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fatos & notícias
Ano VII - Nº 210
08 a 15 de julho/2017 Serra/ES
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Diagnóstico mostra Rock In Rio terá árvores Três xícaras de café rombo histórico no custo de energia solar para por dia fazem bem recarregar celular PÁG. 6 do Fies PÁG. 4 à saúde PÁG. 7
Lagartos raros são reencontrados no ES
TECNOLOGIA
Tesla lança seu primeiro carro elétrico acessível PÁG.7
Turismo sustentável em terras quilombolas PÁG.2
MAURO TEIXEIRA JR./DIVULGAÇÃO
MEIO AMBIENTE
CULTURA Brasil assume vice-presidência do Conselho Intergovernamental do Iberbibliotecas PÁG.3
Pág.4
ECONOMIA
Grãos devem atingir recorde com supersafra de 237 milhões Pesquisadores brasileiros acharam duas espécies de lagartos que nunca haviam sido de toneladas PÁG.12 fotografadas e que indicam antiga conexão entre a Amazônia e a Mata Atlântica PÁG.7
DENUNCIE A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE
2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias
08 a 15 de julho de 2017
Turismo sustentável em Trilha Pedra dos Amigos é inaugurada em Brasília terras quilombolas Santuário ecológico de Goiás, Chapada dos Veadeiros abriga a maior comunidade quilombola do Brasil
Circuito, que fica no Lago Norte, está inteiramente sinalizado e contém placas de informações sobre a fauna e a flora
PREFEITURA DE CAVALCANTE (GO)
DIVULGAÇÃO/ICMBio
Um dos principais destinos turísticos da Chapada dos Ve a d e i r o s , C a v a l c a n t e (GO), tem entre seus principais atrativos os vãos entre montanhas e rios com grotões, nascentes, cachoeiras, corredeiras e cânions. O Vão das Almas e o Vão do Moleque, entre outros quase inacessíveis, serviram de abrigo para índios e escravos fugitivos do garimpo. A área de 250 mil hectares entre Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre abriga, hoje, o maior território quilombola do Brasil, habitado pelos Kalunga. Uma das principais atividades econômicas deste povo é o turismo, marcado pela sustentabilidade, história e tradições. No local, as famílias ainda mantêm o estilo de vida autossustentável. O povo Kalunga, que na língua banto significa lugar sagrado e de proteção, também pratica agricultura, pecuária, extrativismo, caça
e pesca. A maior população Kalunga, com cerca de 5 mil pessoas, é a de Cavalcante. A comunidade Engenho II, a 30 km do centro de Cavalcante, atrai visitantes em busca do turismo de experiência e oferece opções de pousadas, camping e restaurantes caseiros. Até o final do século passado os moradores viviam isolados, o que garantiu que um dos cartões-postais da Chapada dos Veadeiros, a Cachoeira Santa Bárbara, de poço cristalino, continuasse preservada. O acesso é controlado pelos Kalunga. O guia Colecí Gonçalves, com sangue Kalunga e indígena (Avá-Canoeiros) é um dos sete guias de turismo cadastrados no Ministério do Turismo e que atuam na região. Os Kalunga ainda organizaram um centro de atendimento ao turista com lojinha, onde o visitante encontra do artesanato quilombola aos produtos da
roça com forte tradição indígena, tempero africano e sabores do Cerrado. Nos dias mais movimentados a comunidade recebe até 200 turistas do mundo inteiro. Os moradores foram treinados para recepcionálos e orientá-los pelos caminhos que levam aos demais atrativos, entre eles, as cachoeiras Capivara e Candaru (70 m), acessadas por trilhas de 2 km e 4 km, respectivamente. São caminhos que serviram de rota de fuga, hoje trilhados pelos praticantes do ecoturismo em busca de natureza e aventura. Se tiver sorte, o visitante se depara com uma das muitas festas populares com rituais católicos e danças africanas, ampliando a experiência em uma imersão cultural entre os povos que preservam, além da natureza, suas tradições. O local foi reconhecido pela Fundação Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, como Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga.
A trilha Pedra dos Amigos, na Área de Proteção A m b i e n t a l ( A PA ) d o Planalto Central, em Brasília, foi inaugurada no último domingo (9). Com 3,7 quilômetros, o circuito, no Lago Norte, proporciona uma vista panorâmica da cidade. Além de estar toda sinalizada, permitindo que qualquer pessoa possa fazer a trilha sem risco de se perder, várias árvores estão identificadas e há pontos com placas contendo fotos e informações sobre espécies de fauna e da flora do Cerrado que podem ser observadas durante a
caminhada. Segundo Pedro Menezes, coordenador-geral de Uso Público e Negócios do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o trabalho de sinalização da trilha foi exemplar. “Tudo isso é resultado de uma organização de baixo para cima, na qual a população, por meio do Instituto Oca do Sol, se mobilizou e envolveu os órgãos públicos, como a Administração do Lago Norte, a Secretaria de Cidades do Distrito Federal e o próprio ICMBio na realização do projeto”, disse.
A inauguração da trilha Pedra dos Amigos faz parte do projeto Ecotrilhas Serrinha, que pretende estruturar outras cinco trilhas na região, oferecendo dicas aos ciclistas, caminhantes, turistas e às pessoas que buscam contato com a natureza. O Ecotrilhas também visa a alertar para a necessidade de preservação ambiental das riquezas naturais do cerrado na Serrinha do Paranoá. Com apoio da Fundação Banco do Brasil, o projeto também está voltado para o controle do fogo e para o combate a incêndios e educação ambiental. (Portal Brasil)
(Mtur)
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CULTURA 3
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Brasil assume vice-presidência
O TESOURO DOS do Conselho Intergovernamental TEMPLÁRIOS EXISTE?
