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Ano Ano VIII Número 81 - 25 setembro e Região III Número - junhode de2018 2012- -Belo BeloJardim-PE Jardim-PE enfoco.belojardim
Belo Jardim completa 90 anos Internet
Desde seu começo quando Fazenda Lagoa do Capim, em 1833, depois quando vila em 1897, posteriormente quando município em 1928 e até os dias de hoje, Belo Jardim teve em sua história a marca de pessoas que sempre acreditaram no seu povo. Aos que passaram resta a memória e a gratidão por toda a construção da Terra do Bitury, já para os que ainda hoje acreditam em Belo Jardim fica o espaço para as novas ideias e contribuições para um futuro de desenvolvimento ainda maior. Nesta edição, confira o desejo para a Belo Jardim do futuro de algumas personalidades da sociedade local. cidade pág. A3
Reprodução de vídeo/Divulgação Grupo Moura
Nova fábrica torna BJ o maior produtor de baterias da América do Sul
política pág. A3
cidade pág. A2
A Moura deu início à operação da primeira fase de sua nova fábrica, erguida em Belo Jardim, município hoje considerado o maior polo produtor de baterias da América do Sul. A nova planta, cujo investimento para conclusão da sua fase inicial foi de R$ 170 milhões, terá capacidade para quase que dobrar a atual produção anual da empresa, que é de cerca de 10 milhões de acumuladores de energia, além de perspectiva de geração de 200 novos empregos até o fim deste ano. economia pág. B1
Exposição Assis Calixto – A Certeza e o Brinquedo está à mostra na Galeria de Artes do Sesc Ler Belo Jardim geral pág. A2
ABLA - Academia Belo-jardinense de Letras e Artes comemora 11 anos geral pág. A2
Edição 2018 do Festival No Ar Coquetel Molotov - Etapa Belo Jardim anuncia bandas e artistas selecionados geral pág. A2
Geral
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A2: Belo Jardim - Ano 08 nº 81, setembro de 2018
Editorial BJ 90 anos: Temos tudo, mas não temos nada
É bem verdade que Belo Jardim é hoje um dos municípios mais desenvolvidos de Pernambuco economicamente falando. Possui um dos maiores Produtos Interno Brutos (PIBs) do Estado e uma das maiores arrecadações de recursos públicos entre todos os municípios pernambucanos. Aqui temos grandes indústrias, grandes lojas, grandes redes varejistas, um grande comércio, muitos empregos, pessoas trabalhadoras e dedicadas. No entanto, nos falta ainda uma melhor infraestrutura, qualidade de vida para as nossas e para as pessoas vindas de fora. Desenvolvimento e infraestrutura que proporcione qualidade de vida são dois aspectos que devem andar juntos. Se um falta, o outro pode até não faltar no momento, mas pode um dia também se esgotar devido ao desequilíbrio da falta de um desses componentes. Ora, como atrair novos investidores, pessoas que venham de fora investir e morar em Belo Jardim se não tivermos, por exemplo, um sistema público eficiente de saúde, educação, segurança, transporte e lazer? Como as pessoas de fora se sentirão atraídas para vir apostar em nossa economia se aqui não existir uma infraestrutura de qualidade? Portanto, é preciso mais do que nunca que de agora em diante, para as próximas décadas de história do município, que toda a Belo Jardim (sociedade civil, poder público e empresários) possam se unir para construir mais 90 anos de uma terra que além de empregos, oportunidades e desenvolvimento econômico possa também oferecer algo essencial ao seu povo: Qualidade de vida. Do contrário, poderá até parecer que pelo progresso econômico teremos tudo, porém no final a realidade nos mostrará que não temos nada.
Expediente:
IN – A proibição este ano pela Justiça Eleitoral da circulação de carros de som durante o período de campanha política em todo o país tem agradado, sobretudo à população belo-jardinense. Em outros anos, já se foi possível testemunhar uma quase que guerra eleitoral no município até mesmo no tocante ao estrondoso volume dos carros de som dos candidatos, algo que incomodava a toda a população. Este ano, carros de publicidade sonora na campanha eleitoral só serão permitidos durante eventos políticos, a exemplo de caminhadas, carreatas, motocadas e comícios.
