enfoco.belojardim Ano X Número 98 - maio de 2020 - Belo Jardim-PE e Região
UPAE BJ segue fechada. Local deveria atuar como Hospital de Campanha para combate ao coronavírus. Já outros municípios recebem ações e projetos do governo estadual Foto: Karina Veríssimo
Lei Estadual determinou que UPAEs de Pernambuco fossem fechadas pela situação de emergência em saúde pública relativa ao enfrentamento da pandemia. Enquanto algumas delas, como em Goiana, município com 79 mil habitantes, número semelhante a BJ, foram transformadas em Hospital de Campanha e de referência à Covid-19, a unidade de Belo Jardim foi transformada em local para confecção de capotes impermeáveis de manga longa. Como se não bastasse a subutilização do espaço, funcionários, que poderiam dar suporte na linha de frente, estavam auxiliando na produção do EPI. Além disso, BJ segue sem receber projetos e ações do governo estadual, enquanto municípios próximos são contemplados. A2
Artesãos belo-jardinenses têm renda afetada em virtude da pandemia Artesãos belo-jardinenses já sentem a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19. Para ajudar a categoria, foi lançada a “Campanha Abrace o Artesão Pernambucano”, uma iniciativa do governo do Estado para ajudar os artesãos nesse cenário difícil de pandemia. Enquanto isso, a Fenearte, ainda é incerteza. B2
Laika Vitae faz apelo em prol dos animais abandonados na pandemia O isolamento social, a proibição de abertura de restaurantes, o desemprego e uma crise na saúde e na economia sem precedentes na história contemporânea, causados pelo novo Coronavírus, evidenciou problemas graves enfrentados não só pela humanidade: animais de rua tem sofrido com a escassez de alimento. O abandono também foi um problema evidenA2 ciado. Não há estatísticas o ciais que comprovem, mas, segundo protetoras que atuam na causa da defesa animal, a situação de animais em estado de vulnerabilidade está ainda mais prejudicada. Sem o apoio da prefeitura municipal, resta o apelo à sociedade. A5
IFPE BJ completa 50 anos construindo, com a comunidade, uma educação pública e de qualidade A4
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A2: Belo Jardim - Ano 10 nº 98, maio de 2020
UPAE BJ é fechada e notícia repercute no município. Enquanto isso, outros municípios recebem ações e projetos do governo estadual Foto: Karina Veríssimo Da redação, Karina Veríssimo
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Unidade Pernambucana de Atenção Especializada Padre Assis Neves, a UPAE - Belo Jardim, que atua como centro de especialidades médicas e apoio ao diagnóstico, foi fechada temporariamente, atendendo à Lei Estadual nº 107/2020, que determina, entre outros aspectos, a suspensão e a realização de cirurgias eletivas, consultas e procedimentos diagnósticos ambulatoriais em todas as unidades da rede assistencial pública e privada do Estado de Pernambuco, como medida de combate ao novo Coronavírus. O anúncio do encerramento temporário das atividades pegou os belojardinenses de surpresa, repercutindo negativamente na comunidade e nos meios de comunicação do município. Segundo a assessoria de comunicação da UPAE Belo Jardim, os equipamentos da Unidade de Saúde Especializada “foram transferidos para as unidades de saúde que estão atuando no enfrentamento à Covid-19”. De acordo com fontes, os equipamentos teriam sido enviados para hospitais da capital pernambucana, desaparelhando o prédio. No local, que antes eram realizadas consultas com médicos especialistas, atualmente, tem funcionado como local para confecção de capotes impermeáveis de manga longa. O local amplo e com infraestrutura instalada ao atendimento à saúde, poderia ter sido utilizado como Hospital de Campanha, para atender a demanda de infectados por Covid-19 que só aumenta em Belo Jardim. E m b o r a o s E P Is sejam “indispensáveis para os pro ssionais de saúde EXPEDIENTE: Diretoria Executiva: Silvana Galvão - Diretora Executiva Departamento Comercial: Alcineide Santos
