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Março de 2011 Jornal FATO | Cachoeiro de Itapemirim
Caderno Especial | Dia Mundial da Água
Águas que destroem Divulgação/PMCI
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o longo dos últimos anos, o sul do Espírito Santo tem sofrido com a força das águas. Enchentes, deslizamentos de lama, e muita destruição. As águas que são a fonte da vida, também causam muitos prejuízos e até mortes. De acordo com o prefeito Carlos Casteglione (PT), serão neces-
sários de 15 a 20 milhões para reerguer a cidade em virtude dos prejuízos com as chuvas dos últimos dias. Em menos de três meses já foram duas fortes enchentes em Cachoeiro. Uma no final de dezembro, em que quatro pessoas morreram, e outra na semana passada.
Em 2009 o município também sofreu com as fortes chuvas. O distrito de São Vicente foi o mais castigado naquela ocasião e até hoje não se recuperou completamente. Casas foram levadas pela força das águas, pedras desmoronaram das encostas e um grande volume de terra soterrou parte das vias da localidade.
Entenda o porquê Especialistas indicam que, nesta época do ano, as frentes frias que chegam em determinadas regiões tendem, naturalmente, a permanecer um período maior de tempo nestes locais. E geralmente, as chuvas ocorrem quando as frentes frias deixam o local em que se encontravam. No entanto, além desse fator, a chuva é resultante da combinação de altas temperaturas com crescente umidade do ar, ou seja, o clima quente é um fator agravante para a formação de nuvens e, consequentemente, para as fortes chuvas. Muito se fala em aquecimento global, classificado como o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra. Fenômeno este que tem várias consequências, algumas já reais e outras, de risco futuro, como: o aumento do nível dos oceanos, que com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar
o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas; O crescimento e surgimento de desertos, que com o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra; Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas; Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
É no banheiro que a água escorre literalmente pelo ralo Consultoria especializada em programas de uso racional da água, H2C aponta os itens com maior consumo de água em residências e dá dicas de como economizar Conhecer o consumo de energia de cada aparelho eletrônico é fundamental na hora de economizar. Que tal usar a mesma lógica para a água, avaliando os itens em que a vazão é maior e pode ser controlada? Segundo o consultor Paulo Costa, da H2C, empresa especializada em programas de uso racional da água, em termos proporcionais, o banhei-
ro é o local que concentra os maiores gastos: representam 73% do consumo total de uma residência. O grande vilão é o chuveiro (46%) que, dependendo do modelo, pode despejar de 8 a 20 de litros de água por minuto. "A ducha é responsável por quase metade da utilização de água em uma casa. Por isso, nunca é demais reforçar a importância de banhos rápidos, de não mais que
cinco minutos", alerta Paulo Costa. Outro item com representatividade é a bacia sanitária (14%), cujo consumo fica entre 12 e 18 litros por acionamento. Já os lavatórios têm gastos estimados em 13%. As torneiras da cozinha e da lavanderia representam, respectivamente, 14% e 13% do consumo total de uma casa. Para reduzir os gastos, algumas soluções são a instalação dos cha-
mados equipamentos economizadores, como arejadores em duchas e torneiras, e a troca das bacias sanitárias por modelos de baixo consumo, que utilizam entre 3 e 6 litros de água por descarga, conforme a necessidade. Paulo explica que atualmente há disponíveis no mercado uma infinidade de produtos voltados à economia no uso da água. A maioria é de fácil instalação e, por isso, pode ser execu-
tada pelo próprio consumidor. "Nenhuma troca de produto, porém, será eficiente se não for acompanhada de mudança de atitude. Evitar maus hábitos e vícios de desperdício é a maior contribuição que podemos oferecer para a conservação dos recursos hídricos. Vale lembrar que água tratada já é considerada um dos bens mais escassos do Planeta", diz.
