Fatos & Notícias Ed. 220

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 220

24 a 30 de setembro/2017 Serra/ES

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fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br

Brasileiros ganham prêmio Projeto leva história e Atleta capixaba de ginásinédito na Olimpíada Inter- cultura afro-brasileira tica rítmica, procura patrocinador PÁG. 9 nacional de Tecnologia PÁG. 6 a escolas do ES PÁG. 3 ECONOMIA

Governo federal arrecada 12 bi com leilão de quatro hidrelétricas PÁG.11

Quando as crianças começam a mentir?

MEIO AMBIENTE

Projeto monitora qualidade da água dos rios brasileiros PÁG.2

Pág.4

CIÊNCIA

Ligação de neurônios no cérebro pode chegar até 11 dimensões PÁG.7

SAÚDE

Febre oropouche preocupa cientistas brasileiros PÁG.8

REPRODUÇÃO

A psicóloga Karin Alessandra Pereira, explica como os pais devem agir quando a criança começa a mentir. “Essa frase, NÃO FUI EU, parece simples e sem importância, mas, na verdade, é a primeira mentira que nossos filhos nos contam, e por trás dela, têm algumas variáveis”, diz a psicóloga PÁG.4


2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias

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A importância dos Projeto monitora qualidade da água manguezais Eles protegem a linha da costa contra a erosão e fenômenos como as ressacas e até mesmo tsunamis

dos rios brasileiros

HAROLDO CORDEIRO FILHO REPRODUÇÃO

Depois dos recifes de corais, considerado o mais rico ecossistema marinho, vêm os manguezais. Eles são importantes não só para a vida marinha e a qualidade da água do mar, mas, também, para as aves marinhas e o sequestro do óxido de carbono da atmosfera. Os mangues são habitat de ostras, cavalos-marinhos, quelônios, peixes-boi, alguns tipos de tubarões, moluscos, e muitos tipos de peixes. Eles protegem a linha da costa contra a erosão e fenômenos como as ressacas e até mesmo tsunamis. O manguezal filtra a água do mar melhorando sua condição. Suas raízes aéreas retêm nutrientes o que os tornam um berçário importantíssimo. O Ministério do Meio

Ambiente (MMA) reconhece a importância do bioma. No relatório “Panorama da Conservação dos Ecossistemas Costeiros e Marinhos do Brasil“, publicado pelo MMA, está escrito que: "os manguezais apresentam elevada diversidade estrutural e funcional, atuando, juntamente com os estuários, como exportadores de biomassa para os sistemas adjacentes". De acordo com o mesmo relatório “os manguezais são considerados áreas de preservação permanente segundo o artigo 2° da Lei 4.771/65, do Código Florestal, o que, por si só, dispensaria a necessidade de criar unidades de conservação para protegê-los. No entanto,

a e x p a n s ã o d e empreendimentos de carcinicultura (criação de camarões) ao longo de toda a costa brasileira vem sendo alvo de sucessivas denúncias encaminhadas ao poder público, incluindo ao MMA. Apesar da constatação do próprio governo, a reforma do Código Florestal, em 2012, derrubou a proteção legal. A carcinicultura explodiu no Nordeste no final dos anos 80, começo dos 90. Imensas áreas de mangue foram extirpadas para a criação de camarões. A perda de habitats é considerada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como a principal causa da perda da biodiversidade marinha.

O projeto Observando os Rios, que sensibiliza comunidades sobre a importância da água e capacita voluntários para monitorar a sua qualidade, acaba de chegar aos 17 estados contemplados pela Mata Atlântica. Mantida pela Fundação SOS Mata Atlântica a iniciativa envolve cerca de 3,6 mil pessoas. Durante os seus 26 anos de existência, o “Observando os Rios” mobilizou muita gente e se expandiu gradativamente pelos estados cobertos pelo bioma. Atualmente, suas ações acontecem em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, além do Distrito Federal. Romilda Roncatti, coordenadora do projeto, ressalta a

importância da participação dos voluntários que disponibilizam parte do seu tempo para o cuidado com os rios, córregos e nascentes do País. “Cada participante é um agente multiplicador para as questões sobre a poluição dos rios, que está diretamente relacionada à qualidade de vida da população”, afirma. Ao longo de sua história, o “Observando os Rios” já ganhou o apoio de importantes parceiros. Em Alagoas, por exemplo, conta com a mobilização do Instituto Biota de Conservação, que promove o cuidado com a fauna marinha e seu habitat. “A população deve ter mais interesse pelo meio ambiente, pois estamos inseridos nele. Se nós não

observarmos o que os rios estão nos dizendo, um dia pode ser tarde demais”, disse Bruno Stefanis, sóciofundador do Instituto. Já em Santa Catarina, o projeto ganhou forma a partir da conscientização da população de que os seres h u m a n o s s ã o corresponsáveis pela degradação ambiental e que isso precisa ser mudado. “Não há como ser feliz e ter qualidade de vida sem qualidade ambiental. Não podemos fechar os olhos diante dos problemas, tão pouco nos isentar da responsabilidade querendo que o governo resolva tudo sozinho”, disse Ciro Couto, integrante do grupo que monitora a Praia da Lagoa do Jacaré, em Florianópolis.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18

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Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília

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CULTURA 3

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fatos & notícias

A origem do Projeto leva história sobrenome e cultura afro-brasileira A invenção dos sobrenomes foi realizada das mais distintas formas “ E i ! Vo c ê c o n h e c e o fulano?”; “Que fulano?”; “Fulano de Sousa, Guimarães ou Rocha?”. Sem dúvida, muitas pessoas já tiveram a oportunidade de desenvolver um diálogo como esse. Contudo, não ache você que os sobrenomes sempre estiveram por aí, disponíveis em sua função de distinguir pessoas que tivessem o mesmo nome ou revelando a árvore genealógica dos indivíduos. Até por volta do século XII, os europeus tinham o costume de dar apenas um nome para os seus descendentes. Nessa época, talvez pelo próprio isolamento da sociedade feudal, as pessoas não tinham a preocupação ou necessidade de cunharem outro nome ou sobrenome para distinguir um indivíduo dos demais. Contudo, na medida em que as sociedades cresciam, a possibilidade de conhecer pessoas com um mesmo nome poderia causar muita confusão. Imaginem só! Como poderia repassar uma propriedade a um herdeiro sem que sua descendência fosse comprovada? Como enviar um recado ou mercadoria a alguém que tivessem duzentos outros xarás em sua vizinhança? Certamente, os sobrenomes

vieram para resolver esses e outros problemas. Entretanto, não podemos achar que uma regra ou critério foi amplamente divulgado para que as pessoas adotassem os sobrenomes. Em muitos casos, vemos que um sobrenome poderia ser originado através de questões de natureza geográfica. Nesse caso, o “João da Rocha” teve o seu nome criado pelo fato de morar em uma região cheia de pedregulhos ou morar próximo de um grande rochedo. Na medida em que o sujeito era chamado pelos outros dessa forma, o sobrenome acabava servindo para que seus herdeiros fossem distinguidos por meio dessa situação, naturalmente construída. Outros estudiosos do assunto também acreditam que alguns sobrenomes apareceram por conta da fama de um único sujeito. Sobrenomes como “Severo”, “Franco” ou “Ligeiro” foram criados a partir da fama de alguém que fizesse jus à qualidade relacionada a esses adjetivos. De forma semelhante, outros sobrenomes foram cunhados por conta da profissão seguida por uma mesma família. “Bookman” (livreiro) e “Schumacher”