que encontram-se na linha de frente no atendimento dos pacientes da Covid19”, como a rma a SES, os funcionários da UPAE, por sua vez, estão ajudando na confecção, quando poderiam estar atuantes na linha de frente, salvando vidas e exercendo suas atividades na área da saúde. Após repercussão, ao Jornal Enfoco, a assessoria de imprensa da SES informou que a UPAE iria retomar os “teleatendimentos com equipe multipro ssional com atuação do serviço social, de sioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos e médicos nas diversas especialidades como cardiologia, endocrinologia, mastologia, dermatologia, oalmologia e urologia”. Mas o questionamento é: por que essa unidade não está sendo usada para o tratamento da Covid-19 em BJ? Projeto do governo estadual em outros município Todavia, a gestão Paulo Câmara, inaugurou nos últimos dias a UPAE do município de Goiana, localizado na Zona da Mata Norte de Pernambuco e com 79 mil habitantes. E pasmem, foi transformada em Hospital de Referência à Covid-19 e “começou a funcionar no último dia 20, com 30 leitos dedicados aos pacientes suspeitos e con rmados da Covid-19, sendo três de áre a ve r m e l h a – c om suporte respiratório destinado à estabilização dos pacientes mais graves antes da remoção para hospitais de referência”. Outro exemplo que causa estranheza é a exclusão de Belo Jardim de mais um projeto da saúde estadual, o 'Atende em casa', que através de um aplicativo no celular, “passa orien-
Departamento de Jornalismo Érika Travassos - Jornalista/editora Karina Veríssimo - Jornalista/ Repórter Adenilson Barros - Redator estagiário Diagramação e redes sociais: @etcomunicacao
UPAE de Belo Jardim fechou as portas atendendo a Lei Estadual
tações para a população sintomática que busca o serviço online, seja para manter o isolamento domiciliar ou, após uma teleorientação feita por pro ssional de saúde”. Mas, os municípios como Sanharó e São Caetano já foram bene ciados. Com populações menores e tendo bem menos casos de covid-19 con rmados. Até o dia 25 de maio, Sanharó (26 mil hab.) tinha 10 casos con rmados, sendo 3 graves. São Caetano (36 mil hab.) tinha 40 casos con rmados, sendo 13 graves. Enquanto BJ (76 mil hab.) já está 98 casos con rmados e 16 graves. A questão é, todos os municípios do Agreste já deveriam estar sendo contemplados, até pela proximidade da capital, epicentro da doença no Estado. De acordo com a SES, o “aplicativo, disponível pelo site www.atendeemcasa.pe.gov.br e para smartphones com sistema Android, permite que médicos, enfermeiros ou residentes médicos façam videochamadas e orientações aos usuários”. Nessa iniciativa são dadas “orientações quanto ao uso do aplicativo, protocolos clínicos da Covid-19 e uxo de atendimento nas unidades de saúde”, ou seja, algo que poderia ser de muita ajuda, já que a saúde municipal é ine ciente. Com tal intransigência, a indagação que a população tem feito é: “até quan-
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do o povo vai sofrer sem ter um político que busque, de fato, as melhorias para Belo Jardim?”. Políticos repercutem a falta de investimentos De acordo com o vereador e pré-candidato a prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela (DEM), a sugestão é de extrema valia e relevância, tendo em vista que o município, com aproximadamente 80 mil habitantes, é carente quando o assunto é assistência à saúde, tendo exclusivamente um único hospital público e poucos leitos de enfermaria. Embora haja esforços conjuntos, inclusive do Governo Federal ao disponibilizar recursos extras para o enfrentamento d o C oron av í r u s , o momento delicado e singular precisa de excelência em gestão pública. “O Governo do Estado deveria aproveitar o espaço moderno, muito amplo e dividido para fazer um hospital de campanha. Veja bem, o hospital de Belo Jardim, que já era pequeno, está atendendo pacientes de outras doenças e com Covid-19 no mesmo prédio, mesmo que em ala separada. Nem o município e nem governo do estado busca a união para pensar no melhor, a m de combater esse mal maior que está atormentando nosso povo”, descreveu Gilvandro Estrela. O Secretário de Saúde municipal, Uriel
