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Assessoria de Comunicação da Secult-ES
fatos & notícias Andrzej Grygiel/EFE
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SERÁ?!
Para a criançada... Incentivo à leitura
Exposição “Acervo de Afetos”foi criada pensando na primeira infância PÁG.3
Ossos de 'vampiros' da Idade Média são encontrados na Polônia
Escolas estaduais criam projetos que incentivam a leitura PÁG.3
PÁG.4
PF apreende aves exóticas no aeroporto de Vitória
2016 foi o ano da ampliação do agronegócio brasileiro REPRODUÇÃO
Ano VI - Nº 185
24 a 31 de dezembro/2016 Serra/ES
Distribuição Gratuita
PÁG.2 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também lançou o Agro+, plano de desburocratização que visa facilitar as atividades do setor PÁG.7 iSTOCK|GOCE
Cientistas conseguiram comprovar um potencial inédito para drones: transportar sangue para Pág.4 áreas de difícil acesso, guerras e acidentesPÁG.4 DENGUE
JOSI PETTENGILL/SECOM-MT
Vasos e pratos de plantas, garrafas vazias, ralos e calhas. Esses continuam sendo os principais focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti no Espírito Santo PÁG.6
Operação conjunta da PF e do Idaf resulta em apreensão de animais que seriam transportados de forma irregular para os estados da Bahia e do Paraná Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo
Estudo confirma relação da maconha com esquizofrenia
PÁG.6
Quem cuida de pessoas queridas vive mais, mostra pesquisa REPRODUÇÃO
Participar da vida dos netos leva a um risco de mortalidade 37% menor – e mesmo quem não tem filhos pode viver um pouco mais cuidando dos outros PÁG.4
2 MEIO AMBIENTE fatos & notícias
Conheça nossas vitórias em 2016
Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo
24 a 31 de dezembro de 2016
Neste ano o Greenpeace lutou por diversas causas
Aves exóticas são apreendidas no Aeroporto de Vitória Começamos o ano com sucesso na campanha Carne ao Molho Madeira, em que três grandes redes de supermercado do Brasil se comprometeram a não comprar carne contaminada com o desmatamento da Amazônia. Conseguimos cancelar o projeto da hidrelétrica de São Luiz de Tapajós, no coração da Amazônia, que ameaçava a biodiversidade e o modo de vida dos povos tradicionais que vivem na região. Lançamos ainda o relatório Revolução Energética, que mostra que é possível o Brasil ter 100% de energia renovável até 2050, aproveitando o sol e o vento na geração de energia limpa. Por isso, continuamos incentivando a adoção de energia fotovoltaica por todo o País. Outro sucesso deste ano foi a criação da campanha de Agricultura e Alimentação, para questionar o modelo agrícola praticado no
Brasil: as sementes transgênicas, os agrotóxicos, a expansão da agropecuária sobre a Amazônia e os impactos climáticos da nossa produção. Com isso, alcançamos a aprovação da Lei 6670/2016, que visa diminuir a quantidade de agrotóxicos nos nossos alimentos. Foi em 2016 também que dissemos NÃO ao uso do carvão e conseguimos o veto ao artigo 20 da Medida Provisória 735, que ofereceria US$5 bilhões em novos subsídios à geração de energia com carvão mineral. Para relembrar um ano do maior desastre ambiental do País, em que muito pouco foi feito para reparar os danos da lama de rejeitos da Samarco em toda a bacia do Rio Doce, escrevemos "Justiça" em letras de oito metros de altura nos destroços do povoado de Bento Rodrigues. Também buscamos proteger 51
espécies de baleias e golfinhos da caça comercial, ao defender a criação de Santuário das Baleias do Atlântico Sul, que contou com uma petição de quase um milhão de assinaturas de vários países. A iniciativa não foi aceita, mas continuaremos insistindo. Alcançamos mais de 5 milhões de pessoas em nossas redes sociais, e conseguimos formar mais dois grupos de voluntários, um no Maranhão e outro no Rio Grande do Sul. Neste ano bastante intenso, jamais esqueceremos o quão importante foi a sua ajuda para nós. Por isso queremos agradecer a todos que estiveram ao nosso lado fazendo tudo isso acontecer. O Greenpeace deseja um 2017 cheio de novas conquistas!
Uma operação conjunta entre o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e a Polícia Federal (PF) resultou na apreensão de três aves exóticas que seriam transportadas de forma irregular para os municípios de Salvador (BA) e Florestópolis (PR). O responsável foi identificado após denúncia anônima recebida pelo Idaf e preso em flagrante pela PF na manhã do dia 22 deste mês, no Aeroporto de Vitória, enquanto tentava embarcar.
