Fatos & Notícias Ed. 223

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 223

24 a 31 de outubro/2017 Serra/ES

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fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br

Virgínia Bicudo, a Seguradora alemã Programa brasileiro “Água Doce” é destaque pioneira da psicanálise aposta em trem no Brasil PÁG. 10 mundial PÁG. 2 futurista PÁG. 6 ECONOMIA

Hartung diz que ES saiu da recessão econômica PÁG.12

Bullying FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET

MEIO AMBIENTE

O renascimento das ararasazuis PÁG.2

Pág.4

CIÊNCIA

Cientistas desenvolvem nanopartículas que podem "matar" células cancerosas PÁG.7 SAÚDE

Poluição mata mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil, diz relatórioPÁG.8

Debate sobre o tema veio novamente à tona após o bullying ter sido apontado pela polícia como um dos fatores que levaram um adolescente de 14 anos a atirar contra colegas em uma escola de Goiânia PÁG.4 Haroldo Cordeiro Filho

Janaína Bernardo

O pífio desempenho do turismo na Serra PÁG.9

O que é o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) PÁG.8

Jorge Pacheco

A semana quente no Congresso Nacional, que mais uma vez livrou a cara de Temer e do Aécio PÁG.5


2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias

24 a 31 de outubro de 2017

Programa Água Doce Centro registra 1.350 é referência mundial araras-azuis-de-lear na natureza

PAULO DE ARAÚJO/MMA

Após debaterem as t e c n o l o g i a s d e dessalinização e reúso da água no Congresso Mundial de Dessalinização, que aconteceu em São Paulo (SP), uma comitiva internacional de especialistas desembarcou no Rio Grande do Norte para conhecer de perto o Programa Água Doce (PAD). Os técnicos foram até a comunidade rural Maria da Paz, em João Câmara, acompanhados do secretário de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Jair Tannús Júnior, e da equipe do Água Doce nacional e estadual, para visitar o projeto-piloto do programa: um sistema de dessalinização alimentado por energia solar. A visita reuniu nomes importantes do cenário mundial nos campos de energia solar e dessalinização e destaca o PA D c o m o r e f e r ê n c i a mundial. “Viajo o mundo todo e não acreditei que vocês conseguiram fazer o que nenhum lugar do mundo faz. Não há nada parecido com o Água Doce. O programa funciona muito bem porque a comunidade é

quem opera e ama fazer essa gestão", disse o presidente da Associação Internacional de Dessalinização (IDA), Emílio Gabbrielli. A sustentabilidade é uma das bandeiras defendidas pelo programa. O sistema da comunidade Maria da Paz é o primeiro alimentado por energia solar e vem sendo monitorado desde 2016 para que o mesmo modelo seja replicado em outras localidades atendidas pelo Programa. Com a utilização dos painéis fotovoltaicos para alimentar o sistema de dessalinização, as famílias não precisam mais se preocupar com a conta de luz: a energia, vinda diretamente do sol, é limpa, farta e gratuita. A comunidade é atendida por meio do convênio firmado entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte e funciona desde 2015. “O convênio firmado com o governo do Rio Grande do Norte investirá cerca de R$ 20 milhões até o final de 2018 e beneficiará cerca de 40 mil pessoas das comunidades mais vulneráveis aos impactos da mudança do clima no que

diz respeito ao acesso à água”, afirmou Jair Tannús Júnior. Para o professor da comunidade Manuel Gentil Filho, o Programa Água Doce chegou para mudar completamente a vida dos moradores. “Antes a gente tinha muitos problemas de saúde por causa da água que era ruim. As crianças passavam mal, tinham problema de pele. Com a chegada do Água Doce, tudo melhorou. Elas estão mais alegres e têm mais ânimo para estudar e brincar”, disse. Além do presidente da IDA, estiveram presentes na visita o governador em exercício do Rio Grande do Norte, Fábio Veras Dantas, o vice-presidente do Conselho Solar Global, Gianni Chianetta; o pes quis ador do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Jaichander Swaminathan; a secretária-geral da Associação Internacional de Dessalinização, Shannon McCarthy, e o especialista em água e saneamento do Banco Mundial, Zael Sanz Uriarte.

CIRO ALBANO

O Centro Nacional de Pesquisa e C o n s e r v a ç ã o d e Av e s Silvestres (Cemave), do Instituto Chico Mendes de C o n s e r v a ç ã o d a Biodiversidade (ICMBio), e parceiros realizaram censo anual de araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari) no Raso da Catarina, Bahia. O objetivo foi atualizar os dados sobre a população da espécie, ameaçada da extinção e endêmica (exclusiva) da região. Ao final das contagens, foram registradas 1.354 araras na natureza. A atividade fez parte do Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação das Aves da Caatinga e foi realizada entre os dias 19 e 22 de setembro em três dormitórios utilizados pela espécie: sul da Estação Ecológica (Esec) do Raso da Catarina (paredões da Serra Branca), Reserva Biológica (Rebio) de Canudos (RPPN de propriedade da Fundação Biodiversitas) e paredões da Baixa do Chico (comunidade indígena da etnia Pankararés). A primeira localidade situa-se no município de Jeremoabo, a segunda em Canudos e a terceira no município de Rodelas. O censo envolveu seis contagens realizadas

simultaneamente nos três dormitórios, sendo três ao amanhecer, quando as araras acordam e saem para as áreas de alimentação, e três ao entardecer, no momento em que as araras retornam das áreas de alimentação. Foi utilizado o método de contagem em pontos fixos, totalizando onze pontos, sendo sete na Esec Raso da Catarina, três na Rebio de Canudos e um na Baixa do Chico. Para reduzir possíveis erros, os censeadores utilizaram binóculos, rádios de comunicação e máquinas fotográficas. O censo contou com a participação de servidores do ICMBio, colaboradores eventuais, voluntários, servidoras do Instituto Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema/BA) e funcionários da Fundação Biodiversitas. Os recursos foram viabilizados pelo ICMBio, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e Inema. Antes do censo, nos dias 16 e 17 de setembro, o biólogo Aílton Carneiro de Oliveira, do I C M B i o / C e m a v e - D F, ministrou curso sobre Técnicas de Censo de Aves para os

voluntários que estavam participando da atividade pela primeira vez. “É importante realizar o monitoramento populacional da arara-azul-de-lear anualmente, não apenas para avaliação de tendências populacionais, mas também para verificar se as ações de conservação previstas para a espécie no PAN das Aves da Caatinga estão surtindo efeito”, disse Emanuel Barreto, analista ambiental do Cemave. Segundo Sara Alves, coordenadora de Flora e Fauna do Inema/BA, os resultados do censo demonstram que as populações estão se restabelecendo, em especial nas áreas protegidas da região do Raso da Catarina. “É a primeira vez que o Instituto participa de uma ação de manejo como essa em colaboração com o órgão federal. Aprendemos em especial que as comunidades locais são as maiores parceiras da conservação. Foi enriquecedor ouvir Dorico, filho do primeiro caboclo que viu a Leari na região e relatou ao pesquisador, o alemão Helmut Sick, o quanto ele ama trabalhar e dedicar seus dias para ajudar a conservar as araras-azuis”, pontuou.

