos cofres municipais. Para o secretário de Finanças, interino, Paulo Lemos, a conscientização da necessidade de pagamento de tributos está diretamente ligada ao desenvolvimento do município. “Para isso, a população tem que ser informada que não é uma despesa, mas sim um investimento na qualidade de vida da sua família. No caso de impostos pagos para funcionamento de estabelecimentos como casas noturnas e realização de eventos, por exemplo, há a garantia de fiscalização severa por parte da Prefeitura e da segurança pessoal”, disse o secretário. Alcançar a meta de arrecadação faz um contraponto com anos anteriores. Dados mostram que o sistema de arrecadação da PMM era deficiente. O município conseguia arrecadar apenas 20% do que era lançado e previsto no calendário. Para o secretário, a falta de cobrança e de incentivo e ainda a conivência de gestores que facilitavam a sonegação, contribuiu para a baixa arrecadação. “Nosso papel,

enquanto gestores e administradores de recursos públicos, é aplicar as leis e assegurar benefícios para a população”, esclareceu. Algumas medidas já foram tomadas pela Prefeitura para que o contribuinte passe menos tempo na Central de Atendimento e tenha o mínimo de conforto e atenção. O local funciona no prédio da PMM e estava em condições degradantes para permanência. A Secretaria promoveu melhorias na Central e agora o contribuinte que vai pagar seus impostos encontram um local mais arejado, estrutura física reformada e tratamento humanizado. “O cidadão vem pagar e tem que ser no mínimo bem recebido e com serviço ágil”, finalizou o gestor. A mudança foi aprovada e foi registrado aumento na procura por quitação de débitos na Central. Com o Calendário publicado, os contribuintes que quiserem antecipar o pagamento de impostos podem procurar a Central. Os que têm intenção de negociar débitos também podem se dirigir ao local. Informações sobre o Calendário Tributário -A primeira parcela dos impostos municipais vence no décimo dia de cada mês, a contar de 10 de abril. -Há desconto para pagamento de cota única. No Alvará de Funcionamento, e IPTU, o contribuinte terá direito a 20% de desconto e mais 2% por cada ano quitado, limitando aos cinco últimos anos. Com isso, o desconto pode chegar até 30%. -No Imposto Sobre Serviços dos Profissionais Autô-

CELIANE FREITAS

O objetivo do estímulo, é atingir o objetivo de aumentar, somente com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a arrecadação em até 40%, o que corresponde a R$ 10 milhões a mais nos cofres municipais.

nomos e Sociedade Profissional (ISS Fixo), o desconto no pagamento de cota única é de R$ 10%. IPTU -Com 120 mil imóveis, sendo 114 mil tributáveis, a PMM pretende alcançar a cifra de R$ 10 milhões com o imposto. -No IPTU, o munícipe vai poder quitar o tributo em seis parcelas mensais, com o vencimento delas no décimo dia. A primeira vence em abril. -Em 2012 foram arrecadados quase 6 milhões -Quem mora em áreas de ressaca, o boleto chegará na residência, no entanto, não é obrigado a pagá-lo. Assim terá que procurar a Central de Atendimento da

Prefeitura, na Avenida Procópio Rola, para solicitar a isenção. ISSQN -O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que é o tributo pago por empresas ou profissionais autônomos, também terão a data de validade até o dia 10 do mês seguinte a prestação do serviço. -A Declaração Mensal dos Serviços Prestados (DMSP), e a Financeira (DMSF), devem ser entregues na prefeitura até o quinto dia do mês seguinte, com as informações de prestação de serviço do mês anterior. ISS Fixo -Outro tributo, o ISS dos

Profissionais Autônomos e Sociedade Profissional, também conhecido como ISS fixo, será pago em três parcelas mensais de acordo com o valor tabelado, com o vencimento no mesmo dia dos demais impostos. -Para o profissional de nível médio, o valor do ISS para 2013 é de R$ 300,76; ao autônomo de nível superior, o imposto cobrado vai ser de R$ 601,25; já os que prestam serviços de modelos, manequins, artistas, atletas, entre outros autônomos, o ISS é tabelado em R$ 200,50. -A Prefeitura espera arrecadar com o ISS Fixo, em 2013, o montante de R$ 1 milhão.

Alvará -Para o pagamento do Alvará de Funcionamento, o contribuinte vai poder ter 30% de desconto. O pagamento do imposto será efetuado em três parcelas mensais. -Para pagar os impostos, o contribuinte pode emitir o boleto pela internet através do site da Prefeitura (www.macapa.ap.gov.br). No caso do IPTU, o boleto chegará na residência do munícipe. Caso o contribuinte tenha débitos com a PMM, a regularização dos impostos podem ser parceladas em até 48 vezes. Sendo que para pessoa jurídica a parcela mínima é de R$ 200, e as pessoas físicas terão o parcelamento mínimo em R$ 70.

PMM disponibiliza espaços para construções de Centros Culturais CELIANE FREITAS

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Semduh) é o órgão responsável pelo procedimento de regulamentação das áreas.

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Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) está com o processo de entrega de novos espaços para a construção de Centros Unificado das Artes e do Esporte (Ceu) na cidade. Os espaços destinados seguem uma série de critérios estabelecidos por órgãos executores e agentes financiadores. O primeiro Centro já está com 30% das obras iniciadas e vai beneficiar os moradores do bairro Infraero II. As expectativas são para construções de mais 2 Centros de Artes, o primeiro está localizado no bairro Novo Horizonte com área já definida e o segundo vai atender a Zona Sul da Capital. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Se-

mduh) é o órgão responsável pelo procedimento de regulamentação das áreas. Para o titular da Semduh, Éden Paulo, áreas com destinação social devem ter prioridade no andamento dos processos para desburocratizar os trâmites e dar início a execução das obras. “As áreas do município devem ter uma destinação pública e não podem ficar ociosas, quer seja para atender o esporte, cultura, lazer, saúde entre outros. Então, cabe a Semduh identificar as áreas e constatar sua vocação para proporcionar melhorias na qualidade de vida da comunidade de acordo com as principais necessidades”, afirma Éden. O Centro em construção tem uma área de 3 mil metros quadrados. Neste

espaço será disponibilizada uma quadra poliesportiva coberta, pista de skate, equipamentos de ginástica, playgrand e pista de caminhada. Além de salas, biblioteca, telecentro e um anfiteatro. Os recursos destinados para a construção do segundo (Ceu) será por meio de uma emenda do senador Randolfe Rodrigues(Psol-AP), “ A obra só tem sentido de sê-la, se a sociedade abraçá-la, a ideia do Ceu é possibilitar a quem não tem acesso aos equipamentos de diversão, cultura e lazer uma alternativa dentro de sua própria comunidade”, declarou. Está prevista a conclusão das obras do Ceu do bairro Infraero II para o mês de outubro de 2013. (Ascom)

Região do Maracá deve abrigar o primeiro Território Quilombola

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s comunidades de Conceição do Igarapé do Lago do Maracá, Mari, Joaquina, Fortaleza e Laranjal do Maracá deverão abrigar o primeiro Território Quilombola do Amapá. Esses vilarejos ficam na isolada região do Maracá, na divisa dos municípios de Mazagão e Laranjal do Jari, na região Sul do Estado. Em 21 de abril do ano passado, foi fundada a Associação Quilombola dos Remanescentes das Comunidades do Igarapé do

Lago do Maracá (AQRCILM), que também representa todas as comunidades do entorno. A Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) acompanha esse processo de organização coletiva desde o início. Com a entidade formalmente criada, agora a luta é pela criação do primeiro Território Quilombola oficialmente reconhecido do Amapá. Uma vez consolidada, será possível aos moradores desses lugares

terem acesso facilitado a recursos do Poder Público, políticas de assentamento diferenciadas e maior articulação para os programas federais. Nilton Conceição Videira, primeiro presidente da associação, vislumbra novos tempos com esse acesso aos benefícios. “Esperamos que, com a associação formalizada e o território criado, União, Estado e Município comecem a olhar e fazer alguma coisa para melhorar a vida em nossas comuni-

dades”, discursa dona Maria Divina de Jesus, de 81 anos, umas das moradoras mais antigas de Conceição do Igarapé do Lago do Maracá. Esta semana, durante cinco dias, uma equipe da Seafro percorreu todas as comunidades da região do Maracá, ministrando palestras, quando explicaram sobre o programa Brasil Quilombola, conjunto de ações do Governo Federal para as comunidades remanescentes de quilombos, sobre a Lei

10.639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, do Ensino Fundamental até o Ensino Médio e inclui o Dia da Consciência Negra no calendário escolar, além de apresentar aos moradores o Estatuto da Igualdade Racial. “É uma forma de levar essas legislações e programas ao conhecimento das populações, que têm pouco ou nenhum acesso

à informação. O projeto ‘Seafro Presente Com Você’ tem cumprido o seu papel, de tirar a secretaria do gabinete e ir até as comunidades, ouvir os anseios dos moradores, conhecer a realidade e executar ações afirmativas de formas mais acertada possível, promovendo desenvolvimento para os moradores desses locais”, endossa João Ataíde, chefe de Gabinete da Seafro, que coordenou a equipe durante a viagem. (Com informações da Ascom)


CadernoC

Atualidades

Editora: Cristiane Coutinho- cris-coutinho@hotmail.com

Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

Papa não sabia em quem confiar após escândalo A previsão é que Bento 16 se reunirá nos próximos dias com os cardeais para comunicar sobre o conteúdo do relatório antes mesmo do conclave

Pela primeira vez, a palavra homossexualidade foi pronunciada no apartamento papal

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pós o escândalo do vazamento dos documentos confidenciais da Santa Sé, o papa Bento 16 tinha a impressão de não ter mais pessoas de confiança ao seu redor. Foi o que disse o número dois da Secretaria de Estado do Vaticano, Angelo Becciu, ao jornal italiano “La Stampa” ao relembrar a gravidade do caso Vatileaks, que ganhou ainda mais notoriedade com o anúncio da renúncia do pontífice. “Foi o momento mais di-

fícil, as pessoas ficaram chocadas e indignadas com o vazamento que causou muita dor ao papa”, afirmou ele. Um relatório de 300 páginas encomendado pelo pontífice com o detalhamento das investigações devem ser repassados aos cardeais antes do conclave, que vai eleger o novo papa. Apesar de o conteúdo do relatório ser secreto, o jornal “La Reppublica” revelou que o documento descreve as lutas internas pelo

poder e pelo dinheiro, assim como o sistema de chantagens internas baseadas em fraquezas sexuais, o chamado “lobby gay” do Vaticano. Sob o título “Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no relatório que sacudiu o Papa”, o jornal italiano informou ainda que o relatório relata a existência de uma “rede transversal unida pela orientação sexual”. “Pela primeira vez, a palavra homossexualidade foi pronunciada no apar-

tamento papal”, afirma o jornal. Durante oito meses, conforme o “La Reppublica”, os cardeais interrogaram diversos religiosos, dividindo-os por congregação e nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a “impropriam influenciam” por sua homossexualidade. Outro grupo se especializava em montar e desmontar carreiras dentro da hierarquia vaticana. Já o terceiro e último aproveitava para utilizar recursos multimilionários para seus próprios interesses à sombra da cúpula de São Pedro através do banco do Vaticano, de acordo com a publicação. O jornal chegou inclusive a relacionar a existência do documento com à renuncia de Bento 16, que se convenceu de que um sucessor mais jovem, forte e enérgico era o melhor indicado para fazer a limpeza na milenar instituição. A previsão é que Bento 16 encontre um espaço em sua agenda nos próximos seis dias para se reunir com os cardeais para comunicá-los sobre o conteúdo do relatório antes mesmo do conclave, que vai eleger o novo papa. Ainda não se sabe quando a reunião de cardeais eleitores terá início. Mas espera-se que o próximo pontífice seja conhecido até a Páscoa, no final de março. (uol)

Ensine e dê condições para que a criança organize os brinquedos em casa

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asa com criança tem brinquedos espalhados por todos os cantos e é difícil evitar que não seja assim. O tipo de objeto pode mudar conforme a idade dos filhos, passando do chocalho aos bonecos e carrinhos até chegar ao skate, mas a bagunça é uma dor de cabeça comum a muitos pais. É possível, no entanto, ensinar a criança manter os brinquedos guardados desde cedo e passar a ela a consciência de que a organização é importante para tornar a vida mais fácil. Segundo Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC de São Paulo, a criança pode começar a ajudar na arrumação desde os dois anos. Nessa fase, ela ainda vai organizar à sua maneira e os pais terão de interferir, mostrando, de um jeito sutil, a forma correta, mas já vale como exercício. A partir dos cinco anos, o filho pode assumir algumas responsabilidades. Com cerca de sete, terá habilidade e maturidade necessárias para cuidar de seus pertences. “Hoje em dia, as crianças não são educadas para arrumar a própria bagunça. Muitos pais acham que isso é tarefa deles mesmos ou da empregada. Mas elas devem ter responsabilidades desde pequenas”, afirma Maria Angela. “A partir de certa idade, são capazes de entender que coisas organizadas, sejam roupas, brinquedos ou pa-

péis, são mais fáceis de serem encontrados.” Mas para conseguir que o filho participe da arrumação e mantenha os brinquedos em ordem é preciso dar as condições necessárias. A organizadora profissional Ingrid Lisboa diz que um dos pontos mais importantes é que os objetos e os locais onde eles são guardados estejam, sempre que possível, na altura da criança. “Por segurança, o ideal é não colocar nada muito alto. A intenção é evitar que a criança, na tentativa de alcançar o que quer, suba em algo”, diz Ingrid. Também não é aconselhável empilhar muitas caixas, porque ela pode querer

pegar a de baixo sem retirar as de cima e causar um acidente. Outro ponto importante é separar os brinquedos em recipientes de tamanhos variados. “Um grande erro que os pais cometem com frequência é comprar uma caixa ou um baú enorme e colocar tudo dentro. Vira uma grande bagunça e o filho acaba não brincando com o que está no fundo”, afirma a organizadora. Para garantir a conservação dos brinquedos, as caixas devem ser proporcionais: peças pequenas em caixas pequenas e só os brinquedos volumosos nas maiores. Caixas transparentes ou com etiquetas de identifi-

cação permitem que a criança encontre o que procura com mais facilidade. Para quem ainda não sabe ler, a etiqueta pode ter ilustrações, dando um toque ainda mais pessoal ao ambiente. Jogar fora brinquedos quebrados ou doar aqueles que a criança não usa mais são formas importantes de ajudá-la a manter as coisas em ordem, por isso são ações que precisam ser feitas regularmente. Mais um papel importante dos pais nesse processo é dar exemplo, mantendo seus pertences arrumados no resto da casa. “Eles não podem exigir da criança o que eles mesmos não fazem”, afirma Maria Angela, da PUC. (uol)

Até que ponto games violentos afetam os jovens ?