OUT – O discurso de alguns candidatos de fora que agora têm se apresentado como futuros representantes de Belo Jardim na política estadual e nacional tem deixado muito a desejar. Praticamente nada tem se falado no que diz respeito a ideias e projetos por parte dessas figuras políticas desconhecidas localmente até então que, especificamente, venham a contribuir com o desenvolvimento de Belo Jardim.
ANIVERSÁRIO A ABLA – Academia Belo-jardinense de Letras e Artes, comemorou no dia 1 de setembro, o seu 11º aniversário. A festividade aconteceu no restaurante Cria de Maria. A reunião comemorativa foi presidida pela confreira Lurdinha Mergulhão. Na pauta do encontro estavam: as comemorações dos 11 anos da academia, aniversário de 90 anos de Belo jardim, um local definitivo para o funcionamento da ABLA, a inauguração do museu da educação. O confrade João Torres fez um breve relado dos onze anos da ABLA, o início, as dificuldades e pediu mais unidade e que todos busquem fortalecer cada vez mais a Academia. Portal: Jardim do Agreste.
materiais reciclados, dentre elas, a criação e inserção do tamanco de madeira junto ao movimento do coco na cidade. Fonte: G1 Caruaru
CULTURA A exposição “Assis Calixto – A Certeza e o Brinquedo” está à mostra na Galeria de Artes do Sesc Ler Belo Jardim. A visitação é gratuita e pode ser feita das 9h às 13h e das 14h às 18h, de segunda a sexta, até o dia 19 de outubro. A unidade está localizado na Rua Pedro Leite Cavalcante, s/n, na Cohab II. Na mostra o público vai poder conferir esculturas, máscaras e instrumentos musicais produzidos com materiais naturais como troncos de madeira, couro, raízes, estopa e madeira de Mulungu. Além disso, há também vídeos, áudios de músicas autorais na voz do autor e instalações que representam o diálogo entre as atividades do dia a dia do artista com as inspirações. Assis Calixto, mestre do Coco Raízes de Arcoverde, apresenta um trabalho conceitual em que fala sobre a cidade sertaneja, ícones, identidade, a história e a estética do povo de Arcoverde. Assis é artesão e compositor, e em parte da criação ele utiliza
FESTIVAL Apresentado pelo Instituto Conceição Moura, o Festival No Ar Coquetel Molotov – Etapa Belo Jardim já anunciou o time de bandas e artistas selecionados para quarta edição do festival, que ocorre no dia 20 de outubro, no Parque do Bambu. Romero Ferro (Garanhuns) Agda (Santa Cruz do Capibaribe), Rasga Mortalha (Caruaru) e Jurandex (Belo Jardim) são algumas das atrações confirmadas no line do festival, que em sua etapa no Agreste de Pernambuco acontece com uma programação completamente gratuita de shows, oficinas e mostras de filmes, entre os dias 17 e 20 de novembro. Com realização da Coda Produções Artísticas, a quarta edição do festival em Belo Jardim conta com patrocínio da Baterias Moura e apoio do Instituto Conceição Moura, IFPE, Buffalo e Cepe, tendo sido contemplado pelo Prêmio Funarte de Programação Continuada para a Música Popular em 2015. Oficinas – Nos dias que antecedem os shows no Parque do Bambu, o Festival No Ar Coquetel Molotov – Etapa Belo Jardim realiza uma série de atividades que incluem oficinas técnicas e a quarta edição da Mostra Play The Movie na cidade. As oficinas e a mostra ocorrem no Cine Teatro Cultura entre os dias 17 e 19 de novembro, em diferentes horários. Portal: Jardim do Agreste.
