Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 227 24 a 30 de novembro/2017 Serra/ES
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fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br
Rússia bate recorde em produção inovadora PÁG. 6 ECONOMIA
Prefeito de Iconha está entre os 50 melhores do País PÁG.12 GERAL
ONG faz doações para crianças do Vale do Jequitinhonha PÁG.11 CIÊNCIA
Cientistas tentam editar DNA dentro do corpo humano PÁG.7
População de tartarugas- Há meio século morria o da-amazônia cresce quase escritor João Guimarães 300% no Rio Tapajós PÁG. 2 Rosa PÁG. 3
As lições que Frozen nos ensina Pág.4
A psicóloga Karin Alessandra, fala sobre o medo, a superproteção e os resultados de nossos atos no futuro de nossos filhos, a partir de um olhar maternal e psicológico da aventura infantil “Frozen - uma aventura congelante”
FOTO: DIVULGAÇÃO DISNEY
GERAL
Universo de gases e excrementos continua como um dos maiores campeões de audiência entre as crianças PÁG.11
PÁG.4 Haroldo Cordeiro Filho
Serra, agricultura na contramão
PÁG.10
Janaína Bernardo As causas do medo e da fobia, na visão da psicanálise PÁG.8
Jorge Pacheco Os últimos desdobramentos da política nacional PÁG.5
Silvana Gaspar Você conhece ou já ouviu falar na PÁG.6 nomofobia?
2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias
24 a 30 de novembro de 2017
População de tartarugas-daamazônia cresce quase 300% no Rio Tapajós De acordo com o Ibama, população observada em 2017 aumentou 268% em comparação ao início da década de 1980
FOTO: REPRODUÇÃO/IBAMA
O Programa Quelônios da Amazônia (PQA), coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), monitorou entre 29 de setembro e 10 de novembro cerca de 10 mil fêmeas da espécie tartarugada-amazônia (Podocnemis expansa) em idade reprodutiva na região conhecida como tabuleiro de Monte Cristo, no Rio Ta p a j ó s , p r ó x i m o a o município de Aveiro (PA). Nesse período, a espécie migra para construir ninhos e colocar ovos. A população observada em 2017 aumentou 268% em comparação ao início da década de 1980, quando foram contabilizadas 2715 fêmeas na região. “Estamos muito satisfeitos com esse crescimento, pois ele indica que a redução observada no último ano foi revertida”,
disse o coordenador do PQA no Estado do Pará, Raphael Fonseca. Em 2016, equipes do PQA haviam constatado uma diminuição de aproximadamente 84% no número de filhotes nascidos no tabuleiro e apontaram como causa provável a baixa quantidade de chuvas. O PQA monitora cerca de 50 mil fêmeas de Podocnemis expansa em idade reprodutiva em oito estados brasileiros: Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Rondônia e Roraima. As equipes técnicas fiscalizam os locais de desova para evitar a caça, abrem uma amostra representativa de ninhos e registram medidas dos animais para avaliar as populações. A pesquisadora Priscila Miorando, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), foi ao tabuleiro de Monte Cristo para acompanhar o trabalho realizado na região e
conduzir pesquisas. A Podocnemis expansa é a maior espécie de quelônio da América do Sul e a única a possuir comportamento social descrito em estudos científicos. As fêmeas se reúnem na praia que se forma com a baixa do Rio Tapajós para preparar seus ninhos. Alvo de caça e roubo de ovos, a espécie é protegida desde 1979, ano em que foi criado o PQA. O tabu leiro ( área de reprodução) de Monte Cristo, também usado por Tr a c a j á s ( P o d o c n e m i s unifilis) e pitiús ( P o d o c n e m i s sextuberculata), é um dos maiores do País. O monitoramento em 2017 teve o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do batalhão ambiental da Polícia Militar (PM) de Santarém e da comunidade de Monte Cristo.
Dessa água beberemos A escassez de água cada vez maior em vários lugares do mundo está tornando uma realidade o reaproveitamento desse líquido – inclusive o que passa pelos esgotos Nada menos que dois terços da superfície terrestre são cobertos de água, o que a torna a substância mais comum do planeta. Isso poderia nos levar a supor que a escassez dela está longe de ser um problema e que jamais haveria a necessidade de reciclá-la e reusá-la. Não é bem assim, no entanto. Do volume total, apenas uma parte ínfima pode ser bebida ou consumida para outros fins pelo ser humano e demais seres vivos, pois 97% dele compõem os oceanos salgados. Dos 3% restantes, cerca de 70% estão na forma de gelo nos polos, nas geleiras e topos de montanhas; um pouco menos de 30% são subterrâneas; e apenas 0,3% está ao alcance fácil em rios e lagos. Pode parecer pouco – e é mesmo. Mas é mais do que suficiente para atender as necessidades de toda a população mundial. “O problema é que ela está mal distribuída no planeta, com regiões com abundância e outras com escassez”, diz o engenheiro civil e sanitarista Suetônio Mota, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará (UFC). “Além disso, deve ser considerada a poluição cada vez maior. Muitas vezes, tem-se água, mas de qualidade inadequada, exigindo um custo elevado para tratamento, o que pode inviabilizar o seu uso. Por isso, o reúso é necessário, principalmente devido à escassez em muitas partes. Mesmo em regiões antes consideradas sem problemas, podem ocorrer períodos de crise hídrica, como aconteceu recentemente em São Paulo". País de dimensões continentais, o Brasil é um exemplo bem acabado dessa
disparidade na distribuição do chamado “precioso líquido”. Seu território abriga cerca de 12% da água doce da Terra. Não deveria ter, portanto, problemas para abastecer sua população. Mas não é isso que ocorre. A escassez ou até mesmo a falta dela é uma realidade para milhões de brasileiros. Parte disso se deve ao fato de que 80% da água existente no País está na Amazônia, onde vive cerca de 5% da população. Os 20% restantes têm de abastecer 95% dos brasileiros. Outras causas da escassez incluem desde a ausência de planejamento e investimentos no fornecimento até a degradação e poluição de nascentes, rios e mananciais. Mas um motivo entre todos se sobressai: o desperdício. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), as perdas no País chegam a 43% da água captada e tratada para abastecimento, por c a u s a d e vazamentos, evaporação ou ineficiência do s i s t e m a d e distribuição, por exemplo. Diante desse quadro, o reúso – inclusive o potável – está crescendo no mundo e se tornando uma alternativa cada vez mais viável. “Trata-se de uma forma de auxiliar na minimização do problema da escassez e falta d'água”, diz o e n g e n h e i r o ambiental Marcos von Sperling, do
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Ao se usar um esgoto tratado para produzir água, diminui-se o lançamento de cargas poluidoras nos rios e lagos. Além disso, reduz-se o volume captado na natureza”. O reúso para fins não potáveis já é comum em vários países.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
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CULTURA 3
24 a 30 de novembro de 2017
Organização
Morte de Guimarães Rosa completou 50 anos
REPRODUÇÃO INTERNET
FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
Mundial de Saúde
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A OMS é uma agência que atua em questões relacionadas com a saúde em todo o planeta A Organização Mundial de Saúde (OMS) foi criada em7 de abril de 1948 com o objetivo principal de garantir que todas as pessoas do planeta tenham acesso ao mais elevado nível de saúde. Atualmente, mais de sete mil pessoas trabalham em 150 escritórios em diferentes países, em seis escritórios regionais e na sede, em Genebra. Vale destacar que essa agência define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, ou seja, a saúde é muito mais do que a ausência de doenças.
maneiras para garantir esse objetivo. Como funções que podem ser atribuídas a ela, podemos citar: ajudar os governos no fortalecimento dos serviços de saúde; estimular trabalhos para erradicar doenças; promover a melhoria da nutrição, habitação, saneamento, recreação, condições econômicas e de trabalho da população; estimular a cooperação entre grupos científicos para que estudos na área de saúde avancem; fornecer informações a respeito de saúde; realizar a classificação internacional das doenças.
