5 de Junho de 2012 Jornal FATO | Cachoeiro de Itapemirim
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Heci promove campanha de preservação ambiental
Divulgação/HECI
O Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (Heci) lançou ontem, a nível interno, a campanha de coleta de pilhas e baterias de equipamentos eletroeletrônicos. É uma ação para lembrar o Dia Mundial do meio ambiente. A ideia é oferecer a oportunidade de dar um destino correto para esses resíduos perigosos. Com a iniciativa, cada um que participar estará contribuindo para a preservação da natureza e apoiando ações de conscientização ambiental. A proposta é arrecadar uma grande quantidade destes produtos, pois o hospital tem hoje mais de mil colaboradores. A ação partiu do setor de Segurança, Meio Ambiente, Saúde Ocupacional e Medicina do Trabalho SMS/ SESMT, onde existe o projeto RECICLHECI, criado há seis anos. A arrecadação acontece de hoje ao dia 30 de junho. Depois de coletado, o material será destinado à empresa Revertec.
Ação consiste no recolhimento de pilhas e baterias de eletroeletrônicos
Dia Mundial do Meio Ambiente A data comemorativa foi criada em 1972, em virtude de um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar de assuntos ambientais, que englobam o planeta, mais conhecido como conferência das Nações Unidas. A conferência reuniu 113 países, além de 250 organizações não
governamentais. A pauta principal abordava a degradação que o homem tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, de tal modo que a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade. Na reunião, criaram-se vários documentos relacionados às questões am-
bientais, bem como um plano para traçar as ações da humanidade e dos governantes diante do problema. A importância da data está relacionada às discussões que se abrem sobre a poluição do ar, do solo e da água; desmatamento; diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição da camada de ozônio, destrui-
Cachoeiro mobilizado para o Dia Mundial do Meio Ambiente Hoje, 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Mas, para a Foz - unidade Cachoeiro de Itapemirim, esta comemoração é feita todos os dias e vai muito além da principal missão de todo os seus integrantes, que é cuidar da água que chega às casas e do esgoto que vai para tratamento. Aproveitando a data, hoje a concessionária realiza diversas ações voltadas para a
educação ambiental. "Logo cedo, realizaremos uma palestra envolvendo todos os integrantes da concessionária e, em seguida, partiremos para a Floresta Nacional de Pacotuba realizar o plantio de mais 70 mudas de árvores nativas", relata o analista ambiental da Foz, Paulo Breda. O plantio de mudas já faz parte de programas de educação ambiental desenvolvido pela Foz, en-
tre eles a recuperação de áreas degradadas e o Projeto Rio Vida Reflorescer, que completa dez anos em 2012. O objetivo é proteger as nascentes do Rio Itapemirim e as áreas ao entorno delas. Até hoje, a Foz já protegeu 60 hectares no entorno de nascentes plantando mais de 15 mil mudas nativas da Mata Atlântica. E mesmo dentro da empresa há rotina de preservação, com a coleta sele-
tiva. "Todo o lixo é separado. O que pode ser aproveitado é encaminhado para instituições, cooperativas e grupos que utilizam este material para vender ou até mesmo fazer artesanato. Já com o lixo orgânico fazemos a compostagem, que resulta em adubo orgânico que é distribuído entre os próprios integrantes, que levam para casa para adubar hortas e quintais", conta Paulo Breda.
ção das espécies vegetais e das florestas, extinção de animais, entre outros problemas. A partir de 1974, o Brasil iniciou um trabalho de preservação ambiental, através da Secretaria Especial do Meio Ambiente, para levar à população informações acerca das responsabilidades de cada um diante da natureza.
