Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 199
16 a 23 de abril/2017 Serra/ES
Distribuição Gratuita
fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br
MEC quer ampliar literatura em Braille nas escolas PÁG.4 SUS
João Santana diz ter Capes financia projetos de mentido sobre caixa 2 em recuperação de áreas da bacia campanha de Dilma PÁG. 5 do rio Doce PÁG. 2
Economia
Ministério apresenta impacto de acidentes de trânsito no SUS
Safra de cana-de-açúcar é estimada em 647,6 milhões de toneladas PÁG.11
DIVULGAÇÃO SEMAS
Pág.4
Exposição "ÀWA NÌ Nós por Nós!", no Mucane, é prorrogada até maio PÁG.3 CENTRO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA MONGÓLIA
Pág.8 Evento em Portugal aborda estratégias intersetoriais para prevenção dos acidentes de trânsito e redução de seus impactos sobre os sistemas de saúde REPRODUÇÃO INTERNET
Venezuelanos invadem roraima à procura de atendimento médico PÁG.10
Arqueólogos restauram múmia de 1.100 anos que usava "par de tênis" PÁG.7 Tecnologia nuclear do Ipen já foi aplicada em 20 mil objetos e bens culturais no Brasil PÁG.6
2 MEIO AMBIENTE 16 a 23 de abril de 2017
fatos & notícias
Capes financia projetos de Nenhum hectare recuperação de áreas da bacia do rio Doce afetadas por desastre a menos! Arte: ACS/MEC
SOS MATA ATLÂNTICA
Por meio do projeto cerca de 30 hectares da bacia do rio Doce, afetada por desastre ecológico há mais de um ano, já foram recuperados e apresentam resultados positivos
.O Observatório do Clima, reunido em assembleia em Atalanta (SC), lançou na noite da última quarta-feira (12) uma carta em protesto contra o ataque coordenado do Congresso Nacional e do governo de Michel Temer à proteção ambiental e aos direitos dos povos tradicionais. O documento lista a série de retrocessos promovidos pelo governo e por seus aliados parlamentares nos últimos meses, no que talvez seja a maior ofensiva antiambiental desde a Constituição de 1988. E alerta que o movimento põe em risco as metas climáticas do País, além da segurança de toda a sociedade. Entre as vítimas estão as unidades de conservação – comissões especiais do Congresso reduziram a
proteção de 1,1 milhão de hectares em apenas dois dias, votando propostas enviadas pelo próprio Palácio do Planalto na forma de Medidas Provisórias; as terras indígenas, com a nomeação de Osmar Serraglio (PMDB-PR), um radical da bancada ruralista, para o cargo de ministro da Justiça; as terras públicas, com a proposta da MP 759; e o licenciamento ambiental. “Após avanços significativos na redução da taxa de desmatamento e na demarcação de terras indígenas e criação de unidades de conservação na década passada – mantendo ao mesmo tempo forte crescimento econômico, safras recorde e geração de empregos –, o Brasil parece retroceder à década de 1980,
quando era um pária internacional devido à destruição acelerada de seu patrimônio natural e à violência no campo”, diz a carta. O País que gosta de se vender ao mundo como parte da solução da crise do clima voltou a ser um problema. A mesma a g r o p e c u á r i a propagandeada como a mais sustentável do mundo é a responsável pela grilagem de terras públicas, pela retirada de direitos de povos e comunidades tradicionais e pequenos agricultores e por rasgar os compromissos domésticos e internacionais de redução de emissões”.
“
Equipe de pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (UFV) tem recuperado as áreas de cultivo degradadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), sem retirar os rejeitos. O projeto é um dos 16 contemplados pelo edital da C o o r d e n a ç ã o d e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) voltado a propostas de recuperação da bacia hidrográfica do rio Doce, nas áreas afetadas pelo desastre ocorrido há mais de um ano. O trabalho começou a ser desenvolvido poucos dias após o acidente que afetou a bacia do rio Doce com toneladas de rejeitos de mineração. Coordenado pelo pesquisador Carlos Ernesto Reynaud Schaefer, da UFV, o projeto terá agora o apoio do edital da Capes para ampliar o campo de atuação. Cerca de 30 hectares entre os municípios de Barra Longa e Rio Doce, em Minas Gerais, já foram recuperados e apresentam resultados positivos para produção agrícola por meio de técnicas de correção de solo. São utilizados métodos de
cobertura com materiais agrícolas, aliados à correção do solo com adubação ou calcário. Outros 90 hectares estão em tratamento ou pesquisa. A expectativa é levar as técnicas desenvolvidas para os locais de cultivo ao longo da bacia. São cerca de 500 hectares com potencial de serem recuperados. “A gente quer que isso seja replicado para, se possível, todas as áreas que foram afetadas. A nossa estratégia é tentar tratar e remediar com o mínimo impacto adicional”, e x p l i c a o p e s q u i s a d o r. “Apesar de ser um acidente que gerou uma catástrofe ambiental sem precedentes, estamos utilizando essa lição como uma possibilidade de desenvolver uma tecnologia que seja apropriada para esses casos”. Lançado em abril de 2016, o edital tem como objetivo apoiar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação. As propostas devem ser desenvolvidas em r e d e , d e f o r m a m u l t i d i s c i p l i n a r, e e m diferentes instituições de educação superior. Além da Capes, o edital é promovido
pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Agência Nacional de Águas (ANA). As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor total e s t i m a d o d e R $ 11 , 2 5 milhões. Desses, R$ 4 milhões são oriundos da Capes para financiar despesas de custeio e bolsas de pós-doutorado de instituições de todo o território nacional. Outros R$ 4 milhões são da Fapemig, para bolsas de pesquisa em Minas Gerais. A Fapes irá financiar outros R$ 2 milhões voltados a instituições do Espírito Santo. O CNPq destinará R$ 1 milhão para despesas específicas com bolsistas que tenham tido o projeto aprovado por uma das outras agências. A ANA colocará à disposição R$ 250 mil para financiar exclusivamente despesas de capital de redes de pesquisa contratadas pela Capes.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
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16 a 23 de abril de 2017
O que significa
déjà vu?
