Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VIII - Nº 239
24 a 28 de fevereiro/2018 Serra/ES
Distribuição Gratuita
fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br
FOTO: HAROLDO CORDEIRO FILHO
Pág.4
Atletas master dão show em campeonato de vôlei de praia na Serra pp. 9 e 10 JORGE RODRIGUES PACHECO
Os últimos acontecimentos e o que é destaque da política nacional PÁG. 5
SILVANA GASPAR
Como o TDAH pode atrapalhar o processo de aprendizagem PÁG. 4
Haroldo Cordeiro Filho
As manobras politiqueiras que tentam enganar o eleitor PÁG. 12
2fatosMEIO AMBIENTE & notícias
24 a 28 de fevereiro de 2018
ICMBio monitora lama da Samarco
FOTO: ACERVO ICMBIO
Equipes técnicas do ICMBio, IBAMA e IEMA-ES têm participado de sobrevoos desde novembro de 2015
Mais de dois anos após o desastre ambiental ocorrido no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG) –considerado o maior da história brasileira – a foz do Rio Doce continua trazendo para o mar sedimentos alaranjados – popularmente conhecidos como "lama da Samarco". Esta foi a conclusão da equipe técnica do Ta m a r / I C M B i o , a p ó s sobrevoar, no dia 16 de fevereiro, o litoral do Espírito Santo e extremo sul da Bahia. O mar, segundo os servidores que estiveram no helicóptero, permanece com áreas alaranjadas próximas a algumas praias, bem como plumas de aparência mais diluída, que mudam de lugar dependendo das condições meteorológicas e oceanográficas. O técnico ambiental do Tamar/ICMBio, Evandro de Martini, ressalta que nas primeiras semanas de fevereiro choveu forte em toda a bacia. “Isso só ampliou a conhecida coloração alaranjada do Rio Doce. Para se ter uma ideia esta mesma cor pôde ser vista em Piúma e Anchieta, no Sul do Espírito Santo. Como isso está impactando a biodiversidade? Ainda sabemos muito pouco”, frisa Martini.
Segundo a analista ambiental da Base do Tamar/ICMBio em Guriri, São Mateus (ES), Kelly Bonach, entre as UCs federais impactadas por essa pluma de sedimentos estão: Rebio Comboios, em cujas praias ocorrem desovas das tartarugas marinhas; APA Costa das Algas e RVS de Santa Cruz, ambas localizadas na região marinha confrontante aos municípios de Serra, Fundão e Aracruz (ES). O sobrevoo marcou o voluntário Weriques Silva, que atua na Base do Tamar/ICMBio em Guriri, São Mateus (ES). Foi a primeira vez que ele teve a oportunidade de ver de cima os impactos visíveis desse desastre ambiental. “O retorno às comunidades será feito por meio de conversas formais e informais, sem contar as atividades que serão executadas nas escolas das comunidades e no espaço de educação ambiental do Centro Tamar em Guriri”, explica Weriques. Outra forma de monitoramento dos impactos tem sido a realização de expedições para coleta de material biológico, água e sedimentos in situ para análises em laboratório – o que tem sido
e s s e n c i a l p a r a complementar a avaliação visual feita por meio dos sobrevoos. Segundo o analista a m b i e n t a l d o Tamar/ICMBio e secretárioexecutivo da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CTBio), Leandro Pereira Chagas, está sendo realizado desde o dia 20 deste mês a 5ª e x p e d i ç ã o d e monitoramento, promovida pelo ICMBio em parceria com universidades. A CTBio é coordenada pelo ICMBio e, junto com os demais órgãos ambientais federais e estaduais, tem como atribuições orientar, acompanhar, monitorar e fiscalizar quatro programas, no âmbito do Comitê Interfederativo, a saber: Programa de Conservação da Biodiversidade Aquática, incluindo água doce, zona costeira e estuarina e área marinha impactada; Programa de Fortalecimento das Estruturas de Triagem e Reintrodução da Fauna Silvestre; Programa de Conservação da Fauna e Flora Terrestre; e Programa de Consolidação das Unidades de Conservação. Este sobrevoo, bem como os anteriores, tem sido custeado pela Samarco, após autuação do Iema/ES.
Descobertas três espécies de tamanduás na Amazônia Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificaram três novas espécies de tamanduaí, tipo raro de tamanduá, com cerca de 50 centímetros que vive em cima de árvores nas regiões da Mata Atlântica e da Amazônia brasileira. A pesquisa – cujos resultados foram publicados no Zoological Journal of the Linnean Society – também eleva à categoria de espécie três subespécies de tamanduaí. A descoberta é fruto da pesquisa de doutorado da veterinária Flávia Miranda, que foi orientada pelo professor Fabrício S a n t o s , d o Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB). A investigação teve início em 2007, no âmbito da ONG Projeto Tamanduá, que conta com a participação de Flávia em atividades de conservação animal. As descobertas foram feitas ao longo desses 10 anos, em 19 expedições à procura de amostras de sangue do Cyclopes didactylus, única espécie até então conhecida de tamanduaí, no norte da Amazônia, entre as Guianas e o Maranhão, e na região da Mata Atlântica, no Nordeste do Brasil. “Queríamos saber se as espécies encontradas na Amazônia eram as mesmas que habitavam a região da Mata Atlântica, mas encontramos três espécies até então desconhecidas. Além disso, por meio de análises, conseguimos reclassificar alguns animais, elevando outras três subespécies à categoria de espécie”, explica Flávia. A pesquisa foi realizada em várias etapas. Amostras de sangue dos animais foram submetidas à análise de DNA no Laboratório de Genética da UFMG. Foi desenvolvido
também extenso estudo morfológico, que buscava observar características físicas dos animais. “Comparamos cerca de 300 animais guardados em coleções de diversos museus espalhados pelo mundo. Observamos a coloração do dorso, membros anteriores e posteriores, a coloração da cauda e o tamanho e formato do crânio. Encontramos cerca de 10 características morfológicas que, aliadas às características genéticas verificadas em laboratório, possibilitaram a descrição das novas espécies”, afirma Flávia Miranda.
Cyclopes thomasi, que vive na margem direita do Rio Amazonas, entre o estado do Acre e o Peru. O nome desta última espécie homenageia Michael Rogers Oldfield Thomas, famoso zoólogo britânico. As três subespécies elevadas à categoria de espécie são a Cyclopes ida, cuja presença está restrita ao norte do Rio Amazonas e à margem direita do Rio Negro, a Cyclopes dorsalis, que habita florestas da América Central, do México, da Colômbia e do Equador, e a Cyclopes catellus, restrita ao sopé dos Andes, na Bolívia. Para Daniel Casali, a pesquisa propicia maior conhecimento da biodiversidade brasileira, considerada uma das mais ricas do mundo. “Tememos que a biodiversidade seja perdida antes de ser conhecida. Alguns animais, para serem incluídos em programas de conservação, precisam ser conhecidos e elevados à categoria de espécie. Trabalhos como o nosso possibilitam que mais animais sejam protegidos”, diz. Flávia Miranda acrescenta que os esforços de conservação beneficiavam a única espécie de tamanduaí então conhecida, a Cyclopes didactylus. Agora, a proteção poderá se estender aos novos animais descritos. “Já conversamos com o governo brasileiro e com as organizações internacionais de conservação da natureza, pleiteando que seja iniciado um processo de pesquisa que nos mostre o status de ameaça a essas novas espécies. Precisamos investigar a distribuição geográfica desses tamanduaís, coletar mais material para análise e elaborar estratégias de conservação para aqueles que estejam ameaçados”, conclui.
