EDIÇÃO Nº 52

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Ano 4 – nº. 52 – Janeiro/2011 – Responsável: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil) TWITTER: http://twitter.com/jornalespirita SITE: www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba www.jornalespiritadeuberaba.com “Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos alcançaremos a realização de nossos propósitos”. Bezerra de Menezes

2011 CHEGOU CARTA DE ANO NOVO Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrandonos horizontes mais claros para a necessária ascensão. Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir. Se tens inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação. Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente. Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir. Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido. Novo Ano! Novo Dia! Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora. Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino. Não maldigas, nem condenes. Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão. Não te desanimes, nem te desconsoles. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença. Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora. Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração. Pelo Espírito de Emmanuel – Psicografado por Francisco Cândido Xavier – Livro Vida e Caminho PRECEITOS SALUTARES PARA 2011 Que a solidariedade e o voluntariado sejam práticas constantes neste ano que inicia. Que possamos olhar mais horizontalmente e menos verticalmente, fazendo com que os ensinamentos religiosos desçam ao coração e comandem as mãos, em prol do nosso semelhante. Vamos buscar ocupar a nossa mente com assuntos mais agradáveis aos olhos de Deus. Sejamos senhores e não servos dos nossos pensamentos. Doe alimentos, roupas, brinquedos. Lembre-se: tudo aquilo que você tem em casa e não usa, tem dono. Cuidado ao desejar grandes fortunas, pois daremos conta do mau uso feito dela. Deus não lhe dá dinheiro para você ser feliz e sim, para ver o que você vai fazer para melhorar o mundo em que vive. O dinheiro é uma ferramenta e, como tal, deve ser muito bem utilizado. Ditado africano: enquanto reza, mexa os pés, ou seja, ao solicitar a ajuda Divina, faça a sua parte. O homem só é infeliz porque se afasta das Leis de Deus. Procure filtrar mais os ambientes que você freqüenta, as músicas que você escuta e algumas amizades, criando ao redor de si mesmo uma esfera de vibração positiva. Que você e os seus familiares tenham um ano repleto de paz, saúde e prosperidade! Por Antonio Guedes MINHA PRECE PARA 2011 Neste ano que se inicia, abra os meus olhos, os meus ouvidos, os meus sentidos e o meu coração. Que eu veja além do comum. Que eu enxergue, através dos homens, o que há de melhor em cada um. Que eu ouça somente as palavras bonitas. Que eu sinta apenas as coisas boas. Que eu seja mais do que um simples mortal. Que eu seja eterno como eterna deve ser a esperança. Que eu seja maior que a própria vontade de crescer. Que eu queira mais do que o próprio querer. Que eu seja mais do que esperam de mim. Que eu possa expandir felicidade e perceber na simplicidade o valor de todas as coisas. Que eu seja a semelhança do bem. Que todos que de mim se aproximarem pressintam o amor que tenho a oferecer. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Que eu nunca cobre nada dos outros, mas cobre de mim. Que eu consiga me doar sem esperar agradecimento. Que eu seja simples e grandioso, como simples e grandiosa é a criação. Que eu permaneça voltada ao que é bom e precioso – a vida em toda a essência de sua grandeza. E assim, serei humano e feliz, humilde e poderoso, amante e amado. Estarei pronto e de braços abertos para colher os frutos de um novo tempo, que espera mais compreensão e tolerância de cada um para todos os seres do universo. Assim, teremos a verdadeira comunhão entre o ser e o mundo que o acolhe – todos os seres inteirados, respeitando o espaço comum. E o mundo ficará bem melhor e eu terei feito apenas, uma parte de tudo isso. Aquela pequena parte que poderá ser a grande diferença. Que eu tenha a felicidade de ver meus amigos e familiares unidos em um só pensamento, o de amor, paz e harmonia. Que eu tenha a felicidade de um ser privilegiado por sua bondade de encontrar no ano que se inicia um mundo melhor para todos os seres do universo. Então estarei em paz. Que assim seja para mim e todos os que eu admiro e partilham comigo sua amizade! Feliz 2011!!! Paz! Por Márcia Tanus UM FELIZ, MUITO FELIZ, 2011 É o que desejamos a todos, com muita paz, alegria e prosperidade. Que Deus esteja sempre presente em tudo aquilo a que nos propomos realizar. Agradeço imensamente aos diletos companheiros de ideal que foram os grandes sustentáculos deste pequenino trabalho de divulgação. Vamos prosseguir sempre unidos, trabalhando serenos, confiantes e alegres para alegrarmos a Jesus. Por Ismael Gobbo

EVENTOS ESPÍRITAS DE UBERABA TRATAMENTO ESPIRITUAL COM O MÉDIUM PAULO NETO O médium de cura Paulo Neto de Campinas-SP estará em Uberaba-MG para realizar o “Tratamento Espiritual”. O tratamento é gratuito e não há necessidade de marcar o tratamento, mas sim, chegar no horário determinado. Trazer uma garrafa de água para fluidificar. Confira os dias, horários e locais: Dia 14/01/2011 (sexta-feira) – 15h Sala de passes do Hospital Dr. Hélio Angotti Rua Governador Valadares – Centro Informações: 9998-2508 – Luis Antonio Dia 14/01/2011 (sexta-feira) – 20h Centro Espírita Joaquim Cassiano Rua Tristão de Castro nº 210 – Centro Informações: 9978-9559 – Lidroneta Dia 15/01/2011 (sábado) – 8h Centro Espírita Fé, Amor e Caridade Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Rua Alemanha nº 840 – Boa Vista Informações: 3333-7563 – Vicença/Margarida Dia 15/01/2011 (sábado) – 13h30min Centro Espírita Obreiros do Bem Rua Colorado nº 49 – Residencial Estados Unidos Informações: 8873-5825 – Machado Dia 15/01/2011 (sábado) – 20h Centro Espírita Aurélio Agostinho Av. Lucas Borges nº 61 – Fabrício Informações: 3312-6583/9935-6583 – Mauro/Eva Dia 16/01/2011 (domingo) – 8h Centro Espírita Caminho da Verdade Rua Evaristo Felicíssimo nº 62 – Estados Unidos Informações: 8841-6683 – Enercides "Cid" Dia 16/01/2011 (domingo) – 14h Centro Espírita Nosso Lar Rua Padre Eddie Bernardes Silva nº 830 – B. de Lourdes Dia 16/01/2011 (domingo) – 20h Centro Espírita Convívio Cristão Rua Felício Abrão nº 700 – Parque São Geraldo Informações: 9194-0628 – Alberto CURSO: “PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA VISÃO ESPÍRITA” Promoção: Casa da Cultura Espírita de Uberaba Datas: 8/01, 15/01, 22/01, 29/01 e 05/02 de 2011 (aos sábados). Horário: 14h às 17h. Carga Horária: 16 horas. Objetivo: Capacitar espíritas para atuarem como multiplicadores deste tema nas Casas Espíritas. Público alvo: Pessoas com idade mínima de 15 anos. Local: Casa da Cultura Espírita de Uberaba (Rua Taufik Facure nº 285 – Vila Celeste – Uberaba-MG) SEMINÁRIO “O PASSE E MEDIUNIDADE CURADORA” Dia: 11/01/2011 – terça-feira Horário: 20h Local: Centro Espírita Aurélio Agostinho (Av. Lucas Borges nº 61 – Uberaba-MG) Expositor: Cezar Carneiro Conclusão do estudo: 08/02/2011 Não é necessário fazer inscrição.