do Iberbibliotecas
O tesouro dos templários ainda desperta a curiosidade de muitas pessoas Sendo um misto de luta e devoção religiosa, o movimento cruzadista abriu caminho para que diversas ordens de natureza monástico-militar surgissem no Oriente. No século XII, um conjunto de monges cavaleiros franceses foi designado para proteger a cidade de Jerusalém, recentemente conquistada pelos cristãos na passagem entre os séculos XI e XII. Chamados de cavaleiros Templários, ocupavam uma ala do palácio real que teria sido parte integrante do antigo Templo de Salomão. Notados pelas vestes brancas e a cruz, esses cavaleiros foram se tornando de grande importância na defesa dos Estados Cristãos no Oriente, constantemente atacados pelas tropas muçulmanas. Na medida em que exerciam função militar de destaque, acumulavam terras, castelos e outros bens que transformaram essa ordem religiosa em uma poderosa instituição econômica. Não raro, financiavam caravanas que estabeleciam o elo comercial entre a Terra Santa e a Europa Ocidental. Por volta dos séculos XIII e XIV, uma parcela significativa dos templários se encontrava em território francês, detendo semelhante prestígio econômico e militar na região. No ano de 1307, o rei francês Felipe, O Belo, decidiu promover a prisão dos cavaleiros templários sob a alegação de cometerem pecados diversos contra a doutrina católica. Ao mesmo tempo, o papa Clemente V determinou a extinção da ordem religiosa e o grãomestre templário Jacques de Molay foi condenado à
morte. No desencadear dessa grande devassa contra os templários apareceram diversas lendas sobre o funcionamento interno da ordem e as intenções do monarca francês. Entre a suspeita de rituais secretos e outras ações de natureza vividamente autonomista, corria o forte burburinho de que os templários preservavam um tesouro secreto. Para alguns, tendo em vista a ambição política
pesquisas históricas, a manutenção desse mistério desconsidera o contexto francês na Baixa Idade Média. Nesse período, a formação das monarquias nacionais e o gasto com as cruzadas determinaram a criação de uma enorme dívida por parte dos monarcas franceses. Assim, antes da perseguição aos templários, o rei Felipe tinha buscado várias estratégias para saldar os cofres do governo. Foi daí
REPRODUÇÃO
e financeira do rei Felipe, os templários teriam preservado um grande tesouro ao longo dos séculos. Segundo algumas teorias, os templários conservariam um enorme tesouro localizado em terras espanholas ou escocesas. Já outros curiosos sobre o tema especulam que o tesouro templário ainda teria sido preservado em terras francesas, na região da Normandia, ou em Rennesle-Château, uma pequena aldeia situada no sul da França. De fato, ao longo de todo o século XX, percebemos a existência de toda uma literatura que tenta alimentar a aura deste intrigante mistério. De acordo com recentes
que a perseguição contra a Ordem Templária apareceu. O historiador Raymond Cazelles afirma que Felipe, O Belo, promoveu um confisco de bens e propriedades bastante significativo ao perseguir os templários. Mais do que simplesmente sanar o déficit orçamentário de seu país momentaneamente, aquele vultoso espólio conseguiu garantir a estabilidade econômica francesa por alguns anos. Dessa forma, fica muito difícil acreditar que algum outro quinhão tenha ficado em segredo ou fora descoberto somente alguns séculos mais tarde. Por Rainer Sousa Mestre em História Equipe Brasil Escola
O C o n s e l h o Intergovernamental do Programa Ibero-Americano de Bibliotecas Públicas (Iberbibliotecas) elegeu nova diretoria para os próximos dois anos. O Brasil foi eleito vicepresidente e trabalhará em conjunto com a Costa Rica, eleita presidente do grupo. Integrantes do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), vinculado ao Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura (DLLLB/MinC), representarão o Brasil no conselho. O Brasil participa do Iberbibliotecas desde 2012, mas é a primeira vez que o c u p a c a rg o d e coordenação. Além do Brasil, fazem parte do programa Chile, Colômbia, Costa Rica, Espanha, México, Paraguai, Peru e as cidades de Buenos Aires (Argentina) e Medellín (Colômbia). O Iberbibliotecas tem o objetivo de promover o
acesso livre e gratuito à leitura e à informação, aprimorar os serviços das bibliotecas públicas e comunitárias e promover a troca de experiências entre elas. A atuação se dá por meio de três frentes principais: cursos, concursos e estágios. De acordo com a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), Dandara Baçã, fora as reuniões anuais e eventuais extraordinárias, o contato entre os membros do Iberbibliotecas se dá por meio virtual. "Na última reunião (realizada de 27 de junho a 1º de julho, em Buenos Aires), o Brasil deu contribuições quanto a organização dos cursos, revisão dos regulamentos, direitos autorais dos cursos, sistema para gestão das inscrições e organizações das notas e também foi fechada uma parceria com o sistema de bibliotecas do México para tradução dos manuais que eles
disponibilizam para bibliotecários", informou. Neste ano, o Brasil é quem promoverá a segunda edição do estágio para bibliotecários organizado pelo programa. Podem se inscrever bibliotecários de bibliotecas públicas e comunitárias dos países e cidades integrantes. A participação será custeada pelo próprio Iberbibliotecas e está limitada a três participantes por país ou cidade integrante do Programa. Durante uma semana, os 27 bibliotecários selecionados farão visitas, contatos e intercâmbios com instituições do setor. A previsão é que o estágio ocorra em novembro, em São Paulo. Os interessados em concorrer a uma das vagas de estágio têm até 21 de julho para enviar proposta a o e - m a i l iberbibliotecas@cerlalc.org . Mais detalhes em http://www.iberbibliotecas. org/estagios/.
(MinC)
Inscrições abertas para Mestrado da Casa de Rui Barbosa Estão abertas até 11 de agosto as inscrições para o processo seletivo do Curso de Mestrado Profissional em Memória e Acervos da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). O curso – voltado ao gerenciamento, preservação, acesso e usos de acervos públicos e privados – é dividido em duas linhas de
pesquisa. A primeira aborda a representação, o gerenciamento e a preservação de espaços de memória de patrimônio documental. Já a segunda engloba práticas críticas em acervos: difusão, acesso, uso e apropriação de patrimônio documental material e imaterial. O processo de seleção para até 16 vagas é composto de quatro fases: prova escrita em
memória e acervos; análise do anteprojeto de pesquisa; prova oral sobre o anteprojeto e análise do curriculum vitae; e prova de língua inglesa. Os horários e os locais de realização das provas escrita e oral serão divulgados juntamente com a relação de candidatos com inscrição homologada. (MinC)
4 EDUCAÇÃO fatos & notícias
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Diagnóstico mostra rombo histórico no custo do Fies Levantamento detectou direcionamento desuniforme do governo anterior entre instituições de ensino públicas e privadas FABIANA CARVALHO/ARQUIVO/MEC
O Ministério da Fazenda, por meio das Secretarias de Acompanhamento Econômico e do Tesouro Nacional, e com o apoio do
Ministério da Educação, elaborou um diagnóstico sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo o
levantamento, o programa apresenta um rombo fiscal sem controle e imprevisível. “Isso d e m o n s t r a claramente que o governo anterior fez uma gestão ineficaz e ineficiente do programa”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho. O ministro destacou que o quadro do desenho atual do Fies deixou uma inadimplência elevada na Carteira, de 46,4%, e um Fundo
Projeto Rondon comemora 50 anos neste mês de julho Iniciado em 1967, programa promove o desenvolvimento de comunidades a partir do trabalho de estudantes universitários voluntários ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL
Neste mês de julho, o Projeto Rondon comemora 50 anos da sua primeira missão. Iniciado em 1967, o programa surgiu como uma oportunidade para universitários v o l u n t á r i o s contribuírem, durante as férias, para o desenvolvimento de comunidades carentes no estado de Rondônia. A Operação Zero, que deu origem ao projeto, partiu para Rondônia com dois professores e 30 alunos voluntários das universidades do Estado da Guanabara (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da Universidade Federal Fluminense e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O grupo realizou, durante 28 dias, levantamento, pesquisa e assistência médica no território. No ano seguinte, ao ser consolidado como projeto, o Rondon foi ampliado e passou a atender também a