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Campelo, informou em uma das suas lives que o município responde à IV G erência Reg iona l de S aú d e ( G e re s ) e q u e , mesmo tendo solicitado, foi negada a construção de unidade de UTI por Belo Jardim não atender o protocolo. “Eu perguntei se a gente poderia ter leitos de UTI aqui. Como nosso hospital é de média a baixa complexidade, não é autorizado termos leitos de UTI. […] existe um protocolo que precisamos seguir”, disse Uriel. A IV Geres, no entanto, autorizou 20 leitos de retaguarda no Hospital Júlio Alves de Lira/UPA 24H, em uma ala para tratar somente pacientes com Covid-19 de Belo Jardim e de Tacaimbó. O vereador Bruno Galvão (PT) falou sobre os impasses do distanciamento municipal e estadual, causado pelo apadrinhamento político. “Fica difícil vir alguma coisa de cima (Estado) sem que o de baixo (prefeitura) trabalhe, procure, corra atrás. Então a gente tem essa di culdade da falta de interesse do gestor municipal. A gente é a favor que a UPAE se transforme em Hospital de Campanha e que seja feito um consórcio regional de enfrentamento do Coronavírus para atender Belo Jardim e região. Até como forma de não sobrecarregar os sistemas e baratear as compras de EPI’s e materiais diversos”, defendeu Bruno Galvão. É valido lembrar que, segundo o Ministério da Saúde, a Covid-19 agora deve avançar para o interior e os municípios devem se preparar para dias ainda mais difíceis.
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Da redação, Karina Veríssimo e Adenilson Barros
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Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) c ampus Belo Jardim, completou no último dia 05, 50 anos de fundação em meio à crise causada pela COVID-19. A data que merece todas as homenagens e comemorações não pôde ser festejada por alunos, professores, servidores e nem sociedade. Entretanto, será lembrada como uma celebração da existência do Instituto, que participou da história e agregou saberes ao desenvolvimento do município. Com uma trajetória marcada por muito amor e dedicação à educação pro s-
sionalizante humanitária, o Campus se mantém rme, desde os seus primórdios, no propósito de formar e transformar vidas, sempre permanecendo el à missão de ajudar a construir uma sociedade mais justa e igualitária. O IFPE é um local que proporcionou uma formação que foi além do caráter educacional, cientí co e objetivo. Em meio século, quantas histórias e memórias foram criadas e recriadas? Quantos alunos passam pelas bancas escolares e criam redes de amizade e de possíveis parcerias de negócio? Com o desenvolvimento em sua infraestrutura e consolidação da identidade tornou-se referência em educação pública e de qualidade.
Uma histór ia que começou em 1970, a partir de uma parceria do Governo Federal e do Governo de Pernambuco, que possibilitou a fundação do então Colégio Agrícola de Belo Jardim, em um tempo que o ensino técnico era coisa rara na educação brasileira. Para se ter uma ideia, nesta época, o Governo Federal mantinha em apenas três municípios de Pernambuco instituições que ofertavam ensino desta natureza: Barreiros, Vitória de Santo Antão e São Lourenço da Mata. Com o crescimento e sucesso do ensino, ao longo dos anos, houve a transformação de Colégio Agrícola para Escola Agrotécnica Federal de Belo Jardim. Em 1993, acontece outra mudan-
Arte: Divulgação
IFPE Belo Jardim: 50 anos de contribuição à educação sem comemorações. Diretor Marcos Germano fala sobre data significativa em meio à pandemia
ça importante na história da escola, que passou a ser uma autarquia federal dotada de autonomia administrativa, nanceira, patrimonial, didática e disciplinar, o que possibilitou uma independência maior de sua gestão e permitiu que novos cursos fossem idealizados e criados, sempre voltados a atender a demanda técnica e pro ssional da região.
Em 2008, a escola passou pela sua última e atual transformação, se tornando o Campus Belo Jardim do IFPE e se integrando à Rede Federal de Educação Pro ssional, Cientí ca e Tecnológica. Marcando o cinquentenário da Instituição, o novo diretor geral foi eleito, o professor Marcos Germano.
