Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VII - Nº 229
08 a 15 de dezembro/2017 Serra/ES
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fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br
Açaí, o segredo da Quase 70% das meninas longevidade dos ribeiri- com filhos estão fora da nhos da Amazônia PÁG.7 escola PÁG. 4
O mundo oculto do teletransporte PÁG. 6
REPRODUÇÃO INTERNET
Meio Ambiente
Mutum-pinima é reencontrado após 40 anos PÁG.2
GERAL Tratamentos alternativos de saúde, como o reiki, são ofertados pelo SUS PÁG.9
SAÚDE Nova vacina para o câncer ensina o corpo a enfrentá-lo sozinho PÁG.8
Pág.4
O efeito do Natal no imaginário da criança PÁG.4 Jorge Rodrigues Pacheco
Boas Festas
A farsa da renúncia do Tiririca revela que o País está perdido PÁG.5
Sarita Faustino Conheci a dança afro nos anos 90 através de um grupo chamado NegraÔ PÁG. 3
Haroldo Cordeiro Filho Existe realmente participação popular na formulação das políticas públicas municipais? PÁG.10
2fatosMEIO AMBIENTE & notícias Mutum-pinima é reencontrado após 40 anos 08 a 15 de dezembro de 2017
FOTO: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA PARÁ
Em expedição científica, pesquisadores do Cemave, parceiros e indígenas localizaram a ave na região do mosaico do Gurupi, no Maranhão
Floresta nativa da Mata Atlântica
FOTO: EMANUEL BARRETO
Pesquisadores do Instituto Chico Mendes de C o n s e r v a ç ã o d a Biodiversidade (ICMBio) encontraram uma das aves mais raras e ameaçadas do Brasil: o lendário mutumpinima (Crax fasciolata pinima). A espécie foi encontrada na região do mosaico do Gurupi, no Maranhão. "Essa ave é considerada um dos cracídeos mais ameaçados do mundo e não era registrado pela ciência há cerca de 40 anos (os últimos registros documentados datam do final da década de 1970)", comemora o analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e C o n s e r v a ç ã o d e Av e s Silvestres (Cemave) do ICMBio, Diego Mendes. Acompanhada pelos indígenas, a expedição científica passou dias na busca do mutum-pinima no mosaico do Gurupi. "Já estávamos sem expectativa, até que ouvimos o canto característico de alerta da ave. Era um macho que caminhava por trás do cipoal, porém, muito arisco, rapidamente voou para a copa de uma árvore, escondendo-se entre a folhagem. Mais ao longe uma
fêmea foi avistada. A essa altura a equipe já não se continha de felicidade. E com toda razão, pois há 40 anos a ciência não documentava essa espécie na natureza", relata. A expedição também encontrou outras espécies raras ou ameaçadas como o mutum-cavalo (Pauxi tuberosa), a jacupiranga (Penelope pileata), o jacamim-de-costas-escuras (Psophia obsura), a ararajuba (Guaruba guarouba) e o macaco-caiarara (Cebus kaapori). Além da busca em campo, foram instaladas armadilhas fotográficas na região e aplicados questionários junto às comunidades, para obter pistas e informações sobre a ocorrência do mutum-pinima. A equipe, além de registrar a espécie, também buscou informações sobre o habitat do mutum-pinima. Durante a expedição, muitas pistas sobre a ocorrência da espécie foram obtidas. Com informações dos indígenas, eles recolheram dados sobre os hábitos do mutum-pinima (alimentação, repouso e reprodução). "Essas informações são muito importantes, pois irão auxiliar
nas futuras expedições de busca. Um casamento perfeito entre conhecimento científico e conhecimento tradicional dos povos indígenas, auxiliando na conservação desta espécie", ressalta o analista ambiental do Cemave, Emanuel Barreto. A ave ainda sobrevive na unidade de conservação do Gurupi. "Isso reforça a necessidade de integração da Rebio do Gurupi com as terras indígenas circunvizinhas, visando maior proteção dos últimos remanescentes de floresta amazônica do estado do Maranhão e investimento em pesquisa, educação ambiental e recuperação de habitat, especialmente de matas ciliares e formação de corredores ecológicos para conexão das áreas protegidas", ressalta o pesquisador do Cemave, Diego Mendes. Ele ainda defende a criação de novas unidades de conservação na região, a fim de aumentar as áreas protegidas que possam servir de refúgio para o mutum-pinima e as demais espécies ameaçadas e endêmicas do Centro de Endemismo Belém.
Belém está na rota de inundação de geleiras, diz pesquisa Não é segredo que a Amazônia é cercada por rios e florestas, mas você sabia que as águas podem subir de forma avassaladora em um futuro não tão distante? Segundo uma simulação divulgada pela Agência Especial Americana (Nasa), o derretimento de geleiras nos Polos Sul, Norte e Groenlândia, aumentaria o nível dos oceanos em seis metr o s e mais d e 2 9 0 cidades seriam afetadas. Entre as localidades divulgadas está a cidade de Belém, capital do Pará. Para saber mais sobre a simulação e pesquisa da Nasa, o Portal Amazônia, entrevistou o oceanógrafo, engenheiro ambiental e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), David Zee, que revelou a possibilidade da Amazônia sofrer com a catástrofe. “Essa é uma
verdade assustadora. Por estar perto do Equador, o Estado do Pará pode ser um dos lugares afetados, além do Rio de Janeiro e Pernambuco”, disse. De acordo com Zee, não existe uma data específica para a catástrofe acontecer, pode ser em 100 anos ou em poucas semanas. “O grande problema, e que as pessoas não percebem, é que existe uma elevação média. Por exemplo, em 100 anos o nível da água vai aumentar 70 centímetros, mas existem as flutuações de curtos períodos, um tipo de anomalia. E, algumas cidades não estão preparadas para sofrer uma variação tão rápida. Infelizmente não tem como prever”, explicou. Na pesquisa feita pela Nasa, o aumento das águas não aconteceria de forma uniforme. Na simulação, se
as geleiras da Groenlândia derretessem, o nível das águas subiria seis metros. "Seria como uma bacia de água com gelo, assim que a parte sólida derreter o nível de água vai subir. Com o movimento da terra, esse fator pode ser diferente em certos lugares, mas isso traria apenas prejuízos para o ecossistema", explicou. Os estudos foram feitos a partir de computação reversa e mapeamento geotérmico pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JetLab).
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
fatos & notícias
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CULTURA 3
08 a 15 de dezembro de 2017
fatos & notícias
Valorização do negro através da dança Por Sarita Faustino
Sarita (à esquerda) e Lenira Borges
As danças afro têm uma grande representação pessoal e coletiva. Conheci a dança afro nos anos 90 através de um grupo bem conhecido em Vitória, chamado NegraÔ. A dança foi mais que uma movimentação gostosa de batida marcante e envolvente. As danças afro são identidade, força, luta, resistência de toda uma cultura de todos negros e negras que aprendem a ven cer os des af io s d o racismo de marca e velado no Brasil. As danças afro resgatam valores culturais e autoestima do povo negro. Dançar representa dizer a importância da cultura africana para seus filhos das diásporas no Brasil e, principalmente, no Espírito Santo. Vale ressaltar que a dança afro capixaba traz a influência direta da grande
bailarina e percursora da Dança Moderna no Brasil, Mercedes Baptista. Que a convite da Sra. Lenira Borges, traz sua influência e seu estilo para Vitória e oportuniza seus pupilos e futuros “Mestres” da dança afro no Espírito Santo, com Ariane Meireles, Renato Santos, fazendo e refazendo histórias.