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fatos & notícias

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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

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CULTURA 3

24 a 31 de outubro de 2017

fatos & notícias

Papai Noel brasileiro

Exposição na Pinacoteca de São Paulo reúne mais de 200 obras de Di Cavalcanti

O “Vovô Índio” foi uma tentativa frustrada de substituição do tradicional “Papai Noel”

Mostra fica em cartaz até 22 de janeiro de 2018

A afirmação nacionalista, de forma geral, busca empreender a recuperação de símbolos, experiências e personagens do passado que possam definir a existência de uma identidade comum a uma determinada coletividade. Na Europa, esses movimentos nacionalistas tiveram forte presença ao longo do século XIX, quando vários ideólogos e pensadores se engajaram na construção de um discurso distintivo que

disputas políticas que, no caso, eram criticados enquanto “contendas menores” que impediriam a chegada de tempos mais prósperos. Ao chegar a terras brasileiras, o totalitarismo ganhou voz por meio da articulação do movimento integralista, que teve bastante força nos primeiros anos da década de 1930. Ampliando suas preocupações para fora do campo político, os

REPRODUÇÃO

pudesse justificar a relevância do incógnito “espírito nacional”. Não se restringindo ao século XIX e muito menos ao Velho Mundo, a ideologia nacionalista ampliou as suas influências para diferentes contextos históricos. Nas primeiras décadas do século XX, a ascensão dos regimes totalitaristas recuperava uma ideia de supremacia e hegemonia que visava arrefecer os conflitos e

integralistas tinham especial preocupação em varrer todas as influências estrangeiras que ameaçavam a valorização e a preservação de elementos históricoculturais que, na visão de seus integrantes, definiam traços fundamentais de uma cultura nacional pura. Tal política cultural acabou se transformando em uma verdadeira “caça às bruxas”, contra todo hábito, comemoração ou elemento

que pudesse ser visto como um tipo de estrangeirismo. No desenrolar dessa história, até o infeliz do Papai Noel acabou sendo julgado como antinacionalista. Afinal de contas, aquele sujeito gordo, branquelo – com grossa vestimenta – e cercado de renas, pinheiros e neve nada tinha a ver conosco. Talvez reconhecendo todo o infortúnio que poderiam causar ao defender o banimento do Papai Noel, os integralistas resolveram criar uma espécie de “substituto abrasileirado”. Seu nome era “Vovô Índio” e deveria ter a mesmíssima função de alegrar as crianças contado histórias e distribuindo brinquedos, desde que todos eles fossem de procedência genuinamente brasileira. Para reforçar seu caráter nacional, os integralistas também tiveram o esmero de elaborar uma pequena lenda sobre suas origens. Sendo filho de nossa “democracia racial”, o Vovô Índio era filho de um escravo africano com uma índia. Contudo, foi criado por uma família branca que, graças à benevolência de seu irmão, acabou livre da condição de escravo. Será que o nosso indígena natalino também trocava o famoso “ho-ho-ho” pelo histriônico “anauê!” na hora de convocar nossas crianças?

Rainer Sousa Mestre em História História do Mundo UOL

FOTO: ©ISABELLA MATHEUS

Bordel, década de 1930 óleo sobre tela Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, ou simplesmente Di Cavalcanti (1897-1976), um dos artistas de maior envergadura da arte moderna brasileira, ganha, 41 anos após sua morte, a mais rica exposição sobre sua vasta obra. Além de pintor e muralista, suas vertentes mais conhecidas, foi também ilustrador, caricaturista, gravador, desenhista, jornalista, escritor e cenógrafo, como resume sua biografia na Enciclopédia Itaú Cultural. Na Pinacoteca de São Paulo, estão reunidas mais

de 200 obras de coleções públicas e particulares, entre pinturas, desenhos e ilustrações trazidas de vários lugares do Brasil e de outros países. Batizada “No subúrbio da modernidade: Di Cavalcanti 120 anos”, a mostra, no dizer do curador José Augusto Ribeiro, realça dois aspectos complementares: a arte brasileira e sua posição periférica em relação aos centros europeus em que foi forjada a arte moderna, e os subúrbios do Rio de Janeiro, alegremente retratados pelo artista na sua busca do popular, traduzido em rodas

de samba, bordéis, mangue, morros e festas populares. Ta m b é m h á e s p a ç o especial na mostra para a produção de Cavalcanti como ilustrador de livros, revistas e capas de discos, além de sua atuação no Partido Comunista Brasileiro, ao qual se filiou em 1928. O catálogo da mostra traz textos de Ribeiro, da crítica Ana Belluzzo e do historiador da arte e romancista Rafael Cardoso, também autor do romance autobiográfico O remanescente (Cia. das Letras).


4 EDUCAÇÃO fatos & notícias

24 a 31 de outubro de 2017

Com evasão escolar, Lei antibullying engatinha País levaria 200 anos no País por falta de fiscalização incluir jovens REPRODUÇÃO INTERNET

De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, o Brasil não tem conseguido colocar todos os jovens na escola e, mantendo o ritmo da expansão da escolaridade dos últimos 15 anos, levaria 200 anos para universalizar o atendimento. Dados de 2015, os mais recentes disponíveis, mostram que 22% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola. O índice é similar ao registrado em 2000, quando eram 25%, segundo estudo do economista Ricardo Paes de Barros. Na comparação internacional, o Brasil vem perdendo posições. Enquanto na virada do milênio 43% dos países tinham resultados melhores que o Brasil,

Lei federal, em vigor desde 2016, determina que é dever de todas as escolas promover medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate ao bullying

atualmente mais de 55% encontram-se nessa situação. Ou seja, têm um percentual menor de jovens fora da escola. Essa faixa etária é a ideal para o ensino médio, etapa considerada um dos maiores gargalos da educação brasileira. Mas 56% dos jovens de 15 a 17 anos hoje na escola estão atrasados, ainda no ensino fundamental. Além disso, mais da metade dos que já abandonaram o fizeram antes de chegar ao ensino médio. O estudo faz um balanço da realidade dos jovens que perdem o engajamento da escola e joga luz aos motivos, além de refletir sobre os custos para a sociedade. De todos os 10,3 milhões de jovens brasileiros com

idade entre 15 e 17 anos registrados em 2015, cerca de 1,5 milhão nem sequer se matricularam na escola no início do ano. Outros 1,9 milhão até se inscreveram, mas abandonaram a escola antes do fim do ano ou foram reprovados. O volume de abandono e reprovação representa um custo estimado de R$ 7 bilhões por ano para o País. "Trata-se de um enorme desperdício de recursos, uma vez que esse gasto precisará ser realizado novamente no ano seguinte quando esses mesmos jovens, caso não evadam, retornarem à escola para cursar a mesma série", aponta o estudo, organizado pelo Insper, Fundação Brava, Instituto Ayrton Senna e Instituto Unibanco.