Novo Diretor do IFPE-BJ, Prof. Marcos Germano fala dos projetos para a institução Jornal Enfoco: De que maneira a instituição contribuiu para a formação do pro ssional e do cidadão? Prof. Marcos Germano: A formação pro ssional e cidadã iniciou desde 1970 com a primeira turma do Curso Técnico em Agropecuária, no então Colégio Agrícola de Belo jardim. Desde então, com a criação dos cursos técnicos em Agroindústria, em Enfermagem e Informática para Internet e os cursos superiores em Licenciatura em Música e Engenharia de Soware, além do curso de Operador Industrial de Alimentos, continuamos contribuindo através diferentes eixos tecnológicos, fazendo da nossa Instituição uma importante casa de educação no município de Belo Jardim e região, tanto na formação do pro ssional como cidadã. Destaco na formação cidadã que o ensino no Campus Belo Jardim sempre teve como fundamento o aprender contínuo e se concentra em dois pilares: a própria pessoa como agente e a escola como lugar de crescimento pro ssional permanente. Com isto, a formação do cidadão acontece de forma integrada e pro ssional. O fruto deste meio século de trabalho e zelo pela educação da nossa equipe de
servidores está espalhado por todo o Brasil, na forma de milhares de pro ssionais formados em nossas salas de aula e laboratórios, que levaram consigo o conhecimento técnico e superior para cada recanto do país. Em muitos casos, até do mundo. JE: O IFPE-BJ acompanhou por cinco décadas a evolução da história de Belo Jardim e região e fez parte dela. Alcançou o patamar que queria ou ainda há sonhos a serem realizados? MG: Sim, temos várias metas a serem atingidas imediatas, curto, médio e longo prazo. O professor Chagas, que foi o gestor que eu sucedi, fez muito em todas áreas possíveis de atuação do Campus, tais como ensino, pesquisa, extensão, assistência estudantil, políticas de educação inclusivas e infraestrutura. Mas temos ainda muito a fazer. O Campus Belo Jardim é uma Instituição de Ensino muito nova. Temos muito a crescer. JE: Pensando na sua gestão, quais são os planos a curto, médio e longo prazos? MG: São várias ações e listarei as principais: 1- Manutenção do ônibus circular para transporte diário dos estudantes, com ampliação
das rotas e readequação dos horários; 2- Continuidade na estruturação das UEP´s do Curso Técnico em Agropecuária e os laboratórios do Curso de Engenharia de Soware; 3- Manutenção e ampliação das políticas de inclusão; 4-Continuidade efetiva das ações para implantação do curso de Engenharia de Alimentos em 2021; 5-Manutenção e ampliação dos convênios com as empresas em Belo Jardim e toda a região bene ciada pelas atividades do campus. A curto prazo, temos: 1- Discutir com a comunidade acadêmica, quais ações prioritárias devem ser realizadas com base no orçamento 2020 do campus; 2- Dar continuidade às ações de implantação dos conselhos gestor e escolar da instituição; 3- Concluir os procedimentos relativos à transferência da antiga zootecnia para a sede do campus; 4Revisar o Regimento Interno do campus; 5- Elaborar, implementar e monitorar os indicadores de desempenho para os processos institucionais. Médio prazo: 1- Priorizar a verticalização dos cursos já ofertados pela instituição ou, quando possível, atender às demandas da região do agreste central pernam-
bucano; 2- Ampliar e incentivar ações e/ou projetos que contemplem a educação de jovens e adultos (EJA); 3Buscar junto às agências de fomento, mais recursos para nanciamento da pesquisa no campus; 4- Promover a melhoria da infraestrutura para o desenvolvimento do trabalho docente e técnicoadministrativo; 5- Continuidades na estruturação das UEP´s do Curso Técnico em Agroindústria Para longo prazo, nossos projetos são estes: 1- abertura de novos cursos com crescimento estrutural, orçamentário e nanceiro do campus, otimizando os recursos humanos e materiais da instituição; 2- Ampliar a estrutura do atual prédio de enfermagem; 3- Execução da 2ª etapa das obras de acessibilidade do campus, tornando à instituição ainda mais acessível às pessoas com de ciência; 4- Elaborar, os projetos necessários às obras do Curso de Engenharia de Alimentos e um curso superior a ser de nido pela comunidade na área da agropecuária e saúde. JE: O IFPE-BJ deu um grande passo sendo um grande incentivador para a implantação da primeira universidade federal em Belo Jardim. Qual a impor-
