Jornal Enfoco - fevereiro 2021

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enfoco.belojardim Ano XI Número 107 - fevereiro de 2021 - Belo Jardim-PE e Região

A pandemia impediu as festas de carnaval. A hora é de cuidar da saúde. Mas, principais blocos carnavalescos já vivenciam crise há anos, com pouco incentivo por parte do poder público Com o carnaval 2021 cancelado na estratégia de coibir a proliferação do coronavírus, a situação dos tradicionais blocos carnavalescos entra em debate. Eles teriam condições de des lar? Grupos há anos na ala do esquecimento, promovem as edições, independentes do poder público. Teve ano que um grupo não se apresentou por falta de segurança pública. Atual Secretaria de Cultura a rma que os blocos serão contemplados em ações futuras e apoiaB1 dos. Governo do Pernambuco investirá R$ 3 milhões em auxílios emergenciais para artistas e grupos carnavalesco. A2 e A3

Situações dos reservatórios e do abastecimento na Zona Rural. As consequências de uma crise hídrica na economia local e nos negócios na área urbana municipal

Festival DiverCidade virtual B1 abriu espaço para artistas de Belo Jardim, Triunfo e Argentina

Divulgação

Água em Belo Jardim: A5

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B3 A2

Mesatenista belo-jardinense é campeão municipal em tênis de mesa e 1° lugar Brasil nos Institutos Federais Divulgação

Claúdio Filho, de 19 anos, acumula títulos como duas vezes campeão Nordeste e uma vez, Brasil nos Jogos dos Institutos Federais. Têm título na Copa Nordeste de Clubes Equipes, 3 títulos Pernambucano e 2 vezes Campeão Geral BeloJardinense. Ainda assim, a falta de incentivo para o esportes ca em 1° lugar no pódio da di culdade. Cláudio conta um pouco de sua vida, trajetória e desejos para o futuro como “que Belo Jardim volte a ter um clube/sede e competições na cidade”. A Diretoria de Esporte do Município se posicionou sobre a história do atleta e fala de projetos para desportistas locais. B3

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Cidade

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A2: Belo Jardim - Ano 11 nº 107, fevereiro de 2021

Este ano não teve carnaval. Mas é fato que os blocos carnavalescos de Belo Jardim sofrem, há anos, com restrição de recursos e falta de apoio Da redação, Adenilson Barros

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om o aumento de casos de coronavírus em meio às aglomerações, as festividades de carnaval foram canceladas no país e os shows musicais proibidos. Belo Jardim, seguiu as orientações e suspendeu o ponto facultativo, tendo expedi-

ente municipal normal, inclusive no comércio. As fantasias, serpentinas e abadás caram no armário em 2021. Porém, os grupos culturais belojardinenses, por várias gestões municipais, já vivenciam crises e desa os para realizarem suas apresentações, tendo que atender uma série de medidas res-

tritivas impostas pelo poder público, que ao invés de cumprir com seu papel de promotor, incentivador e apoiador cultural, acaba di cultando ainda mais a sobrevivência dos blocos. Por anos, as agremiações carnavalescas s of re m s e m re c u r s o s públicos da cidade, cada

vez menos incentivo direto e indireto, provado ao voltar nos dois últimos anos em que o bloco ´As Katraias´ desistiu da folia por falta de segurança pública. Gestões anteriores que não apresentaram políticas culturais, transformaram o ser ´artista´ num estandarte de resistência e os blocos carnava-

lesco, em sobreviventes. O produtor cultural Léo Lira, a rma: “Aqui na cidade nem se fala, o Boi da Gente é quem traz esse legado há tantos anos. A gente vem travando tantas lutas sem apoio dos órgãos competentes”. E se tivesse tido carnaval?