RECICLAGEM A preocupação do Heci com o desenvolvimento sustentável existe há algum tempo. Desde 2006 foi implantado o Programa de Coleta Seletiva, cujo objetivo é coletar e separar o lixo reciclável gerado pelos setores do hospital. Atualmente, o programa recebe doações de materiais reaproveitáveis de mais de 15 empresas, todas de Cachoeiro. O número de pontos de captação cresce a cada ano. O programa credenciou o Heci a participar do Comitê Gestor Estadual de Resíduos Sólidos e do Subcomitê de Resíduos de Serviços de Saúde (Cogeres), Iema, Sebrae, e Instituto Idéias, sendo o único hospital do Estado a participar efetivamente das reuniões programadas pela coordenação dos comitês, o que resultou na atual Política Estadual de Resíduos Sólidos, lançada em 2009. O Heci é protagonista na construção da política de resíduos dos serviços de Saúde do Espírito Santo.
Artesanato exposto na Foz até amanhã É com criatividade e habilidade que muita gente transforma material que seria descartado em artesanato. O resultado desse trabalho pode ser visto em exposição na Foz. Tudo é feito pela comunidade com material que a concessionária gera. "São restos de cano de PVC, madeira, garrafas pet, entre outros resíduos reaproveitáveis que a
comunidade busca na concessionária e desenvolve o trabalho de artesanato. Um belo exemplo é uma árvore feita com fio de energia e garrafas pet", explica o analista ambiental Paulo Breda. Aberta gratuitamente ao público, a exposição acontece na sede da concessionária, na Ilha da Luz, até amanhã, das 7h00 às 17h00.
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Tecnologia permite reutilizar água em marmorarias Fotos: Divulgação
EVENTO Integrada com os eventos ambientais, a empresa apóia e participa das atividades em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, hoje, realizadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. As ações começaram ontem e vão até domingo.
A diretora da Eco Green, Lila Pinho, palestra no 3º Caminho das Águas BEATRIZ CALIMAN
Cachoeiro de Itapemirim possui o maior parque industrial de beneficiamento de rochas ornamentais da América Latina, além de ser pioneiro neste mercado no país. Impulsionadas pela le-
gislação ambiental, somente há pouco tempo as empresas do setor passaram a usar racionalmente a água da produção, incluindo o seu reuso. Para atender esta demanda, indústrias de outros estados especializadas neste
serviço instalaram sede no município. O consumo de água pode representar até 97% do processo de beneficiamento do mármore e do granito. A escassez de recursos hídricos e as leis
vigentes fizeram com que o segmento reutilizasse a água de teares e politrizes nos sistemas de efluentes. O dejeto, que antes caia em enormes tanques e contaminava o solo, hoje é tratado e reutilizado. Todo o processo é realizado por empresas especializa-
bie nt al iza m im pa cto am So luç õe s mi nim
das, como a Eco Green. A empresa carioca atua há cerca de 15 anos no município. De acordo com a diretora Lila Pinho, a Eco Green atende atualmente mais de 300 indústrias de rochas ornamentais, somente em Cachoeiro. Ela conta que, além de preservar o meio ambiente, o serviço gera outros benefícios, uma vez que otimiza os custos operacionais e agrega valor ao produto. Lila comenta que as marmorarias estão pre-
ocupadas para reaproveitar a maior quantidade possível de água no seu sistema de produção. O tratamento é feito a partir da introdução de produtos químicos na água, que separa sólido e liquido. A diretora revela que até mesmo a lama, após ser prensada, é reutilizada, na fabricação de blocos para a construção civil. A empresa possui também uma linha de produtos de limpeza pesada, desengraxantes e detergentes especiais para águas industriais.
