Fatos & Notícias Ed. 216

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 216

24 a 31 de agosto/2017 Serra/ES

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fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br

Pesquisa genética revela Barco é encontrado com cor- Pesquisadores descobrem proque DNA de índios botocu- po de aventureiro desapare- teína de planta que pode ser usada no combate ao vírus dos é da Polinésia PÁG. 7 cido em 2009 PÁG. 9 HIV e ao câncer PÁG. 8

EDUCAÇÃO

Renovação de contratos do Fies vai até 31 de outubro PÁG.4 MEIO AMBIENTE

Mobilização pela Amazônia reúne milhares em 13 cidades brasileiras PÁG.2

O exemplo do Canadá que é uma potência na educação REUTERS

Pág.4

TECNOLOGIA

Facebook vai inaugurar escola de programa ção no Brasil PÁG.6 ECONOMIA

Cade abre processo para apu- Os jovens do Canadá estão entre os mais bem-educados do mundo. Eles estão muito à rar atuação da frente de vizinhos como os Estados Unidos e de países europeus com quem têm laços Claro, OI Móvel culturais, como o Reino Unido e a França PÁG. 4 e Telefônica Brasil PÁG.11

Doe Sangue. Doe Vida


2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias

24 a 31 de agosto de 2017

Mobilização pela Amazônia

reúne milhares em 13 cidades brasileiras Ato chamou a atenção para as medidas adotadas pelo governo Temer que vão levar ainda mais destruição para a floresta

Desafio Ambiental divulga selecionados

Pela proteção da Floresta Amazônica e contra os retrocessos socioambientais do governo Temer, milhares de pessoas participaram, no último domingo (27), da m o b i l i z a ç ã o #TODOSPELAAMAZÔNI A em 13 cidades: Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Fortaleza (CE), São Luís (MA), São Paulo (SP), São Bernardo (SP), Imbé (RS), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Recife (PE). Somente no Rio de Janeiro, aproximadamente 3 mil pessoas participaram do ato promovido na Praia de Ipanema. Entre eles, os atores Caco Ciocler, Luísa Micheletti, Sérgio Marone, Marcelo do Valle, Alexia Deschamps, Leandra Leal, o diretor Alê Youssef e o cantor Charles Gavin. Na semana passada, mais

uma medida adotada por Temer causou indignação nacional e internacional. No dia 24, ele decretou o fim da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca) uma área do tamanho do estado do Espírito Santo, rica em ouro e outros minérios na divisa do Amapá com o Pará. Sobrepostas aos 4,7 milhões de hectares da Renca existem nove áreas protegidas: sete unidades de conservação e duas terras indígenas. Ao abrir a região para a exploração privada, o governo vai acelerar a chegada da mineração em áreas de floresta com alto valor para conservação e deixar a área aberta ao avanço do desmatamento e da grilagem de terras na

Amazônia. “O que acontece em Renca é só uma pequena amostra do que vem acontecendo com o plano do governo para a Amazônia. A gente tem um desmonte articulado a ser feito da legislação que regula o licenciamento ambiental no Brasil. E agora veio a público a vontade do governo de liberar todo o capital mineral brasileiro para a especulação internacional. É uma chamada para mostrar como esses movimentos do governo estão todos conectados e vão causar muita destruição na Amazônia”, comenta o Diretor de Campanhas do Greenpeace Brasil, Nilo D'Avila.

O Desafio Ambiental, promovido pelo WWFBrasil, encerrou suas inscrições no dia 9 de agosto, com a adesão de 132 iniciativas. O Desafio, que visa identificar e fortalecer experiências inovadoras e modelos de negócio e de produção que promovam a restauração florestal, vai proporcionar um período de imersão para oito iniciativas finalistas entre os dias 18 e 21 de setembro. Os projetos selecionados são: Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental, de São Paulo (bioma Mata Atlântica); Fractal – núcleo de inovações, do Rio de Janeiro (múltiplos biomas); Laboratório de Silvicultura Tropical - ESALQ, de São Paulo (bioma Mata Atlântica); Associação Rede de Sementes do Xingu, de Mato Grosso (biomas Cerrado e Amazônia); Idesam Projeto, Programa carbono neutro, do Amazonas (bioma Amazônia); Associação

Caatinga, do Ceará (bioma Caatinga); Universidade Federal de Viçosa, de Minas Gerais (múltiplos biomas) e Viveiro Lua Nova, do Rio de Janeiro (bioma Mata Atlântica). Estes selecionados passarão agora para as mentorias, promovidas por instrutores convidados pelo Impact Hub e Sebrae. O objetivo é conhecer o histórico das iniciativas, seus desafios e intenções para o futuro. Além disso, os selecionados vão ser orientados a construir um plano de ação que vai ajudálos nas próximas fases. A imersão, que acontecerá no Parque Nacional da Tijuca no Rio de Janeiro, tem como objetivo promover a conexão entre projetos selecionados e fomentar colaborações e sinergias. Além disso, oferecer conteúdo e apoio ao desenvolvimento dos negócios e prepará-los para a seleção final do Desafio Ambiental, no encerramento da

imersão. Em comemoração ao dia da árvore, 21 de setembro, será realizado um coquetel de encerramento do Desafio com a premiação em dinheiro de dois projetos selecionados pelo júri técnico e um pelo voto popular. “As mentorias e a imersão são processos de aprofundamento e fortalecimento das iniciativas. Uma oportunidade para que elas desenvolvam ainda melhor suas atividades e aumentem suas chances de gerar impactos positivos na natureza e fazer a diferença, seja fortalecendo suas estratégias de comunicação, parcerias ou melhorando seu planejamento de negócios, ” explica Leda Tavares, especialista em conservação do WWFBrasil.

