Fatos & Notícias Ed. 222

Page 1

Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 222

08 a 23 de outubro/2017 Serra/ES

Distribuição Gratuita

fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br

Laura, um robô que salva vidas PÁG. 6 ECONOMIA

36% dos brasileiros com mais de 50 anos ainda trabalham PÁG.11

Exposição reúne primeiros Brasil deve reduzir desilivros infantis publicados gualdades na educação para cumprir metas PÁG. 10 no Brasil PÁG. 3

Guardiões do clima PHILLIPE ECHAROUX/DIVULGAÇÃO

POLÍTICA

Entrevista com o vereador Amarildo Araújo PÁG.5 CIÊNCIA Cientistas mostram efeitos positivos de alucinógenos no cérebro PÁG.7

Pág.4

Um relatório indicou que os povos nativos são os melhores protetores do capital natural da Terra, EDUCAÇÃO pois num período de 15 anos, as taxas de desmatamento nos territórios indígenas foram menos de um décimo do praticado no resto da Amazônia brasileira PÁG.2

A democratização da leitura, experiências leitoras no País convivem com um cenário de desafios permanentes PÁG.4


2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias

08 a 23 de outubro de 2017

Guardiões do clima Jovem de 22 anos cria técnica para limpar o plástico dos oceanos

THE OCEAN CLEANUP/DIVULGAÇÃO

A proposta de Boyan Slat, estudante de engenharia e ambientalista holandês, é ousada: remover metade do plástico do maior lixão oceânico do mundo em 5 anos

À medida que o planeta se aquece, estudos apontam diminuição dramática do desmatamento em áreas amazônicas de posse de comunidades nativas. Mas a turbulência política dificulta a luta pelo direito à terra. Há séculos as terras indígenas são campos de guerra, onde interesses conflitantes lutam pela riqueza contida nelas. Em muitos casos, as tribos que as habitavam originalmente se transformaram em guerreiras no sentido mais amplo do termo: lutam para defender seus territórios tradicionais. Embora os povos indígenas representem apenas 5% da população mundial, as regiões que habitam contêm cerca de 80% da biodiversidade e são muito ricas em recursos naturais. Mas tanto a propriedade como o controle dos territórios nativos seguem mal definidos, em amplas áreas da Ásia, África e América Latina. Numa época em que se coloca a mudança climática global em foco, os povos indígenas sustentam que assegurar suas terras é crucial, não apenas para as próprias comunidades, mas, também, para a proteção do clima. Pois as florestas desempenham um papel vital no ecossistema do planeta, ao isolar o dióxido de carbono da atmosfera, limitando, assim, o aquecimento global.

O Acordo de Paris marcou um maior reconhecimento dos direitos das comunidades nativas e seu papel na proteção do clima e na luta contra a mudança global. No entanto, protestos e conflitos violentos em várias partes do Brasil mostraram que os direitos indígenas à terra permanecem sendo fonte de um conflito no qual o próprio planeta pode estar em jogo. Um relatório de 2016 indicou que os povos nativos são os melhores protetores do capital natural da Terra, pois num período de 15 anos, as taxas de desmatamento nos territórios indígenas foram menos de um décimo do praticado no resto da Amazônia brasileira. Em fevereiro deste ano, outro estudo veio reforçar essa teoria, ao mostrar que conceder a posse a comunidades nativas da Amazônia peruana resultou em maior proteção da floresta. "Num prazo de dois anos, o desflorestamento nas áreas analisadas foi reduzido em três quartos e a degradação florestal, em dois terços", comentou à DW o principal autor do estudo, Allen Blackman. Segundo ele, haveria duas razões para tal. O controle mais rigoroso da propriedade, em geral, a c a r r e t a u m a regulamentação mais eficaz do desmatamento ilegal. E

também aumenta a pressão pública por parte de grupos ambientalistas ou da mídia. Embora se registre um incremento geral do grau de reconhecimento oficial dos direitos à terra dos indígenas, o instituto não lucrativo de pesquisa Imazon revela haver cerca de 160 mil requerimentos de posse de terras amazônicas aguardando regularização. O Imazon conclui que deferir esses pedidos contribuiria grandemente para a implementação de medidas mais sustentáveis na região. A relação entre concessão de terras e maior proteção florestal não é um ponto pacífico. Steven Lawry, do Centro de Pesquisa Florestal Internacional cita o derrubamento extensivo de árvores por nativos do norte do Canadá como um nítido exemplo em contrário. "Essas práticas madeireiras não estão de acordo com a ideia que algumas pessoas têm da relação das comunidades indígenas com o ambiente natural". No entanto, a proteção climática não deve ser a única razão para conceder terras aos povos locais: os direitos humanos devem ser a base principal. Assim, a preocupação com o clima não pode fazer esquecer os problemas sociais, econômicos e de saúde pública enfrentados pelas tribos.

O destino que damos ao plástico pode ser considerado um grande problema ambiental. Isso porque além de abarrotarem os lixões e aterros sanitários no continente, esses derivados do petróleo também são um incômodo para a vida marinha. Sabe-se que existem pelo menos 5 trilhões de peças plásticas nos oceanos de todo o planeta, totalizando 250 mil toneladas. Mas há algumas áreas específicas em que o problema é especialmente mais preocupante. É o caso da “Great Pacific Garbage Patch”, localizada ao norte do Oceano Pacífico, entre a costa oeste dos EUA até o Japão. A área, descoberta em 1997, faz jus ao título de “depósito de lixo gigantesco”, concentrando boa parte do plástico que dispensamos nos oceanos. Lá, os detritos chegam a formar ilhas de lixo, em que se pode até mesmo andar a pé. Isso é possível porque as correntes marítimas convergentes que atuam na região se movimentam em círculos, causando enormes “redemoinhos”. Assim, o lixo que é descartado em várias partes do planeta acaba parando no mesmo endereço. O resultado são prejuízos gigantes para a vida nos oceanos, pois essa cobertura impede a fotossíntese de organismos marinhos e mata a fauna que ingere as peças plásticas por engano. Embora não pareça, há gente tentando mudar esse cenário. E a ideia mais promissora atualmente vem de um jovem de 22 anos. Boyan Slat é um ambientalista holandês e criador da Ocean

