Jornal Fatos & Notícias Ed. 356

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ANO X - Nº 356 01 A 07 DE JULHO/2020 SERRA/ES

Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita

Por uma educação antirracista

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 A dica dessa semana é uma receita simples e prática de bolinho de arroz sem trigo Pág. 8 JORGE PACHECO

8 Gasto de combustível na Assembleia Legislativa- ES durante pandemia causa espanto Pág. 5

ANA MARIA IENCARELLI 8 A importância do mundo de faz de conta para o desenvolvimento da criança, onde o brincar tem uma função muito importante Pág. 10 HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Entrevista com os irmãos

SHUTTERSTOCK

Cesconetto, que falam sobre política, economia e perseverança Pág. 12

ANA LUCIA 8 Os brechós e bazares são uma opção de moda sustentável que tem atraído cada vez mais adeptos Pág. 11

LAÉRCIO FRAGA “LAU” 8 Em tempos de pandemia e de

isolamento exercitar-se tem sido complicado, então, por que não dar uma corridinha na praia? Pág. 14

ROSÁRIO CASALENUOVO JÚNIOR 8 Pela boa comunicação

corporal em tempos de coronavírus, não faça botox nesta pandemia Pág. 8 ALAN ARRAIS/NBR/AGÊNCIA BRASIL

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

Polo Sul se aquece três vezes mais rápido que o resto da Terra Pág. 2

Em um país ainda marcado pelo abismo racial e de renda, entender e desenvolver uma educação antirracista é fundamental para que justiça e sociedade caminhem juntas. A saber, sem tocar na questão carcerária e focando apenas na área educacional, enquanto 74% dos jovens

brancos concluíram o ensino médio com até 19 anos, essa é a realidade para apenas 53,9% dos negros e 57,8% dos pardos, conforme revela levantamento divulgado ano passado pelo Todos Pela Educação. Vale destacar que essa desigualdade racial é um desdobramento das diversas

Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano

REUTERS/ATHIT PERAWONGMETHA

injustiças que negros (e indígenas) vivenciaram — e ainda vivenciam — desde a construção do Brasil. Falta de acesso à educação, saúde, saneamento básico e até mesmo um lar são questões estruturais. Apenas um exemplo é a Lei de Terras de 1850, que interrompe o

direito à posse por meio do trabalho e determina que a terra só poderia ser adquirida mediante sua compra, acentuando ainda mais um distanciamento entre os latifundiários e os escravos que caminhavam por sua libertação, só que sem direito a nada. Pág. 4

Estudo estima número necessário de pessoas para colonizar Marte

Brasil bate recorde mundial de maior relâmpago com 700 km de comprimento Pág. 14

Quem foi Tebas, escravo que virou arquiteto em meio ao Brasil Colonial WIKIMEDIA COMMONS

NASA/CASE FOR MARS

A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar disponível à população ainda este ano Pág. 9 Joaquim Pinto de Oliveira foi o responsável pela construção de diversas obras no centro da cidade de São Paulo, hoje consideradas cartões-postais da capital Pág. 3

Estudo identifica raças de cachorro que mais sofrem com calor excessivo Cães com focinho achatado têm maior risco de morrer por insolação. Entenda esse problema e saiba quais raças são mais propensas Pág. 11

Cálculo leva em consideração questões como o uso de recursos no local, a capacidade de produção de ferramentas e diferentes organizações sociais entre os colonos Pág. 15

Três dicas para cuidar da pele do bebê no inverno Pág. 8


2 MEIO AMBIENTE

01 A 07 DE JULHO DE 2020

Polo Sul se aquece três Indianos usam telhas vezes mais rápido que de argila e plantas o resto da Terra para resfriamento natural Estudo foi publicado na revista Nature Climate Change

REUTERS

A argila absorve a água das plantas e libera ar fresco no espaço MANOJ PATEL DESIGN STUDIO

As temperaturas estão subindo r api d ame nte no Pol o Su l, considerado o ponto mais frio da Terra. Tão rápido que Kyle Clem e outros pesquisadores do clima começaram a se preocupar e perguntar se a mudança climática causada pelo homem está desempenhando papel maior do que o esperado na Antártida. Dados de temperatura mostram que o aquecimento da região foi três vezes a taxa de aquecimento global nas últimas

três décadas até 2018, o ano mais quente já registrado no Polo Sul, disseram os pesquisadores em estudo publicado na segundafeira (29) na revista Nature Climate Change. Obser vando dados de 20 estações meteorológicas na Antártida, a taxa de aquecimento do Polo Sul foi sete vezes maior que a média geral do continente. O aquecimento do Polo Sul está parcialmente ligado ao aumento natural das t e mp e r at u r a s n o Pa c í c o

t ro pi c a l o c i d e nt a l , s e n d o impulsionado para o sul por ciclones nas águas geladas do Mar de Weddell, disseram os pesquisadores. Esse padrão, no entanto, que se acredita ser parte de um processo natural de várias décadas, explica apenas algumas das tendências de aquecimento. O restante, segundo os pesquisadores, foi devido às mudanças climáticas provocadas pelo homem.

O escritório de arquitetura indiano Manoj Patel Design Studio possui diversos projetos premiados em que faz uso criativo das telhas de argila. Em um deles, batizado de Ridge Clay Roof Tile Plantation, foi criado um verdadeiro jardim vertical usando as telhas.

O projeto foi instalado em uma residência na cidade de Vadodara, em Gujarate, cujo clima local é o tropical de savana. As telhas de argila são de reaproveitamento, uma vez que o material é abundantemente disponível. O objetivo é que a s olução p ossa aumentar o

conforto térmico ao promover o resfriamento natural. “A superfície da argila absorve a água das plantas e, quando o ar entra em contato com a superfície, libera ar fresco no espaço, o que também proporciona aos visitantes a e x p e r i ê n c i a d a n at u r e z a”, explicam os arquitetos. As unidades são dispostas em zigue-zague na vertical e xadas à parede com cimento, de forma que é possível aproveitar os vãos para acomodar pequenas p l a nt a s . Ta m b é m d á p a r a aproveitar os espaços para apoiar objetos decorativos. O resultado é visualmente espetacular e tem ainda o potencial de dar um toque de natureza em áreas urbanas.

