ANO XII - Nº 455 06 A 13 DE JANEIRO/2022 SERRA/ES
Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita
©GETTY IMAGES
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
8 Que tal preparar esta receita
incrível de empada de arrozdoce? Pág. 8
ANA LUCIA
8 A mágoa é um dos sentimentos que mais prejudica um relacionamento Pág. 14
LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM
8 Os efeitos da pandemia
da covid-19 na educação
Pág. 16
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 2022, ano de muita respon-
sabilidade, pois, em outubro, elegeremos os que nos representarão nas esferas federal e estadual Pág. 12
ANA MARIA IENCARELLI
8 Apontada como primeira vítima da Alienação Parental, Joanna Marcenal perdeu a vida aos cinco anos de idade Pág. 10
Violência no ambiente escolar é menor durante o ensino médio integral Pág. 4
Tela 'lambível': a televisão que tem sabor. Invenção japonesa permite que pessoas possam 'experimentar' as comidas exibidas Doença neurológica misteriosa afeta jovens e preocupa autoridades canadenses Pág. 6
Pág. 9
Canabidiol é capaz de reduzir tumor cerebral, diz estudo ©DIVULGAÇÃO/PIXABAY/CBD-INFOS-COM
Pesquisadores de uma universidade na Geórgia, nos EUA, divulgaram novos dados sobre o tema Pág. 9
Cientistas descobrem por que Desmatamento do Cerrado é o os pandas gigantes são preto maior desde 2016 e branco Sol artificial' chinês ©GETTY IMAGES
Pág. 2
mantém temperatura de 70 milhões de graus Celsius por tempo recorde Acesse o nosso portal: www.jornalfatosenoticias.com.br
A pelagem característica dos mamíferos despertava curiosidade. Descoberta indica que as duas cores são a melhor forma de camuflagem da espécie na natureza Pág. 2
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2 MEIO AMBIENTE
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Desmatamento do Cerrado é o maior desde 2016 Estados do Maranhão, Tocantins, Bahia e Goiás lideram destruição do bioma brasileiro ©PIXABAY
O Cerrado brasileiro perdeu 8.531,44 km² de vegetação nativa entre agosto de 2020 e julho de 2021, de acordo com dados do PRODES Cerrado divulgados no último dia de 2021, 31 de dezembro. Trata-se da maior extensão devastada desde 2016. O crescimento em relação ao período anterior foi de 7,9%, consolidando o aumento na destruição do segundo maior bioma brasileiro, registrado em 2020. Os estados que mais desmataram foram Maranhão ( 2 . 2 8 1 , 7 2 k m ² ) , To c ant i ns (1.710,55 km²), Bahia (925,11 km²) e Goiás (920,45 km²) — além do Goiás na 4ª posição, os demais pertencentes ao M at o p i b a , a m a i s r e c e nt e f ronteira agrícola do País,
evidenciando a relação entre o avanço da produção de commodities e a destruição ambiental.
As perspectivas futuras não são animadoras: o Brasil corre o risco de não ter dados do Prodes Cerrado por falta de verbas.
Plataforma ajuda exportação de produtos da flora e fauna brasileira A portaria entrará em vigor a partir de 25 de janeiro
Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) do Ministério da Economia visando a emissão de documentos como licenças, autorizações, permissões e certi cados. A portaria entrará em vigor a partir de 25 de janeiro. Entre os espécimes que poderão ter licenças emitidas para comércio exterior estão peixes de águas c o nt i n e nt a i s e m a r i n h a s . Também estão previstas licenças para a exportação de tora (madeira acima de 250 milímetro espessura e de lenha),
vazão da Bacia do São Francisco e por quase 50% de toda a vazão da bacia do Rio Paraná, que abastece a hidrelétrica de Itaipu. Aproximadamente 50% da produção brasileira de soja está concentrada no bioma. São mais de 18 milhões de hectares ocupados com uma única espécie nessa savana, rica em endemismos, espécies que só podem ser encontradas no Cerrado. Segundo dados do MapBiomas, a área de agricultura no Cerrado cresceu 460% nos últimos 36 anos e já ocupa 23 milhões de hectares — extensão maior que o estado do Paraná. As terras que um dia foram cobertas por campos nativos, concentram aproximadamente metade da produção nacional de soja e cana, além da maior parte do algodão.
Cientistas finalmente descobrem por que os pandas gigantes são preto e branco A pelagem característica dos mamíferos despertava curiosidade. Descoberta indica que as duas cores são a melhor forma de camuflagem da espécie na natureza ©GETTY IMAGES
©DIVULGAÇÃO/PLANTVERD
Portaria do Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) institui a Plataforma de Anuência Única do Brasil — PAU Brasil, ferramenta de g e s t ã o e a nu ê n c i a p a r a a importação e exportação de espécimes, produtos e subprodutos da fauna, da pesca e da ora nativas. A plataforma, que cará sob controle do Ibama, funcionará em conjunto com o Sistema
Apesar dos apelos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que coordena o monitoramento, ainda não há
g ar ant i a d e qu e o proj e to receberá os recursos necessários para manter seu funcionamento em 2022. O Cerrado não é apenas a savana mais diversa do planeta. Seu território, que se estende por dois milhões de quilômetros quadrados no Brasil, Paraguai e Camaleão Bolívia,Furcifer por ser um platô com labordi s o l o s prof u n d o s , o bi om a alimenta oito das 12 principais bacias hidrográ cas do país, irrigando 40% do território nacional. A destruição ambiental no bioma, aliada ao desmatamento da Amazônia, que contribui na regulação das chuvas do centro sul brasileiro, reduzem a vazão de águas para as bacias hidrográ cas. O Cerrado responde por mais de 90% da
madeiras e carvão vegetal de espécies nativas; espécimes, produtos e subprodutos da ora e da fauna silvestre brasileiras e exótica constantes nos anexos da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites). Os requerimentos poderão ser feitos via formulário eletrônico, no site do Ibama, junto ao Sistema de Emissão de Licença Cites (Siscites). De acordo com a portaria. “Os requerentes de licenças Cites, pessoas físicas ou jurídicas, deverão efetuar sua inscrição no Cadastro Técnico Federal — CTF como Uso de Recursos Naturais, nas categorias: importação ou exportação de fauna nativa br as i l e i r a , i mp or t a ç ã o ou exportação de ora nativa brasileira e importador ou exportador de fauna silvestre exótica”, e manter seus dados atualizados.
Você nunca se perguntou por que os ursos pandas são brancos com manchas pretas? Esses mamíferos gigantes e muito fofos chamam a atenção pela sua inconfundível pelagem nessas duas cores, em meio às orestas coloridas onde vivem e outros habitats. Durante anos isso desp er tou c ur iosidade em cientistas e agora eles descobriram o porquê. Uma equipe de pesquisadores de três países concluiu que o pelo preto e branco é a melhor forma de camu agem da espécie na natureza, após analisar fotos de 15 pandas selvagens durante sete anos. Ossi Nokelainen, líder do
estudo publicado na revista Scienti c reports, disse à BBC: "As raras evidências fotográ cas nos permitiram examinar a aparência do panda gigante em
seu ambiente natural p ela primeira vez". S eg u nd o o s c i ent ist as , a coloração características pode ajudá-los a fugir e confundir predadores, como leopardos, tigres e cães selvagens. "O pelo preto se mistura em tons escuros e troncos de árvore, enquanto o pelo branco combina com a folhagem e a neve quando presente, e os tons de pelagem intermediários combinam com as rochas e o solo", apontou a pesquisa.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
Filiado ao Sindijores
CNPJ: 18.129.008/0001-18
"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília
Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores
CULTURA 3
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Os Como se vestiam Foto Antiga do ES os negros no Brasil Colônia?
©IVAN ERLER/FOTOS ANTIGAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/FACEBOOK
De enfeites e bordados até os acessórios e ornamentos, as roupas eram preparadas com muito capricho e cuidado ©DOMÍNIO PÚBLICO/CREATIVE COMMONS/WIKIMEDIA COMMONS
Mulheres no Brasil à época da mineração, por Carlos Julião
FOTO: REPRODUÇÃO
Grande enchente de 1979 — Baixo Guandu — ES
A
elegância das mulheres negras não escapou aos cronistas que escreveram sobre a colônia. O preparo das roupas com capricho e afinco caracteriza um culto rigoroso na forma de portar saias, torços de seda, sandálias enfeitadas e panos da costa, ensina o antropólogo Raul Lody. Na Bahia, se identificavam por seus turbantes e camisas de musselina, sobre a qual colocavam os panos da costa. Roupas bordadas e ornadas se contrastavam com camisolões brancos daquelas que eram escravas domésticas de gente pobre. E Luís dos Santos Vilhena contava sobre as escravas que saíam à rua com suas senhoras: “Pretas vestidas com ricas saias de cetim, becas de lemiste finíssimo e camisas de cambraia ou cassa bordadas de forma tal que vale o lavor três ou quatro vezes mais do que a peça; e tanto é o ouro que cada uma leva em fivelas, cordões e pulseiras ou braceletes, ou bentinhos, que s e m h ip é r b ol e b a s t a p ar a comprar duas ou três destas negras ou mulatas como a que o leva”. E quantas joias! De “punhos ou cop os” e braceletes de ouro onde se via a elaborada joalheria desenvolvida por africanos e seus descendentes até balangadãs de prata com objetos que tinham função simbólica: dentes, figas de madeira, contas e bolas de louça em coral, âmbar ou marfim, todos encastoados em prata. A penca, presa por um correntão de prata, era usada na altura da cintura combinando com o pano da costa. Os balangandãs podiam ser devocionais, com a espada de São Jorge, a pombinha do Espírito Santo, São Cosme e Damião presos a uma só argola, entre outros; votivos, representando graças alcançadas nos ex-votos de costelas, cab e ças, s eios, ol hos etc.; propiciatórios com figas diversas, dentes de jacaré, moedas, bastões ocos de prata com guiné, pó de pemba e terra de cemitério; ou evocativos: o cacho de uvas para lembrar as vindimas portuguesas, o tambor,
instrumento das danças de terreiro e senzala. Portava-se ainda o brinco em estilo “pitanga”, feito de búzio e ouro, ou as argolas, também conhecidas como “africanas”, aros ou aros de rapariga. E tinha ainda os anéis, como os de “p e d r a - c o r a d a”, g o r d o s e pesados, normalmente usados p or homens. Nas laterais, atributos curiosos, como folhas de tabaco, para os produtores de fumo, e flores de algodão, para os agricultores. E havia os fios de conta, simbolizando diferentes orixás e a joalheria de axé, aquela religiosa: os ibós e idés, as pulseiras, captados precocemente por Debret e Carlos Julião e, no Maranhão, ditos “rosários”. Tal joalheria subiu até Minas Gerais pelo Rio São Francisco e era comumente encontrada nos testamentos de escravas ou forras que as compravam com seu “ganho”. Muitas dessas joias foram ainda presente de senhores generosos a amas de leite ou amas. O material simbólico chegava nas embarcações que faziam a rota entre a costa africana e os portos brasileiros, sendo distribuídos nas lojas e tendas mantidas por negros, e tais talismãs eram usados por ambos os sexos. A compra de relíquias era corrente entre escravos, traduzindo a crença na comunicação com seres sobrenaturais do catolicismo. Eles foram grandes consumidores de bentinhos, contas do rosário, medalhinhas com efígies de santos, verônicas e até papelotes com o “leite em pó da Virgem Maria”, vendido por um padre salafrário na região do Serro, em Minas Gerais. O porte de bolsas de mandinga se misturava às joias de axé. Trazendo poderosas orações que vinham acompanhadas por desenhos, pós de ossos, pedaços de pedra d'ara ou de círio pascal, tais conteúdos atendiam a objetivos variados. Eram usados como proteção contra a maldade, para separar casais, contra doenças ou quedas, para escapar da morte e atrair o bem. Acessório obrigatório, as bolsas de mandinga tinham seus
fabricantes especializados. Alguns, tão bem-sucedidos que até de equipe de ajudantes precisavam para dar conta do número crescente de encomendas. Faziam parte da indumentária africana no Brasil ou e nt re o s me mbro s d a s diferentes nações do outro lado do Atlântico. Elegância? Sim, e muita. No R io de Janeiro, durante o batizado de um negro novo, Debret se impressionou com o p a d r i n h o : “ Ve s t i d o cerimoniosamente, usa uma calça de seda herdada de seu senhor, chapéu e bengala”. Por sua vez, John Mawe, nas minas de diamantes observou: “Não há regulamento especial para o vestuário dos negros; vestem para o trabalho o que mais convém a seu gênero de ocupação; usam, em geral, jaleco e calção e não andam nus como asseveram alguns escritores”. Os que garimpavam dentro dos rios portavam calças e blusas de couro de capivara para se proteger do frio, como visto pelos naturalistas bávaros Spix e Martius. No calor dos engenhos, o uso da camisa de baeta ou algodão, tecido muitas vezes fiado em casa, era constante. O chapéu de palha contra o sol, uma obrigação para homens e mulheres: “As negras usam, na rua ou no campo, um chapéu preto para se proteger do sol”. Já as escarificações permaneciam como marca de ident idade e pro ce dência. Kidder em 1837, referiu-se aos “provenientes da África que têm os ombros, braços e peito cobertos de marcas simétricas que parecem feitas com ferro em brasas”. Nicolas de La Caille os viu “quase nus, vestidos com um calção ou, quando às voltas com suas lidas diárias, com um simples pano. Alguns têm, contudo, uma camisa e um casaco. Os negros libertos portam as mesmas vestes e o mesmo manto dos brancos”. Se a roupa serviu para identificar quem era quem na colônia, percebesse que havia muitos tons de cinza entre o que vestiam brancos e negros. Nada era óbvio.