Para o transporte de aves é obrigatória a Guia de Trânsito Animal (GTA), emitida pelo Idaf. No caso de aves exóticas, é prérequisito a apresentação da Autorização de Transporte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O responsável informou que se tratavam de calopsitas, entretanto, estavam sendo transportadas duas aves ring neck e uma rosela. Juntas, elas seriam comercializadas pelo valor aproximado de R $ 8 . 7 0 0 , 0 0 ” , d is s e a
médica veterinária do Idaf Luciana Fischer. Os animais foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/Ibama), no município da Serra. O responsável foi autuado em flagrante como incurso no artigo 304 do CPB, pela prática de uso de documento falso com penas que podem chegar a 5 anos de reclusão e multa, sendo em seguida encaminhado ao Presídio.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3068-3816 / 99885-7341 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
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EDUCAÇÃO & CULTURA3 24 a 31 de dezembro de 2016
fatos & notícias
MEC libera R$ 407 milhões para universidades e institutos federais O Ministério da Educação liberou R$ 407 milhões para manutenção, custeio e investimento das instituições federais de ensino vinculadas à pasta. A maior parte dos recursos, R$ 279,5 milhões, foi dirigida
MEC somou mais de R$ 5,5 bilhões destinados às instituições federais desde 13 de maio, incluindo repasses ao Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), ao Instituto Benjamin Constant (IBC) e à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Estas três instituições receberam, somente nesta última liberação, R$ 3,07 milhões. Um total de R$ 19,63 milhões desta liberação foi destinado às instituições federais do estado de Pernambuco. Além da Fundação Joaquim Nabuco, três universidades e dois institutos federais foram beneficiados no estado.
às universidades federais, incluindo repasses para hospitais universitários. Já a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica recebeu R$ 125,14 milhões. Com essa liberação, o
Escolas estaduais incentivam a leitura ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO/SEDU
O projeto tem como objetivo despertar o hábito da leitura nas crianças
“O Pequeno Príncipe: cativando leitores e escritores” foi um dos projetos realizados pela Escola Estadual Ermentina Leal, de Aracruz, com objetivo de despertar nos alunos o hábito da leitura. Para engrandecer ainda mais as atividades, os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental realizaram belíssimas apresentações. O projeto foi idealizado pela professora Hilda Márcia Gomes dos Santos, que usou como base o livro “O Pequeno Príncipe”, do escritor Antoine de SaintExupéry. Segundo a professora, o livro foi escolhido por proporcionar uma leitura rápida e intrigante, porém, outros estilos também foram estudados. “Trabalhamos com carta, tirinhas, notícias, fábulas, poesias, além da roda de
leitura, ampliando o repertório para o aluno, propiciando condições de interação de grupo e desenvolvendo a expressão oral dentro e fora da sala de aula”, disse. Para finalizar o projeto, que durou três meses, os estudantes participaram de apresentações musicais,
teatrais, além de coral, recitais e também de exposições dos trabalhos desenvolvidos. Segundo a aluna Esther Vitória Rocha Lima, que participou do teatro com o p a p e l d a R o s a (personagem do livro), o projeto ensinou muitas coisas, entre elas, cativar, mostrando a importância dos amigos na vida de cada um. “Gostei muito do livro que fala da amizade e outras coisas para a nossa vida. Se o mundo tivesse mais amor, amizade e respeito seria bem melhor. Eu me senti privilegiada em ser a rosa, pois ela é uma das amigas cativadas pelo Pequeno Príncipe”, completou Esther.
A exposição “Acervo de afetos” começa no dia 17 de janeiro
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA SECULT-ES
Exposição voltada para crianças é inédita no Estado A Galeria Homero Massena abre as comemorações dos 40 anos com uma nova abordagem em seu acervo. Pela primeira vez no Estado, o espaço faz uma curadoria pensada na primeira infância, que pretende levar as crianças e seus familiares para o museu, como uma forma de mostrar que a arte deve fazer parte do cotidiano. É a exposição “Acervo de afetos”, que começa no dia 17 de janeiro, às 19h. A entrada é franca. De acordo com a coordenadora de Artes Visuais da Galeria Homero Massena, kyria Oliveira, a exposição traz um novo olhar para o acervo e
enfatiza o aprendizado por meio da experiência, empregando a arte como uma ferramenta para estimular a imaginação das crianças com ações educativas. “Pensar em uma exposição cujo público seja criança é voltar para nós mesmos, para um tempo passado que constitui quem somos hoje. Permitir o acesso à arte é uma ação colaborativa na construção de uma educação que inspira habilidades criativas e analíticas para a aprendizagem ao longo da vida”, destaca. A exposição 'Acervo de Afetos' vai buscar na arte Naif as representações mais ingênuas para compor seu
repertório e construir um primeiro diálogo com a criança por meio de desenhos, cores e formas. “A arte Naif como mote da exposição foi uma escolha natural, uma vez que as obras dos artistas, chamados de primitivistas, ingênuos ou instintivos, se i d e n t i f i c a m instantaneamente, ou intuitivamente, com a infância. Entre os traços e cores de Elpídio das Neves, Elpídio Malaquias, Luiz Natal, Ângela Gomes Nice e Rômulo Cardozo, somos convidados a imergir em um mundo encantado que nos permite sonhar”, enfatiza Kyria.
