Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia
fatos & notícias
Médicos criam remédio que distribui doses diárias dentro do corpo PÁG.7
Divulgação do Acervo da Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata - ORCT
Ano VI - Nº 181 24 a 30 de novembro/2016 Serra/ES
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Cinema homenageia a baianidade e a força de Tia Ciata, a baiana mais conhecida do samba carioca
NASA
Há 667 asteroides nas redondezas, esperando para cair na Terra. Não precisa se preocupar com o Armagedom, por enquanto. A Nasa já está fazendo simulações do impacto de uma possível colisão PÁG.4
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Previsão de aumento de R$ 9 bilhões no orçamento da educação em 2017 Em 2016, o MEC conta com R$ 129,9 bilhões para o custeio de despesas e programas. A previsão para o próximo ano é um orçamento de R$ 138,9 bilhões PÁG.3
Governo eleva limite para financiamento de imóveis com FGTS
O limite passou de 750 mil para 950 mil reais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, e de 650 mil para 800 mil nos demais Estados PÁG.8
Mudar o relógio biológico aumenta risco do câncer de fígado Getty Images
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Mendonça Filho explicou aos deputados que os recursos para a área da educação terão crescimento de 7% no próximo ano
RAFAEL CARVALHO/MEC
Mensagens eletrônicas obtidas pela Polícia Federal mostram sítio de Medida Provisória foi transformada no projetoque de lei de conversão (PLV 23/2016)pertence e aguarda sançãoapresidencial Atibaia Lula PÁG.9
Pesquisadores já conheciam vários fatores de risco para o câncer de fígado, entre eles o consumo de álcool, o vírus da hepatite e gordura no órgão PÁG.7
A química dos oceanos está mudando e isso não é nada bom Cientistas alertam para risco de perda em cascata de biodiversidade em alguns habitats marinhos PÁG.2
2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias
24 a 30 de novembro de 2016
A química dos oceanos está
DIVULGAÇÃO
mudando e isso não é nada bom Cientistas alertam para risco de perda em cascata de biodiversidade em alguns habitats marinhos Thinkstock
Costa dos Corais terá sítio de pesquisa Situada na costa nordestina, entre Pernambuco e Alagoas, a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais é a maior unidade de conservação federal marinha do Brasil. A APA abrange mais de 400 mil ha de área e cerca de 120 km de praias, recifes de corais e manguezais. É classificada como unidade de conservação de uso sustentável, buscando coadunar os objetivos de conservação ambiental e os usos direto (pesca) e indireto (turismo e pesquisa) dos recursos naturais de maneira sustentável. No projeto de sitio PELD, é proposto um sistema integrado de monitoramento a longo prazo dos processos ecológicos e sociais essenciais que ocorrem dentro do sistema sócio-ecológico na porção alagoana da unidade de conservação. PE
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University of California. Pesquisadores, gestores e estudantes de graduação e pós-graduação de diversas áreas de conhecimento irão realizar pesquisa no SítioP E L D - C C A L e m microbiologia, bentos, plantas, ecologia de peixes, aves, répteis, mamíferos, pesca, turismo, recursos hídricos, sensoriamento remoto, interagindo com pesquisadores da área social no que tange a percepções, conflitos, educação ambiental, entre outros. O projeto também tem um forte componente na área de divulgação científica que será conduzido pela professora Lídia Ramires, da Ufal. Além disso, a equipe conta com a participação dos gestores da Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, como o chefe Iran Normande, o coordenador de pesquisa, Marius Belluci, e o analista ambiental Ulisses dos Santos, responsável pelas ações em educação ambiental na APA.
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† Professores do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), acabam de aprovar, pela primeira vez em Alagoas, projeto de instalação de um sítio de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) na A PA C o s t a d o s C o r a i s (PELD-CCAL). O PELD é concebido e financiado pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico (CNPq) em conjunto com as fundações de apoio à pesquisa (FAPs). A equipe de 52 pesquisadores é liderada pela Ufal, em parceria com Instituto Chico Mendes de C o n s e r v a ç ã o d a Biodiversidade (ICMBio) – que administra a APA –, Semarh, IMA, Ifal, UFPE, ONG Biota, ONG Yandê, Universidade de Oxford, Ludwig Maximilian University of Munich e
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Projeto, que envolve instituições nacionais e internacionais, vai realizar estudos ecológicos de longa duração na região da APA, em Alagoas
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Já o efeito desse processo sobre os leitos de ervas marinhas, que são vitais para muitas espécies de peixes marinhos, contrariou as previsões dos cientistas, que esperavam um aumento da biodiversidade desses ecossistemas sob níveis crescentes de CO2, o que não foi observado. Segundo os pesquisadores, isso destaca a necessidade de se concentrar não apenas em espécies individuais, mas também em como o habitat de apoio responde e interage com a mudança climática. “Sabemos, há algum tempo, que haverá grandes perdedores e alguns vencedores diante das mudanças climáticas”, disse o ecologista marinho da UBC Christopher Harley, principal autor do artigo. “Não temos tempo para medir o impacto da mudança climática em cada espécie, mas usar essa abordagem nos permite fazer previsões razoáveis. Agora temos uma visão muito mais clara de como alguns perdedores podem arrastar a biodiversidade para baixo com eles, e como algumas outras espécies podem ser capazes de ajudar seu habitat a responder à acidificação”.