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Lixo: problema crescente, soluções di BEATRIZ CALIMAN
O mundo produz cada vez mais lixo e a sua destinação está longe das condições ideais, principalmente no Brasil. A eliminação dos lixões até 2014 é uma das metas impostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. O problema também é um dos principais desafios do plano do governo federal para o meio ambiente. Neste sentido, novas tecnologias já são cogitadas para proporcionar descarte correto aos resíduos. Em recente passagem por Cachoeiro, em even-
to realizado pela Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha (CTRVV), o engenheiro civil, sanitarista e consultor da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), Alberto Leão Bretas, falou sobre novos instrumentos para a coleta de resíduos sólidos. Há 38 anos estudando o segmento, o especialista diz que, entre os diversos sistemas de tratamento de lixo, o aterro sanitário controlado ainda é o que apresenta maior eficiência. Ele explica que, mesmo com todos os processos de coleta, sempre existirão resíduos
que precisam de destinação correta e o aterro é esta opção. No quesito inovação, Bretas ressalta o tratamento de lixo utilizado nas últimas Olimpíadas na Espanha, em 1992, quando foi utilizado um sistema de sucção de bombas pneumáticas que dispensa parte da mão-de-obra dos coletores. O coletor, de acordo com o especialista, mostra o futuro dos sistemas de resíduos no mundo, principalmente nas grandes cidades. No entanto, o tratamento apresenta desvantagens, segundo ele, se fosse, por exemplo, usado no país. O especialista
Divulgação
Para especialista, aterro controlado ainda é o melhor sistema de tratamento
explica que o lixo produzido no Brasil é caracterizado por 60% de matéria orgânica (resíduo de origem vegetal ou animal), enquanto nos EUA, esse valor não chega a 30%. Para suportar o sistema, as redes de esgoto teriam de ser readequadas ao tipo de lixo nacional. CENÁRIO Na visão de Bretas, o país ainda engatinha quando o assunto é destino dos resíduos sólidos. Para ele, a falta de conscientização ambiental por parte da população, que produz cada vez mais lixo, e os altos custos da destinação correta dos dejetos, contribui para isso.
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stantes Cachoeiro terá aterro em 90 dias NÚMEROS
>> 23,3 milhões São as toneladas (ou 41,94%) dos resíduos vão parar em lixões ou em "aterros controlados", no Brasil.
>> 2.302 São as cidades, dentre os 5.565 municípios brasileiros, que sequer têm coleta seletiva.
>> 61,9 milhões São as toneladas de lixo produzidas no país em 2011, representa 1,8% a mais do que no ano anterior.
BEATRIZ CALIMAN
Está em fase de construção um aterro sanitário no distrito de São Joaquim, em Cachoeiro de Itapemirim. A informação é da Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim (CTRCI), que estima que a estrutura física do local esteja pronta em 90 dias. Já a operação depen-
de de licenciamento do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). De acordo com o gerente regional da empresa, Newton de Souza Pinto Filho, ainda não há previsão para que o aterro comece a funcionar. Ele afirmou que somente após a conclusão da construção do empreendimento o pedido de licença ambiental é emitido.
Atualmente, além da construção do aterro, a CTRCI é responsável pelos serviços de coleta, transporte e transbordo de resíduos sólidos. Segundo o gerente, o empreendimento em São Joaquim vai representar grande economia para Cachoeiro. Em média, informa Newton, são enviadas, por mês, para um aterro sanitário da empresa em Vila Velha 3 mil toneladas de lixo produ-
zido no município. A área compreendida para as instalações em São Joaquim é de 11 alqueires, o equivalente a 532 mil m². O custo do investimento gira em torno de R$ 6 milhões. A vida útil do aterro pode chegar a 20 anos, diz o gerente. A possibilidade de criação empreendimento ronda o município desde 2007. A Associação de Moradores de São Joa-
quim há anos se mobiliza contra a instalação do aterro naquela localidade. Uma liminar chegou a ser emitida em 2008, impedindo o licenciamento por conta da presença de nascentes na área. No entanto, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) confirmou a legalidade da instalação e a liminar perdeu efeito.