Jogo virtual ajuda estudantes a eliminar focos do Aedes Aegypti ARQUIVO MEC
Tirar água de pneus, esvaziar garrafas e colocar terra em vasos de plantas. Essas atitudes fazem parte da rotina de quem sabe que a melhor arma contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, é eliminar os locais onde o mosquito deposita seus ovos. Para reforçar a importância desses gestos de uma maneira lúdica, o Ministério da Educação lançou o aplicativo
Mosquito, Não. É gratuito e está disponível para os sistemas Android ou IOS. Nas escolas, o professor é o mentor do jogo. Ele cria a gincana e distribui três tipos de foco do mosquito pelo
mapa: água parada em garrafas, pneus em um parque e vasos de plantas. O professor pode distribuir quantos focos quiser na área da partida. O jogo utiliza geolocalização. A função permite que os jogadores estejam a até 30 metros do local estipulado para a gincana. Ganha o time que eliminar o máximo de focos até esgotar o tempo da partida, que é definido pelo professor.
4 CIÊNCIA & TECNOLOGIA 24 a 31 de dezembro de 2016
fatos & notícias
Avós que ajudam a cuidar dos netos vivem por mais tempo Participar da vida dos netos leva a um risco de mortalidade 37% menor – e mesmo quem não tem filhos pode viver um pouco mais cuidando dos outros
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Ajudar na vida familiar é um ótimo jeito de garantir uns anos a mais na velhice, segundo um novo estudo feito na Alemanha. Os pesquisadores analisaram a vida de 500 pessoas, entre 70 e 103 anos de idade, que foram acompanhadas pelo Estudo de Envelhecimento de Berlin ao longo de 19 anos. A pesquisa analisou, em primeiro lugar, qual era a diferença na taxa de mortalidade entre os avós que ajudavam a cuidar dos netos, participando da educação deles, e dos avós que não tinham netos ou não conviviam com eles. (O estudo não considerou avós que têm a custódia das crianças e são os principais responsáveis por elas – a ideia era focar na figura dos avós como figuras de suporte dos pais das crianças). Os resultados mostraram
que conviver com netos e cuidar deles reduzia em 37% o risco de mortalidade. Metade do grupo dos avós presentes viveu por dez anos depois do início da pesquisa. No grupo oposto, 50% deles só chegaram a sobreviver mais 5 anos. Entre os idosos que não tinham netos, os cientistas fizeram uma segunda análise. Dessa vez, dividiram os velhinhos entre aqueles que ajudavam os filhos – seja com suporte emocional, seja nas tarefas de casa – e aqueles que não tinham esse hábito (ou não tinham filhos). Novamente, viram uma média de sobrevida 5 anos maior do que entre os idosos que não mantinham esse laço. Mas se a pessoa não tem filhos ou netos, está destinada a morrer mais cedo? Os pesquisadores não acham que é bem assim. Na terceira etapa do estudo, se
dedicaram exclusivamente a esse grupo de idosos – e perceberam que muitos deles se propunham a ajudar e apoiar amigos e vizinhos, criando outro tipo de comunidade. Nesse caso, a sobrevida média foi de sete anos, em contraste com 4 anos entre os idosos que não mantinham essa relação colaborativa com os filhos. Os pesquisadores acreditam que conviver com a família – e ter responsabilidades dentro dela – ajuda os idosos física e psicologicamente, mas a teoria vai muito além disso. Eles também acham que o estudo sustenta uma teoria evolutiva chamada Hipótese da Vovó. Essa teoria tenta explicar porque os seres humanos vivem tanto tempo depois de a sua fase fértil acabar. Isso não é muito comum na natureza porque, evolutivamente falando, nossa função é a reprodução e a manutenção da espécie. Os avós que ajudam a cuidar dos filhos mudam esse paradigma: uma mãe menos ocupada com um bebê pode voltar a “curtir” – e se reproduzir – mais rápido e gerando uma prole ainda maior. A hipótese da vovó dá sentido evolutivo às senhorinhas que tanto amamos e, de quebra, ajuda a explicar porque os seres h u m a n o s s ã o monogâmicos.