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fatos & notícias

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CULTURA 3

24 a 31 de agosto de 2017

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relembra trajetória A vida de luxo Mostra da Hospedaria de Imigrantes dos Faraós em São Paulo FOTO: MUSEU DA IMIGRAÇÃO

Os faraós moravam em palácios com mobília fabricada com materiais nobre REPRODUÇÃO

Hoje existe uma restrita parcela da população mundial que vive em um elevado índice de consumo e muito luxo. Mas isso não é privilégio apenas da sociedade atual. No tempo dos faraós, eles e suas famílias levavam uma vida com muito luxo, requinte e conforto, mesmo que nos padrões da época a realidade vista hoje é de surpreender. Os faraós moravam em palácios com mobília fabricada com materiais

nobre, como cedro, ébano com vários detalhes em marfim e ouro e os artesãos possuíam técnicas e perícias para a elaboração de peças únicas, os utensílios domésticos possuíam grande beleza e qualidade em relação aos demais objetos usados em outras famílias, isso só afirmava o poder e a riqueza. Outra evidência de luxo, conforto e prova da tamanha riqueza estava no contingente de servos

responsáveis pela manutenção do palácio e para oferecer lazer aos faraós, eram criados, músicos, cantores, dançarinos e copeiros, oferecendo muitas facilidades. Para preencher o tempo, os faraós, também chamados de 'deuses vivos', caçavam, pescavam com grande frequência e praticavam vários jogos como forma de tornar seus dias mais agradáveis. História do Mundo UOL

O Museu da Imigração, em São Paulo, abriu no sábado (26) a exposição comemorativa dos 130 anos da Hospedaria de Imigrantes do Brás. Desde 5 junho de 1887 o local recebeu milhões de imigrantes no complexo de prédios onde hoje funciona o Museu da Imigração. Para homenagear os 130 anos de história do local, o museu inaugura a exposição temporária Hospedaria 130. A mostra tem entrada gratuita. Foi o desejo de desvendar o que está além dos registros oficiais que direcionou a pesquisa feita para criar a exposição Hospedaria 130. O entendimento de que a história ultrapassa as informações contidas nas fontes tradicionais levou a equipe de curadoria a vasculhar jornais, relatórios, correspondências, livros de achados e perdidos, cadernos de ocorrências da

enfermaria, plantas e fotografias. Todo o material consultado foi estudado e possibilitou a reconstrução de muitas das memórias que estavam perdidas no passado da hospedaria. Para refazer o caminho percorrido nesses 130 anos, a exposição temporária foi dividida em três módulos: lugar, vivências e materialidade. No primeiro deles, o público poderá entender melhor como ocorreu o processo de construção da hospedaria, a escolha de sua localização e os diferentes usos de seu complexo de prédios. O segundo apresenta, por meio de relatos, aspectos sobre a vida daqueles que estiveram na hospedaria e sobre acontecimentos que marcaram o cotidiano do local. Por fim, o terceiro módulo traz uma abordagem mais material, que oferece uma perspectiva do edifício a partir de listas de compras,

registros de achados e perdidos e objetos de uso comum. A exposição está montada no espaço da Hospedaria em Movimento do Museu da Imigração e se estende ao jardim com totens, que mostram fotografias antigas no exato local onde o fotógrafo se posicionou anos atrás. A proposta, desta parte da mostra, é permitir que os visitantes possam projetar cenas e eventos do passado. O Museu da Imigração fica na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, no bairro da Mooca, em São Paulo. O horário de funcionamento é de terça-feira a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos das 10h às 17h. Os ingressos para visitar as exposições do Museu custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meiaentrada). Mais informações estão disponíveis no site www.museudaimigracao.or g.br

(Agência Brasil)


4 EDUCAÇÃO fatos & notícias

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Como o Canadá se tornou uma superpotência em educação Embora seja muito menos lembrado, o Canadá subiu ao topo dos rankings internacionais Na mais recente rodada de exames do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para C o o p e r a ç ã o e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne países desenvolvidos, o Canadá ficou entre os dez melhores países em matemática, ciências e interpretação de texto. As provas são o maior estudo internacional de desempenho escolar e mostram que os jovens do Canadá estão entre os mais bem-educados do mundo. Eles estão muito à frente de vizinhos como os Estados Unidos e de países europeus com quem têm laços culturais, como o Reino Unido e a França. O Canadá também tem a maior proporção de adultos em idade produtiva com educação superior – 55%, em comparação com uma média de 35% de países da OCDE.

O sucesso do Canadá em testes escolares é incomum ao s er compar ad o co m tendências internacionais. Os países com melhor desempenho costumam ser pequenos, com sociedades homogêneas e coesas e com cada pedaço do sistema educacional integrado a uma estratégia nacional – como em Cingapura, que tem sido usado como exemplo de progresso sistemático. O Canadá nem sequer tem um sistema educacional nacional, pois a organização é baseada em províncias autônomas. E é difícil imaginar um contraste maior entre uma cidade-Estado como Cingapura e um país de dimensões continentais como o Canadá. Em uma tentativa de entender o sucesso do Canadá na educação, a OCDE descreveu o papel do governo federal no setor como "limitado e, às vezes, inexistente". Também é bem conhecido

REUTERS

o fato de que o Canadá tem um alto número de imigrantes em suas escolas. Mais de um terço dos jovens no Canadá têm ambos os pais oriundos de outro país. Os filhos das famílias de imigrantes recém-chegados se integram em um ritmo rápido o suficiente para ter o mesmo desempenho de seus colegas de classe.

Quando o último ranking da OCDE é analisado em detalhe, os resultados regionais do Canadá são ainda mais impressionantes. Se as províncias se inscrevessem no teste como países separados, três delas (Alberta, Quebec e British Columbia) estariam entre os cinco primeiros lugares em ciências, junto com

Cingapura e Japão e à frente de lugares como Finlândia e Hong Kong. Afinal, como o Canadá superou tantos outros países na área de educação? Andreas Schleicher, o diretor de educação da OCDE, diz que a característica que une os diversos sistemas educacionais do país é a igualdade.