(sapateiro) são sobrenomes que ilustram bem esse tipo de situação. Quando você não tinha fama por algo ou não se distinguia por uma razão qualquer, o seu sobrenome poderia ser muito bem criado pelo simples fato de ser filho de alguém. Na Europa, esse costume se tornou bastante comum e pode ser visto alguns sobrenomes como MacAlister (“filho de Alister”), Johansson (“filho de Johan”) ou Petersen (“filho de Peter”). No caso do português, esse mesmo hábito pode ser detectado em sobrenomes como Rodrigues (“filho de Rodrigo”) ou Fernandes (“filho de Fernando”). Hoje em dia, algumas pessoas têm o interesse de remontarem a sua arvore genealógica ou conhecer as origens da família que lhe deu sobrenome. Talvez, observando algumas características do próprio sobrenome, elas possam descobrir um pouco da história que se esconde por detrás do mesmo. Afinal de contas, o importante é saber que a ausência desses “auxiliares” nos tornaria mais um entre os demais.

Por Rainer Sousa Graduado em História Equipe Brasil Escola

a escolas do ES

A Fundação Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), lançou na manhã de terça-feira (26) o projeto-piloto “Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil”, em Vila Velha (ES). Fruto de uma parceria com o Ministério da Educação (MEC) e com a prefeitura da cidade, o projeto tem o objetivo de divulgar informações sobre a história e a cultura africana e afrobrasileira nas escolas públicas do ensino fundamental em dezesseis cidades capixabas, além de promover uma reflexão e debate sobre temas como racismo, preconceito e discriminação. A Lei nº 10.639, em vigor desde 2003, altera as diretrizes e bases da educação nacional, tornando obrigatória a temática

História e Cultura AfroBrasileira no currículo oficial da rede de ensino. O presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira, acredita que apenas com a educação se pode promover a igualdade social no País. Para ele, o cumprimento da legislação em vigor fortalece um povo que também é protagonista no Brasil. Na programação do lançamento, também está prevista uma mesa redonda sobre a relação da história da África e do Brasil. Integram a mesa o coordenador-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra da Palmares, Vanderlei Lourenço; e a representante da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e

Inclusão do MEC, Raquel Nascimento. Haverá ainda um debate sobre as estratégias de implementação da educação para as relações étnico-raciais e cultura afro-brasileira, com a participação de Zezito de Araújo, professor de história da Secretaria de Educação de Alagoas e responsável pela educação escolar quilombola na rede estadual de ensino do estado; e de Fabrício Moreira Rufino, professor de História nas redes municipal e estadual de Vila Velha, pós-graduado em História e ensino pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O evento ocorre durante t o d o o d i a n o Te a t r o Municipal Élio de Almeida Vianna, em Vila Velha (ES). (MinC)


4 EDUCAÇÃO fatos & notícias

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Não fui eu! A primeira mentira que nossos filhos contam... Por Karin Alessandra que tenha medo de mim e necessite mentir, mas para isso preciso ser aberta e receptiva nas situações em que ela cometa erros, tais como quebrar ou derrubar algo acidentalmente, ou até mesmo de propósito.

opção é sempre conversar sobre tudo, mas nunca brigar, dar bronca, colocar de castigo, simplesmente porque não acredito na punição, já que muitos autores e estudiosos da psicologia já alertaram que

O que acontece é que, geralmente, quando nossos filhos derrubam ou quebram algo, logo ficamos bravos e damos uma bronca ou deixamos de castigo, e isso faz com que eles aprendam rapidamente a não falar o que fizeram, ou até mesmo digam que não foram eles, especialmente em casas onde há irmãos que podem levar a culpa. Aqui em casa, minha

ela gera mais malefícios do que benesses. Quando minha filha faz a l g o s e m q u e r e r, e u simplesmente digo que não há problemas, que juntas iremos resolver e tudo ficará bem, e que da próxima vez ela tomará mais cuidado. Com isso, ensino que errar é normal e faz parte da vida, e que tudo tem solução, que não precisamos ficar nervosos, mentir ou surtar

REPRODUÇÃO

Recentemente notei uma a l t e r a ç ã o n o comportamento da minha filha, provavelmente, é uma r e p r o d u ç ã o d e comportamento de seus coleguinhas, já que a escola é seu local de socialização e em casa ela nunca viu ninguém falar as palavras NÃO FUI EU. Essa frase, NÃO FUI EU, parece simples e sem importância, mas, na verdade, é a primeira mentira que nossos filhos nos contam, e por trás dela, têm algumas variáveis... Entre algumas funções sociais da mentira, estão a fuga ou evitação de algo ruim ou indesejável, no caso das crianças, de uma bronca ou de apanhar. Portanto, a mentira deveria ser encarada por nós, adultos, como um sinal de alerta de que algo na relação com nossos filhos não está indo bem, já que se trata de uma evidência de medo ou da falta de confiança. Mas o que fazemos geralmente é encará-la como desvio de caráter e recorrer à punição para tratá-la, não é? Penso que prefiro, um milhão de vezes, que minha filha confie em mim para me contar qualquer coisa, do

por algo que fizemos errado, mas que precisamos ser cuidadosos para evitarmos o mesmo erro futuramente. Quando é proposital, eu digo que não estou gostando daquele comportamento, e que entendo que ela esteja nervosa, mas que precisamos encontrar outra forma de resolver aquele problema, digo que ela pode, por exemplo, pedir ajuda e concluo explicando que se ela quebrar ou jogar algo, aquilo não irá resolver nada e ela ainda ficará sem o brinquedo. Sim, a ideia é ela entender que nossas ações geram consequências e que, diante de problemas, precisamos procurar a melhor alternativa, além de ensinar que não somos infalíveis e que está tudo bem pedir ajuda. Além disso, também lhe dou permissão para falar quando não está gostando de algo e até para chorar, isso é importante para que eles saibam que não precisam gostar de tudo o tempo todo, porque ninguém gosta mesmo, né? A ideia é sempre ensinar como lidar com as situações de desconforto que lhe geram raiva, tristeza, angústia,

bem como reconhecer seus próprios sentimentos e saber o que fazer com eles. Penso que, com isso, estou lhe ensinando o autoconhecimento, o autocontrole, contribuindo com sua autoestima e, acima de tudo, fortalecendo nosso vínculo e nossa confiança. Então, quando ouvi o NÃO FUI EU, tomei um susto! Estávamos somente nós duas e, claro, eu não briguei com ela por causa da mentira, porque como disse não acredito em punição, eu simplesmente disse: “Não foi não? Então tá bom, mas eu gostaria que soubesse que se tivesse sido, não teria problemas, porque eu sabia que tinha sido sem querer e eu queria saber se ela poderia me ajudar a limpar aquela bagunça de suco na mesa e, claro, ela me ajudou imediatamente. Ainda completei falando que ela pode saber que, aconteça o que acontecer, ela sempre pode contar para a mamãe porque eu não iria brigar com ela. Enfim, esse foi o caminho que escolhi no improviso, alguns podem achar certo, outros, errado. Mas a verdade é que já se passaram alguns dias do ocorrido, e esse comportamento apareceu mais umas duas ou três vezes e, depois,

pasmem, desapareceu! Agora o que ela tem falado quando algo ocorre é: “Mamãe, fiz bagunça!” E variações dessa frase. É muito comum se fazer caça às bruxas, com frases do tipo: QUEM FEZ ISSO? AH, SE EU PEGAR QUEM FEZ! Briga-se com quem supostamente fez, depois se descobre quem mentiu e briga-se porque mentiu. E assim acabamos por deixar as crianças sem saída: é bronca se quebrar e d e r r a m a r, é b r o n c a s e mentir, é bronca se chorar, é bronca se sentir, e, assim, as mentiras se aprimoram e os vínculos de confiança se quebram... Crianças não são robôs e, como nós, erram e sentem... Sejamos mais humanos e compreensivos com nossos filhos, ensinemos que a verdade é o melhor caminho sempre. Enfim pessoal, é isso! E s p e r o q u e o compartilhamento da minha vivência contribua para a reflexão. Até a próxima!

