Ano 9 – nº 119 – Agosto/2016 – “Fundado em outubro de 2006” Responsável: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil) TWITTER: @jornalespirita FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba SITES: www.jornalespiritadeuberaba.com.br e www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba E-MAIL: contato@jornalespiritadeuberaba.com.br / CELULAR: (34) 99969-7191
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos. Distanciados entre nós, continuaremos à procura do trabalho com que nos já encontramos honrados pela divina providência”. Bezerra de Menezes EDITORIAL SESQUICENTENÁRIO DO LIVRO O CÉU E O INFERNO (1865-2015) A partir de meados da década de 1850 e durante toda a década seguinte, a humanidade foi brindada com uma invasão organizada do plano espiritual, se assim nos podemos expressar... Trazendo até nós um celeiro de luzes que foi observado, analisado e codificado pela mente lúcida e inteligente do missionário lionês Allan Kardec, cujo bom senso está comprovado em suas opiniões, eivadas, todas, de critério, prudência e respeito à liberdade. Naquele período, exatamente em 1º de agosto de 1865, a quarta obra da Codificação espírita vinha a Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 1
lume para esclarecer a todos, indistintamente, questões e temas que, muito embora já fossem conhecidos, só então seriam abordados com sabedoria, objetividade, clareza e lucidez, características que distinguem os escritos do Codificador da Doutrina. Tratava-se, nada mais, nada menos, do que o desdobramento da quarte parte de O livro dos espíritos, base fundamental do Espiritismo. O livro O céu e o inferno ou a Justiça divina segundo o Espiritismo faz um exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, trata das penalidades e recompensas futuras, aborda a questão dos anjos e demônios, bem como das penas eternas, complementando com numerosos exemplos a situação real da alma durante e depois da morte. Após o advento dessa obra, a humanidade tem à disposição uma visão da morte, do céu, do inferno, do purgatório, das penas e gozos futuros bastante diferenciada daquela até então conhecida, derrubando o receio, o medo e a incerteza que ainda domina boa parte dos seres humanos sobre esses assuntos. Logo no Prefácio do livro o Codificador esclarece: O título desta obra indica claramente o seu objetivo. Nela reunimos todos os elementos destinados a esclarecer o homem quanto ao seu destino. Como em nossas publicações anteriores sobre a Doutrina Espírita, nada colocamos neste livro que seja produto de um sistema preconcebido ou de concepção pessoal, que, aliás, não teria nenhuma autoridade. Tudo foi deduzido da observação e da concordância dos fatos.¹ O livro “O céu e o inferno” veio encher de esperança os desesperançados, descortinar um porvir de perspectivas, trabalho e progresso, derrogar o nada ou o fim de tudo com a morte, esclarecer com lógica incomparável a Justiça divina, demonstrar que as responsabilidades dos atos e ações são do seu executor, e desvendar o véu para um futuro promissor que possibilita à criatura o progresso inexorável. Ainda no Prefácio, Allan Kardec presta esclarecimentos sobre a estrutura e o conteúdo do livro, ao afirmar: A primeira parte desta obra, chamada Doutrina, contém o exame comparado das diversas crenças sobre o céu e o inferno, os anjos e os demônios, as penas e as recompensas futuras. O dogma das penas eternas é aí tratado de maneira especial e refutado por argumentos colhidos das próprias leis da natureza, leis que demonstram, não só o seu lado ilógico, centenas de vezes já assinalado, como a sua impossibilidade material. Com as penas eternas, caem naturalmente as consequências que se acreditavam tirar de tal doutrina. A segunda parte encerra numerosos exemplos que sustentam a teoria, ou melhor, que serviram para o seu estabelecimento. A autoridade deles se baseia na diversidade dos tempos e dos lugares onde foram obtidos, porquanto, se emanassem de uma fonte única, poder-se-ia considerá-los como produto de uma mesma influência; baseia-se, além disso, na sua concordância com o que se obtém todos os dias, seja onde for que Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 2
as pessoas se ocupem das manifestações espíritas, encaradas sob um ponto de vista sério e filosófico. Tais exemplos poderiam ser multiplicados ao infinito, visto que não há Centro Espírita que não possa fornecer um notável contingente deles.² No que diz respeito ao porvir, o livro “O céu e o inferno” Agosto de 2015 | Reformador 7 453 retrata a visão espírita sobre o futuro da alma, estabelecendo um código penal da vida futura com base na observação de fatos, e não na formulação de um código de fantasias, lançando por terra o medo, o receio e a dúvida sobre o que nos espera além da morte do corpo físico. Amplia a compreensão sobre o estado feliz ou infeliz da criatura, já que tal estado é inerente ao seu grau de depuração ou de imperfeição. Faz-nos entender a Justiça divina, infinita em sua perfeição, esclarecendo que a cada um será dado segundo suas obras, que as imperfeições acarretam sofrimentos inenarráveis e que as qualidades boas são fonte de gozo e felicidade. Abre a todas as criaturas, indistintamente, as portas para o futuro, possibilitando o progresso, a oportunidade de reconhecer os equívocos e de repará-los, desde que imbuídas do sentimento sincero de prosseguir evoluindo. O céu e o inferno, após as revelações emanadas de Espíritos que vieram até nós para trazer o tributo de suas luzes, já não estão restritos a espaços segmentados, estanques, limitados, onde o fogo escaldante e as figuras demoníacas se fazem presentes em toda parte, porque céu e inferno estarão sempre conosco, dependendo da frequência vibratória em que estagiamos. Apesar de transcorrido tanto tempo – 150 anos – a obra O céu e o inferno ainda é pouco lida e estudada entre os próprios espíritas. Esperamos que, estimulados pelas comemorações do seu sesquicentenário, desperte ela maior interesse junto aos que ainda a desconhecem, a fim de que a leiam, estudem e compreendam a Justiça divina tal como o Espiritismo o apresenta, e que tem na lei de justiça, amor e caridade o seu alicerce, por ser ela misericordiosa com todos indistintamente. Aproveitemos, pois, o sesquicentenário de O céu e o inferno para intensificar a construção do nosso céu interior, exemplificando as lições do Evangelho de Jesus, a fim de que nossas obras possibilitem, na Terra como no Céu, a colheita da felicidade que tanto almejamos, possível tão só pelo dever fielmente cumprido, porquanto, como estabelece a Justiça divina, a cada um será dado conforme suas obras. Jorge Godinho Barreto Nery – jgodinho@febnet.org Transcrito do site: http://www.icefaovivo.com.br/index.php/48-noticias/161sesquicentenario-do-livro-o-ceu-e-o-inferno-1865-2015 EVENTOS ESPÍRITAS DE UBERABA REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA Palestra: CONHECE-TE A TI MESMO Palestrante: Romildo Xavier Lima Programação: Palestra, Apresentação Musical, Sorteio de Livros e Confraternização. Data: 27 de agosto de 2016 (sábado) Horário: 19h30min Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos – Uberaba-MG) Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 3
III ENCONTRO DE EXPOSITORES PARA ESTUDOS ESPÍRITAS (E.E.P.E.E.) Data: 27 de agosto (sábado) Horário: das 15h às 18h Local: Centro Espírita Legionários do Bem (Rua Guiana nº 144 – Fabrício) Tema: Inovações na Divulgação da Doutrina Espírita Expositor: Wilson Nunes ANIVERSÁRIO DA CASA ESPÍRITA ADELINO DE CARVALHO 08 de agosto de 1961 / 08 de agosto de 2016 – 55 anos Palestras Comemorativas: Dia 11/08 – Tema: O HOMEM DE BEM – Expositor: Luciano Sivieri Varanda Dia 18/08 – Tema: O Livro Espírita – Expositor: Ozíris Borges Filho / Com a presença do médium psicógrafo Alaor Borges Júnior Dia 25/08 – Tema: Obreiros do Bem – Expositora: Sonia Maria Barsante Santos Local: Casa Espírita Adelino de Carvalho (Rua Minas Gerais nº 366 – Santa Maria) ANIVERSÁRIO DO GRUPO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ Fundado no dia 28/08/1990 – Completando 26 anos Palestras Comemorativas: Dia 22/08 – Palestra de Marta Fernandes Dia 29/08 – Palestra de Paulo Moreno e psicografia com Dilson Borges Local: Grupo Espírita Dias da Cruz (Rua Antônio Rodrigues da Cunha Castro nº 720 – Amoroso Costa) VIVÊNCIA XAVIER NO GRUPO ESPÍRITA DA PRECE DE CHICO XAVIER Dia 12/08 – Moniz Alves De Urzedo (Rufinópolis-MG) Dia 19/08 – Ozíris Borges Filho (Uberaba-MG) // Tema: Voltei! E Agora? DIA 26/08 – Clayton Rodrigues Marques (Rio Verde – GO) Local: Grupo Espírita da Prece de Chico Xavier (Av. João XXIII nº 1469 – Parque das Américas) XXXII SEMANA DA MEDIUNIDADE – AME-UBERABA DIA/HORÁRIO 29/08 Segunda-feira 19h30min 30/08 Terça-feira 19h 31/08 Quarta-feira 19h30min 01/09 Quinta-feira 19h30min
LOCAL/ENDEREÇO Comunhão Espírita Cristã Rua Prof. Eurípedes Barsanulfo nº 185 Grupo Espírita De Cáritas Rua Maurício Cury nº 100 – Jardim Manhatan Grupo Espírita de Assistência Ambulante Rua Flórida nº 31 Resid. Estados Unidos Grupo Espírita Eurípedes Barsanulfo Rua João Pinheiro nº 2.185 Boa Vista
TEMA
PALESTRANTE
Escolhos da Mediunidade
Sônia Isabel Benaventana
A Prática da Caridade e do Perdão Como Norma de Conduta Espírita
Luciano Bazaga
Mediunidade e Evangelho
Braz José Marques
Ação e Reação 60 Anos
Celeste Helena Carvalho
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02/09 Sexta-feira 19h30min
Fraternidade Espírita Irmãos do Caminho Rua Maria Conceição Silva nº 1.097 – Mangueiras
Obreiros da Vida Eterna 70 Anos
Luiz Humberto Dias (Betinho De Perdizes/MG)
PALESTRAS GRATUITAS Realização: Disciplina de Medicina e Espiritualidade da UFTM e Associação dos Médicos Espíritas de Uberaba Local: Hospital de Clínicas da UFTM – Auditório externo B (ao lado do Ambulatório Maria da Glória) Horário: Sempre às 9h Programação: Tema: Inserção da Espiritualidade na Educação Integral Palestrantes: Élida Mara Carneiro e Andreia Ferreira Costa Silva Data: 27 de agosto Tema: O Exercício da Mediunidade Como Fator de Educação Espiritual Palestrante: Maria de F. Borges Data: 24 de setembro Tema: Religiosidade e Espiritualidade no Cuidado em Saúde Palestrantes: Heloisa M. Cunha Palhares e Emerson P> Gonçalves Data: 29 de outubro Tema: Orgulho e Preconceito na Visão Espírita Palestrante: Alzira F. Batista Data: 26 de novembro Tema: O Amor na Visão Espírita Palestrante: Marlene Freire Data: 10 de Dezembro Em todas as datas haverá a análise do livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” com a palestrante Maria de Fátima Borges. EM DIA COM O ESPIRITISMO SITE E FACEBOOK DO LAR ESPÍRITA IRMÃ VALQUÍRIA O Lar Espírita Irmã Valquíria tem agora seu site. Nele o leitor espírita fica sabendo de todas as atividades e programações do Lar Espírita Irmã Valquíria, fica sabendo de todos os eventos da casa espírita, além de ler artigos espíritas e mensagens psicografadas pelo médium Alaor Borges Junior. Acesse o site e navegue para conhecer todo o conteúdo. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 5
Site: http://larespiritairmavalquiria.blogspot.com.br/ Aproveitem e curtam nossa pagina do facebook: Lar Espírita Irmã Valquíria. 9º ENCONTRO NACIONAL DOS AMIGOS DE CHICO XAVIER E SUA OBRA Tema Central: A Obra de Chico Xavier – Complemento da Codificação Data: 27 e 28 de Agosto de 2016 em Local: Centro de Convenções (Teatro Rio Vermelho) – Goiânia-GO Programação: 27 de Agosto de 2016 14h – Hino Nacional e Abertura 14h15min – Prece Ivana Leal Raisky - Presidente da FEEGO 14h20min – Apresentação Coral Vida e Luz 14h45min – “Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” – Jorge Godinho Barreto Nery (Presidente da FEB-DF) 15h30min – “Chico Xavier, Castro Alves e o Brasil” – Marta Antunes (DF) 16h15min – Intervalo – Filmes, Slides e Música 17h – “A obra de Humberto de Campos e a Transição Planetária” – Henrique Kemper Borges Júnior (MG) 17h45min – “As Antecipações Científicas da Obra de André Luiz” – Décio Iandoli Júnior (SP) 18h30min – Prece João Minelli – Vice-Presidente da FEEGO 18h40min – Intervalo – Filmes, Slides e Música 19h30min – Peça Teatral 28 de Agosto de 2016 08h30min – Apresentação Artística 08h40min – Prece Mário Lúcio Sobrosa – Presidente da Irradiação Espírita Cristã 08h45min – “Parnaso de Além Túmulo – Arautos da Espiritualidade anunciam o Evangelho Redivivo” – Manoel Tibúrcio Nogueira (MG) 09h30min – “O Transe Psicofônico na Obra de André Luiz” – Jacobson Santana Trovão (GO) 10h15min – Intervalo – Filmes, Slides e Música 11h15min – “A Volta de Allan Kardec em Chico Xavier” – Geraldo Lemos Neto (MG) 12h – Intervalo para o almoço 14h – Apresentação Artística 14h15min – “Nas trilhas da Garça: Chico Xavier nas Minas Gerais” Jhon Harley (MG) 15h – Intervalo – Filmes, Slides e Música 16h – “Chico Xavier é a Continuidade da Codificação Espírita” – Carlos Antônio Baccelli (MG) 16h45min – Apresentação Coral Vozes da Terra 17h – Prece Weimar Muniz de Oliveira – Presidente do Lar de Jesus Programação Especial 23/08 às 20 – “Chico Xavier apresenta Kardec” – Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta Grupo Espírita Allan Kardec (Rua T3, nº230 Setor Bueno – Goiânia) Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 6