→ Funções da OMS
→ Conquistas da OMS
Proporcionar saúde a toda a população mundial não é uma tarefa fácil e, por isso, a OMS atua de diferentes
A OMS já conseguiu várias conquistas na luta pelo bem-estar da população mundial. Uma
dessas conquistas foi a erradicação da varíola graças aos seus esforços contínuos entre os anos de 1967 e 1979. Outra importante conquista foi a diminuição de cerca de 99% dos casos de poliomielite, um projeto conhecido como Iniciativa Global de Erradicação da Pólio. Além disso, não podemos nos esquecer do papel da OMS na luta contra a aids, haja vista que ela é uma das agências que compõem o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Esse programa busca pesquisar e combater a epidemia dessa grave doença.
Ma. Vanessa dos Santos História do Mundo UOL
Há meio século, em 19 de novembro de 1967, morria o escritor João Guimarães Rosa, apenas três dias depois de assumir a cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele havia sido eleito quatro anos antes, por unanimidade, em 1963. No auge da carreira o autor, consagrado por sua recriação da linguagem da literatura, temia a emoção de tomar posse como acadêmico e, de fato, um infarto o matou aos 59 anos de idade. Naquele novembro de 1967, os jornais da época destacavam o fato de que, em uma mesma semana, a filha do autor mineiro, Wilma Guimarães Rosa, lançaria seu primeiro livro, Acontecências, no dia 13, e três dias depois, seu pai tomaria posse na ABL. “Eram duas maravilhosas acontecências em nossas vidas, eu lançando meu primeiro livro e meu pai tendo o coroamento da carreira literária dele. Infelizmente, para nossa tristeza, no domingo, Dia da Bandeira que ele tanto reverenciava, Deus o chamou. Foi uma semana que começou linda, mágica, entusiasmante, e terminou de um modo trágico para todos nós, família, amigos, leitores, admiradores. Porém, resta o consolo da frase que meu pai proferiu, junto com o discurso de posse na Academia Brasileira de Letras: 'as pessoas não morrem, ficam encantadas'”, relembra Wilma, em depoimento na página do Facebook da editora Nova Fronteira, há
três décadas responsável pela publicação da obra de Guimarães Rosa.
Biografia Nascido em Cordisburgo (MG), em 27 de junho de 1908, João Guimarães Rosa se mudou aos 10 anos para Belo Horizonte, onde se formou em Medicina em 1930 e começou a trabalhar como capitão médico da Força Pública do Estado de Minas Gerais. Um ano antes da formatura, porém, ele já havia tido sua estreia literária, com a publicação na revista O Cruzeiro do conto O mistério de Highmore Hall. Em 1936, a coletânea de versos Magma, obra inédita, recebe o Prêmio Academia Brasileira de Letras, com elogios do poeta Guilherme de Almeida (1890-1969). Nessa época, Guimarães Rosa já havia iniciado a carreira de diplomata, na qual ingressara por concurso em 1934. Ao longo das duas décadas s e g u i n t e s , f o i sucessivamente cônsul em Hamburgo, na Alemanha; secretário de embaixada em Bogotá, na Colômbia; chefe de gabinete do ministro João Neves da Fontoura (a quem viria a suceder, na ABL), e representante brasileiro em conferências de Paz e da Unesco, em Paris. Em 1951, voltou ao Brasil e foi nomeado novamente chefe de gabinete do chanceler João Neves da Fontoura, e depois chefe da Divisão de Orçamento (1953) e do Serviço de Demarcação de Fronteiras do Itamaraty. Paralela à carreira de
diplomata, a de escritor já lhe havia garantido lugar de destaque na literatura brasileira desde 1946, com a publicação do livro de contos Sagarana. As inovações na linguagem, a estrutura narrativa e a riqueza nos simbolismos são características que marcam o novo significado da temática regionalista na literatura brasileira, trazido pelos contos de Guimarães Rosa. Em 1952, o escritor fez uma longa excursão a Mato Grosso, que o colocou em contato com os cenários, os personagens e as histórias que ele iria recriar em sua obra-prima, o romance Grande Sertão: Veredas, lançado em 1956, juntamente com o ciclo novelesco Corpo de Baile. Indiscutivelmente um dos mais importantes textos da literatura brasileira e mundial, o livro foi o único brasileiro, entre obras de escritores de 54 países, a ser incluído em um ranking publicado em 2002 na Noruega dos 100 melhores romances do mundo. Na tarefa de experimentar e recriar a linguagem literária, Guimarães Rosa inventou vocábulos, utilizou arcaísmos e palavras populares e recorreu a inovações semânticas e sintáticas. Primeiras Estórias (1962), Campo Geral (1964) e Tutameia – Terceiras Estórias (1967) foram outras obras desse escritor universal, traduzido e publicado em diversas línguas, adaptado para o cinema e a televisão e detentor de vários prêmios literários.