Karin Alessandra Pereira CRP 16/1164 Psicóloga formada pela PUC/SP Especialista em Avaliação Psicológica - IPOG Mãe de Maria Beatriz


POLÍTICA 5

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jorgepachecoindio@hotmail.com

JORGE PACHECO POR QUE PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA?

mar de lama de corrupção desenfreada. O Partido da Mulher Brasileira – PMB – a FOTO: ANDRÉ MERÇON

Haroldo (pres. Serra) e Jacqueline (pres. estadual)

Como diria Sérgio Marcus Rangel Porto - o irreverente Stanislaw Ponte Preta ao classificar as suas “CERTINHAS DO LALAU” nas páginas do jornal “Última Hora“: “Por que as brasileiras são as mulheres mais certinhas do planeta”, e, realmente elas, há muito tempo, precisavam se organizar para fazer valer os seus direitos e buscar melhores condições de vida para todos os brasileiros... Claro que, como ocorreu com o L A L A U , o novo PMB enfrenta inúmeros obstáculos mas, acredito que, tal como ele (LALAU), vai tirar de letra e botar para correr todos aqueles maus políticos que se interpuserem em sua caminhada. Stanislaw ao longo de 14 anos conseguiu eleger 142 certinhas, mesmo tendo de enfrentar toda espécie de preconceitos e até acirrado combate das igrejas. Não há dúvidas que o mesmo já vem ocorrendo com o PMB. Entretanto, o novo partido nasceu forte e, embora ainda criança, tem a força das mulheres que estão dispostas a fortalecer a política com procedimentos éticos e lutar para tirar o BRASIL do fundo do poço em que se encontra, mergulhado num

despeito do nome, não se identifica como “feminista”, mas como “feminino”, se definindo como um partido de “mulheres progressistas”, “ativistas de movimentos sociais e populares” junto com os homens que “manifestaram sempre a sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de pressão, da exclusão e das terríveis condições de vida”. O PMB posiciona-se contra a legalização do aborto, salvo nas situações já previstas em lei, e no caso de inviabilidade do nascituro. Também apoia direitos dos homossexuais e se opõe à ideoligia de gêreno em escolas, bem como a legalização das drogas. O PMB já está presente em quase todos os estados. Em novembro de 2015 recebeu seus primeiros filiados com mandato no Congresso Nacional. Foram eles, todos homens, os deputados Domingos Neto (CE, exPROS); Ezequiel Teixeira (RJ, ex-SD); Pastor Franklin (MG, ex-PT do B); Toninho Wandscherr (PR, ex-PT); Valtenir Pereira (MT, exPROS), Victor Mendes (MA, ex-PV) e Weliton Prado, (MG-ex-PT). Em 11 de dezembro o parido já contava com 22

deputados, dentre os quais havia apenas duas mulheres, Brunny Gomes e Dâmina Pereira. A representação feminina da bancada do partido, mesmo quando ela ainda contava com apenas dezoito deputados, já era inferior à média da Câmara dos Deputados. A significante migração de congressistas do PMB, a maioria dos quais fora eleita por partidos de pouca expressão, resultou em acusações de uso da verba do fundo partidário para a capacitação de deputados, o que o partido nega! Em dezembro de 2015, o PMB filiou o seu primeiro senador, Hélio José (DF exPSD) e em janeiro de 2016 estava entre as dez maiores legendas da Casa, ficando à frente de partidos tradicionas como DEM, PDT, PRB, PV, PC do B e PSC. Em dois meses a legenda desmoronou: 20 seputados subitamente abandonaram o PMB, mantendo o partido com apenas um parlamentar na Casa – tornando o PMB a menor legenda dentro da Câmara. O único nome do partido no Senado Federal, Hélio José (DF) saiu migrando para o PMDB. E aqui? Perguntarão os prezados leitores. No Espírito Santo se faz presente em diversos municípios – na capital Vitória, em Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, e também na Serra. O Partido da Mulher Brasileira- PMB- em solenidade simples empossou a diretoria da sigla no município da Serra, com a presença das presidentes, Missionária Lourdes, de Vitória e Sandra Layber, de V i l a Ve l h a . A l é m d a s integrantes citadas acima, também compareceram à solenidade os secretários das comissões de Vitória e Guarapari, Genésio e Júnior, respectivamente. A presidente estadual do Partido, Jacqueline Nonato,

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Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista empossou na Serra o e m p r e s á r i o d a comunicação Haroldo Cordeiro Filho, na presidência, e Marizete Assis da Silva, na vicepresidência. Jacqueline afirmou na ocasião: “Espero que o partido cresça, se desenvolva, que a gestão coloque em discussão a política com ética e moralidade e que o presidente realmente se preocupe com o lado social, que se faça cumprir o papel social da política. Estamos confiando na nova gestão”. Em seu discurso o novo presidente Haroldo Cordeiro Filho, falou justamente da necessidade de igualdade e de justiça social: “A minha gestão será voltada para as políticas públicas de inclusão e igualdade. Espero trabalhar de forma idônea e transparente, o que tem faltado na política atual. Esse modelo de fazer política voltada para si próprio, baseado no troca-troca, já se mostrou falido e precisamos modificar esse pensamento”.

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Operação Lava Jato STF Manda Aécio de Volta à Prisão

Tucanos dizem que decisão do STF cerceia liberdade de Aécio e que, por isso, o Senado deve se manifestar e que recolhimento noturno em casa é análogo à prisão. Nos casos de prisão de parlamentares, Constituição prevê autorização das Casas para manter detenção.

De acordo com a Constituição Federal, “desde a expedição do diploma, membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”. Isso quer dizer que, nos casos de prisão em flagrante de senadores, por exemplo, o Senado deve, em um prazo de 24h, autorizar ou não a manutenção da prisão. O artigo da Constituição, porém, não prevê a manifestação da Casa no caso de recolhimento domiciliar de parlamentares. “Nós sabemos que não houve decretação de prisão, m a s h o u v e u m a determinação de que o senador permaneça em sua residência no período da noite, sem poder sair. Isso é, de certa forma, o cerceamento a sua liberdade”, argumentou o líder do PSDB, Paulo Bauer (SC). Na mesma linha, o vicepresidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), entende que o Senado deve se reunir para debater o tema. “A partir da notificação que deverá chegar nas próximas horas do STF, por analogia, uma vez que nós temos uma prisão n o t u r n a , domiciliar, o plenário do Senado terá que se manifestar sobre essa decisão do STF que determinou o cerceamento de liberdade parcial do senador Aécio”, opinou Cássio. Os parlamentares lembram que, em decisão monocrática,

o ministro Marco Aurélio havia devolvido o mandato de Aécio e também negado pedido de prisão contra o parlamentar. É, os parlamentares “de cabelos em pé”, mas manobrando nas sombras dos corredores do senado, vão acabar liberando o “pão de queijo”!!!