É um grande privilégio fazer parte do 2º curso de Qualificação Profissional em Dança Afro-Brasileira Cênica, ofertado pela prefeitura municipal de Vitória em parceria com o Museu Capixaba do Negro (Mucane) podendo usar e compartilhar a dança afro como instrumento de luta e resistência.
Axé!!! Sarita Faustino Licenciada em Educação Física pela Ufes Atua como professora na rede Municipal de Vitória Especialista nas relações Étnico-racial Profissional em Dança Afro-Brasileira Cênica
4 EDUCAÇÃO fatos & notícias
08 a 15 de dezembro de 2017
O efeito do Natal no mundo imaginário da criança Confesso que quando recebi a sugestão do tema desse artigo, fiquei um pouco a n s i o s a ! M u i t o provavelmente porque muito da magia do Natal já havia se dissipado de minhas vivências pessoais. Precisei mergulhar nas minhas lembranças infantis, passear no shopping com a minha filha para tirar foto com o Papai Noel e ver as decorações, a ouvir cantando músicas natalinas e outras coisinhas mais para preparar-me para o fatídico momento da escrita. E aqui estou eu, de frente para uma tela em branco e pensando em como começar... dessa vez escolhi iniciar pelo fim. Quero falar sobre como é delicioso ver o encantamento da minha filha nascer, como é doce vê-la costurar e desenhar a fantasia sobre o Papai Noel e o Papai do Céu, que ainda estão misturados em seu imaginário, como é lindo vê-la encantada com a montagem da árvore de Natal, encantada com as bolas coloridas, com os piscas-piscas, com os anjos
e com as estrelas, e como é maravilhoso perceber sua índole e generosidade, ela não está esperando apenas que o Papai Noel lhe traga presentes, ela quer que ele traga presentes para todos, mais que isso, ela quer trazer presentes para todos, até para suas bonecas... sim, isso é lindo e certamente não faz parte só do imaginário dela, isso tudo alimenta o meu
com ela sobre o Natal. Aqui em casa, eu não disse que o Papai Noel traz presentes para as crianças que foram boazinhas, até porque eu não gosto dessa história. Aqui em casa eu contei que o Natal é o aniversário do filho do Papai do Céu, e que ele ficou tão feliz com o nascimento do seu filho que resolveu trazer presentes para todo mundo, e que é o Papai Noel que entrega, mas
caminhos em busca da formação de um filho mais humano, mais generoso, que sabe compartilhar e que deseja a felicidade de todos, e não é esse o Espírito do Natal? Lembro-me dos natais da minha infância, certamente
MONTAGEM: LUZIMARA FERNANDES
imaginário, enche a minha vida de sentido e me dá a certeza de que estamos juntas no caminho certo. O mais delicioso da confusão que ela faz entre o Papai Noel e o Papai do Céu, é que isso me possibilita construir uma história nova
caso ele se esqueça de alguém, que nós também podemos presentear as pessoas porque é uma data muito feliz e todos precisamos ajudar! E assim, entre realidade e fantasia, nós nos embrenhamos pelos
eram as datas mais felizes! Eram as datas nas quais estávamos todos juntos de férias, família, irmã, primos, avós, tios, mesas generosas, todos eram presenteados, não apenas o aniversariante, e depois passávamos o dia brincando
juntos, eram as datas nas quais papai e mamãe estavam juntos, tinha papai tocando violão, cantando Roberto Carlos, tinha karaokê com mamãe cantando Elis. Ah! Como era bom o clima que tínhamos naquelas datas, não me lembro das brigas e confusões, que certamente existiram... em qual família isso não acontece?! Lembro-me do Papai Noel chegando na casa da Vó Isaura, lembro do cheirinho do peru assado ou da carne de panela, lembro dos abraços da minha mãe, do colo do meu pai, das brincadeiras com a minha irmã e apenas posso ser grata. Grata por ter tido uma família excepcional! Grata por ter podido vivenciar tudo isso, grata porque no meu imaginário foi construída a ideia da união, do amor, do compartilhar, da família! Certamente, o efeito de tudo isso na minha vida foi eu me tornar o que sou hoje. Então, só posso concluir
Por Karin Alessandra
que o efeito do Natal no imaginário das crianças vai muito além do que podemos acreditar, é no brincar, é na fantasia, é na imaginação que vamos construindo nossa realidade, nossa humanidade, nosso caráter... que cada um dos pais que está lendo esse artigo, possa ir além da cerimônia de troca de presentes, que contemos a história de amor e generosidade de Jesus e da grande alegria que é ter nossos filhos... que lembremos que não é preciso que eles sejam bonzinhos, ou passem de ano, ou que exista qualquer condição para amá-los, que nosso amor seja incondicional assim como foi o de Jesus por cada um de nós. Que Deus abençoe suas festas!
Karin Alessandra Pereira CRP 16/1164 Psicóloga formada pela PUC/SP Especialista em Avaliação Psicológica - IPOG Mãe de Maria Beatriz
Quase 70% das meninas com filhos estão fora da escola As meninas de 15 a 17 anos, com pelo menos um filho, têm taxa de abandono escolar três vezes superior à do restante de jovens na mesma idade: 68% contra 22%. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, havia 5,2 milhões de meninas nessa faixa etária em 2015 e
em torno de 6% delas (ou 297,5 mil) eram mães de, no mínimo, uma criança. Destas, 203 mil não estavam mais estudando. Analisando o histórico dessas taxas, observa-se que, em números absolutos, a soma de mães precoces na referida faixa etária está decrescendo: eram 379 mil
em 2001 – queda de 27% em 14 anos, portanto. Porém, em termos proporcionais, a situação praticamente não mudou. Em 2001, elas representavam 7% do total. Mas a evasão escolar, sim, está diminuindo. No período analisado, houve queda de 10 pontos percentuais – saindo de 78% para os atuais 68%.
Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
Isso indica que a ocorrência de gravidez nessa idade está nos mesmos patamares há anos, porém, menos meninas estão abandonando os estudos por esse motivo. A Pnad também revela que 33% das mães de 15 a 17 anos
trabalham, indicador estável há alguns anos, embora já tenha alcançado a marca de 48% em 2005. Quanto aos rendimentos, observa-se um empobrecimento desse universo de meninas. Atualmente, 28% delas têm
renda domiciliar per capita de ¼ do salário mínimo (a faixa mais baixa de rendimentos) e apenas 5% vivem com 1 a 2 salários mínimos. Em 2011, contudo, esses mesmos percentuais eram de 22% e 11%, respectivamente.