A onda de violência que atingiu escolas públicas e privadas nos últimos dias, coloca em xeque a lei antibullying, há 18 meses em vigor no País e que prevê uma série de ações para identificar e combater esse tipo de violência nas escolas, ainda não virou realidade por problemas de fiscalização ou monitoramento dos casos e de práticas preventivas. Para especialistas, sem diagnóstico da situação, na prática, a obrigação recai apenas sobre os colégios, que podem até ser processados pelos casos. O debate sobre o tema veio novamente à tona após o bullying ter sido apontado pela polícia como um dos fatores que levaram um adolescente de 14 anos a atirar contra colegas em uma escola de Goiânia no último dia 20. Dois alunos foram mortos e outros quatro ficaram feridos. A investigação ainda está em curso e não há conclusão sobre o peso do bullying como motivo do crime. Desde fevereiro de 2016, está em vigor uma lei federal que determina ser dever de todas as escolas promover medidas de conscientização, prevenção,

diagnóstico e combate ao bullying. As escolas devem capacitar todos os professores, fazer campanhas de educação, oferecer assistência psicológica e jurídica e instituir práticas de orientação também aos pais. Um dos artigos da lei prevê que devem ser “produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática (bullying) nos Estados e municípios para planejamento das ações”. Questionado sobre quantos Estados e municípios haviam produzido esses relatórios, o Ministério da Educação (MEC) disse que eles não precisam ser encaminhados à pasta por causa da autonomia das redes de ensino. Aléssio Costa Lima, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, diz que os projetos antibullying nas escolas ainda são “pontuais”, já que não há ação sistematizada para todo o País. “O fato de a lei ser aprovada não significa que vai ser imediatamente cumprida. Muitas escolas ainda desconhecem”. Ele diz não ter informação sobre quantos municípios

produziram os relatórios. I d i l v a n A l e n c a r, d o Conselho Nacional de Secretários de Educação, também diz não saber se algum Estado produziu os relatórios. “O bullying está fortemente presente nas escolas e, com crescimento de grupos que tentam impedir discussões sobre gênero, discriminação e intolerância em sala de aula, a tendência é de aumentar”. “ N ã o h á acompanhamento nacional, um programa que oriente escolas. O que há são boas ações pontuais, que nasceram do olhar de diretores e professores”, diz L u c i e n e To g n e t t a , especialista em psicologia escolar pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Em nota, o MEC diz que a lei é “basicamente para Estados e municípios” e i n f o r m o u e s t a r desenvolvendo plataforma para ações de educação em direitos humanos, em que haverá categoria específica para o tema. Em escolas privadas, as estratégias vão desde o estímulo ao diálogo entre os alunos até a formação de grupos para treinamento sobre como identificar e lidar com as situações.


POLÍTICA 5

24 a 31 de outubro de 2017

JORGE PACHECO Temer: “Alguns afirmam que me adoram, mas não votam em mim; se apequenam, ficam do tamanho do meu sapato”

jorgepachecoindio@hotmail.com jornalfatosenoticias.es@gmail.com

Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista

Meus prezados leitores, voltando à página cinco do nosso Jornal Fatos & Notícias, não vou me estender muito, apenas enviar para a reflexão de todos as manchetes da última semana no cenário político

*

Viram vocês o carnaval de acertos, conchavos e falta de vergonha nas latas, que vem acontecendo em Brasília, capitaneados pelo presidente da República? Michel Temer promoveu diversos jantares, sendo o último na terça-feira (24) em parceria com o vicepresidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), para fazer um último apelo a parlamentares por votos contra a denúncia por obstrução de Justiça e Organização Criminosa. Mais uma vez, foi um encontro fechado com a presença de cerca de 30 pessoas e, sorrindo, alegre, com aquela cara de Pinóquio, zombando de nós todos, cidadãos brasileiros, Temer disse aos presentes: (sic) “acredito que muitos parlamentares se sentem constrangidos em declarar apoio a ele, pois

"a campanha é tão grande, e a luta não é política, é moral”. Te m e r a f i r m o u q u e sempre é procurado por pessoas que dizem adorar, que ele "honra o País", mas justificam que não podem votar nele por conta da pressão das bases eleitorais. O presidente disse que o único sentimento que tem é de " p e n a " d e s s e s parlamentares. "O único sentimento que tenho é de pena. Aquela figura, que, às vezes, é até maior do que eu, vai se apequenando, e a impressão que tenho é que é do tamanho do meu sapato", afirmou o presidente aos convidados do jantar na casa de Fábio Ramalho. N Ã O É U M TREMENDO CARA DE PAU? Então para ele seria

muito melhor vir de “destaque” nos desfiles do Bloco Carnavalesco CARA DE PAU, daqui de Eurico Salles – Serra/ES, NÃO ACHAM!!!!? Na próxima semana abordaremos o resultado dessa palhaçada no Congresso, pois quando editamos o circo ainda estava em atividade. TENHO DITO!!!

Oposição entra com faixa de 'Fora Temer' na Câmara

* Temer tira Congonhas do pacote de privatizações e sanciona Refis Governo mais que dobra liberação de emendas antes de votação; Camarotti: Planalto faz operação para garantir quórum.

*

fatos & notícias

Resistência de Aécio em deixar comando aprofunda crise no PSDB Tucano deve se reunir com senador Tasso Jereissati

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6 TECNOLOGIA 24 a 31 de outubro de 2017 fatos & notícias

Seguradora alemã aposta no trem futurista de Elon Musk Hyperloop está mais perto de virar realidade com aprovação de uma das maiores empresas de seguros do mundo A Hyperloop Transportation Te c h n o l o g i e s ( H T T ) , empresa que desenvolve o sistema de transporte Hyperloop One, divulgou que a Munich Re, uma das maiores seguradoras do mundo, analisou os riscos da tecnologia de hyperloop e declarou como viável e possível de garanti-la. Esse foi o primeiro relatório que avalia os desafios de s e g u r a n ç a n o desenvolvimento do trem super-rápido idealizado em 2013 pelo empreendedorastro Elon Musk, CEO da Tesla (de carros elétricos) e da SpaceX (de viagens espaciais).

DIVULGAÇÃO/VEJA

Simulação do Hyperloop, trem ultrarrápido projetado por Elon Musk

De acordo com a Hyperloop Transportation Technologies, garantir que a tecnologia seja segurável permite que a companhia possa continuar o projeto de comercialização dos trens de alta velocidade. “Com a confirmação de que nosso projeto é viável, e possível de ser protegido dos riscos da operação, estamos prontos para construir”, afirmou Bibop Gresta, presidente e cofundador da Hyperloop Transportation Technologies. O veículo pode atingir velocidade de até 1.500 km/h por meio de uma c o m b i n a ç ã o d e

aerodinâmica e ventiladores para diminuir a resistência d o a r. E m t e s t e s a s velocidades ainda não passaram de 355 km/h. Mas a promessa é de que a estreia comercial, em pleno funcionamento, já aconteça em 2019. Apesar de ser uma ideia de Elon Musk, a tecnologia é de domínio público e não possui registro de patentes. Qualquer empresa interessada em desenvolver o veículo pode fazê-lo sem nenhuma restrição, como é o caso da Hyperloop Transportation Technologies, que prepara a estrutura de trilhos.