* Cultura

O cineasta Steven Spielberg irá dirigir a versão para o cinema de "Robopocalypse", livro de Daniel H. Wilson que ainda sequer foi lançado, mas cujos direitos para a tela grande foram comprados pelo diretor de "E.T" ainda em 2009. O anúncio foi feito pelo estúdio Dreamworks. Com previsão de chegar às estantes em junho de 2011, o livro trata de um grupo de humanos que tenta sobreviver em um cenário pósapocalíptico dominado por robôs. Antes de botar as mãos em "Robopocalypse", Spielberg se dedicará a rodar o drama sobre a Primeira Guerra Mundial “War horse”. A obra vem recheada de detalhes interessantíssimos no que diz respeito à inteligência a r t i f i c i a l , ROBOPOCALIPSE – Autor Daniel H. Wilson – 406 páginas – Editora Record – preço: R$ 49,90. RECOMENDO.


6 TECNOLOGIA 24 a 30 de setembro de 2017 fatos & notícias

Brasileiros ganham prêmio inédito na Táxis voadores autônomos Olimpíada Internacional de Tecnologia

são testados em Dubai

FOTO: DIVULGAÇÃO/FÁBIEN OLIVEIRA

Estudantes desenvolveram projeto para melhorar a mobilidade urbana unindo a internet das coisas ao transporte público

Fábien Oliveira (à esq.), Renato Rodrigues (centro) e Danile Rufle (à dir.), responsável pela Olimpíada

Dois jovens brasileiros ganharam a Olimpíada Internacional de Tecnologia e Inovação, conquistando pela primeira vez o título para o País. Eles também levaram para casa o prêmio de cinco mil francos suíços, visto que a competição aconteceu no Idiap Research Institute, em Martigny, na Suíça. Os consagrados foram Fábien Giovanni de Oliveira, de 22 anos, estudante do 4° ano de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), e Renato Rodrigues, de 27 anos, mestrando em Estratégia e Inovação em Engenharia de Produção na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Eles desenvolveram o "Milênio Bus", projeto que integra a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) com

o transporte público por meio de um hardware e um aplicativo de celular. "O objetivo é trabalhar com pagamentos digitais, informações ao passageiro e geração de dados com Big Data", explicou Oliveira em entrevista à Galileu. Para ganhar a olimpíada, foi necessário muito mais do que apenas uma boa proposta. A competição durou três semanas, e nesse período os jovens assistiram aulas de negócios e venture capital, por exemplo, com professores e especialistas. Eles tiveram que usar esse tempo para aprimorar o projeto para que ele pudesse se tornar uma startup com potencial de aplicação no mercado. Ao todo, 40 pessoas participaram da disputa, sendo que elas foram divididas em sete equipes. No dia de encerramento da

olimpíada, os grupos tiveram que se apresentar por quatro horas para uma banca de avaliadores e investidores. "Se eu pudesse mensurar o dia mais difícil, eu diria que é o último", afirma Oliveira. "Porque ali você coloca em jogo toda dedicação e esforço de três semanas". Para Rodrigues, a adaptação ao idioma e ao fuso horário também foram complicados. "A gente gravava os feedbacks dos jurados no celular e escutava várias vezes no quarto até entender o que eles estavam falando", revela Rodrigues. Apesar disso, ele se orgulha do prêmio, principalmente porque diz ter trabalhado com poucos recursos e condições adversas. "O brasileiro é um povo bem criativo, temos que valorizar nossa resiliência", opina.

Aconteceu na segunda-feira (25) o primeiro teste do táxi voador autônomo que deve circular pelo céu de Dubai daqui a alguns anos. O veículo, que se chama Vo l o c o p t e r , f o i desenvolvido por uma empresa alemã de mesmo nome e se parece com um drone. Há 18 hélices no seu teto e ele é equipado com uma série de recursos de segurança, como baterias sobressalentes, rotores e, claro, paraquedas. Só há dois lugares, mas nenhum deles destinado ao piloto, já que a ideia é que o Volocopter funcione de forma autônoma. Em entrevista à Reuters, o CEO da empresa, Florian Reuter, explicou que o passageiro

FOTO: DIVULGAÇÃO/VOLOCOPTER

fará o pedido pelo smartphone como se estivesse chamando um Uber; o Volocopter, então, viria buscá-lo em um "voliporto" próximo e o deixaria em outro perto do destino. O veículo tem autonomia

para voos de 30 minutos, então não se espera que os usuários façam viagens longas dessa forma. No teste realizado, o Volocopter planou por cerca de cinco minutos a uma altura aproximada de 200 metros do solo.

(Olhar Digital)

Um dos primeiros computadores da Apple está à venda

FOTO: REPRODUÇÃO

Um dos computadores que deram início à história da Apple está disponível para compra em um site de leilões, o que significa que você pode tentar adquiri-lo — se tiver bastante dinheiro no banco, obviamente. A peça à venda é um Apple-1 que originalmente pertencia a Adam S c h o o l s k y, a m i g o d o cofundador da Apple Steve Wozniak. Duzentas unidades desse

computador foram feitas à mão por Woz e sua equipe na garagem dos pais de Steve Jobs. Acredita-se que haja apenas 60 aparelhos desse pelo mundo. Além do computador, o comprador levará para casa coisas como manuais, publicidade, caixa e lista de preço — tudo original. O material foi avaliado por Corey Cohen, historiador especialista em Apple, e recebeu nota 9 de 10.

A t é o momento em que este texto está sendo escrito, o lance mais alto é de quase US$ 205 mil (R$ 647,55 mil), mas a Charitybuzz, que comanda o leilão, espera que se chegue aos US$ 700 mil (R$ 2,21 m i l h õ e s ) q u a n d o o processo for

finalizado. Há possibilidade de entrega fora dos Estados Unidos, onde acontece a oferta, mas o custo aproximado é de US$ 5.000 devido aos cuidados necessários com a expedição da peça. Se interessou? Basta acessar a página do leilão (https://www.charitybuzz.c om/catalog_items/1359400 ) e oferecer um lance. (Olhar Digital)


