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Dezembro/2009 – nº. 39 – Responsável: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil)

“A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros”. – Allan Kardec EVENTOS ESPÍRITAS CONFERÊNCIA ESPÍRITA EM UBERABA COM DIVALDO PEREIRA FRANCO Data: 20 de fevereiro de 2010 (Sábado) Horário: 19h Local: Ginásio Marista (Diocesano) Entrada Franca Informações: Livraria Espírita Emmanuel – Fone: 3312-8327 (Horário Comercial) ou 9978 1015 EM DIA COM O ESPIRITISMO PRECISA-SE DE EVANGELIZADORES O Grupo Espírita de Cáritas necessita da sua colaboração para trabalhar nas suas atividades de Evangelização. As aulas de evangelização ocorrem aos domingos das 8h15min até 10h e as terças-feiras das 19h30min até às 20h45min. Venha conhecer a nossa casa! Contatos: Eliana ou Sebastião (34) 3315-2834 / Andreia (34) 3322-6567 / E-mail: prof.andreiaferreira@terra.com.br Endereço: Rua Maurycio Cury nº 100 – Bairro: Jardim Manhathan (próximo ao pontilhão da Avenida Leopoldino de Oliveira) ―Evangelizar é educar para a eternidade, transmitindo o conhecimento espírita e a moral do Cristo aos corações‖. DVD DO FESTIVAL DE MÚSICA ESPÍRITA DE UBERABA O DVD do VIII FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba já está disponível na Livraria Espírita Emmanuel (Rua Artur Machado nº. 288 – sala 04 – Centro / Telefone: 33128327), e os interessados podem assistir ou pegar para copiarem.

Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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REVISTA FALA MEU (MOCIDADES ESPÍRITAS UNIDAS) A Revista Fala MEU (Fala Mocidades Espíritas Unidas) tem como objetivo, levar a doutrina espírita principalmente ao jovem, mas de uma forma alegre e descontraída, ao gosto desse público que é bastante exigente; para isso mesclando assuntos do cotidiano com temas mais específicos, sempre pelo enfoque do Espiritismo, abordando o tríplice aspecto da doutrina (Filosofia, Ciência e Moral), codificada pelo devotado companheiro Allan Kardec. Ela é um excelente instrumento de estudo, pesquisa para quem é jovem ou trabalha com jovens. Vale a pena ler! Ela é gratuita. Site: www.revistafalameu.com.br E-mail: contato@revistafalameu.com.br Comunidade no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm =5382791 Twitter: falameu Fonte: www.revistafalameu.com.br HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA Conhecido por espíritas e não-espíritas por seu trabalho de auxílio ao próximo, sobretudo a portadores da grave doença dermatológica pênfigo-foliáceo, o popularmente chamado ―fogo-selvagem‖, o Lar da Caridade, de Uberaba, no Triângulo Mineiro, está enfrentando sérias dificuldades. Fundado em 1957, vive hoje um dos seus momentos mais delicados, sobretudo por conta da crise mundial, que levou muitos colaboradores a suspenderem as suas contribuições. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, a folha de pagamento da instituição está em aberto desde janeiro e as dívidas ao mês podem chegar a R$55 mil. Se algo não for feito rápido, o futuro do Lar pode até estar ameaçado. Segundo Elvécio Lorena da Silva, contador da instituição, as dificuldades se tornaram maiores depois da desencarnação de Chico Xavier. ―Muitas caravanas, de todo o Brasil, deixaram de vir a Uberaba, onde também visitavam o Lar da Caridade e traziam sua ajuda‖ – explica. Para quem não conhece, o Lar da Caridade nasceu depois que Aparecida Conceição Ferreira, ou, simplesmente, Dona Aparecida, hoje com 94 anos, decidiu levar para sua casa os portadores de pênfigo atendidos no hospital onde trabalhava como enfermeira, os quais iriam ficar desamparados depois que a direção da entidade decidiu acabar com o atendimento a este tipo de problemática. Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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Socorrida, então, por amigos, dentre os quais Chico Xavier e o repórter Saulo Gomes, da extinta TV Tupi, conseguiu erguer o Hospital do Fogo-Selvagem, que mais tarde passou a se chamar Lar da Caridade. Nessa instituição, que em determinado instante de sua história chegou a atender cerca de 300 pessoas, entre carentes e portadores do pênfigo, hoje apenas umas 20 com esse tipo de patologia se encontram sob cuidados. Contudo, fazendo jus ao seu nome, o Lar da Caridade, ao longo dos anos, foi expandindo as atividades, passando a beneficiar também crianças e jovens, famílias, idosos, deficientes físicos e mentais, que hoje perfazem um total de 50 pessoas atendidas diretamente, fora a comunidade carente que com freqüência bate às suas portas à procura de auxílio. São realmente bastante diversificados os trabalhos realizados pela instituição, que vão muito além do já conhecido atendimento aos portadores de pênfigo. Dentre eles figuram, por exemplo, a manutenção de uma escola de Ensino Fundamental, com o apoio da prefeitura local; programas de reforço escolar; aulas de informática; desenvolvimento de projetos voltados à educação, cultura e lazer para a comunidade carente; abrigo de crianças e adolescentes em risco social que lhe são encaminhados pela Vara da Infância e Juventude de Uberaba; atendimento clínico, psicológico e odontológico, tudo de forma gratuita, inclusive com o fornecimento de medicamentos mediante receita médica; assistência a hansenianos; curso profissionalizante no ramo de calçados; manutenção de uma confecção para consertos e produção de roupas usadas pelos assistidos; marcenaria, para reparos, reforma e produção de móveis; e distribuição de sopa, cestas-básicas e enxovais para recém-nascidos. O Lar da Caridade – Hospital do Fogo Selvagem é presidido atualmente por Ivone Aparecida Vieira da Silva, neta de Dona Aparecida, que hoje ocupa a vice-presidência da instituição, localizada na Rua João Alfredo, 437 – Abadia – CEP 38025-300 Uberaba, MG. Doações, de qualquer valor, podem ser feitas pelas seguintes contas-correntes: 3724-9, agência 3278-6, do Banco do Brasil; e 145726, agência 0264-0, do Bradesco. O CNPJ da instituição é 25440835/0001-93. Outras informações, pelo telefone (34) 3318-2900 ou através dos correios eletrônicos fogoselvagem@terra.com.br e larcaridade@hotmail.com. Fonte: SEI - Serviço Espírita de Informação n.º 2140 BIBLIA DO CAMINHO A “Biblia do Caminho” é uma compilação de todas as obras de Allan Kardec e de Francisco Cândido Xavier e uma versão completa do Antigo e Novo Testamentos, sendo todos os livros e textos inter-relacionados através de um Índice temático. A última versão da “Bíblia do Caminho” traz o ESDE – Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita, versão completa. Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro. Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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O SANATÓRIO ESPÍRITA PEDE SOCORRO!!! O Sanatório Espírita de Uberaba – SEU, foi fundado em 31/12/1933, pela estimada Maria Modesta Cravo. Atualmente o Sanatório possui 120 leitos e com uma média de 130 internações por mês. Para garantir todo esse tratamento, o Sanatório conta com uma equipe de 92 funcionários, além das 12 equipes de médiuns passistas que fazem o tratamento espiritual de segunda-feira a sábado nos períodos matutino e noturno. O Sanatório está passando por dificuldades financeiras, por isso, lançou a campanha “O Sanatório Espírita Pede Socorro”. Se você desejar ajudar o Sanatório Espírita de Uberaba, faça sua doação na Conta Poupança do Sanatório Espírita de Uberaba – Caixa Econômica Federal – Agência: 1538 – Conta: 013.7394-6. Para efetuar transferência bancárias, o CNPJ é: 25.445.347/0002-50. Outras informações pelo telefone (34) 33121869 com Marcio Roberto Arduni – Diretor Administrativo do Sanatório Espírita de Uberaba. ESTUDO NATAL – FESTA REAL DE JESUS Feliz Natal! Natal se aproxima. Bem antes do tempo as vitrines enfeitadas convidam as pessoas a se lembrarem da época dos presentes. Nesta fase aguda de crise é preciso recordar mais vivamente que o tempo do Natal esta chegando e é necessário provar aos parentes e amigos que pensamos neles. Feliz Natal! Para muitos, esta pequena frase não se realiza tão facilmente quanto é pronunciada. Cercado de presentes, diante de iguarias, o ser humano não está feliz. Nele, vai uma emoção tocada de incompletude, como se algo ou alguém estivesse faltando. Lá fora, na noite, noutras casas onde a luz escasseia e a mesa é pobre também se ouve: Feliz Natal! Lá e aqui a Noite Feliz parece não significar quase nada, a não ser o estranho paradoxo de se ter que aparentar felicidade porque assim é estabelecido. Afinal, o que se está comemorando? Um repórter, em movimentada avenida, perguntando aos transeuntes, que saem das lojas com embrulhos e sacolas, o que se comemora no dia 25 de dezembro, possivelmente obtivesse respostas variadas entre estas alguém se lembrasse de dizer que é a data do nascimento de Jesus. Mas, por mais que se procure o aniversariante, Ele não é encontrado. Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009 4


Não há qualquer sinal nas ruas e lojas. A exata compreensão do Natal sugere uma averiguação histórica quanto a data do nascimento de Jesus. Os pesquisadores não são unânimes em afirmar que ocorreu em dezembro, porque, na história do Cristianismo primitivo, os primeiros cristãos não tinham o hábito de celebrar o Natal, por considerarem a comemoração um costume pagão. As primeiras observações acerca do nascimento aparecem por volta do ano 200. 0 dia 25 de dezembro foi mencionado em 336, o que não impedia que em outras datas também ocorressem os festejos, como, por exemplo, no dia 06 de janeiro, ate hoje é mantido pelas igrejas ortodoxas Orientais. Com o passar dos séculos, o Natal foi deixando de ser uma festa de cunho religioso e passou a ganhar novos contornos, originários de culturas anteriores ao Cristianismo. Na Inglaterra, durante a Idade Media, o Natal transformou-se no dia mais alegre do ano, mas como esse estado de alma não era muito compatível com o ―espírito sombrio‖ da época, os puritanos que encaravam a festa como pagã proibiram-na no país. No ocidente, a celebração do Natal, anteriormente ligada ao nascimento de Jesus, aos poucos foi sendo modificada. A figura do Papai Noel, o bom velhinho, tornou-se um atrativo maior para as crianças, logo também para os adultos. As festas natalinas assumiram um caráter notadamente comercial, onde se estimula o consumismo desenfreado sob o pretexto de que esta é a época de se presentear os amigos e parentes. Com tudo isso, Jesus foi sendo gradualmente substituído, de motivo central da festividade a elemento secundário na preferência popular, que resolveu homenagear outros ídolos. Ele, porém, dissera com convicção – ―Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos o lugar‖. Ao fazer tal afirmação, o Cristo garantiu que há lugar para todos, que a Ele cabe preparar. Mas, e Ele? Que lugar ocupa no mundo atual? Será um lugar específico? Numa escala de valores, está em primeiro lugar? A civilização ocidental rotulada como cristã, todavia, é muito difícil encontrarmos o Cristo no Cristianismo presente. Parece que os homens o baniram, substituindo-o por outros modelos de heróis, que na verdade, não expressam nenhum dos valores cristãos. Cultuam-se ídolos que se sobressaem pela força de seus músculos, pela facilidade de manter grande número de pessoas, pelas conquistas amorosas, pela adoção deliberada de extravagantes atitudes eróticas para a venda milionária de discos e livros. Longe está o modelo do herói cristão, que traz à memória as figuras de Gandhi, Albert Schweitzerer, Madre Tereza de Calcutá e alguns poucos mais. Por isso o Natal se distancia cada vez mais do seu real significado. 0 aniversariante, por certo, não se importaria de ser presenteado. Um dia uma mulher pecadora rendeu-lhe homenagens perfumando os Seus pés com essência de nardo, diante dos fariseus estupefatos e dos apóstolos um tanto constrangidos. 0 Mestre aceitou a oferenda porque sabia da atitude que a impulsionava. Todavia, quão distante esse gesto de humildade, respeito e amor da comercialização desenfreada que Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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ocorre em nossos dias! Onde está Jesus neste Natal? Ele nos prepara o lugar. E que lugar lhe damos em nossa vida? No momento em que nossa cultura comemora esta data, vale a pena guardar na memória e no sentimento uma certeza: essa região, que o Mestre prepara para nós, começa no território do coração, e só com muito trabalho e comprometimento com o amor genuíno é que ampliamos horizontes seguros de nossa paz. Isto equivale dizer que o homem reconheceria, então, o lugar do Cristo como o legítimo Governador Espiritual da Terra. Na verdade, o Natal não significa somente o nascimento de Jesus, em um dia específico, diante das datas do mundo, mas também o nascimento do Cristo na consciência renovada do Homem Integral, em qualquer dia, a qualquer hora. É com essa visão que Carmem Cinira traduz, em poesia, a festa real de Jesus: “Natal!... 