Cleanup Foundation. Sua empresa, que já conta com 65 pessoas, tem uma proposta um tanto ousada: retirar metade do plástico da Great Pacific Garbage Patch em um período de cinco anos. Como? Cercando o lixo em alto mar com barreiras gigantes, feitas de polietileno de alta densidade. Seu formato lembra aqueles macarrões usados como boia em piscinas – como se fosse um “U”, só que mais aberto. Resistentes e maleáveis, as estruturas são perfeitas para o trabalho: firmes o suficiente para não deixar escapar nenhum pedaço de plástico, e móveis o bastante para serem levadas de um lado para o outro pelas próprias águas do Pacífico. Já que os oceanos são um tanto infinitos e cheios de correntes marítimas, represar os plásticos significa reduzir o trabalho de sair catando cada pedaço pelo oceano. Concentrados em um só local, os detritos podem ser tranquilamente recolhidos com a ajuda de barcos, que passarão pelas áreas de plástico represado periodicamente – uma vez por mês, provavelmente. Ok, até aí, nada de muito i n o v a d o r. A t é c n i c a d e cercamento já é conhecida, e utilizada inclusive na própria tarefa de conter detritos despejados no mar, como manchas de óleo. O “pulo do gato” é a independência que essas barreiras possuem para navegar os sete mares: elas não precisam ficar presas no fundo dos oceanos. Ao invés disso, as âncoras que as mantêm flutuando ficam soltas, boiando em águas mais

profundas – a cerca de 600 metros da superfície. Conforme afundamos, a pressão e densidade aumentam, o que faz com que a velocidade de navegação das âncoras seja menor do que na superfície. Isso impede que a boia gigante se movimente mais rápido que o lixo. Acompanhando o ritmo da âncora, o sistema todo acaba indo até quatro vezes mais devagar do que iria se estivesse fixo, recolhendo assim o plástico de forma mais eficiente. Para impedir que tudo não seja levado em dias de ondas mais severas, as âncoras têm de ser robustas. São quatro partes com 12 metros de comprimento e 4 de largura cada uma. A ideia inicial de Slats era criar um único cordão gigante, com 96,5 km de extensão. Depois, o projeto foi alterado para 50 estruturas de pouco menos de 1 km cada uma. Tudo para correr menos riscos. Se uma delas falhar, por exemplo, há outras 49 firmes e fortes no trabalho de parar o lixo oceânico. Além disso, há também a vantagem de elas poderem ir sendo lançadas ao mar conforme forem produzidas. O primeiro protótipo de 1 km de extensão será testado ainda esse ano, e estima-se que todo o projeto esteja pronto já em 2018. Os custos estão estimados em U$ 320 milhões. Para bancar a empreitada, Slats contou com vários – e grandes – financiadores. Empresas do Va l e d o S i l í c i o n o r t e americano como a PayPal já apostaram na ideia, que atingiu recentemente a marca dos U$ 30 milhões.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18

fatos & notícias

Filiado ao Sindijores

Impressão Metro

"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília

Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores


CULTURA 3

08 a 23 de outubro de 2017

fatos & notícias

Pinturas nas cavernas A decoração de cavernas começou a ser feita regularmente há uns 10 mil anos Foi provavelmente antes da atual glaciação que as pessoas começaram a fazer representações artificiais do mundo em que viviam. Mas as primeiras tradições artísticas surgiram somente ao longo dos últimos 20 mil anos. Agora, aspectos essenciais da vida são retratados com uma habilidade e um realismo antes desconhecidos. Parte do avanço artístico consiste no fato de que esses artistas estão começando a avaliar seu ambiente e a o b s e r v a r cuidadosamente seus detalhes físicos. Em outras palavras, o trabalho deles pode ser tanto simbólico quanto figurativo. Trabalhando à luz de lamparinas, nas profundezas dos sistemas de cavernas, eles pintam símbolos misteriosos e também imagens naturalistas de um cenário que inclui mamutes, renas, bisões e outros animais que encontram diariamente. De fato, talvez eles acreditem

na pintura de animais como uma espécie de magia para aumentar a probabilidade de uma caça bem-sucedida, possivelmente porque o gélido clima está tornando a vida cada vez mais difícil para os habitantes das

Grandes animais de caça, como mamutes lanosos, cavalos, bisões, veados e bois selvagens constituem os temas habituais desses pintores, embora leões e até peixes também, às vezes, sejam retratados. Embora os a r t i s t a s mostram-se capazes de pintar, entalhar e mesmo esculpir figuras humanas e de animais, imagens de pessoas são notavelmente raras. Quando existem, são quase sempre mulheres. S ã o particularmente comuns certas estatuetas de osso ou de marfim, conhecidas pelo nome genérico de Vênus, porque se supõe que possam ser símbolos de fertilidade. Frequentemente desprovidas de rostos, elas constituem representações estilizadas da forma feminina, com seios e nádegas extremamente exagerados.

REPRODUÇÃO

(Revista Educação)

cavernas. A decoração de cavernas começou a ser feita regularmente há uns 10 mil anos. Entre os pigmentos disponíveis para os artistas das cavernas estão o amarelo, o vermelho e o preto, fabricados de minérios como hematita em pó, fosfato de cálcio e dióxido de manganês, alguns deles recolhidos a distâncias de até 50 quilômetros das cavernas.

História do Mundo UOL

ÉLCIO SILVA

Exposição reúne exemplares de primeiros livros infantis publicados no Brasil "Livros infantis, velhos e esquecidos" fica em cartaz até o dia 30 de outubro; entrada é gratuita Está em cartaz, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo (USP), a exposição Livros infantis, velhos e esquecidos. A mostra reúne exemplares de livros infantis publicados no Brasil no final do século XIX e início do XX, incluindo clássicos da literatura, revistas e obras adaptadas. Na exposição, é

possível ver exemplares físicos das obras e também acessar suas versões digitalizadas. Robinson Crusoé, Viagens de Gulliver, livros de Júlio Verne e Monteiro Lobato e revistas como TicoTico são algumas das publicações que integram o acervo exposto. A mostra foi aberta no dia 03 de outubro e fica em cartaz até o

dia 30 do mesmo mês. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30. Também é possível agendar monitoria pelo em a i l educativo@bbm@us p.br. A curadoria é de Patrícia Tavares Raffaini e Gabriela Pellegrino, ambas professoras da USP. (Revista Educação)


4 EDUCAÇÃO fatos & notícias

08 a 23 de outubro de 2017

A democratização da leitura Na escola municipal Maria de Lourdes Rocha Rodrigues, em Canaã dos Carajás, no Pará, a leitura não fica restrita aos 30m² da biblioteca. A escola mantém um leque de ações para desburocratizar o encontro com os livros, como explica a diretora da unidade Elenjusse Martins da Silva Soares. “Não queremos que os estudantes tenham que preencher formulários para terem acesso a eles”, conta. A ideia é promover e fortalecer uma cultura leitora entre os alunos, motivo pelo qual a leitura se faz presente em diversos ambientes escolares e também os extrapola. Todos os dias, antes de começarem suas aulas, os professores reservam os momentos iniciais a uma leitura escolhida para as turmas – a escola atende 751 estudantes no Ensino Fundamental I e II. Após este momento, todos são convidados a comentarem o que ouviram. Semanalmente, os estudantes também levam livros para casa. A proposta é que eles possam fazer uma leitura conjunta com a família e compartilhar esse momento na escola, em uma atividade dirigida que busca descobrir como foi o