25/08 às 20h – “Chico, o homem de Bem” – Alexandre Roberti (Federação Espírita do Estado de Goiás – Rua 1.133, nº40 Setor Marista – Goiânia) 26/08 às 19h45min – “A psicografia de Chico Xavier” – Mário Lúcio Sobrosa (Irradiação Espírita Cristã – Rua 201, nº232 S. Leste V. Nova – Goiânia) 26/08 às 20h – “Chico e o estudos das Obras Básicas” – Márcia Ramos (Grupo Espírita Mensageiros da Luz – Rua Xingus, Qd 74 Lt 1 Vila Brasília – Aparecida de Goiânia) Informações: secretaria@9enacx.com.br NOVO CANAL PAPO ABERTO COM ANA ARIEL A cantora e palestrante Ana Ariel está com canal novo no youtube, abordando temas diversos, com uma linguagem jovem e ao mesmo tempo reflexiva. Novo canal “Papo Aberto com Ana Ariel” está no ar! Assista, comente e inscreva-se no canal: https://youtu.be/9iWo9-YoqB0 CHAVES DA LUZ LANÇA MÚSICA EM BENEFÍCIO DOS REFUGIADOS Sensibilizados com o cenário de vulnerabilidade dos refugiados, o grupo Chaves da Luz, que desde 2009 tem conquistado a admiração do público com seu estilo “Rock Sinfônico", decidiu abraçar essa causa, compondo uma música em lembrança a essas pessoas afastadas de suas pátrias. Todos os dias milhares de pessoas, entre mulheres, homens, crianças e idosos são obrigadas a deixar para trás seus países, suas famílias, casas, empregos, histórias e muitos sonhos, caminhando aflitos e tomados pelo sentimento de medo rumo ao desconhecido. Imagine de um momento para outro perder o direito de viver em seu próprio país. A situação dos refugiados é uma das maiores crises humanitárias já vividas e tem preocupado o mundo, inclusive o Brasil. A canção “Left Behind” (Deixados para Trás), que está sendo lançada em julho, tem como proposta tocar o coração do público, chamando a atenção por intermédio da música, para essa questão tão séria, que afeta várias pessoas. O grupo propõe uma reflexão: E se fosse com você? Mostrando que esse fato poderia acontecer com qualquer pessoa. Por isso, não podemos nos mostrar indiferentes, nós podemos colaborar, fazer a nossa parte. Renda arrecadada será revertida ao Adus Uma das formas encontradas pelo Chaves da Luz foi oferecer a renda arrecadada com a venda da música Left Behind em benefício a um trabalho voltado aos refugiados. Escolheram o ADUS- Instituto de Reintegração do Refugiado para a parceria. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 7
“Precisávamos contribuir de alguma forma com essa causa tão triste, e decidimos fazêlo utilizando nossa arte”, diz Kethelin Cocchi, vocalista do Chaves da Luz. A música “Left Behind” será vendida nas principais plataformas digitais de música: Onerpm, Google play, ITunes, Spotify, Amazon, Deezer, SoundCloud, Napster/Vivo Música, entre outras. O clipe da música também estará no canal do Chaves da Luz no youtube para que o público possa assistir, curtir e compartilhar com seus amigos: https://www.youtube.com/watch?v=pvhIV5fg67Q BOA NOVA E TV MUNDO MAIOR PEDEM AJUDA PARA MANTER NO AR A PROGRAMAÇÃO A crise no país afetou diretamente a vida financeira dos brasileiros, causando reflexos em toda economia. Situação que não tem sido diferente para as instituições de caráter social, uma das primeiras a sentir esse reflexo, como é o caso da Fundação Espírita André Luiz, o maior complexo de divulgação espírita do mundo, que sofreu uma grande queda nas doações no último ano, uma das principais fontes de recursos para manutenção de suas atividades, em especial, a Rádio Boa Nova e TV Mundo Maior. Em meio à escassez de recursos financeiros, o grupo de comunicação tem lutado para continuar com o trabalho de divulgação do Espiritismo para milhões de pessoas que acompanham a programação das emissoras. “Ao longo de um pouco mais de 15 anos nos chegaram milhares de testemunhos de que o Espiritismo transformou suas vidas. Daí, o conceito importante de Emmanuel, na mensagem SOCORRO OPORTUNO de que ‘’ A maior caridade que podemos fazer em relação à Doutrina Espírita é a sua divulgação’’, faz um apelo Jether Jacomini, diretor da Rádio Boa Nova. “O Espiritismo Precisa de Você - O título dado a esta campanha traz-nos a urgência e importância de aproveitarmos a oportunidade que ela nos oferta. Auxiliar nesse momento de crise/oportunidade é antes de tudo um investimento para o tão sonhado status de Planeta de Regeneração e, diga-se de passagem, isso nos interessa e muito. Afinal, que mundo queremos deixar para os nossos filhos e netos? Que planeta queremos encontrar na nossa próxima reencarnação?”, explica André Marouço, diretor da TV Mundo Maior. Antes mesmo do reconhecimento jurídico da FEAL em 1990, o projeto embrionário da comunicação em prol de um planeta de regeneração já havia se iniciado desde 1963, com a aquisição da Rádio Clube de Sorocaba. Em 1964, a Rádio Difusora, na cidade de Guarulhos, São Paulo também passou a fazer parte do projeto. Mas foi em 1975 que viria a ser chamada Rádio Boa Nova. Em 2006 nasceu a TV Mundo Maior, com a proposta de dar continuidade à proposta de levar a importante mensagem dos Espíritos para todos.
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HISTÓRIA DO MOVIMENTO ESPÍRITA DE DANÇA O movimento de coordenação da Mostra Nacional de Dança Espírita está produzindo um livro sobre a história da dança espírita no Brasil. Para tanto, solicita aos grupos espíritas de dança que participem da elaboração do livro, enviando textos sobre suas experiências e suas histórias. Para participar, os interessados devem solicitar o regulamento por meio do e-mail dancaespiritaminhahistoria@gmail.com. O prazo de entrega dos textos vai até próximo dia 31 de julho. Mais informações pelo blog (clique aqui para acessá-lo) ou pelo whatsapp (96) 98117-6912. 3º FESTIVAL DE MÚSICA ESPÍRITA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP O CONESBC – Conselho Espírita de São Bernardo do Campo lança o 3º FEMESBC – Festival de Música Espírita de São Bernardo do Campo, de caráter nacional, a ser realizado no dia 22 de outubro de 2016 no Teatro Cacilda Becker, em São Bernardo do Campo - SP e para o qual podem se inscrever músicos espíritas de todo o Brasil. O 3º FEMESBC é uma realização do CONESBC – Conselho Espírita de São Bernardo do Campo com o apoio da Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo, ABRARTE – Associação Brasileira de Artistas Espíritas; do canal Dubem Web TV; Coral Candido Passarinho, AMEABC – Associação Médico Espírita do ABC, AJEABC – Associação Jurídico Espírita – Núcleo ABC e empresas patrocinadoras. Objetivos O FEMESBC tem como objetivos: Valorizar a arte produzida no movimento espírita; Incentivar a participação e criação artística das músicas espíritas; Proporcionar a descoberta de novos talentos no movimento espírita; Divulgar a música espírita, elevando o espírito; Promover o intercâmbio artístico e cultural em todo o Território Nacional; Promover a Doutrina Espírita. Premiação A premiação do 3º FEMESBC é composta por: 1º Lugar (01 violão, 01 troféu, Kit de livros espíritas); 2º Lugar (01 troféu e Kit de livros espíritas); 3º Lugar (01 troféu e Kit de livros espíritas); Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 9
4º Lugar (01 troféu e Kit de livros espíritas); Revelação (01 troféu e Kit de livros espíritas); Melhor Letra (01 troféu e Kit de livros espíritas). Etapas O 3º FEMESBC será realizado em quatro etapas, sendo: Primeira Etapa: De 08 de julho a 18 de agosto de 2016, inscrição das músicas através do site do FEMESBC – www.femesbc.com.br. Segunda Etapa: De 20 a 30 de agosto de 2016, as músicas inscritas serão avaliadas pela Comissão de Avaliação. Terceira Etapa: De 10 a 30 de setembro de 2016, as músicas aprovadas pela Comissão de Avaliação, vão para a votação popular através do site do FEMESBC – www.femesbc.com.br. Quarta e última etapa: As dez músicas mais votadas na internet, irão se apresentar na Grande Final no dia 22 de outubro, no Teatro Cacilda Becker, às 17h, com entrada franca e entrega voluntária de alimentos para o Projeto Alagoinha (trigo, óleo, fermento de pão granulado). Canal FEMESBC no Youtube Para conhecer os participantes e ouvir as músicas de todos os festivais, acesse o Canal FEMESBC de músicas no Youtube: www.youtube.com/femesbc Serviço: 3º FEMESBC – Festival de Música Espírita de São Bernardo do Campo Quando: 22 de outubro de 2016, às 17h Onde: Teatro Cacilda Becker Praça Samuel Sabatini, 50 – São Bernardo do Campo – SP Entrada franca com entrega voluntária de alimentos Estacionamento no local Informações: Site oficial do evento: www.femesbc.com.br E-mail: femesbc@conesbc.org.br Facebook: www.facebook.com/femesbc Telefone/WhatsApp: (11) 9 9894-9892 (Márcio) BÍBLIA DO CAMINHO A Bíblia do Caminho é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato hipertexto. Este livro eletrônico é uma verdadeira biblioteca espírita digital on-line, constituído de uma coleção de livros virtuais inter-relacionados e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa. Esta é uma versão de avaliação que trava após seis meses de uso; mas novas versões continuarão sendo distribuídas até o início da comercialização. Com muita satisfação anunciamos que todo o Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 10
conteúdo da Bíblia do Caminho (exceto os índices principais) pode agora ser traduzido instantaneamente para 72 idiomas, ela também foi otimizada para o uso com telas sensíveis ao toque. Confiram! Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com; www.ocaminho.com. ESTUDO – DIVERSOS TEMAS AS GRANDES CONSTELAÇÕES ESPIRITUAIS Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (S. JOÃO, cap. 14, vv. 1a3.) Existem nos espaços infinitos grandes constelações espirituais, que servem de moradas para as almas que já se despojaram de todas as imperfeições da matéria e que vivem conforme as realidades espirituais ensinadas por Jesus. São os espíritos nobres, os benfeitores da humanidade que se revestem de humildade e paciência para lecionar e ensinar as verdades e belezas espirituais ao homem ainda preso às dificuldades da matéria e aos atavismos perturbadores de suas vidas pregressas e que ainda vibram como sensações grosseiras do seu primitivismo animal. Allan Kardec, o sábio codificador, teve a oportunidade de interrogar na questão 742 de O livro dos espíritos, “qual a causa que leva o homem à guerra?”. E os espíritos responderam: “predominância da natureza animal sobre a espiritual e satisfação das paixões, esclarecendo sobre as nossas imperfeições que ainda fazem parte do nosso processo reencarnatório. Jesus é a oportunidade maravilhosa e bondosa que a vida nos oferece de crescermos em redenção em busca da nossa paz. Nessa trajetória redentora somos auxiliados por esses seres cósmicos que nos veneram e nos guiam na nossa luta de ascensão em busca da grande luz. Quando, enfim, depois de lutas imensas de renovação interior alcançarmos esses paradigmas cósmicos, também seremos convidados a participar dessas grandes arquiteturas espirituais onde o amor é o grande farol redentor que ilumina todos os espíritos que estão direcionados para o mesmo ideal de renovação moral da humanidade espiritual, conforme os ensinamentos de Jesus, que asseverou que há muitas moradas na casa do Pai, e que essas moradas são os Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 11
diferentes mundos habitados que servem de moradas para os espíritos de acordo com os seus diferentes níveis evolutivos. São os ensinamentos sublimes de iluminação interior do mestre querido que preferiu vir na figura de filho de carpinteiro para lecionar nos primeiros momentos a humildade, a caridade e principalmente o amor como o antídoto para a cura de todas as dores humanas, que plenifica e ilumina o ser na sua viagem espiritual, parafraseando os espíritos da codificação que disseram no item, “A lei do amor” que o homem no seu inicio só tem instintos, avançado e corrompido, tem sensações e que instruído e purificado tem sentimentos e que o requinte do sentimento é o amor, mas não o amor no sentido vulgar do termo mas esse sol interior que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e revelações humanas. Assim só o amor é capaz de promover a felicidade de todos que fazem parte desta grande família espiritual; que marcham juntos, porém em níveis evolutivos diferentes. Que possamos um dia habitar as grandes e sonhadas constelações espirituais onde reinam a paz, a alegria e a felicidade, moradas essas dos espíritos puros que souberam viajar no tempo do átomo primitivo até o arcanjo, de todos aqueles que souberam vivenciar o evangelho de Jesus, como o mais notável roteiro seguro de iluminação. E eis que surge a doutrina espírita, como o Consolador prometido por Jesus. Ele mesmo nos prometeu que não nos deixaria órfãos, que enviaria um outro consolador para que ficasse conosco eternamente, na revivência plena do cristianismo primitivo e nas máximas morais do Cristo, fazendo com que os que têm olhos de ver vejam e os que têm ouvidos de ouvir ouçam que a verdadeira felicidade ainda não se encontra na Terra. Oswaldo Coutinho da Silva Filho, Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade, Serrinha-BA ESTUDO SOBRE MEDIUNIDADE ENTREVISTA COM CHICO XAVIER SOBRE A MEDIUNIDADE (COMPILAÇÃO) Geraldo Lemos Neto O que é desenvolver mediunidade no conceito de Emmanuel? Ele crê que desenvolvimento mediúnico deveria ser a nossa dedicação ao aperfeiçoamento pessoal para servirmos de intérpretes àqueles que habitam a vida espiritual e, ao mesmo tempo, começar muito cedo o trabalho na pauta da obediência e da fé de que todos carecemos perante as Leis de Deus. Que é mediunidade, no significado real de sua essência? Mediunidade, na essência, é afinidade, é sintonia, estabelecendo a possibilidade do intercâmbio espiritual entre as criaturas, que se identifiquem na mesma faixa de emoção e de pensamento. Como alcançar bom aprimoramento de potencial mediúnico? Reflitamos no assunto do ponto de vista da mediunidade em trabalho Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 12