Principais blocos culturais de Belo Jardim e suas situações Fotos: Arquivo/Divulgação dos blocos

Em 2022, Boi da Gente completa 15 anos O Grupo Cultural Boi da Gente nasceu no ano de 2007, faz o seu tradicional des le uma semana antes do carnaval, saindo da rua Joaquim Cordeiro Wanderlei- São Pedro e percorre as principais ruas da cidade. Atualmente, é coordenado por um grupo de jovens que compõem a agremiação, tendo na direção geral o produtor cultural Léo Lira. Nos últimos anos, através da economia criativa e a abertura de editais estadual e privado, o Boi da Gente vem se tornando autônomo, “já que rara-

mente o poder público municipal ajuda as agremiações na cidade”, aponta Léo. Se em 2021 houvesse carnaval, o grupo teria projetos aprovados a nível estadual para executar. Próximo ano, o grupo completa 15 anos e tem planos, mas já aponta os desa os. “Em 2022, tentaremos reativar de vez o nosso trabalho junto à comunidade do parque do Bambu onde é o endereço de nossa sede, local abandonado que por tantas vezes levamos alegria e vida”, a rma o produtor.

A força coletiva e feminina da Vaca Profana O bloco Vaca Profana, é organizado desde 2011 por mulheres de Belo Jardim, na coordenação de Adilza Silva. Além da brincadeira, o grupo busca conscientizar sobre os problemas sociais e levanta o debate para a igualdade de gêneros. A concentração é na Praça da Bandeira (conhecida como Praça do Sagui), no bairro São Pedro, sempre no último domingo da semana précarnavalesca. Uma grande “vaquinha”, é assim que a coordenadora classi ca os patrocínios, independentes do município. “O nosso apoio sempre foi uma ação coletiva das pessoas que gostam de

carnaval, na cidade”, diz Adilza. A anulação da folia chega com entendimento, mas com ressalva, “compreendemos, foi imprescindível para a nossa saúde, no entanto, deveria ter sido pensado uma forma de minimizar a vida de quem vive do carnaval, em especial os musicistas”, pondera.


As Katraias e sua importância política

Há 28 anos ´As Katraias´ sai as ruas de Belo Jardim e é o mais antigo bloco carnavalesco da cidade. Tendo como berço a Rádio Bitury, os funcionáNova gestão da Sec. de Cultura de BJ se manifestou Procurada, a Secretária Maria Cândida Moreira informou que está como proposta o resgate e apoio. “Teremos diálogo com todos os seguimentos culturais. O carnaval em particular, os blocos serão contemplados de acordo com as ações que desenvolvermos no futuro para o ciclo car-

rios da emissora saiam trajados de mulher, com uma 'veraneio' de som, denunciando descasos da gestão municipal nas ruas. O grupo, se aprenavalesco e em suas ações independentes”, nalizou. Estado cria auxílio emergencial para artistas e grupos carnavalescos Governo Pernambucano investirá R$ 3 milhões, que serão distribuídos em auxílios nanceiros de 3 mil a 15 mil reais. A assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura estadual informa que o edital

senta no último dia da semana pré-carnavalesca, se concentrando na Praça dos Motoristas - São Pedro e naliza na Av. Dep. José

será publicado nos próximos dias e será aberto a quaisquer artistas ou grupo do estado que se apresentaram na programação do Carnaval de Pernambuco nos últimos 3 anos (2018, 2019 e 2020). Novas atualizações e informações devem ser acompanhados pelos canais o ciais da Secult/Fundarpe.

Mendonça- Centro. Os principais organizadores são os comunicares Laetson Silva e Josa leite.

Em 2019 e 2020, os festejos carnavalescos das Katraias foram cancelados por falta de apoio dos governos municipal e estadual, na logística e na segurança do evento. Esse ano, as expectativas eram positivas e para o próximo “vamos ter fé em Deus e na ciência, que essa vacina possa chegar para todos e que em 2022, possamos ´katraiar´ em dobro”, diz Laetson.