Como será a internet super-rápida do futuro Imagine computadores super-rápidos que podem resolver problemas em muito menos tempo que as máquinas de hoje? Esses "computadores quânticos" estão sendo desenvolvidos em laboratórios ao redor do mundo. Mas cientistas já se antecipam e começam a pensar em uma internet quântica baseada em sinais de luz ultrarrápida.

Não é simples criar uma tecnologia para um aparelho que ainda não foi tecnicamente inventado, mas comunicações quânticas são um campo atrativo, porque a tecnologia permitirá o envio de mensagens que são muito mais seguras. Mas, antes disso, há diversos problemas que precisam ser resolvidos para

que a internet quântica funcione como, fazer computadores quânticos se comunicarem entre si; garantir a proteção contra hackers; transmitir mensagens por longas distâncias sem perder parte delas e direcionar mensagens por uma rede quântica. Mas o que é um

computador quântico? É uma máquina capaz de solucionar problemas computacionais muito difíceis de forma incrivelmente ágil. Em computadores convencionais, a unidade de informação de "bit" pode ter valor 1 ou 0. Seu equivalente no sistema quântico – o qubit (bit quântico) – pode ser 1 e 0 ao mesmo tempo. O fenômeno permite que múltiplos cálculos sejam realizados simultaneamente. No entanto, qubits precisam ser sincronizados usando um efeito quântico conhecido como entrelaçamento, o que Albert Einstein chamou de uma "ação fantasma a distância". Há quatro tipos de computadores quânticos sendo desenvolvidos, que usam partículas de luz; íons p r e s o s ; q u b i t s supercondutores e centros de vacância de nitrogênio observados em diamantes imperfeitos. Computadores quânticos permitirão uma série de

aplicações úteis, como modelar variações de reações químicas para descobrir novos medicamentos, desenvolver tecnologias de imagem para a indústria de saúde a fim de detectar problemas no corpo ou acelerar a forma como são desenvolvidas baterias, novos materiais e eletrônicos flexíveis. Computadores quânticos podem ser mais poderosos que computadores clássicos, mas algumas aplicações exigirão ainda mais poder de processamento do que um computador quântico oferece por si só. Se for possível fazer com que essas máquinas se comuniquem entre si, elas poderão ser conectadas para formar um enorme computador. Mas, como há q u a t r o t i p o s d e computadores quânticos sendo criados hoje, eles não conseguirão se comunicar sem alguma ajuda. Alguns cientistas defendem que a internet quântica seja baseada

inteiramente em partículas de luz (fótons), enquanto outros acreditam que seria mais fácil criar redes quânticas em que a luz interagisse com a matéria. "Luz é melhor para comunicação, mas qubits de matéria são melhores para processamento", diz Joseph Fitzsimons, pesquisador do C e n t r o d e Te c n o l o g i a s Quânticas da Universidade Nacional de Cingapura, à BBC. "Você precisa de ambos para fazer a rede trabalhar para estabelecer a correção de sinal, mas é difícil fazê-los interagir". É muito caro e difícil armazenar toda informação em fótons, diz Fitzsimons, porque essas partículas não conseguem ver umas às outras e passam reto entre si, em vez de se chocarem. O especialista acredita que seria mais fácil usar a luz para comunicação e armazenar informação usando elétrons e átomos (na forma de matéria).


CIÊNCIA 7

24 a 31 de outubro de 2017

fatos & notícias

Cientistas desenvolvem nanopartículas que podem "matar" células cancerosas Cientistas da Universidade de Surrey, no Reino Unido, d e s e n v o l v e r a m nanopartículas inteligentes que aquecem a uma temperatura alta o bastante para “matar” células cancerígenas – mas que, por serem autorreguláveis, perdem calor antes que se tornem quente o suficiente para prejudicar o tecido saudável. As nanopartículas poderão ser utilizadas em breve como parte da termoterapia para tratar pacientes com câncer, segundo o estudo publicado no jornal Nanoscale. A termoterapia tem sido usada como método de tratamento contra o câncer, mas é difícil tratar o paciente sem danificar suas células saudáveis. Com a

nova tecnologia, as células tumorais podem ser enfraquecidas ou mortas sem afetar o tecido normal. Isso porque as temperaturas seriam controladas de forma precisa em uma média entre 42°C e 45°C. Cientistas do Instituto de Tecnologia Avançada de Surrey trabalharam com colegas da Universidade de Dalian de Tecnologia, na China, para criar as nanopartículas em que, quando implantadas e usadas em uma sessão de termoterapia, possam induzir temperaturas de até 45°C. As nanopartículas produzidas para o estudo são autorreguláveis, o que significa que param por conta própria de aquecer quando alcançam

temperaturas acima do ideal. Segundo o estudo, elas são também pouco tóxicas e seria improvável que causem danos permanentes ao corpo. O professor Ravi Silva, chefe do Instituto de Tecnologia Avançada na Universidade de Surrey, explica: “Essa pode ser uma mudança em potencial na forma em que tratamos q u e m t e m c â n c e r. S e conseguirmos tratar colocando em um nível de temperatura alto o bastante p a r a m a t a r o c â n c e r, enquanto que baixa o suficiente para parar os danos ao tecido saudável, isso prevenirá alguns dos sérios efeitos do tratamento”. O professor adjunto Wei Zhang, da Universidade de

FOTO: PIXABAY

TERCEIRO/LATINSTOCK

Dalian, acrescenta: “Indução magnética hipertermia é um caminho tradicional no tratamento contra tumores malignos. Contudo, as dificuldades no

controle da temperatura têm r e s t r i n g i d o significantemente o seu uso. Se conseguirmos modular as propriedades magnéticas das nanopartículas, a

temperatura terapêutica poderá se autorregular, eliminando o uso de sistemas de controle e monitoramento de temperatura”.

