Fatos & notícias 150

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Na semana do Dia Mundial da Água, o Greenpeace traz uma reflexão sobre esse bem tão precioso. PÁG.2

DU ÇÃ O RE PR O

MEIO AMBIENTE

Distribuição Gratuita

CULTURA

ABC/SERRA

Associação de Bandas de Congo da Serra apresenta acervo. PÁG.4

CIÊNCIA & TECNOLOGIA HIV é removido de células por meio de edição genética. Pág.3

ANO VI - Nº 150 - 24 A 31 DE MARÇO/2016 - SERRA/ES

Uma cratera em plena cidade de São Paulo REPRODUÇÃO YOUTUBE

SAÚDE

Pesquisa liga comportamento agressivo a parasita no cérebro. Pág.7

TECNOLOGIA

Apple cria robô para desmontar iPhones.Pág.3 ECONOMIA Indústrias têm prejuízos com falhas no fornecimento de energia elétrica. Pág. 8

CARIACICA

Encenação da Paixão de Cristo nesta sexta-feira, no município. Pág.5

CIÊNCIA

Um buraco enorme, produzido pelo impacto de um objeto celeste, estende-se por uma área de 10,2 km² na periferia de São Paulo.

Brincar de boneca afasta meninas da ciência, aponta estudo. Pág.3 EDUCAÇÃO Inscrições para o CNA Jovem se encerram nesta Sexta (25). Pág.4

CONTRA A ZIKA

Governo anuncia verba de R$ 649 milhões para pesquisas sobre o zika Pág.7 e a microcefalia.

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A relação do homem com a água, as belezas Satélite vai permitir e os problemas ambientais do Pantanal são tema universalização da banda da Exposição "Water Stories", inaugurada The Scoop, em More London Riverside, larga em todo o País. Pág.5 no em Londres.

Fosfoetanolamina Senado aprova a, a "pílula anticâncer". Pág.7

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MEIO AMBIENTE

24 A 31 DE MARÇO DE 2016

Por que um dia para a água? ©Christian Kaiser/Greenpeace

As chuvas de verão, que retiraram o sistema Cantareira do volume morto, resultaram em enchentes em diversos municípios com mortes e prejuízos sociais, evidenciando as alterações em cursos d'água causadas pelas grandes cidades.

O problema é crônico, mas há soluções permanentes, sem que as alternativas sejam obras que no futuro não serão mais eficientes, pois apenas contribuem para transferir a seca para outro manancial, como é o caso emblemático da transposição do rio Paraíba do Sul para o Cantareira, que pode

As cidades encobrem rios e poluem águas, de forma a contribuir com a escassez hídrica, e transformar chuva em enchente. A captação de

O Greenpeace pede, no Dia Mundial da Água, por justiça para a água e para as p e s s o a s q u e dependem dela. A água é um recurso de direito de todos, e no momento em que todos possuírem esse direito, estaremos mais próximos de um País menos desigual.

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área percorrida pelo rio Paraguai e afluentes como Sepotuba, Cabaçal e Jauru. Em “Water Stories”, o fotógrafo retratou o trabalho realizado pela rede WWF em cinco bacias hidrográficas: do rio Paraguai (Pantanal); Yangtze, na China; Ganges, na Índia, Mekong, que percorre parte da China, Laos, Tailândia, Camboja e Vietnã; Ruaha e Mara, no Quênia e Tanzânia. Essas iniciativas, contaram com o apoio do Programa HSBC pela Água que destinou US$ 100 milhões em cinco anos. As ações devem beneficiar um milhão de pessoas ao redor do mundo. Abdulaziz vive atualmente em Berlim, mas desde 2011 trabalha no projeto “Water”, percorrendo o planeta para retratar imagens relacionadas à conservação da água, sua importância para os seres humanos e situações de crise hídrica. Seu projeto recebe apo io d a O rg an ização d as Nações Unidas (ONU), WaterAid e VSCO (Empresa de tecnologia e filmes fotográficos). Em 2012 foi eleito como uma das melhores promessas da fotografia, pela revista P h o t o District News (PDN), e em 2015 foi o vencedor do p r ê m i o Syngenta de m e l h o r fotografia. FO

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relação do homem com a água, as belezas e os problemas ambientais do Pantanal são tema da exposição “Water Stories” inaugurada dia 22 de março, no The Scoop, em More London Riverside, em Londres. As imagens são resultado do trabalho do premiado fotógrafo norte-americano Mustafah Abdulaziz, que esteve em outubro de 2015 no Mato Grosso para retratar o trabalho do WWF-Brasil na área das Cabeceiras do Pantanal – local onde nascem 30% das águas que alimentam a planície e a biodiversidade pantaneira e garantem o abastecimento de municípios onde vivem e trabalham pelo menos três milhões de pessoas. Desde 2012, o WWF-Brasil trabalha na conservação e recuperação de rios e nascentes das Cabeceiras do Pantanal. Em 2015 foi lançado o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, iniciativa que tem por objetivo conservar mais de 700 quilômetros de rios e recuperar pelo menos 50 nascentes de uma

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A recuperação das águas brasileiras passa pelo desmatamento zero e recuperação de áreas de preservação; pela economia de água por meio da utilização de água de reúso e reestruturação da infraestrutura de distribuição de água; por fim, pelo tratamento de esgoto e despoluição dos rios. Não existem soluções mágicas, fazse necessário um trabalho árduo de governo e município para que as cidades tenham a infraestrutura necessária para utilizar a água de maneira sustentável, e que o desmatamento não comprometa as fontes de abastecimento urbano e rural.