Floresta nativa da Mata Atlântica FOTO: DIVULGAÇÃO/UFMG
Doutorando em Zoologia da UFMG e um dos autores do artigo, Daniel Casali acrescenta que também foram realizados testes de delimitação de espécies, f e i t o s n o c o m p u t a d o r. “Usamos uma série de programas comuns na área da taxonomia, que avaliavam os possíveis limites entre as espécies. O estudo foi muito bem recebido na área por se tratar de uma pesquisa integrada, que usou elementos da morfologia, da zoologia e da genética, entre outros campos. Todas essas frentes de estudo nos forneceram elementos que levaram às novas descobertas sobre o tamanduaí”. As três espécies descritas são a Cyclopes xinguensis, encontrada próximo à região do Rio Xingu, na Amazônia; a Cyclopes rufus, presente na região de Rondônia e nomeada assim devido à sua cor avermelhada, e a
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
fatos & notícias
Filiado ao Sindijores
Impressão Metro
"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília
Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores
CULTURA 3
24 a 28 de fevereiro de 2018
fatos & notícias
Como surgiu a Ficção vitoriana teve sexta-feira 13? mais atuação feminina Algumas hipóteses do misticismo da sexta-feira 13 estão ligadas ao cristianismo e à mitologia Há uma tradição, principalmente na cultura ocidental, que associa o número 13 e também a sexta-feira ao azar. Por isso, o dia 13, quando cai na sexta-feira, é considerado um dia de infortúnio, e os mais supersticiosos evitam alguns hábitos. No entanto, a origem do medo que algumas pessoas têm da sexta-feira 13 é desconhecida. Existem algumas versões que justificam a má fama da data, uma delas ligada ao cristianismo. Em sua última ceia, que aconteceu em uma quinta-feira, Jesus teria se reunido com seus 12 discípulos, totalizando 13 pessoas na refeição. Entre eles, estava Judas, o traidor. Jesus morreu no dia seguinte, uma sexta-feira. A tradição cristã ainda une o fato de seu líder ter morrido em uma sexta-feira ao fato de o livro do Apocalipse apontar o número 13 como a marca da besta, do anticristo. A imperfeição do número 13 também está ligada às inúmeras referências ao número 12 na Bíblia (12 tribos de Israel e 12 discípulos), sendo assim, o número 13 destoaria do projeto de Deus.
Não s aindo do pensamento cristão, há uma linha teórica que afirma que Adão e Eva comeram o fruto proibido em uma sexta-feira e que Caim teria matado Abel nesse mesmo dia da semana. Outra possibilidade de explicação para o “terror” que envolve a sexta-feira 13 está relacionada com a mitologia. Segundo uma história de origem nórdica, o deus Odin teria realizado um banquete e convidou outras doze divindades. Loki, deus da discórdia e do fogo, que não teria sido convidado para a reunião, ao ficar sabendo do banquete, armou uma confusão que terminou na morte de um dos convidados. Diz a superstição que um encontro com 13 pessoas sempre termina em tragédia. A deusa da fertilidade Frigga, esposa de Odin,
também teria relação com a sexta-feira 13, segundo outra hipótese. Para forçar a conversão dos bárbaros, a Igreja Católica teria “demonizado” Frigga. Segundo a lenda, ela, o demônio e outras onze bruxas saíam toda sextafeira para rogar pragas contra a humanidade. A origem da sexta-feira 13 também tem explicações na História, mais especificamente na monarquia francesa. De acordo com a História, o rei Felipe IV sentiu seu poder ameaçado pela influência exercida pela Igreja dentro de seu país. Na tentativa de contornar a situação, ele tentou filiar-se à prestigiada ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, mas foi recusado. Com raiva, o rei teria ordenado a perseguição dos templários em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307. Diante dessas lendas e teorias, quando ocorre uma sexta-feira 13, os supersticiosos evitam cruzar com gato preto, passar debaixo de escadas, quebrar espelhos e outras crendices que podem trazer mau agouro. Rafael Batista Mundo Educação UOL
do que a moderna
ARTE: REVISTA CULT
Emily Dickinson, Emily Brontë, Jane Austen, George Eliot, Mary Shelley
Como autoras ou personagens, mulheres estiveram mais presentes no romance em língua inglesa no século 19 do que na ficção publicada até meados do século 20. A conclusão é da pesquisa 'A transformação do gênero na ficção em língua inglesa', que analisou 104 mil títulos publicados entre 1780 e 2007 com base no banco de dados das bibliotecas digitais HathiTrust e Chicago Text Lab. Por meio de um algoritmo, pesquisadores das universidades de Illinois e B e r k e l e y, n o s E s t a d o s Unidos, descobriram que, em um século, a proporção de autoras caiu pela metade – dado que, a princípio, acreditaram estar incorreto, já que esperavam encontrar na literatura algum tipo de efeito da primeira onda do feminismo. Se em 1850 romances escritos por mulheres representavam 50% das publicações do gênero, em 1950 eles mal chegavam a 25%. Antes de 1840, pelo menos metade dos romancistas era do sexo feminino, mas já em 1917 a maior parte dos romancistas considerados de “alta cultura” era homem. “Aparentemente, acadêmicos de cada período estão dispostos a ver a queda da autoria feminina em seus respectivos períodos, mas ninguém está propenso a avançar na sombria sugestão de que toda a história, de 1800 até 1960, foi uma história de declínio [para elas]”, escrevem Ted Underwood, David Bamman and Sabrina Lee no estudo. Uma das hipóteses
oferecidas pelos estudiosos para explicar o encolhimento do número de autoras é o que chamam de “gentrificação da literatura”. No início do século 19, a escrita era uma atividade desvalorizada, tida como uma carreira de pouco status, o que teria conferido às mulheres certo espaço no mercado editorial – até por serem, elas mesmas, públicoalvo dos primeiros romances femininos. Mais tarde, porém, com o surgimento da crítica literária (majoritariamente feita por homens) e com a popularização da leitura, a ficção ganhou importância social e, consequentemente, atraiu mais homens, deixando de ser uma atividade “de mulheres”. “Histórias de gentrificação como esta são comuns. Homens passaram a dominar as áreas da alta costura e da decoração de interiores, que antes eram femininas – até que se tornaram prestigiosas demais para serem delegadas às mulheres”, afirmam. A escritora Kate Mosse, criadora do Women's Prize For Fiction, afirmou ao The Guardian que as mulheres eram mais livres na época de Jane Austen ou Mary Shelley, uma vez que os valores vitorianos não estavam tão arraigados. “E quando a crítica (uma atividade masculina) começa a se tornar importante, as contribuições das mulheres são subestimadas”. Outra explicação dada pelos autores seria a entrada das mulheres em outras áreas do mercado de trabalho, algo que também poderia tê-las empurrado para longe da escrita ficcional. De fato, o
estudo aponta que, a partir dos anos 1940, as autoras passaram a dedicar-se a gêneros não ficcionais, como livros-reportagens, biografias e registros históricos, o que indica que elas se embrenharam em áreas como a pesquisa acadêmica ou o jornalismo. “A queda do número de autoras em um mundo que se tornava mais igualitário pode não ser um paradoxo se pensarmos que elas simplesmente abandonaram o gênero literário no qual estiveram, por algum tempo, segregadas”, diz o estudo. “Não é difícil, portanto, entender como novas oportunidades podem ter atraído as escritoras para longe do romance”. Com menos escritoras, as personagens do sexo feminino também minguaram, já que os homens, segundo a própria pesquisa, “permaneceram – em média, como um grupo – marcadamente resistentes a dar às mulheres mais de um quarto do espaço dedicado a personagens homens em suas h i s t ó r i a s ” . Comparativamente, na escrita das mulheres, ambos os sexos “ocupavam o mesmo espaço narrativo” nos romances. O cenário – que só voltou a melhorar nos anos 1970 – causou espanto aos próprios pesquisadores. “Fomos confrontados com padrões paradoxais. Enquanto os papéis de gênero se tornavam mais flexíveis, o espaço para mulheres (autoras e personagens) nas prateleiras das bibliotecas se contraiu de forma aguda”.