Baleias são lagradas nadando na orla do Peruanos criam prato Rio de Janeiro de folha de bananeira ©

TV GLOBO/REPRODUÇÃO

Material compostável se degrada naturalmente em 60 dias CHUWA PLANT

Tecido, sapato e até embalagem. É incrível a quantidade de produtos que já foram desenvolvidos usando bananeira. A versatilidade do material é agora testada na fabricação de pratos compostáveis. Batizados de Chuwa Plant, os pratos são feitos com papel celulósico à base de folhas de bananeira e papelão. O material é impermeável, sendo resistente a líquidos e diversas temperaturas. Esta característica também impede que a gordura dos alimentos dani que o prato. Ao m do s eu us o, em condições adequadas, o pratinho

terra, volta para terra – completando seu ciclo de vida. A iniciativa ainda agrega parceria com pequenos produtores da Amazônia peruana para aproveitar justamente o subproduto do cultivo de banana. A solução criada por uma startup peruana pode ser uma alternativa ao uso de pratos plásticos descartáveis, sobretudo os de isopor. Por mais que haja um movimento forte para eliminar o uso de descartáveis, ainda haverá ocasiões em que tais utensílios

CHUWA PLANT

pode se degradar naturalmente em, no máximo, 60 dias. Feito da

serão necessários. Nestes casos, é preferível uma solução compostável a um bioplástico qualquer. A ideia foi apresentada como projeto, chamado Bio Plant, durante o concurso Bio Challenge no Peru. A iniciativa foi uma das vencedoras, o que ajudou a nanciar a fabricação de máquinas especializadas que garantem a possibilidade de criar 50 mil pratos por mês. Além dos pratos, a startup também começou a fabricar talheres feitos também do caule da bananeira com farinha de trigo.

Três baleias foram agradas nadando na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã de 26 de junho. Os mamíferos marinhos estão marcando presença no litoral do estado desde o início do mês passado. No dia 3, uma baleia foi vista nas praias de Niterói, na Região Metropolitana, e na semana seguinte também foram registradas imagens em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. Isso acontece porque o Rio é rota para as baleias costeiras, que nessa época do ano saem da Antártida em busca de águas

quentes para se reproduzirem. Uma das espécies vistas com mais frequência na região é a baleia jubarte, que pode chegar a pesar 40 toneladas e ter 15

metros de comprimento. Apesar de ser considerada dócil, os banhistas devem evitar qualquer tipo de aproximação. No entanto, o Instituto Baleia Jubarte explica que a chegada desses mamíferos ocorreu mais cedo neste ano. Isso por conta de fatores ambientais que interferem no ciclo de vida do animal. Segundo o projeto, o primeiro avistamento con rmado foi realizado pelo VIVA Instituto Verde Azul no dia 30 de abril ao sul de Ilhabela, em São Paulo. Na mesma data, uma jubarte encalhou já sem vida em Ilha Comprida, na costa sul paulista. Em Vitória, no Espírito Santo, também foram feitos avistamentos.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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CULTURA 3

01 A 07 DE JULHO DE 2020

Arco do Sacrifício: o Quem foi Tebas, escravo imponente portão do que virou arquiteto em inferno da Roma Antiga meio ao Brasil Colonial Situado na cidade de Hierápolis, o misterioso portal fazia com que os animais morressem instantaneamente, sem sangue, nem dor

WIKIMEDIA COMMONS

WIKIMEDIA COMMONS

D

urante todo o Império Romano, a religião era um dos assuntos mais sagrados, levado a sério por todos os líderes e pela população no geral. Naquela época, a espiritualidade tinha um papel fundamental e, assim, definia a sociedade e suas relações de poder. Muito além dos sacerdotes e dos deuses, a religião romana também contava com ritual brutal, mas que, para eles, s i g n i f i c av a mu it a c oi s a : o s a c r i f í c i o an i ma l. E m t ais cerimônias, as vítimas mortas tinham diversos de seus órgãos — como f ígado, pu lmão e coração — queimados em forma de oferenda. Apesar de espiritual, é possível imaginar o quão sangrento e bagunçado era o r itual de sacrifício. Litros de sangue eram derramados e, de certa forma, os animais não eram mortos com piedade e dignidade — não que essa fosse a intenção. Por esses e outros motivos, os sacerdotes de Hierápolis, na atual Turquia, agradeceram aos céus quando encontraram um portal que se dispunha a fazer o sacrifício por eles. Para muitas autoridades pagãs, no entanto, aquela era a verdadeira entrada do inferno. Logo na frente de uma pequena gruta, um imponente arco de pedra chamava atenção daqueles que caminhavam pelas ruas de Hierápolis. Silencioso e quase cruel, a construção ficava lá, encarando os moradores com um

tom letal e despretensioso. Em volta do enorme arco ficavam grandes arquibancadas que, segundo literaturas da época, eram us adas p or f iéis que desejavam assistir aos sacrifícios a todo custo. O interesse pelo mórbido, afinal, era algo comum para a época da luta de gladiadores. Foi exatamente naquele portal que, na frente de centenas de pares de olhos, os pobres animais — como vacas e bois — morriam magicamente, sem sofrimento aparente e sem uma gota de sangue derramada. Bastava passar por baixo do arco de pedra. Para as muitas testemunhas dos sacrifícios, não era apenas a ausência de sangue que chocava. Sempre que um animal era enviado ao portal, ele e r a a c omp an h a d o p or u m sacerdote que também passava pelo arco, mas chegava ao outro lado são e salvo. Com a nova forma de realizar o ritual, muito mais limpa e simples do que a anterior, o povo foi à loucura. Aquela, afinal, era uma demonstração vinda direto dos deuses, que diziam, com todas as letras, estarem satisfeitos com os sacrifícios. A cerimônia se seguiu assim por anos. Um sacerdote vinha, acompanhado por uma vaca saudável e passava com ela pelo portal. Quase instantaneamente, o animal caía no chão, já sem vida, enquanto o homem passava ileso pelas portas do inferno.

Joaquim Pinto de Oliveira foi o responsável pela construção de diversas obras no centro da cidade de São Paulo, hoje consideradas cartões-postais da capital

Em meados de 2011, desconfiado das histórias da época, o cientista Hardy Pfanz decidiu explorar o sítio arqueológico de Hierápolis. Na cidade antiga, percebeu que o terreno da gruta continuava funcionando até aquele momento. Isto é: caso um pássaro voasse por entre as pedras do arco, ele logo atingia o chão, inconsciente. Cada vez mais intrigado pela lenda que agora parecia verdade, Hardy, que é especialista em vulcões pela Universidade de DuisburgEssen, na Alemanha, decidiu analisar o solo de Hierápolis. As s i m , e l e d e s c o br iu a l go inusitado que explicava todas as teorias. De forma geral, a antiga cidade romana fica localizada logo acima de uma área de intensa atividade geofísica. Assim, diretamente abaixo do arco, uma fenda no chão liberava porções constantes de dióxido de carbono (CO2). Durante o dia, segundo o próprio especialista, o vazamento de CO2 acabava por se dispersar no ar, devido às altas te mp e r atu r as . À noite, no entanto, o gás tóxico formava uma camada letal de 40 centímetros de profundidade ao redor do portão. Ao anoitecer, inclusive, a concentração da nuvem de CO2 chegava aos 35%. Assim, um p ouco mais b aixos que os humanos, os animais inalavam o gás impiedoso. Tontos pela intoxicação, então, eles mergulhavam o focinho na piscina letal e morriam em segundos. Segundo Hardy, os sacerdotes romanos tinham total conhecimento das horas mais fatais do dia e usavam dessa sabedoria para sacrificar ainda mais animais. Para eles, no entanto, o CO2 era uma espécie de “hálito letal dos guardiões do inferno”. FOTO: REPRODUÇÃO