Como drones vão revolucionar o resgate em desastres A Amazon e o Google podem estar prometendo a entrega de produtos por drones para o ano que vem, mas a Universidade Johns Hopkins estuda como utilizar a tecnologia para uma tarefa bem mais nobre: salvar vidas em áreas sem nenhuma infraestrutura. Drones só são capazes de carregar bagagens leves e pequenas – ou então acabam precisando de muito mais combustível para atravessar distâncias curtas do que os meios de transporte convencionais. Por isso, pesquisadores pensaram em uma carga nada convencional que precisa ser levada a áreas extremamente remotas, onde nenhuma outra forma de transporte é possível: bolsas de sangue. Situações de conflito, como Aleppo, na Síria, ou desastre natural, como os terremotos no Haiti, trazem uma combinação perigosa: um número enorme de feridos e uma dificuldade igualmente grande de chegar aos locais afetados usando transportes terrestres. Carregar suprimentos com aviões ou helicópteros também exige uma infraestrutura mínima para pouso. Por isso, o cientista
Timothy Amukele começou a fazer testes com drones. A princípio, ele transportou pequenos frascos, como os tubos usados para exames de sangue comuns. O sangue chegou com a mesma qualidade do que se tivesse sido transportado de carro – possibilitando que pessoas em locais remotos tivessem diagnósticos precisos. Ele também demonstrou que os drones eram capazes de partir de um navio hospitalar em alto-mar, voar até a praia, apanhar amostras de sangue e voltar ao hospital, tudo isso sem prejudicar a qualidade do sangue para a realização de testes. O problema é que situações de emergência com frequência exigem uma grande quantidade de sangue para transfusões – e aí não basta levar frasquinhos. O mais novo sucesso do pesquisador foi conseguir transportar duas a três bolsas de sangue por vez por até 20 km de distância, em apenas meia hora. Não é uma velocidade absurda, mas o desempenho dos drones vai além da agilidade: a carga
iStock|goce
transportada em pequenas caixas refrigeradas foi mantida em temperaturas aceitáveis para a conservação do sangue, sem danificar as células. O experimento foi feito com três tipos diferentes de amostra: seis bolsas contendo hemácias, seis bolsas de plasma e seis bolsas de plaquetas, unidades do sangue essenciais para cicatrização. Esse tipo de transporte é tão complexo que cada componente do sangue p r e c i s a d e u m armazenamento diferente: hemácias são preservadas com gelo normal, plaquetas com placas termais précalibradas e o plasma, com gelo seco. Os três sobreviveram bem ao passeio com o drone, a 100 metros de altitude, mantendo a temperatura mais ou menos constante. O transporte via drone foi capaz de manter a integridade celular de todas essas categorias.
Ossos de 'vampiros' da Idade Média são encontrados na Polônia Museu de Fortress Kostrzyn
Como se livrar do cadáver de um vampiro? Três opções: queimar o corpo, arrancar a cabeça ou martelar uma estaca de madeira bem no coração do monstro, pregando-o ao chão, para evitar que ele se levante de novo. Foi com marcas das duas últimas opções que arqueólogos do Museu de Fortress Kostrzyn, na Polônia, encontraram três esqueletos da Idade Média – o que mostra que aquelas pessoas eram vistas como vampiras pela comunidade que as enterrou. Claro, eles (provavelmente) não eram monstros chupadores de sangue que se transformavam em morcegos
e eram alérgicos à luz solar. De acordo com os cientistas, os três esqueletos do século XIII eram de pessoas com alguma deformação física, o que pode ter feito os aldeões da vila de Górzyca, onde os corpos foram encontrados, a acharem que eles eram vampiros. Dois dos esqueletos (um feminino, o outro masculino) sofriam de cifose, que causa uma corcunda acentuada nas costas – daí, não é difícil imaginar como surgiram as suspeitas de vampirismo: naquela época, bastava uma denúncia para que todo mundo acreditasse que você era um servo do diabo, especialmente se você fosse diferente dos outros (e pontos extras se fosse mulher). Dois dos “vampiros” foram enterrados de barriga para baixo e pregados ao chão com
uma estaca, e um deles, o homem, foi também decapitado. O terceiro esqueleto, que pertencia a outro homem – este, sem sinais visíveis de deficiências –, teve a cabeça decepada e enterrada longe do resto do corpo, com pedras pesadas, como se fosse para imobilizála, caso voltasse à vida. E não foi só isso: para garantir de verdade que os três não fugissem das covas, os aldeões quebraram os joelhos de cada cadáver. Outra pista de que aquelas pessoas eram vistas como monstros é o lugar onde elas foram enterradas: os túmulos foram encontrados do lado de fora dos muros do cemitério local, e os corpos foram todos sepultados com a cabeça para o leste e os braços cruzados sobre o peito – um padrão muito diferente dos cadáveres tidos como “humanos”, que não tinham orientação cardeal e cujos braços eram postos ao lado do corpo.