0 mundo é todo um lar festivo... Claros guizos no ar vibram em bando... E Jesus continua procurando A humilde manjedoura do amor vivo. Natal! Eis a Divina Redenção!... Regozija-te e canta, renovado, Mas não negues ao Mestre desprezado A estalagem do próprio coração”. Suely Caldas Schubert / Carlos Augusto Abranches – Revista O Reformador – Ano 110 – Dezembro/1992 – Nº 1965 – Transcrito do site: http://www.cvdee.org.br JUVENTUDE O JOVEM E A MÍDIA TEM QUE TER CONTEÚDO O que é ser jovem hoje? Estar em conformidade com a moda? Ter um estilo diferente? Pertencer a um grupo ou a uma tribo? Os jovens são vistos pela sociedade através de dois olhares: são responsáveis pelos problemas presentes como desemprego, violência, sexo e também como esperança de um futuro melhor. A grande parte dos jovens não se interessa pela situação que o país vive ou quais transformações estão ocorrendo na sociedade, quais as novas tendências culturais, políticas. Ser jovem é ter que consumir para estar inserido dentro de algum grupo, de um estilo e ao mesmo tempo para ser diferente, buscar uma identidade única. Neste mundo globalizado em que vivemos somos impulsionados a consumir, não por necessidade, mas sim por fazer parte de um modo de vida, um sistema que se estabeleceu. O jovem se depara com o excesso de informações, propagandas, apelos ao consumo. Assim ele se torna um boneco manipulado pela mídia e pelo governo, este que oferece uma educação precária. Acaba cumprindo seu papel numa sociedade que clama por mudanças e melhorias e que, no entanto nada faz para mudar esse quadro. Já ouvi muitas vezes dizerem que a juventude de hoje em dia não luta, não se espelha nas gerações anteriores para conquistar seus objetivos. A juventude dos anos 60, 70, 80, 90 tiveram que lutar pelo direito de ir e vir, pela liberdade de expressão, sair nas ruas reivindicando para conquistar mudanças, isso no mundo todo. Eles tiveram atitude. No entanto eles lutaram com um ideal... Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009 6


A juventude de hoje enfrenta muitos problemas também. Tem ―tudo nas mãos‖, direitos e deveres, liberdade, muitos avanços – sociais, culturais, políticos, econômicos, tecnológicos – e oportunidades de participar, mas o que vemos é uma juventude, em sua maioria alienada. Não digo para sairmos às ruas e quebrar tudo. E sim para enxergarmos as maneiras de nos manifestarmos tendo atitude, como jovens que vivem no século XXI. Somos criados desde pequenos com a cultura de ficarmos, a maior parte do tempo, em frente á TV sendo influenciados pela mídia. Não desenvolvemos nossa capacidade crítica, a busca por sentido nos acontecimentos. Um grande desafio para nós é ter personalidade. Quando vemos tudo errado e a maioria das pessoas indo para outra direção é complicado. Quando seu colega em vez de ir para a mocidade vai para uma festa na qual você poderia estar; quando alguém no trabalho te fala que não adianta lutar por mudanças pois as situações irão ficar assim mesmo, ou ainda ao chegar e ligar a TV e ser bombardeado por notícias ruins. Precisamos enxergar os problemas que enfrentamos e não apenas criticar. Ter personalidade é ser você mesmo, é saber fazer boas escolhas dentro do nosso mundo. E como você pode ser único se sua vida – o que você usa, faz, consome, compartilha - é igual a de outras pessoas? Através da conduta. A TV exibe programas ruins e sensacionalistas porque há pessoas que assistem. A publicidade muitas vezes apela para o sexo porque sabe que venderá. Ás vezes reclamamos que a mídia nos influencia muito, nos coloca para baixo. Devemos selecionar melhor o que assistimos, o que lemos, o que ouvimos. Claro que gosto não se discute, o jovem de hoje em dia curte muitas coisas ao mesmo tempo, mas apenas fazendo uma ―reforma íntima de conteúdo‖ iremos separar o joio do trigo em nível cultural. Cada vez mais surgirão novos estilos, tradições serão quebradas, tribos permanecerão por muito tempo. O que importa é reconhecermos o que fazemos. Por que os jovens não se interessam pelos problemas sociais, políticos, culturais? Porque estamos acostumados a aceitar as condições. Não queremos perder tempo com problemas que nunca irão se resolver. Pessoas dizem o que podemos e o que não podemos, falam o que é possível e impossível. Porém todos os dias vemos conquistas de pessoas incríveis que não se deixaram abater. Em julho assisti ―Escritores da liberdade‖. O filme trabalha muito bem causas que parecem estar perdidas. Mostra o trabalho e dedicação de uma professora que fez de tudo para mudar o pensamento e a realidade de jovens que viviam numa guerra entre tribos e gangs. Revela também o que os jovens são capazes de fazer. Nós alimentamos a mídia, isso é fato. A preferência de crianças, jovens, adultos, idosos é que transformará a situação. Muita coisa ruim chega até nós. Mas quantas coisas boas deixamos passar? Se quisermos mudar algo, comecemos a entender a nós mesmos. Tudo depende da nossa conduta. Por Thiago Magri – Revista Fala Meu – Ano 9 – Número 77 – Julho 2009 Transcrito do site: http://revistafalameu.com.br/blog/ Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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CHICO XAVIER RESPONDE TSUNAMI Pergunta – Dentro da Doutrina Espírita, como se explicam as mortes, assim aos milhares, em guerras, enchentes, em toda espécie de catástrofe? Chico Xavier: - São essas provações, que coletivamente adquirimos do ponto de vista de débitos cármicos. Às vezes empreendemos determinados movimentos destrutivos, em desfavor da comunidade ou do indivíduo, às vezes operamos em grupo, às vezes, em vastíssimos grupos e, no tempo devido, os princípios cármicos amadurecem, e nós resgatamos as nossas dívidas, reunindo-nos uns com os outros, quando estamos acumpliciados nas mesmas culpas, porque a Lei de Deus é a Lei de Deus, formada de justiça e de misericórdia. Livro: “Chico Xavier - Dos Hippies aos problemas do mundo” RIQUEZA Pergunta – Estávamos com um amigo em Belo Horizonte e esse amigo queria conhecer as belas mansões de Pampulha. Chico Xavier, esse amigo e eu tomamos um automóvel e começamos a contornar o famoso e lindo lago da capital mineira, contemplando as formosas casas residenciais. O amigo perguntou ao médium: — Chico, você não tem inveja dos moradores desses lindos palácios? Chico Xavier: - Naturalmente que os moradores dessas mansões são todos