POLÍTICA 5
08 a 15 de dezembro de 2017
jorgepachecoindio@hotmail.com/ jornalfatosenoticias.es@gmail.com
JORGE PACHECO A farsa do palhaço Tiririca revela 'jogo sujo' da política em Brasília
FOTOS: INTERNET
Em uma entrevista corajosa ao repórter Roberto Cabrini, no “Conexão Repórter” o deputado Tiririca fez revelações importantes sobre os bastidores da política em Brasília. Falou a respeito de reuniões secretas, das ofertas recebidas, de forma indireta, para votar a favor de Dilma no processo do impeachment; da troca do voto por cargo ou troca do voto por propina. Valores milionários!!! Enfim, apareceu alguém para colocar os pingos nos iiis!!!
estou enojado com tudo o que vi e vivi nesses últimos anos”. Ao longo da entrevista, Tiririca chegou a chorar várias vezes, inclusive no momento em que falou do pai, alguém que ele passou a vida procurando e nunca encontrou. Em busca da história do palhaço que chegou a Brasília, o jornalista encontrou Francisco Everardo Oliveira Silva em um condomínio de luxo no Ceará e trouxe de volta suas memórias sobre a infância humilde, a dura vida no circo, a família de 12 filhos de sua mãe Dona Maria Alice e a união com Nana Magalhães,
Embora tenha admitido ter recebido convites para várias dessas reuniões e muitos jantares, ele assegurou que nunca foi a nenhum deles e nem mesmo aceitou receber nada por todas as posições que adotou. Disse ainda, (sic): “vou abandonar a política ao fim do meu mandato,
mostrando como ele ultrapassou divisas, virou retirante, chegou à metrópole do Sul e conquistou o País. Ao falar sobre a busca por um pai que nunca conheceu, o entrevistado chora e desabafa sobre sua vontade de encontrar a própria essência.
Foi mesmo chocante a entrevista de Tiririca ao repórter Roberto Cabrini do SBT, (sic): “Desisto! Este lugar não é para mim. 513 deputados eleitos para representar o povo, mas só representam os interesses de seus protegidos. Meu povo está sofrendo, pensando se vão (sic) ter dinheiro para fazer compra no final do mês e estes caras só pensando se vão se reeleger para um próximo mandato”. Gente amiga, ele tem ou não tem razão? Mas no Congresso Nacional tem muitos exemplos de políticos sérios. Segundo o meu amigo e irmão Sebastião Thiebaut há muito tempo seu padrinho, ex-deputado já falecido, Sebastião Martins Thiebaut, já dizia: “vou deixar a política porque não sou homem de negociatas”. E abandonou tudo, ou seja, essa lambança toda relatada por Tiririca, desde sempre acontece nas Casas de Leis desse Brasil varonil. Voltemos à entrevista do Tiririca que continuou desabafando, (sic): “É gente que não tem talento para fazer outra coisa na vida. Gente que se perder o mandato não consegue emprego em nenhuma empresa séria. Graças a Deus eu tenho o dom da palhaçaria (sic). Graças a Deus tenho saúde e força para trabalhar fora da arte também. Não me envergonharia de trabalhar como pedreiro ou pintor
fatos & notícias
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
n o v a m e n t e . M e envergonharia de ter que trocar favor ou pedir dinheiro para salvar mandato de bandido''. A entrevista no SBT foi um forte e corajoso depoimento de um deputado, dos mais votados em todos os tempos. Ele continuou, (sic): “O sistema está viciado. Tem gente em Brasília que está há mais de 20 anos emendando um mandato no outro. Ficando milionário com o empobrecimento do povo. Não quero mais concorrer a nenhum cargo político. Não quero ficar perto de deputado que faz dancinha para comemorar a impunidade”. Quero ficar perto de minha família e de Deus. Durante 8 anos não faltei nenhum dia as sessões aqui em Brasília.
Deixei de abraçar meus filhos no dia do aniversário para estar aqui trabalhando sério, enquanto isso via deputado faltar a semana inteira e ficar postando frase de efeito no facebook. O desabafo do deputado Tiririca ao repórter demonstra tão somente o mar de lama da política brasileira, bem pior do causado pela Samarco em Minas Gerais, (sic): “Chega! Para mim não dá mais. Vou orar para que o Brasil encontre um presidente que bote moral nos deputados. Chega de presidente que passa a mão na cabeça de gente interesseira e sem compromisso com o Brasil. Deus tenha misericórdia de nós!” Deputado Francisco Everardo (Tiririca). É meus amigos, leitores do nosso Fatos & Notícias e desta minha página, sinceramente estávamos mesmo precisando de ouvir tudo isso de um deputado “palhaço de profissão”, mas sério, respeitador da família, cônscio de seus deveres como político.
Mais Tiririca É meus amigos, como tudo tem outro lado, parece que o discurso do palhaço não passou de PALHAÇADA, porém, sem a menor graça. Depois de seu sério e dramático desabafo de renúncia da vida política, se dizendo decepcionado com
o Brasil e com vergonha de pertencer à classe, houve quem acreditasse que o palhaço havia se transformado em um sábio. Mas a denúncia sobre o uso indevido de verbas públicas para viagens ligadas a seus shows de humor colocou Tiririca novamente em seu lugar de origem: a fanfarronice. Ao usar de palavras de efeito para mostrar toda a sua 'indignação', Tiririca usou dinheiro público para comprar passagens aéreas para ele e seus assessores, com destino a locais em que se apresentaria como humorista. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal "Correio Braziliense" e confirmada pelo Globo. O recurso para financiar as viagens de Tiririca saiu da cota parlamentar, "destinada a custear os gastos dos deputados exclusivamente vinculados ao exercício da atividade", conforme consta no site da Câmara. Portanto, é permitido que o congressista use a verba para pagar passagens relacionadas ao mandato. Mas não para fins pessoais. Parece que ao invés de fazer o público rir, o palhaço zombou do povo, riu e escarneceu da população que pensou que poderia engabelar com palavras sentimentais, ou seja, tirou o povo de otário. Quem rirá por último no picadeiro chamado Congresso Nacional?