POLÍTICA 5 24 a 31 de dezembro de 2016
JORGE PACHECO Presos receberam visitas no Natal, confraternizaram com familiares, ganharam comidas natalinas, pois, afinal, também são filhos de Deus! Nove deles estão na PF, em Curitiba, e outros nove em presídio estadual. Os presos que estão no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), receberam as últimas visitas antes do Natal, confraternizaram os familiares em uma área comum do presídio, tudo numa ÓTIMA! Os parentes levaram carnes típicas de Natal, assadas e sem osso. Mas os panetones foram proibidos pelo departamento penitenciário. Esquisita essa atitude, né!? O deputado federal Zeca Dirceu (PT), por exemplo, levou biscoitos e frutas ao pai, o ex-ministro José Dirceu, preso em agosto de 2015, já condenado por corrupção envolvendo a Petrobras.
Cruz, que também responde a processo. Na carceragem da Polícia
Federal (PF), em Curitiba, a última visita antes do Natal foi na quarta-feira (21). Só o ex-deputado Pedro Corrêa não recebeu ninguém. Por lá, entretanto, surpresa! Foi permitida a entrada de panetones. Outros nove presos estão na PF: além de Corrêa; os empresários Adir Assad e Flávio Macedo; o empreiteiro Léo Pinheiro; o ex-tesoureiro do PP João Genu; o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque; o ex-secretário de governo de S é rg i o C a b r a l , Wi l s o n Carlos; o ex-ministro Antônio Palocci e o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Apesar da “colher de chá de Natal” a rotina na carceragem não vai mudar durante as festividades de fim de ano. Afinal amigos, eles mais do que merecem, não acham!!??
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Mais Lava Jato
instância pelo juiz federal Sérgio Moro, no julgamento de executivos da OAS investigados na Operação Lava Jato. Estranho, não é? Sério Moro condenou o réu Mateus Coutinho de Sá Oliveira a 11 anos de prisão e Fernando Augusto Stremel Andrade a 4 anos em regime aberto, mas, ambos recorreram ao TRF4, que determinou a absolvição, após o primeiro julgamento ter sido suspenso em agosto deste ano. O relator dos recursos no TRF4, desembargador João Pedro Gebran afirma que os dois foram absolvidos porque “restaram dúvidas razoáveis sobre sua atuação no esquema”. Mateus Coutinho Oliveira foi condenado por Moro por Lavagem de dinheiro e organização criminosa, e recorreu em liberdade. Fernando Stremel também não tinha sido preso, após a condenação, em agosto do ano passado, a prestação de serviços comunitários pelo CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO. Brincadeira!!! Estão querendo mesmo achincalhar o brilhante Juiz Sérgio Moro!!! Outra surpresa: também no mesmo julgamento seis pessoas tiveram as penas ampliadas. A decisão atingiu
No Complexo MédicoPenal, estão nove presos envolvidos no escândalo da estatal: além de Dirceu, seguem por lá Eduardo Meira, empresário ligado ao ex-ministro petista, o extesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, o operador João Henriques, o ex-senador Gim Argello e os ex-deputados Luiz Argolo, André Vargas e Eduardo Cunha, o “cara de pau”! Cunha, preso em outubro e réu na operação, recebeu a visita da mulher, Cláudia
O Tr i b u n a l R e g i o n a l Federal da 4ª Região (TRF4) absolveu duas pessoas condenadas em primeira
o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, além de outros executivos da construtora, o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor da Petrobras,
jorgepachecoindio@hotmail.com/ jornalfatosenoticias.es@gmail.com
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Paulo Roberto Costa, cujas penas foram elevadas após recurso ajuizado pelo Ministério Público Federal (MPF). Ainda bem! Cinco r é u s re c o r re r a m , m a s tiveram os pedidos negados, Aí o TRF4 justifica: as penas foram majoradas com base na culpabilidade negativa, ou seja, na intensa participação dos réus no esquema mesmo com condições de reconhecer e resistir à prática do crime. Mas, todos recorriam da condenação em liberdade. QUE COISA ESQUISITA, HEIN!!!??