excelentes amigos, gente muito boa de nossa terra, mas não tenho inveja deles, porque se todos nós temos que desencarnar um dia e largar tudo o que temos neste mundo, por que havemos de sentir inveja uns dos outros? Penso que cada um de nós está no lugar onde está o trabalho que Deus nos manda fazer. (Depoimento de Nena e Francisco Galves à Marlene Nobre em pequena História de Uma Grande vida”, 1977). Informativo do GEAL - Boletim mensal - Dezembro 1995 Ano v No 6 MULHER Pergunta – Qual a melhor atitude da mulher que trabalha fora e, por questão de formação ou oportunidade, se sobressai mais que o marido? Chico Xavier: - A mulher precisa de muito tato, humildade e necessita ser fiel cooperadora e necessita ser fiel cooperadora no progresso do esposo, abstendo-se de falar em casa ou em público com relação à sua superioridade ante o companheiro, às vezes ansioso por encontrar uma promoção digna no trabalho a que se vincula por dever de família. Jornal Busca e Acharás - Agosto de 2000 PREPARO Pergunta – Certa senhora, presidente de uma grande instituição de caridade, desencarnara e o amigo que ficou em seu lugar pediu-me perguntar ao Chico se ele estava preparado para assumir aquela tarefa. Chico Xavier: - Nenhum de nós está preparado para realizar a Obra do Cristo. Mas isso não é motivo para fugirmos do trabalho e permanecermos na inércia, e sim trabalhar, oferecendo ao Senhor o que temos de melhor. Isto porque ainda não somos anjos e sim criaturas humanas, que precisam trabalhar na Obra de Jesus, à qual devemos oferecer o que tenhamos de melhor. Jornal Busca e Acharás - Outubro de 2000 Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009 8


INVESTIR Pergunta – Um grande amigo tinha recebido uma considerável indenização e não sabia como aplicar o dinheiro. Estávamos em Uberaba e eu lhe disse: - Por que você não pergunta ao Chico? Ele assim o fez. Vejamos a resposta: Chico Xavier: - O Espírito Emmanuel ensina que há um provérbio espanhol que diz: ―Não carregues o teu tesouro numa só nau‖. Meu amigo diversificou o investimento e, pelo que sei, está bem até hoje. Jornal Busca e Acharás - Outubro de 2000 MENSAGEM ESPÍRITA NATAL NO CORAÇÃO Abençoadas sejam as mãos que, em memória de Jesus, espalham no Natal, a prata e o ouro, diminuindo a miséria e a necessidade, a fome e a nudez!… Entretanto, se não forem iluminados pelo amor que ajuda sempre, esses flagelos voltarão amanhã, como a erva daninha que espreita a ausência do lavrador. Não retenhas, assim, a riqueza do coração que podes dar, tanto quanto o maior potentado a Terra! Deixa que a manjedoura de tua alma se abra, feliz, ao Soberano Celeste, para que a luz te banhe a vida. Com Ele, estenderás o coração onde estiveres, seja para trocar um pensamento compassivo com a palavra escura e áspera ou para adubar uma semente de esperança, onde a aflição mantém o deserto! Com Ele, inflamarás de júbilo os olhos de algum menino triste e desamparado e uma simples criança, arrebatada hoje ao vendaval, pode amanhã ser o consolo da multidão… Com Ele, podes oferecer a bênção da tolerância aos que trabalham contigo, transformando o altar de teu pão em altar de Deus!… Que tesouro terrestre pagará o gesto de compreensão no caminho empedrado, o sorriso luminoso da bondade no espinheiro da sombra e a oração do carinho e do entendimento no instante da morte? Natal no mundo é a epopéia do reconhecimento ao Senhor. Natal no espírito é a comunhão com Ele próprio. Ainda que te encontres em plena solidão da pobreza e do infortúnio, sai de ti mesmo e reparte com alguém o dom inefável de tua fé. Lembra-te de que Ele, em brilhando na manjedoura, tinha consigo apenas o amor a desfazer-se em humildade, e, em agonizando na cruz, possuía apenas o coração, a desfazer-se em renuncia… Mas, usando tão-somente o coração e o amor, sem uma pedra onde repousar a cabeça, converteu-se em Salvador do Mundo, e, embora coroado de espinhos, fez-se o Rei das Nações para sempre. Pelo espírito de Meimei – Psicografado por Francisco Cândido Xavier

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TRABALHO IMPORTANTE ABPE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PEDAGOGIA ESPÍRITA Histórico Desde o ano de 1998, iniciou-se um movimento em torno da Pedagogia Espírita, liderado por Dora Incontri, com o apoio da Editora Comenius. Nesta época foi fundada uma entidade antecessora da ABPE – o Instituto Espírita de Estudos Pedagógicos, com a participação de Júlia Nezu e Pedro Nakano. Livros e cursos a respeito da Pedagogia Espírita foram alavancados pela Editora Comenius e por esse Instituto. Um desses cursos foi o que se instalou desde 1999 na Unisanta (Universidade Santa Cecília de Santos), como extensão universitária, com a ajuda do médico Dr. José Nilson Nunes reire e o apoio da reitora Drª Lúcia Teixeira. O grupo de professores e alunos das duas turmas de extensão em Pedagogia Espírita (1999-2000) reuniu-se em 2004 com a proposta de fazer um congresso de Pedagogia Espírita. Nessa ocasião, o antigo Instituto já estava desfeito e foi a Editora Comenius que liderou o I Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita, realizado na Unisanta, com a participação de mil congressistas, em maio de 2004. Depois desse sucesso, o mesmo grupo se reuniu e fundou em 28 de agosto de 2004, a Associação Brasileira de Pedagogia Espírita. Desde então, a ABPE tem levado à frente projetos de pesquisa, divulgação, ensino e prática da Pedagogia Espírita, destacando-se o curso de pós-graduação em Pedagogia Espírita, em parceria com a Unisanta e com a Unibem (Faculdades Espíritas Bezerra de Menezes – Curitiba). Além disso, organiza congressos nacionais a cada dois anos: 2º Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita – Diálogos, verticalidade e práxis (2006 – Unisanta - Santos); 3º Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita – Um projeto de inclusão integral (2008 – Uni Ítalo – SP). Sobre a ABPE A Associação Brasileira de Pedagogia Espírita é uma entidade sem fins lucrativos, constituída por associados fundadores, efetivos e colaboradores. Qualquer pessoa com idéias afins a esta proposta pode se associar à ABPE, que conta em seu quadro associativo, com professores, médicos, jornalistas, artistas, engenheiros, administradores, arquitetos, advogados, donas de casa, estudantes… pessoas de todas as áreas, de qualquer grau de escolaridade. Os associados fundadores e efetivos (para se tornar efetivo, é preciso estar pelo menos há 6 meses colaborando ativamente com a ABPE e ser aceito pela Assembléia geral) têm poder de voto e são elegíveis. Os associados colaboradores têm acesso especial ao nosso site, às nossas publicações e descontos em eventos, congressos, cursos, livros e DVDs. Associados fundadores, efetivos e colaboradores contribuem mensalmente (ou Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009 10