Economia

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A5: Belo Jardim - Ano 11 nº 107, fevereiro de 2021

Recursos hídricos de Belo Jardim: Falta de água reduz produtividade nos distritos e Governo Federal reconhece situação de emergência por estiagem em BJ Foto: Sec. Agricultura PMBJ

Da redação, Adenilson Barros

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água sempre foi considerada um recurso natural renovável, porém devido às circunstâncias atuais, ela está cada vez mais escassa, provocando diversos problemas e aumentando a atenção da população e do setor econômico. Os re exos da crise hídrica estão além da suspensão do abastecimento de água. A ausência do recurso compromete diretamente a economia local e a escassez implicam os setores como a agricultura, pecuária e impacta no desenvolvimento regional. Quem esperava que com o acréscimo do salário-mínimo em 2021, que subiu 5,26%, de R$ 1.045 em 2020 para R$ 1.100, teria mais poder de compra, se iludiu. O ano começou com um problema adicional: a disparada nos preços dos alimentos. Segundo levantamento de janeiro do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), houve aumento no valor da cesta básica em 17 capitais pesquisadas no país. Entre os alimentos que mais aumentaram os preços, o óleo de soja (103,79%), o arroz (76,01%), o leite longa vida (26,93%), as frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata-inglesa ( 6 7 , 2 7 % ) e o t om at e (52,76%). Quando trazemos para a realidade local, a falta de água tem papel protagonista no aumento de alguns alimentos agrícolas na região. De acordo com o feirante Marcos Barbosa, a elevação no preço da goiaba e cenoura, por exemplo, é re exo da di culdade que os agricultores enfrentam para produzir durante a estiagem. "É por causa da seca [aumento nos preços]. Está tudo difícil e a produção se torna mais cara e até os

Feirante responsabiliza falta de água por aumento de alimentos em Belo Jardim e consumidora sente diferença no bolso

fornecedores têm repassado mais custoso", disse. Sem ter para onde fugir, os consumidores reclamam, negociam como a Severina Santos, 42 anos, aposentada, que alega: “Está tudo caro. Eu costumava esperar a feira do São Pedro acontecer no sábado, que além de ser perto de casa eu encontrava as coisas mais baratas do que nas próprias quitandas. Na feira a gente p echincha, mas senti pouca diferença nos últimos tempos”, revelou. A crise hídrica, se mantida por um longo período, é capaz de reduzir drasticamente a produção de determinados produtos e gerar uma alta nos preços. A cidade saciada e a Zona Rural sedenta. Impacto na economia local No dia 31 de janeiro, a barragem de Taioba no distrito de Xucuru, entrou em colapso total. Equipe do Conselho Municipal de Defesa Civil de Belo Jardim (COMDEC), estiveram no local, constataram a calamidade pública e acionaram os órgãos responsáveis. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) estabeleceu o atendimento emergencial à população, com carros-pipa em 5 caixas d'água instaladas em lugares estratégicos no distrito e cisternas comunitárias.

José Natalício, 45 anos, pecuarista de Xucuru, comenta “tenho uma pequena criação de vacas e faço queijos, com essa seca é difícil mantê-las, tem que está comprando água, aí é mais um gasto que se for para a ponta do lápis, o lucro não compensa. No começo da estiagem vendi uma, aí diminuímos a produção, estou lutando para não me desfazer de mais”, conta. Em Serra dos Ventos, a situação do pequeno comerciante não é diferente. O agricultor Lourival Ferreira, 51 anos, que depende do sistema de irrigação para o cultivo de verduras, parou as atividades e abandonou plantação. “O rio de onde vem a água para regar as coisas, secou. Quando dá uma cheia na barragem de Tabocas é uma festa, porque desce para o rio. Mas sem chuva, a coisa está difícil. Um canteiro de pimentão eu abandonei lá na terra. Pepino, cenoura que eu ia plantar, desisti por falta de água. Não estou mais colocando banco nas feiras, perdi fregueses porque não tenho o que oferecer e estou me virando no aperto”, a rma.