EVENTOS ESPÍRITAS DO BRASIL Evento: I SIMPÓSIO CATARINENSE SOBRE MEDIUNIDADE Data: 08 de janeiro de 2011 Horário: Das 9h às 20h Informações: Inscrições pelo site www.fec.org.br Evento: PALESTRA ESPÍRITA COM JOSÉ RAUL TEIXEIRA Data: 20 de janeiro de 2011 Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Horário: 19h30min Local: Salão Social do Nosso Clube (Rua Major Antonio Augusto Botelho s/nº - em frente ao Tiro de Guerra – Vila Paraíso – Limeira-SP) Informações: Lúcia Rodrigues (19) 3452-9075 / Newton (19) 3441-1275 / Banca do Livro Espírita Luz e Saber (19) 3441-1314

EM DIA COM O ESPIRITISMO MAIS UMA MOCIDADE ESPÍRITA EM UBERABA Inicia-se no dia 8 de janeiro de 2011, a Mocidade Espírita Caminho da vinculada na Casa Espírita Caminho da Verdade (Rua Evaristo Felicíssimo Estados Unidos – Uberaba-MG). As reuniões acontecerão aos sábados às 9h30min. Mais informações na Livraria Espírita Emmanuel (Rua Artur Machado nº 4, telefone: 3312-8327 ou na Banca do Livro Espírita Maria Dolores (Pça. Kruger nº 60, telefone: 3316-6050, ou e-mail: eepe@eepe.com.br.

Verdade, nº 72 – 288, sala Henrique

ESTUDOS SISTEMATIZADOS 2011 EM UBERABA Curso Básico de Espiritismo estuda-se as obras de Allan Kardec e Chico Xavier. O Projeto é da Federação Espírita Brasileira. Grupo Espírita Mercedes Chaves (Rua Segismundo Mendes nº 50 – Centro) Sábado – 15h30min, com início dia 05/02/2011. Casa da Cultura Espírita de Uberaba (Rua Tocantins nº 285 – Vila Celeste) Segunda-Feira – 19h30min, com início dia 07/02/2011. Inscrições: Livraria Espírita Emmanuel (Rua Artur Machado nº 288 – Edifício Fausto Salomão – sala 4 – Centro – Telefone: 3312-8327. Banca do Livro Espírita Maria Dolores (Praça Henrique Kruger nº 60 – Centro – telefone: 3316-6050). E-mail: eepe@eepe.com.br. DIRETOR DE NOSSO LAR JÁ PENSA EM LEVAR OS MENSAGEIROS AO CINEMA “Nosso desafio agora é abrir ainda mais essa temática: fazer um filme que possa ser visto por mais de 4 milhões de pessoas”. Jornalista de formação, trabalhando com cinema desde 1995, quando foi estudar roteiro e direção nos Estados Unidos, Wagner de Assis, 39, encerrou 2010 feliz com o resultado de Nosso Lar, que buscou, segundo diz, abrir para todas as pessoas o tema vida depois da vida. “Foi um furacão que não destruiu, mas que mexeu com os pensamentos e sentimentos do público. E, espero, construiu alguma coisa no coração das pessoas. Nosso Lar, com qualidade técnica inquestionável, que marcou um novo tempo para efeitos visuais na nossa produção, propiciou que pessoas fossem ao cinema mais de uma vez, juntou famílias e até deu Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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motivos para que aqueles que não iam a salas de cinema há mais de 20 anos lá voltassem”, avalia. Assis, que se autointitula um espírita-cristão que gosta de comungar com todas as religiões pelo bem, “conforme nos ensina o próprio Espiritismo”, não quer parar por aí. Seguindo a proposta do autor espiritual André Luiz, afirma que a tendência é que leve histórias do livro Os Mensageiros para as telas. “Mas ainda estamos estudando como fazer isso”, pondera. Folha Espírita – Qual sua trajetória antes de Nosso Lar? Wagner de Assis – Depois de estudar nos Estados Unidos, trabalhei por dez anos no Departamento de Comunicação da TV Globo. Em 1997, concomitantemente, fundei a Cinética Filmes e Produções, que, inicialmente, servia para me amparar juridicamente nos trabalhos iniciais. E eles foram roteiros para a apresentadora Xuxa Meneghel, de televisão a quatro longas-metragens. Depois, fiz meu primeiro filme como diretor: A Cartomante, baseado num conto do Machado de Assis. E, agora, Nosso Lar. Nesse meio termo, escrevi algumas biografias para a Coleção Aplauso da Imprensa Oficial, além de outros projetos de cinema e TV, como a minissérie sobre a vida do Marechal Rondon, que entra em pré-produção agora em janeiro. FE – E os não espíritas? Que retorno você teve sobre o filme com o público não espírita? Assis – Acho que a maioria gosta da história, mesmo sem entender “suas profundidades”. Vejo que gerou questionamentos, críticas, até virulentas, daqueles que não aceitaram a filosofia que permeia a história, mas que entendemos fazer parte do jogo cultural mesmo. Interessante ver todas as pessoas comentarem que as casas espíritas estão cheias, que nunca se vendeu tantos livros sobre o tema. Claro que isso não é obra do filme Nosso Lar. É obra dos tempos em que vivemos. E nós somos apenas partícipes dele. Como nos disseram, “os tempos são chegados”. FE – O ano termina com qual audiência no filme? Assis – O filme termina sua carreira nos cinemas com mais de 4 milhões e 61 mil espectadores. É a quarta maior bilheteria da história do cinema brasileiro. E, em ingressos vendidos, o quinto lugar nos últimos 20 anos. Passou em todos os Estados brasileiros, em mais de 550 cidades. E, agora, vem a sequência, com o DVD e TVs, de pagas a abertas. Um filme é eterno. Isso é mágico. Ele é maior que todos nós. A história já era maior que todos nós. FE – O filme repercutiu fora do País? Assis – Sim. Tanto que estamos negociando colocá-lo nos Estados Unidos, que é o mercado mais competitivo do mundo. Nossa intenção é estrear em um circuito bem direcionado nas principais cidades americanas, e convocar todos os brasileiros que moram na América a ir ver o filme, a resgatar o que eles têm de melhor: a fé. E ainda estaremos negociando o filme com todos os países possíveis a partir deste mês, com um agente de vendas bem direcionado. Ou seja, 2011 continua pleno para o filme. FE – 2010 foi o ano do cinema espírita. Como você vê esse fato e os demais lançamentos? Assis – Acho que o cinema é cinema e as pessoas vão para ver “uma boa história” e ponto. Não tenho certeza se já podemos dizer que há um novo gênero chamado espírita. Mas tenho certeza que as pessoas querem ver histórias cujos temas envolvam a espiritualidade. E por isso elas voltam a ser exibidas com força – um tema que nunca Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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saiu realmente de cartaz. Mas não nos enganemos. O público sabe separar exatamente o que é bom do que é feito “para aproveitar uma tendência” e sem “base”. Só que agora parece que as pessoas querem respostas mais objetivas, e não apenas fantasias ou dramas que valorizem um ou outro aspecto de uma verdade que é ampla, irrestrita e está pronta para ser compartilhada com a grande maioria através dos meios de comunicação de massa. Quem sabe daqui a cinco anos tenhamos a possibilidade de juntar vários filmes bons, com bons resultados, e entender o que os faz serem partes de um novo gênero? É possível sim, mas é preciso muito trabalho. FE – Passado o centenário de Chico Xavier, termina tudo por aí? Assis – Pelo contrário, né? Tudo começa agora! O futuro chegou! Estamos realmente começando a conceber um próximo filme, baseado numa continuação do Nosso Lar, seguindo a proposta do próprio André Luiz, autor espiritual. Inicialmente, nossa tendência é levar histórias do livro Os Mensageiros para as telas. Mas ainda estamos estudando como fazer isso, quais parceiros devem se unir, enfim, é uma nova jornada e o barco ainda não foi para a água. Mas já está no estaleiro, começando a embarcar nossos sonhos e desejos. Nosso desafio agora é abrir mais ainda essa temática: fazer um filme que possa ser visto por mais de 4 milhões de pessoas. Temos um número que é uma bandeira. E agora é hora de fincar outras bandeiras. De fazer uma nova viagem. Temos o livro de bastidores do filme sendo vendido pela FEB e pelas editoras responsáveis. É uma forma que encontramos de compartilhar, sem interesses financeiros, a magia e o processo de trabalho do filme. Há fotos lindas, imagens de antes e depois... E temos também à venda, dentro dos mesmos conceitos mercadológicos, o CD com a trilha sonora, composta pelo americano Philip Glass e gravada pela primeira vez na história pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Publicado por Folha Espírita, São Paulo, janeiro 2011. Transcrito do “Noticias do Movimento Espírita” – 06 de janeiro de 2011 PALESTRAS – VÍDEOS – ENTREVISTAS – NOTÍCIAS –MÚSICAS Assista e participe da mais nova WEB TV Espírita do Brasil, a Web TV A Caminho da Luz. Transmissões ao vivo toda sexta-feira, das 20h às 22h. E em breve muitas outras opções de entretenimento e estudo espírita. Acesse: www.tvacaminhodaluz.com.br. ASSOCIAÇÃO DE DIVULGADORES DO ESPIRITISMO NO ESTADO DE SERGIPE Acesse o site www.ade-sergipe.com.br e encontre lindas mensagens de autoajuda Rádio Online. Confira também as palestras, conferências, mensagens em PowerPoint dentre outros materiais muito importantes para os estudos espíritas. DVD DO IX FEMEU O DVD do IX FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba, realizado no dia 13 de novembro, já está disponível na Livraria Espírita Emmanuel (Rua Artur Machado nº. 288 – sala 04 – Centro / Telefone: 3312-8327), e os interessados podem assistir ou pegar para copiarem. BIBLIA DO CAMINHO A “Biblia do Caminho” é uma compilação de todas as obras de Allan Kardec e de Francisco Cândido Xavier e uma versão completa do Antigo e Novo Testamentos, sendo todos os livros e textos inter-relacionados através de um Índice temático. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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A última versão da “Bíblia do Caminho” traz o ESDE – Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita, versão completa. Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com; www.ocaminho.com.

CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA Conhecido por espíritas e não-espíritas por seu trabalho de auxílio ao próximo, sobretudo a portadores da grave doença dermatológica pênfigo-foliáceo, o popularmente chamado “fogo-selvagem”, o Lar da Caridade, de Uberaba, no Triângulo Mineiro, está enfrentando sérias dificuldades. Fundado em 1957, vive hoje um dos seus momentos mais delicados, sobretudo por conta da crise mundial, que levou muitos colaboradores a suspenderem as suas contribuições. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, a folha de pagamento da instituição está em aberto desde janeiro e as dívidas ao mês podem chegar a R$55 mil. Se algo não for feito rápido, o futuro do Lar pode até estar ameaçado. O Lar da Caridade – Hospital do Fogo Selvagem é presidido atualmente por Ivone Aparecida Vieira da Silva, neta de Dona Aparecida, cuja instituição está localizada na Rua João Alfredo, 437 – Abadia – CEP 38025-300 Uberaba, MG. Doações, de qualquer valor, podem ser feitas pelas seguintes contas-correntes: 3724-9, agência 3278-6, do Banco do Brasil; e 14572-6, agência 0264-0, do Bradesco. O CNPJ da instituição é 25440835/0001-93. Outras informações, pelo telefone (34) 3318-2900 ou através dos correios eletrônicos fogoselvagem@terra.com.br e larcaridade@hotmail.com. O SANATÓRIO ESPÍRITA PEDE SOCORRO!!! O Sanatório Espírita de Uberaba – SEU, foi fundado em 31/12/1933, pela estimada Maria Modesta Cravo. Atualmente o Sanatório possui 120 leitos e com uma média de 130 internações por mês. Para garantir todo esse tratamento, o Sanatório conta com uma equipe de 92 funcionários, além das 12 equipes de médiuns passistas que fazem o tratamento espiritual de segunda-feira a sábado nos períodos matutino e noturno. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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O Sanatório está passando por dificuldades financeiras, por isso, lançou a campanha “O Sanatório Espírita Pede Socorro”. Se você desejar ajudar o Sanatório Espírita de Uberaba, faça sua doação na Conta Poupança do Sanatório Espírita de Uberaba – Caixa Econômica Federal – Agência: 1538 – Conta: 013.7394-6. Para efetuar transferência bancárias, o CNPJ é: 25.445.347/0002-50. Outras informações pelo telefone (34) 3312-1869 com Marcio Roberto Arduni – Diretor Administrativo do Sanatório Espírita de Uberaba.

ESTUDO DEUS: O PAI DO MAL?(*1) Muitas teorias concebeu a humanidade em suas diversas fases de pensamento científico e filosófico acerca da origem do mal. Grande parte destas concepções estão relacionadas a uma idéia de Deus, seja Ele antropomórfico ou não, excetuando-se, obviamente, o pensamento materialista, que reduz a dimensão dos males ao acaso cósmico ou às dinâmicas sociais exclusivamente. Destas composições de pensamento sobre o mal, algumas se destacam, seja no âmbito do pensamento filosófico, seja no do religioso. Destacaremos aqui três destas composições, priorizando, naturalmente, aquelas que assumem a existência de Deus, uma vez que a visão reducionista-determinista do materialismo nada tem a argumentar sobre a origem do mal, focando-se nos efeitos, quando nosso objetivo aqui é tratar das causas. Remetendo-nos portanto ao pensamento religioso acerca das causas do mal, que é efetivo, real e perceptível no mundo, independentemente da temporalidade histórica, perceberemos a princípio duas explicações bem aceitas, mas que procuraremos desconstruir aqui. A primeira predomina no Oriente: é a teoria do “yin e yan”, que resumidamente propõe a existência de duas forças em a natureza: a do bem e a do mal; o equilíbrio dessas duas forças gera uma neutralidade, na qual a harmonia é possível, enquanto que o desequilíbrio traz a predominância de uma das forças em cada ser; essa seria a explicação para a natureza boa ou má que cada um apresenta. A visão desse viés interpretativo mostra a noite como oposto ao dia, o frio enquanto oposição do calor, a dor como expressão contrária à felicidade. Porém, conforme veremos a seguir, a visão espírita de Deus nos traz uma nova lente a essa questão, argumentando que a suprema justiça da Lei Universal não poderia planejar uma oposição organizada ao bem e ao belo (que são mais que expressões, são metas invariáveis a todos nós). A segunda percepção da causa do mal é aquela que no popular é tida como a concepção cristã da justiça de Deus: um anjo caído, uma criatura revoltada contra a Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Criação teria criado (com a permissão do Criador) uma bipolaridade, disputando mesmo as outras criaturas, através daquilo que convencionou-se chamar tentação. O Diabo ou Lúcifer, Satanás, Arimane (ou outro das dezenas de nomes atribuídos a esse suposto ser) seria o responsável pela criação e manutenção do mal na Terra. Em alguns momentos, inclusive, ele trabalharia prestando serviços ao próprio Deus, pois a criatura que caísse em suas artimanhas seria menos uma a preocupar a divindade. Tanto na Filosofia admitida por parte do Oriente, quanto nessa que acima descrevemos, que é predominante em nosso meio, uma vez que a Igreja Católica foi sua mãe e o Movimento Protestante o pai, o que há é a admissão de um Deus imperfeito. Ora, se a potência rival e concorrente está submetida à Deus, esse já não pode ser o modelo de bondade, pois estaria assumindo a necessidade da maldade; se fosse essa potência autônoma e independente da divindade, teria o mesmo poder que Deus, e em tal caso não presenciaríamos no Universo, na Natureza, uma uniformidade tão clara de leis e princípios. Kardec demonstra que “Sendo Deus o princípio de todas as coisas, e sendo esse princípio todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede deve participar desses atributos(...)”. Mas nesse ponto, o leitor amigo, sobretudo o neófito em Doutrina Espírita, pode estar raciocinando: mas o mal é real, concreto, sensível; e se Deus não o criou, assim como não criou um ser dotado de poderes paralelos à sua bondade infinita, quem o fez? E mais: se Deus só criou o bem, porque permite o mal? E mais uma vez responderemos com Kardec, percebendo que “(...)Se o homem se adaptasse rigorosamente às leis divinas, não há dúvida de que evitaria os males mais agudos e de que viveria feliz na Terra(...)” Reflitamos um pouco, irmãos, e veremos que a grande maioria dos males que nos abatem tem causa na insaciedade e no egoísmo humano. Assim, o mal seria, na acepção espírita, a ausência do bem, ou ainda: um desvio que empreendemos em relação ao Plano de Deus para a humanidade. Sempre que houver falta de altruísmo, lá estará o egoísmo; onde quer que haja competição, impossível a cooperação; se aqui ou acolá jaz o individualismo, inviável a legítima fraternidade. Kardec raciocina ainda sobre a percepção de que há males inevitáveis à humanidade, que estão no âmbito dos flagelos naturais, independentes de toda prudência, ciência ou planejamento material(*2) e esses sim estão no escopo da Lei de Deus, que nos Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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impulsiona ao progresso, pelo desenvolvimento da inteligência. Mas ainda assim não estamos autorizados a tratar esses fenômenos como fruto do mal, mas de um bem que temporariamente tratamos como mal, seja pela limitação de nossas faculdades, seja pela referência que tomamos na análise da questão, normalmente jungida às convenções que criamos e dependentes dos interesses artificiais que norteiam nossa organização social. A realidade está posta meus amigos: o próprio homem é o algoz do homem! Se podemos perceber o mal como realidade ainda em nosso meio, é porque temos nos afastado do Bem, e nossa consciência nos lembra disso a todo momento, pois sabemos (apesar de fazermos de tudo para fugir desse fato) quando temos responsabilidade sobre um ato. Mas Deus, que é Todo sabedoria e justiça, sabe fazer do mal que criamos, o Bem, pois chega um momento em que o excesso do mal torna-se intolerável, o que faz com que o homem sinta a necessidade de mudar de vida, revendo e reescrevendo sua história, conforme nos aponta o próprio Allan Kardec e a Doutrina Espírita. Que possamos rever então nossos atos, liberando Deus da autoria do mal, que definitivamente não o pertence! Por Saulo Alves Monteiro – Rio de Janeiro-RJ Fontes: (*1) Baseado em “A Gênese”, de Allan Kardec – capítulo III (O Bem e o Mal). Origem do bem e do mal. Edições Leon Denis. (*2) é claro que não tratamos aqui dos desastres ambientais modernos, como os efeitos do modelo de produção capitalista, justificados mais uma vez pelo egoísmo humano, questão ainda de moralidade, mas sim de questões independentes da moralidade, como um abalo sísmico, por exemplo.