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A3: Belo Jardim - Ano 08 nº 81, setembro de 2018
BJ 90 anos: Terra de gente que acredita em sua gente
PERSONALIDADES Empresários explicam porque apostam em BJ e o que desejam para a cidade nos próximos anos Da redação jornalenfocobj@gmail.com
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alvez poucos munícipes se recordem, mas os 90 anos de Belo Jardim, comemorados em 11 de setembro deste ano, tiveram seu início lá trás, quando em 1833, a Fazenda Lagoa do Capim, onde se originou o município, fazia parte do Distrito de Paz de Jurema, pertencente a Brejo da Madre de Deus. Gradativamente, a fazenda cujo dono era Joaquim Cordeiro Wanderlei passava a servir de abrigo para novos moradores que desembarcavam na região como Coronel Antônio Marinho, um dos grandes fazendeiros da época, o qual seu próprio nome foi dado à avenida principal do atual bairro Ayrton Maciel, progredindo rapidamente para um núcleo populoso que continuou a se chamar de Lagoa Capim. À época já um povoado, a localidade ganhou uma pequena casa de orações onde, aos domingos, o pároco de Brejo da Madre Deus celebrava missas. Entre 1872 e 1873, a população do povoado Capim construí-
ram uma capela dedicada à Nossa Senhora do Bom Conselho. E anos depois outra igreja foi erguida, esta em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, atual igreja matriz. Em 1881, por sugestão de Frei Cassiano de Comacchio, que pregava nas missas naquela localidade, sugeriu que a localidade passasse a se chamar Belo Jardim, povoado que com evolução a passos largos, foi elevado à categoria de vila através da lei estadual N. 260, de 3 de julho de 1897. O progresso de Belo jardim intensificou-se mais ainda a partir de sua nova situação administrativa e, especialmente, por encontrar-se no eixo da grande via de comunicação representada pela Estrada de Ferro Central de Pernambuco, cujos trilhos chegaram na área urbana em 1906, trazendo uma nova era para a localidade, que em 11 de setembro de 1928, migrou oficialmente para o patamar de município. De lá para cá muita coisa mudou. Hoje Belo Jardim é conhecida nacional e até internacionalmente. É considerado o município polo da indústria de
baterias automotivas em toda a América do Sul, graças ao empreendimento do belo jardinense Edson Mororó Moura, a Baterias Moura. “A história de Belo Jardim e do Grupo Moura se entrelaçam. Foi nesta terra de gente batalhadora que escolhemos desenvolver nossos negócios e concentrar investimentos estratégicos. Hoje, não é exagero afirmar que Belo Jardim, no semiárido nordestino, é o maior polo produtor de baterias e conhecimentos em acumulação de energia da América do Sul”, diz Sérgio Moura, co-presidente do Grupo Moura. O município possui também ampla rede comercial, gastronômica, de bens, serviços e de cultura e lazer. É batizada como a Terra de Músicos e, atualmente, possui quase 80 mil habitantes que diariamente acreditam e contribuem de alguma forma com o seu desenvolvimento, este que já soma uma riqueza cujo Produto Interno Bruto (PIB) municipal chega a quase 1,3 milhão de reais. Uma dessas pessoas é o empresário Antônio Cavalcante. Proprietário da rede de far-
mácias Cavalcante, com sede no município. Ele conta que investe na cidade graças as pessoas que fazem a cidade ser o que é. “Eu sempre acreditei em Belo Jardim porque o seu povo é muito trabalhador, é uma terra de empreendedores e uma cidade que sempre se renova, que se remonta, que produz o que ela própria necessita para crescer, e prova disso é que Belo Jardim é uma cidade filha de Brejo da Madre de Deus, mas que cresceu e se desenvolveu bem mais do que Brejo”, atesta. Ainda segundo ele, projetar o futuro do município é parte de um desejo de melhoria na qualidade de vida de toda a população. “Espero muito que Belo Jardim, para os próximos anos, consiga, por exemplo, garantir o acesso a uma saúde pública de qualidade para todos, para que as pessoas deixem mais de depender de Caruaru. Espero ainda que Belo Jardim tenha bons representantes na política, que a nossa população escolha para nos representar lá fora, políticos daqui, que conheçam a nossa terra e que lutem cada vez mais por mais desenvolvimento”, projeta.
Belo-jardinense formado em administração, o empresário e diretor administrativo da Clínica DMI, Maurílio Cavalcante, é outro admirador e otimista quanto ao futuro do município. “Eu aposto em Belo Jardim primeiro porque sou natural daqui, e segundo porque vejo a nossa cidade com um largo potencial para tudo, e isso ocorre principalmente porque o nosso povo é muito acolhedor, então isso facilita, por exemplo, que as pessoas de fora venham investir e trazer inovação para cá, de modo a contribuir ainda mais com o desenvolvimento local”, afirma. Para o futuro, segundo Maurílio, o município necessita de maior eficiência pública. “Tem muita coisa que Belo Jardim precisa e que eu espero que venha a ter, mas algo que é primordial, a base para tudo e que hoje infelizmente ainda não temos é uma gestão pública eficiente, que saiba trabalhar em todas as áreas de modo prático e com resultados positivos para a população”, finaliza.