Defesa Civil Nacional reconhece situação de emergência devido estiagem em Belo Jardim Em janeiro (26), o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), reconheceu situação de emergência em 98 municípios de Pernambuco, por causa da estiagem, Belo Jardim sendo um deles. A cidade poderá ter acesso aos recursos federais para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população, recuperação de infraestruturas dani cadas e água, em estiagem. A Defesa Civil Municipal informa que alguns projetos para os períodos chuvosos são: Mapeamento dos pontos de riscos de enchentes ou alagados do município que possam causar prejuízos; conscientização junto a empresas, blogs e rádios para que evitem jogar lixo nos rios, canais e esgotos a m de nas chuvas impedir alagamentos. Nos períodos de estiagem: “Junto a Secretaria de Agricultura estaremos atualizando o programa garantia safra; com o exército, intensi caremos a operação carro-pipa de abastecimento e se preciso, aumentar o número de famílias atendidas”, pontua Alcides Campos, coordenador da COMDEC. Níveis das barragens e abastecimento no município e região Dados do dia 15 de fevereiro (2021) da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), a Barragem Eng. Severino Guerra (Bitury) que pode armazenar 17,7 milhões de metros cúbicos de água, está em 18,2% de sua capacidade. Enquanto que a Barragem Pedro Moura Júnior (Ipojuca), com condição para 30,7 milhões m3, atingiu 94,8% da sua acumulação máxima. A Barragem de Tabocas-Piaça, em Serra dos Ventos, com propriedade para 1,1 milhões m3, atingiu 78,7%. Já a Barragem de Taioba em Xucuru, capaz de acumular 300 mil m3, está em volume morto. Segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) o calendário de abastecimento em Belo Jardim segue: A cidade está num rodízio de 5 dias com água e 5 dias sem (5x5); Serra dos Ventos, está em 5x11; Água Fria, Sítio Bola e Santa Luzia 5x5 e Vila Raiz 6x6; Xucuru via carros-pipa.



Cultura

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B1: Belo Jardim - Ano 11 nº 107, fevereiro de 2021

Divulgação ascom

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festival independente que a c ont e c e h á três anos em Belo Jardim, DiverCidade, foi adaptado para as plataformas digitais, em razão da pandemia do Covid-19, e nesta edição, foi contemplado pelo edital de Criação, Fruição e Difusão da lei Aldir Blanc do estado de Pernambuco. Seis artistas/bandas se apresentaram no formato de live com transmissão através da página do Facebook e do canal no YouTube da Agrestv. Na programação, voltada exclusivamente para a música, artistas locais e regionais puderam apresentar seus trabalhos, tocar sucessos em um

reencontro tão esperado com seu público. A novidade deste ano foi o grupo Cajamboo, que trouxe o melhor da música latina, explorando ritmos como a cumbia, a salsa, e o mambo, ritmos originários de países sul-americanos. Visando o intercâmbio cultural entre belo-jardinenses e artistas da região, o DiverCidade convidou ainda Jéssica Caitano, cantora de Rap/Repente da cidade de Triunfo. Transmitindo da Fábrica Mariola, a programação trouxe o rapper PRK (Prkilla) e a cantora Maéve além dos artistas Jurandex, e o Coco Raízes do Sítio Palha.

A belo-jardinense Maéve é cantora, autista e compositora

Jurandex é rapper e compositor de Belo Jardim

Fotos: divulgação do evento

Em versão virtual, Festival DiverCidade celebrou a música em Belo Jardim, com participação de artistas locais, de Triunfo e também da Argentina

Grupo Cajamboo faz música latina como salsa, mambo e outros ritmos originários de países sul-americanos

Histórico A primeira vez que o DiverCidade aconteceu foi em 2018 como resultado do projeto Comunidade Jovem, realizado pelo Instituto Conceição Moura. Naquele ano, a programação contou com atra-

ções musicais, sarau de poesia, roda de conversa e o cinas. Em 2019 o DiverCidade compôs a programação do No Ar Coquetel Molotov, onde esteve comandando o Som na Rural com o rapper PRK. No mesmo ano, o festival

realizou sua segunda edição promovendo artistas de Belo Jardim através de uma programação que reuniu música, teatro e feira criativa.