(AVENTURAS NA HISTÓRIA)

ascensão da construção civil. Nos anos 1750, Joaquim foi o responsável por diversas obras que hoje são cartões-postais da capital, como a construção da torre da antiga Igreja Matriz da Sé (1750), a ornamentação das fachadas das igrejas do Mosteiro de São Bento (1766), da Ordem 3ª do Carmo (1777) e da Ordem 3ª do Seráfico São Francisco (1783). Entretanto, seu trabalho mais famoso não teve a mesma sorte de permanecer ao longo do tempo. O Chafariz da Misericórdia, primeiro chafariz público de São Pau lo, foi demolido em 1866 após o processo de canalização da água da cidade. A fonte foi erguida

onde hoje está a Rua Direita (próxima ao metrô da Sé, no centro de São Paulo). Na época de sua construção, diversos escravos buscavam água no local, que também servia como um ponto de encontro entre eles. Talentoso desde sempre, Tebas exerceu sua profissão até falecer em 1811, aos 90 anos, devido à uma gangrena na perna causada por um acidente de trabalho. O samba-enredo da Escola de Samba Paulistano da Glória, escrito pelo compositor e ativista negro Geraldo Filme, em 1974, é uma homenagem ao arquiteto. “Tebas, negro escravo. Profissão: Alvenaria. Construiu a velha Sé em troca pela carta de alforria”, conforme diz a música. LUCIANO DANIEL

Cinemas podem abrir no Espírito Santo em modelo drive-in A S ecretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) publicou no Diário O cial do Estado do Espírito Santo (Dio-ES) da última quinta-feira (25) uma portaria sobre a abertura de cinemas no modelo de drive-in, ou seja, com o público dentro de carros. Com isso, ca permitida a exibição de lmes em local aberto em que o acesso e a permanência de clientes nos locais de exibição ou apresentação seja permitido somente dentro de automóveis. A regulamentação levou em conta a solicitação da Secretaria da Cultura (Secult), que tem participado nacionalmente do

debate acerca de novos formatos d e e ve nto s , d e s t a c an d o a proposta do Fórum de Diretores de Teatros, Orquestras, Ópera, Balé e Artistas, que tem trabalhado numa Proposta de Protocolo de Segurança S an it ár i a p ar a re ab e r tu r a gradual de teatros e salas de concerto. A portaria regulamenta o funcionamento desses cinemas da seguinte forma: as pessoas deverão permanecer dentro de seus carros; não será permitido acesso de pedestres; deverá ser mantida a distância mínima de dois metros entre os carros e o uso de máscara facial é

obrigatório. O pagamento dos ingressos deverá ser realizado preferencialmente via aplicativo ou adquirido com antecedência. Já a venda de alimentos e bebidas somente poderá ser realizada na modalidade delivery, não sendo permitidos atendimentos no balcão ou em área externa do veículo. Para funcionar, os cinemas devem ter os banheiros limpos, inclusive durante as sessões, e controle de entrada e saída dos sanitários. Também precisam hig ienizar cont inu amente maçanetas e torneiras, e disponibilizar álcool para higienização das mãos.

FOTOS ANTIGAS DO ES/FACEBOOK

Foto Antiga do ES

Após ser alforriado aos 58 anos, Joaquim Pinto de Oliveira, mais conhecido como Tebas, se tornou arquiteto na cidade de São Paulo durante o Brasil Colonial. Nascido em Santos, litoral paulista, em 1721, teve sua profissão reconhecida apenas em 2018, mais de 200 anos depois de sua morte, quando o Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp) o homenageou com base em documentos oficiais reunidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O jornalista Abílio Ferreira, organizador do livro Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata (2019) aponta que Oliveira não foi uma exceção, mas um personagem importante para enaltecer esse segmento esquecido da p o p u l a ç ã o c o l o n i a l . “O s africanos transplantados para as Américas trouxeram consigo muitos conhecimentos, principalmente sobre o trabalho com pedras e metais", afirma Abílio, em entrevista à Casa Vogue. Tebas foi escravizado pelo português Bento de Oliveira Lima, mestre de obras com quem teria aprendido o ofício. Os dois foram para São Paulo em busca de melhores oportunidades, numa época de

Cais de Guarapari de manhã. Fevereiro de 1950. Foto original preto e banco: Alcy Gerson de Almeida

Pousada e Buffet Il Conventino - Santa Teresa - ES (27) 3259-3638 / (27) 99880-7048


4 EDUCAÇÃO

01 A 07 DE JULHO DE 2020

Entenda o que é uma educação antirracista e como construí-la Não basta apenas abordar história afro-brasileira na sala de aula. É preciso discutir racismo estrutural e, consequentemente, privilégios REPRODUÇÃO FACEBOOK/ IBCCRIM

Em um país ainda marcado pelo abi s m o r a c i a l e d e re n d a , entender e desenvolver uma educação antirracista é fundamental para que justiça e sociedade caminhem juntas. A saber, sem tocar na questão carcerária e focando apenas na área educacional, enquanto 74% dos jovens brancos concluíram o ensino médio com até 19 anos, essa é a realidade para apenas 53,9% dos negros e 57,8% dos pardos, conforme revela levantamento divulgado ano p a s s a d o p e l o To d o s P e l a Educação. Já dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb/Inep) de 2017 tornam ainda mais nítida essa disparidade racial, uma vez que, na época, 59,5% dos estudantes brancos cursando o 5º ano tiveram uma aprendizagem em matemática tida como adequada e somente 29,9% dos negros se encaixaram no mesmo quadro.

injustiças que negros (e indígenas) vivenciaram — e ainda vivenciam — desde a construção do Brasil. Falta de a c e ss o à e du c a ç ã o, s aú d e, saneamento básico e até mesmo um lar são questões estruturais. Apenas um exemplo é a Lei de Terras de 1850, que interrompe o direito à posse por meio do trabalho e determina que a terra só poderia ser adquirida mediante sua compra, acentuando ainda mais um distanciamento entre os latifundiários e os escravos que caminhavam por sua libertação, só que sem direito a nada. Desnaturalizar o racismo Ou seja, a educação antirracista vai muito além de aplicar a lei 11.645/2008, que inclui no currículo o cial da educação básica a obrigatoriedade da temática história e cultura afrobrasileira e indígena. A lei é REPRODUÇÃO INSTAGRAM