4 EDUCAÇÃO fatos & notícias
24 a 30 de novembro de 2017
Um olhar maternal e psicológico da animação Frozen – Uma Aventura Congelante
Por Karin Alessandra
S e v o c ê é m ã e , especialmente de uma menina, certamente assistiu à animação “Frozen - Uma Aventura Congelante”. O filme, lançado no Brasil em janeiro de 2014, tornouse uma febre entre as meninas, que se apaixonaram por Elsa, a princesa com poderes sobre a neve. Mesmo em 2017 é comum ver festinhas de aniversário com o tema Frozen e pessoas de todas as idades cantando as músicas da animação. Cheio de magia e aventura, o filme conta a história de amor entre duas irmãs, mas vai muito além disso. É possível tirar profundas lições sobre o medo, a superproteção, a aceitação, a superação e o amor. Constantemente me vejo ruminando sobre os motivos que fazem alguns assuntos (reais ou da ficção) terem mais repercussão que os outros, certamente há muitas variáveis envolvidas nessa questão, mas como psicóloga, sempre me debruço sobre o aspecto emocional mobilizado. Penso que esse filme é extremamente tocante porque Elsa consegue se libertar de seus medos e sentir-se livre. Entretanto, só o amor de sua irmã é capaz de curar sua alma e permitir sua autoaceitação completa. E aí me vem a pergunta, o que será que isso tudo tem a ver conosco? Por que nos mobiliza tanto? Não sei ao certo, mas, certamente, diz alguma coisa sobre quem somos e como vivemos, não é? Va m o s a o f i l m e ? A história começa com as irmãs brincando no grande salão do palácio real no meio da madrugada felizes e unidas. Elsa faz magias e cria um verdadeiro parque de diversões gelado até que ocorre um acidente que fere Anna, a família corre para
socorrer a menina, todos assustados... A cura é alcançada, mas apagam-se as memórias de Anna sobre a magia da irmã e alerta-se Elsa sobre a beleza e o perigo de seus poderes, especialmente se ela for
medo, com intuito de esconder e negar aquilo que ela tem de mais especial, seus poderes, aquilo que ela é. Ocorre que, quanto mais medo os pais têm, mais medo a menina tem e menos controle sob sua magia
amor e a bondade que tem dentro si, eles apenas ficam sufocados pelo medo. Anna, por outro lado, cresce uma moça carente, sonhadora e ingênua. Ela é amor puro, mas sente uma dor profunda por ter sido “abandonada”
ser: AMOR VERDADEIRO, GENTILEZA, ACEITAÇÃO, DETERMINAÇÃO, CONFIANÇA, CORAGEM! Essa é Anna, obrigada Anna! Você é a verdadeira heroína do filme! De toda essa história, se eu
REPRODUÇÃO
seu filho, você tem o poder de fazê-lo sentir-se bem consigo mesmo, acredite! Evitemos que nossos filhos precisem fugir de nós para sentirem-se livres, pra que possam ser eles mesmos, evitemos que eles carreguem a dor e o frio em suas vidas, evitemos que eles precisem estar sós para serem felizes. Evitemos que seu hino seja o LIVRE ESTOU de Elsa”:
Livre Estou Taryn Szpilman
dominada pelo medo. A história toda se desenrola a partir daí, e o medo dá o tom do que passa a acontecer. Amedrontados, os pais, ainda que muito amorosos e com instinto superprotetor, isolam a família, fecham o castelo, e um novo mantra é ensinado a Elsa: “encobrir, não sentir, não deixar saber”. Todas as escolhas são feitas sob o domínio do
demonstra, a culpa cresce, o instinto protetor cresce e o isolamento do castelo já não é suficiente, Elsa se isola em seu quarto, afasta-se da irmã para protegê-la de si mesma, ambas perdem a infância. Diferente do que alguns pensam Elsa não cresce fria e, sim, no frio, cresce com medo e culpa, a tristeza o horror de si mesma, de sua “maldição”, ela não perde o
pela irmã. Apenas quando ela descobre os poderes da irmã é que tudo passa a ter sentido e ela percebe que não foi abandonada, e, sim, protegida de algo que preferia não ter sido protegida. Embora Elsa seja a estrela, é Anna o maior exemplo do filme, é dela que vem a maior lição de todas, aquilo que deveríamos aprender a
pudesse dar apenas uma dica aos papais e mamães de plantão, seria: “Se seu filho tem algo diferente, alguma característica, algum comportamento, algum interesse, e isso te assusta ou você não entende, estude, busque, conheça, se aproxime, aceite antes de negar, de tentar controlar, de tentar esconder. Você tem o poder de mudar o destino de
A tempestade vem chegando e já não sei Não consegui conter, bem que eu tentei Não podem vir, não podem ver Sempre a boa menina deve ser Encobrir, não sentir Nunca saberão Mas agora vão Livre estou, livre estou Não posso mais segurar Livre estou, livre estou Eu saí para não voltar Não me importa o que vão falar Tempestade vem O frio não vai mesmo me incomodar De longe tudo muda Parece ser bem menor Os medos que me controlavam Não vejo ao meu redor É hora de experimentar Os meus limites vou testar A liberdade veio enfim Pra mim Livre estou, livre estou Com o céu e o vento andar Livre estou, livre estou Não vão me ver chorar
Beijo e até a próxima! Karin Alessandra Pereira CRP 16/1164 Psicóloga formada pela PUC/SP Especialista em Avaliação Psicológica - IPOG Mãe de Maria Beatriz
POLÍTICA 5
24 a 30 de novembro de 2017
JORGE PACHECO OPERAÇÃO LAVA JATO Gilmar e Moro rejeitam convite para audiência na CPMI da JBS
convite, segundo a sua assessoria de imprensa. Já o juiz Moro, na justificativa encaminhada à CPMI, argumentou que não poderá estar presente na reunião,
Procuradoria-Geral da R e p ú b l i c a s e m participação desta forçatarefa". MORAL DA HISTÓRIA: estão todos eles dando um
Deltan Dallagnol t a m b é m n e g o u disponibilidade para participar da Comissão de Inquérito da JBS que recebeu três respostas negativas para a realização de uma audiência pública sobre o instituto da delação premiada. Não é incrível? Eles foram convidados para discutir o assunto junto ao colegiado, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o juiz federal Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol disseram que “no momento” não têm disponibilidade para comparecer à audiência. O tema que seria discutido pelos nomes: delação premiada, utilizada principalmente na Operação Lava Jato. A sessão seria realizada no dia 23, mas teve que ser cancelada por conta das ausências registradas. Para a mesma audiência, também haviam sido convidados o juiz Marlon Reis e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia. O Gilmar Mendes simplesmente não aceitou o
"devido à intensidade dos trabalhos e a compromissos prementes relacionados à condução dos processos atinentes à denominada Operação Lava Jato, inclusive com acusados presos”... “Informo que não t e n h o , infelizmente,condições de participar do aludido evento". Huuuummm!!! Já Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, argumentou que não participou da celebração do acordo de delação premiada da JBS e de seus executivos: "Em virtude do acúmulo de trabalho no âmbito da força-tarefa da Operação Lava Jato do MPF/PR e de compromissos já assumidos em razão da minha atividade de coordenador da referida força-tarefa, infelizmente não poderei comparecer na reunião", disse no ofício!!!??? Mas ele ainda afirmou: “Não constituem objeto de apuração por esta forçatarefa as possíveis irregularidades citadas no expediente em questão, o acordo de colaboração premiada citado no seu expediente [JBS] foi c e l e b r a d o p e l a
jeitinho para, no futuro bem próximo, perdoarem essa cambada toda que anda zombando da NAÇÃO BRASILEIRA. Só nos resta lembrar: MINHA GENTE AS ELEIÇÕES ESTÃO CHEGANDO, VAMOS DAR O TROCO OU NÃO?
* OPERAÇÃO LAVA JATO II
2018 será o ano da batalha final da Lava Jato, diz Dallagnol
Procuradores da República envolvidos na Operação Lava Jato se reuniram no Rio de Janeiro para definir estratégias para o próximo ano. Em coletiva de imprensa após o
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jornalfatosenoticias.es@gmail.com jorgepachecoindio@hotmail.com
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
encontro, o procurador da República Deltan Dallagnol reforçou que “é preciso garantir que não haverá retrocessos” e que a corrupção não volte a tomar conta do meio político e empresarial nas mesmas proporções do período anterior à Operação Lava Jato. Segundo o procurador, o próximo ano será “o da batalha final” da Lava Jato e que o futuro será “sombrio” se os políticos que ocupam cargos públicos e que estão envolvidos nas denúncias de desvio de dinheiro forem eleitos novamente. Dallagnol destacou ainda que mais de 25 milhões de transações financeiras, que envolvem mais de R$ 2 trilhões em negócios, são rastreados pela equipe da Lava Jato. Apesar de todos os esforços, ele afirma que a população não deve ter uma expectativa excessiva sobre o judiciário. A visão dos procuradores é que “mesmo depois de tantos escândalos tanto o Congresso como os partidos não afastaram os políticos
envolvidos nos crimes” e que a Lava Jato “uniu grande parte da classe política contra as investigações e investigadores”, como i n f o r m a r a m e m
comunicado divulgado em nome do Ministério Público Federal (MPF). Segundo os procuradores, atuações de Comissões Parlamentares de Inquéritos e em diversos projetos de lei ameaçam as investigações. O fórum privilegiado garantido a políticos em exercício é um exemplo de desafio enfrentado pelos investigadores, segundo o procurador da República Eduardo Hage. “É crucial que em 2018 cada eleitor escolha cuidadosamente, dentre os diversos setores de nossa sociedade, apenas deputados e senadores com passado limpo”, traz o documento divulgado na segunda-feira, 27.