tância dessa parceria para o município? MG: Destacamos três aspectos principais, a nosso ver, com a inserção da Universidade Federal Rural de Pernambuco em Belo Jardim, onde a rmamos a contribuição da universidade pública para sociedade: a formação acadêmica ofertada, a relevância social e o impacto promovido em diferentes setores da economia local. Trago as palavras ditas pelo nosso ex-ministro da educação Mendonça Filho, que foi determinante para essa realização: “Temos que levar em consideração que o papel das federais públicas vai muito além da graduação; envolve a pesquisa, extensão e uma inserção comunitária e social extremamente relevante para todos os estados da federação”. Para o IFPE Campus Belo Jardim, ganhamos mais um parceiro na construção de projetos coletivos, uma vez que os cursos, apesar de serem em áreas diferentes, se comunicam e se complementam na resolução dos problemas colocados perante a sociedade civil e acadêmica. Marcos Germano.
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B1: Belo Jardim - Ano 10 nº 98, maio de 2020
Coronavírus não afetou somente a humanidade. Animais também estão sofrendo com a pandemia Fotos: Laika Vitae Da redação, Karina Verissímo
aumento sig ni cat ivo estão o desemprego e também a falta de condições lém de todos os nanceiras para cobrirem desa os para a os gastos de manter um humanidade cau- animal em casa, principalsados pela pandemia, em mente, em um período de Belo Jardim, o novo Coro- crise nanceira. navírus trouxe consigo Contudo, embora a alguns problemas que atinrealidade humana esteja giram diretamente os anidemasiadamente crítica, mais de rua: a fome, o abanfoge a concepção, a razão dono e os maus tratos. O do abandono de um ser número de bichinhos que vivo. O ato de abandonar tem sofrido aumentou, um animal, é um ato de isso é o que indica a ONG covardia; é punir um inoLaika Vitae de proteção aos cente. Quem pratica um animais em estado de vulgesto de tamanha crueldanerabilidade. de, demonstra a total falta A determinação do de compaixão. Governo Estadual, acatada Em uma cidade pelo município, no sentido como Belo Jardim, que não de conter o avanço do Coroexistem políticas públicas navírus, proibiu o funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes, salvo os estabelecimentos que trabalham com o serviço de Delivery.
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O que acontece é alguns desses locais ofereciam as sobras das refeições para os animais, minimizando o sofrimento animal. Hoje, eles têm sobrevivido revirando as lixeiras e lixões. O período de pandemia também fez crescer o número de cães e gatos domésticos abandonados. Uns dos pontos que agregam à justi cativa do
Ramos, a informação que bichinhos têm sido largados à própria sorte no Parque do Bambu é frequente. “Os animais têm direito à existência, a ser respeitado pelo homem. Maus-tratos é crime; abandono é uma forma de maus-tratos, passível de punição, nos termos da Lei nº 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais. A defesa animal não é uma questão local, é mundial, assim conferida pelas mais diversas normas, bem como pela Declaração Universal dos Direitos dos Animais, através da UNESCO, em 1978. Além da questão legal, há a questão moral, ética, de solidariedade, de compaixão. Ajudando um animal
Quem abandona os animais não percebe que esses pets irão procriar, fazendo com que o número de animais nas ruas só aumente
de preservação e cuidados aos bichos, não há estatísticas o ciais que comprovem a denúncia, mas, de acordo com a advogada da Laika Vitae, Hermana
necessitado, estaremos contribuindo para uma sociedade menos injusta para os não humanos, inclusive”, declarou Hermana.