4 EDUCAÇÃO fatos & notícias
24 a 28 de fevereiro de 2018
O que significa TDAH e como ele atrapalha o processo de aprendizagem? Silvana Gaspar
está o TDAH. Se for este seu caso, ou se você estiver em dúvida, saiba que há diagnóstico e tratamento para TDAH, que pode prevenir e aliviar muito sofrimento. O TDAH é um transtorno
comprometido, ocorrem dificuldades com concentração, memória, hiperatividade e impulsividade, originando os sintomas do TDAH. O indivíduo com TDAH apresenta três tipos de
IMAGEM: REPRODUÇÃO INTERNET
Com o início do ano letivo, achei de grande valia abordar um tema pouco explanado no ambiente de ensino. Geralmente, quando chega à volta às aulas, todos os assuntos giram em torno da grande lista de material escolar, ou o peso que os alunos carregam em suas mochilas ou até mesmo a dificuldade de vagas nas escolas. Porém o que muitas pessoas não sabem, é que existem outros fatores não externos que atrapalham o processo de aprendizagem e também deveria ser melhor esclarecido. O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por distração, agitação, impulsividade, e s q u e c i m e n t o , desorganização, adiamento crônico, entre outras. Todas as pessoas, tanto crianças quanto adultos, apresentam estas características em pelo menos algumas situações – o que é completamente normal. Porém, quando as queixas e os problemas causados por elas são muito intensos, pode ser outra coisa e, entre as alternativas,
de "base orgânica", associado a uma disfunção em áreas do córtex cerebral, conhecida como Lobo PréFrontal. Mas também pela menor e menos eficaz atividade elétrica, menor circulação sanguínea no cérebro e má gestão da glucose que é o principal combustível do cérebro. Q u a n d o s e u funcionamento está
sintomas: desatenção ou distração, déficit de atenção e impulsividade. O diagnóstico do TDAH exige bastante cuidado e experiência. Apenas com um diagnóstico preciso é possível encontrar tratamentos realmente eficazes, que levem em conta as necessidades de longo prazo, sem esquecer o que é importante no curto
Número de alunos estrangeiros mais que dobra em oito anos no Brasil O número de estudantes de l e v a n t a m e n t o , e s t á outras nacionalidades nas concentrada na rede pública, escolas brasileiras mais que que registra 64% do total de dobrou entre 2008 e 2016. matrículas. O estado que D e a c o r d o c o m mais recebe estudantes de levantamento realizado pelo outras nacionalidades é São Instituto Unibanco com FOTO: SHUTTERSTOCK base em dados do Censo Escolar, o número de matrículas de imigrantes ou refugiados saltou de 34 mil para quase 73 mil no período de oito anos. A maior parte desses alunos, segundo o
Paulo (34,5%), seguido por Paraná (10,7%) e Minas Gerais (10,6%). Com relação ao continente de origem, mais de 40% dos estrangeiros vêm de países da América Latina ou Caribe. Em seguida, os locais de origem mais comuns são Europa, Ásia e América do Norte. O aumento do número de alunos de outras nacionalidades traz às instituições de ensino a necessidade de pensar
p r o c u r e m a j u d a especializada, hoje existem muitos recursos, testes físicos, comportamentais e medicamentosos. É preciso que os professores conheçam um pouco sobre o TDAH, para não criarem barreiras em relação ao aluno e tentarem dar uma maior atenção a quem possui o transtorno. Estudar em turmas pequenas, sentar próximo ao quadro e ao professor, sala com poucos detalhes que possam dispersar a atenção, permissão especial para ter mais tempo de fazer as tarefas sem punições, são algumas dicas que podem ajudar muito essa criança. Professores e Pais entendendo essa síndrome e buscando ajuda profissional especializada o mais rápido possível vai trazer benefícios e é possível melhorar a qualidade de vida do aluno e entendê-lo melhor para que o processo de aprendizagem seja bemsucedida.
prazo. Estes cuidados, indispensáveis quando se suspeita de TDAH, se dão, pois há vários outros problemas e transtornos que podem imitar seus sintomas. O TDAH na escola significa muito mais que um desafio para os professores, mas um aprendizado que educadores podem ter na f u n ç ã o d e l e c i o n a r. É importante saber como os professores podem ajudar em casos de alunos que apresentam as características do transtorno. Depois dos pais, ninguém convive mais com as crianças e os adolescentes do que a escola. O déficit de atenção é, atualmente, a “desordem mental” mais diagnosticada em crianças, estimando-se que 5% a 10% de todas as crianças sejam hiperativas. Quando o professor acompanha os alunos em seus progressos e dificuldades, fica muito mais fácil avaliar a situação dos estudantes. É bem provável que no caso de um menino ou menina com TDAH, o educador perceba algo que destoe do restante da turma. Caso o educador
desconfie, baseado em algumas características, que o aluno tenha possibilidade de ter o TDAH, a primeira providência a ser tomada é avisar aos pais. Depois, os responsáveis pela criança ou adolescente precisam p r o c u r a r a j u d a especializada. TDAH não é uma "doença", no sentido literal de algo que se "pega", para depois ser tratado e resolvido definitivamente. A síndrome, com causas multifatoriais, entre eles a base orgânica neurológica, a história pessoal de desenvolvimento familiar, o estilo de vida, as circunstâncias presentes, entre outras. Por isto, não existe uma solução única e definitiva para os problemas. A p e s a r d e s t a complexidade, há diversas alternativas de tratamento, que podem aliviar os sintomas, melhorando muito a qualidade de vida. Mesmo que não possa ser "curado", o TDAH pode – e deve – ser bem gerenciado. Detectado o p r o b l e m a , é imprescindível que os professores sinalizem para os pais e responsáveis e estes
Silvana Gaspar Graduada em Ciências Sociais E-mail: silgaspar@gmail.com
em formas de incluí-los efetivamente, motivando a criação de novos projetos. Na Escola Municipal Infante Dom Henrique, de São Paulo (SP), por exemplo, essa preocupação surgiu a partir da constatação de que 20% dos alunos matriculados na instituição
são estrangeiros ou descendentes de estrangeiros. Para melhor acolher esses alunos, a instituição criou o projeto 'Escola Apropriada'. Um dos braços da iniciativa é o oferecimento de aulas de português e cultura brasileira para imigrantes e
refugiados. “Também fazemos um grupo de trabalho com os alunos a cada 15 dias, com oficinas sobre empatia, reconhecimento do outro, trabalhamos questão dos direitos humanos e fazemos passeios”, conta Cláudio Neto, diretor da escola.