comunidades no Mato Grosso e Amazonas. Atualmente, o Rondon é coordenado pelo Ministério da Defesa. Para que as ações junto às comunidades carentes tenham efeitos duradouros, o projeto prioriza a formação de multiplicadores, entre produtores, agentes públicos, professores e lideranças locais. Com isso, favorece população, economia, meio ambiente e administração locais. Com o slogan Lição de Vida e Cidadania, o projeto já promoveu 151 ações em 844 municípios, envolvendo 291 instituições e mais de 19 mil voluntários, chamados de rondonistas. O ano de maior
mobilização foi 2009, que teve 12 ações. Para 2017 estão previstas duas operações. A Operação Serra do Cachimbo ocorrerá entre 14 e 30 de julho e vai levar 161 rondonistas de 16 universidades a nove municípios, sendo oito no Mato Grosso e um no Pará. Entre as metas dessa operação está capacitar produtores locais nas áreas da agricultura familiar e do turismo. A outra operação é a Rondônia Cinquentenário, que começou na última sexta-feira (7). As tarefas dos 300 voluntários deverão beneficiar 15 municípios. Hoje, as equipes são formadas por dois professores e oito alunos. Os interessados apresentam uma proposta de trabalho, que é submetida a uma comissão. Os editais são divulgados no site do Projeto Rondon, geralmente em março e agosto. (Portal Brasil)
Garantidor insuficiente, “que trouxe um risco de crédito concentrado no poder público e no tesouro nacional”. Ainda segundo o diagnóstico, o ônus fiscal do Fies em 2016 chegou a R$ 32 bilhões, valor 15 vezes superior ao custo apresentado em 2011. “Se o programa se mantiver como concebido e projetado, ele se tornará insustentável. O Te s o u r o N a c i o n a l e o governo federal não terão condição de mantê-lo”, concluiu Mendonça Filho. O documento também mostra que a política educacional para o ensino superior adotada pelo
governo federal nos últimos anos mostrou um direcionamento desuniforme, ora incentivando a participação do setor privado, ora privilegiando o aumento das instituições de educação superior públicas. Entre 1998 e 2004, houve uma expansão de 134% no número de instituições privadas, seguido de um consequente aumento de cerca de 126% nas matrículas em cursos de graduação presenciais. No mesmo período, o número de matrículas na rede pública cresceu 46%. A partir de 2004, iniciou-se
uma nova fase na política de acesso ao ensino superior, reduzindo a diferença entre as novas matrículas ofertadas pelas instituições de ensino superior privadas e públicas. Até 2009, o número total de matrículas nas unidades privadas aumentou 26%, correspondendo a um i n c r e m e n t o d e , aproximadamente, 800 mil matrículas, das quais 173 mil se deram no âmbito do Fies. Por sua vez, o crescimento observado nas matrículas em instituições públicas foi de 15% neste período. (Portal MEC)
Ministério recebe textos para o Coleciona Nova edição da revista eletrônica terá como tema “Educação Ambiental e Água”. Contribuições podem ser enviadas até 31 de julho PAULO DE ARAÚJO/MMA
O Ministério do Meio Ambiente abriu chamada para a seleção de textos sobre “Educação Ambiental e Água”. O material vai integrar a 15ª edição do Coleciona – Fichário do Educador Ambiental, uma revista eletrônica com conteúdo multimídia, imagens, vídeos, artigos, relatos de ações e entrevistas. O conteúdo deve ser enviado até 31 de julho para o e n d e r e ç o coleciona@mma.gov.br. A previsão é que o lançamento ocorra em setembro.
O objetivo do fichário é fornecer informações e relatos de experiências para subsidiar quem atua na área, a partir de uma série de olhares e opiniões sobre um tema ambiental específico. As categorias disponíveis para submissão de conteúdo são “Textos para pensar”, com foco na reflexão, e “Ações e Projetos”, voltada ao compartilhamento de experiências exitosas envolvendo o tema. “Buscamos textos informativos e que explorem o tema central em qualquer
uma de suas dimensões: ambiental, econômica, social, cultural, trazendo à tona a relevância de tratá-lo em processos formativos”, afirma a analista ambiental Ana Luísa Teixeira, do Departamento de Educação Ambiental do MMA. “Podem perpassar assuntos como proteção, desperdício, crise hídrica, uso, gestão, cultura, espiritualidade e outros”, completa. Os textos inscritos passarão por avaliação para conferir adequações com a temática, público-alvo e as regras da língua portuguesa. Os autores com trabalhos aprovados serão comunicados por email. De acordo com a diretora do Departamento Ambiental do ministério, Renata Maranhão, o Coleciona é uma ferramenta de fácil divulgação. “A expectativa é que estes conteúdos tenham amplo alcance e sejam socializados com estados, instituições parceiras e disponibilizados no site e nas redes sociais do ministério”. (MMA)
POLÍTICA 5
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fatos & notícias
Sessão do Congresso para CCJ da Câmara começa analisar LDO é marcada para fase de debate de último dia antes do recesso denúncia contra Temer REPRODUÇÃO INTERNET REPRODUÇÃO INTERNET
Presidente do Congresso, Eunício Oliveira, disse que não fez acordo para adiar início do recesso parlamentar Após remarcar para a semana que vem a sessão que vai analisar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que não fez “acordo com ninguém” para adiar o início do recesso parlamentar e, com isso, agilizar a tramitação na Câmara dos Deputados do processo que analisa a denúncia contra o presidente Michel Temer. Inicialmente, a sessão do Congresso estava prevista para esta quarta-feira (12), mas Eunício efetuou uma nova convocação para a próxima segunda-feira (17), já que o texto da LDO, que já tem mais de 2,5 mil emendas, ainda não foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento. Além da lei, a sessão conjunta da Câmara e do Senado deve apreciar mais de 20 vetos presidenciais. De acordo com a Constituição Federal, o r e c e s s o p a r l a m e n t a r, previsto para o período entre 18 de julho e 1º de agosto,
não pode ocorrer caso a LDO ainda não tenha sido votada pelos deputados e senadores. Mais cedo, sem entrar na questão do recesso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez um apelo para que os deputados apreciem o mais rápido possível a admissibilidade da denúncia pelo crime de corrupção passiva oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra Temer. Em entrevista à imprensa após conduzir a tumultuada sessão do Senado que aprovou a reforma trabalhista, Eunício Oliveira negou a possibilidade de fechar um acordo que permita a prorrogação do recesso para que os deputados agilizem a autorização ou não da denúncia. “Não houve esse acordo. Eu não tratei absolutamente com ninguém em relação à denúncia que está na Câmara dos Deputados. Cabe à Câmara, exclusivamente neste momento, autorizar ou não ao Supremo fazer a decisão
de acompanhamento e abertura de processo contra o presidente da República. Não cabe ao Senado neste momento nenhuma participação”, disse. Repetindo o alerta que havia feito aos senadores mais cedo, o presidente do Senado prometeu que não fará “recesso branco”, que é quando os parlamentares deixam de analisar matérias importantes mesmo que o prazo de votação da LDO não tenha sido cumprido. “Estarei aqui se não houver a votação da LDO no Congresso Nacional. Vou c u m p r i r o m e u compromisso com o país e com a democracia”. Responsável por estabelecer as diretrizes macroeconômicas para a elaboração da proposta orçamentária do ano seguinte, esta será a primeira LDO a ser votada após aprovação da emenda constitucional do Teto de Gastos Públicos, que atrela os gastos à inflação do ano anterior por um período de 20 anos. (Agência Brasil)
Para evitar que a discussão se alongue muito, a base governista já sinalizou que pode pedir requerimento de encerramento de discussão A C o m i s s ã o d e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara começa nesta quarta-feira (12) a fase de debate sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer. A análise da acusação pelo crime de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer pelos membros da CCJ é uma das etapas do processo antes de seguir para votação no plenário da Câmara. Na última segunda-feira (10), o deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) apresentou seu parecer com mérito favorável à admissibilidade da denúncia. Como os deputados fizeram pedido de vista, que é o tempo extra de análise de determinada matéria, o início da discussão foi adiado para esta quarta-feira, depois de cumprido o prazo de
realização de duas sessões do plenário. Em acordo firmado com lideranças da oposição e da base aliada ao governo, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-RJ, ampliou o tempo de debate da denúncia. Todos os 66 membros e seus respectivos suplentes poderão falar por até 15 minutos. Outros 40 deputados não membros da comissão (20 favoráveis à denúncia e 20 contrários) também terão direito à fala, por até 10 minutos. Para evitar que a discussão se alongue muito, a base governista já sinalizou que pode pedir requerimento de encerramento de discussão, quando dez parlamentares já tiverem falado. O procedimento é previsto no Regimento Interno da Câmara, mas contraria o que foi acordado entre as lideranças da comissão.
