Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VIII - Nº 232
01 a 07 de janeiro/2018 Serra/ES
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fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br
Relatório identifica fraude no programa Bolsa Família PÁG.9 ECONOMIA
Falta de qualificação do trabalhador dificulta reação do emprego no País PÁG.11
Splinter é Clássico Frankenstein Carro-conceito, o primeiro automóvel de completa 200 anos PÁG. 3 madeira do mundo PÁG. 6
Crianças estudam embaixo de árvores em Moçambique
POLÍTICA Lava Jato investiga filme 'Lula, o filho do Brasil' PÁG.12
Pág.4
SAÚDE Campanha Janeiro Roxo alerta sobre a hanseníase PÁG.10
FOTO: AMANDA ROSSI
Árvores são salas de aula para mais de 400 mil crianças moçambicanas. Sob as copas, no chão de areia, estão sentadas cerca de mil crianças, com camisas azul-claro e calças azul-escuro, o uniforme escolar. Essas são as salas-árvore, ou salas-sombra. PÁG.4
2fatosMEIO AMBIENTE & notícias
01 a 07 de janeiro de 2018
Inscrições abertas O ambicioso projeto chinês de construir uma cidade para seminário com um milhão de plantas sobre água A cidade vai comportar 30 mil pessoas e será preenchida com 40 mil árvores e 1 milhão de plantas
Com o tema “Águas pela Paz”, evento será realizado nos dias 11 e 12 de janeiro em Brasília FOTO: GILBERTO SOARES/MMA
Floresta nativa da Mata Atlântica
Estão abertas as inscrições para o II Seminário Internacional Água e Transdisciplinaridade — “Águas pela Paz”, promovido pela Unesco com apoio da Agência Nacional de Águas (ANA), do Ministério do Meio Ambiente e parceiros. Nos dias 11 e 12 de janeiro, o evento reunirá especialistas no Museu Nacional da República, em Brasília, para discutir a importância dos recursos hídricos para as relações entre comunidades e nações. A participação é gratuita. Para o coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Fábio Eon, “além de ser um evento preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água, o seminário Águas pela Paz inova e contribui para trazer ao debate uma visão mais humanista da água, que vai
além do recurso natural a ser preservado”. “O seminário analisa a água como um direito de todos e um valor a ser compartilhado. Assim, pode ajudar a pautar algumas discussões do Fórum, que acontece em março”, completa o especialista. Entre os temas abordados pelo encontro na próxima semana, estão educação, arte e cultura; saberes e tradições; direitos da natureza, pesquisa e inovação na perspectiva transdisciplinar; gestão de territórios e mediação de conflitos. O seminário promoverá ainda a realização de oficinas diversas. Para os painéis de discussão, estão confirmados palestrantes de diversas nacionalidades e áreas do conhecimento. Entre eles, o líder espiritual
e humanitário brasileiro Sri Prem Baba, que vai ministrar a Palestra Magna; Beverly Rubik, doutor em Biofísica; Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco; Álvaro Tukano, diretor do Memorial dos Povos Indígenas; Moema Libera Viezzer, socióloga, educadora e escritora; Massimiliano Lombardo, oficial de Meio Ambiente do Setor de Ciências Naturais da Unesco no Brasil; e o Cardeal Dom Sérgio da Rocha, arcebispo metropolitano de Brasília. Ao final do evento, um documento produzido durante o seminário será encaminhado como contribuição aos debates do oitavo Fórum Mundial da Água e do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA 2018).
Ao mesmo tempo em que sofre com os efeitos da degradação do meio ambiente, decorrentes do seu frenético crescimento econômico, a China prepara uma cidade onde a sustentabilidade vai andar de mãos dadas com o urbanismo. Trata-se de Liuzhou, localidade situada em uma área montanhosa ao sul do país que, quando estiver pronta, vai abrigar uma floresta urbana com inúmeras espécies vegetais. A cidade vai comportar 30
mil pessoas — número modesto para um país com 1,3 bilhão de habitantes — e será preenchida com 40 mil árvores e um milhão de plantas. A intenção é que a sua cobertura vegetal absorva 10 mil toneladas de dióxido de carbono e produza 900 toneladas de oxigênio por ano. Presentes até mesmo no telhado das construções, as plantas terão a função de reduzir a temperatura interna dos ambientes e atuar como barreira acústica natural. De acordo com seus
idealizadores, os italianos do escritório de arquitetura Stefano Architetti, Liuzhou Forest City, além de poder ser acessada por uma linha férrea interligada a toda malha ferroviária do país, vai ser autossuficiente na produção de energia: painéis solares instalados no alto dos edifícios vão iluminar a cidade com energia limpa e renovável. Ainda segundo os responsáveis pelo projeto, a previsão é de que as obras sejam concluídas até 2020.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
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CULTURA 3
01 a 07 de janeiro de 2018
fatos & notícias
Por que os O que explica nosso galos cantam fascínio com Frankenstein,
antes do amanhecer? FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
No mundo animal, existem muitas perguntas que martelam a nossa cabeça e uma delas é: por que os galos cantam sempre na parte da manhã? Tantas horas para que eles possam cantar, o que faz com que eles escolham sempre o mesmo horário? Quem já teve a oportunidade de presenciar pessoalmente sabe que ele funciona como um relógio. Existe uma explicação científica para isso ou tudo não passa de mais uma dúvida sem resposta? Para tentar esclarecer esse mistério, em 2013, cientistas conseguiram chegar a algumas soluções, mas elas definitivamente não são a última palavra. Ainda há muito sobre o que pesquisar, mas algumas coisas já podem ser resolvidas. C i e n t i s t a s d a Universidade de Nagoya, no Japão, dirigidos pelo p r o f e s s o r Ta k a s h i Yoshimura, fizeram vários experimentos com galos a fim de conseguir respostas para essas perguntas. Eles pegaram diversos animais e os deixaram expostos a diversos ambientes por várias semanas. Os bichos reagiram de forma que eles puderam chegar a algumas conclusões. A equipe tentou enganar
200 anos após sua criação? Publicado pela primeira vez em janeiro de 1818, romance clássico de Mary Shelley foi adaptado para o teatro, cinema e TV e se transformou em um ícone da cultura popular
os pássaros, colocando-os aleatoriamente em ambientes com muita luz brilhante, som alto, ambientes escuros e muitos outros, podendo dizer que as aves têm um relógio interno que reage a diversos estímulos externos. Dessa forma, não tem um só motivo que faz os galos cantarem e, sim, vários deles. Embora os galos cantem religiosamente todos os dias pela manhã, esse não é o único horário em que eles soltam suas vozes. É possível presenciá-los cantando em qualquer parte do dia. Os pesquisadores concluíram que o canto dos galos tem diversas funções e, como já foi dito, eles reagem a estímulos externos. Os barulhos altos e mudanças nos níveis de luz, tudo isso é tido pelo galo como uma ameaça e ele não deixa por menos: canta para mostrar quem é que manda. Nesse caso, a função é bradar mais alto frente ao inimigo. E isso não acontece apenas nas primeiras horas do dia, mas em qualquer horário em que o animal achar que está correndo perigo. Algumas pessoas acreditam que esse é o verdadeiro motivo pelo qual eles cantam ao final da
madrugada, já que é nesse horário que o escuro começa a terminar. Mas o fato de o galo cantar duas horas antes de a luz do sol surgir ainda intriga os cientistas, que acabaram por considerar outra situação depois de suas pesquisas. De acordo com o estudo realizado, o canto do galo antes do amanhecer serve para que ele mostre às outras aves quem é que está dominando aquele território, marcando suas impressões. Como durante a pesquisa vários animais estiveram juntos o tempo todo, eles passaram a cantar quase sempre no mesmo horário, todos querendo tomar a dianteira. “Nossos dados preliminares sugerem que o galo melhor classificado tem prioridade em cantar pela manhã e o menor é paciente o suficiente para esperar e segui-lo todos os dias”, diz Yoshimura. Ou seja, para os cientistas, a iluminação nada tem a ver com a preferência das aves pelo fim da madrugada e existe, sim, uma hierarquia entre eles. Ou seja, o verdadeiro motivo pelo qual os galos cantam no período da manhã ainda não é totalmente compreendido. Marcar território ou reagir a estímulos? Mesmo depois de milhares de anos, a pergunta ainda não foi respondida definitivamente. Quando nos referimos ao mundo animal, sempre existe uma dúvida que não pode ser solucionada.