POLÍTICA 5
24 a 28 de fevereiro de 2018
JORGE PACHECO
fatos & notícias
jorgepachecoindio@hotmail.com/jornalfatosenoticias.es@gmail.com
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Quem avisa amigo é Ex-ministro de Dilma acabou com a esperança de Lula para 2018 'Presidente, você está INELEGÍVEL’
Claro que o Lula caiu na real! Afinal, tratava-se de um “amigo” de fé e um irmão camarada! Rsrsrsrs... A pá de cal em cima de Lula foi despejada pelo “amigo” Eugênio Aragão, exProcurador da República e ministro da Justiça nos estertores do governo Dilma, para trazer Lula à realidade. Foi uma conversa franca entre os dois logo após o petista ser condenado em segunda instância, Aragão, doutor em Direito pela Universidade alemã RuhrUniversität Bochum, não teve meias palavras, foi direto: “Esqueça candidatura, presidente. Com essa decisão do
tribunal, você está inelegível”. Sei que deve ter sido duro, mas, convenhamos, é a realidade do momento. O Brasil está passando por u m a g r a n d e transformação no que concerne à política e a políticos. Agora nos resta é saber como vamos p ro c e d e r n a h o r a d o voto!!!
* ** Governo Temer cria um novo Ministério da Defesa, Raul
Jungmann toma posse como ministro da Segurança Pública Em uma cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira (27), Raul Jungmann, que até então era ministro da Defesa, tomou posse como ministro da recém-criada pasta da Segurança Pública. A cerimônia de posse teve a participação do presidente M i c h e l Te m e r ; d o s ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e
Dias Toffoli; do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e de outros ministros do governo. Ao discursar, Jungmann afirmou que não vai abrir mão da vida política e se dedicar "integralmente" ao novo ministério. Ele também afirmou que a violência no País representa um "risco para as instituições, para o Estado e para a própria democracia". O que não deixa de ser verdade! O ministro listou desafios a ser enfrentados na segurança pública e citou a crise no sistema carcerário, (sic): "Se nós olharmos mais amplamente o que vem acontecendo com relação ao crime organizado, o cenário é tão desolador ou mais [...] Quadrilhas que continuam de dentro do sistema carcerário a apavorar a nossa cidadania. O sistema
carcerário que, infelizmente, continua a ser, em larga medida, home office do crime organizado", afirmou. Estaremos de olho para ver o que vai ser daqui para frente, não é mesmo? Já o presidente Michel Te m e r , t a m b é m e m discurso, disse que o governo federal não é "capaz de, por conta própria, resolver a crise da segurança no País" – É MESMO TEMER!!?? – e defendeu a cooperação entre a União, os Estados e os Municípios e, também, o Congresso Nacional. E continuou, (sic): "É preciso, nos dias atuais, em face do avanço tecnológico que o banditismo soube aproveitar, ter sistemas de inteligência que detectem essa movimentação daqueles que traficam, que causam os maiores problemas para a sociedade brasileira", afirmou, otimista e até meio sorridente, nos fazendo lembrar, até, do bicho HIENA, sabem por que, não é mesmo? Só nos resta amigos esperar para ver no que vai dar mais essa jogada do “Pinóquio”, autêntica jogada eleitoreira.
*** Para Jungmann,
classe média reclama do crime e financia o tráfico No discurso de posse como novo ministro da Segurança Pública, o ministro Raul Jungmann criticou o comportamento da classe média e disse que, além de reclamar da insegurança, são os usuários de drogas que financiam o crime. “Me impressiona o exemplo do Rio, durante o dia pessoas clamarem contra a violência, contra o crime, e à noite financiarem esse mesmo crime através do consumo de drogas”, afirmou. De acordo com Jungmann, a “frouxidão de valores” leva às drogas pessoas de classe média às quais “nada falta, aqueles que têm recursos”. No pronunciamento, ele afirmou ainda que se despedia do Parlamento “em nome desta causa” e anunciou que pedirá ao PPS a suspensão de todas as atribuições partidárias. “Minha trajetória tem algumas singularidades. E ao aceitar esse cargo abro mão de uma das coisas mais caras da minha vida, a minha carreira política”, destacou.
6 TECNOLOGIA 24 a 28 de fevereiro de 2018 fatos & notícias
Pesquisadores da UFRJ abrem primeiro crowdfunding científico do Brasil ARTE: REVISTA CULT
D e s d e 2 0 1 6 , o desenvolvimento da ciência no Brasil tem sido travado por cortes de orçamento, pela anexação da pasta de comunicação ao Ministério da Ciência e pelo sucateamento das universidades públicas. A situação, apesar de preocupante, serviu de incentivo para um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criar uma alternativa na rede: o primeiro site de financiamento coletivo (ou crowdfunding) do Brasil voltado apenas para pesquisas científicas, o Entropia Coletiva. A plataforma funciona como outras do gênero: trata-se de um portal que conecta potenciais investidores a pessoas precisando de verba para desenvolver seus projetos. Dentro do site, qualquer um pode doar o quanto quiser para a pesquisa que julgar mais interessante e, em tese, a liberdade se estende também aos pesquisadores. “Para que uma proposta seja aceita no Entropia, o autor deve demonstrar método científico e meios materiais e intelectuais para
desenvolvê-la, como o acesso a um laboratório, por exemplo”, explica o biofísico Frederico Reis, que em 2016 fundou a plataforma junto da neurocientista Patrícia Bado. Em um pequeno escritório alugado no Centro do Rio de Janeiro, eles realizam uma espécie de triagem das pesquisas que chegam diariamente ao portal, buscando “garantir a seriedade das propostas e evitar falsários”. Embora tenha começado com foco em biologia, química e matemática, o Entropia deixou de restringir disciplinas e hoje abriga temas tão diversos quanto a visão de Freud sobre a obesidade e a concepção de ciência dos quilombolas, por exemplo. O livro Experiências tropicais de angústia, da historiadora Natália Fontes Rodrigues (UFRJ), foi um dos vinte projetos viabilizados pela plataforma. Ela arrecadou R$ 9.855. “Um orçamento científico grande pode chegar a R$ 100 mil. Estamos começando com pouco e, por enquanto, tem
dado muito certo”, diz o fundador. Priorizar projetos menores é quase uma estratégia política do Entropia, que não tem como objetivo se tornar um substituto do investimento estatal. “Isso não acontece em nenhum país desenvolvido. Nos Estados Unidos, cerca de 80% da pesquisa científica é de responsabilidade do Estado porque os riscos são altos demais”, afirma Reis. A meta, ao contrário, é que a plataforma seja uma “alternativa pontual e emergencial” destinada a arrecadar verbas para a realização de pequenos estudos de campo e para a publicação de artigos científicos, por exemplo. “Às vezes a pessoa quer fazer uma pesquisa grande, mas não tem condições de publicar um artigo preliminar que poderia justificar o financiamento estatal para a tal pesquisa”, explica o biofísico. “Sentimos que o Entropia pode atuar aí, quase como um incentivo”. Além de propor novos caminhos para o financiamento da ciência no Brasil, o site busca
aproximar a pesquisa científica da população, muitas vezes excluída da produção do conhecimento restrita à academia e às suas publicações de nicho. “Se o Estado entende que a população não tem interesse em ciência, fica mais à vontade para fazer cortes orçamentários na área”, diz Reis. De fato, em junho de 2016, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações foi f u n d i d o a o d e Comunicações. A nova pasta ficou responsável pela manutenção e pelo financiamento de laboratórios universitários,
de unidades de pesquisa e de bolsas de estudos, mas em 2017 sofreu um grande corte no orçamento: de R$ 5,8 bilhões, apenas 3,3 bilhões foram liberados pelo governo federal, um corte de 44% – sendo que aproximadamente R$ 700 milhões são destinados às Comunicações. Em 2010, quando a verba da ciência alcançou um pico, o orçamento previsto era de R$ 8,6 bilhões. “O fim do Ministério da Ciência foi um retrocesso de 50 anos, mas a comunidade científica não conseguiu reagir com tanta força quanto o pessoal ligado à
cultura quando o Ministério da Cultura quase foi dissolvido, em 2017. Tentamos fazer uma Marcha da Ciência no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas houve pouca adesão. Se o cientista não consegue mobilizar sua própria comunidade, que dirá a população”, questiona o biofísico. Neste cenário, o objetivo do Entropia é informar a população sobre a ciência produzida no Brasil e deixar que participe dela. “O que nós queremos”, resume Reis, “é que o máximo possível de ciência saia do papel no Brasil”.