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s jovens que abriram fogo na escola de ensino médio Columbine, no cinema em Aurora, Colorado, e em outros massacres tinham algo em comum: eram jogadores de videogames que pareciam estar representando alguma forma sombria de fantasia digital. É como se toda essa exposição à violência informatizada os tenha motivado a atacar ou, pelo menos, alimentado seus impulsos. Mas será que foi realmente isso que aconteceu? Cientistas sociais têm estudado e debatido os efeitos da violência na mídia sobre o comportamento desde os anos 1950, dedicando especial atenção aos videogames desde 1980. A questão é especialmente relevante hoje, pois os videogames estão mais realistas e mais sangrentos do que nunca, e porque a maioria dos meninos americanos, em algum momento, adquire o hábito de jogá-los. As meninas costumam jogar menos e têm uma propensão significativamente menor a jogar videogames violentos. Uma série de novas pesquisas começou a esclarecer o que pode e não pode ser dito a respeito dos efeitos dos videogames violentos. Jogá-los pode suscitar –e suscita de fato– impulsos hostis e comportamentos razoavelmente agressivos em curto prazo. Além disso, os jovens que adquirem o hábito de jogar videogame podem se tornar um pouco mais agressivos –em relação a colegas da mesma idade, por exemplo– em até um ano ou dois. No entanto, não está claro se, por períodos mais longos, esse hábito aumenta a probabilidade de alguém cometer um crime violento, como homicídio, estupro ou assalto, muito menos um massacre como o de Newtown. Os pesquisadores concordam que esses ataques premeditados são muito raros para serem estudados. “Não sei se algum dia um estudo psicológico poderá responder definitivamente a essa questão”, disse Michael R. Ward, economista da Universidade do Texas, em Arlington. “Acabamos tendo de coletar o que podemos a partir dos dados e pesquisas de que dispomos sobre o videogame.” A pesquisa se divide em três categorias: experiências de laboratório de curto prazo; estudos de longo prazo, muitas vezes baseados em escolas; e estudos de correlação entre o tempo dedicado aos videogames e a agressividade, por exemplo, ou entre as vendas de videogames e as tendências de crimes violentos. Experimentos em laboratório confirmam o que qualquer jogador de videogame sabe: jogar títulos como “Call of Duty,” “Killzone 3” ou

“Battlefield 3” esquenta os ânimos. Em estudo recente, Christopher Barlett, psicólogo da Universidade Estadual de Iowa, liderou uma equipe de pesquisa que solicitou que 47 estudantes de graduação jogassem “Mortal Kombat: Deadly Alliance” por 15 minutos. Em seguida, a equipe realizou diversas medições de impulsos físicos e psicológicos. A tarefa consistiu em obrigar colegas a comerem porções de pimenta, mesmo que as “vítimas” dissessem que não gostavam do tempero. O estudo mostrou que quem jogou “Mortal Kombat” conseguiu forçar os outros a tomarem porções maiores de pimenta do que os colegas que jogaram videogames não violentos. Muitos estudos semelhantes chegaram à mesma conclusão: uma dose de videogames violentos faz as pessoas agirem de maneira um pouco mais rude do que agiriam de outra forma, pelo menos por alguns minutos depois de jogarem. É muito mais difícil determinar se a exposição cumulativa incita um comportamento de hostilidade no mundo real em longo prazo. Alguns estudos realizados em escolas identificaram que, ao longo do tempo, os guerreiros digitais passam a brigar cada vez mais com os colegas – no pátio da escola, por exemplo. Em um relatório publicado no último semestre, psicólogos da Universidade de Brock, em Ontário, descobriram que estudantes de ensino médio que jogam videogames violentos durante longos períodos tendem a se envolver em um número ligeiramente maior de incidentes do tipo com o passar do tempo. “Nenhum desses atos extremos, como um tiroteio em uma escola, ocorre devido a um único fator de risco; existem muitos fatores, inclusive se sentir socialmente isolado, intimidado e assim por diante”, disse Craig A. Anderson, psicólogo da Universidade de Iowa. “Mas creio que, ao considerarmos a literatura já publicada sobre o assunto, fica claro que as mídias violentas são um dos fatores envolvidos. Não é o mais importante deles, mas também não é o menos importante.” A maioria dos investigadores que estudam o fenômeno concorda com Anderson, mas não todos. Alguns estudos realizados em escolas ou outros lugares chegaram à conclusão de que as crianças agressivas são as mais propensas a serem atraídas por videogames violentos; elas acabam entrando em mais conflitos na escola por conta própria. E alguns estudos não têm como controlar fatores externos, como a situação familiar ou problemas de humor. (uol)


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Geral

Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

Mulher ameaçada terá “botão de pânico” contra ex Caberá à própria mulher apertar o botão em situações que considerar de perigo para cada 100 mil mulheres. A média no Brasil é de 4,6 homicídios por 100 mil. “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou [prever] a fiscalização [do cumprimento] das medidas protetivas”, afirma a juíza Hermínia Azoury, responsável pela coordenadoria de violência doméstica. “O juiz determina ao agressor: você não pode chegar a menos de 500 metros da mulher. Mas o juiz vai fiscalizar? Ou o promotor vai? É inviável, tem que ter um mecanismo”, diz a juíza. O aparelho é fabricado na China e, segundo o TJ, cada unidade custará até R$ 80 para ser importada.

Documento diz que 45% das mulheres ja sofreram ameaças do parceiro

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m dispositivo apelidado de “botão do pânico” deverá ser a nova arma de mulheres do Espírito Santo contra ex-parceiros agressores. O Estado tem a maior taxa de assassinatos de mulheres do país --o dobro da média nacional. Com cerca de cinco centímetros e um chip interno igual aos de celulares, o aparelho poderá ser levado na bolsa para, quando acionado, enviar uma mensagem à polícia e à Justiça alertando, por exemplo, a aproximação de um potencial agressor.

Caberá à própria mulher apertar o botão em situações que considerar de perigo. A mensagem dará à polícia, pelo sistema GPS, as coordenadas de onde ela está. Não há aparelho semelhante em outros Estados. O botão será lançado em 4 de março pelo Tribunal de Justiça capixaba, que mantém uma coordenadoria específica para tratar de casos de violência doméstica. O público-alvo são as mulheres já protegidas por medidas judiciais, previstas na Lei Maria da Penha, como as que determinam

que o homem saia do lar ou mantenha uma distância mínima delas. Nos últimos cinco anos, a Justiça do Estado concedeu 13,6 mil medidas protetivas a mulheres que se queixaram de agressões ou ameaças. Mapa Segundo o Mapa da Violência 2012, estudo feito em todo o país a partir de dados de homicídios computados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o Espírito Santo é o Estado com a maior taxa de assassinatos de mulheres: 9,8 casos

Ao mesmo tempo Mesmo antes do lançamento, a ideia já causa polêmica. A Folha apurou que a cúpula da Secretaria Estadual de Segurança Pública teme que seja impraticável caso muitas mulheres apertem o botão ao mesmo tempo, o que congestionaria o trabalho da polícia. Para a professora da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) Vanda Valadão, do Núcleo de Estudos da Violência, essa é “uma medida positiva”, desde que “equacionada a questão do efetivo policial” para esse fim.

Estado de São Paulo vai indenizar vítimas de deslizamento e pode punir concessionária

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secretário de Transporte do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou na manhã de ontem (23) que todos os motoristas lesados no deslizamento de terra na rodovia Imigrantes serão indenizados e não descartou a possibilidade de punir a Ecovias, concessionária da via. A rodovia Imigrantes sentido capital permanece interditada por tempo indeterminado. Ao deixar a coletiva, o secretário foi questionado por jornalistas se existe a possibilidade de que a concessionária seja punida. Abreu afirmou que as informações serão apuradas e não descartou que pos-

sam haver medidas legais. “Existe uma apólice de seguro no contrato com a concessionária que prevê o atendimento á 100% das vítimas do incidente”, disse Abreu Filho, que atribuiu o acidente à uma fatalidade. A concessionária, segundo o secretário, possui um plano de contingência para situações de emergência. Ele, no entanto, relatou que as consequências da chuva da última sexta-feira (22) estavam muito além deste plano. Em 10 minutos, como Abreu filho apontou, choveu no local o esperado para o dia inteiro. Em duas horas, foram acumulados 150 mm de chuva. Ainda

de acordo com ele, as câmeras que monitoram a região onde houve o deslizamento foram levadas pela água. E ao finalizar sua apresentação o secretário disse que o caso não irá se repetir. “A Imigrantes atende aos padrões internacional e é considerada uma das mais modernas. A rodovia é seguro e isso não vai se repetir.” O incidente As quedas de barreiras ocorridas em diferentes trechos do sistema Anchieta-Imigrantes na tarde desta sexta-feira (22) mataram uma pessoa, atingiram 24 veículos e causam pontos de bloqueios totais

ou parciais nas estradas. A forte chuva que atingiu a região nesta noite provocou ainda pontos de alagamento nas vias. O deslizamento de terra aconteceu por volta das 16h47, na pista norte da rodovia dos Imigrantes (sentido São Paulo), quando parte da encosta de um trecho de serra na altura do km 52 (próximo a São Vicente), cedeu, devido às fortes chuvas na região. Uma mulher morreu e 23 veículos de passeio e uma carreta foram atingidos, mas não há feridos. A Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo identificou a vítima como Lílian Aparecida de Souza, 43. uol

Imigrantes pedem mais fiscalização e divulgação de lei contra trabalho escravo

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uase dois meses após a lei paulista contra o trabalho escravo ter sido sancionada pelo governo do estado, imigrantes da América do Sul que vivem na capital – um dos grupos mais afetados pelo trabalho em condições análogas a de escravidão – pediram uma maior divulgação da nova legislação, e fiscalização de seu cumprimento, durante audiência pública realizada esta semana. Sancionada em 28 de janeiro, a Lei 1.034 de 2011 cassa a inscrição no cadastro de contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de estabelecimentos comerciais flagrados se beneficiando de trabalho escravo. Na prática, a lei pode fechar os estabelecimentos por até dez anos e é mais rigorosa que a legislação federal, que prevê punições como o fim do acesso a financiamento público,

mas não cassa o registro da empresa. “Há necessidade de educar essas pessoas que trabalham, por exemplo, com a confecção, na indústria têxtil. Elas não têm conhecimento da lei, não sabem como deve ser aplicada. O imigrante tem aquela impressão de que, se está com regularização migratória em dia, ele já não precisa de mais nada. Eles não têm o conhecimento de quais são os seus direitos e deveres”, diz a advogada e imigrante boliviana Ruth Camacho, que hoje trabalha na Pastoral do Imigrante. Segundo Ruth, os problemas na divulgação da lei são agravados pela extensa jornada de trabalho dos imigrantes e pela dificuldade de fazer chegar até eles a informação sobre seus direitos. “As pessoas que trabalham mais de 12 horas por dia, como as da confecção, não têm tempo para nada. O único momento

que elas têm ou é a rádio ou é a televisão”, diz. Outro problema destacado por Ruth é a língua, que impede os imigrantes de entender claramente seus direitos. “A nossa dificuldade é que os andinos têm dificuldade de falar o espanhol. Eles falam as línguas originárias. O paraguaio fala muito guarany, o boliviano fala muito o quíchua e o aimará, mas a gente pode encontrar meios de conseguir se comunicar”, destacou. De acordo com o autor da lei, o deputado estadual Carlos Bezerra Júnior (PSDB), o ganho dos empresários que exploram o trabalho escravo nas confecções é 200% superior aos que não usam. Por isso, a lei tem como alvo o fator econômico, de cassar o registro da empresa e impedir a continuidade da produção. “A lei causa prejuízo de quem mais ganha com isso. Essa lei vai ao cerne da

questão. Trabalho escravo em São Paulo passou a ser um péssimo negócio, e trabalho escravo era um negócio lucrativo”, disse. No entanto, a prática de exploração do trabalho análogo à escravidão nas confecções do centro de São Paulo ainda persiste, segundo alguns empresários do ramo. Durante a audiência pública, o empresário Franklin Castro disse que trabalha em sua própria confecção das 6h à meia-noite e que ganha por peça produzida. “Eu costuro todo tipo de roupa. Para uma camisa, me pagam R$ 3. E vendem por, pelo menos, R$ 100”, diz. O preço, segundo ele, é o de mercado, e se não aceitá-lo, há confecções que aceitam. “Por que meu concorrente consegue aceitar a encomenda com esse preço?”, questionou, se referindo à concorrência, muitas vezes, desleal. agenciabrasil

