Boletim Informativo PMB/Serra/ES

Page 1

Ano II - Julho 2018 - Edição nº 20

2ª quinzena

BOLETIM INFORMATIVO do Partido da Mulher Brasileira no ES

Diretório Serra

Serra, o município necrosado Haroldo Cordeiro Filho Outro morador que preferiu não se identificar, disse que é do Rio de Janeiro. Jardineiro de profissão, disse que há anos não sabe o que é tratar de uma planta com carteira assinada. “Vivemos pela graça de Deus”, falou desiludido.

Município da Serra

O que fazer com essa população que cada dia que passa aumenta e não recebe nenhuma assistência do poder público? Numa ida ao centro do município da Serra, percebi um grande número de indivíduos sentados, ociosos, pedindo dinheiro aos transeuntes e se alcoolizando. Não resisti e fui ao encontro deles, educadamente, pedi licença aos cidadãos, me apresentei como dono de jornal, interagi e comecei a indagar, se eles eram do município, se tinham profissão, família e, por fim, perguntei o que os levou a se tornarem moradores de rua? Para minha surpresa, ouvi histórias muito parecidas. Um deles chamado Rafael, 21 anos, de Vila Velha, disse que se tornou morador de rua porque sua família não quis saber mais dele. “Sou desenhista, me arruma um papel e um lápis que desenho o senhor. Fiz algumas besteiras, mas nunca roubei, prefiro pedir. O albergue não tem graça, é apenas um lugar para comer e mais nada, não oferecem curso e não dão trabalho para nós. Tudo que precisamos é de trabalho, tenho profissão, mas não consigo emprego, sem trabalho, não tenho dinheiro não tenho dignidade. Como vou comprar uma casa, uma cama, um fogão? Entendeu? Somos abandonados pelos políticos, só aparecem aqui para pedir voto, se quiser meu voto, tem que pagar”, disse um revoltado Rafael.

Uma senhora, com aparência jovem, falou que era norte do Estado. “Sou de Jaguaré e estou desempregada. Me dá uma máquina de costura reta e uma overloque que costuro uma camisa igual à que o senhor está usando. Procurei emprego por anos e não consegui. Não tinha dinheiro para pagar as contas de energia, água, gás... A forma que encontrei foi morar na rua, aqui não preciso pagar nada”. Outro que também não quis se identificar, procedente da Bahia, disse que é soldador elétrico e que procurou emprego por anos, mas cansou de receber “não” na cara e por isso mora na rua. “Me tornei morador de rua porque esses políticos filhos da p... só prometem e nunca fazem nada por nós, somos

abandonados, não temos emprego. O que eles fazem é roubar nosso dinheiro, por isso, sigo meu caminho, da minha maneira, como morador de rua”, ressaltou. Esses relatos só confirmam tudo que sabemos, o município marginaliza, se omite e é irresponsável. A assistência social existe apenas no papel, os projetos são para “inglês ver”, o Centro Pop, o de acolhimento institucional temporário (abrigos) e o Serviço Especializado em Abordagem Social são paliativos, essa população não precisa somente de café e almoço, mas de cursos, reciclagens profissionais, empregos, só assim, resgatarão a oportunidade de viverem dignamente, que é direito constitucional. São pessoas, são cidadãos, são mães e chefes de famílias, que vivem à margem da sociedade. Só me resta lamentar e confirmar tudo que venho comentando nos meus artigos: a Serra é um município “necrosado”, que tem como médicos legistas o prefeito e deputados que dizem representá-lo.

Haroldo Cordeiro Filho Jornalista DRT: 0003818/ES Presidente PMB/Serra/ES


PMB SERRA Datena, Barbosa e Huck, o que levam 'outsiders' a desistirem do pleito? 2 Julho 2018

FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO

2ª quinzena

FOTO: REPRODUÇÃO/STF/DIVULGAÇÃO

Um dos últimos "grandes" outsiders das eleições de 2018 anunciou no início de julho que está fora da corrida eleitoral deste ano. O apresentador da Band José Luiz Datena havia apresentado sua précandidatura ao Senado pelo DEM e voltou atrás em menos de uma semana. No mesmo dia retornou a seu programa dominical na emissora. Não é a primeira vez que faz isso e nem o único. Nas eleições de 2016, o jornalista já havia ensaiado disputar a prefeitura de São Paulo pelo PP, mas retirou sua précandidatura. "Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que ela está aí", afirmou à imprensa sobre a mais recente

desistência. Neste ano eleitoral houve ao menos outras duas baixas entre os "famosos" citados em pesquisas eleitorais, ambos postulantes ao Palácio do Planalto: o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, e o apresentador global, Luciano Huck. Os motivos que o fizeram desistir, assim como no caso de Barbosa e Huck, podem ser resumidos em três aspectos no olhar de cientistas políticos: questão pessoal e familiar, finanças e exposição da vida privada. Antes mesmo de anunciar sua entrada no jogo eleitoral, Datena disse à imprensa que sua mulher chorava “dia e noite” com receio. Ao anunciar seu nome como pré-