Apesar de diversas diferenças nas políticas educacionais, um traço em comum entre todas as regiões d o p a í s é o comprometimento em oferecer igualdade de oportunidades na escola. Schleicher diz que existe um forte senso de equilíbrio e igualdade de acesso – o que pode ser observado na alta performance acadêmica de filhos de imigrantes. Até três anos depois de chegar ao país, os alunos imigrantes alcançam notas tão altas quanto as de seus colegas. Isso torna o Canadá um dos poucos países em que crianças imigrantes atingem um patamar similar aos das não-imigrantes. Outra característica distinta é que os professores são muito bem pagos em comparação com os padrões internacionais – e o ingresso na profissão é altamente seletivo. (BBC Brasil)

Renovação de contratos do Fies vai até 31 de outubro O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) abriu o prazo para a renovação dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os estudantes devem efetivar o aditamento de seus financiamentos até o dia 31 de outubro, pelo Sistema Informatizado do Fies (SisFies). A transferência de curso ou instituição de ensino e o pedido de dilatação do

financiamento devem ser feitos até 30 de setembro. O presidente do FNDE, Sílvio Pinheiro, reitera a importância dos aditamentos. “Quando o estudante efetiva a renovação, o FNDE pode iniciar o pagamento dos encargos educacionais às faculdades”. Pinheiro também faz um apelo aos estudantes, para que renovem os contratos com antecedência. “O prazo para

fazer a renovação é longo, mas é importante que os estudantes realizem os aditamentos o quanto antes, para evitar problemas no fim do período”. Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas instituições de ensino e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas

REPRODUÇÃO

faculdades no SisFies. No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o

estudante precisa levar a d o c u m e n t a ç ã o comprobatória ao agente financeiro (Banco do Brasil ou Caixa) para finalizar a renovação. Já nos

aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema. (Portal MEC)


POLÍTICA 5

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fatos & notícias

O que nos diz a eleição na Amazônia AMAZONAS NOTÍCIAS

Em tempos de apelo popular por novidades nas urnas, o povo amazonense dá uma grande mostra de retrocesso. Seja por falta de opções ou pelo velho jeito de se fazer política:

trocando o voto por pequenos favores, ou seja, o político compra os votos daqueles que mais precisam de investimentos e atenção do poder público. É triste saber que o povo ainda não

aprendeu que o poder está em suas mãos e não na dos políticos. Em um período conturbado da política brasileira, a eleição da velha raposa amazonense mostra que o jeito de agir dos velhos políticos continua a mesma. Há denúncias de que Amazonino lançou mão da estratégia de doar motor de popa para ribeirinhos do estado e que, por isso, obteve êxito em sua campanha. Se isso for verdade é mais uma prova de que o povo não amadureceu politicamente. Amazonino Mendes (PDT), eleito neste domingo, 27, governador do Amazonas, é um nome de

presença constante nas cédulas e urnas eleitorais dos pleitos no Estado desde a década de 1980. Nos últimos cinco anos, no entanto, o pedetista não exercia cargo público. Nascido em 16 de novembro de 1939 em Eirunepé (AM), município localizado na divisa com o Acre, distante 1.159 quilômetros da capital Manaus, Amazonino Armando Mendes chega ao comando do governo pela quarta vez consolidando-se como uma das principais lideranças do Estado nas últimas décadas. Mendes entrou na política na década de 1980, após fazer carreira como empresário da construção

civil e diretor do Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Amazonas (DER-AM). Em 1983, foi eleito prefeito de Manaus pela primeira vez. Quatro anos depois, venceu sua primeira eleição para o governo do Amazonas. Em 1990, foi eleito senador da República, mas não cumpriu nem a metade do mandato. Três anos após ser eleito senador, o político retornou à prefeitura de Manaus para seu segundo mandato à frente do município. Desta vez, o mandato dele durou dois anos. Em 1994, Amazonino Mendes deixou o cargo para assumir, pela segunda vez, a

função de governador do Amazonas. Quatro anos depois foi reeleito. Exerceu o cargo até o ano de 2002. Em 2004, disputou eleição para o que seria seu terceiro mandato como prefeito de Manaus mas foi derrotado por Serafim Corrêa. Em 2006, disputou o governo do Estado contra Eduardo Braga e amargou outra derrota. Em 2008, Amazonino voltou a se candidatar à prefeitura, sendo eleito no segundo turno. Ele cumpriu o mandato até 2012 e não tentou a reeleição. Luzimara Fernandes, com informações de Isto É

Temer fará reunião ministerial Janot abre primeira ação no Supremo contra pontos antes de viajar para a China

da reforma trabalhista

REPRODUÇÃO

Na véspera de viajar para a China, o presidente Michel Temer fez nesta segunda (28) reunião ministerial no Palácio do Planalto. A previsão é de que ele fique fora do Brasil durante uma semana e, na reunião, passou orientações à equipe para o trabalho nos próximos dias.

Temer deve embarcar para a China nesta terça-feira (29) e retornar a Brasília no dia 6 de setembro. No país asiático, ele participará da reunião do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A 9ª cúpula do bloco ocorrerá entre 3 e 5 de setembro na cidade chinesa de Xiamen e

terá como um dos temas o fortalecimento da cooperação econômica entre os países-membros. Enquanto Michel Temer estiver fora do Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, assume interinamente a presidência da República. (Agência Brasil)

O p r o c u r a d o r- g e r a l d a República, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma a ç ã o d i r e t a d e inconstitucionalidade (ADI) contra alguns dispositivos da lei da reforma trabalhista. Trata-se do primeiro processo que questiona alguns dos mais de 100 pontos modificados em julho na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Na ação, protocolada na noite de sexta-feira (25) e cujo conteúdo foi disponibilizado nesta segunda (28), Janot questiona os artigos 790-B, 791-A e 844 da CLT, que normatizam alguns pontos do processo trabalhista. Os artigos questionados preveem algumas situações em que fica a cargo do sucumbente – aquele que perde uma ação trabalhista – o dever de arcar com os

VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

custos do processo e honorários advocatícios, mesmo que a parte derrotada comprove não ter condições de pagar, sendo beneficiária da Justiça gratuita. Por exemplo, se o derrotado na ação conseguir obter recursos ao ganhar um outro processo trabalhista, esse dinheiro deverá ser usado para pagar as custas da ação em que foi derrotado. Da mesma forma, se o sucumbente adquirir condições financeiras de

arcar com tais custas no prazo de dois anos após a derrota, pode ser obrigado a pagá-las. Para Janot, tais dispositivos da nova CLT “ a p r e s e n t a m inconstitucionalidade material, por impor restrições inconstitucionais à garantia de gratuidade judiciária aos que comprovem insuficiência de recursos, na Justiça do Trabalho”. (Agência Brasil)


6 TECNOLOGIA 24 a 31 de agosto de 2017 fatos & notícias

DIVULGAÇÃO/PROJECT ASLAN

Braço robótico impresso em 3D traduz textos para linguagem de sinais

Indivíduos com deficiência auditiva ou de fala podem ter problemas para se comunicar com pessoas que não são fluentes em Libras ou qualquer outra linguagem de sinais. Com o Aslan, porém, isso pode mudar. Aslan é o projeto de três estudantes do mestrado em engenharia da Universidade

da Antuérpia, na Bélgica. Tr a t a - s e d e u m b r a ç o robótico, feito com peças impressas em 3D e operando sobre uma placa Arduino, que traduz texto para linguagem de sinais. Uma simples interface interpreta o discurso inserido por texto, usando um teclado simples, em sinais feitos pelos dedos

robóticos da máquina. No futuro, a expectativa dos engenheiros é incluir no Aslan um software de reconhecimento de voz. Assim, ele poderá também reconhecer e traduzir linguagem falada. O braço é constituído por 25 componentes feitos por impressora 3D, 16 servomotores, três controles motores e uma placa Arduino Due. O objetivo dos engenheiros é tornar o projeto acessível, e, por isso, eles disponibilizaram todas as instruções para a montagem da peça no site 3D Hubs. Assim, mais de 140 países poderão produzir suas próprias versões do Aslan numa iniciativa colaborativa e de código aberto. (Olhar Digital)

Nova tecnologia pode acabar

com gravação de filmes dentro do cinema REPRODUÇÃO

A Philips patenteou uma tecnologia que promete acabar com a farra de quem vai ao cinema para filmar o que se passa na telona com a intenção de ajudar a pirataria. A solução da empresa envolve o uso de um tipo de iluminação ambiente que degrada a qualidade da filmagem a um ponto em que o resultado fica imprestável. A ideia é combater a pirataria na origem. Existem soluções para inibir a distribuição de

conteúdo ilegalmente, como a adoção de marcas d'água em cópias restritas, mas isso não impede que o material seja postado, apenas facilita a identificação da fonte. A patente, descoberta pelo TorrentFreak, descreve o aproveitamento de uma tecnologia semelhante à que a Philips já usa em alguns de seus televisores. Esses modelos são capazes de emitir luzes no ambiente que combinem com o que se passa na tela. "A solução proposta aqui é

jogar luz visível de uma fonte de luz com uma frequência modular prédeterminada na tela do cinema enquanto o filme é reproduzido", explica o documento. "Quando a frequência é bem escolhida, uma câmera não será capaz d e f i l m a r apropriadamente o conteúdo porque a fonte de luz fica sem sincronia com a câmera". Isso resulta no aparecimento de linhas através do conteúdo gravado, tornando o material inutilizável. Como se trata de uma patente, não se sabe se a solução será aproveitada em salas de cinema, mas a ideia é menos invasiva do que as que existem atualmente, então as chances são boas. Há casos, por exemplo, em que funcionários precisam ficar usando óculos de visão noturna durante a exibição para flagrar os piratas. (Olhar Digital)

Facebook vai inaugurar escola de programação no Brasil REPRODUÇÃO

Trata-se, segundo a empresa, de um projeto inédito do Facebook no mundo O Facebook anunciou nesta segunda-feira (28) a "Estação Hack", um centro de educação e inovação tecnológica voltado para jovens interessados em programação e empresas digitais. De acordo com a rede social, o espaço oferecerá bolsas a mais de 7.400 jovens brasileiros por ano nas áreas de programação, planejamento de carreiras e gestão de empresas. Tr a t a - s e , s e g u n d o a empresa, de um projeto inédito do Facebook no mundo. Das bolsas oferecidas, 1.400 serão para workshops preparatórios para o mercado de trabalho, destinadas a alunos do ensino médio da rede

pública. 2.200 delas serão p a r a c u r s o s d e programação, 2.000 para marketing digital voltado a pequenos e médios negócios, 1.200 para workshops para empreendedores e 600 para um acampamento de inovação destinado a adolescentes. A Estação Hack ficará l o c a l i z a d a n a Av e n i d a Paulista, no número 1.374, em um espaço exclusivo dentro do coworking WeWork. Ela conterá três salas com 40 lugares cada, além de 52 estações de trabalho nas quais 10 empresas digitais com projetos de impacto social poderão trabalhar a cada semestre.