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Águas da vida Divulgação
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água é a base da vida. Está presente no corpo humano, e desempenha um papel fundamental para nossa sobrevivência. O corpo humano é composto de água, entre 50 e 75%. Na média, a proporção de água em nossa estrutura física é idêntica a proporção entre terras emersas e águas na superfície do planeta Terra. Estranha coincidência. O percentual de água no organismo diminui com a idade: entre 0 e 2 anos é de 75 a 80 %; entre 2 e 5 anos cai para 70 a 75%; entre 5 e 10 anos fica entre 65 a 70%; entre 10 e 15 anos diminui para 63 a 65% e entre 15 e 20 anos atinge 60 a 63%. Aí vem um
período de maior estabilidade, como na vida psíquica, mas sem muitas garantias: entre 20 e 40 anos esse teor de água no corpo humano fica entre 58 a 60%. Entre os 40 e os 60 anos, essa percentagem cai para 50 a 58%. A seiva parecer diminuir ou ficar mais concentrada. Acima de 60 anos, seguimos em processo de desidratação. No próprio corpo humano, os teores de água variam. Os órgãos com mais água são os pulmões (mesmo se vivem cheios de ar) e o fígado (86%). Num Paradóxo, eles têm mais água do que o próprio sangue (81%). O cérebro, os músculos e o coração são constituídos por 75% de água.
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O que dizem os especialistas O Clínico Geral, Dr. Daniel Salgado, resslata que a água é essencial para os seres humanos e também para as outras formas de vida. "Ela age como reguladora de temperatura, diluidora de sólidos e transportadora de nutrientes e resíduos por entre vários órgãos. Assim, bebemos água para ajudar na diluição e funcionamento normal dos órgãos para em seguida ser eliminada pela urina e por evaporação nos poros, mantendo a temperatura corporal e eliminando resíduos solúveis, como sais e impurezas. As lágrimas são outro exemplo de eliminação de água", explicou. Relativo ao seu conteúdo, o Dr. Salgado afirma que, depois do oxigênio, a água é o segundo elemento vital. Ela desempenha um papel decisivo nos processos metabólicos do organismo. "Estima-se que o peso do nosso corpo seja cons-
tituído por cerca de 65% de água e que as células cerebrais sejam formadas por 70% deste precioso líquido. Fica fácil entender por que a sua carência é sinônimo de sérios problemas orgânicos. "A água é essencial para todos os processos fisiológicos de digestão, absorção, assimilação e de excreção", explicou o especialista. Cuidados necessários Em relação do uso da água no dia a dia, Dr. Daniel chamou a atenção para os cuidados necessários. De acordo com o Clínico, a primeira preocupação que se deve ter com a água utilizada em casa é saber de onde ela vem, para que possamos cuidar de sua qualidade. "Limpar e desinfetar, de 6 em 6 meses, as caixas d'água; todo vasilhame utilizado para guardar ou transportar água tem que ser bem limpo e tampado. Deve, também, possuir, quando possível, uma torneira para evitar
qualquer contato com a água, que possa sujá-la, e ferver a água de beber ou tratá-la adequadamente", informou. Uma desatenção com estes cuidados pode acarretar vários problemas de saúde. São várias as doenças como: Hepatites (A e B) a parasitoses, passando por raiva, viroses, cólera e disenteria. Por ingestão de água contaminada: Cólera, Disenteria amebiana, Disenteria bacilar, Febre tifóide e paratifóide, Gastroenterite, Giardise, Hepatite infecciosa, Leptospirose, Paralisia infantil e Salmonelose. Por contato com água contaminada: Escabiose (doença parasitária cutânea conhecida como Sarna), Tracoma (mais frequente nas zonas rurais), Verminoses, tendo a água como um estágio do ciclo e Esquistossomose. Por meio de insetos que se desenvolvem na água: Dengue, Febre Amarela, Filariose e Malária.
Aquário na praça com peixes nativos do Itapemirim Um aquário com espécies de peixes nativas do Rio Itapemirim vai estar em exposição na Praça Jerônimo Monteiro, no Centro, entre hoje (22) e sexta-feira (25), das 9h às 18h. A mostra, aberta gratuitamente ao público, faz parte das ações da Foz do Brasil dentro do III Cachoeiro no Caminho das Águas, evento organizado pela prefeitura e parceiros para o Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22. Entre as espécies vão estar piabas, carás, cascudos e bagres nativos. Ao lado des-
se aquário vai estar outro, menor, com o bagre africano, que é uma espécie que não é nativa, mas também habita o Rio Itapemirim. A exposição dos aquários é uma parceria da Foz do Brasil com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim. "Nosso objetivo é mostrar a toda a população as espécies de peixes que voltamos a encontrar no Itapemirim a partir do grande investimento que tem sido realizado para retirar os lançamentos de esgoto no rio", explica a responsável pelos progra-
mas de educação ambiental da Foz do Brasil, Rosa Malena Gomes Carvalho. Junto dos aquários, dois painéis vão ter informações das espécies em exposição e de outras que estão sendo pesquisadas, no Rio Itapemirim, com apoio da Foz do Brasil. A concessionária também vai apresentar, durante o III Cachoeiro no Caminho das Águas, duas maquetes: uma da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Ilha da Luz e uma da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Bairro Coronel Borges.