Fonte: Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)
Mensalmente, 3 mil toneladas de lixo cachoeirense vão para aterro sanitário em Vila Velha
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Programação especial na Semana do Meio Ambiente em Cachoeiro Exposição de orquídeas, palestras, coleta de equipamentos eletrônicos e de lâmpadas fluorescentes. Essas atividades realizadas em Cachoeiro de Itapemirim fazem parte da programação alusiva ao Dia
Mundial do Meio Ambiente, comemorado hoje, 5 de junho. O objetivo é incentivar atitudes de preservação ambiental. "Queremos despertar a consciência quanto à necessidade de preservar o meio ambi-
ente e ao mesmo tempo promover o desenvolvimento". "Isso é sustentabilidade. Em Cachoeiro, a Prefeitura tem conseguido minimizar os impactos ambientais por meio de parcerias, na contramão das
atitudes e pensamentos correntes, que não associam desenvolvimento e preservação do meio ambiente", afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Josué Batista. Na programação está a
campanha de coleta de equipamentos eletrônicos e lâmpadas fluorescentes. "O impacto ambiental causado por esses produtos pode não parecer relevante, mas quando é descartado sem tratamento adequado, o material prejudicial à saúde se acumula em lixões e aterros, afetando o solo e os lençóis d'água e, assim, as pessoas", explica o secretário. Ele acrescenta que o lixo coletado durante a campanha será levado para Vila Velha, pela empresa responsável pelo transporte do material. A meta, segundo Josué Batista, é colocar em prática ações como essa pelo menos três vezes por ano. "Essa já é a segunda de 2012. Aprimei-
ra foi em comemoração ao Dia Mundial da Água, em março, quando instalamos dezenas de coletores de pilhas e baterias portáteis em várias escolas e outros locais do município. Vamos buscar novos parceiros para instalar mais coletores pela cidade. Mas isso não impede que empresas possam realizar campanhas semelhantes", comenta. A Semana do Meio Ambiente vai contar também com uma atração que promete chamar a atenção de quem passar pela Praça Jerônimo Monteiro, no centro da cidade, onde estarão expostas orquídeas. São espécies existentes no Brasil e também em outros países. Algumas plantas estarão à venda. Arquivo FATO
Lixo tecnológico será recolhido pela Prefeitura
PROGRAMAÇÃO Exposição de orquídeas na Praça Jerônimo Monteiro De quinta-feira (07) a domingo (10) Horário: a partir das 8h00 Lançamento da campanha "Adote uma árvore e uma orquídea" Dia D - Coleta de equipamentos eletrônicos e de lâmpadas fluorescentes De hoje a segunda-feira (11) Local: Pavilhão da Ilha da Luz Horário: 8h00 às 17h00
Coleta e destinação correta do lixo proveniente de equipamentos eletrônicos e de lâmpadas fluorescentes Ciclo de palestras Hoje e amanhã Local: Unidade do Senac, na Avenida Jones dos Santos Neves, onde também estão sendo feitas as inscrições Horários: De 10h00 as 11h00 (hoje) e das 16h00 às 17h00 (amanhã) Palestrante: Pollyana Cunha Pinheiro - bióloga Tema: Educação Ambiental e Sustentabilidade
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Itapemirim investe na reciclagem Um programa pioneiro no sul do Estado pode dar, em Itapemirim, o destino mais adequado para o lixo. A Prefeitura incentiva o trabalho das várias pessoas que coletam materiais recicláveis. Desde dezembro, a Secretaria de Meio Ambiente põe em prática o programa de Coleta Seletiva "Nada se perde, tudo se recicla", que tem a proposta de mudar a vida destes itapemirinenses e o rumo do lixo no município. O projeto tem a missão de formalizar o trabalho dos catadores, com a criação da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Itapemirim (Ascamari) e também conscientizar os moradores do município sobre a importância, facilidade e necessidade de separar o lixo e entregar
para a reciclagem. Atualmente os catadores do município atuam de forma individual e informalmente. Estão sujeitos a preços baixos e a condições inadequadas de trabalho. Com a criação da cooperativa, os catadores associados deixarão de agir por conta própria e passarão a trabalhar de forma coletiva, proporcionando mais dignidade, melhores condições de trabalho, maior renda e garantia dos seus direitos. A inauguração da sede da Ascamari está programada para 14 de junho. De início, o projeto piloto da coleta seletiva será realizado no distrito de Itaipava, região que concentra, estimativamente, 40% da população de Itapemirim e que na alta temporada recebe muitos turistas, aumentando a quan-