CIÊNCIA 7

24 a 30 de setembro de 2017

fatos & notícias

Ligação de neurônios no cérebro pode chegar até 11 dimensões Cientistas suíços conseguiram mapear o órgão de maneira mais detalhada para descobrir novidades impressionantes Cientistas suíços conseguiram obter uma das mais complexas visões do neocórtex cerebral. O grupo utilizou a técnica matemática da topologia algébrica para conseguir mapear as dimensões do órgão e descobriu que ele é composto por estruturas geométricas que estendemse em até 11 dimensões diferentes. O neocórtex é a parte mais desenvolvida do cérebro, responsável por n o s s a r a z ã o e discernimento. O objetivo dos pesquisadores da Blue Brain Project é montar uma

reconstrução completa do cérebro humano utilizando um supercomputador. Para isso, eles fazem uso da topologia algébrica, uma técnica matemática que permite calcular as propriedades de um objeto ou espaço independente do seu formato. S e g u n d o o s matemáticos, o método REPRODUÇÃO DAS ESTRUTURAS CEREBRAIS FOTO: PIXABAY consegue discernir os detalhes do sistema encontramos um grande eles, algo que nunca foi neurológico cerebral ao número e variedade de v i s t o a n t e s e m r e d e s mesmo tempo em que é conexões diretas entre n e u r o l ó g i c a s , t a n t o capaz de capturá-lo em sua neurônios e cavidades entre b i o l ó g i c a s q u a n t o totalidade. "Nós

artificiais", explicou a equipe em artigo publicado no periódico Frontiers of Computational Neuroscience. Acredita-se que no interior do cérebro exista uma média de 86 bilhões de neurônios, todos com múltiplas ligações entre si. Foi observando a complexidade dessas ligações que os pesquisadores notaram a variedade de dimensões e formas geométricas formadas por eles.

De acordo com os cientistas, as associações neurais podem formar desde hastes (figura em uma dimensão) a pranchas (duas dimensões), cubos (três dimensões), caminhando para figuras cada vez mais complexas em quatro, cinco e até onze dimensões. Apesar da conquista, os neurologistas explicam que ainda há muito trabalho pela frente. É preciso entender a correlação entre essas conexões e as tarefas cognitivas realizadas pelo cérebro, além do processo por trás da formação dessas formas tão complexas.

Equipamento promete conservar Arqueólogos podem ter encontrado cidade perdida de Alexandre, o Grande sabor natural do açaí Produtores de açaí do Pará já podem contar com uma máquina de processamento do fruto que reproduz o modo de amassar os caroços, exatamente como faziam no passado as mulheres do interior. A versão ajustada do processador foi a p r e s e n t a d a n o FOTO: DIVULGAÇÃO/EMATER escritório central da Empresa de Assistência açaí extraído nas máquinas Técnica e Extensão Rural do normalmente utilizadas pelos Estado do Pará (Emater), em batedores e submetido ao M a r i t u b a , r e g i ã o processo de higienização metropolitana de Belém. As (“branqueamento”) exigido informações são da Agência pela Vigilância Sanitária para o funcionamento dos pontos Pará. O modelo inovador foi de venda. “É um sabor que alcançado por meio de uma não se compara àquele que parceria que envolveu o experimentávamos na nossa agricultor Samuel Souza, infância”, define. Dessa idealizador do mecanismo, a inquietação surgiu a busca E m a t e r , c o m o por parcerias que o ajudassem i n t e r m e d i a d o r a , e a s a encontrar uma maneira de empresas Promenge (de São r e p r o d u z i r o t a l s a b o r P a u l o ) e G r a n d b e l ( d e verdadeiro do açaí. Foi quando Samuel decidiu Belém). Desse trabalho conjunto saiu o protótipo do procurar o escritório da equipamento, que tem Emater em Benevides, estrutura portátil e é feito município onde nasceu, e a 100% de aço inoxidável, com partir de uma conversa com o o propósito de preservar a e n g e n h e i r o a g r ô n o m o qualidade e a “verdade Antônio Carlos Lima deu início ao projeto de artesanal do processo”, como prospecção de uma máquina define Samuel Souza. O agricultor conta que lhe que atendesse esses critérios causava incômodo o sabor do conceituais. “A máquina é realmente

inovadora”, defende Antônio Carlos Lima, responsável pelo projeto na Emater. “Em relação às máquinas atuais a diferença do produto final é muito grande, seja no aspecto físico-químico ou na qualidade das propriedades organolépticas e nutricionais, em que o choque mecânico é bastante reduzido”, explica. E completa: “Nela não há perda das proteínas, visto que os caroços passam por um processo de atrito em vez de serem triturados". “Quando o protótipo ficou pronto, ampliamos a ideia na perspectiva de atender o setor da agricultura familiar, em especial iniciativas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”. Hoje a versão final do modelo da máquina foi apresentada. Na opinião do diretor técnico da Emater, Rosival Possidônio, “o resultado dessa iniciativa é de suma importância para o Estado, particularmente para as regiões produtoras de açaí, uma vez que existe a perspectiva real de proporcionar um salto de qualidade na produção de polpa de açaí para comercialização”. (Portal Amazônia)

O lugar, localizado no Iraque, estava perdido há mais de 2 mil anos e foi descoberto com a ajuda de drones

FOTO: MUSEU BRITÂNICO

Arqueólogos iraquianos e ingleses descobriram uma cidade perdida há mais de 2 mil anos com a ajuda de drones e análise de imagens. Acredita-se que Qalatga Darband, como é chamada, tenha sido construída em 331 a.C. por Alexandre, o Grande. "Ainda é cedo, mas acreditamos que era uma cidade movimentada na estrada do Iraque para o Irã. É possível imaginar as pessoas dando vinho aos soldados que passavam", afirma John MacGinnis, líder da pesquisa, para o The Times. O local chamou atenção após imagens de espiões da CIA dos

anos 1960 serem reveladas. Entretanto, os estudos só começaram no século de 21 por conta dos conflitos no local. "Analisar marcas de cortes nunca havia sido feito na arqueologia da Mesopotâmia. Quando há paredes no chão, dificilmente o trigo cresce muito bem, então aparecem cores diferentes na plantação", explica MacGinnis, que também ressalta a importância da utilização dos drones para a descoberta. Até agora, as investigações no terreno revelaram as bases de uma série de grandes edifícios no solo, incluindo uma parede fortificada e

prensas de pedra que podem ter sido utilizadas na produção de vinho ou óleo. Azulejos e estátuas de Perséfone e Adônis também foram encontrados no local. Além de uma moeda que data do reino de Orodes Segundo, durante 57 a.C. e 37 a.C., o que significa que a cidade sobreviveu por muitos anos após o governo de Alexandre, o Grande. Os arqueólogos esperam continuar as escavações até 2020. Com isso, é possível que muitas novidades ainda sejam descobertas, além dos mistérios que precisam ser resolvidos.