* Eleições 2018 Planalto vê possibilidades de aliança com Alckmin O movimento para fazer o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ser eleito presidente do PSDB por aclamação, no congresso do próximo dia 9, recebeu a ajuda da ala governista do partido e indica uma brecha para possível composição eleitoral em 2018. Na avaliação do Palácio do Planalto, Alckmin vai precisar do apoio do PMDB para tentar “levantar” sua
candidatura à Presidência e não poderá exigir o desembarque imediato dos tucanos. Em conversas reservadas, auxiliares do presidente Michel Temer diziam na segunda-feira, 27, duvidar que o governador queira “queimar pontes” com o Planalto. Na semana passada, Alckmin participou do almoço de governadores com Temer, no Alvorada, e defendeu a reforma da Previdência, sob o argumento de que a mudança, de difícil aprovação, ajudará na criação de empregos. Até agora, Alckmin vinha pregando a saída do PSDB da equipe de Temer. Além disso, lavou as mãos e não pediu votos para ele na bancada, quando o plenário da Câmara analisou – e acabou derrubando – as duas denúncias criminais apresentadas pelo exprocurador-geral Rodrigo Janot.
*
Pensamento do dia
“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo", Eça de Queirós
6 TECNOLOGIA 24 a 30 de novembro de 2017 fatos & notícias
Nomofobia, um problema social Em um mundo moderno e tecnológico o celular evoluiu e se tornou peça indispensável no cotidiano das pessoas Por Silvana Gaspar Desde 1973, quando foi executada com sucesso a teoria de um telefone móvel, tudo mudou. Houve uma grande revolução na telefonia com a criação do celular e, com ele, muitas maneiras e facilidades na comunicação do ser humano. Em um mundo moderno e tecnológico, onde diversos aparelhos eletrônicos tomam cada vez mais espaço em nossas vidas, o celular evoluiu e se tornou peça indispensável no cotidiano das pessoas. Por suas múltiplas funções, ele se tornou atraente e sonho de consumo de muitos. De fato é uma grande conquista tecnológica que revolucionou as formas de nos comunicarmos com o mundo. Na era da internet, redes sociais, chat e interatividade em tempo real, o aparelho celular é uma das ferramentas mais usadas no mundo, pois possui todas essas funcionalidades que podemos acessar em segundos. Essa gama de fatores que encantam e compõem os aparelhos celulares, gerou também consequência como a nomofobia!
Mas, o que é nomofobia? Basicamente definida como “medo de ficar sem o celular”. É isso mesmo! Essa vontade de estarmos conectados e nos comunicando todo o tempo, aquela olhadinha nas redes sociais de minuto a minuto é um vício em celular que gera a nomofobia. Várias pesquisas apontam que 79% a 85% da população mundial não conseguem ficar longe do celular, isso tem afetado psicologicamente. Essa abstinência tem aumentado o nível de ansiedade e estresse nas pessoas, um exemplo disso é quando esquecem o aparelho em casa, ou a bateria acaba ou até mesmo a proibição do uso do aparelho em determinados ambientes, deixando as pessoas em pânico, nervosas. Temos que nos atentar para essa dependência, tornando muitos usuários nomofóbicos e atrapalhando suas vidas em diversos aspectos. E você, é um nomofóbico? Separamos um teste rápido que acusa como está sua relação com o celular.
Infografia: Kamilla Pavão/ Fonte: Teste publicado pelo jornal Folha de São Paulo. Esta é uma versão resumida e adaptada livremente da "Mobile Phone Problem Usage Scale", escala elaborada por Adriana Bianchi e James G. Phillips (MOnash University Austrália). Silvana Gaspar Graduada em Ciências Sociais
Rússia bate recorde em produção inovadora Durante 2016, a indústria russa conseguiu produzir uma quantidade recorde de
produtos inovadores. Segundo os cálculos do Instituto de Estatística da
Escola Superior de Economia, o valor da produção de bens e serviços
estima-se em 3,7 bilhões de rublos (R$ 204 milhões). A cifra alcançada representa um valor máximo desde 1995, quando começaram a registrar-se esses dados. As indústrias líderes são a petroleira, a automobilística e a metalurgia, com o peso respectivo de 29%, 9,7% e 8% no volume total, informou o estudo citado pela revista russa Expert. Os analistas do Instituto de Estatística afirmaram que alguns países europeus superam a Rússia nesse campo. Por exemplo, o Reino Unido continua liderando no que se refere à taxa de crescimento de produção inovadora. Um dos maiores impulsos para a inovação russa foi a impossibilidade de importação de alguns p r o d u t o s c o m o consequência das sanções antirrussas, disse a economista Nikita Kulikov.
©AP PHOTO/ MAXIM MARMUR
A especialista acrescentou que, entre 2013 e 2016, a produção inovadora na Rússia havia caído. O setor dos combustíveis e da energia da Rússia é um dos maiores geradores de investimento, por isso é esse setor requere mais produção inovadora. Como o setor metalúrgico está orientado para a exportação, também precisa de investimentos em tecnologias inovadoras para manter a competitividade no mercado internacional. Na Rússia, as áreas onde há mais inovação são a maquinaria e a produção de
c o m p o n e n t e s , processamento de metais e automatização industrial – sobretudo a tecnologia robótica aplicada nas indústrias de energia. Segundo o representante da empresa russa BellIntegrator, Mikhail Lapin, a indústria russa deve desenvolver sua cooperação com as empresas internacionais para participar dos projetos globais. Ele sublinha que isso permitirá que o país duplique sua produção inovadora nos próximos cinco ou sete anos.
CIÊNCIA 7
24 a 30 de novembro de 2017
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Cientistas tentam editar DNA dentro do corpo humano Caso funcione, técnica revolucionará tratamento de diferentes síndromes genéticas Cientistas tentaram editar um gene dentro do corpo de um paciente pela primeira vez, na tentativa de enfrentar uma doença incurável, alterando permanentemente o DNA de Brian Madeux, 44 anos. Ele recebeu, por via intravenosa, bilhões de cópias de um gene corretivo e uma ferramenta genética para cortar seu DNA em um ponto pré-determinado. "Estou disposto a assumir esse risco. Espero que isso ajude a mim e a outras pessoas", disse Madeux, que tem uma doença metabólica chamada s í n d r o m e d e H u n t e r, segundo o periódico britânico The Guardian. Devido a uma mutação genética, as pessoas com
FOTO: PIXABAY
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síndrome de Hunter não conseguem quebrar adequadamente grandes moléculas de açúcar conhecidas como glicosaminoglicanos
(GAGs). Por conta disso, o acúmulo dessas moléculas no organismo causa uma série de graves problemas de saúde, infecções e problemas físicos que
podem, em última instância, levar a uma expectativa de vida dramaticamente menor do que a das outras pessoas. A ideia da técnica utilizada em Madeux é saber
exatamente onde a alteração genética será realizada: "Não é como usar uma espingarda esperando alcançar um pássaro. É como usar um rifle de precisão", diz Chester W h i t l e y, i n v e s t i g a d o r principal da clínica responsável pelo procedimento, ao The Atlantic. Apesar dos avanços, ninguém sabe ao certo o que acontecerá após o teste realizado em Madeux, mas os pesquisadores esperam e x p e r i m e n t a r o procedimento em até 30 adultos para verificar sua segurança. Depois disso, a empresa espera usar a terapia para tratar crianças com síndrome de Hunter e condições semelhantes, que
se beneficiarão do tratamento de forma precoce, antes dos sintomas mais graves aparecerem. De acordo com os pesquisadores, apenas 1% das células do fígado de Madeux teriam que ser corrigidas para tratar com sucesso a síndrome, com resultados iniciais esperados dentro de um mês, e uma análise mais completa em três meses. O tratamento testado não será capaz de reverter todo o dano no corpo do paciente, mas pode impedir a progressão da doença e até eliminar a necessidade de terapias de substituição de enzimas, técnicas consideradas caras e demoradas.