Este ano marca o 200º aniversário da publicação do clássico Frankenstein, romance de Mary Shelley (1797-1851) que teve sua primeira edição impressa em janeiro de 1818. Shelley escreveu a obra aos 18 anos, após ser desafiada pelo poeta romântico Lord Byron (1788-1824) a criar uma história de fantasma. O resultado teria um impacto monumental e seria a semente de onde surgiria um ícone da cultura popular. O romance foi publicado inicialmente sem o nome da autora e recebeu críticas mistas, mas começou a se destacar ao ser adaptado por companhias de teatro alguns anos depois. Mas foi no cinema que tornou-se um fenômeno. O primeiro filme foi feito em 1910 – desde então, houve cerca de 150 outras versões em diferentes meios. O que faz com que essa história seja um sucesso ainda hoje? E quão fiéis sãos as adaptações modernas em relação ao romance original? Os filmes de terror estabeleceram a ideia de Frankenstein como a história de um monstro assassino e irracional criado pelo homem. Mas a criação de Shelley era bem diferente. "Shelley lida com os mesmos temas tratados pelos gregos", diz Patricia MacCormack, professora de Filosofia da Universidade Anglia
Ruskin, no Reino Unido, e autora de estudos sobre obras de terror. "As boas versões
versão do clássico. "Você não se encaixa", disse ele ao site Den of Geek, ao falar sobre o FOTO: GETTY IMAGES/BBC BRASIL.COM
cinematográficas trazem a mesma visão crítica sobre a vida, a nossa busca por propósito e os papéis que desempenhamos. O monstro não escolheu existir e questiona sua própria existência: 'Como me torno uma boa pessoa?'". Na obra original, o cientista Victor Frankenstein dá vida a uma criatura com nuances, sensível e curiosa. MacCormack diz que o monstro lida com as mais fundamentais questões humanas: "É a ideia de perguntar ao seu criador qual é seu propósito. Por que estamos aqui? O que podemos fazer?". O diretor de cinema G u i l l e r m o d e l To r o , responsável por filmes como O Labirinto do Fauno (2016) e A Forma da Água (2017), descreve Frankenstein como um "livro para adolescentes por excelência" e diz que planeja um dia filmar uma
monstro. "Você foi trazido a esse mundo por pessoas que não se importam com você, e é jogado em um mundo de dor e sofrimento, lágrimas e fome. É um livro incrível escrito por uma a d o l e s c e n t e . É impressionante". O romance de Shelley contém elementos fantásticos e de horror, e é a combinação deles que tornam a história um sucesso. "Ele nos fascina porque fala da relação entre vida e morte", diz Sorcha Ni Fhlainn, palestrante de Estudos de Cinema da U n i v e r s i d a d e Metropolitana de M a n c h e s t e r, n o R e i n o Unido, e integrante do Centro de Estudos Góticos de Manchester. "A morte é absoluta. Então, a ideia de que você pode reanimar a carne é ao mesmo tempo chocante e arrebatadora".
4 EDUCAÇÃO fatos & notícias
01 a 07 de janeiro de 2018
Há um pequeno arvoredo na Escola Primária Samora Machel, em Moçambique, formado por cajueiros, mangueiras, mafurreiras (árvores típicas do sul da África) e acácias. Não está ali para dar frutas, flores ou servir de espaço para brincadeiras. Recostados nos troncos, há quadrosnegros. Sob as copas, no chão de areia, estão sentadas cerca de mil crianças, com camisas azul-claro e calças azul-escuro, o uniforme escolar. Essas são as salasárvore, ou salas-sombra. "Aqui temos uma terceira classe, que funciona debaixo dessa árvore linda, que no fim vai nos dar uma fruta muito gostosa. Mas serve de sala", afirma Joana Bazine, diretora pedagógica da escola, que tem 61 turmas em salas-árvores e 42 em salas de aula convencionais. No total, são mais de 3 mil crianças estudando embaixo das árvores. "Quando eu vejo uma mangueira, não vejo como árvore, vejo como sala. A Mangueira 1".