(AVENTURAS NA HISTÓRIA)
Livro reconstitui os levantes que abalaram a Bahia no século XIX Em Bahia de todos os negros, as vidas de Luiz Gama e sua mãe são os fios condutores da abrangente reconstituição dos levantes que ajudaram a forjar o Brasil atual LUCIANO DANIEL ©DIVULGAÇÃO/DOMÍNIO PÚBLICO
Em um momento de resgate da gura de Luiz Gama como um dos grandes nomes do abolicionismo no século XIX e da ancestralidade africana na identidade dos negros no Brasil, o selo História Real, da Intrínseca, lança luz sobre um recorte da história deste personagem em Bahia de todos os negros. Ao unir História e rep or tagem, o jornalista Fernando Granato reconstitui os levantes que abalaram a Bahia no século XIX pela perspectiva do célebre advogado abolicionista, que acaba de receber o título de doutor honoris causa pela USP, e sua mãe Luíza Mahin. Ve n c e d o r d o P r ê m i o Imprensa Embratel e indicado ao Jabuti de Reportagem, o autor pesquisou nos autos das d e v a s s a s pro du z i d o s n o decorrer dos processos judiciais provenientes da Revolta dos Malês (1835) — o maior levante escravo urbano ocorrido no Brasil — e da Sabinada (1837), que tinha c o m o o b j e t i v o a independência da Bahia em relação ao poder imperial. A l é m d a h i stor i o g r a a o cial existente e de fontes primárias, como os relatos orais de remanescentes de irmandades religiosas. O escritor e jornalista realizou
uma p es quis a de c amp o minuciosa ao visitar todos os cenários dos con itos que ainda existem, para poder descrevê-los. Como ponto de partida, Granato usa uma carta autobiográ ca que Gama enviou, em 1881, ao amigo Lúcio de Mendonça, para ser publicada no Almanaque Literário de São Paulo. No escrito, ca bem evidente o espírito aguerrido da mãe, que teve um papel importante nos levantes. “Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lust ro, t in ha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida e vingativa. Dava-se ao comércio — era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreição de escravos, que não tiveram efeito”.
As vidas de mãe e lho, que tem suas histórias entrelaçadas com as rebeliões, são os os condutores da narrativa. Longe do academicismo, o autor apresenta em ordem c r o n o l ó g i c a o s acontecimentos que sacudiram a Bahia e o Brasil no século XIX. Em uma narrativa uida, Fernando Granato mostra como as duas revoltas são fundamentais para a compreensão do Brasil. “Tais acontecimentos foram primordiais para a confecção da própria identidade brasileira. Em última análise, o que se pretendeu foi jogar luz sobre um passado indispensável à compreensão de nosso presente”, avalia o autor. Bahia de todos os negros revisita episódios de um p ass a d o i nd isp e ns ável à compreensão do presente — histórias reais que ajudam a pensar os dilemas de um Brasil que ainda precisa se conhecer.
4 EDUCAÇÃO
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Brasil não tem mulher negra reitora ©ENVATO ELEMENTS
No C ons el ho Na c i ona l d e Educação (CNE), na C o o r d e n a ç ã o d e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Semesp (entidade que representa as instituições de ensino superior privadas), a liderança está nas mãos de mulheres. No setor público, reitoras e vice-reitoras representavam 30,2% das 63 universidades federais existentes no Brasil no ano de 2017, revelou uma análise apresentada no 17º C olóquio Internacional de Gestão Universitária. Enquanto isso, no setor privado, elas até se conhecem entre si e por vezes trocam gurinhas, mas a quantidade é silenciosa, um mistério. As reitoras de instituições de ensino privado são geralmente eleitas, para além de suas competências, pela linha de sucessão familiar. Segundo apuração da redação, percebe-se que a ocupação desse lugar por mulheres, acontece principalmente nas instituições de ensino cujos negócios são de família, invariavelmente branca e onde a rotatividade do cargo é baixa. Além diss o, cada i ns t itu i ç ã o e s t ab e l e c e s e u período para novas eleições, fatores que podem di cultar um levantamento durável e preciso sobre quantas ocupam a reitoria no setor privado. Uma das poucas certezas nesse campo é que, entre mais de 2000 instituições de ensino, não se encontra nenhuma mulher negra como reitora. “Não se acha, simplesmente porque não existe”, a rma o professor José Vicente, reitor da Unipalmares, a única representativa nesse
sentido. Mas as mulheres querem e cada vez mais se preparam para alcançar a reitoria. Fernanda Serva é pró-reitora de pesquisa e pós-graduação e também ação comunitária na Un i m a r ( Un i v e r s i d a d e d e Marília), em São Paulo. Ela é uma entre as que vêm durante anos se preparando para atingir o cargo máximo de uma instituição e por lá, é certo de que o caminho se seguirá por aí. Atualmente, esse lugar é do fundador, Márcio Mes quit a S er va, s eu p ai, enquanto a vice-reitora é sua irmã, Regina Lucia Losasso S er va. “Meu pai sempre propiciou que eu e minha irmã ocupássemos essa posição. O ap oi o p ar a u ma l i d e r anç a feminina é muito importante para a mudança de cultura nesse aspecto”, diz. A pró-reitora a rma ainda que na Unimar 70% dos cargos de gestão e docência são ocupados por mulheres, o que para ela, estabelece um canal de escuta importante tanto com a administração, como com a docência e os alunos. “Há uma forma de condução e acolhimento diferente que eu
gosto muito”, conta. Esse é o mesmo pensamento de Si lv i a Te i xe i r a , re itor a d a Unisanta (Universidade Santa Cecília), em Santos-SP, cuja estr utura administrativa é parecida com a da Unimar; passada de pai para lho e que ela e os irmãos Lúcia e Marcelo Teixeira, encabeçam. Para a reitora, mulheres nos altos cargos agregam, sobretudo, habilidades diferentes e propiciam uma instituição muito mais humana, para além dos ganhos nanceiros. “Mulheres favorecem esse per l mais voltado para o social, inclusivo, exível, empático e resiliente”, justi ca. O relatório Women in Business and Management: e Business Case for Change, da ONU, revela justamente que mulheres em cargos de alta gestão geram rendimentos 20% mais elevados. “Por isso precisamos construir modelos de gestão que promovam igualdade e que as empresas e instituições passem a valorizar essa questão pois muda completamente a visão empresarial”, conclui Silvia Teixeira.
MEC registra recorde de autorização de novas vagas na educação superior em 2021 O Ministério da Educação — MEC alcançou a marca de cerca de 600 mil novas vagas autorizadas no ano de 2021 para a educação superior brasileira. Do total, 436.358 vagas são para oferta na modalidade a distância e 159.840 para cursos presenciais. Segundo levantamento realizado pela S e cret ar i a de R egu l aç ão e Super visão da Educação Superior — Seres, é o maior número de vagas autorizadas na comparação entre 2015 e 2021. As vagas estão distribuídas nos 1.576 novos cursos autorizados em 2021, bene ciando mais de
650 instituições de educação sup er ior. A g raduação em Enfermagem lidera com 112 cursos superiores autorizados, seguida por Direito com 108, Pedagogia com 90, Psicologia com 85 e Administração com 72. Os números de vagas e cursos criados em 2021 podem ser ainda maiores em função da autonomia de universidades e centros universitários para autorizar cursos superiores, estabelecida pelo art. 40 do Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2021. Além da autorização de curso, o MEC também registrou bons
índices nos atos de reconhecimento e renovação de reconhecimento de curso. Foram 925 cursos reconhecidos e 8.214 c u r s o s c o m re n ov a ç ã o d e reconhecimento. O balanço parcial das ações realizadas pela Seres no ano de 2021 foi apresentado para as entidades representativas da educação superior no último dia 20, ocasião em que o Secretário Paulo Almeida ressaltou o recorde de Portarias publicadas dos últimos sete anos pela Secretaria. Foram publicadas um total de 2.022 portarias no Diário O cial da União.
Violência no ambiente escolar é menor durante o ensino médio integral, diz pesquisa Índice de violência geral chega a ser 8,6% menor e o índice de violência velada 13,5% inferior em relação às escolas que não são integrais ©PEXELS/KOBE
Os e stu d ante s e st ã o mais seguros nas escolas públicas de ensino médio integral (EMI), pois essas instituições registram menos episódios de violência em relação aos colégios com e n s i n o m é d i o r e g u l a r. A constatação vem da pesquisa realizada pelo Instituto Sonho Grande, Percepção da violência no ambiente escolar: análise das escolas integrais e regulares, que avaliou a p ersp ec tiva dos gestores e dos professores em relação ao assunto. O estudo ver i cou que o índice de violência geral chega a ser 8,6% menor e o índice de violência velada 13,5% inferior em relação às escolas que não são integrais. Violência geral inclui violência explícita, como atentados à vida, roubos e agressões físicas, já violência velada diz respeito a ameaças, consumo de drogas e presença de armas. Os dados foram divulgados em dezembro a partir da análise de informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb 2019/Inep) e cou claro que a violência é um problema grave e sistêmico no Brasil, entretanto de acordo com o Atlas da Violência (Ipea 2020), entre os jovens, a situação é ainda mais preocupante: o homicídio é a principal causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos. Em 2018, 53% das vítimas eram jovens, totalizando 30.873 vidas perdidas nessa faixa etária, com maior concentração entre os negros. “Um a mbi e nt e e s c o l a r violento traz consequências negativas, como maiores taxas de absenteísmo, abandono e
evasão, rotatividade entre professores e gestores, mais di culdade de concentração e piores níveis de aprendizado e d e s e m p e n h o a c a d ê m i c o”, re g i s t r a o d o c u m e nt o d o Instituto Sonho Grande. Para entender qual é a diferença nos níveis de violência observados nas unidades de ensino médio regular frente às de ensino médio integral, o e s t u d o c omp a rou e s c o l a s parecidas em várias dimensões (como infraestrutura, número de estudantes, desempenho no Ideb) com a principal diferença sendo o tipo de ensino ofertado. Também buscou observar se existe distinção no nível de violência entre as escolas que aumentam a carga horária com atividades complementares e aquelas que ampliam a jornada escolar para conseguir implementar um modelo pedagógico de ensino integral. Outros dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE/IBGE) revelaram que a proporção de estudantes que faltaram às aulas por se sentirem inseguros dentro da escola passou de 5,5% em 2009 para 9,5% em 2015. Para os gestores, a violência, o medo e a insegurança também fazem parte da realidade vivenciada. Informações do Saeb 2019/Inep mostram que 46,3% dos gestores da rede pública do ensino médio registraram a ocorrência de eventos violentos no ambiente escolar, entre eles atentados à v i d a , rou b o s c om u s o d e violência ou mesmo ameaças a pro ssionais por algum estudante.
A pesquisa ainda avaliou que grande parte da literatura sobre os impactos de curto prazo da e du c a ç ã o n a v i ol ê n c i a s e preocupa mais com a quantidade de horas que os jovens passam na escola do que com a qualidade desse tempo. Na contramão, os resultados do estudo sugerem que, para reduzir a violência e os comportamentos de risco entre jovens, é mais importante avaliar como o tempo adicional é utilizado, e não apenas ampliar a carga horária. Inv e s t i r e m u m m o d e l o educacional que promove maior aprendizado, com foco no d e s e nv o l v i m e n t o socioemocional e melhoria do clima escolar entre estudantes, professores, equipes gestoras, família e comunidade, como é o caso da proposta do ensino médio integral, tende a diminuir a probabilidade de que os jovens se envolvam em atividades violentas dentro das escolas. O currículo do modelo integral centrado no projeto de vida dos estudantes, bem como suas expectativas e sonhos para o futuro, tem apresentado resultados positivos em termos de desempenho acadêmico e perspectivas futuras, com maiores taxas de ingresso na educação superior e maior renda, aponta o Instituto. Fatores que podem contribuir para que o jovem acredite nos retornos futuros maiores de uma e duc aç ão públic a de qualidade, desincentivando assim o envolvimento em atividades violentas.
INOVAÇÃO 5
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A embarcação conhecida por Balsa-Açaí irá circular nas calhas dos rios amazonenses ©DIVULGAÇÃO/BYD
A embarcação conhecida por Balsa-Açaí, movida a energia solar, possui um escopo de funcionamento totalmente sustentável. A estrutura será coberta por módulos solares e terá capacidade de processar 20 toneladas de frutos e 12 toneladas de polpa congelada por dia, além de armazenar 300 t on e l a d a s e m s u a c âm ar a frigorí ca. O projeto inovador de autoria da Transportes Bertolini tem tecnologia brasileira e irá circular nas calhas dos rios Solimões, Japurá, Juruá, Purus e Madeira. Para se manter em funcionamento, a embarcação
conta com 675 painéis solares que cobrem a estrutura de dois mil metros quadrados. Parte da energia gerada pelos painéis solares é utilizada para alimentar toda a fábrica e o restante, somado à energia produzida por geradores complementares a diesel, é armazenado em baterias para uso posterior. O projeto contou com o sistema de armazenamento da fabricante de baterias brasileira BYD, utilizando 64 unidades BBox, ideal para sistemas off-grid, com capacidade de 883kWh de armazenamento. “O projeto da balsa (…) é uma AJUFE
conquista mundial inédita para o s e t o r f o t ov o l t a i c o e d e armazenamento, já que se trata do maior projeto da BYD com baterias de lítio b-box off-grid do mundo”, disse Marcelo Taborda, Gerente de Vendas da BYD. Além disso, a unidade conta com uma Estação de Tratamento de E uentes (ETE), capaz de tratar 15 mil litros de rejeito por hora, em que a água devolvida ao rio será de qualidade superior quando comparada à captada para utilização na fábrica. Outro ponto importante para a comunidade local, é que a fábrica irá contribuir para o aumento da renda das comunidades ribeirinhas em até 300% – alcançando os R$ 5 milhões anuais. Com a criação de 50 empregos diretos, a Bertolini também irá comprar o açaí diretamente de fornecedores inseridos nestas comunidades, eliminando a necessidade de um atravessador. O investimento total do projeto é de aproximadamente R$ 20 milhões e a balsa está nas ú l t i m a s f a s e s d e desenvolvimento.