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pesquisas em campo se concentra no efeito desse f e n ô m e n o s o b r e determinadas espécies, o novo trabalho prevê como a acidificação afetará os habitats mais complexos e importantes do mar, como corais, prados de ervas marinhas e florestas de algas, que formam a casa de centenas de milhares de espécies oceânicas. Os pesquisadores usaram observações de habitats já afetados ao redor do mundo para projetar como as mudanças nesses ecossistemas provocados pela acidificação do oceano afetarão o número de espécies que cada um pode suportar. Os pesquisadores foram capazes de testar suas previsões no mundo real em dois lugares: um recife de coral perto de Papua Nova Guiné e um grupo de viveiros de ervas marinhas no Mediterrâneo. No caso do recife de coral, a diversidade e a complexidade da vida marinha na área diminuíram à medida que a acidificação aumentou. Os pesquisadores comprovaram que as espécies que usam carbonato de cálcio para construir suas conchas e esqueletos, como mexilhões e corais, são particularmente vulneráveis à acidificação.
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Como a água, que ajuda a regular a temperatura do corpo humano, os oceanos são os maiores aliados da Terra para a manutenção do seu equilíbrio climático. Eles absorvem grande parte da radiação solar que atinge o Planeta e também funcionam como sumidouros de dióxido de carbono (CO2). Mas esses heróis do clima já se revelam vítimas do aquecimento global. Essa característica de “sumidouro” contribui para a acidificação de suas águas, que pode desencadear uma perda em cascata da biodiversidade em alguns habitats marinhos, alerta uma nova pesquisa publicada nesta semana na revista científica Nature Climate Change. Os invertebrados, assim como os peixes, são especialmente sensíveis a mudanças rápidas de pH e, mesmo uma variação mínima pode ser perigosa. O trabalho, feito em conjunto por pesquisadores de biodiversidade da Universidade de British Columbia (UBC) e colegas na Europa, Austrália, Japão e China, compila dezenas de estudos existentes para pintar uma imagem mais ampla do impacto da acidificação nos oceanos. Enquanto a maioria das
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Corais em processo de branqueamento no Pacífico
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3068-3816 / 99885-7341 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
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EDUCAÇÃO 3 24 a 30 de novembro de 2016 RAFAEL CARVALHO/MEC
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Enem terá segunda aplicação em 418 locais de 165 municípios A segunda aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 será realizada em 418 locais de prova de 165 municípios. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao MEC
responsável pelo exame, liberou na terça-feira (22), a consulta on-line aos cartões de confirmação para os 277.624 mil inscritos, que vão fazer as provas nos dias 3 e 4 de dezembro próximo. Desta vez, o exame será realizado em 23 unidades da
Federação, conforme a tabela. Os estados com o maior número de locais de prova são Minas Gerais (83), Paraná (80), Bahia (63) e Espírito Santo (24). Mais informações pelo telefone 0800-616161.
Mendonça Filho explicou aos deputados que os recursos para a área da educação terão crescimento de 7% no próximo ano
Ministro confirma previsã o de aumento de R$ 9 bilhõ es no orçamento da educaçã o em 2017 x Durante participação em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (23), o ministro da Educação, Mendonça Filho, reiterou a previsão de aumento no orçamento para a pasta em 2017. Os recursos terão crescimento de 7% em relação a 2016 e totalizarão aumento de R$ 9 bilhões. Em 2016, o MEC conta com
R$ 129,9 bilhões para o custeio de despesas e programas. A previsão para o próximo ano é um orçamento de R$ 138,9 bilhões. “O quadro do MEC era dramático quando assumi, com muitas obras paradas. Isso está mudando, e o orçamento para 2017 será ainda maior”, disse o ministro. De acordo com Mendonça Filho, a
educação brasileira vem progredindo, mas a passos lentos, aquém do desejável. “Mesmo tendo triplicado o investimento em educação básica, obtivemos resultados muito ruins nas últimas avaliações. Vamos aumentar a quantidade de vagas no ensino integral, reiterando nosso compromisso com o Plano Nacional de Educação”.
Redes sociais são utilizadas em projeto de escola Para contextualizar temas importantes da sociedade, os estudantes da 2ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Benício Gonçalves, de Vila Velha, participaram do projeto “BG na rede”. Na atividade, os alunos produziram conteúdos – antes discutidos em sala de aula – para as redes sociais. Segundo o professor de Língua Portuguesa e idealizador, José Carlos Vieira Júnior, o projeto utilizou Facebook, Twitter, Instagram e Blog, a fim de levar o conteúdo proposto na sala de aula para além das barreiras da escola.
Os principais temas foram desigualdade social, preconceito, saúde mental, violência e exploração infantil. O projeto contou com a
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colaboração dos professores Fabrício Tozzi, de Química, Michele Toniato, de Biologia, e Tatiana Moreira, de Língua Portuguesa. “No desenvolvimento do projeto viu-se a necessidade da filtragem e apuração das informações pesquisadas na internet, a fim de verificar sua veracidade. Além disso, também destacamos a prática textual e ortográfica dos alunos, que produziram os c o n t e ú d o s disponibilizados nas redes sociais”, contou o professor José Carlos.
TCU vê pedalada e dívida escondida de R$ 3,1 bi no Fies Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta “descalabro” na gestão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e dificuldades para que o programa banque os estudos de gerações futuras em instituições privadas de ensino superior. O relatório da fiscalização, julgado nesta quarta-feira (23) em plenário,
sustenta que o governo escondeu dívida de 3,1 bilhões de reais com as faculdades, praticando uma espécie de “pedalada” na educação. Uma projeção dos técnicos da Corte, mas não consta do parecer, indica que o rombo pode chegar a 20 bilhões de reais no início da próxima década. O tribunal determinou, por
unanimidade, que oito autoridades dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sejam ouvidas em audiências para explicar as irregularidades no Fies. Entre elas, estão os exministros da Educação Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, Aloizio Mercadante e José Henrique Paim.