anualmente) para a manutenção da ABPE, mediante taxa estabelecida em assembléia geral. A ABPE incentiva coligações com outras associações com objetivos semelhantes ao seu, mas que não se subordinam a ela, ao invés, estabelecem parcerias igualitárias de trabalho e atuação. A ABPE está sediada em Bragança Paulista, à Av. Dos Imigrantes, 1550, conj. 123 - Jardim América – Bragança Paulista – SP. Objetivos A ABPE tem por principais objetivos: Estudar, pesquisar e divulgar a Pedagogia Espírita; Incentivar a pesquisa na área da Educação; Integrar o conhecimento da Pedagogia Espírita com outras áreas de conhecimento; Aplicar na prática a Pedagogia Espírita, fundando escolas com sua própria receita ou em parceria com outras entidades, escolas, universidades e associações afins; Promover grupos de estudos, cursos, simpósios, conferências, congressos e publicações para divulgação de suas atividades; Dar assessoria a escolas, centros e grupos de professores ou pais que desejem colocar em prática propostas inspiradas na Pedagogia Espírita; Incentivar a formação de associações regionais, estaduais ou municipais e coligálas. Quem é Quem A administração atual (2009-2010) é composta dos seguintes membros: Coordenadora Geral: Dora Incontri, jornalista, mestre, doutora e pós-doutora em Educação, pela USP, autora de mais de 20 livros sobre educação, filosofia, espiritualidade e didáticos. Coordenador Pedagógico: Alessandro Cesar Bigheto, pedagogo, mestre em História, Filosofia e Educação pela Unicamp, autor de livros sobre educação e didáticos. Coordenadora Administrativa: Cláudia Souza de Martino Mota, professora, formada em Letras, pela UNESP, pós-graduada em Pedagogia Espírita. Coordenador Financeiro: Roberto Colombo, engenheiro, doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, consultor. Coordenador de Comunicação: Amauri Ramos, licenciado em Educação Física pela USP, graduado em Pedagogia pela Faculdade Campos Salles, pós-graduado em Pedagogia Espírita. O Que É? Três aspectos de uma só definição: 1) A pedagogia espírita é o resgate do espiritismo, como foi proposto por Allan Kardec ( educador francês, discípulo de Pestalozzi – Hippolyte Léon Denizard Rivail – 1804-1869), com seu caráter científico, filosófico e moral/religioso, entendendo-se que a educação é a meta existencial do ser humano, enquanto ser social, político, biológico e espiritual. Coloca-se portanto numa atitude crítica diante da idéia de que o espiritismo é mais uma religião, no sentido convencional do termo e com caráter místico e salvacionista.2) A pedagogia espírita é uma nova visão teórica e uma nova proposta prática de educação – que se irmana com propostas pedagógicas de vanguarda, na linha da herança de Comenius, Rousseau e Pestalozzi. Nesse sentido, a pedagogia espírita dialoga muito bem com as revoluções pedagógicas propostas por exemplo por Montessori, Janusz Korzcak, Alexander Neill, Paulo Freire, José Pacheco e outros – que também receberam influência dos mesmos antecessores. Mas a pedagogia espírita tem a especificidade de trabalhar igualmente com o aspecto espiritual do ser humano, Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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encarando-o como um ser reencarnado, sujeito autônomo, que constrói a sua própria evolução aqui, projetando-se na transcendência. 3) A pedagogia espírita pode se fazer presente com seus princípios, com a filosofia de Kardec e suas heranças pedagógicas, nas mais diversas áreas do conhecimento humano, dialogando com a medicina, o direito, as ciências sociais, as artes, a psicologia etc. Nesse sentido, ela é uma interface entre a educação, a espiritualidade e as diversas áreas de pesquisa acadêmica, pois à sua luz, toda e qualquer abordagem do ser humano ganha a dimensão da espiritualidade e a meta máxima da educação. História da Pedagogia Espírita Os princípios da pedagogia espírita se encontram presentes na tradição filosóficopedagógica ocidental, desde Sócrates, com a sua prática da maiêutica, de extrair a luz espiritual de dentro do educando, convocando-o a construir por si mesmo a sua perfeição moral e seu conhecimento do mundo e de si. Liberdade, emancipação do homem e da criança, relação amorosa entre educador e educando, engajamento do educador na transformação do indivíduo e da sociedade – são alguns aspectos dessa linha que vem se constituindo no decorrer dos séculos no Ocidente – e que teve como representante máximo a figura de Jesus. Mais diretamente, porém, a pedagogia espírita remonta a três grandes precursores, Jan Amos Comenius (1592-1670), JeanJacques Rousseau (17121778) e Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Rivail, depois conhecido como Kardec, era discípulo de Pestalozzi, que recebeu influências de Rousseau e Comenius. Esta descendência histórica nos faz encontrar o fio condutor que desemboca no espiritismo e, portanto, na pedagogia espírita. Kardec foi o herdeiro desta tradição pedagógica, transfundindo-a para o espiritismo, ao dar-lhe um caráter eminentemente educativo. Segundo a filosofia espírita, a existência humana é um projeto educacional, para a eternidade, pois a nossa meta é a perfeição. Caminhamos, nesta trilha evolutiva, construindo a nós mesmos, experimentando ações, em liberdade, cooperando com a obra divina em nós e fora de nós. Com um novo conceito de ser humano (como projeto inacabado, que deve ele mesmo aperfeiçoar) e um novo conceito de criança (como ser reencarnado, herdeiro de si e dono de potencialidades únicas), Kardec abre um novo rumo à educação do ser. Entretanto, ele mesmo não teve tempo de adentrar mais claramente por uma proposta pedagógica espírita – ele não conseguiu fazer o link entre os seus 30 anos de educador (e suas heranças pestalozzianas) e a nova filosofia que estava fundando, a partir da ciência espírita. Apesar dos trechos, clarões, em suas obras, em que aparece o educador fazendo afirmações eminentemente pedagógicas e apesar do próprio espiritismo ter um caráter completamente educativo, Kardec não chegou a formular uma pedagogia espírita. Essa formulação caberia