tidade de lixo produzido. Mas o objetivo principal é ampliar o serviço de coleta para todo o município. "É um programa audacioso que tem como meta reciclar pelo menos 80% do lixo de Itapemirim. Os métodos e técnicas utilizados no projeto piloto na localidade de Itaipava serão testados, avaliados e ajustados para depois estender para todo o território municipal", declarou a secretária de Meio Ambiente, Poliana Freire. A sede da Cooperativa funcionará em Itaoca e contará com infraestrutura que facilitará o trabalho dos catadores. Os equipamentos foram adquiridos pela Prefeitura e serão cedidos para a Ascamari. Já foram investidos cerca de R$ 130 mil. "Estamos atuando em conjunto com estes trabalhadores e a Prefeitura irá apoiá-los em tudo. Além do maquinário, do
apoio técnico e aluguel da sede, continuaremos dando total assistência. Serão oferecidos cursos de capacitação e qualificação para os catadores. Já foi aprovada também a compra de um terreno para a construção da sede própria da Ascamari e foi autorizada a aquisição de um veículo que prestará serviços para a cooperativa e facilitará a coleta dos materiais recicláveis. É um processo demorado, mas aos poucos a Associação será totalmente equipada e eles poderão caminhar sozinhos. Além da parceria com a Prefeitura, a Associação poderá buscar convênios com mais empresas e empreendedores", ressaltou a secretária. Mas para que o desenvolvimento da Ascamari caminhe para o sucesso, a participação dos moradores
do município será de grande importância. Um trabalho de conscientização começará a ser feito para que as pessoas conheçam melhor e colaborem com o projeto "Onde você vê lixo, a gente vê oportunidade". Para ajudar, basta que a população adote atitudes simples, como separar todo o lixo. Ao contrário do que muitos imaginam, não é preciso separar os recicláveis em vidro, plástico, metal e papel, este trabalho será feito pelos catadores. O essencial é separar apenas o lixo seco (papel, papelão, embalagens, vidro, PET e plásticos em geral) do lixo úmido (lixo de banheiro, restos de alimento, cascas de frutas, esponjas de aço...). Já é costume dos catadores de materiais recicláveis do balneário ir de casa em casa e comércio em comércio recolher o que estas pessoas juntam periodicamente, este processo continuará. A novidade fica por conta dos Pontos de Entrega Voluntários (PEV), que serão instalados em pontos estratégicos do distrito. Os interessados poderão juntar uma quantidade considerável de recicláveis e de-
positarão nos PEVs. Diariamente os catadores passarão recolhendo. Nas principais praças também serão colocadas lixeiras duplas para a entrega do lixo seco. "Com a inauguração da sede as pessoas também poderão entregar diretamente e assim que o carro for adquirido será mais uma forma de recolhermos o que foi separado pela população", lembrou o catador Ailton Rosa dos Santos, mais conhecido como Sr. Sassá. "Precisamos criar o hábito de separar o lixo. É tarefa simples, mas não temos este costume e por isso devemos adotar esta prática o quanto antes, para que nossas crianças se tornem adultos mais conscientes e responsáveis com o meio ambiente", comentou a prefeita Norma Ayub Alves.
SERVIÇO Para mais informações sobre a Coleta Seletiva, entre em contato com a Secretaria de Meio Ambiente: e-mail (meioambiente @itapemirim .es.gov.br) - telefone (28) 3529-6419.
PONTOS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA Itaoca - Posto de Gasolina Fenix, Praça de Itaoca, Escola Municipal Elvira Meale Lésquevis, Praça de Joacima, Secretaria Municipal de Administração Regional
Itaipava - Próximo à AF Cardoso, Praça de Itaipava, Praça do Cata Vento, Posto de Gasolina 3 Golfinhos, Próximo à Padaria Bianchi
Em breve será inaugurada a sede da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Itapemirim
Mas o que fazer com o Lixo orgânico? Uma boa sugestão é adotar a iniciativa tomada pela Secretaria de Aquicultura e Pesca. A novidade é a implementação do projeto que trata de forma correta o lixo orgânico (úmido). Trata-se da construção de um biodecompositor feito com bombona plástica de 200 litros que aproveita resíduos orgânicos de maneira simples e prática.
