Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VI - Nº 180 16 a 23 de novembro/2016 Serra/ES
fatos & notícias REPRODUÇÃO
DIEGO ALVES
Distribuição Gratuita
Bike Vitória completa seis meses com 118 mil viagens. Pág.6
www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br
Djavan leva Grammy Latino de melhor canção em português. Pág.6
iStock/Getty Images
Novo estudo revela que tomar uma taça de tinto antes de fumar um cigarro ajuda a reduzir os danos cardiovasculares causados pelo tabagismo. Pág.7
Economia Destaques empresariais da Serra serã o premiados. Cerimô nia acontecerá no pró ximo dia 24. Pág.8
Educação
MARIANA LEAL/MEC
Seminário debate necessidade de reforma do ensino médio. Pág.3
iStock/Getty Images
Ciência & Tecnologia
Pág.4
Pesquisa revela que o consumo de alho pode tornar os homens mais atraentes. Pág.4
Mistério
Koninklijke Marine/Wikipedia CC/Reprodução
Programa ambiental visa preservação da Mata Atlântica Pág.2
Três navios da II Guerra desaparecem do fundo do mar. Pág.6 Política
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural. Pág.2 Prisõ es simultâ neas
Com perspectiva de reforma, brasileiros Medida Provisória foi transformada no projeto de lei de conversão (PLV 23/2016) e aguarda sançãoaposentadoria presidencial têm dúvidas sobre .Pág.9 Pág.2
de Garotinho e Cabral causam 'terremoto polıt́ico'. Pág.5
2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias
16 a 23 de novembro de 2016
SOS MATA ATLÂNTICA
Expedições avaliam situação de
botos e jacarés no Amazonas Trabalho faz parte de projeto de monitoramento do potencial de recuperação dessas espécies a partir da moratória da pesca da piracatinga, que usava esses animais como isca ARQUIVO IDSM
Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica
O Programa O Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) da Mata Atlântica foi criado 2003, por uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e da Conservação Internacional (CI), no âmbito da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica. Ele nasceu a partir da percepção de que havia muito interesse por parte dos proprietários em proteger remanescentes da Mata Atlântica, mesmo com os pequenos incentivos disponíveis. Uma prova disso é que já havia 422 RPPNs reconhecidas no bioma em 2002. Hoje, no Brasil, existem mais de 1.230 RPPNs, sendo mais de 860 na Mata Atlântica, que
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protegem cerca de 176 mil hectares, demonstrando a importância estratégica dessa categoria de Unidade de Conservação (UC) para os esforços de proteção do Bioma. O objetivo do Programa é contribuir para a conservação in situ da biodiversidade da Mata Atlântica, fortalecer o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), as RPPNs existentes e fomentar o engajamento de proprietários de terras na criação e implementação das reservas privadas no bioma. Em 2013, o Programa completou 10 anos, contabilizando o apoio à criação de 392 novas RPPNs e à gestão de outras 102 reservas. No total, essas unidades totalizam 57 mil hectares de florestas protegidos. Em uma década, foram investidos mais de 8 milhões de reais em ações de fortalecimento das RPPNs, sendo quase 6 milhões destinados diretamente a projetos de criação e gestão de reservas particulares na Mata Atlântica. O Programa também apoiou 11 publicações sobre o tema. PE
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pau-brasil (Caesalpina echinata), entre outras. “Uma grande parcela dos fragmentos florestais existentes na Mata Atlântica está localizada dentro de propriedades particulares. Portanto, a criação, a manutenção e a gestão de RPPNs são fundamentais para a conservação de espécies ameaçadas e de trechos importantes do bioma”, destaca Mariana Machado.
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† Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural, que decide transformar sua terra em uma reserva e assume compromisso perpétuo com a conservação da natureza. As RPPNs são importantes para proteger as riquezas naturais, além de ajudar na preservação da água, na regulação do clima, na limpeza do ar, no desenvolvimento de pesquisas científicas dentre outros serviços ambientais. Atividades recreativas, turísticas, de educação e de pesquisa são permitidas na reserva, desde que sejam autorizadas pelo órgão ambiental responsável pelo seu reconhecimento. Dessa forma, muitas RPPNs também geram renda e conhecimento em sua região, com atividades como ecoturismo, educação ambiental e artesanato. Essas reservas garantem a proteção de diversas espécies ameaçadas, como os primatas mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) e macaco-prego-do-peitoa m a r e l o ( C e b u s xanthosternos), a ave Formigueiro-de-cauda-ruiva (Myrmeciza ruficauda) e o
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avaliação dos efeitos da moratória da pesca e comercialização da piracatinga por meio do monitoramento e checagem do potencial de recuperação das populações de botos e jacarés. “O monitoramento das populações de botos e jacarés é uma dentre diversas outras ações que precisam ser desenvolvidas para revertermos o quadro atual. É preciso investir em estudos para a identificação de técnicas e métodos alternativos para a pesca da piracatinga que possuam viabilidade ambiental, social e econômica”, disse Raseira. Ainda segundo ele, "é preciso, também, realizar diagnósticos da biologia e ciclo reprodutivo da piracatinga e estudo do seu potencial como espécie comercial, avaliar os impactos sociais e econômicos decorrentes da moratória, realizar ações de educação ambiental e de sensibilização das comunidades locais e desenvolver melhores estratégias de fiscalização e controle".