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Mundo

Venezuela

Chávez tem reunião de cinco horas com equipe de governo O presidente daVenezuela, Hugo Chávez, participou de uma reunião no Hospital Militar de Caracas com a equipe de governo, que se estendeu por mais de cinco horas na tarde de sexta-feira (22), informou o vice-presidente do país, Nicolás Maduro. Segundo ele, Chávez se comunicou por escrito ao longo da reunião e discutiu temas econômicos, sociais e de segurança no país. Maduro fez um balanço da reunião aos meios de comunicação no país. Além do vice, participaram do encontro, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, e outros integrantes do Executivo. De acordo com Maduro, Chávez participou de três reuniões. “Estivemos juntos com ele por cinco horas e meia. Ele está com muita energia, ânimo, força e vitalidade”, disse. O vice-presidente relatou que a comunicação com Chávez foi feita por “distintas vias de entendimento”, já que o presidente apresenta dificuldades para falar devido a uma cânula traqueal. De acordo com Maduro, o presidente está recebendo tratamento e a insuficiência respiratória está sendo tratada com intensidade. “Ainda com a cânula na traqueia para apoiá-lo em sua respiração, Chávez se comunicou por distintas vias escritas, para nos dar as orientações, fazendo como vocês sabem um grande esforço, com ânimo extraordinário, com sorriso e olhos brilhantes e vibrantes”, detalhou. Na reunião, foram tomadas decisões seconômicas para garantir a continuidade das ações sociais, em especial as de habitação, segundo o governo. Chávez também deu instruções ao presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, sobre a convenção de ontem (23), que escolheu os pré-candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) às eleições municipais. Maduro contou ainda que, na reunião, Chávez estava acompanhado de parentes - as filhas e os netos. As especulações sobre a gravidade do estado de saúde do presidente aumentaram sexta (22). Na noite de quinta-feira (21), o ministro de Comunicação e Informação do país, Ernesto Villegas, fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, em que informou que a insuficiência respiratória de Chávez persiste, sem tendência favorável de melhora. O movimento estudantil e a oposição venezuelana têm cobrado do governo informações sobre a capacidade de governar de Chávez e ontem o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (OEA), José Miguel Insulza, expressou sua opinião sobre a situação política no país, que ainda não teve o juramento do presidente para o novo mandato. Segundo ele, a interpretação de adiar a posse devido ao tratamento em Cuba foi uma decisão acertada no momento em que foi tomada em janeiro. “Em termos políticos, isto [o adiamento] evitou um conflito que não era necessário. Mas o tema será resolvido e na próxima semana, já saberemos qual será a situação do presidente e se ele vai poder governar ou não”, declarou em uma conferência sobre a democracia na América do Sul, em Paris. Insulza ressaltou que com o comentário não pretendia fazer nenhuma “ingerência em assuntos internos do país, nem opinar se Chávez deveria ou não deixar o poder”.agenciabrasil

Conclave Cardeal que tuitar no conclave será punido Um eventual abuso de modernidade no conclave que elegerá o novo papa será punido com excomunhão. Foi o que informou ontem monsenhor Juan Arieta, especialista em lei do Vaticano, ao dizer que, se algum cardeal resolver anunciar qualquer coisa pelo Twitter, estará rompendo o sigilo obrigatório e, portanto, será punido. Arieta também distribuiu o cronograma de votação no conclave. No primeiro dia, está prevista só uma votação, à tarde. De manhã, há a missa Pro Eligendo Papa. Nos três dias seguintes, serão quatro escrutínios por dia, dois em cada período, a menos, como é óbvio, que algum nome obtenha os dois terços dos votos exigidos pela Constituição Apostólica. Em caso contrário, o quinto dia será de pausa para uma oração e para diálogo livre entre os cardeais eleitores. A votação reinicia-se no sexto dia e vai até o 12º, sempre com quatro escrutínios ao dia, com nova interrupção após os votos do sétimo dia. Depois do oitavo e nono dias, nova interrupção. O sistema muda após 12 dias e 34 votações. Nessa altura, é obrigatório adotar o chamado “ballotage” --a escolha entre os dois mais votados. Permanece, porém, o quórum de dois terços. O jornal “La Stampa” informou ontem que o dossiê sobre o vazamento de documentos no Vaticano, o chamado Vatileaks, será revelado aos cardeais eleitores. Os cardeais que o elaboraram (Julián Herranz, Jozef Tomko e Salvatore De Giorgi) serão recebidos no início da semana pelo papa Bento 16 que, então, dará autorização para divulgação aos cardeais, sempre segundo o jornal”. O dossiê “fotografa lutas de poder e guerra interna na hierarquia eclesiástica, mas, segundo se diz no Vaticano, não denuncia escândalos nem chantagens de fundo sexual”, ao contrário, portanto, da versão publicada pelo jornal “La Repubblica”. Ontem, Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, chamou de “absurdos” rumores de que o papa designou o vice-chanceler Ettore Balestrero para ser embaixador na Colômbia devido ao Vatileaks.


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Diversão&Cultura

Aos 85 anos, Oscar promete cerimônia mais informal e divertida esta noite

‘‘Lincoln”, de Steven Spielberg, lidera as indicações ao Oscar 2013 e concorre em 12 categorias, incluindo de melhor filme, melhor direção e melhor ator.

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Oscar está completando 85 anos hoje (24), com transmissão ao vivo do tapete vermelho. Como uma estrela vaidosa que teme que sua idade possa colocá-la fora do jogo, o Oscar resolveu sumir com seu nome tradicional – Prêmios da Academia, antecedido pelo número – e substituí-lo pelo que todo mundo diz: os Oscars. “Estamos fazendo um rebranding”, disse o produtor Neil Meron. “Dizer 85º Prêmio da Academia soa pomposo demais, velho demais. Nosso show se chama “os Oscars”. Neil Meron e Craig Zadan, co-produtores da cerimônia deste domingo, são homens de TV, de

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Celebridades Turnê pela Europa Valesca Popozuda chega em carrão para último show na Bélgica Toda vestida por conta do frio, Valesca Popozuda chegou dirigindo uma Ferrari preta para a sua última apresentação na Bélgica, na madrugada deste sábado, 23. Animada, a funkeira posou com o carrão antes de entrar na boate. Dentro do estabelecimento, a loira surgiu com um maiô brilhoso estampado com chamas de fogo e colocou todo mundo para dançar suas músicas. A cantora, que já passou pela Itália, França, Bruxelas e Suiça, continua com sua turnê na Europa e deve se apresentar nos próximos dias em Amsterdam, na Holanda.

Silvio e suas “gracinhas” “Tenho 82 anos e faço sexo quase todo dia”, diz Silvio Santos

O apresentador Silvio Santos soltou mais uma de suas pérolas em seu programa que vai ao ar hoje (24). Depois de caçoar do humorista Carlos Alberto Nóbrega por ser mais baixo que a noiva, Jacqueline Meirelles --”Você não tem vergonha?”--, ele caçoou de si mesmo. “Eu tenho 82 anos e faço sexo quase todo dia. Quase segunda, quase terça, quase quarta...”

“As aventuras de Pi, “O lado bom da vida”, “Indomável Sonhadora” e “Lincoln”, alguns indicados a Melhor Filme .

show e de musicais. Produziram juntos, entre ou-

tros, “Footloose”, “Chicago”, “Hairspray” e – o que está causando certa apreensão na cidade, por conta de sua baixíssima audiência – a série de TV “Smash”. Ao dizer “nosso show se chama os Oscars”, Meron resumiu a visão da dupla para o evento: eles o querem mais informal, mais divertido e muito mais musical. Para isso a dupla puxou a brasa sem a menor vergonha para a sua sardinha: um dos pontos altos desta noite será um tributo aos musicais vencedores do Oscar, no qual se inclui, é claro, o seu “Chicago”. Mas tem mais: esperem ver todas as canções indicadas sendo interpretadas, e números musicais abrindo e – novidade para este ano – encerrando a premiação. Há quem duvide da eficácia deste último número, estrelado pelo apresentador Seth McFarlane e Kristin Chenoweth, dublando uma trilha pré-gravada nesta terça feira – depois de mais de três horas em seus assentos, sem comer, sem beber, sem fumar, mantendo-se no mais perfeito comportamento diante das câmeras, os convidados do Oscar costumam disparar do teatro assim que o prêmio de melhor filme é entregue. Há quem duvide, na verdade, de muitas coisas com relação a este Oscar que resolveu ser informal aos 85 anos. Duvida-se da tarimba do estreante Seth McFarlane como apresentador (sua prévia, durante o anúncio das indicações, flertou com o desastre). Duvida-se do

gosto de Meron e Zadan, especialmente diante do fracasso em câmera lenta de “Smash”. Duvida-se que ser informal e divertido seja mesmo uma opção viável ou respeitável para o mais importante prêmio do cinema. Duvida-se até de o quanto os prêmios deste domingo vão realmente expressar o consenso dos quase seis mil votantes da Academia. No final da tarde de terça feira, com a noite de inverno começando a uma temperatura de 13 graus, uma fila de acadêmicos, quase todos de cabeça branca, aguardava pacientemente, do lado de fora da sede da Academia, sua vez de entregar a cédula com os votos finais. Depois de um confuso balão de ensaio ano passado, a Academia resolveu implantar este ano um sistema duplo de votos: online ou por cédula. O resultado foi ainda mais confusão, com muitos votantes não se entendendo nem com a cédula online nem com o processo para solicitar a cédula de papel. Com isso, muita gente deixou para a última hora para votar, tendo que se resignar a aturar o frio para que seu voto pudesse ser contado. Mas a verdade é que, com tantas variáveis importantes afetando a votação deste ano, quase tudo pode acontecer. Esses problemas, somado ao prazo excepcionalmente longo de votação, pode ter todo tipo de impacto sobre o que veremos hoje à noite. Seria 2013 o ano da zebra? (uol)

Resumo das Novelas Malhação Raquel confirma a Lia que pegou o dinheiro da ONG. Ao ficarem presos na creche, Fatinha e Bruno gritam por socorro. Lia sai de casa furiosa e chama Vitor para conversar. DJ Marlboro procura Pilha. Lorenzo vê Lia e Vitor juntos e se irrita. Rosa deixa Pilha participar de um clipe com DJ Marlboro. Bruno é carinhoso com Fatinha. Ju procura o irmão em casa. Bruno impede Fatinha de pedir ajuda para sair da creche. Nervosa com sua situação, Lia é fria ao falar com Gil. Fera percebe os olhares de Orelha para Morgana. Pilha procura Fatinha no hostel. Bruno pede para namorar Fatinha.

Guerra dos Sexos Manoela pede para conversar com Juliana. Zenon salva Analú de um bandido. Fábio tenta falar com Felipe. Carolina diz a Nenê que entregou os recibos para Felipe. Charlô torce para que Zenon se entenda com Analú. Vânia aparece na vila para ver Ulisses.Juliana pensa na conversa que teve com Manoela. Nenê acerta o preço dos recibos com Felipe e fala para Veruska que perdeu a pasta com os documentos. Vânia e Ulisses ficam juntos. Felipe deixa com Lucilene a pasta com os recibos de Vitório. Kiko vê Nando e Roberta e arma um escândalo. Juliana pega acidentalmente a pasta com os recibos. Nenê e Charlô se interessam um pelo outro.

Lado a Lado Bonifácio aceita Zé Maria como administrador da fábrica. Isabel fica triste ao saber que Zé Maria está namorando Fátima. Fernando sugere a Catarina que use Melissa para conseguir dinheiro de Edgar. Edgar avisa a Guerra que Antônio Ferreira não escreverá em seu jornal, enquanto Laura não puder assinar suas matérias. Luciano pede a Diva que revele quem é seu pai. Carlota tranca Alice no quarto. Catarina e Fernando planejam com Caniço a melhor forma de pegar Melissa na escola, sem que ninguém veja. Laura decide procurar outros jornais para publicar suas matérias. Zé Maria coloca Chico para trabalhar em seu lugar no jornal de Guerra.