Encerrada a fase de debate, o parecer do relator poderá ser submetido à votação nominal dos deputados. O presidente da comissão espera que a deliberação ocorra até a sexta-feira (14). Se o parecer de Zveiter for aprovado pela maioria simples do total de 66 deputados da comissão, seguirá para a apreciação do plenário. Se for rejeitado, o presidente da comissão designará outro relator que deve apresentar um parecer com mérito divergente do relatório vencido. Se o novo parecer for aprovado, é este que seguirá para votação no plenário da Câmara. A autorização dos deputados para que a denúncia contra um presidente da República tenha prosseguimento no Supremo Tribunal Federal é determinada pela Constituição Federal. (Agência Brasil)
6 TECNOLOGIA 08 a 15 de julho de 2017 fatos & notícias
Rock In Rio terá árvores de energia solar para recarregar celular Tecnologia mineira equipa postes com formatos de árvores que serão hubs de conectividade no festival SUNEW/DIVULGAÇÃO/CSEM
Se você vai ao Rock In Rio, que acontece em setembro, a bateria do seu celular poderá ser recarregada –gratuitamente – com energia solar graças a uma tecnologia desenvolvida em Belo Horizonte, Minas Gerais. Cinco postes, com formato de árvores, serão instalados nas dependências do evento para permitir que 10 aparelhos por vez sejam recarregados. As árvores chamadas O P Tr e e s , c r i a d a s p e l a Sunew, também servem para proteger os participantes do sol e elas
têm amplos bancos para que o público possa descansar entre as apresentações musicais. O mobiliário será fabricado em parceria com a Metalco do Brasil e chega ao Rock In Rio em parceria com o projeto de sustentabilidade Amazônia Live, que promove ações para minimizar o impacto a m b i e n t a l d o desmatamento da Amazônia. O filme fotovoltaico que capta energia solar fica nas folhas da árvore artificial e uma bateria dentro dela armazena a carga que é
Árvore artificial tem folhas Sunew faz parte –, conta que o painel fotovoltaico com painéis fotovoltaicos orgânico usado na OPTree
passada aos smartphones dos participantes do festival. Tiago Alves, CEO do
Astronautas vão encher o espaço sideral com todo tipo de fungos esquisitos BLACHOWICZ ET AL/MICROBIOME
Os humanos vão deixar o espaço sideral mais sujo e a Nasa se esforça muito para manter o espaço limpo. O Office of Planetary Protection, por exemplo, existe para proteger a Terra de potencial vida de outros planetas, mas eles também têm que proteger os outros planetas de nós. Então, é importante saber exatamente como impactamos os ambientes que invadimos. U m a e q u i p e d e pesquisadores da Nasa está tentando recriar o meio ambiente na estação espacial para ver exatamente como os humanos impactam, quais microrganismos colonizam habitats espaciais. Em sua pesquisa mais recente, eles mediram como alguns tipos de fungos mudaram à medida que os seres humanos viviam em um habitat inflável. Apesar de serem apenas
quatro habitantes humanos, ficou claro que a mera presença de pessoas mudou os tipos de espécies que se instalaram. Isso será especialmente importante para saber quando as pessoas realmente viverem nesses habitats no espaço. “Carregamos mais micróbios do que células humanas”, afirmou o autor do e s t u d o D r. K a s t h u r i Venkateswaran, do Grupo de Proteção Planetária no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, ao Gizmodo. “Precisamos nos preocupar com o que está sendo transportado para outros lugares”. Os quatro “astronautas” se acomodaram em um habitat de 12 por 10 por 2,5 metros, contendo cozinha, laboratório, banheiro e quarto. As missões lá dentro duram até 30 dias, durante as
quais as únicas coisas trazidas do mundo exterior foram os seres humanos e ar o filtrado. Foram coletadas amostras de fungos em cada um dos quartos em quatro momentos separados durante uma missão de 30 dias e quatro pessoas: nos dias 0, 13, 20 e 30. Os resultados das amostras tiveram nuances: existiam menos fungos em geral ao fim da missão, mas houve um aumento de certos tipos, especialmente dos gêneros Epiccocum, Alternaria, Pleosporales, Davidiella e Cryptococcus. Os pesquisadores publicaram seus resultados no periódico Microbiome. Esse estudo apenas rastreia mudanças causadas por quatro pessoas diferentes, então certamente é uma amostragem pequena. Mas os resultados validam o trabalho anterior dos pesquisadores. Eles fizeram estudos similares sobre diversidade bacteriana, e ficou claro que o ambiente bacterial desses habitats fechados fica com o gosto das pequenas espécies que os humanos trazem consigo. E os pesquisadores vão fazer estudos posteriores em outros habitats por períodos mais longos, disse Venkateswaran.
CSEM Brasil (centro privado de pesquisa aplicada e sem fins lucrativos) – do qual a
tem impacto ambiental menor do que suas alternativas, que são baseadas em silício. “A pegada de carbono é 20 vezes menor”, afirmou Alves. O CEO conta que negocia com prefeituras e organizações para implementar a membrana de captação de energia solar em locais públicos, como em parques ou bicicletários. A ideia é usar a energia solar para viabilizar o funcionamento de
roteadores Wi-Fi, câmeras de segurança, iluminação e hubs de recarga de bateria de celulares. Alves reforça que o uso de materiais orgânicos nas membranas de captação também permite a criação de produtos com bom design, como é o caso da árvore. Além de marcar presença no Rock In Rio 2017, a OPTree está em exibição como parte da exposição Inovanças – Criações à Brasileira, do Museu do Amanhã, no Rio, que está em cartaz até outubro deste ano. (Exame)
Tesla lança seu primeiro carro elétrico acessível Elon Musk, o fundador da marca, deu as boas novas em sua conta oficial no Twitter Depois de pouco mais de um ano de espera, o Model 3 da Tesla finalmente saiu da fábrica. A mente por trás da empresa, o fundador e CEO Elon Musk, revelou em sua conta oficial no Tw i t t e r q u e a primeira unidade está pronta, esperando apenas um “checkout final”. O Model 3 é um sedan com quatro portas e espaço para cinco passageiros. Ele tem autonomia de 340 quilômetros por carga na bateria e é capaz de ir de zero a cem quilômetros por hora em seis segundos. Há um limite de opções de cores (vermelho, preto e prata) – o objetivo da Tesla é reduzir os problemas de produção que sofreu com a lista de opções excessivamente complicada do Model X. Ainda não é certo se o modelo recebeu novas mudanças desde que foi revelado em 2016. No entanto, provavelmente, só teremos informações mais detalhadas quando o veículo for apresentado em uma festa de
Assim, o Model 3 definirá o futuro da Tesla como uma empresa de carros acessíveis. Além disso, o sucesso ou não do veículo tem como consequência outra popularizaçã TES LA/ DIV o: a dos ULG AÇÃ O veículos sem motor a combustão. Segundo o A B I Research, instituto britânico de pesquisa de especialistas do mercado. O mercado, as vendas anuais de motivo é sempre o mesmo: automóveis com alguma dinheiro – nos Estados tecnologia de motores Unidos, ele sai por cerca de 35 elétricos vão crescer de 2 mil dólares, um preço bem milhões de unidades, em abaixo dos 74,5 mil dólares do 2015, para mais de 6 milhões Model S, o esportivo elétrico em 2020. da marca. A empresa espera produzir Outras montadoras já 100 carros em agosto e mais de vendem carros elétricos nessa 1.500 em setembro, segundo faixa de preço. A Chevrolet Elon Musk. Antes de sua tem o Bolt e a Nissan possui o apresentação no ano passado, Leaf, por exemplo. A Volvo o fundador publicou em seu recentemente anunciou que Twitter que o Brasil está na até 2019 irá lançar um modelo lista de países que poderão totalmente elétrico para fazer reserva do Modelo 3. No competir com o veículo da entanto, a montadora ainda Tesla, tanto no quesito preço não informou datas ou preços quanto na autonomia. para o Brasil. entrega, agendada para o dia 28 de julho deste ano. Desde seu anúncio, em abril de 2016, o quarto carro elétrico da marca é um dos mais esperados por usuários e
(Exame)
CIÊNCIA 7
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Lagartos raros da Mata Atlântica são reencontrados no Espírito Santo MAURO TEIXEIRA JR./DIVULGAÇÃO
Pesquisadores brasileiros acham duas espécies de lagartos que nunca haviam sido fotografadas e que indicam antiga conexão entre a Amazônia e a Mata Atlântica
O LAGARTO PAPA-VENTO ANOLIS PSEUDOTIGRINUS Duas espécies de lagartos papa-vento que não eram vistas há várias décadas foram redescobertas por pesquisadores na Mata Atlântica. As duas espécies, Anolis nasofrontalis e Anolis pseudotigrinus, foram descritas pelo pesquisador Afrânio do Amaral em 1932 com base em exemplares coletados em 1906 na região do Rio Doce, no Espírito Santo. Desde então, as espécies foram avistadas pouquíssimas vezes e jamais haviam sido fotografadas. A própria existência das espécies já começava a ser duvidada pela comunidade científica, até que ambas foram
encontradas na região serrana do Espírito Santo. A descoberta, que foi publicada no periódico científico Molecular Phylogenetics and Evolution, foi liderada por Ivan Prates, aluno de doutorado da City University of New York (EUA), e inclui descrições detalhadas dos animais, além das primeiras fotos conhecidas das duas espécies em vida. Por diversos anos, pesquisadores brasileiros e estrangeiros realizaram buscas na região do Rio Doce e vizinhanças na tentativa de encontrar, na natureza, os lendários lagartos descritos pelo Dr.