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o projeto tem a participação de outros importantes centros de pesquisa, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam). As expedições, iniciadas em setembro e concluídas agora em novembro, percorreram parte dos rios Negro, Solimões, Purus e Japurá e passaram por áreas importantes para a conservação da biodiversidade amazônica, como a Reserva Biológica do Abufari e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no estado do Amazonas. Novas expedições estão previstas para os próximos anos, como forma de avaliar se a moratória da piracatinga, estabelecida, a princípio, até 2020, será suficiente para recuperar as populações, sobretudo dos botos-vermelhos e tucuxi. Segundo Marcelo Raseira, coordenador substituto do Cepam, é de extrema importância a
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O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acaba de realizar uma série de oito expedições científicas ao longo de grandes rios da bacia amazônica. As expedições fazem parte do projeto de criação de uma rede de monitoramento das populações de botosvermelhos, botos-tucuxis e jacarés amazônicos e de implantação de ações de manejo e proteção dessas espécies. Um dos objetivos do projeto é avaliar o estado de conservação das populações desses animais e contribuir com dados que possam verificar os efeitos da moratória (proibição) da pesca da piracatinga na região, que passou a vigorar no ano passado. A pesca usava botos e jacarés como isca. Um dos impactos dessa ação predatória é a possível redução pela metade de populações de botos da Amazônia Central, segundo estudo divulgado em 2011. Coordenado pelo Cepam,
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3068-3816 / 99885-7341 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
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EDUCAÇÃO 3 16 a 23 de novembro de 2016
fatos & notícias
MARIANA LEAL/MEC
Educadores de todo
mundo reforçam a
necessidade de reforma do ensino
Na abertura do seminário, o secretário Rossieli Silva destacou a importância de mudar o ensino médio no País x O Ministério da Educação, em parceria com o grupo Banco Mundial, organizou o seminário Evidências Internacionais para a Reforma do Ensino Médio no Brasil. Aberto nesta quinta-feira (17), na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e encerrado na sexta-feira (18), no escritório do Banco Mundial, na capital federal. Na cerimônia de abertura, o titular da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Rossieli Soares da Silva, destacou a importância das alterações
que estão em curso no Brasil. “A oportunidade de mudança é uma chance para podermos caminhar, como vários países já fizeram”, afirmou. Ta m b é m p r e s e n t e , a secretária-executiva do MEC, Maria Helena de Castro, defendeu a reforma proposta pelo governo federal para o ensino médio. “No momento em que a Finlândia extinguiu o conteúdo tradicional, só oferecendo língua e matemática, não faz sentido estarmos presos a um currículo ultrapassado”, disse. “Precisamos entender
do que nossos alunos precisam”. No seminário, que reuniu especialistas em educação do Brasil e do exterior, foram relatados exemplos de nações como Suíça, Polônia e México, com a apresentação de mudanças similares à que está em curso no País. “Entendemos que o Brasil precisa de uma discussão interna, mas ajuda ter exemplos do que já acontece no exterior”, disse o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser. “O Banco Mundial tem um histórico de apoio em todo o mundo, temos ajudado os
mé dio
países parceiros a responderem à questãochave: como as crianças e os jovens estão adquirindo as habilidades que precisam?” Integrante de uma das mesas de discussão, a diretora do Instituto Europeu de Educação e Política Social, Janet Looney, falou sobre a possibilidade de os estudantes estarem entediados com os currículos tradicionais. “O que fazer a respeito?”, indagou. Segundo ela, é necessário tornar os conteúdos relevantes, entender o que os estudantes precisam e quais são os
interesses deles. “Isso demanda uma quantidade grande de professores para atender aos interesses diferentes e necessidades de aprendizado de uma sala inteira”, disse. “À medida que os professores desenvolvem mecanismos para orquestrar uma sala de aula inteira, conseguem dar aos alunos os testes que eles precisam para aprender e diagnosticar suas necessidades. Isso faz parte do trabalho do professor”. Outro convidado foi Erik Swars, gerente internacional sênior do Instituto Federal para Educação Vocacional
da Suíça. Em seu país, os estudantes já escolhem, ao concluírem o ensino fundamental, entre o ensino médio ou o técnico. “Na Suíça, o dado é surpreendente: dois terços dos jovens optam pelo caminho do ensino técnico”, revelou. “Para os jovens, essa é uma opção muito atraente por causa do trabalho e do salário”. Além disso, de acordo com Swars, os estudantes podem continuar no sistema educacional. “É possível começar no ensino técnico e chegar ao doutorado, se ele optar por isso”, garantiu.
VITÓRIA
Recursos de R$ 111,6 milhões são liberados para atendimento a 30 milhões de estudantes Rematrícula no ensino fundamental termina dia 28 e matrículas começam em janeiro O M i n i s t é r i o d a de 144,76 milhões de ministro da Educação, Educação liberou nesta segunda-feira (14) recursos de R$ 111,65 milhões para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O valor será repassado ao F u n d o Nacional de Desenvolvime n t o d a Educação (FNDE), órgão d o M E C responsável por efetuar o pagamento às editoras e à E m p r e s a Brasileira de Correios e Te l é g r a f o s (ECT). “Os recursos serão aplicados no pagamento
livros e obras literárias adquiridos por meio do programa e que serão distribuídos a escolas públicas de ensino fundamental e médio em 2017”, explicou o
DIVULGAÇÃO
Mendonça Filho. A maior parte dos exemplares (137 milhões) destina-se a estudantes e escolas de zonas urbanas. Serão beneficiados 20 milhões de alunos do e n s i n o fundamental e 6,8 milhões do ensino médio. As d e m a i s unidades (7,4 milhões) f o r a m adquiridas para entrega nas zonas rurais e atender a 2,5 milhões de estudantes.
