Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 192
21 a 28 de fevereiro/2017 Serra/ES
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fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br
Polícia francesa está treinando águias para combater o terrorismo PÁG.4
Estudantes que perderam os prazos de matrícula devem procurar uma das escolas da rede estadual PÁG.3
ONG Educar para Crescer retoma ciclo de palestras PÁG.3
Idiomas ameaçados
de extinção
Estados terão de privatizar empresas para contar com ajuda do governo federal PÁG.5 IZADORA RORIZ
Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos já atendeu mais de mil aves no ES PÁG.2 Pág.4
VEJA
Pelo menos 43% das seis mil línguas catalogadas ao redor do mundo estão ameaçadas de extinção. Só no Brasil, são 190 dialetos em risco Pág.6 THINKSTOCK
Brasil é recordista em casos de depressão na América Latina
PÁG.7
Osmar Serraglio vai assumir o Ministério da Justiça PÁG.5 SAMSUNG/DIVULGAÇÃO
Chegou o novo Galaxy A5 PÁG.4
2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias 21 a 28 de fevereiro de 2017
Instituto capixaba trata mais de mil animais marinhos, em seis anos IZADORA RORIZ
Resex Cazumbá-Iracema (AC): Combate ao desmatamento e inclusão social estão entre as prioridades definidas para criação de unidades de conservação ao longo do ano LETÍCIA VERDI/MMA
Ministério analisa novas áreas protegidas O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estuda a criação de novas áreas protegidas em território brasileiro. Em reunião, secretários do MMA e representantes dos órgãos vinculados definiram prioridades para o processo de criação de unidades de conservação ao longo deste ano. O objetivo é aliar proteção da biodiversidade a agendas como mudança do clima, desenvolvimento sustentável e inclusão social. Uma das prioridades do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o incremento das unidades de conservação contribui para o combate ao desmatamento e para o corte de emissões de carbono. O secretário de Mudança do Clima e
Florestas do MMA, Everton Lucero, destacou a importância da medida para o alcance das metas que o País assumiu no contexto internacional. “A ampliação das áreas protegidas é fundamental dentro do setor de mudança do uso da terra e florestas”, explicou. O aumento das áreas protegidas em território nacional reforçará a liderança brasileira na agenda ambiental. Bráulio Dias, que atuou nos últimos cinco anos como secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, ressaltou o papel de destaque do País. “O Brasil tem muita visibilidade e r e c e p t i v i d a d e internacional”, declarou. Segundo ele, a conjuntura
atual é a mais favorável. “É preciso estreitar a cooperação das agendas de clima e biodiversidade”, acrescentou. O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, afirmou que o objetivo é envolver todos os setores para o estabelecimento de novas áreas de proteção e para o funcionamento das que já existem. “Vamos buscar a participação de vários segmentos na criação e na gestão das unidades de conservação”, explicou. Soavinski enfatizou que o diálogo entre os diversos setores será a base do processo.
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) funciona em um local que pode ser definido como quase bucólico: do lado esquerdo de quem entra, uma mata sugere ares de localidade do interior. Já do lado direito, o apito dos trens também reforça essa impressão. É exatamente nesse cenário que funciona o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram). Desde 2010, o instituto já atendeu mais de 1.000 aves marinhas, em sua maioria pinguins, e cerca de 200 tartarugas. Além desses animais, o Ipram já auxiliou no tratamento e também no resgate de alguns mamíferos marinhos de maior porte, como é o caso do elefante-marinho conhecido como Fred, que frequentemente aparece pelas praias capixabas necessitando de cuidados. Em quantidade, os pinguins são os animais marinhos que mais ocupam o centro de reabilitação para tratamento. Durante o inverno, essas aves típicas do Polo Sul, sobem a costa do Atlântico em direção ao Norte, seguindo correntes