Brasil não está pronto para carro sem motorista FOTO: DIVULGAÇÃO
Carros sem motoristas começarão a ser mais frequentes nos próximos dois anos, quando várias montadoras colocarão nas ruas modelos para testes, especialmente em serviços de compartilhamento. O passo para a produção em massa vai levar mais tempo, mas os países desenvolvidos já se preparam para receber em
breve os carros autônomos. No Brasil e em outros mercados emergentes, no entanto, esse futuro está mais distante. Mesmo modelos com tecnologias avançadas que chegam ao País atualmente têm os sistemas desligados em razão de entraves como falta de legislação específica e infraestrutura para conectá-
los às estradas e sinalizações, além do custo alto desse processo. O semiautônomo mais avançado e já em produção em série no mundo, o Audi A8, dispensa a atuação do m o t o r i s t a e m congestionamentos. O sedã será importado pela Audi brasileira no fim do ano, mas esse sistema não funcionará no País. O carro tem nível 3 de automação, mas no Brasil, sem esse sistema, será rebaixado ao nível 2. "O Brasil precisa começar a trabalhar em infraestrutura e em definições na legislação se quiser esse tipo de tecnologia no futuro", diz o presidente da Audi no País, Johannes Roscheck. No mercado desde outubro de 2016, o Mercedes-Benz
Classe E entra no País com três sistemas desativados. Um deles avalia o momento seguro para trocar de faixa sozinho após o condutor ligar a seta. Outro interage com o GPS e, por exemplo, controla a velocidade quando uma curva acentuada se aproxima. Um terceiro sistema permite o reconhecimento de placas de sinalização. A Volkswagen também desabilitou função similar em versões do Golf importadas da Alemanha em razão da falta de padronização das placas nas vias brasileiras, como a altura. Também importado desde maio de 2016, o BMW Série 7 tem o dispositivo de estacionamento remoto desligado quando entra no Brasil. Ele permite que o condutor comande a manobra
de fora do carro, por meio do smartphone, mas ainda não foi habilitado pelo órgão local de trânsito e, por isso, é proibido. "Os autônomos ainda são uma realidade muito distante do Brasil", acredita Carlos Ayub, sócio da consultoria Deloitte. "Com a falta de estrutura de cidades e rodovias, vejo isto apenas para o longo prazo". Paulo Cardamone, diretor de estratégia da Bright Consulting, acredita que os autônomos só estarão efetivamente nas ruas em 20
ou 30 anos. "Até lá, é possível que haja linhas específicas, em trajetos preestabelecidos como táxis partindo de aeroportos para a região central das grandes cidades". Para o sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC) do Brasil, Marcelo Cioffi, o fator principal que pode limitar a chegada dos autônomos é mais econômico do que tecnológico. "As tecnologias estão evoluindo de maneira tão rápida que sua aplicação não será empecilho".
CIÊNCIA 7
24 a 28 de fevereiro de 2018
fatos & notícias
Material ultrarresistente é obtido a partir de ideia do século 19
FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE
poderiam ter centenas de átomos e células porosas e dar origem a materiais rígidos semelhantes à espuma, com características e propriedades mecânicas e eletromagnéticas incomuns. Essas estruturas, contudo, só existiam em teoria. Agora, um grupo de pesquisadores do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGWUnicamp), vinculado ao Centro de Engenharia e
Ciências Computacionais (CECC) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela Fapesp, conseguiu, em colaboração com colegas da Rice University, dos Estados Unidos, encontrar uma maneira prática de gerar esses materiais em escala real. A técnica para construção e os resultados de experimentos de avaliação da resistência dos materiais à
Com novidades, Salão de Automóvel de Genebra ocorre em março Trazendo muitas novidades no mundo automobilístico, a 88ª edição do Salão de Automóvel de Genebra, na Suíça, será realizada entre os dias 8 a 18 de março. Segundo o presidente da exposição, Maurice Turrenttini, o público poderá admirar "110 novidades", sendo "21 europeias e outras 89 mundiais", no pavilhão do evento. O grande destaque da exposição será a Ferrari 488 Pista, que fará sua estreia mundial em Genebra. Além do carro da montadora de luxo italiana, a McLaren Senna, os
Aston Martin Vantage e DB 11 Volante, e a
FOT O: D
IVU
LGA Ç
ÃO
FER
Ran ge Rover SV Coupé estão entre os veículos mais esperados. Além deles, outros modelos de destaque são os Mercedes A-Class e Classe G, o BMW X4, Citroen C4 Cactus, a nova Kia Ceed, Mazda 6, Hyundai Santa Fé e o Ford Ka+Active. Estarão em exposição também os carros ecológicos. Tr ê s m o d e l o s s e r ã o o s RAR
I
grandes destaques: o Hyundai Kona Electro, o Jaquar i-Pace e o SsangYong e-Siv. Nesta edição, não estarão presentes veículos da Opel, Infiniti, DS, Chevrolet, Cadillac e a italiana Lancia. "Aproveitamos os cancelamentos de algumas marcas para redesenhar as passagens dos visitantes nos corredores. Também vemos a concentração de marcas de grupo, como a Citroën, que se aproximou da Peugeot. Seremos mais de 180 expositores e mais de 900 modelos", concluiu Turrenttini.