Cursos e empresas à parte, o espaço também sediará sessões dos programas de empreendedorismo e marketing digital do próprio Facebook, como o Impulsione Seu Negócio e o #ElaFazHistória. A ideia é levar esses programas para mais pessoas. De acordo com Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook na América Latina, o objetivo do espaço é "ajudar a formar o jovem brasileiro para algumas das profissões do futuro, dentro de um ambiente de estímulo à inovação". A inauguração do espaço, segundo a empresa, acontecerá ainda em 2017 - mas sem uma data mais específica. (Olhar Digital)


CIÊNCIA 7

24 a 31 de agosto de 2017

fatos & notícias

Pesquisa genética revela que DNA de índios botocudos é da Polinésia Descoberta reforça tese de que os polinésios participaram do povoamento da América e desembarcaram no continente séculos antes do que os europeus Na época da colonização portuguesa, diversos grupos indígenas que ocupavam as regiões onde hoje se encontram os estados de Minas Gerais e Espírito Santo receberam o nome genérico de “botocudos”, em referência aos botoques que utilizavam para ornamentar o rosto – aqueles grandes discos de madeira que alargavam a boca e as orelhas. Apesar de terem sido muito numerosos naquela época, hoje estão praticamente extintos. Um artigo publicado em 2010 na revista Current Biology revelou os resultados obtidos a partir de testes genéticos realizados nos crânios de dois índios botocudos, que viveram por volta de 1800. Os pesquisadores não encontraram no DNA

nenhum traço de ancestralidade de americanos nativos, mas, sim, de grupos originários da Polinésia. “As populações humanas primitivas e x p l o r a r a m extensivamente o planeta”, disse a autora Anna-Sapfo Malaspinas ao site EurekAlert. “As versões de apostila dos eventos da colonização humana – o povoamento das Américas, por exemplo – precisam ser reavaliadas utilizando dados genômicos”, afirmou. A pesquisadora também colaborou com outro artigo publicado na mesma edição do periódico que oferece uma explicação embasada na genética e na arqueologia ao mistério dos genes

76% polinésio, 8% americano nativo e 16% europeu. Por meio de padrões de mistura de genes, notou-se que entre os anos 1300 e 1500 houve um contato intenso entre os rapanui e os habitantes da América do Sul, há cerca de 19 a 23 gerações. A mistura com os europeus só foi ocorrer séculos mais tarde, por volta de 1850. Os cientistas acreditam que quem empreendia as viagens de barco eram as pessoas da ilha, pois para eles era garantido que rumando para o leste chegariam ao continente; a missão era muito mais difícil para os americanos, que teriam de encontrar uma porção de terra relativamente pequena no meio do oceano. O

WIKIMEDIA COMMONS

polinésios dos botocudos do Brasil. O estudo analisou o DNA de 27 indivíduos do povo

nativo da Ilha de Páscoa, os rapanui. As descobertas mostraram que o material genético desta população é

trajeto de cerca de 3000 quilômetros poderia levar de duas semanas a dois meses para ser percorrido. A Ilha de Páscoa está localizada na extremidade leste do triângulo polinésio, formado também pelas ilhas da Nova Zelândia e do Havaí. Evidências arqueológicas indicam que o povoamento do território ocorreu por volta de 1200, quando de 30 a 100 indivíduos da Polinésia chegaram ali em canoas, entre eles homens, mulheres e crianças. Vivendo em uma das localidades mais isoladas do planeta a ser habitada por seres humanos, esta população construiu nos séculos seguintes cerca de 900 moais, as famosas estátuas de pedra, com algumas chegando a pesar 82 toneladas. (Galileu.com)

PROJECT APOLLO ARCHIVE/PUBLIC DOMAIN

Novo estudo aponta que as rochas da Lua não têm água em sua composição

Um novo estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que nosso satélite natural tem rochas que não possuem água em sua composição, ao contrário do que mostrou outra pesquisa recente, publicada no Nature Geoscience. "Saber se a Lua é seca ou molhada é uma grande questão. Parece trivial, mas, na verdade, é bem importante", afirmou o geoquímico James Day, da Universidade da Califórnia

em San Diego, nos Estados Unidos, coordenador do novo estudo. "Se a Lua for seca — como pensamos nos últimos 45 anos — isso seria compatível com a ideia de que ela foi criada a partir de um evento cataclísmico", afirmou Day, referindo-se à ideia já bem estabelecida de que o satélite teria sido formado a partir de um pedaço da Terra que teria sido desprendido graças a um impacto violento de um asteroide em seus primeiros anos de vida.

A ideia é que a colisão teria dado origem a uma bola gigantesca formada por m a g m a extremamente quente, gerando elementos voláteis como cloro, zinco, potássio e água, que teriam evaporado até se esgotar. Para avaliar a condição do satélite, os cientistas usam como base um fragmento de rocha conhecido como Rusty, e que foi trazido da Lua, em 1972, na Missão Apollo 16. Algumas amostras lunares são realmente muito secas, reforçando a ideia dos elementos voláteis. Já outras amostras, como Rusty, no entanto, ainda trazem elementos voláteis em sua composição,

deixando os cientistas confusos. Este último estudo mostrou que a amostra possui isótopos leves de zinco, o que bate com a ideia de que o elemento pode ter evaporado e condensado no estágio inicial do magma fervente. Ainda assim, a recém d e s c o b e r t a n ã o necessariamente entra em conflito com o estudo anterior, que afirma que "a presença quase onipresente de água em grandes e pequenos depósitos piroclásticos (derivados de atividade vulcânica) lunares reforça a evidência de que o manto lunar é um importante reservatório de água". A questão é saber de onde veio essa água que foi identificada com dados de satélites artificias. Segundo o novo estudo,

que também verificou depósitos piroclásticos, se a água foi formada por condensação (como os isótopos de zinco leve), os dois estudos não seriam

contraditórios, mas complementares. Seja como for, os cientistas ainda têm muito o que estudar. (Galileu.com)


8 SAÚDE

fatos & notícias

24 a 31 de agosto de 2017

Pesquisadores descobrem proteína de planta que pode ser usada no combate ao vírus HIV e ao câncer

O inconsciente para a Psicanálise

Substância da Abrus pulchellus tenuiflorus afeta células doentes JOSUÉ DAMACENA/IOC/FIOCRUZ