marinhas em busca de alimento. Entretanto, nos últimos anos, os pinguins começaram a se aproximar muito da costa do mar, chegando a encalhar nas praias. O Ipram passou, então, a tratar as aves que, depois de reabilitadas, são soltas e retornam ao seu habitat. A recuperação de animais marinhos acontece durante todo o ano. O período de maior trabalho é durante o inverno, quando muitos pinguins e tartarugas chegam ao mesmo tempo no centro de tratamento. O Ipram, entre junho e julho de 2012, chegou a receber mais de 400 pinguins para reabilitação, vindos da Bahia e do Rio de Janeiro. O médico veterinário e diretor-presidente do Ipram, Luís Felipe Mayorga, alerta para os cuidados que as pessoas devem tomar ao encontrar algum animal nas praias. Há um tratamento diferente para cada espécie. As tartarugas devem ser colocadas na sombra e mantidas úmidas, já os pinguins e outras aves devem ser mantidos secos e aquecidos e nunca devem ser molhados ou colocados em caixas com gelo. Essa é uma
orientação importante. Mayorga acredita que hoje as pessoas estejam mais conscientes em como reagir ao encontrarem esses animais. “Hoje em dia a população está bem informada. O trabalho das organizações não governamentais (ONGs) e dos órgãos governamentais, divulgando informações e conscientizando sobre o assunto, vem ajudando a educar as pessoas”, afirma. Ele ainda falou sobre como é importante a consciência ambiental de todos. “Jogar lixo nas ruas e em valões acaba prejudicando os animais, pois toda essa poluição vai parar no mar”, disse Mayorga. Atualmente estão recebendo cuidados 17 tartarugas marinhas; três atobás, aves marinhas que nascem em Abrolhos, na Bahia; e um trintaréis-das-rocas, ave oriunda do Atol das Rocas, no Nordeste do Brasil. Pela primeira vez essa espécie está sendo tratada pelo Ipram. A ave chegou fraca e magra, com esgotamento energético, mas após os cuidados já apresentou significativas melhoras.
Floresta nativa da Mata Atlântica
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EDUCAÇÃO & CULTURA 3 21 a 28 de fevereiro de 2017
fatos & notícias
Livre pensar Propostas para Rouanet são apresentadas a produtores Luiz Fernando Sarmento
Veneno para Crianças
N
um mundo tão maluco como é o que vivemos, a todo momento me pego querendo que outras pessoas se modifiquem, para que este mundo seja modificado. E quase sempre a alteração de comportamento de outras pessoas está fora do meu limite de atuação. Gostaria que as pessoas que detêm o poder público fossem racionais e humanas, sábias, atuantes, ternas e de bom humor. Mas não tem jeito, não conseguem enxergar muitas soluções que parecem óbvias a pessoas que permanecem vivas. Um exemplo próximo a todos nós é a televisão, com programas influindo d i r e t a m e n t e n o comportamento de quem os assiste: com o moralismo, o
preconceito, a violência, a fofoca quase sempre presentes. E se são crianças os espectadores, a tristeza se multiplica: quase 24 horas por dia a televisão está deformando adultos do futuro. O homem aprende do que vê, ouve, tateia, cheira, bota na boca e sente. Desde criança transforma-se no que lhe é apresentado como modelo. Enfim: o homem amanhã deverá ser fruto do que hoje aprende e sente. Quem hoje vê na TV a violência como ato rotineiro, talvez rotineiramente conviverá com a violência. E naturalmente outros exemplos de todos os momentos contribuem também para a deformação de homens de amanhã.