Cléa Ferreira

Va l e d e s t a c a r q u e e s s a desigualdade racial é um desdobramento das diversas

muito importante, mas é preciso re con he cer que o racismo estrutural existe, inclusive, no

ambiente escolar. No caso da rede particular, vale a gestão re etir sobre a quantidade de negros nas turmas, criando debates entre famílias, comunidade e alunos. A nal, a escravidão durou cerca de 300 anos, só que os brasileiros convivem o cialmente sem ela a apenas 132 anos. Historicamente

historiadora e mestranda em Ciências Humanas e Sociais com pesquisa sobre a in uência do sistema penal e punitivo nas lutas dos movimentos negros do século XX. Indagada sobre o que é uma educação antirracista, Suzane de ne da seguinte forma: “é uma

Suzane Jardim

SHUTTERSTOCK

é recente e os vestígios ainda são nítidos, conforme você confere a seguir. “O epistemicídio, que é a exclusão do pensamento negro dos currículos escolares e da academia é um dos sintomas desse racismo que tem sido questionado nas últimas décadas, mas não apenas ele. No s s o Paí s n atu r a l i z a u m cotidiano em que ser negro está intrinsecamente ligado ao ser pobre e precarizado. O racismo está em como naturalizamos t o d o s e s s e s e l e m e nt o s , o s tornando parte da paisagem e os justi cando como se fossem falta de sorte ou de caráter de uma população que historicamente foi empurrada para esse lugar”, critica Suzane Jardim,

educação que entende que nosso País adotou sistematicamente o projeto de calar e omitir do grande público as discussões sobre relações raciais que foram cunhadas no campo das ciências humanas, políticas e no seio do movimento negro. É tentar instruir sujeitos sobre relações raciais, não para que individualizem a questão, mas para que consigam perceber o quanto o racismo faz parte de nossa estrutura social e tenham a capacidade crítica para se colocar contra esse sistema”. Para a doutora em Educação Cléa Ferreira, cuja pesquisa está relacionada à uma formação docente étnico-racial, o brasileiro está começando a reconhecer que é racista. “O

Brasil é o País do racismo sem racist as. E st amos desconstr uindo essa ideia. Vivemos um momento importante de ruptura. Esse é um primeiro passo para uma educação antirracista”, destaca. Indo na mesma linha de Cléa, a historiadora Suzane completa que “o primeiro passo é o de treinar o olhar do educador para que ele se torne apto a perceber as h i e r arqu i as r a c i ais d e su a disciplina e meio. Dou ênfase de que o passo inicial é o de desnaturalizar o que o racismo naturalizou — sejam as lacunas da presença negra nas discussões, a v is ão embranque cid a de sociedade ou a falta de negros nos ambientes”. A culpa não é do professor Em relação ao plano de aula, mesmo com a determinação da lei sobre história e cultura afrobrasileira e indígena, ainda é comum o professor abordar esses temas apenas quando o foco é a invasão do Brasil pelos portugueses e o período de escravidão — e ainda sob o olhar branco europeu. Diante dessa

realidade surgem movimentos no Brasil e mundo que pedem a descolonização dos currículos. “Acho que a lei foi um avanço, mas ainda estamos longe de conseguir com que ela oriente as práticas curriculares e as relações dentro das escolas, uma vez que o docente foi formado em uma lógica eurocêntrica e boa parte não participou dessas discussões no âmbito da universidade”, explica Cléa Ferreira. “Precisamos ampliar o nosso repertório, o nosso conhecimento para evidenciar a diversidade, as lógicas diversas. E, há, sim, material disponível. Existe toda uma elaboração teórica pedagógica para essa descolonização. A que acredito é a pedagogia intercultural crítica, que pressupõe não uma substituição, mas uma ampliação que rompa com essa hierarquia, considerando em pé de igualdade e levando para a escola esses outros saberes. A nossa disputa e luta é para descontruir essa hierarquia, e racismo é isso, é falar de poder”, completa a doutora em Educação.

Relatório mostra desigualdade no acesso à educação ANA LUÍSA VIEIRA/REDE PETECA: CHEGA DE TRABALHO INFANTIL

Publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2020 analisa os mecanismos sociais, econômicos e culturais que discriminam crianças, jovens e adultos em situação de desvantagem, e os excluem da educação ou os mantêm marginalizados. De acordo com divulgação da agência da ONU, o estudo "Inclusão e educação: todos, sem exceção" identi ca as práticas de governança e nanciamento, currículos, livros didáticos e avaliações, formação de professores, infraestrutura escolar e relações com estudantes, pais e comunidades que podem promover o processo de inclusão. A partir das conclusões, recomenda também políticas para que a diversidade dos estudantes seja enaltecida como

uma força de coesão social. Con ra algumas das análises publicadas no

relatório: O texto do relatório diz que, em todos

os países, exceto nos de renda alta da Europa e América do Norte, apenas 18 dos jovens mais pobres concluem o segundo nível da educação secundária para cada 100 dos jovens mais ricos. Em pelo menos 20 países, principalmente na África Subsaariana, di cilmente uma jovem pobre da zona rural consegue terminar o segundo nível da educação secundária. A i n d a s e g u n d o o d o c u m e nt o, enquanto 68% dos países têm uma de nição de educação inclusiva, apenas 57% dessas de nições abrangem os diversos grupos marginalizados. A partir de 2015, 41% dos países, o que representa 13% da população mundial, não têm uma pesquisa domiciliar disponível ao público para divulgar dados desagregados sobre os principais indicadores educacionais; a região com

menor cobertura é o Norte da África e a Ásia Ocidental. Dados recentes de 14 países que usam as Questões Propostas pelo Grupo de Washington para Estatísticas sobre Pessoas com De ciência sugerem que crianças com de ciência constituem 15% da população que está fora da escola. Nos países de renda média, apesar de um aumento de 25% nos últimos 15 anos, apenas três quartos dos adolescentes ainda estão na escola aos 15 anos de idade. Destes, apenas metade aprende o básico, taxa que permaneceu estagnada ao longo do período. Em 2018, um em cada três professores de 43 países, a maioria com renda média-alta e alta, relatou que não adapta seu ensino na diversidade cultural dos estudantes.