FOTO: AMANDA ROSSI
Árvores são salas de aula para mais de 400 mil crianças em Moçambique
A escola, que leva o nome do primeiro presidente de Moçambique, não está nos recônditos isolados do país, mas, sim, a apenas 30 quilômetros do Ministério da Educação, na região metropolitana de Maputo, a capital. E não é a única. Em todo o país, existem mais de 7,8 mil turmas estudando embaixo de árvores, de acordo com dados de 2016. Como a média nacional é de 60 alunos por turma, isso dá
mais de 400 mil alunos. A maioria deles da primeira fase do ensino primário, da 1ª à 5ª série – crianças de 6 a 10 anos. "Há escolas com muito mais alunos embaixo das árvores do que nós", diz Joana, que trabalha há mais de duas décadas com educação. "As árvores são preciosas. Dali, devem sair professores, engenheiros, advogados". Moçambique, no Sul da
África, tem uma das piores condições de educação do mundo. Segundo avaliação nacional, após os três primeiros anos na escola, apenas 5% das crianças conseguem ler uma frase simples e 7% podem fazer cálculos básicos . Para comparação, no Brasil, metade das crianças tem leitura considerada suficiente até a 3ª série. O abandono escolar também é frequente. Cerca
de metade das crianças que entram na escola completam o ensino primário (até a 7ª série). "Na região, Moçambique é o país que tem os maiores desafios na área da educação", afirma Michel Le Pecheoux, representante do Unicef em Moçambique. Mas há um dado positivo: a maioria das crianças está na escola. Hoje, mais de 80% estão matriculadas no ensino primário. É o dobro do registrado no final dos anos 1990. “O país partiu de uma taxa de escolarização muito baixa e conseguiu resultados muito rápidos. O problema é a qualidade", explica Le Pecheoux. "Como havia muitas crianças fora da escola, foi mais uma corrida para matriculá-las do que se focar no que estavam aprendendo. A situação era tão grave que estava claro que os resultados seriam difíceis de atingir” Faltam 28 mil salas de aula para o ensino primário e 7 mil para o secundário,
segundo o Ministério da Educação de Moçambique. Mas, na última década, só foram construídas 700 salas ao ano. Nesse ritmo, seria necessário meio século para acabar com o déficit e, assim, não precisar mais das salas-árvore. A consequência é que as crianças são incluídas no sistema escolar, mesmo quando não há condições adequadas para recebê-las. "Qualquer criança que queira estudar a gente acolhe. Nós não recusamos alunos, porque toda criança tem direito à educação", diz a diretora Joana. "É uma situação difícil, mas esforços têm sido feitos anualmente para proporcionar e melhorar o ambiente de ensinoaprendizagem dos alunos", informou, por nota, o Ministério da Educação de Moçambique. Acrescentou ainda que tem mobilizado mais recursos para construção de salas e aquisição de carteiras e de materiais didáticos..
RELATÓRIO DA UNESCO COLOCA EM XEQUE POLÍTICAS DE RESPONSABILIZAÇÃO Aos poucos, bom senso e evidências materiais convergem no universo da educação. Lançado em outubro pela Unesco, o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2017 lança alerta sobre os programas de responsabilização que jogam foco apenas ou acentuadamente nos professores. Segundo o documento, fazer com que os maus resultados em testes de larga escala recaiam apenas no colo docente é injusto e ineficaz. No que diz respeito à incorporação da ideia da educação como direito, os avanços são consistentes. A seguir, alguns tópicos do relatório destacados pela Associação dos Jornalistas de Educação (Jeduca):
82% de 196 países incorporaram o direito à educação em seu ordenamento jurídico. Em 55% deles, é possível processar o governo pela violação desse direito, o que já ocorreu em 41% desse total. No mundo, 264 milhões de crianças e jovens não frequentam a escola. Entre 2000 e 2015, a taxa de alfabetização de adultos aumentou de 81,5% para 86%. Nos países de baixa renda, é de 60%. O número de adultos não alfabetizados caiu 4% no período, para 753 milhões. Há 27% menos jovens não alfabetizados, mas eles ainda são 100 milhões no mundo. Em 128 países, considerando 90% da população mundial em idade para frequentar a educação
secundária, menos de 25% concluíram os anos correspondentes à etapa em 40 países (2010-2015). Só 14 países tiveram taxa de conclusão igual ou maior a 90%.
De 86 países, 42 possuem legislação ou políticas de educação inclusiva em escolas comuns. O número de países com mais de 20% dos estudantes matriculados
em escolas particulares aumentou entre 2005 e 2015: passou de 30% para 36% na educação primária e de 34% para 37% no primeiro nível da educação secundária (fundamental 2).
POLÍTICA 5
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fatos & notícias
BLOG DO PACHECO jorgepachecoindio@hotmail.com/jornalfatosenoticias.es@gmail.com
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos. Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver”, Martin Luther King Filha de Roberto Jeferson, Cristiane Brasil, é a nova ministra do Trabalho
Pois é gente! O papai Roberto Jeferson até chorou de emoção por ter a filha indicada para o importante posto no governo Temer. Ela é deputada federal e assumirá o cargo deixado pelo também deputado Ronaldo Nogueira (PTBRS), que pediu demissão no dia 27 de dezembro. O PTB chegou a indicar, primeiro, o deputado federal Pedro Fernandes (PTBMA), mas, vejam só, o Pedro foi barrado! E quem barrou foi o próprio Temer depois que ouviu um veto do ex-presidente, José Sarney (PMDB-MA). Estranho não é?? Afinal quem é que manda? O próprio Pedro Fernandes gritou, (sic): “Fui vetado pelo Sarney”! Roberto Jefferson é presidente nacional do PTB e condenado pelo STF no processo do mensalão. E a deputada Cristiane Brasil, sua filha, é citada na delação da Odebrecht como beneficiária de caixa dois de campanha no valor de R$ 200 mil. Que coisa hein!!!??? Não é de
estarrecer? Depois não me venham dizer que o General/Estadista Charles André Joseph Marie de Gaulle não tinha razão!! Nesse imbróglio o destaque é sempre o nosso Pinóquio Presidente.
* Temer dá guarida (e ouvidos) a dois antigos mensaleiros Condenados no mensalão, mas já livres de suas penas e longe da cadeia, os exdeputados Valdemar Costa Neto, do PR, e Roberto J e ff e r s o n , d o P T B , s e detestam. Bateram boca ROBERTO JEFFERSON
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será julgado no próximo dia 24, pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. O relator do processo na 8ª turma, desembargador João Pedro Gebran Neto concluiu seu voto no dia 1º dezembro e o repassou ao revisor, Leandro Paulsen. Este último, que também é o presidente do colegiado, autorizou a entrada do julgamento do expresidente. Lula fechou o ano, assim, com motivos de sobra para não ter o que brindar. O ato do relator significa que seu voto, mantendo ou não a
condenação imposta por Sérgio Moro no dia 12 de julho, está pronto. Primeiro motivo para Lula não estourar champanhe: o TRF4 marcou o julgamento para 24 de janeiro. Segunda razão que lhe azedou o réveillon: o tribunal, na maioria das vezes, tem mantido as condenações de Moro e dobrado as penas. Se reafirmada a decisão, Lula se torna ficha suja e dá adeus à uma possível candidatura ao Planalto. Lula se tornou em 2017 o primeiro ex-presidente condenado criminalmente no País sob o regime democrático. Apesar dessa lenga-lenga toda, verdadeira novela
estilo mexicano, Lula procura demostrar um semblante bastante sereno até meio sorridente em suas aparições na mídia. Diga aí, não é uma longa e chata novela? E o Lula, o que diz diariamente? (sic) “Leio todo dia que já estou condenado” . Só para dar números finais ao meu blog, vejam isto. Lula aumentou o seu patrimônio pessoal em 360%, após o fim de seu segundo mandato em 2010. A soma de seus bens chegou a R$ 8,8 milhões em dezembro de 2015. Em 2010, o ex-presidente tinha patrimônio de R$ 1,9 milhão. Então podemos deduzir que o milagre da
publicamente quando Jefferson revelou o esquema em 2005. Mas eles guardam ao menos uma semelhança: são próximos do presidente da República Michel Temer e ambos têm trânsito livre no Palácio do Planalto.