Poluição do ar pode deixar esperma defeituoso Cientistas acreditam que contaminação do ar provoca queda de até 10% na concentração de espermatozoides saudáveis Cada cinco gramas de partículas por metro cúbico de ar estão associados à redução de 1% na concentração de espermatozoides saudáveis. Depois de eliminar possíveis fatores correlatos, como cigarro e bebida alcoólica, concluíram que na presença de altos níveis FOTO: CREATIVE COMMONS/JACQUELINE SANCHES
As pessoas não têm mais filhos como antigamente. Ano após ano, a taxa de natalidade decai no Brasil e na maioria dos países do mundo. Enquanto muitos usam a popularização dos contraceptivos e a correria do dia a dia para explicar as causas, alguns cientistas afirmam que a poluição do ar pode ter uma participação importante. Estima-se que hoje
existam cerca de 50 milhões de casais tentando engravidar no mundo. Cientistas já sabiam que fatores ambientais, como pesticidas, poderiam prejudicar a fertilidade masculina. Um novo estudo, porém, buscou entender o tamanho do i m p a c t o n o s espermatozoides. Para isso, um grupo de cientistas chineses analisou
o esperma de 6.475 doadores de Taiwan entre 2001 e 2014. Em seguida compararam a data de doação com a qualidade do ar daquele dia. Eles descobriram uma relação entre a exposição a partículas com menos de 2,5 micrômetros (a milésima parte de um milímetro) suspensas no ar com o tamanho, formato e atividade do esperma.
d e p o l u i ç ã o d o a r, a concentração é em até 10%. “Apesar dos efeitos estimados serem pequenos e o significado possa ser negligenciado em testes clínicos, isso é um importante desafio para a saúde pública”, afirmam os autores na divulgação do estudo.
O estudo, entretanto, não explica como a poluição do ar influencia na fabricação de espermatozoides defeituosos. Mas já é conhecida a relação entre concentração baixa e infertilidade. Portanto, se quer ter filho, experimente deixar a cidade e passar um tempo no campo.
8 SAÚDE
fatos & notícias
Por Janaína B. Cordeiro
24 a 30 de novembro de 2017
Medos e Fobias – uma visão psicanalítica
O medo é parte inerente de todo ser humano e é indispensável para a sua sobrevivência. É uma ação preventiva e instintiva que faz parte dos seus mecanismos de defesa. Porém, quando esse medo vai se tornando desmedido, sem controle e incapacitante, evolui para uma patologia conhecida como fobia. As fobias são uma subdivisão da neurose (que é uma estrutura da psique) e são caracterizadas por medos irracionais e persistentes diante de objetos e situações que não representam um perigo real. A angústia vivenciada pelo sujeito é projetada para fora, especificamente para um objeto que, aos poucos, vai se tornando ameaçador. Essas reações fóbicas servem para proteger o
sujeito do mundo externo e v ã o a o s p o u c o s incapacitando-o para suas atividades do cotidiano. Diante do objeto fóbico, a pessoa pode apresentar sintomas como taquicardia, ansiedade, sudorese intensa, sensação de pânico, palpitações, que produzem não só um mal-estar físico, como também um mal-estar psicológico. Para Sigmund Freud, as fobias são provenientes de traumas infantis não elaborados e também decorrentes da angústia de castração relacionada à fase edipiana, fase esta que toda criança vivencia. Assim, aquilo que fora reprimido nesta época, desloca-se para um objeto que se torna agora o motivo da sua fobia. Portanto, o objeto fóbico não é o que originou a ansiedade
do sujeito, mas algo externo e n c o n t r a d o inconscientemente em substituição a essa situação traumática não resolvida. As fobias acontecem de forma
Também conhecidas como transtornos fóbicos, as fobias podem ser divididas em três grupos, que são as fobias simples ou específicas, a agorafobia e a fobia social. A
REPRODUÇÃO
involuntária e surgem para esconder algo mal elaborado dentro do psiquismo, escondidos da consciência pelos mecanismos de defesa.
fobia simples está relacionada a medo de objetos ou situações específicas, como medo de lugares fechados ou medo de
barata. A agorafobia é caracterizada pelo medo de lugares públicos e abertos, que produz no sujeito muita ansiedade quando este se encontra em locais que tenham aglomeração de pessoas, como cinemas, teatros, shoppings e outros. E a fobia social se caracteriza pelo medo que possa levar o sujeito a uma exposição, a uma rejeição ou a um constrangimento social. Um bom exemplo de fobia social é o medo de falar em público. É importante ressaltar que, quando não tratadas, as f o b i a s p o d e m e v o l u i r, causando, assim, inúmeros transtornos para quem as vivencia. Para o tratamento, é necessário que o analista traga para a consciência do sujeito todas as questões que estão inconscientes, de forma que o medo possa ser
racionalizado, pois só extinguindo esse medo original é que a cura dos sintomas é alcançada. Existem também as intervenções farmacológicas que podem ser associadas à terapia analítica, como coadjuvantes para a diminuição dos sintomas. Durante o tratamento, a pessoa vai entendendo que aquele objeto ou situação que outrora dava origem a sua fobia já não representa um medo real e os sintomas vão d i m i n u i n d o a t é desaparecerem por completo. Janaína Bernardo Cordeiro
Psicanalista Clínico APC-ES 23724 Filiada ao Sindicato dos Psicanalistas do ES Contato: jbernardocordeiro@yahoo.com
Apesar de vivermos mais, estamos menos saudáveis Estudos afirmam que mulheres e habitantes de grandes centros urbanos têm maiores prejuízos em relação à saúde
FOTO: PIXABAY
anos (para 81 anos), nos Estados Unidos. O número médio de anos que os homens vivem com deficiência aumentou 4,7 anos, enquanto o tempo sem deficiência aumentou em 4,5 anos. Para as mulheres, a quantia cresceu 3,6 anos e 2,7 a n o s , respectivamente
Uma pesquisa realizada na Inglaterra mostrou que, apesar de as pessoas contarem com expectativas de vida maiores, isso não significa viver de uma maneira melhor: estamos menos saudáveis. No início
de 2016 outro estudo demonstrou o mesmo fato sobre os norte-americanos. A vida útil média dos homens aumentou 9,2 anos durante quatro décadas (para 76,2 anos) e das mulheres aumentou 6,4
. "Na sociedade de hoje, as mulheres estão sendo convidadas a se juntarem à força de trabalho, cuidar de seus filhos e seus idosos. No entanto, não podemos
confirmar que é por isso que a saúde das mulheres é pior do que a dos homens", afirmou o especialista cubano Jesús Menéndez ao periódico Cubadebate. O local em que se vive também interfere nessa questão. Os ingleses descobriram que enquanto as pessoas de 65 anos que vivem no bairro londrino de Tower Hamlets têm apenas 6,5 anos de expectativa de
vida saudável, aqueles que estão no município mais rico de Richmond podem esperar por 14,5 anos de expectativa de vida. Em 2015, um estudo mundial foi feito sobre o assunto e mostrou que as principais causas de perda de saúde são dores nas costas e no pescoço, perda de audição e visão, depressão e anemia. No entanto, foram
apontadas algumas melhoras. A falta de saneamento básico matou 306 mil vidas a menos em 2015 do que em 2005 e a exposição ao tabagismo diminuiu 25% em todo o mundo. Mas fumar continua entre os cinco principais riscos associados à perda de saúde em 140 países, mostrando que ainda há muito espaço para melhorar.