POLÍTICA 5

01 A 07 DE JULHO DE 2020

Jorge

Analista Político

Pacheco

Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

“Se não sabe escutar, não sabe falar// Nada existe de permanente a não ser a mudança// Ser sábio consiste em saber que o pensamento governa todas as coisas// A oposição produz a concórdia. Da discórdia surge a mais bela harmonia// A guerra é mãe e rainha de todas as coisas; alguns transforma em deuses, outros, em homens; de alguns faz escravos, de outros, homens livres”, Heráclito FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF

comemorou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições municipais. Em seu Twitter, o deputado a rmou que "a eleição não poderia comprometer as ações que buscam salvar vidas e proteger as famílias". Os deputados aprovaram em dois turnos, na quarta-feira (1º), a proposta que adia as disputas municipais para novembro. "Infelizmente, ainda vivemos um momento muito crítico da pandemia, com seu avanço para o interior do País", ponderou Maia. Ele destacou que a novas datas, 15 e 29 de novembro, para primeiro e segundo turno, foram orientações de especialistas de saúde. "As novas datas atendem às sugestões de médicos e especialistas, pois teremos um cenário melhor em relação à expansão do vírus, e as pessoas poderão conhecer de forma mais democrática e transparente os seus candidatos", declarou. Maia parabenizou ainda o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) pela rápida tramitação da PEC no

Dias Toffoli afirma: STF permitiu enfrentar pandemia "ao menos na área jurídica”

FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias

Eleições 2020: Maia diz que eleição não poderia comprometer ações sanitárias Maia parabenizou ainda o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) pela rápida tramitação da PEC no Senado e também os deputados por chancelarem o texto O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

Bolsonaro encontra diretor da Rio Motorsports para conversar sobre GP de Fórmula 1 Presidente Bolsonaro apoia o projeto de construção da pista no Rio e em maio do ano passado chegou a dizer que o GP estava com '99% de chance' de ser realizado na cidade REPRODUÇÃO /ESTADÃO

PGR faz apuração sobre Eduardo por 'medida energética' de Bolsonaro

AJUFE

Procuradoria-Geral enviou parecer para "averiguação preliminar" de declarações de deputado, filho do Presidente, a respeito de ação contra Lei das Fake News O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou parecer ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, comunicando que a PGR instaurou notícia de fato para "averiguação preliminar" sobre declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), entre elas a de que não se trata de

Senado e também os deputados por chancelarem o texto. Ele agradeceu a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter participado ativamente do debate e indicado os detalhes que envolvem o processo eleitoral.

Celso de Mello prorrogou por 30 dias as investigações do inquérito Moro X Bolsonaro Em despacho, Celso de Mello esclarece que a nova concessão atende o pedido da PF para a realização de diligências ainda pendentes O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou, por mais 30 dias, o inquérito que apura as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro sobre "interferências políticas" do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. É a segunda vez que o decano amplia o prazo das apurações — a última ocorreu no dia 8 de junho e deu mais um mês para a realização de diligências. Em despacho, Celso de Mello esclarece que a nova concessão atende o pedido da PF para a realização de diligências ainda pendentes — uma delas é o

WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

MARYANNA OLIVEIRA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Toffoli, fez nesta quarta-feira (1º) um balanço das atividades da Corte no primeiro semestre do ano, destacando que o STF validou medidas emergenciais t om a d a s p e l o g ov e r n o n o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, mas também coibiu "eventuais excessos". Alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro, a Suprema Corte atuou como elemento "estabilizador da ordem política" e ofereceu o "devido amparo à sociedade brasileira", agindo com "independência e altivez", na avaliação de Toffoli. "Na qualidade de grande árbitro da federação, o tribunal promoveu a necessária coordenação entre as unidades federativas no enfrentamento à pandemia. Deste modo, promoveu a segurança jurídica necessária para que o País possa cruzar essa pandemia, ao menos na área jurídica, com a máxima atenção à saúde da população, e zelando pela manutenção dos empregos, da renda e da capacidade produtiva do mercado e do setor estatal", observou o presidente do STF. " Va l i d a m o s a s m e d i d a s emergenciais adotadas pelos poderes públicos sempre que compatíveis com a Constituição e coibimos eventuais excessos, tudo dentro da Constituição e colegiadamente", acrescentou Toffoli. O ministro deixará o comando do tribunal em setembro, sendo sucedido p or Luiz Fux. O Supremo realizou a sessão plenária que marcou o encerramento das atividades do primeiro semestre de 2020, antes de entrar em férias por um mês.

depoimento de Bolsonaro no caso. A solicitação de oitiva será apreciada pelo decano após manifestação do procuradorgeral da República, Augusto Aras. "Concedo, por mais 30 (trinta) dias, a dilação de prazo ora postulada pela ilustre autoridade policial federal para efeito de realização de diligências investigatórias ainda pendentes (ou que se façam eventualmente necessárias) quanto ao inquérito policial em referência, considerada a iminência do encerramento do prazo anteriormente deferido", anotou o decano.

crime de incitação à subversão da ordem política ou social, previsto na Lei de Segurança Nacional. Segundo Aras, o objeto da petição "se esgotou" em razão da instauração da noticia de fato no âmbito da PGR. "Caso surjam indícios mais robustos de possível prática de ilícitos pelo representado, será requerida a instauração de inquérito criminal no STF, para adoção das medidas cabíveis", a rmou o chefe do Ministério Público Federal no documento. Depois do envio da petição à PGR, o deputado federal a rmou em vídeo que não existe nenhuma "ameaça", "intenção" ou "desejo" de sua parte para que venha a existir uma "situação de instabilidade política" no País.

uma questão de "se", e sim "quando" seu pai, o presidente Jair Bolsonaro adotará uma " m e d i d a e n e r g é t i c a " ap ó s operação da Polícia Federal no inquérito das "fake news" atingir aliados do Planalto. "Quando chegar ao ponto em que o Presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida energética, ele é que será taxado como dit ador'", a r mou o parlamentar em Live. A indicação foi feita para fundamentar manifestação do PGR pela extinção de petição que foi apresentada à Corte. O pedido tratava de apuração sobre

O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quarta-feira (01) no Palácio do Planalto, em Brasília, o diretor executivo do consórcio Rio Motorsports, JR Pereira. A empresa é vencedora da licitação para a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro, no bairro de Deodoro. O encontro serviu para conversar sobre o andamento das negociações entre a cidade e o comando da Fórmula 1 para receber o GP do Brasil a partir de 2021. O Rio de Janeiro encaminhou um acordo com a Fórmula 1 para receber o GP do Brasil após o m do contrato em vigor com São Paulo, que termina no m deste ano. Para fechar com a categoria, a candidatura da Rio Motorsports oferece um pacote de US$ 65 milhões (cerca de R$ 339 milhões) anuais para a categoria entre taxa de promoção e venda com ingressos VIPs. Segundo a agenda o cial de B ols onaro, o encont ro foi realizado no m da manhã e contou com as presenças também do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e do secretário especial de Esporte, Marcelo Reis Magalhães. A reunião durou cerca de 30 minutos. O assunto principal foi os andamento dos próximos passos do projeto, que ainda depende da liberação ambiental.