De fabricação fácil e custo baixo, cerca de R$ 90,00, com o biodecompositor o lixo orgânico (restos de comida, folhas, borra de café, grama, entre outros) é transformado em adubo sólido e líquido (chorume) de ótima qualidade, rico em nutrientes e sais mineiras, que pode ser utilizado em hortas, pomares e jardins, deixando o solo mais produtivo. O processo de decomposição ocorre de maneira na-
tural. O chorume é retirado do decompositor a cada 10 dias mais ou menos e pode ser utilizado diretamente na raiz das plantas, sendo necessário diluí-lo em água (1 parte de chorume para 4 partes de água). Já o adubo sólido é retirado da bombona a cada 3 ou 4 meses. "A nossa meta é levar este trabalho para todas as escolas e moradores do município. Nosso objetivo é mostrar a importância do
projeto e conscientizar todos que aperfeiçoar o aproveitamento do lixo é essencial para um mundo melhor. A natureza e o meio ambiente com certeza agradecem", destacou José Mauro Sales. "Esta é uma ideia muito promissora e que com certeza deve ser levada a todos. De maneira muito simples e barata você reaproveita os resíduos orgânicos de forma correta e dá ao lixo o destino certo", ressaltou a prefeita.
Norma disse ainda que quer deixar para os itapemirinenses o reconhecimento de que os recursos naturais são finitos e que somos dependentes deles. "Mantendo práticas ambientais sensatas como o destino certo e ideal para o lixo seco e úmido, damos garantias que o desenvolvimento social e econômico deve acontecer de mãos dadas com a conservação ambiental e o bem estar da socieda-
de. Devemos utilizar os recursos naturais de maneira correta e com qualidade", concluiu a prefeita.
SERVIÇO Quem se interessar, pode conseguir mais informações na Secretaria de Aquicultura e Pesca, localizada no Distrito de Itaipava - (28) 35291311. Lá, há a lista dos materiais necessários e orientações sobre como construir e utilizar um biodecompositor.
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Trabalhos avançam na ETE da Selita BEATRIZ CALIMAN
A nova Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) da maior cooperativa de laticínios do Estado - Selita - deve ser concluída ainda este ano. A obra, orçada em R$ 3 milhões, está sendo realizada dentro do prazo acordado no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Com a construção da ETE, o problema relacionado ao mau cheiro ocasionado pelos resíduos da produção das três indústrias de derivados do leite será eliminado. Segundo a analista ambiental da cooperativa, Joeni Banhiense Tamborotti Martins, as obras, ao lado da Selita,
estão na fase de concretagem dos tanques. Além disso, Joeni conta que já foram adquiridos equipamentos como flotador, adensador e centrífuga. Os equipamentos
foram indicados pela Foz do Brasil, especialista na área de atuação em tratamento de efluentes, que irá operar o sistema. A estimativa da Selita é que as instalações sejam
concluídas até dezembro, quando devem acontecer os primeiros testes. O efetivo funcionamento está previsto para o início do próximo ano. A obra, realizada pela Divulgação
construtora Menon, de acordo com a analista, está dentro do cronogra-
ma, apesar da chuva nas primeiras semanas do último mês.
TRANSPARÊNCIA A Estação de Tratamento de Efluentes é uma das solicitações das comunidades dos bairros Basileia e Campo da Leopoldina, situados no entorno da in-
dústria. Reuniões mensais são realizadas pela comissão de acompanhamento do TAC, que inclui as comunidades e autoridades envolvidas no processo.
MINIMIZANDO IMPACTOS Enquanto a Selita aguarda a conclusão do sistema, medidas paliativas em acordo com o MP foram implementadas pela cooperativa para amenizar o odor. Outra ação que atende ao TAC é a desativação da sala de compressores da usina UHT (leite lonSistema de tratamento de resíduos deve ser concluído em dezembro
ga vida), que gerava ruídos. O equipamento foi substituído por um compressor instalado a cerca de 100 metros de distância da vizinhança. Os exaustores também foram desativados para que o nível de som emitido fique dentro do permitido por lei.