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SERVIÇO DE ÁGUA E ESGOTO é referência em Cachoeiro A
Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim (Agersa), que é responsável pela fiscalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário do município, tem muitos motivos para comemorar hoje, Dia Mundial da Água. Segundo a Agersa, o serviço na cidade é referência no país quanto ao trabalho de captação, tratamento e oferta de água. A água é um bem natural, ao qual, por lei, todos têm direito. Nesse sentido, Cachoeiro atualmente cobre 99% das residências com tratamento de água, com 547, 55 km de rede. "Nosso papel não é somente fiscalizar e sim fazer com que a água chegue com qualidade aos usuários", explicou o diretor presidente da agência, Luiz Carlos de Oliveira Silva. Entretanto, quase duas mil famílias ainda não são contempladas por esse direito. O problema só deve ser resolvido em 5 anos. Serão investidos 17 milhões para a melhoria dos serviços. Luiz Carlos explica que estes imóveis estão em loteamen-
tos precários, geralmente em zonas periféricas, e por isso ainda não recebem o tratamento de água. A intenção da Agersa é universalizar o serviço, para que todos, sem exceções, tenham acesso à água. Uma das inovações para solucionar os problemas de captação e tratamento é a Estação de Tratamento de Água Comunitária - ETAC. Na localidade de Boa Vista do Monte Líbano, a implantação está em sua fase final e a obra será inaugurada em breve. Para sua conclusão, só falta a ligação de energia elétrica para que a bomba de captação da água do Rio Itapemirim entre em funcionamento. INVESTIMENTOS Através da ETAC, a Agersa pretende construir 15 estações em localidades do município mais afastadas, onde a água tratada ainda é um problema para os moradores. Os recursos são provenientes do contrato de concessão com as agências reguladoras em Cachoeiro. As estações serão supervisionadas por agentes da comunidade, treinados pela
concessionária Foz do Brasil. O projeto piloto deve ser implantado em abril na localidade de Alto Moledo. Com o sistema, a comunidade não terá nenhum custo,
como tarifa de água, o que é feito na zona urbana das cidades brasileiras. Segundo o diretor presidente da Agersa, serão investidos 17 milhões na melhoria dos
serviços em Cachoeiro. A meta é atingir 100% de água e esgoto tratados em Cachoeiro. "A previsão é que essa meta seja atingida em cinco anos", disse Luiz Carlos. Arquivo FATO
Segundo Luiz Carlos o tratamento de água em Cachoeiro atende 99% da população
Menos esgoto no Rio Itapemirim
Sistema de esgotamento sanitário já atende a quase 90% dos imóveis da área urbana de Cachoeiro de Itapemirim
A quantidade de esgoto jogada diretamente no Rio Itapemirim diminuiu radicalmente nos últimos 12 anos. Desde 1999, o atendimento do sistema de esgotamento sanitário de Cachoeiro de Itapemirim cresceu mais de 15 vezes, passando de 5% para 88% dos imóveis da área urbana do município. Isso foi possível graças aos investimentos realizados pela concessionária dos serviços públicos municipais de água e esgoto, que ampliou e continua a ampliar o atendimento tanto na sede, quanto nos distritos do município. "Como resultado concreto,
o Rio Itapemirim voltou a ser habitado por peixes que só sobrevivem em água limpa. E a vida mudou para muito melhor em comunidades inteiras que, antes, sofriam com muito mau cheiro e infestação de ratos e mosquitos", comemora o diretor da Foz do Brasil, Pablo Andreão. Para ampliar ainda mais esse sistema e também o de abastecimento de água tratada, a concessionária Foz do Brasil está investindo R$ 75 milhões. As obras são executadas em parceria com a Prefeitura e a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agersa).