4 CIÊNCIA & TECNOLOGIA 24 a 30 de novembro de 2016
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Temos 667 asteroides nas redondezas, Novo Galaxy Tab A é um tablet para esperando para cair na Terra quem deseja ser mais produtivo Não precisa se preocupar com o Armagedom, por enquanto. Mas a Nasa já está fazendo simulações do impacto de uma possível colisão
SA NA
De butuca no espaço, vivendo suas órbitas tranquilamente, estão 667 asteroides que podem se chocar contra a Terra no próximo século. Quem diz isso é a Sentry, um sistema de monitoramento de colisão da N a s a q u e b u s c a incansavelmente por ameaças escondidas. Apesar do número alto de objetos localizados, a agência espacial acredita que estamos mais ou menos seguros pelas próximas gerações. Isso não impediu a Nasa, no entanto, de se preparar para o pior. A simulação juntou, em uma sala, astrônomos e gestores de emergência e deixou-os lá para programar o apocalipse. A história era a seguinte: a Nasa identificou um asteroide fictício, de 100 a 250 metros de tamanho, com uma probabilidade de 2% de colidir com a Terra em setembro de 2020 – mais especificamente, na região metropolitana de Los Angeles. Na emergência de faz de conta, os pesquisadores tinham três meses para acompanhar a “bomba” espacial – nesse meio tempo, a probabilidade de impacto “aumentou” para 65%. Em 2017, já era 100%. Os cientistas precisavam explicar como era possível analisar os dados coletados e compartilhá-los com a Força Aérea e a Agência de Gestão de Emergências. Em colaboração, essas instituições planejaram a forma de avisar a população, se preparar para evacuar a
metrópole e criar infraestrutura para atender feridos e demais danos causados pelo impacto. Isso, considerando o pior cenário possível: aquele em que não dá tempo de fazer mais nada além de esperar o troço cair. A outra alternativa é o que eles chamam de Missão de Deflexão. Na prática, é construir uma nave espacial especialmente designada para bater no asteroide e mudar sua trajetória. O problema é que esse projeto leva no mínimo 2 anos para ficar pronto, fora o tempo de viagem. É uma margem muito apertada para não criar um plano muito sério de contingência. A simulação da Nasa não foi sem propósito: “Não é uma questão de se, mas de quando vamos ter que lidar com uma situação dessas”, falou Thomas Zurbuchen, administrador do Diretório da Nasa de Missões Científicas, em um comunicado à imprensa. A vantagem, segundo ele, é que a tecnologia atual permite a observação, a predição e o planejamento necessários para evitar um Apocalipse Asteroidal. A pior experiência da humanidade com asteroides foi em 1908. Um objeto desses explodiu em Tunguska, na Sibéria, uma área desabitada, mas que teve milhões de árvores e animais reduzidos a carcaças em segundos. Em 2013, um meteoro de apenas 20 metros passou despercebido por interferência do Sol e deixou centenas de feridos na
Rússia. A simulação não passa longe da realidade quando mostra a probabilidade de colisão subindo de repente. Segundo o Centro de Estudos de Objetos Próximos da N a s a , q u e e s t á acompanhando os 667 asteroides, o monitoramento funciona assim: entra para a lista qualquer objeto próximo que pareça estar entrando em trajetória de colisão. Até aí as informações são todas preliminares. Quanto mais descobrimos sobre a órbita asteroidal, mais claros ficam os riscos. Se existem muitas trajetórias alternativas possíveis, a probabilidade de impacto c o m e ç a a c a i r. C a s o contrário, ela sobe. E é tudo bastante abrupto, saindo da trajetória ela cai para zero e sai da lista. No momento, temos poucos asteroides que apresentam risco real. Essa ameaça é medida por uma escala logarítmica – como a Escala Richter, dos terremotos – chamada Escala de Palermo. A maioria dos 667 asteroides tem valor menor que -2, que indica “nada a se preocupar”. Por outro lado, temos ao menos 3 deles com valores entre 0 e 2, o que demanda “monitoramento cuidadoso”. A boa notícia é que a geração atual dificilmente vai ser extinta por asteroides: mesmo nas piores previsões, a próxima colisão de impacto só deve acontecer em 2175.
O tablet tem 3 GB de RAM e armazenamento de 16 GB A versão 2016 do Galaxy Tab A deve agradar vários usuários, desde o empresário até o estudante universitário. Ele vem com a S Pen, a caneta inteligente da Samsung, que tem vários recursos para aprimorar o uso do tablet. Com ela, por exemplo, é possível capturar e editar a tela de forma prática. A S Pen também permite acesso rápido a tradução de palavras, realização de anotações, entre outras tarefas. As câmeras do Tab A têm configurações bacanas que permitem a captura de boas imagens. A traseira tem sensor de 8 megapixels, flash LED e sua lente tem abertura f/1.9. Ela ainda tem um modo profissional, que
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pos s ibiliza o controle manual de vários recursos. Já a câmera frontal tem 2 megapixels e abertura de lente f/2.2. No quesito bateria, o aparelho tem 7.300 mAh. Por dentro, o tablet tem processador Exynos 7870 com oito núcleos, memória
R A M d e 3 G B e armazenamento de 16 GB expansível com cartão microSD de 256 GB. Com tela de 10.1 polegadas (resolução 1.920 x 1.200 pixels), o Galaxy Tab A de 2016 roda o Android 6.0 e está à venda no site da Samsung por 2.099 reais.
PESSOAS NEURÓTICAS PODEM SER MAIS INTELIGENTES E MAIS CRIATIVAS O diálogo interno de quem pensa demais costuma estar cheio de incertezas e dúvidas. Mas tem algo bom, também. A conversa constante dentro da cabeça de um neurótico também pode representar alguns traços positivos. Estudos estão dando crédito à ideia de que pensar demais pode ter alguns benefícios, para o cérebro e até mesmo para sua saúde física. É claro que pensar demais a ponto de ficar ansioso não é ideal. Quem se identifica com essa característica se preocupa demais, fica ruminando e analisa as coisas mais que a média das pessoas. Esse tipo de comportamento pode provocar estresse excessivo e causar vários problemas de saúde, como pressão alta e problemas digestivos. É importante manter essa tendência sob controle – seja por meio de terapia ou outras mudanças no estilo de vida – para aproveitar a atividade cerebral para o bem. Um estudo opinativo publicado na revista Trends in Cognitive Sciences
sugere que a área do cérebro associada ao pensar demais pode ser mais hiperativa em pessoas neuróticas. Isso poderia levar a mais soluções ou ideias, teorizam os pesquisadores.