* E o Lula, hein? Realmente esses políticos são mesmo incríveis!!! E o Lula? Agora vamos a mais um capítulo dessa novela – Defesa insiste para que Lula seja ouvido antes do julgamento no TRF4. Cinco meses após a condenação no chamado processo do tríplex, o caso VALDEMAR COSTA NETO
multiplicação chegou à casa de Lula e, em cinco anos, ele teve um incrível aumento de 6,9 milhões em seus bens. Ao justificar à Polícia Federal que o seu patrimônio vinha de suas palestras de Us$ 200 mil, Lula disse: "Quando deixei a presidência, eu era o melhor presidente do século 21". É ou não é muita prepotência?
Jorge Pacheco
6 TECNOLOGIA 01 a 07 de janeiro de 2018 fatos & notícias
O primeiro carro feito de madeira Motor não é de madeira, mas é um V8 de mais de 600 cavalos FOTO: TEK NERD/AUTO ESPORTE
Um carro é uma grande estrutura de metal sobre rodas, certo? Não para o engenheiro norteamericano Joe Harmon, que acaba de finalizar a construção de um superesportivo composto por 90% de madeira. Batizado de Splinter, o carroconceito apareceu no salão de Essen, na Alemanha, em novembro do ano passado e é equipado com um motor V8 de 7.0 litros, que desenvolve pelo menos 600 cavalos de potência, acompanhado de transmissão manual de 6 velocidades. Splinter é um supercarro construído a partir de compósitos de madeira, o corpo e o chassi, juntamente com grandes porcentagens dos componentes da suspensão, rodas e interior e outros detalhes foram feitos de madeira.
O chassi é feito a partir de uma série de laminados dobrados e moldados, que foram rebitados e unidos com maneira secundária. Um molde personalizado foi construído para cada componente do chassi, e esses componentes foram formados, ajustados, aparados e unidos para comportar a estrutura geral. A ideia nasceu quando Harmon, ainda na faculdade, criou um projeto para mostrar novos usos para a madeira. O objetivo era usar o material renovável em todas as peças em que fosse possível. Desde o chassi até a carroceria, tudo é feito de compostos de carvalho, nogueira, cerejeira, e outras árvores. Cada roda, por exemplo, possui um total de 275 partes. O trabalho de design e fabricação das peças levou cinco
anos. O esportivo tem 4,4 metros de comprimento e 2,66 metros de distância entreeixos. O motor de alumínio fica na parte central do Splinter, logo atrás dos dois ocupantes, que precisam se contorcer para entrar pela janela minúscula, já que não há porta. Interessante não é mesmo? A inspiração para o desenho veio de um avião da 2ª Guerra Mundial, que também era feito de madeira. “É o nosso único material de construção naturalmente renovável. Uma ínfima quantidade de energia é necessária para produzir e é totalmente biodegradável”, afirma Harmon em seu site.
Bovino gigante extinto pode voltar a existir FOTO: DIVULGAÇÃO/REPRODUÇÃO
Os auroques eram um tipo de bovino que foi extinto em 1627, quando o último da espécie morreu em uma floresta na Polônia. Agora, quase 400 anos depois, eles podem voltar a caminhar na Terra graças aos avanços da tecnologia: os cientistas estão perto de reviver o animal ancestral das vacas e dos touros. A Operação Taurus, por exemplo, cria 300 vitelos com traços de DNA dos auroques. Os cientistas selecionam os gados com características mais parecidas às dos animais extintos e tentam recriar a espécie nos dias de hoje. A cada nova geração, os bezerros ficam mais parecidos com os auroques originais, tanto no tamanho quanto no comportamento. E olha que os auroques eram bem grandinhos: passavam tranquilamente dos dois metros de altura e pesavam mais de uma tonelada. Raças como a Podolica, a Busha e
a Maremmana possuem traços de seus antepassados e são usadas nos estudos que tentam trazer os auroques de volta à vida. Apesar disso, os autores desses projetos acreditam que “nunca seremos capazes de ter um auroque 100% “original”. Esse gado selvagem ajudou a moldar a paisagem e a geografia de toda a Europa. Trazê-lo à vida seria uma forma de resgatar essa evolução e incentivar o turismo. Outros animais extintos, como o mamute e o moa (uma ave com 3,5 metros de altura), também fazem parte dos projetos que buscam a “desextinção”. Os auroques aparecem em várias pinturas rupestres, mostrando que eles foram muito importantes para o desenvolvimento humano, principalmente na agricultura. Isso também é um incentivo para que os cientistas consigam trazê-los de volta à vida.
01 a 07 de janeiro de 2018
CIÊNCIA 7 fatos & notícias
Buracos negros controlam a formação das estrelas, diz estudo Estudo fornece primeira evidência observacional de que a quantidade de estrelas em uma galáxia depende da massa do buraco negro no centro desta última Em galáxias jovens, as estrelas se formam em um ritmo acelerado. Mas, conforme a galáxia evolui, os novos astros param de surgir. Até agora, astrônomos nunca conseguiram compreender totalmente esse fenômeno – embora já suspeitassem que ele tivesse algo a ver com o buraco negro que está localizado no centro de cada galáxia. Um novo estudo publicado na revista científica Nature forneceu a primeira evidência observacional para essa teoria: os autores sugerem que a massa do buraco negro seja responsável por determinar quando a formação de estrelas deve cessar, determinando a quantidade de astros daquela galáxia. “Estivemos considerando o 'feedback' [efeito provocado pelos buracos negros] para que as simulações funcionassem, sem nem saber realmente como isso acontece”, disse em comunicado o astrofísico Jean Brodie, professor da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (UC Santa Cruz), nos Estados Unidos, e coautor do artigo. “Esta é a primeira prova de observação direta, por meio da qual podemos ver o efeito do buraco negro na história da formação de estrelas da galáxia”.