Salve Jorge Théo desafia Lívia e Áurea se preocupa com o filho. Stenio se recusa a dar o endereço de Wanda para Helô. A delegada fala para Jô que vai prepará-la para uma operação policial. Lucimar avisa a Helô que Sheila a levará até o trabalho de Wanda. Helô decide acompanhá-las. Cyla questiona Morena sobre sua chegada à Turquia. Ayla desconfia de Zyah. Mustafa consola Aisha ao saber que o exame de DNA deu negativo. Sheila fica aflita ao se aproximar do trabalho de Wanda e vai embora com Lucimar. Helô vai ao escritório de Wanda e começa a fazer perguntas sobre Santiago. A vilã tenta atingir a delegada, mas não consegue. .

Beldades na balada JDe vestidinhos, Cacau, Jaque Khury e Ana Paula Minerato posam juntas Cacau, Jaque Khury e Ana Paula Minerato usaram vestidos curtinhos e deixaram as pernocas de fora para curtirem a noite, na madrugada deste sábado, 23, em uma boate em Campinas, no interior de São Paulo. Na imagem, postada por Cacau, as três aparecem juntas

Horóscopo Áries (21 mar. a 20 abr.) Com a minguante lunar de hoje, a primeira do ano, abre-se a temporada mensal boa pra terminar relacionamentos desequilibrados. Se houver um que não bate mais com seus projetos, aproveite até 11/1 e acabe com isto. Touro (21 abr. a 20 mai.) Vários astros no signo irmão de Capricórnio garantem visão ampla, ajuda externa, intuição prática. Pode começar um programa de saúde a partir de hoje; resultados ótimos estão prometidos. Ajuste vida financeira. Gêmeos (21 mai. a 20 jun.)

Chegou o momento certo pra você se desapegar de romances e casinhos chatos. A minguante lunar de hoje facilita este desapego até 11/1. Projetos pessoais que não lhe agradam mais também poderão ser descartados neste ínterim. Câncer (21 jun. a 21 jul.) Agora que você já tem todos os dados nas mãos, resta se posicionar de modo claro na família, a respeito de um assunto que envolve compra ou venda de imóvel, funcionamento da casa e atribuições dos parceiros. De hoje a 11/1. Leão (22 jul. a 22 ago.) Durante o período da Lua minguante em Libra - que começa hoje e segue até 11/1 tente se adaptar mais às pessoas com quem convive habitualmente. Será mais fácil fazer isto agora do que em outro período do ano. Virgem (23 ago. a 22 set.) A minguante lunar de hoje ativa assuntos financeiros, pede equilíbrio pra que você possa ter cacife pra bancar seus desejos, vontades e projetos pessoais. Mas não é bom começar nada de novo. Filhos demandam seus recursos.

Libra (23 set. a 22 out.) Como é justo no seu signo que ocorre a Lua minguante de hoje, aproveite o embalo astral mega poderoso pra engatar uma dieta de desintoxicação, o abandono de maus hábitos etc. Reposicionamento pessoal em marcha. Escorpião (23 out. a 21 nov.) Tem coisas que é melhor não sair por ai falando, você sabe. E funciona mais se você mudar de perspectiva: ao invés de interferir, observe. A convivência com irmãos, parentes e colegas ficará melhor, mais leve também. Sagitário (22 nov. a 21 dez.) Prepare-se para a época de plantio de novas atitudes, projetos pessoais e interesses. Até 11/1 você conta com um ótimo cenário astral pra se ajustar à sua realidade concreta. Tudo tem um limite, e você deverá respeitá-los agora. Capricórnio

(22 dez. a 20 jan.) Por mais que você queira, já deu pra perceber que algumas máscaras sociais não funcionam como gostaria. Começa hoje a época certa do ano pra corrigir isto. Ser mais autentico consigo, zerando pendências com o mundo.

Aquário (21 jan. a 19 fev.) Um período de certa desconexão com o mundo externa começa hoje pra você. Bom tempo pra se isolar, em busca de orientação interna. Até a Lua nova em Capricórnio (11/1), sacuda a tendência a se depreciar ou deprimir. Peixes (20 fev. a 20 mar.) Você poderá comprovar nos próximos dias se aquele plano em comum com o cônjuge está de pé, ou não se sustenta mais. Mesmo somando os recursos de ambos, pode ser que tenha de se render a algo maior nestes dias.


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Novo i30 Flex:

Mais potente e econômico

Diferença, segundo a montadora, justifica-se pelo acréscimo de bancos, mais teto solar, ar-condicionado digital, entre outros

De série há piloto automático, retrovisores externos com rebatimento elétrico, volante com controles do áudio, GPS, faróis com acendimento elétrico, controle de estabilidade (ESC), freios ABS, entre outros

A

marca sul-coreana praticamente recriou o modelo, que entrou de vez na mais recente filosofia da marca, tanto em design – adotou o estilo “escultura fluída” –, quanto em refinamento técnico e em conforto. Segundo as especificações constantes no site da Hyndai, o lançamento é equipado com o motor Gamma FFV (bicombustível), 1.6 L, 4 cilindros em linha, 16 válvulas com CVVT (comando de válvulas variável), 128 cv (E100) / 122 cv (E22) @ 6.000 rpm, em alumínio e sistema de injeção MPFI.

Torque 162 kg.f (E100) @ 5000 rpm / 157 kg.f (E22) @ 4.500 rpm, acoplado a uma caixa de transmissão automática de seis velocidades. Em termos dimensionais, o Hyundai i30 tem comprimento de 4.300mm, largura de 1.780mm, altura de 1.495mm e entre eixos de 2.650mm. O peso em ordem de marcha é de 1.210 kg, e o carro vem de série com freio a disco nas 4 rodas, com ESP (programa eletrônico de estabilidade) e TCS (sistema de controle de tração), ABS, EBD (distribuidor de força eletrônico entre traseira e

dianteira). Além disso, conta com faróis de xenon, sensor de estacionamento, câmera de ré, retrovisores rebatíveis eletricamente, ar-condicionado dual zone, bancos com revestimento em couro, sistema de entrada keyless, som com Bluetooth, banco do motorista com ajuste elétrico, rodas aro 17 com montadas em pneus 215/45 R17 e, como opcionais o teto solar panorâmico e a opção de paddle-shifts no volante para trocas de marchas sequenciais. (car.blog.br)

O modelo que a Hyundai chama de topo de linha sai por R$ 85 mil. A diferença, segundo a montadora, justifica-se pelo acréscimo de bancos, volante e alavanca do câmbio revestidos em couro; mais teto solar, ar-condicionado digital, freio de estacionamento elétrico, airbag para os joelhos do motorista e kit Bluetooth à lista de equipamentos. De

série há piloto automático, retrovisores externos com rebatimento elétrico, volante com controles do áudio, GPS, faróis com acendimento elétrico, controle de estabilidade (ESC), freios ABS, airbags frontais, frontais laterais e de cortina e o Flex Steer, sistema que muda a reação da direção (Comfort, Normal e Sport). O motor 1.6 16V (flex, até

128 cv) com o mesmo bloco do compacto HB20 será a única opção para o hatch médio — embora seja o mesmo bloco de motor, o propulsor é diferente por ter recebido diversas modificações. Se perde em potência (o atual 2.0, só a gasolina, tem 145 cv), ganha na transmissão automática: um novo câmbio de seis marchas aposenta o de quatro velocidades.

Como é o novo O modelo que a Hyundai chama de topo de linha sai por R$ 85 mil. A diferença, segundo a montadora, justifica-se pelo acréscimo de bancos, volante e alavanca do câmbio revestidos em couro; mais teto solar, ar-condicionado digital, freio de estacionamento elétrico, airbag para os joelhos do motorista e kit Bluetooth à lista de equipamentos. De série há piloto automático, retrovisores externos com rebatimento elétrico, volante com controles do áudio, GPS, faróis com acendimento elétrico, con-

trole de estabilidade (ESC), freios ABS, airbags frontais, frontais laterais e de cortina e o Flex Steer, sistema que muda a reação da direção (Comfort, Normal e Sport). O motor 1.6 16V (flex, até 128 cv) com o mesmo bloco do compacto HB20 será a única opção para o hatch médio — embora seja o mesmo bloco de motor, o propulsor é diferente por ter recebido diversas modificações. Se perde em potência (o atual 2.0, só a gasolina, tem 145 cv), ganha na transmissão automática: um novo câmbio de seis marchas aposenta o de

quatro velocidades. i30 antigo na ‘promoção’ Com a breve chegada do novo modelo, o atual é vendido com descontos. Oficialmente tabelado em R$ 59 mil, o catálogo de entrada pode ser encontrado em algumas lojas por R$ 54 mil. “Estamos vendendo o automático de entrada por R$ 55 mil, enquanto o novo sairá por R$ 75 mil. Já o carro que temos por R$ 63 mil é o equivalente ao modelo que chegará por R$ 85 mil”, explica um vendedor de uma concessionária no Ipiranga, zona sul de São Paulo.


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SUVs são o desejo de consumidores emergentes Pesquisa global mostra que clientes de países em desenvolvimento têm utilitários esportivos como sonho de consumo

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e acordo com uma pesquisa global realizada pela empresa de auditoria KPMG no começo deste ano, a demanda por veículos maiores, como utilitários esportivos e minivans, vem crescendo nos mercados dos países que fazem parte do BRIC, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China, cujas economias vêm se destacando no cenário mundial. Esse comportamento vai na contramão de nações desenvolvidas, que têm adotado cada vez mais o hábito de utilizar

automóveis compactos, mais econômicos e eficientes. Apesar do temor mundial relacionado à escassez de petróleo e pela alta nos preços dos combustíveis, os clientes dos mercados emergentes ainda desejam adquirir modelos de categorias superiores, como automóveis médios e grandes, minivans, picapes e utilitários esportivos. Esse último segmento é tido pela auditoria como o objeto de desejo dos novos consumidores, pois representa sucesso na carreira profissional e

financeira. A pesquisa utiliza como exemplo uma projeção das vendas da marca romena Dacia, que deverá crescer cerca de 14% no Leste Europeu até 2019. Um dos responsáveis por esse incremento é o utilitário compacto Duster (foto acima), sucesso de vendas naquela região e em países como o Brasil e a Índia, onde é produzido pela Renault. Nas nações desenvolvidas, as últimas crises econômicas fizeram com que os consumidores se conscientizassem da importân-

cia de utilizar automóveis menores e mais eficientes, aumentando a procura por modelos compactos, mais econômicos, menos poluentes, além dos híbridos. As projeções da KPMG para 2018 mostram que o segmento de compactos crescerá 58% nas nações mais desenvolvidas, enquanto nos países emergentes o incremento será de 49%. Por outro lado, a demanda por utilitários esportivos será de 39% nos mercados mais maduros e de 66% nos locais em crescimento econômico. (Carsale)

Renault Duster servirá de base para jipinho da co-irmã japonesa Nissan

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epois de revelar fotos da provável nova geração do Toyota Corolla, o blog Carscoop, famoso por divulgar segredos de fábrica, publicou imagens de um possível esboço de um utilitário compacto da Nissan baseado no Renault Duster. De acordo com o Carscoop, o site Indian Autos Blog afirmou que as imagens são esboços em 3D feitos apenas para a circulação interna e estudos do fabricante, no caso, a aliança Renault-Nissan. Se o Duster servir mesmo de base para um jipinho da marca japonesa, é possível que o modelo seja fabricado na Índia, país onde a montadora francesa também produz o utilitário. Em outros países, o carro leva o emblema da romena Dacia. Nas imagens, o carro exibe uma grade dianteira semelhante às utilizadas nos utilitários e picapes da Nissan. Já a traseira, tem lanternas maiores e mais angulosas que as do Duster, mas a vigia e a tampa denunciam o compartilhamento de componentes com o modelo da Renault. Apesar de não haver nenhuma confirmação oficial de que as imagens foram realmente feitas pela Renault-Nissan, existe a possibilidade de o Duster ser mais um carro a ser redesenhado para ser vendido com o emblema de outra marca da aliança em diferentes mercados, como acontece com o Dacia/Renault Logan, que é vendido em outros países como Nissan Aprio, Mahindra Verito e Renault Tondar 90.