Ontem mesmo não nos disseram que éramos a esperança do futuro? Nós não somos marcados pelos modelos que nos foram apresentados? O futuro de ontem não é agora? Sinto-me impotente diante de tantas mudanças necessárias: o meu poder de influência sobre o atual estado das coisas é mínimo. O que fazer? De tudo isto e de não sei o que mais, veio a necessidade de refletir sobre um homem novo. Falo por mim, cheio de dúvidas. Sem a certeza absoluta nas reflexões e nos resultados. A certeza de agora, o que acredito agora, tento traduzir. www.luizsarmento. blogspot.com
ONG Educar para Crescer retoma ciclo de palestras HAROLDO FILHO
A ONG Educar para Crescer retomou as palestras que sempre fizeram parte das ações sociais realizadas nas comunidades carentes. Com o tema “O papel da família na inclusão da pessoa com deficiência”, realizada na Igreja de Deus no Brasil, a psicóloga Júlia Fontana levou às famílias esclarecimentos que visam proporcionar qualidade de vida. Para o coordenador da ONG, Haroldo Filho, estas palestras servem para unir instituição e comunidade. “A importância dessas palestras está na aproximação da instituição com a comunidade menos
favorecida. Podemos abordar temas que enriquecem e melhoram a convivência entre eles”, Haroldo. Responsável pela igreja, o p a s t o r Hildebrandes S o u z a , agradeceu o apoio e a participação da ONG. “Quero agradecer de todo coração esse trabalho de esclarecimentos feito pela ONG que, neste ano, se iniciou na Igreja de Deus no
As alterações que estão sendo propostas para regular pontos da Lei Rouanet foram apresentadas pelo ministro da Cultura, Roberto Freire, a representantes da Associação dos Produtores de Teatro Musical (APTM). O encontro ocorreu no gabinete do ministro, em Brasília, no último dia 20. A revisão dos normativos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet, será por meio de uma Instrução Normativa (IN), visando seu aprimoramento. O novo regulamento será publicado pelo Ministério da Cultura (MinC) em breve. "Nosso setor, ao contrário do que o senso comum aponta, ainda não é forte o suficiente para caminhar sozinho. Precisamos do incentivo da Lei Rouanet e acreditamos que a revisão deva trazer métricas mais apropriadas para as produções de teatro musical", apontou a presidente da APTM,
Ministro Roberto Freire recebeu representantes da Associação dos Produtores de Teatro Musical ACÁCIO PINHEIRO/ASCOM MinC
Cristina Morales, que agradeceu a disponibilidade do ministro em receber os representantes da associação. Questões referentes a venda de ingressos no valor de meiaentrada e a importância de democratizar o acesso do público a projetos apoiados pela Rouanet foram outros temas na pauta da reunião. O MinC trabalha na modernização do sistema da Lei Rouanet para aumentar a segurança na fiscalização, alinhado aos órgãos de
controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União. A IN também trará teto de valor para os projetos culturais com o objetivo principal de promover a descentralização da cultura brasileira. O secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, José Paulo Martins, participou da reunião, assim como outros representantes da APTM.
Estudantes que perderam os prazos de matrícula devem procurar uma das escolas da rede REPRODUÇÃO
Brasil. Ações como esta são muito importantes para a comunidade que tem participado. Espero que este trabalho continue, pois tem grande relevância para a população”, disse.
Os estudantes que perderam os prazos e não solicitaram vaga na rede pública estadual ou que desejam optar por uma vaga remanescente em outra unidade escolar já podem realizar a solicitação em uma das 500 escolas da rede estadual. “As famílias que ainda não matricularam seus filhos devem ir o quanto antes até uma escola da rede estadual e efetuar a matrícula para que os estudantes possam iniciar as
atividades letivas”, ressalta o secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha. Para os que estão fora da escola e desejam realizar uma matrícula nova podem solicitar escola na qual deseja ingressar, caso haja vaga.
Aquele que deseja transferência para outra unidade escolar, deve solicitar essa transferência na escola de origem, onde já está matriculado, e as solicitações serão atendidas mediante existência de vaga na escola para a qual deseja a transferência. Já para o estudante que deseja trocar de turno na mesma escola, a solicitação deve ser realizada na escola em que está matriculado e frequentando a aula.