Alunos e pais devem ficar atentos ao cronograma 2017 de matrícula na rede municipal de ensino. A rematrícula dos estudantes que já frequentam as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) começou na última quarta-feira (16) e vai até o dia 28 de novembro. O procedimento de
rematrícula em Vitória poderá ser feito de qualquer computador com internet. Os pais ou responsáveis devem acessar o endereço www.vitoria.es.gov.br/bolet im e atualizar as informações de endereço e contato da família. Só será necessário que a família compareça à secretaria da escola se
houver alteração de dado cadastral, a exemplo de endereço. Nesse caso, é necessário apresentar o comprovante atualizado de residência. Caso a família não possua o equipamento à disposição, a rematrícula pode ser realizada na secretaria da própria unidade de ensino.
4 CIÊNCIA & TECNOLOGIA 16 a 23 de novembro de 2016
fatos & notícias
NASA/JHUAPL/SwRI/VEJA/VEJA
Consumo de alho pode tornar os homens mais atraentes iStock/Getty Images
Plutão pode abrigar oceano em seu interior, dizem cientistas Estudos sobre a planície Sputnik, região gelada de Plutão, levou pesquisadores a formular a hipótese de que há um oceano subterrâneo no planeta anão Plutão pode ter um vasto oceano sob sua superfície, afirmam estudos sobre a planície Sputnik, região gelada localizada no planeta anão. Dois artigos publicados na revista Nature analisam a formação e evolução da planície, que fica no lado oeste da Tombaugh Regio, área em forma de coração que passou a ser estudada em detalhes com as imagens enviadas pela missão New Horizons. A existência do possível oceano pode ajudar os pesquisadores a compreender os corpos celestes localizados nos confins do universo – acredita-se que planetas anões como Plutão, que fica a 5,9 bilhões de quilômetros do Sol, sejam relíquias de mais de 4 bilhões de anos que podem trazer dados reveladores sobre as origens do sistema solar.
Oceano de Plutão Desde que a missão New Horizons enviou dados inéditos sobre Plutão, os cientistas buscam descobrir
como foi formada a planície e por que essa região está sempre na posição oposta à lua Caronte, a maior do planeta anão. Um dos estudos publicados na Nature afirma que isso aconteceu devido ao oceano sob a superfície da planície – ele teria uma massa tão grande que faria o planeta anão “tombar” para um lado. De acordo com a pesquisa, liderada por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, o impacto de um meteorito em Plutão fez com que uma quantidade imensa de gelo fosse ejetada do planeta, deixando apenas uma fina lâmina de gelo. Se um oceano, possivelmente líquido, existisse sob essa camada, ele empurraria o gelo para cima, preenchendo a cratera deixada pelo impacto. Com o nitrogênio congelado que se acumulou na região ao longo do tempo, a massa da região seria maior do que antes do impacto, o que provocaria a “inclinação” de Plutão. Sem a ajuda do oceano, a camada de
nitrogênio congelado deveria ter uma espessura de cerca de quarenta quilômetros para causar os mesmos efeitos, um cenário que os pesquisadores afirmam que seria “implausível”. O outro estudo, de cientistas americanos e japoneses, sugere que Plutão passou a ser inclinado em algum momento de seu desenvolvimento – as evidências são as rachaduras na crosta do planeta anão. A reorientação pode ter acontecido devido à presença de um oceano subterrâneo, mas outras explicações, como o depósito do material ejetado pelo impacto do meteorito dentro e ao redor da cratera com o posterior acúmulo de grandes massas de nitrogênio congelado, também são mencionadas pelos pesquisadores. Os dois estudos reafirmam a necessidade do desenvolvimento e aprofundamento dos estudos sobre Plutão, que pode trazer resultados surpreendentes e ajudar na compreensão de corpos celestes distantes. Além disso, onde há água, ainda mais acumulada em um oceano, é possível que haja vida, já que a substância é condição essencial para seu surgimento. Os astrônomos consideram improvável que qualquer tipo de microrganismo se desenvolva no planeta anão, mas afirmam que Plutão tem se mostrado um mundo “surpreendentemente diverso e geologicamente dinâmico”.
O estudo foi conduzido com homens que comeram alho cru ou cápsulas de alho Rapazes, querem fazer ainda mais sucesso com as mulheres? O odor corporal tem papel fundamental neste trabalho. Mas esqueçam dos perfumes caros e… aumentem o consumo de alho. É isso mesmo: alho, aquele alimento de cheiro forte e pouco agradável. Pesquisadores da Universidade de Stirling e da Universidade Charles, em Praga, na República Checa, pediram a 42 homens que comessem alho cru, cápsulas de alho ou nenhum alho e usassem almofadas nas axilas por 12 horas. Em seguida, 82 mulheres foram solicitadas a cheirar as amostras de odor nas almofadas e classificá-las pela sua graça, atratividade, masculinidade e intensidade.
O odor corporal dos homens era percebido como “significativamente mais atraente e menos intenso” quando eles comiam dentes de alho ou o alimento em cápsulas, do que quando eles (os mesmos homens) não haviam comido. “Certamente, o odor da respiração desempenha um papel crucial na maioria das interações sociais, mas o odor das axilas também é um fator importante nos relacionamentos íntimos”, e s c r e v e r a m o s pesquisadores na revista Appetite. “Nossos resultados indicam que o consumo de alho pode ter efeitos positivos no odor corporal percebido (o prazer dele derivado), talvez devido a seus efeitos na saúde, por exemplo, já que possui conhecidas propriedades
antioxidantes e antimicrobiana”, explicou um dos líderes do estudo. Entre os principais benefícios do alho incluem efeito imunoestimulante, cardiovascular, bactericida e até anticâncer. Logo, é plausível que a preferências de certos odores humanos tenham sido moldadas pela seleção sexual. Hoje, acredita-se que, de uma perspectiva evolutiva, a preferência por certos odores corporais está associada à dieta e, possivelmente, foi moldada por meio da seleção sexual. Estudos anteriores mostraram que o consumo de alho também pode afetar o odor do leite materno, aumentando o tempo que os bebês gastam no peito de sua mãe e se alimentam mais vigorosamente.