“Se as pessoas neuróticas tendem a pensar mais nos problemas porque têm mais pensamentos associados a ameaças – o que explicaria sua tendência a se sentirem infelizes –, parece provável que elas terão melhores chances de criar soluções para esses problemas, comparado com pessoas que têm menores índices de neuroticismo e tendem a olhar para o lado bom da vida o tempo todo”, disse ao The Huffington Post Adam Perkins, um dos autores do paper. A tendência de se preocupar – que é comum entre quem pensa demais –
está relacionada a mais inteligência verbal, segundo um estudo publicado na revista Personality and Individual Differences. (É claro que é importante observar que isso não iStock|sorbettot significa que pensar demais causa mais inteligência verbal, apenas que as duas coisas podem estar associadas). O u t r o s pesquisadores também sugerem que indivíduos ansiosos podem ter QI mais alto do que quem tem sintomas de ansiedade mais leves, relata a Slate. Pesquisa publicada na revista Brain, Behavior and Immunity indica que uma alta combinação de n e u r o t i c i s m o e conscienciosidade pode levar a baixos níveis de uma proteína chamada interleucina-6, que está ligada a inflamações. Os autores do estudo também afirmam que pessoas com os dois traços têm menos problemas de saúde crônicos. Pensar demais ao ponto de se estressar não faz bem. Mas um pouco mais de concentração ou ruminação, pode ser uma boa ideia.
POLÍTICA 5 24 a 30 de novembro de 2016
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jorgepachecoindio@hotmail.com/ jornalfatosenoticias.es@gmail.com
JORGE PACHECO
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Operação Lava Jato TRF4 absolve dois executivos da OAS Condenados por
atuação no esquema”. Mateus Coutinho Oliveira foi condenado por Moro por Lavagem de dinheiro e organização criminosa, e recorreu em liberdade. Fernando Stremel também não tinha sido preso, após a
seja, na intensa participação dos réus no esquema mesmo com condições de reconhecer e resistir à prática do crime. Mas, todos recorriam da condenação em liberdade. QUE COISA ESQUISITA, HEIN!!!??
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Moro na Lava Jato O Tr i b u n a l R e g i o n a l Federal da 4ª Região (TRF4) absolveu duas pessoas condenadas em primeira instância pelo juiz federal Sérgio Moro, no julgamento de executivos da OAS investigados na Operação Lava Jato, conforme decisão proferida na quarta-feira (23). Estranho, não é? Sério Moro condenou o réu Mateus Coutinho de Sá Oliveira a 11 anos de prisão e Fernando Augusto Stremel Andrade a 4 anos em regime aberto, mas, ambos recorreram ao TRF4, que determinou a absolvição, após o primeiro julgamento ter sido suspenso em agosto deste ano. O relator dos recursos no TRF4, desembargador João Pedro Gebran afirma que os dois foram absolvidos porque “restaram dúvidas razoáveis sobre sua
condenação, em agosto do ano passado, a prestação de serviços comunitários pelo CRIME DE LAVAGEM DE D I N H E I R O . Brincadeira!!! Estão querendo mesmo achincalhar o brilhante Juiz Sérgio Moro!!! Outra surpresa: Também no julgamento desta quarta (23) seis pessoas tiveram as penas ampliadas. A decisão atingiu o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, além de outros executivos da construtora, o doleiro Alberto Youssef e o exdiretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, cujas penas foram elevadas após recurso ajuizado pelo Ministério Público Federal (MPF). Ainda bem! Cinco réus recorreram, mas tiveram os pedidos negados. Aí o TRF4 justifica: as penas foram majoradas com base na culpabilidade negativa, ou
Receita Federal acusa: “Empresa de Palocci abocanha R$ 81,3 mi de 47 clientes” A Projeto Consultoria Empresarial e Financeira, do ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda e Casa Civil nos governos Lula e Dilma Rousseff, respectivamente), recebeu R$ 81,3 milhões de 47
Operação Omertà, que é um desdobramento da Lava Jato que prendeu Palocci em 26 de setembro. A auditoria da Receita mira exclusivamente na Projeto e não levanta qualquer suspeita sobre as empresas e instituições financeiras que contrataram a assessoria de Palocci. Livraram-se a JBS, o Banco Modal, a Monte Cristalina, o Bradesco, o
funcionários; em 2009 e 2010, quatro; em 2011, cinco; em 2012, sete; em 2013, seis; e 2014 e 2015 oito funcionários. Assombroso como com tão poucos funcionários cuida de tantas empresas!!?Ah! Sim... A receita da empresa, entre 2006 e 2015, foi de R$ 107.641.399,64.