4 CIÊNCIA & TECNOLOGIA 21 a 28 de fevereiro de 2017
fatos & notícias
Nasa descobre sistema solar com três França está usando águias para planetas que podem abrigar vida destruir drones terroristas NASA/JPL-CALTECH
Polícia francesa está treinando quatro águias-douradas para interceptar objetos voadores em pleno voo
Foram encontrados 7 exoplanetas parecidos com a Terra - e a agência espacial afirma que achar a "Segunda Terra" é só uma questão de tempo Nunca encontramos tantos planetas parecidos com o nosso de uma só vez. A Nasa acaba de anunciar que no sistema TRAPPIST-1, a apenas 39 anos-luz daqui, existem 7 exoplanetas similares à Terra – e três deles têm grandes possibilidades de conter água líquida. O TRAPPIST-1 foi um sistema descoberto no ano passado, na constelação de Aquário. Durante 10 meses, a Nasa observou a região na busca de sinais de planetas. O telescópio Spitzer observou alguns objetos massivos que passavam na frente da estrela principal do sistema. Depois de muitas observações, conseguiu concluir que se tratavam, de fato, de planetas. E não de qualquer tipo: esses objetos têm tamanho e massa semelhantes à da Terra. Os primeiros indícios mostram que os sete também são planetas rochosos como o nosso. Já a estrela do sistema não parece nada com o Sol: é mais fria e muito menor que o nosso astro. Até agora, não se imaginava que sistemas tão menores e com estrelas mais frias que o Sol teriam chance de abrigar vida. Mas essa diferença funciona bem
para os planetas: o sistema é pequeno, mas extremamente compacto. Os planetas ficam tão próximos um do outro que a gravidade dos vizinhos acaba afetando a duração da órbita ao redor da estrela principal. É o equivalente cósmico a um vagão lotado de metrô fazendo uma curva. Com uma estrela mais fria, eles também podem estar mais grudados nela e mesmo assim terem uma temperatura viável para o desenvolvimento da vida. Essa região ideal de proximidade e temperatura é chamada de zona habitável. Planetas que ficam nesta área não são nem muito quentes nem muito frios – têm a temperatura amena o suficiente para que a água possa existir em estado líquido. Dos sete planetas anunciados, três estão na zona habitável e têm características promissoras para a existência de oceanos na superfície. É uma quantidade imensa de potenciais novas Terras para um sistema tão pequeno. Para os pesquisadores, a descoberta de tantos mundos habitáveis de uma vez é sinal de que encontrar a segunda Terra é uma
missão possível. “Já não é uma questão de se [vamos encontrá-la], mas, sim, quando”, falou o diretor Thomas Zurbuchen. Entretanto, para confirmar se encontramos novos lares, faltam informações que a tecnologia agora nem tem c o n d i ç õ e s d e p r o v e r. Precisamos saber mais sobre a atmosfera desses planetas e que tipo de gás ela contém. É preciso encontrar alguma forma de gás estufa, como o CO2, para que o planeta fique quentinho. Para investigar essas questões, a Nasa precisa esperar o lançamento do telescópio James Webb, o equipamento mais avançado que já existiu para examinar objetos astronômicos a longas distâncias. Por enquanto, teremos que nos contentar em descobrir mais sobre a órbita desses planetas – que, inclusive, foram nomeados apenas como Trappist a, b, c, d, e, f, g e h. “Todos os apelidos que pensamos para eles são baseados em cervejas belgas”, falaram os cientistas, “mas acho que não vamos poder chamá-los assim”. Quem sabe, no próximo século, estaremos embarcando em direção à Stella Artois. (SUPERINTERESSANTE)
Para se prevenir contra a espionagem e possíveis ataques realizados por drones, a força aérea francesa resolveu colocar as “garras de fora” – ou melhor, usar as garras contra o terrorismo. Para isso, está treinando quatro águiasdouradas para destruir drones inimigos em seu espaço aéreo. O quarteto de aves é formado por D'Artagnan, Athos, Porthos e Aramis (sim, o nome dos mosqueteiros) e vive em uma base aérea em Montde-Marsan, no sudoeste da França. Durante o treinamento, as águias perseguem os drones em alta velocidade, cobrindo uma área de 200 metros em apenas 20 segundos e interceptando o objeto em pleno voo. Quando chega ao solo, o animal cobre o eletrônico com suas asas, como forma de proteção. E como recompensa, recebe um pedaço de carne.