Coco Raízes do Sítio Palha do Distrito de Xucuru, faz o tradicional Coco de Roda

PRK ou PRKILLA é MC e produtor no gênero ‘genius’ e ‘RND’

Jéssica Caitano é cantora, rapper, coquista, repentista, percussionista de Triunfo


Rua Raimundo de Moraes, 42 - Centro - Edifício J & D - salas 14 e 15 - CEP 55.150-110 - Belo Jardim - PE Fone-Fax: (81) 3726-2573 - E-mail: assetabile@hotmail.com


Esporte

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B3: Belo Jardim - Ano 11 nº 107, fevereiro de 2021

De campeão geral belo-jardinense em tênis de mesa para 1° lugar no Brasil, em Jogos dos Institutos Federais. Cláudio Filho conta sua história e títulos de peso Foto: Arquivo/Cláudio Filho Da redação, Adenilson Barros

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carreira de atleta começa muito cedo. Crianças e adolescentes são presença con rmada em equipes e clubes esportivos em diversas áreas. Con rmando essa narrativa, um jovem belo-jardinense, que começou aos 14 anos de idade no Tênis de Mesa, atesta a colocação. Acumulador de títulos como, duas vezes campeão geral belo-Jardinense, foi duas medalhistas de ouro nos Jogos dos Institutos Federais (JIFs) Nordeste e uma vez, nacional. Esse é o mesatenista Claúdio Filho, de 19 anos. O Tênis de Mesa é um dos esportes mais populares no mundo, se considerado pela quantidade de jogadores. Atualmente a China é o país que lidera o ranking em popularidade do esporte, com mais de 10 milhões de adeptos devidamente registrados na Federação. Mas como em Belo Jard i m , o s pr i n c ip ai s órgãos que deveriam incentivar os esportes e impulsionar os atletas, com políticas públicas, saídas do papel e transformadas em apoio, o tênis na cidade, se limita a poucos representantes. C onsiderado um esporte com a bola mais veloz do mundo, cuja raquete pode produzir uma força motriz de grande efeito, Cláudio Filho que joga na 2° divisão de Pernambuco e na categoria juventude,

Expediente: Diretoria Executiva: Silvana Galvão - Diretora Executiva Departamento Comercial: Alcineide Santos

vem dando voz ao tênis, muitas vezes silenciado por aqui. E no seu peito, a fala estrondosa são títulos, medalhas tinindo uma na outra. De Campeão Geral BeloJardinense, para 1° lugar Brasil, em Jogos dos Institutos Federais O atleta que faz várias escalas para treinar, como no Instituto Federal de Pernambuco- Campus Belo Jardim, no clube IBRA de Caruaru e em outro clube em Sanharó, acumula títulos de peso. “Meus maiores títulos foram nos Jogos dos Institutos Federais (2 vezes campeão Nordeste e 1 vez Brasil), tenho título na Copa Nordeste de Clubes Equipes, 3 títulos Pernambucano e 2 vezes Campeão Geral Belo-Jardinense”, revela. O atleta já competiu em São Paulo, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. Perguntado se em sua visão há idade para começar, Cláudio a rma “não tem idade, o esporte, assim como o tênis de mesa abrange todos os tipos de pessoas, idade e gêneros”. Para ele, o tênis é “esporte que faz bem para a saúde da mente e corpo” e segundo