: DIVULGAÇÃO

Experiências leitoras no País convivem com um cenário de desafios permanentes; apenas 37% da rede pública possui biblioteca

momento da leitura, com quem da família ele foi partilhado e o que rendeu de conversas e reflexões. Além disso, o acervo chega a outros espaços em malas que funcionam como uma biblioteca itinerante. Assim, é possível ter contato com os livros nas áreas de convivência e não só na sala de aula. “Queremos romper com a ideia do ler para fazer prova, ler para estudar. Ler deve ser prazer”, explica Elenjusse, afirmando que as ações acabam também por assegurar a presença dos estudantes na biblioteca física. Vinte escolas de Canaã dos Carajás participaram de uma formação promovida pela Fundação Vale, em parceria com a secretaria municipal de educação. A iniciativa

levou 36 bibliotecários para a sala de aula, num total de 18 horas aula, com o intuito de fazê-los repensar a biblioteca como um espaço formador e transformador e apoiá-los na integração do espaço ao projeto políticopedagógico das unidades. A ideia, como explicam a especialista em educação, Andréia Prestes Massena e a analista de responsabilidade social Carla Vimercate, é refletir sobre a organização do espaço e o seu papel. “As bibliotecas precisam se configurar como espaços vivos, dinâmicos e capazes de acolher as crianças nos momentos de leitura”, avaliam. Em Canaã dos Carajás, a Fundação também mantém o espaço Casa do Aprender, composto por uma biblioteca, brinquedoteca e

espaço de informática. Há outras três unidades em Minas Gerais. A ideia, nesse caso, é contribuir com a democratização da literatura, sobretudo em localidades que não têm oferta de acervo literário via equipamento público ou rede de livrarias. O trabalho, no caso, é direcionado ao equipamento desses espaços, cedidos pelos municípios, e à gestão do acervo presente. “No caso, fazemos uma seleção do acervo literário, que leva em consideração a comunidade local e busca garantir uma diversidade de autores, editoras e temas, contribuindo com a formação do que entendemos ser uma rede leitora”, assegura Carla. O cuidado com o acervo literário é um ponto de

atenção para a integrante do conselho do Movimento Brasil Literário e coordenadora da campanha Eu Quero Minha Biblioteca, Christine Castilho Fontelles. “A literatura precisa garantir fruição, indagação, estranheza, por isso não pode ser oferecida como produto de prateleira. É necessário atentar para a procedência do livro, o tipo de história e o repertório que trará para a criança, jovem ou adulto”, relata. Christine entende a literatura como um alimento emocional que deve ser ofertado desde a primeira infância e continuamente ao longo da vida. Em sua visão, o repertório literário contribui para a criatividade, fantasia e fruição, aspectos constituintes do ser humano. No entanto, entende que, no Brasil, esse percurso não é trilhado sem esforço, a começar pela falta de oferta de bibliotecas públicas, comunitárias e escolares capazes de garantir a democratização do acervo. Dados do Censo Escolar 2016, disponibilizados pela plataforma QEdu, mostram que, do total de 183.376 escolas, 67.088 possuem biblioteca, o que equivale a 37%. Outras 43.218 unidades (24%) alegam possuir sala para leitura.

A especialista chama a atenção para a necessidade de uma rede de apoio que possa conduzir a criança na jornada leitora. Isso implica no envolvimento da família nessa cultura, mas, também, no apoio por parte dos equipamentos públicos. “Essa ausência revela que não temos uma jornada definida de construção de comportamento leitor. Os próprios professores não contam com isso na universidade e chegam à sala de aula sem intimidade com o tema”, avalia. Para Christine, é necessário um movimento intersetorial articulado que tenha como objetivo central a responsabilização do poder público pela viabilização de equipamentos, pela formação de professores e ativistas comunitários para constituir ou fortalecer o repertório literário no País. Ela reconhece boas iniciativas da sociedade nesse sentido, com apoio de recursos da iniciativa privada, mas reforça: “essa demanda tem de ser incorporada no orçamento dos municípios, só assim poderemos alcançar a q u a l i d a d e e a sustentabilidade necessárias”, finaliza.


POLÍTICA 5

08 a 23 de outubro de 2017

fatos & notícias

Entrevista com Amarildo Araújo, vereador de Cariacica Luzimara Fernandes

Cariacica, assim como o Espírito Santo, tem tudo para se desenvolver política e economicamente. Terra de belezas naturais ímpar e um povo trabalhador. Mas, infelizmente, a cidade ainda não é a que o morador m e r e c e . F a l t a m investimentos em infraestrutura, saúde, educação e saneamento básico. O município de Cariacica ocupa a terceira posição em população do Estado. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade tem, aproximadamente, 387.368 habitantes. São 289 bairros divididos em 13 regiões. A saúde do município tem um gargalo que afeta a população, levando à superlotação das unidades de saúde e prontos atendimentos. Nesta entrevista, o vereador Amarildo Araújo (PMB) revela as deficiências e as possíveis soluções para áreas primordiais do município como educação, saúde, saneamento básico e infraestrutura. Confira a entrevista abaixo Saúde Em relação à saúde, hoje temos um gargalo no pronto Atendimento do Trevo de Alto Laje. Mas é uma situação atípica, pois, dos 30 mil atendimentos/mês, a maioria não é de moradores do município, isso sobrecarrega o sistema. A maior parte desses atendimentos poderia ser feito nos postos de saúde, além do mais, atendemos grande demanda de pacientes de Viana e do interior. Mas, também, sabemos que a problemática da saúde não é privilégio de Cariacica, é um problema nacional e estadual e não é fácil ser solucionada, pois não depende apenas do poder público, há a falta de profissionais para atuar. Hoje o sistema tem muita

FOTO: HAROLDO CORDEIRO FILHO

dificuldade em contar com pediatras. Educação A educação é outra situação bastante delicada, na faixa etária de 0 a três anos a oferta de vagas não é nada se comparada à necessidade das comunidades. Mas a administração municipal, junto com a Câmara, tem trabalhado para avançar e garantir melhorias como acessibilidade nas instituições de ensino e no aumento da oferta de vagas, principalmente na educação infantil. Temos visto alguns avanços, mas ainda falta muito. Segundo dados do IBGE, em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da

cidade tiveram nota média de 5,3 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 3,6. A taxa de escolarização para pessoas de 6 a 14 anos foi de 94,8 em 2010. Isso posicionava o município na posição 73 de 78 dentre as cidades do Estado. Infraestrutura Sabemos que ainda falta muita coisa, mas a Câmara aprovou o empréstimo de R$ 85 milhões, junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, para obras de capeamento e recapeamento asfáltico, investimento em encostas e obras de infraestrutura.