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Pista livre JOSÉ ARCANGELO

Colunista

Briga Hyundai HB20 e Chevrolet Onix brigam em pé de igualdade pela clientela dos compactos, com alguma vantagem do coreano, o quarto mais vendido até agora neste mês de fevereiro, deixando o carro da montadora americana em quinto, tendo apenas os veteranos Gol, Fiat Uno e Palio pela frente. Recentemente a Hyundai lançou a versão aventureira, o HB20X que ajudou a conseguir o honroso quarto lugar no “share” nacional. Round A Chevrolet deve mostrar primeiro o seu Onix três volumes, já nesta semana que entra. Deve herdar o nome do Prisma, apesar dos fiéis usuários da marca preferirem Onix Sedan. Já na próxima semana será a vez da Hyundai apresentar o HB20 Sedan, que já roda disfarçado, com grossa camuflagem, tanto pelas ruas de Piracicaba (SP), onde é fabricado, como nas da Capital. Ecológico O velho e eficiente Fiat Mille é o automóvel brasileiro com menor emissão de CO2 por quilômetro rodado, conforme análise minuciosa elaborada pela empresa de consultoria Personal CO2 Zero, com base nos registros do ICMBio. Conforme dados do estudo, os veículos que consomem menos combustíveis emitem menor quantidade de poluentes, assim como a tecnologia empregada na fabricação dos motores e o modo de dirigir do condutor. Amigos Conforme a emissão de poluentes, a Personal classificou os veículos como “amigos” do meio ambiente, os menos poluidores, e “despreocupados” com o efeito estufa, conforme a faixa de cilindrada, variando desde o 1.0 (popular) até os “beberrões”, acima de 3.0. Fiat Mille, Honda Fit, Toyota Corolla e Nissan Sentra são

exemplos de “amigos”, enquanto que Kia Carnival, Subaru Forester, Citröen Berlingo e o chinês JAC J5 são exemplos dos “muy amigos”. Oportunidades A Renault do Brasil tem tudo, este ano, para manter-se como a quinta montadora do mercado nacional, tal a gama diversificada de sua linha automotiva oferecida à clientela, a começar pelas modificações – para melhor – efetuadas no Clio, o seu popular. A versão Authentique 1.0 16V Hi-Power, duas portas, é a de entrada, seguida do Expression, de quatro portas, e o topo de linha, com a mesma denominação, todos com preços promocionalmente populares. Na Lagoa Automóveis. Potente O Renault Clio abocanhou o título de mais potente do mercado, cujo motorzão 1.0 entrega 77 cv se abastecido a gasolina e 80 cv com etanol. Sua nova grade frontal lhe dá aspecto mais agressivo, semelhante a seu irmão europeu. O propulsor já pode ostentar o selo da categoria A do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). E, para “mostrar serviço”, vem de série com ar e direção hidráulica. É bom de preço! Flex Um Fiat Freemont foi flagrado sendo abastecido na fábrica de Betim (MG) com combustível derivado da cana de açúcar. A Fiat faz segredo, mas já está testando - e faz tempo -, o novo propulsor flex que deve equipar o SUV. No entanto, a novidade só deverá aparecer nos primeiros meses do próximo ano. A potência do motor 2.4 16V poderá passar dos atuais 172 cv (somente a gasolina) podendo chegar até os 180 cv. Isto para brigar de frente com o moderno Honda CR-V flex, previsto para chegar ao Meio do Mundo entre abril e maio, com motor 2.0 de 155 cv.

Auto Pista

Imagens indicam que o utilitário da marca francesa servirá de base para o modelo

Gerente da Moselli Veículos (Ford), Luís Santos, administrando com rigor a fila dos clientes que desejam a nova Ranger, principalmente a flex, cuja diferença de preço para a movida a diesel chega a ser de R$ 40 mil. Segundo ele, esta diferença compensa em muito, pois, o biodiesel já está sendo vendido pelo mesmo preço da gasolina com 25% de álcool anidro. –x-x-x-x- O i30 da Hyundai, pertencente à nova geração do maior sucesso da montadora coreana, já está em Macapá. Na Hyundai Caoa Macapá, à Rua Adilson Pinto Pereira, São Lázaro, Zona Norte. –x-x-x-x- Veja a que ponto chegou este nosso Amapá: a discussão mais importante da semana, politicamente, era a paternidade dos milhares de buracos da cidade. Tenha paciência! –x-x-x-x- Um abraço em minha sobrinha Jéssica Pereira que no mês que vem recebe o canudo de administradora pela CESUPA de Belém. Ela é filha do engenheiro civil Otaciano Júnior e da contadora Maria de Fátima Pereira. Trocou o comportado Fiat 500 por um aguerrido Novo Ford EcoSport. Parabéns. –x-x-x-x- Não deve dar tempo para o GEA ordenar o trânsito na Rodovia Juscelino Kubitscheck por ocasião da inauguração do Amapá Garden Shopping. Engarrafamento pode acontecer. –x-x-x-x- Golpe que já acontece por aqui: um idoso acompanhado de uma criança pede auxílio para chegar a um endereço. Levado até lá, termina em assalto. Chame antes a polícia, nestes casos. –x-x-x-x- “O amor cristão aos pobres não se pode confundir com o ódio ideológico aos ricos”. (Percival Puggina). –x-x-x-x- Freando... e na torcida pelo tapa-buraco. –x-x-x-x- Mesmo assim: Bom Domingo!


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Cruze: proprietários reclamam das constantes visitas às autorizadas Com 800 km começaram os problemas do câmbio, que travava nas reduções de terceira para segunda marcha, diz usuário

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

EUA crê em 250 mil carros destruídos pelo Furacão Sandy Mesmo depois de mais de três meses depois da passagem do Furacão Sandy

pela costa leste dos Estados Unidos, o setor automotivo ainda contabiliza as perdas acumuladas na ocasião. Segundo notícia publicada pela agência Reuters, estima-se que 250 mil carros tenham sido destruídos pelo furacão. Os números estão próximos daqueles registrados em 2005, quando da passagem do Furacão Katrina por Estados como Nova Orleans e Flórida – à época, 325 mil veículos foram perdidos durante a devastação. Entre as montadoras, a Fisker, conhecida por produzir o elétrico Karma, indica ter tido prejuízo de US$ 33 milhões com o Sandy, isso porque 338 unidades do modelo ficaram destruídas. A fabricante está processando a seguradora XLGroup, acusando de ter tido problemas para receber a indenização prevista. Enquanto isso, duas marcas japonesas se colocam entre as que mais perderam veículos 0 km devido ao furacão: a Nissan, com 6 mil unidades, e a Toyota, com 4.825 carros.

Ford EcoSport estará no Salão de Genebra O novo EcoSport será uma das atrações da Ford no Salão de Genebra. A marca

ainda não revelou informações a respeito do modelo, que foi totalmente projetado pela divisão brasileira e lançado por aqui em 2012. Segundo o diretor da divisão de veículos compactos da Ford, Nick Collins, o SUV terá “ótima relação custo-benefício, qualidade e economia de combustível”. Em vez dos motores Sigma 1.6 e Duratec 2.0 usados no Brasil, o EcoSport europeu deve usar o Ecoboost 1.0 de três cilindros, já aproveitado em outros modelos da Ford, inclusive o New Fiesta.

A troca de peças para solucionar o problema é uma prática comum

Q

uem compra um sedã equipado com transmissão automática espera conforto e comodidade. Para alguns proprietários de Chevrolet Cruze, no entanto, o câmbio acaba dando trabalho em dobro, seja não funcionando corretamente, seja obrigando o motorista a fazer constantes ou longas visitas à concessionária a fim de solucionar o defeito de uma vez por todas. Dono de um Cruze LT 2011, o comerciante Fernando Pinho Falcão, de São Paulo (SP), já perdeu a conta de quantas vezes sofreu com as falhas na trans-

missão automática. “Com 800 km começaram os problemas do câmbio, que travava nas reduções de terceira para segunda marcha. Se for somar as dez vezes que tentaram consertar, eu fiquei mais de 45 dias sem carro nos quatro meses em que o veículo estava comigo.” O industrial Marcos Geraldo de Oliveira, de Belo Horizonte (MG), explica que o câmbio travou diversas vezes em terceira ou não conseguia reduzir ou avançar as marchas. “Em outros momentos ele ficava em Neutro, nenhuma marcha entrava e o carro

não saía do lugar. Outras vezes, a marcha só entrava quando eu pisava no freio. E tudo com menos de 1 000 km rodados”, diz o proprietário de um Cruze LT 2011. “Só resolveu quando o levei à concessionária pela segunda vez e esperei um mês para o novo câmbio chegar.” Peças A troca de peças para solucionar o problema é uma prática comum das concessionárias para conseguir eliminar falhas, como relata o advogado André Viesseri, de Porto Alegre (RS), dono de um Cruze LT

Queimando borracha colorida

Uma ideia bastante criativa de dois designers pode ser a solução para quem não se lembra de checar o estado de conservação dos pneus. O Discolor Tyre é um pneu com uma camada de borracha colorida colocada debaixo da banda de rodagem, que é revelada assim que o composto dá sinais de desgaste. Gao Fenglin e Zhou Buyi, inventores do Discolor Tyre, afirmam que o pneu mudaria de cor após rodar aproximadamente 20 mil quilômetros. Embora não seja um invento inédito (outras tecnologias já foram patenteadas, incluindo uma que usa uma camada com raios que faz a banda de rodagem desgastada mudar de cor quando exposta à luz solar), trata-se de uma alternativa interessante para evitar transtornos. (Quatro Rodas)

JAC J3 S chega por R$ 37.490

O J3 S será o primeiro modelo flex da JAC Motors no mercado brasileiro. Com lançamento previsto para março de 2013, o modelo foi apresentado na última edição do Salão do Automóvel de São Paulo, realizada entre outubro e novembro de 2012. A versão esportiva do J3 usa o motor 1.5 16V do sedã J5, mas adaptado para rodar com gasolina ou etanol. Segundo a JAC, o processo de “flexibilização” do motor foi fruto de um trabalho conjunto entre os engenheiros da marca chinesa e da Delphi, tanto no Brasil como na China, resultando na eliminação do reservatório de partida a frio, presente na maioria dos carros flex. Com as mudanças, o motor 1.5 16V rende 127 cv com etanol e 125 cv a gasolina, ambos a 6.000 rpm. O torque máximo é de 15,7 mkgf com o combustível etílico e 15,5 mkgf se a escolha for pela gasolina. Números divulgados pela JAC indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e velocidade máxima de 197 km/h. Externamente, a nova versão é identificada pelos adereços esportivos. O hatch tem faróis com máscara negra, rodas de liga leve com desenho exclusivo, faixas adesivas laterais (pretas ou brancas, dependendo da cor do carro) e logotipos alusivos à versão. O interior tem iluminação vermelha no lugar da azul, bancos com novo revestimento, manopla do câmbio preta e soleiras e pedaleiras de aço inoxidável. A lista de equipamentos de série inclui ar-condicionado, direção hidráulica, airbag duplo, vidros elétricos dianteiros e traseiros, faróis de neblina, retrovisor interno antiofuscante, bancos revestidos em veludo, freios ABS com EBD, alarme, sensor de estacionamento traseiro, coluna de direção com regulagem de altura e rádio CD Player com entrada USB. O J3 S será vendido por 37.490 reais. (Quatro Rodas)

2011. “Com seis meses de uso, o câmbio automático não acertava as marchas, até que uma hora parava de funcionar. Todas as vezes que eu ligava o carro, não saía da posição P. Eu tinha de desligar o motor, colocar em N, pisar no freio e então religá-lo. Depois o câmbio só funcionava quando eu dava umas batidinhas na alavanca”, afirma André. “O problema só foi sanado depois que o veículo ficou parado na concessionária por dois dias e trocaram o módulo eletrônico respon- sável pela troca de marchas.” (Quatro Rodas)

Carro movido a café bate recorde de velocidade na Inglaterra

Depois de ler isto aqui, você nunca mais vai olhar para o café que prepara em casa do mesmo jeito, já que um dia ele poderá servir de combustível para o seu carro. Um veículo construído por um engenheiro britânico e movido a resíduos do grão acaba de bater um recorde do Guiness. Na terça-feira, durante exibição para uma equipe de auditores do Guiness em um campo de aviação na cidade de Manchester, na Inglaterra, o carro atingiu a velocidade de 110km/h, um recorde para um modelo adaptado do tipo. O carro, uma pick-up da Ford de 1989, é equipado com um sistema gaseificador que queima o material orgânico em alta temperatura. Como resultado, gera gases combustíveis, como monóxido de carbono, hidrogênio e metano, que servem para alimentar um motor a combustão adaptado. Em entrevista ao jornal Mail Online, o criador do projeto, Martin Bacon, diz que, apesar do combustível incomum, qualquer carro pode rodar a partir da gaseificação de materiais orgânicos. “Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 100.000 veículos no Reino Unido rodavam na gaseificação, incluindo carros, ônibus e veículos de entrega”, disse.

Dispositivo promete converter óleo de cozinha em biodiesel

Uma novidade no ramo da sustentabilidade automotiva tem chamado a atenção. Trata-se do BioBot 20, dispositivo que promete reciclar o óleo de cozinha já utilizado e transformá-lo em biodiesel, apto para abastecer os tanques dos veículos. De acordo com a empresa que fabrica o BioBot 20, é possível gerar até 20 litros de biodiesel por vez. Dentro do dispositivo, o óleo de cozinha é aquecido e agitado num processo que pode levar até 24 horas e, ao término do procedimento, é possível fazer um teste de qualidade do material produzido. Pela estimativa da marca, o custo de cada galão de biodiesel produzido pelo BioBot 20 é de 66 centavos de libra esterlina. O dispositivo está à venda no Reino Unido por 415 libras. (Quatro Rodas)


Sociedade

Aline Lima alinelima@jdia.com.br

Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Mensagem do Dia “Aqueles que têm coragem para amar deveriam ter coragem para sofrer”. Anthony Trollope

Secretário Municipal de Finanças Paulo Mendes, diretor Superintendente do Sebrae João Carlos Alvarenga, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Alfeu Dantas Junior, prefeito de Macapá Clécio Luiz, diretora técnica do Sebrae Ana Dalva Ferreira, diretor de administração e finanças do Sebrae, Waldeir Ribeiro e secretário Municipal de Governo Charles Chelala.