Por Janaína B. Cordeiro

Uma substância presente na planta Abrus pulchellus tenuiflorus, que faz parte da flora brasileira, pode combater células infectadas com HIV e até com câncer. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, no interior de São Paulo, em parceria com cientistas americanos. Trata-se de um tratamento de imunoterapia — quando apenas as células doentes são combatidas, sem lesionar as células saudáveis —, mas com a proteína de uma planta do País. Os estudos com as células infectadas com HIV foram executados pelo doutorando do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Mohammad Sadraeian, em parceria com um laboratório específico para o desenvolvimento de pesquisas com HIV, no Health Sciences Center da Louisiana State University, nos Estados Unidos. Em entrevista ao R7, o professor do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos e orientador da pesquisa, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, explica que a pesquisa está na fase experimental apenas com células infectadas para

demonstrar o conceito. “Ainda são necessários anos de estudo para que a substância seja aplicada em outros níveis, como em testes com animais e humanos e, futuramente, transformar a descoberta em medicamento”. Para elaborar o estudo, os cientistas extraíram da planta uma proteína chamada Pulchellina, já conhecida como uma potente toxina vegetal. A proteína foi combinada com anticorpos e combateu glóbulos brancos [células do sistema imunológico que defendem o organismo contra doenças] infectados pelo HIV. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 36,7 milhões de pessoas viviam com o vírus HIV em 2015. O vírus pode ser transmitido em relações sexuais sem uso de preservativos; uso compartilhado de seringa, agulha ou instrumentos cortantes não esterilizados; transfusão sanguínea; e na gestação, parto ou amamentação. Em estágio avançado, a infecção pelo vírus se transforma em Aids. O HIV se instala nos glóbulos brancos (leucócitos), células do sistema imunológico que defendem o organismo contra doenças, infecções e outras

complicações, liberando proteínas que se distribuem na membrana externa dos leucócitos para enganar o sistema de defesa, transmitindo a mensagem de que as células infectadas estão sadias. Existem medicamentos antirretrovirais que atuam na estabilidade do sistema imunológico dos portadores do HIV. O tratamento aumenta a sobrevida e melhora a qualidade de vida dos pacientes, mas podem ocasionar efeitos colaterais, como diarreia, vômitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, agitação e insônia. Por isso, o novo tratamento com a substância seria menos invasivo para os portadores do vírus, assim como para pacientes com câncer, afirma o professor. “No caso do tratamento contra o câncer, o princípio é o mesmo, mas a proteína se ligaria em outro tipo de anticorpo que reconhece as células atingidas pela doença”. O cientista ressalta que a planta não deve ser consumida em nenhuma hipótese, seja por animais ou humanos, porque pode matar, dependendo da dose ingerida. (R7)

O inconsciente é o conceito basilar da teoria psicanalítica. Não foi criado por Sigmund Freud (o pai da Psicanálise), pois já se encontrava presente na literatura, na filosofia e nas pesquisas médicas da época. O que Freud fez foi introduzir uma noção

recalcados, memórias traumáticas, pensamentos, desejos e sentimentos que são mantidos fora da nossa consciência. Para representar de uma forma mais concisa, a mente inconsciente é apresentada como um iceberg, onde o consciente seria a parte

diferente de inconsciente, com relação às ideias anteriores já existentes. Antes da descoberta do inconsciente, o homem se norteava através da razão, do conhecimento e da consciência. Somente após essa contribuição de Freud, foi que o homem passou a entender que as suas escolhas e comportamentos eram, em menor proporção, de forma consciente, sendo, portanto, motivados por forças inconscientes. Segundo Freud, o inconsciente seria um sistema psíquico com suas próprias leis, funções e regras, onde encontram-se armazenados conteúdos

aparente, aquilo que está na superfície da água. Já o inconsciente seria o que se encontra escondido, abaixo desta superfície. Sendo assim, podemos dizer que tudo aquilo que está fora da nossa consciência diz respeito ao nosso inconsciente, sendo uma parte essencial e bastante representativa em cada um de nós. Em outras palavras, não somos senhores dos nossos pensamentos, pois existe algo que articula esses pensamentos. O inconsciente é também atemporal, para ele não existe passado e presente e, mesmo que não tenhamos conhecimento disto, continua influenciando o

AGOSTO DOURADO

nosso comportamento. O inconsciente tem uma linguagem própria, que não é manifestada por palavras racionais, mas, sim, de maneira distorcida, modificada pela censura, escapando algumas vezes através de sinais emitidos no discurso, na fala do sujeito. Esses sinais são apresentados por meio dos sonhos, dos atos falhos (palavras que escapam trazendo surpresa para quem fala), dos chistes (piadinhas, manifestadas de forma descontraída numa frase), dos esquecimentos (num momento de silêncio durante um discurso linear) e através da repetição na fala e nas ações do sujeito. Portanto, esse é um valioso material a ser explorado durante uma análise. A escuta do psicanalista vai se preocupar com essas pequenas escapadas, esses momentos de engano na fala do sujeito, buscando aquilo que se esconde e apenas eventualmente se mostra no seu discurso. E é através da técnica da associação livre, que é deixar o paciente falar o que lhe vier livremente à mente, que essas resistências vão sendo p o u c o a p o u c o ultrapassadas, trazendo à tona esses sentimentos reprimidos. O que vai interessar não é aquilo que está na superfície da fala do sujeito e, sim, o que está por trás deste discurso racional, pois é ali que o inconsciente vai revelar aquilo que o sujeito desconhece sobre si mesmo. Janaína Bernardo Cordeiro Aspirante a psicanalista, filiada ao Sindicato dos Psicanalistas do Estado do Espírito Santo Contato: jbernardocordeiro@yahoo.com


24 a 31 de agosto de 2017

GERAL9

fatos & notícias

Barco é encontrado com corpo de aventureiro desaparecido em 2009 Cadáver de explorador alemão foi mumificado devido à ação do vento seco e salgado do mar DIVULGAÇÃO/POLÍCIA DE BAROBO