* Política Capixaba Hartung: alternativa para o PMDB
empresas, segundo a Receita Federal. A investigação aponta apenas empresas que efetuaram pagamentos em montante superior a R$ 300 mil. O documento da Receita foi anexado aos autos da
Banco Safra, o Banco Original, a Ambev, a Brasif S.A. Administração e Participações, a Signo Properties Investimentos Imobiliários, a Cyrela, a EcoRodovias, a Caoa, o Banco Itaú BBA, a Holcim Brasil, a WTorre, a Souza Cruz, a Multiplan, a PAIC Participações, a TV Sul de Minas, a CAP Pioneira, a Arteris, a JGP e a Amil. Vejam como o Palocci está recheado de grandes empresas que, certamente, fazem tudo para poupá-lo das acusações que rolam na Lava a Jato. A Projeto foi fundada por Palocci em 10 de agosto de 2006. A Receita Federal informa que o quadro de funcionários da Projeto oscilou de três para no máximo oito – em 2007 e em 2008 eram três
Passadas as eleições municipais, as articulações para 2018 estão a todo vapor. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, liderando uma comitiva de empresários foi a Buenos Aires, onde encontrou o presidente Mauricio Macri, na tentativa de “nacionalizar” seu nome. Outro que começa a sair da toca é o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). Recentemente o peemedebista foi à Brasília discutir com o presidente Michel Temer o desastre de
Mariana e suas consequências. Um ano após o rompimento da barragem da mineradora Samarco, há temores de que um retorno de chuvas fortes em Minas Gerais possa intensificar a contaminação de lama no Rio Doce, que corta o Espírito Santo. O encontro também serviu para colocar o governador no foco. Hartung é um dos governadores mais bem avaliados do País, com 40% de aprovação. Seu nome vem sendo usado em pesquisas do PMDB para avaliar seu peso nacional. Mesmo desconhecido, ele une um conjunto raro: p o p u l a r i d a d e , responsabilidade fiscal (o Espírito Santo está no azul), experiência política e passado limpo (pelo menos até aqui). É gente, 2018 está chegando e todos os brasileiros vão ter de, novamente, ir às urnas... Mas, será que a Lava Jato deixará esses políticos voltarem a pedir votos?
6 CULTURA
24 a 30 de novembro de 2016
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Divulgação do Acervo da Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata - ORCT
A baianidade e força de Tia Ciata são contempladas pelo cinema
Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata x A baiana mais conhecida na história do samba foi mesmo Tia Ciata, ou Hilária Batista de Almeida, nascida em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. É exatamente assim que o historiador André Diniz apresenta a baiana, na obra de referência "Almanaque do Samba". No Rio de Janeiro, a
casa de Ciata era frequentada por negros, mestiços e brancos, pobres e ricos. Além de comandar uma pequena equipe de baianas, que vendia quitutes, e confeccionar trajes de baianas, ela se tornou famosa por organizar lendárias festas, criando o cenário para o fomento do samba. Segundo Diniz, "o
samba urbano cresce no asfalto carioca com os genes da baianidade". Para iluminar ainda mais essa história, as cineastas Mariana Campos e Raquel Beatriz decidiram realizar o filme "Tia Ciata". Na obra, pretendem abordar a importância dessa figura matriarcal para o período. "A ideia é aprofundar a história dessa mulher, trazendo outra ótica, não só a que todo mundo conhece. Entrevistamos mulheres negras, sociólogas, historiadoras... E convidamos o coletivo “Mulheres de Pedra” para fazer a parte experimental do filme. É uma homenagem a todas as mulheres negras, tendo Tia Ciata como foco principal. Todos temos um pouco de Tia Ciata, ela teve força e se recriou", afirma Mariana. O projeto foi um dos contemplados no Edital Curta Afirmativo 2014, da Secretaria do Audiovisual (SAv) do Ministério da Cultura, e encontra-se em produção. O filme deve ficar pronto em dezembro deste ano e, inicialmente, será exibido em festivais.
Quitutes com a presidência Gracy Mary Moreira, bisneta de Tia Ciata, conta que seu pai, o músico Bucy Moreira, ficava embaixo da mesa da casa da avó, vendo as festas aconteceram. "Ele nos contou que Tia Ciata era uma pessoa muito amável e também muito rígida. A casa dela era um local multicultural e se tornou a capital da Pequena África, no Rio de Janeiro. Ela tinha liderança e iniciou a tradição das baianas quituteiras, junto com outras tias. Tia Ciata foi a primeira a vender doces e salgados em tabuleiros,
entre as ruas Sete de Setembro e Uruguaiana", revela a bisneta. É Gracy também quem traz à tona a história da amizade entre Tia Ciata e o presidente Venceslau Brás. A mãe de santo foi chamada ao Palácio do Catete para cuidar de uma ferida que o presidente tinha na perna, resistente aos tratamentos indicados pelos médicos. Curado, Venceslau Brás transferiu João Batista da Silva, marido de Tia Ciata, que era funcionário público, da Imprensa Nacional para a Chefia de Gabinete do
chefe de polícia. E, mais do que isso, autorizou as festas na casa de Tia Ciata, enviando até dois soldados para fazer a segurança. "Tia Ciata curou Venceslau Brás e a casa dela deixou de ser marginalizada. Lá, as pessoas podiam cantar e professar sua fé, sem problemas", conta Gracy, que é presidente da Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata (ORCT), fundada em 2007 por descendentes de Tia Ciata com o intuito de preservar sua memória.
Governo lança livro sobre história do Palácio da Cultura Sônia Cabral O Palácio da Cultura Sônia Cabral está sendo apresentado ao público capixaba neste ano como um novo local destinado a atividades culturais no Centro de Vitória. O espaço, de beleza arquitetônica eclética do começo do século XX, já possui um longo percurso dentro da história política e social do Estado. E quem registra essa trajetória em forma de livro é o jornalista, professor e escritor José Antônio Martinuzzo, com fotografias de Rosane Zanotti. A publicação “Palácio da Cultura Sônia Cabral - Casa da Música” será lançada na próxima terça-feira (29), às 19 horas, no próprio Palácio. A atração cultural ficará por conta da Banda Sinfônica de
Rodrigo Zotelli/Secult
Venda Nova do Imigrante. A entrada é livre. A obra narra toda a história do Palácio, desde a utilização original no fim do século XVII pelos colonizadores do terreno onde foi construído, anteriormente ocupado pela Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia, passando pela conjuntura políticoeconômica, que propiciou a construção do Palácio, inaugurado em 1912, com o propósito de abrigar o Poder Legislativo do Espírito Santo – já no Governo Jerônimo Monteiro (1808-1912). É nesta parte, inclusive, que Martinuzzo descreve um pouco da vida do idealizador, o construtor e arquiteto autodidata André Carloni. Segundo Martinuzzo,
haverá também um capítulo que vai detalhar o processo de restauro e revitalização do Palácio, ocorrido entre os anos de 2012 e 2016, e outro com informações sobre a homenageada, a pianista e professora Sônia Cabral, que
dá nome ao local. Os livros serão distribuídos g r a t u i t a m e n t e e disponibilizados na Biblioteca Estadual e, também, em todas as bibliotecas públicas municipais.