Vespa-do-mar, o ser vivo mais venenoso do mundo

ISTOCK/GETTY IMAGES

Nas águas dos oceanos Índico e Pacífico, perto da costa nordeste da Austrália e sudeste do continente asiático, vive o animal mais venenoso do mundo: a vespa-do-mar (Chironex

fleckeri), uma espécie de medusa parecida com uma água-viva comum, porém, muito mais letal. Essa criatura, também conhecida como cubomedusa, matou cerca de 60 pessoas no

último século, segundo o site Animal Diversity Web, mantido pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. A mortalidade do ataque depende da quantidade de veneno injetada no organismo – se um humano adulto entrar em contato com os seis metros de tentáculos deste animal, a morte é certa e pode ocorrer em poucos minutos. Cinco minutos depois da picada, a vítima começa a sentir dor extrema e falta de ar, podendo notar alguns roxos espalhados pelo corpo. O veneno afeta também o sistema cardiovascular e pode resultar em uma parada

cardíaca – propriedade que, segundo cientistas, tem potencial para ajudar no desenvolvimento de um medicamento para tratar doenças cardiovasculares. O apelido de cubomedusa vem do formato quadrado do seu corpo, que é transparente e mede entre 16 e 24 centímetros. Mais de 60 tentáculos, cada um com milhões de nematocistos (microganchos responsáveis por liberar o veneno), partem da estrutura principal. Esses animais também possuem vários órgãos sensoriais, incluindo 24 olhos, mas não têm cérebro. Embora as vespas-do-mar

sejam capazes de matar humanos adultos, a maioria das mortes documentadas ocorre em crianças e jovens. Normalmente, esses animais vivem no fundo dos oceanos, mas podem viajar para áreas próximas à costa durante a época de reprodução. Por isso, para reduzir o número de ataques, redes foram instaladas em muitas praias onde as picadas desses animais costumam ocorrer. Mesmo assim, ainda há relatos de picadas todos os anos. As vespas-do-mar são tão venenosas que possuem poucos predadores. Segundo os especialistas da Universidade de Michigan,

apenas a tartaruga-verde (Chelonia mydas) é conhecida por se alimentar desses animais, pois tem uma pele grossa que não permite a penetração do veneno. A espécie de medusa, por sua vez, é predadora de diversos tipos de peixes e camarões. Durante a primavera, as vespas-do-mar também podem acabar nadando para águas doces, a procura de companheiros para reprodução. Lá, as medusas l i b e r a m s e u s espermatozoides e óvulos diretamente na água. Pouco depois da desova, os animais morrem.


8 SAÚDE

fatos & notícias

24 a 31 de outubro de 2017

Poluição mata mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil Estudo mostra que uma em cada seis mortes no mundo em 2015 está ligada à poluição

A poluição matou 101.739 pessoas no Brasil em 2015, o que equivale a 7,49% do total de mortes no País durante o período. Essa é a conclusão de um relatório publicado pela revista científica The Lancet. De acordo com o estudo, a poluição do ar foi a grande vilã, sendo responsável pela maior parte dos óbitos (70.685). Em seguida, vem a poluição no ambiente de trabalho como fumo passivo, atribuída a 18.512 mortes, da água (15.315) e do solo (10.592). O Brasil ficou na 148ª posição do ranking de países com maior proporção de mortes relacionadas à poluição, atrás de outras nações da América do Sul, como Uruguai, Chile e Equador. No total, foram analisados 188 países. De acordo com o relatório, a poluição foi responsável por uma a cada seis mortes registradas em todo o mundo em 2015, totalizando cerca de 9 milhões de óbitos. A maior parte das mortes ocorreu em países de renda baixa e média, onde a

poluição está associada a até 25% das mortes. Bangladesh, na Ásia, e Somália, na África, foram os países mais afetados. Já Brunei, no sudeste asiático, e Suécia, na Europa, apresentaram o menor número de mortes relacionadas à poluição. Segundo o estudo, a poluição do ar teve o maior impacto, representando dois terços dos óbitos. A maioria das mortes foi causada por doenças não infecciosas ligadas à poluição, como enfarto, derrame e câncer de pulmão. "A poluição é muito mais do que um desafio ambiental; é uma ameaça profunda e generalizada que afeta muitos aspectos da saúde humana e do bemestar", diz Philip Landrigan, da Escola Icahn de Medicina do Hospital Monte Sinai, em Nova York, um dos autores do estudo. Principal fator de risco, a poluição do ar contribuiu para 6,5 milhões de mortes prematuras. O número inclui a poluição nas ruas, representada pela emissão de gases, e de dentro de casa,

provocada pela queima de madeira ou carvão, por exemplo. A água poluída, segundo maior fator de risco, representou 1,8 milhão de mortes, enquanto a poluição no ambiente de trabalho foi relacionada a 800 mil mortes em todo o mundo. Cerca de 92% destas mortes ocorreram em países pobres, sendo que o maior impacto foi observado em países que estão passando por um rápido processo de desenvolvimento e industrialização, como a Índia, que apresentou o quinto maior número de mortes por poluição, e a China, na 16ª posição. De acordo com os autores do estudo, a poluição do ar afetou os pobres de forma desproporcional, inclusive em países ricos. "A poluição, a pobreza, a saúde e a injustiça social estão profundamente interligadas", afirma Karti Sandilya, da organização não governamental Pure Earth, também autor do estudo. "A poluição ameaça os direitos humanos fundamentais, como o direito à vida, à saúde, ao bem-estar, ao trabalho seguro, bem como às proteções das crianças e dos mais vulneráveis", completa. O estudo é resultado de um projeto de dois anos organizado pela The Lancet sobre os efeitos da poluição na saúde.

O que é Transtorno Obsessivo Compulsivo? Por Janaína B. Cordeiro

Todos nós temos pensamentos que nos assediam, que surgem de forma intrusiva, podendo até mesmo nos incomodar. Porém, da mesma forma que aparecem, também se vão. A questão é que no caso do Tr a n s t o r n o O b s e s s i v o Compulsivo (TOC), esses pensamentos tornam-se repetitivos e incontroláveis, gerando muita angústia para o sujeito. Não se trata de uma patologia, mas, sim, de uma estrutura psíquica, um tipo de neurose que produz

pensamentos recorrentes, o sujeito passa a desenvolver rituais, sempre sem conexão lógica com a realidade, que s ã o r e a l i z a d o s compulsivamente, podendo causar desarmonia na sua rotina diária e na sua vida social. A esses conjuntos de atos ou rituais dá-se o nome de compulsões. Os pensamentos obsessivos se manifestam de diversas formas, seja através de um sistema de pensamentos supersticiosos ou através de alguma dúvida

um comportamento inconsciente no indivíduo que, através do mesmo, expressa o sintoma de um conflito emocional anterior, denominado neurose de angústia. Seu sintoma principal são as obsessões, que são da ordem do pensamento, como ideias fixas, pensamentos invasivos, que surgem contra a vontade do sujeito. Para Freud, as ideias obsessivas aparecem como uma substituição a uma ideia ou fato precedente que em algum período da vida d a p e s s o a f o r a negligenciado. Na tentativa de diminuir a ansiedade provocada por esses

de ação como, por exemplo, não usar certa cor de roupa por receio de que algo de ruim possa acontecer consigo ou com outras pessoas. Já no caso das compulsões, são atos cerimoniais, regulares, que precisam ser repetidos sempre do mesmo modo elaborado. Um exemplo típico de compulsão é a pessoa que lava as mãos repetidamente, num intervalo mínimo de tempo ou aquela pessoa que precisa revisar inúmeras vezes se a porta da casa está trancada. No trabalho, pode ser aquele indivíduo que sempre deixa as canetas na

mesma posição ou que guarda os livros, documentos, textos, sempre seguindo minuciosamente uma ordem sequencial e específica. Por serem os pensamentos obsessivos os geradores dos atos compulsivos, a pessoa com TOC acaba encontrando um sentido lógico próprio para continuar desenvolvendo os seus rituais, mesmo que isso não faça sentido algum para quem observa. É comum que pessoas com TOC sejam denominadas como sendo cheias de manias e frescuras. Mas o que muitos não sabem é que o Transtorno Obsessivo Compulsivo atinge milhares de pessoas em todo o mundo e é um gerador de ansiedade e medo para o sujeito afetado, principalmente porque ele acredita que se não continuar com seus atos ou rituais, algo de muito negativo p o d e r á a c o n t e c e r. É importante que a pessoa com o problema procure uma terapia analítica, pois, sem o tratamento adequado e específico, as compulsões tendem a se agravar. Uma vez reconhecidas as causas, as manifestações e os tratamentos, o problema poderá ser solucionado com êxito. Janaína Bernardo Cordeiro