6 TECNOLOGIA 08 a 15 de dezembro de 2017 fatos & notícias
O mundo oculto do teletransporte
FOTO: STAR TREK/REPRODUÇÃO
Entenda o fenômeno que impulsiona experimentos com teletransporte, e que pode ser a via para a criação de computadores quânticos
Uma das coisas mais intrigantes da mecânica quântica é que ela sugere que partículas podem se manter em contato, de algum modo, mesmo estando a um universo de distância. E o pior: esse contato se dá instantaneamente. Foi o que Albert Einstein chamou jocosamente de “fantasmagórica ação a distância”. Sua intenção, ao falar isso, era descredenciar o que a teoria descrevia, sugerir que não passava de uma fantasia. Pois não só não era fantasia como hoje os físicos usam o fenômeno corriqueiramente no laboratório para realizar teletransporte. Calma, não é nada como colocar o capitão Kirk numa plataforma e fazê-lo desaparecer para se rematerializar na superfície de um planeta distante. O que se desloca, no teletransporte quântico, é a informação. A primeira demonstração, engenhosamente planejada pelo suíço Anton Zeilinger, na Universidade Innsbruck, foi feita em 1997. Eles usaram fótons – partículas de luz – e conseguiram transportar o estado quântico de uma para outra. Na prática, é como se a segunda se transformasse na primeira. Desde então, temos visto avanços notáveis do uso da fantasmagórica ação a distância. De fótons
individuais, os cientistas passaram a feixes de luz, e dali para átomos individuais. Em 2009, cientistas a m e r i c a n o s teletransportaram um átomo de itérbio (com nada menos que 70 prótons em seu núcleo) a uma distância de um metro. Contudo, os cientistas sempre reforçam a ideia de que transportar pessoas será quase impossível, mesmo no futuro longínquo. Isso porque o teletransporte quântico exige antes que se crie esse “vínculo” entre as partículas que serão transportadas e as que receberão o “transplante” de estado quântico. Mesmo que seja possível fazer isso com todos os zilhões de partículas que compõem um corpo humano, ainda teríamos de realizar o transporte antes que essas partículas interajam umas com as outras – pois a interação desfaz o chamado entrelaçamento quântico. “Essa correlação quântica é muito frágil. É por isso que pessoas e outros objetos macroscópicos agem de forma clássica, e não como na mecânica quântica”, afirma Lawrence Krauss, físico da Universidade Estadual do Arizona. Supondo que fosse possível, ainda seria preciso enfrentar uma questão prática: a pessoa
teletransportada seria a m e s m a q u e f o i desmaterializada, ou apenas uma cópia idêntica que só pensa que é a original? Como meio de transporte, não anima muito, não. Então, se não serve para transportar pessoas e objetos, para que servem esses experimentos, além de perturbar Einstein no alémtúmulo? Os cientistas apostam que tecnologias como essa formarão a base de computadores quânticos, que usarão as propriedades da física das partículas para realizar cálculos impossíveis por vias convencionais. Por exemplo, se usamos a interação de partículas para fazer cálculos, podemos explorar sua sobreposição de estados para conduzir diversas operações matemáticas ao mesmo tempo – algo que um computador comum não poderia fazer nem em um milhão de anos. Ta m b é m e x i s t e a possibilidade de usar teletransporte quântico para criar um sistema de criptografia inviolável. A informação que é teletransportada viaja sabese lá por onde (justamente o que incomodava Einstein) ou como, mas chega a seu destino, sem dar chance de interceptação. Nesses tempos de vigilância cibernética total, está longe de ser uma má ideia.
Vício em smartphone afeta química cerebral como as drogas Cientistas atestam que a dependência de smartphones afeta o cérebro, levando ao desenvolvimento de transtornos como déficit de atenção Se você não estiver lendo esta reportagem no celular, uma pergunta: onde está ele agora? A questão fez com que o procurasse? Se respondeu “sim”, é provável que, nos próximos minutos, você não consiga se concentrar neste texto. Quando o aparelho fica fora de alcance, um sentimento de ansiedade costuma tomar conta do usuário, bastando porém tê-lo em mãos para o alívio ressurgir. Se isso é comum no seu dia a dia, deve-se acender o sinal amarelo. De acordo com um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Seul, na Coreia do Sul, divulgado no dia 30 de novembro, a dependência de smartphones já pode ser, sim, chamada de vício. Isso porque seu uso excessivo produz alterações químicas no cérebro, com reações e síndrome de abstinência em moldes semelhantes ao que acontece com dependentes de drogas.
DIVULGAÇÃO
No trabalho sul-coreano, os cientistas usaram um tipo particular de ressonância magnética que analisa a composição química do cérebro para observar hábitos de dezenove adolescentes clinicamente diagnosticados como viciados em celular. Depois, compararam os resultados com os de grupos de jovens que usam o dispositivo mas não eram tidos como dependentes. No estudo também se levou em conta
quanto o convívio com a tecnologia afetava o contato com familiares, a produtividade e a forma de lidar com emoções. Num resultado previsível, os adictos apresentaram maiores níveis de depressão, ansiedade, insônia e impulsividade. Mas novidade maior, mesmo, foi a descoberta de como a nomofobia — eis o termo que descreve a dependência de smartphones — afeta a química cerebral
CIÊNCIA 7
08 a 15 de dezembro de 2017
fatos & notícias
Açaí, o alimento-remédio da Amazônia Estudo revela que o açaí é um dos aliados no aumento da expectativa de vida, acima da média mundial, de ribeirinhos no Amazonas FOTO: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA PARÁ
Nilson Chaves já cantava: "Põe tapioca, põe farinha d'água, põe açúcar, não põe nada, ou me bebe como um suco, que eu sou muito mais que um fruto, sou sabor marajoara, sou sabor..." No Maranhão é juçara, mais aqui para o Norte é conhecido como açaí. O "ouro negro" da Amazônia é uma superfruta com o título de fruto mais completo do mundo, inclusive pela sua composição química. Antioxidante é apenas um dos inúmeros benefícios que o açaí apresenta. O que foi constatado por um estudo desenvolvido pela Universidade de Arkansas (EUA). Anti-inflamatório, anticâncer, contra malária, proteção do cérebro contra o Alzheimer, e uma grande lista de benefícios que fazem do açaí, um alimentoremédio, como afirma o professor doutor Euler Esteves Ribeiro. "O açaí é como um alimento-remédio que é usado pela população contra problemas gastrointestinais, vermes, disfunções de c o a g u l a ç ã o ,
envelhecimento da pele e dos órgãos, anemias, antimalária e como energético utilizando não somente o fruto, mas também a casca do tronco e as folhas da palmeira", disse. Para estudar os benefícios do açaí, existe uma parceria entre a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) através da Universidade Aberta da Terceira Idade ( U E A - U n AT I ) , Universidade Federal de Santa Maria e Universidade de Toronto, no Canadá. O d o u t o r E u l e r, q u e também coordena as pesquisas feitas com o açaí na parceria das universidades através da UEA, ressalta a importância do fruto na dieta do amazônico. "Segundo dados de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Maués, interior do Amazonas, 1% da população está acima de 90 anos, quando a média mundial nessa faixa de idade é de 0,5%. Fomos pesquisar todos os vieses f a v o r á v e i s a o
envelhecimento. E chegamos a alguns dados como: eles fazem muito exercício, como não tem eletricidade eles dormem mais e ganham mais energia, além da solidariedade e principalmente a dieta, com mandioca, peixes e frutos da floresta" disse. Ainda segundo o professor, todas as condições nutricionais da alimentação desse ribeirinho foram pesquisadas. "Chegamos a algumas conclusões, dentre elas, saber que o peixe jaraqui tem mais ômega 3 que o salmão. Os ribeirinhos amanhecem o dia tomando o guaraná, comem castanha na alimentação, o camucamu, que é o fruto mais rico em vitamina C do mundo, além de comerem o açaí todos os dias", disse. O trabalho desenvolvido com os ribeirinhos, avaliando as propriedades nutricionais da dieta amazônica, rendeu prêmios ao grupo de pesquisa, dentre eles, o Prêmio Saúde da Editora Abril, que segundo
o professor Euler é um grande avanço para a área de neurologia. "Fomos agraciados com o prêmio, concorrendo com 116 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, descobrindo fatores próprios do açaí, que são antioxidantes por
excelência, são capazes de modificar favoravelmente as alterações que possam ocorrer nos neurônios cerebrais. A pesquisa já está sendo realizada em humanos, com pessoas depressivas, com bitonalidade de comportamento, e até
demência de Alzheimer", concluiu. As pesquisas com o suco do açaí mostram, em simulação, que já é possível reverter os efeitos nocivos nas células, possibilitando alívio dos sintomas de distúrbios psiquiátricos.