(Revista Galileu)


8 SAÚDE

fatos & notícias

24 a 30 de setembro de 2017

Id, Ego e Superego – Febre oropouche preocupa Entre o querer, o não cientistas brasileiros poder e o dever Doença transmitida pelo mosquito “borrachudo” pode causar dores no corpo, calafrios e risco de infecção por meningite

Por Janaína B. Cordeiro

Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1923), Sigmund Freud faz uma análise da psique humana, estabelecendo as três instâncias que compõem o aparelho psíquico, representadas pelo Id, o Ego e o Superego. São formas de interação entre a nossa parte consciente e inconsciente e são inerentes a todos as pessoas, comandando o nosso modo de agir e pensar. Essas forças estão sempre contrapondose umas às outras, numa dinâmica que vai gerando desgastes no processo mental, podendo produzir diversos conflitos para o sujeito. O Id seria a parte primitiva, instintiva, regida pelo princípio do prazer, visando a satisfação das necessidades imediatas, como forma de evitar o sofrimento. Segundo Freud, estaria ligado à libido, ao impulso sexual. Um exemplo seria uma pessoa que sente um imenso desejo de tomar sorvete e mesmo sabendo ser diabética, satisfaz a sua vontade, ignorando os riscos. O Id é também inconsciente e está relacionado a todos àqueles impulsos que não são civilizados, que instigam o sujeito a seguir com seus impulsos, para atender prontamente seus desejos. Já o Superego, seriam os valores morais do sujeito e seus pensamentos éticos. Origina-se do Complexo de Édipo, momento em que a criança já começa a internalizar os valores

morais, familiares e sociais do meio em que vive. O sentimento de culpa vivenciado por uma pessoa, por exemplo, é provocado inconscientemente pelas forças do Superego, que atua reprimindo as insistências do Id. O Superego seria um conselheiro do Ego, orientando-o sobre o que é certo e errado, levando em conta os princípios interiorizados pelo

indivíduo durante toda a sua vida. Um exemplo da atuação do Superego seria lembrar aquela pessoa que desejou tomar aquele sorvete, de que ela não deveria tomá-lo por conta das consequências negativas que o açúcar poderia causar em sua saúde, podendo necessitar de assistência médica e de investimentos para a compra de remédios. Já o Ego (eu) seria a parte racional e consciente da mente, que se desenvolve já nos primeiros anos de vida do sujeito. Está continuamente lidando com o princípio da realidade, regulando as exigências insensatas do Id, de forma a torná-las socialmente aceitáveis. No exemplo do

s o r v e t e , o E g o conscientizaria aquela pessoa de que ela possui restrições alimentares decorrentes do seu diabetes, que precisam ser respeitadas, mas que, também, poderia satisfazer o seu desejo substituindo tal sorvete por uma versão diet, já que este não lhe causaria prejuízo algum. Portanto, essa é a função do Ego, mediar os conflitos entre as reivindicações do Id e a ameaça e repressão do Superego, na tentativa de adequá-los com as necessidades da realidade do sujeito e da sociedade. Um Ego forte é aquele capaz de encontrar soluções eficientes para mediar tais conflitos. Em contrapartida, quando o Ego não c o n s e g u e gerenciar a disputa entre aquilo que o sujeito ”quer fazer”, em contraposição com aquilo que ele “não pode fazer” ou então sobre aquilo que ele realmente “deve fazer”, surgem angústias e sintomas que produzirão doenças mentais. A função do psicanalista durante as análises é a de ajudar o sujeito a equilibrar os conflitos entre essas três instâncias para que, assim, possa gerenciar de forma mais eficaz e ordenada a sua vida. Janaína Bernardo Cordeiro

Psicanalista Clínico APC-ES 23724 Filiada ao Sindicato dos Psicanalistas do ES Contato: jbernardocordeiro@yahoo.com

IMAGEM: WIKIMEDIA COMMONS/FRITZ GELLER-GRIMM

Febre alta, dores pelo corpo e na região da cabeça, calafrios e o risco de infecção por meningite. Com efeitos similares aos da dengue, a febre oropouche também é causada por um mosquito e desperta a atenção das autoridades da saúde pública: nos últimos anos, houve um aumento dos registros da enfermidade em áreas urbanas brasileiras. De acordo com Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), a doença não é letal, mas pode se tornar um problema para Brasil, Peru e países do

Caribe. O professor explica que pessoas infectadas podem propagar o vírus, mas o principal transmissor é o mosquito Culicoides paraensis, conhecido como “borrachudo” ou “maruim”. “Estamos realizando diagnósticos para localizar lugares onde eventualmente possam ocorrer novos casos”, afirma Figueiredo. Por enquanto, a região amazônica é o local com maior número de casos da doença em humanos. Mas a febre oropouche também já foi encontrada em aves no Rio Grande do Sul e em primatas de Minas Gerais e de Goiás. Especialistas que estudam a propagação de doenças

como dengue, zika e febre amarela indicam que a ação humana está ligada ao surto dessas epidemias. Com a urbanização e a aceleração do desmatamento de áreas rurais, crescem os desequilíbrios ambientais que favorecem a proliferação dos transmissores das enfermidades. É aí que mora o perigo: o mosquito “borrachudo” adapta-se facilmente às cidades. O Ministério da Saúde afirma que o surto de zika diminuiu: se em 2016 foram registrados mais de 170 mil casos, o número despencou para 7,9 mil ocorrências até abril deste ano.

Brasil e EUA firmam parceria para produção da 2ª etapa da vacina contra a Zika O ministro da Saúde, Ricardo Barros, firmou na terça-feira (26) uma parceria com o secretário de Saúde dos EUA, Thomas Price, para a produção da segunda etapa da vacina contra o vírus Zika. Nesta fase, a vacina será testada em humanos em produção pela Fiocruz/Biomanguinhos, em parceria com os EUA. O encontro aconteceu durante a 29ª Conferência Sanitária Pan-Americana, realizada em Washington, nos Estados Unidos. Após

testes bem-sucedidos em animais, a vacina segue agora para a fase de testes em humanos, que deve se iniciar dentro de um ano, logo após a produção dos lotes clínicos, avaliações pré-clínicas e a aprovação deste estudo pelo comitê de ética da Fiocruz/Biomanguinhos. A vacina contra Zika desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado ao Ministério da Saúde, apresentou resultado positivo nos testes em

camundongos e macacos. A aplicação de uma única dose da vacina preveniu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação, o contágio de seus filhotes. É um dos mais avançados estudos para a oferta de uma vacina contra a doença para proteger mulheres e crianças da microcefalia e outras alterações neurológicas causadas pelo vírus. Os dados foram divulgados no último dia 22 pela revista Nature Communications. (Ministério da Saúde)


24 a 30 de setembro de 2017

GERAL 9

fatos & notícias

Capixaba, campeã da ginástica rítmica, luta por patrocínio Luzimara Fernandes

FOTO: DIVULGAÇÃO

Campeã por equipe no Campeonato Brasileiro Adulto, realizado em Vitória, neste mês; atual vice-campeã Brasileira Juvenil (campeonato

realizado em Manaus); primeiro lugar no arco e terceira colocada na bola, maças e fitas nos Jogos Estudantis do Espírito Santo, ela representará o

Estado no Brasileiro de Ginástica Rítmica de Conjuntos, que acontecerá em Brasília em novembro. Mesmo com o currículo e as conquistas citadas acima, Déborah Medrado Barbosa, trava uma batalha diária para competir. Isso porque a atleta de 15 anos, estudante do ensino médio em uma escola pública estadual e moradora do bairro São

Geraldo, na Serra, não tem patrocínio e conta com a ajuda do pai, o professor de educação física, Evaldo Luiz Barbosa, para alcançar o sonho olímpico. Como sente na pele as dificuldades enfrentadas pela filha, Evaldo faz um desabafo. “Nosso município tem muito atletas com potencial. O pouco interesse da iniciativa privada e do

poder público faz com que esses atletas com potencial acabem desistindo. Outra coisa é a demora na solução dos problemas. Até hoje a lei Roberto Siqueira Costa, Lei de Incentivo ao Esporte Amador da Serra não saiu do papel. Eles estão reformulando”, critica. Quem quiser patrocinar a Déborah e ajudá-la a deslanchar de vez no

esporte, pode entrar em contato com o pai dela, Evaldo Luiz Barbosa, no telefone (27) 99949-4593. A Déborah é beneficiária do programa Bolsa Atleta Estudantil, do governo do Estado, entretanto, somente este auxílio não é suficiente para ela desempenhar, satisfatoriamente, seu esporte.