Sol arti icial' chinê s manté m temperatura de 70 milhõ es de graus Celsius por tempo recorde O reator nuclear Tokamak Superconductor Experimental Avançado (EAST, na sigla em inglês), conseguiu manter a altíssima temperatura por mais de 17 minutos De acordo com dados da agência de notícias chinesa Xinhua, o reator conseguiu manter a temperatura de 70 milhões de graus Celsius por 17 minutos e 36 segundos, em 31 de dezembro último. Para se ter noção do quão impressionante é a temperatura alcançada pelo EAST, o Sol chega a registrar "somente" 15 milhões de graus Celsius. Em maio de 2021, as instalações chinesas
conseguiram alcançar temperaturas de 160 milhões de graus C elsius, porém por menos tempo, durante 20
segundos. "Esses são os objetivos para diferentes estágios [...] Essa recente operação cria uma base
Alunos cearenses criam sistema que purifica água usando radiação solar Com projeto, os estudantes de escola pública garantiram o 2º lugar no Prêmio Respostas para o Amanhã da Samsung ©DIVULGAÇÃO
professor de química e orientador do grupo, Raimundo Nonato Lima Junior. A água salinizada é colocada em um tanque de aquecimento coberto por vidro, que permite a entrada da radiação solar e aquecimento contínuo do sistema. Após algumas horas, a água evapora e os sais permanecem no compartimento inicial. “Em seguida, o vapor de água passa por um sistema de resfriamento e volta ao estado líquido, mas agora sem os sais”, conclui o professor. Atualmente, o sistema trata mais de um litro de água por dia, mas está em processo de ampliação para duplicar a capacidade. Além disso, a equipe está trabalhando na construção de uma estação de monitoramento para análise da salinidade da água. Dessa forma, o sistema será capaz de informar s e ela est á ade quada p ara consumo humano. A equipe é composta pelos e s t u d a nt e s Ma r a E du a rd a Machado Costa, Maria Clara Moreira Bon m, Maria Fernanda Ferreira Paulino e Pedro Henrique de Sousa Lima, do segundo ano do curso de
Estudantes do curso de Química do Instituto Federal do Ceará são vencedores no Prêmio Respostas para o Amanhã (Solve For Tomorrow) da Samsung. A equipe da cidade de Crateús cou com o segundo lugar nacional ao apresentar um projeto que usa a radiação solar para puri car a água de poços. O prê m i o bu s c a e s t i mu l ar e divulgar projetos de investigação e experimentação cientí ca e tecnológica desenvolvidos por estudantes do Ensino Médio de escolas públicas. A ideia surgiu quando a equipe observou uma grande quantidade de água inutilizada nos poços da zona rural e também no seu campus de estudo. Essa água, que não poderia ser consumida por seu a lto g rau de s a linidade, é colocada em um tanque de aquecimento coberto por vidro, e por meio dos processos de evaporação e condensação, acaba se tornando apta para consumo humano após a remoção dos sais. “O projeto funciona por meio dos processos de evaporação e condensação da água com uso da r a d i a ç ã o s ol ar”, e x pl i c a o
cientí ca sólida para que possamos operar o reator de fusão nuclear", explicou Gong Xianzu, um dos especialistas que trabalham no reator chinês. O aparelho foi apelidado de "sol arti cial" porque pretende recriar a fusão nuclear, um processo similar ao que ocorre nas estrelas, inclusive no nosso Sol, e poderia se tornar uma fonte quase inesgotável de energia limpa. O Tokamak Superconductor Experimental Avançado se localiza na cidade de Hefei, que ca cerca de 500 quilômetros a oeste de Xangai. O aparelho tem aproximadamente 11 metros de altura, oito metros de diâmetro
Química integrado ao Ensino Médio. Colaborou também com a equipe Rivelino José Wenzel, que prestou auxílio na condução dos experimentos. “Iniciativas como o Solve For Tomorrow contribuem para melhorar e ampliar as oportunidades de ensino e a qualidade de vida das pessoas. O projeto de puri cação da água desenvolvido pelos alunos de Crateús é um bom exemplo disso. Estamos muito orgulhosos desses alunos por terem desenvolvido uma solução tão inteligente e inovadora para o problema de saneamento básico na comunidade onde vivem”, a rma Isabel Costa, Gerente de Cidadania C or p orativa da Samsung Brasil. Além da equipe de Crateús, t amb é m for am pre m i a d o s alunos dos municípios de Ocara (CE), Flores (PE), Novo Hamburgo (RS), Chapecó (SC) e São Carlos (SP), além de uma menção honrosa aos participantes da cidade de Toledo, no Paraná. Con ra o primeiro lugar e outros destaques aqui. “Desa ar os (as) estudantes a identi car problemas na comunidade e convidá-los (as) a se debruçar sobre propostas de soluções a partir de pesquisas, uso de diferentes tecnologias e trabalho coletivo fortalece o ensino e a aprendizagem por projetos. Isso ca muito claro quando vemos alunos (as) tão envolv idos des envolvendo projetos sustent áveis para melhoria da comunidade”, comenta Ana Cecília Arruda, coordenadora de programas e projetos do Cenpec.
©ITER ORGANIZATION
Brasil terá primeira fábrica flutuante movida a energia solar do mundo
e pesa mais de 400 toneladas. Outros dois reatores fazem parte do projeto dos Institutos Hefei de Ciências Físicas da Academia de Ciências da China
ao lado do EAST, porém são menores. Um se encontra no sudoeste da China, na cidade de Chengdu e o outro foi construído em Wuhan.
6 TECNOLOGIA
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John Deere revela Tela 'lambível': a seu trator totalmente televisão que tem sabor autônomo na CES 2022
Invenção japonesa permite que pessoas possam 'experimentar' as comidas exibidas ©GNT GASTRONOMIA
Um p r o f e s s o r j a p o n ê s d a Universidade de Meiji criou uma televisão que pode ser 'provada'. A característica inusitada é possível graças a um " lme higiênico" que é colocado por cima da tela do equipamento. É nele que é criado o sabor do alimento s endo exibido, permitindo que o espectador lamba o objeto para uma experiência sensorial mais completa. "O objetivo é possibilitar que as pessoas tenham a experiência de algo como comer em um estabelecimento do outro lado do mundo, mesmo estando em casa", a rmou Homei Miyashita, a mente por trás do projeto, em uma entrevista à Reuters. O pesquisador ainda sugeriu que a invenção poderia ser usada por pessoas que estão aprendendo a cozinhar via aulas à distância. Assim, seu treinamento à distância poderia ser aprimorado. O mesmo também poderia se aplicar a sommeliers, que são pro ssionais especializados em bebidas (com foco no vinho, mas sem limitar somente a ele). Quem trabalha dessa forma precisa ter um paladar aguçado que é capaz de identi car as nuances que diferenciam uma bebida e outra. De acordo com informações repercutidas pela BB C, a estimativa de preço para a televisão no momento é de 875 dólares por unidade, o que seria equivalente a quase 5 mil reais no Brasil. No entanto, ainda não
©DIVULGAÇÃO/JOHN DEERE
existem previsões para quando o dispositivo — que por enquanto é ap e nas u m protót ip o — entraria no mercado. Vale mencionar que, caso a tecnologia se popularize, é possível que consumir "conteúdos de sabor" eventualmente se torne tão comum quanto assistir séries ou ouvir música, e o pesquisador até mesmo tem planos de criar uma plataforma para isso, como uma espécie de serviço de streaming para saborear comidas a distância. "Eu espero que as pessoas p o s s a m , n o f u t u r o, f a z e r download dos sabores das comidas dos restaurantes que elas mais gostam, independentemente da localização delas", relatou ele à Reuters. Ainda conforme o veículo, a televisão diferenciada funciona da seguinte forma: ela possui por volta de dez cápsulas de sabores espalhadas pela tela. Alguns são
salgados, outros doces, existem os apimentados, os amargos, os agridoces etc. São esses os dispositivos responsáveis por conferir o gosto ao lme higiênico citado, através de combinações únicas que procuram imitar os sabores de diferentes alimentos. Caso uma televisão que pode ser provada já não seja impressionante o su ciente, todavia, o professor Miyashita também tem outras ideias para a aplicação de sua tecnologia, como por exemplo um equipamento que é capaz de adicionar gostos diferentes a torradas através da "pulverização" desses sabores. Aliás, não é a primeira vez que o especialista e seus estudantes trabalham em projetos relacionados ao paladar. Em 2020, por exemplo, ele criou um garfo que deixaria as refeições mais saborosas.
TCL lança óculos que funciona como uma segunda tela pessoal ©TCL REPRODUÇÃO
No primeiro dia da CES 2022, a TCL apresentou seu óculos que funciona como uma segunda tela pessoal, o Nxtwear Air Cinema Glasses. O novo óculos é a segunda versão do NxtWear G, e oferece dois micro OLEDs de 1080p que dão ao usuário a impressão de estar assistindo uma tela de 140 polegadas de uma distância de quatro metros. O Nx t we ar A i r p o d e s e r conectado por entrada USB-C a um celular, tablet ou notebook para funcionar com uma segunda tela que só o usuário pode ver. O
óculos conta com alto-falantes estéreo embutidos, mas se a ideia aqui é ter privacidade, a melhor opção é usar fones com fio ou wireless por Bluetooth. Na questão de mudanças de design, o Nxtwear Air ficou 30% mais leve, pesando 75 gramas quando o modelo G pesava 130 gramas. A TCL também deixou seu óculos de segunda tela pessoal com um visual mais parecido com um óculos de sol nor ma l, qu ando o mo delo anterior tinha um design bem mais experimental. As lentes do
óculos são opacas, e a versão deste ano conta com placas magnéticas intercambiáveis para mudar o estilo da armação. Vale apontar que o óculos Nxtwear Air não possui funcionalidades de realidade aumentada ou realidade virtual. O Nxtwear Air Cinema Glasses deve ser lançado já no primeiro trimestre de 2022. Por enquanto, a TCL não deu detalhes sobre disponibilidade do óculos ou preço, mas a versão G só foi vendida na Austrália por cerca de US$680 (R$3.840).
Na CES 2022, a John Deere, uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas do mundo, revelou um trator totalmente autônomo e pronto para produção em larga escala. Tratase de um pacote de hardware e soware que combina aprendizado de máquina com recursos de direção automática movidos a GPS para trabalhar no c amp o, p e r m it i n d o qu e o fazendeiro saia da cabine — e até mesmo do campo. Junto ao trator 8R da empresa, há o escari cador habilitado para TruSet e tecnologias para que a máquina seja monitorada a partir de um dispositivo móvel, como um smartphone. “Isto não é uma demonstração. Não é uma máquina de conceito. É algo que temos no campo com fazendeiros há anos e que iniciaremos a produção no outono [segundo semestre de 2022]”, disse Deanna Kovar, vice-presidente de produção e sistemas de produção agrícola de precisão da John Deere. O trator autônomo possui seis
milissegundos e determina se a máquina continua se movendo ou para, dependendo se um obstáculo é detectado. A posição do trator é veri cada continuamente em relação a uma geocerca, com extrema precisão, para garantir que a máquina esteja operando onde deveria. Com esta tecnologia, a John D e ere a r ma que os agricultores não só poderão tirar as mãos do volante do veículo ou sair da cabine, como também sair do campo, deixando o equipamento fazer o trabalho sem eles. C a b e r á a o a g r i c u lt or s ó transportar o trator até o campo e con gurá-lo para operação autônoma . Ap ó s i n i c i ar o
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pares de câmeras estéreo, que permitem a detecção de obstáculos em 360 graus e o cálculo da distância. As imagens c aptu r a d a s p e l a s c â m e r a s passam por uma rede neural profunda que classi ca cada pixel em aproximadamente 100
funcionamento da máquina, a pessoa poderá se concentrar em outras tarefas, enquanto monitora os trabalhos do veículo em seu celular ou outro dispositivo móvel. A ferramenta digital da John Deere fornece acesso a vídeo ao
vivo, imagens, dados e métricas e permite que o agricultor ajuste a velocidade, profundidade e muito mais. No caso de qualquer anomalia na qualidade do trabalho ou problemas na máquina, os agricultores serão noti cados remotamente e p o d e m f a z e r aj u s t e s p a r a otimizar o desempenho do trator. Quando os algoritmos da empresa detectam algo inesperado, as imagens das câmeras são enviadas para “teleoperadoras”. Aqui, teríamos algo como uma central de atendimento de terceiros, com pessoas veri cando se o obstáculo é um falso positivo ou se o problema foi resolvido. Se for um problema real, a informação será encaminhada ao fazendeiro por meio de um alerta em seu aplicativo móvel. O agricultor pode então ver as imagens por si mesmo e decidir se deseja traçar um novo curso ou veri car a situação pessoalmente. “Treinamos o algoritmo para saber que são pássaros voando, você não precisa parar para os pássaros. Mas se você tiver, digamos, um c achor ro no campo, então vamos parar”, diz Kovar. “Não queremos alertar sempre o agricultor porque podem ser duas da manhã. Parte do valor da autonomia é permitir que os agricultores se concentrem em outras tarefas”.