compressão e ao impacto foram descritos na revista Advanced Materials. “Conseguimos gerar em escala macroscópica materiais que só existiam em escala atômica”, disse Douglas Galvão, professor do IFGW-Unicamp e um dos autores do estudo, à Agência Fapesp. Para obter o material, os pesquisadores projetaram inicialmente, por meio de algoritmos computacionais, modelos em escala atômica de estruturas porosas de duas famílias diferentes de schwarzitas, a primitiva e a giromana. Os modelos moleculares da família primitiva continham 48 e 192 átomos por unidade de célula, respectivamente, enquanto os modelos da família giromana tinham 96 e 384 átomos. As estruturas possuíam superfícies mínimas periódicas, conforme as que foram
concebidas originalmente por Schwarz. Os dados das quatro estruturas moleculares foram compilados por um software de modelagem computacional, em modelos tridimensionais. Os modelos foram impressos em polímero, na forma de cubos e na escala de centímetros de comprimento, por impressoras 3D. “A ideia foi desenvolver um material com propriedades exóticas, como a schwarzita, em escala atômica, construir um modelo em macroescala a partir dele e imprimir essa estrutura em escala real, por meio de uma impressora 3D, para verificar se ele mantém essas propriedades, como a de altíssima resistência”, explicou Galvão. Os pesquisadores avaliaram a resistência à compressão e ao impacto mecânico tanto das estruturas em nível atômico
– por simulação –, como dos modelos impressos em 3D. Os resultados indicaram que as estruturas apresentam alta resistência ao impacto e à compressão mecânica em nível atômico e em macroescala, devido a um mecanismo de deformação em camadas. Ao aplicar força em um lado do material, ele se deforma lentamente e de forma não homogênea. Isso porque os poros das camadas mais altas, que sofrem mais diretamente a pressão, se fecham primeiro e, na sequência, fecham os abaixo deles. “Esse mecanismo de deformação do material é muito semelhante ao das conchas marinhas, que tem uma matriz mineral, composta por calcita, e uma camada de proteínas que absorve pressões extremas, sem fraturar, ao transferir o estresse em todas as suas estruturas”, disse Galvão.
Cientistas japoneses inventam luz flutuante Engenheiros japoneses anunciaram ter criado uma pequena luz eletrônica do tamanho de um vaga-lume, que é capaz de ser suspensa por ondas de ultrassom e pode eventualmente ser utilizada em telas móveis e até projeção de mapeamento. Chamada de Lucíola por sua semelhança com o vagalume, a partícula superleve pesa 16,2 miligramas, tem diâmetro de 3,5 milímetros e emite um brilho vermelho que pode iluminar um texto. Mas seu tamanho minúsculo esconde o poder de 285 microcaixas de som que emitem ondas ultrassônicas que sustentam a luz no ar e têm uma frequência inaudível ao ouvido humano, permitindo que Lucíola funcione em aparente silêncio total. Levou dois anos para Lucíola chegar a esse ponto, disse o especialista em design de circuitos Makoto
Ta k a m i y a , u m m e m b r o d o K a w a h a r a U n i v e r s a l Information Network Project, que desenvolveu o dispositivo. “Em última análise, minha esperança é que tais objetos minúsculos tenham capacidades de smartphones e sejam construídos para flutuar por aí e ajudar em nossas vidas cotidianas de maneiras mais inteligentes”, disse o professor da Universidade de Tóquio, que espera que o produto seja comercialmente viável em cinco a dez anos. Os desenvolvedores esperam que Lucíola encontre aplicações na chamada Internet das Coisas, em que objetos comuns, como carros ou eletrodomésticos, sejam conectados entre si, enviando e recebendo dados. FOTO: BANNOSUKE/THINKSTOCK
Em 1880, o matemático alemão Karl Hermann Amandus Schwarz (18431921) idealizou estruturas com geometrias complexas, em que as superfícies são mínimas e periódicas (com padrões que se repetem) e com curvatura negativa, como as de uma sela de cavalo. Mais de 100 anos depois, em 1991, o físico mexicano Humberto Terrones e o químico inglês Alan Mckay propuseram que a inclusão de anéis de carbono com mais de seis átomos em uma malha hexagonal de grafite poderia dar origem a estruturas periódicas com curvatura negativa, como as que Schwarz imaginou, e semelhante à dos zeólitos – minerais com estrutura porosa e tridimensional. Essas estruturas cristalinas esponjosas, denominadas schwarzitas por Terrones e Mckay, em homenagem ao matemático alemão,
Equipado com sensores de movimento ou temperatura, Lucíola poderia voar para esses objetos para enviar uma mensagem ou ajudar a compor uma tela em movimento com múltiplas luzes que possam detectar a presença de humanos ou participar de eventos de projeção. O Projeto de Rede de Informação Universal da Kawahara é um programa financiado pelo governo japonês que faz parte da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão e explora os avanços nas tecnologias de informação e comunicação.
8 SAÚDE
fatos & notícias
24 a 28 de fevereiro de 2018
Anvisa aprova medicamento inédito contra esclerose múltipla O medicamento diminui a probabilidade de surtos e atrasa a progressão da doença
FOTO: GETTY IMAGES/BBC BRASIL
Doenças neurodegenerativas incluem Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose múltipla
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (26) um medicamento inédito no Brasil para o tratamento da esclerose múltipla. Tr a t a - s e d o a n t i c o r p o monoclonal ocrelizumabe, que tem o nome comercial de Ocrevus®. O medicamento foi registrado pela empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. De acordo com a Anvisa, o ocrelizumabe identifica e elimina linfócitos B específicos, reduzindo a inflamação e os ataques na bainha de mielina. Além disso, o uso do medicamento diminui a probabilidade de surtos e atrasa a progressão da doença. O novo medicamento foi aprovado com a indicação
para tratamento de pacientes com as formas recorrentes de esclerose múltipla (EMR) e esclerose múltipla progressiva primária (EMPP). A aprovação do Ocrevus® foi baseada em três grandes estudos científicos multicêntricos cujos resultados, publicados na edição de janeiro de 2017 da New England Journal of Medicine (NEJM), demonstraram reduções consistentes nos principais marcadores de atividade e progressão da esclerose múltipla. Em nota, o diretor médico da Roche Farma Brasil, Lênio Alvarenga, revelou que a aprovação do remédio representa uma nova esperança para pacientes com
esclerose múltipla que mantém atividade da doença e p r o g r e s s ã o d e incapacidade, apesar dos tratamentos disponíveis. "Até agora, nenhum tratamento aprovado pelo órgão estava disponível para ambas as formas da doença EMR e EMPP. Acreditamos, considerando os estudos clínicos, que o ocrelizumabe tem o potencial de mudar o curso da doença e concretizar nosso objetivo de transformar o avanço no conhecimento científico em novas terapias que atendam às necessidades dos pacientes, nossa principal contribuição para a ciência e a sociedade", completa Lênio.