edificante. Que se aperfeiçoe o violino, e o artista encontrará nele as mais amplas facilidades de expressão. Sem cooperador habilitado, a tarefa surge deficiente. A mediunidade, em si, depende do médium. Diga-nos o que deve fazer, dentro de suas capacidades, um médium, para poder ser completo e útil ao Plano Espiritual? Devotamento ao Bem do próximo, sem a preocupação de vantagens pessoais - eis o primeiro requisito para que o medianeiro se torne sempre mais útil ao Plano Espiritual. Em seguida, quanto mais o médium se aprimore, através do estudo e do dever nobremente cumprido, mais valiosa se torna a execução de tarefas com os Instrutores da Vida Maior. Que é que pode ser mais prejudicial a um médium? O egoísmo que se fantasia de vaidade e orgulho, quando o medianeiro procura irrefletidamente antepor-se aos Mentores Espirituais que se valem dele. Ou o mesmo egoísmo, quando se veste de ociosidade ou de escrúpulo negativo, para fugir à prestação de serviço ao próximo. Qual a razão de algumas pessoas possuírem dons mediúnicos na Terra, desde o berço, e outras, após muito trabalho, é que conseguem conquistar alguns desses valores? Quando se trate de mediunidade em ação na cultura ou no progresso espiritual, a bagagem de recursos do medianeiro emerge das suas próprias aquisições de Espírito, efetuadas em existências pretéritas, outorgando-lhe a possibilidade de colaborar com mais eficiência ao lado de quantos pugnam, no Além, pelo aperfeiçoamento e a felicidade da comunidade humana. Como podemos entender o chamado "planejamento espiritual"? Mentalizemos o planejamento que antecede a formação de um núcleo populacional ou de uma família na Terra, com os recursos possíveis de previsão e teremos exatamente a ideia do que seja o "planejamento espiritual" para qualquer organização que proceda do Plano Espiritual para o Mundo Físico. Como encarar as diversas demonstrações mediúnicas existentes e praticadas fora da Doutrina Espírita? Os fenômenos medianímicos existiram em todos os tempos. E, em todos os distritos da atividade humana, continuam a existir. A Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo, esclarecendo mediunidade e médiuns para que as ocorrências mediúnicas edifiquem elevação e proveito em auxílio da Humanidade. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 13
Os “anjos de guarda”, que são? Os bons Espíritos, benevolentes e sábios, mormente aqueles que se nos fazem familiares, se erigem, no Mais Além, à condição de mensageiro de apoio ou guardiães abnegados daqueles companheiros que ainda se vinculam à vida física. Quais são os principais sintomas, tanto físicos quanto psicológicos, que a pessoa apresenta para que diagnostique-se mediunidade acentuada? Os sintomas podem ser variados, de acordo com o tipo de mediunidade. Irritabilidade, sonolência sem motivo, dores sem diagnóstico definido, mau humor e choro inexplicável podem indicar necessidade de esclarecimento e estudo. O que acontece para uma pessoa que se recusa a desenvolver sua mediunidade, já que esta mediunidade pode ajudar muitas outras? Haverá algum castigo ou cobrança? Energias que não doamos podem ser fator de desequilíbrio em nossas vidas. Nossa consciência, em geral, nos cobra uma atitude perante as tarefas que nos cabem. Praticando o Bem em qualquer parte, estaremos colocando nossa mediunidade a serviço de todos. André Luiz afirma: "Todo Bem que não se faz é um mal que se pratica". Como saber distinguir efeitos mediúnicos de doença física? Por exemplo: as dores de cabeça e de estômago. A segurança em distinguir efeitos da mediunidade de sintomas de doenças físicas, só pode ser alcançada com a educação da própria mediunidade. O ideal é que inicialmente se procure um médico para certificar-se que o mal não é físico e, uma vez confirmada a inexistência de doença, deve-se procurar a orientação espiritual. Dentro da psicofonia, se um médium dá passividade constantemente para irmãozinhos sofredores, tristes e chorosos, isso significa que o médium não está com a sintonia elevada? Todo médium deve estar em equilíbrio para trabalhar num grupo mediúnico. Quando dá manifestação a Espíritos sofredores, pode lhes proporcionar alívio e paz. Existem médiuns que têm energias específicas para socorrer Espíritos suicidas, muito sofredores; essa é a missão dos médiuns de desobsessão. Não é, portanto, um desequilíbrio. Muitos candidatos à mediunidade nos aparecem, confessando, no entanto, sua predileção pelo vício de fumar. Que fazer nestes casos? Ponderam os Mentores da Vida Maior que o vício da utilização do fumo cotidianamente é considerado dos menores vícios da personalidade humana. Não obstante, qualquer candidato à mediunidade cristã deverá esforçar-se diariamente por superar suas próprias inibições, consciente de que o quadro de serviços redentores a que se candidata exigir-lhe-á renúncias e abnegações incessantes em favor do próximo. Dentro deste particular é que os Amigos Espirituais nos dizem que, principalmente nas tarefas de auxílio desobsessivo e nas tarefas de alívio aos doentes, é totalmente Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 14
desaconselhável o hábito de fumar. Assim, sendo, os médiuns psicofônicos, os passistas e os de efeitos físicos fazem muito bem quando abandonam o cigarro. Muitos candidatos à mediunidade nos dizem que sofrem assédio de entidades infelizes e acabam desistindo do serviço mediúnico, justificando-se pelos impedimentos emocionais que carregam. Que dizer de semelhante situação? Curiosa esta pergunta, porque também passamos por esta experiência. Um ano antes de transferimos nossa residência de Pedro Leopoldo para a cidade de Uberaba, por volta do ano de 1959, uma crise alucinante de labirintite nos atacou. O desconforto que a doença causava, com aquele barulho característico, dentro do próprio crânio, nos alterou o estado emocional. Quase não conseguíamos a necessária concentração para a tarefa psicografia nas reuniões públicas do Centro Espírita Luiz Gonzaga. Estávamos intranquilos. Quando aquele tormento atingiu seu ápice, procuramos nosso médico oftalmologista, na época o Dr. Hilton Rocha, de Belo Horizonte. Dissemos a ele: Dr. Hilton Rocha, eu já não aguento mais esta labirintite que me atazana. Este barulho incessante me tonteia e já não posso atender às minhas obrigações de psicografia com a tranquilidade desejável. De modo que o senhor tem a minha autorização, caso esta labirintite for causada pela minha enfermidade dos olhos, para remover os meus globos oculares. E o senhor pode arrancar os meus olhos, por que eu preciso continuar trabalhando... O Dr. Hilton Rocha nos tranquilizou dizendo que, de forma alguma, a labirintite era devida às nossas enfermidades oculares. Recomendou-nos paciência e disse-nos que tudo iria passar. De fato, quando instalamos em definitivo aqui em Uberaba a crise de labirintite passou. Recentemente, no entanto, a questão voltou, mais ou menos há uns dois anos, com grande intensidade. Desta vez não só ouvimos o barulho característico da labirintite, como também registramos a voz nítida dos espíritos inimigos da Causa Espírita-Cristã, perturbando-nos a tranquilidade interior. Esta presença de espíritos infelizes, desde então, tem sido uma constante. Ouvimos-lhe diariamente os ataques à Mensagem Cristã e à Doutrina Espírita; as sugestões desagradáveis; as induções ao desequilíbrio; os sarcasmos em relação aos episódios por nós vividos no decorrer desta existência; as alusões ferinas às ocorrências menos dignas de nossos círculos doutrinários; as calúnias em relação a fatos conhecidos por nós; e até maledicências dirigidas ao nosso círculo de amizades. Tudo isto de forma tal que nos sentimos tolhidos na liberdade de pensar. Nossos Amigos Espirituais classificam este tipo de atuação como sendo PENSAMENTOS SONORIZADOS dos obsessores em nós mesmos. Dr. Bezerra de Menezes nos recomendou muita calma em relação ao assunto, incentivando-nos, inclusive, a conversar com estes irmãos infelizes pelo pensamento, mostrando-lhes o ângulo de visão que nos é próprio e rogando-lhes paciência e compreensão para as nossas atividades mediúnicas. Mesmo assim, apesar de estarmos tentando dialogar com estes espíritos, somente em 80% dos casos eles desistem do sinistro propósito de nos Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 15
retardar as tarefas. Assim, ainda 20% deles continuam renitentes em seu desiderato infeliz. Outro dia mesmo recorremos à vigilância de nosso mentor Emmanuel, e ele nos pediu mais paciência. Segundo a afirmativa dele, isto ainda duraria por algum tempo e em breve tudo voltaria ao normal. Em algumas reuniões identificamos discussões estéreis em torno de opiniões particulares e pontos de vista exclusivistas de determinados médiuns, que os conduzem, muitas vezes, ao afastamento do serviço, carregando no coração mágoas e desapontamento com a direção das reuniões e dos Centros Espíritas. Como devemos agir diante dos que se afastam das tarefas? O quadro de nossas responsabilidades diante da Mensagem Cristã do "Amai-vos uns aos outros" é tão vasto, os serviços ainda incompletos e as tarefas por realizar em nome do amor ao próximo se desdobram com tanta intensidade que, sinceramente, cabe-nos a solução de aproveitar o tempo disponível às nossas limitadas possibilidades, trabalhando e servindo sem cessar em nome do Bem geral. Não podemos nos dar ao luxo de correr atrás daqueles que abandonam o serviço espiritual, a pretexto de lhes oferecer explicações e homenagens. Isto porque nossas obrigações aí estão, exigindo-nos tempo e dedicação, e não podemos perder tempo. Se fulano ou ciclano considerou por bem abandonar as próprias obrigações espirituais, por este ou aquele melindre, que podemos nós fazer? Entreguemos-lhe, pela oração, à Bênção Misericordiosa de Deus, o Pai Amoroso de todos nós, e, por nossa vez, perseveremos no trabalho do Bem até o fim. Qual o obstáculo mais difícil a vencer na mediunidade? Os obstáculos mais difíceis ao desenvolvimento da mediunidade estão sempre em nós mesmos. Quando deixamos o trabalho mediúnico para entregar-nos a tipos de atividades inconvenientes, estamos habitualmente cedendo às tentações que ainda trazemos em nós mesmos, constantes das tendências inferiores que ainda remanescem dentro de nós, em nos referindo à herança pessoal que trazemos de existências passadas. Existirá, na opinião dos Amigos Espirituais, alguma correlação entre disritmia cerebral e mediunidade? Estamos na certeza de que no futuro dirá, do ponto de vista científico, que sim. A chamada disritmia cerebral, na maioria dos casos, funciona como sendo um implemento de fixação da onda mental do espírito comunicante; muitas vezes, também, essa mesma disritmia é um elemento importante no problema obsessivo. Achamo-nos aqui perante questões que o futuro nos mostrará em sua amplitude, com as chaves necessárias para a solução do problema. Qual a receita que o Sr. apontaria contra o animismo? Aprendi com o nosso abnegado Emmanuel que o médium é também um Espírito necessitado de socorro e de orientação. Desse modo, se o chamado animismo aparece Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 16