Governador do Amapá Camilo Capiberibe e o desembargador Mario Gurtyev

Lorena Oliveira , Tatiana Oliveira , Valdira Nobre

Monalisa Kato

Mayra Loise

Nota 1

Fabiana Nunes e Leticia Stock

Com o objetivo de reconhecer histórias de sucessos, de mulheres donas do próprio negócio que transformam sonhos em realidade, o Sebrae realiza nesta terça-feira (26), às 8h30, no hall de entrada da instituição, a cerimônia do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2012, etapa estadual. Na solenidade serão apresentadas as trajetórias de sucesso das representantes do Amapá nas categorias duas categorias: pequenos negócios, para as donas de micro e pequenas empresas; e microempreendedora individual (MEI), para quem trabalha por conta própria de forma legalizada e tem renda anual de até R$ 60 mil. O empreendimento da candidata deve ter pelo menos um ano de existência. As vencedoras na etapa estadual viajam para Brasília.

Fabiany Picanço, Juliana Picanço e Gizelle Picanço


CadernoE

Economia&Negócios Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

Editor: Pablo Oliveira - pc.oliveira@jdia.com.br

Custo com feriados nacionais e estaduais em 2013 chega a R$ 42,2 bi, calcula Firjan As dificuldades para um profissional se adequar a esta demanda de mercado é muito grande.

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indústria brasileira perderá neste ano R$ 42,2 bilhões por conta dos oito feriados nacionais e 24 estaduais que ocorrem em dias de semana. Apesar da quantia elevada, o valor é 19% inferior ao de 2012 (R$ 50,5 bilhões, em valores corrigidos pelo IBGE) uma vez que 2013 terá dois feriados nacionais e três estaduais em dias de semana a menos que 2012. Os dados são da nota técnica O Custo Econômico dos Feriados, divulgada pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). O estudo é realizado desde 2008, com metodologia que considera o Produto Interno Bruto Industrial diário como o valor máximo que poderia ser perdido pela indústria com um dia paralisado. A disposição do calendário tem forte influência nos resultados, porque quanto maior o número de feriados em dias de semana, maiores são as perdas para a indústria. Por serem os mais industrializados, concentram as maiores perdas absolutas os estados de São Paulo (R$ 14,8 bilhões); Rio de Janeiro (R$ 5,2 bilhões); Minas Gerais (R$ 4,2 bilhões); e Rio Grande do Sul (R$ 3,02 bilhões). Em termos relativos, considerando a perda em relação ao PIB, o número de feriados em cada estado e a incidência destes em dias de semana são fatores determinantes. Nesse sentido, Acre, Alagoas, Rio de Janeiro e Rondônia, que em 2013 terão dois feriados estaduais em dias de semana, apresentam a maior perda: o prejuízo para esses estados pode chegar a 4,0% do PIB industrial. Com apenas um feriado

Por serem os mais industrializados, concentram as maiores perdas absolutas os estados de São Paulo (R$ 14,8 bilhões); Rio de Janeiro (R$ 5,2 bilhões); Minas Gerais (R$ 4,2 bilhões); e Rio Grande do Sul (R$ 3,02 bilhões).

em dia de semana, 16 estados brasileiros têm perda estimada em 3,6% do PIB industrial. Em 2013, em apenas seis estados não haverá nenhum feriado estadual em dia de semana: Minas Gerais, Santa

Catarina, Pernambuco, Maranhão, Tocantins e Roraima. Nesses casos, as perdas ficarão restritas aos oito feriados nacionais em dia de semana, podendo chegar a 3,2% do PIB industrial.

Segundo a FIRJAN, merecem apoio iniciativas como o Projeto de Lei federal nº 2.257 de 2011, que desloca para segunda-feira ou sexta-feira os feriados nacionais que caírem nos demais dias de

Cresce emissão de vistos de trabalho para estrangeiros O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) emitiu 73.022 vistos de trabalho para estrangeiros em 2012. O resultado representa um acréscimo de 30% na comparação com 2010 e de nada menos que 70,16% em relação a 2009. O maior número de pedidos veio dos Estados Unidos (9.209), seguido das Filipinas (5179), Haiti (4860), Reino Unido (4414), Índia (4243) e Alemanha (3617). Para o diretor de Pesquisas da Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN) André Sacconato a procura desses profissionais é decorrente da expansão dos investimentos internacionais e do bom momento do País. O Brasil poderia facilitar a entrada de estrangeiros em áreas consideradas estratégicas caso o processo para o pedido de visto de trabalho fosse revisto. A BRAiN realizou uma pesquisa sobre as melhores práticas mundiais de concessão de visto de trabalho a estrangeiros comparando os exemplos de Canadá, Reino Unido, Austrália, Cingapura, Hong Kong, Chile e México. Para obter um visto que o permita atuar no Brasil, o

trabalhador estrangeiro precisa apresentar um total de 19 documentos e ir pessoalmente ao consulado brasileiro para regularizar sua situação. “Isso dificulta a atração de estrangeiros em áreas que seriam importantes para o desenvolvimento do País”, explica Sacconato. Em alguns países, é preciso se deslocar mais de 1 mil quilômetros para

ir até a representação brasileira – caso da China, por exemplo. Por isso, segundo o economista, seria importante que a entrega da maior parte dos documentos pudesse ser feita online. Foram identificadas 12 questões prioritárias para aprimorar o sistema de emissão de vistos para profissionais estrangeiros no Brasil. Entre as princi-

pais estão tirar a limitação de cota máxima de estrangeiros nas empresas, permitir que estrangeiros qualificados estabelecidos no Brasil mudem de emprego, eliminar requisito de demonstrar experiência profissional mínima, reduzir o número de formulários e documentos requeridos pela metade, estabelecer processo digital, eliminar a necessidade de legalizar os documentos, aplicação online com acompanhamento em tempo real da aplicação (transparência no avanço do processo), criação de um sistema eletrônico de registro e emissão de vistos e atingir um tempo de processamento máximo de 30 dias a partir das mudanças propostas nas etapas do processo (discutidas anteriormente). A BRAiN já atua na busca de sistemas que facilitem a entrada de talentos em áreas consideradas estratégicas, integrando, desde agosto, o Grupo de Trabalho da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República para o aprimoramento da política brasileira de imigração. Para Sacconato, o estabelecimento de uma política direcionada de vistos.

semana. Ao reduzir os prejuízos causados por ?enforcamentos? e pontos facultativos, essa iniciativa certamente teria desdobramentos positivos sobre a competitividade da indústria brasileira.

Estudo traz os maiores riscos para as empresas

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uais os riscos capazes de interromper os negócios de uma empresa? Responder a essa pergunta e, consequentemente, estar preparado para um evento de “força maior” é uma preocupação comum a empresas de todo o mundo. Segundo o estudo “Allianz Risk Barometer 2013”, o Brasil deve enfrentar riscos específicos em 2013. Falta de mão de obra qualificada e envelhecimento da população, por exemplo, com 16,7% das respostas, aparecem entre os dez maiores riscos (número 6), enquanto na média global não são citadas entre as dez maiores preocupações. A pesquisa foi realizada pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), marca dedicada a seguros de riscos especiais corporativos do Grupo Allianz, e reuniu opiniões de 529 especialistas em seguros corporativos e industriais da Allianz sobre os riscos mais importantes que empresas em 28 países e diferentes setores podem enfrentar em 2013. Apesar de suas particularidades, segundo respostas dos entrevistados, o Brasil se iguala ao resto do mundo no que se refere aos três maiores riscos em 2013: paralisação do negócio por falha na cadeia de suprimentos; desastres naturais, como enchentes; e incêndios e explosões. Esse resultado parece estar associado à globalização. Empresas globais, riscos globais “As empresas globais operam hoje em um cenário de risco complexo, que apresenta desde os riscos tradicionais, como incêndio, até riscos ultramodernos, como interrupções da cadeia de suprimentos e crimes cibernéticos”, diz Axel Theis, CEO da AGCS Global.

Indústria tem maior alta na procura por crédito entre empresas

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quantidade de empresas que procurou crédito cresceu 19,3% no primeiro mês de 2013 na comparação com dezembro/12, conforme apurou o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Foi a segunda maior alta para um mês de janeiro desde o início da medição (ano de 2006), perdendo apenas para o crescimento de 28,4% verificado em janeiro de 2007. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o crescimento significativo da demanda das empresas por crédito neste início de ano é sinal de que a atividade econômica está em processo de recuperação de dinamismo. Melhora gradativa dos níveis de confiança dos empresários, juros médios mais baixos que os do início do ano passado e movimento de reposição de estoques contribuíram para avanço da demanda por crédito por parte das empresas. Todos os portes empresariais apresentaram crescimentos em suas demandas por crédito em janeiro/13. O destaque ficou com a alta de 20,4% verificado pelas micro e

pequenas empresas. Já nas médias empresas, o crescimento da procura por crédito no primeiro mês do ano foi de 8,0% ao passo que as grandes empresas expandiram a sua busca por crédito em 5,3%. O maior crescimento de procura empresarial por crédito em janeiro/13 foi observado no setor industrial, com alta de 21,4% frente ao último mês de 2012. Contudo os demais segmentos também registraram crescimentos significativos em suas demandas por crédito: expansões de 19,3% nas empresas comerciais e de 19,0% nas empresas de serviços. O fato de o varejo não ter virado o ano com acúmulo de estoques indesejados pode ter acelerado o processo de reposição junto à indústria, intensificando a busca por capital de giro neste segmento. O maior crescimento da procura por crédito em janeiro/13 ocorreu na região Sudeste, com alta de 20,4% frente ao mês de dezembro/12, seguida de perto pelo crescimento de 19,2% observado na região Centro-Oeste.


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Educação

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Editor: Túlio Pantoja- tuliopantoja@jdia.com.br

Programa de inclusão digital do MEC não cumpriu metas, diz CGU

Controladoria estima que mais de 12 mil laboratórios não foram instalados. FNDE diz que estados e municípios são os responsáveis pela infraestrutura.

U

ma avaliação dos laboratórios de inclusão digital entregues pelo Ministério da Educação entre 2007 e 2010 como parte do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) mostrou que pelo menos 12 mil de 56 mil laboratórios foram entregues às escolas participantes, mas não chegaram a ser instalados e usados. A análise foi feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) e o relatório foi divulgado nesta semana. De acordo com o documento, técnicos da CGU visitaram 196 laboratórios e realizaram uma projeção. “Podemos afirmar, com 95% de confiança, que dos 56.510 laboratórios da base de dados fornecida pela SEED [Secretaria de Educação a Distância do MEC, que foi incorporada a outra secretaria em 2011] no momento da aferição das equipes de auditoria da CGU, o número de laboratórios entregues, porém não instalados é superior a 12.610”, diz trecho do relatório. O Proinfo foi criado pelo MEC com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática nas escolas públicas. Segundo a CGU, o programa foi avaliado a partir de uma base de dados que inclui os laboratórios com entrega autorizada pelo MEC entre janeiro de 2007 e junho de 2010, totalizando 56.510 laboratórios (34.223 em escolas urbanas e 22.287 em escolas rurais). De 2007 a 2010, o governo investiu R$ 690,5 milhões no programa. O relatório diz que o “número elevado” de laboratórios entregues, mas não instalados, ocorre tanto em escolas rurais como urbanas. “Nas rurais, esse número é de pelo menos 5.554 laboratórios, e nas urbanas é de pelo menos 7.056 laboratórios, portanto, indicando fragilidades na execução do programa.” O texto afirma ainda que 26.640 laboratórios estão funcionando nas condições adequadas e 4.280 estão sendo utilizados em ambientes onde falta segurança física. Em 15.345 laboratórios, a CGU aponta que um dos problemas do uso pedagógico dos computadores é a falta de preparação dos professores e técnicos. Além disso, “pelo menos 2.880 laboratórios urbanos e 1.452 rurais (total de 4.332) são utilizados ape-

De acordo com o documento, técnicos da CGU visitaram 196 laboratórios e realizaram uma projeção. “Podemos afirmar, com 95% de confiança, que dos 56.510 laboratórios da base de dados fornecida pela SEED [Secretaria de Educação a Distância do MEC

O texto afirma ainda que 26.640 laboratórios estão funcionando nas condições adequadas e 4.280 estão sendo utilizados em ambientes onde falta segurança física. Em 15.345 laboratórios, a CGU aponta que um dos problemas do uso pedagógico dos computadores é a falta de preparação dos professores e técnicos.

nas para outras atividades que não aulas de matérias regulares ou de informática” e em 5.960 laboratórios “ocorre desvio de algum equipamento para atividades administrativas”, segundo o relatório. Recomendações Segundo a CGU, a logís-

tica de entrega das máquinas pelas empresas contratadas foi “bastante positiva, considerando que quase a totalidade dos laboratórios foi entregue com as configurações iguais ou superiores às exigidas no edital”. Por outro lado, o órgão constatou que a quantidade

MEC e OAB vão criar novas regras para cursos de graduação em direito

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Ministério da Educação e a Ordem dos Advogados do Brasil vão assinar um acordo de cooperação para a elaboração de uma nova política regulatória do ensino de direito no país. O objetivo do acordo é definir os critérios de avaliação para a análise de pedidos de aberturas de novas vagas em cursos de graduação e pós-graduação e criar procedimentos de monitoramento permanente das faculdades já em funcionamento. A OAB ainda espera que o parecer do Conselho Federal da entidade sobre novos cursos de direito e o credenciamento de faculdades junto ao Ministério da Educação não

tenha um caráter meramente opinativo, como é feito atualmente, mas seja transformado em um “ato vinculativo”, ou seja, o parecer favorável seja obrigatório para a aprovação do curso. Segundo a OAB, o acordo deverá ser assinado no dia 11 de março em uma reunião entre o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o novo presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado. Eles já se reuniram nesta terça-feira (19), em Brasília, para discutir o assunto. A OAB realiza periodicamente o Exame de Ordem, cuja aprovação é obrigatória para quem se formar nos cursos de direito poder exercer a advocacia.