* Réveillon tem Queima de Fogos cancelada em praias do ES Dos cinco municípios do litoral Sul, três já cancelaram a programação. É que a crise econômica atingiu também as populares comemorações de final de ano. Na região da Grande Vitória, o município d e Vi l a Ve l h a t a m b é m cancelou. Entretanto os municípios de Vitória, Serra e Guarapari confirmaram os fogos e atrações musicais. No litoral, apenas Anchieta e Presidente Kennedy confirmaram. Em Anchieta, a atual administração garantiu a queima de fogos na Praia Central. Já na praia dos Castelhanos e em Iriri, as associações de moradores e de empresários se uniram para garantir a queima de fogos. Em Presidente Kennedy a expectativa da prefeitura é que de 20 mil pessoas passem pelo município. No Litoral Norte, em Linhares, a programação de final de ano e a queima de fogos foram canceladas pela atual gestão municipal em Pontal do Ipiranga para cortar os gastos, mas o prefeito eleito, Guerino Zanon, garantiu que a programação vai acontecer. O pedido foi feito pela associação de moradores do Balneário. Se acontecer, a festa da virada de ano terá uma novidade, que é
a mudança do palco com as atrações musicais e queima de fogos da Segunda para a Primeira Avenida. E a Prefeitura de Conceição da Barra manteve a programação do réveillon e queima de fogos, que acontecerá na sede do município e nos distritos de Itaúnas e Braço do Rio.
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Fim de Ano do Pacheco
m eus, e Que D nita i f n sua i de, bonda e e o ç n abe a h c en z de Pa s nosso ões ç cora
Sem dúvida nenhuma o ano foi do Ministério Público e da Polícia Federal, que desbarataram quadrilhas infiltradas nos diversos setores da sociedade. A Operação Lava Jato desmontou o maior esquema de corrupção já visto no Brasil, quiçá no mundo. O impeachment da expresidente Dilma Rousseff foi outro fato marcante na política brasileira. Figurões da política nacional estão passando um período de
em todos os dias do ano que vai nascer.
* AMIGOS (AS), DESEJO A TODOS (AS) UM FELIZ 2017 COM SAÚDE PAZ E AMOR!!!
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Alguns fatos que abalaram a política em 2016 FOTOS: INTERNET/JRP
Operação Lava Jato Natal de Paz Para Todos
fatos & notícias
“descanso” em celas de Curitiba. Se deixarem os promotores e o juiz Sérgio M o r o t r a b a l h a r, 2 0 1 7 promete ainda fortes emoções no cenário político nacional. Que Deus nos ajude!
Jorge Pacheco
6SAÚDE
24 a 31 de dezembro de 2016
fatos & notícias
Estudo genético confirma associação da maconha com esquizofrenia Feito por pesquisadores britânicos, estudo mostrou que pessoas com esquizofrenia são mais propensas a fazerem uso de maconha x Pesquisa publicada recentemente no periódico científico Psychological Medicine comprovou, por meio de análises genéticas, o que estudos anteriores já haviam sugerido de forma observacional: o consumo d a m a c o n h a é particularmente perigoso para pessoas com propensão genética à esquizofrenia, mas, principalmente, que os esquizofrênicos tendem a usar mais a droga. No novo estudo, pesquisadores da Escola d e P s i c o l o g i a Experimental da Universidade Bristol, no Reino Unido analisaram fatores genéticos que podem prever se uma pessoa é suscetível a usar cannabis e também sua suscetibilidade à esquizofrenia. Os resultados confirmaram que começar a fumar
Pessoas com risco genético aumentado para esquizofrenia são mais propensas a fumar maconha
maconha, pode sim, aumentar o risco de esquizofrenia, mas, em especial, uma pessoa que carrega genes associados à doença é mais propensa a se tornar usuária da droga e a fazer isso de forma abusiva. Um das possíveis explicações para essa relação, segundo os autores, é que os fatores genéticos para a esquizofrenia são mais fortes do que aqueles para
iSTOCK/GETTY IMAGES
o uso da cannabis. Marcus Munafò, coautor do estudo, especula também q u e “ c e r t o s comportamentos ou sintomas associados ao risco de esquizofrenia podem ser aliviados pelos efeitos da cannabis”. Em outras palavras, o consumo de cannabis pode ser uma espécie de automedicação nessas pessoas. Outra possível explicação, segundo o
especialista, é que “as pessoas com maior risco de esquizofrenia podem desfrutar mais dos efeitos psicológicos da cannabis. Há um consenso crescente de que o consumo de cannabis pode aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia. Nossos resultados apoiam isso, mas também sugerem que aqueles com maior risco de esquizofrenia podem ser mais propensos a experimentar cannabis”. Estudos anteriores já haviam mostrado que o consumo de maconha é mais comum em pessoas com psicose do que entre a população em geral e que, em muitos casos, esse hábito também pode aumentar o risco de sintomas psicóticos. O uso da droga já foi associado a sintomas do distúrbio, como paranoia e pensamentos delirantes, em até 40% dos usuários.