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Águas de lazer e diversão Divulgação
Região Sul
Sítio Itabira
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as além de ser porta dora de uma extraordinária força natural, capaz de destruir, alagar e arrastar em correnteza; de ser um líquido de importância vital para todos os seres vivos; a água também pode ser fonte de lazer, turismo e de diversas maneiras de diversão. Prova disso são as praias, e os variados tipos de parques aquáticos, temáticos, ou não. Em Cachoeiro, são comuns os clubes aquáticos abastecidos por fontes naturais de água, ou seja, originada de nascentes, cachoeiras, córregos, rios e outros tipos de quedas d'água. Os mais comuns e mais freqüentados são o Sítio Itabira, e a Piscina de Santa Fé, ambos funcionando sem a utilização de produtos químicos na água, como o cloro, por exemplo. Ausência justificada pela troca frequente da água usada nas piscinas, já que as fontes não param de jorrar. No Itabira, o diferencial é o espaço entre a floresta, com
área para camping com capacidade para 100 barracas. Além disso, o local oferece passeio ecológico nas montanhas e cavalgadas na trilha. Segundo o proprietário, Fábio Sartório, a procura pelo sítio é maior no período de carnaval. Para passar o dia no local, a taxa é de R$ 6,00 para adultos e R$ 3,00 para crianças acima de cinco anos, de terça a sábado. Nos domingos e feriados, o valor da tarifa sobe para R$ 8,00. Nos chalés, as diárias (casal) custam R$ 100,00, com café da manha, roupa de cama e banho. Também podemos citar o Jaraguá Tênis Clube. Mas para frenquentá-lo é necessário ser associado. Entretanto, o clube já está no seu limite de vagas e não possui mais títulos à venda, apenas para transferência. Segundo a gerente financeira Rosiane Tavares, o clube tem o número de frequentadores aumentado após o mês
de janeiro, quando muitas famílias retornam da temporada de férias na praia. O Jaraguá conta com atividades esportivas para crianças e adultos, como vôlei, natação, tênis, basquete e futebol. O horário de funcionamento é de 9hs às 22hs, de terça a sexta, e de 9hs às 19hs aos sábados e domingos. Outra opção é o Sesi (Serviço Social da Indústria), que, atualmente, não possui mais atividades nos finais de semana, pois passa por reformas e sua piscina foi aterrada. Segundo a responsável pelas atividades físicas e de lazer, Wanessa Adame, após a reforma, prevista para o fim do ano, as atividades voltarão ao normal. O espaço conta hoje com as modalidades semanais de natação e hidroginástica na piscina olímpica. O valor das aulas é de R$ 31,00 para adultos, e R$ 25,00 para estudantes, por mês. É necessário levar atestado médico para realizar a matrícula.
As cachoeiras e lagoas são também opções para os que esperam um maior contato com a natureza. Nos municípios de Anchieta e Itapemirim, as lagoas Mãe Bá e Sete Pontas são as mais procuradas. Na lagoa Mãe Bá, segunda maior do estado em extensão, os visitantes podem desfrutar de belezas naturais e ainda contar com núcleos de produção de artesanato da região. A lagoa de Sete Pontas, que recebe este nome devido aos sete longos braços de água por onde se entende, é uma das maiores da região e guarda aos freqüentadores exemplares característicos da fauna capixaba. Em Marataízes, a lagoa do Siri é bastante procurada no verão devido à ótima infraestrutura de bares, restaurantes e campings. Sua proximidade com praia é muito apreciada. No Parque Estadual Cachoeira da Fumaça (PECF), em Alegre, as trilhas monitoradas estão sendo realizadas
às terças-feiras. É possível agendar o passeio na biblioteca do Parque, durante o horário de funcionamento da unidade. A grande atração do local é a queda d'água de 144 metros de altura, que dá nome ao local. O Parque funciona das 8 às 17 horas, todos os dias. Na região serrana, o Parque Estadual da Pedra Azul, em Domingos Martins, foi criado para proteger um conjunto de valores naturais, onde se destaca a pedra do lagarto, de formação de granito e gnaisse, com 1.822 metros de altitude. Além da trilha do lagarto e da trilha da pedra azul, há a trilha das piscinas, com 1.200 metros, onde se observam 9 piscinas naturais escavadas pela ação das águas. As visitas podem ser feitas aos sábados, domingos e feriados, após contato com o escritório do Parque. A visitas devem ser agendadas com, no mínimo, 10 dias de antecedência, pelo telefone (27) 3248-1156.