Psicanalista Clínico APC-ES 23724 Filiada ao Sindicato dos Psicanalistas do ES Contato: jbernardocordeiro@yahoo.com


“Olhar de uma Lente” 24 a 31 de outubro de 2017

Haroldo Cordeiro Filho Pouquíssimos gestores têm a competência e a sensibilidade para enxergar a importância do turismo na economia, na cultura e no meio ambiente de uma região. Infelizmente, nosso município encontra-se nessa estatística. Um município

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fatos & notícias

Turismo, a Serra na contramão que tem geografia privilegiada com praias como Carapebus, Manguinhos, Jacaraípe e Nova Almeida. Região de montanhas, onde está o mais imponente morro da Grande Vitória, o Mestre Álvaro, sem sequer um mirante para

FOTOS: REPRODUÇÃO INTERNET

o turista contemplar a paisagem de tirar o fôlego. Uma zona rural exuberante esquecida e pouco explorada. Uma bacia hidrográfica com rios de grandes dimensões como o Reis Magos, que faz divisa com o município de Fundão e o rio Jacaraípe. Lagoas como a do Juara – sem o saudoso Festival da Tilápia, em função do alto índice de poluição. A Lagoa do Baú, em Carapebus, que sofre como tantas outras do mesmo malefício e descaso do poder público. Uma cultura de ritmos e danças própria, sem falar da gastronomia e do artesanato, onde os artesãos estão órfãos de um centro cultural para exposições. Insisto em dizer, na minha

modesta coluna, que gestão pública é feita com técnicos e não por indicação política,

crer que essa letargia perdurará por mais três longos anos.

pobre e sem conhecimento, comprometendo uma cadeia de negócios que envolve pilares como a rede hoteleira e o ecoturismo, abandonados e sem perspectiva de melhoras o que nos leva a

Imaginem vocês, no último dia 19, foi realizado, pela “iniciativa privada”, em um hotel do município, o Fórum Regional de Turismo do Município da Serra, para criar um planejamento

estratégico com demandas do mercado, calendários de eventos e atores sociais sem vinculação com a Prefeitura Municipal da Serra, dá para entender? Ora! Isso deveria ser o inverso ou não? Nossa administração pública está ou não na contramão? Só para terem uma noção do que estou falando, durante o Fórum foram divulgadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que mede o Índice de Atividade Turística (Iatur), que, de julho a agosto de 2017, o Espírito Santo cresceu 1,2% entre os doze estados pesquisados. Haroldo Cordeiro Filho Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer Produtor-executivo do Jornal Fatos & Notícias

Maior acervo de sons de Escolas têm até novembro animais pode ser consultado para avaliar alunos para on-line e de graça programa Mais Educação Como é o som que um FOTO: REPRODUÇÃO polvo emite embaixo d'água? Ou o barulho produzido por um filhote de avestruz ainda dentro do ovo? Talvez jamais saberíamos se não fosse a Macaulay Library, o mais completo arquivo científico de registros sobre a biodiversidade do planeta. O acervo que reúne tanto áudios quanto digitalização de todos os v í d e o s c o m e ç o u a s e r registros analógicos. A catalogado a partir de 1929 ênfase dos arquivos são os pela Universidade Cornell, pássaros, mas eles também nos Estados Unidos, e hoje já reúnem sons de baleias, conta com cerca de 150 mil elefantes, sapos, primatas e sons de animais. São 7,5 mil muitos outros bichos. “Nossa horas de gravações que, coleção é a maior e mais juntas, somam mais de 10 antiga no mundo, agora é terabytes. Todos esses dados também a mais acessível”, agora estão ao alcance de destacou em um comunicado qualquer um – eles podem ser o diretor do projeto, Mike consultados gratuitamente Webster. Ele enfatizou que a pela internet. Isso só foi possível graças próxima meta é aprimorar as ao trabalho árduo dos f u n ç õ e s d e b u s c a e arquivistas de Cornell, que desenvolver ferramentas levaram impressionantes 12 para que as pessoas possam a n o s p a r a c o n c l u i r a coletar as próprias gravações

e enviá-las diretamente ao acervo. “Nosso objetivo é tornar a Macaulay Library o mais útil possível para a maior audiência possível”, disse Webster. Os áudios são de grande importância para pesquisadores poderem estudar uma série de questões referentes aos animais, além de ajudarem bastante os observadores de aves em geral a se orientarem em suas buscas. Sem contar o uso em museus, filmes e até em produtos comerciais. Mas a verdade é que, como observa o curador Greg Budney, explorar o arquivo é um verdadeiro passatempo, até para quem é totalmente leigo no assunto. “É simplesmente muito divertido escutar esses sons. Você já ouviu o som de um polvo embaixo d'água? É incrível”.

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo para que as escolas façam a avaliação dos estudantes inscritos no Novo Mais Educação e lancem os resultados no sistema de monitoramento do programa. O prazo, que terminaria na semana passada, vai até 17 de novembro. No total, são cerca de 4 milhões de alunos participantes, em 38 mil escolas de todo o País. Segundo o MEC, a avaliação é importante para

ajustar o programa e para que os professores possam ter um parâmetro de onde os alunos estão na aprendizagem e também para avaliar o resultado de suas práticas pedagógicas em sala de aula. O Programa Novo Mais Educação é uma estratégia do MEC para melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental, com a ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes. A prioridade é

para alunos que tenham mais dificuldades de aprendizagem e escolas com baixos indicadores educacionais. Esta é a segunda avaliação realizada pelo programa. A primeira, que ocorreu entre abril e julho deste ano, teve o cadastro de 35 mil escolas. Os estudantes fizeram avaliações de língua portuguesa e matemática extraídas do próprio sistema.