Dengue. Depósitos continuam concentrados no ambiente doméstico Pretty Photo
Vasos e pratos de plantas, garrafas vazias, ralos e calhas. Esses continuam sendo os principais focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti no Espírito Santo, segundo dados compilados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). E o pior é que esses depósitos de água parada estão dentro das residências. Eliminálos é tarefa importantíssima, por isso nunca é demais ressaltar o que fazer no dia a dia para combater o mosquito. Segundo Roberto Laperrière – referência técnica do Programa Estadual de Combate à Dengue, Zika e Chikungunya – no Espírito Santo quase 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas, percentual semelhante ao observado no ano de 2015.
Garrafas vazias, vasos e pratos de p l a n t a correspondem a 2 7 , 8 % d o s depósitos de água parada, seguidos por calhas e ralos, 23,2%; tonéis, tambores e barris, 21,96%; e caixas d´água, 6,66%. “Pode soar repetitivo falarmos sobre isso, mas está mostrado que o maior quantitativo de depósitos de água parada está no ambiente doméstico, tanto dentro de casa quanto nos quintais. Se eliminamos o mosquito, que é quem carrega os vírus da dengue, da zika e da chikungunya, diminuímos a possibilidade de as pessoas adoecerem”, ressalta Laperrière. Para Laperrière, o meio mais simples e prático
para combater o mosquito é fazer uma lista com tudo o que deve ser verificado dentro de casa e no quintal para que nenhum item importante seja esquecido. E para que a vistoria seja eficaz, é importante realizá-la em dias fixos da semana. Isso porque o ciclo evolutivo do mosquito dura de cinco a sete dias. Recipientes como vasilhas de animais
domésticos necessitam ser limpos com uma boa escovação nas bordas para retirar possíveis ovos do Aedes aegypti. O mesmo deve ser feito com vasos de plantas, tonéis, caixas d'água e a bandeja que fica atrás da geladeira. Laperrière ressaltou que a bandeja e os vasos de planta, além de limpos, devem ser mantidos sempre sem água.
Tratamento consiste na colocação de inseticida biológico na água do valão DIVULGAÇÃO/PMS
Agentes realizam tratamento dos valões na Serra A Secretaria de Saúde da Serra, por meio da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), realiza periodicamente o tratamento dos valões existentes no município. Atualmente a cidade possui mais de 20 km de valas que estão distribuídos em 34 bairros. Os serviços são feitos semanalmente de acordo com o cronograma estipulado pela Vigilância. O tratamento consiste na colocação de inseticida biológico na água do valão para o combate da larva do mosquito Culex, o popular pernilongo. “Vale ressaltar que esse inseticida é biológico e não agride o meio ambiente e nem polui a água dos córregos e valões do município. Essa também é uma preocupação da Secretaria de Saúde”, afirmou Gilberto Mário dos Santos, Supervisor Geral do Controle da Dengue. A Vigilância Ambiental em saúde trabalha em parceria com a Secretaria de Serviços (Sese), onde a Sese realiza a retirada de lixo do local e a VAS vem com o tratamento da água.
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
Os bairros que recebem o tratamento semanalmente são Divinópolis, São Benedito, Cascata, São Lourenço, Santo Antônio, Vista da Serra I e II, Jardim Bela Vista, Palmeiras, São Domingos, Areinha, Planalto Serrano, Pitanga, Barro Branco, Nova Carapina I e II, Taquara I e II, Boa Vista, Jardim Carapina, Planalto de Carapina, Solar de Anchieta, Central Carapina, Parque Residencial Laranjeiras, Novo Horizonte, Jardim Limoeiro, Vila Nova de Colares, Feu Rosa, Portal de Jacaraípe, Lagoa de Jacaraípe, Castelândia, Bairro de Fátima, Capuba, Bairro das Laranjeiras, São Patrício, Nova Almeida e Hélio Ferraz.