Gasto de combustível na Assembleia Legislativa- ES durante pandemia causa espanto TATI BELING/ALES

Em abril, o isolamento social já era uma orientação do governo e s t a du a l p a r a c om b at e r a pandemia e as sessões da Ales já estavam ocorrendo de forma remota. Ainda assim, segundo o Portal da Transparência da Assembleia Legislativa, quase metade dos deputados estaduais gastaram com combustível nos meses de abril e maio. Alguns, mais de R$ 1000. Segundo consta no Portal, o deputado gastou nos dois meses R$ 1.587,84. A assessoria de Luciano explicou que o parlamentar continuou atendendo demandas de organizações populares e cidadãos. “Foram tomadas as devidas precauções e recomendações de órgãos de saúde. Vale destacar ainda que o deputado é da região sul do Estado, Guaçuí, e atende a população de toda a região”. Por sua vez o deputado de Itapemirim, Alexandre Quintino (PSL) gastou nos dois meses R$ 2.198,72. Segundo sua assessoria “a c h e g a d a d a p a n d e m i a aumentou extraordinariamente as demandas da saúde e de todo aparato de segurança pública e, por isso, o deputado intensi cou suas agendas na Região Metropolitana e no interior capixaba, in loco, a m de garantir o cumprimento das pautas em que ele já atuava, bem como levantar as necessidades emergenciais que surgiram com

essa crise”. Segundo o Portal, Hudson Leal (Republicanos) foi o que mais gastou, com R$ 2.267,29. O parlamentar informou que, apesar da pandemia do novo coronavírus, as ações no interior não foram pausadas. “Continuei visitando minhas bases, ouvindo e atendendo os anseios da p o p u l a ç ã o, s c a l i z a n d o e realizando entrega de emendas. Sempre com todo o cuidado, evitando aglomerações e usando máscara”. O parlamentar é de Vila Velha.

Senado finalmente aprova projeto da fake news, bancada capixaba ficou REPRODUÇÃO

dividida na votação Demorou, mas o polêmico projeto da fake news foi aprovado pelo Senado Federal e d i v i d iu opi n i õ e s e nt re o s c api x ab a s . Marc o s d o Va l (Podemos) votou contra. Rose de Freitas (Podemos) e Fabiano Contarato (Rede) votaram a favor. O projeto estabelece o rastreamento de mensagens reencaminhadas em aplicativos de conversa, obriga que provedores de redes sociais tenham sede no Brasil e cumpram as leis nacionais e cria regras para impulsionamento e propaganda nas redes sociais. Quem é a favor defende a importância de uma lei para conter a disseminação em massa de notícias falsas na internet. Quem é contra a rma que o projeto pode provocar censura on-line e ameaçar a privacidade.


6 TECNOLOGIA

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França possui maior Luva inteligente converte usina solar flutuante língua de sinais em fala por meio de app da Europa Sistema criado por especialistas da Universidade da Califórnia (UCLA) aprendeu a reconhecer 660 sinais em testes com surdos

Capacidade de produção é suficiente para abastecer mais de 4.700 mil residências

JUN CHEN LAB/UCLA/DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

Com 47 mil painéis solares, a comuna Piolenc, localizada na região de Provence-Alpes-Côte d'Azuré, na França, possui o mais potente sistema f o t ov o l t a i c o u t u a nt e e m operação na Europa. Batizado de O'MEGA1, a estrutura ocupa uma área de 17 hectares em um lago arti cial de uma antiga pedreira. Sua capacidade de produção é de até 17 megawatts, su ciente para abastecer mais de 4.700 mil residências. A produção energética equivale ainda ao necessário para atender as necessidades de quase 10 mil pessoas. O potencial das fazendas solares utuantes é enorme. De acordo com o CEO da Akuo Energy, Eric Sotto, responsável pelo projeto, apenas na França, o potencial de produção em lagos arti ciais de barragens é de cerca de 10 gigawatts. “São cerca de três milhões de casas que podem ser atendidas por usinas fotovoltaicas utuantes”, a rma. Além de lagos, tal sistema pode ser implantado em planícies de

inundação, reservatórios – como foi feito na represa Billings em S ã o Pau l o – e nt r e o u t r a s estruturas pré-existentes. Outra vantagem dos painéis utuantes está no rendimento energético. O efeito de resfriamento da água, causado pela estrutura, impede o excesso de calor, que comumente reduz a e ciência das usinas solares terrestres. Painéis utuantes também reduzem a evaporação da água, criando um duplo benefício ao economizar o suprimento de água doce nos reservatórios. Apesar de enorme, esta usina

solar ainda ca atrás da maior usina solar utuante do mundo, que está na China. Ela também cará atrás da usina recém construída na Holanda com capacidade de produção de 27 megawatts. De todo modo, é preferível sistemas menores instalados globalmente do que grandes sistemas em poucos lugares. Esta pode ser uma solução para as cidades produzirem e aproveitarem da energia renovável disponível localmente. Assim, damos mais foco a pequenos projetos e menos em megausinas concentradas.

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Especialistas da Universidade da Califórnia (UCLA) criaram uma luva de alta tecnologia capaz de converter, em questões de segundos, a Língua Americana de Sinais (ASL) em fala, por meio de um aplicativo para smartphone. O sistema inclui um par de luvas com sensores nos e elásticos que envolvem todos os dedos. Por meio de os elétricos embutidos nos sensores, o aparelho detecta os movimentos que representam letras, frases e números. Os gestos, então, são transformados em sinais elétricos, que são enviados a um circuito localizado no pulso e dep ois t ransmit idos a um smartphone, responsável por transformá-los em palavras

faladas em um ritmo de uma palavra por segundo. Esta não é a primeira invenção do tipo, contudo, os sistemas produzidos até e nt ã o e r am p e s a d o s e desconfortáveis. Segundo os especialistas da UCLA, sua criação é leve, barata e duradoura. Os pesquisadores treinaram a luva e o app que a acompanha com quatro usuários surdos. Os participantes repetiram cada gesto manual por 15 vezes e um algoritmo personalizado de aprendizado de máquina transformou esses gestos em letras, números e palavras. Além disso, os cientistas testaram colar sensores adesivos nos rostos dos usuários, em uma tentativa de capturar as

expressões faciais que ajudam a compor a linguagem de sinais norte-americana. No total, o sistema aprendeu a reconhecer 660 sinais, incluindo cada letra do alfabeto e os números de zero a nove. Agora, a equipe planeja comercializar a tecnologia patenteada, se puderem acelerar ainda mais o tempo de tradução. "Nossa esperança é que isso abra um caminho fácil para as pessoas que usam a linguagem de sinais s e comunicarem diretamente com quem não usa, sem precisar de outra pessoa para tradução", disse o professor Jun Chen, da UCLA. "Além disso, esperamos que isso ajude mais pessoas a aprenderem a linguagem de sinais".

CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES

Boeing testa com sucesso Sistema da Microsoft os paraquedas da cápsula e Bridgestone detecta Starliner danos nos pneus em tempo real Empresa queria se certificar de que os paraquedas seriam abertos corretamente e capazes de pousar a cápsula em segurança, mesmo sob condições adversas ou em caso de falha parcial do sistema BOEING

Tecnologia utiliza algoritmos não só para identificar um estrago, mas também em que local ocorreu DIVULGAÇÃO BRIDGESTONE

Emb ora os car ros estejam cando cada vez mais inteligentes, os pneus caram de fora dessa evolução. Seus danos físicos, por exemplo, só são detectados com uma inspeção m a nu a l . A g o r a , p o r é m , a Microso e a Bridgestone, estão empenhadas em inovar neste segmento. As empresas anunciaram uma parceria para o desenvolvimento

do Sistema de Monitoramento de Danos nos Pneus (TDMS), parte da Plataforma de Veículos Conectados (MCVP) da Microso. O sistema utiliza algoritmos para detectar e identi car os eventos que afetam a superfície de um pneu. O TDMS utiliza dados de sensores já presente no hardware e a estrutura de nuvem do MCVP para funcionar sem nenhum kit

extra ou adaptação necessária. Além de encontrar o dano, a tecnologia identi ca onde o mesmo ocorreu, podendo dar às autoridades rodoviárias informações sobre buracos e outros perigos. Além disso, no futuro, poderá permitir que veículos autônomos compartilhem informações s obre lo cais que merecem atenção nas estradas. Segundo a Bridgestone, o sistema pode ter um impacto bastante signi cativo na segurança dos motoristas, já que 30% dos acidentes causados por falhas técnicas são causados por pneus. E mais, um estudo pu bl i c a d o p e l a C onsu m e r Reports a rma que metade das mortes nas estradas podem ser evitadas se mais tecnologia de segurança for adotada pelos veículos.

A Boeing teve sucesso em um teste dos paraquedas de sua cápsula Starliner, que será usada para levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS). O teste foi realizado em 21 de junho, com a cápsula sendo levada por um balão até a altura necessária. Segundo a empresa, o objetivo foi se certi car de que os paraquedas funcionariam corretamente mesmo sob condições adversas, entre elas c as o a m iss ã o pre c is e s e r abortada nos estágios iniciais do lançamento. O condutor de voo da Boeing, Ji m Ha r d e r, e x p l i c o u : “Paraquedas gostam de um uxo de ar limp o. E les in am previsivelmente sob uma ampla gama de condições, mas em certos casos, quando a missão é abortada durante a subida, você está acionando esses paraquedas em um ar mais instável, onde a in ação adequada se torna menos previsível. Queríamos testar suas características sob

baixa pressão dinâmica, para ter mos con anç a tot a l no sistema que desenvolvemos”. A equipe também simulou uma falha no sistema, impedindo que um dos três paraquedas da cápsula fosse aberto como programado. Ainda assim, os dois restantes foram su cientes para levá-la até o solo em segurança. A Boeing é uma das duas empresas que têm contrato com a Nasa para levar astronautas à ISS. O primeiro teste de sua

cápsula no espaço não deu certo: ela não conseguiu chegar à estação, e uma análise posterior determinou que a falha poderia ter sido detectada e evitada se a Boeing tivesse adotado procedimentos de inspeção mais rígidos antes do lançamento. Sua concorrente, a SpaceX, atracou a cápsula Endeavour, com os astronautas B ob Behnken e Doug Hurley à bordo, na ISS em 31 de maio deste ano, se tornando a primeira empresa comercial a conseguir este feito.


CIÊNCIA 7

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Astrônomos localizam o Pesquisadores descobrem centro gravitacional do caverna natural sob a Pirâmide da Lua, no México Sistema Solar Sol não é o centro, como pensamos normalmente; medição tem margem de erro de apenas 100 metros ISTOCK/ADVENTTR

A formação foi encontrada com o uso de métodos não invasivos, para evitar qualquer alteração na estrutura do monumento histórico GREG SCHECHTER/FLICKR

Quando pensamos no Sistema Solar, a maioria das pessoas imagina o Sol parado no centro, com os planetas girando ao seu redor. Mas todos os corpos no Sistema Solar exercem uma força sobre a estrela, fazendo com que ela também se mova. Assim sendo, o centro gravitacional (ou baricentro) de nosso sistema não está bem no meio do Sol, mas em algum lugar próximo à sua superfície, do lado de fora dele. Mas descobrir onde exatamente está o baricentro não é fácil, devido às inúmeras forças gravitacionais agindo na região. Ag or a , c om u m s o w a re especialmente projetado, uma equipe internacional de astrônomos reduziu para um raio de até 100 metros a localização do baricentro do Sistema Solar, e isso pode melhorar muito nossas medições de ondas gravitacionais. A pesquisa foi publicada no e Astrophysical Journal. Tudo tem a ver com pulsares. Essas estrelas mortas podem girar extremamente rápido — em escala de milissegundos — e disp arar raios de radiação eletromagnética de seus polos. Caso eles estejam orientados da maneira certa, esses raios passam como um farol cósmico muito rápido pela Terra, criando um sinal pulsante extremamente regular. Esse pulso regular é útil para diversas coisas, desde pesquisas do meio interestelar até um potencial sistema de

navegação. Recentemente, centros como o Observatório Norte-Americano d e Na n o h e r t z p a r a O n d a s Gravitacionais (NANOGrav) começaram a usá-los para buscar ondas gravitacionais de baixa frequência, uma vez que elas devem causar distúrbios muito sutis no tempo de uma série de pulsares no céu. “Us and o o s pu ls are s qu e obser vamos em toda a Via Láctea, estamos tentando ser como uma aranha parada no meio de sua teia”, comparou o físico e astrônomo Stephen Ta y l o r, d a U n i v e r s i d a d e Vanderbilt e da NANOGrav C ol lab orat ion. “Q uão b em entendemos o baricentro do Sistema Solar é crítico, pois tentamos sentir o menor formigamento na teia”. Pequenos erros no cálculo da posição da Terra em relação ao baricentro do Sistema Solar podem afetar as medições do tempo do pulsar e, por sua vez, as buscas por ondas gravitacionais de baixa frequência. Parte da di culdade para e n c o nt r a r o l o c a l e x at o é responsabilidade de Júpiter. O planeta é o que mais exerce força gravitacional sobre o Sol — outros planetas exercem forças mínimas perto dessa. Sabemos quanto tempo Júpiter leva para orbitar o Sol (cerca de 12 anos terrestres), mas nossa compreensão dessa órbita é incompleta.