China supera EUA e desenvolve espaçonave capaz de decolar e pousar em aeroportos A tecnologia de voos espaciais da China pode ter ultrapassado as tecnologias norte-americanas, especialmente pelo fato de o gigante asiático poder lançar naves espaciais sem propulsão de foguete. De acordo com o jornal South China Morning Post, graças a esta tecnologia, as espaçonaves vão poder decolar e pousar em aeroportos. A China está desenvolvendo uma nave espacial conhecida como Tengyun, que possui um sistema de decolagem e pouso horizontal, dando uma vantagem sobre a nave espacial
jornal chinês. A China Aerospace Science and Technology Corporation, r e s p o n s áv e l p e l o d e s e nv o l v i m e nt o d a n av e ©HAN PENGXIN/ACADEMIA CHINESA DE T4ECNOLOGIA DE VEÍCULOS LANÇADORES e s p a c i a l c h i n e s a , t e r i a realizado seu primeiro voo de teste em julho. "O teste b e m - s u c e d i d o d a n av e espacial sugere que as futuras espaçonaves da China serão capazes de decolar de aeroportos em qualquer X-37B, que é lançada p or lugar do país [...] ou seja, os foguete, enquanto a China já futuros voos de naves espaciais superou essa limitação", afirmou podem ir das 30 vezes ao ano Su Ming, da revista militar Naval para mais de 1.000, como aviões and Merchant Ships, citada pelo regulares", afirmou Su. norte-americana X-37B Orbital Test Vehicle, que é lançada por foguete. "A tecnologia da nave espacial foi inspirada na norte-americana
CIÊNCIA 7
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Missão chinesa faz Múmia de faraó é fotos coloridas 'desembrulhada' incríveis de Marte digitalmente pela ©DIVULGAÇÃO/CNSA
A Administ raç ão E sp aci a l Nacional da China (CSNA) publicou, no último sábado (1), quatro fotos tiradas por sua missão Tianwen 1 em Marte. As imagens coloridas mostram a nave voando ao redor do planeta vermelho. Na primeira imagem completa tirada do orbitador, em órbita, é possível ver a cobertura de gelo no polo norte de Marte e uma planície estéril. A foto foi tirada por uma câmera liberada pela nave, que agora está a cerca de 350 milhões de quilômetros da Terra, disse a agênci a em comunic ado. Lançada em julho de 2020, a sonda robótica Tianwen 1 já viajou 475 milhões de quilômetros e fez várias
manobras de trajetória antes de entrar na órbita marciana, em 10 de fevereiro de 2021. O pouso no
solo do planeta aconteceu em 15 de maio. A China, então, tornou-se o segundo país, depois dos Estados Unidos, a ter pousado com sucesso em Marte. O rover Zhurong já trabalhou 224 dias e andou mais de 1.400 metros por lá. A missão Tianwen 1 transmitiu cerca de 540 gigabytes de dados, disseram os controladores da missão na Administração Espacial Nacional da China.
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©MINISTÉRIO DAS ANTIGUIDADES E TURISMO DO EGITO
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
©S. SALEEM/Z. HAWASS
PRECISÃO
Desenterram no Egito fragmentos de vasos de barro com escrita antiga Uma missão germano-egípcia de pesquisa descobriu durante escavações no local arqueológico de Al-Sheikh Hamad em Tel At r i bi s u m c onju nto d e aproximadamente 13.000 fragmentos de vasos de argila com textos escritos em egípcio demótico, hierático, copta, grego e árabe, revelou o Ministério das Antiguidades e Turismo do Egito. "Esta é uma descoberta muito importante porque lança luz sobre a economia e o comércio em Atribis ao longo da história. O texto revela transações nanceiras dos habitantes da área, qu e c ompr av am e vendiam suprimentos tais como trigo e pão", disse Mostafa Waziri Mostafa secretáriogeral do Conselho S u p r e m o d e Antiguidades do Egito. Christian Latis, chefe da missão alemã explicou que os
1ª vez em três mil anos
textos escritos indicam que na região pode ter havido escolas que ensinavam escrita demótica, h i e r á t i c a , hieroglí ca e grega, relata portal Ahram Online. O chefe do departamento central para o Alto Egito, Mohamed Abdel-Badia, disse ainda que a missão (27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 encontrou vários fragmentos de SANTA TERESA — ES v a s o s q u e a s at i v i d a d e s d o s a nt i g o s remontam às Eras Romana e habitantes da área. Bizantina. Especialista sugere que os arqueólogos estão agora estudando os fragmentos de vasos para descobrir mais sobre
BOB BEHNKEN
Todas as múmias reais egípcias encontradas nos séculos 19 e 20 há muito foram abertas para estudo. Com uma exceção: os egiptólogos nunca foram ousados o su ciente para abrir a múmia do faraó Amenó s I (ou Amenhotep I). Não por causa de qualquer maldição mítica, mas porque ela está perfeitamente embrulhada, lindamente decorada com guirlandas de ores e com o rosto e o pescoço cobertos por uma realística e re quint ad a más c ara faci a l entremeada com pedras coloridas. Agora, pela primeira vez, cientistas do Egito usaram tomogra a computadorizada tridimensional para “desembrulhar digitalmente” ess a múmia e estudar s eu conteúdo. Suas descobertas são relatadas na revista Frontiers in Medicine. Esta foi a primeira vez em três mi lênios que a múmi a de Amenó s foi aberta. A época anterior foi no século 11 a.C., mais de quatro séculos após sua mumi cação e sepultamento originais. Os hieróglifos descreveram como, durante o nal da 21ª dinastia, os sacerdotes restauraram e reenterraram múmias reais de dinastias mais antigas, para reparar os danos causados pelos ladrões de túmulos. “O f ato d e a mú m i a d e Amenó s I nunca ter sido desembrulhada nos tempos modernos nos deu uma
oportunidade única: não apenas estudar como ele foi originalmente mumi cado e enterrado, mas também como ele foi tratado e enterrado duas vezes, séculos após sua morte, por sumos sacerdotes de Amun”, diss e o Dr. Sa har Sa le em, professor de radiologia da Faculdade de Medicina da Un i v e r s i d a d e d o C a i r o e radiologista do Projeto Múmia Egípcia, o primeiro autor do estudo. “Desdobrando digitalmente a múmia e 'descascando' suas camadas virtuais — a máscara facial, as bandagens e a própria múmia — poderíamos estudar esse faraó bem preservado com detalhes sem precedentes”, a rmou Saleem. “Mostramos que Amenó s I tinha aproximadamente 35 anos quando morreu. Ele tinha cerca de 169 centímetros de altura, era circuncidado e tinha bons dentes. Dentro de seu invólucro, ele usava 30 amuletos e um cinto de ouro exclusivo com contas de ouro”. “Amenó s I parece ter se assemelhado sicamente a seu pai. Ele tinha um queixo estreito, um nariz pequeno e estreito, cabelo encaracolado e dentes superiores ligeiramente p r o t u b e r a n t e s ”. S a l e e m continuou: “Não foi possível encontrar nenhum ferimento ou des guração devido a doença que justi casse a causa da morte, exceto numerosas mutilações post mortem, presumivelmente
por ladrões de túmulos após seu primeiro enterro. Suas entranhas foram removidas pelos primeiros mumi cadores, mas não seu cérebro ou coração”. A múmia de Amenó s I (cujo nome signi ca “Amun está satisfeito”) foi descoberta em 1881 — entre outras múmias reais reenterradas — no sítio arqueológico Deir el Bahari, no sul do Egito. O segundo faraó da 18ª dinastia do Egito (depois de seu pai Ahmose I, que expulsou os invasores hicsos e reuni cou o Egito), Amenó s governou de aproximadamente 1525 a.C. a 1504 a.C. Sua era foi uma espécie de idade de ouro: o Egito era próspero e seguro, e o faraó ordenou uma farra de construções religiosas e liderou expedições militares bemsucedidas à Líbia e ao norte do Sudão. Após sua morte, ele e sua mãe, Ahmose-Nefertari, foram adorados como deuses. Sahar Saleem e seu coautor egiptologista, Dr. Zahi Hawass, haviam especulado anteriormente que a principal intenção dos restauradores do s é c u lo 11 era reut i lizar o equipamento do enterro real para os faraós posteriores. Mas aqui eles refutam sua própria teoria. “Mostramos que, pelo menos para Amenó s I, os sacerdotes da 21ª dinastia amorosamente repararam os ferimentos in igidos pelos ladrões de túmulos, restaurando sua múmia à sua antiga glória, e preservaram as magní cas joias e os amuletos no lugar”, disse Saleem. Hawass e Saleem estudaram mais de 40 múmias reais do Novo Reino no Projeto do Ministério da Antiguidade Egípcia lançado em 2005. Vinte e duas múmias reais, incluindo a de Amenó s I, foram transferidas em abril de 2021 para um novo museu no Cairo. O rosto da múmia de Amenó s I com sua máscara foi o ícone da espetacular “Royal Golden Mummy Parade”, em 3 de março de 2021, no Cairo. “Mostramos que a tomogra a computadorizada pode ser usada lucrativamente em estudos antropológicos e arqueológicos em múmias, incluindo aquelas de outras civilizações, como o Peru”, concluíram Saleem e Hawass.
8 BEM-ESTAR
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Abraços são o melhor lugar do mundo quando estamos em conflito Receita para amenizar o stress e melhorar a saúde? Abrace! ©ISTOCK
Dizem que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço e a ciência mostra isso. O toque interpessoal é essencial para os seres humanos, os que apostam nisso desfrutam de melhor saúde física e psicológica, além de melhorar os relacionamentos. Três cientistas da Universidade Carnegie Mellon estão propondo que o toque interpessoal bene cia o bem estar ajudando a amenizar as consequências nocivas do estresse psicológico. Segundo eles, o toque pode ser também um amortecedor p ar t i c u l ar m e nt e e c a z d o con ito interpessoal. As possibilidades levantadas p or Michael Mur phy, e as c o autor as D e n is e Jan i ck i Deverts e Sheldon Cohen, têm importantes implicações porque os con itos com os outros estão associados a uma ampla gama de resultados psicológicos e físicos
destrutivos. E a generalização de pesquisas anteriores sobre este tópico é limitada porque os estudos se concentravam em grande parte no papel do toque nas relações românticas. No novo estudo, os pesquisadores entrevistaram 404 homens e mulheres adultos, todas as noites, durante 14 dias consecutivos sobre seus c on it o s , a br a ç o s , hu m or positivo e negativo. A conclusão foi que receber um abraço no dia do con ito pode reduzir emoções negativas. E o efeito pode ser prolongado aos dias seguintes. A hipótese é de que os abraços se amortecem contra mudanças nocivas no afeto associadas à experiência de con ito. Embora mais pesquisas sejam necessárias p ara deter minar p ossíveis mecanismos, de acordo com os autores, as descobertas sugerem
que os abraços podem ser um método simples, mas e caz, de fornecer apoio a homens e mulheres que estejam sofrendo de angústia interpessoal. Em outras palavras, seu amigo te conta pelo WhatsApp que está mal? Esqueça as palavras de apoio pela internet e corra para abraçá-lo pessoalmente. “Esta pesquisa está em seus estágios iniciais. Ainda temos dúvidas sobre quando, como e para quem os abraços são mais úteis. No entanto, nosso estudo sugere que abraços consensuais podem ser úteis para mostrar apoio a alguém que esteja em con ito”, a rma Murphy. Aliás, sobre essa questão do abraço consensual, uma pesquisa da Universidade Médica de Viena (Áustria) já revelou que os benefícios acontecem quando abraçamos alguém que gostamos, con amos ou conhecemos muito bem. Caso o abr a ç o ve n h a s e m consentimento, o efeito pode ser contrário, pois o corpo pode liberar cortisol: o hormônio do estresse. Outros estudos já mostraram que abraçar pode ajudar a reduzir resfriados, reduzir ansiedade e até a pressão arterial. Sabendo de tudo isso, não dá mais para economizar abraços. O estudo foi publicado na revista PLOS ONE.
Prática de exercícios físicos reduz sintomas de depressão, aponta estudo ©SHUTTERSTOCK
Um novo estudo demonstrou quais são os efeitos dos exercícios físicos em pessoas
diagnosticadas com depressão. Os resultados mostraram que os p a c i e nt e s c om t r a n s t or n o
depressivo maior (TDM) apresentaram declínio nos sintomas clínicos após
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA Nutricionista - CRN:14100665
Empada de arroz-doce ©GUIA DA COZINHA
A
prenda como preparar esta receita incrível de empada de arroz-doce. É uma maneira divertida e diferente de você servir um docinho tanto para adultos quanto para a criançada! Todos vão adorar! Ingredientes 1 pacote de biscoito maisena triturado (200g) 4 colheres (sopa) de manteiga 1 clara Canela em pó para polvilhar
homogeneizar e formar uma farofa úmida. Forre forminhas de aro removível com a massa, disponha em uma fôrma e leve ao forno alto, preaquecido, por 10 minutos ou até assar e dourar. Deixe esfriar, desenforme e reserve. Para o arroz-doce, em uma panela, leve o arroz e a água ao fogo médio até ferver. Abaixe
o fogo e cozinhe até o arroz a m a c i a r. M i s t u r e o l e i t e condensado, o leite, o sal, a canela e cozinhe por cinco minutos. Deixe amornar, despeje sobre as massas e sirva polvilhado com canela. Rendimento: 10 unidades Fonte: Terra
Arroz-doce 1 xícara (chá) de arroz cru, lavado e escorrido 1 litro de água ½ colher (chá) de sal 1 lata de leite condensado ½ litro de leite 1 canela em pau Modo de preparo Em uma tigela, misture o biscoito, a manteiga e a clara até
começarem a fazer atividade física regularmente. Apesar de os efeitos siológicos da depressão ainda serem relativamente desconhecidos, alguns estudos sugerem que eles podem ser causados por um prejuízo da neuroplasticidade do cérebro. A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se adaptar e fazer novas conexões em resposta às experiências. C om isso em mente, os pesquisadores da Universidade de Bochum, na Alemanha, resolveram explorar como possíveis intervenções com exercícios físicos poderiam ajudar a melhorar a neuroplasticidade do cérebro de pacientes com depressão. Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que a realização de exercícios físicos podem aumentar a neuroplasticidade cerebral de indivíduos sem
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
diagnóstico de depressão. Em paralelo a isso, também há evidências de que atividade física tem um papel protetor contra a depressão. Com essas duas informações, os pesquisadores se perguntaram se atividades físicas poderiam reverter os dé cits de neuroplasticidade cerebral entre os pacientes com depressão. O objetivo era avaliar se isso seria capaz de fazer com que os sintomas do transtorno fossem reduzidos. Durante três semanas, um grupo de 23 pacientes participou de um programa de exercícios com três sessões guiadas por semana, com foco em resistência física, coordenação ou treinamento de força. O grupo viu reduções signi cativas nos sintomas da depressão, além de aumentos na neuroplasticidade do cérebro. “Nós mostramos que uma
intervenção de atividade física apoia a remissão dos sintomas clínicos e normaliza a neuroplasticidade”, disseram os autores. Os p es quis adores também a rmaram que existem diversos aspectos que ligam a depressão à menor plasticidade sináptica do cérebro. Um a d e s s a s r a z õ e s e s t á relacionada com sintomas característicos da depressão, como a perda de interesse por exercícios físicos e o retardo psicomotor. “A falta de atividade física e cognitiva e de interação s o c i a l pr i v a o c é re bro d e estímulos importantes”, dizem os pesquisadores. Portanto, de acordo com os pesquisadores, melhorar a plasticidade do cérebro por meio de exercícios físicos pode ser um tratamento auxiliar para a m e l h or a d o s s i nt om a s d o transtorno depressivo maior.