ECONOMIA 7 24 a 31 de dezembro de 2016 REPRODUÇÃO
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2016, o ano da ampliação de mercados para o agronegócio brasileiro Mapa também lançou o Agro+, plano de desburocratização que visa facilitar as atividades do setor
a O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) termina 2016 com avanços expressivos para o agronegócio brasileiro. Entre os principais estão: desburocratização; abertura e ampliação de mercados; fortalecimento da política de sanidade agropecuária; modernização do seguro rural; expansão das ações de
sustentabilidade ambiental e transparência no diálogo com o setor rural. No comércio exterior, 2016 possibilitou a conclusão do acordo para abertura do mercado dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira. O ano foi marcado também pelo lançamento do Agro+, plano voltado à desburocratização das normas e dos
procedimen t o s d o Ministério d a Agricultura, a fim de tornar mais ágil as exportações e reforçar a eficiência no atendimento à cadeia produtiva agropecuária. “Tivemos a felicidade de fechar o acordo para exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos, durante reunião em Washington, no final de julho”, lembra o ministro Blairo Maggi. A conclusão da negociação, que já durava
17 anos, foi oficializada em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, José Serra, e da embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde. De acordo com Maggi, a conclusão do acordo com os EUA – maiores produtores e consumidores mundiais de carne bovina in natura – não representa apenas o reconhecimento da qualidade e da segurança sanitária do produto brasileiro. Serve ainda, segundo o ministro, como uma espécie de passaporte para abrir outros mercados,
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) aumentou em dezembro pelo segundo mês seguido. O índice passou de 126,4 em novembro para 136,4 pontos em dezembro. Os dados foram divulgados nesta quarta (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). A alta de 10 pontos fez com que o indicador atingisse o seu maior nível desde julho do ano passado. Para o economista da FGV, Pedro Costa Ferreira, a reversão da tendência de queda observada entre julho e outubro confirma "o retorno a um período de
MARCELO SAYÃO/EFE/VEJA
Índice de incerteza da economia volta a aumentar em dezembro País, entre novembro e dezembro deste ano foi o Indicador de Incerteza da Economia Mídia (o IIE-Br Mídia). Com contribuição de 8,7 pontos na composição do indicador Brasil, o IIE-Br refletiu “o aumento expressivo no número de notícias com menção à incerteza em matérias sobre economia na imprensa brasileira”. elevada incerteza econômica no Brasil”. Segundo ele, no entanto, apesar de o aumento de 10 pontos ser "expressivo" para um mês, "é necessário ressalvar a alta volatilidade deste indicador, que vem sendo bastante influenciado
pelos acontecimentos políticos ao longo de todo ano”. Os dados divulgados pela FGV indicam que, em dezembro, o componente que mais contribuiu para a alta do Indicador de Incerteza da Economia no
Já o componente IIE-Br Expectativa contribuiu com apenas 1,3 ponto para o aumento do indicador geral em dezembro, enquanto o IIE-Br Mercado manteve-se estável no mês, de um mês para o outro.
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BOAS FESTAS
porque os EUA são um dos mais exigentes compradores de carne bovina in natura do mundo. Em busca de novos mercados e da ampliação daqueles que já são clientes do agronegócio brasileiro, o Mapa promoveu 22 missões de alto nível à Europa, ao Oriente Médio e ao Sudeste Asiático. A maior delas, no segundo semestre, incluiu China, Índia, Coreia do Sul, Myanmar, Malásia, Tailândia, Vietnã e Dubai. Outras importantes negociações foram feitas durante visitas à Itália, Rússia, Inglaterra, Suíça, Armênia, a Israel e ao Japão.
As missões fazem parte da estratégia do Mapa de elevar de 6,9% para 10% a participação do Brasil no comércio agrícola mundial em cinco anos. Para tanto, o País quer expandir a base exportadora com a diversificação de produtos e de mercados e aumentar os embarques de mercadorias de maior valor agregado. De janeiro a novembro deste ano, as exportações agrícolas brasileiras somaram US$ 66,7 bilhões. Do total, 71,9% corresponderam a vendas dos complexos soja e sucroalcooleiro e carnes.
Com Trump, aumenta incerteza no comércio mundial em 2017, dizem analistas AGÊNCIA BRASIL
A previsão da O rg a n i z a ç ã o Mundial do Comércio (OMC) para 2017 é que as t r o c a s mundiais crescerão em ritmo mais lento. A possibilidade de maior protecionismo dos Estados Unidos com o governo de Donald Trump aumenta as incertezas sobre o tema. Analistas confirmam que o republicano traz insegurança, mas esperam que Trump recue em algumas promessas de campanha e seja contido pelo Congresso norte-americano. No Brasil, exportações e importações devem esboçar recuperação, mas dependem também do comércio global. O gerente de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo, diz que a tendência do setor privado em relação a Trump é manter o compasso de espera. “Sempre há uma diferença entre a retórica na campanha e aquilo que é a política do governo. O que a gente tem acompanhado da montagem do ministério dele é que tem
um perfil pró-negócio”. Bonomo cita a nomeação do empresário Rex Tillerson, da gigante petrolífera ExxonMobil, para secretário de Estado e de Steven Mnuchin, ex-banqueiro do Goldman Sachs, para s e c r e t á r i o d o Te s o u r o . Segundo o gerente da CNI, o nome crucial para o comércio exterior ainda não foi anunciado, o do representante comercial dos EUA. O escritório, ligado à Casa Branca, tem status de ministério. “A gente também percebe que já houve uma mudança parcial no discurso [de Trump]. Na campanha, tinha uma retórica de que acordos comerciais são ruins, destroem empregos dentro dos Estados Unidos. Agora, o discurso é que existem acordos bons e ruins, que é preciso denunciar os ruins, manter os bons e modificar o que precisa ser modificado”, pondera Bonomo.
8GERAL
24 a 31 de dezembro de 2016
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