FOTO: JPL-
CALTEC
Toda galáxia tem um buraco negro com mais de um milhão de vezes a massa do Sol em seu centro. Ele nunca foi visto diretamente, pois buracos negros absorvem qualquer forma de luz, mas sua presença foi percebida por meio dos efeitos gravitacionais que ele provoca nas estrelas da galáxia e, às vezes, pelo estímulo que ele provoca na radiação energética de um núcleo galáctico ativo (AGN, na sigla em inglês). A energia que ele fornece para uma galáxia de um núcleo galáctico ativo, acreditam os
H/NASA
cientistas, poderia desligar a formação de estrelas por aquecimento e dissipação do gás que, em outros casos, continuaria a se condensar para formar novos astros. Essa teoria existe há décadas e os astrofísicos descobriram que, se considerassem os efeitos do buraco negro na hora de fazer os cálculos, as simulações da evolução da galáxia apresentavam valores bem próximos às propriedades efetivamente observadas. Mas, até então, evidências observacionais
dessa correlação ainda estavam faltando. Liderado pelo astrofísico Ignacio Martín-Navarro, pesquisador na UC Santa Cruz, o estudo recémpublicado utilizou como objeto de estudo galáxias cuja massa do buraco negro central já era conhecida. A partir disso, os autores determinaram o histórico de formação estelar nas galáxias analisando o espectro detalhado da luz presente nelas, que foi obtido pelo telescópio Hobby-Eberly, localizado no estado americano do Texas. Esse telescópio utiliza a espectroscopia para estudar galáxias massivas. A espectroscopia permite que os astrônomos separem e meçam os diferentes comprimentos de onda da luz que um objeto emite. Martín-Navarro e sua equipe utilizaram análises computacionais para investigar o espectro de cada galáxia e reconstruir o histórico de formação de suas estrelas, determinando a idade das populações de astros que mais se adequava aos dados. Quando a equipe comparou o histórico de formação estelar em galáxias com buracos negros de diferentes massas, encontrou
diferenças marcantes. E, segundo os autores, essas diferenças estavam relacionadas apenas com a massa do buraco negro e não com a morfologia, tamanho ou outras propriedades da galáxia. “Para galáxias com a mesma massa de estrelas, mas diferentes massas do buraco negro central, as galáxias com maiores buracos negros tiveram [a formação estelar] interrompida mais cedo e mais rápido do que aquelas com buracos negros menores. Portanto, a formação de estrelas durou mais tempo nas galáxias com buracos negros centrais menores”, disse Martín-Navarro. Ainda assim, o estudo não fornece evidências sobre de que forma e por que os buracos negros influenciam a formação das estrelas. “Existem diferentes formas que um buraco negro pode colocar energia dentro da galáxia e teóricos têm todos os tipos de hipóteses para explicar como ocorre a interrupção [da formação estelar]”, afirma o também astrofísico da UC Santa Cruz e coautor do estudo Aaron Romanowsky. “Mas ainda existe mais trabalho a ser feito para encaixar essas novas observações nos modelos”.
China ultrapassa EUA como maior financiador público de pesquisa agrícola A China ultrapassou os Estados Unidos por larga margem e já se tornou o maior financiador governamental de pesquisa e desenvolvimento agrícola (P&D). De acordo com o Portal Agriculture.com, enquanto a China ampliou o investimento público no setor, tanto as fontes federais como estaduais norte-americanas começaram a cortar o financiamento estatal na última década. Segundo três economistas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), a China assumiu a liderança global em 2009 e abriu uma vantagem de “2 para 1” ainda em 2013.
Eles afirmam que essa redução de gastos dos EUA “pode ter implicações negativas para a produtividade agrícola” ao lidar com novas pragas e doenças com alterações climáticas. “Os efeitos do declínio no P&D agrícola público provavelmente se tornarão mais acentuados com o passar do tempo, se o ritmo dos avanços fundamentais nas ciências agrícolas diminuir. A escassez de financiamento dos EUA em pesquisa e desenvolvimento agrícola também traz implicações para o engajamento dos EUA com a comunidade global de
pesquisa”, sustentam os economistas Matthew Clancy, Keith Fuglie e Paul Heisey em uma revista do USDA. De acordo com os especialistas, o declínio no financiamento do setor público foi compensado pelo aumento nos investimentos da pesquisa privada, e é provável que isso siga ocorrendo conforme forem avançando os direitos de propriedade intelectual e o acesso a novos mercados. No entanto, eles observam que os pesquisadores públicos e privados buscam objetivos diferentes, e por isso essa “compensação” não substitui o apoio estatal.
8 SAÚDE
fatos & notícias
01 a 07 de janeiro de 2018
Pesquisa permite eliminar malária por transmissão local no Amazonas O Parque Nacional do Jaú, localizado no Amazonas, não registra casos de malária por transmissão local desde 2013, graças a projeto do Instituto O s w a l d o C r u z (IOC/Fiocruz), agraciado, em 2017, pela Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) com o prêmio Campeões contra a Malária nas Américas. Para a coordenadora do projeto e pesquisadora do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC, Simone Ladeia Andrade, o prêmio concedido pela Opas estimula a academia a
desenvolver projetos de pesquisa aplicada para auxiliar os programas de controle de doenças do Ministério da Saúde. “Outra coisa é que esse trabalho que vem sendo feito há anos é para estimular o governo do estado a se empenhar em controlar a malária em áreas urbanas”, disse a pesquisadora à Agência Brasil. Para ela, isso é importante porque os poucos casos registrados no ano passado no parque foram de malária importada de centros urbanos. Já não há mais casos de transmissão local.
Simone informou que, em 2013, houve o último caso de malária por Plasmodium falciparum, parasita causador da doença com maior risco de agravamento. “De lá para cá, houve casos isolados de malária por Plasmodium vivax, a partir de casos importados das cidades. No fim de 2017, Simone disse que houve poucas ocorrências porque as pessoas que moram no parque, em área isolada dentro da floresta, viajaram para a sede do município, em área urbana. “Pegaram malária lá e voltaram para o parque. Casos importados da
FOTO: GETTY IMAGES
cidade”, assegurou. A pesquisadora disse, ainda,
que endemia no parque já não existe mais. “Não tem
mais transmissão”.
Cientistas identificam o que faz o cérebro bloquear memórias indesejáveis
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Baixos níveis de ácido gama-aminobutírico podem estar associados à esquizofrenia
Está difícil esquecer aquela bronca do seu chefe chato? A b r i g a c o m o companheiro? Ainda é domingo e não consegue tirar da cabeça o trabalho a fazer na segunda? Culpe o
GABA, como é chamado o ácido gama-aminobutírico. Uma pesquisa comandada pelo neurocientista da Universidade de C a m b r i d g e , Ta y l o r W. Schmitz, apontou o GABA,
um neurotransmissor inibidor presente nos mamíferos, como fundamental para suprimir pensamentos e memórias indesejáveis. Para chegar à conclusão,
os pesquisadores utilizaram um equipamento raro e caro, chamado Ressonância M a g n é t i c a Espectroscópica, ou MRS na sigla em inglês. Com ele, além das imagens da atividade do cérebro, é possível identificar também a química que rola dentro da cabeça. Depois, reuniram 24 jovens saudáveis e, enquanto eram monitorados pelo MRS, os colocaram para jogar. Com um controle com dois botões na mão, foram orientados a apertar um ou outro botão de acordo com as cores que apareciam. O joguinho foi repetido com insistência, até que os participantes já apertassem botões sem nem pensar direito. Foi então que os
pesquisadores introduziram um novo desafio: se a luz fosse acompanhada por um som, nenhum botão deveria ser apertado. Não parece nada muito difícil, mas o teste é normalmente utilizado por cientistas para testar o controle sobre pensamentos e memórias. Quem se sai melhor é porque tem mais domínio sobre seus impulsos ativados pela memória. As pessoas com maior presença do GABA no hipocampo — a região do cérebro responsável pela memória — foram as que se saíram melhor no teste. Para
os pesquisadores, o resultado sugere que algumas doenças mentais, como a esquizofrenia, podem estar relacionadas a baixos níveis de GABA no cérebro. “Nossa habilidade de controlar pensamentos é fundamental para nosso bem-estar”, afirmou o professor Michael Anderson, que participou do estudo. “Quando perdemos essa capacidade, isso causa alguns dos mais debilitantes sintomas das doenças psiquiátricas, como alucinações patológicas e persistentes preocupações”.