Encontrado fóssil de pinguim do tamanho de um ser humano Há 55 milhões de anos, caminhou pela Terra um pinguim de 1,77 m chamado
Kumimanu biceae. O esqueleto da ave gigante foi descoberto encravado em
uma rocha no sul da Nova Zelândia, e os resultados da análise saíram, terça-feira
(12), na Nature. Para efeito de comparação, a maior espécie de pinguim que ainda existe, o pinguimimperador (Aptenodytes forsteri), atinge cerca de 1,20 m. O que já é bem alto, mas ainda é duas réguas escolares mais baixo que seu parente fóssil. O K. biceae era um pouco diferente dos pinguins contemporâneos: ao contrário das manchas brancas e pretas, provavelmente tinham as costas marrons. Seu bico era
mais longo e sua aparência não era tão fofa assim. Além de ser um dos maiores pinguins já encontrados, ele também está entre os mais antigos. Os pinguins préhistóricos conhecidos até agora atingiam, no máximo, 1,60 m e viveram há algo entre 20 milhões e 50 milhões de anos. Com 100 kg, o grandão não era capaz de voar, mas, a exemplo de seus primos atuais, era um excelente nadador. O pódio de pinguins gigantes é um nicho
disputado da história natural. A rocha em que o K. biceae foi encontrado já é conhecida há cerca de uma década, mas demorou para ser escavada por ser muito rígida. Nesse meio tempo, pinguins maiores e mais fáceis de desenterrar deram as caras. Segundo o jornal The Guardian, ossos descobertos na Antártida em 2014 podem ter pertencido a um pinguim de 115 kg, 2 m e 37 milhões de anos chamado Palaeeudyptes klekowskii.
8 SAÚDE
fatos & notícias
08 a 15 de dezembro de 2017
Nova vacina para o câncer ensina o corpo a enfrentá-lo sozinho Os primeiros testes em seres humanos já foram iniciados – e abrem caminho para uma forma revolucionária de tratar o câncer Cada dia mais avançada, a imunoterapia para o tratamento do câncer começou a escrever mais um capítulo de sua história: uma vacina terapêutica está atualmente passando pelos primeiros testes em seres humanos. Os responsáveis vêm da empresa americana Moderna, que anunciou em meados de novembro a novidade. Trata-se de uma vacina terapêutica personalizada – diferentemente das convencionais, ela será usada após o paciente receber o diagnóstico. É um tratamento que faz o próprio organismo reconhecer o câncer como um inimigo. A tecnologia em questão foi batizada de mRNA 4157. E o nome tem motivo: a nova arma “se aproveita” do mecanismo do nosso RNA mensageiro, o mRNA, para agir no corpo. Se você não
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está com as aulas de biologia fresquinhas na memória, basta entender que essas moléculas recebem e enviam ordens do DNA para o corpo.
Como vai funcionar a vacina mRNA-4157 1) Antes de tudo, identifica-se, no organismo do paciente, as principais
mutações presentes em seu câncer. Sim, o tumor de cada paciente tem diferentes mutações, mesmo que se aloje no mesmo órgão. 2) A partir disso, são
identificadas as 20 mutações que, de acordo com particularidades do seu o rg a n i s m o , t ê m m a i o r chance de causar a reação imune desejada. 3) Com tecnologias de última geração, os cientistas transmitem essa informação para moléculas de mRNA e as inserem na vacina. 4) Uma vez injetadas no paciente, as moléculas de mRNA ensinam as suas células de defesa a detectar as tais mutações do câncer. 5) Aí, o sistema imune consegue combater “sozinho” o tumor. Ou seja: como outras armas da imunoterapia, a vacina da vez não age diretamente na doença. Ela basicamente turbina as defesas do corpo. O objetivo da Moderna é que, uma vez aprovada, a injeção fique pronta para cada paciente em poucas
semanas depois do diagnóstico. A questão é: a que custo isso virá para a população? Mesmo que tudo dê certo nos estudos, ainda tem muito chão pela frente para que essa tecnologia esteja finalmente disponível. A previsão é que os resultados dessas primeiras análises fiquem prontos até o fim do ano que vem. No momento, estão sendo investigadas a segurança e a resposta imunológica dos voluntários durante o uso. Mais adiante, será esmiuçada a eficácia propriamente da vacina, principalmente quando combinada a uma medicação específica da farmacêutica MSD – o chamado pembrolizumabe. A tal MSD, inclusive, está apoiando os estudos com a vacina.
Perda de visão é cada vez mais comum O número de casos de cegueira e deficiência visual só vem aumentado. A boa notícia, porém, é que 80% deles podem ser prevenidos 13 de dezembro é o Dia Nacional do Deficiente Visual e, nos últimos 25 anos, o número de casos de cegueira no mundo passou de 30,6 milhões em 1990 para 36 milhões em 2015. No mesmo período, o índice de portadores de algum tipo de deficiência visual, de moderada a grave, registrou um crescimento de 36%. Hoje, são 217 milhões de pessoas nessa situação, a maioria delas vítima de doenças não diagnosticadas e tratadas a tempo, como catarata e glaucoma. Pior: a expectativa é que, até 2050,
esse índice chegue a triplicar. “O número de cegos e deficientes visuais vem se elevando porque a população mundial, além de ter aumentado, também envelhece mais”, constata o oftalmologista britânico Rupert Bourne, autor de um minucioso estudo que analisou a saúde ocular de 188 países a partir do banco de dados Global Vision Databases. Embora pese bastante, o envelhecimento não é a única explicação para esse boom. A expansão de alguns
problemas sistêmicos (pressão alta, diabetes…), maus hábitos (cigarro, sedentarismo…) e até o uso indiscriminado de remédios (inclusive colírios) têm lá sua parcela de culpa. Apesar de já estar associado à miopia, o uso regular de celulares, tablets e computadores — bem como o hábito de ler e trabalhar em locais fechados — não parece influenciar na perda da visão em si. “Na pior das hipóteses, vai causar sensação de olho seco e vista cansada”, esclarece o
oftalmologista Carlos Eduardo Arieta, professor da Universidade Estadual de Campinas. Há quatro principais problemas que respondem por tanta gente sob risco de não enxergar mais direito: catarata, glaucoma, degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética. Dessas, a única plenamente reversível é a catarata, com 550 mil novos casos por ano no Brasil. “A cirurgia para tratá-la é uma das mais realizadas no mundo.