SAÚDE 9
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Pesquisadores desenvolvem Doença neurológica exame de sangue que misteriosa afeta identifica a depressão jovens e preocupa Biomarcador em plaquetas sanguíneas pode ajudar a sinalizar a doença, servindo para averiguar a eficácia de tratamentos em pacientes ©SASHA FREEMIND/UNSPLASH
Pesquisadores identi caram um biomarcador em plaquetas humanas que pode ser utilizado para identi car a depressão em exames de sangue. O avanço foi publicado no último sábado (1) na revista cientí ca Molecular Psychiatry. Segundo a pesquisa, o biomarcador pode ajudar a comprovar a e cácia de medicamentos psiquiátricos no tratamento de pacientes com a doença. O estudo é realizado por pesquisadores de instituições nor te-amer icanas, como a Universidade de Illinois e a Universidade de Utah. A equipe se baseou em pesquisas anteriores feitas em animais e seres humanos, que indicaram que, quando estamos deprimidos, ocorre a diminuição da adenilil ciclase. Essa molécula é p r o d u z i d a p o r neurotransmissores como a serotonina e a adrenalina, que regulam o humor. Na depressão, a produção da molécula cai pois a proteína Gs alfa, que permite os
membrana celular. É como ela se tivesse “navegando em jangadas” de lipídios. O estudo identi ca nas plaquetas humanas o biomarcador para essa jornada de translocação da Gs alfa nas “jangadas”. Eles esperam usar exames de sangue para mostrar se a proteína está ou não nas "balsas". Assim, os exames possivelmente poderão indicar se os antidepressivos estão funcionando cerca de uma semana após o início do tratamento. Evidências anteriores mostraram que os pacientes com
neurotransmissores fabricarem a adenilil ciclase, ca presa em uma matriz rica em colesterol na
uma melhora nos sistemas de depressão tinham a Gs alfa fora das “jangadas de lipídeos”.
©SHUTTERSTOCK
agressivo e letal. Os testes foram realizados em camundongos. Segundo informações publicadas, na terça-feira (4), pelo jornal O Globo, enquanto alguns receberam placebo, outros roedores inalaram o composto. Nesses casos, desde então, os animais passaram a produzir cada vez menos as substâncias que favorecem o
crescimento do glioblastoma. Os pesquisadores simularam a doença nos ratos através de células de glioblastoma m o d i c a d a s d e hu m a n o s , criando um módulo realista de um possível tumor, produzido arti cialmente fora do corpo hu mano. Atu a l me nte, o tratamento para esse tipo de doença é realizado com cirurgia,
Um funcionário da Vitalité Health Network, autoridade de saúde da província de New Brunswick, no Canadá, relatou ao jornal e Guardian que uma doença neurológica tem afetado jovens e causado um declínio cognitivo muito rápido nos pacientes. Em dois anos foram encontrados 48 casos, mas especula-se que 150 pessoas estejam enfrentando o novo problema que ainda não possui uma res olução. Ent re os sintomas encontrados, é possível destacar a perda rápida de peso, insônia, alucinações, di culdade no raciocínio e mobilidade limitada. Ainda foram relatados casos de pessoas próximas, sem fator genético comum, que desenvolveram a doença n e u r o l ó g i c a . Um h o m e m apresentou sintomas de demência e ataxia e algum tempo depois a sua esposa apresentou perda de peso rápida, demência e até alucinações. Em outro caso, a cuidadora de uma paciente de 30 anos que foi descrita como não
verbal e que se alimenta apenas por sonda também começou a apresentar sintomas de declínio neurológico. No entanto, segundo o e Guardian, a província de New Brunswick deve declarar ainda neste mês de janeiro que o agr upamento de pacientes descritos com está nova doença neurológica, na verdade, se trata de pessoas erroneamente d i ag no st i c a d as qu e for am agrupadas de maneira irregular e possuem doenças já conhecidas. Apesar da posição o cial do governo da província, especialistas e familiares de pacientes da patologia em questão reforçam que o problema é preocupante, principalmente pela idade dos pacientes. “O fato de termos um espectro mais jovem de pacientes aqui é um argumento muito forte contra o que parece ser a posição preferida do governo de New Brunswick — que os casos neste cluster estão sendo erroneamente agrupados”, a rmou um cientista de uma agência de saúde especializada
em doenças neurodegenerativas a população local. De acordo com a província de New Brunswick, um relatório epidemiológico sugere que não nenhuma evidência signi cativa p ara qua lquer a limento, comportamento ou exposição ambiental que cause a nova doença. Porém, dados públicos da agência de saúde do Canadá mostram uma pesquisa considerando o β-metilaminoL-alanina (BMAA) como uma possível causa do novo problema, mas é necessário obter informações sobre os oito óbitos causados pela doença neurológica para concluir o estudo, o que só poderia ser feito com a autorização da província de New Brunswick. Estudos apontam que o BMAA foi encontrado em altas concentrações na lagosta, uma das principais fontes de economia de New Brunswick, o que levou moradores do local a acreditarem na tese de que o governo da província esteja evitando dar maior atenção aos casos.
em seguida, quimioterapia e radioterapia. Entretanto, o procedimento costuma apresentar resultados pouco satisfatórios, já que esse câncer
possui resistência aos medicamentos. “ P r e c i s a m o s desesperadamente de pesquisas e mais tratamentos. O que temos
agora não está funcionando muito bem”, pontuou Martin Rutkowski, neurocirurgião e coautor do estudo, após os resultados com o canabidiol.
©DIVULGAÇÃO/PIXABAY/CBD-INFOS-COM
Naqueles em tratamento com antidepressivos, mas ainda com sintomas, a proteína ainda cava presa nesse trajeto. "Como as plaquetas acabam em uma semana, você veria uma mudança nas pessoas que iriam melhorar”, conta Mark Rasenick, líder do estudo, em comunicado. “Você seria capaz de ver o biomarcador que deveria pressagiar um tratamento bemsucedido”. Médicos e pacientes aguardam várias semanas, às vezes meses, para saber se antidepressivos estão funcionando. Cerca de 30% das pessoas não melhoram, segundo Rasenick, o que faz com que se presuma que muitas vezes nada irá funcionar. Mas há muitas falhas de diagnóstico. “A maior parte da depressão é diagnosticada em consultórios médicos de cuidados primários, onde não existe um rastreio so sticado”, explica o cientista. Ele espera que com o novo teste os médicos possam identi car pessoas aparentemente deprimidas, mas que não têm indícios de depressão no sangue, podendo reexaminá-las.
Canabidiol é capaz de reduzir tumor cerebral, diz estudo Foram divulgados os resultados de um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Augusta University, na Geórgia, nos Estados Unidos, a respeito do canabidiol (CBD). De acordo com o estudo, a substância — que é um dos princípios ativos da maconha — é capaz de diminuir o tamanho de um tumor cerebral muito
autoridades no Canadá
10 Criança hoje, Criança amanhã
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ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com
Açã o de Inconstitucionalidade, Revogaçã o da Lei de Alienaçã o Parental — Tributo a Joanna Marcenal — Parte III Apontada como primeira vítima da Alienação Parental, Joanna Marcenal perdeu a vida aos cinco anos de idade. A menina teve a guarda disputada entre os pais após a separação do casal ©MARCELO CARNAVAL/AGÊNCIA O GLOBO
S
Joanna Marcenal sua lha. Nesse cenário, a saúde física e a saúde mental de Crianças, não importam. A super cialidade que compõe o So sma de desquali cação da voz da Mulher, a louca, e da Criança, a mentirosa, garante a
mercado só porque a criancinha não pode ser abusada? É mais fácil. A interdição desse comportamento predador e primitivo, o incesto, é o marco civilizatório para a humanidade, porque demarca territórios distintos, um que se refere à consanguinidade e a ns, que é p r e e n c h i d o p o r responsabilidade e proteção às crias, onde o afeto não sexualizado tem seu maior espaço. O outro território diz respeito à busca pelo outro não consanguíneo, o que estimula os humanos à conquista afetiva. Sociabilidade, amores, amizades, cidadania, são pilares da civilização humana. A Justiça é o regramento da administração desses pilares, que deveria ser repartido por
subanimais. A maldade com o outro, e, particularmente, contra o outro enquanto vulnerável, atinge os piores e mais cruéis requintes de violência, em geral, não explícita. A ADI — Ação de Inconstitucionalidade da Lei de Alienação Parental — foi extinta por interpretação de causas processuais, por formalidades. O MÉRITO, o teor da inconstitucionalidade, nem foi tocado. Não tem importância? Não importam a integridade física, psicológica e moral de Crianças? A doutrina do direito enxerga muitos direitos de pais transgressores, e nenhum direito d a C r i anç a . C ont i nu amo s promovendo a condenação da mãe que ousar denunciar um abusador, procurando proteção para um vulnerável, seu lho,
pí a argumentação que atropela provas materiais, ssura anal, rompimento de hímen, a contaminação de uma Criança da Primeira Infância por DST, doença sexualmente transmitida, relato de abusos s exu ais, p or menor izado e coerente, da Criança, nada, nada, é su ciente para que o aparato judicial escute, só escute, e tenha bom senso. Em lugar disso, operadores de justiça optam por descumprir a Justiça, obrigam Mulheres que, receberam da Justiça, uma Medida Protetiva que determina o distanciamento de no mínimo 200 metros, a se sentar ao lado de seu agressor, ou manda que ela o receba dentro de casa, e ainda justi cam dizendo que, assim, a criança vai pensar que os pais não brigam mais. É a
institucionalização da mentira, às custas do sofrimento por humilhação e terror daquela que era espancada. Se há um indiciamento de um pai abusador por uma Vara, a outra, o inocenta e inverte a guarda em favor do abusador, condenando a mãe pela falácia da alienação e proibindo, sem respaldo, o exercício da maternidade, Direito da Mãe Natureza. Todos os mamíferos têm direito à mãe. Menos os humanos que têm um pai que pratica a transgressão da interdição do incesto. A condenação da mãe, nesse dogma da alienação parental, termo inventado por um médico defensor explícito da pedo lia, e praticante, é estabelecida por projeção futura, uma estimativa impossível de acerto quando se trata da versatilidade do gênero humano, sem evidência nem consistência. Quem falou que causa patologias? Quem pesquisou e provou essa hip ótes e? Não há estudos longitudinais sobre Crianças que na infância ouviram “falar mal” de um dos genitores, ou dos dois, ©JOANA BERWANGER/SUL21
todos. Todos. Mas A humanicidade é o recheio que preenche todos, mulheres e homens. Mas, sabemos que, o homem e a mulher adquirem c omp or t a m e nt o s qu e n ã o encontramos entre animais. São
©JOANA BERWANGER/SUL21
im. Um Processo que nasce como cumprimento ao Art. 13 do Estatuto da Cr iança e do Adoles cente (ECA), denúncia de abuso sexual intrafamiliar, a prática do incesto, predador, e que é logo travestido de uma alegação de alienação parental, a armadilha dogmática, custa cerca de um milhão de reais. Re ro-me aos custos legais, não estando computados aqui os valores paralelos, que têm até tabela para contemplar a graduação dos recebedores. Falamos dos custos legais. Portanto, alguém tem a ingenuidade de pensar que esta gorda fatia, nutriente de uma cadeia alimentar bem estruturada em torno desse ganho fácil, vai ser retirado deste
simultaneamente, o que é o mais comum. Não há aceitação nas S o c i e d a d e s C i e nt í c a s d e Psiquiatria nem de Psicologia do que esse médico pedó lo quis criar, uma patologia da mãe que prejudicasse o desenvolvimento d a C r i a n ç a . É a cleptoepsitemologia. Assim, como uma seita, crê-se que faz ma l p ara o pleno desenvolvimento da Criança, car sem o convívio do pai, Direito do pai, acima de tudo, que vem em defesa, até, dos pais estupradores. É como se a Criança não conseguisse sobreviver sem a presença do pai, seja ele, cocainômano, estuprador, agressor da mãe. No entanto, essa justiça tão “zelosa” pelo convívio com o pai, de qualquer per l, não considera que o convívio com a mãe tenha qualquer importância, porque, em nome dessa crença alienação, a mãe é afastada brutalmente da Criança. Alguém já calculou quantas vezes uma menina ou um menino pronuncia essa palavra por dia? Mãe, tô com fome; mãe, já acabei; mãe, não quero; mãe, tá doendo; mãe, tô com medo. E, de um dia para o outro, sem que ninguém lhe dê um único aviso, ele não tem mais como pronunciar essa palavra que lhe é tão signi cativa. Aprende, preco cemente, a sufocar o que era natural. As crianças ainda amamentadas ao peito, que ainda estão aprendendo a articular sua primeira palavra, perdem o leite, o c h e i r o, o o l h a r, o c o l o aconchegante. Justi cativas que desconsideram o Direito da
Criança, argumentam com a m am a d e i r a qu e o p ai e a madrasta vão fornecer. Fornecer. A madrasta, aliás, em muitos casos ganha a guarda da Criança, sem nenhuma consideração com a complexidade dessas relações imbricadas. As Crianças um pouco maiores, são obrigadas a chamar de mãe essa madrasta. Quem se importa com o que a Criança sente? A nal, se a mãe é alcunhada de “alienadora de grau severo”, só isso é o bastante para trocar a mãe da Criança. A emboscada jurídica, o substitutivo, recentemente, votado pela Câmara Federal, consagrou a “doença alienação”, de uma só tacada. Tratada como doença que o juiz manda, compuls oriamente, para a psicóloga que fará Relatórios, um inicial, outro periódicos e um nal, violando assim, o Princípio Fundamental da Ética d o P s i c ó l o g o , o S I G I L O. Exposta a terceiros em suas dores emocionais e em suas intimidades mais secretas, o que sobrará dessa mãe, taxada de “a l i e n a d o r a” ? É a l e i descumprindo a lei. A lei de alienação parental, que nasceu suja de sangue da Joanna Marcenal, sua primeira vítima letal, tem erros graves em sua raiz e em sua permissão a manobras so smáticas. Fonte dourada de enriquecimento de alguns, patrocinada pela dor da desquali cação da Voz da Criança. Dolo e Prevaricação, robustecem a Cultura da Impunidade. Em pé de jaca não dá morango.