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Mudar o relógio biológico aumenta risco do câncer de fígado 8
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Pesquisadores já conheciam vários fatores de risco para o câncer de fígado, entre eles o consumo de álcool, o vírus da hepatite e gordura no órgão Getty Images
MÉDICOS CRIAM REMÉDIO QUE DISTRIBUI DOSES DIÁRIAS DENTRO DO CORPO A ideia é fazer com que os pacientes nunca mais se esqueçam de tomar seus medicamentos Se você tem alguma doença crônica, sabe como é difícil se lembrar de tomar os remédios indicados todo santo dia. Mas, agora, cientistas desenvolveram uma pílula que pode ser engolida em um dia apenas, mas que, uma vez dentro do estômago, distribui pequenas doses diárias da droga – de maneira que o paciente não precise se lembrar de tomar o remédio todos os dias. A dificuldade até agora de desenvolver um medicamento com essas habilidades estava na própria natureza do nosso estômago: ele tem paredes fortes e tenta digerir tudo o
que entra por lá, para mandar o conteúdo direto para o intestino. O segredo do remédio que dura vários dias é que ele, assim que chega ao estômago, se abre em formato de estrela, o que impede a sua passagem para o intestino. O medicamento será revestido de um polímero especial que se quebra diariamente, liberando o princípio ativo – e uma vez que todas as doses forem digeridas, a estrela também se dissolve e passa para o intestino. A pílula estrelar deve ser aplicada para pacientes de asma, diabetes, pressão alta ou de problemas cardíacos. Muitas vezes, quem sofre
dessas doenças pode passar dias sem sentir nenhum sintoma – e se esquecer de tomar as suas doses diárias. A ideia é que a invenção também possa ser usada em países em desenvolvimento, nos quais o acesso a médicos e medicamentos é instável e difícil de chegar. Nesses casos, bastaria que o especialista passasse o remédio uma vez apenas – e garantisse o tratamento completo. A invenção seria especialmente eficaz contra a malária, e recebeu recursos da Gates Foundation (do bilionário Bill Gates) para ser desenvolvida.
Por que a dieta paleolítica também não vai funcionar? Se o metabolismo humano foi moldado há milênios, quando nem existia a agricultura, então o ideal seria seguir os costumes dos homens das cavernas, certo? Esse foi o ponto de partida do nutricionista americano Loren Cordain, da Universidade do Estado do Colorado, ao criar a dieta paleolítica. “Ela se baseia na exclusão dos grãos, especialmente do trigo, e de todos os produtos processados. Deve-se ingerir apenas o que é caçado ou colhido na natureza”, descreve a nutricionista Aline de Andrade, de Porto Alegre. Carnes, hortaliças, frutas,
sementes e castanhas formam a base do cardápio. Um trabalho englobando 159 voluntários na Universidade de Leiden, na Holanda, até mostrou que a paleo reduz a circunferência abdominal, a pressão arterial e outros fatores de risco cardíaco em curto prazo. O desafio é botar a estratégia em prática… e por meses a fio. “Nós temos uma cultura muito forte de comer pães, massas, bolos. A remoção radical desses elementos seria massacrante e geraria frustração no dia a dia”, pondera a nutricionista Danielle Fontes. Ou seja, o mais provável é largar o osso.
A carência de carboidratos resulta em falta de algumas vitaminas e de energia para as tarefas do cotidiano. As regras da paleo não estão adaptadas à correria da vida moderna: há muito esforço para preparar as refeições, que são bastante monótonas. A dieta privilegia tudo que é natural e chama a atenção para os malefícios de industrializados – que, em sua maioria, vêm lotados de conservantes, corantes e outras substâncias danosas à saúde. A redução no consumo de sal é um dos pontos positivos.
Relógio biológico: pesquisadores recriaram em um laboratório os efeitos da defasagem de horário x A alteração do relógio biológico produzida pela defasagem horário, ou “jet lag”, pode causar obesidade e aumentar o risco de câncer de fígado, segundo os resultados de um estudo divulgado nesta quinta-feira (24). Publicada pela revista “Cancer Cell”, a pesquisa apresenta o resultado de uma recriação do efeito da defasagem de horário em animais. “Queríamos saber se o 'jet lag' crônico era suficiente para induzir câncer em ratos bem alimentados, sem manipulação genética, sem radiação”, explicou à Agência Efe o professor David Moore, que liderou o estudo realizado no Baylor College of Medicine, no estado americano do Texas. Os pesquisadores já conheciam vários fatores de risco para o câncer de fígado, entre eles o consumo de álcool, o vírus da hepatite e a gordura no órgão. Também já era sabido que o “jet lag” provocava alterações no ritmo circadiano, uma espécie de relógio pelo qual são guiados os ciclos biológicos dos seres humanos, como os padrões de sono e da atividade cerebral. As mudanças no ritmo circadiano podem provocar alterações no metabolismo, o que leva a um aumento na obesidade.