JUVENTUDE O JOVEM E O EVANGELHO Nenhum espírito reencarna com a única finalidade de expiar. O objetivo precípuo da encarnação é o progresso. A destinação da perfeição é a lei divina. Todos lá chegaremos. O Evangelho no-lo diz em várias passagens: “Nenhuma das ovelhas de meu Pai se perderá”, “Sois deuses” ou “Sede perfeitos...”. No entanto, na senda do crescimento, nas lições diuturnas, ao lado de todas as bênçãos de oportunidades que a vida nos dá, temos também a “presença do passado”. Nossos desacertos, comprometimentos com pessoas, natureza, etc., criam situações, a rigor não propriamente de castigos, mas de oportunidades de harmonização ou quitação com as leis da vida. A perfeição espiritual implica em pleno conhecimento ou sabedoria e amor ou moralidade em tudo. Assim, no perpassar das encarnações aprendemos a administrar todas as situações e posições do homem frente a vida, em trabalhos contínuos que tornamos, por vezes, estafantes. Ainda que encarnássemos sem trazer nenhuma dívida do passado, teríamos, ainda sim, batalhes e lutas. É o custo do aprendizado, já que o progresso não é de graça, mas conquista feita com labor e suor. Dessarte, estudar e trabalhar é necessidade de todos. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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A juventude, fase de definições das mais importantes da experiência carnal, é marcante, sensível e instável no processo de estruturação da encarnação. É a ocasião em que o espírito manifesta suas tendências, pendores, vícios e virtudes, ou seja, suas condições do passado. É claro que muita coisa pode já ter sido modificada em sua infância moldável pela atuação dos pais. É sabido, contudo, que o corpo físico empana, sobretudo na infância, os reais caracteres de sua alma, e que somente na juventude ela mostrará o que é. É assim por exemplo, que não é raro acontecer de certos pais muito fazem pela orientação e bons costumes de seus filhos desde a infância e, no entanto, ao chegar a adolescência e juventude, eles apresentarem atitudes assustadoras no comportamento, levando os pais a estas observações: estou desconhecendo este menino; onde foi que aprendeu isso? Não foi o que lhe ensinamos. Ao lado do estudo e do trabalho, vem a necessidade de socialização, relacionamentos e diversões. Nada mais natural e justo. Nessa fase, muitos jovens dizem: é preciso aproveitar a vida, pois é curta e precisamos curti-la. Realmente, a vida tem de ser aproveitada, mas nem sempre como é entendido por aí. A Doutrina Espírita não nos proíbe de nada e nem quer que sejamos pessoas fechadas e isoladas. Devemos ser alegres, divertir-nos e interarmos com a sociedade, desde que não nos comprometamos. Nossa presença nessas situações deve refletir noções evangélicas com exemplos e atitudes. Comportamento assim, para muitos, será “quadrado”, mas a existência e porvir nos mostrarão as vantagens efetivas e permanentes, dando a “cada um segundo suas obras”. A porta larga, cheia de tentações, está cada vez mais escancarada. Não podemos esquecer, ainda aí, que quando somos tentados a alguma coisa é porque temos, dentro de nós, o “ímã” que atrai ou nos liga à essa coisa. Nossa vontade é soberana, temos livre-arbítrio, a decisão sempre nossa, e a responsabilidade também. Onde o equilíbrio entre situações diversas? Nada melhor para nos mostrar o caminho que o Evangelho. Estudá-lo e vivê-lo não é “careta”. É segurança e harmonia com as leis da vida. Jovens, vejamos na Doutrina Espírita e no seu movimento, a restauração da Boa Nova, o descortínio da Verdade que abrem nossos pequenos olhos para visão da grandeza celeste. Ela trás as luzes do alto para as sombras da Terra. Discernimento e boa vontade com decisão nos levarão a contemplar, à luz dessa doutrina consoladora, os mais amplos horizontes de paz e sabedoria, desde já, mas essencialmente na vida futura. Não nos detenhamos nos pequenos e passageiros obstáculos. Jesus lá está, no alto, nos aguardando de braços abertos, esperando que abracemos de vez seu Evangelho. Por – Laerte de Paul – Uberlândia-MG Transcrito da “A Flama Espírita” – Novembro/Dezembro de 2010 – nº 2.788 Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER CASO 11 – O ENTUSIASMO APAGADO Em fins de 1927, o “Centro Espírita Luiz Gonzaga”, então sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem freqüentado. Muita gente. Muitos candidatos ao serviço da mediunidade. Muitas promessas. José era irmão do Chico e na residência dele realizavam-se as sessões públicas nas noites de segundas e sextas-feiras. Em cada reunião, ouviam-se exclamações como: – Quero ser médium psicógrafo!... – Quero desenvolver-me na incorporação!... – Precisamos trabalhar muito... – Não será interessante fundar um abrigo ou um hospital? O entusiasmo era grande quando, em outubro do mesmo ano, chegou a Pedro Leopoldo Dona Rita Silva, sofredora mãe com quatro filhas obsediadas. Vinham ela e o irmão Saul, tio das doentes, da região de Pirapora, zona do Rio São Francisco, no norte mineiro. As moças, em plena alienação mental, inspiravam compaixão. Tinham crises de loucura completa. Mordiam-se umas às outras. Gritavam blasfêmias. Uma delas chegara acorrentada, tal a violência da perturbação de que era vítima. O espírito de Dona Maria João de Deus explicou pela mão do Chico: – Meus amigos, temos desejado o trabalho e o trabalho nos foi enviado por Jesus. Nossas irmãs doentes devem ser amparadas aqui no Centro. A fraternidade é a luz do espiritismo. Procuremos servir com Jesus. Isso aconteceu numa noite de segunda-feira. Quando chegou a reunião da sexta-feira, José e Chico Xavier estavam em companhia das obsediadas sem mais ninguém. Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama.