Inaugurada em Londres Exposição "Water Stories"

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A falta de água não é apenas consequência da falta de chuva e das mudanças climáticas, mas, também, das ações do homem. O Brasil conta com 12% da água doce do mundo. Mesmo assim, enfrenta secas em locais que historicamente possuem abundância do recurso, como é o caso de São Paulo e Rio de Janeiro.

água é cada vez mais longe dos centros urbanos, em áreas rurais, onde os mananciais ficam suscetíveis às oscilações climáticas devido ao desmatamento de áreas que deveriam ser de preservação permanente. No Sistema Cantareira, o desmatamento histórico é de mais de 70%. De acordo com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), há 35% de cobertura florestal, 46% de pasto, e 56% de eucalipto, um cenário de completa devastação.

MA RC © Mustafah Abdulaziz/WWF-Brasil OS SA LA MO ND E

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o Dia Mundial da Água em 2015, a sociedade estava mobilizada para falar e pensar a água, porque entendeu a fundamentalidade do recurso. Passado um ano, a chuva lavou a memória da seca e, novamente, o escasso recurso parece ter sido esquecido.

comprometer o próprio Paraíba do Sul, t a m b é m castigado pela estiagem. Além disso, as obras foram realizadas sem estudos de impactos ambientais, em caráter emergencial, p o d e n d o agravar a situação dos mananciais à medida que não se sabe quais os impactos dessas obras milionárias.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES Departamento Jurídico Dr. JORGE PACHECO (27) 3068-3816 / 99885-7341 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18

"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

Filiado ao Sindijores

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Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília

Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores


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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

24 A 31 DE MARÇO DE 2016

HIV é removido de células por meio de edição genética

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magine pegar uma célula humana, tirá-la do corpo, alterar sua função e colocá-la de volta para evitar a multiplicação de uma doença. Foi isso que pesquisadores da Universidade Temple, EUA, fizeram para remover células da AIDS. Eles eliminaram o HIV a partir do genoma de células humanas. E o melhor, quando essas células foram expostas ao vírus estavam protegidas contra a reinfecção.

como evitar novas infecções. E quando se fala de HIV, isso é fundamental para melhorar os tratamentos e desenvolver medicamentos antirretrovirais, porque quando os pacientes param de tomar esses remédios, o HIV volta a sobrecarregar as células - com o CRISPR/Cas9, esse processo pode ser barrado sem efeitos tóxicos.

Superinteressante

O método utilizado pelos cientistas é o CRISPR/Cas9. A técnica consiste em direcionar proteínas "editoras" para seções específicas do DNA de uma célula. O nome CRISPR refere-se a uma sequência específica de DNA retirado de um organismo unicelular – como uma DNA viral. Esse RNA-guia vai se juntar à bactéria – que faz par com uma enzima enzima Cas9 para caçar os vírus com o guiada por RNA: a Cas9. DNA codificado e destruí-los. Para editar o DNA do vírus dentro de Usando essa técnica, os pesquisadores uma célula humana, coloca-se uma eliminaram o DNA HIV-1 do genoma de bactéria para identificá-lo e produzir linfócitos T (glóbulos brancos que uma fita de RNA idêntica ao código do atuam na imunidade do organismo)

No Reino Unido, o uso da CRISPR/Cas9 foi aprovado recentemente em embriões humanos para melhorar a qualidade das fertilizações in vitro e reduzir o número de abortos.

humanos cultivados em laboratório. E quando essas células foram expostas novamente ao vírus, estavam protegidas contra reinfecção. Apesar dos cientistas já terem testado outras formas de edição genética antes, esta é a primeira vez que se descobre

No início deste ano, pesquisadores norte-americanos utilizaram a técnica em ratos de laboratório para tratar uma doença genética rara, a Distrofia Muscular de Duchenne. A pesquisa foi o primeiro caso de sucesso da CRISPR/Cas9 em mamíferos vivos e indica o potencial do tratamento para o HIV no futuro. Superinteressante

Apple cria robô para desmontar iPhones Brinquedos “de menina” afastam as garotas da ciência s e s t e r e ó t i p o s d e atrelados à passividade, à Aprendizado e Ciências do e ajudar na reciclagem de peças Cérebro da Universidade de g ê n e r o c o m e ç a m vaidade e à subserviência.