CULTURA 3 fatos & notícias
Exposição "ÀWA NÌ - Nós por Nós!" é prorrogada até 13 de maio no DIVULGAÇÃO SEMAS
Déjà vu é o termo utilizado para indicar quando alguém tem a impressão de já ter visto algo Você já viu uma pessoa pela primeira vez e pensou que a conhecesse de algum lugar? Ao conversar com alguém, percebeu que já havia falado exatamente as mesmas palavras? Isso é o Déjà vu. A expressão francesa, que significa “já visto”, é usada para indicar um fenômeno que acontece no cérebro da maior parte da população mundial. O termo foi aplicado pela primeira vez por Émile Boirac (1851-1917), um e s t u d i o s o interessado em fenômenos psicológicos. Déjà vu é quando nós vemos ou sentimos algo pela primeira vez e temos a sensação de já ter visto ou experimentado aquela
pessoas. Déjà vu também não é uma visão do futuro, uma vez que o fenômeno ocorre somente em momentos exatos, e jamais em situações anteriores. Na verdade, a sensação é REPRODUÇÃO c a u s a d a p o r u m estado do cérebro, por fatores neuroquímicos. Os especialistas afirmam que o déjà v u é u m a experiência baseada na memória e que os centros de memória do cérebro são os responsáveis pelo fenômeno. Os déjà vus acontecem inválida, uma vez que essas principalmente nas pessoas ocorrências nunca poderiam de 15 a 25 anos. recriar a situação com exatidão, devido à falta de sentimento associada a cada Tiago Dantas acontecimento na vida das Equipe Brasil Escola sensação anteriormente. Diversas teorias errôneas, como vidas passadas ou visões sobrenaturais, surgiram para explicar o fenômeno. Já a hipótese de que verdadeiramente já seu viveu aquela cena antes é
Festival do Japão é tema de reunião no Ministério da Cultura
Toshio Ichikawa, deputada Keiko Ota, ministro Roberto Freire e Jarbas Prado EDSON LEAL/ASCOM MinC O ministro da Cultura, Roberto Freire, recebeu em Brasília, o presidente do Festival do Japão, Toshio Ichikawa; o coordenador do evento, Jarbas Prado, e a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP). Durante o encontro, Ichikawa convidou o ministro para participar da abertura do evento, que ocorrerá entre 7 e 9 de julho deste ano, na cidade de São Paulo. Nas
últimas edições, o evento contou com apoio da Lei Rouanet. Nesta edição, o Festival completa 20 anos e terá como tema principal 20 Anos de Integração, Harmonia e Cultura. Na programação, há atrações culturais, danças típicas, shows, culinária regional das províncias japonesas, exposições culturais, workshops e cerimônia do
chá. Além disso, haverá área reservada para crianças, que contará com oficinas gratuitas. O ministro da Cultura lembrou, durante a reunião, que o Brasil tem uma das maiores comunidades japonesas do mundo e se mostrou predisposto a participar da abertura. O evento deve atrair 150 mil pessoas ao longo dos três dias. O Festival é organizado, desde 1998, pela Federação das Associações de Províncias Japonesas no Brasil (Kenren). Devido a sua repercussão e importância, foi incluído no Calendário Turístico do Estado de São Paulo e no Calendário Oficial de Eventos da cidade de São Paulo. (MinC))
São 3 2 com j fotograf i Núcle ovens aten as produz id d o Afr o Od idos pelo as omod ê A exposição "ÀWA NÌ - Nós por Nós!", em cartaz no Museu Capixaba do Negro " Ve r o n i c a d a P a s " (Mucane), que se encerraria nesta quarta (19), foi prorrogada. A mostra fotográfica pode ser visitada até o dia 13 de maio, de terça a sexta-feira, das 12 às 19 horas, sempre com entrada gratuita. O trabalho apresenta 32 fotografias produzidas com jovens atendidos pelo Núcleo Afro Odomodê. O ensaio fotográfico contou com a participação de 15 jovens. Na ocasião, os modelos utilizaram roupas,
acessórios, turbantes e penteados que valorizam e reforçam a cultura africana e afro-brasileira. Durante a exposição "ÀWA NÌ - Nós por Nós!", o Mucane recebeu escolas e projetos sociais para atividades que, a partir do material fotográfico que compõe o trabalho, aproximam esses visitantes da cultura afro-brasileira e de temas contemporâneos, como o racismo e a identidade, além das expressões da cultura negra. "As visitas à exposição e a vivência do espaço do museu vêm para fortalecer
nossos vínculos com públicos de diversas faixas etárias, apresentando e fortalecendo o debate sobre situações de racismo, o lugar do corpo preto e a diversidade de gênero, através da arte-educação", disse a coordenadora do Mucane, Thaís Amorim. A exposição "ÀWA NÌ Nós por Nós!" é uma realização do projeto Núcleo Afro Odomodê e integra as atividades alusivas ao Dia Internacional da Luta contra a Discriminação Racial, celebrado no dia 21 de março.
Meia Maratona das Cataratas abre inscrições Uma das corridas de PNI/ICMBio rua mais queridas e tradicionais do Brasil, que recebe milhares de participantes de diversos locais do País e conta também com a presença de muitos estrangeiros, todos amantes do esporte e da natureza, a 10ª Meia Maratona das Cataratas está as áreas naturais e despertar com inscrições. Elas podem a i m p o r t â n c i a p a r a a conservação da ser feitas até o dia 26. biodiversidade. Somado ao desafio A décima edição do esportivo, a meia maratona do Parque Nacional do evento, em 4 de junho, fará Iguaçu busca promover a parte das atividades da integração das pessoas com unidade de conservação
f e d e r a l e m comemoração à Semana Mundial do Meio Ambiente. Este ano, a meia maratona oferece aos participantes uma novidade: o percurso de 8 quilômetros, além dos tradicionais 21 quilômetros. A ideia é possibilitar que mais pessoas, mesmo que seja para uma leve caminhada com os amigos, também possam participar deste grande evento ecoesportivo e curtir um momento mágico junto à natureza.
4 EDUCAÇÃO 16 a 23 de abril de 2017
fatos & notícias
do Enem são MEC quer ampliar Resultados aceitos por mais duas literatura em Braille universidades de Portugal nas escolas RAFAEL CARVALHO/MEC
A professora Helena Pereira acredita que a leitura em Braille é como um “divisor de águas” na vida da criança cega
“Era uma vez uma bruxinha que tinha mais de mil anos de idade e gostava muito de brincar com as amigas fadas no pé da colina onde morava”. Quem conta essa história é Clara de Souza, de oito anos, numa referência a apenas um entre os vários livros infantis que existem na biblioteca de sua escola. Como toda criança que gosta de ler, Clara tem uma imaginação sem limites. Cega, a menina foi alfabetizada em Braille e é rápida com a ponta dos dedos. “A história da bruxinha eu li em dez minutos”, conta, orgulhosa. Clara estuda no Centro de Ensino Especial de D e f i c i e n t e s Vi s u a i s (CEEDV) de Brasília. Atualmente, a instituição tem cerca de 90 crianças matriculadas em atendimento curricular
específico – atividade paralela às aulas nas escolas inclusivas de educação básica regular. A professora Helena Pereira explica que os livros infantis são aliados na estimulação da criança cega. “Por meio deles, a gente trabalha a gramática e metodologia das palavras e isso ocorre de uma forma muito lúdica”, observa. Segundo a professora, a leitura em Braille é como um “divisor de águas” na vida da criança, já que ganha mais autonomia. “ Te m l i b e r d a d e p a r a imaginar por meios próprios, entrando em contato mais direto com a narrativa”, destaca. Helena cita o caso de uma aluna que gostava dos livros de Monteiro Lobato, especialmente as histórias da série Sítio do Picapau Amarelo, e lamenta não ter
na biblioteca toda a coleção do escritor brasileiro em Braille. No próximo dia 24, representantes do Fundo N a c i o n a l d e Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Diretoria de Políticas de Educação Especial do MEC e das editoras responsáveis pela confecção de livros didáticos estarão reunidos em Brasília, a fim de discutir a produção e novos formatos acessíveis à leitura para estudantes com deficiência visual – em Braille e publicação eletrônica no formato ePub. “Virá um engenheiro de software com bastante conhecimento em acessibilidade. Esperamos, com isso, ampliar a oferta de materiais, incluindo infantis”, adiantou Patrícia Raposo, diretora de Políticas Especiais da Secretaria de Educação Continuada, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC. O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, observa que as formas de leitura mudam de acordo com o tempo. Destaca, por exemplo, os novos leitores do século 21, que já utilizam, além dos livros, outras plataformas, a exemplo de tablets e aparelhos eletrônicos. “Cada vez mais, as fronteiras são superadas. Para falar com alguém que resida do outro lado do planeta, basta um clique”, aponta. O secretário destaca que a leitura segue como ferramenta importante de aprendizado, independente do meio, em livro tradicional ou em aparelhos eletrônicos. “É por isso que os especialistas ressaltam cada vez mais a importância da leitura de bons livros. Além do prazer da leitura, os livros contribuem para a formação de um forte caráter”, ressalta. (MEC)
Estudantes brasileiros que se candidatam a vagas em instituições de ensino em Portugal têm mais duas opções de ingresso. Por meio de um convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Te i x e i r a ( I n e p ) , a Universidade Lusófona de H u m a n i d a d e s e Te c n o l o g i a s , e n t i d a d e privada de Lisboa, e o Instituto Politécnico de Setúbal, instituição pública de ensino superior politécnico, já aceitam os
resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na seleção de estudantes brasileiros. Com a adesão, sobe para 22 o número de instituições portuguesas a reconhecer o Enem como instrumento de avaliação.