CHICO XAVIER RESPONDE CIGARRO – I Pergunta – A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando? Chico Xavier: – O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do envoltório perispirítico, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo que o hábito perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida para arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes análogos aos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo. Resposta de Emmanuel, através do Chico Xavier, dada a entrevista feita pelo jornalista Fernando Worm, em agosto de 1978, inserida no livro Lições de Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Sabedoria – Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, escrito por Marlene R. S. Nobre. CIGARRO – II Pergunta – Como descreveria a ação dos componentes do cigarro no perispírito de quem fuma? Chico Xavier: – As sensações do fumante inveterado, no Mais Além, são naturalmente as da angustiosa sede de recursos tóxicos a que se habituou no Plano Físico, de tal modo obsecante que as melhores lições e surpresas da Vida Maior lhe passam quase que inteiramente desapercebidas, até que se lhe normalizem as percepções. O assunto, no entanto, no capítulo da saúde corpórea deveria ser estudado na Terra mais atenciosamente, de vez que a resistência orgânica decresce consideravelmente com o hábito de fumar, favorecendo a instalação de moléstias que poderão ser claramente evitáveis. A necropsia do corpo cadaverizado de um fumante em confronto com o de uma pessoa sem esse hábito estabelece clara diferença. Entrevista feita pelo jornalista Fernando Worm, em outubro de 1978, inserida no livro Lições de Sabedoria – Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, escrito por Marlene R. S. Nobre. DROGAS Pergunta – Nair Belo, no programa da Hebe, em janeiro de 1986, lamentou a existência de grande quantidade de jovens que estão fazendo uso de drogas, e perguntou ao médium o porquê desse desastre. Chico Xavier: – O tóxico é o irmão mais sofisticado da cachaça, através da qual também nós temos perdido muita gente. A fascinação pelo tóxico é a necessidade de amor que o jovem tem. Mesadas grandes que não são acompanhadas de carinho e de calor humano paterno geram conflitos muito grandes. Muitas vezes a privação do dinheiro, o trabalho digno e o afeto vão construir uma vida feliz. Extraído do livro “Lições de Sabedoria – Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita”, escrito por Marlene R. S. Nobre. A LEI DO TRABALHO Pergunta – Se o senhor tivesse que dar uma mensagem a uma criança, ou mesmo a um filho, para que ele pudesse vencer espiritualmente na vida, o que diria? Chico Xavier: – Se eu tivesse um filho (tive na minha vida algumas crianças que cresceram sob a minha responsabilidade), ensinaria nos primeiros dias de vida desse filho o respeito à existência de Deus e o respeito à justiça e amor ao trabalho. E, em seguida, ensinaria que ele não seria, e não será, melhor do que os filhos dos outros. Reportagem dos jornalistas Airton Guimarães e José de Paula Cotta, do jornal “Estado de Minas”, publicado nas edições de 8, 9, 10 e 12 de julho de 1980. Transcrito do livro Chico Xavier – Mandato de Amor, editado pela União Espírita Mineira - Belo Horizonte, Minas Gerais. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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VIOLÊNCIA Pergunta – Chico, estamos diante de uma onda crescente de violência em todo o mundo. A que os espíritos atribuem essa ocorrência? Gostaria que você se detivesse também no problema dessa corrida da população às armas, para a defesa pessoal. Como você vê tudo isso? Chico Xavier: – Temos debatido esse problema com diversos amigos, inclusive com nossos benfeitores espirituais e eles são unânimes em afirmar que a solidão gera o egocentrismo e esse egocentrismo exagerado reclama um espírito de autodefesa muito avançado em que as criaturas, às vezes, se perdem em verdadeiras alucinações. Então a violência é uma conseqüência do desamor que temos vivido em nossos tempos, conforto talvez excessivo que a era tecnológica nos proporciona. A criatura vai se apaixonando por facilidades materiais e se esquece de que nós precisamos de amor, paciência, compreensão e carinho. A ausência desses valores espirituais vai criando essa agressividade exagerada no relacionamento entre as pessoas ou entre muitas das pessoas no nosso tempo. De modo que precisaríamos mesmo de uma campanha de evangelização, de retorno ao Cristianismo em sua feição mais simples para que venhamos a compreender que não podemos pedir assistência espiritual a um trator de esteira, não podemos pedir socorro a determinados engenhos que hoje nos servem como recursos de pesquisas em pleno firmamento, nós precisamos desses valores de uns para com os outros. Quando nos voltarmos para o sentimento, para o coração, acreditamos que tanto a violência, como a corrida às armas para defesa pessoal decrescerão ao ponto mínimo e vamos extinguindo isso, pouco a pouco, à medida que crescemos em manifestações de amor, reciprocamente. Entrevista feita em junho de 1980 por Marlene R. S. Nobre, transcrita no livro de sua autoria “Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita”

MENSAGEM ESPÍRITA CARTA DE ANO BOM Entre um ano que se vai E outro que se inicia, Há sempre nova esperança, Promessas de Novo Dia... Considera, meu amigo, Nesse pequeno intervalo, Todo o tempo que perdeste Sem saber aproveitá-lo. Se o ano que se passou Foi de amargura sombria, Nosso Pai Nunca está pobre Do pão de luz da alegria. Pensa que o céu não esquece A mais ínfima criatura, E espera resignado O teu quinhão de ventura. Considera, sobretudo Que precisas, doravante, Encher de luz todo o tempo Da bênção de cada instante. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Sê na oficina do mundo O mais perfeito aprendiz, Pois somente no trabalho Teu ano será feliz. Não esperes recompensas Dos bens da vida terrestre, Mas, volve toda a esperança A paz do Divino Mestre. Nas lutas, nunca te esqueça Deste conceito profundo: O reino da luz de Cristo Não reside neste mundo. Não olhes faltas alheias, Não julgues o teu irmão, Vive apenas no trabalho De tua renovação. Quem se esforça de verdade Sabe a prática do bem, Conhece os próprios deveres Sem censurar a ninguém. Ano Novo!... Pede ao Céu Que te proteja o trabalho, Que te conceda na fé O mais sublime agasalho. Ano Bom!... Deus te abençoe No esforço que te conduz Das sombras tristes da Terra Para as bênçãos de Jesus. Pelo Espírito Casimiro Cunha – Psicografia de Chico Xavier