Basta remover o cristalino danificado e, em seu lugar, implantar uma lente artificial”, descreve o oftalmologista Gustavo Baptista, diretor da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa.
Diagnóstico precoce também é determinante para conter as enfermidades da retina, porção no fundo do olho que converte as imagens em impulsos que podem ser lidos pelo cérebro.
08 a 15 de dezembro de 2017
GERAL 9 fatos & notícias
Energias em equilíbrio Estudos científicos – inclusive do Brasil – têm mostrado o potencial curativo do reiki, uma das terapias complementares oferecidas pelo SUS desde janeiro deste ano FOTO: iSTOCKPHOTO
Não é de hoje que pesquisadores e diversas instituições de saúde no mundo têm se voltado para os estudos e tratamentos de saúde alternativos. Parte desse interesse certamente está relacionado ao espaço que essas técnicas têm conquistado na sociedade. Nos Estados Unidos, por exemplo, atualmente cerca de 38% dos adultos e 12% das crianças usam algum desses tratamentos. No Brasil isso não é diferente, tanto que desde janeiro são ofertadas, via Sistema Único de Saúde (SUS), certas terapias complementares. Elas, em geral, são associadas aos tratamentos de saúde tradicionais e dão bons resultados. Os t r a t a m e n t o s complementares têm funcionado muito bem nos campos emocional e psicológico. Uma das técnicas listadas pelo SUS é o reiki, terapia complementar reconhecida pela Organização Mundial da Saúde. Criada pelo monge budista japonês Mikao Usui em meados do século 19, ela utiliza as mãos para sentir e fornecer energia de cura através dos chacras, pontos de energia distribuídos pelo corpo conhecidos desde as origens do hinduísmo. O reiki atua
r e c a r r e g a n d o e reequilibrando os campos de energia e criando condições ideais e necessárias para a cura natural do corpo e dos sistemas fisiológicos, colaborando para melhorar a saúde física e psicológica dos pacientes. Pesquisas recentes revelam que ela consegue influenciar a frequência cardíaca e também atua sobre os sistemas nervoso e fisiológico. Uma das mais importantes pesquisadoras da área é a psicóloga Deborah Bowden, da Universidade de Londres. Entre 2010 e 2011, ela e sua equipe publicaram dois estudos sobre o tema, ambos usando estudantes universitários como voluntários, que confirmam o potencial do reiki na saúde. O primeiro trabalho mostrou que os alunos que haviam recebido o tratamento demonstraram estar com a saúde física e emocional melhor do que os colegas não tratados com a terapia. A segunda pesquisa, um desdobramento da primeira, abordou o impacto do reiki em casos de ansiedade e depressão. Novamente o resultado foi positivo: relatórios com registros de humor e sintomas de doenças demonstraram que os
participantes com alto nível de ansiedade ou humor tratados com reiki exibiram uma progressiva melhora no seu quadro geral até o fim da quinta semana após as aplicações, quando os registros foram encerrados. Enquanto isso, aqueles que não receberam o tratamento não apresentaram nenhuma alteração em seu estado. “Embora o grupo de reiki não demonstrasse a redução comparativamente maior nos sintomas de doenças vistos em nosso estudo anterior, as descobertas dos dois estudos sugerem que o reiki pode beneficiar a disposição de ânimo”, afirmam os pesquisadores em sua tese. O Brasil também tem seu estudo científico sobre reiki. Desenvolvido pela equipe do fisioterapeuta Glauco César da Conceição Canella, do curso de fisioterapia da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Marília (SP), ele foi apresentado no 8º Congresso de Extensão Universitária da Unesp em 2015. Seu objetivo era medir os efeitos do reiki sobre os índices da variabilidade da frequência cardíaca em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Para a pesquisa, Canella recorreu a sete indivíduos de ambos
Estudos confirmam o potencial do reiki na saúde os sexos, com idades entre 58 e 75 anos e diagnóstico da doença. Depois da aplicação do reiki em cada pessoa foram calculados os índices de variabilidade da frequência cardíaca. A aplicação ocorreu em um local quieto, com temperatura e umidade controladas. Desde janeiro, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece terapias alternativas, como reiki, meditação, arteterapia, musicoterapia, naturopatia, osteopatia e quiropraxia. Por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC), o Ministério da Saúde reconheceu oficialmente a importância das manifestações populares em saúde e a chamada medicina não convencional, considerada como prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem. Os serviços são oferecidos por iniciativa local, mas recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção B á s i c a ( PA B ) d e c a d a município. Algumas terapias já eram oferecidas na categoria “práticas integrativas”,
como práticas corporais em medicina tradicional chinesa, dança circular, ioga, oficina de massagem e auriculoterapia. Segundo a OMS, terapia alternativa significa que ela é usada no lugar da medicina convencional. Já a terapia complementar é utilizada em associação com a medicina convencional, e não para substituí-la. O termo 'integrativa' é usado quando há associação da terapia médica convencional aos métodos complementares ou alternativos a partir de evidências científicas.
Número de jornalistas presos atinge recorde mundial em 2017 Um relatório divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) mostrou que o número de jornalistas presos por causa de sua profissão cresceu pelo segundo
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
ano consecutivo. Cerca de 262 jornalistas estão detidos contra 259 do ano anterior. Este é o maior número desde que a medição começou, em 1990. A maioria das prisões foi
motivada por coberturas contra governos e sob a justificativa de leis antiterrorismo, que o relatório considera como abrangentes e vagas. O número de jornalistas detidos sob acusação de “notícias falsas” também atingiu um recorde: 21. Os países com os maiores índices de encarceramento de jornalistas foram Turquia, com 73; China, com 41; e Egito, com 20. Mas o comitê alerta que estes números podem estar subestimados, pois o relatório só leva em consideração jornalistas presos em decorrência de sua atividade. Além disso, só são considerados os prisioneiros
sob custódia de um governo — encarcerados por grupos terroristas ou facções não são considerados. Cerca de 97% estão presos em seus próprios países. Do total, 22 dos jornalistas são mulheres, o que corresponde a 8%. A cobertura que mais motivou prisões foi a política, correspondendo a 87% dos detidos. O documento, assinado por Eliana Beiser, diretora do CPJ, aponta estes números como reflexo do “fracasso grave da comunidade internacional para enfrentar uma crise global na liberdade de imprensa”. Os Estados Unidos, em
especial o presidente Donald Tr u m p , s ã o a p o n t a d o s p o r compactuar com líderes que violam a liberdade de expressão e os direitos humanos, entre eles o presidente turco Erdogan e o chinês Xi Jinping. O relatório também culpa outras potências ocidentais de não pressionarem esses governos. “Em uma visita a Pequim em n o v e m b r o , Tr u m p n ã o f e z referência pública aos direitos humanos, apesar de uma contínua repressão que levou à prisão de jornalistas, ativistas e advogados chineses”, afirma o relatório.
10 Olhar de uma lente fatos & notícias
08 a 15 de dezembro de 2017
Conselheiros ou cabos eleitorais?