(Portal MEC)
POLÍTICA 5 16 a 23 de abril de 2017 VAGNER ROSÁRIO/VEJA.COM
fatos & notícias
João Santana diz ter mentido sobre caixa 2 em campanha de Dilma PAULO LISBOA/FOLHAPRESS
OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA FRAUDES NA CAIXA PARTICIPAÇÕES A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (19) a Operação Conclave que investiga possíveis fraudes na compra de ações do Banco PanAmericano pela Caixa Participações S.A. (Caixapar). O inquérito apura a responsabilidade de gestores da Caixa Econômica Federal (CEF), além de investigar possíveis prejuízos causados a correntistas e clientes. Cerca de 200 policiais cumpriram, desde cedo, 46 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília. "A decisão ainda determinou a indisponibilidade e bloqueio de valores de contas bancárias de alvos
das medidas cautelares. O bloqueio alcança o valor total de R$ 1,5 bilhão", diz a nota da PF. De acordo com as investigações, alguns núcleos criminosos foram identificados, entre eles, "o núcleo de agentes públicos, responsáveis diretos pela assinatura dos pareceres, contratos e demais documentos que culminaram com a compra e venda de ações do Banco PanAmericano pela Caixapar e com a posterior compra e venda de ações significativas do Banco PanAmericano pelo Banco BTG Pactual S/A". Outro núcleo, o de consultorias, segundo a PF, emitia pareceres para
legitimar os negócios realizados. E o núcleo de empresários que, "conhecedores das situações de suas empresas e da necessidade de dar aparência de legitimidade aos negócios, contribuíram para os crimes em apuração". Segundo a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de gestão temerária ou fraudulenta, além de outros delitos que possam vir a ser descobertos. As punições para esses crimes podem chegar a 12 anos de reclusão. O nome da operação faz referência à forma sigilosa com que foram tratadas as negociações e alude ao ritual (Conclave), no Vaticano, para a escolha do papa. (Agência Brasil)
STJ decide manter prisão de Antônio Palocci Por unanimidade, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão do ex-ministro Antônio Palocci pela Operação Lava Jato. Os ministros da Quinta Turma entenderam que a prisão preventiva de Palocci, decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, é necessária para garantia da ordem pública e combater o atual quadro de "corrupção sistêmica e serial".
Palocci e mais 14 pessoas são réus em uma ação penal relatada por Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba. Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Federal, a empreiteira Odebrecht tinha uma “verdadeira conta-corrente de propina” com o PT, partido do ex-ministro. Para os investigadores, a conta era
gerida por Palocci, e os pagamentos a ele eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – responsável pelo pagamento de propina a políticos – em troca de benefícios indevidos no governo federal. A defesa de Palocci nega as acusações e sustenta que Sérgio Moro é parcial na condução do processo. (Agência Brasil)
Os marqueteiros João Santana e Mônica Moura afirmaram nesta terçafeira (18) que receberam dinheiro de caixa 2 para coordenar a campanha de Dilma Rousseff à presidência da República, e m 2 0 1 0 . E m depoimentos anteriores, o casal havia dito que os pagamentos recebidos na Suíça eram referentes a campanhas realizadas fora do Brasil. “Na época, ainda atordoado pela prisão, preocupado com a estabilidade política e com a própria manutenção no cargo da presidente Dilma, eu menti”, afirmou Santana ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Esta é a primeira vez que os publicitários são ouvidos na condição de delatores, após homologação do acordo de colaboração pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O casal disse ter recebido ao menos R$ 15 milhões entre 2010 e 2011 como pagamentos não registrados para a campanha do PT ao Planalto. Parte desse
dinheiro também teria sido referente a trabalhos que os marqueteiros realizaram posteriormente, em 2012, para candidatos do partido em pleitos municipais e para a campanha de Hugo Chávez à presidência da Venezuela, segundo os depoimentos. Além disso, Santana e Mônica afirmaram que os pagamentos de caixa 2 eram feitos pela Odebrecht em espécie, quando no Brasil, ou em depósitos na conta off-shore Shellbill, na Suíça. O casal também revelou ter trabalhado na campanha de Mauricio Funes à
“Caixa 2 é regra” Durante a audiência, Mônica Moura disse a Sérgio Moro que o pagamento de campanhas eleitorais por meio de caixa 2 é a regra no Brasil. “Não acredito que exista no País um único marqueteiro que trabalhe apenas com caixa 1. É uma exigência dos partidos que a maior parte [dos recursos] esteja em caixa 2”, ressaltou. A marqueteira também disse que o casal sempre tentou que os pagamentos fossem feitos dentro da legalidade. “Mas a explicação que sempre nos
deram é que o partido não podia porque campanha é muito cara. Marketing é caro, para ser bem feito. Com pouco, se faz campanha mal feita. Campanha bem feita, como televisão bem feita, como novela bem feita, como filme bem feito, é caro”. João Santana afirmou ter caído em uma “armadilha” construída pelas suas próprias convicções. Ele disse que criou um "duplo escudo mental" que o permitiu seguir adiante com o recebimento de
presidência de El Salvador, em 2009, a pedido do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mônica Moura disse a Moro que havia um interesse do PT que um partido de esquerda vencesse aquele pleito. “Em vinte anos de democracia naquele país, até então a direita sempre havia ganhado todas as eleições. Esse [Funes] foi o primeiro candidato de esquerda que ganhou uma eleição em El Salvador”, explicou a publicitária. Este trabalho rendeu a ambos R$ 5,3 milhões, pagos também pela Odebrecht. pagamentos ilegais. “Um [escudo] social e externo, que era a doutrina do senso comum do caixa 2, e outro interno, que é 'recebo pelo trabalho honesto que estou fazendo'”, explicou. O publicitário também falou que foi cúmplice de um sistema eleitoral corrupto e negativo. “Não estou aqui, demagogicamente, dizendo que eu não tinha culpa, que só fui vítima disso, não; eu fui agente disso. Não que os grandes responsáveis sejam marqueteiros, mas acho que é o momento de os próprios marqueteiros abrirem os olhos sobre isso, e da Justiça também”, completou Santana. (Agência Brasil)
TECNOLOGIA 6 16 a 23 de abril de 2017