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B1: Belo Jardim - Ano 08 nº 81, setembro de 2018
BJ: maior polo de conhecimentos e produção de baterias da América do Sul
UNIDADE Nova fábrica Moura teve investimento inicial de R$170 milhões e deve dobrar produção da empresa e irá gerar 200 novos empregos Teresa Maia/Divulgação Grupo Moura
Da redação jornalenfocobj@gmail.com
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Grupo Moura deu início no fim de agosto passado à operação da primeira fase de sua nova fábrica, erguida em Belo Jardim, município hoje considerado o maior polo produtor de baterias da América do Sul. A nova planta, cujo investimento para conclusão da sua fase inicial foi de R$ 170 milhões, reúne duas mil melhorias de processo desenvolvidas nas demais seis unidades industriais Moura e contou com a contribuição de todos os seis mil funcionários da empresa nas etapas de concepção, desenvolvimento e implementação. Autossustentável, com linhas ergonômicas e automatizadas, flexibilidade produtiva, desenho logístico eficiente e pronta para expansão, a nova fábrica, no pico de operação, terá capacidade para quase dobrar a produção anual do Grupo Moura, hoje de 10 milhões de acumuladores de energia, entre baterias automotivas, estacionárias, tracionárias e para motos. Até o final deste ano, empregará diretamente 200 profissionais e tem como meta entregar 1 milhão de baterias ao mercado. Atualmente, 15% da produção é voltada para exportação. A nova unidade é um marco para o Grupo Moura e posiciona a empresa que já é líder no mercado de baterias na
América do Sul como uma das mais avançadas fabricantes do mundo. O projeto de vanguarda contou com a participação fundamental do Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura (ITEMM), também sediado em Belo Jardim, e um dos principais parceiros tecnológicos da Moura e único instituto de ciência e tecnologia do Brasil com foco exclusivo em Pesquisa & Desenvolvimento para sistemas de acumulação de energia. A nova unidade consolida ainda o município como um hub produtivo e maior polo de conhecimentos e mão de obra especializada na produção de baterias da América do Sul. Formação profissional Atualmente, 82% dos colaboradores da unidade são de novos profissionais, sendo que praticamente um terço está em seu primeiro emprego. O alto patamar é fruto de uma decisão estratégica do Grupo Moura de capacitar uma nova geração de multiplicadores de conhecimento em produção de baterias. Em pouco menos de 12 meses, o projeto foi iniciado, as etapas de construção civil e instalação de equipamentos avançaram e a primeira bateria foi fabricada, período recorde para a indústria nacional. Cerca de 30 empresas atuaram na implantação da nova unidade, que, no pico de trabalhos,
INOVAÇÃO Nova unidade conta com equipamentos de ponta e equipe de jovens profissionais especializados
criou 700 oportunidades profissionais diretas e indiretas no Nordeste brasileiro. Só nos últimos 10 anos, foram aplicados cerca de R$ 1 bilhão em expansão de capacidade produtiva e geração de novas oportunidades profissionais na empresa. Fábrica muito sustentável A nova fábrica possui um sistema individual de coleta e utilização de águas das chuvas, além de promover o recírculo das águas industriais, tornando-a autossustentável e contribuindo com o equilíbrio hídri-
co de uma região de semiárido que convive há séculos com períodos longos de estiagem. Foram implementadas também um conjunto de soluções para redução no consumo de energia (novos equipamentos, iluminação natural conjugada com lâmpadas do tipo LED) e um rigoroso trabalho de redução nas emissões de poluentes. Adota ainda todas as normas já estabelecidas nas demais unidades Moura de reciclagem e reaproveitamento, com coleta seletiva em todas as áreas – industriais e administrativas. O reaproveitamento do chumbo, insumo funda-
mental e que exige maiores cuidados ambientais, é total, começando já no processo de retroalimentação da chamada linha de corte. Foi adotado ainda o mais moderno processo de despoeiramento do ar circulante dentro da unidade, a partir da instalação de um sistema de exaustão que elimina a presença de partículas de chumbo.
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