Diagnóstico precoce do câncer infantil pode salvar vidas Em casos diagnosticados cedo, chance de cura das crianças e adolescentes com câncer chega a 80% Em 2018, 12,5 mil novos casos de câncer infantil devem ser diagnosticados no Brasil, indica o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Com a atenção dos pais e responsáveis a alguns sintomas comuns e assistência médica adequada, a doença pode ser identificada ainda no início, aumentando as chances de sucesso com o tratamento adequado. Em 80% dos casos, há chances de o câncer ser vencido. De acordo com o Inca, os tipos mais comuns de câncer em crianças e adolescentes são a leucemia, que afeta os glóbulos branco, células que atuam na defesa do o rg a n i s m o ; d o s i s t e m a nervoso central; linfomas (no sistema linfático); neuroblastoma (no sistema nervoso periférico); tumor de Wilms (nos rins); e
retinoblastoma (na retina). Alguns dos sintomas de câncer são comuns em outras infecções frequentes na infância, como gânglios inflamados no pescoço e manchas roxas. Os pais, alerta a oncologista Isis Magalhães, diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, não devem entrar em pânico, e os profissionais de pediatria devem estar preparados para identificar e diferenciar os sintomas de câncer, que apresentam comportamento diferente do normal. “A leucemia afeta a medula óssea, a fábrica do sangue. Assim, os sintomas que aparecem são de falência de produção de sangue: a criança fica anêmica sem explicação, com uma frequência de infecção diferente e pode apresentar sangramentos e manchas
roxas. Mas é diferente de hematomas na perna, por exemplo, porque são manchas em lugares não habituais”, explica. No Hospital da Criança de Brasília, são recebidos entre 180 e 200 novos casos por ano. A quimioterapia dura em torno de dois anos, e os cuidados com a saúde da criança duram mais cinco anos após o tratamento. Diferentemente do câncer em adultos, não é possível realizar medidas preventivas, como exames de rotina e suspensão de hábitos como o cigarro. O câncer infantil tem crescimento rápido e não costuma ser localizado, mas tem maior chance de cura. “Nossa maior arma é o diagnóstico precoce, para que a criança esteja em melhores condições para iniciar o tratamento”, afirma a especialista.
Sintomas que podem indicar câncer
ESPORTE 9
24 a 28 de fevereiro de 2018
fatos & notícias
1ª Etapa do Capixaba Open Master de Vôlei de Praia foi um sucesso Foram mais de 180 partidas em dois dias intensos de competição Aconteceu no último final de semana (24 e 25), em Manguinhos, Serra, a 1ª Etapa do Capixaba Open Master de Vôlei de Praia 2018. Com mais de cem de duplas inscritas, o evento, realizado na Associação Esportiva Siderúrgica de Tubarão (Aest), foi um sucesso de público e participação. Os competidores tiveram a estrutura de cinco quadras de areia, arbitragem oficial e ambulância UTI. Quem prestigiou a competição pôde assistir a um vôlei de alto nível, praticado por atletas masculinos e femininos do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. Foram, ao todo, mais de 180 partidas em dois dias intensos de competição. Embora a maioria dos atletas fosse amadora, muitos campeões em suas categorias desfilaram o seu talento no torneio como Auto dos Santos Graça, um dos campeões do Capixaba Open Master, Autinho, como é chamado, vê o vôlei como prioridade na sua vida. “Sempre representou muita coisa para mim, tanto na parte social como na
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
saúde, não só no esporte. Comecei a jogar vôlei com 15 anos de idade em Conceição da Barra, mais tarde vim para Vitória. Fiz dupla com Flavinho, corri o circuito nacional. Estive no master em Saquarema, Rio de Janeiro e fui campeão no 40+. A organização do Capixaba Open Master está de parabéns, está tudo muito organizado, tem atletas de outros estados elogiando o evento”, elogiou. Perguntado sobre o que tem a dizer para os que estão iniciando no esporte ele respondeu: “O que tenho a dizer é não deixar de praticar e treinar. Para se tornar um campeão precisa de disciplina e dedicação. Eu sei que, às vezes, com a correria do trabalho, isso fica mais difícil, mas é possível, com persistência e dedicação nos tornamos vitoriosos, esse é o diferencial”, aconselhou. Para o diretor esportivo da Aest, Nilton Rossi, o Capixaba Open Master é um evento que deu certo e já pode ser considerado um dos maiores do País. “O Capixaba Open Master é um evento que deu certo, fizemos no ano passado e foi um sucesso e nos incentivou a fazer novamente. Esse
evento, pelo número de inscrições da categoria master, é o segundo do País e onde você tem atleta de 35 a 70 anos. Veja só, um pessoal que jogou muito né e hoje está aqui se encontrando, participando, trazendo a família para o clube num sábado e num d o m i n g o ensolarado e muito bonito, a gente, como clube, está a p o i a n d o e satisfeito com o sucesso do evento”, disse. Para o diretor, se esses atletas estão vindo de fora é porque estão vendo que o evento é sério e isso é muito bacana. “ A p r o v e i t o a oportunidade para convidar os capixabas a virem a prestigiar o sub-17 de clubes, virão clubes de todo Brasil, serão quatro etapas. Aqui será a primeira vez que acontece e vamos torcer que seja um sucesso”, ressaltou Rossi. Outro atleta campeão e com currículo de fazer inveja, Flávio Pitanga de Freitas, o Flavinho, diz que o vôlei é a vida dele.
FOTO: HAROLDO CORDEIRO FILHO
“O vôlei de praia é minha vida, eu não tenho Natal, Ano-Novo, feriado, eu treino todos os dias. O voleibol é minha vida, eu amo o que faço. Fiquei cinco anos parado, coloquei uns pinos no corpo, mas, até hoje, continuo jogando, faz parte. A parte da manhã e à tarde eu me dedico ao vôlei e à noite tenho que me dedicar aos meus alunos, na Escolinha Cobra D´Água Vôlei de Praia”, frisa. Campeão na Itália e na Nova Zelândia na categoria 50/55, Flavinho destaca que o vôlei capixaba, em todas categorias, é muito forte e lamenta que o master não seja tão divulgado quanto as outras. “É uma pena que a categoria master não seja tão divulgada. Existem dificuldades muito grandes para conseguir patrocínio. A categoria master, para o empresário, é uma categoria de velho. Há 30 anos eu ouvi meu professor dizer que devemos acreditar nos nossos sonhos, que uma
hora a gente realiza e é verdade”, concluiu. Para Fábio Quintão, um dos diretores da Aest, o Capixaba Open Master nasceu da vontade de levar o voleibol de areia a todas as idades, para aqueles participantes que não são competitivos, mas que gostam de praticar o esporte. “É uma competição feita para eles, com intuito de agregar, de ajustar, de trazer o atleta ou o ex-atleta e amante do vôlei a participar de uma competição bacana. Com relação ao nível de competição, como já se falou, são ex-atletas profissionais, amantes do voleibol que praticam a modalidade há muitos anos. Naturalmente o tempo leva à prática e a prática leva à perfeição. Muitos atletas aqui apresentaram nível quase que profissional, vieram jogando 10, 15, 20 anos e desenvolveram uma técnica. Não tem mais a parte física, aquela que é tão importante para uma
competição de alto rendimento, mas ainda assim, pelo amor ao esporte, a vontade de participar e competir faz essa diferença. Está no sangue dos atletas. O segredo da longevidade é a prática de esporte e a qualidade de vida. Já foi comprovado que uma das coisas para se viver bem é compartilhar como grupo e conviver em sociedade. O master capixaba é isso, convivência, prática esportiva, convivência social. Aqui, 90% é amor, os campeões do master terão vaga no Brasileiro que acontecerá em janeiro do ano que vem, no Rio de Janeiro. Aproveito a oportunidade para agradecer a vocês do Jornal Fatos e Notícias, à Aest e à Saúde Express”, comemorou Quintão. Os participantes receberam medalhas de primeiro, segundo e terceiro lugares. Ao final do último dia de competição os atletas participaram de um almoço de confraternização.