10 GERAL fatos & notícias

24 a 31 de outubro de 2017

Virgínia Leone Bicudo, pioneira da psicanálise no Brasil Psicanalista foi grande divulgadora da área, além de autora da primeira tese sobre relações raciais produzida no Brasil Não é possível falar da psicanálise nem da luta contra o racismo no Brasil sem citar Virgínia Leone Bicudo (1910-2003). Essa evocação traz consigo a presença rara de mulheres e psicanalistas não médicos nesse período. A trajetória dessa profissional de origem negra mostra a existência de um “preconceito de cor”, como Virgínia o nomeou em sua dissertação de mestrado (1945) e num relatório fundamental sobre o tema, batizado de “Projeto UnescoAnhembi”, realizado nos anos 1950 em São Paulo. Va l e l e m b r a r q u e , n a primeira metade do século 20, a produção acadêmica era proveniente de homens brancos, alguns poucos negros e pobres, e de raríssimas mulheres, somente brancas. Virgínia Bicudo era absoluta exceção nesse período. Na nomeação familiar da socióloga e psicanalista Virgínia Leone Bicudo

estavam presentes o escravo, o imigrante, o dono das terras. Seu pai, Teófilo Bicudo, era negro, filho da e s c r a v a Vi rg í n i a J ú l i o , a l f o r r i a d a . Te ó f i l o e r a afilhado do importante fazendeiro de café em Campinas Coronel Bento Bicudo. Dele recebeu ajuda para a formação escolar em São Paulo e para a admissão na companhia de Correios e Telégrafos, da qual se tornou alto funcionário. A mãe de Virgínia, Joana Leone, era branca e vinha de uma família pobre de imigrantes italianos. E m 1 9 3 0 , Vi rg í n i a terminou o secundário na Escola Normal Caetano de Campos; em 1932, ingressou no Curso de Educadores Sanitários do Instituto de Higiene de São Paulo. Esse curso tinha a intenção de promover ações profiláticas relativas à saúde pública e políticas sanitárias, preparando as professoras para intervir junto aos pais e

IMAGEM: SHUTTERSTOCK

alunos da escola primária para transmitir as regras e os princípios do que se considerava uma educação saudável. Na sequência, foi para a Escola Livre de Sociologia e Política, pois considerava o curso de sociologia da USP demasiado elitista. Sua atuação e formação,

tanto na psicanálise como na sociologia, compreenderam um período de convivência nesses dois campos de conhecimento. Concluiu o bacharelado em ciências políticas e sociais em 1938, sendo a única mulher de uma turma composta por oito alunos. Nesse mesmo ano, passou a integrar a equipe da

Seção de Higiene Mental Escolar coordenada por Durval Marcondes, fundador da psicanálise em São Paulo. Foi a primeira mulher a se submeter a um tratamento psicanalítico no Brasil, com Adelheid Koch, a primeira psicanalista europeia a se instalar no continente latinoamericano. Quando Adelheid chegou a São Paulo, em 1936, nem os fundadores do freudismo no Brasil haviam se submetido a uma análise. Foi no divã dessa judia berlinense que Virgínia Bicudo, em 1937, se deitou para, mais tarde, ela mesma se tornar psicanalista de crianças e adultos, em São Paulo e em Brasília. Durante a maior parte dos 92 anos de vida de Virgínia Bicudo, afirmar que havia racismo no Brasil já demandava muita coragem. O Brasil se apresentava e era reconhecido como paraíso racial. A discriminação era atribuída exclusivamente à classe social. Mas o projeto

de “branqueamento” da população brasileira pode ser detectado na própria carreira de Virgínia que, na maioria das vezes, era classificada como “branca” nas instituições que frequentava. Já idosa, passou a morar definitivamente em São Paulo e tornou a marcar sua pertença racial (o que já havia feito em seu mestrado) e a relembrar sua origem de classe, usando turbantes, voltando a morar no apartamento simples de sua juventude, constatando a distância dos amigos “profissionais”, dedicandose aos dramas familiares, sendo esquecida publicamente. Pode-se dizer que morreu como mulher negra. Atualmente, diversos pesquisadores têm se dedicado a escrever dissertações e teses sobre ela, acentuando o pioneirismo de suas ideias, obras e atividades.

Alemanha quer banir carros a REPRODUÇÃO

gasolina e diesel até 2030 O Bundesrat, conselho federal alemão, votou pela proibição dos motores de combustão interna até 2030. A partir desse ano, todos os carros vendidos na Alemanha deverão ter motores alimentados a eletricidade, hidrogênio ou outras fontes de energia limpa. Mas a medida pode não ficar restrita ao país: os legisladores querem levar a resolução para toda a União Europeia. De acordo com a revista

alemã Der Spiegel, o incentivo aos veículos elétricos é uma das medidas tomadas para reduzir as emissões de dióxido de carbono na Alemanha em 95% até 2050. Uma possibilidade para acelerar o fim dos carros movidos a gasolina e diesel é aumentar os impostos para os motores de combustão interna. A resolução do Bundesrat, que representa os 16 estados alemães, não

tem efeito legislativo: a medida precisa ser aprovada pela União Europeia para valer. No entanto, como lembra a Forbes, “as regulações alemãs tradicionalmente têm moldado as regulações da União Europeia e da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (Unece)”. Metade dos carros que circulam na Europa são movidos a diesel, já que o

combustível é mais barato e rende mais por quilômetro rodado (o Brasil é o único país do mundo onde o diesel é proibido para veículos de passeio). Desde o escândalo da Volkswagen, que implementou um software para distorcer resultados de testes de emissão de poluentes, as vendas de diesel caíram 5% na Alemanha e 12,9% nos Países Baixos.


24 a 31 de outubro de 2017

GERAL 11 fatos & notícias

Declínio do Antigo Egito começou com erupções vulcânicas Fenômeno liberava partículas que interferiam nas cheias do rio Nilo, diminuindo sua produção A morte de Cleópatra VII em 30 a.C. fez com que o milenar império egípcio chegasse ao fim após vários anos de fome, instabilidade interna e assédio dos romanos. Mas um novo estudo sugere que um fator muito importante, até então desconhecido, foi crucial para o fim do Antigo Egito: as erupções vulcânicas. No verão de 44 a.C. o rio Nilo, base da sociedade naquela parte do mundo, não inundou como deveria, prejudicando as colheitas. Consequentemente, não havia como alimentar as pessoas, preencher os celeiros dos sacerdotes ou pagar impostos. A nova pesquisa mostra que algumas erupções vulcânicas, mesmo que longe dali, interferiram na dinâmica do rio — e foi exatamente isso que aconteceu durante o reinado

de Cleópatra. Os especialistas explicam que, quando havia uma erupção em alguma região do hemisfério norte, como a Islândia, ou em locais como o Círculo de Fogo do Pacífico, a quantidade de chuvas no Nilo e em sua bacia diminuíam. "As erupções vulcânicas lançam grandes quantidades de gases do enxofre na estratosfera, onde se oxidam em pequenas partículas, o sulfato, que são muito boas em refletir a luz solar incidente do espaço. E, então, temos o resfriamento, menos evaporação e menor potencial de chuva", explica Francis Ludlow, principal autor do estudo, segundo o El País. Além disso, se o evento ocorria no hemisfério norte, o resfriamento dessa parte do globo poderia empurrar para