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parecida com as tecnologias de l i n h a s d e montagem. Cada um desses braços trabalha com uma peça diferente, podendo guardar os materiais retirados de forma organizada. Por enquanto, o robô funciona apenas na sede da Apple, em Cupertino, na Lisa Jackson, vice-presidente de iniciativas ambientais, políticas e sociais da Apple, Califórnia. Mas a apresenta o robô 'Liam',que desmonta IPhones para serem reciclados empresa afirma que um segundo Apple revelou nesta segundarobô está sendo instalado em outra sede feira, antes do anúncio do da Apple na Europa. iPhone SE e da versão compacta do iPad Pro, um robô, A vice-presidente de meio ambiente, chamado Liam, criado para desmontar políticas e iniciativas sociais da Apple, iPhones fora de uso (danificados ou Lisa Jackson, disse que o sistema descartados pelos consumidores), com o robótico deve impulsionar o setor a intuito de reciclar e reutilizar alguns r e c i c l a r m a i s e q u e h a v e r á u m a materiais internos importantes, feitos de necessidade de investimento neste tipo alumínio, cobre, estanho, tungstênio, de tecnologia. "Precisamos de mais p e s q u i s a e cobalto e até ouro e prata, de desenvolvimento se acordo com a Apple. A q u i s e r m o s máquina consegue concretizar a ideia desmanchar o smartphone da de uma economia companhia em apenas 11 circular dos segundos, separando cada eletrônicos", disse. peça do produto. O robô da A Apple estima empresa demorou quase três desmontar e reciclar anos para ficar pronto. cerca de 1,2 milhão O sistema tem 29 braços de iPhones até o fim robóticos instalados como deste ano. uma máquina industrial - bem s

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cedo na vida. Mesmo antes de o bebê nascer, os pais pintam o quarto de rosa se vier uma menina ou de azul, caso venha um menino. Quando a cor não identifica o sexo do bebê, as roupinhas, os brinquedos e os enfeites do quarto entregam e assim começa a segregação. Cor de menina, brinquedo de menino, roupa de menina, modos de menino... Não há dúvidas sobre a interferência desses estereótipos precoces na construção da identidade de gênero, o que acaba influenciando também nas escolhas profissionais. Isso ajuda a explicar um pouco porque as mulheres não são tão presentes na ciência quanto os homens.

Discriminados na maternidade O lugar das mulheres dentro dos laboratórios começa a ser cerceado ainda na infância. E o dos homens, incentivado. Para a professora de física experimental e conselheira da Universidade de Cambrigde, Athene Donald, os brinquedos sexistas fecham as portas da ciência na cara das mulheres. Segundo ela, Barbies, panelinhas, bonecas e a maioria dos brinquedos tidos como "femininos" não instigam a criatividade, o senso crítico e o desenvolvimento de habilidades motoras. Pelo contrário, são objetos

J á brinquedos "de menino", como L e g o s , carrinhos, j o g o s d e química, maletas de mecânico, dão m a i s oportunidades para a criança ficar exposta a brincadeiras que envolvam ciência e engenharia - e, claro, aumentam as chances de ser influenciada por esses conhecimentos desde cedo. "Precisamos mudar a mentalidade dos pais e professores. O problema de como induzimos estereótipos de gênero em nossos filhos começa incrivelmente cedo. Tem gente que acha que o que uma criança faz aos quatro anos é irrelevante para suas escolhas futuras, mas não é", afirma Donald, que também é vencedora do prêmio L'ÓrealUNESCO para mulheres em ciência.

SUPERINTERESSANTE

Washington, mostra que o estereótipo de que as ciências exatas são para meninos aparece antes do 2º ano do ensino fundamental. Um grupo de 247 crianças de 1ª a 5ª série participou de testes que associavam matemática e gênero. Foram avaliados três aspectos: identidade de gênero (se a criança se identifica como feminino ou masculino), associação da capacidade matemática a gênero e autoavaliação sobre habilidades matemáticas.

Em um dos testes, foi pedido às crianças que combinassem quatro tipos de palavras: nomes de meninos, nomes de Um estudo da Universidade m e n i n a s , p a l a v r a s de Washington reforça a relacionadas à matemática e teoria de Donald: antes mesmo palavras comuns. de aprender as operações de Como esperado, a maioria divisão e multiplicação, as das crianças - tanto meninos c r i a n ç a s j á a c h a m q u e como meninas - associou os "matemática é para meninos". termos matemáticos a nomes A pesquisa, conduzida pelo de meninos. Além disso, no psicólogo Andrew Meltzoff, teste de autoavaliação, mais especialista e m meninos do que meninas se desenvolvimento infantil e declararam identificados com codiretor do Instituto de perfil matemático.


Waffle: a nova rede 4

CULTURA & EDUCAÇÃO

24 A 31 DE MARÇO DE 2016

ABC-Serra apresenta acervo sobre Bandas de Congo

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m acervo de 5.000 fotografias, várias horas de vídeo e 310 páginas, intitulado “Ciclo Folclórico e Religioso das Bandas de Congo da Serra – Princípios para Sua Etnografia e História”, estarão oficialmente disponíveis a partir das 18 horas de quinta-feira (31 de março), em cerimônia na sede da ABC-Serra (Associação de Bandas de Congo da Serra). O evento tem por objetivo cumprir o que estabelece a Lei Chico Prego (nº 2.204/99, de incentivo à cultura da Serra), que aprovou, em 2011, o projeto apresentado pela ABC.

cinegrafista João Carlos Cristo Coutinho. O projeto serve “para levantamento completo do patrimônio histórico do Município, por historiadores, antropólogos e sociólogos, dando subsídio para a futura elaboração de material de pesquisa, como documentários, livros e catálogo cultural”. O texto final do acervo traz, também, uma análise do Congo no Espírito Santo e no Brasil, para contextualizar as ocorrências registradas na Serra, inclusive do ponto de vista histórico-evolutivo.