Como chegar: Lagoa Mãe Bá - Rodovia do Sol, entre os municípios de Anchieta e Guarapari Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça - Rodovia ES 185, km 17
Cascata do Galo - Trevo da estrada do Galo Parque Estadual Pedra Azul - 65 km de Cachoeiro pela rodovia ES - 164, que liga o município a Vargem Alta.
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Caderno Especial | Dia Mundial da ร gua
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Evento comemora Dia Mundial da Água Divulgação/PMCI
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m comemoração ao Dia Mundial da Água, será realizada de hoje a sexta-feira a terceira edição do evento "Cachoeiro no Caminho das Águas". Para fomentar a discussão sobre a importância dos recursos hídricos no município e no planeta, a programação elaborada pela Secretaria de Meio Ambiente (Semma) inclui palestras, oficinas, além de espetáculos de dança e teatro. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Cachoeiro de Itapemirim, Delandi Macedo, o evento foi pensado para reavivar o valor da água no dia a dia das pessoas. "Preservar a água não é um papel apenas dos governos, mas também de todos os cidadãos. Nós não vivemos sem ela, nem o meio
ambiente. A preservação deve ser feita desde a nascente até quando ela sai pela torneira", afirmou. Além das atividades abertas ao público, que acontecerão em um estande montado ao lado da prefeitura, o III Cachoeiro no Caminho das Águas ainda direcionará debates educativos voltados para um público mais jovem. "Faremos palestras sobre matas ciliares e oficinas para plantar sementes em duas escolas municipais e em uma turma universitária de Biologia. Vamos aliar a teoria e a prática, pois essa aprendizagem é um processo. Não adianta levarmos as pessoas para plantar sem entenderem a importância disso", concluiu a bióloga e funcionária da Semma, Viriane Pigatti.
A programação visa conscientizar sobre o valor da água no cotidiano das pessoas
Artigo
Água: reaproveitar e usar bem é bom para todos POR PAULO COSTA* A sociedade brasileira possui, como forte traço cultural, a dificuldade de planejar e poupar recursos, econômicos e naturais, traço esse que costuma trazer dificuldades ao país, no futuro. Isto também ocorre quando está em questão um bem natural cada vez mais escasso, a água: utilizá-la de forma racional e implementar medidas legais visando a estimular a captação das águas das chuvas são ações que trazem forte impacto positivo, econômico, ambiental e até de auxílio à prevenção de enchentes. As grandes cidades brasileiras, nas quais as fortes chuvas são a causa de constantes enchentes e alagamentos, são justamente os locais onde o problema da falta de água potável poderá se agravar nos próximos anos. Justamente devido a esses problemas, que não exclusivos do Brasil, a ONU definiu como tema de seu World Water Day 2011
"Água e Urbanização". A intenção é chamar a atenção para a importância dos recursos hídricos em um contexto de rápida urbanização - segundo dados do organismo, a cada segundo duas pessoas são incorporadas à população urbana. Na América Latina, 77% dos seus habitantes vivem nas cidades e as taxas de urbanização continuam crescendo. "A relação entre a água e as cidades é crucial. Cidades requerem grandes quantidades de água fresca/potável e, por outro lado, geram grandes impactos nos sistemas de água limpa", alerta a ONU, lembrando que enchentes, secas e outros eventos extremos, derivados das mudanças climáticas, também podem afetar a qualidade da água nos próximos anos. As grandes oportunidades nesse contexto estão relacionadas ao aumento da reciclagem e do reuso da água e do esgoto, por meio de tecnologias mais eficientes. A captação da água na própria cidade, por meio de sistemas de reaproveitamento das águas das chuvas, tam-
bém são vistas como solução para o problema do abastecimento futuro. Apesar da grande incidência de chuvas em boa parte no Brasil, são poucas ou quase inexistentes as iniciativas para a captação das águas das chuvas nas cidades. E, para piorar, por aqui a água potável é utilizada para fins menos nobres, como em descargas sanitárias, lavatórios, para lavar pátios, regar jardins etc. Essa realidade precisará ser repensada. A captação das águas pluviais nas edificações, especialmente em prédios, funciona como "piscinhas", reservatórios que ajudam a diminuir bastante a quantidade de água que corre para córregos e rios em prazos muito curtos e em grande volume, causando as enchentes. Há diversos sistemas possíveis de implantação que, ao mesmo tempo em que solucionam a questão do uso da água potável para fins menos nobres, podem ser um aliado na mitigação de problemas causados por fortes chuvas, como alagamentos e enchentes.