em determinado grupo, devemos atender ao companheiro ou à companheira, envolvidos no assunto, com o mesmo carinho e atenção que dispensamos comumente ao Espírito desencarnado, quando no intercâmbio conosco. O desenvolvimento da mediunidade se processa mais na corrente mediúnica ou nas ações, palavras e pensamentos de todos os minutos do médium? O desenvolvimento da sublimação mediúnica permanece na corrente dos pensamentos, palavras e atos do medianeiro da vida espiritual, quando ajustado ao ministério de fraternidade e luz que a sua tarefa implica em si mesma. A tese da mediunidade inconsciente estará sendo estudada e observada com consciência pela totalidade dos médiuns que se apregoam portadores de tal mediunidade? Cabe-nos significar-lhes nossas dúvidas ou aguardar o Tempo? Na esfera do medíunismo, há realmente incógnitas que só o esforço paciente de nossos trabalhos conjugados no tempo conseguirá solucionar. Incentivemos o estudo e o auxílio, dentro da solidariedade cristã, e, gradativamente, diminuiremos as múltiplas arestas que ainda impedem a nossa sintonia na execução dos serviços a que fomos chamados, porquanto, o problema não deve ser examinado unilateralmente, reconhecendo-se que o serviço é de nossa responsabilidade coletiva nos círculos doutrinais. Sendo verdade que o “clima” mental do médium atrai Espíritos condizentes, bons ou maus, como agiremos diante dos médiuns que se dizem inconscientes e que dão comunicações alternadas e seguidas? O médium não deve perder de vista a disciplina de si próprio. A ordem é atestado de elevação. Dons mediúnicos pronunciados, como por exemplo, o da vidência espiritual, que tantas pessoas anseiam e se esforçam por possuir, sob certas circunstâncias de ordem material, não significariam uma desvantagem ou, pelo menos, um transcendente compromisso para essas pessoas? Dons mediúnicos não representam desvantagens, mas envolvem os compromissos e as responsabilidades que lhes são consequentes. Os candidatos ao trabalho mediúnico, junto das criaturas humanas, precisam refletir com segurança e discernimento antes de abraçá-lo, conscientes de que se encontram diante de um dos mais sérios compromissos espirituais da vida. Quando um médium pode saber se realmente tem um compromisso mediúnico e que compromisso lhe traz essa mediunidade? Através de sua predisposição. A mediunidade induz o indivíduo a uma posição consciente perante a vida desde que esta seja pautada em linhas de equilíbrio moral. Então, ele passa a receber intuições vigorosas que o impelem a atitudes positivas em relação ao próximo. Aparece de início, como lampejo de um ideal, como reminiscência de tarefas que ficaram interrompidas ou como uma verdadeira impulsão para realizar determinados compromissos em benefício da criatura humana. À medida que mergulha Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 17
no mundo interior, desdobram-se as possibilidades e os Espíritos o conduzem a que execute a tarefa que, aos poucos, lhe vai sendo inspirada e conduzida. A mediunidade é uma faculdade paranormal, e todos podemos experimentar fenômenos que não são habituais, não comuns. Quando estes fenômenos especiais transcendem o habitual, refletem características de mediunidade, tais como: percepção de presença, visões e audições psíquicas, que seriam denominadas como alucinações psicológicas por psiquiatras desconhecedores da mediunidade... Que dizer dos processos empregados atualmente pela maioria dos Centros, no que diz respeito ao desenvolvimento mediúnico? Como desenvolver médiuns? Examinar as diretrizes das instituições não será trabalho compatível com as nossas responsabilidades singelas. Cada grupo doutrinário é a resultante dos propósitos e atividades dos seus componentes. Resumindo-se, porém, os programas do Espiritismo Evangélico, na sementeira do amor e da educação nos moldes que Jesus nos legou, acreditamos não encontrar outro código mais elevado para os serviços do nosso ideal, além do Evangelho sentido e vivido, nos diversos setores da experiência que nos é comum, código esse que deve presidir também não só o desenvolvimento dos médiuns, mas o processo espiritual de todos os doutrinadores e companheiros em geral. Fontes: Questão 1, do livro Kardec Prossegue - Editora UNIÂO. Questão 2, do livro Novo Mundo - Editora IDEAL. Questões 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13, do livro “Plantão de Respostas” - Editora CEU. Questões 14, 15 e 16, do Jornal “O Espírita Mineiro” - n 217. Questões 17, 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25, do livro "Encontros no Tempo" - Editora IDE. Questão 18, do livro "Chico Xavier, em Goiânia" - Editora GEEM. Link da Página:http://www.grupoandreluiz.org.br/chico_ler_perguntas.php?id=5 JUVENTUDE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA “Companheiros da terra, à frase de todas as complicações e problemas do sexo, abstende-vos de censura e condenação”. Emmanuel – Vida e Sexo. Nunca a geração jovem esteve tão bem informada! Livros, revistas, músicas, televisão, rádio, imprensa, Internet, programas de computador, e a lista prossegue com tantos canais de cultura e informação! Há espaço exclusivo para os jovens discutirem sobre sexualidade, para receberem orientação: suplementos de jornais, revistas, programas de televisão ou mesmo colunas próprias naqueles destinados ao público em geral. Contamse hoje nas bancas mais de 30 publicações regulares destinadas a esse público. Até o Governo vem se utilizando dos meios de comunicação, fazendo campanhas, esclarecendo sobre AIDS, camisinha, gravidez, etc. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 18
A explosão da sexualidade nessa fase não representa início de experiência, mas recomeço da vida sexual no ponto onde a deixamos no passado, ou seja, em nossas precedentes existências. E, como encontramos hoje tamanho acesso às possibilidade de se extravasar os instintos, o resultado é a “liberdade” que vige nos dias atuais. Com isso, surgem os inúmeros problemas relacionados ao comportamento sexual das criaturas: doenças sexualmente transmissíveis, sexualidade precoce nos adolescentes, gravidez indesejada, abusos de toda ordem, problemas de ordem psicológica, mudança de postura em relação ao relacionamento afetivo sério, etc. Então perguntamos: Quem não tem problemas sexuais? Ou, melhorando a pergunta, qual lar não tem alguma dificuldade a resolver quanto ao comportamento sexual dos que ali vivem? A carga do passado surge em todos nós, espíritos eternos e ricos em experiências positivas e negativas. Os mais jovens, ainda imaturos, mais sofrem. Allan Kardec conscientiza-nos: “Quando as crianças não mais necessitam dessa proteção, dessa assistência que lhes foi dispensada durante quinze a vinte anos, seu caráter real e individual reaparece em toda a sua nudez”. Ajudá-los é compromisso de todos os que já amadureceram na jornada da vida. E dentre os problemas que mais vêm crescendo, está a gravidez na adolescência. Tratemos dele lembrando que nossos jovens não são inimigos serem combatidos, são nossos continuadores a serem orientados. A – O Tamanho o Problema As estatísticas mostram que apenas um em cada dez jovens usam camisinha ou algum outro método contraceptivo. A discussão quanto o seu uso, que faremos em outra obra, está relacionado com o tema deste capítulo. Com ou sem uso desses métodos, busca-se o prazer desmedidamente. Isto atesta o estado atual da Humanidade em relação a sexualidade. Já o comentara Allan Kardec: “Que pensar dos usos que têm por fim deter a reprodução, com vistas à satisfação da sensualidade? Isso prova a predominância do corpo sobre a alma e o quanto o homem está imerso na matéria”. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, em 1997, no Brasil, cerca de 1 milhão (isto mesmo!) de meninas entre 15 e 19, tornaram-se mães. Fora as que engravidaram e abortaram. Dados agora de 1999 indicam que houve aumento de 30% o número de adolescentes entre 10 e 14 anos grávidas. Já não é mais novidade gravidez em meninas de 10, 11,12 anos. Esta vida sexual ativa precoce leva também a outros problemas graves: prostituição infantil e juvenil, aborto, perda da auto-estima, escravidão sexual, problemas futuros de saúde. 80% das mulheres que engravidam são solteiras e 28% das adolescentes engravidam nos três primeiros meses após o início da atividade sexual. Como pais, devemos combater tal situação dentro de nossos lares com os recursos corretos e não arcaicos, como a surra e a proibição. Há um abandono por parte dos pais quando isso ocorre, por acharem que o problema é grande demais ou porque pensam que os jovens tenham estrutura para Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 19
tudo resolverem e tudo enfrentarem. Ledo engano! Esta é a fase em que mais necessitam de orientação e direção. Sexo que supera o amor traduz-se em destruição e arraso total dos bons sentimentos. Não esqueçamos que por trás de nossos atos na vida material está uma legião de espíritos convivendo e participando conosco, seja na alegria do dever cumprido e da satisfação sadia, seja na degradação de nossos sentimentos e de nossas atitudes. Se do sexo fazemos apenas instrumento de prazer, vincularemos a nós espíritos de mesma condição, muitos querendo reencarnar a qualquer custo ... Importante lembrar que Deus não estabelece programação de gravidez indesejada... B – Por Que Isso Ocorre? Primeiramente, podemos dizer que para o jovem não basta informação: é preciso manutenção. Outro fator é a qualidade da informação recebida. A jornalista Regina Castro lembra que “a educação do adolescente foi entregue à mídia e ao consumo”. O que temos na mídia são 5% de reportagens sérias e programas bem-intencionados e 95% de confusão e sensualismo, desde filmes, novelas e programas para adolescentes destacando o sexo sem amor até livros ensinando técnicas de conquista e prazer na cama, semelhando a livros ensinando a caçar e cozinhar, com tal frieza e hipocrisia, que chega a envergonhar os que valorizam o sentimento e a humanidade. Falar em valores da família chega a ser difícil. A prática física do sexo também passou a ser uma obrigação social, e os que buscam pensar e agir diferente são por vezes discriminados pelos outros jovens. O sexo hoje está universalizado e os valores vigentes apontam para um desejo sexual desequilibrado, prazer sem preço, promiscuidade, obrigatoriedade do sexo no namoro, satisfação de fantasias, infidelidade, e resvala amiúde na prostituição feminina, masculina e homossexual. A iniciação sexual, que era mais possível aos rapazes, e a idade variam dos 13 a 16 anos, hoje reduziu o prazo para começar, estando iguais as possibilidades para meninas e meninos, e a idade dos 10 aos 14 anos. Iniciando mais cedo e estando mais suscetíveis às influências, os adolescentes são vítimas das induções psicológicas sexuais negativas na atualidade, tais como o mau exemplo dos pais, ao mercado de ofertas, à literatura de estímulo, às revistas especializadas, ao forte mercado do sexo e da pornografia, às festas cada dia mais liberais, à utilização de drogas e álcool, à moda sensualista, à proliferação dos disquesexo, ao uso da Internet como busca de prazer sexual, às fitas de vídeo facilmente locáveis, ao interesse comercial em se explorar tão rentável faixa de público consumidor entre outras. Muito se fala de prazer e pouco se fala de responsabilidade, de consequências de nossos atos sexuais, acabando por constituir-se na maior propaganda enganosa de nossos tempos. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 20
Com o materialismo tão em voga como hoje, sentimos esquecimento dos valores morais e éticos por parte da sociedade e mesmo das famílias, culminando com o amor livre, tão pregado quão praticado em meio à juventude, trazendo compromissos espirituais sérios e prejuízos morais para toda a Humanidade. Eis aí o reflexo de nossa imperfeição: usamos mal os recursos criadores do sexo em nossas vidas pregressas e hodiernamente usamos a liberdade que recebemos para consertar nossos erros, de modo a complicá-los ainda mais. O principal motivo para que ocorra esse problema está na educação no lar. Pais abandonaram seus filhos ao aprendizado do mundo. Quando mais necessitam de esclarecimento e orientação quanto à própria sexualidade, deixam mães e pais que aprendam tudo na escola, na rua, na mídia, nos livros, com os outros. Achamos interessante a expressão “Órfãos de educação sexual”, que define bem a situação. A TV, com seus péssimos exemplos em maioria, é hoje a maior fonte de aprendizado sobre o sexo. Na mesma reportagem Regina Castro coletou que os jovens se informam sobre sexo mais em conversas com amigos (90% dos jovens que responderam à pesquisa), em informações em revistas (76%), programas de TV (63%), conversa com os pais (50%). Indagados sobre qual seria a melhor forma, a maioria preferiria as conversas com os pais. Os pais devem participar mais das descobertas de seus filhos. Certos espíritos afinizam-se com jovens descuidados e os “hipnotizam”, buscando abrir a porta da reencarnação, provocando a gravidez indesejada e inesperada nas adolescentes, que, imaturas e desamparadas de melhor orientação educativa dentro do ambiente doméstico, acabam por cair na cilada do prazer fácil e sem medir consequências físicas, morais e espirituais. Outros experimentam a prática sexual com a desculpa de que precisam testar em todas as tentativas de afeição para saber se há amor entre o parceiros, pois, se não der certo o relacionamento, é porque não deviam permanecer juntos. Querem testar até achar o par ideal para casar. .. Pobre ilusão! E os que ficam casados 20, 30, 40 anos e depois se separam, qual a desculpa? Não tiveram tempo para se conhecer? Não se mede afeição pela prática física do sexo, mas por inúmeras variantes (entre elas o sexo, sem dúvida) mais complexas. Nunca achar que somente poderá ocorrer com a filha dos outros, ou, se achar que poderá ocorrer com a nossa, tentar resolver o problema com censuras, agressões verbais, violência, expulsão de casa. E sobretudo jamais olvidar que nós recebemos nossos filhos hoje, no mesmo ponto em que os deixamos no passado, elucidando-nos Emmanuel que “a filha detida nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequilíbrio e à crueldade”.