Como explica o pesquisador Michel Dal Col: “[o resultado] é um rico material documental, em várias horas de gravações de qualidade digital, uma série de fotografias que ultrapassam 5.000 imagens, um conjunto de entrevistas com Quem comparecer poderá visitar o mais de 20 integrantes das manifestações acervo sobre o Congo da Serra que a ABC locais, fora as informações coletadas com guarda em suas dependências. Tal visita um grupo mais amplo”. também pode ser feita em outra ocasião, Desse material, foi produzido um agendando-a no telefone 3251-3244 ou no relatório, em cuja narrativa está a tentativa e-mail abcserra@abcserra.org.br . A sede de uma interpretação do ciclo festivo da da ABC fica no Bairro São Domingos Serra dentro do contexto da história (Serra-Sede), à direita de quem segue para cultural do Brasil e do Espírito Santo. Este o norte pela BR 101, a alguns metros de um texto traz uma exposição etnográfica de viaduto e da Prefeitura da Serra. todas as etapas e elementos das festas Durante dois anos, trabalharam no tradicionais serranas, realizado a partir do projeto do acervo três serranos de d i á l o g o c o m a m p l o r e f e r e n c i a l reconhecida dedicação à Cultura e muita bibliográfico. Outro produto foi um banco experiência nas respectivas áreas vastíssimo de vídeo e fotografias, que profissionais: o mestre em História pela s e r v i r ã o p a r a a p r o d u ç ã o d e Ufes Michel Dal Col Costa, que fez as documentários, livros de fotografias, pesquisas de campo e as entrevistas; o publicidades e outras possibilidades. fotógrafo Edson Carlos Souza dos Reis; e o

DIVULGAÇÃO/ PMCI

Ministro propõe ao Confap trabalho conjunto pela vitalidade da ciência

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fundamental para um cenário de crise todos nós, a questão econômica e restrições do Marco Legal da orçamentárias, o Conselho Ciência, Tecnologia e Nacional das Fundações Estaduais de Inovação [Lei nº Amparo à Pesquisa (Confap) iniciou 13.243/2016]. Eu seu fórum anual de debates na sede da tenho andado pelo Coordenação de Aperfeiçoamento de País e vejo que muitas Pessoal de Nível Superior (Capes). O ASCOM/MCTI instituições estão ministro da Ciência, Tecnologia e começando a dar Inovação, Celso Pansera, sugeriu, na abertura do evento, trabalho conjunto em busca passos no sentido de usar a nova lei, ainda não de estratégias e atividades que permitam a regulamentada". manutenção da "vitalidade" adquirida pela Segundo Pansera, o MCTI deve liderar o ciência brasileira no século 21. processo de regulamentação do Marco Legal. "Nós temos procurado trabalhar com as "Estamos trabalhando intensamente nisso. Nós ferramentas que temos em mãos, sem deixar de planejamos, até o final de março, colocar as pensar estratégias necessárias para que a ciência linhas gerais da proposta à disposição da brasileira continue respirando e retome assim sociedade brasileira, para que consigamos sua vitalidade", afirmou Pansera. "Dentro desse encaminhar e resolver isso em tempo mais curto contexto, consideramos determinante, possível".

Inscrições para o CNA Jovem se encerram nesta sexta-feira (25)

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juventude está com tudo no que diz respeito ao agronegócio no Espírito Santo. Pensando nesse potencial, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) criaram o programa CNA Jovem, que visa encontrar e capacitar novas lideranças que prometem impulsionar o setor assumindo a responsabilidade de incentivar o desenvolvimento no meio

rural. As inscrições para a edição estadual do programa de 2016 se encerram nesta sexta-feira, dia 25. O formulário está disponível no site da Faes - Federação da Agricultura e Pecuária do ES (www.faes.org.br). Os que não dispõem de internet, devem procurar a sede do SENAR-ES, em Vitória, ou o Sindicato Patronal do município que reside e se inscrever. O Programa estadual inicia a etapa de seleção para o nacional. Seu objetivo é atrair jovens e qualificá-los para desenvolver lideranças no agronegócio do País.

critérios de avaliação até a seleção final, prevista para o fim do ano. O Programa irá selecionar e preparar 20 jovens do meio rural para impulsionar ainda mais o setor agropecuário. Para o participante do CNA Jovem Estadual 2015 e integrante da Coordenação do Programa em 2016, Leoney José Soares Miranda, esta é uma ótima oportunidade de crescimento profissional e pessoal. “O CNA Jovem

abre uma grande porta para o mundo do conhecimento, principalmente dentro do setor agro. Além disso, proporciona a troca de experiência, o aprofundamento do conhecimento e aumenta a rede de networking”, afirma. Miranda completa que acima de tudo é importante que o jovem seja proativo, comunicativo, criativo e que tenha espírito de liderança, comprometimento e ética. INSCRIÇÕES Após preenchimento do formulário on-line, que se encontra no site da Faes, o documento deve ser enviado para o email: cnajovem-es@faes.org.br.

Para participar da primeira fase da etapa estadual é necessário ter idade entre 22 a 30 anos; ensino superior completo (em qualquer área); atuação, afinidade e interesse pelo setor rural; participação em iniciativas, ações ou experiências profissionais que denotem um grau mínimo de potencial de liderança.

Dentre os que realizarem as inscrições, 30 serão selecionados. Posteriormente, seguindo critérios do Programa, apenas 20 candidatos participarão do CNA Jovem Estadual, e desenvolverão um plano de ação. Por fim, dos oito candidatos que tiverem o melhor desempenho, três serão escolhidos para representar o estado no CNA Jovem Em seguida, serão realizados outros Nacional 2016, que acontece em Brasília.