COMPORTAMENTO 11
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Sete dicas que te ajudarão a reclamar menos e viver melhor Manter nosso foco e palavras no que nos trará efeitos positivos é um hábito que devemos cultivar! ©ABHIDEV VAISHNAV/UNSPLASH
Reclamar é uma reação muito comum e, muitas vezes, até inconsciente. No entanto, o hábito de reclamar raramente é útil ou saudável. Para o autor norte-americano Joshua Becker, que escreveu livros de sucesso c o m o o “ S i m p l i q u e”, a reclamação, expressada em sentimentos de dor, insatisfação ou ressentimentos é apenas uma responsa natural e negativa do nosso corpo e que não agrega em nada à nossa saúde. Becker dá sete dicas de como evitar o hábito de reclamar. Veja abaixo quais são elas:
Esteja aberto às mudanças: Muitas vezes nós reclamamos porque nunca consideramos uma alternativa diferente. Talvez nunca tenhamos pensado que podem existir opções melhores e que são apenas diferentes do que estamos acostumados. Lembre-se de que o mundo não é perfeito: A vida nem sempre será como nós gostaríamos que fosse. Haverá problemas, julgamentos, dor. O des confor to não de ve nos surpreender, a nal, não somos os únicos a passar por momentos difíceis. Portanto, quando antes
aceitarmos esse fato, melhor vamos conviver com ele. Entenda a diferença entre a crítica construtiva e uma reclamação: Há momentos totalmente apropriados para chamar a atenção sobre um erro. No entanto, essa prática nunca de ve s er feit a de maneira desencorajadora. Veja se a situação pode ser resolvida e foco na resolução do problema. As queixas não colaboram para o diálogo e nem para a solução. Tenha consciência de quem está ao seu redor: Você está falando com alguém que pode ajudar a resolver o problema ou que tem interesse em chegar a uma solução? Se a resposta é sim, então, use suas palavras com o objetivo de resolver problemas. Deixe claro quais são as suas intenções, mesmo quando for apenas desabafar, assim, quem está te ouvindo estará consciente disse e poderá lhe ajudar a parar de reclamar. Evite começar conversas com queixas: É muito comum
começar um diálogo já reclamando, mesmo que de forma inconsciente. Tente espalhar elogios e coisas boas no lugar das queixas. Observe seus hábitos: Em qual momento do seu dia você
costuma reclamar mais? E em quais situações? Monitore os seus hábitos e evite ocasiões que tendem a te deixar mais vulnerável às reclamações. Experimente pequenas metas: É muito mais difícil
mu d ar d e h á bit o s qu ant o tentamos não repeti-lo nunca mais. Mas, se você começar com metas curtas, como tentar não re cl am ar p or u m d i a e i r aumentando gradativamente, tudo ca mais fácil.
Burnout é definido como doença do trabalho em 2022 pela OMS ©SHUTTERSTOCK
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a Síndrome de Burnout será de nida como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com s u c e s s o”, a C I D 1 1 . Apesar da mudança, a doença seguirá sendo considerada um problema de saúde mental e um quadro psiquiátrico. A nova classi cação começa a valer no dia 1 de janeiro de 2022. O CID 11 também incluirá em sua lista o estresse pós-traumático, distúrbio em games e r e s i s t ê n c i a antimicrobiana. C om a d e c i s ã o, a s empresas passam a ser i n t e i r a m e n t e responsáveis pela saúde mental dos seus funcionários. Provavelmente a posição da OMS afeta os processos trabalhistas,
pois, anteriormente, o des envolv imento d a síndrome de Burnout era um problema do funcionário, agora é por culpa da empresa. O que é o Burnout? Também conhecida como Síndrome do E s g o t a m e n t o Pro ssional, a Síndrome de Burnout, é desenvolvida,
normalmente, após situações de trabalho desgastantes que envolvem grandes responsabilidades ou e x c e s s o d e competitividade. De acordo com o Hcor, o surgimento do distúrbio pode ser causado por excesso de trabalho, pressão, além da imposição de objetivos difíceis serem
cumpridos por chefes para com seus
trabalhadores. Segundo a Organização
Mundial da Saúde, entre os principais sintomas de Burnout, estão: sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados ao trabalho e e cácia pro ssional reduzida. Pro ssionais da área de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, policiais, bombeiros e mulheres que enfrentam dupla jornada de trabalho possuem maior risco de desenvolver a síndrome, segundo o portal do doutor Drauzio Varella.
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
2022, ano de muita responsabilidade Quando vemos que a revolta dos opositores é baseada apenas em seus próprios interesses, acreditamos mais ainda que o País está no rumo certo
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©WIKIMAPIA
algumas horas no D e p ar t ame nto d e O rd e m Política e Social (DOPS). Além dele, alguns nomes como Lula, Dilma, Zé Dirceu, José Genuíno, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ma r i e t a S e v e r o e o u t r o s jornalistas, como a própria Mirian Leitão, mensalmente surfam nessa onda, recebendo valores que ultrapassam o teto constitucional de R$ 33.763,00 e ainda são isentos de Imposto de Renda. Um absurdo, que muitos teimam e insistem em não ver.
perderam as benesses da lei, que tem o propósito de distribuir recursos, oriundos do governo federal, a pequenos artistas e produtores culturais. Mas, como sabemos, os c o nt e mp l a d o s e r a m u m a minoria privilegiada pelos gove r no s ante r i ore s e d e emissoras que, por décadas, dominaram as audiências com informações manipuladoras. Um e s q u e m a q u e s ó e r a possível pelo padrão tecnológico contraído de linhas de nanciamento bilionários de bancos públicos, endossados por políticos corruptos. O des esp ero dos 'esquerdopatas' é nítido. Na última segunda-feira (03), o ator José de Abreu, tuitou, comemorando a internação do presidente Jair Bolsonaro no
Esquemas Em uma live, o presidente Jair Bolsonaro jogou um escândalo no ventilador — desconhecido p e l a g r a n d e m a i or i a d o s capixabas — que envolve a
Ponte do Arunã, em Rondônia, sobre o Rio Madeira
escrúpulo, disparam narrativas e f a l á c i a s c ont r a o atu a l governo. Viram a CPI da Covid-19, na qual a falta com a verdade esteve, a todo momento, na cara dos senadores Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues e c o mp a n h i a ? Q u a n d o o senador Marcos Valério falava dos governadores e prefeitos, os digníssimos senhores desconversavam. Os nervos dos eleitoreiros e s e u s s i mp at i z a nt e s e s t ã o a orados. Artistas e cantores, que se bene ciavam com a farra da Lei Rouanet, hoje usam sua popularidade para minar e denegrir o chefe do Executivo nacional, sem um pingo de p at r i ot i s mo, v i s and o a o s próprios umbigos e tanto faz se vai ferrar ou não o povo. A nal,
Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, dando como certa sua morte, e a jornalista Miriam Leitão, que avaliou como um “exagero” e “extravagância” o ato de trazer o cirurgião do presidente Jair Bolsonaro do exterior para atender a um problema de saúde que, para ela, “nunca pareceu grave”. É o famoso 'pimenta nos olhos dos outros é refresco'. Anistia política Quanto à jornalista, é fácil entender o desespero, pois corre sérios riscos de perder a mamata da chamada 'Bolsa Ditadura' — benefício imoral, concedido a ex-bandidos e exterroristas — criada pelo expresidente Fernando Henrique Cardoso, que foi o primeiro a se bene ciar dessa teta, mesmo tendo cado preso apenas
construção da Unidade de Operações da Petrobras em solo capixaba, localizada na Av. Reta da Penha. Ele disse que, entre 2006 e 2011, o prédio da UO Petrobras-ES, que tinha um custo previsto de R$ 800
Sede da Petrobras no ES
milhões para a construção do c ompl e xo, j á e st á e m R $ 1.800.000.000,00 (um bilhão e oitocentos milhões de reais), e que faltam ainda R$ 250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões de reais) para sua conclusão. E o pior é que a obra está num terreno alugado pela bagatela de R$ 1.700.000,00 mensais (um milhão e setecentos milhões). “Isso que acontecia no passado, contribui para o preço do combustível nos dias de hoje”, a rmou o presidente. Todos sabemos que isso é apenas a ponta de um dos icebergs. A esquerda teve seu m o m e n t o, a g o r a p r e c i s a entender que o chefe de família, o trabalhador, o empresário, o empreendedor, o universitário, estão fartos de corrupção, de bandidagem e de larápios de dinheiro público. Tiveram a oportunidade de deixar um legado positivo, mas preferiram a obscuridade, optaram pelo suborno e pela indecência. Caminhos esses que os levaram a o e s c o r r e g ã o e , consequentemente, à lona. Essa
corja deve desculpas ao povo brasileiro pelos sucessivos rombos em instituições que sempre nos orgulhamos como o B anco do Brasil, a C aixa Econômica Federal, os Correios, Itaipu, o BNDES, a Petrobras, a Eletrobras, a Conab, a Infraero, e pelos quase 16 anos de desserviços
Estamos há três anos sem notícias de corrupção, antes o c or r i am d i ar i ame nte. A transposição do Velho Chico, depois de tantos anos, está sendo entregue ao sertanejo, que foi açoitado naquele sol escaldante e pela indústria da seca; investimentos vultosos estão sendo feitos na malha
TATI BELING
prestados à nossa nação.
©DIÁRIO DO SERTÃO
©DIVULGAÇÃO/MINFRA
022, o ano d a responsabilidade social. Digo isso porque, em outubro, elegeremos os que nos representarão nas esferas federal e estadual. É mais que importante que você conheça bem o candidato ao qual você dará o seu voto. Sua escolha fará toda a diferença no futuro da sua família, do seu vizinho e dos outros 220 milhões de brasileiros. Estamos num momento no qual o jogo de interesses partidários toma conta dos noticiários televisivos e das redes sociais. Pequenos grupos, que no passado se digladiavam [PT x PSDB x PSB x PDT], hoje se beijam e se acariciam para tentar retomar o poder. Mesmo que tomando ovadas da p o p u l a ç ã o, s e m n e n hu m
Transposição do Velho Chico
viária nacional; as instituições mencionadas, que antes foram surrupiadas, hoje estão com saldo positivo; obras que nunca saíam do papel, caminhoneiros de todo canto do País fazem questão de mostrar e agradecer; o bem público está sendo respeitado e, por m, o mais importante: o patriotismo, que por décadas estava no baú do esquecimento e hoje está retornando para o lugar de onde nunca deveria ter saído: o c or a ç ã o d e c a d a c i d a d ã o brasileiro. Deixemos a esperança governar!