Escola da Serra realiza Feira de Empreendedorismo Luzimara Fernandes

Diretora Rosângela com participante A I F e i r a d e Empreendedorismo Jovens, Pais e Alunos da Emef "Djanira Maria de Araújo", localizada no bairro Nossa Senhora da Conceição, Serra Sede, foi um sucesso. O projeto, idealizado pela diretora Rosângela Cláudia e pela pedagoga Cleide Lacerda de Brito, teve a participação maciça da comunidade. Realizado no último dia

(16), o evento contou com a contribuição do Instituto Embelleze, que ofereceu cortes de cabelo e serviços de manicure; a rede de farmácias Mônica, também marcou presença com aferição de glicose e pressão. Além dos serviços prestados, houve palestras; feira de artesanato e comidas típicas; apresentação de danças de

rua, com o grupo de Hiphop Esperança; apresentação de capoeira; contação de história; pulapula e estande de vendas com demonstração dos produtos (dos grupos de Empreendedorismo), com comidas, artesanatos, fotografia entre outros. De acordo com a diretora Rosângela Cláudia, o evento teve como objetivos desenvolver e estimular o empreendedorismo com a geração de renda e inclusão, orientando sobre a importância da criação de cooperativas, além de divulgar o trabalho da comunidade local, que utiliza diversas formas de atividades com sustentabilidade, promovendo a socialização e a valorização dos trabalhos desenvolvidos. Morador da comunidade,

Darcy Júnior, foi um dos palestrantes. Ele falou sobre empreendedorismo, área que ele conhece bem, já que é empreendedor. Na ocasião os presentes puderam aprender sobre como agir em situações e m e rg e n c i a i s c o m o o

engasgo, na simulação feita pelos enfermeiros Elisângela Freitas e Jandilson Lyrio. “Nosso sentimento é dever cumprido, pois a nossa intenção era trazer informação com entretenimento e cidadania

para a comunidade e atingimos o nosso objetivo. Agora é esperar e vê-los colocar em prática tudo o que foi passado aqui e que toda essa mobilização se reverta em renda para as famílias”, disse Rosângela. FOTOS: DIVULGAÇÃO/ROSÂNGELA


"Olhar de uma lente" 10 fatos & notícias

24 a 30 de setembro de 2017

A máscara do poder Entra governo, sai governo e a realidade não muda. O eleitor continua sendo enganado por essa política de faz de conta, onde o gestor finge que faz e a população sofre com o descaso do pode público Há anos venho observando a atual gestão municipal da Serra. A estratégia é muito inteligente, mesmo porque vende uma imagem de que as coisas estão muito bem e não é verdade. Pela minha ótica está mais para enganação do que qualquer outra coisa. São inúmeras as mascarações e, mais uma vez, pego a comunidade de Jardim Carapina como exemplo. No último pleito municipal a comunidade foi contemplada com uma pracinha no ponto

final, sinalizações (demarcações) de trânsito e movimentos de caminhões e mais caminhões na avenida da galeria para dizer que a população está sendo assistida. Enganação??? Acho que sim, pois os problemas mesmos são deixados de lado. Vou citar alguns deles que venho batendo na minha coluna há vários anos: o muro de arrimo na área do barranco. O período das chuvas está às portas e, com ele, a preocupação de dezenas de

. c o m . b r / p t br/publicacoes/no-brasil45-da-populacao-aindanao-tem-acesso-a-servicoadequado-de-esgoto/ ) e,

FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO

Haroldo Cordeiro Filho

famílias que vivem em verdadeiros abismos. Outra situação são as calçadas, que não permitem que pessoas portadoras de deficiências consigam ter o direito de ir e vir sem colocar em risco suas vidas. Outra é a vala a céu aberto que contorna o bairro, nesse quesito, aproveito o ensejo para convidar sua excelência, a pernoitar na comunidade ao som de uma “orquestra mosquital” e ainda no dia seguinte, ir para seu gabinete com um sorriso escancarado no rosto como se tivesse tido uma ótima noite de sono (http://jornalfatosenoticias

para finalizar, lembro ao gestor que Educação Infantil no Brasil é responsabilidade dos municípios, que recebem apoio dos estados e do governo federal para que possam

oferecer uma formação inicial de qualidade às crianças de 0 a 5 a n o s d e i d a d e (http://jornalfatosenoticias

. c o m . b r / p t BR/publicacoes/educacaoinfantil-no-brasil-e-

re s p o n s a b i l i d a d e - d o s municipios/). Na próxima edição falarei da triste realidade do turismo, da cultura, do esporte e lazer do nosso município. Até lá!!

Haroldo Cordeiro Filho Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer Produtor-executivo do Jornal Fatos & Notícias

Evento cultural agita moradores do Conjunto Carapina I Luzimara Fernandes

Comunidade, segundo as definições mais usadas, é

Júnior e Vera

um agrupamento de pessoas que vivem dentro de uma mesma área geográfica, rural ou urbana, unidas por interesses comuns e que participam das condições gerais de vida. O termo comunidade ainda é usado para denominar uma forma de associação muito íntima, um grupo altamente integrado em que os membros encontram-se ligados uns aos outros por laços de simpatia. Nesse sentido, qualquer grupo pode constituir uma comunidade.

E foi nesse espírito que o presidente Júnior e a vice, Vera Depiante, realizaram um evento cultural no Conjunto Carapina I, na Serra, para levar aos moradores alegria e diversão. Integrar as pessoas da comunidade e proporcionar momentos de lazer é a marca da atual gestão comunitária. A festa aconteceu no Centro Comunitário Castro Alves e recebeu um público bem expressivo. “Infelizmente, a participação dos nossos moradores foi pequena, recebemos muitas pessoas de bairros adjacentes. Mas,

mesmo assim, nos sentimos honrados pelo evento, por

fazermos a nossa parte. A quadra ficou lotada, no final

das contas isso é o que conta”, argumenta Vera. FOTOS: VERA DEPIANTE


ECONOMIA 11

24 a 30 de setembro de 2017

fatos & notícias

Governo federal arrecada com leilão de quatro hidrelétricas Como parte do esforço de melhorar a prestação de serviços e reforçar as contas públicas, o governo federal arrecadou, nesta quartafeira (27), R$ 12,13 bilhões, com o leilão de quatro usinas hidrelétricas. O resultado foi acima do m í n i m o d e R $ 11 , 0 5 bilhões estimados para o certame, o que significa um ágio de 9,73%. Agora, as usinas hidrelétricas de São Simão (GO/MG), Jaguara (MG/SP), Miranda (MG) e Volta Grande (MG/SP) voltam à operação da iniciativa privada pelos próximos 30 anos. Anteriormente, esses empreendimentos eram operados pela estatal mineira Cemig, que teve seu contrato encerrado e

o lance mínimo estabelecido. As usinas de Jaguara e Miranda foram vencidas com lances de R$ 2,17 bilhões e R$ 1,36 bilhão, com ágios de 13,59% e 22,42%, respectivamente. Por último, a usina h i d r e l é t r i c a d e Vo l t a Redonda, conquistada pela Enel Brasil, foi vencida diante com um lance de R$ 1,41 bilhão e ágio de 9,84%. FOTO: DIVULGAÇÃO/CEMIG

não renovado. Maior usina do pacote, a hidrelétrica de São Simão foi arrematada pela chinesa State Power Investment Group, enquanto as usinas de Jaguara e Miranda serão operadas pelo consórcio