Tel.: (27) 2141 0357


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GERAL

José Cruz/Agência Brasil

Dois autos da Paixão de Cristo nesta sexta (25)

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esta sexta (25), haverá duas encenações da Paixão de Cristo em Cariacica: a “22ª Peça Teatral Paixão de Cristo” e a “Nascimento, Vida, Paixão, Morte e Ressurreição”. Os dois eventos contam com o apoio da Prefeitura, que disponibilizará palco, som e iluminação cênica. A entrada é franca.

Satélite vai permitir universalização da banda larga em todo o País JORGE PACHECO

Já a encenação “Nascimento, Vida, Paixão, Morte e Ressurreição” acontecerá na praça de Bela Aurora, a partir das 20h. Ela também será ao ar livre e terá uma surpresa na cena da ressurreição. Incluindo os figurantes, cerca de 100 atores compõem o elenco. Para um maior conforto das pessoas idosas, elas poderão acompanhar o auto em cadeiras.

JORGE PACHECO

A “22ª Peça Teatral Paixão de Cristo” acontecerá na praça de Nova Brasília, a partir das 19h30. Trata-se de um espetáculo ao ar livre já tradicional no município e considerado um dos maiores da Grande Vitória. A equipe responsável é composta por aproximadamente 120 integrantes e trará um teatro totalmente renovado e contemporâneo, com cenas inéditas e uma surpresa no momento da

ressurreição. Assim como ocorre todos os anos, o diretor geral da atração, Wanderlei Thomas, atuará como o Cristo e seu filho de dois meses, Danilo Vieira Thomas, irá representar o menino Jesus. Haverá participação especial do maestro Geovane Rodrigues, com apresentação de 12 músicas.

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Além de internet, o satélite tem o objetivo de trazer mais segurança às comunicações estratégicas e militares do governo brasileiro, utilizando a banda X, faixa destinada exclusivamente ao uso militar. Segundo o comandante do Centro de Operações Espaciais, coronel Hélcio Vieira Júnior, o satélite vai cobrir todo o território brasileiro, o Atlântico Sul e grande parte da área de interesse do País, do Haiti até A construção do equipamento está a Antártica. sendo acompanhada pela Visiona, uma “Militarmente falando, ele vai empresa brasileira de cooperação entra possibilitar que façamos comando e controle de todos os tipos de ações em a Telebras e a Embraer. q Durante visita às obras da antena de u e a s F o r ç a s A r m a d a s e s t ã o monitoramento do satélite, no 6º envolvidas, desde combate a ilícitos nas Comando Aéreo Regional em Brasília, o fronteiras e ajuda humanitária até, se for ministro das Comunicações, André o caso, ações realmente militares”, disse. stão a todo vapor as obras de construção do centro de controle do satélite que vai levar internet de alta velocidade a regiões longínquas do País, onde ainda não é possível chegar com cabos de fibra ótica. O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas está sendo fabricado na França desde janeiro de 2014 e o lançamento deve ocorrer entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017.

Figueiredo, explicou que o equipamento é um grande instrumento para alcançar a universalização do acesso à internet, por meio da banda KA, dentro do novo Programa Nacional de Banda Larga.

FOTOS: JRP/ INTERNET

Shopping Mestre Álvaro

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“Queremos chegar, até o fim de 2018, com fibra ótica a 70% dos municípios brasileiros que representam 95% da população, propiciando não apenas a integração da população brasileira, mas o acesso ao conhecimento”, disse Figueiredo. “No restante onde não conseguirmos chegar com fibra ótica, vamos com satélite, que vai servir como redundância para que possamos chegar a locais mais longínquos, mesmo já cobertos com fibra ótica. Por exemplo, na Região Nordeste vamos chegar a Fernando de Noronha”, explicou. Segurança Nacional

O projeto do satélite geoestacionário é uma parceria entre os ministérios das Comunicações e da Defesa e tem investimento de R$ 1,7 trilhão. Hoje, segundo as pastas, as comunicações militares brasileiras são feitas por meio de aluguel da banda X em dois satélites privados, ao custo anual de R$ 13 milhões. Quando o satélite geoestacionário do Brasil entrar em operação, apenas um dos contratos será mantido, como garantia em caso de falha do novo satélite. O satélite geoestacionário, segundo o coronel Vieira, é o primeiro do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais, do Ministério da Defesa, que inclui vários grupos de satélites.