Haroldo Cordeiro Filho
Existe realmente participação popular na formulação das políticas públicas municipais? A participação popular legitimada com o processo de democratização trazido pela Constituição Federal de 1988, poderia se fazer mais presente nas esferas de governo. Mas o que vemos são presidentes de Conselhos, Associações, Federações e Sindicatos, que têm a finalidade de defender interesses dos seus r e p r e s e n t a d o s , comprometidos e engessados com o outro lado do poder. Permutam seus mandatos por cargos para familiares ou pessoas próximas. Poderia até citar alguns, mas não vem ao caso, prefiro abster-me. Não é interessante para a
grande maioria dos gestores públicos que a população
opine, participe e interaja, porque vai na contramão dos seus interesses partidários e
até mesmo, pessoais. O nepotismo escancarado
e, ao mesmo tempo, camuflado, sempre existiu, e, enquanto não houver
Urso polar morre de fome no Ártico Uma imagem emocionou toda a equipe do Sea Legacy, uma organização que visa chamar atenção das pessoas para a importância de preservar os oceanos. Enquanto faziam imagens nas ilhas Baffin, extremo norte do Canadá, se depararam com um urso polar extremamente magro,
conta do Instagram. “Todo time do Sea Legacy foi levado às lágrimas enquanto documentava esse urso polar morrendo”, contou na publicação. “É uma cena devastadora que ainda me assombra, mas eu sei que precisamos compartilhar tanto as imagens bonitas quanto as de partir o FOTO: REPRODUÇÃO/PAUL NICKLEN
usando suas últimas forças para se locomover lentamente em busca de comida. As imagens foram feitas pelo fotógrafo Paul Nicklen, que divulgou no dia cinco de dezembro o vídeo em sua
coração, se quisermos romper as paredes da apatia”. Os ursos polares são uma das espécies mais afetadas pelas mudanças climáticas. Não é incomum que fiquem por meses sem comer
durante os meses de verão, esperando que o gelo fique firme para que possam sair em busca de comida. O gelo, porém, está cada vez mais escasso. O resultado é a fome. “É essa a cara da inanição. Os músculos atrofiam. Não há energia. É uma morte lenta e dolorosa. Quando cientistas dizem que os ursos polares estarão extintos em 100 anos, eu penso que a população global de 25 mil ursos vai morrer dessa forma”, desabafa Nicklen. “Se a Terra continuar a esquentar, nós vamos perder os ursos e todo ecossistema polar. Esse grande urso macho não era velho, e certamente morreu horas depois desse momento. Mas há solução. Precisamos reduzir nossa pegada de carbono, comer as comidas certas, parar de cortar nossas florestas, e começar a colocar nosso planeta – nossa casa – em primeiro lugar”, finalizou.
mudanças no atual modelo de gestão pública exploratória e falida, conviveremos muitos e muitos anos com esse vício do “toma lá dá cá”, que condena gerações e gerações por falta de responsabilidade social. Para o ex-conselheiro Jailton Silva, que atuou na área da saúde no primeiro semestre do ano passado, o maior problema está nos gestores. “Não dão a importância devida aos conselhos, utilizando-os como grupos políticos dentro das comunidades. Os presidentes são sempre funcionários ou comissionados da ala do governo. Às vezes, quando colocam em votação algo que não seja interessante, criam discussões e
suspendem a votação, essa é a triste realidade”, critica o ex-conselheiro. Para ver de perto essa realidade, visitei alguns “conselhos” e constatei uma verdadeira desinformação por parte dos envolvidos. São presidentes que mal conhecem seus próprios regimentos internos e muito menos os artigos constitucionais, àqueles que nos asseguram direitos democráticos, arduamente conquistados em décadas passadas. Lembrem-se, todo indivíduo tem o direito de participar ativamente do processo de formulação e aplicação das políticas públicas de seu município. Ah!! Quanto à pergunta do título, a resposta hoje é NÃO SEI e finalizo com um refrão
da música “Tô Feliz (Matei o Presidente)”, de Gabriel O Pensador. ... E é o povo desunido que se mata por partido Sem razão e sem noção Chamando políticos ridículos de mito E às vezes nem acredito num futuro mais bonito Quando o grito é sufocado pelo crime organizado instituído Que censura, tortura e fatura em cima da desgraça Mas, no fundo, ainda creio no poder da MASSA...
Haroldo Cordeiro Filho Produtor executivo do Jornal Fatos & Notícias Coordenador-Geral da ONG Educar para Crescer
ECONOMIA 11
08 a 15 de dezembro de 2017
fatos & notícias
Presidente do BC afirma que reforma da Previdência é vital para equilibrar economia O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, defendeu na quarta-feira (13), em Brasília, a aprovação da reforma da Previdência para dar segurança à economia b r a s i l e i r a , independentemente de mudanças no cenário externo e interno do País. Ele concedeu entrevista para comentar a economia este ano e a agenda BC+ (medidas para tornar o crédito mais barato, aumentar a educação financeira, modernizar a legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente). O presidente do BC disse que o cenário externo é um benefício para o Brasil, mas é prudente não considerar que essa situação vai continuar. “É algo que não está no nosso controle”. Ele disse que os ajustes e reformas na
significativa da inflação”, queda da taxa básica de juros, a Selic, e recuperação da economia de forma disseminada, após dois anos de recessão. “A partir do final do ano passado, tivemos uma queda substancial da inflação. Essa queda foi e está sendo importante para a população brasileira porque aumentou o poder de compra e permitiu o aumento do consumo, o que viabilizou o começo da recuperação econômica”, afirmou. Ele defendeu que a política econômica mudou de direção, ao ser menos intervencionista e não O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, alertou para o risco de bolha no mercado de moedas virtuais congelar preços, além de ter criado o teto de gastos, ter permanecendo técnico. Isso economia, em particular a 2017 foi ano positivo feito a reforma trabalhista e também diz respeito à da Previdência, são Goldfajn disse que não faz buscar a reforma da f u n d a m e n t a i s p a r a o comentários sobre questões minha pessoa”, frisou. Previdência. Disse, ainda, Para ele, 2017 foi um ano equilíbrio da economia, p o l í t i c o - e l e i t o r a i s d o que o BC foi firme em não com sustentação da inflação próximo ano. “O Banco positivo pela combinação elevar a meta de inflação e taxa de juros baixas. Central cumpre sua missão “ r a r a d e r e d u ç ã o FOTO: DIVULGAÇÃO
para 2017 no momento em que os preços subiam. Na entrevista, o presidente do Banco Central alertou para o risco de bolha no mercado de moedas virtuais. “Moedas virtuais do jeito que estão hoje com essa subida vertiginosa, onde não há lastro, não há ninguém para regular, levam a um risco tal que o Banco Central emitiu um comunicado alertando para os riscos”, garantiu. Ele destacou que essas moedas têm atualmente duas funcionalidades. Uma delas é comprar para vender na frente com a alta. “É uma bolha, uma pirâmide”, disse. A outra “funcionalidade” é usar como instrumento de atividade ilícita. “Usar as moedas virtuais não isenta da pena, da punição”, alertou.