Engie Brasil. Por fim, a usina de Volta Grande pela Enel Brasil. Diante da concorrência pelos ativos de geração de energia, cada lote de usinas hidrelétricas registrou ágio na comparação com os

lances mínimos fixados no edital. No caso da usina hidrelétrica de São Simão, os investidores chineses a arremataram por R$ 7,18 bilhões, com um ágio de 6,51% na comparação com

Como funciona o leilão De acordo com as regras previstas no edital, o leilão dos projetos ocorreu simultaneamente. O vencedor foi o que ofertou o maior valor de outorga (ou contribuição fixa inicial,

que soma o valor mínimo do leilão e o ágio ofertado). Esse valor será pago na assinatura dos contratos. Na avaliação do presidente do Balcão B r a s i l e i r o d e Comercialização de Energia (BBCE), Victor Kodja, o resultado do leilão realizado nesta manhã demonstrou a força dos ativos brasileiros de energia elétrica aos olhos do investidor. "Eu acho o resultado bastante positivo, mostra o interesse dos investidores nos ativos de energia e de infraestrutura como um todo", apontou. Segundo ele, o sucesso do leilão mostra que o futuro das concessões, tanto na área de energia quanto nas outras, é promissor. "Pelo que estamos vendo é isso (promissor). É um bom prenúncio", acrescentou.

Principais frigoríficos do País voltam a exportar para os EUA SÍLVIO ÁVILA/MAPA

Autoridades sanitárias do Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos comunicaram o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que o Brasil poderá restabelecer as exportações ao país de cinco frigoríficos para produção de carne termoprocessada. As cinco unidades foram e m b a r g a d a s preventivamente pelo Ministério da Agricultura por

problemas como rompimento de embalagens. A medida foi tomada com o objetivo de evitar eventual embargo total dessa exportação. O comunicado revertendo a situação foi enviado ao Mapa na segunda-feira (25). Os produtos processados termicamente representam a maior parte da exportação de carne brasileira para os americanos. O Brasil possui 18 frigoríficos fornecedores dessa matéria-prima.

Em evento em São Paulo, na terça-feira (26), o ministro Blairo Maggi (Agricultura) falou sobre a reabertura de mercado para os cinco frigoríficos, que são os principais exportadores para os EUA. Maggi lembrou que recentemente uma missão técnica norte-americana veio ao Brasil a convite do Mapa. A delegação dos EUA visitou várias plantas e conversou com técnicos do ministério e com pessoas da cadeia produtiva. “Ontem mesmo, recebemos a informação de que a carne processada está liberada. Esperamos que, muito em breve, a gente consiga também liberar a carne in natura”. O fim do embargo de cortes in natura deverá ocorrer depois que os americanos avaliarem documento enviado a eles, em resposta a questionamentos feitos por missão veterinária que esteve no país no primeiro semestre deste ano. A previsão é que isso ocorra em outubro. (Mapa)


ECONOMIA 12 fatos & notícias

24 a 30 de setembro de 2017

Com maior concorrência, Brasil deve focar em qualidade em café Diante de um mercado global de café cada vez mais competitivo e com países produtores importantes ganhando espaço, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) chama a atenção para a necessidade de o setor ampliar a qualidade do grão nacional. "O mercado brasileiro tem tradição, mas estamos trabalhando para mostrar para a indústria e para o produtor que o destaque deve ser a qualidade, não o preço ou volume", disse Ricardo Silveira, presidente da Abic, durante a entrega do prêmio Melhores da Qualidade 2017, realizado pela associação em São Paulo, na terça-feira (26). O prêmio, uma alternativa encontrada pela Abic para

incentivar a modernização e investimentos no setor cafeeiro, confere reconhecimento às marcas que se destacam durante o ano no Programa de Qualidade do Café (PQC). A gerente de Comunicação da Jacobs Douwe Egberts (JDE), Isabela Botaro, disse que um grande espaço de crescimento no Brasil hoje está no café de maior qualidade. A empresa, de olho em um mercado ainda pouco explorado no Brasil, o de cafés superpremium, trouxe recentemente para o País a L'OR, marca francesa top de linha do grupo. A JDE é dona da marca Pilão, líder no mercado brasileiro, além da Caboclo, Seleto, Damasco, Pelé e Café do Ponto. Ricardo Silveira destacou

que acendeu uma luz amarela no setor cafeeiro nacional, na medida em que as exportações do Brasil recuaram neste ano até agora, enquanto os estoques de países compradores importantes continuam robustos. "O mercado começou a ficar mais atento a isso. O café brasileiro não tem mais toda essa hegemonia que costumava ter", explicou. A exportação brasileira caiu 7,4% nos primeiros oito meses de 2017 na comparação com igual período do ano passado, para 17,365 milhões de sacas de 60 kg, conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Em agosto, os estoques dos EUA recuaram

EUA pesquisam óleo de milho para a indústria de armas A busca por maior diversificação do uso do milho pode chegar ao setor m i l i t a r. N o s E s t a d o s Unidos, será feita uma pesquisa para desenvolver um produto à base do cereal a ser usado em armamentos. O trabalho é uma parceria da Associação Nacional dos Produtores de Milho (NCGA, na sigla em inglês)

e uma empresa privada. Em nota, o presidente da NCGA, Larry Hoffmann, informou ter fechado um acordo para dar suporte financeiro à QMaxx Products Group, sem informar qual o valor a ser investido. A intenção é testar um produto renovável, nos padrões usados pelas Forças Armadas, para limpar,

lubrificar e conservar armamentos. “A formulação é desenvolvida para atingir os altos padrões de performance exigidos pelos n o s s o s m i l i t a r e s . Va i convergir também com os padrões federais para renováveis e reduzir a exposição dos soldados a componentes nocivos”, defende, na nota, a associação dos produtores. Parceira da Associação no projeto, a QMaxx é uma empesa sediada em Fenton, no Estado americano do Missouri, e especializada na fabricação de lubrificantes e anticorrosivos. Craig Hiddleston, CEO da companhia, está otimista em relação ao trabalho com os agricultores. “Temos outras iniciativas que usarão derivados de milho. Esperamos trabalhar com a Associação dos Produtores nessas iniciativas também”, diz ele, no comunicado divulgado pela entidade que representa os produtores do cereal.

FOTO: ROBERTO SEBA/EDITORA GLOBO

A exportação brasileira do grão caiu 7,4% nos primeiros oito meses de 2017 na comparação com igual período do ano passado

147,3 mil sacas, para 7,266 milhões de sacas após atingir os níveis mais altos dos últimos 20 anos em julho (7,41 milhões de sacas),

segundo a Associação de Café Verde (GCA, na sigla em inglês). Entretanto, analistas apontaram que as reservas devem voltar a subir

em breve, à medida que a colheita avança em países produtores, principalmente Colômbia e América Central. (GLOBO RURAL)


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