VARIEDADES 9
24 a 30 de novembro de 2017
fatos & notícias
De infecções a pneumonia moscas podem transmitir mais doenças do que se imaginava Cientistas descobriram que dois tipos de moscas muito comuns em ambientes urbanos podem transmitir mais doenças do que se imaginava FOTOS: RAUL SANTANA/FIOCRUZ
A mosca doméstica (Musca domestica) e a mosca varejeira (Chrysomya megacephala) carregam, cada uma, mais de 300 tipos de bactérias, mostra um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (PennState University), nos Estados Unidos. Muitas dessas bactérias são causadoras de doenças que afetam os seres humanos, incluindo infecções no estômago, intoxicações e até pneumonia. Os micróbios se concentram nas pernas e nas asas dos insetos e se espalham pelo ambiente, por exemplo, cada vez que a mosca pousa sobre a comida. Cada movimento dos insetos pode espalhar as
bactérias, afirmam os especialistas. "As pessoas tinham alguma noção de que as moscas transportavam agentes patogênicos, mas não tinham ideia da dimensão desse fato e da escala em que essas bactérias podem ser transportadas", ressalta Donald Bryant, professor de bioquímica e biologia molecular da PennState University e um dos autores do estudo. Os pesquisadores analisaram 116 moscas de diversos habitats de três continentes e utilizaram técnicas de sequenciamento de DNA para identificar as bactérias que estavam sobre o corpo dos insetos. A mosca doméstica, encontrada em todo o planeta, carrega 351 tipos de
bactérias. A varejeira, mais comum em climas quentes, 316 tipos. Muitos dos micro-organismos foram encontrados em ambas as espécies. Os cientistas, que publicaram o trabalho no periódico Scientific Reports, destacam que as moscas podem estar sendo subestimadas pelas autoridades de saúde pública como fontes de surtos de uma série de doenças. "Acreditamos que isso possa demonstrar um mecanismo de transmissão patogênica que tem sido negligenciado pelas autoridades de saúde pública, que as moscas podem contribuir para a transmissão de agentes patogênicos em situações de surtos", destacou Bryant.
Comportamento enigmático do brilho de uma estrela desafia cientistas Um dos mais intrigantes objetos do universo, a “estrela de Boyajian” voltou a exibir um padrão de escurecimento e brilho que desafia os cientistas. Por enquanto, as hipóteses para explicar o fenômeno variam de enxames de cometas a megaestruturas alienígenas e, para avançar nesse terreno, foi convocada uma força-tarefa internacional de telescópios destinada a investigar a estrela. Situada a 1.480 anos-luz da Terra, na constelação do Cisne, a KIC 8462852, ou estrela de Boyajian (homenagem à astrônoma americana Tabetha Boyajian, líder da equipe que detectou as variações), demonstra por vezes um ciclo irregular de redução de brilho, que depois volta ao estado anterior. As mudanças foram detectadas pela primeira vez em setembro de 2015, por meio do telescópio espacial Kepler, da Nasa. Um dos focos na construção do Kepler foi exatamente observar essas variações de brilho, já que
ILUSTRAÇÃO NASA
elas podem ser causadas pela passagem de um planeta na frente da estrela. Essa explicação, porém, não funciona no caso da KIC 8462852. Para os cientistas, a redução do brilho se deveria à passagem de um enxame de cometas, a destroços de um planeta, a uma forte atividade magnética ou a uma gigantesca estrutura construída por alienígenas. Os pesquisadores anseiam por obter uma imagem bem detalhada da luz da estrela durante um desses períodos de escurecimento. A partir disso, eles poderão deduzir, por exemplo, os elementos químicos específicos presentes em um gás, ou se um objeto está se
aproximando ou se afastando do observador. “O que quer que faça a estrela escurecer deixará uma impressão digital espectral”, afirma Jason Wright, professor associado de astronomia na Universidade Estadual da Pensilvânia. “Portanto, se houver muita poeira entre nós e a estrela (…), ela bloqueará mais luz azul do que vermelha. Se houver gás na poeira, ele deverá absorver comprimentos de onda muito específicos e poderemos ver isso”. O fato de não se poder prever a ocorrência e a duração das fases de escurecimento da estrela complica o estudo, já que a programação de uso de grandes telescópios é definida com até meses de antecedência. Mas o pedido de socorro mobilizou uma grande legião pelo fim do mistério. Entre os telescópios participantes desta vez estão os de Keck (localizado no Havaí) e Lick (situado na Califórnia).
MOSCA VAREJEIRA
MOSCA DOMÉSTICA
"Vai fazer você pensar duas vezes antes de comer aquela salada de batata que está há horas sem tampa no seu próximo piquenique", ele acrescenta. Alguns pesquisadores acreditam, contudo, que as moscas podem ser úteis e funcionar como sistemas de alerta para determinadas doenças ou como "drones vivos" capazes de entrar em espaços reduzidos para procurar por micróbios. "As moscas poderiam ser
intencionalmente lançadas como drones biônicos autônomos aos menores espaços e fendas e, depois de recapturadas, prover informações sobre todo o material biológico que encontraram", ilustra Stephan Schuster, diretor de pesquisa na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura. Moscas domésticas são conhecidas por seus péssimos hábitos de higiene - entre frequentar aterros
sanitários e se alimentar de todo tipo de comida em decomposição, animais mortos e matéria fecal. Elas são potenciais vetores de doenças para humanos, animais e plantas. As varejeiras são as moscas mais comuns vistas sobre animais mortos. Elas são típicas de áreas urbanas e são frequentemente encontradas próximo a fábricas de processamento de carne, abatedouros e lixeiras.
Projetos com foco na primeira infância são reconhecidos em prêmio Cinco projetos voltados à primeira infância foram premiados no 'Edital de Boas Práticas do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente'. O prêmio é promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP)
infância. “Os projetos premiados se destacaram por ter alinhamento com marcos legais, articulação com a rede de garantia dos direitos da criança, alto impacto, inovação e potencial de replicabilidade em outras regiões”, afirma Thaís Dantas, advogada do programa Prioridade FOTO: SHUTTERSTOCK Absoluta. Os vencedores, além de receberem placas de reconhecimento em cerimônia especial, terão suas experiências divulgadas para a rede de profissionais do TJSP e redes de parceiros da FMCSV e do Instituto Alana, para que possam inspirar novas iniciativas.