especialistas, o mesatenista tem razão. A APSEN Farmacêutica comprova que o jogo estimula a coordenação motora e saúde muscular, queima calorias, ótimo para o cérebro e uma terapia para distúrbios mentais. Apesar de ser grande representatividade do esporte na cidade, segue sem apoio Atualmente não tenho patrocínio, já tive alguns temporários e ajuda da Escola/Faculdade, mas hoje em dia só ajuda do meu clube mesmo”, diz o atleta local. Questionado se é difícil ser atleta em Belo Jardim o jovem alega: “Sim, empresas e órgãos públicos não fazem incentivos para esportes de menores expressões, e atrapalha no bom desenvolvimento de ótimos atletas que estariam por vim”, a rmou. Mesmo assim, o prazer em jogar lhe motiva e também “vencer, treinar, conhecer novas pessoas, lugares e passar experiência para os mais novos”. Seu objetivo para o futuro é chegar na primeira divisão do Estado e ter uma boa colocação no Nordeste. Mas o

Belo-Jardinense ca em 1° lugar 2x nos Jogos dos Institutos Federais Nordeste e 1 vez Brasil

Departamento de Jornalismo Érika Travassos - Jornalista/editora Adenilson Barros - Redator estagiário Colunistas: Geraldo dos Passos e Evilson Rêgo Diagramação e redes sociais: @etcomunicacao

FALE CONOSCO: 81 99539.7171 jornalenfocobj@gmail.com Facebook/Instagram: enfoco.belojardim

Jovem mesatenista começou a jogar aos 14 anos e agora com 19 anos e com grandes títulos, é destaque do esporte na cidade

seu desejo é local, “é que Belo Jardim volte a ter um clube/sede e competições na cidade”, pontuou. Caro atleta, todos que veem o esporte como uma ponte para a transformação humana e social e sabem que o atletismo já fez muita diferença na comunidade em que estão inseridos, desejamos o mesmo que você. Diretoria de Esportes Municipal foi procurada O Diretor de Esportes de Belo Jardim Fabricio Lino, foi informado sobre o atleta Cláudio Filho e questionamos quais as ações para assistir outros também, Lino informou que está tentando marcar uma reunião com o máximo de desportistas possível para fazer uma análise de suas condições. “Quero sentir as di culdades, o que eles carecem, qual o apoio que

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precisam, para a partir daí ver como a diretoria poderá agir no intuito de dar todo subsídio aos atletas”, disse. Fabrício ainda revelou, que lhe chegou a conhecimento, que atletas belo-jardinenses disputavam campeonatos por outras cidades, porque não tinham apoio de Belo Jardim. “Em que sentido podemos ajudar, transporte? Um espaço para treinar? Eu quero sentir deles quais são as di culdades, para depois dar encaminhamento para a solução”, ponderou. Outra ação que está sendo estudada pela diretoria é a criação do Bolsa Atleta Municipal, mas para isso, está sendo pensado criteriosamente, passos como, de onde se tiraria a verba, como seria investida e quais os pré-requisitos para contemplar o solicitante.

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Opinião

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B4: Belo Jardim - Ano 11 nº 107, fevereiro de 2021

Mensagem para Dr. Gilvandro e Dr. Maneco É-me, sobremodo honroso, pronunciar-me nesta solenidade de posse do prefeito e vice-prefeito de Belo Jardim. A última eleição do município é um marco importante na nossa história. Ficou patente que, se engana um povo por muito tempo, nunca por todo tempo. O povo se indignou com os desvios de recursos municipais, da incompetência administrativa e falta de amor às causas populares. Feliz do povo que tem capacidade de indignar-se, isto é louvável e deve ser exaltado. A grandeza e a felici-

dade de um povo dependem dos seus líderes, do amor deles ao seu berço. Podemos citar três grandes nomes da nossa história: Artur Maciel, Edson Moura e José Mendonça, nosso Mendonção, que como líderes belojardinenses construíram a grandeza do Belo Jardim e zeram seu povo feliz. Cito-os, no meu pronunciamento, como cultivo o sentimento da gratidão, não só para exaltar seus grandes feitos, sua grande dedicação ao seu povo, mas para incentivar as futuras gerações. Acredito nos empossados, Dr. Gilvan-