candidato, o apresentador informou que sua decisão foi tomada junto com seus familiares. Entre os argumentos, Huck e Barbosa alegaram questões pessoais e familiares para abandonar o pleito. Para Claudio Couto, cientista político, essa motivação pode ou não ser verossímil. “A política profissional é demandante e não é fácil ser familiar de político. Político não tem hora, político tem sua vida privada devassada, sofre ataques, ou seja, tem uma vida muito exposta. Tudo isso pesa para a família e, consequentemente, é uma escolha difícil para quem tem uma vida razoavelmente organizada e estruturada. Há quem consiga lidar bem isso, há que não consiga”, diz.


3 Julho 2018

PMB BRASIL

2ª quinzena

Por que as mulheres não participam da política partidária? Vamos elencar aqui alguns fatores que desestimulam as mulheres a não participarem ativamente da política do País: 1 – As mulheres enquanto meninas, não são estimuladas nas escolas e por suas famílias a desenvolverem características de liderança. 2 – As mulheres não se veem representadas no parlamento. 3 – As mulheres, muitas vezes, exercem dupla ou tripla jornada, nas funções de esposa, mãe e profissional, o que dificulta que consigam conciliar tempo para se dedicarem à vida pública. 4 – Mulheres encontram rejeição no eleitorado brasileiro.

5 – Mulheres sofrem preconceitos por parte das próprias mulheres. 6 – Mulheres, muitas vezes, não conseguem financiar suas campanhas,

Café com política No último dia 10, o presidente do diretório Serra, Haroldo Cordeiro Filho e a assessora de comunicação, Luzimara Fernandes, estiveram reunidos, em Jacaraípe, com a cozinheira Nice Pereira, para um café da manhã. Na ocasião, foram passadas para Nice informações sobre o Partido da Mulher Brasileira como suas bandeiras e objetivos políticos. "Quando vi o nome da sigla, logo quei interessada. Acho que o partido tem uma grande bandeira nas mãos para realizar um grande trabalho", disse Nice.

por falta de recursos destinados pelos partidos e por faltas de recursos próprios ou de financiadores. 7 – Mulheres que participam de movimentos sociais ou militam nos bastidores da política, muitas vezes enxergam o sistema eleitoral brasileiro como um sistema predatório, e não têm interesse em participar. 8 – Hoje ainda há pouca ou quase nenhuma renovação no parlamento brasileiro, quem tem poder se perpetua e perpetua famílias tradicionais da política, por gerações e gerações. FOTO: HAROLDO CORDEIRO FILHO


Se liga...

7 Julho 2018

2ª quinzena

PMB/ES Partido da Mulher Brasileira Serra-ES Celular: (27) 99664-6644

Presidente Haroldo Cordeiro Filho

A extrema pobreza voltou aos níveis de 12 anos atrás

Vice-presidente

FOTO: VEJA

Marizete Assis

Secretária Clá udia Maria

Expediente Jornalista responsável Luzimara Fernandes Textos Luzimara Fernandes Fotos Haroldo Cordeiro Filho André Merçon

Ao deixar, em 2014, a relação de países que têm mais de 5% da população ingerindo Colaboração menos calorias do que o Haroldo Cordeiro Filho recomendável, o Brasil André Merçon atingiu um feito inédito: Clá udia Maria saiu do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Endereço Eletrônico pmb35.serra@gmail.com Mas, após três anos do feito, um relatório de 20 entidades da sociedade Facebook civil, publicado em julho PMB- Partido da Mulher do ano passado, Brasileira Serra ES alertava sobre os riscos de o País retornar ao mapa indesejado. “O castigo dos O economista bons que não fazem Francisco Menezes, pesquisador do Instituto política é serem Brasileiro de Análises governados Sociais e Econômicas pelos maus”, Platão (Ibase) e da ActionAid

Brasil, fez parte da equipe que elaborou o relatório. O também especialista em segurança alimentar conta que no final deste m ê s u m n o v o documento atualizado da sociedade civil será lançado e alerta: “A nossa nova advertência já leva a quase uma certeza”. Essa quase certeza, ele diz, é de que o Brasil voltará ao Mapa d a F o m e . “ To d a a experiência sempre mostrou que os números da extrema pobreza com os números da fome são muito próximos”. Em relação à pobreza e extrema pobreza, por

exemplo, levantamento da ActionAid Brasil indica que nos últimos três anos — 2015-2017 — o País voltou ao patamar de 12 anos atrás no número de pessoas em situação de extrema pobreza. Ou seja, mais de 10 milhões de brasileiros estão nessa condição. “Isso nos leva a crer que aquela correlação pobreza versus fome sugere fortemente que a gente já está, neste momento, numa situação ruim, que deve aparecer com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do final de 2018”.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.