fatos & notícias
Tecnologia nuclear do Ipen já MCTIC vai monitorar desmatamento, foi aplicada em 20 mil objetos queimadas e emissões de gases no Cerrado e bens culturais no Brasil Com um custo de US$ 9,25 milhões, o projeto é financiado pelo Banco Mundial e executado pelo Inpe em parceria com universidades federais. Primeiros dados sobre desmatamento devem ser divulgados em julho deste ano
IPEN
WWF
Radiação gama é usada para proteger quadros, livros, esculturas, instrumentos e mobílias da destruição provocada por fungos e insetos A tecnologia nuclear já permitiu a preservação de 20 mil peças culturais, incluindo obras de artistas brasileiros como Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e Alfredo Volpi. Usando a radiação gama, os pesquisadores estão conseguindo eliminar fungos e insetos, protegendo acervos e bens culturais. A tecnologia será apresentada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) durante a Conferência de Cooperação Técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que será realizada entre 30 de maio a 1º de junho, em Viena, na Áustria. "O problema no Brasil é o clima, a umidade e os desastres naturais. Temos uma quantidade maior de fungos e cupins do que outros países, e eles podem ser destrutivos para livros, pinturas, peças de madeira,
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
móveis, esculturas e arte moderna", explica o pesquisador Pablo Vásquez, coordenador do Irradiador Multipropósito de Cobalto60 do Centro de Tecnologia das Radiações do Ipen, que é ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Segundo Vásquez, cada peça recebe uma dose específica de radiação para evitar danos. Esta quantidade é definida após cuidadosa análise feita por meio de diferentes técnicas, incluindo radiografia, fluorescência e difração de raios-X. Em alguns casos, as técnicas revelam detalhes "escondidos", como o tipo de pigmento que o artista usou, o que ajuda a identificar o método de preservação mais adequado. Ele lembra que a tecnologia também já foi usada em livros, mobílias de
vários museus brasileiros e instrumentos musicais, destacando que as obras não são expostas à radiação, pois podem ser mantidas em caixas fechadas. "A tecnologia de radiação tornou-se parte essencial do nosso processo de conservação. Juntando esses dois mundos, estamos preservando nossa herança e descobrindo detalhes do nosso passado de uma maneira que nunca tínhamos feito antes", afirma o pesquisador. Ele conta que o Ipen deve receber, do Equador, três múmias que foram atacadas por insetos e fungos. "Estou contente que especialistas e organizações internacionais estejam colocando cada vez mais importância na preservação do patrimônio cultural, porque nosso patrimônio é o que representa a identidade da nos s a nação. D evemos continuar a trabalhar para protegê-lo", defende. (MCTIC)
Um projeto coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vai monitorar o desmatamento do Cerrado e disponibilizar informações sobre riscos de incêndios florestais e estimativas de emissões de gases do efeito estufa. Com um custo de US$ 9,25 milhões, financiados pelo Banco Mundial, o projeto deve divulgar os primeiros dados sobre a área desmatada em julho deste ano. Já chamado de Prodes Cerrado, em referência ao Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), executado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o projeto estabelece a construção de um novo sistema para atender as características do bioma. "Na Amazônia, quando você tem uma área desmatada, imediatamente o satélite reconhece: tinha floresta e agora não tem mais. No Cerrado, a gente não tem essa facilidade. Pode ser uma queimada ou um incêndio, mas é preciso saber se esse incêndio aconteceu por acúmulo de
biomassa, se ocorreu naturalmente ou se foi proposital", explicou o coordenador de Biodiversidade e Ecossistemas do MCTIC, Roque Neto. Realizado em parceria com as universidades federais de Goiás (UFG) e de Minas Gerais (UFMG), além do Inpe, o projeto, que Roque Neto classifica como "ambicioso", prevê a reclassificação das características da vegetação do Cerrado pelos pesquisadores durante o monitoramento. Hoje, segundo ele, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica o Cerrado em 15 tipos, mas o Prodes Cerrado vai reavaliar isso para 27 tipos. "São muitos tipos de cobertura vegetal, e a gente precisa alargar o entendimento do que seja esse bioma. Então, nosso projeto vem justamente tratar dessas especificidades do Cerrado, para que a gente possa, com precisão, avaliar o desmatamento e os riscos de incêndio e fazer estimativas de emissão de gases", disse. O segundo passo é desenvolver o sistema de
informação sobre riscos de incêndios florestais e estimativas de emissões de gases do efeito estufa. "O Inpe e a UFMG vão tentar aprimorar o que já existe hoje sobre riscos de incêndio no Brasil. Eles já fazem isso rotineiramente. Por isso, vamos aportar recursos para aprimorar o sistema que já existe. Além disso, vamos colaborar com os cálculos de estimativas de efeito estufa dentro do bioma Cerrado". Para o coordenador do MCTIC, o Prodes Cerrado vem cobrir uma importante lacuna no monitoramento deste bioma, que não recebeu a devida atenção por causa do esforço institucional para frear o desmatamento da Amazônia. "Uma vez já consolidado o Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite, a gente precisava agora cuidar do segundo maior bioma brasileiro, que tem mais de 2 milhões de quilômetros quadrados. A gente precisava olhar para o que vinha acontecendo dentro dele". (MCTIC)
16 a 23 de abril de 2017
CIÊNCIA 7 fatos & notícias
Aranha flerta com quem vê Arqueólogos restauram na frente e morre por isso múmia de 1.100 anos que A dancinha peculiar feita pelos machos é também um instrumento de defesa, que impede as fêmeas que não gostaram da aproximação de partir para a briga
usava "par de tênis"
VASEKK/iSTOCK
Além do calçado, o corpo foi enterrado com uma bolsa, uma faca, um espelho, um pente, uma sela e pedaços de um cavalo inteiro