BRASIL 13
06 A 13 DE JANEIRO/2022
A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
Projeto altera critérios e aumenta valores do salário-família ©AGÊNCIA BRASIL
Passa a vigorar salário mínimo de R$ 1.212, Vitória é primeiro município da Região Metropolitana a atingir o risco muito que vai ser avaliado pelo Congresso baixo para Covid-19 ©WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO
©PREFEITURA DE VITÓRIA
Começou a valer, no último sábado (1º), o novo valor do salário mínimo, que passa a ser de R$ 1.212 por mês. A mudança foi o cializada na sexta-feira (31), por meio da Medida Provisória (MP) 1.091/2021, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Cabe ao Congresso analisar a MP. Nos últimos dois anos, os parlamentares con rmaram o valor de nido pelo Planalto. Este ano a MP tem como referência o valor previsto no Orçamento da União para 2022, de R$ 1.210, que foi aprovado em 21 de dezembro (PLN 19/2021). O novo valor considera a correção monetária pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro de 2021 e a projeção de in ação de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do Ministério da Economia. No total, o reajuste será de 10,18% em relação ao salário mínimo anterior, que era de R$ 1,1 mil. O valor diário do salário mínimo corresponde a R$ 40,40 e o valor horário, a R$ 5,51. Apesar de já estar valendo, a MP precisa ser validada em sessão do Congresso Nacional num período de até 60 dias, prorrogáveis por mais 60. O primeiro prazo termina em 2 de abril, já que o ano legislativo começa a ser contado em 1º de fevereiro. Desde 2020, o governo passou a estabelecer o novo salário mínimo por meio de medida provisória. Antes disso, a Lei 13.152, de 2015, estabelecia a política de valorização do salário mínimo e dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) para o período de 2016 a 2019. No primeiro ano da nova sistemática, os senadores aprovaram por unanimidade a MPV 919/2020, que havia xado o valor do salário mínimo, a partir de fevereiro, em R$ 1.045. Na ocasião, o relator, senador Paulo Paim (PTRS), informou que o texto adaptou a correção feita pelo governo em janeiro, uma vez que inicialmente, a MP 916/2019, publicada antes da divulgação da in ação do mês anterior, previa o mínimo a R$ 1.039. Já a MPV 1.021/2020, que estabeleceu em R$ 1.100 o valor do salário mínimo em 2021, foi aprovada pelo Plenário em maio. A regra já vigorava desde o início de janeiro e não sofreu modi cações. ©MIRIAM JESKE/CPB
Projeto apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) busca atualizar as regras relativas ao salário-família, pago a trabalhadores de baixa renda de acordo com o número de lhos. Para o autor do PLS 4.527/2021, as regras, criadas em 1963, não acompanham a evolução social e econômica do país e os critérios para a concessão precisam ser atualizados para que o benefício chegue a quem precisa e cumpra seu caráter assistencial. Criado pela Lei 4.266, de 1963, o salário-família tinha o valor de 5% do salário mínimo. Com o tempo, segundo Paim, o valor foi “achatado”. Na última Reforma da Previdência (EC 103), foram xados valores provisórios, próximos a esse percentual, que valem até a regulamentação por lei. É essa regulamentação a intenção do projeto. Atualmente (dezembro de 2021), o valor transitório previsto é de R$ 51,27 por lho. O valor corresponde aos R$ 46,54 xados pela emenda corrigidos pelo INPC, um dos índices que medem a in ação. O critério para a concessão, é que o trabalhador tenha renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 1.503,25 (R$ 1.364,43 corrigidos pelo INPC). O problema desse critério, segundo o senador, é que, ao contrário do que ocorre com outros benefícios, não se considera o número de integrantes da família que dependem daquela renda. Assim, um trabalhador que ganhe R$ 2 mil por mês e tenha quatro lhos que dependam dele, não está apto a receber o benefício, enquanto um trabalhador que ganhe R$ 1,5 mil e tenha um lho está quali cado. “As regras para inscrição no Cadastro Único de nem como família de baixa renda a que tem renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo; ou a que possua renda familiar mensal de até três salários mínimos. É nítido, portanto, o critério excludente da norma transitória”, diz Paim na justi cativa do projeto. Para ele, é indispensável que a regulamentação desse direito corrija essa distorção. De acordo com o texto, o valor do salário-família será um percentual do benefício mínimo do INSS, que em 2021 é de R$ 1.100. A intenção é garantir a correção ao longo do tempo: sempre que houver reajuste nos benefícios do INSS, também será reajustado o benefício. Os percentuais xados pelo projeto são de 20% do valor mínimo de benefícios do INSS (o que hoje equivaleria a R$ 220) por lho ou equiparado com idade até três anos; 15% (R$ 165) por lho ou equiparado com idade entre três e seis anos; e 10% (R$110) por lho ou equiparado com idade entre seis e 14 anos. O projeto também traz uma compensação para trabalhadores com famílias monoparentais, em que apenas um dos pais é responsável pela família. Nesse caso, os valores recebidos serão aumentados em um terço. Os critérios para que um trabalhador seja apto a receber o benefício são os mesmos adotados para a inclusão no Cadastro Único para Programas Sociais do governo: trabalhadores com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo, ou que possuam renda familiar mensal de até três salários mínimos. O projeto prevê como fonte de custeio dos benefícios uma contribuição especí ca para esse m, de 2% da base de cálculo da contribuição patronal, no caso das empresas, e de 1% da base de cálculo, no caso do empregador doméstico. No caso das empresas que optam pela contribuição sobre o valor da receita bruta, a contribuição seria de 0,45 % da receita. “Essa não será a única fonte de custeio do benefício, visto que a despesa atual já tem como fonte de custeio a contribuição sobre a folha de pagamentos, a contribuição do empregado, a contribuição sobre o faturamento e a contribuição da União para a seguridade. O que se pretende, apenas, é assegurar fonte de custeio adicional e especí ca, de forma a cobrir os custos decorrentes da presente proposição”, diz o autor. O texto será encaminhado às comissões.
que destina recursos de loterias para os esportes paralímpicos. Publicado no Diário O cial da União, o texto de ne o percentual de arrecadação da loteria de prognósticos numéricos a ser destinado ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC): Do total de 0,5% a que tem direito do dinheiro obtido com loterias como a MegaSena, o CBC ca com 0,46 ponto percentual e o Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP), com 0,04 ponto percentual. Outra parte é proveniente do dinheiro repassado pelo governo à Confederação Nacional de Clubes (Fenaclubes), que cará com 0,01 ponto percentual desses repasses, enquanto o CBCP cará com 0,03 ponto percentual. No total, o Executivo deve redirecionar 3,5% da arrecadação com a loteria de prognósticos numéricos que são repartidos no Ministério do Esporte. A matéria é originada do PL 1.953/2021, apresentado pelo senador Carlos Viana (PSD-MG) e aprovado pelo Senado em 16 de dezembro. O objetivo da norma é corrigir a partilha dos valores. A aprovação foi Entra em vigor lei que destina possível depois de um acordo entre o CBC e o CBCP. Isso porque a Lei recursos de loterias para esportes 14.073, de 2020, passou a incluir o CBCP como destinatário direto da paralímpicos verba obtida com as loterias. A medida não havia se efetivado porque a partilha estava condicionada à arrecadação com a Lotex (loteria Entrou em vigor nesta quarta-feira (5) a Lei 14.294, de 2022, instantânea criada em 2015 e que ainda não entrou em funcionamento).
Nesta quarta-feira (5), Vitória alcançou todas as metas estabelecidas pela Portaria 211-R e passa a ser a primeira cidade da região Metropolitana com qu a li c aç ão de r is co muito baixo para Covid19, de acordo com a
norma técnica. “É momento de comemorar com toda a cidade essa conquista. Parabéns aos trabalhadores da Saúde! Nosso lema desde o início foi 'vacina chegou, vacina no braço' e trabalhamos muito para que essa dose de saúde, esperança e vida chegasse para todos os munícipes da nossa cidade”, declarou o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini. A capital já imunizou contra a Covid-19 com as duas doses, ou dose única, toda a população adulta com mais de 18 anos (109,18% desse grupo, quando a porcentagem mínima estipulada pela norma técnica foi de 80%), entre os adolescentes com idade entre 12 a 17 anos, Vitória já aplicou a primeira dose da vacina contra Covid-19 em 90,23% desse público, cumprindo mais uma condição da Portaria e 90,06% também é a porcentagem de idosos vacinados na capital com a dose de reforço. Outro requisito da norma técnica alcançado pelo município foram os locais de testes de Covid, disponibilizados em diversas unidades de saúde da capital e no Centro de Testagem, localizado na Ilha de Santa Maria. Vitór ia s e tor nou referência nacional em vacinação disponibilizando uma estrutura completa para imunizar a população. Foram utilizadas 28 salas de vacinação das unidades de saúde, hospitais, postos volantes em igrejas, faculdades e vacinação em domicílios (para pessoas acamadas), com imunizações acontecendo tanto durante a semana como também aos sábados e em feriados. "Atingir o risco muito baixo foi possível pois a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini é marcada pela celeridade e investimentos em estratégias resolutivas e dinâmicas a m de garantir vacina recebida, vacina aplicadas também graças ao grande comprometimento das equipes com o SUS e com o município. Agradeço a todos os pro ssionais envolvidos e também aos nossos parceiros", disse a secretária de Saúde de Vitória, ais Cohen. Nesta quarta-feira (5), Vitória já havia aplicado 771.095 doses contra a Covid-19, sendo 323.596 primeiras doses, 321.605 segundas doses ou dose única e 118.855 doses de reforço.
Serra lidera no crescimento do índice de repasse de ICMS
©DIVULGAÇÃO/PMS
A Serra foi o município do Espírito Santo que obteve o maior crescimento do Índice de Participação dos Municípios (IPM), dado que determina a parte que cada município recebe da divisão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De 13,067% em 2021, o percentual passou a ser de 14,176% no ano de 2022, crescimento absoluto de 1,109 pontos percentuais. “Esse resultado é fruto do excelente trabalho realizado pelos servidores do Departamento de Administração Tributária da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefa). A equipe, composta por auditores e técnicos, durante todo o ano de 2021 realizou um trabalho de acompanhamento e auditoria da Escrituração Fiscal e das Declarações de Operações Tributáveis das empresas que realizam operações tributadas pelo ICMS no território do município”, explica o secretário da pasta, Henrique Valentim. Por m, o secretário ressalta a importante parceria, na correção das inconsistências apuradas ao longo do ano, entre o Fisco Municipal e os contabilistas, categoria pro ssional responsável pelo envio das Declarações de Operações Tributáveis, de acordo com o regulamento da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). A estimativa é que a liderança da Serra no crescimento do IPM traga um retorno de mais de R$ 42 milhões aos cofres do tesouro municipal.
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro Professora
Mágoa ©GETTY IMAGES
Estudos darão subsídios para políticas de proteção a crianças indígenas vítimas de violência ©TATIANA ZANON/UNSPLASH
O
lá pessoal
A mágoa é um dos sentimentos que mais prejudica um relacionamento. A palavra tem origem no latim macula e signi ca um sentimento de desgosto, pesar,
tristeza, ressentimento. Todos estes desconfortos emocionais geram mal-estar na vida dos dois. É comum haver desgaste numa relação, já que cada ser humano é único e traz consigo uma grande bagagem de memórias que compõem a sua personalidade. Mas, a partir do momento que esse desgaste não é resolvido, há o acúmulo de sentimentos que, por sua vez, gera a mágoa, tornando om relacionamento um fardo a
ser carregado. Relacionamento é diálogo, a partir do momento em que duas pessoas decidiram car juntas, ambas devem dialogar sempre que possível. A conversa serve para resolver as pendências e tornar a relação algo prazeroso. Muitos casais, tanto de namorados quanto de
marido e mulher ou homo afet ivo, deixam o relacionamento virar rotina e, apesar de conviverem diariamente, não conversam e/ou resolvem o que precisa. O f at o d o s e r hu m an o p ossuir p ar t ic u lar idades in uencia fortemente para o bem-estar de uma relação. Os comportamentos que não são bené cos para o casal devem ser discutidos, tudo com o intuito de melhorar a convivência.
Outro fator que in uencia é a questão de valores. Diversos casais não têm consciência dos seus próprios valores e, muito menos, os do parceiro(a). E, se você não sabe o que é importante para si próprio ou o seu parceiro, prepare-se para a dor, pois será um jogo de tentativas e erros constantes que, por sua vez, também gera o sentimento de mágoa, pois ambas as partes sentem que estão tendo seus valores suprimidos. Novamente entra em cena o diálogo. Outro ponto importante é a questão do perdão. Muitos perdoam super cialmente e, inconscientemente, acabam alimentando a mágoa gerada pelo parceiro(a). Perdoar signi ca se desprender, ou seja, questões do passado devem car lá. Se já aconteceu o que podemos fazer é aprender com o erro e isso signi ca que perdoar v e r d a d e i r a m e nt e é a l g o fabuloso. A carga negativa, relacionada ao acontecimento, se neutraliza por completo. Perdão e diálogo são as chaves para eliminar a mágoa. Reser ve um momento da s e mana ou d o mê s p ar a conversarem e objetivem s empre o melhor para a relação. Se todos os casais tivessem essa consciência, certamente muitos deles não teriam que se desgastar no processo de separação.