10 ESPORTE fatos & notícias
24 a 28 de fevereiro de 2018
Os diretores Genésio, Rossi e Fábio Quintão
FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO
Pódios Capixabas e cariocas subiram ao pódio em todas as categorias
Equipe masculina 60+ deu show de força, vitalidade e saúde
ECONOMIA 11
24 a 28 de fevereiro de 2018
fatos & notícias
Estado fecha 2017 com superávit de R$ FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
331 milhões e aumento nos investimentos
O governo do Espírito Santo encerrou 2017 com um superávit de R$ 331 milhões. Ao longo do ano, o governo também aumentou os investimentos realizados com recursos próprios, registrou queda no endividamento e manteve a despesa com pessoal dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). As informações foram divulgadas pelo secretário de Estado da Fazenda, Bruno Funchal, na tarde da última segunda-feira (26), durante a prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2017 à Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). A prestação de contas aconteceu em
cumprimento ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Em 2017, a renda líquida do petróleo apresentou uma recuperação de R$ 371 milhões em relação a 2016, fechando o ano com uma arrecadação de R$ 1,3 bilhão. E, a arrecadação do ICMS, que é o principal imposto do Estado, apresentou uma reversão a partir do segundo semestre. “Desde 2014 essa foi a primeira vez que o Estado registrou um aumento da receita”, destacou o secretário. Segundo Bruno Funchal, o aumento das rendas do petróleo e o crescimento da receita tributária, alinhados às ações do governo para manutenção do equilíbrio
das contas, foram os responsáveis por resultados positivos no fechamento do exercício. “Esses resultados nos permitiram aumentar e qualificar os investimentos realizados com recursos p r ó p r i o s . Ta m b é m n o s possibilitou conceder o abono aos servidores, que totalizou R$ 85 milhões, e o reajuste no auxílioalimentação”, afirmou. O resultado primário, que desconsidera as receitas e as despesas financeiras e é utilizado como medida de capacidade de pagamento do ente, também apresentou superávit em 2017 de R$ 512 milhões, uma evolução de 62% em relação ao ano anterior. O investimento com recursos próprios registrou
um saltou de R$ 126 milhões, em 2016, para R$ 165 milhões em 2017. Um incremento real da ordem de 27,4%. Já o total investido, consideradas todas as fontes de recursos, subiu de R$ 581 milhões para R$ 670 milhões. No que diz respeito à Despesa de Pessoal, o Estado observou os limites estabelecidos na LRF. A Despesa de Pessoal em relação à Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado fechou 2017 em 43,3%, praticamente repetindo o resultado de 2016, de 43,33%. Segundo o secretário, esse é um resultado controlado, especialmente pela dinâmica com a Despesa de Pessoal no Estado e pela expectativa de
aumento da receita em 2018. “O Estado vem controlando a despesa de pessoal e a tendência é de um aumento da receita corrente líquida, por conta disso acreditamos que vamos conseguir a manutenção desse indicador abaixo do limite de alerta”, afirmou. Os limites constitucionais e legais da Educação e da Saúde também foram devidamente cumpridos. Em 2017, na Educação, o governo do Estado aplicou 27,69% da Receita Líquida de Impostos, quando o mínimo é 25%. Na Saúde foram aplicados 18,32%, quando o mínimo é 12%. Já o percentual da dívida consolidada líquida sobre a Receita Corrente Líquida apresentou queda quando
comparada com 2016, resultado da reestruturação da dívida do Estado, saindo de 25,15% para 17,39%. Um ponto que, segundo o secretário merece atenção, é o aporte previdenciário. Em 2017 o governo precisou fazer um aporte financeiro para cobrir o déficit da previdência de R$ 1,788 bilhão, 14,66% a mais do que foi realizado no ano anterior. Segundo secretário, além do nível de gasto com o aporte ser muito elevado, ele também tem crescido muito rápido. “O problema não é só da União, é dos estados também. E mesmo o Espírito Santo, sendo um estado organizado, tem. A discussão deve ser ampla. É um problema que temos que resolver rápido”.
Juros do cheque especial sobem para 324,7% ao ano A taxa de juros do cheque
especial continua subindo e
chegou a 324,7% ao ano, em
janeiro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta terça-feira (27), em Brasília. Em relação a dezembro, o aumento foi de 1,7 ponto percentual. Outra alta taxa de juros é a do rotativo do cartão de crédito, que atingiu 241% ao ano em janeiro, com aumento de 7,1 pontos percentuais em relação a dezembro. Essa é a taxa para quem paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia. Já a taxa cobrada dos
consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura caiu 14,6 pontos, indo, em janeiro, para 387,1% ao ano. Com isso, a taxa média da modalidade de crédito ficou em 327,9% ao ano, com queda de 6,9 pontos percentuais em relação a dezembro. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições
financeiras transferem a dívida para o crédito parcelado, seguindo regra estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no ano passado. A taxa do crédito parcelado aumentou 3 pontos percentuais para 171,5% ao ano, no primeiro mês do ano. A taxa média de juros para as famílias subiu 0,7 ponto percentual para 55,8% ao ano, em janeiro. A taxa média das empresas também cresceu 0,7 ponto percentual: agora é de 22,3 % ao ano.
Olhar de uma lente 12 fatos & notícias
24 a 28 de fevereiro de 2018
Eleições 2018 e as manobras eleitoreiras Haroldo Cordeiro Filho
Tudo gira em torno de enganação e manobras eleitoreiras. O município da Serra é o segundo maior arrecadador do Estado e o que vimos é uma gestão exploratória e enganosa, tratando o munícipe como ignorante e cego. É um verdadeiro teatro. Vejam vocês que, no dia 22 deste mês, na comunidade de Jardim Carapina, em função da inauguração de uma creche, atrasada, diga-se de passagem, o bairro foi todo roçado, varrido e o lixão, que se acumulava por meses em seu entorno, foi retirado e tudo isso para que sua “majestade”, o prefeito, e sua comitiva – única presente – tivesse a honra de se apresentar como o responsável daquela obra, o
que não é verdade. Por essas e outras razões, me sinto na obrigação de denunciar estas manobras.
Educação não é cabo eleitoral, educação é coisa séria, é de responsabilidade do município, está muito
além do gestor. Depois da saúde, é o setor que mais necessita de investimentos, estamos falando de nossas CHARGE RETIRADA DA INTERNET
crianças, do nosso futuro, que está em jogo. Para conhecimento de vocês, segundo o ministério da Educação (MEC), a educação infantil no Brasil é de responsabilidade dos municípios, que “RECEBEM” apoio dos estados e do governo federal para que possam oferecer uma formação inicial de qualidade. A educação infantil se caracteriza pela primeira etapa do ciclo básico, oferecida em creches e préescolas em jornadas integrais, mínimo de 7 horas por dia ou parciais, mínimo de 4 horas por dia. E mais, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todas as crianças têm “DIREITO” à educação gratuita que as
prepare para o exercício da cidadania, a permanecer na escola e a serem respeitadas pelos educadores. Portanto, não se iludam, neste ano, qualquer circo montado para inauguração disso ou daquilo não passa de uma verdadeira caça a votos. Vírus da Corrupção ...“Quando ele está em campanha Diz que vai resolver toda situação. Depois de tá eleito adianta o seu lado E dá uma banana para o meu povão...” Bezerra da Silva Haroldo Cordeiro Filho Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador da ONG Educar para Crescer
fatos & notícias