O índice de reprovação no exame é alto. Na edição atual, por exemplo, apenas 16,67% dos candidatos passaram da primeira fase, composta por 80 questões de múltipla escolha. É preciso acertar a metade das questões para ir à segunda fase. A prova da etapa final será neste domingo (24). Em junho de 2011, o Ministério da Educação determinou a redução de quase 11 mil vagas de ingresso de estudantes em 136 cursos de direito que apresentaram resultado insatisfatório no conceito preliminar de curso - o índice considera, além do desempenho dos estudantes, o corpo docente.

de laboratórios entregues e não instalados é “considerado relevante, o que afeta diretamente os objetivos” do programa. “Nesse contexto, conclui-se que apesar dos avanços proporcionados pelo Proinfo na inclusão digital, a sua função precípua, o uso pedagógico

da informática nas escolas públicas de educação básica não foi plenamente atingido, pois a utilização completa dos laboratórios, com a infraestrutura adequada e com profissionais devidamente capacitados, atendendo alunos e comunidade, encontra obstáculos relevantes”, conclui o relatório. Diante dessa projeção, a CGU afirmou no relatório que fez algumas recomendações ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), um dos executadores do programa. Uma delas é que o FNDE planeje o processo de distribuição de recursos tecnológicos instrucionais de forma que ele “tenha mecanismos efetivos de acompanhamento do uso dessas tecnologias pelos Entes conveniados” e “considerando, inclusive, a possibilidade de utilização de mecanismos de monitoramento remoto vinculados à rede de computadores”. FNDE diz que números são projeção Em nota, o FNDE informou que são os estados e municípios participantes do Proinfo os responsáveis por garantir a infraestrutura e as condições adequadas para a instalação dos laboratórios e fomentar a capacitação dos professores para o uso

pedagógico dos equipamentos. “O próprio relatório da CGU demonstra que as irregularidades apresentadas em sua auditoria estavam sobre a égide das autoridades estaduais e municipais responsáveis pelas escolas. Portanto, esses fatos devem ser verificados junto aos dirigentes estatuais e municipais”, diz o texto. O fundo disse ainda que os números do relatório são uma projeção, e que todas as 196 escolas visitadas pelos técnicos da CGU foram diligenciadas e seus problemas “em sua maioria estavam resolvidos quando da apresentação da CGU da auditoria aos gestores”. Além disso, o órgão afirmou que “aprimorou seu modelo de aquisição para o modelo do Registro de Preços Nacional, onde o FNDE, depois de aprovada as especificações técnicas em audiências públicas, com a participação da sociedade, dirigentes estaduais e municipais e fornecedores, executa um pregão com registro de preços, para que estados e municípios, diretamente por adesão, adquiram e se responsabilizem pela distribuição e instalação dos equipamentos, enquanto o FNDE faz a gestão quanto ao cumprimento do objetivo de se ter a escola atendida pela adesão feita”.

5% dos moradores das favelas têm ensino superior, diz estudo

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m estudo elaborado pelo Data Popular sobre as favelas brasileiras e divulgado nesta quarta-feira (20) mostra que 5% dos moradores dessas comunidades têm diploma do ensino superior. Além disso, o número de moradores que concluíram o ensino médio quase triplicou. Em 2002, 13% da população que vivia em favelas havia terminado o ciclo básico de ensino, mas, atualmente, essa porcentagem subiu para 35%, segundo a pesquisa. Atualmente, de acordo com o estudo, 12 milhões de pessoas vivem em favelas. Os dados foram analisados usando informações da

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo do Data Popular foi feito em parceria com Celso Athayde, ex-dirigente da Central Única de Favelas (Cufa). Apesar de representar apenas 5% da população total, o crescimento de pessoas com nível superior nas comunidades foi o maior entre todos os níveis de escolaridade: em 2002, essa porcentagem era de 1%, segundo o estudo do Data Popular. O aumento no número de moradores com ensino médio e superior foi acompanhado da queda

na quantidade de pessoas nas favelas com níveis mais baixos de escolaridade. Se em 2002 mais da metade dos moradores das comunidades era analfabeta (51%), hoje o número de pessoas que não sabe ler e escrever foi reduzido para um terço (33%). Há dez anos, 35% dos moradores das favelas brasileiras tinham cursado parcial ou integralmente o ensino fundamental. Hoje, esse número caiu para 27%. Os dados mostram que, no geral, nos últimos dez anos a média de escolaridade nas favelas do país subiu de quatro anos para seis anos.


JD

Educação

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Editor: Túlio Pantoja- tuliopantoja@jdia.com.br

Rádio escola reduz violência e eleva autoestima de alunos, em Porto Velho

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som se espalha na Escola Orlando Freire, em Porto Velho. Músicas, entrevistas, quiz educativo, anúncios de utilidade pública são promovidos pelos alunos do Projeto Rádio Falante. Desenvolvido desde 2010, o projeto tem por objetivo facilitar a comunicação na rede de ensino, incentivar a pesquisa e diminuir a violência na escola. Por causa dos bons resultados, o projeto já foi levado para outros municípios do estado, por meio de oficinas. “Eu era bastante tímida, agora melhorei bastante. Isso me ajuda também nas aulas, na apresentação de trabalhos”, ressalta a estudante do 9º ano, Rilary Silva, de 13 anos, que participa do projeto há um ano e aprendeu a trabalhar na mesa de som. A estudante do 9º ano Emily Francisca de Souza, de 15 anos, também no projeto há um ano, diz que a rádio promove o interesse pela pesquisa e ainda proporciona o conhecimento de histórias diferentes. “Sempre pesquisamos para responder ao quiz e para fazer o programa. Além disso, sempre entrevistamos pessoas interessantes, uma delas foi um jornalista que falou da profissão, do jornalismo esportivo, foi bem legal”, afirma.

A professora de história Valcirene Magalhães atua na escola há 25 anos e relata que os alunos estão mais disciplinados depois da implantação da rádio, pois são envolvidos pela programação. A educadora ressalta que a escola se tornou um ambiente mais agradável. “Antes de começar as aulas eles colocam uma música harmônica, leem uma mensagem. Na hora do intervalo, fazem as entrevistas e o quiz. A rádio está contribuindo para o crescimento moral e intelectual dos alunos”, enfatiza. Reinaldo Ramos das Neves e Alcemir Ribeiro de Arruda, ambos funcionários do laboratório de informática da escola, idealizaram o Radio Falante e explicam que o projeto proporciona maior comunicação entre direção, professores e alunos e desperta aos estudantes interesse por outras áreas de conhecimento. Arruda enfatiza que a rádio promove os projetos da escola e serve como uma ponte para comunidade. Outro ponto positivo foi a redução do índice de indisciplina e violência na escola. “As brigas que aconteciam na hora do intervalo das aulas, não acontecem mais. O projeto tira o foco da violência e os motiva para outros temas”, enfatiza Neves.

Rilary participa do projeto há um ano e diz que ajudou no desenvolvimento escolar

Calouros do ITA aprendem lições militares para sobrevivência na selva

O

s 124 estudantes aprovados no vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 2013 participam até a próxima sexta-feira (22) de um acampamento militar em que são submetidos a atividades para sobrevivência na selva, como construção de abrigos improvisados, camuflagem, primeiros socorros e até almoço com ração. O acampamento começou na madrugada de quinta-feira (21), quando os alunos receberam os equipamentos e armamento. Em seguida eles fizeram uma marcha de nove quilômetros dentro do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) até o local do acampamento. As atividades serão realizadas até sexta-feira (22). De acordo com o capitão Michel Marconi Ramos, o objetivo do acampamento é fortalecer fundamentos de disciplina, cooperativismo e união dos universitários. “Todo jovem tem que estar em dia com o serviço militar e os estudantes aqui estão cumprindo seu dever com a sociedade. No acampamento, todos os aprovados no concurso participam, sejam optantes pela carreira militar ou não. E o objetivo é que eles adquiram fundamentos que sejam bons não só para os militares, mas também para todo cidadão”, explicou. Ainda segundo o capitão Marconi, os fundamentos são adquiridos pelos universitários por meio das provas em que eles participam ao longo dos dois dias. Depois do acampamento, os alunos terão instruções mais técnicas

no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São José. As aulas acontecerão apenas uma vez por semana. O estudante Felipe Mostavenco, aprovado pelo ITA para o curso de engenharia mecânica, afirmou ao G1 que o acampamento militar

está sendo bastante proveitoso para ele. “Aqui você assimila conhecimentos de situações anômalas e também outras instruções que podem ser usadas no dia-a-dia, que também deveriam ser aprendidas por todo cidadão”, explicou o estudante de 19

anos. Mostavenco disse também que já estudou em colégio militar e deve optar pela carreira na área. “A Força Aérea tem uma retribuição a ser prestada à sociedade nos próximos anos, principalmente com mais tecnologia e quero fazer parte disso”, disse.

Já a estudante Ana Carla Costa, aprovada para o curso de engenharia civil, disse que ainda não decidiu se irá optar pela carreira militar. Ela disse que na inscrição ao vestibular optou pela carreira civil, mas que a participação no acampamento pode

fazê-la mudar de ideia. “Eu havia escolhido pela reserva, mas estou gostando muito e posso mudar de ideia. Aqui a gente ganha coragem, força e preparo psicológico para encarar os problemas. O que a gente aprende aqui pode usar também em muitas áreas”, afirmou.


JD

Educação

E4

Macapá-AP, domingo e segunda, 24 e 25 de fevereiro de 2013

Memorias das chuvas...

Editor: Túlio Pantoja- tuliopantoja@jdia.com.br

Por: SIDNEY ROBERTO O. COSTA BORGES,É UM MISTO DE AUTÔNOMO E AGRICULTOR

C

hovia muito em um inicio de noite de um dia qualquer,entre os anos de 1956 e 1957 no bairro da Pedreira em Belém do Pará, metade do século passado,minhas lembranças voam no tempo e eu me encontro na faixa etária de 5 ou 6 anos de idade em nossa casa modesta feita de madeira e coberta de palha,(na época era comum este modelo de residência ou de barro batido entre ripas(taipas) na periferia de Belém)que eram habitadas pelas pessoas mais humildes da cidade, eu me encontro sentado na mesa de madeira bruta, junto com meu irmão mais velho o Carlos Alberto conhecido como bébé.e eu era o sirlei(os outros irmãos viriam depois)a lamparina acesa sobre a mesa espalhava claridade sob toda extensão da cozinha, que era pequena, na lateral da parede ficava o fogão de barro alto de duas bocas com suas brasas vivas de carvão vegetal; minha vó deitava dois paneiros largos e compridos para estender algumas peças de roupas ainda úmidas.que não conseguiram secar por causa da ausência de sol durante o dia: enquanto isso o ferro de engomar já estava no ponto de passar as montanhas de roupas que seriam entregues aos nossos fregueses pela manhã; minha vó calmamente suspendia o ferro e soprava pela cavidade do fundo deste, que em seguida expelia uma constelação de cinzas, que lembrava muito uma chaminé de navio, no intervalo que minha vó passava roupa, minha mãe que se chama Joana(ela ainda está viva)nos servia o jantar que variava muito, mas para mim um cardápio é inesquecível; era o baião de dois com toucinho de porco e farofa de chouriço, eu me deliciava(Uma curiosidade não como carne de porco há mais de quarenta anos). O restante da casa,além da mencionada cozinha continha mais dois cômodos, também pequenos; uma parede dividia o quarto com a cozinha e na outra extrema com a sala, estes dois compartimentos eram os aposentos de minha vó, minha mãe e minha tia Eti,No outro bem perto da porta de entrada ficava o tio Ribamar, evangélico da Assembléia de Deus e também soldado da PM do Pará, este era o filho caçula de minha vó que tinha um amor profundo por ela, eu e meu irmão ficávamos no corredor, todos dormíamos em redes com mosquiteiros, dois candeeiros iluminavam nos respectivos ambientes já citados, pois naquele momento não tínhamos energia elétrica e ainda não havia emissora de televisão em Belém, a nossa sala era simples como nós, e uma mesinha sustentava um vaso de flores artificiais, rodeados de pequenos bibelôs, na parede calendário e fotos da família,minha mãe cultivava plantas nos vasos na parte externa da casa feitos de lata de óleo,com exceção do Tajá Preto que era plantado no chão e ficava entre a janela e a porta de entrada de nossa residência e era regado com lavagem de peixe e carne que o tornava encantado durante a noite, afugentando supostos inimigos? curiosamente na parede da porta ,pelo lado de dentro ficava um velho crucifixo de tamanho médio, uma relíquia feita de cobre muito antigo, já estava todo preto mas minha vó o conservava com muito carinho era um presente do lendário padre Cícero que ela recebera quando criança e também era nosso guardião: minha vó come-