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GEOLOGIA

24 A 31 DE MARÇO DE 2016

Reprodução/Youtube

Cratera guarda memória de impacto de corpo celeste em SP DIVULGAÇÃO

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ma grande cratera, produzida pelo impacto de um objeto celeste, estende-se por uma área de 10,2 quilômetros quadrados na periferia do município de São Paulo. A formação geológica, denominada cratera de Colônia, situa-se a menos de 40 quilômetros do marco central da cidade, a Praça da Sé, na orla sudoeste da bacia hidrográfica Billings. Com o interior atulhado por sedimentos e a borda coberta pela vegetação, a cratera permaneceu ignorada até o início da década de 1960, quando as fotos aéreas e depois as imagens de satélite puseram em evidência sua forma circular característica. A primeira referência na literatura especializada data de 1961, com a publicação, no Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, do artigo “Estudos preliminares de uma depressão circular na região de Colônia: Santo Amaro, São Paulo”, assinado pelos professores Rudolph Kollert, Alfredo Björnberg e André Davino, da Universidade de São Paulo (USP). Mas, como estruturas circulares podem resultar de outros fatores, como o vulcanismo, por exemplo, persistiu por muito tempo a dúvida sobre se a cratera de Colônia havia sido realmente criada pelo choque de um corpo extraterrestre. Apenas em 2013, graças a uma pesquisa conduzida pelo geólogo Victor Velázquez Fernandez, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), f o r a m finalmente reunidas as evidências que comprovaram a hipótese do impacto. O estudo, q u e prosseguiu até 2015, teve o apoio da FAPESP: “Cadastramen t o d o s

elementos geológicos e geomorfológicos da cratera de Colônia para estabelecer uma estratégia de gestão e preservação ambiental”.

As perfurações, realizadas na área sedimentar, chegaram a 300 metros de profundidade, até encontrar a rocha dura.

Artigo relatando as evidências foi publicado por Velázquez e colaboradores no International Journal of Geosciences: “Evidence of Shock Metamorphism Effects in Allochthonous Breccia Deposits from the Colônia Crater, São Paulo, Brazil”.

Devido a uma cooperação então existente entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a EACH-USP, amostras de sedimentos, colhidas metro a metro, foram fornecidas à universidade para estudo.

Artigos posteriores do pesquisador enfatizaram também outro aspecto do tema, que é a caracterização dessa formação geológica como patrimônio natural e área a ser protegida e conservada: “The Colônia Impact Crater: Geological Heritage and Natural Patrimony in the Southern Metropolitan Region Of São Paulo, Brazil” e “The Current Situation of Protection and Conservation of the Colônia Impact Crater, São Paulo, Brazil”.

“Nas amostras coletadas, encontramos várias evidências. Uma delas, bastante forte, foi a evidência de transformação de vários minerais, em particular, quartzo e zircão. Para a transformação desses minerais é necessária uma pressão superior a 40 quilobars [40 mil vezes a pressão atmosférica padrão] e uma temperatura da ordem de 5 mil graus Celsius. Esses patamares de pressão e temperatura são característicos da potente liberação de energia resultante do impacto na superfície terrestre de um objeto proveniente do espaço interplanetário”, informou o pesquisador.

“O impacto produziu um buraco de 3,6 quilômetros de diâmetro, com cerca de 300 metros de profundidade e uma borda soerguida de 120 metros”, disse Velázquez à Agência FAPESP. “Mas, ao longo do tempo, e devido ao intenso processo de intemperismo característico do território brasileiro, esse buraco foi inteiramente preenchido por sedimentos e coberto pela vegetação, resultando em uma área plana circundada por colinas. Foi uma evolução muito diferente daquela ocorrida, por exemplo, na Cratera Barringer, no Arizona, Estados Unidos, onde a estrutura geológica ficou praticamente intacta devido ao ambiente desértico”. “No caso de Colônia, a forma circular perfeita, registrada nas fotografias aéreas, constituía forte indício de uma estrutura de impacto, formada pela colisão de um cometa ou asteroide na superfície terrestre. Mas não era, por si só, um dado suficiente para confirmá-la. Por isso, tivemos que partir para o estudo petrográfico, com a análise microscópica dos sedimentos”, prosseguiu o pesquisador. Segundo Velázquez, a coleta de material tornou-se possível devido a sondagens realizadas na região para fornecimento de água potável.

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Com esta e outras evidências do mesmo naipe, a hipótese do impacto foi demonstrada. E a cratera de Colônia encontra-se, agora, devidamente inventariada na Earth Impact Database (EID), uma base de dados internacional mantida pelo Planetary and Space Science Centre (PASSC), instalado na University of New Brunswick, Canadá. A EID contém a relação completa das 188 estruturas de impacto confirmadas em todo o mundo. VEJA


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SAÚDE

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analisaram amostras de sangue dos participantes em buscas de sinais de infecções passadas. Participantes que tiveram resultados positivos para exposição ao protozoário tiveram pontuação muito maior nas escalas de agressão. Descobriu-se ainda que participantes diagnosticados com IED tinham duas vezes mais chances de terem sido infectados com o parasita do que os que não apresentaram qualquer desordem: quase 22% dos diagnosticados com IED testaram positivo para o Toxoplasma gondii, comparados com 16,7% dos que tinham outras condições psiquiátricas e apenas 9% de indivíduos saudáveis. Comentando os resultados do estudo americano, Richard Holliman, microbiologista do St George's University Hospital, no Reino Unido, ressaltou que a existência de uma correlação entre a presença do protozoário e a IED não pode ser totalmente interpretada como uma consequência da toxoplasmose. "A questão é se a toxoplasmose causa o comportamento ou se o comportamento causa faz com que o indivíduo fique mais vulnerável à toxoplasmose. É uma daquelas discussões sobre a galinha ou o ovo", diz Holliman. A equipe da Universidade de Chicago admite que ainda precisa estabelecer se a infecção com o Toxoplasma gondii causa os surtos de raiva. Mas eles sugerem ainda que a infecção pode afetar o cérebro em uma série de outras maneiras, incluindo uma espécie de ativação do sistema imunológico. O doutor Lee recomenda cautela na interpretação dos resultados do estudo. "Ainda é cedo para que os resultados influenciem ações. Não queremos que ninguém se livre de seus gatos".