Por se falar sobre coisas da vida, em se falando de consistência e de resistência, é muito provável que respectivamente você logo se lembre da rocha e do ferro. Estou certo? Assim como se falando em instabilidade e fragilidade nos vem à lembrança a gelatina e o macarrão. Você se sente: rme como uma rocha? Resistente como o ferro? Instável como uma gelatina? Frágil como macarrão? Você já parou por algum momento pra re etir sobre o que você represente nesse contexto? Diante da sua realidade atual, como está sua situação emocional? É claro que você deseja ser tão rme como uma rocha e tão resistente

dro e Dr. Maneco, capazes de seguirem os exemplos de Dr. Artur, Dr. Edson e Deputado José Mendonça. Para fazer uma administração próspera, basta caminhar os caminhos que eles caminharam. Tudo que eles faziam era presidido pelo amor. Uma administração sem amor é como comida sem sal, não tem gosto, não tem sabor, é espinho e não or. Os senhores, hoje empossados, têm o sagrado dever de corresponder a con ança do nosso povo. Não foram poucos, foram muitos que disseram querer um Belo Jardim dife-

rente, próspero, desenvolvido, onde não se ouça o gemido do ancião, veja-se o sorriso da criança, vejase o sorriso do ancião e não se ouça o choro da criança. Há um dito de grande lósofo: O sol é para todos, a sombra, só para quem planta. Concordo, mas há quem planta mandacarú. Não dá sombra nem encosto. Temos muitos exemplos destes plantadores. Que o povo nunca

quanto o ferro. Ninguém quer ser desa os, superar os obstáculos e nos tão instável como o é a gelatina e tornar vencedores, é preciso nem tão f rágil quanto o é o alimentarmos a mente com boas Em discurso da vitória, Gilvandro fala que crenças e fortalecermos o macarrão, não é mesmo? “Chegou o momento de Belo Jardim ser governada Quando você achar que é tão comportamento com boas atitudes. por homens íntegros”, e o vice Dr. Maneco diz que Se não protegermos nossas rme como uma rocha, parabéns! “O povo quis a mudança” Mas não esqueça que assim como mentes e não fortalecermos nossos uma rocha, você pode ser explodido p e ns ame nto s , p o d e mo s c ar pelas dinamites das suas próprias instáveis como uma gelatina e frágeis como o macarrão. desilusões. O h i d r ó x i d o d e f e r r o, De outro modo, se você se sente tão resistente ou inquebrável comumente chamado ferrugem, se quanto o ferro, lembre-se de que, desenvolve na superfície do ferro, apesar da sua resistência ou dureza, sua arrogância pode se transformar A gelatina e o macarrão na ferrugem que pode destruí-lo. por Evilson Rêgo Pra manter a rmeza e a resistência que precisamos pra nos @evilsonrego tornar capazes de enfrentar os

mais, permita estes plantadores de mandacarús nos governando. Creio que vocês haverão de plantar árvores frondosas, que nos darão confortáveis sombras, bons encostos e saborosos frutos. Belo Jardim, com vocês, Dr. Gilvandro, Dr. Maneco, será um jardim belo, com muitas ores, muitas rosas e muito amor.

Especial, por Dr. Geraldo dos Passos. Odontólogo. Há 60 anos adotou Belo Jardim como seu segundo berço, cidade que ama com o coração e a alma.

quando em contato com o oxigênio e a umidade do ar. Do mesmo modo, quando somos submetidos às distrações, às futilidades da vida ou à arrogância, nos tornamos vulneráveis às intempéries da nossa própria autodegeneração. A chave é: Fique atento e se cuide!




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