Temos muitas ruas de terra batida, onde a população sofre com a lama e a poeira. Trabalho e Renda “O prefeito tem se

esforçado muito para fazer as coisas acontecerem. O município tem, hoje, a menor renda per capta do Espírito Santo, então não é fácil trabalhar assim, mas a Câmara tem ajudado. A gente sabe que Cariacica tem um histórico político muito ruim, mas estamos fazendo um trabalho para o município crescer, pois temos tudo para isso. Estamos trazendo um braço da Zona Franca de Manaus para a cidade, ficará no Contorno. Cariacica é a bola da vez no Estado, o município está bem administrado, mas, claro que não é para hoje. A cidade cresceu desordenadamente e isso tem um preço, são muitas invasões, muitos bairros não foram planejados. Mas, enfim, estamos tentando ajustar as coisas”. Em 2015, o salário médio mensal era de 2,2 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 16.3%. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 33% da população nessas condições. Em 2014, tinha um PIB per capita de R$ 2.2478,14. Na comparação com os demais municípios do Estado, sua posição era de 15 de 78. Em 2015, tinha 67,5% do seu orçamento proveniente de fontes externas. Em

comparação às outras cidades do Estado, estava na posição 67 de 78. Turismo Cariacica tem uma área rural belíssima, porém pouco e x p l o r a d a . Te m o s consciência que muito pouco tem sido feito pelo turismo. Saneamento básico Cariacica apresenta 79,6% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 40,5% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 13,7% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio), conforme dados do IBGE. Para Amarildo a questão do saneamento passa pelos péssimos serviços prestados pela Companhia EspíritoSantense de Saneamento (Cesan). “A Cesan presta um desserviço ao município, rasga o asfalto e, quando fecha, faz um serviço de péssima qualidade. Temos cobrado muito a empresa, pois ainda há uma grande parte de Cariacica para ser ligada à rede. A Cesan ainda joga o esgoto in natura nos valões que cortam a cidade. Isso é um absurdo, pois esses valões são rios que viraram esgotos a céu aberto”. Fonte: IBGE/TRE-ES/PMC


6 TECNOLOGIA 08 a 23 de outubro de 2017 fatos & notícias

Um robô que salva vidas Sistema usa inteligência artificial para identificar pacientes em risco e alertar médicos Laura é um robô diferente. Não foi feita de lata e nem tem os braços mecânicos que costumam ser associadas às criaturas de sua classe. Ela foi criada para analisar dados e salvar vidas a partir da tecnologia cognitiva. Ela identifica pacientes que podem desenvolver sepse (uma resposta desregulada do sistema imunológico a uma infecção) e avisar a equipe médica para que um tratamento seja iniciado. A cada 3,8 segundos Laura procura qual pessoa internada em um hospital está em estado mais crítico, algo que seria humanamente impossível. O objetivo é poupar tempo dos profissionais, recursos dos hospitais e o mais importante: salvar vidas. A cada hora sem tratamento, o risco de uma pessoa morrer de sepse aumenta 8%.

A invenção de Laura se deve a uma morte que poderia ter sido evitada. Laura era o nome de uma menina que morreu da doença apenas 18 dias após nascer. Foi quando seu pai, o analista de sistemas Jacson Fressato, 38 anos, começou uma caçada para descobrir os culpados. Durante nove meses ele fez trabalhos voluntários em hospitais para tentar encontrar o motivo de a menina partir tão cedo. Ele descobriu que não havia um culpado, mas um acúmulo de causas. Para eliminá-las, era necessário criar um sistema que permitisse aos médicos tomar decisões mais rápidas. Fressato decidiu desenvolver a plataforma por conta própria. Custou R$ 1 milhão, metade do valor bancado por um investidor-anjo. No final de 2016, o robô foi implantado no Hospital Nossa

LAURA NETWORKS

Senhora das Graças, em Curitiba. Em menos de 90 dias, diminuiu em 10% a mortalidade da sepse grave e aumentou em 27% o desempenho da equipe. No começo de 2017, o software

começou a ser implantado pela prefeitura de Curitiba para monitorar e criar base de dados dos pacientes atendidos pelas unidades públicas. “A Laura ajuda a diminuir mortalidade porque otimiza

os recursos do hospital”, afirma Fressato. Assim que o robô é implantado, começa a garimpar a base de dados de todos os sistemas integrados do hospital e fazer uma

classificação de risco. Laura foi programada para identificar pontos-chaves que montam a sepse, ou seja, ela cruza informações como dados vitais alterados e d i s f u n ç õ e s o rg â n i c a s , e calcula o tempo médio de atendimento entre todos os pacientes que estão no sistema do hospital. Com isso, consegue identificar um quadro de risco e avisar a equipe médica por meio de monitores. A tela laranja significa que um paciente está propenso a desenvolver sepse. Em casos mais graves, o robô manda SMS para os médicos. “O sonho de Laura é tecnologia de ponta e acessível para todos com o menor custo possível”, diz Fressato. O robô é doado para hospitais filantrópicos, mas é preciso pagar o custo de aplicação, de R$ 42 mil reais.

Desafio de construir aeronave reúne estudantes de engenharia Alunos de engenharia do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), autarquia vinculada ao MEC, participam, entre 26 e 29 de

outubro, da 19ª edição da SAE Brasil AeroDesign. A competição, a ser realizada no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) de São José dos

Campos (SP), tem como meta construir uma aeronave com a maior capacidade de carga possível. A SAE Brasil AeroDesign busca a difusão e o

intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes envolvendo concepção, projeto detalhado, construção e testes das aeronaves. Alunos de todo o País formam equipes que representarão a instituição de ensino superior à qual estão ligados. Os times são desafiados, anualmente, com novos regulamentos baseados em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica. A Cefast AeroDesign, equipe do Cefet-MG, participa desde a primeira edição do evento. “Nossos melhores resultados foram em 2007 e 2009, quando fomos campeões nacionais, e em 2010, quando conquistamos o mundial”, conta Gabriel de Lima Viana, capitão da equipe autora do projeto aeronáutico da instituição.

Neste ano, a equipe do Cefet-MG concorre com outros 93 times, além de representantes do México e da Venezuela. “Todo ano, um regulamento é enviado com as restrições em que a aeronave projetada deve se enquadrar, a distância para decolagem e pouso, as restrições geométricas e os motores permitidos”, explica Gabriel. Recebido o regulamento, cada equipe desenvolve seu trabalho. A competição tem três categorias: regular, aberta e micro, com requisitos específicos aplicáveis a cada uma. De maneira geral, a regular possui maiores restrições, enquanto a aberta e a micro dão maior liberdade de projeto às equipes. As avaliações e classificação das equipes são realizadas em duas etapas: competição de projeto e

competição de voo. Nessa etapa, as aeronaves são avaliadas comparativamente por engenheiros da indústria aeronáutica, com base na concepção e no desempenho dos protótipos. O campeonato foi criado pela SAE Internacional e acontece nos Estados Unidos desde 1986. A partir de 1999, a competição passou a constar também no calendário de programas estudantis da SAE Brasil. Ao longo dos anos, tornou-se um evento crescente em quantidade e qualidade dos projetos e dos participantes. A evolução, presente nas aeronaves atuais frente a suas precursoras, é considerável, não somente sob o ponto de vista construtivo, mas também nos métodos de projeto, desenvolvidos com o uso de ferramentas sofisticadas criadas pelas próprias equipes.