em parceria com o programa Prioridade Absoluta do Instituto Alana e a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV). O edital reconheceu iniciativas que buscam garantir os direitos das crianças durante a primeira
“Olhar de uma Lente” 10 fatos & notícias
24 a 30 de novembro de 2017
Em se plantando tudo dá... Será? FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO
Haroldo Cordeiro Filho
Teodoro Bitencourt, presidente do Sindicato do Trabalhadores Rurais Diretamente, a agricultura responde por 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e indiretamente chega a 22%, agregando setores como transporte, produção de máquinas e equipamento e insumos. Na exportação, dos 10 produtos mandados para fora, 7 são agrícolas. No Estado – conforme Censo Agropecuário de 2006 – 79,9% dos estabelecimentos rurais são de agricultores familiares. O Espírito Santo tem exemplos bem-sucedidos de m u n i c í p i o s q u e desenvolvem essas atividades como é o caso de Santa Leopoldina, de Alfredo Chaves, de Domingos Martins, entre outros, todos com foco na agricultura familiar. São associações e cooperativas que recebem o suporte necessário da municipalidade como fornecimento de máquinas e equipamentos, insumos, suporte técnico e, o mais
importante, a capacitação. Em Iconha, Sul do Estado, sob a administração do prefeito João Paganini, os funcionários municipais recebem tíquetes mensais para serem utilizados na feira de produtores familiares, que funciona no centro da cidade, resultando no fomento à renda familiar dos produtores rurais do município. Na contramão dos exemplos citados acima, o município da Serra parece que parou no tempo e, pior, deteriorou o que tinha destaque na agricultura. Outrora destaque na produção do abacaxi no Estado, o município perdeu espaço no setor. Atualmente, o Abacaxi Vitória está plantado nas comunidades de Calogi, Muribeca, Itaiobaia, Independência, Putiri, Santiago da Serra e Chapada Grande, mas sem o glamour e a importância de antes. Para termos conhecimento
da real situação no município, a coluna entrevistou o presidente da Associação dos Produtores Rurais da Serra, Joel Falqueto, para falar sobre as dificuldades enfrentadas pelos associados. “O grande problema da Serra é que, aqui, o produtor não vive da terra. Quantos municípios queriam ter o que a Serra tem? Mas ninguém quer fazer nada. O agroturismo poderia ser melhor, mas não é bem aproveitado, falta união e incentivo do poder público municipal. A burocracia do poder público é grande, pessoas que estão à frente do negócio e que não entendem do ofício. Tem estrutura para crescer, mas não tem quem assuma e entenda do assunto. A pasta da agricultura no município está mal administrada. Os governos acordaram muito tarde para a questão das represas, os órgãos públicos precisam ouvir mais a gente,
nós nascemos e vivemos da agricultura”, frisou Joel. Já Teodoro Bitencourt, presidente do Sindicato do Trabalhadores Rurais, diz que, embora seja considerada um município industrial, a Serra possui uma vasta área rural. “Temos uma secretaria muito fraca, se comparada à importância da zona rural do município. A agricultura não dá voto, imagino que, por isso, não somos olhados com carinho pelos governantes. O poder público municipal precisa pensar no bem-estar do trabalhador rural. Hoje não temos nenhum incentivo na zona rural. Não há nenhuma prática educacional voltada para a permanência do jovem no campo. Já Passou da hora de o município ter uma escola agrícola, falta incentivo. Temos um problema sério no
Como pode nomear um médico como secretário de agricultura? A burocracia é tanta que o pequeno agricultor não consegue se r e g u l a r i z a r. A l g u n s produtores não participam de reuniões por falta do dinheiro da passagem. O mais grave é a merenda escolar do município, que não é fornecida pelo produtor local. Produzimos feijão, banana, queijo, café, leite, laranja, manga, cupuaçu, jaca e temos o direito de abastecer nossa rede de ensino. Fornecemos apenas 5% da demanda do município, os outros 95% vêm de fora, isso podia fomentar a renda familiar dos nossos pequenos produtores”, desabafa Teodoro. Para esclarecer os questionamentos feitos pelos agricultores e falar
Analisando o contexto precário da agricultura no município hoje, podemos extrair desses depoimentos o que já sabemos. Falta responsabilidade do gestor que mais parece o personagem animado “O fantástico mundo de Bobby”, ou seja, vivendo de sonhos, anunciando construções faraônicas, que demandam recursos bilionários e que ficarão apenas no papel. Enquanto isso, quem realmente precisa só tem a reclamar e assistir a uma gestão fraca e ilusória. A população está saturada desses elementos enganadores. Conforme disse o secretário, “estamos elaborando projetos”. Como??? Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto, é o quarto mandato, o segundo consecutivo da atual administração e só
Joel Falqueto, presidente da Associação dos Produtores Rurais da Serra setor público, os cargos são ocupados por indicações políticas. Pessoas que estão lá e não têm o menor conhecimento na área.
sobre as ações que o poder público municipal tem desenvolvido na área, fomos até o secretário de Agricultura, Agroturismo, Aquicultura e Pesca, Gustavo de Biase. Formado em Serviço Social pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o secretário diz que a pasta está remodelando a estrutura com projetos que vão dar resultados, mas que não será de uma hora para outra. “Este ano, foram destinados apenas R$ 200 mil para a pasta, porém o prefeito precisou realocar o orçamento para outras necessidades”, explicou de Biase.
agora estão elaborando projetos? Finalizo minha indignação citando a célebre frase de P e r o Va z d e C a m i n h a , escrita em 1º de maio de 1500, destinada ao Rei Dom Manoel que diz: “... Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem...” Até a próxima com o Meio Ambiente!
Haroldo Cordeiro Filho Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer Produtor-executivo do Jornal Fatos & Notícias
24 a 30 de novembro de 2017
GERAL 11 fatos & notícias
ONG faz doações para crianças do Vale do Jequitinhonha Luzimara Fernandes A ONG Educar para C r e s c e r, p o r m e i o d o coordenador-geral, Haroldo Cordeiro Filho, doou kits escolares para a igreja Assembleia de Deus – Ministério Valparaíso, que levará as doações para famílias que vivem abaixo da linha da pobreza no município de Josenópolis (MG), conhecido como Vale do Jequitinhonha. A comerciante e membro da igreja, Sônia Aparecida da Silva, recebeu os kits e agradeceu a contribuição. "Peço doações a quem eu conheço e sempre sou
abençoada encontrando pessoas como Haroldo", disse Sônia. Além dos kits, a igreja arrecadou, também, roupas, alimentos e brinquedos. O trabalho de arrecadação é feito pelo departamento de Missões da igreja e visa ajudar a quem realmente precisa, aqueles que o Estado não alcança. “No dia 8 de dezembro, levaremos as doações em um caminhão baú, já concedido por um dos nossos colaboradores. A nossa missão é desenvolver um trabalho sério e dar
FOTO: LUZIMARA FERNANDES
Sônia recebe kits das mãos de Haroldo
sequência a outras atividades filantrópicas. Por isso, promovemos o projeto “Natal solidário” que nos dá grande satisfação quando vemos o sorriso e a alegria no rosto de um povo tão sofrido”, diz um comunicado da igreja. Para o coordenadorgeral da ONG, Haroldo Cordeiro Filho, essas ações são necessárias e as parcerias entre instituições, também. "É o mínimo que podemos fazer. Não posso deixar de atacar o
Estado, que é o maior responsável pelas mazelas sofridas pela população. É obrigação do poder público ofertar saúde, educação, lazer, saneamento básico, cultura, esporte, de qualidade e isso, infelizmente, não vemos no Brasil", criticou.