POLÍTICA 5 16 a 23 de novembro de 2016
fatos & notícias
Empreiteiro muda versão e nega propina à chapa Dilma-Temer Em novo depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o executivo Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, negou que a campanha à reeleição de Dilma Rousseff e Michel Te m e r r e c e b e u , d a empreiteira, dinheiro de propina. Confrontado com documentos que contradiziam o seu depoimento anterior, o executivo apresentou uma nova versão dos fatos e afirmou que a contribuição de 1 milhão de reais feita ao diretório do PMDB foi voluntária, sem nenhuma origem irregular. Azevedo foi intimado para prestar um novo depoimento no processo do TSE que apura, entre outras coisas, se dinheiro do esquema de corrupção instalado na Petrobras
abasteceu a chapa DilmaTe m e r e m 2 0 1 4 . E m setembro, ele afirmou ao TSE que a campanha eleitoral de Dilma recebeu do Diretório Nacional do PT o valor de 1 milhão de reais, tendo a Andrade Gutierrez como doadora originária. O dinheiro teria origem ilícita, oriundo de desvios em contratos firmados entre a empresa e o governo federal. Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, A defesa de Dilma, no prestou novo depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral entanto, apresentou ao TSE retratação, ou seja, ele Dilma. “Hoje cai por terra uma série de documentos que mostram que Temer foi reconheceu claramente que toda e qualquer acusação de o beneficiário de uma n ã o e x i s t i u n e n h u m a i r r e g u l a r i d a d e n a doação de 1 milhão de reais p r o p i n a e n e n h u m a arrecadação de campanha f e i t a p e l a A n d r a d e irregularidade na campanha de Dilma e Michel Temer”, G u t i e r r e z . D i a n t e d a presidencial de Dilma afirmou Caetano. Para o divergência, o ministro Rousseff e Michel Temer. advogado, caberá agora ao Herman Benjamin, relator Portanto, ele se retratou Ministério Público avaliar do processo, decidiu ouvir o perante a Justiça Eleitoral”, se Azevedo cometeu falso disse o advogado Flávio testemunho ou não. executivo novamente. A defesa de Dilma mudou “Otávio Azevedo fez uma C a e t a n o , d e f e n s o r d e VAGNER ROSÁRIO/VEJA.COM
Teori autoriza Bumlai a cumprir prisão domiciliar
de estratégia e tenta agora preservar os direitos políticos da petista, “arrastando” o presidente Michel Temer para o seu lado como boia de salvação. Nos bastidores, petistas argumentam que “ou os dois morrem juntos ou os dois se salvam juntos”. Para o advogado José Eduardo Alckmin, que representa o PSDB na ação, ainda que Azevedo tenha dito que não houve dinheiro do petrolão doado diretamente à campanha Dilma-Temer, o executivo afirmou que o então tesoureiro da campanha da petista, Edinho Silva, tinha conhecimento de que o PT era abastecido com dinheiro desviado. “Ele [Azevedo] disse que, numa reunião dele com Edinho Silva e o João
Vaccari [ex-tesoureiro do PT], ficou estabelecido que o dinheiro do partido seria uma coisa e o dinheiro da campanha de Dilma seria outra coisa. E aí nessa conversa foi falado dos compromissos oriundos da corrupção em relação ao PT”, observou Alckmin. “Isso vai ser um tema objeto de estudo, porque dinheiro não tem carimbo. É necessário verificar esse aspecto. É questão de verificar a contabilidade do partido e da conta de campanha”, completou. Indagado pela imprensa sobre o novo depoimento, Otávio Azevedo evitou fazer comentários. “Da minha parte digo que estou bastante tranquilo, as coisas são o que são e temos que caminhar olhando para frente”, afirmou.
Prisões simultâneas de Garotinho e Cabral causam 'terremoto político' Coperphoto/Agência Brasil
O ministro do STF pediu ainda que a 13ª Vara Federal de Curitiba forneça ao STF informações sobre as condições de saúde de Bumlai VEJA.COM/VEJA/VEJA
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou nesta quinta-feira (17) o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cumprir prisão domiciliar. Em parecer encaminhado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia defendido a manutenção da prisão preventiva do pecuarista. Bumlai foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e dez meses de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva no âmbito da Operação Lava Jato. Na avaliação de Janot, a prisão se justificava com o intuito de evitar a continuidade das práticas
criminosas. Bumlai foi preso em novembro do ano passado. Ele chegou a permanecer em regime domiciliar por cerca de cinco meses por razões de saúde, mas voltou à prisão após fim de tratamento médico. No dia 6 de setembro, o pecuarista apresentou-se à Polícia Federal, com tornozeleira eletrônica, para tratamento de um câncer na bexiga e de complicações cardíacas. A defesa do pecuarista recorreu ao STF pedindo que
ele permanecesse em recolhimento d o m i c i l i a r, c o m tornozeleira eletrônica, até julgamento do mérito sobre a prisão. À época, Teori negou o pedido da defesa para que Bumlai continuasse a cumprir a pena em casa. “Reconsidero a decisão agravada e defiro o pedido de liminar para, com base no art. 318, II, do Código de Processo Penal, substituir a prisão preventiva pelo recolhimento domiciliar, com as mesmas condições então impostas pelo juízo de primeira instância”, es creveu Teori em s eu despacho. O ministro pediu ainda que a 13ª Vara Federal de Curitiba forneça ao STF informações sobre as condições de saúde de Bumlai.