Amaral. Em mais de um século, contando desde a descoberta das espécies por Ernesto Garbe em 1906, somente sete exemplares de Anolis nasofrontalis e seis de Anolis pseudotigrinus eram conhecidos, sendo que as últimas observações dos mesmos tinham sido feitas em 1940 e 1974, respectivamente. Muitos desses exemplares antigos estão mal preservados ou são juvenis (imaturos), o que tornava a sua identificação pouco precisa. “Existia uma suspeita entre alguns biólogos de que essas duas espécies não fossem espécies válidas, ou seja, que fossem simplesmente exemplares de outras espécies mais comuns”, conta Paulo Melo-Sampaio, aluno de doutorado do Museu Nacional do Rio de Janeiro e coautor do estudo. Essa suspeita, em parte, chegou ao fim em 2014, quando uma equipe da USP encontrou dois exemplares de A. pseudotigrinus numa área de preservação ambiental perto da cidade de Santa Teresa, no Espírito Santo, a cerca de 80
quilômetros de Vitória. “O encontro nos deu uma motivação extra para realizar mais uma expedição exclusivamente objetivando encontrar mais exemplares da espécie, além de tentar reencontrar o A. nasofrontalis, que não era visto há muito mais tempo”, diz Melo-Sampaio. O esforço deu resultado e, no início de 2016, mais de cem anos após o primeiro registro dos lagartos, a equipe de Melo-Sampaio encontrou as duas espécies ocorrendo na mesma localidade, na Reserva Biológica Augusto Ruschi, em Santa Teresa (ES). O reencontro desses raros lagartos papa-vento p e r m i t i u a o s pesquisadores estudar a origem das duas espécies por meio de análises genéticas. Para surpresa dos especialistas, as espécies estão mais proximamente relacionadas a um lagarto encontrado no oeste da Amazônia do que aos demais papa-vento da Mata Atlântica. Os cientistas estimam que a separação
entre a espécie amazônica e o ancestral das duas espécies da floresta atlântica se deu, mais ou menos, há 11,5 milhões de anos. Baseados nisso, os pesquisadores sugerem que é muito provável que as duas florestas — hoje separadas por áreas de cerrado e caatinga — estivessem conectadas durante parte do Mioceno,
sapos, mas que as estimativas anteriores para a conexão entre Amazônia e Mata Atlântica sugeriam uma ligação bem mais recente. “As estimativas anteriores, mesmo em lagartos papa-vento, eram de que as conexões e o intercâmbio de fauna teriam ocorrido no pleistoceno, ou seja, há menos de dois milhões de anos. O padrão LEANDRO DRUMMOND/DIVULGAÇÃO
LAGARTO ANOLIS NASOFRONTALIS período geológico entre 23 e cinco milhões de anos atrás. Ivan Prates, líder do estudo, explica que resultados semelhantes já foram apontados para aves e
encontrado para A. nasofrontalis e A. pseudotigrinus foi totalmente inesperado”, diz. (Revista Galileu)
Três xícaras de café por dia fazem bem à saúde Cientistas descobriram que maior consumo de café estava associado com um menor risco de morte por qualquer causa Beber café pode ajudar a viver mais tempo, de acordo com dois amplos estudos internacionais divulgados nesta segunda-feira (10). O primeiro estudo, dirigido pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC) e o Imperial College de Londres, examinou mais de meio milhão de pessoas em 10 países da Europa. Aqueles que bebiam em média três xícaras de café por dia tendiam a viver mais tempo que os que não bebiam café. "Descobrimos que um
maior consumo de café estava associado com um menor risco de morte por qualquer causa e especificamente por doenças circulatórias e digestivas", disse o autor principal do estudo, Marc Gunter, da IARC. O segundo estudo, que incluiu mais de 180.000 participantes de diversas origens étnicas nos Estados Unidos, encontrou benefícios para a l o n g e v i d a d e independentemente do café ter cafeína ou ser
REPRODUÇÃO/PIXABAY
descafeinado. Os bebedores de café tinham um menor risco de morrer por doenças cardíacas, câncer, derrame
cerebral, diabetes e d o e n ç a s respiratórias e renais. Aqueles que bebiam uma xícara por dia tinham 12% menos chances de morrer em comparação com os que não bebiam café. Já os que bebiam duas a três xícaras por dia tinham seu risco de morte reduzido em 18%. Os especialistas
advertiram, no entanto, que os estudos, americano e europeu, publicados na revista médica Annals of Internal Medicine, não demonstraram que o café seja realmente a razão pela qual muitos bebedores pareciam ter vidas mais longas. Em vez disso, as pesquisas foram de natureza observacional, o que significa que mostraram uma associação entre o consumo de café e uma propensão à longevidade, mas não chegaram a provar uma
relação de causa e efeito. "Não podemos dizer que beber café prolongará sua vida, mas vemos uma associação", disse a autora p r i n c i p a l , Ve r o n i c a Setiawan, professora de medicina preventiva da Keck School of Medicine da Universidade do Sul da Califórnia. "Se você gosta de beber café, beba! Se você não é um bebedor de café, então precisa considerar se deveria começar", acrescentou.