Tinha tudo para ser só mais um dia de pescaria para a comunidade de Barobo, no extremo oeste de Filipinas, não fosse a descoberta de um barco à deriva, a cerca de 65 quilômetros da costa filipina. Ao constatarem o que havia no iate abandonado, os pescadores ficaram chocados: inclinado sobre uma mesa, em direção a um rádio, havia o corpo de um homem mumificado. A polícia foi acionada e, depois de entrar em contato com guardas costeiras de diversos países da Ásia e da Europa, constatou-se que o homem mumificado era Manfred Fritz Bajorat, um aventureiro alemão. O

na Espanha. O último local onde Bajorat fez contato e o lugar onde o barco à deriva foi encontrado são separados por cerca de 12 mil quilômetros. Ao jornal alemão Bild, um legista afirmou que, de acordo com a posição do corpo, Bajorat estava provavelmente pedindo ajuda via rádio, depois de ter sofrido um ataque repentino, como uma parada cardíaca, por exemplo. Ainda de acordo com ele, os ventos secos e salgados do alto mar ajudaram a conservar o corpo.

último contato do homem

com um centro de comando

de navegações foi feito em

2009, no litoral de Mallorca,

(Galileu.com)

Fim da publicidade infantil reduziria em 13% receita de anunciantes Uma pesquisa divulgada pelo The Economist Intelligence Unit mostra que empresas que vendem produtos e serviços para crianças perderiam 13% de receita com a proibição da publicidade infantil no Brasil. A projeção foi feita a pedido do Instituto Alana, organização sem fins lucrativos voltada à garantia da vivência plena da infância. De acordo com a pesquisa, o impacto econômico atingiria o varejo, composto por restaurantes fast food, supermercados, setor de bebidas não alcoólicas, brinquedos, roupas infantis, jogos, música, vídeo e ingresso. A Associação Brasileira de Agências de Publicidade estima uma queda de 5% de participação da publicidade infantil no mercado do setor. Desde 2014, uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) define o que é a publicidade

abusiva para crianças. O Código de Defesa do Consumidor proíbe a propaganda que se aproveita da deficiência de julgamento e da experiência da criança. Em nota, a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral) diz que a resolução não tem força de lei. "O que existe é um sistema misto de regulação que pune os abusos. Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e Código do Consumidor regem a questão, além do Código de Autorregulamentação Publicitária do Conar. É permitido fazer publicidade direcionada a crianças desde que respeitando os limites impostos por esse arcabouço regulatório", diz o comunicado. Segundo a publicação Caderno Legislativo: Publicidade Infantil, do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, a publicidade dirigida ao público infantil já pode ser

REBRINC

considerada ilegal, apesar de não existir uma norma específica para o tema. “Pode-se dizer que a publicidade dirigida ao público infantil é proibida, mesmo que na prática ainda sejam encontrados diversos anúncios voltados para esse público”, diz o texto do instituto. A economista e consultora do The Economist Intelligence Unit, Romina Bandura, disse que, além de uma possível perda de

receita, o fim da publicidade infantil traria resultados positivos para a sociedade, como melhora na saúde das crianças, queda da obesidade, redução do consumismo e do bullying. “São benefícios que superam os custos decorrentes da proibição”, afirmou. “As crianças ficam perturbando os pais para comprar algo e isso pode levar a brigas, ao materialismo, que está ligado à baixa autoestima. Há

discussões sobre bullying de marca, quando uma criança tem determinado produto e a outra não. Isso afeta as crianças”, acrescentou. Para Romina, a publicidade voltada para a criança usa da e x p l o r a ç ã o d a vulnerabilidade emocional e cognitiva. “O público com menos de 12 anos de idade realmente não entende a diferença dos interesses comerciais e da realidade”, ressaltou. Na opinião da diretora do

Instituto Alana, Isabella Henriques, a publicidade de produtos infantis pode existir, desde que seja voltada aos pais. “Nesse aspecto, as perdas com o mercado podem ser menores. A criança entende a mensagem 'compre esse produto, porque você vai ser mais feliz', e realmente entende que ela precisa daquele produto. Se a publicidade falar diretamente com o público infantil, será abusiva”, disse. (Agência Brasil)


ECONOMIA 10 fatos & notícias

24 a 31 de agosto de 2017

Empreendedorismo como forma de geração de renda e realização profissional As irmãs Lúcia e Lucimar comemoram o sucesso nos negócios REPRODUÇÃO

Imaginar-se como dono de seu próprio negócio por vezes parece estar um pouco longe do ideal do brasileiro, por conta do difícil momento econômico que estamos passando ou principalmente pela burocracia envolvida em todo esse trâmite. Mas esse não foi o pensamento da manicure Lúcia, de 55 anos. Acometida por uma tendinite (inflamação do tendão, estrutura fibrosa, como uma corda, que une o músculo ao osso) Lúcia já d e s l u m b r a v a a possibilidade de montar o seu próprio negócio, uma vez que a patologia já a

impossibilitava de continuar o trabalho que exercia. Pensando numa modalidade que lhe oferecesse renda significativa, Lúcia teve a brilhante ideia de investir em um carrinho de cachorro-quente e tentar seguir a vida como dona de seu próprio negócio, e o ponto seria ali mesmo, perto de casa, às portas de uma faculdade – vislumbrando o grande fluxo de pessoas no local – localizada no bairro Jardim Camburi, Vitória.