Anthony Garotinho e Sérgio Cabral O doutor em Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Leonardo Valente disse ao site SRzd que as prisões dos exgovernadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho causam um “terremoto de grandes proporções na política fluminense”. O mais grave, lembra o professor, é que, além das prisões atingirem os dois mais importantes núcleos
de poder do Estado, o futuro político fica indefinido. Não se sabe exatamente quais as forças ocuparão o vazio deixado pelo afastamento das lideranças de Cabral e Garotinho. O cientista político alertou, também, que, ainda falta o esclarecimento por parte da Polícia Federal e da Justiça, por qual razão as prisões foram feitas de forma consecutiva. Garotinho foi preso na
quarta-feira (16), e Sérgio Cabral, um dia depois. “Tratam-se de duas investigações distintas, cujas prisões aconteceram q u a s e q u e simultaneamente. Há uma dúvida do que está acontecendo. Existe uma coordenação por parte da Justiça e da Polícia Federal sobre essas prisões?”, indaga o professor.
6 CULTURA
16 a 23 de novembro de 2016
fatos & notícias
Fim de semana de muito agito para celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra ELIZABETH NADER
Artistas brasileiros levam Grammy Latino REPRODUÇÃO
Encontro de Raízes de Crespos, Cacheados, Enrolados e Afros será realizado neste Domingo (20)
O agito vai ser grande neste final de semana com as ações alusivas ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no domingo (20). Na programação, estão lançamento de livro, festival cultural, apresentação de capoeira, Feira Criola, corrida de rua e outras atrações. Neste sábado (19), a partir das 9 horas, acontece o Festival Cultural "Todos Iguais e tão diferentes", com os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) São Vicente de Paulo, no Centro. Já às 14 horas, a movimentação será no x
Outra atividade que promete agitar o Centro é a Feira Criola e o Encontro de Raízes de Crespos, Cacheados, Enrolados e Afros, a partir das 14 horas, na escadaria Jayme Figueira. A ação, que deverá reunir um público de mais de 500 pessoas, é uma realização do Núcleo Afro Odomodê. A programação das atividades alusivas ao mês da Consciência Negra prosseguem durante toda a semana, com a realização da I Semana de Arte Moderna da Juventude Negra e AfroAmeríndia. A abertura oficial do evento será nesta segunda (21), às 9 horas, no Mucane.
Museu Capixaba do Negro Verônica da Pas (Mucane), no Centro, com o lançamento do livro "Áurea", de autoria de Ednéia de Moura, e com a realização do "Kizomba pela Consciência Negra", com samba de roda, maculelê e capoeira. No domingo (20), a programação começa cedo, a partir das 7h45, com a realização da 10ª edição da Corrida de Rua Zumbi dos Palmares pela Igualdade Racial. A expectativa é de que 600 corredores participem da ação, que tem como objetivo chamar a atenção da população para os direitos da população negra e o enfrentamento ao racismo.
Djavan também está entre os vencedores da cerimônia realizada em Las Vegas (EUA) x A cerimônia do Grammy Latino, celebrada quinta-feira (17) em Las Vegas, premiou artistas brasileiros como Elza Soares, Céu, Djavan, Paula Fernandes e Martinho da Vila. Na categoria melhor álbum de samba/pagode, o vencedor foi Martinho da Vila, com De Bem com a Vida; já Elza levou o prêmio de melhor álbum de música popular brasileira, com A Mulher do Fim do Mundo. Os dois intérpretes não compareceram à premiação realizada no T Mobile Arena. Aos 67 anos, Djavan liderava as indicações ao prêmio e saiu com a estatueta de melhor canção em português, com Vidas
Pra Contar. A cantora Céu ganhou na categoria música contemporânea, com o álbum Tropix. “Estou muito feliz por representar o Brasil nesta festa latina”, disse a cantora de 36 anos. Paula Fernandes saiu da premiação com o troféu de melhor álbum de música sertaneja, por Amanhecer. Ian Ramil, que também competia na categoria melhor novo artista, compartilhou um Grammy com Scalene na categoria melhor álbum de rock em português. “Dedico a todos os que fazem música pensando em dar um passo além da distração, da diversão, pensando em comunicar”, disse Ramil, artista independente do sul
do Brasil. A cerimônia teve como grande vencedor o álbum Los Dúo 2, do cantor e compositor mexicano Juan Gabriel, falecido em agosto aos 66 anos. A cerimônia também serviu para que os artistas latinos protestassem contra o discurso anti-imigrantista do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. “As únicas fronteiras que deveriam existir são as canções”, expressou Roselyn Sánchez ao abrir a cerimônia de gala da 17ª edição do prêmio, com Pablo López e Juanes cantando a música Tu enemigo.
Bike Vitória: projeto completa seis Trê s navios da II Guerra desaparecem do fundo do mar meses com 118 mil viagens Koninklijke Marine/Wikipedia CC/Reprodução
DIEGO ALVES
Elas já fazem parte do cenário de Vitória. As 200 bicicletas do Bike Vitória, espalhadas pelas 20 estações de compartilhamento, completaram, na última terça-feira (15), seis meses de atividade na capital. Nesse período, cerca de 118 mil viagens foram realizadas por mais de 36,5 mil pessoas.
Atualmente, há 4.926 usuários cadastrados e prontos para utilizar o sistema de bicicletas compartilhadas. Segundo o secretário municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana, Oberacy Emmerich Júnior, o Bike Vitória faz parte das ações desenvolvidas pela Prefeitura para melhorar
a mobilidade urbana da capital. "Nosso objetivo era proporcionar às pessoas que moram e visitam nossa capital mais uma opção de transporte e de lazer. O retorno das pessoas e os números mostram que estamos alcançando nossos objetivos", afirmou. O secretário antecipou que o projeto será ampliado. "Graças ao enorme sucesso do projeto, recebemos pedidos dos usuários para ampliarmos o número de bikes e de estações. Por isso já solicitamos à empresa responsável pelo sistema que realize essa ampliação".