REUTERS/REGIS DUVIGNAU
Especialistas acreditam que as águias podem lidar com esses aparelhos de forma mais segura, sem a necessidade de usar armas de fogo. O governo teme que grupos terroristas possam usar drones com explosivos para atingir civis ou instalações militares no país. A precaução tem fundamento. Há algumas semanas, soldados iraquianos foram atingidos por uma bomba lançada por um pequeno objeto voador
(desses que podem ser comprados em lojas de brinquedos) e tentaram, sem sucesso, derrubá-lo dando tiros ao alto. A ideia de usar aves de rapina foi da polícia holandesa, que já empregava águias treinadas para interceptar drones no ar. Usando seus instintos biológicos, como visão aguçada e alta velocidade, esses animais são caçadores natos e já demonstram hostilidade natural a um zangão. (SUPERINTERESSANTE)
Novo Galaxy A5 é resistente a água e tem visual sofisticado O smartphone da Samsung vem com vidro curvo na traseira e sua bateria é de 3.000 mAh SAMSUNG/DIVULGAÇÃO
A versão 2017 do Galaxy A5 evoluiu em vários aspectos em comparação à geração anterior. Agora, a memória RAM é de 3 GB (em vez dos 2 GB) e o armazenamento interno subiu de 16 GB para 32 GB – há espaço para cartão microSD de até 256 GB. Além disso, a bateria ficou levemente maior, passando de 2.900 mAh para 3.000 mAh. Algumas características inéditas são a proteção IP68, que torna o dispositivo resistente à água e à poeira, e a porta USB-C, que promete carregar a bateria em menos tempo. O que mais mudou foi o visual do aparelho. Ele tem vidro curvo na parte traseira, deixando o smartphone mais
ergonômico. As cores também receberam um novo tratamento: o preto é reluzente e o rosa é um pouco mais fosco, dando um ar sofisticado ao aparelho. Já a tela do A5 continua Full HD de 5,2 polegadas. Ambas as
câmeras do dispositivo têm sensores de 16 megapixels. Com processador Exynos 7880 e leitor de impressões digitais, a versão 2017 do smartphone da Samsung está à venda no site da marca por 1.999 reais.
21 a 28 de fevereiro de 2017
BRASIL 5 fatos & notícias
REPRODUÇÃO
José Serra reassume mandato de senador REPRODUÇÃO
O ex-ministro das Relações
Estados terão de privatizar empresas para contar com ajuda federal Os estados interessados em aderir ao regime de recuperação fiscal precisarão apresentar contrapartidas relacionadas a privatizações e aumento de alíquotas previdenciárias de servidores ativos, inativos e pensionistas. Isso, caso o Congresso aprove a matéria na forma como foi encaminhada pela Presidência da República. De acordo com o documento enviado à Agência Brasil pela Casa Civil, fica estabelecido que, para aderirem ao regime de recuperação fiscal, os estados terão de implementar medidas como autorizar a privatização de empresas dos setores financeiro, de energia e de saneamento. O projeto apresenta também como contrapartida dos estados a elevação da
alíquota de contribuição previdenciária dos servidores públicos ativos, inativos e pensionistas para, no mínimo, 14%. Se necessário, acrescenta o projeto, serão cobradas também alíquotas extraordinárias e temporárias desses servidores. Ainda dentro das contrapartidas está a redução de incentivos ou benefícios tributários; a revisão do regime jurídico único de servidores estaduais da administração pública direta, autárquica e fundacional; a instituição, se cabível, do regime de previdência complementar; a proibição de saques em contas de depósitos judiciais; e a realização de leilões de pagamento considerando prioridade para pagamentos com maior
desconto. O projeto apresenta também as condições financeiras necessárias e as proibições que caberão aos estados para que possam aderir ao regime de recuperação fiscal, bem como as prerrogativas que caberão ao Estado (governo federal). Além disso, detalha como serão feitos e quais serão as finalidades dos financiamentos e das operações de crédito a serem contratados e como serão os processos de encerramento e de extinção do regime de recuperação fiscal. O projeto explica ainda como será a feita a supervisão de todo o processo e quais serão as atribuições do conselho responsável por essa supervisão.