Se tem um bicho que não tem medo de “levar toco”, este é o macho de aranha-saltadora. Na balada da vida selvagem, eles costumam tentar conquistar toda e qualquer fêmea que veem pela frente – até as que não são da sua espécie. Mesmo sem a garantia de que terão sucesso, testam com cada uma um flerte elaborado, cheio de movimentos frenéticos e uma cantoria bem particular. Esse comportamento sem noção, no entanto, tem função ainda mais nobre do que evitar o trauma da rejeição: impedir que a potencial parceira se irrite com a insistência e parta para a briga. Ao mesmo tempo que atirar para todos os lados aumenta a probabilidade de sucesso, a chance de arrumar encrenca t a m b é m s o b e consideravelmente. Ser pouco seletivo, no entanto, não é uma escolha. As aranhas-saltadoras macho
não têm a habilidade de identificar se a fêmea que tentarão cortejar é da mesma espécie – o que pode ser fatal. De acordo com a pesquisa, publicada no periódico científico PLOS One, cerca de 18% dos machos acabam sendo atacados durante essas tentativas de aproximação. Isso acontece porque elas, além de mais irritadiças, são normalmente maiores e melhores caçadoras. Para não virarem estatística, os machos apostam na autoconfiança. E ela começa pela aparência: diferentemente das fêmeas, feitas em um marrom desbotado, eles têm detalhes coloridos na cabeça e patas. Para chamar ainda mais atenção, os barulhos e movimentos frenéticos completam o pacote. Aí é torcer pelo melhor. Esperar que a performance conquiste a respectiva, ou na pior das hipóteses, possa intimidá-la,
fazendo-a desistir da ideia de atacar. Analisando a corte e a cópula dessas aranhas, os pesquisadores encontraram 42 interações diferentes. Mais da metade delas foi entre indivíduos maduros sexualmente, o que mostra a complexidade do processo de conquista, que leva grande parte da vida para ser aperfeiçoado. Foi escolhido para análise o gênero Habronattus, que conta com cerca de 100 espécies de aranhas-saltadoras. Os pesquisadores da Universidade da Flórida e da Arizona State University focaram no estudo de quatro delas (H. clypeatus, H. hallani, H. hirsutus, e H. pyrrithrix). Graças a essa brincadeira de esconde-esconde, há uma possibilidade deles não virarem jantar – e quem sabe, iniciar uma breve, mas intensa, história de amor. (SUPERINTERESSANTE)
CENTRO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA MONGÓLIA
Em 2016, arqueólogos descobriram um estranho objeto nos pés de uma múmia, encontrada no topo das Montanhas Altai, na Mongólia, a mais de 2.800 metros: o cadáver usava o que parecia ser um estranho par de tênis Adidas. Mas só parecia. Na época, sem comentar o curioso achado, o Ministério da Arqueologia da Mongólia se limitou a dizer que "a múmia encontrada mostra que as pessoas daquela época tinham bastante habilidade com ferramentas". Um ano depois, as respostas para o mistério c o m e ç a m a s u r g i r. A restauração do objeto
revelou que, na verdade, os calçados eram um par de botas de feltro de cano alto, listradas com um padrão preto e vermelho, com solas de couro e fivelas decorativas. "Quando nosso achado se tornou público, as faixas foram confundidas com um tênis Adidas. Nesse sentido, ele é um objeto de estudo interessante para os etnógrafos, especialmente porque o estilo é muito moderno", explicou Galbadrakh Enkhbat, diretor do Centro do Patrimônio Cultural da Mongólia, ao jornal The Siberian Times. Apesar de acharem que a múmia tinha mais de 1.500
anos, os arqueólogos descobriram que ela tinha, n a v e r d a d e , aproximadamente 1.100 anos. Os estudos indicam que se trata do cadáver de uma mulher que morreu por causa de um golpe pesado na cabeça, a julgar pelo trauma no crânio. Além do "tênis", a mulher foi enterrada com uma bolsa, uma faca, um espelho, um pente, uma sela e pedaços de um cavalo. A equipe ainda planeja realizar novos exames de DNA, mas não existem dúvidas de que se trata da múmia mais fashion já descoberta.
(REVISTA GALILEU)
8 SAÚDE
16 a 23 de abril de 2017
fatos & notícias
Ministério apresenta impacto de Governador Valadares sofre com surto de chikungunya acidentes de trânsito no SUS REPRODUÇÃO
Para contribuir à construção de medidas globais que possam minimizar os riscos de acidentes de trânsito, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi, participou, na terça-feira (18), do Colóquio Internacional da Conferência Lusofrancófona da Saúde (Colufras), onde apresenta o panorama brasileiro. Somente em 2014, mais de 40 mil mortes foram registradas por acidentes de trânsito e outras 170 mil internações foram contabilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Tendo em vista o grave cenário, o secretárioexecutivo apresentou em Lisboa os protocolos e políticas de promoção da Saúde e atenção às urgências e emergências do
Ministério, que visam contribuir para reverter a situação. Responsável pela cobertura de 77% da população brasileira, o SAMU 192, por exemplo, teve 340 ambulâncias renovadas em janeiro. O Programa Vida no Trânsito, de fortalecimento de políticas de prevenção de lesões e mortes, também contribui para mudanças positivas. Desde sua implantação em 2010, houve redução de 33% em média no número de óbitos nas capitais brasileiras e cidades paulistas de Campinas (SP) e Guarulhos (SP), e paranaenses de Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais, que executam o programa. O secretário-executivo reforçou ainda que a pasta contribui com as discussões intersetoriais para a tomada de medidas como a adoção
de uma legislação de trânsito rígida, a exemplo da lei seca adotada em 2008, e da lei da cadeirinha, de 2010, que estabelece padrões de segurança para transporte de crianças menores de dez anos. Ademais, participa de campanhas como o Rodovida, operação de fiscalização e comunicação integrada entre Ministérios da Justiça, Cidades, Transporte e Saúde. Além das ações específicas mencionadas, o Ministério da Saúde trabalha de maneira transversal para prevenir e reduzir as mortes prematuras, os traumas que geram incapacidade em idade produtiva, o aumento dos custos assistenciais e a sobrecarga dos serviços de saúde, que poderiam ser evitados.
(Ministério da Saúde)
Júlio Barros
novembro de 2015, os moradores não se sentem seguros para tomar a água, considerada potável pelo serviço de saneamento e esgoto da região. Segundo a aposentada Edna Tereza Linhaus, 56, mais de 10 pessoas estão infectadas pela doença na rua onde mora, inclusive ela, e a sua mãe, de 82 anos. A professora Mary Francis de Souza, 51, esteve internada por três vezes. “12 dos meus 23 alunos foram abatidos pela febre chikungunya”, relata desolada. Ta m b é m h á p e s s o a s infectadas nos bairros vizinhos. Ivaldete Ribeiro, 57, moradora do bairro São Pedro, foi vítima da Chikungunya ao mesmo tempo que o esposo e a mãe.