Uma investigação internacional foi aberta para a a p u r a ç ã o d o desaparecimento de três navios holandeses da II Guerra Mundial. As embarcações estavam naufragadas no fundo do Mar de Java, na costa da Indonésia, e sumiram misteriosamente. O Ministério da Defesa holandês confirmou que dois navios desapareceram, enquanto grande parte da carcaça de um terceiro também foi removida do fundo do mar. As embarcações afundaram em 1942 e foram localizadas pela primeira vez por mergulhadores amadores em 2002.
Uma nova expedição submarina de observação das embarcações, às vésperas do aniversário de 75 anos da Batalha do Mar de Java, descobriu que os navios tinham sumido. O sonar utilizado para localização submarina dos navios encontrou as marcas deixadas pelas embarcações no fundo do mar, mas não os navios. Os três navios naufragaram durante a Batalha do Mar de Java, em fevereiro de 1942, quando as forças holandesas, britânicas, australianas e
americanas sofreram uma terrível derrota para os japoneses. Cerca de 2.200 pessoas morreram na batalha, incluindo 900 holandeses. “A profanação de um túmulo de guerra é uma ofensa séria”, afirmava um comunicado do Ministério da Defesa, sugerindo que os destroços podem ter sido retirados do fundo do mar ilegalmente.
SAÚDE7
16 a 23 de novembro de 2016
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Amazonas recebe Expedicionários da Saúde Ministério da Saúde, entidades e outros órgãos do governo levarão atendimento a áreas indígenas de difícil acesso. Serão mais de 3,4 mil cirurgias e consultas com especialistas FOTO: IG
Saiba por que o vinho tinto pode reduzir os danos do cigarro Até o dia 24 de novembro, as sub-regiões de Iauaretê e Içana, localizadas na região do Alto Rio Negro, no Amazonas, receberão duas amplas ações na área da saúde, onde vivem mais de 36 mil indígenas aldeados. O Ministério da Saúde juntamente com o Ministério da Defesa, Expedicionários da Saúde (EDS) e Fundação Nacional do Índio (FUNAI) realizará a 36ª Expedição da Saúde. O objetivo é realizar procedimentos de média e alta complexidade, como atendimentos ginecológicos e pediátricos, além de cirurgias de tracoma/triquíase (doença que causa cegueira), hérnia, catarata e cirurgia geral, aos indígenas que vivem em lugares de difícil acesso. Ao todo, serão realizadas cerca de 400 cirurgias e 3 mil atendimentos médicos. Para realizar a 36ª Expedição da Saúde, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Defesa, responsável pela logística das a ç õ e s , e n v i o u aproximadamente 15 toneladas de equipamentos médicos para o meio da floresta Amazônica, que possibilitarão montar estrutura física, como centro cirúrgico e espaço para a realização de exames de ultrassonografia. Além dos equipamentos, o
Ministério da Saúde está levando todos os medicamentos necessários para o atendimento da atenção primária, e mais de 70 profissionais, entre enfermeiros e técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro (DSEI). Os Expedicionários da Saúde (EDS) estão, nas duas subregiões, com 45 médicos voluntários, que atuam em hospitais de referência como Albert Einstein e Sírio-Libanês, em São Paulo. O EDS também está apoiando com medicamentos farmacológicos. Já a Funai está responsável pela alimentação diária das mais de 200 pessoas envolvidas. Para a diretora de Atenção à Saúde da SESAI/MS, Regina Rezende, a atuação dos profissionais, nas ações da Expedição, vai ampliar o acesso à saúde de qualidade das populações indígenas do Alto Rio Negro. “A parceria entre Expedicionários, Exército e Ministério da Saúde, ao longo desses anos do programa, reflete a importância e necessidade de ações de média e alta complexidade em locais que nunca se imaginou. Com o ineditismo das cirurgias de tracoma/triquíase, teremos a oportunidade de extinguir essa doença que acomete alguns povos indígenas dessa região,
de tão difícil acesso”, destacou. Outro desafio dessa atividade é a logística para as instalações necessárias. “Para que essa complexa logística aconteça, a equipe de voluntários EDS já deu início às viagens precursoras para Planejamento da logística e Capacitação dos profissionais responsáveis pela saúde local. Foram dias intensos, onde as equipes se revezaram para visitar as aldeias e escolher o melhor local para instalações do Complexo Hospitalar e acerto de ações junto as lideranças indígenas e de pactuações com os ministérios da Saúde e da Defesa. Cada um fazendo sua parte o sucesso da expedição é inevitável”, disse a coordenadora do EDS, Márcia Abdala. O comandante da 2º Brigada de Infantaria de Selva (BIS), General Fernando Bandeira, defende que o Exército Brasileiro não poderia deixar de participar ativamente desta ação, que segundo ele é de extrema relevância social. “O nosso apoio será irrestrito e no que precisar, desde o transporte de material, pacientes e segurança para garantir a atenção básica de saúde para todos dessa região de tão difícil acesso”, afirmou.