TRABALHO IMPORTANTE

COMUNHÃO ESPÍRITA CHICO XAVIER História Não se sabe ao certo quando começaram a se reunir os nossos fundadores, mas segundo um antigo Livro Ata de nossa Casa Espírita, formou-se uma diretoria em vinte e dois de setembro de mil novecentos e quarenta e oito, visando administrar o então “Centro Espírita Deus, Amor e Caridade”. A reunião realizou-se em residência do Sr. Joaquim de Oliveira Branco, à Rua Desembargador Emílio Povoa, 235, por convocação deste mesmo senhor. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Conta-nos o Livro Ata que fora convocada a antiga diretoria do Centro Espírita “Deus, Amor e Caridade” e estudiosos da Doutrina Espírita. Neste dia, formou-se a seguinte direção: Presidente – Aiçor Fayad, vicepresidente – Balduíno de Castro; Tesoureiro Procurador – Alcebíades de Souza Almeida; Orador – Joaquim de Oliveira Branco; Zeladoras – Geralda Quintino de Queiroz e Nair de Castro. Nesta época, as reuniões aconteciam da seguinte forma: às segundasfeiras, sessão de desenvolvimento mediúnico: às sextas-feiras, sessão de “cura aos doentes”, e aos domingos, sessão doutrinária e divulgação do Espiritismo. “Ao longo de sua história, o nosso Centro Espírita realizou reuniões em várias casas em Formosa, pois não tinha sede própria. Entre as pessoas que cederam suas casas temos conhecimento do Sr. Aiçor Fayad, Sr. Joaquim de Oliveira Branco e Sr. Edson de Abreu. Na casa desse último é que em treze de Novembro de mil novecentos e cinquenta e um, reuniram-se irmãos espíritas de Formosa para a fundação de um Centro Espírita e a eleição de sua diretoria. A Escolha do Nome: Centro Espírita Jeovah O nome Centro Espírita Jeovah de Formosa, Goiás, como foi chamado a partir de 13 de novembro de 1951, merece um capítulo à parte. Nesta data, reuniram-se na casa do Sr. Edson de Abreu alguns estudiosos da Doutrina Espírita sob a presidências do Sr. Açor Fayad, procedendo à prece e posteriormente à eleição da diretoria para o ano seguinte, sendo eleita presidente a Sra. Nair de Castro Guimarães. Nesta mesma ocasião procedeu-se à escolha do nome do Centro que não poderia permanecer sob a nomenclatura “Deus, Amor e Caridade”, pois segundo citados Estatutos, deveriam estar presentes para isso dois terços dos irmãos da antiga diretoria, o que foi impossível. Assim sendo, o Sr. Aiçor sugeriu que fosse escolhido outro nome para representar o grupo. Aceita a sugestão apareceram como opções os nomes Bitencourt Sampaio e Joanna D‟Arc. Como não se conseguia decidir, rogaram ao Pai Celestial, em prece, a Sua inspiração. Neste momento, sentiram uma energia diferente e agradabilíssima, que anunciava a chegada dos espíritos a quem pretendia homenagear. Joanna D‟arc agradeceu a homenagem, mas considerou mais merecedor o mentor do grupo, Bitencourt Sampaio, a quem passou a palavra. Este, por sua vez, aproveitou o ensejo para ensinar, colocando que o nome não é tão importante para os espíritos desencarnados como para nós, pois os nomes variam nas sucessivas encarnações, o único nome imutável é o de “Deus”, tenha a variação nominal que tiver. Baseados nas colocações feitas resolveram, fazer um sorteio, incluindo as duas sugestões iniciais e uma terceira: o nome Jeovah. Que surpresa os tomou quando foi sorteado o nome Jeovah! Tomados de emoção, unanimente acataram o nome, que passou a vigorar. Um novo nome, o mesmo espírito Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Sob a designação Centro Espírita Jeovah e especialmente através do esforço e dedicação de abnegados trabalhadores, por mais de meio século muito se realizou em prol da comunidade formosense em termos de assistência espiritual, moral e material. Ao longo desse tempo, entretanto, divisões ocorreram no seio de outras religiões e o nome Jeovah se prestou para identificar grupos religiosos sem qualquer conotação e/ou vinculação com as Doutrina Espírita. Com a intenção de evitar as confusões daí decorrentes, a Diretoria optou por levar o assunto para discussão em assembléia extraordinária realizada no dia 15 de fevereiro de 2007, onde mediante o voto dos associados decidiu-se substituir a denominação, Centro Espírita Jeovah, por Comunhão Espírita Chico Xavier. A medida além de solucionar a ambiguidade referente a denominação culminou por prestar justa homenagem ao grande expoente mundial da Doutrina Espírita, o saudoso Francisco Candido Xavier. Atividades Segunda feira: - Reunião Pública CoECX: 1. Atendimento Fraterno às 19h (é preciso agendar na recepção) 2. Biblioteca e Livraria a partir das 19h00 - CoECX 3. Palestras às 19h30min 4. Tratamento de Irradiação às 20h10min 5. Passe às 20h10min Terça feira: - Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita – ESDE: 1. 4ª e 5ª Fases às 19h30 – na CoECX 2. 2ª Fase A / 3ª, 6ª e 7ª Fases – às 19h30min na A. E. João Batista Quarta feira: - Reunião Pública CoECX: 1. Atendimento Fraterno às 19h00 (é preciso agendar na recepção) 2. Biblioteca e Livraria a partir das 19h00 - CoECX 3. Palestras às 19h30min 4. Passe às 20h10min 5. Sessão Mediúnica (para os médiuns) às 20h30min Quinta feira: - Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita – ESDE: 1. 1ª Fase A e 8ª Fase às 19h30min – CoECX Sexta feira: - Educação Mediúnico (para os médiuns) – CoECX Sábado: - Confecção da Sopa Fraterna a partir das 7h30min – no NUBEM - Evangelização Infantil às 9h – na CoECX - Evangelização Infantil às 15h – no NUBEM - Distribuição da Sopa Fraterna às 16h15min – no NUBEM Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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- Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita – ESDE: 1. 1ª Fase B e 2ª Fase B às 17h – na CoECX - Pré-Mocidade às 19h – na CoECX - Mocidade Oficina do Espírito às 19h – CoECX Domingo: -Campanha da Fraternidade Auta de Souza às 9h – CoECX - Vibrações para o Setor Nordeste às 16h – no NUBEM - Vibrações para os viciados às 18h45min – CoECX - Reunião Pública CoECX: 1. Atendimento Fraterno às 19h (é preciso agendar na recepção) 2. Biblioteca e Livraria a partir das 19h – CoECX 3. Palestras às 19h30min 4. Passe às 20h10min 5. Vibrações para os Hospitais dos Planos Físico e Espiritual às 20h30min – CoECX - Distribuição das cestas básicas é feita as segundas 6ª feira de cada mês às 14h – NUBEM - Oficina de artesanatos nas quintas feiras a partir das 14 horas no NUBEM. A. E. João Batista – Rua São Pedro, S/Nº, Formosinha (perto do Robel). NUBEM – Rua Santa Luzia, nº 340, Setor Nordeste. No site do as pessoas podem encontrar muito material espírita interessante, tais como: “multimídia”, „mensagens”, “artigos”, “leitura diária”, dentre outros. Transcrito do site www.coecx.com.br

PERSONALIDADES DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA WALLACE LEAL VALENTIN RODRIGUES Nascido a 11 de dezembro de 1924, em Divisa, Estado do Espírito Santo, Wallace Leal Valentin Rodrigues foi para Araraquara, SP com a família, na década de 30. Estudou Ciências Econômicas em Ribeirão Preto, e ofereceu grande contribuição à cultura de Araraquara nas décadas de 50 a 60, principalmente. Foi ator e diretor de teatro, diretor de cinema, escritor, jornalista. Realizou seu primeiro filme em 1953: o documentário Aurora de uma Cidade. Depois formou com amigos, o Clube do Cinema na cidade, atividade que durou somente um ano. Foi diretor e ensaiador do TECA (Teatro Experimental de Comédia de Araraquara) - grupo responsável pelo mais importante movimento teatral da história local, fundado em maio de 1955. Como o teatro municipal já estava bastante deteriorado, Wallace adotou o teatro de arena que tanto sucesso fazia na capital. Iniciou os trabalhos em 1955 e em 22 de julho já estava estreando. Em três anos, encenaram mais de dez peças famosas, numa média de três espetáculos por ano, cada um com dez apresentações, sendo a estréia adquirida antecipadamente pelo Rotary Clube e pelo comércio local. O TECA viajou por toda região, por várias cidades do interior paulista e esteve em Porto Alegre (RS). Tanto fez, que simplesmente atraiu o Ministro da Educação Paschoal Carlos Magno, para assistir uma apresentação em Araraquara. E ele não só gostou do que viu, como convidou o TECA para se apresentar no Rio de Janeiro. A curta temporada de dez dias, ocorrida no final de agosto e início de setembro de 1957, foi Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 19