FOTO: JEFF SCHMALTZ/NASA GSFC

o sul a conhecida Zona de Convergência Intertropical (onde se encontram os ventos de ambos os hemisférios). Isso faria com que os ventos da monção (que levam chuvas) não chegassem ao planalto etíope, onde o Nilo Azul enchia de água. O estudo foi produzido com o cruzamento de informações meteorológicas e o que se

sabia sobre o Egito até então. "Essa é a beleza desses registros climáticos. Pela primeira vez, você pode realmente ver uma sociedade dinâmica no Egito, não apenas uma descrição estática de um monte de textos em ordem cronológica", diz Joseph Manning, da Universidade de Ya l e , e m a n ú n c i o d a

pesquisa. O monumento conhecido como al-Miqyas, ou o Nilômetro islâmico, também foi muito útil. A peça artística guarda registros valiosos dos picos de verão do Nilo desde o início do século 7, o que viabilizou a criação de relações entre o fluxo do rio e os anos em que houve uma erupção em algum lugar do planeta. É claro que as causas naturais não foram as únicas responsáveis pelo declínio do império egípcio. O sucesso dos romanos, que estavam marchando por toda Europa e Mediterrâneo, também o impactou. Mas a falta de chuvas não ajudou em nada o governo de Cleópatra VII, ainda porque, segundo Ludlow, "quando a enchente do Nilo era boa, o Vale do Nilo era um dos lugares mais produtivos da

agricultura do mundo antigo". Registros mostram que os vulcões já interferiam na dinâmica egípcia há muito tempo antes de Cleópatra VII. Após uma campanha militar de sucesso contra o Império Selêucida, centrado na atual Síria e no Iraque, o então governante, Ptolomeu III, decidiu voltar para casa. Isso ocorreu em 245 a.C. e, para Manning, "mudou tudo sobre a história do Oriente Próximo". O historiador romano Justino escreveu sobre o caso, dizendo que se o imperador não tivesse tido "problemas em casa, ele se tornaria mestre de todos os domínios de Seleuco". Após o estudo, entende-se que na época o Nilo também cresceu menos que o esperado, tudo indica que por conta de uma erupção.

Serviços de saúde terão o dobro de recursos para diagnóstico do câncer de mama No mês dedicado à prevenção do câncer de mama, o Ministério da Saúde aumentou em média 100% os valores de exames essenciais no diagnóstico da doença. A expectativa é triplicar o número de procedimentos mais precisos para a identificação do tumor. Por ano, serão mais R$ 9,4 milhões para esse atendimento. Em 2016, foram investidos R$ 4,1 milhões na realização desses procedimentos. A Portaria foi publicada no Diário Oficial da União e anunciada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Para o ministro, essa medida visa estimular e ampliar o acesso ao exame e diagnóstico. “Precisamos ter mais agilidade na identificação da doença e na resposta dos resultados, para que tenha mais efetividade no tratamento ofertado. Nosso objetivo é garantir maior

acesso aos exames que tenham mais resolutividade, de acordo com a indicação médica, no diagnóstico. Quanto mais cedo confirmar a doença, mais cedo se inicia o tratamento, aumentando as chances de cura”, ressaltou o ministro. Em grande parte dos casos, o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, aumentando as chances de tratamento e cura. Após a mamografia, são indicados exames para o diagnóstico definitivo da doença que vão apoiar a decisão médica no tratamento. Todos esses procedimentos tiveram reajuste e a expectativa é triplicar o atendimento dos três mais precisos: punção de mama por agulha grossa, biópsia e anatomopatológico. Em 2016, foram registrados 69,3 mil exames e, neste ano, o total deve ultrapassar 200 mil. O Instituto Nacional do

Câncer (Inca) estima que cerca de 58 mil mulheres terão câncer de mama em 2017. Obesidade e sedentarismo estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, diante do aumento de gorduras e da produção de hormônios. Nos últimos anos, observou-se uma crescente oferta da radioterapia no País. Em 2010, foram realizados 8,3 milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016, realizou-se 10,45 milhões, um aumento de 25,9%. Em 2016, foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de mamografias e Papanicolau. Em 2017, entre janeiro até o momento, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos. Atualmente, são 283 aparelhos de radioterapia no Brasil.


ECONOMIA 12 fatos & notícias

21 a 31 de outubro de 2017

Faturamento da indústria de máquinas agrícolas cresce 8,5% O faturamento do setor, entre janeiro e setembro, somou R$ 10,368 bilhões

Hartung afirma que Estado saiu da recessão

FOTO: DIVULGAÇÃO FOTO: LEONARDO DUARTE/SECOM-ES

O faturamento do setor de máquinas e implementos agrícolas entre janeiro e setembro somou R$ 10,368 bilhões, 8,5% acima do apurado em igual período do

a n o p a s s a d o . O levantamento considera a receita das empresas da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), segundo nota divulgada pela entidade. O lucro com exportações aumentou 81,1% no período, para R$ 661,5 milhões, ante R$ 365,2

milhões em igual intervalo no ano passado. As importações de máquinas também cresceram, 15,8%, para R$ 225,7 milhões, segundo a Abimaq. O número de empregados pelas empresas até 31 de agosto chegava a 43.783 pessoas, 1,7% acima do apurado nos primeiros nove meses de 2016. Com relação ao uso da capacidade instalada, houve incremento de 9,4% na comparação anual. Enquanto de janeiro a setembro do ano passado a indústria de máquinas agrícolas usava 69,1% de sua capacidade, agora ocupa 75,6% dela.

O governador Paulo Hartung anunciou, no último dia 26, que tecnicamente o Espírito Santo saiu da recessão imposta ao Estado por conta da crise socioeconômica nacional. O anúncio ocorreu durante a solenidade de abertura do 24ª Salão do Imóvel Ademi 2017. Na oportunidade, Hartung revelou que a atividade econômica do Estado está melhorando, com reflexos diretos na arrecadação do Estado. O evento ocorreu na Arena S h o p p i n g Vi t ó r i a , n a Enseada do Suá, em Vitória. “Devagar, muito lentamente, estamos conseguindo sair desta que é a pior crise do País. Nós, capixabas, ainda tivemos questões próprias desafiadoras como a paralisação da Samarco que, sozinha, representa 5% do PIB do Estado, e a estagnação do setor de petróleo e gás. Estamos saindo da crise de cabeça erguida e sem dívidas. É um governo número um no item transparência, que inova em políticas públicas como a Escola Viva e a Rede Cuidar, que reestrutura o sistema de saúde”, explicou Paulo Hartung.

“O Espírito Santo está mostrando preparo e competência na liderança responsável. Com gestão e planejamento estamos conseguindo avançar para garantir um futuro mais próspero para os capixabas”, Paulo Hartung

“Mesmo sem a Samarco, já saímos tecnicamente da recessão. Estamos saindo da crise organizados. Temos que cuidar das contas para poder cuidar das pessoas com diretrizes sustentáveis. O Es pírito S anto es tá mostrando preparo e competência na liderança responsável. Com gestão e planejamento estamos conseguindo avançar para garantir um futuro mais próspero para os capixabas”, completou o governador.


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