Novo estudo revela que tomar uma taça de tinto antes de fumar um cigarro ajuda a reduzir os danos cardiovasculares causados pelo tabagismo x O vinho tinto já é um conhecido aliado da saúde cardiovascular, mas agora ele promete ajudar também os fumantes. De acordo com um estudo publicado no periódico científico The American Journal of Medicine, tomar uma ou duas taças de vinho tinto antes de acender um cigarro pode neutralizar alguns dos efeitos negativos em curto prazo do fumo nos vasos sanguíneos. A fumaça de cigarro causa danos endoteliais agudos, inflamação vascular e sistêmica e envelhecimento celular. Já o vinho tinto estimula a formação de fatores de relaxamento dependentes do endotélio, como o óxido nítrico, que melhora a função endotelial nas artérias coronárias, possivelmente devido à alta concentração de fenol na bebida. “Entretanto, existem poucos dados sobre os possíveis efeitos vasoprotetores do vinho tinto em indivíduos tabagistas saudáveis. O objetivo do nosso estudo foi investigar os efeitos vasculares agudos do consumo de vinho tinto antes do 'fumo ocasional' em indivíduos saudáveis. Nós encontramos evidências de que o pré-consumo de vinho tinto impediu a maior parte da lesão vascular causada pelo tabagismo”, explicou Vi k t o r i a S c h w a r z , d a Universidade do Saarland em Homburg, na Alemanha, e principal autora do estudo.Os pesquisadores analisaram os efeitos do
tabagismo em diversos processos bioquímicos no sangue e nas veias de 20 indivíduos que não fumavam, mas que se voluntariaram a fumar três cigarros. Metade dos participantes bebeu uma quantidade de vinho tinto correspondente à concentração de 0,75% de álcool no corpo tinto uma hora antes de fumar. Os demais apenas fumaram o cigarro. Para fator de comparação, os cientistas colheram amostras de sangue e urina dos participantes antes e depois de fumarem e outra 18 horas após o fumo. Os resultados mostraram que os voluntários que tomaram vinho antes de fumar não tiveram micropartículas liberadas das paredes das artérias, plaquetas e glóbulos brancos, conhecidas por indicar danos do tabagismo. A bebida também reduziu a inflamação e retardou um processo de envelhecimento genético nas células – ligado à e n z i m a telomerase – que é acelerada após o fumo. Ao medir a atividade da telomerase, os pesquisadores concluíram que o grupo que fumou sem beber vinho tinto teve uma diminuição de 5 6 % n a atividade da e n z i m a ,
enquanto o grupo que consumiu a bebida teve uma redução de apenas 20%. Schwarz ressaltou que a sua equipa não quer motivar fumantes ocasionais a beber ou 'bebedores' ocasionais a fumar, mas afirmou que “os efeitos pró-inflamatórios em não fumantes que fumam ocasionalmente poderiam ser evitados pelo consumo de vinho tinto. No entanto, este estudo identificou mecanismos adequados para explorar danos e proteção vascular, pavimentando o caminho para futuras pesquisas”. Apesar dos resultados positivos, não é possível afirmar que esse efeito protetor do vinho em fumantes ocasionais se aplique a pessoas de todas as faixas etárias, já que o estudo foi limitado a jovens não fumantes saudáveis. Também não se sabe se os resultados se aplicariam a pessoas que fumam e bebem com maior frequência. Mais do que apenas fumantes e bebedores ocasionais.
8ECONOMIA 16 a 23 de novembro de 2016
fatos & notícias
Destaques empresariais da Serra serão premiados A cerimônia de entrega do Prêmio Mérito Empresarial da Ases acontecerá dia 24 de novembro † Os empresários que receberão o Prêmio Mérito Empresarial da Ases – 2016 já estão definidos. Em sua 10º edição, a premiação visa o reconhecimento do setor produtivo serrano pelas relevantes atividades e contribuição para o desenvolvimento sustentável do município. A cerimônia será realizada no próximo dia 24, às 20h, n o C e n t r o d e Convenções Steffen, na Serra. Na categoria comércio, o vencedor é o diretor da empresa Rei da Borracha, Cléber Penna; o diretor executivo da Elkem, Izaías Entringer, na categoria indústria; o diretor do Grupo Sei S e g u r a n ç a & Inteligência, José
Nivaldo Vieira, venceu no setor de serviços; e o sócio-fundador do Grupo Fortlev, Antônio Carlos Torres, foi escolhido como homenageado do ano, considerando as relevantes contribuições do empresário e do grupo, hoje presente em todo o País e no exterior, com fortes ações sociais junto aos seus colaboradores e comunidades nas diversas regiões onde atua. O presidente da Ases, Remegildo Gava Milanez, cumprimenta a todos pela merecida distinção, que representa o reconhecimento público da classe empresarial da Serra, por meio da Ases e de todos os seus associados.
Premiados Cléber Penna – Categoria Comércio
município da Serra aconteceram em 1981,
José Nivaldo Vieira – Setor de Serviços José Nivaldo Campos Vieira é formado em Direito pela Faculdade de Direito Cândido Mendes e em Filosofia pela UFES, é sócio proprietário e integrante do Conselho de Administração do Grupo SEI – Segurança &
Inteligência com sede na Serra. Também coronel da reserva remunerada da Polícia Militar do Espírito Santo, José Nivaldo já atuou em diversos cargos na área de segurança pública no Governo do Estado e em Segurança e Inteligência no Governo Federal. FOTOS: ASES/DIVULGAÇÃO
N a t u r a l d e Caratinga/MG, Cleber Penna de Faria Fernandes chegou ao Espírito Santo em 1971 e atuou como funcionário do Rei da Borracha, tornando-se sócio em 1974, inicialmente, com unidades em Vila Velha e Vitória. As atividades no
em Jardim Limoeiro. Formado em Tecnologia Mecânica pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com MBA em Gestão Comercial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cleber é diretor geral da empresa Rei da Borracha.
Izaías Entringer Categoria Indústria
UFES, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e Mestrado em Finanças Corporativas p e l a Universidade d e Manchester, I z a i a s Entringer trabalha na Elkem desde 1988 quando iniciou a carreira no s e t o r d e instrumentaçã o , o n d e atualmente ocupa a função de diretor executivo da Elkem Brasil.