UNIVERSIDADE DE CHICAGO

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ientistas americanos sugerem que a irritação crônica pode ser resultado de um parasita no cérebro. De acordo com um estudo da Universidade de Chicago, adultos que sofrem de transtorno explosivo intermitente (IED, em inglês) – uma condição psicológica marcada por surtos de raiva em resposta a situações triviais – são mais propensos a terem sido infectados com o protozoário Toxoplasma gondii.

microcefalia.

Adultos com problemas imunológicos correm risco de vida. A doença frequentemente é assintomática, mas pesquisadores acreditam que seus efeitos são mais sérios do que se pensava – alguns estudos sugerem uma relação com a esquizofrenia e mesmo uma influência sobre o número de acidentes de trânsito. Pesquisas em ratos descobriram que roedores infectados podem simplesmente perder o medo de " S i t u a ç õ e s s o c i a i s gatos. normalmente são os detonadores O estudo da Universidade de para os surtos. No trabalho, pode Chicago, publicado no Journal of ser algum caso de frustração Clinical Psychiatry, descreve interpessoal, enquanto nas ruas como 358 adultos participaram pode ser levar uma 'fechada' de de um experimento para detectar outro carro", diz Royce Lee, um se seus níveis de impulsividade e dos autores do estudo. agressão estavam ligados à infecção com o parasita. Os participantes foram avaliados em uma série de aspectos, passando também pela ansiedade. Foram divididos em três grupos: um terço não tinha sinal algum de problemas psiquiátricos, um terço tinha IED, e o restante tinha alguma outra desordem psiquiátrica, como ansiedade ou depressão. Estima-se que, no Reino O s c i e n t i s t a s , e n t ã o , Unido, quase um terço dos adultos já foram infectados com o protozoário, que se aloja nos tecidos do cérebro. Em mulheres grávidas, a toxoplasmose está ligada a abortos espontâneos e defeitos congênitos, incluindo a O Toxoplasma gondii é um protozoário comum, que se reproduz em gatos e se espalha em suas fezes, e causa a toxoplasmose. Ele pode entrar no organismo humano por uma série de razões, inclusive com o consumo de carnes cruas ou indevidamente cozidas, bem como legumes e verduras que não foram lavados.

REUTERS

Pesquisa liga comportamento agressivo a parasita no cérebro

Pesquisas da zika terão verba de R$ 649 mi

U

m cro n o g rama d e açõ e s divulgado na quarta-feira, 23, pelo governo federal promete investir R$ 649,1 milhões nos próximos quatro anos em pesquisas sobre o vírus da zika e a microcefalia. As atividades incluem o desenvolvimento de testes diagnósticos e vacinas, o tratamento e a inovação em gestão de serviços de saúde, além de estratégias de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, além da dengue e da chikungunya. O anúncio integra as estratégias do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. "É um projeto ambicioso, que coloca o Brasil em um patamar de ponta em relação ao mundo todo", disse o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera. Os R$ 649,1 milhões virão do Ministério da Saúde, da Educação e da Ciência e Tecnologia. O g o v e r n o garante que os gastos estão previstos no orçamento e que nenhuma outra pasta ou programa será afetado. Outros R$ 500 milhões ficarão disponíveis em forma de crédito pelo

BNDES. Desse total, o banco oferecerá R$ 350 milhões para concessão de crédito ao setor privado, que poderão ser requisitados pelas empresas do complexo industrial da saúde para desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias para combater as doenças relacionadas ao Aedes. O dinheiro será liberado por meio das linhas e programas tradicionais do BNDES, como o BNDES Profarma (dependendo do subprograma, o prazo de pagamento pode ser de até 15 anos, com carência de 5). Os demais recursos (R$ 150 milhões) são não reembolsáveis, provenientes do BNDES Funtec, e estão sendo aplicados em duas iniciativas: desenvolvimento da vacina contra a dengue pelo Instituto Butantã (R$ 100 milhões) e plano de ação contra o zika da Fiocruz (R$ 50 milhões), que inclui o desenvolvimento de testes sorológicos e moleculares para diagnosticar a doença, além de pesquisas clínicas e apoio à investigação

de medicamentos e vacinas. O BNDES diz também que "tem condições de ampliar o montante de acordo com a demanda das empresas e entidades do setor público".

Senado aprova a fosfoetanolamina, a "pílula anticâncer"

O

Senado aprovou na noite de terçafeira (22) o projeto de lei que autoriza pacientes oncológicos a usarem a fosfoetanolamina sintética, substância conhecida como “pílula do câncer”. Segundo texto da Agência Senado, "o projeto autoriza produção, importação, prescrição, posse ou uso da substância independentemente de registro sanitário, em caráter excepcional, enquanto estiverem em curso estudos clínicos acerca do produto". O projeto agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. A substância, entretanto, não possui registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seu uso nunca foi testado em humanos. Os autores do texto

chegaram a contemplar a ausência do aval científico para a liberação da droga. De acordo com o artigo 2º do projeto de lei, "poderão fazer uso da fosfoetanolamina sintética, por livre escolha, pacientes diagnosticados com neoplasia maligna, desde que observados os seguintes condicionantes: laudo médico que comprove o diagnóstico e assinatura de termo de consentimento e responsabilidade pelo paciente ou seu representante legal". A substância, criada pelo professor aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) São Carlos, é distribuída há mais de 20 anos sem o registro da Anvisa.