Exteriores, José Serra (PSDB-SP), já reassumiu seu mandato de senador. Em ofício encaminhado nesta quinta-feira (23) à Mesa Diretora do Senado, Serra comunicou seu retorno às atividades na Casa e seu nome já foi, inclusive, reincluído no painel eletrônico do plenário. Serra pediu demissão do cargo de ministro na quartafeira (21) alegando problemas de saúde. Ele estava à frente do Itamaraty desde o início do governo de Michel Temer, em setembro do ano passado. A saída dele do governo foi considerada uma “surpresa” pelos colegas senadores, inclusive os do próprio partido. O líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC), disse que a decisão de Serra “surpreendeu a todos” e que ele vinha “realizando um trabalho exemplar” à
frente do MRE. “Mas as razões expostas pelo agora ex-ministro são suficientes para justificar a tomada da decisão”, afirmou o líder tucano em nota à imprensa. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Edison Lobão (PMDB-MA) também comentou a volta de Serra ao Senado. Para ele, Serra “é um político e um administrador de grande porte” e suas razões para
deixar o governo devem ser levadas em consideração. Lobão citou alguns dos cargos de relevância ocupados por Serra, como a prefeitura e o governo de São Paulo, além do Ministério da Saúde, e lembrou que ele já apresentou no Senado “projetos de grande densidade”, que ainda estão sendo examinados nas comissões
Deputado do PMDB assumirá Ministério da Justiça VEJA
Após a aprovação de Alexandre de Moraes como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer escolheu o deputado federal Osmar Serraglio (PMDBPR) como novo ministro da Justiça e Segurança Pública. O nome dele ganhou força após a negativa do advogado Carlos Velloso, que recusou o convite alegando motivos particulares. Com a escolha, a bancada do PMDB consegue seu objetivo e assume mais um
ministério de peso na Esplanada. O ponto alto da carreira do parlamentar foi em 2005, quando ele, um deputado inexperiente em segundo mandato foi escolhido para ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que desencadeou o escândalo e o posterior julgamento do Mensalão. Quando foi escolhido, a expectativa era de que ele, como um parlamentar integrante da base aliada do governo Lula (PT), fosse o nome perfeito para que a
CPI terminasse sem prejuízos maiores ao governo. Mas não: o relatório produzido por ele baseou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF em 2006, que resultou na condenação de figuras importantes do PT, como o ex-ministro José Dirceu. Durante o julgamento do Mensalão, em 2012, Serraglio deu entrevista onde manifestou seu descontentamento com quem dizia que o escândalo não existiu. “Não admito que se diga isso. Em matéria de provas, nossa CPI foi muito consistente. Relatamos as evidências que colhemos – não inventamos nada”, afirmou à época.
GERAL 6 21 a 28 de fevereiro de 2017
fatos & notícias
Quase metade dos idiomas irá desaparecer, segundo a Unesco Na última terça-feira (21) foi celebrado o Dia Internacional da Língua Materna, estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), desde 1999. Na ocasião, a entidade alertou para o perigo que os idiomas correm, já que, de acordo com a última estimativa da organização, pelo menos 43% das seis mil línguas catalogadas ao redor do mundo estão ameaçadas de extinção. Só no Brasil, são 190 dialetos em risco, segundo o relatório da Unesco. De acordo com a última estatística da organização, atualizada em 8 de fevereiro deste ano, 2.465 idiomas foram catalogados como 'em perigo'. A Unesco acredita que, em todo o mundo, 229 línguas já foram extintas desde 1950, dez delas apontadas apenas na última atualização. O Brasil é um
RICARDO MORAES/REUTERS/VEJA
Em 2017, 2.465 idiomas foram catalogados como 'em perigo' pela instituição
dos países com mais línguas ameaçadas, junto aos Estados Unidos (191) e Índia (197). No entanto, a entidade alerta que os números podem ser ainda maiores, visto que ainda há muitas línguas das quais não se obtiveram dados mais concretos.
Para a Unesco, a internet pode ajudar na manutenção desses idiomas, com registros e dicionários. Mas, ainda mais importante para a entidade, é a educação multilíngue, quando o ensinamento começa na língua materna da criança e
depois engloba, pelo menos, dois outros idiomas. No entanto, segundo a Unesco, 40% da população mundial não têm acesso à educação em sua língua materna, o que contribui para o desaparecimento de dialetos. O ensino em idiomas
dominantes para sociedades de grande diversidade étnica t a m b é m e s t a r i a frequentemente ligado a problemas de desigualdade social e cultural. Nesse ano, o órgão pediu que a educação mundial inclua a língua materna das crianças, especialmente nos primeiros anos do ensino básico. “Faço um apelo para que o potencial da educação multilíngue seja reconhecido em todos os lugares, nos sistemas e d u c a t i v o s e administrativos, nas expressões culturais e nos meios de comunicação, no ciberespaço e no comércio”, disse Irina Bokova, diretorageral da Unesco. No caso do Brasil, dos dialetos em perigo, 97 foram categorizados como 'vulneráveis' pela Unesco. Nesse caso, a maioria das crianças da etnia fala o idioma, mas ele está restrito a certos domínios. Outras
dezessete línguas foram contabilizadas como 'definitivamente em perigo' – quando os jovens não aprendem mais a língua materna em casa. Dezenove foram classificadas como 'severamente em perigo' – quando a língua só é falada por avós e gerações mais velhas, mas os pais podem entendê-la, apesar de não a falarem entre si ou com seus filhos. Outras 45 estariam em 'perigo crítico' – quando apenas os avós entendem a língua e eles só a falam parcialmente e de vez em quando. Doze línguas brasileiras foram consideradas 'extintas' pelo relatório – quando não se tem conhecimento de falantes vivos. São elas: Amanayé, Arapáso, Huitoto, Krenjê, Máku, Múra, Nukiní, Torá e Yurutí da região amazônica; Umutina, antes encontrada no Mato Grosso, e Xakriabá, do norte de Minas Gerais.