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fatos & notícias
08 a 15 de julho de 2017
O Complexo de Édipo – Uma visão psicanalítica Por Janaína B. Cordeiro REPRODUÇÃO INTERNET
O termo Complexo de Édipo é um dos conceitos mais famosos da Psicanálise. Foi criado por Sigmund Freud, inspirado na lenda grega “Édipo Rei”, do dramaturgo Sófocles. Conta a história, de forma resumida, que Édipo acidentalmente assassina seu pai, sem saber do parentesco entre eles e casase com Jocasta, sua mãe, com quem tem quatro filhos. Ao descobrir o incesto, como punição, Édipo fura seus próprios olhos e Jocasta se suicida. Freud utilizou tal literatura para explicar que o Complexo de Édipo caracteriza uma fase do desenvolvimento psicossexual infantil, que ocorre dos três aos seis anos de idade, momento em que a criança começa a
compreender as diferenças sexuais. Assim como na literatura de Édipo Rei, nessa fase há uma triangulação na relação pai-mãe-filho (a), onde o menino estabelece um intenso desejo pela mãe, ao
mesmo tempo em que surgem sentimentos de hostilidade para com seu pai, já que com este divide a atenção e os afetos de sua progenitora. Este conceito se aplica a ambos os sexos; no caso da menina, esta
sentirá desejo pelo pai e se rivalizará com a mãe. O conflito edipiano tratase de um desejo incestuoso infantil que se dá de forma inconsciente. A criança passa a ter sentimentos ambivalentes com as figuras materna e paterna e não reconhece a ocorrência do incesto, devido as normas sociais ainda não terem sido introjetadas por ela. Para Freud, a resolução do Complexo de Édipo ocorre através do Complexo de Castração, que é a repressão dos desejos edipianos pela instauração da lei paterna. Neste caso, a criança reconhecerá os limites e as regras impostas pelo pai, como uma proibição para a realização dos seus desejos incestuosos. É pelo temor da castração que o menino desistirá do seu desejo pela
mãe e se baseará no modelo masculino, agora reconhecido na figura paterna. Já no caso da menina, a extinção do complexo edipiano ocorre quando esta abandona sua paixão dirigida ao pai e identifica-se com a mãe, desenvolvendo, assim, atitudes femininas. Portanto, é em decorrência da aceitação dessas leis que acontece a castração, configurando a resolução positiva do conflito edipiano. O resultado dessa identificação é responsável pela formação do superego, uma parte importante nesse processo, através da qual a criança desenvolve uma consciência interna sobre o que é certo e o que é errado, construindo assim os seus valores e a sua moral. Na sua fase adulta, o
sujeito, então, escolherá um objeto do sexo oposto para si, como substituição inconsciente ao seu objeto de desejo durante a fase edipiana. Essa é uma experiência decisiva para determinar a estrutura psíquica do indivíduo e para a construção da sua futura identidade sexual. No entanto, quando a resolução do Complexo de Édipo se dá de forma negativa, diversas consequências poderão surgir para o sujeito, entre elas, a imaturidade emocional e o excesso de dependência nas suas relações afetivas. Janaína Bernardo Cordeiro Aspirante à psicanalista, filiada ao Sindicato dos Psicanalistas do Estado do Espírito Santo Contato: jbernardocordeiro@yahoo.com
Pesquisadores apontam dificuldade em prever novos surtos de zika Um artigo publicado na revista britânica The Lancet traçou um panorama inédito entre o vírus zika e a microcefalia e concluiu que é difícil prever os próximos surtos do vírus no Brasil. A pesquisa destacou a necessidade de se esclarecerem as variações dos surtos e de se aprofundar a investigação sobre o assunto. “O que acontece é que nós não temos nenhum histórico, em nenhuma parte do mundo, de uma epidemia com essa magnitude e com essas dimensões enfrentadas em 2015 e 2016. O zika é um vírus que foi introduzido bem antes [desses anos], mas cujas consequências se deram em 2015”, explicou o pesquisador Wanderson Kléber de Oliveira, um dos autores do estudo e excoordenador-geral de
Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde. “Embora todas as nossas descobertas, juntamente com a literatura científica, apoiem a hipótese de que a infecção por zika vírus durante a gravidez causa microcefalia, nós não sabemos as razões da ampla gama de picos mensais de microcefalia ao longo do tempo e em regiões após os surtos do zika vírus", diz trecho do estudo. Possíveis explicações, segundo os pesquisadores, seriam a intensidade do surto, a interferência de cofatores e ações de saúde pública implementadas para evitar a exposição de grávidas ao mosquito. Hoje vinculado ao Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), Oliveira afirma que os brasileiros ainda vivem o “espectro clínico do zika”. “ Ti v e m o s p i c o s d e s s a doença no Brasil, seguidos por manifestações neurológicas, e hoje temos síndromes neurológicas, congênitas”. Para o artigo Infectionrelated microcephaly after the 2015 and 2016 Zika virus outbreaks in Brazil: a surveillance-based analysis (Microcefalia relacionada à infecção após os surtos do vírus Zika 2015 e 2016 no Brasil: uma análise baseada em vigilância, em tradução livre), os autores utilizaram dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) sobre doenças transmitidas pelo Aedes aegypti coletados de 1º de janeiro de 2015 a 12 de novembro de 2016. Apenas
6% (309.783) das cerca de 8,5 milhões de notificações no período corresponderam ao vírus zika. Do total, 87,4% (4.497.133) eram de dengue e 6,6% (339.880), de chikungunya. Os pesquisadores identificaram duas ondas do contágio por zika durante a gravidez: ambas ocorridas em fases chuvosas e de alta umidade, que favorecem a reprodução do Aedes aegypti. A primeira teria sido caracterizada pela
multiplicação de casos no Nordeste. Os pesquisadores argumentam que, embora a segunda onda tenha sido amplamente documentada em todas as regiões do Brasil, não há a confirmação da microcefalia relacionada à infecção, exceto por um pequeno aumento de casos no Centro-Oeste. O Nordeste foi a única região a atingir um pico mensal maior do que o nível endêmico de microcefalia determinado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), que é de 0,5 a 20 casos a cada 10 mil recém-nascidos. A região registrou 48 casos a cada 10 mil nascimentos no auge da epidemia. “A questão sobre o que ocasionou a aparente diferença no risco da microcefalia após o surto inicial do zika vírus no Nordeste do Brasil versus os surtos seguintes no país e em outros locais exige que se aguardem resultados de pesquisas futuras”, concluiu a equipe.