01 a 07 de janeiro de 2018
GERAL 9 fatos & notícias
Serras do Sul e noroeste da Amazônia têm maior estoque de carbono no solo Um mapa digital, produzido pela Embrapa Solos, mostra quanto os solos brasileiros estocam de carbono. Sediada no Rio de Janeiro, a unidade calculou a quantidade de carbono em uma profundidade de 0-30 centímetros nos solos do País. De acordo com o levantamento, o estoque é de aproximadamente 36 bilhões de toneladas de carbono. Por meio do mapa, foi constatado que as maiores manchas de acúmulo de carbono acumulado estão nas serras gaúcha e de Santa Catarina e no noroeste da Amazônia. O pesquisador da
áreas agricultáveis, a alta quantidade de carbono é um bom sinal porque os solos no Brasil são intemperizados e retêm pouco nutriente. “Um pouco de carbono que coloca no solo já dá um bom aporte para acumular nutrientes para as plantas”, disse. Com dados de 1958 a 2010, o mapa reúne informações sobre qualidade do solo, chuvas, vegetação e temperatura média do ar. Os dados servem para subsidiar políticas públicas sobre planejamento territorial, por exemplo, o governo tem elementos para identificar onde podem ser colocadas
FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
Embrapa Solos, Gustavo Vasques, explica que as regiões de alta altitude, como nas serras do Sul, a tendência de o carbono acumular ocorre porque o solo degrada mais devagar devido ao frio.
Vasques informou que o estoque de carbono no solo é essencial para redução das emissões de gases de efeito estufa, mitigação do aquecimento global e fertilidade das terras. De acordo com ele, em
áreas agrícolas com maior possibilidade de produtividade. “É olhar onde estão manchas de carbono, onde você tem solos que pode preservar, onde teria que botar políticas para melhorar o carbono do solo. É como se fosse um indicador de fertilidade do solo, de qualidade em geral, tanto para a agricultura, como para sustentar serviços ambientais e outros usos”, disse o pesquisador. O mapa tem resolução espacial aproximada de um quilômetro. A Embrapa Solos trabalhou durante quatro anos na elaboração do mapa, junto com a
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), por meio da Aliança Mundial pelo Solo, da qual o Brasil faz parte. Antes do texto final, três versões preliminares foram elaboradas pela Embrapa Solos em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O documento brasileiro faz parte do mapa global de carbono orgânico do solo divulgado na sede da FAO, em Roma, no início de dezembro do ano passado. Vasques acrescentou que a ideia é ampliar o levantamento, com dados a respeito do teor de argila e de areia e PH do solo.
CGU identifica 346 mil cadastros fraudados no Bolsa Família Fraudes geraram prejuízo da ordem de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos em pagamentos irregulares no programa durante dois anos FOTO: ALINA SOUZA/ESPECIAL PALÁCIO PIRATINI/FOTOS PÚBLICAS
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) localizou 346 mil cadastros fraudados no Programa Bolsa Família. Segundo o relatório divulgado na quinta-feira (4), mais de 2,5 milhões de famílias recebiam o benefício mesmo com indícios de “inconsistência cadastral”, o que teria gerado prejuízo de R$
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
1,3 bilhão aos cofres públicos em pagamentos irregulares. O Bolsa Família foi criado em 2003, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para atender famílias em condições de extrema pobreza. Apenas famílias com renda de até R$ 170 por pessoa tinham direito ao benefício. Essa auditoria da CGU
identificou 5,2 mil famílias que tinham renda maior do que dois salários mínimos (R$ 1.874) e, mesmo assim, recebiam a bolsa. No documento, o órgão afirma que, se as fraudes forem comprovadas, as famílias estarão sujeitas a “sanções legais, tais como devolução de valor, impossibilidade de
retornar ao programa por um ano, sem prejuízo da responsabilização criminal”. “O Ministério de Desenvolvimento Social aplicou o bloqueio dos benefícios para os casos em que as famílias tiveram renda per
capita inconsistente”, diz a pasta. A CGU recomendou também na auditoria que o controle de cadastro de famílias ao Programa Bolsa Família seja aperfeiçoado pelo Ministério de Desenvolvimento Social.
10 GERAL fatos & notícias
01 a 07 de janeiro de 2018
CAMPANHA JANEIRO ROXO ALERTA SOBRE A HANSENÍASE Governo e associações médicas fazem a campanha 'Janeiro Roxo' com foco no combate à hanseníase. Em Mato Grosso, um menino de 11 anos, portador da doença, morreu no primeiro dia do ano, que marcou também o início da campanha. A criança foi internada no domingo (31) com infecção generalizada e morreu na madrugada do dia 1º de janeiro, no Hospital Regional de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá. Daniel Rodrigues Santiago era portador de hanseníase multibacilar e estava em tratamento há três meses. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), Mato Grosso registra as maiores taxas de detecção de hanseníase do País. Em 2016, foram detectados 2.658 casos novos, o que equivale a 80,4 registros para cada 100 mil
habitantes. O índice representa uma redução em relação a 2015, que teve taxa de detecção de novos casos da doença de 93 para 100 mil habitantes, totalizando 3.037 registros. A técnica do Programa
Estadual de Controle de Hanseníase de Mato Grosso Rejane Finotti relatou que a morte está sendo investigada e os médicos trabalham com a hipótese de intolerância aos medicamentos. "Não ocorre óbito por hanseníase.
O que pode ocorrer é i n t o l e r â n c i a medicamentosa. Logo no início do tratamento, [o paciente] é orientado a procurar a unidade de saúde caso sinta algum sintoma diferente", disse.
A morte do menino em Mato Grosso reforça a importância do combate e prevenção à doença. Este mês, diversas organizações da sociedade civil, ministério e secretarias de Saúde promovem a campanha Janeiro Roxo. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Cláudio Salgado, nos últimos 10 anos o número de casos caiu no País, mas a falta de tratamento dos casos existentes elevou o número d e p e s s o a s c o m incapacidade física. "Sabemos que a nossa rede de atenção básica não está funcionando a contento, deveria funcionar melhor, as referências não estão sendo capacitadas, estão sobrecarregadas. Temos feito diagnósticos tardios. Te m o s m a i s p e s s o a s chegando para fazer o tratamento, já que há
capacidade física instalada, o que significa que você vai ter mais problemas e vai sobrecarregar ainda mais o sistema", desabafa Cláudio. A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível. Embora tenha cura, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente. A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase imediatamente.