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C - E Os Filhos de Nossos Filhos? A “vítima” silenciosa neste problema é o filho ou a filha que chegará ao mundo, já enfrentando seu primeiro problema. Colocamos a palavra vítima entre aspas porque sabemos que ninguém é cem por cento vítima e o retorno desse espírito ao orbe terreno se faz dentro das leis de mérito e da necessidade. Os avós é que têm arcado, na maior parte dos casos, com a renúncia de cuidar de uma criança que nasce carregando consigo toda a esperança de uma nova vida. Isso acarreta vários problemas na criação desses filhos, que crescerão sem a figura de um pai e de uma mãe assumindo seu papel. O correto é que os pais assumam sua posição e suas responsabilidades. Divaldo Pereira Francos esclarece-nos: “Quando dois seres, jovens ou não, se buscam e se deixam abrasar pelo desejo, devem arcar com os efeitos desse ato, desde que toda ação produz uma reação equivalente”. Mesmo que represente sacrifícios ao jovem casal, estejam eles dispostos a assumir, deverão os pais apoiá-los sem querer tomar para si tal tarefa, a título de exonerá-los das lutas com as quais eles mesmos se comprometeram. Os homens descobriram o prazer do sexo antes do casamento: devem encarregarse de todas as consequências que daí advenham. Não estamos adotando atitude puritanista, mas afirmando que a sexualidade tem que estar a serviço do amor, e o amor jamais tem pressa. Somos livres para buscar qualquer sensação, porém somos escravos em seus resultados. Debalde tentaremos fugir de nossos compromissos. Se fugirmos nesta vida, eles nos alcançarão, mais dia, menos dia. Podemos buscar a prática sexual a qualquer momento, em qualquer posição da vida; mas que o façamos com bom senso e maturidade, conscientes dos riscos e dispostos a cumprir nossos encargos. Portanto a gravidez na adolescência deve ser levada a termo e o rebento da relação deve, se possível, ser abraçado pelos que o conceberam. Richard Simonetti recorda-nos: “Deus sustenta a vida, mas sua manifestação, condição e qualidade dependem de nossas iniciativas”. Saibamos que exercer sexualidade com alguém é empenhar-se perante esse alguém. Se esse alguém se apaixonar, se matar, sentir-se desprezado, entrar em quadro de neurose, depressão, frustrações, psicose: tristeza, desespero, amargura, seria lícito abandoná-lo? Sexo antes do casamento cada um decide, mas como ficam as pessoas depois, se não mais quisermos a afeição? Não é e nunca será justo o filho pagar o preço, o tributo da transitória união dos pais ... Em qualquer tipo de vínculo, a responsabilidade perante a Justiça Divina é imensa. Foge à irresponsabilidade, para não agravares teus problemas. Afirmemos com Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 22
Emmanuel: “O sexo é energia criativa, mas o amor necessita estar junto dele, a funcionar por leme seguro”. D - Pais: Preparação, Prevenção e Atitudes Solucionadoras - Conversar com nossos Filhos desde os quatro anos, sem esperar pelos 12, 13 anos. Os frutos plantados na infância serão colhidos na adolescência. Diálogos evangelizados e não futilidades do mundo; - Buscar o diálogo espontâneo, sem forçá-los. Diminui os riscos, mas, se acontecer a gravidez, continue dialogando para orientá-los. Sinalizar claramente que o canal de comunicação está aberto para qualquer assunto, seja qual for a gravidade, aumentando as chances de que procurem os pais primeiro e não a rua. O diálogo é fonte constante de cumplicidade e convivência imprescindível, conforme nos diz Chico Xavier; “Necessário que os pais conversem mais cordialmente com os seus filhos no clima da harmonia doméstica, dentro da própria casa, e nunca adiar essas conversações para tempos de desastre sentimental”; - Trabalhar para que nossa filha não busque a tentação do aborto, transformando-se em heroína, mesmo sofrendo incompreensão e dificuldades, sem interromper a sagrada gravidez. Lembrar-lhe que pode ser esta criança um ente querido retornando à nossa convivência, e que maternidade é sempre luz e bênçãos, de modo belo descrito por André Luiz; "Maternidade imprevista ( ... ) Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova; maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos"; - Ensinar nossos filhos a lidar com suas energias sexuais: como, com quem e para que se utilizar desses recursos; - Não esperar que perguntem tudo sobre sexo. Ter a habilidade de suscitar-lhes as necessidades de informações sem despertá-las em demasia. Muitas vezes, quando a pergunta vem, é porque algo já ocorreu. Pode começar pela hora do banho os primeiros esclarecimentos. A educadora Tânia Zagury alerta: “Em assuntos como sexo, deve começar cedo. Afinal, não é de um dia para o outro que uma criança se torna adolescente”; - Amparar o jovem com nossa experiência e visão de vida; - Utilizar-se sempre das orientações espíritas. E - Orientações Espíritas - O melhor remédio será sempre o exemplo dos pais no lar. Pais equilibrados, lares equilibrados; lares equilibrados, filhos equilibrados, mesmo que escorreguem em algumas falhas. Colocamos aqui asserção de Emmanuel: "Os pais são os mestres da educação sexual de seus filhos". - Viger sempre no lar a Educação Sexual de nossos filhos, sem tabus ou timidez desnecessária, com suavidade e disciplina; Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 23
- Falar-lhes sempre das leis divinas, da consciência, dos sentimentos, da conduta reta, da felicidade e infelicidade, da eternidade do espírito, da lei de sintonia, das obsessões, do vampirismo, da lei de ação e reação, da reencarnação, das virtudes, etc.; - iluminá-los com as normas libertadoras do Evangelho de Jesus: - Conduzi-los a melhor conhecerem sua sexualidade à luz dos ensinos da Doutrina Espírita, com estudos específicos, ouvindo expositores doutrinários competentes, cursos programados, diálogos e debates em torno da temática sexual espírita, e muito conversar com eles sobre Espiritismo e moral evangélica; Convidá-los a participarem de mocidades espíritas ou grupo de jovens religiosos (se nãoespírita); - Não proibi-los ou obrigá-los à abstinência, porém estimular-lhes educação, controle e responsabilidade; - Explicar-lhes que a construção da felicidade não depende unicamente do instinto sexual satisfeito: depende do intercâmbio salutar de forças, da sintonia entre as almas, dos sentimentos sinceros, da consciência enobrecida no esforço do aprimoramento individual e da relação afetiva. Dona Laura, em palestra edificante com André Luiz, aborda: “O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal - patrimônios que se derivam naturalmente do amor profundo constituem sólidos alimentos para a vida em si”; - Não deixá-los entregues às orientações materialistas sobre sexo, de buscarem apenas prazer egoístico. - Elucidar lhes que sexo é energia divina, função criadora, transferência de cargas magnéticas, troca de sentimentos, reencontros, maternidade sagrada; - Ressaltar lhes o valor da oração, que será auxílio constante na direção dos desejos e sentimentos; - De modo algum, agredi-los fisicamente ou verbalmente, repassar-lhes a ideia de decepção pela situação ocorrida, transmitindo-lhes o desagrado pelo ato imaturo e a postura de que deverá consertar seu erro sem utilizar-se de outro maior; - Auxiliá-los quando passem pela experiência da gravidez inesperada, amparandoos para que assumam a obrigação que carrearam para si, dando condições para que iniciem uma vida a dois e colham suas experiências. Mesmo que não gostemos do genro ou da nora e mesmo pensando que o melhor seria criar nossos netos e liberar nossos tutelados, faz-se mister que abracem seus deveres e assumam o resultado de seus atos; Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 24
- Amá-los sempre e incondicionalmente, não importando o que façam, com disciplina e energia, todavia com brandura e perdão, pois, se Deus os confiou a nós, é porque sabia da nossa capacidade de amar e educar. Como fecho, colocamos aqui rico pensamento de Chico Xavier: “Deveríamos educar os nossos filhos e descendentes, para que eles se conscientizem das responsabilidades do amor, com mais educação para a vida afetiva”. A gravidez na adolescência é um problema a ser tratado preventivamente; contudo, ocorrendo, transformar-se-á em manancial de alegrias e bênçãos, se soubermos conduzi-la no espírito cristão. De pântanos pútridos podemos colher belos lírios, como sinal da natureza de que nada é ruim e negativo, se trazemos o coração com a luz e a beleza do Evangelho. Sejamos pais equilibrados, socorrendo as fraquezas de nossos tutelados sem adubar-lhes a irresponsabilidade, caminhando com eles na trilha da renúncia e do sacrifício para reconstruir-lhes o caminho da felicidade, sem precisar pisotear o jardim do próximo. Sejamos felizes, vindo no oceano da consciência tranqüila, onde Jesus sempre conduzirá o barco e onde nem mesmo as tempestades da vida conseguem tirar a serenidade de suas águas. Joamar Z. Nazareth Transcrito do site: http://www.acasadoespiritismo.com.br/familia/desafiofamilia/gravidez%20n a%20adolescencia.htm LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER CASO 77 – O CULTO DOMÉSTICO DO EVANGELHO Explicando-se, com singeleza e segurança, pelo lápis do Chico, na noite de 16 de dezembro de 1948, assim se expressou Casimiro Cunha sobre o culto doméstico do Evangelho: Culto Doméstico Quando o culto do Evangelho Brilha no centro do Lar, A luta de cada dia Começa a santificar. Onde a língua tresloucada Dilacera e calunia, Brotam flores luminosas De sacrossanta alegria. No lugar em que a mentira Faz guerra de incompreensão, A verdade estabelece O império do Amor cristão. Onde a ira ruge e morde, Qual rude e invisível lera, Surge o silêncio amoroso Que entende, respeita e espera, A mente dos aprendizes, Bebe luz em pleno ar, Todos disputam contentes, A glória do verbo dar. A bênção do culto aberto Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 25