08 a 15 de julho de 2017
GERAL 9
fatos & notícias
Brasil e África do Sul lançam plano de pesquisa para oceanos do hemisfério sul Parceria será focada em questões como a conservação do ambiente marinho e mudanças climáticas ASCOM/MCTIC
Brasil e África do Sul construíram um plano científico para aprofundar a cooperação em pesquisa no Atlântico Sul e Tropical e em outros oceanos austrais, segundo documento publicado terça-feira (11)
pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) simultaneamente ao Departamento sul-africano de Ciência e Tecnologia (DST, na sigla em inglês). Os ministros Gilberto
Kassab e Naledi Pandor participam, em Lisboa, do evento Uma Nova Era de Iluminação Azul, para lançamento das bases da cooperação entre os dois países e a União Europeia. Ao lado do comissário
europeu para Pesquisa, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, eles devem assinar, na Torre de Belém, uma declaração de intenções tripartite com objetivo de integrar atividades das nações que compartilham as águas de todo o oceano Atlântico. Por meio do plano científico, Brasil e África do Sul destacam a relevância do Atlântico para suas economias e sociedades, diante da influência marinha n o c l i m a e , consequentemente, em atividades de agropecuária, mineração, pesca e aquicultura, transporte e turismo. O documento reforça, ainda, a necessidade de conhecer melhor o papel das porções meridional e tropical do oceano nas mudanças climáticas dos dois países, dos continentes vizinhos e do planeta. A iniciativa de aprofundar a cooperação bilateral
envolveu, nos últimos dois anos, esforços de equipes ligadas ao MCTIC e ao DST, c o m a p o i o d e pesquisadores. A decisão de liderar a cooperação internacional em pesquisa no Atlântico Sul partiu de workshop realizado em outubro de 2015, em Brasília, junto a representantes de Angola, Argentina, Namíbia e Uruguai. O plano científico identifica três áreas-chave: mudança climática, controle de processos de variabilidade de ecossistemas e recursos marinhos vivos e minerais, a exemplo da biodiversidade. A geografia sul-africana favorece a abrangência dos desafios a serem compartilhados, já que o país se localiza na confluência de três sistemas oceânicos – Atlântico, Índico e Antártico. No contexto do encontro
em Portugal, o documento reitera a disposição dos dois países de fortalecer a agenda científica e de inovação no sistema atlântico como um todo, em complemento à Aliança de Pesquisa Oceânica do Atlântico, formada por Canadá, Estados Unidos e União Europeia. "O desenvolvimento deste plano é altamente simbólico, uma vez que duas nações de importância científica no hemisfério sul reconheceram a necessidade de cooperar em larga escala perante os desafios globais, ou seja, em busca de entender e gerenciar as mudanças climáticas e expandir de forma sustentável o acesso a recursos até agora escondidos nas profundezas incógnitas do oceano Atlântico", afirmou a ministra sul-africana Naledi Pandor. (MCTIC)
J.K. Rowling revela ter conto de fadas guardado STEFAN WERMUTH/REUTERS
J.K. Rowling fez uma nova revelação sobre suas obras em entrevista à CNN. Questionada pela jornalista Christiane Amanpour se era verdade que ela estava produzindo um livro infantil com temática política, ela confirmou que havia, sim, escrito uma história. Mas tem
um detalhe: não foi em papel nem em um computador. J.K. Rowling escreveu em um vestido. “A minha festa de aniversário de 50 anos foi realizada no Halloween e como tema eu pedi para os convidados virem como
'seu pior pesadelo'. No meu caso, era o de um manuscrito perdido, então escrevi um conto no vestido e usei. Não faço nem ideia se será publicado algum dia, mas no momento está pendurado em algum dos meus armários”, falou Rowling.
No momento, ela está finalizando o roteiro da continuação de Animais Fantásticos e Onde Habitam e revelou no final de 2016 que está escrevendo dois livros diferentes, um deles com o seu pseudônimo Robert Galbraight. (Exame)
INTERNACIONAL 10 fatos & notícias
08 a 15 de julho de 2017
Será o fim do mistério da Europa analisa esta semana morte de Amelia Earhart? acordo de livre comércio com o Mercosul
Imagem sem data e encontrada no acervo do Arquivo Nacional sugere que aviadora e seu colega, Fred Noonan, teriam sobrevivido a acidente com aeronave
REPRODUÇÃO INTERNET
U.S. NATIONAL ARCHIVES/REUTERS
Os humanos vão deixar o espaço sideral mais sujo e a Nasa se esforça muito para manter o espaço limpo. O Office of Planetary Protection, por exemplo, existe para proteger a Terra de potencial vida de outros planetas, mas eles também têm que proteger os outros planetas de nós. Então, é importante saber exatamente como impactamos os ambientes que invadimos. Uma equipe de pesquisadores da Nasa está tentando recriar o meio ambiente na estação espacial para ver exatamente como os humanos impactam, quais microrganismos colonizam habitats espaciais. Em sua pesquisa mais recente, eles mediram como alguns tipos de fungos mudaram à medida que os seres humanos viviam em um habitat inflável. Apesar de serem apenas quatro habitantes humanos, ficou claro que a mera presença de pessoas mudou os tipos
de espécies que se instalaram. Isso será especialmente importante para saber quando as pessoas realmente viverem nesses habitats no espaço. “Carregamos mais micróbios do que células humanas”, afirmou o autor do estudo Dr. Kasthuri Venkateswaran, do Grupo de Proteção Planetária no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, ao Gizmodo. “Precisamos nos preocupar com o que está sendo transportado para outros lugares”. Os quatro “astronautas” se acomodaram em um habitat de 12 por 10 por 2,5 metros, contendo cozinha, laboratório, banheiro e quarto. As missões lá dentro duram até 30 dias, durante as quais as únicas coisas trazidas do mundo exterior foram os seres humanos e ar o filtrado. Foram coletadas amostras de fungos em cada um dos quartos em quatro momentos separados durante uma missão de 30 dias e quatro pessoas: nos
dias 0, 13, 20 e 30. Os resultados das amostras tiveram nuances: existiam menos fungos em geral ao fim da missão, mas houve um aumento de certos tipos, especialmente dos gêneros Epiccocum, Alternaria, Pleosporales, Davidiella e Cryptococcus. Os pesquisadores publicaram seus resultados no periódico Microbiome. Esse estudo apenas rastreia mudanças causadas por quatro pessoas diferentes, então certamente é uma amostragem pequena. Mas os resultados validam o trabalho anterior dos pesquisadores. Eles fizeram estudos similares sobre diversidade bacteriana, e ficou claro que o ambiente bacterial desses habitats fechados fica com o gosto das pequenas espécies que os humanos trazem consigo. E os pesquisadores vão fazer estudos posteriores em outros habitats por períodos mais l o n g o s , d i s s e Venkateswaran. (Exame)
O Parlamento Europeu (PE) analisará, em Bruxelas, os avanços nas tratativas para firmar um acordo de livre comércio com o Mercosul. Os deputados europeus ainda examinam os ajustes de alguns pontos, em particular o que se refere ao impacto do acordo sobre diferentes produções agropecuárias. A informação é da Agência Télam. Essas resistências encontram uma posição mais extrema em posicionamentos como o da eurodeputada Sophie Montel, do ultradireitista partido Frente Nacional da França, que diretamente pediu à Comissão
Europeia (o órgão executivo da UE) “que renuncie a toda negociação com o Mercosul destinada a firmar um acordo de livre comércio”. Face a esses temores, o irlandês Phil Hogan (comissário de Agricultura e Desenvolvimento Rural) admitiu que em alguns setores agrícolas europeus “se podem produzir efeitos adversos”, ainda que outros, disse, sejam beneficiados. Um caso particular, segundo ele, é o do setor de carnes, que “deve ser considerado como sensível no contexto das negociações UEMercosur”. Em outras palavras, precisou, “o setor da
carne não pode ser totalmente liberado e as concessões devem estar sujeitas a um limite quantitativo apropriado”. À m a rg e m d a q u e s t ã o agropecuária, a próxima roda de negociações entre ambos os blocos está precedida de importantes conquistas relacionadas com as três partes do futuro acordo: o aspecto comercial, o diálogo político e a cooperação bi-regional em áreas como a promoção da democracia e dos direitos humanos, a luta contra a pobreza e o tráfico de drogas, a pesquisa científica e o desenvolvimento sustentável.