çava a se arrumar,após a refeição da noite e o asseio. ela sempre ficava por último só se recolhia quando, organizavatodas peças de roupas passadas para serem entregues no outro dia,em seguida vinha em nossa direção (eu e meu irmão)com o seu cachimbo na mão para cumprir um ritual de todas as noites,rezar o pai nosso e contar suas histórias pessoais fantásticas e também os contos de fadas originários do nordeste brasileiro... A chuva continuava caindo, os filetes de d’água chocavam-se na cobertura de palha dando a sensação de ser mais forte do que realmente era e junto com ela vento trazendo de longe as canções de sucesso da época,nas vozes de Dalva de Oliveira , Luiz Gonzaga e Cauby Peixoto, eram as famosas gafieiras onde os notívagos daquele tempo se divertiam,estava quase adormecendo com a cabeça na beira da rede pela nevoa da cortina do mosquiteiro,no reflexo da luz da lamparina, vejo as cadeiras rústicas,um nome esculpido na parte do encosto de cima,Tereza! ... O mundo caminha passos largos na sua evolução constante,gerações renovam-se com seus conflitos e alienações,no entanto,o tempo é o senhorda verdade, nos fatos, nos acontecimentos da história de cada um. Dona TEREZA a senhora lavadeira, minha vovó querida,é o personagem principal deste trabalho, pessoa marcante na minha existência,esta senhora me marcaria profundamente pelo resto da minha vida, nossas reminiscências seriam marcadas pelo surrealismo de seus relatos, que passarei a contar agora. Minha vó TEREZA nasceu no começo do século passado no dia 29 de junho, ela não sabia informar o ano, na cidade de Pesqueiro,interior do estado de Pernambuco,descendente de escravos não conheceu os pais, foi criada por uma tia juntamente com duas irmãs ainda muito pequenas, migraram para a cidade de Juazeiro do Norte no interior do estado do Ceará, instalando-se no que eu suponho fosse um orfanato paroquial, onde ela viveria uma parte de sua infância ao lado de outras crianças comandadas e cuidadas por uma senhora muito branquinha e um padre velhinho, também branquinho chamado Cícero,irmão da referida senhora; caro leitor o que mais me fascinava nos relatos noturnos de minha vó.era a forma inconsciente e simples de suas narrativas em acontecimentos tão ricos de conteúdos históricos, eu e meu irmão recebíamos como um acalanto, uma canção de ninar para nos fazer dormir: o episódio que ela viveu quando criança em um momento raro, avistou um encontra entre padre Cícero e Lampião (VirgulinoFerreira )que mantinha uma postura de reverência frente ao padre Cícero, aquele homem de óculos, cabisbaixo com seu chapéu característico do cangaço na mão, o segurava na direção do peito, ouvia supostamente repreensões, sermões ou orientações? Meus amigos carreguei esta lembrança comigo por mais de 50 anos, no inicio da década de 1970 a cantorTim Maia, gravou uma canção sobre o padre Cícero; o que me levantou suspeita. A versão de minha vó. Fazia sentido, pesquisei sobre o cangaço; filmes, documentários, livros e descobri em alguns historiadores opiniões divergentes sobre o tema. Para alguns foi uma forma de

banditismo social, mesmo o movimento decamponeses rebeldes, não havia conotação marxista. (há questões mais profundas para serem analisadas sobre o cangaço). Lampião foi apenas um bandoleiro sanguinário e servia a um grupo político da região nordestina na época. Padre Cícero Romão Batista, nasceu na cidade da Cráto, Cearáem 23 de março de 1844, morreu em juazeiro do norte no dia 20 de julho de 1935. Mais tarde já mocinha, minha vó, casa-se com o mulato piauiense chamado José e viajam para a cidade de Altamira interior do estado do Pará, em 1930 , onde nascem os filhos e torna-se lavadeira dos padres na cidade , meu avô era músico e fabricava instrumentos musicais de corda.vovó Tereza compra sua casa financiada pelos padres, alguns anos depois meu avô viaja para fora do município, alegando que iria buscar melhoria de vida para a família e nunca mais retornou, deixando-a sozinha com cinco crianças para criar.... Os padres estavam partindo em uma missão de catequese no alto Xingu, onde iriam contactar com índios ainda hostis á civilização; naquela época não existia a Funai e nem os irmãos Vilas Bôas,(apesar que já existia o serviço de proteção ao índio fundado pelo marechal Rondon)inclusive altamira já tinha sofrido invasão por parte dos Kaiapós, eles recusavam contato e a situação era tensa, os padres estavam apreensivos e procuraram minha vó, pedindo que rezasse por eles? Era uma equipe comandada pelo padre EuricoKräutler, austríaco, e os demais de outras nacionalidades. este pedido foi pra vó Tereza um constrangimento absurdo, por causa de seu radicalismo religioso, sendo uma católica fervorosa este pedido foi um choque para ela pois até aquele momento padre era o representante de Deus na terra, inadmissível não ter defesa para si, afinal eles não conviviam com Deus e os santos ? por que ela uma pobre lavadeira de roupas na beira do rio Xingu teria esse poder ? tomada de tamanha perplexidade nunca mais foi a mesma com sua fé... Caro leitor faço uma observação, minha vó não era alfabetizada e não entendia que os padres mesmos trabalhando com a espiritualidade eram seres humanos e estavam sujeitos à sensações do corpo como qualquer mortal. Agora voltarei ao começo

do texto, exatamente na década de 1950, a 1965, período de maior integração entre eu e minha vó, entraremos na reta final de nossas memórias, fui uma espécie de criança prodígio, cedo aprendi a ler, portanto era seu acompanhante diário para diversos lugares, entre eles o prédio da união espirita do Pará, em Belém na praça da república, onde minha vó frequentava como espirita Kardecista, gosto de relembrar como era nossa relação, talvez fosse de colaboração mútua inconsciente, numa certa ocasião eu ainda era bem pequeno, quando vinha fugindo velozmente de um eminente castigo anunciado em forma de cipó.na mão de minha mãe, ofegante enrosquei-me em sua saia protetora, onde fui absolvido, mas não do mundo cheio de armadilhas que me esperava com seu carrossel de ilusões? Um outro perfil da personalidade de minha vó Tereza era sua candura revestida de uma ternura singular para os filhos e netos, era aconchegante vê-la sentada no chão na hora do almoço com suas vestes molhadas.efeito da lavagem de roupa feita pela manhã, alimentava-se amassando a refeição com a mão, tinha uma predileção por rapadura e feijão, só hoje compreendo a conversão de minha vó ao espiritismo.era algo que estava dentro dela de sua herança genética, do seu atavismo, portanto latente na sua condição humana, o sincretismo religioso brasileiro sempre esteve presente na nossa casa e não tínhamos consciência dele, o terço continuava nas mãos de minha vó nas suas orações, as reuniões da união espirita naquela época realizavam-se a noite, pouco antes do inicio da sessão as crianças eram retiradas para fora, ficando o imenso salão com suas cadeiras de madeira perfiladas e uma mesa comprida forrada de branco, onde médiuns antigos e mais envolvidos, dirigiam os trabalhos da referida sessão. em seguida a porta era fechada, apagavam-se as luzes e acendiam uma pequena luz azul, o prédio era antigo e tinha um corredor razoável onde subíamos e descíamos por uma escada de no máximo cinco degraus, na parede havia um painel de fotografias suspenso em formato de vitrine, era da direita de quem subia e da esquerda de quem descia, na parte de baixo ficava o porão onde funcionava a livraria de livros espíritas, depois as crianças espalhavam-se,

a maioria atravessava a rua para brincar no parquinho da praça e alguns ficavam olhando os carros passarem, outros como eu sentados nas cadeiras do corredor; mas meu objetivo era olhar aquelas fotografias de espíritos que estavam a minha frente, sendo uma criança curiosa olhava aquelas figuras solitárias, sentia um misto de temor e piedade e o que mais me chamava atenção era um espirito chamado marinheiro. com suas vestes da marinha transmitia uma a aparente tranquilidade. Naquele momento entendi os insondáveis mistérios de Deus: afinal de contas foram pessoas que um dia estiveram entre nos na terra. Em seguida eu descia e ficava lendo através da vitrine na loja de baixo as capas dos livros ali expostos, Francisco Candido Xavier, pelo espirito Emanuel. Na reunião seguinte da outra semana tomei uma decisão drástica em ato de rebeldia, escondi-me na ultima fileira de cadeiras na expectativa de não ser percebido pelo vigia na sua vistoria antes das sessões, e foi o que aconteceu, o grande momento chegou, do meu esconderijo secreto com apenas oito anos de idade eu entenderia o significado da vida e da morte, da reencarnação, enfim, do transcendental, naturalmente que fiquei apavorado e paguei o preço pela travessura do meu comportamento, assisti depoimentos de várias entidades espirituais, zombarias, alguns queriam se exceder na violência, outros choravam por estarem nas trevas e outros também exaltados queriam seu corpo material de volta, e os médiuns esforçavam-se em orações a Deus pedindo a misericórdia para espíritos errantes e inconformados, ainda presos ao karma material, os médiuns doutrinava-os dando-lhes orientações de que não pertenciam mais a este mundo aos poucos a turbulência foi cessando e a calma voltou novamente. O homem carrega consigo o complexo da eternidade.ele se auto imagina imperecível, porem do seu ego vem o tormento do enigma da morte... Só então compreendi a fortaleza que era minha vó, a força do seu caráter resignado vinha daquelas orações que se transformavam em nutrientes para sua vida material tão atribulada,a sua castidade, foi mulher de um homem só, viveu sob a ética da honra e honestidade, valores culturas fortíssimos do seu tempo de jovem. que preservou até o fim de seus dias. Minha vó

criou e teve uma família. não é um personagem fictício, a sua trajetória de vida confunde-se com a de milhares de mulheres de sua raça negra,subjulgada, humilhada.durante séculos pela escravidão dos brancos, Nos dias de hoje na cidade de Macapá, vejo seu rosto refletido nas fotos de outdoor de mãe Luzia na presença física de dona Lucina da casa grande do Curiaú, uma senhora simpática de quase oitenta anos que reside no bairro Novo Horizonte, enfim minha vó foi uma heroína anônima tão importantes. para seus filhos e netos todos miscigenados. Nos anos seguintes já idosa foi acometida de uma enfermidade respiratória; uma espécie de asma crônica que lhe trouxe terríveis crises de falta de ar, os remédios eram de efeitos paliativos temporários os médicos diziam que era consequência de longos anos de contato com agua fria das lavagens de roupas e o uso do cachimbo, minha vó bastante debilitada pela doença fez sua ultima conversão religiosa batizando-se na igreja da assembleia de Deus( A pioneira ) aceitando o senhor Jesus cristo como seu único salvador... Em 1980 eu estava morando e trabalhando em São Paulo quando recebi o telegrama informando sua morte, chorei como uma criança abandonada (lagrimas sentidas são múltiplos sentimentos, como o amor em suas diversas faces, a perda de um ente querido por falecimento, mais também de remorso) fiquei ali chorando com o telegrama na mão. involuntariamente eu a deixei sozinha não lhe ajudei como merecia, ela com suor de suas lavagens de roupas alimentou a minha boca e o seu aconchego protegeu me dos medos da minha infância meus olhos inundados de lagrimas.assemelhavam-se as chuvas torrenciais daquelas noite invernosas, em que eu ouvia suas belas historias sobre a luz da lamparina,mas por ironia do destino minha vó Tereza descansou da vida terrena no dia 29 de março de 1980 em Belém, seu sepultamento foi feito em uma tarde chuvosa, acredito que seu espirito tenha entrado no ceu e não precise mais reencarnar, ou esteja no seio de Abraão aguardando o juízo final. As chuvas são lagrimas do tempo, tempo vivo gerando vidas. nocotidiano da natureza viva, metamorfose incessante do nascimento da vida e da morte. Fim.


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