Inadimplência em universidades Escola Família Agrícola incentiva agroextrativismo no Norte de Minas particulares cresce 8,1% A inadimplência de estudantes de universidades particulares avançou 8,1% em 2016 ante o ano anterior, aponta estudo da Serasa Experian. O resultado representa, entretanto, uma desaceleração nos calotes das mensalidades universitárias ao final de 2015 em relação a 2014, quando foi constatada alta de 16,5% dos casos de inadimplência. No acumulado entre 2014 e 2016, houve aumento de 38,4%. Segundo o economistachefe da Serasa Experian,
Luiz Rabi, a desaceleração em 2016 ocorreu, principalmente, a partir do segundo semestre do ano. “O mercado parou de piorar no segundo semestre. Primeiramente, por causa da inflação menor, que ajuda o consumidor a não ter sua renda corroída. Além disso, houve um esforço grande do consumidor em tentar sair da inadimplência”, explicou. Ele apontou, porém, que há espaço para melhora. “Ainda é um início de normalização, agora em 2017 a tendência é de melhora”.
A avaliação da Serasa Experian para este ano é de que “provavelmente esse crescimento (da inadimplência) fique cada vez mais fraco”. “Temos uma melhora no cenário macroeconômico, com queda da inflação e dos juros. Acreditamos numa certa estabilidade em 2017, podendo até recuar um pouco”, afirmou. O estudo também observou o pagamento de mensalidades da educação particular nos ensinos Infantil, Fundamental e Médio. Na comparação entre 2016 e 2015, a inadimplência deste segmento superou ligeiramente o verificado no E n s i n o S u p e r i o r, c o m avanço de 8,5%. Já no resultado acumulado de 2014 a 2016, a variação ficou positiva em 22,7%.
Com pouco mais de sete anos de atuação no norte de Minas Gerais, a Escola Família Agrícola (EFA) Tabocal tem demonstrado que é possível formar jovens para desenvolver atividades no campo e ser protagonistas das grandes mudanças que o Brasil precisa. Com o apoio do WWFBrasil e uma gama ampla de parceiros, 33 alunos, que vivem na zona rural, a maioria filhos de agricultores familiares, concluíram o curso técnico em agropecuária em 2016 e saíram preparados e conscientes de que é plenamente possível trabalhar sustentavelmente a terra e adquirir conhecimentos que permitam optar em permanecer no campo e v i v e r b e m d o agroextrativismo.
“Muitos aqui já viram os filhos deixarem o sítio da família para tentarem a vida na cidade grande. A EFA tem provado que outras realidades são possíveis. Até porque a área técnica abre um leque muito grande, mas, mais importante do que isso é a preocupação da escola em formar pessoas que ajudem o ambiente em que vivem com suas famílias”, contou Nilva Vieira da Paz, diretora da EFA Tabocal. A Escola Família Agrícola recebe alunos que já concluíram o ensino fundamental e eles fazem ao
mesmo tempo, o ensino médio e o ensino técnico, seguindo o princípio da pedagogia da alternância, em que os jovens passam quinze dias na escola e outros quinze dias na pequena propriedade da família onde aplicam os conhecimentos que aprenderam. Tudo isso, sem ter que deixar a vida rural e a agricultura familiar. Se a escolha for enfrentar o mercado de trabalho, o estudante formado pela EFA Tabocal pode ser inserido profissionalmente, graças ao diploma obtido.