Os carros que mais se desvalorizaram em um ano MITSUBISHI/DIVULGAÇÃO
O Mitsubishi ASX é o carro que mais perde valor depois de um ano de uso, de acordo com o ranking do S e l o M a i o r Va l o r d e Revenda de 2017, feito pela Agência AutoInforme. O levantamento, que está em sua quarta edição,
avaliou a depreciação média de 115 veículos que estão entre os mais vendidos do Brasil entre os meses de agosto de 2016 e agosto de 2017. Os modelos pertencem a 24 marcas: Audi, Chery, Chevrolet, Citroën, Fiat,
Ford, Honda, Hyundai, JAC, Jeep, Kia Motors, Land Rover, Lifan, Mercedes-Benz, Míni, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Renault, Subaru, Suzuki, Toyota, Volkswagen e Volvo. O resultado é obtido a
partir das comparações entre o preço pelo qual a versão zero-quilômetro do carro foi anunciada em agosto de 2016 e o valor pelo qual o mesmo modelo seminovo foi anunciado em agosto deste ano. Os preços são retirados da Tabela Molicar, que mostra os valores de venda anunciados no mercado. Os carros que registraram grande variação de preço no período, seja pela falta de disponibilidade do modelo ou por causa de eventuais descontos repassados ao consumidor no início da pesquisa, foram desconsiderados para evitar distorções nos resultados do ranking. A perda de valor de um veículo no tempo é um dos critérios que pode guiar a compra de um carro novo. Quanto maior a desvalorização, maior será a dificuldade para revender e, consequentemente, maior será o prejuízo na hora do
Mitsubishi ASX foi o modelo que mais perdeu valor após um ano de uso em 2017
repasse. Por outro lado, se a intenção for comprar um carro seminovo, o índice de depreciação mostra quais carros usados têm valores mais distantes da sua versão zero-quilômetro e, portanto, podem representar um bom negócio. Os 19 carros que mais perdem valor na hora da revenda, de acordo com o ranking Maior Valor de Revenda de 2017. 1- Mitsubishi ASX 2- Dodge Journey
3- Audi Q5 4- Hyundai Azera 5- Hyundai i30 6 – Volkswagen Spacefox 7 – Mitsubishi Outlander 8- Fiat Weekend 9- Mitsubishi Pajero 10 – Nissan Frontier 11- Volkswagen Passat 12- BMW X5 13- Chery QQ 14- Ranger Rover Evoque 15- BMW X4 16 – Lexus CT200H 17- BMW X3 18- Audi A3 19 – Mitsubishi L200
POLÍTICA 12 fatos & notícias
08 a 15 de dezembro de 2017
Empresários participam do Fórum Turístico do Município da Serra Luzimara Fernandes FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO
A Serra é um município com um potencial turístico incrível, mas, por razões ainda desconhecidas, o setor não deslancha, o que provoca um certo prejuízo para os setores que vivem do turismo como o hoteleiro, as pousadas e os bares da cidade, por exemplo. Com um cenário que vai do agroturismo pé de serra a um litoral com belas e convidativas praias, a Serra tem tudo para ser destino de qualquer turista. Mas então, por que um município com tamanha diversidade de belezas não consegue atrair tanta gente? Procurando uma resposta para esta e outras perguntas, além de uma alternativa para o turismo local, empresários do ramo participaram, no último dia 07, da 3ª Reunião do Fórum Turístico do Município da Serra – Um novo olhar sobre o turismo regional, que aconteceu no Hotel e Churrascaria Serra Grande, em Laranjeiras, na Serra. Na ocasião foram debatidos temas pertinentes ao turismo serrano e o que deve ser feito para alavancar de uma vez por todas o setor. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), marcou presença com o analista
Da esquerda para a direita, Fabrício, Ubirajara e Gerson Ubirajara Correa Nascimento. “O Sebrae soma positivamente em um evento como este, um fórum, com diversas atividades, com palestras, consultorias, cursos e atividades de acesso ao mercado. Sobre o evento em si, acredito que, ações como esta, onde os empresários se movimentam e têm esse protagonismo de fazer a diferença na cidade, no segmento deles, são enriquecedoras, pois tem o contexto voltado para a
competitividade, para identificar quais são as oportunidades e pontos de melhorias para que o gestor do empreendimento possa promover as suas ações de mercado”, destacou Ubirajara. Fabrício Chiqueto, psicólogo organizacional e coach, e um dos organizadores do evento, disse que a realização do fórum só aconteceu devido à grande insatisfação dos empresários do setor turístico da Serra. “A mobilização, em si,
vem de um certo incômodo dos empresários e da população por a Serra não ter um turismo tão receptivo e qualificado para receber bem as pessoas, para receber mais turistas e, principalmente, àqueles que voltam à cidade e possibilitem aos empresários terem bons resultados”, critica. Fabrício acrescenta que o potencial do município é altíssimo, entretanto, o poder público ainda não atentou-se para isso. “A Serra tem um potencial turístico muito grande, mas que é mal trabalhado e a gente visa isso, hoje, de uma forma pouco construtiva. Estamos vivendo um novo momento para que o setor possa funcionar através da mobilização do setor privado, que tem uma força enorme na Serra e que essa força atinja a mobilização pública também”, disse. A falta de continuidade dos projetos, quando muda a gestão do município, foi um dos tópicos mais tratados no encontro. Foi consenso entre os presentes que a ausência de planos a médio e longo prazos também prejudica, e muito, o setor. “A maioria dos projetos realmente são muito curtos, geralmente são elaborados
para atender àquela gestão. organizador do fórum, a E a gente precisa de uma necessidade de se criar c o i s a m e l h o r n é ? elementos que alavanquem Precisamos avançar a longo o turismo no município é prazo em sustentabilidade e mais do que urgente e em projetos. Se o poder planejamento é a palavrapúblico fizer também a parte chave para dar um passo dele, veremos se teremos ou importante nesse sentido. “O intuito do fórum é não resultados”, sugeriu reunir o empresariado da Fabrício. Fazendo coro ao colega, a Serra junto à prefeitura para gerente de Contas do Hotel elaborar um planejamento Sales – da rede Accor Hotels estratégico para o turismo – Giselle Carvalho, também local, teremos um plano de questionou a omissão do ação que será seguido, poder público em ações que mesmo com a troca de p o d e m m e l h o r a r o comando na gestão pública. desempenho do setor não Criar elementos para o apenas no município, como fomento do turismo com atividades culturais, eventos em todo o Estado. “ P a r a n ó s , d o s e t o r esportivos e gastronômicos, h o t e l e i r o , é m u i t o buscar eventos corporativos importante esse incentivo para Serra e programar um d o s e t o r p r i v a d o p a r a calendário de eventos anual alavancar o nosso turismo, e s s e s s ã o o s n o s s o s que é bem escasso. Não temos incentivo do governo, então é preciso que sejam feitos mesmo eventos como este para que melhorem e alavanquem o nosso setor, trazendo mais turistas para a Serra e para o Giselle Carvalho Espírito Santo”, apontou Giselle. principais objetivos”, frisa Para Gerson Furlani, outro Gerson.