Segundo relatou Loning Fu, outra das pesquisadoras que participaram deste trabalho, os especialistas recriaram em um laboratório os efeitos da defasagem de horário. Para conseguir essa simulação, a cada semana acenderam e apagaram em horários diferentes as luzes das salas nas quais estavam os ratos. Assim, descobriram que os animais tinham perdido o controle de seu metabolismo, por isso subiam de peso, começavam a ter mais gordura e desenvolviam fígado gorduroso. Com o tempo, alguns casos chegavam ao câncer de fígado. “Encontramos outro fator, a produção elevada de ácidos biliares, que o fígado produz para ajudar a digerir a s g o r d u r a s . Potencialmente , podem ser tóxicos”, disse Moore. De acordo c o m o especialista, esta anomalia, a maior produção de ácidos, “parece ser chave para o câncer de fígado”, pois assim foi indicado por e s t u d o s
anteriores e porque foi um efeito observado nesta pesquisa. Os cientistas focaram desta vez em pesquisar se há remédios que possam evitar este efeito nos níveis de ácido biliar, para saber se podem ser utilizados para prevenir o câncer hepático nos seres humanos. O “jet lag” não é só um desequilíbrio no relógio biológico provocado por uma viagem longa que atravessa diferentes fusos horários, mas também um transtorno que pode ser experimentado pelas pessoas que trabalham em um horário noturno, pois a exposição à luz do dia também é alterada. Esta defasagem provoca fadiga, problemas para conciliar o sono, confusão, dificuldade para se concentrar e irritabilidade, entre outros sintomas.
8ECONOMIA
24 a 30 de novembro de 2016
fatos & notícias
The Economist diz que Sul do Brasil sofre menos com recessão A revista ressalta que a região também difere do restante do Brasil por alguns aspectos, como o clima, por exemplo Thinkstock
† A revista britânica The Economist, que será distribuída no fim de semana, traz um longo artigo a respeito do Sul do Brasil na seção “The Americas”. A publicação cita que os três Estados têm sofrido menos com os piores danos da recessão econômica pela qual atravessa o País e salienta que a sorte da região começa com o clima e a geografia. “Não é o País que você conhece”, enfatiza o semanário. A The Economist lembra que a população local é descendente de imigrantes da Alemanha, Polônia e outros países da Europa Central que, juntamente com os italianos do Norte, colonizaram a região a partir de meados do século 19. Para localizar os leitores europeus, que às vezes têm dificuldade de dimensionar
região também difere do restante do Brasil por alguns aspectos, como o clima, por exemplo. Cita que a temperatura pode cair abaixo de zero em terrenos
montanhosos, alguns telhados são inclinados, como que construídos para não reter neve; que os sulistas preferem chá de erva-mate a cafezinhos e
Governo eleva limite para financiamento de imóveis com FGTS
do SFH, os imóveis podem ser comprados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A taxa de juros vigente no SFH é de no máximo 12 por cento ao ano. Numa outra mudança, o CMN estabeleceu que cada parcela do e m p r é s t i m o necessariamente deve incorporar, a cada mês, a parcela relativa aos juros e a parcela referente à Taxa Referencial (TR). Com isso, os contratos não permitirão qualquer espécie de aumento do saldo devedor ao longo do período de financiamento. Em coletiva de imprensa, a chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Silvia Marques, afirmou que os ajustes são operacionais e prudenciais e não têm
o tamanho do País, a edição lembra que o Sul tem uma área do tamanho da França e uma população de 29 milhões de habitantes. A revista ressalta que a
Lia Lubambo/VEJA
O limite passou de 750 mil para 950 mil reais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, e de 650 mil para 800 mil nos demais Estados
O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou nesta quinta-feira (24), pela primeira vez em três anos, os limites para avaliação de imóveis que podem ser adquiridos no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O limite passou de 750 mil para 950 mil reais nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, e de 650 mil para 800 mil reais nos demais Estados. A última alteração nesses critérios havia sido feita em setembro de 2013. Dentro
que olham tanto para o Uruguai e para a Argentina quanto para o resto do Brasil. “Florianópolis, capital de Santa Catarina, tem voos para Buenos Aires, mas não para Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, o segundo maior Estado do País”, ilustra a publicação. Apesar desses dados curiosos, a The Economist salienta que a maior diferença hoje dessa região do Brasil com as demais está na área econômica. “Embora a região não tenha sido poupada da pior recessão da história moderna do Brasil, seus efeitos foram mais leves”, concluiu a revista, citando a taxa de desemprego local de 8% ante a média nacional de 11,8% e a manutenção da arrecadação no ritmo da inflação – o que sinalizaria um nível de consumo
resiliente. “Esta força tem suas origens na história industrial, mas a região tem lições para ensinar o resto do Brasil”. A publicação revela ainda que a desigualdade na região é menor do que no restante do País, que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita é superior à média nacional e que os alunos da região superam a maioria dos outros estudantes brasileiros em testes internacionais. Para apresentar a reportagem, a revista ouviu o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e avaliou que os governos locais impuseram menos “da burocracia corporativa pela qual o Brasil é famoso”. Diz ainda que os Estados do Sul estão entre os mais competitivos do País.
objetivo de fomento. Ela ressaltou ainda que eles não foram feitos a pedido do mercado para estimular o setor, especialmente porque o cenário atual não é de
elevação nos preços dos ativos. “O que a gente está observando não é aumento do valor do imóvel, é queda”, disse.