aos espíritas brasileiros. Podemos considerar dois marcos históricos da constituição da pedagogia espírita no Brasil. O primeiro é a fundação do Colégio Allan Kardec, de Eurípedes Barsanulfo, em Sacramento (MG), em 1907. A proposta de uma escola de vanguarda, com um educador afetivo, com uma educação livre e ativa, participativa e ética, com desenvolvimento do espírito critico, científico e de uma profunda espiritualidade – tudo isso mostra claramente a pedagogia espírita no Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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seu primeiro e no seu melhor momento até agora. Contemporânea de Eurípedes, foi a educadora Anália Franco, que fundou várias escolas no estado de São Paulo, apresentando alguns elementos que apareceriam na proposta pedagógica espírita. O segundo marco é a formulação teórica da pedagogia espírita – com a criação do termo – feita por José Herculano Pires. O jornalista, filósofo e escritor paulista lança no início da década de 70, a revista Educação Espírita, onde escreve vários artigos de grande alcance teórico e prático sobre uma nova educação – a pedagogia espírita. Mais tarde, postumamente, seria publicado o seu livro Pedagogia Espírita, (1985), reunindo todos os seus escritos sobre o assunto. Contemporâneos de Herculano, cada qual desenvolvendo uma experiência à mesma época da revista Educação Espírita, eram então o médico mineiro radicado em Franca (SP), Tomás Novelino, com seu Educandário Pestalozzi e o militar espírita Ney Lobo, que inaugurou a cidade-mirim no Instituto Lins de Vasconcellos (Curitiba). Entretanto, esses pioneiros da prática e da teoria da pedagogia espírita fizeram seus trabalhos sem maiores repercussões em suas respectivas épocas, permanecendo como focos de luz isolados da grande massa do movimento espírita brasileiro, muito mais voltado ao assistencialismo do que à educação. A partir de 1997, porém, reiniciou-se um novo período da pedagogia espírita, com o lançamento do livro A Educação segundo o Espiritismo, de Dora Incontri, seguindo-se depois a defesa de sua tese de doutorado na Faculdade de Educação da USP: A Pedagogia Espírita, um projeto brasileiro e suas raízes historico-filosóficas. (Depois editado pela Comenius). A partir de então, a história da pedagogia espírita se identifica com a história da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita, com seus cursos, projetos, congressos. Uma Prática em Construção Há conseqüências práticas que se deduzem dos fundamentos e princípios da pedagogia espírita. Entretanto, não existe, nem poderia existir, um modelo fechado de escola espírita. Trata-se de uma prática em construção a que todos os que se identificam com os ideais pedagógicos espíritas estão chamados a participar. Podemos, entretanto traçar algumas diretrizes dessa prática, a partir das inspirações dos antecessores e dos pioneiros da pedagogia espírita. Claramente, a escola espírita não poderá ser uma escola sectária, que doutrine os educandos no espiritismo. Sua abordagem de conteúdo deve ser inter-religiosa e plural, onde a visão espírita seja uma das visões de mundo discutidas, junto a outras visões espiritualistas ou não. A escola espírita também deve romper completamente com a escola tradicional, adotando parâmetros de liberdade, educação ativa, em que os educandos escolham seus projetos de pesquisa, produção, tornem-se sujeitos de sua própria educação. A escola espírita deve valorizar o estímulo estético, a vivência solidária, o cultivo da espiritualidade e a ação social transformadora. Além dessas diretrizes, os princípios da pedagogia espírita podem ser pensados e aplicados em outras relações humanas, para que ganhem um caráter mais pedagógico e menos estruturado no poder: relações entre membros da família, relações entre médicos, terapeutas e pacientes; relações entre cidadãos numa comunidade sociopolítica; relações de trabalho… Contato E-mail: abpe@uol.com.br Site: http://www.pedagogiaespirita.org.br/tiki-index.php Telefone: (11) 4032-8515 Endereço: Av. Dos Imigrantes, 1550, conj. 123 – Jardim América – Bragança Paulista-SP Transcrito do site: http://www.pedagogiaespirita.org.br/tiki-index.php Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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PERSONALIDADES DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA LÉON DENIS Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1º de Janeiro de 1846, numa família humilde. Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família. Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolvera sua inteligência. Tomou-se um autodidata sério e competente. Aos 18 anos tomou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até à sua reforma e manteve ainda depois por mais algum tempo. Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio. Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal. Era seu hábito olhar com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com 18 anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Esse livro era ―O Livro dos Espíritos‖ de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis disse: “Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas”. O ano de 1882 marca, em realidade, o início do seu apostolado, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer Léon Denis porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta. ―Coragem, amigo” - diz-lhe o espírito de Jeanne – “estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra”. A 2 de Novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual - Jerônimo de Praga - que lhe disse: “Vai meu filho. Pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar”. A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraquecendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixarJornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009 14