(Agência Brasil)
ECONOMIA 11
08 a 15 de julho de 2017
fatos & notícias
Pesquisa com mais de 3,6 mil artesãos mostra que atividade é opção para crise MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
A produção artesanal de objetos proporciona um complemento para a renda e é ainda um trabalho informal para a maioria dos artesãos, conforme apontou pesquisa realizada pela plataforma digital Clube de Artesanato e divulgada na abertura da feira Mega Artesanal na capital paulista. O levantamento, realizado com 3.649 entrevistados de todo o País nos meses de maio e junho, mostrou que apenas 17,7% dos artesões são legalizados como microempreendedor individual (MEI). O restante p e r m a n e c e n a informalidade, sendo que 45,8% disseram que não têm interesse em se registrar e 21,5% afirmaram que não saem da informalidade porque não têm incentivos
do governo nem como arcar com os custos altos de uma empresa. “De acordo com o nosso levantamento, 70% das pessoas fazem artesanato e vendem entre amigos e familiares, e apenas 8% têm uma pequena loja, o que comprova, mais uma vez, a informalidade neste ramo de negócio”, disse Lucas Ferreira, gestor de marketing do Clube de Artesanato. A motivação de 49% dos entrevistados que trabalham com artesanato é a complementação da renda f a m i l i a r. E m 6 3 % d a s residências, há apenas uma pessoa com trabalho fixo e, em momento de crise, o artesanato ajudou 56% dos entrevistados. Além disso, 31% dos artesãos sustentam entre duas e quatro pessoas
com a renda de seu trabalho. “Muitas pessoas estão migrando hoje [para o trabalho artesanal], por uma dificuldade de recolocação [no mercado] e de novo emprego. O artesanato é uma solução prática e rápida para se gerar um complemento de renda. Frente ao momento econômico que o País vem atravessando, com quase 14 milhões de pessoas desempregadas, o movimento do artesanato foi muito potencializado”, avaliou Ferreira. Apesar da característica de auxílio na renda, Ferreira a f i r m o u q u e h á possibilidade de o artesanato se tornar a fonte principal de faturamento. “A maioria utiliza [o artesanato] como complemento de renda. O
que naturalmente acontece, e podemos ver na feira, é que, mesmo como um complemento de renda, o negócio vai crescendo, e aí
aquela ação despretensiosa vira uma ação de resultado financeiro, se torna uma empresa, cresce e vira um negócio de sucesso.
Existem exemplos aqui na feira que o público vai conseguir observar”, disse. (Agência Brasil)
Senado aprova e texto da modernização trabalhista vai à sanção Proposta dá valor de lei às negociações entre empregados e empregadores e traz a legislação brasileira para o século 21 EDÍLSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO
Com 50 votos sim, 26 não e uma abstenção, o Senado Federal aprovou na terçafeira (11) a proposta de modernização da legislação trabalhista. Enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional em dezembro passado, o texto agora segue para sanção do presidente da República,
Michel Temer, já que todos os destaques e emendas foram rejeitados. Um dos principais pontos do texto é a valorização dos acordos coletivos de trabalho. Com a aprovação da proposta, as negociações entre sindicatos de empregados e empresas terá valor de lei, conforme já
previsto na Constituição Federal. Com as novas regras, haverá redução de burocracia e atualização de regras trabalhistas, trazendo a legislação para o século 21. Como, por exemplo, a regulamentação do home office. Ou seja, com a aprovação da proposta, o trabalho de casa passa a ser reconhecido e ter regras claras. A regulação prevê, inclusive, gastos c o m o u s o d e equipamentos, com energia e com internet. O texto mantém direitos adquiridos como segurodesemprego, salário mínimo, repouso semanal remunerado, aposentadoria, férias, verbas rescisórias. Outra mudança é a possibilidade de trabalho intermitente. Nessa
m o d a l i d a d e o s trabalhadores são pagos conforme o período
trabalhado. O projeto prevê que o trabalhador receba pela jornada ou diária e,
proporcionalmente, com férias, FGTS, previdência e 13º salário. (Portal Brasil)
ECONOMIA 12 fatos & notícias
08 a 15 de julho de 2017
Grãos devem atingir recorde com supersafra de 237 milhões de toneladas Clima e tecnologia usada para aumento da produtividade favorecem o resultado DIVULGAÇÃO PORTAL BRASIL
A produção de grãos na safra 2016/17 pode chegar a 237,2 milhões de toneladas, com aumento de 27,1% ou 50,6 milhões de toneladas sobre as 186,6 milhões de toneladas da safra passada.
Os números são da 10ª estimativa da atual safra, divulgada na terça-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A supersafra atual se deve a condições climáticas
favoráveis e ao aumento da produtividade média de todas as culturas, com destaque para soja e milho, que tiveram alto nível de aplicação tecnológica. A produtividade da soja subiu de 2.870 para 3.362 kg/ha na atual safra e a do milho total de 4.178 para 5.522 kg/ha. Ta m b é m é resultado de pequena ampliação de área plantada de 3,9%. A soma de todas as culturas pode chegar a 60,6 milhões de hectares, frente aos 58,3 milhões de ha da safra
Agricultura espera aumento de 3% na exportação de carnes brasileiras este ano Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento espera que a venda de carnes brasileiras, tanto bovina, quanto suína e de aves, ao mercado externo cresça 3% este ano, segundo comunicou o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, que participa, em Genebra, na Suíça, do Codex Alimentarius. De acordo com Novacki, missões internacionais, que
foram intensificadas nos últimos meses, têm servido para consolidar e ampliar negócios nos m e r c a d o s consumidores. O secretário reiterou a meta de atingir 10% de participação no mercado global em cinco anos. Hoje, o Brasil tem quase 7% da fatia do mercado de produtos agropecuários do mundo. Segundo nota divulgada pelo Ministério da
Agricultura, durante as reuniões bilaterais de que participou em Genebra, Novacki fez questão de ressaltar as providências adotadas para assegurar a qualidade dos produtos brasileiros. (Agência Brasil)
2015/2016. Os números da produção e da área da soja permanecem os mesmos do último levantamento. A cultura deve crescer 19,4% e chegar a 113,9 milhões de toneladas, com ampliação de 1,9% na área plantada, estimada em 33,9 milhões de hectares. Quanto ao milho, a produção total deve alcançar 96 milhões de toneladas, 44,3% acima da safra 2015/2016. A previsão é de 30,4 milhões de toneladas para a primeira safra e de 65,6 milhões para a segunda. A área plantada deve alcançar 17,4 milhões de hectares, com crescimento de 9,2%. As duas culturas respondem por 88,5% dos grãos produzidos no país.
A produção e a área total do feijão também ficaram próximas dos números do levantamento anterior, devendo atingir 3,4 milhões de toneladas, numa área de 3,1 milhões de hectares. O feijão primeira safra, que já está colhido, alcançou 1,39 milhão de toneladas, resultado 34,3% superior ao produzido em 2015/2016. Já a segunda safra deve alcançar 1,24 milhão de toneladas, sendo 613,8 mil toneladas do grão cores, 187 mil toneladas do preto e 439,6 mil toneladas do caupi (de corda ou fradinho). No caso do algodão pluma, o crescimento é de 15,2%, podendo alcançar 1,5 milhão de toneladas, apesar da estimativa de redução de
1,7% na área cultivada. A previsão é de queda de 9,6% na área de trigo, podendo chegar a 1,93 milhão de hectares ante 2,1 milhões de ha da safra passada. A produção, com isso, deve recuar 17,1% e chegar a 5,6 milhões de toneladas frente às 6,7 milhões de t de 2016. Ao contrário do trigo, o plantio de aveia elevou a área em 15,3%, podendo alcançar 336 mil hectares, com produção estimada em 835,3 mil toneladas. A pesquisa foi realizada no período de 18 a 24 de junho em todas as regiões produtoras, quando foram consultadas diversas instituições e informantes cadastrados em todo o País. (Mapa)