Os casos de Chikungunya em G o v e r n a d o r Va l a d a r e s , correspondem a 63% das notificações da doença em todo o Estado de Minas Gerais. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, apenas em janeiro de 2017 foram notificados 706 casos, número maior que todas as notificações de 2016, que foram 500. A escalada do Chikungunya começou no primeiro mês do ano. Em fevereiro, o número já era quatro vezes maior: em apenas 28 dias, foram computadas 2.826 notificações. Até o dia 27 de março, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 1.320 casos prováveis. Os números já são assombrosos para um Estado. A epidemia no município assusta ainda mais quando se descobre que seus familiares e vizinhos fazem parte das estatísticas. É o caso dos moradores do bairro Santos Dumont, que andam assombrados com a epidemia de Chikungunya. O mosquito transmissor da doença mede apenas 70 milímetros mas já nocauteou muita gente grande por lá. Situado no Leste mineiro, Governador Valadares sofreu e ainda sofre bastante com a tragédia de Mariana que vitimou o rio Doce, fonte de renda e sobrevivência da população ribeirinha. Desde
Em seus primeiros dez dias, a doença costuma apresentar os seguintes sintomas: febre, fortes dores e inchaço nas articulações dos pés e das mãos . Em alguns cas os , ocorrem manchas vermelhas no corpo. A estudante de odontologia Ana Clara Piazzarollo, 25, teve todos os sintomas da doença e até hoje, 30 dias depois, ainda sente dores nas pernas, principalmente ao acordar. Colocar os pés no chão, pela manhã é uma tarefa difícil. “Conheço muitas pessoas que
foram acometidas pela doença e percebi que quanto mais jovens, menor é a intensidade dos sintomas”. Mesmo com o fim da viremia – período em que o vírus circula no sangue – a dor e o inchaço causados pela doença podem retornar ou permanecer durante cerca de três meses. Em média, 40% dos casos tornam-se crônicos e podem permanecer por anos. A maneira de se prevenir contra o Chikungunya é a mesma que deve ser usada contra a Dengue: impedir que o mosquito Aedes Aegypti se prolifere. O agente público federal em saúde Luiz C. L., 55, percorre diariamente os bairros da cidade fazendo mapeamentos geográficos que servem de orientação para os agentes de combate à dengue e outras endemias como a malária, febre amarela, leishmanioses, etc. Ele destaca que há uma série de denúncias e pedidos de medidas de combate dirigidas aos órgãos públicos, mas que a população não tem feito a sua parte, e faz o apelo: “Todos que moram nas áreas endêmicas são responsáveis e precisam intensificar o combate a estas doenças que tanto nos trazem transtornos. A luta começa em nossas casas e em nossos quintais”, alerta.
Os novos tratamentos para o câncer de rim Embora a taxa de incidência do câncer renal não esteja entre as maiores, a doença é um dos 10 tipos de tumor com mais ocorrência no mundo, especialmente em pessoas mais velhas, a partir dos 64 anos de idade, sendo os homens o grupo com maior chance de desenvolvê-lo. Uma das tendências, também para o câncer de rim, é a imunoterapia, opção para os casos avançados, em que os primeiros tratamentos já não fazem efeito. No ano passado, no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia, vários estudos foram apresentados sobre esse tipo de medicamento, que desbloqueia o sistema imune do paciente e permite que os “guardas de defesa” do corpo (os linfócitos) ataquem o tumor de forma eficaz e impactante. Essa nova medicação começa a ser
iSTOCK/GETTY IMAGES
Evento em Portugal aborda estratégias intersetoriais para prevenção dos acidentes de trânsito e redução de seus impactos sobre os sistemas de saúde
80% da população da cidade – que tem cerca de 279.665 habitantes – já foram atingidos pela doença
disponibilizada no Brasil, com expectativa de prolongamento da sobrevida com qualidade para o paciente. Aliás, formas mais antigas de imunoterapia, como a interleucina 2 em altas doses, podem curar em torno de 5% dos pacientes como parte do primeiro tratamento em pacientes com doença avançada.
Além da imunoterapia, medicamentos que bloqueiam a formação de vasos sanguíneos do tumor impedindo que nutrientes e oxigênio cheguem às células tumorais representam outro grande avanço e são associados a importantes reduções dos tumores e a respostas duradouras. (Veja)
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Lixo espacial é formado por mais de 750 mil partículas, diz ESA Resíduos espaciais, em sua maioria restos de satélites e espaçonaves, danificam equipamentos em uso e prejudicam a coleta de dados por parte dos cientistas iSTOCKPHOTO/GETTY IMAGES
Existem mais de 750 mil partículas de lixo de pelo menos um centímetro no espaço, a maioria formada por restos de espaçonaves e satélites desativados. Ainda assim, a colisão delas com satélites em uso pode danificar os aparelhos e prejudicar a coleta de dados por parte dos cientistas. A informação foi divulgada na última terça-feira (18) pelo diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), Jan Wörner, durante a sétima edição da Conferência
impacto de detritos. Segundo a ESA, desde 1957 houve mais de 4 900 lançamentos espaciais, que colocaram em órbita 18 000 objetos. Do total, apenas 1 100 objetos correspondem a espaçonaves funcionais — os outros 94% são detritos espaciais, ou seja, já não têm qualquer finalidade. Segundo a ESA, há evidências de um número muito maior de detritos que não podem ser monitorados operacionalmente.
Europeia sobre Detritos Espaciais, em Darmstadt, na Alemanha. O objetivo da conferência é discutir danos que podem ser causados pelo lixo espacial, formas de evitá-los e estratégias para remover as partículas do espaço. Um dos satélites enviados pela ESA em 2014, Terra Sentinel 1A, por exemplo, utilizado para monitorar a superfície do nosso planeta, teve sua produção de eletricidade reduzida porque seus painéis solares foram prejudicados pelo
(VEJA)
Enem não será mais utilizado para certificar o ensino médio
REPRODUÇÃO
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não será mais utilizado para certificação de conclusão do ensino médio. A partir de agora, essa atribuição será do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que hoje é direcionado a estudantes do ensino fundamental em idade irregular (a partir de 16 anos). De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no Enem do ano passado 1.033.761 inscritos solicitaram a certificação do
ensino médio, mas apenas 7,7% deles conseguiram. O resultado aponta para um dos piores desempenhos na história do exame, especialmente em linguagens, com quase mil notas zero e um único candidato a atingir a nota máxima. A presidente do Inep, Maria Inês Fini, explica que este é um dos principais motivos para a mudança. “Nós teremos uma aplicação no início do segundo semestre que de fato vai promover uma avaliação real mais próxima da educação de jovens e adultos do que teria sido pelo
Enem”, afirma. Jovens com mais de 16 anos que ainda não terminaram o ensino fundamental também podem fazer o Encceja – que será aplicado no segundo semestre, antes das provas do Enem. Ambos os exames são aplicados pelo Inep. Enem – A aplicação do Enem de 2017 está confirmada para 5 e 12 de novembro, conforme edital de regulamentação normativa publicado no Diário Oficial da União pelo Inep, na última semana. As inscrições começam às 10h do dia 8 de maio de 2017 e vão até as 23h59 do dia 19 do mesmo mês. As primeiras provas, em 5 de novembro, terão duração de cinco horas e meia – para linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias. No domingo seguinte, 12 de maio, o aluno terá quatro horas e meia para responder às questões de ciências da natureza e suas tecnologias e de matemática
e suas tecnologias. Estão
sendo esperados 7,5 milhões
de candidatos.