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SAÚDE 7 fatos & notícias
Brasil é recordista em casos de depressão na América Latina Organização Mundial da Saúde revelou também que o Brasil lidera na América Latina o ranking de pessoas com algum tipo de transtorno de ansiedade O Brasil tem a maior taxa de pessoas com depressão na América Latina e uma média que supera os índices mundiais. Dados publicados nesta quinta-feira (23) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 5,8% da população nacional seja afetada pela depressão. A taxa média supera a de Cuba, com 5,5%, a do Paraguai, com 5,2%, além de Chile e Uruguai, com 5%. Ainda de acordo com o levantando, no mundo, 322 milhões de pessoas sofrem de depressão, 18% a mais do que há dez anos. O número representa 4,4% da população do planeta. A doença já é a que mais contribui com a incapacidade no mundo. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano, a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Entre os sexos, globalmente, as mulheres são as principais afetadas, com 5,1% delas com o problema, versus 3,6% dos homens. Em números absolutos, metade dos 322 milhões de vítimas da doença vivem na Ásia. A organização também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo – e, em alguns países, menos de 10% dos casos – recebe ajuda médica. As barreiras incluem falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico. “A depressão é diferente de flutuações habituais de humor e respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida
cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou severa, a depressão pode se tornar um sério problema de saúde. O fardo da depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em ascensão em todo o mundo”, destacou a organização em comunicado. Além da depressão, a entidade indica que, pelo mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6% da população mundial. O número representa uma alta de 15% em comparação a 2005. Uma vez mais, o Brasil lidera na América Latina, com 9,3% da população com algum tipo de transtorno de ansiedade. Em relação à média mundial, a taxa do País é três vezes superior. Os índices brasileiros também
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ultrapassam de forma substancial as taxas identificadas nos demais países da região: 7,6% no Paraguai, 6,5% no Chile e 6,4% no Uruguai. Como na depressão, em
números absolutos, o Sudeste Asiático é a região que mais registra casos de transtornos de ansiedade: 60 milhões (23% do total mundial). No segundo lugar vêm as Américas, com 57,2
milhões (21% do total). A OMS estima ainda que, a cada ano, as consequências dos transtornos mentais gerem uma perda econômica de 1 trilhão de dólares para o mundo.
Ministério da Saúde convoca nova geração Dados de febre amarela no Espírito Santo a usar camisinha Os 43 casos confirmados Afonso Cláudio (02), Irupi Até o dia 21 de fevereiro, a Incentivar o uso de preservativos, principalmente entre os jovens, é o foco da campanha de prevenção para o Carnaval deste ano, lançada pelo Ministério da Saúde. Com o slogan “No Carnaval, use camisinha e viva essa grande festa!”, as peças publicitárias trazem o panorama de 260 mil pessoas vivendo com HIV e que
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ainda não estão em tratamento, e também de 112 mil brasileiros que têm o vírus e não sabem disso. Além de prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis, como a Aids, o uso contínuo da camisinha também evita a gravidez indesejada. Os jovens são o foco da campanha, já que essa é a faixa
etária que menos usa camisinha. Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica queda no uso regular do preservativo entre os que têm de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.
Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) recebeu 183 notificações de suspeita de febre amarela. Dezoito notificações foram descartadas. Do total de 165 casos, 43 foram confirmados para febre amarela silvestre, sendo que 14 casos evoluíram para óbito – Ibatiba (03), Colatina (02), Itarana (02), Irupi (02), Laranja da Terra (01), Pancas (01), Muniz Freire (01), Santa Maria de Jetibá (01) e Afonso Cláudio (01) – e 29 receberam alta hospitalar.
são de moradores de Ibatiba (13), Colatina (05), Itarana (03), Baixo Guandu (03), Laranja da Terra (03), Brejetuba (02), Itaguaçu (02), Conceição do Castelo (02), Pancas (02), São Roque do Canaã (02),
(02), Muniz Freire (01) e Castelo (01). Com isso, há 122 casos em investigação com quadro indicativo também de leptospirose, febre maculosa, dengue e outras doenças com sintomas semelhantes.
8 ECONOMIA 21 a 28 de fevereiro de 2017
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