No Brasil, há muito o que melhorar na relação entre cidades-abastecimento de água. Faltam conscientização, medidas para evitar poluição e incentivos para o uso racional da água, como a substituição de equipamentos hidrossanitários por produtos economizadores de água, que permitem economizar quase 70% comparado ao consumo dos produtos obsoletos e gastadores. Cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Houston, por exemplo, já implantaram com sucesso programas de incentivo à adoção de equipamentos racionalizadores do consumo de água. E, claro, estamos ainda longe da desejada universalização do saneamento. O uso racional da água, além de permitir economia nas contas mensais de saneamento, com a diminuição das contas também é peça importante ambientalmente, uma vez que menos consumo &ea cute; igual a menos poluição e traz o benefício adicional de evitar a construção de novos reservatórios e adutoras, que provocam desmatamento e, assim,
destruição de parte da flora e da fauna. O país já dispõe de tecnologias e equipamentos de ponta para a implementação de programas de uso racional da água. Precisa haver estímulo legal à sua adoção, com benefícios fiscais, por exemplo, aos que trocarem equipamentos hidrossanitários gastadores por outros, economizadores. E é essencial que os responsáveis pela aprovação de leis em âmbito municipal, estadual e federal, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, comecem a pensar com maior seriedade nessa questão e proponham textos legais que estimulem o uso racional da água e a captação de águas pluviais. A sociedade só tem a ganhar com essas medidas. E o meio ambiente certamente ficará muito grato. *Diretor da H2C, empresa de consultoria e planejamento de uso racional da água membro do Green Building Council Brasil
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Água distribuída em Cachoeiro TEM QUALIDADE INTERNACIONAL A
água distribuída para todo o município de Cachoeiro de Itapemirim tem padrão de qualidade internacional. Depois de ser tratada, ela é testada e aprovada segundo parâmetros checados por laboratórios brasileiros que são referências para outros países. Os resultados estão sendo conferidos pelos mais de 53 mil clientes da concessionária que, neste mês, recebem o relatório anual da qualidade da água. Desde 2002, os testes de Cachoeiro são verificados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Em 2010, começaram a ser também pela Sub-Seção de Franca (SP) da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Em 2011, foram adicionados os do Serviço Nacional de
Aprendizagem (Senai) da Bahia e da Rede Metrológica do Rio Grande do Sul. "Em cada instituição dessas, parâmetros diferentes são utilizados. A Foz do Brasil investe nisso na busca por fornecer aos cachoeirenses a melhor água possível, conforme inclusive outras unidades brasileiras da nossa empresa já trabalham", explica a supervisora de tratamento da concessionária, Renata Samuel. Desde 2004, cada cliente da Foz do Brasil recebe o relatório, em formado de folder, junto da conta, seguindo o modelo definido na portaria de número 558 do Ministério da Saúde. Além de apresentar o resultado detalhado dos testes realizados ao longo de todo ano anterior, o informativo entregue pela Foz do Brasil apresenta como é tratada
a água da sede e de cada distrito, de acordo com o local onde o cliente está. Para saber mais sobre a
qualidade da água tratada e distribuída em Cachoeiro de Itapemirim, acesse o site www.fozdobrasil.com.br ou
entre em contato diretamente com a concessionária por meio do telefone 0800 771 0001. Divulgação/PMCI
Laboratórios de referência internacional atestam padrão da Foz do Brasil