CIÊNCIA 7

08 a 23 de outubro de 2017

fatos & notícias

Cientistas mostram efeitos positivos de alucinógenos no cérebro Em experimento, pesquisadores revelam que substância presente no ecstasy e na ayahuasca pode estar associada a tratamentos psiquiátricos Pela primeira vez, cientistas brasileiros identificaram como uma droga alucinógena tem potencial de produzir efeitos benéficos para o cérebro, como ação antidepressiva e antiinflamatória. O estudo, publicado no periódico científico Scientific Reports, é pioneiro na descoberta de alterações causadas por esse tipo de substância no funcionamento molecular de regiões do cérebro associadas à neuroplasticidade, i n f l a m a ç ã o e neurodegeneração. “Pela primeira vez pudemos descrever mudanças relacionadas a psicodélicos no funcionamento do tecido neural humano”, disse o principal autor do estudo, Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (Idor). Até então, a identificação dos circuitos moleculares envolvidos na ação dos psicodélicos no cérebro era limitada por restrições legais

em relação a essas substâncias e pela falta de ferramentas biológicas apropriadas. De acordo com os pesquisadores, o novo achado ajuda a explicar estudos anteriores que mostravam resultados positivos em relação a drogas alucinógenas. No experimento, eles observaram como uma dose de 5-MeODMT – um composto de dimetiltriptamina, presente em drogas como o MDMA (ecstasy), o LSD e o chá da ayahuasca, planta amazônica utilizada em rituais indígenas para atingir estados alterados de consciência – agia em organoides celulares, conhecidos como “minicérebros”, células neurais tridimensionais que imitam um cérebro em desenvolvimento. Esses “minicérebros” foram submetidos a uma análise proteômica, um mapeamento do conjunto de proteínas, para que fosse possível analisar as alterações e identificar o papel de cada uma das milhares de proteínas

presentes no cérebro. Dessa forma, os cientistas, entre eles Vânia Dakic, do Idor, e Juliana Nascimento, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), descobriram que componentes centrais do funcionamento do cérebro – proteínas importantes para a formação das sinapses, como as relacionadas aos mecanismos de aprendizado e memória – tiveram uma regulação positiva. Além disso, de forma surpreendente, proteínas associadas à inflamação, à degeneração e à lesão cerebral tiveram uma regulação negativa, mostrando que a substância psicodélica também pode ter um papel na proteção neural. Assim como a cannabis, as drogas alucinógenas estão ganhando cada vez mais espaço em experimentos e pesquisas científicas a fim de desenvolver novas terapias para problemas psiquiátricos como stress pós-traumático, ansiedade, depressão e até mesmo dependência de

FOTO: PIXABAY

iSTOCK

drogas, como álcool, cocaína, heroína e crack. “Os resultados sugerem que os psicodélicos clássicos são poderosos indutores da neuroplasticidade, uma ferramenta de transformação psicobiológica sobre a qual sabemos muito pouco”, explicou Sidarta Ribeiro,

diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um dos autores do estudo. “O estudo sugere possíveis mecanismos pelos quais essas substâncias exercem seus efeitos antidepressivos, que temos observado em nossas

pesquisas. Isso reforça o potencial clínico escondido dessas substâncias que estão hoje sob restrições legais, mas que merecem total atenção das comunidades médica e científica”, disse outro pesquisador, Dráulio Araújo, também da UFRN.

Por que não encontramos vida extraterrestre? há provas claras de que elas Apesar de no universo existirem bilhões de planetas, existem. Se nos exoplanetas da nossa ainda não entramos em contato com alienígenas. Uma teoria audaciosa tenta explicar por quê. A resposta pode estar em algo que os cientistas chamaram de "grande filtro", disse o professor James D. Miller no seu artigo para o portal sueco Aftonbladet. Segundo as estimativas mais recentes, o número de estrelas no universo atinge o número insondável de 700 trilhões. Ao redor da m a i o r i a d e l a s g i r a m FOTO: NASA/JLP planetas e se supõe que, galáxia a probabilidade de em muitos deles, vida fosse de apenas 0,1%, teoricamente, pode haver isso significa que existiria um vida. Portanto, do ponto de milhão de planetas com vida. vista estatístico deve haver Então, onde estão os bastantes civilizações alienígenas e por que não avançadas, mas até agora não

temos contato com eles? "Provavelmente há algo que impede o surgimento de uma vida inteligente que de alguma maneira se possa manifestar. 'Grande filtro' é o nome da teoria que tenta encontrar uma explicação para isso", disse Miller, professor de economia no Smith C o l l e g e e m Massachusetts, EUA. "Pode ser que todas as civilizações no universo estejam destinadas a desaparecer", explicou o cientista. O conceito de "grande filtro" surgiu em 1996 e defende a ideia de que existe uma barreira que impede as civilizações tecnicamente avançadas de colonizar o

universo. Tu d o p o d e s e r m u i t o simples: a vida não surge de todo em outros planetas, ou surge, mas não se desenvolve até um estado suficientemente inteligente. O cenário mais terrível é se inúmeras civilizações avançadas já s u rg i r a m e m d i f e r e n t e s planetas ao longo dos anos. "Civilizações que aprenderam a realizar cálculos, que desembarcaram nas suas luas, mas depois ocorreu algo que não lhes permitiu ir mais longe", disse Miller. "Nesse caso, talvez também estejamos condenados a desaparecer", sugeriu ele. "Se as civilizações como a nossa fossem alguma coisa comum, teríamos recebido alguma evidência disso, a única explicação é que algo as levou a desaparecer. Se

encontrássemos alguma evidência da existência de civilizações extraterrestres extintas, seria uma má notícia para nós, os habitantes da Terra. Isso significaria que nós também estamos condenados a perecer", explicou Miller. O obstáculo inevitável que enfrentaram as civilizações poderia ser a destruição da natureza, a guerra nuclear ou algo mais, explicou o escritor. Entretanto, de acordo com Miller, a Terra tem uma pequena vantagem por causa da idade do nosso planeta. Estima-se que a idade do nosso universo é de 13,8 bilhões de anos, mas o nosso Sol surgiu apenas há 4,6 bilhões de anos. "Se o 'grande filtro' realmente destruiu a maioria das outras civilizações que tenham existido antes da

nossa, temos uma vantagem em qualquer caso. Se tivéssemos nascido na etapa inicial de desenvolvimento do universo, não seria tão surpreendente que estivéssemos sozinhos. Mas a nossa civilização surgiu relativamente tarde, por isso é estranho que não tenhamos encontrado evidências da existência de vida extraterrestre", sublinhou Miller. Segundo o cientista, é por isso que temos razões imperiosas para investir mais na astronomia e na busca de civilizações extintas. Se for revelado que houve outras civilizações que morreram, poderemos descobrir por que razões elas se extinguiram e evitar tais consequências com a nossa civilização.