patrocinada pelo Ministério da Cultura e teve como palco o teatro de arena do Hotel Glória. Fez tanto sucesso que o grupo mereceu três páginas na importante Revista O Cruzeiro, sendo notícia no Rio durante toda aquela semana. Voltando do Rio, Wallace continuou suas atividades viajando com o TECA, mas resolveu partir para o cinema de maneira profissional. O TECA continuou fazendo sucesso na cidade e região, até o encerramento das atividades quatro anos depois. Acompanhou e colaborou com a primeira escola de ballet da cidade: Escola de Ballet Mímica de Araraquara, desde sua fundação maquilando, e apoiando nos figurinos e cenários das apresentações por longo tempo. Coordenou, compôs, criou, orientou jovens e crianças em desfiles de modas (hoje seriam verdadeiros manequins profissionais) ensinando como andar, sentar, colocação de mãos e pés, comportamento e postura de corpo e porte em passarela, um trabalho de alta qualificação, ensinamento europeu, transmissão de conhecimento de nobres como só ele, Wallace, sabia fazer. Como escritor tem livros publicados no Brasil e no Exterior. Recebeu diversos prêmios, entre os quais: 1948, Prêmio Cija, com o conto Porta Aberta Para Fora da Vida; 1957, Prêmio Apolo, da Crítica Teatral do Rio de Janeiro, Revelação de Direção; 1958, Prêmio Paschoal - 1º Festival de Teatro Universitário de Santos, entre outros. Wallace tinha predileções pelo futuro. Em agosto de 1964 ele publicou um texto Araraquara – Ano 2017, em que imaginou uma cidade, 53 anos à frente, mas modificada radicalmente pela sua capacidade poética. Em sua Araraquara do futuro, o patrimônio histórico estaria super preservado, inclusive com a assessoria do historiador José Ferrari, que dirigiria o arquivo municipal, com total apoio da prefeitura, liderando uma equipe que formaria um banco de dados e colheria depoimentos dos mais antigos. Wallace imaginava que, em meio século, teria o mais invejável acervo do país. Haveria, como uma das atrações turísticas locais, um Museu do Chapéu. Wallace era um multimídia precoce: escrevia bem, era poeta, compunha música e além do teatro, atuava junto ao grupo de rádio teatro. Em 1958 teve a ousadia de escrever, produzir e dirigir um filme: Santo Antonio e a vaca, rodado na região, sobre o folclore regional. Para tanto criou a Arabela Filmes em meados de outubro desse ano. O trabalho de pesquisa e levantamento levou seis meses, de janeiro a maio de 1960. A trilha sonora, em estilo folclórico, também foi composta por ele. Em junho, já com o script pronto, tiveram início as filmagens em locação. Os interiores foram reconstituídos e filmados num barracão do Senac. Os atores eram do TECA e se propuseram a estudar, com afinco, seus papéis, observando a novidade da técnica cinematográfica, já que vinham do teatro. Toda produção contou com a participação voluntariosa de pessoas locais. Apenas o câmera e o iluminador eram de fora (poloneses). A revelação, corte e montagem foram feitos em São Paulo. Estrearam em abril de 1961 com direito a uma concorrida avant-première. Sem qualquer apoio dos órgãos federais, ou mesmo das autoridades locais, o filme fez sucesso, e foi distribuído por todo o território nacional. Só em Araraquara o filme ficou dez dias em cartaz e foi assistido por cerca de doze mil pessoas. A arrecadação da avant-première foi destinada a uma casa assistencial da cidade, e por isso a entrada Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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custou mais cara. O lucro do filme pagou as despesas, que foram muitas. Por não ter recebido nenhum apoio do governo da cidade, Wallace classificou o trabalho, seu e do grupo, como heróico. Na noite de estréia a polícia teve que intervir e fechar o trânsito em frente o Cine Odeon (futuro Cine Veneza). Após a sessão, o público aplaudia de pé, e houve uma festa. Wallace só lamentou que a mensagem principal não tinha sido captada: O que tínhamos feito pela preservação do nosso folclore passou totalmente despercebido, o que nos desencantou bastante. O objetivo da produção sempre foi muito claro para seus produtores: o filme foi realizado com o fim de contar o que restava do rico folclore dos campos de Araraquara. O filme foi distribuído pelo Brasil inteiro durante aproximadamente cinco anos. Depois, por força de lei, tirado de circulação, a menos que fossem feitas cópias novas. Mas não havia capital para isto. Além do indiscutível talento de Wallace para as artes culturais, merece nota seu trabalho na divulgação do Espiritismo, doutrina que ele assumiu aos 16 anos e divulgou por toda a sua vida. Wallace se destacou como Redator-Chefe do jornal “O Clarim” e da “Revista Internacional de Espiritismo”, fundados pelo inesquecível Cairbar Schutel e editados na cidade de Matão-SP, a 30 km de Araraquara. Wallace foi levado para a editora, em 1964, pelas mãos do sr. José da Cunha, outro gigante que durante muitos anos sustentou a chama acesa por Cairbar Schutel. O seu pendor para a escrita fez com que Wallace se destacasse também na literatura espírita; foram dezenas de livros, uns de sua própria autoria, outros que ele traduziu e organizou. Em março de 1973, sem prejuízo do seu trabalho em Matão, Wallace enveredou por nova e gratificante experiência: passou a integrar o quadro de colaboradores da revista “Planeta”, publicada em vários idiomas e conhecida internacionalmente. A sede da “Planeta” ficava em Paris mas, a partir de 1972, passou a ser editada também no Brasil, numa parceria com a Editora Três. Wallace recebeu convite, diretamente dos editores franceses, para escrever tanto para a edição brasileira como para a francesa e, por vários anos, os leitores foram brindados com os magníficos artigos elaborados por ele, sempre com temas que enfocavam a fenomenologia espírita. Em dezembro de 1973, lançou, na sede da Federação Espírita do Estado de São Paulo, seu magnífico livro “Remotos cânticos de Belém”, livro que foi e é um sucesso até hoje, com sucessivas edições. No evento, mais de 1.000 pessoas receberam o seu autógrafo. No enredo da obra, Wallace juntou histórias e personagens e os colocou num avião que é seqüestrado na véspera do Natal. A mensagem que ele passa é a de que a suave melodia do Natal faz-se sentir e abranda até mesmo situações extremamente graves, como a vivida pelos passageiros. A paz aos homens de boa vontade é o leitmotiv para as situações mais díspares, desde as existenciais até as psíquicas. No fundo há sempre um vago e doce clima que impede a angústia e o pânico dos passageiros. A produção de Wallace, durante os 25 anos em que permaneceu na Casa Editora o Clarim, pode ser assim configurada: Como tradutor: Voltou, mas esqueceu; Os mortos vivem; A obsessão; Sessões espíritas na Casa Branca; Viagem espírita em 1862; Três Espíritos do Natal; O ignorado amor; Os inocentes; A janela do meio; Os que não são convidados; Amargo despertar; A grã senhora do Espiritismo;Léon Denis na intimidade; Socialismo e Espiritismo;Vozes na casa. Como autor: Remotos cânticos de Belém; Meimei; Vida e mensagem; A esquina de pedra; E, para o resto da vida; Katie King. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Como editor: A vidente de Prevorst; Segue-me; Escrínio de luz; À luz da oração; Mãe - antologia mediúnica; Meu filho vive no além; Os mortos vivem; Coisas deste mundo. Não se pode deixar de ressaltar também a significativa produção jornalística de Wallace. No “Clarim”, ele era responsável por uma coluna em que narrava acontecimentos mediúnicos que ocorriam mundo afora. Na “Revista Internacional de Espiritismo”, escrevia substanciosos editoriais sobre temas da atualidade, onde exprimia com firmeza o ponto de vista do Espiritismo. No “Anuário Espírita”, editado pelo Instituto de Divulgação Espírita de Araras-SP, comparecia com várias matérias que o distinguiam como o principal colaborador daquela publicação. E, por fim, na revista “Planeta”, conforme mencionado linhas acima. Considerado pela crítica especializada como uma das pessoas mais cultas dos últimos anos em nosso país, aos 62 anos, Wallace teve seu estado de saúde comprometido e desencarnou a 13 de setembro de 1988. Esse sensível ser não passou pela vida, marcou-a profundamente pelas suas glórias, sua sabedoria, pela sua cultura, pelas suas criações e arte. Fontes de pesquisa: www.araraquara.sp.gov.br/secretariacultura Revista Internacional de Espiritismo, Matão/SP, outubro 2008. Transcrito do site: http://www.feparana.com.br/biografia.php?cod_biog=306

DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO MÊS DE JANEIRO Dia 01 de 1846 – Nasce Léon Denis, em Foug, arredores de Tours, na França. Autor de várias obras espíritas. Considerado o grande filósofo da doutrina. Destacou-se como escritor, estudioso e pesquisador que ajudou a impulsionar o Espiritismo naquele país e no mundo. Dia 01 de 1858 – Lançada em Paris, França, por Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, a Revue Spirite - Revista Espírita. Dia 01 de 1884 – Fundada no Rio de Janeiro, RJ, a Federação Espírita Brasileira, por Augusto Elias da Silva e outros. Dia 02 de 1873 – Em Alençon, França, nasce a religiosa e mística Teresa de Jesus. Desencarna em Lisieux, França, em 30.09.1897. Dia 06 de 1868 – Lançada A gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, por Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, em Paris, França. Dia 06 de 1869 – Criada Comissão para examinar os fenômenos espíritas pela Sociedade Dialética de Londres, Inglaterra. Dia 08 de 1958 – Fundado no Rio de Janeiro, RJ, o Lar Fabiano de Cristo, por Jayme Rolemberg e Carlos Pastorino. Dia 09 de 1862 – Nasce, em Gênova, na Itália, Ernesto Bozzano. Dia 09 de 1977 – Criada a Caravana da Fraternidade Jésus Gonçalves, em favor dos hansenianos, em São Paulo, SP. Dia 12 de 1827 – Nasce em Zurique, Suíça, o educador João Henrique Pestalozzi. Teve grande influência na formação de Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido mais tarde como Allan Kardec Dia 12 de 1937 – Fundada a Instituição Olímpia Belém, de amparo a meninas órfãs, no Rio de Janeiro, RJ. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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Dia 13 de 1960 – Em Uberaba, MG, o Espírito André Luiz, dita o prefácio do livro Além da morte, do Espírito Otília Gonçalves, psicografado por Divaldo Pereira Franco, em 1959 e publicado em 1968, sem o referido prefácio. Dia 13 de 1968 – Realizada, em São Paulo, SP, a primeira Concentração de Médicos Espíritas, para fundar a Associação de Médicos Espíritas. Dia 15 de 1861 – Lançado em Paris, França, O Livro dos Médiuns, pelo Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec. Dia 16 de 1949 – Realizado o Primeiro Congresso Educacional Espírita do Estado de São Paulo, em São Paulo, SP. Dia 25 de 1863 – Em Nova York, Estados Unidos, Andrew Jackson Davis funda o Liceu Espiritista e inicia o Movimento Espírita Jovem. Dia 31 de 1907 – Em Sacramento-MG, Eurípedes Barsanulfo funda o Colégio Allan Kardec, pioneiro da implantação de escolas espíritas no Brasil.

LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA” DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA MARIA DOLORES Rua Artur Machado nº. 288 – sala 04 – Centro Telefone: 3312-8327 – E.mail: eepe@eepe.com.br AMOR E PERDÃO – Denise Correa de Macedo A história acompanha o processo obsessivo que se instaura na mansão Fontanelli, com a morte do patriarca Giorgio e a tomada dos negócios pelo seu genro Miguel, que descobre que os Fontanelli não são donos da fortuna que ele pensava. Para ficar com os lucros da fazenda, Miguel rompe o contrato de arrendamento e leva Antônio, o arrendatário, a ser preso. Morto na prisão por maus-tratos, e sem saber que está desencarnado, Antônio passa a envolver Miguel por meio do álcool e do fumo, com o objetivo de vingar-se. Mariana, uma das filhas gêmeas de Antônio, que possui mediunidade ostensiva e conversa com os espíritos na casa da fazenda, solicita ajuda para o pai no centro espírita onde trabalha. A solução dos amigos espirituais é envolvente e modifica para sempre o caminho dos personagens, mostrando a sabedoria das leis de Deus. VIVENDO O EVANGELHO - VOL.II – Pelo Espírito de André Luiz – Psicografado por Antonio Baduy Filho Estudo com preciosos comentários, item por item, de O Evangelho segundo o Espiritismo. Verdadeiro guia a indicar o caminho da felicidade. Por meio de Chico Xavier, o autor espiritual trouxe informações da vida no mais além, principalmente na série iniciada pela consagrada obra Nosso Lar. Vivendo o Evangelho é apresentado em dois volumes. Este segundo contém estudos dos capítulos 15 ao 28 da obra de Kardec.

SUGESTÃO DE LEITURA LUZ NA ESCOLA – Por Espíritos Diversos – Psicografado por Francisco Cândido Xavier – Organizado por Clóvis Tavares e Flávio Mussa Tavares Esse é um livro de Francisco Cândido Xavier, com mensagens psicografadas por ele durante visita de quatro dias à Escola Jesus Cristo, Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 23


em Campos-RJ, em 1940. Contém comentários de seu organizador, Clóvis Tavares, testemunha ocular de todos os fenômenos ali ocorridos. Os textos deste volume representam uma reedição da sua primeira, pequena, única e esgotada edição, feita também em 1940, publicação de caráter doméstico da Escola Jesus Cristo, agora reeditada pela Vinha de Luz, que desempenha hoje um papel ímpar no resgate histórico da produção mediúnica de Chico Xavier. EMMANUEL RESPONDE – Pelo Espírito de Emmanuel – Psicografado por Francisco Cândido Xavier e Wagner Gomes da Paixão Emmanuel comparece nesta obra por meio de dois médiuns: Chico Xavier e Wagner Paixão. Respondendo a questões propostas por dois trabalhadores do espiritismo, Henrique Rodrigues e Honório Abreu, com sua sabedoria e amorosa devoção ao evangelho, traça reflexões e sublimes conclusões aos sinceros operários e estudiosos da doutrina codificada por Allan Kardec. Temas de magna importância ganham contornos especiais, permitindo ao leitor apreciar, pela mediunidade, os valores da vida imortal, em cambiantes de luz e fraternidade, dentro daquela universidade dos ensinos que faz do espiritismo uma doutrina comprometida com a verdade e o amor. A MEDIUNIDADE NOSSA DE CADA DIA - Pelo Espírito de Odilon Fernandes – Psicografado por Carlos A. Baccelli Um livro simples para a meditação em torno da aplicação da mediunidade, no cotidiano. Os singelos conceitos que seguem exarados em suas páginas objetivam apenas e tão somente afirmar que, de fato, no dia a dia, os médiuns são muito mais médiuns do que supõem, mas muito menos do que podem ser. ENTREGA-TE A DEUS – Pelo Espírito de Joanna de Angelis – Psicografado por Divaldo Franco Extraordinária obra com a beleza da escrita e a profundidade do conhecimento da venerável Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo Franco. Perguntas eternas, problemas atuais, desafios vindouros são abordados e elucidados com mestria. Dezenas de temas, acompanhados por mais de 470 notas e 860 entradas no índice, tudo num livro com acabamento luxuoso. Encontre o caminho. Entrega-te a Deus!

HUMOR ESPÍRITA – Ontem e hoje: Avareza

Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011

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