se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento. Apesar deste, mantinha volumosa correspondência. Jamais se aborrecia; amava a juventude e possuía a alegria da alma. Era inimigo da tristeza. O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos, sem molestar ou importunar os amigos. Após a 1ª Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, nesta época da sua vida, estava, por assim dizer, quase cego. Em Março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de ―O Gênio Céltico e o Mundo Invisível‖. Neste mesmo mês a ―Revue Spirite‖ publicava o seu derradeiro artigo. Terça-feira, 12 de Março de 1927 pelas 13h, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: “É preciso terminar, resumir e... concluir”. Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec. Neste preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21h o seu espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase. As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de Abril. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours. Dentre os grandes apóstolos do Espiritismo, afigura exponencial de Léon Denis merece referência toda especial, principalmente em vista de ter sido o continuador lógico da obra de Allan Kardec. Podemos afiançar mesmo que constitui tarefa sumamente difícil tentar biografar essa grande vida, dada a magnitude de sua missão terrena, na qual não sabemos o que mais salientar: a sua personalidade contagiante, o bom senso de que era dotado, a operosidade no trabalho, a dedicação ímpar aos seus semelhantes e o acendrado amor que devotava aos ideais que esposava. Léon Denis foi o consolidador do Espiritismo. Não foi apenas o substituto e continuador de Allan Kardec, como geralmente se pensa. Denis tinha unia missão quase tão grandiosa quanto à do Codificador Cabia-lhe Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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desenvolver os estudos doutrinários, continuaras pesquisas mediúnicas, impulsionar o movimento espírita na França e no Mundo, aprofundar o aspecto moral da Doutrina e sobretudo consolidá-la nas primeiras décadas do Século. Nessa nova Bíblia (o Espiritismo) o papel de Kardec é o sábio e o papel de Denis é o de filósofo. Léon Denis foi cognominado o APÓSTOLO DO ESPIRITISMO e pela magnífica atuação desenvolvida, pela palavra escrita e falada, em favor da nova Doutrina foi, também, o seu Consolidador O ―filósofo do Espiritismo‖, de acentuadas qualidades morais, dedicou toda unia longa vida à defesa dos postulados que Kardec transmitira nos livros do pentateuco espírita, O aspecto moral (religioso) da Doutrina, os princípios superiores da Vida, a instrução, a família, mereceram dele cuidados extremos e, por isso mesmo, sua vida de provações, exemplo de trabalho, perseverança e fé, é um roteiro de luz para os espíritas, diremos mais, para os homens de bem de todos os tempos. Em palavras de confiança e fé, ele mesmo resumiu assim a missão que viera desempenharem favor de uma nobre causa: ―Consagrei esta existência ao serviço de uma grande causa, o Espiritismo ou Espiritualismo moderno, que será certamente a crença universal, a religião do futuro‖. A sua bibliografia é bastante vasta e composta de obras monumentais que enriquecem as bibliotecas espíritas. Deve-se a ele a oportunidade ímpar que os espíritas tiveram de ver ampliados novos ângulos do aspecto filosófico da Doutrina Espírita, pois, as suas obras de um modo geral focalizam numerosos problemas que assolam os homens, e também a sempre momentosa questão da sobrevivência da alma humana em seu laborioso processo evolutivo. Léon Denis imortalizou-se na gigantesca tarefa de dissecar problemas atinentes às aflições que acometem os seres encarnados, fornecendo valiosos subsídios no sentido de lançar novas luzes sobre a problemática das tribulações terrenas, deixou de lado os conceitos até então prevalecentes para apresentá-la aureolada de ensinamentos altamente consoladores, hauridos nas fontes inesgotáveis da Doutrina dos Espíritos. Dedicando-se ao estudo aprofundado do Espiritismo, em seu tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, demorou-se com maior persistência na abordagem do seu aspecto filosófico. Concomitantemente com os seus profundos estudos nesse campo, também deu a sua contribuição, valiosa na abordagem e estudo de assuntos históricos, fornecendo importantes subsídios no sentido de esclareceras origens celtas da França e no tocante ao dramático episódio do martírio de Joana D'Arc, a grande médium francesa. Seus estudos não pararam aí; ele preocupou-se sobremaneira com as origens do Cristianismo e o seu processo evolutivo através dos tempos. Dentre as suas múltiplas ocupações, foi presidente de honra da União Espírita Francesa, membro honorário da Federação Espírita Internacional, presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, no ano de 1925. Teve também a oportunidade de dirigir durante longos anos, um grupo experimental de Espiritismo, na cidade francesa de Tours. A sua atuação no seio do Espiritismo foi bastante diversa daquela desenvolvida por Allan Kardec. Enquanto o Codificador exerceu suas nobilitantes atividades na própria capital francesa, Léon Denis desempenhou a sua dignificante tarefa na província. A sua inusitada capacidade intelectual e o descortino que tinha das coisas transcendentais, fizeram com que o movimento espírita francês, e mesmo mundial, gravitasse em torno da cidade de Tours. Após a desencarnação de Allan Kardec, essa cidade tornou-se o ponto de convergência de todos os que desejavam tomar contato com o Espiritismo, recebendo as luzes do conhecimento, pois, inegavelmente, a plêiade de Espíritos que tinha por incumbência o êxito de processo de revelação do Espiritismo, levou ao grande apóstolo toda a sustentação necessária a fim de que a nova doutrina se firmasse de forma ampla e irrestrita. Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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Enquanto Kardec se destacou como uma personalidade de formação universitária, que firmou seu nome nas letras e nas ciências, antes de se dedicar às pesquisas espíritas e codificar o Espiritismo, Léon Denis foi um autodidata que se preparou em silêncio, na obscuridade e na pobreza material, para surgir subitamente no cenário intelectual e impor-se com conferencista o escritor de renome, tornando-se figura exponencial no campo da divulgação doutrinária do Espiritismo. Denis possuía uma inteligência robusta, era um Espírito preclaro, grande orador e escritor, desfrutando de apreciável grau de intuição. Referindo-se a ele, escreveu o seu contemporâneo Gabriel Gobron: ―Ele conheceu verdadeiros triunfos e aqueles que tiveram a rara felicidade de ouvi-lo falar a uma assistência de duas ou três mil pessoas, sabem perfeitamente quão encantadora e convincente era a sua oratória‖. Denis jamais cursou uma academia oficial, entretanto, formou-se na escola prática da vida, na qual a dor própria e alheia, o trabalho mal retribuído, as privações heróicas ensinam a verdadeira