8 SAÚDE

fatos & notícias

08 a 23 de outubro de 2017

Amamentar previne Freud e o surgimento câncer de mama da Psicanálise A cada 12 meses de amamentação o risco cai 4,3%

Por Janaína B. Cordeiro

FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET

Outubro é o mês rosa, dedicado à prevenção do câncer de mama em todo o Brasil. E quando se fala de uma das doenças mais comuns entre as mulheres brasileiras, é melhor ficar atenta e se cuidar. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), as estatísticas de 2012 indicam que foram diagnosticados 53 mil novos casos da doença e cerca de 12 mil mulheres morreram por causa do agravamento. Mas, além dos exames frequentes de prevenção, amamentar é uma forma de prevenir o câncer de mama também. Segundo estudos, para cada 12 meses de amamentação a mãe reduz 4,3% do risco de desenvolver o câncer de mama. O médico oncologista Ellias Magalhães explica que este tipo de câncer é desenvolvido de acordo com a exposição aos hormônios femininos que são produzidos em diferentes concentrações conforme o ciclo menstrual. E, quanto maior o número de ciclos, mais a mulher fica exposta e tem mais chances de desenvolver o câncer. “A

amamentação é um período de contracepção natural, no qual a mulher tem o seu ciclo reprodutivo suprimido (mesmo assim, não confie que não vai engravidar só porque está amamentando, claro). Sendo assim, quanto maior o período de amamentação, menor será a chance de desenvolver a doença, já que a mulher deixa de sofrer as ações dos hormônios que podem causar o câncer de mama”, explica o oncologista. Outra hipótese do porquê de amamentar ser preventivo é que, durante a gestação e o aleitamento, o tecido mamário sofre alterações celulares que aumentam a funcionalidade da célula, o que, com o passar do tempo, poderia reduzir definitivamente o risco de desenvolver a doença. Sendo assim, mulheres que tiveram um maior número de gestações e/ou períodos de amamentação mais longos estariam mais protegidas. Mas, mesmo para as grávidas, é indicado continuar com os exames preventivos, seguindo as mesmas regras de qualquer

outra mulher. Caso tenha alguma suspeita, a mamografia pode ser indicada, sendo importante pedir uma proteção especial para o feto. O oncologista Ellias Magalhães alerta: “No período de gestação, devido à alteração do tecido mamário, podem ocorrer formações de cistos, mastites, dentre outras coisas, que podem confundir o diagnóstico do câncer de mama. As pacientes devem estar atentas às alterações das mamas e se surgir dúvida deve comunicar ao médico”. O ideal é que anualmente ou a cada dois anos a mulher realize o exame clínico feito por um ginecologista ou oncologista e também a mamografia. Os médicos e n f a t i z a m u m acompanhamento anual para mulheres entre 40 e 75 anos. Mas para as que correm risco maior de desenvolver a doença (mais de 20% de chance), é importante que, a partir dos 25 anos, já c o m e c e m u m acompanhamento médico, realizando todos os exames n e c e s s á r i o e complementares anualmente.

(Pais & Filhos)

Sigismund Schlomo Freud, posteriormente conhecido como Sigmund Freud, foi um neurologista e também fundador da Psicanálise, que a l t e r o u r ad i c al m en t e a concepção sobre o psiquismo na época. Freud nasceu em 06 de maio de 1856, em uma pequena cidade da Áustria, Freiberg. Era de família judaica e o primogênito de sete irmãos. Desde pequeno Freud já se mostrava uma criança brilhante, falando diversos idiomas e sendo destacado em seus estudos. Ingressou na faculdade de medicina em 1873, aos 17 anos, onde especializou-se em

aprofundou na busca de mais conhecimentos sobre o assunto, passando a utilizar tal método para o tratamento de suas pacientes com casos semelhantes de histeria. A partir da sua experiência com a hipnose, Freud descobriu que a causa dos sintomas de suas pacientes não era de origem orgânica, mas, sim, psicológica e não estaria associada a alguma lesão no cérebro, mas ligada às emoções reprimidas, que originavam sintomas físicos. Concluiu também que a hipnose havia se mostrado ineficaz, já que as pacientes só obtinham melhoras sob o efeito da mesma e que,

REPRODUÇÃO

neurologia. Ao se formar, Freud aos poucos foi ganhando prestígio como médico, especialmente com pacientes nervosos e histéricos. Anos depois, descobriu na França um médico chamado Jean Martin Charcot, que lhe apresentou o método da hipnose, método este utilizado para tratar pacientes com histeria. O método hipnótico de Charcot conseguia fazer com que o paciente recordasse sobre os fatos ocorridos que deram origem aos seus sintomas e perturbações. A partir de então, Freud se

acordadas, voltavam a apresentar novamente seus sintomas. Nas suas escutas analíticas, percebeu que alguns conteúdos mentais se mantinham esquecidos e que esse processo se dava por meio da resistência, uma força psíquica que, segundo Freud, não deixava o pensamento se tornar consciente ou se revelar. Postulou que esses conteúdos esquecidos ficavam localizados numa região obscura do psiquismo que comandava o comportamento humano, a q u a l c h a m o u d e inconsciente. Insatisfeito

com a hipnose, passou a utilizar o método da livre associação ou associação livre, que consistia na cura pela fala, onde sugeria aos seus pacientes a falarem tudo o que lhes ocorria à mente. A partir daí surgia a Psicanálise, um método investigativo e também interpretativo que buscava conhecer o significado oculto daquilo que podia ser manifestado ou não por meio de palavras ou ações, mas especialmente por meio daquilo que se mantinha oculto no inconsciente. Em 1900, Sigmund Freud publica sua grande obra A interpretação dos sonhos, revelando a estrutura de funcionamento da personalidade e a importância dos sonhos no processo de análise já que, através destes, o inconsciente se revelava sem censuras. Causou muita polêmica na sociedade da época ao afirmar a existência de uma sexualidade infantil e que desejos já se mantinham reprimidos desde a mais tenra idade. Muitos foram os conceitos postulados por Freud, sendo os principais deles o inconsciente, a Associação Livre, o recalque, a sexualidade infantil, o Complexo de Édipo e muitos outros. Freud também escreveu muitos livros e artigos, sendo o responsável por uma vasta obra que hoje é mundialmente consagrada. Sua contribuição com a Psicanálise foi de fundamental importância para o entendimento dos processos mentais, principalmente no que diz respeito ao inconsciente h u m a n o e s u a s manifestações, se mostrando nos dias atuais uma ferramenta muito eficiente e poderosa na cura das doenças psíquicas e seus sintomas. Janaína Bernardo Cordeiro

Psicanalista Clínico APC-ES 23724 Filiada ao Sindicato dos Psicanalistas do ES Contato: jbernardocordeiro@yahoo.com


o d n

Mu afora

08 a 23 de outubro de 2017

GERAL 9

fatos & notícias

Bali – pequena grande ilha FOTOS: ARUANÃ ASSIS FLORA

Bali é uma ilha e província da Indonésia, situada na extremidade ocidental do arquipélago das Pequenas Ilhas da Sonda, entre as ilhas de Java (a oeste) e a de Lombok (a leste). A província, que inclui algumas pequenas ilhas próximas, nomeadamente Nusa Penida, Nusa Lembongan e Nusa Ceningan, tem 5 636,7 km². Bali foi eleita o melhor

destino do mundo para viajar pelo 'Traveler's Choice' de 2017, prêmio concedido pelo site TripAdvisor, considerado um dos maiores do setor de viagens no planeta. O prêmio lista os 25 melhores destinos para viajar no mundo, segundo avaliações feitas ao longo do ano pelos milhares de viajantes que utilizam a página para planejar suas férias. Os

vencedores são determinados por um algoritmo que leva em conta a quantidade e a qualidade das avaliações de hotéis, restaurantes e atrações em cada destino, assim como o interesse em reservas. Nem precisaria ir tão longe. Basta ver fotos de Bali para lembrar os motivos que tornaram esta pequena ilha um gigante do turismo.