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Arqueólogos descobrem seis Levantamento aponta entrada de 12 mil múmias em túmulo egípcio venezuelanos no Brasil desde 2014 AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Também foram encontrados sarcófagos de madeira, mil pequenas figuras funerárias na tumba e indícios de que existam outras múmias no local STRINGER/AFP
Arqueólogos avaliam sarcófago de madeira colorida encontrado em tumba com mais de 3.500 anos, próxima a cidade de Luxor, Egito, que acreditam pertencer a Userhat, um magistrado da 18ª dinastia (1550-1295 A.C.) Seis múmias foram encontradas em um túmulo da época dos faraós, no sul do Egito, conforme informou o ministério das Antiguidades do país na última terça-feira (18). Além das múmias, os arqueólogos descobriram sarcófagos de madeira com cores vivas e mil pequenas figuras funerárias na tumba, próxima à cidade de Lu x o r. S eg u n d o o ministério, há indícios de que existam ainda mais múmias no local. “É uma descoberta importante, e não está terminada”, comemorou Khaled Al
Anani, ministro das Antiguidades. Os pesquisadores acreditam que a cripta pertencia a Userhat, um magistrado da XVIII dinastia (1550-1295 A.C.) que possuía o título de “juiz da cidade”, e que o local teria sido reutilizado séculos depois, já sob a XXI dinastia, para abrigar outras múmias. “Foi uma surpresa encontrar tantos elementos dentro: utensílios de argila com o nome do proprietário do túmulo, vários sarcófagos e múmias, assim como mais de mil 'ushebti' —
estatuetas funerárias que eram colocadas nos túmulos para substituir o morto nas tarefas do além”, disse Anani, durante uma visita ao túmulo organizada para a imprensa. Recentemente, o governo egípcio tem aprovado diversos projetos arqueológicos com a esperança de fazer novas descobertas. No início de abril, foram encontrados vestígios de uma pirâmide e, em março, os arqueólogos acharam estátuas da rainha Tiye, avó de Tutancâmon, e do faraó Ramsés II. (Veja)
A grande quantidade de venezuelanos que entra no Brasil fugindo da crise política e econômica do país vizinho tem impactado os serviços de saúde em Roraima, segundo relatório divulgado na terça-feira (18) pela organização não governamental (ONG) Human Rights Watch. A partir de dados oficiais, a organização calculou que 12 mil pessoas vindas da Venezuela entraram no País desde 2014, sendo 7,1 mil somente nos 11 primeiros meses de 2016. Nos principais hospitais de Roraima, o documento indica que é cada vez maior o número de pacientes vindos do país vizinho. No hospital de Pacaraima, cidade fronteiriça, as informações coletadas pela ONG apontam que 80% dos atendidos são venezuelanos. “ Alguns insumos médicos essenciais, como gaze, soros intravenosos, seringas e
medicamentos básicos, como paracetamol para crianças, estão com estoque criticamente baixo”, diz o estudo. A busca por atendimento médico é justamente uma das razões apontadas por grande parte dos 65 venezuelanos entrevistados para vir para o Brasil. No Hospital Geral de Roraima, na capital Boa Vista, principal equipamento de saúde do estado, foram atendidos 7,6 mil venezuelanos de janeiro a dezembro de 2016. “Profissionais de saúde brasileiros afirmaram que os venezuelanos costumam chegar aos hospitais em condições mais graves do que os brasileiros, já que não receberam o tratamento adequado no país de origem”, enfatiza o documento sobre as complicações decorrentes de doenças como HIV, tuberculose e malária. O
índice de hospitalização dos brasileiros recebidos no hospital geral é de 7%, enquanto o percentual chega a 2 0 % e n t r e o s venezuelanos. Outros países da região também têm registrado um aumento significativo de imigrantes da Venezuela. Na Argentina, o número de concessões de residência temporária para venezuelanos aumentou de 1.777, em 2014, para 4.707, em 2015. No Chile, foram concedidos 1.463 vistos em 2013 e 8.381 em 2015. No Peru, foram registrados 180 venezuelanos em 2013, 1.445 em 2015 e 1.543 em 2016. Além do crescimento das entradas no Brasil, subiu expressivamente o número de pedidos de refúgio para venezuelanos, chegando a 2.595 nos 11 primeiros meses de 2016, contra 54 em 2013.
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fatos & notícias
Safra de cana-de-açúcar é estimada em 647,6 milhões de toneladas ZINEB BENCHEKCHOU/EMBRAPA
Levantamento aponta alta de 0,9% na produtividade da cultura A safra 2017/2018 de cana-de-
açúcar é estimada em 647,63
milhões de toneladas, segundo
levantamento divulgado nesta terça-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Era este o número que a gente imaginava mesmo. Com aumento de produtividade, da mecanização e a redução da queima, a produção de cana ajuda o Brasil a cumprir os compromissos externos na área ambiental”, destaca o diretor do Departamento de Café, Cana-deAçúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sílvio Farnese. O volume projetado pela Conab para a safra 2017/2018 é 1,5% menor em relação à colheita de 2016/2017, que atingiu 657,18 milhões de toneladas. A retração é resultado da diminuição da área, que passou de 9,05 milhões de hectares na temporada passada para 8,84 milhões de hectares no ciclo atual. A redução da área, assinala a Conab, não terá impacto expressivo na produção em decorrência da alta de 0,9% na produtividade, que passou de
72,62 para 73,27 toneladas por hectare. A produção de cana para o açúcar deve atingir 38,70 milhões de toneladas – volume semelhante ao da safra anterior, que fechou em 38,69 milhões de toneladas. Já a produção de etanol deve ter redução de 4,9%, passando de 27,81 para 26,45 milhões de toneladas na safra 2017/18. No entanto, a diferença ocorre apenas no etanol hidratado, que vai direto para as bombas de combustível, pois o etanol anidro (misturado com a gasolina) tem público cativo e não apresenta variações na produção. O levantamento da Conab mostra ainda que o mercado esteve muito favorável à produção de açúcar no ciclo 2016/2017. Tanto que atingiu um patamar que não alcançava há pelo menos três safras, devido à redução da safra na Índia e à abertura de novos mercados na União Europeia. Isso fez com que os produtores brasileiros aumentassem a área colhida na temporada passada, com maior destinação à produção de açúcar em detrimento ao etanol. (Mapa)
FMI prevê que Brasil sairá da recessão e crescerá 0,2% em 2017 O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que neste ano o Brasil sairá da recessão ao crescer 0,2%. Segundo o FMI, em 2018, a economia brasileira terá um desempenho ainda melhor, com elevação de 1,7%, 0,2 ponto percentual a mais do que o previsto pelo órgão em janeiro. As informações são da agência de notícias EFE. No relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado na terça-feira (18), o FMI diz que a melhora da situação do Brasil é resultado de “uma menor incerteza política, da distensão da política monetária e do avanço do programa de reformas”. O FMI advertiu, porém,