Na Divina diretriz, Conversa Jesus com todos E a casa vive feliz. Quem traz consigo a alegria Combatendo a treva e o mal, Encontra a porta sublime Do Reino Celestial. Casimiro Cunha Pela oportunidade permanente destes conceitos, deliberamos assinalá-las como precioso aviso a nós todos. Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama. MENSAGEM ESPÍRITA SER ESPÍRITA Ser espírita é procurar fazer a diferença, sem se sentir diferente. É agir com lucidez e responsabilidade, tomando a iniciativa do melhor em benefício de todos. É dar testemunho de fé nas mais comezinhas atitudes cotidianas. É vivenciar as lições da Doutrina, sem, contudo, ser moralista, qual se ser espírita se fizesse inacessível à mais frágil das criaturas. É respeitar os companheiros de Ideal, dialogando fraternalmente sobre possíveis pontos de divergência. É apaziguar os ânimos exaltados e empreender campanhas de silêncio, quando a conversa leviana ameaça o rendimento do trabalho em grupo. É sempre estar disposto a perdoar ofensas e, de preferência, jamais se sentir ofendido. É não se melindrar, ao ponto de promover a desunião com o comprometimento da Causa. Ser espírita é demonstrar o que se assimilou da Mensagem não apenas através da palavra de erudição, mas, sobretudo, da atitude que lhe confere credibilidade ao verbo esclarecedor. É ser, onde estiver, um apelo à lógica e ao bom senso, despertando consciências e sensibilizando corações. É saber, nas atividades em que se engaja, somar com as possibilidades de cada um, dividindo atribuições, para que os resultados se multipliquem. É não reclamar prestígio e privilégios. É não se considerar algo que ainda não se é e que, de modo geral, todos estamos muito distantes de ser. É não se iludir no corpo, para não se decepcionar fora dele. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 26
Ser espírita, portanto, é amar sem restrições, admitindo o equívoco cometido e voltar atrás, se necessário, sem que humilhe ou se sinta humilhado. É experimentar indefinível alegria por seguir a Jesus, e somente a Ele! É, sim, reconhecer-se limitado, porém não acomodado em suas próprias mazelas. É, mais do que não tropeçar e cair, não comprazer-se na queda. Enfim, ser espírita é ser uma pessoa comum, mas não vulgar. Livro: Ser Espírita / Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Spartaco Ghilardi / LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo TRABALHO IMPORTANTE CENTRO ESPÍRITA ALLAN KARDEC EM UBERABA-MG Primeira Fase de 1966 à 1990 Fundação A iniciativa da fundação do Centro Espírita Allan Kardec, partiu da Sr.ª Sílvia de Oliveira Rosa, nascida em 18 de setembro de 1916, em Irapé, Município de Botucatú, Estado de São Paulo. Desencarnou aos 74 anos, em 08 de fevereiro de 1990, em Uberaba (MG), Dona Sílvia era uma pessoa dinâmica, alegre, disciplinada e reservada, pouco falava de si: sabemos que após esposar Francisco Rosa e Silva, pecuarista em Uberaba, passou a residir em Uberaba. Eles se conheceram nas viagens que fazia a negócios com o gado zebu. Entre vários amigos que tinham, um se destacou pela influência e incentivo à fundação do Centro Espírita Allan Kardec; Francisco Cândido Xavier. D. Sílvia se manteve a frente dos trabalhos da casa com o apoio do marido, até que o mesmo desencarnou em 25 de dezembro de 1980. Seu esposo desencarnou, grande tristeza abateu seu coração. Enfrentou as preocupações pessoais e da instituição. Logo após o desencarne do esposo, veio a desapropriação do Centro pela Prefeitura Municipal. Com o auxilio de alguns amigos, ficou na presidência do Centro até seu desencarne em 1990. Primeiras Orientações Espirituais Francisco Cândido Xavier, foi seu incentivador e conselheiro. Através dele D. Sílvia recebeu mensagens de Bezerra de Menezes, aconselhando e sugerindo o nome do Centro. Primeira Mensagem Orientação do espírito Bezerra de Menezes, para Dona Sílvia Rosa: Filha, Jesus nos Abençoe: Cremos que nenhum nome deve ser mais homenageado que o do apostolo da codificação da Doutrina Espírita Allan Kardec. Quanto à orientação geral do grupo, convirá iniciar-lhe as tarefas com a simplicidade máxima, sem qualquer manifestação de natureza pessoal. Acima de tudo oferecemos ao Cristo o nosso pequenino esforço e esperamos que ele nosso eterno amigo nos inspire e nos abençoe. Segunda Mensagem Orientação do espirito Bezerra de Menezes ao grupo que seria formado. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 27
Nossos amigos estão recebendo o amparo dos benfeitores espirituais, que lhes assistem as tarefas para os encargos que estão abraçando perante Jesus, confiemos na benção do senhor, trabalhando sempre na sementeira da luz e seara do bem. Bezerra Centro Espírita Alan Kardec – Registro do estatuto Seguindo as orientações de Chico Xavier, D. Sílvia recorreu ao presidente da Aliança Municipal Espírita, Dr. Jarbas Leone Varanda e ao confrade Antonio Fonseca, para auxilia-la na elaboração do Estatuto que foi registrado em cartório em 15 de junho de 1966 com o objetivo e finalidade de: Terá seu templo por tempo indeterminado, tendo por finalidade a divulgação através do ensinamento doutrinário falado e escrito, bem como a prática da assistência social de conformidade com os princípios codificados por Allan Kardec, na revivescência dos ensinos de Jesus. (transcrito do Estatuto) Primeira Diretoria Fundadora Gestão de 1966 a 1968 presidente: Sílvia de Oliveira Rosa Vice.Presidente: Sr.: Revail França Secretária: Sra. Anna Maria Figueiredo Franca 1º Tesoureiro: Benedito Euripedes Carmelita 2º Tesoureiro: Sr. Balduino Souza Neto Inauguração da Primeira Sede Foi inaugurada em reunião festiva a sede do centro e consequentemente o funcionamento regular de suas atividades, em 19 de Maio de 1968. Estiveram presentes vários confrades entre eles. Benedito Carmelita e esposa, Maria de Lourdes Souza Amorim, Maria Rodrigues Salvador, Divino Beirigo de Souza, Hélio Veloso dos Santos, Antônio Basílio de Carvalho etc. A planta do prédio foi feita pelo Engenheiro Dr. Wagner do Nascimento. A doação da área foi na gestão do prefeito Dr. João Guido Primeiras Atividades As primeiras atividades foram de Assistência Fraterna, em residência da irmã Sílvia, chácara no antigo corredor do gado, perto do curtume. Consistia em: distribuição natalina agasalhos, cobertores, pães, remédios, alimentos. Grupo de voluntárias lhe auxiliavam na costura de enxovais para bebê. Somente após a construção do prédio, é que passaram a realizar-se as reuniões públicas de estudos, passes, desobsessão, sopa, evangelização e mobral. Primeira Atividade do Centro Assistência fraternal e mediúnica; Palestras e passes; Sopa atendendo a dezenas de pessoas; Costura; Campanha para o dia das mães, com doações de cobertores e lanches; Campanha do natal com doações de cestas básicas; Doações de medicamentos, enxovais para recém nascido; Curso para analfabetos (o antigo mobral). Carta de Francisco Cândido Xavier a D. Sílvia Orientando a Fundação Uberaba, 15-7-66 Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 28
Prezada irmã D. Sílvia Deus nos abençoe. Um abraço do coração, extensivo ao nosso caro Chiquito. Considero muito valiosa a iniciativa de formação do nosso Centro e espero em Deus que tudo de certo. Será mais uma casa de Jesus e da caridade de Jesus. Não mereço lugar que me foi atribuído depois conversaremos sobre a obra. Cheguei ontem, e tenho já hoje jornalista que está a minha procura, motivo pelo qual peço à querida irmã adiar o nosso encontro pessoal para hoje à noite na Comunhão. Se Deus quiser teremos tempo para trocar ideias. Sobre os Estatutos, peço à sua bondade consultar os nossos irmãos e amigos Sr. Jarbas Varanda e Antônio Fonseca. Amigos, na posição de advogado e o outro, como sendo presidente da Aliança Municipal Espírita de Uberaba devem ser consultados sobre o assunto, pois, nessa matéria, são em Uberaba, dos nossos melhores orientadores. Prezada irmã muito grato pelas faragias. Para o seu bondoso coração e para nosso caro Chiquito um grande abraço do irmão reconhecido de sempre. Chico Desapropriação da Sede Própria Aproximadamente, em 1981, foi desapropriado pela prefeitura de Uberaba, na gestão do prefeito Wagner do Nascimento, a área que hoje serve como .Deposito da Prefeitura.: Avenida Alexandre Barbosa n.º 1510, Mercês esquina com a rua Manoel Filipe. O prefeito doou outra área nas proximidades, à rua Delta, que mais tarde a pedido de D. Sílvia passou-se a chamar rua Allan Kardec. O prefeito Wagner do Nascimento fez o projeto da nova sede que depois de muitos aborrecimentos, ajustes e luta, passou a ser a sede definitiva do Centro Espírita Allan Kardec, mais ou menos em 1982. A fundadora do Centro, e também Presidente, fez sua residência no terreno ao lado do centro, pois já estava viúva e presidiu até o seu desencarne em 1990, passando todos os seus bens para a entidade que fundou e amou; sua residência foi reformada e construída salas de Evangelização e Biblioteca, passando a chamar esta área de Departamento da Criança Sílvia de Oliveira Rosa, em homenagem à sua dedicação e seu amor às crianças. Em homenagem ao Espiritismo, auxiliada pelo sobrinho de seu marido, então deputado Arnaldo Rosa Prata, requereu a Câmara Municipal, nomes para as ruas no Bairro Tutunas. · Rua Maria João de Deus – Bairro Tutunas · Rua Adolfo Bezerra de Menezes – Bairro Tutunas · Rua Chiquito Rosa – Bairro Tutunas · Rua Allan Kardec – Bairro Mercês D. Sílvia desencarnou em 08 de Fevereiro de 1.990 após ter cumprido a tarefa de Natal que mais gostava, mas que lhe trazia saudades e recordações de seu esposo, Chiquito que desencarnou no dia de Natal. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 29
D. Sílvia passou mal e foi levada por amigos ao médico, sendo internada por muitos dias, vindo a falecer deixando tristeza e saudades. Diretoria quando D. Sílvia desencarnou. Presidente: Sílvia de Oliveira Rosa Vice.presidente: Maria de Lourdes Oliveira Lyrio 1º Secretário: Aurelino Luiz da Costa 2º Secretário: Dr. Francisco de Assis Lyrio 1º Tesoureiro: José Osmar de Carvalho 2º Tesoureiro: Olimpio Basílio de Carvalho Presidente de honra: Francisco Candido Xavier e Antonio e Basílio de Carvalho Diretor de sede: Leandro Carvalho Assunção, José Gonsali Mendes Bibliotecário: Vanderli João Barbosa Segunda Fase de 1990 à 2000 A tarefa da continuidade: Após o desencarne da fundadora do Centro, que esteve na direção do mesmo no período de março de 1966 à fevereiro de 1990 (24 anos), foi necessário a reorganização da equipe administrativa. Com o apoio da vice presidente Maria de Lourdes Lyrio, e seu esposo tesoureiro Francisco Assis Lyrio e o 1º secretario Aurelino Luiz da Costa, filho de Aurelino Luiz da Costa, citado por Dona Sílvia como grande amigo e seu benfeitor, nos momentos difíceis que passou em sua vida financeira. O grupo de trabalhadores da sopa e médiuns assumiram as responsabilidades da direção e execução dos trabalhos, seguindo as orientações espirituais: Fidelidade á Kardec, abrir as portas da casa oferecendo todo seu espaço físíco às atividades Espíritas do Centro. Abrir as portas da casa à Comunidade Espírita. (AME) Valorizar o trabalho de equipe com muito zelo para que nenhuma ovelha se perca. Preservar a memória de Dona Sílvia (depois dela, tudo que fizermos será simples melhoria). Para atingir os objetivos propostos pela espiritualidade, e pelo grupo, os trabalhadores da Casa não mediram esforços para a reforma do prédio, demolindo a residência de D. Sílvia, que por avaliação do Engenheiro Mauro Cesar Barbosa, estava em péssimas condições de infra estrutura. Foram construídas no mesmo local, 3 salas de evangelização e no fundo 1 biblioteca com 2 banheiros, foi conservada a parreira de flores que ela plantou que serve para reuniões. Criou-se reuniões de estudos, encontros, visitas fraternas, lanches para as crianças, sopa na 6ª feira que por necessidade foi suspensa em 1.990, trabalhos manuais etc. Por orientação de Bezerra de Menezes à Ernestina Olinda Fernandes o grupo procurou se integrar também na AME. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 30