Conheça a cerveja feita de abóbora O ÇÃ
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É notória a paixão que os americanos têm pela abóbora. Nas festas de Dia das Bruxas (Halloween) o fruto domina a paisagem, escavado em formato de cabeça com uma vela acesa na boca. A admiração vai além: os EUA são líderes mundiais na produção de cerveja feita com abóbora. Ta n t o q u e a n u a l m e n t e acontece o Grande Festival da Cerveja de Abóbora. Realizada em Seattle (noroeste do país), a edição do ano passado foi a de número 13, ocupou um centro de convenções nos dois últimos fins de semana de setembro, reunindo 50 cervejarias que têm no seu portfólio alguma gelada feita com o fruto. Um fazendeiro local conseguiu colher uma abóbora gigante, com mais de 800 quilos. Os mestres cervejeiros da empresa se encarregarão de transformar o monstro em 950 litros da bebida.
Realizar esse feito não é uma tarefa fácil. Com furadeiras, serras e maçaricos, eles tiram a tampa do fruto, que pode chegar a mais de 40 quilos. Depois, as sementes são retiradas e a polpa, escavada. Tudo tem de ser feito com muito cuidado, pois uma parte do processo de produção é feito dentro da própria casca do fruto, que fica imprestável caso apresente rachaduras ou furos fora de lugar. D o l a d o d e c á d o E q u a d o r, dificilmente será possível provar o produto, previsto para estar pronto agora em janeiro. Os moradores de Seattle não devem deixar uma gota sair pra fora da cidade. A bebida de abóbora é engarrafada à mão e destilada com suco de abóbora assada, dentes de alho, canela, gengibre, noz moscada, Madagascar Bourbon e um gim no estilo ocidental. Sim, é um trabalho árduo e o exemplo perfeito de um verdadeiro trabalho de amor. Em cada temporada, é realizado um pequeno lote, e quando ele acaba, você precisa esperar até o próximo ano… A Pumpkin King Cordial é vendida por $ 19,99.
ECONOMIA 11
01 a 07 de janeiro de 2018
Brasil usa 7,6% do seu território com lavouras Ministério da Agricultura considera que dados reforçam cálculos da Embrapa sobre preservação na agricultura nacional
fatos & notícias
Falta de qualificação do trabalhador dificulta reação do emprego no País Deficiência na formação profissional básica é apontada como principal entrave para a contratação por empresas entrevistadas pela Fundação Dom Cabral FOTO: MARCELLO CASAL JR/ABr
FOTO: REPRODUÇÃO/NASA
Mapeamento da Nasa mostra áreas usadas como lavouras em todo o mundo Números da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) apontam que o Brasil usa, para as lavouras, o equivalente a 7,57% do seu território. Essa superfície também corresponde a apenas 3,41% da área cultivada em todo o mundo. Os dados estão disponíveis na internet e fazem parte de um mapeamento feito pela instituição que serve como suporte para trabalhos relacionados à segurança alimentar. O mapeamento considera que o Brasil tem uma extensão territorial pouco acima de 845 milhões de hectares. Desse total 63,99 milhões são utilizados como áreas de cultivo. É bem menos, por exemplo, que os Estados Unidos. O território americano tem 914 milhões
de hectares, dos quais 167 milhões são cultivados, o equivalente a 18,34% da área nacional e 8,95% em proporção global. A Dinamarca cultiva 76,8% do seu território, de acordo com o levantamento da Nasa. Na Irlanda, a proporção chega a 74,7%; nos Países Baixos, 66,2%; no Reino Unido 63,9%; e na Alemanha 56,9%. Em nível global, o país com maior proporção de área agrícola é a Índia. Com 179,8 milhões de hectares (60,45% do país), os indianos cultivam 9,6% do território do planeta, informa o mapeamento. Na visão do Ministério da Agricultura (Mapa), os dados da Nasa sobre o Brasil estão em alinhados com os cálculos da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e reforçam a posição de vanguarda do país em matéria de preservação ambiental na atividade agrícola. A Embrapa Te r r i t o r i a l c a l c u l a a ocupação agrícola do Brasil em 65,91 milhões de hectares, o equivalente a 7,8% do território nacional. De acordo com o Ministério, o ministro Blairo Maggi pretende colocar esses números em um discurso que fará na Alemanha, este mês. Ele foi convidado para participar do painel de abertura do Fórum Global para Alimentação e Agricultura, em Berlim, capital alemã. O evento será entre os dias 18 e 20 deste mês, durante a Semana Verde Internacional.
Preço da gasolina sobe 9,16% e atinge R$ 4,099 por litro O preço médio da gasolina nos postos do País subiu 9,16% em 2017, chegando a 4,099 reais por litro na última semana do ano. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O diesel e o etanol também subiram no período. O valor apurado entre os dias 24 e 30 de dezembro é o maior valor registrado para a gasolina na série histórica que começa em 2013. O levantamento da
ANP, contudo, não ajusta os preços anteriores conforme a inflação. A pesquisa considerou os valores cobrados aos consumidores em 3.166 estabelecimentos. Desde julho, a Petrobras adota uma política de reajustes que permite alterações diárias nos valores cobrados das distribuidoras pelos combustíveis. Nesse período, o preço praticado pela estatal na gasolina subiu 30%. A
estatal não revela qual a fórmula usada para os reajustes, mas diz que a conta considera fatores como variação no preço internacional e o câmbio. Os postos têm liberdade para estabelecer o preço final, mas o valor pago nas distribuidoras é um componente nesta conta. A variação ao consumidor no período foi de 16,8%, de acordo com o levantamento da ANP.
Um efeito positivo da saída do País da pior recessão econômica da história é um alívio no mercado de trabalho. A taxa de desemprego caiu de 13,7% no começo do ano para 12,2% no trimestre encerrado em outubro e a criação de vagas formais mostra sinais de reação há sete meses. A qualidade da retomada, no entanto, se sustenta em bases frágeis. O principal catalisador da redução do desemprego tem sido a ocupação informal, de trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria. Usualmente, têm escolaridade menor. Numa situação assim, volta a nos assombrar um problema antigo: o grande contingente de brasileiros com baixa qualificação. Uma pesquisa inédita da fundação Dom Cabral (FDC) mostra que a deficiência na formação básica dos profissionais é o principal entrave na hora de contratar. No total, 48% das empresas citaram essa variável como o maior problema. Em seguida, aparecem a falta de experiência na função
(41%) e só em terceiro lugar a discordância salarial entre o que a empresa quer oferecer e o que o candidato quer receber (23%). O levantamento foi feito com 201 empresas de grande porte no País, distribuídas em todas as regiões. Juntas, elas empregam 936 mil funcionários em tempo integral. De acordo com a pesquisa, as áreas que mais enfrentam dificuldades para contratação são as de logística (22%), produção (30%) e comercial (23%). No caso de logística, diante das inovações tecnológicas constantes no setor, as profissões de “motorista” e “técnico” (manutenção) são as com maior dificuldade de contratação. Os principais motivos são a carência de profissionais capacitados e falta de experiência na função. “Devido à dificuldade de encontrar profissionais plenamente preparados para desempenhar suas funções, as empresas procuram trabalhadores cujo perfil mais se enquadra na função e realiza treinamentos”, diz o estudo.