que, no final do ano passado, “o investimento e o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no País) ainda não tinham chegado ao ponto mais baixo” e que, em alguns estados, “a crise fiscal continua se aprofundando”. Além disso, o FMI constatou que “a inflação continua surpreendendo por seu baixo nível, o que aumenta as perspectivas de aceleração da expansão monetária”. “Prevê-se que o crescimento se recupere gradualmente e se mantenha moderado. Com esse pano de fundo, as perspectivas macroeconômicas do Brasil
estão submetidas à implementação de ambiciosas reformas estruturais de caráter econômico e fiscal”, acrescenta o relatório. O FMI recomenda “reformas que abordem as obrigações de gastos insustentáveis, entre outras, no sistema de Previdência Social” e a adoção de “medidas que consigam uma redução do déficit fiscal no início do período”. Neste ano, o FMI prevê para o Brasil inflação de 4,4%, e para 2018, de 4,3%. Já o índice de desemprego, segundo as estimativas do Fundo Monetário, subirá para 12,1% em 2017 e cairá para 11,6% em 2018. (Agência Brasil)
12 ECONOMIAfatos & notícias 16 a 23 de abril de 2017
Exportações do agronegócio Câmara rejeita pedido de brasileiro somaram US$ 8,73 urgência para reforma bilhões em março trabalhista Vendas externas do setor representaram 43,5% do valor total embarcado pelo País no mês passado
A sessão foi marcada por protestos da oposição, uma vez que a medida de urgência interromperia o prazo de apresentação de emendas na comissão especial
REPRODUÇÃO ALEX FERREIRA/CÂMARA DOS DEPUTADOS
O agronegócio representou 43,5% do valor total das vendas externas brasileiras no mês passado. Os embarques do setor somaram US$ 8,73 bilhões – recorde para os meses de março –, com aumento de 4,6% em comparação aos US$ 8,35 bilhões alcançados em março de 2016. Com as importações de US$ 1,39 bilhão, o saldo da balança comercial do agronegócio foi de US$ 7,34 bilhões, com acréscimo de 2,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os números foram divulgados pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa). Em março, o complexo soja representou 46,5% de todas as exportações do agronegócio. Em seguida, aparecem carnes, com 15,4%; produtos florestais, co m 1 0 , 1 % ; co mp lex o sucroalcooleiro, com 8,8%; e café, com participação de 5,8%. Juntas, as vendas externas dos cinco setores equivalem a 86,7% do total exportado pelo agro em março de 2017. Segundo a SRI, as exportações do complexo soja cresceram 16,8% em relação a março de 2016, totalizando US$ 4,06 bilhões. A maior parcela desse valor corresponde às exportações de soja em grãos, que atingiram valor e
quantidade recordes para o mês de março, com US$ 3,53 bilhões (+20,8%) e 8,98 milhões de toneladas (+7,2%). O farelo de soja foi o segundo principal produto negociado pelo setor, com receita de US$ 434,21 milhões (-7,7%) para 1,16 milhão de toneladas embarcadas (-22,6%) e preço médio no período de U S $ 3 7 5 p o r to n el ad a (+19,2%). Já as vendas externas de óleo de soja totalizaram US$ 89,65 milhões (+13,2%), com alta no preço médio do produto (+14,8%), mas com queda n a q u a n t i d a d e comercializada (-1,4%). (Mapa)
Mais de 15 milhões ainda não entregaram declaração do IR A 10 dias do fim do prazo, mais de 15 milhões de contribuintes ainda não acertaram as contas com o Leão. Segundo balanço divulgado pela Receita Federal, 13.071.435 de declarações foram recebidas até as 17h de terça-feira (18). O número equivale a 46,2% do total de 28,3 milhões de documentos esperados. O prazo de entrega começou em 2 de março e vai até as 23h59 do próximo dia 28. O programa gerador da declaração está
disponível no site da Receita Federal. A declaração do Imposto de Renda é obrigatória para quem recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano passado. Neste ano, a declaração do Imposto de Renda teve uma série de mudanças. As principais são a redução da idade mínima, de 14 para 12 anos, na apresentação do CPF de dependentes e a incorporação do Receitanet, programa usado para transmitir a declaração, ao
programa gerador do documento. Precisa ainda declarar o Imposto de Renda quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil; quem obteve, em qualquer mês de 2016, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros. (Agência Brasil)
Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília
O plenário da Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao governo ao rejeitar um requerimento assinado por 13 líderes partidários pedindo regime de urgência para apreciação do projeto da reforma trabalhista. A manobra daria celeridade à tramitação da proposta, mas não alcançou o número necessário para ser aprovada. Foram 230 votos a favor, 163 contrários e uma abstenção. Eram necessários 257 votos favoráveis. O resultado foi comemorado pela oposição, que se articulou e aproveitou que menos de 400 deputados estavam presentes na sessão. “Com a Previdência também será assim”, avisou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). “O governo Temer registrou uma grande derrota”, celebrou Afonso Florence (PT-BA). A sessão foi marcada por protestos da oposição, uma vez que a medida interromperia o prazo de apresentação de emendas na comissão especial e as propostas de alteração no projeto só poderiam ser apresentadas na votação em plenário.
O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), pediu a suspensão da votação por considerar que a não apresentação de emendas na c o m i s s ã o s e r i a “desrespeitosa” com os membros do colegiado. “Consideramos que está se tolhendo a tramitação normal do projeto”, criticou. “Votar a urgência hoje é um atropelo”, concordou o deputado Paulo Pereira da Silva (SDSP). Questões de ordem da oposição questionando a votação da urgência foram ignoradas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), até o início da noite, quando ele percebeu o risco de derrota para o governo. Diante da pressão da oposição, Maia propôs um acordo para manutenção do prazo de emenda do texto substitutivo na comissão especial até amanhã. O relatório da reforma trabalhista, do deputado Rogério Marinho (PSDBRN), mexe em 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O projeto dá força de lei aos acordos coletivos negociados entre empresas e trabalhadores em vários
pontos. Entre eles, permite que sindicatos e empresas negociem jornadas de até 12 horas diárias, desde que respeitado o limite de até 48 horas por semana (contabilizando horas extras). Segundo a proposta, também poderá ser negociado o parcelamento das férias anuais em até três vezes, com pagamento proporcional, desde que um dos períodos corresponda a pelo menos duas semanas ininterruptas. O relatório também regulamenta o trabalho intermitente – que permite jornadas inferiores a 44 horas semanais – e o fim da obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical. Assim que a tramitação do projeto for concluída na comissão, a proposta seguirá ao plenário. O relator espera que a votação no colegiado aconteça na próxima terça-feira (25). O presidente da Câmara disse nesta tarde de terça-feira que o projeto poderia ser votado no plenário na próxima semana mas, sem a urgência aprovada, ainda não há data para o tema entrar na pauta. (Agência Brasil)