F o r m a d o e m Engenharia Elétrica pela
Antônio Carlos Torres – Homenageado do ano Antônio Torres é sócio fundador do Grupo Fortlev, que nasceu do sonho de uma família empreendedora e sua habilidade em t r a n s f o r m a r
oportunidades em grandes negócios. Fundada em 1989, a indústria é hoje líder absoluta no mercado nacional de reservatórios. Seu mix de produtos engloba caixas d'água, cisternas, tanques, estações de tratamento de esgoto, além de tubos e conexões de PVC.
ECONOMIA9 16 a 23 de novembro de 2016
fatos & notícias
Ueslei Marcelino/Reuters
Ajuda a estados virá de repatriação e de devoluções do BNDES, diz ministro
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira (18) que a equipe econômica já identificou as fontes de recursos para ajudar os estados a ajustarem suas contas. Segundo o ministro, o dinheiro a ser arrecadado com a repatriação de recursos mantidos no exterior “é pouco” para atingir esse objetivo. Por isso, a outra fonte serão os R$ 100 bilhões em ativos a serem devolvidos pelo Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social ( B N D E S ) a o Te s o u r o Nacional, acrescentou. “Isso está sendo visto. O presidente já tem notícias de que a área econômica identificou fonte e está cuidando da legalidade”, disse Padilha em entrevista à Rádio Gaúcha. “O dinheiro da repatriação é pouco. Esse é um dinheiro que deve entrar na composição, mas é pouco”, acrescentou, ao anunciar que os R$ 100 bilhões que o
BNDES devolverá ao Tesouro Nacional também serão usados para ajudar os estados. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esses recursos, que seriam usados para a c o n c e s s ã o d e financiamento, estavam ociosos no BNDES, causando "custo desnecessário". Padilha disse que, do ponto de vista do governo federal, “melhorou a situação no que diz respeito à possibilidade para a ajuda
aos estados”. Agora, está sendo estudado como fazer isso. “Há, sim, vontade política do governo em encontrar uma solução. Sob o ponto de vista legal, amparável; e sob o ponto de vista fático, viável”. De acordo com o ministro, outro ponto ainda em estudo é a fórmula que definirá como e quando a liberação desses recursos será aplicada. Padilha, no entanto, já descartou que seja adotado o mesmo critério do Fundo de Participação. “Nesse caso, Sul e Sudeste têm participação muito pequena e, portanto, não se resolveria o problema de seus estados. Então, tem de encontrar outra fórmula de negociação”, adiantou Padilha, que defende, também, contrapartidas dos estados, no sentido de
tem registro em carteira há apenas u m a n o . Atualmente, ela ganha R$ 1,2 mil por mês prestando serviços na confecção de embalagens e rótulos adesivos. “Tem trabalhos que a gente passa verniz. Tem a questão da insalubridade e isso é pago por fora, porque é muito forte a química”, relatou à Agência Brasil. Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, da Organização das Nações Unidas (ONU), a esperança
de vida nessa área varia muito: entre 70,2 e 79 anos, dependendo da localidade do bairro. Apesar de jovem, Andreia preocupa-se com a aposentadoria. Ela considera “muito longe” a idade mínima de 65 anos para se aposentar. A ideia de criar a idade mínima, para homens e mulheres, é uma das propostas da reforma da Previdência defendida pelo governo, e que já foi citada em entrevistas pelo ministrochefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Atualmente, não existe idade mínima para se aposentar.
adequarem seus gastos às receitas. Sobre o calendário de liberação dos recursos, “a ideia do presidente Michel Temer é pactuar com os estados, que eles vão ajustar suas contas na fórmula que será afinada por cada um, e, com isso, vai haver liberação progressiva dos recursos. Não vai ser liberado tudo de uma vez só, mas na medida em que forem cumprindo metas”, disse o ministro. De acordo com o ministro, o presidente Temer se encontrará na próxima semana com os governadores para tratar do assunto. “Eles terão de apresentar demonstração clara de que vão ajustar suas contas. Se não, resolve hoje, mas daqui a um ano o problema estará de volta”. Padilha acrescentou que o governo está ciente das
limitações dos estados, e que isso será levado em conta durante as negociações. “Eles têm de adaptar o seu gasto à sua receita, mas não conseguem fazer isso de uma hora para outra porque o corte pode ser alto. A ideia que o governo está estudando é a de se estabelecer um calendário. Estamos avançando nisso”. “Sabemos que é impossível o governo fazer com que a Lei de Responsabilidade Fiscal seja aplicada na plenitude porque a despesa ultrapassa em muito a receita. O objetivo dessa lei é que, no mais curto prazo possível, o estado sobreviva com a sua própria receita, o que hoje é impossível. Todos nós sabemos disso".
Valter Campanato/Agência Brasil
Com perspectiva de reforma, brasileiros têm dúvidas sobre aposentadoria A perspectiva de uma reforma da Previdência tem provocado dúvidas a brasileiros de todas as idades. Para os mais jovens, que começaram a contribuir há pouco tempo para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ainda não há clareza de como será o modelo quando chegar a vez de se
aposentar. Os mais velhos, que estão próximos de atingir o tempo de contribuição exigido atualmente, temem ter a aposentadoria adiada pela reforma iminente. Para a trabalhadora Andréia Ferreira Pinto, 20 anos, a aposentadoria ainda está distante. A jovem, que trabalha desde os 17 anos,
“Eu espero [aposentar] porque não acho justo as pessoas trabalharem, trabalharem e, quando ela diz, 'já não aguento mais', e já não tem mais idade para trabalhar, você não pode
receber nada do governo porque você não concluiu seu tempo de trabalho ainda”, diz a jovem.