cresce 25% a cada ano no ES 8

ECONOMIA

24 A 31 DE MARÇO DE 2016

Dois terços das indústrias têm prejuízos com falhas no fornecimento de energia elétrica

P

roblemas são mais frequentes na região Norte. Os setores que acumularam maiores perdas em razão de quedas na distribuição são os de extração de minerais não metálicos, de plásticos e de metalurgia. As falhas no fornecimento de energia elétrica têm causado prejuízos para a indústria brasileira. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 67% das empresas que utilizam a eletricidade como principal fonte em seu processo produtivo são impactadas de forma significativa em razão das interrupções no serviço. Os números apontam também que metade das empresas é afetada frequentemente (16%) ou eventualmente (34%) por falhas no abastecimento. Outros 44% se depararam com quedas de energia em “raras ocasiões” e apenas 4% responderam que nunca acontecem falhas. De acordo com a pesquisa, os problemas são mais frequentes no Norte, região onde o percentual de empresas que reclamam das falhas chega a 69%. Na sequência, aparecem o Centro-Oeste (55%), Sudeste (49%), Sul (45%) e Nordeste (42%). “Para a indústria, o maior problema da queda de energia é a paralisação da produção. Dependendo do tipo de empresa e da linha de produção que ela tem, há perdas de matéria-prima, produtos e horas de trabalho. São prejuízos consideráveis, que acabam se revertendo em recursos”, destaca o especialista em Políticas e Indústria da

CNI Roberto Wagner Pereira. SEGMENTOS - A indústria extrativa é o segmento atingido com maior frequência pelas quedas no fornecimento de energia. Segundo a pesquisa, 51% das empresas desse setor relataram prejuízos altos em decorrência das falhas do sistema. Na indústria de transformação, esse percentual recua para 35%, enquanto na construção fica em 14%. Já os setores nos quais as falhas causaram os prejuízos m a i s elevados são o s d e extração de minerais não metálicos ( 5 8 % afirmaram q u e o s prejuízos com as falhas são altos), de plásticos (55%) e de metalurgia (51%). A pesquisa revela ainda q u e a eletricidade é a principal fonte de energia para 79% das empresas consultadas, seguida pelo óleo diesel (4%), lenha (3%) e gás natural (2%).

Quando o assunto é preço, 93% das empresas que utilizam a energia elétrica como principal fonte de produção disseram ter notado a elevação do custo com energia, em 2015, enquanto 35% afirmaram que a alta na conta de luz impactou fortemente o custo de produção. Mais da metade (52%) tomou alguma medida para lidar com o aumento das tarifas no fim do ano passado, como a adoção de ações de eficiência energética, prática adotada por sete em cada dez

brasileira precisa adotar práticas perenes de uso racional da energia elétrica. O incentivo ao consumo responsável e a gestão transparente dos reservatórios devem ser prioridades na política nacional, uma vez que mais de 70% da matriz energética do país vem de fonte hídrica. Atualmente, a indústria responde por 38% do consumo total de energia elétrica no Brasil. O Ibope entrevistou 2.876 empresas – 1.143 pequenas, 1.070 médias e 663

Infográfico: Portal da Indústria

empresas pesquisadas. Na avaliação da CNI, a sociedade

grandes –, entre os dias 1º e 15 de outubro de 2015.

Desemprego atinge 9,5% no trimestre encerrado em janeiro

A

taxa de desemprego brasileira atingiu 9,5% no trimestre encerrado em janeiro e renovou o maior patamar da série iniciada em 2012, apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto trimestre do ano passado, a taxa havia ficado em 9%. A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 9,3% segundo a mediana das projeções.

0,7% sobre o trimestre de agosto a outubro e de 1,1% sobre o mesmo trimestre de 2015. Analistas consideram que o mercado de trabalho deve deteriorar ainda mais ao longo deste ano, dada a expectativa de profunda retração da economia. Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, aponta que a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) sofra contração de 3,6% este ano, depois de despencar 3,8% em 2015. O cenário de grave crise política enfraquece ainda mais a confiança de forma generalizada, afetando as decisões de investimento e contratações.

"A expectativa é de que as condições do mercado de trabalho se deteriorem mais, com a taxa de desemprego alcançando dois dígitos no curto prazo, dada a expectativa de que a economia tenha outra profunda contração em 2016", projetou o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, em Segundo o IBGE, a população nota. desocupada somou 9,6 milhões de A Pnad Contínua substituirá a partir de agora a Pesquisa pessoas, o que indica uma alta de 6% em relação ao trimestre de agosto a outubro Mensal de Emprego (PME), que leva em consideração de 2015 e um acréscimo de 42,3% ante apenas as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A igual trimestre de 2015. última divulgação da PME ocorreu na véspera, apontando Já a população ocupada somou 91,7 taxa de desemprego de 8,2% em fevereiro. milhões de pessoas e registrou queda de No mesmo período do ano anterior, o índice havia batido 6,8%. O resultado janeiro também ficou acima dos 9% registrados no trimestre encerrado em outubro de 2015 (9%).


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