ONG busca voluntários para montar brinquedotecas em creches do País

INTERNET

A organização não governamental (ONG) Vi s ã o M u n d i a l a b r i u campanha nacional em busca de voluntários que ajudem na montagem de brinquedotecas em creches comunitárias no País e também de doações de brinquedos, livros e mobília para esses espaços. A intenção é beneficiar

diretamente cerca de 2 mil crianças, segundo a assessora nacional de Educação da ONG, Andréia Freire. Serão atendidas instituições de Recife, de São Paulo, de Salvador, de Fortaleza, de Maceió, do Rio de Janeiro, de Brasília e dos sertões alagoano e do Rio Grande do Norte.

A ONG tem foco na proteção à infância e atua em comunidades brasileiras há mais d e 4 2 a n o s , desenvolvendo ações em prol do bem-estar das crianças. “Uma das ferramentas pedagógicas que a gente utiliza para desenvolver essas ações é o calendário dos direitos”, destaca Andréia. Esse calendário anual elege algumas datas vinculadas ao direito da infância. Neste mês de outubro, é dado ênfase ao brincar, em comemoração ao Dia da Criança, porque a prática tem relação com a infância e com o seu desenvolvimento. A partir

da experiência no contato e no diálogo com escolas e creches municipais das comunidades onde atua, a Visão Mundial percebeu a ausência de espaços que promovam o brincar e o espaço lúdico necessário para que as crianças tenham esse ambiente favorável ao seu desenvolvimento. "Daí surgiu a ideia de focar essa data, este ano, na primeira infância e na

promoção de uma mobilização das pessoas das cidades, em prol da estruturação das brinquedotecas”, diz Andréia. O objetivo é envolver as pessoas das cidades para que percebam a importância do brincar para a criança, sobretudo na primeira infância. A mobilização de pessoas para os mutirões de m o n t a g e m d a s

brinquedotecas já começou. No Rio de Janeiro, por exemplo, as brinquedotecas foram construídas no final de semana passado. No site da ONG Visão M u n d i a l (https://visaomundial.org/d iadascriancas), os voluntários podem se inscrever para ajudar na montagem e na inauguração de cada espaço.


10 GERAL fatos & notícias

08 a 23 de outubro de 2017

Paulo Freire, uma história de vida FOTOS: DIVULGAÇÃO

Biografia assinada pela viúva Ana Maria Araújo Freire reúne fotos, documentos inéditos e manuscritos de poemas do educador No ano que se completa 20 anos da morte de Paulo Freire, o educador é homenageado em mais uma obra literária. O livro Paulo Freire, uma história de vida, assinado por Ana Maria Araújo Freire, sua viúva, revisa o texto biográfico publicado em 2005 pela Villa das Letras, e soma a ele fotos, documentos inéditos

e um encarte com manuscritos de poemas escritos pelo educador. Críticos falam da originalidade da obra e de seu valor histórico, cultural e educacional. Ao assinar o prefácio, o docente c a t e d r á t i c o d o Departamento de Ciências Sociais de Educação, na Universidade do Minho, em

Portugal, Licínio Lima, alegra que a obra é incontornável para os estudiosos do pensamento de Paulo Freire, “especialmente pelo repositório de dados, informações, documentos e fontes inéditas, pela contextualização sóciohistórica e político-cultural do Brasil de Freire, antes e

depois do exílio, e, ainda, pelo testemunho pessoal”.

Brasil deve reduzir desigualdades na educação para cumprir metas, diz estudo A redução das desigualdades entre as regiões brasileiras no acesso e na qualidade da educação é um dos principais desafios do País para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030. A análise é de um estudo da Fundação Abrinq, lançado terça-feira (10), que analisa os objetivos relacionados à educação e ao trabalho. “As desigualdades regionais aparecem muito fortemente em todos os indicadores. É preciso uma política de redução de desigualdades urgente, e isso tem que ter tanto ações com foco regional, quanto ações para priorizar as classes sociais de mais baixa renda”, diz a administradora executiva da Fundação Abrinq, Heloísa Oliveira. O estudo compõe uma série de quatro relatórios que serão publicados para analisar os principais indicadores nacionais associados a crianças e adolescentes para o monitoramento dos Objetivos

de Desenvolvimento Sustentável. Ao analisar o acesso à educação, o principal desafio está na educação infantil. Enquanto a média brasileira de crianças de 4 e 5 anos matriculadas na pré-escola é de 91,6%, em estados como o Acre, Amapá e Amazonas o índice fica entre 71% e 75%. Os cinco estados com mais baixa oferta de pré-escola estão na Região Norte. Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), todas as crianças nessa faixa etária deveriam estar matriculadas até 2016. O estudo também revela que a cobertura de creches nos estados da Região Norte é bem menor do que a média brasileira (30,4%), ficando em patamares como 6,5% no Amapá e 8,3% no Amazonas. “Os dados mostram que, se mantido o atual ritmo de ampliação das vagas, em especial o ritmo mais lento em regiões como Norte e Nordeste, não atingiremos a meta do PNE para todas as

SPOTNIKS

regiões e grupos sociais”, diz o estudo. A meta é de atendimento de 50% das crianças de até 3 anos em creches até 2024. Na avaliação sobre a qualidade do ensino, o estudo aponta desigualdades na taxa de

aprendizagem para o 3º ano do ensino fundamental. Na matemática, por exemplo, enquanto a média de crianças com aprendizagem adequada é de 42,9%, em estados como o Maranhão o índice é de 16,3%. Na escrita, a média brasileira é

de 65,5% e no Pará, de 34,3%. Também há desigualdades nas taxas de analfabetismo da população entre 10 e 17 anos, que no Norte e Nordeste chegam a 5,4% nessa faixa etária, quase o dobro da média nacional (2,9%) e superior às

demais regiões: Centro-Oeste (1,4%), Sudeste (1,3%) e Sul (1%). D e a c o r d o c o m a administradora da Fundação Abrinq, as desigualdades entre os estados detectadas no estudo podem comprometer o alcance dos resultados estabelecidos pelo pacto da ONU. “Se nada for feito, pode sim comprometer o alcance das metas. Não quer dizer que vai comprometer, porque eventualmente pode se ter uma política e um planejamento que resolvam esses problemas e façam com que a gente avance nesses desafios”, diz Heloísa. O compromisso para implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foi assinado há dois anos por 193 países, incluindo o Brasil. Os ODS deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos 15 anos, sucedendo e atualizando o s O b j e t i v o s d e Desenvolvimento do Milênio (ODM).