Na área comercial, os principais obstáculos são atender a pretensão salarial dos candidatos e a falta de experiência na função. Já em produção, o principal problema é a baixa qualidade na formação básica e uma formação superior dissociada da realidade da empresa. A combinação entre desemprego ainda alto e escassez de mão de obra qualificada dificulta uma recuperação célere do mercado de trabalho, com impactos para a economia. Para o ex-ministro do Trabalho Paulo Paiva, professor da FDC, a alternativa óbvia para equacionar o problema é investir em educação. “É o que melhora o nosso capital humano. Negligenciamos isso por muitos anos”, diz. “Fica mais assustador quando nos confrontamos com mudanças tecnológicas constantes. O grande desafio brasileiro no longo prazo é como melhoramos a produtividade do trabalho, que tem a ver com formação, e também a competitividade do País como um todo”.
POLÍTICA 12 fatos & notícias
01 a 07 de janeiro de 2018
Lava Jato investiga filme 'Lula, o filho do Brasil' A Operação Lava Jato mira mais um alvo ligado ao expresidente da República Luiz Inácio Lula da Silva: o filme que conta sua história. Já foram chamados para prestar depoimento o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antônio Palocci (Casa Civil/Fazenda – governos Lula e Dilma Rousseff). A Polícia Federal investiga o financiamento do longa 'Lula, o filho do Brasil' e “a participação de personagens envolvidos no tema, em especial Antônio Palocci Filho, junto a empresas”. A cinebiografia do petista estreou em 1º de janeiro de 2010 e custou cerca de R$ 12 milhões. Lula já foi condenado na Lava Jato. Em julho do ano passado, o juiz federal Sérgio Moro impôs nove anos e seis meses de prisão ao petista por corrupção e lavagem de dinheiro no caso tríplex. A sentença será analisada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, a Corte de apelação da Lava Jato, no próximo dia 24. Lula ainda é réu em mais duas ações penais perante o juiz Moro, uma relativa a supostas propinas da Odebrecht e outra ligada ao sítio de Atibaia (SP).
Participaram do financiamento do filme de Lula, além da Odebrecht, as empreiteiras OAS e Camargo Corrêa. O filme conta a história de Lula, desde a infância dramática no sertão de Pernambuco, aborda sua chegada a São Paulo no pau de arara, as dificuldades que enfrentou ao lado da família, o trabalho na indústria metalúrgica, as históricas campanhas grevistas dos anos 1970 que marcaram o ABC paulista e a ascensão ao topo do sindicato que o c o n s a g r o u e impulsionou sua trajetória política. Lula, o filho do Brasil é uma biografia baseada no livro homônimo da jornalista Denise Paraná. “A história é uma superação das perdas”, disse, na época das gravações, o cineasta Fábio Barreto. “Meu trabalho é o de humanizar o mito vivo que é o Lula, só não vamos entrar na fase política”. Na investigação da PF, o ex-ministro Palocci foi convocado para prestar d e p o i m e n t o e m 11 d e dezembro. Ele foi questionado pelo delegado
Filipe Hille Pace sobre a relação que supostamente teria com a produção do filme. O ex-ministro declarou que “deseja colaborar na elucidação de tais fatos”, mas que naquele momento ficaria em silêncio. No mesmo dia, Marcelo Odebrecht, delator da Lava Jato, falou ao delegado e respondeu a uma série de
perguntas sobre o caso. Durante o depoimento, a PF apresentou ao empreiteiro e-mails extraídos do seu computador e ligados ao financiamento da cinebiografia. As mensagens resgatadas foram trocadas por executivos da empreiteira entre 7 de julho de 2008 e 12 de novembro daquele ano.
com os investigadores, seria uma referência a Gilberto Carvalho, ex-ministrochefe da Secretaria-Geral da P r e s i d ê n c i a (2011/2015/Governo Dilma). À PF, Odebrecht declarou que, em 2008, “ainda não era o presidente da Odebrecht S.A., função ocupada por Pedro Novis”. “Pode concluir pelos em a i l s q u e , CRÉDITO: DIVULGAÇÃO aparentemente, Gilberto Carvalho tratou do assunto junto à Odebrecht, mas que Palocci coordenaria o assunto junto às demais empresas”, afirmou. “Concluiu, pelas mensagens, que foram feitos pagamentos para produtora ligada ao filme sem que se fizesse n e c e s s á r i a a operacionalização mediante a Equipe de O p e r a ç õ e s o p i n i ã o ( c o m a q u a l Estruturadas, isto é, de concorda) e disse que AA forma não oficial”, declarou tinha acertado a mesma com o empresário que ficou o seminarista, mas adiantei preso em Curitiba, base e q u e s e t i v e r m o s n o s origem da Lava Jato, comprometido com algo, durante dois anos e meio. seria sem aparecer o nosso Segundo o empreiteiro, nome. Parece que ele vai “ a p a r e n t e m e n t e o s coordenar/apoiar a captação pagamentos não estavam de recursos”, escreveu o vinculados diretamente ao empreiteiro. filme, ou seja, o nome da “Seminarista”, de acordo empresa não apareceria Naquele dia, Odebrecht escreveu um e-mail, com cinco tópicos, endereçado a outros funcionários do grupo. Na lista estavam os executivos Alexandrino Alencar e Pedro Novis, que também se tornaram delatores da Lava Jato. “5) O italiano me perguntou sobre como anda nosso apoio ao filme de Lula, comentei nossa
c o m o u m a d a s financiadoras do projeto”. Marcelo Odebrecht se comprometeu a buscar documentos, contratos e notas fiscais que embasaram os pagamentos. Em outro trecho de seu relato, Marcelo Odebrecht cita seu pai, Emílio. “Pelo que o declarante conhece, Emílio Odebrecht nunca condicionou apoio financeiro de interesse de Lula a benefícios específicos de interesses da Odebrecht; que acredita que nunca houve esse tipo de vinculação específica, à exceção de episódios já expostos pelo declarante em seu acordo de colaboração (casos do Refis da crise liberação de linha de crédito para Angola)”, declarou. À Polícia Federal, Marcelo Odebrecht afirmou ainda que seu pai “nunca” lhe contou que “Lula havia pedido apoio financeiro a algum benefício específico que o Governo Federal havia dado ou ainda daria”. “Acredita que doação para filme fazia parte da agenda mais geral da Odebrecht com PT/Lula, ou, por exemplo, de uma 'conta c o r r e n t e geral/relacionamento' que Emílio poderia manter com Lula”, afirmou.