sabedoria, por isso dizia sempre: ―Os que não conhecem dessas lições, ignoram sempre um dos mais comovedores lados da vida‖. Com o concurso de sua inteligência invulgar furtar-se-ia à pobreza, mas ele preferiu viver nela, pois em sua opinião era difícil acumular egoisticamente para si, aquilo que ele recebia para repartir com os seus semelhantes. Com idade bastante avançada, cego e com uma constituição física relativamente fraca, vivia ainda cheio de tribulações. Nada disso, entretanto, mudava o seu modo de proceder Apesar de todas essas condições adversas, a todos ele recebia obsequioso. Desde as primeiras horas da manhã ditava volumosa correspondência, respondendo aos apelos das inúmeras sociedades que fundara ou de que era presidente honorário. Onde quer que comparecesse, ali davam-lhe sempre o lugar de maior destaque, lugar conquistado ao preço de profunda dedicação, perseverança e incansável operosidade no bem. Principais obras de autoria de Léon Denis: Cristianismo e Espiritismo (FEB); Depois da Morte (FEB); Espíritos e Médiuns (CELD); Joana D'Arc, Médium (FEB); No Invisível (FEB); O Além e a Sobrevivência do Ser (FEB); O Espiritismo e o Clero Católico (CELD); O Espiritismo na Arte (Lachâtre); O Gênio Céltico e o Mundo Invisível (CELD); O Grande Enigma (FEB); O Mundo Invisível e a Guerra (CELD); O Porquê da Vida (FEB); O Problema do Ser, do Destino e da Dor (FEB); O Progresso (CELD); Provas Experimentais da Sobrevivência; Socialismo e Espiritismo (O Clarim). Transcrito do site: http://www.feparana.com.br/biografia.php?cod_biog=185

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DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO MÊS DE DEZEMBRO 05/12/1945 – Primeira comunicação psicografada de Joanna de Ângelis, pelo médium Divaldo Franco, em Salvador-BA. 07/12/1957 – Diolindo Amorim funda o Instituto de Cultura Espírita do Brasil, no Rio de Janeiro-RJ. 11/12/1761 – Nascimento de Sóror Joana Angélica – Joanna de Ângelis. 25/12/1873 – A médium W. Krell, psicografa a ―Prece de Cáritas‖ – em Bordeaux, França. 10/12/1911 – Inaugura-se no Rio de Janeiro, sob a presidência de Leopoldo Cirne, o prédio da Federação Espírita Brasileira. 31/12/1933 – Funda-se em Uberaba-MG por Maria Modesto Cravo, o Sanatório Espírita de Uberaba, Minas Gerais. 16/12/1954 – Desencarna aos 80 anos de idade, Manuel Quintão, valoroso espírita e ex-presidente da FEB (Federação Espírita Brasileira). LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA” DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA MARIA DOLORES Rua Artur Machado nº. 288 – sala 04 – Centro Telefone: 3312-8327 E.mail: eepe@eepe.com.br SUBLIME TOQUE DE AMOR – Pelo Espírito de Rodolpho – Psicografado por Cláudia Marum O amor vencendo barreiras! Juliana, criança humilde, ao chega à estação rodoviária da grande Capital perde a mãe, mas é amorosamente acolhida por Amelinha, uma abnegada alma que viajava no mesmo ônibus. Apesar de hostilizada por uns e tratada com desdém por outros membros da nova família, entre eles uma alcoólatra, consegue, com o apoio da sua benfeitora e do seu novo avô, superar os obstáculos que a vida lhe apresenta. Uma grande surpresa mudará a sua vida para sempre... VIVA A VIDA! – José Carlos A. Cintra Considerando a imortalidade da alma e a eternidade da vida, somos todos viajantes de uma imensa e fantástica jornada. É a jornada da vida, não somente a vida atual, mas a vida que engloba esta e muitas outras que já vivemos e que vamos viver. Construtores que somos dos nossos próprios destinos, nessa jornada percorremos caminhos que nós mesmos criamos, buscando a acumulação de conhecimentos e de virtudes. Nesse processo evolutivo, é de fundamental importância, em cada nova vida que temos, a qualidade dos nossos relacionamentos. Convivemos com pessoas já "conhecidas" de vidas passadas, para reforçar afeições anteriores e superar conflitos antigos, mas também

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estamos sempre iniciando novas relações interpessoais, que poderão perdurar nas vidas futuras. O presente é o resultado do passado, mas, sobretudo, é o construtor do futuro. Por isso, a exortação-título: Viva a Vida! OS MENSAGEIROS – Pelo Espírito de André Luiz – Psicografado por Francisco Cândido Xavier Este livro revela que a morte física descortina a vida espiritual em contínua evolução. Em 51 capítulos, o autor relata as experiências de vários espíritos que reencarnaram com trabalhos programados, necessários aos seus próprios aprimoramentos. Revela a atividade intensa, organizada, disciplinada e produtiva dos espíritos e sua interação com os encarnados. Disponível também em edição especial com letras maiores, diagramação moderna e papel especial. CORRENTES DO DESTINO – Pelo Espírito de Maria Cecília Alves – Psicografado por Célia Xavier de Camargo Maria Eugênia, filha de ricos fazendeiros, descobre que seu noivo está apaixonado por uma escrava. Descontrolada, deixa-se arrastar por uma torrente de ódio e vingança. Traiçoeira, influencia Miguel, escravo apaixonado por ela, a cometer um crime. O cativo não imagina o preço que pagará pela satisfação dos seus desejos. Portadora de dons mediúnicos que deveria colocar a serviço do bem, a sinhazinha escolhe o caminho do mal, arrastada por aqueles que, no outro lado da vida, ainda não aprenderam a perdoar... SUGESTÃO DE LEITURA ESTUDANDO A MEDIUNIDADE – Martins Peralva Baseado na obra ―Nos Domínios da Mediunidade‖ - apresenta vários gráficos e ilustrações para facilitar o estudo de temas como mediunidade com Jesus, Espiritismo e mediunidade, problemas mentais e outros assuntos que envolvem a mediunidade, o espírito e o médium.

MEDIUNIDADE E EVOLUÇÃO – Martins Peralva Evidencia a mediunidade tendo em vista esclarecer os que se interessam pelos temas mediúnicos e os que trabalham como medianeiros entre o mundo espiritual e o plano físico.

ATITUDES RENOVADAS – Pelo Espírito de Joanna de Ângelis – Psicografado por Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis convida a uma profunda reflexão sobre a necessidade de modificação do comportamento para melhor, promovendo a mudança dos hábitos nocivos e da acomodação emocional, substituindo-os por atitudes renovadas. A obra compõe-se de trinta temas relacionados a conflitos humanos de variada natureza, com um objetivo definido: levar o homem a aperfeiçoar-se moral e espiritualmente. Jornal Espírita de Uberaba – Nº 39 – dezembro/2009

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