As reuniões públicas que nos últimos tempos eram realizadas no horário das 18 horas, passaram para as 19h30min às segundas, quartas e sextas-feiras (quarta-feira, desobsessão), para facilitar aos frequentadores e expositores da AME. Foi criado em 1992, reunião para passes Curadores às quintas-feiras, às 18 horas, e visitas fraternas aos irmãos assistidos no Departamento de Assistência Fraterna., aos Sábados ás 16 horas. Tendo sempre em vista a valorização grupal, a união a disciplina sempre com a preocupação de zelar, adubar, regar a árvore que Jesus, Kardec e D. Sílvia plantaram e legaram à família espírita. Diretoria: 29/03/1990 a 1992 1º Após o desencarne de D. Sílvia Presidente: Ernestina Olinda Fernandes Vice-presidente: Maria de Lourdes Oliveira Lyrio 1º Secretário: Aurelino Luiz da Costa 2º Secretário: Dr. Francisco de Assis Lyrio 1º Tesoureiro: Cornélio José Tiago 2º Tesoureiro: João Jorge Kozak Diretor de sede: Valdemar João Barbosa e Adelino Donizetti da Costa Assistente social: José Vandes César, Maria José Beirigo e Vilma Souza Barbosa Bibliotecário: Beatriz Rocha Pereira Thiago e Valéria Beatriz Lemos Conselho fiscal: Mercina Maria Borges, Aulestia Gonçalves Fidelis, Egidio João Barbosa, Gilka Rocha Pereira, Raul Antonio Fernandes, Lucimar Aparecida Gomes Barbosa, Diná Gonçalves. Presidente de Honra: Francisco Cândido Xavier e Antônio Basílio Carvalho Para atender às novas necessidades da equipe de trabalho os diretores organizaram às atividades em departamentos cada um com seu diretor responsável, orientados pelo regimento interno, elaborado em 1.992. Ficaram na direção dos departamentos de 1.992 a 2.000 Departamento Administrativo Ernestina Olinda Fernandes Cornélio José Thiago Adelino Donizete da Costa Valdemar Barbosa, João Kozak Departamento de Orientação Mediúnica Antonio Basílio Ernestina Olinda Fernandes Departamento de Estudos Doutrinários Cornélio Thiago Ernestina Fernandes Marden Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 31
Terezinha de Oliveira Maria José Beirigo D.I.J. Departamento Infância e Juventude Maria José Beirigo Marco Antonio de Paula Vilma Barbosa Váleria Beatriz Lemos Maria Auxiliadora Campos Departamento de Assistência Fraterna Leda Helena Kozak Beatriz Rocha Pereira Em 1.994 atendendo as necessidades pessoais de alguns diretores, a presidência do Centro passou para o até então tesoureiro Cornélio José Thiago. Deste modo a diretoria do centro ficou composta como: Presidente: Cornélio José Thiago Vice presidente: Maria José Beirigo Diretor de sede: Adelino Donizetti da Costa 1º Secretário: Maria Auxiliadora Campos 2º Secretário: Aurelino Luiz da Costa Bibliotecária: Márcia Abrão Frange Cunha 1º Tesoureiro: João Jorge Kozak 2º Tesoureiro: Adelino Donizetti da Costa Estudos Sistematizados Iniciou-se em 1991 aos domingos às 8h:30min, O livro dos Espíritos sob a coordenação de Ernestina Olinda Fernandes, passando em 1994 para a direção de Antonio Corrêa de Paiva, amigo e colaborador de D. Sílvia Em 1992 sob a direção de Ernestina Olinda Fernandes, estudos das obras de André Luiz; O que é o Espiritismo até 1994 às segundas-feiras às 20h30min. Em 1994 sob a coordenação de Marden Terezinha e direção de Cornélio José Tiago, passou para as sextas-feiras com o estudo de O Livro do Médiuns. Em 1.998 retornou para segunda-feira às 20h30min com a colaboração de Antonio Corrêa de Paiva, direção de Ernestina Olinda Fernandes, continuando o estudo de O Livro dos Médiuns. Em 1993, na direção de Marco Antonio de Paula, estudou os seguintes livros: Vida e Obra de Kardec, os três volumes; Zêus Wantuil e Francisco Thiesen; Estudando a Mediunidade de Martins Peralva; O Céu e o Inferno de Allan Kardec. Foram promovidos diversos encontros doutrinários com assuntos específicos dos departamentos. Tendo no início a colaboração dos irmãos Braz Marques, Valter Barcelos, Dr. Elias Barbosa, etc.
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Por todos os benefícios morais, espirituais e físicos que os nossos irmãos da 1ª hora nos legou, nós agradecemos e rogamos a Deus, e aos Benfeitores Espirituais, que os abençoe e lhes dê frutos de paz e alegria pelo dever cumprido. Aos irmãos que continuam na direção dos trabalhos os médiuns, trabalhadores e colaboradores de hoje, que Deus, Jesus e os Benfeitores Espirituais continuem orientando, incentivando e auxiliando no discernimento e bom senso para que façam das atividades o Evangelho em ação, sem personalismo, dogmas, sectarismo, e fiéis servidores de Jesus e Kardec. Responsável pela pesquisa e elaboração deste documento histórico: Ernestina Olinda Fernandes. Fonte de informação: Atas, entrevistas, fatos vivenciados pela equipe. Colaboradores: Cornélio José Tiago, Marcus Vinicius de Paula Uberaba, outubro de 1999 Atividades da Casa Centro Espírita Allan Kardec Rua Allan Kardec nº 61 –Mercês – Uberaba/MG Segunda-feira: Visitas e passe aos enfermos – das 13h às 17h Palestras e Passes a partir das 19h30min às 20h30min Quarta-feira: Trabalhos Manuais (pintura, croché, costura, tricô) – a partir das 13h às 17h Desobsessão (somente médiuns da casa) – das 19h30min às 20h30min Quinta-feira: Passes – a partir das 19h: às 19h30min Estudo do “O Livro dos Médiuns” – a partir das 19h30min às 20h30min Sexta-feira: Palestras e Passes – a partir das 19h30min às 20h30min Fluidoterapia (tratamento espiritual) – a partir das 18h30min Evangelização das crianças – a partir das 19h30min às 20h30min Sábado: 1º e 3º Sábado de cada mês Psicografia – a partir das 19h Domingo: Homeopatia (tratamento homeopático) – a partir das 07h Estudos “O Livro dos Espíritos” – a partir das 08h30min às 09h15min Evangelização das crianças – a partir das 08h30min às 09h30min Palestras e Passes – a partir das 09h15min às 10h Sopa Fraternal – a partir das 09h às 11h PERSONALIDADE DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA ERNESTINA FERREIRA DOS SANTOS Nasceu no dia 1º de janeiro de 1879, no Rio de Janeiro; e desencarnou no dia 16 de novembro de 1953, na mesma cidade. Era filha de Aristides Gonçalves Ferreira e D. Augusta Dias Ferreira. Pequenina perdeu o seu pai, ficando aos cuidados de sua boa e dedicada genitora, que lhe deu esmerada educação. Muito franzina, de saúde delicada, aos cinco anos de idade foi acometida de forte dor na perna esquerda; era o início de porose óssea, que lhe desarticulou o quadril. Depois de uma série de operações dolorosíssimas, teve que amputar a cabeça do fêmur, ficando com uma perna mais curta, valendo-lhe anos de intenso martírio; suas dores eram tamanhas que só se podia penetrar no seu quarto nas pontas dos pés, para evitar-lhe perturbações. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 33
Assim, chegou à juventude nesse martírio constante. Rebelou-se com a religião de seus pais, o catolicismo professado por toda família. Argumentava então: “Eu sinto que Deus existe, porém não como O apresentam. Porque eu que nunca fiz mal a ninguém, sofro tanto, enquanto tanta gente perversa, tem saúde e vive feliz?” O seu avô, que lhe queria muito bem, ficava horrorizado com esse seu pensamento, dizendo: “Vamos rezar, gente, que nossa Nenê está sendo tentada pelo diabo”. Sua mãe, professora, viúva, pobre e cheia de filhos, foi transferida para Jacarepaguá. Lá conheceu um casal de fazendeiros, pais de nove filhos, casando-se um deles com sua filha mais velha, daí nascendo um romance de outro filho do casal, com Ernestina, sem esperança de se realizar o enlace em virtude da precariedade de seu estado de saúde. Ignácio Barbosa dos Santos, dois anos mais velho que Ernestina, apaixonou-se pela sua candura. Era de índole boa e amorosa e passou a ser seu par constante, acompanhando-a sem desanimar, apesar de sua enfermidade e de seu estado de fraqueza. Com 17 anos, tendo sofrido sete operações na perna, andava com dificuldade, com dores atrozes. Mesmo assim, ambos se sentiam cada vez mais apaixonados. Por certo eram espíritos compromissados que se reencontravam. Devido à sua enfermidade, foi levada a procurar um curador de nome Eduardo Silva, em S. Paulo, o qual, embora não sendo espírita, era dotado de faculdades mediúnicas. Nessa época um seu primo presenteou-a com um exemplar de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. No decurso da viagem ela leu o livro e sentiu que um novo horizonte se descortinou a seus olhos. Nessa época, quando Eduardo Silva impôs suas mãos sobre ela, fez com que sentisse grande melhora em seu estado físico; no hotel ela notou que suas vestes estavam molhadas com uma secreção. Com novas aplicações de passes, suas dores desapareceram por completo. Sentindo-se curada, dois anos depois consentiu no casamento, tornando-se esposa e mãe. O seu esposo tornou-se enfermeiro desvelado, com profundo sentimento de proteção para o seu defeito físico. Anos depois de casados, a moléstia tornou a manifestar-se. O médico aconselhou uma intervenção cirúrgica, porém, surgiu em seu caminho um cidadão que professava o Espiritismo, o qual lhe sugeriu a aplicação de passes, recomendação que ela recebeu com intensa alegria. Nossa época teve a oportunidade de desenvolver a sua mediunidade, dando passividade a um Espírito de nome Ester que, remontando às vidas pretéritas, revelou-lhe as causas do seu sofrimento. Logo em seguida o médico constatou que ela estava radicalmente curada. Integrando-se no Espiritismo, ela e seu esposo fundaram no próprio lar o “Grupo Espírita Cultivadores da Verdade”, que funcionou algum tempo sob a direção do Sr. Serrão, um amigo da família, tendo posteriormente assumido a sua direção o famoso médium Inácio Bittencourt.