Microempreendedores individuais (MEIs)

crescem 670% no Espírito Santo Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário, para tal, é necessário faturar no máximo até R$ 60 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Segundo a analista de atendimento e gestora do programa MEI do SebraeES, Renata Braga, a tendência é continuar crescendo. O limite de faturamento por ano deve mudar ainda neste ano, tendo como novo teto de

faturamento o valor R$ 81 mil. Para a ex-manicure, os sonhos seguem e, hoje, com o negócio indo “de vento em polpa”, ela passa a fazer parte das estatísticas de geração de emprego, isso porque foi necessário convidar a irmã, Lucimar, que na ocasião encontravase desempregada, hoje é sua funcionária no pequeno negócio. A s i r m ã s empreendedoras possuem empresa registrada e máquina de cartão de crédito. Trabalham há oito anos no mesmo local e pretendem ampliar ainda

mais o negócio que atualmente rende cerca de

quatro mil reais em lucro mensal. Júlio Barros

Produção brasileira de cana-de-açúcar pode chegar a 646 milhões de toneladas Estimativa consta do segundo levantamento da safra GUILBER HIDAKA/ED. GLOBO

A safra 2017/2018 de cana-de-açúcar é estimada em 646,34 milhões de toneladas, com queda de 1,7% quando comparada às 657,18 milhões da temporada passada. Os números são do 2º levantamento da atual safra, divulgado no dia 24 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A área colhida apresenta redução de 3,1%, passando de 9,05 milhões para 8,77 milhões de hectares. A menor disponibilidade tem relação com a desistência e devolução de áreas de fornecedores distantes das unidades de produção, principalmente aquelas em que há dificuldade de mecanização. O recuo na produção só não é maior graças ao aumento de 1,5% na

produtividade, que deve passar das 72,62 toneladas por hectare da safra anterior para 73,73 toneladas por hectare. A prioridade continua sendo a produção de açúcar, que deve atingir 39,39 milhões de toneladas – aumento de 1,8% em relação à safra anterior, de 38,69 milhões de toneladas. Com esta tendência, a produção de etanol registra redução de 6,1%, passando de 27,81 para 26,12 milhões de toneladas. A queda ocorre apenas no etanol hidratado, aquele que vai direto para as

bombas de combustível. O anidro tem m e r c a d o garantido na mistura com a gasolina e não apresenta variações na produção. Enquanto o hidratado cai 10,2% e sai de 16,73 para 15,02 bilhões de litros, o anidro sobe de 11,07 para 11,09 bilhões de litros, com aumento de 0,2%. Neste levantamento, a Conab divulga também o percentual de colheita mecanizada no país. A estimativa desta safra é de que 90,2% da área de colheita adote a tecnologia. Na Região Centro-Sul, o percentual é de 95,6%, enquanto que no NorteNordeste é de apenas 23,2%, devido à dificuldade de atuação mecânica num relevo mais acidentado. (Mapa)


ECONOMIA 11

24 a 31 de agosto de 2017

fatos & notícias

Dívida pública cai 0,48% e fica em R$ 3,34 trilhões em julho AGÊNCIA BRASIL

A Dívida Pública Federal – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – apresentou redução em julho. O estoque da dívida

caiu 0,48%, passando de R$ 3,357 trilhões em junho para R$ 3,341 trilhões em julho, informou nesta segundafeira (28), em Brasília, a

Secretaria do T e s o u r o Nacional do Ministério da Fazenda. A Dívida P ú b l i c a Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais, teve seu e s t o q u e diminuído em 0,27%, ao passar de R$ 3,233 trilhões para R$ 3,224 trilhões. Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal Externa, captada do

Cade abre processo para apurar atuação da Claro, OI Móvel e Telefônica Brasil A Superintendência-Geral d o C o n s e l h o Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo administrativo para apurar suposta conduta coordenada entre as empresas Claro, OI Móvel e Te l e f ô n i c a B r a s i l , e m licitação promovida pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. As irregularidades envolveriam também condutas unilaterais de discriminação de preços e recusa de contratar. O caso teve início em 2015, a partir de denúncia da BT Brasil Serviços de Telecomunicações, que acusa a Claro, Oi e Telefônica de atuarem de

forma coordenada, com o objetivo de eliminar a competição entre elas, em licitações de órgãos da administração pública federal para contratação de s e r v i ç o s d e telecomunicação com abrangência nacional. A BT Brasil questiona o suposto caráter anticoncorrencial da associação dessas empresas nos certames, pois elas possuem o controle sobre o acesso à infraestrutura local de telecomunicações, informou hoje (28) o Cade, em Brasília. Segundo o Cade, a investigação realizada pela Superintendência-Geral do órgão indicou a presença de “indícios robustos de

práticas anticompetitivas realizadas pelas representadas, tanto no que se refere às condutas de discriminação e recusa de contratar, quanto à atuação injustificada por meio de consórcio no pregão dos Correios”. De acordo com o Cade, as três empresas serão notificadas para apresentar defesa. Ao final da instrução p r o c e s s u a l , a Superintendência-Geral opinará pela condenação ou arquivamento do caso, encaminhando-o para julgamento final pelo Tribunal do Cade, responsável pela decisão final. (Agência Brasil)

mercado internacional, houve redução de 6,12% sobre o saldo apurado em junho, encerrando julho em R$ 116,41 bilhões (US$ 37,18 bilhões). "A variação ocorreu principalmente devido à valorização do real frente às principais moedas que compõem o estoque da dívida externa e ao resgate líquido, no valor de R$ 2,54 bilhões", diz o relatório. A v a r i a ç ã o d o endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. A variação pode ocorrer também pela assinatura de contratos de

empréstimo. Neste caso, o Tesouro toma empréstimo de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, disse que a tendência é que a dívida encerre o ano dentro do intervalo do Plano Anual

de Financiamento, por conta da estratégia já definida pelo Tesouro e o cronograma de vencimentos dos títulos. Secunho afirmou que julho foi “um mês bastante positivo”, com redução de taxas de juros e leilões v o l u m o s o s c o m concentração em títulos prefixados. “O ano tem sido mais positivo do que era nossa expectativa. Temos conseguido fazer leilões prefixados com volumes mais significativos do que estava na nossa estratégia, devido a esse movimento de queda das taxas de juros. A inflação tem surpreendido positivamente para baixo”, disse. (Agência Brasil)


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