O P ro g r a m a d a s Na ç õ e s adjunto do PNUD no Brasil, produtos poderemos avançar na quali cação das políticas U n i d a s p a r a o Carlos Arboleda. As pesquisas servirão de base públicas existentes e até mesmo Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Mulher, da para estruturar metodologias propor novas políticas para o F a m í l i a e d o s D i r e i t o s de trabalho que previnam a atendimento às crianças e transmissão Sedu Digitalcontra no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas adolescentes indígenas”, disse. crianças HuAm a n o s a s s i será n a r ano m canal u m daviolência O diretor-presidente da acordo com a Fundação de indígenas e garantam que as Empreendimentos Cientí cos vítimas tenham direito à F i n at e c , Au g u s t o B r a s i l , e Tecnológicos (Finatec), c o n v i v ê n c i a f a m i l i a r e ressaltou que a instituição já ligada à Universidade Federal c o m u n i t á r i a — s e n d o o re a lizou em tor no de 70 d e B r a s í l i a ( Un B ) , p a r a acolhimento institucional um projetos com o Ministério e o elab orar estudos s obre a último recurso adotado apenas PNUD. “O tema da criança e do situação da proteção e da em caráter excepcional e jovem indígena é importante porque podemos impactar promoção dos direitos das provisório. Pa r a i s s o, a n a l i s a r á a s diretamente a vida de milhares crianças e adolescentes indígenas vítimas de violência e s p e c i c i d a d e s d o de pessoas, e nos deixará com a atendimento de crianças e sensação de missão cumprida, no Brasil. Os estudos darão subsídios adolescentes indígenas em de um legado que cará para a para elaborar e aperfeiçoar situação de risco, incluindo as população”, declarou. O acordo com a Finatec foi parâmetros no atendimento às experiências de colocação c r i a n ç a s e a d o l e s c e n t e s familiar no seio da própria assinado no âmbito de projeto indígenas em situação de comunidade, a inclusão em mais amplo do PNUD, rmado vulnerabilidade, analisando as s e r v i ç o s d e a c ol h i m e nto com a Secretaria Nacional dos instâncias que compõem o institucional e temporário com Direitos da Criança e do Adoles cente. O projeto Sistema de Garantia de Direitos famílias voluntárias. As pesquisas identi carão os “Fortalecimento da garantia do da Criança e do Adolescente (SGD), criado para assegurar e principais motivos que levam direito à vida e da redução da fortalecer a implementação do ao afastamento da criança violência contra crianças e Estatuto da Criança e do indígena do convívio familiar e adolescentes no Brasil” visa comunitário; locais em que fortalecer as ações de garantia e Adolescente (ECA) no País. “Este acordo é uma vitória ocorrem um maior número de promoção do direito à vida e muito grande no sentido de violações de direitos; etnias redução da violência contra fortalecer o direito à vida da mais afetadas; entre outros crianças e adolescentes no criança indígena”, disse a t e m a s . O d o c u m e n t o Brasil. A iniciativa adota estratégias ministra da Mulher, da Família consolidado também trará e dos Direitos Humanos, boas práticas, propostas e e metodologias para transferir Damares Alves, na ocasião da recomendações, respeitando as c o n h e c i m e n t o s p a r a assinatura do acordo, durante particularidades de cada etnia prefeituras sobre o uso da evento híbrido em Brasília e envolvendo as lideranças das busca ativa escolar como forma de redução da violência e comunidades. (DF). S e g u n d o a s e c r e t á r i a - letalidade de jovens. Também “O acordo repres enta a realização do nosso interesse exe c ut iva de Direitos da atua na sensibilização dos de contribuir com a temática Criança e do Adolescente, atores do Sistema de Garantia no Brasil por intermédio de um Fernanda Monteiro, o acordo é de Direitos e na mobilização diagnóstico de como o sistema r e s u l t a d o d e d i s c u s s õ e s s o c i a l p a r a t e m á t i c a s de direitos da criança e do liderad as p elo Gr up o de relacionadas aos direitos adolescente está funcionando, Trabalho sobre Crianças e h u m a n o s d e c r i a n ç a s e especialmente no que tange as Jovens Indígenas em Situação adolescentes e na prevenção à crianças indígenas”, disse o de Vulnerabilidade, criado pelo violência. r e p r e s e n t a n t e - r e s i d e n t e Ministério. “Por meio destes
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Cientistas descobrem segredo da resistência de concreto da Roma Antiga O mausoléu de Caecilia Metella é tido como uma das construções mais bem conservadas da Roma Antiga, e cientistas até hoje vêm analisando a razão de sua durabilidade ©DALTON HOLLAND BAPTISTA/WIKIPEDIA
O papagaio 'gigante' da Nova Zelândia que viveu há mais de 16 milhões de anos Muito maior do que qualquer papagaio que já tenhamos visto, esta espécie descoberta em 2019 media cerca de um metro de altura e pesava sete quilos ©DIVULGAÇÃO/DR. BRIAN CHOO/UNIVERSIDADE FLINDERS
Cientistas da Universidade de Utah, nos EUA, conduziram uma análise química da Tumba de Caecilia Metella, um mausoléu de aproximadamente dois mil anos, para descobrir o motivo que faz o concreto usado na Roma Antiga ser tão resistente. S egundo os estudiosos, a composição do material é muito similar ao cimento utilizado atualmente (conhecido como “Cimento Portland”), no sentido de que vem do aquecimento do calcário e argila, bem como areia, cinzas, cal e ferro, em um forno. A massa resultante é então resfriada e pulverizada com leves adições de gesso. Entretanto, a argamassa usada em Roma era feita de pedaços de tijolos e rochas do tamanho de um punho. “A c o n s t i t u i ç ã o d e s s e monumento histórico e inovador, localizado na Via Appia Antica, indica que Caecilia Metella era uma pessoa de alto prestígio social”, disse a geofísica e coautora do estudo, Marie Jackson. “E o concreto utilizado t r a z u ma pre s e nç a for te e resiliente mesmo depois de 2.050 anos de sua construção”.
De fato, a mulher que dá nome ao mausoléu era uma pessoa da nobreza, lha de um cônsul que, mais tarde, viria a se casar com Marco Licínio Crasso, o lho de um general que, junto de Júlio César e Cneu Pompeu Magno, formaria o chamado “Primeiro Triunvirato”. O mausoléu foi construído em meados de 30 a.C. e consiste de uma torre em formato de tambor, posicionada sobre uma base quadrada, com medidas de 21 metros (m) de altura e 29m de diâmetro. É tido por historiadores como um dos monumentos mais preservados dos primeiros anos da república romana, após a abolição do Império. Jackson, que tem uma curiosidade natural da pro ssão sobre edi cações romanas, v i s it ou a tu mb a e m 2 0 0 6 , retirando algumas amostras para estudo. Segundo ela, o dia de sua visita estava bem quente, mas o interior do mausoléu estava fresco e arejado. “Tirando os pombos ao centro da estrutura circular, a atmosfera estava bastante tranquila”, disse.
A fundação do mausoléu é feita de uma mistura de tufo, um tipo de rocha formada por cinzas vulcânicas compactadas sob extrema pressão, e lava originada de uma erupção ocorrida há aproximados 260 mil anos. O pódio e a rotunda têm várias camadas de concreto bem grosso, com blocos de travertino (um tipo de rocha calcária, composta de calcita, aragonita e limonita) usados como esqueleto e as paredes da torre têm 7,3 m de espessura. Usando uma tecnologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Jackson foi capaz de identi car não apenas os minerais que compõem a construção, mas também como os agregados vulcânicos do concreto se comprimem de tal forma a não permitir a passagem de ar ou de outros efeitos do tempo que, em um trabalho normal de concretagem, deixariam o trabalho exposto à erosão. O artigo com os detalhes completos pode ser acessado no Journal of the American Ceramic Society.
Em 2019, pesquisadores neozelandeses e australianos revelaram um incrível fóssil que pertencia ao maior papagaio que já existiu no planeta. Com cerca de um metro de altura e sete quilos, o Heracles inexpectatus era um psitacídeo semelhante ao kakapo, hoje existente na região da Nova Zelândia, mesmo local em que foi descoberto o fóssil. No entanto, a antiga ave tinha um porte ainda maior. A espécie viveu entre 19 e 16 milhões de anos atrás, durante o período Mioceno e seus ossos re s t o s fo s s i l i z a d o s for am encontrados, mais e s p e c i c a m e nt e , n o s í t i o paleontológico de St. Bathans, na Ilha Sul do país. Os resultados dos estudos foram publicados no jornal cientí co Biology Letters. Por ser pesada, a ave, muito provavelmente, não era capaz de voar, assim como o kakapo. Além disso, como a espécie não devia ter predadores, é improvável que esse antigo
papagaio fosse agressivo. Dessa maneira, os pesquisadores acreditam que o Héracles se alimentava basicamente de s e m e nt e s e f r ut a s q u e s e e sp a l h av am p el o ch ã o d a oresta. Conforme informou Mike Archer, paleontólogo da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), o papagaio tinha um bico tão grande que "poderia rachar qualquer coisa pela frente". Para o professor e paleontólogo da Universidade Flinders Trevor Worthy, no entanto, o animal "pode ter comido até outros papagaios", em razão de seu porte físico. Quanto ao nome da espécie, é uma referência ao famoso herói grego Héracles, quem cou conhecido ao redor do mundo por seu nome latino Hércules. A escolha fez todo sentido, já que, assim como o personagem, a ave se apresenta como uma gura de grande força e imponência. A ciência explica que o que possibilitou que um papagaio tão grande surgisse é o chamado
gigantismo autapomór co, que, em poucas palavras, se dá qu an d o a l g u m a s e s p é c i e s ocupam um nicho ecológico vazio. Outra explicação para o fenômeno é o chamado gigantismo insular, que ocorre quando os animais aumentam de tamanho depois que deixam o continente de origem e passam a viver em ilhas isoladas. “Não há outros papagaios gigantes no mundo”, declarou à BBC, Trevor Worthy. "Esse achado é muito signi cativo", completou o principal autor do estudo. Os arqueólogos acreditam que mais espécies antigas podem ser encontradas na região, já que, todos os anos, novas descobertas são realizadas. "Temos escavado esses depósitos fósseis há 20 anos e, a cada ano, descobrimos novas aves e outros animais... Sem dúvida, há muitas outras espécies 'inimaginadas' a serem descobertas", declarou Worthy à AFP.
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LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM Administrador pela Ufes, Mestre em Administração pela Fucape, graduando em Ciências Econômicas pela Ufes e membro do Grupo de Estudos de Políticas Públicas
Os efeitos da pandemia da covid-19 sobre a educação ©FELIPHE SCHIAROLLI/UNSPLASH/REPRODUÇÃO
O
s efeitos que a pandemia da covid-19 causou no mundo são visíveis. Milhões de mortos, desemprego, in ação, mudança nas relações sociais e muitas outras coisas. Contudo, algumas dessas consequências ainda não são inteiramente conhecidas, entre elas, o impacto sobre a educação. O texto de hoje é um breve convite à re exão sobre os problemas que enfrentaremos na educação nos anos seguintes. Com a disseminação do vírus no mundo, a principal estratégia adotada foi o distanciamento social. Com isso, os estudantes passaram a ter um ensino remoto, saindo das aulas presenciais e do convívio do ambiente escolar. Não demorou muito e os e s p e c i a l i s t a s e m e du c a ç ã o começaram a apontar prejuízos
q u e i s s o p o d e r i a c a u s a r, principalmente nas crianças, idade na qual a socialização é
fundamental. Um estudo recente, por exemplo, mostrou que essa geração vai ter signi cativas
perdas de renda no futuro devido ao prejuízo na sua formação. Eis que, diante disso, temos um
Alexia Debacker Espinoso
dos principais desa os que enfrentaremos no pós-pandemia. Um estudo recente, feito nos EUA, mostrou que alunos no ensino fundamental tiveram uma queda de 10 pontos em matemática e de quatro pontos em linguagem. Em uma idade tão essencial para aprendizagem, como podemos recuperar essa perda? Como minimizar os efeitos que essa geração vai ter sobre a educação? As perdas se estendem também ao ensino superior. Diversos alunos que não tiveram sequer ainda um dia de aula presencial. Muitos alunos que moram em casas pequenas e dividem quartos, não possuem um local própr i o p ar a e stu d o s , n ã o possuem bom acesso à internet. Mesmo com as políticas adotadas, ainda houve prejuízos. Essa perda, impacta a sociedade
como um todo. Isso implica em uma geração futura com menor capacidade intelectual que a atual, com menor capacidade de conseguir bons empregos e de manter um crescimento sustentável. Gostaria de deixar claro ao leitor que esse texto não é uma crítica ao distanciamento social. Infelizmente, foi uma medida necessária. Contudo, agora precisamos enfrentar esse novo desa o de não deixar as futuras gerações pagarem por esse prejuízo que tiveram em sua formação. O texto de hoje busca trazer essa re exão ao leitor, para que nossos gestores possam começar a pensar em como vamos minimizar essas perdas. A pandemia ainda não acabou, mas quando acabar, deixará para trás esse desa o.
O que explica a 'chuva' O que é de peixes nos EUA? xenotransplante? Conheça os avanços do xenotransplante e o que eles signicam para o progresso da saúde ©JAFAR AHMED/UNSPLASH
Xenotransplante é o procedimento que envolve o transplante, infusão ou i mp l a nt a ç ã o d e ór g ã o s d e diferentes espécies. O processo de transplantação pode acelerar o tratamento de diversos pacientes em las de transplante no mundo todo. Há mais de 50 anos essa técnica é estudada e aprimorada pela comunidade médica e cientí ca a m de garantir a saúde humana. Os principais estudos nessa linha foram feitos com amostras de tecidos de primatas e suínos. Em 2021, o doutor Robert Montgomery, do centro médico de NYU Langone Health, liderou uma equipe cirúrgica e
completou a primeira cirurgia de xenotransplante do mundo. Esse procedimento durou duas horas e contou com o rim de um porco geneticamente modi cado.
O receptor desse rim foi um p a c i e nt e j á m or t o qu e foi mantido por respiradores por 54 horas enquanto era observado o funcionamento e a aceitação do órgão. Não houve nenhuma preocupação ou sinal de rejeição do organismo contra o órgão transplantado. O procedimento realizado em Nova Iorque abriu as portas para novas possibilidades e novos estudos sobre xenotransplantes. Se os estudos permanecerem e as experimentações continuarem mostrando resultados positivos é possível que o xenotransplante seja um grande aliado do tratamento de pessoas nas las de transplante. Os avanços médicos e cientí cos poderão, a nal, acabar com “o paradigma de que alguém precisa morrer para outra pessoa sobreviver”.
O curioso episódio chamou atenção da população local de Texarkana, no Texas, no nal de 2021 ©REPRODUÇÃO/FACEBOOK/THE CITY OF TEXARKANA, TEXAS
Durante a última semana de 2021, especi camente no dia 29 de dezembro, os munícipes do condado norte-americano de Te x a r k a n a , n o Te x a s , observaram um curioso fenômeno partindo dos céus; uma 'chuva de peixes' teria arremessado dezenas de animais aquáticos para diversos pontos em solo na região urbana, incluindo trechos tomados por áreas residenciais. Publicado pela página o cial da própria prefeitura da cidade no Facebook, a legenda ironizava uma fotogra a de um peixe atirado em um gramado: “2021 realmente está ent regando to dos os s eus truques… incluindo chover peixes em Texarkana hoje. E não, isso não é uma piada", esclareceu a publicação Nos comentários, moradores contribuíram com testemunhos e ainda compartilharam outras fot o g r a a s d e p e i xe s qu e
pegaram ou encontraram nas imediações de suas residências durante a suposta chuva. Contudo, o fenômeno não é inédito na região onde os peixes foram localizados, tendo detalhes sobre o curioso episódio explicados pelo órgão o cial. O comunicado da prefeitura con rmou o termo “chuva animal”, mas não como você provavelmente imagina. O fe n ôm e n o o c or re qu an d o pequenos animais aquáticos como sapos, caranguejos e peixes pequenos são “arrastados
por trombas ou correntes de ar que ocorrem na superfície da Terra", sendo levados através de nuvens cheias de água. A corrente de ar e até possível formação de tornado possibilita a formação das trombas d'água que carrega os animais leves através de uma tempestade, os atirando aleatoriamente para os lados, conforme o uxo de ar e água. Dessa maneira, os peixinhos se espalham pela região partindo desta nuvem, como se fossem gotas de chuva. Por varrer pequenos animais, não apenas peixes podem ser arremessados, como outras criaturas molhadas, como um tornado de vermes que atingiu a pequena cidade de Hoboken, em Nova Jersey, em março do mesmo ano, tomando o chão da cidade com centenas de pequenas minhocas com aspecto viscoso ao redor do corpo.