Os 15 anos foram comemorado com jogo festivo, exposição da taça do Pernambucano 2015 e música
Sem a caridade humana, cachorros vasculham e reviram lixo em busca de alimentos
Na tentativa de combater a maior crise da história contemporânea, a Laika Vitae pede a ajuda da população belo-jardinense para minimizar o sofrimento dos bichanos. Penalizada com a situação, Hermana não deixou de ajudar e faz um apelo às pessoas. “A Laika Vitae, que vive exclusivamente do trabalho realizado por voluntários e por d o a ç õ e s d e te rc e i ro s , encontra-se, de certa forma, de mãos atadas para poder aumentar o alcance dos resgates, bem como, com a expressiva queda quanto a arrecadação de mantimentos para higiene, limpeza, ração para cães e gatos, remédios e numerário para pagamento de veterinários, o trabalho está comprometido”, relatou a advogada. A grande di culdade é atender a todos os pedi-
dos de resgate. O que já era muito difícil, em face da indisponibilidade de espaço para todos os resgatados, agora, com o advento da pandemia oriunda do Covid-19, se tornou ainda mais gravoso, quase desesperador. Não só abrigo e alimentação diária, os animais carecem também de tratamento médico veterinário, higiene, além da castração.
As pessoas que desejarem ajudar ou conhecer mais sobre o trabalho e ações desenvolvidas pela Laika Vitae, podem acessar o Instagram e Facebook da @laikavitae. Doações também são bem-vindas. (ONG Laika Vitae, Banco do Bradesco, agência 21695, conta corrente nº 37973-5).
ONG Laika Vitae ajuda animais em situação de vulnerabilidade e precisa de sua ajuda Laika Vitae signi ca "Laika vive", uma organização independente, sem ns lucrativos e que foi criada a m de ajudar os animais abandonados de Belo Jardim, que são muitos. O grupo debate ideias para a melhoria da vida dos bichanos e formas de conscientizar a sociedade. Somente no ano de 2019, graças ao crescimento da visibilidade, o que desencadeou mais apoio e mais doações, a Laika conseguiu elevar substancialmente, o alcance do socorro aos animais em situação de vulnerabilidade, contri-
buindo com a proteção e dignidade dos pets. Em 2019, a ONG realizou 319 resgates aos animais abandonados, sendo 200 fêmeas e 119 machos, o que comprova que as fêmeas são sempre as mais abandonadas. A maior parte desses animais estava saudável, mas algumas do enças foram detectadas como as doenças de pele e a perigosa leishmaniose. Neste último caso, trata-se de uma zoonose e, por isso, humanos também correm risco de contaminação, assim
como os cães. Mas vale ressaltar que não são os cães que transmitem a doença. De todos os regatados, 13 fugiram do local onde estavam sendo cuidados; 33 animais voltaram para as ruas onde são cuidados pela comunidade. Apenas 74 foram adotados e 109 ainda esperam um lar para chamar de seu. Esses números despertam uma preocupação sobre o que devemos fazer para que mais pessoas escolham a adoção de cães e gatos como uma alternativa em suas vidas.
A ONG Laika Vitae também realiza ações sociais e feirinhas de adoção consciente
Rua Raimundo de Moraes, 42 - Centro - EdifĂcio J & D - salas 14 e 15 - CEP 55.150-110 - Belo Jardim - PE Fone-Fax: (81) 3726-2573 - E-mail: assetabile@hotmail.com
Economia
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B1: Belo Jardim - Ano 10 nº 98, maio de 2020
Artesãos de BJ apreensivos com a queda de vendas. Governo do Estado lança plataforma para ajudar a categoria Imagens: divulgação Da redação, Adenilson Barros
Trajeto entre Belo Jardim à Serra dos Ventos está com o recapeamento bem adiantado
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m tempo de pandemia, reclusão, fechamento do comércio, suspensão de eventos e dinheiro curto, cresce a preocupação sobre a situação da economia para todo mundo, em especial a classe artística, especi camente os artesãos. A própria produção já é um verdadeiro desa o e quando o talento se transforma em renda, a
Artesãos belo-jardinenses já sentem o impacto da crise gerado pela covid-19
artesãos negociarem seu produto diretamente com o cliente, abrindo uma
Divulgação/Hoje PE
Centro de Artesanato de PE lança plataforma para ajudar artesãos do Estado
tarefa árdua.