GERAL9
24 a 30 de novembro de 2016
Mensagens reforçam que sítio de Atibaia pertence a Lula DIVULGAÇÃO
Mensagens eletrônicas obtidas pela PF mostram que Rogério Aurélio Pimentel, assessor do então presidente Lula, orientou as reformas na propriedade
Mensagens provam que Lula é dono do sítio de Atibaia x Mensagens eletrônicas obtidas pela Polícia Federal comprovam que o então assessor do gabinete pessoal do então presidente Lula, Rogério Aurélio Pimentel, coordenou as obras da reforma do sítio em Atibaia. Lula responde a inquérito por ter recebido benesses de empreiteiros que reformaram o imóvel, registrado em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios do filho de Lula. Os e-mails fazem parte de um relatório da Operação Lava Jato. São mensagens trocadas pelo engenheiro Igenes Irigaray Neto, que cuidou pessoalmente da reforma do sítio. Nelas, Igenes troca informações com o assessor do gabinete pessoal de Lula sobre detalhes da reforma do que classifica como “residência Atibaia”. Em 18 de novembro de 2010, Igenes envia a Rogério Aurélio Pimentel uma mensagem na qual são anexados projetos para a construção da suíte que
abrigaria Lula no sítio. “Segue (sic) 3 plantas das suítes com propostas diferentes de implantação e locação de varandas, qualquer coisa estou à disposição”, escreveu Igenes. No dia 22 de novembro de 2010, Pimentel envia mensagem para o engenheiro com informações sobre “Proposta de Sauna (Residência Atibaia)”, diz que “ficou perfeito” e pede que seja enviada a planta do galpão naquele mesmo dia. Na sequência, completa: vai passar no sítio para ver se tem “alguma alteração” para fazer no local. Ele diz que vai conversar com Fernando, que seria referência a Fernando Bittar, um dos donos do sítio. Rogério Aurélio Pimentel foi assessor da Presidência da República até fevereiro de 2011. Foi o responsável por cuidar do transporte dos bens pessoais de Lula para o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no período em que as obras eram realizadas no
local. Para a Polícia Federal, a reforma do sítio foi feita “no interesse da família Lula da Silva”. Outras mensagens mostram que Igenes Irigaray mantinha contatos com Emerson Cardoso, do Grupo Bertin, para fazer a reforma do sítio. O preço total que o engenheiro ganhou pela obra teria sido de 262.000 reais, que teriam sido pagos pelo Grupo Bertin. Outros personagens que trocam mensagens eletrônicas sobre a reforma do sítio são os engenheiros Rômulo Dinalli, da Usina São Fernando, que pertence ao amigo do ex-presidente Lula, José Carlos Bumlai, e Frederico Marcos de Almeida Horta, da Odebrecht. A PF já havia encontrado no apartamento de Lula arquivo com 130 recibos de materiais de construção usados na reforma do sítio. Também foram recolhidas duas notas fiscais em nome de Rogério Aurélio Pimentel, relacionadas à reforma do sítio.
fatos & notícias
CASAMENTO GAY AUMENTA 51,7% DESDE QUE FOI LEGALIZADO EM 2013 Em números absolutos, foram registrados 5.614 casamentos entre pessoas do mesmo sexo no ano passado x As uniões legais entre cônjuges de sexo diferentes aumentaram 2,7% em 2015 em relação a 2014, enquanto que as de cônjuge do mesmo sexo cresceram 15,7%, representando 0,5% do total de casamentos registrados, aponta a pesquisa “Estatísticas do Registro Civil 2015”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada quinta-feira (24). Em números absolutos, foram registrados 1.131.707 casamentos entre pessoas de sexos opostos e 5.614 entre pessoas do mesmo sexo no ano passado. “Importante ressaltar que, em 2013, o Conselho Nacional de Justiça – CNJ – aprovou a Resolução 175, que determina a todos os cartórios de títulos e documentos no território brasileiro a habilitar ou celebrar casamento civil ou, até mesmo, de converter união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. Em relação a 2013, as uniões civis entre cônjuges do mesmo sexo aumentaram 51,7%”, diz o estudo. O maior número de uniões homoafetivas deuse no Sudeste, com 3.077 casamentos; seguido pelo Nordeste, com 1.047; Sul, com 857; Centro-Oeste, com 403, e Norte, com 230. Segundo o IBGE, nas uniões civis entre pessoas de sexo diferentes, a diferença das idades
médias ao casar entre homens e mulheres era de três anos, sendo que os homens se casaram em média aos 30 anos e as mulheres aos 27 anos. “Já para os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, a idade média ao contrair a união dos cônjuges solteiros variou entre 31 e 36 anos entre os homens e 32 e 34 entre as mulheres”, informa a pesquisa.
Respeito para a união Para a servidora pública Carolina Cordovil Timóteo, o casamento traz mais respeito para sua união com a gerente financeira Ana Paula Pereira de Vasconcelos. “As pessoas veem o casamento gay como uma brincadeira. A partir do momento em que você vai ao cartório, faz uma cerimônia e casa, o recado que você dá para a sociedade é que você não está brincando de casinha. Vo c ê q u e r r e a l m e n t e formar uma família e ser respeitado”, disse Carolina. Juntas há cinco anos, elas oficializaram a união em fevereiro do ano passado para garantir uma série de direitos para os filhos. “A intenção de casar veio quando decidimos formar uma família. Fiz fertilização in vitro e um mês depois do casamento eu engravidei de gêmeos. São dois meninos. A nossa intenção era colocar [na
certidão] a dupla maternidade. Mas isso ainda está na Justiça. Eles nasceram em dezembro”, contou Carolina, que mora no Rio de Janeiro.
Aumento no número de casamentos O Brasil registrou, em 2015, 1.137.321 casamentos civis, representando um aumento de 2,8% em relação a 2014. De acordo com o levantamento, entre as 27 unidades da Federação, 20 apresentaram aumento dos registros civis de casamentos entre 2014 e 2015, sendo o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul com crescimento acima de 10% e o Acre com aumento de 40% no número de casamentos. “O incentivo à oficialização das uniões consensuais por meio de casamentos coletivos, para fins de proteção da família e garantia dos direitos patrimoniais, sucessórios e previdenciários, decorrentes de parcerias estabelecidas entre as prefeituras, cartórios e igrejas, contribuiu, em grande medida, para o crescimento maior do número de casamentos oficiais em alguns estados brasileiros”, afirma a pesquisa.