Universo de gases e excrementos ainda é um dos maiores campeões de audiência entre as crianças Três obras – dois livros e um filme – tratam do assunto com muito bom humor O universo de gases e excrementos, mais conhecidos como puns e cocôs, continua inabalável como um dos maiores campeões de audiência entre as crianças. São símbolos de várias coisas que auxiliam na descoberta do mundo – o domínio do próprio corpo, o efeito que isso tem sobre os adultos, as fronteiras entre o pessoal e o coletivo, o conhecimento de um determinado imaginário e o humor dele decorrente. De formas diferentes, esse universo está presente em três obras das mais bemhumoradas, dois livros e um filme. O gancho para falar sobre elas é o relançamento de João do Pum, de Mário Prata, lançado originalmente em 1983 como O homem que soltava pum. Ilustrado por Caco Galhardo, conta a divertida história de um homem em tudo normal, exceto pelo fato de que
nasceu, cresceu e viveu como um compulsivo soltador de puns, nas situações mais diversas. O que, obviamente, acaba por estigmatizá-lo – chance de tratar, sempre pela veia do humor, de temas como diferenças, similaridades (afinal, todos cometemos os nossos puns), respeito. Sem deixar de dar protagonismo máximo à personagem, que vira herói com o auxílio de sua característica mais marcante.
REPRODUÇÃO
Outro livro dos mais saborosos para ler com as crianças é Os risadinhas, de Roddy Doyle, em que esses pequenos aliados das crianças vingam-se dos adultos que com elas cometem injustiças colocando “suculentos” cocôs no caminho dos malfeitores. Os risadinhas tem requintes de crueldade com pais que maltratam os filhos, não cumprem suas promessas e por aí afora. Para promover sua vingança contam com um aliado canino, o “fabricante da massa” pela qual fazem justiça. Não propriamente voltado a crianças, mas muito sintonizado com seu universo é o longametragem Bom dia (Ohayo), de Yasujiro Ozu, mestre do cinema japonês. Um de seus últimos filmes, é uma pequena fábula sobre o abalo que sofre uma comunidade com a chegada de um novo
elemento: a televisão. Dois irmãos, entre os cinco e os dez anos, revoltados com os pais, que lhes negam a compra de um aparelho, resolvem fazer greve de fome e começam a ingerir pó de pedra-pomes para aumentar a
“produção” de puns, necessários para disputas com os amigos. O resultado é um dos mais singelos filmes sobre as mudanças nas relações familiares e sociais provocadas pela
industrialização e pelos novos meios de comunicação no século passado. Tudo isso com um olhar sobre o cotidiano simples das famílias japonesas de classe média na reconstrução do país no pós-guerra.
ECONOMIA 12 fatos & notícias
24 a 30 de novembro de 2017
Prefeito de Iconha está entre os 50 melhores do Brasil Luzimara Fernandes
Cortado pela BR-101, Iconha é um pequeno município encravado nas montanhas do Sul do Espírito Santo. Segundo o Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Iconha possui, atualmente, uma população estimada em 14.016 habitantes. A taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 98,8% em 2010. Isso posicionava o município na sexta posição entre as 78 cidades do Estado. Para saber mais como anda a c i d a d e e s e u desenvolvimento, o Fatos & Notícias foi até o município pra uma entrevista com o prefeito João Paganini (PDT). Durante a entrevista f o r a m f e i t o s questionamentos como infraestrutura, saúde, educação, saneamento básico, turismo e meio ambiente. A nossa equipe de reportagem foi recebida pelo prefeito; pelo secretário de Saúde, Valmir Cavalini, e pelo vereador Luiz Carlos Smider (PDT). No início da conversa João Paganini se disse muito satisfeito por estar à frente de um município organizado, com a casa em ordem e mostrou, todo orgulhoso, a medalha que ganhou da União Brasileira de Divulgação (UBD), como um dos 50 melhores prefeitos do Brasil. A Premiação Medalha BrasilSuíça e Cerificado de
comprar os produtos dos pequenos agricultores, que são comercializados na feira dos produtores, realizada toda semana, e também compra frutas, verduras e legumes para a merenda escolar.
FOTO: HAROLDO CORDEIRO FILHO
Turismo
Da esquerda para a direita, Vinícius (chefe de gabinete), Luiz Carlos, Valmir e João Paganini Qualidade Total, destaca os trabalhos desenvolvidos pela gestão na Educação, na Saúde, na Assistência Social, na Infraestrutura e na Transparência Pública. “Agradeço a Deus pelo privilégio de estar à frente desse município. Não aceito coisa errada aqui dentro, estou aqui para ajudar o povo de Iconha, não estou aqui para ganhar dinheiro”, disse. Questionado sobre como anda a saúde no município, o secretário esclareceu que a parte competente à gestão municipal está bem encaminhada. “O limite constitucional para investir em saúde é de 15%, porém saúde nenhuma sobrevive com essa receita. A prefeitura de Iconha investe 23%. Hoje, os munícipes contam com cinco unidades
do Programa Saúde da Família (PSF), que o f e r e c e m o i t o especialidades. Claro que sempre tem o que melhorar, organizar mais, mas temos feito um bom serviço. A nossa parte de município está sendo feita, mas a parte do Estado fica a desejar. São cerca de 100 pessoas, do nosso município, que vão diariamente a consultas na G r a n d e Vi t ó r i a e e m Cachoeiro de Itapemirim porque não temos hospitais mais próximos”, frisou Cavalini. A educação é outro setor que tem recebido uma atenção especial da gestão. “Dentro do possível está caminhando bem. A partir d o a n o q u e v e m começaremos a trabalhar com o material didático da rede Positivo. Isso só será
possível porque não estamos devendo a ninguém, mesmo c o m a q u e d a d e arrecadação”, explica Paganini.
Agricultura Como uma cidade interiorana, a agricultura é ponto forte na economia e o prefeito destaca que os produtores rurais contam com onze máquinas para atendê-los. Basta fazer o requerimento e o e q u i p a m e n t o é disponibilizado. Segundo Paganini, 50% da receita municipal vem do setor agrícola, cujos carros-chefes são a produção de banana, de café e de leite. Para fomentar a renda, a prefeitura fornece quatro tíquetes por mês para que os funcionários possam
A Secretaria de Meio A m b i e n t e , Tu r i s m o e Cultura, iniciou o trabalho de Roteirização Turística do município. Promover o agroturismo, que é uma força significativa na região. Criar a Rota de Ciclismo; promover o artesanato, levando, inclusive, para outros estados.
Infraestrutura Um dos pontos críticos e que provoca grandes transtornos aos moradores é o intenso tráfego de caminhões no centro da cidade, que é cortada pela BR-101. Transitar pelas ruas do município é muito complicado. Para amenizar a situação está sendo realizada obra para a construção do Contorno de Iconha o que, de acordo com o prefeito, vai retirar o trânsito dos veículos pesados de dentro da cidade. “É uma obra que terá um impacto muito grande na qualidade de vida dos nossos habitantes”, diz Paganini. As obras eram para ter sido concluídas em maio deste ano, mas estão atrasadas e a previsão é de que sejam entregues em dezembro
próximo.
Saneamento básico O município apresenta 58,5% de domicílios com esgotamento sanitário adequado (fossas), 71,6% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 36,6% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Mas para João Paganini, o município era para estar mais avançado nesse quesito, que é tido como um desafio para muitas gestões públicas. “O município não é saneado. Temos um plano de saneamento, mas não é uma coisa simples e nem barata para se fazer. Este tema é um desafio para qualquer município”, disse.
Meio ambiente Iconha é uma cidade cercada pelo verde e é cortada pelo rio de mesmo nome, por isso a preocupação com a preservação e a conservação do meio ambiente é uma constante. Um dos orgulhos da cidade é o sistema de coleta seletiva, que é referência no Estado, além de gerar renda com a reciclagem de materiais. Outra ação que a prefeitura desenvolve é a doação de mudas e a fiscalização nas áreas de preservação permanentes (APPs).