11 fatos & notícias

ECONOMIA

08 a 23 de outubro de 2017

36% dos brasileiros com mais de 50 anos ainda trabalham REPRODUÇÃO INTERNET

Pesquisa sobre o perfil de pessoas com 50 anos ou mais indica que 36% estão presentes no mercado de trabalho. Desses, 36% trabalham por conta própria,

32% são empregados do setor privado, 15% são funcionários públicos, 9% são domésticos e 8% empregadores. Os dados foram apresentados terça-

feira (10), em São Paulo, pelo Instituto Locomotiva. Segundo o levantamento, 36% têm sua renda vinda da aposentadoria e 51% dependem da renda do

trabalho. Entre os que estão no mercado de trabalho, 35% têm medo do desemprego. “No momento em que se discute a mudança da aposentadoria, que os governantes se preocupem com a empregabilidade das pessoas com 50 anos ou mais. Do contrário, parece que eles são culpados pela situação ruim que vivemos atualmente”, disse Renato Meirelles, presidente do instituto. Apesar de atuantes no mundo corporativo, 81% acreditam existir preconceito contra os mais velhos. Entre os entrevistados, 65% responderam que trabalham mais que 30 horas semanais e 55% acreditam que trabalham numa intensidade igual ou maior do que anos atrás. Na vida pessoal, 61%

acreditam que a vida hoje está melhor do que há 10 anos e 69% avaliam o Brasil como ótimo lugar para se viver. Além disso, 47% viajam igual ou mais que há 10 anos. Entre o público na faixa etária acima de 50 anos, um quarto tem plano de saúde. O estudo mostra ainda que 7 0 % e s t ã o m a i s preocupados com a saúde atualmente do que há 10 anos, 34% têm medo de ficar doente e 26% admitem medo de morrer. As pessoas com 50 anos ou mais movimentam R$ 1,6 trilhão por ano. “É o principal mercado consumidor do nosso País, que vai comprar móveis, notebook, tablet, fazer viagens nacionais e que não s e e n x e r g a n a s propagandas”, disse Meirelles. A pesquisa aponta que 75% do público nessa

faixa etária não se identificam com jovens vistos em propagandas de televisão e que 78% dos atores e figurantes têm menos de 50 anos de idade. A maioria (59%), acredita que paga muitos impostos e 79% avaliam que os impostos são muito mais altos do que deveriam ser. Além disso, 77% preferem ter melhores serviços do que pagar menos impostos. A internet mudou para melhor a vida de 87% dos internautas com 50 anos ou mais. Nos últimos oito anos, o Brasil ganhou mais de 4 milhões de usuários nessa faixa etária. Participar de redes sociais é a maior preferência desse público, com 98% de acessos ao Facebook e 40% ao Whatsapp. O smartphone é a preferência de 20% dos mais velhos.

Safra de grãos deverá ser menor em 2017/2018

A safra de grãos 2017/2018 deverá registrar redução de 4,3% a 6% em relação à safra 2016/2017, de acordo com levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a projeção, a produção deverá ficar entre 224,1 e 228,2 milhões de toneladas, uma queda em relação à última safra, de 238,5 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, condições climáticas altamente favoráveis contribuíram para a safra passada alcançar recorde histórico. Tais condições dificilmente se repetirão, por isso a expectativa de redução. A expectativa é de queda na produção em praticamente todas as culturas. Soja e milho continuam como as principais culturas e devem

responder por cerca de 89% do total produzido no País. A expectativa é de que a produção de soja alcance entre 106 e 108 milhões de toneladas e a do milho total, 93,5 milhões, distribuídas entre primeira e segunda safra. A soja, que vem oferecendo maior liquidez e possibilidade de melhor rentabilidade frente a outras culturas, deve alcançar maior área para produção, com um incremento médio de cerca de 2,7% comparado à safra passada, algo entre 34,5 e 35,2 milhões de hectares. Mesmo assim, segundo a Conab, a produção poderá ser menor devido às excepcionais condições climáticas na safra anterior. A área para milho primeira safra deve ser reduzida entre

10,1% a 6,1% em relação a 2016/2017, o que vai refletir na diminuição da área absoluta entre 552,5 e 336,3 mil hectares. Já produtos como algodão, feijão preto, girassol e mamona deverão aumentar sua produção. O algodão deve ter também aumento de área em relação à safra anterior. A área plantada total deverá ser mantida ou ter um aumento de até 1,8% sobre a safra 2016/2017, podendo atingir números aproximados de 61 a 62 milhões de hectares. Os aumentos deverão ser registrados principalmente no plantio de algodão e da soja. A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos do país, entre os dias 24 e 29 de setembro. A previsão se baseia nas análises estatísticas das séries históricas e dos pacotes tecnológicos utilizados nos últimos anos, uma vez que o plantio das culturas de primeira safra começou há pouco.


12 fatos & notícias

08 a 23 de outubro de 2017

Seria o parlamentarismo uma opção política para o Brasil? Num cafezinho com um amigo, em meio à conversa, veio a pergunta: não seria melhor o regime parlamentarista no Brasil? Putz!!! No momento não soube o que falar e prometi que responderia em outro momento. Mas aquilo ficou na minha cabeça durante todo o dia até o momento que adormeci. Como não podia ficar em branco, pesquisei e cheguei a uma simples conclusão. Afinal, o que é o regime parlamentarista? O parlamentarismo surgiu no Brasil em dois períodos: de 1847 a 1889, durante o período que ficou conhecido como Segundo Reinado, quando o Imperador Dom Pedro II instaurou no País o que foi chamado de "Parlamentarismo às Avessas"; e em setembro de 1961 a janeiro de 1963, após a renúncia do presidente Jânio Quadros. O parlamentarismo pode ser usado tanto em monarquias como em repúblicas e tem todo o poder concentrado no Parlamento onde, em geral, seus membros são eleitos pelo voto popular. Os membros de um parlamento podem dissolver o governo executivo, se este

discordar das decisões dos parlamentares. O chefe de Estado, rei ou presidente não possui responsabilidades políticas. Este cargo é ocupado por um premier ou primeiro-ministro, que é indicado pelo chefe de Estado, por voto de

confiança. O parlamentarismo é um regime de governo adotado por países como Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Canadá, Holanda e Portugal. Entendo que o problema não está no regime e, sim,

n o s n o s s o s representantes. O que precisamos fazer de verdade é, sem dúvida, renovar nas próximas eleições, fazer uma faxina, dizer não àqueles que tentarão a reeleição e, só assim, começaremos a verdadeira mudança para

Haroldo Cordeiro Filho

dias melhores às futuras s u r r u p i a n d o o b e m gerações. Isso mesmo, público. estamos com três Renove, vamos fazer gerações comprometidas diferente!!! em consequência da corrupção e falta de Haroldo Cordeiro Filho compromissos dos nossos Coordenador-geral da antigos e atuais políticos ONG Educar para Crescer que usurparam e Produtor-executivo do continuam, por gerações, Jornal Fatos & Notícias


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.