ca ainda mais
O momento em que vivemos pede uma alternativa para se reinventar e encontrar saídas para superar a crise nanceira instalada pelo vírus. Visto iss o, o Governo de Pernambuco, por meio da Diretoria de Promoção da Economia Criativa da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – AD Diper criou a “Campanha Abrace o Artesão Pernambucano”, que usa as redes sociais do Centro de Artesanato de Pernambuco para realizar a divulgação do trabalho dos mestres do artesanato estadual, possibilitando assim, os
comprando uma peça e investindo para que eles permaneçam em casa e produzindo”. Quando se compra uma peça de um artesão, possibilita que ele se mantenha vivendo do que produz: arte. Para vender na plataforma é preciso preencher um formulário no link disponível no Instagram do Centro de Artesanato (@centrodeartesanatodepe), enviar fotos dos produtos, uma foto própria e contatos de como fazer a compra. O comprador entra em contato direto com o artesão.
duto Inte r n o Br uto ) . Desde o começo de março, a dinâmica da economia criativa tem sentido o choque das determinações necessárias para o controle da pandemia, como o fechamento de espaços, cancelamento ou adiamento de exposições e eventos, só para citar alguns exemplos. Maria Lucivalda Oliveira, 46 anos, além de mais dez artesãs belojardinenses estão paradas e registram queda nas vendas pois “está fechado o Centro de Artesanato Tareco e Mariola (para ajudar conter a propagação do vírus) lugar qual expomos grande parte de nossas peças”. Mesmo o governo do Estado disponha o ‘ Abrace o Artesão Pernambucano’, a plataforma não tem sido su ciente, segundo Maria do Socorro da Silva, 56 anos, “eu me inscrevi já faz um tempo, mas ainda não recebi nenhuma encomenda por lá”, ela tem conseguido a l g u mas e nc ome nd as pelas suas próprias redes sociais.
Fenearte “Nessa quarentena, estou trabalhando em casa na expectativa de participação na Fenearte”. Esperançosa, Maria do Socorro continua a produzir, pois ela e o grupo das outras dez artesãs passaram na primeira etapa de seleção de estande daquela que é considerada a maior feira de artesanato da América Latina, a Fenearte (Feira Internacional de Artesanato de Pernambuco), que tem data marcada para acontecer entre o dia 01 e 12 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco. Ma s , s e g u n d o a assessoria de comunicação da Fenearte, “diante do cenário ainda muito difícil de prever”, a organização do evento ainda não tem um “posicionamento de adiamento ou possível nova data. O que se sabe é que é um evento de aglomeração de pessoas e por conta disso o Governo do Estado está pensando em alternativas viáveis para o evento”. Fonte: UFRB
Impactos na economia criativa segundo artesãs belojardinenses Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra a e nova perspectiva diante do Estatística), o setor criativo emprega aproximadacenário da pandemia. mente 1,9 milhões de pessoas no Brasil, sendo que Da campanha e destes, cerca de 44% atua plataforma “Quem disse que não pode- de maneira autônoma. O mos 'dar um abraço à dis- “Mapeamento da Indústância?'. Criamos uma tria Criativa no Brasil”, lanmaneira de você abraçar o çado pela Firjan (Federaartesão pernambucano, ção das Indústrias do Rio mesmo que de longe”. de Janeiro) indica que, em Quem fala é a Coordena- 2015, o setor foi responsádora da AD Diper, Socorro vel por 2,64% do PIB (ProLeão e ressalta que “mesmo em casa, o artesão conData da Fenearte, maior feira de artesanato da América latina tinua produzindo. Sabeainda em aberto por causa da pandemia mos que é tempo de isolamento, mas você pode ajudar quem tanto está precisando agora”. A campanha é um apelo que, segundo ela, “a maneira de abraçar nesse momento de pandemia é
Divulgação/Diário de PE