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Foi então criado o “Pão dos Pobres”, uma forma de assistência aos necessitados, tendo Ernestina muitas vezes subido os morros, com a ajuda de um garoto, a fim de praticar a sua tarefa assistencial. Nessa época o seu esposo sofreu um revés financeiro, tendo que liquidar sua firma. Ernestina fez um concurso na Escola Normal, diplomando-se professora, passando a ajudar o esposo, até que a vida do casal se normalizasse. A sua aspiração primacial consistia em fundar uma casa para abrigar crianças desamparadas, porém não via viabilidades para isso, pois as disponibilidades eram diminutas; as pessoas que frequentavam o Grupo, bastante modestas e pobres. Teresa de Jesus, que se comunicava por seu intermédio, anunciava que, daquela pequenina associação de Pão aos Necessitados, se desenvolveria grande Casa de Caridade, em futuro muito próximo. No dia 31 de dezembro de 1918, tudo estava pronto para a distribuição no dia seguinte: os pacotes de gêneros, os cortes de fazenda, roupinhas, brinquedos e até dinheiro em envelope, quando alguém bate à porta, entregando uma lista com a importância de novecentos e trinta mil réis, uma fortuna naquela época. Que fazer com aquele dinheiro todo? Pensou Ernestina, e guardou-o para posterior deliberação. No dia seguinte, 1.° de janeiro de 1919, fez-se a distribuição habitual. Era quarta-feira e, naquela noite, realizou-se a sessão. No final, como de costume veio a comunicação de Teresa de Jesus, dizendo: “O dinheiro que entrou à última hora é a semente para a Casa de Caridade que venho anunciando. Será para as criancinhas mais pobres que encontrardes. Trabalhai, que eu vos ajudarei”. A alegria foi geral. No mesmo instante, lavrou-se a ata de fundação e os presentes inscreveram-se como sócios fundadores, e a primeira diretoria do Abrigo “Teresa de Jesus” ficou assim constituída: Presidente, Ignácio Bittencourt; Vice-Presidente, Raul Salgado Zenha; Diretora, Ernestina F. dos Santos; Vice-Diretora, Maria Emília Appa dos Santos; Diretor, Ignácio Santos; Vice-Diretor, Manoel Santos; Tesoureiro, Antônio Batista Coelho; Vice-Tesoureiro, Samuel Caldas; Secretário, Octávio Pereira Legey; Vice-Secretário, Alexandre Dyott Fontenelle; e Procurador, João Esberard. A sua abnegação e o seu espírito de trabalho, junto às crianças e aos necessitados, sua alma caridosa e sua bondade personificada valeram-lhe, em 1951, o Diploma e a Medalha de “Honra ao Mérito”, outorgados pela Rádio Nacional, num programa dirigido pelo Dr. Paulo Roberto destinado a agraciar aqueles que se sobressaíssem pelos benefícios prestados em causas humanitárias. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 35
Não desejamos santificar ninguém, não é esse o nosso objetivo ao desvendar essas grandes vidas, porém mostrá-las como exemplo de abnegação aos pósteros, dizendo-lhes: que mesmo nesta época, em que imperam a maldade e a corrupção, nem tudo está perdido, grandes almas salientam-se pela doçura de sentimentos e força moral, como verdadeiros discípulos de Cristo. Sua desencarnação deixou à sua retaguarda um rastro de luz, seguido por um punhado de companheiros que, até hoje, sustenta e haverá de sustentar sempre a Casa de “Teresa de Jesus”, Instituição modelar no Estado do Rio de Janeiro. Fonte: Personagens do Espiritismo. Transcrito do site: http://www.febnet.org.br/blog/geral/pesquisas/biografias/ DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO AGOSTO Dia 01 de 1865 – Em Paris, França, Allan Kardec lança O céu e o inferno, quarta obra da Codificação Espírita. Dia 02 de 1873 – Fundado o Grupo Confúcius, na residência de Francisco Siqueira Dias Sobrinho, sendo o primeiro grupo Espírita do Rio de Janeiro, tendo entre os participantes Bittencourt Sampaio. Dia 03 de 1951 – Em Goiânia, Goiás, fundada a Federação Espírita do Estado de Goiás. Dia 05 de 1951 – Em Salvador, BA, o médium Divaldo Pereira Franco inicia o programa espírita semanal Voz da Fraternidade, de 30 minutos. Dia 08 de 1946 – Em São Paulo, SP, fundada a Instituição Beneficiente Nosso Lar, dirigida por muitos anos pó Nancy Puhlmann Di Girolamo. Dia 08 de 1989 – O médium Divaldo Pereira Franco psicografa mensagem de Joanna de Angelis, em inglês especular (invertido), em St. Petersburg, EUA. Dia 11 de 1826 – Em Nova York, Estados Unidos, nasce o médium americano Andrew Jackson Davis. Desencarna em 13 de janeiro de 1910, em Massachusetts, Estados Unidos. Dia 14 de 1930 – Abertura do 1º Congresso Espírita da Bélgica, com o patrocínio da Union Spirite Belge, tendo à frente M. L. Home. Dia 15 de 1905 – Em Matão, São Paulo, fundada por Caírbar Schutel a Editora O Clarim e no mesmo dia começa a circular o jornal O Clarim. Dia 15 de 1952 – Em Salvador, Bahia, é fundada pelo médium Divaldo Pereira Franco e colaboradores a Mansão do Caminho, departamento assistencial do Centro Espírita Caminho da Redenção. Dia 16 de 1886 – O Dr. Bezerra de Menezes se torna adepto do Espiritismo e se filia à Federação Espírita Brasileira, sob a presidência de Ewerton Quadros. Dia 17 de 1885 – No Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, numa sala da Rua da Alfândega, a Federação Espírita Brasileira inaugura suas conferências públicas, tendo à frente Elias da Silva, Bittencourt Sampaio e outros pioneiros do Espiritismo. Dia 19 de 1936 – Na Rádio Cultura de Araraquara, São Paulo, Caírbar Schutel inicia o 1º Programa Espírita Radiofônico do Brasil. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 36
Dia 19 de 1937 – No Rio de Janeiro, RJ, fundação da Hora Espiritualista, por João Pinto de Souza. Primeiro programa radiofônico de longa duração no Rio de Janeiro. Denominado, posteriormente, por Geraldo Aquino, sucessor de João, como Hora Espiritualista João Pinto de Souza. Dia 20 de 1873 – Nasce em Sainte-Foy-lès-Lyon, França, Aléxis Carrel, pensador e pesquisador dos fenômenos mediúnicos. Desencarna em 16 de abril de 1944, em Paris, França. Dia 20 de 1918 – Em São Paulo, São Paulo, a Dra. Marina Cardoso lança no Centro Espírita Pedro e Paulo, seu livro A religião nos presídios. Dia 20 de 1960 – A AME – Aliança Municipal Espírita de Uberaba foi fundada no dia 20 de Agosto de 1960, (embora tenha sido deliberado, nesta reunião, que o dia 09 de Outubro deste ano, seria considerado o de sua fundação, quando foi empossada a sua diretoria - Livro de ata fls. 01 a 08) quando, em reunião no Centro Espírita Uberabense, às 14h, estiveram representadas as seguintes Casas Espíritas: União da Mocidade Espírita de Uberaba, Centro Espírita Uberabense, Centro Espírita Henrique Krüger, Centro Espírita Aurélio Agostinho, Centro Espírita José Horta, Centro Espírita Vicente de Paulo, Casa do Cinza, Centro Espírita Caminho da Luz, Centro Espírita Bezerra de Menezes, tendo como presidente “ad-loc” Dr. Jarbas Leone Varanda e secretário também “ad-loc” Antônio Fonseca de Abreu. Dia 23 de 1940 – Em Sorocaba, São Paulo, abertura do 1º Congresso dos Jornalistas Espíritas do Interior, promovido pela Associação Sorocabana de Imprensa. Dia 24 de 1902 – Fundada a Federação Espírita do Paraná, na sala da redação da A Doutrina, na Rua América, número 9, às 10 horas da manhã, tendo sido assinada a ata por Vicente Nascimento Junior, Augusto Correia Pinto, Benedicto Vianna, João Urbano de Assis Rocha, Sebastião Paraná, João Álvaro de Aguiar, Domingos Duarte Velloso, Grupo Espírita Allan Kardec e Grupo Espírita Luz nas trevas, ambos de Antonina. Dia 24 de 2002 – Reinauguração oficial da Sede Histórica da Federação Espírita do Paraná, na Rua Saldanha Marinho, 586, Curitiba, Pr., estabelecendo-se a entrada pela Alameda Cabral, ao lado do número 300. Gestão de Maurício Roberto Silva, como Presidente da FEP; Maria Helena Marcon, como 1ª Vice-Presidente e Francisco Ferraz Batista, como 2º Vice-Presidente. Dia 26 de 1996 – O Jornal Diário Popular, de São Paulo, publica destacada matéria sobre a participação de Divaldo Pereira Franco na XIV Bienal do Livro. Dia 26 de 2006 – Reinauguração da Biblioteca Espírita Infantil e Videoteca da Federação Espírita do Paraná – FEP, devidamente ampliadas. Ambas localizadas na Sede Histórica da FEP, na Alameda Cabral, ao lado do número, 300, em Curitiba, Pr. Dia 27 de 1967 – Fundada Associação Espírita Irmandade de Jesus, na cidade de Cascavel, Paraná. Dia 28 de 1900 – Em Sacramento, Minas Gerais, fundado Centro Espírita Luz e Amor, tendo como fundador e primeiro Presidente Mariano da Cunha Júnior, amigo de Eurípedes Barsanulfo. Dia 29 de 1831 – Nasce em Riacho do Sangue, CE, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, o Médico dos Pobres. Por duas vezes foi Presidente da Federação Espírita Brasileira. Desencarna no dia 11 de abril de 1900, no Rio de Janeiro, RJ. Dia 29 de 2008 – Lançado, em estreia nacional, o filme Bezerra de Menezes: o Diário de Um Espírito, longa-metragem sobre a vida de Bezerra de Menezes. Dia 30 de 1952 – Fundado o Colégio Lins de Vasconcellos, departamento da Federação Espírita do Paraná, em Curitiba, Pr. Dia 31 de 1926 – Fundada em Lisboa, Portugal, a Federação Espírita Portuguesa. Dia 31 de 1948 – Em São Paulo, São Paulo, realiza-se o Congresso Brasileiro de Unificação. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 37
LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA” DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA MARIA DOLORES Rua Artur Machado nº 288 – sala 04 – Centro A VIDA ESTÁ A SUA ESPERA – Pelo Espírito de Schellida – Psicografado por Eliana Machado Coelho Dois momentos... duas épocas... As vidas se entrelaçam para reajustes necessários à evolução de cada um... No Brasil Imperial, Thiago era um rico fazendeiro. Um homem austero, rigoroso, insensível com a esposa e com a família. Já sua esposa Bianca, embora fosse uma moça piedosa e doce, perdeu a doçura após unir-se em um casamento forçado por seu pai. Com o passar do tempo, além de uma união frustrada e sem filhos, Bianca vê-se obrigada a cuidar de três enfermas: sua mãe Marlene, sua sogra Cora e Lara, a tia de seu marido. Completamente insensível ao sofrimento delas, trata-as com desprezo. Desencarnados e arrependidos, no plano espiritual programam uma nova encarnação. No tempo presente, todos se reencontram... Thiago é um médico sério e de poucas palavras. Bianca é enfermeira, dedicada, alegre e atenciosa. Ambos trabalham no mesmo hospital, entretanto há uma antipatia inexplicável entre eles. Conseguirão superar os dramas do passado e viver um grande amor? LICÕES DE CHICO XAVIER DE “A” A “Z” – Márcia Queiroz Silva Baccelli / Carlos Antônio Baccelli / César Carneiro de Souza Neste livro de profundas reflexões sobre a vida e a vivência do grande Apóstolo Chico Xavier, Mucio Martins, o seu diligente organizador, vem nos facilitar, de forma didática, a pesquisa em torno dos ensinamentos de Chico Xavier, que foram registrados por vários de seus biógrafos. Obra de significativo valor, com certeza ela haverá de enriquecer ainda mais a já fértil bibliografia espírita. SUGESTÃO DE LEITURA PREPARAR AULAS DE EVANGELIZAÇÃO A PARTIR DE O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO DE ALLAN KARDEC: CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS. VOLUME I – Thermutes Lourenço O livro oferece subsídios ao evangelizador, coordenador de grupos de evangelização, mocidade espírita e grupos de estudos de O Evangelho segundo o Espiritismo, para preparar aulas com dinâmicas e uso do método: ver, pensar e agir. O livro apresenta 66 planos de aula, análogos aos capítulos I a XIV, de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cada aula tem seu tema; objetivo; conteúdo; procedimento didático: apresentação do assunto, nome e apresentação da técnica, atividade; recursos e bibliografia, além de sugestão didática para os pequeninos. O livro é o resultado de anos de pesquisas, práticas e reflexões feitas pela Profª. Thermutes Lourenço. É a obra de sua vida. Em breve será publicado o Vol. 2 do livro. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 9 – Nº 119 –Agosto/2016 Página 38
ALMA DO POVO – Pelo Espírito de Córnelio Pires – Psicografado por Francisco Cândido Xavier Com as cinquenta trovas que este livro apresenta, podemos nos deleitar com o inconfundível estilo de Cornélio Pires, incansável trabalhador da espiritualidade, que passou sua vida de encarnado em constante contato com as pessoas simples, isto é, com o povo por ele tão bem interpretado.
HUMOR ESPÍRITA – “Sozinho” http://espitirinhas.blogspot.com.br
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