As estimativas de localização do baricentro anteriormente eram baseadas no rastreamento Doppler (como a luz dos objetos muda conforme nos movemos em direção contrária ou em direção a eles) para calcular órbitas e massas dos planetas. No entanto, qualquer pequeno erro de cálculo poderia induzir falsas ondas gravitacionais. Q uando a e quip e us ou o conjunto de dados existentes para analisar os dados do NANOGrav, encontraram resultados inconsistentes. Foi então que o soware, chamado BayesEphem, entrou em cena. Ele foi projetado para modelar e corrigir incertezas nas órbitas mais relevantes para pesquisas de ondas gravitacionais usando pulsares – principalmente a de Júpiter. Assim que BayesEphem foi aplicado aos dados do NANOGrav, eles foram capazes de colocar um novo limite superior nas estatísticas de detecção e de ondas gravitacionais. Então, puderam calcular uma localização nova e mais precisa para o baricentro do Si s te m a S ol ar, p e r m it i n d o detecções muito mais precisas de ondas gravitacionais de baixa frequência. “A o e n c o n t r a r o n d a s gravitacionais dessa maneira, além de outros experimentos, obtemos uma visão mais holística de todos os diferentes tipos de buracos negros no universo”, contou Taylor.

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

Manchas estelares podem explicar diminuição do brilho de Betelgeuse Estudo indica que grandes manchas estão cobrindo de 50% a 70% da superfície visível da estrela, a uma temperatura média mais baixa do que a normal Entre outubro de 2019 e abril de 2020, o brilho da supergigante

vermelha Betelgeuse, localizada há 642 anos-luz da

Terra, na galáxia de Órion, chegou a cair em até 40% se

Uma equipe de arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História da Cidade do México localizou a existência de uma formação cavernosa natural na Pirâmide da Lua, em Teotihuacán. A descoberta foi publicada na edição nal de junho de 2020 do Journal of Archaeological Science, tendo Denisse Argote como autor principal.

A detecção da caverna foi feita enquanto a equipe realizava um estudo para caracterizar o subsolo das pirâmides da região, realizando um mapeamento especí co da segunda maior montanha de Teotihuacán. Com a identi cação da caverna, o estudo pôde con rmar a existência de túneis arti ciais e b u r a c o s s e m e l h a nt e s a o s encontrados em pirâmides

vizinhas, como a do Sol e de Quetzalcoatl. Ut i l i z a n d o m é t o d o s d e p e s qu i s a s E RT e A N R — técnicas geofísicas não invasivas — foi possível identi car um vazio formado naturalmente na estrutura, realizando uma condução elétrica no solo. Com o cálculo de sua resistência, foi possível concluir que a caverna, parcialmente cheia, está localizada a 15 metros de profundidade. A cidade mesoamericana de Teotihuacán tinha as praças de pirâmides como centro de convívio da população local, atribuindo a Pirâmide da Lua como uma criação para obser vações astronômicas, buscando situar o calendário.

DEPARTAMENTO DE GRÁFICOS MPIA

comparado com sua luminosidade normal. Tamanha oscilação não passou despercebida pelo olhar dos astrônomos, que já criaram várias hipóteses para explicar essa mudança. A primeira teoria a ganhar força foi a de que a estrela, que é u m a d a s m ai s br i l h ant e s observadas daqui do nosso planeta, havia explodido e se transformado em uma supernova. Mais tarde, cientistas da Universidade de Washington, nos E st ados Unidos, desbancaram a ideia, sugerindo que a variação se devia à existência de uma nuvem de poeira cósmica ao redor de Betelgeuse. Agora, astrônomos conduzidos pelo Instituto Max Plack de Astronomia, na Alemanha, elaboraram uma nova hipótese. Segundo a equipe, liderada p e l a a s t rôn om a  av i s h a Dharmawardena, manchas estelares na superfície de Betelgeuse são a causa mais provável para a diminuição de seu brilho. Em artigo publicado na e Astrophysical Journal Letters, na segunda-feira (29), os cientistas demonstram como a variação na temperatura da fotosfera (a superfície visível de um objeto astronômico) da estrela causou a queda de seu brilho. A melhor explicação para essa oscilação de temperatura é a existência de manchas gigantes de esfriamento na supergigante vermelha, que podem chegar a cobrir de 50% a 70% de sua superfície. "No nal de suas vidas, as estrelas se tornam gigantes vermelhas", explica Dharmawardena, em comunicado. “À medida que o suprimento de combustível

acaba, os processos pelos quais as estrelas liberam energia mudam. Como resultado, elas incham, tornam-se instáveis e pu l s am c om p e r í o d o s d e centenas ou mesmo milhares de dias, o que nós observamos como uma utuação em seu brilho”. Ao estudar dados do Atacama Path nder Experiment e do telescópio James Clerk Maxwell, os pesquisadores notaram que havia algo que não se encaixava na hipótese de que o brilho da estrela estava diminuindo por causa do aumento da produção de poeira estelar — como havia sido sugerido em estudos anteriores. De olho nos dados das ondas submilimétricas, que servem principalmente para estudar o comportamento da poeira e s t e l a r, e l e s c h e g a r a m à conclusão de que o comportamento da estrela não é compatível com a presença de poeira. "O que nos surpreendeu foi que Betelgeuse cou 20% mais escura até mesmo na faixa de ondas submilimétricas", a rma Steve Mairs, pesquisador d o O b s e r v atór i o d a Ás i a Oriental, que colaborou no estudo. Para entender, então, por que a B etelgeuse cou menos

brilhante, eles olharam novamente para as leis da física. Segundo elas, a luminosidade de uma estrela depende de seu diâmetro e, principalmente, da temperatura de sua superfície. Se apenas seu tamanho d i m i nu i , a lu m i n o s i d a d e diminuirá igualmente em todos os comprimentos de onda. Mas, se é a temperatura que varia, a radiação emitida pela estrela será distinta ao longo do espectro eletromagnético. E o que as medidas de escurecimento na luz visível e em ondas submilimétricas da Betelgeuse evidenciam é a redução da temperatura média da superfície do astro. “É mais prov áv e l [ qu e h aj a ] u m a distribuição de temperatura assimétrica”, explica Peter Scicluna, coautor do estudo e pesquisador do Observatório Europeu do Sul (ESO). “Imagens de alta resolução correspondentes da Betelgeuse de dezembro de 2019 mostram áreas com brilho variável. Ju nt am e nte c om o n o ss o resultado, essa é uma indicação clara de grandes manchas estelares cobrindo entre 50% e 70% da superfície visível e com uma temperatura mais baixa do que a fotosfera mais brilhante”.


8 BEM-ESTAR

01 A 07 DE JULHO DE 2020

ROSÁRIO CASALENUOVO JÚNIOR

Diretor Clínico do Instituto Machado de Odontologia, Presidente da Associação Brasileira de Ortodontia – SEC-MT (ABOR-MT) E-mail: rosario.casalenuovo@hotmail.com

G

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA Nutricionista - CRN:14100665

Não faça botox Bolinho de arroz sem trigo nesta pandemia TUDORECEITAS

F

a l o n o c a m p o d a de seu gesto ouvi-la e entender comunicação e não no da que ela quer conversar um saúde. Recentemente, pouco. Ela te cumprimenta com escrevi o artigo “O baile de o cotovelo e você deverá fazer o máscaras na pandemia” e citei mesmo, tocar no dela. Assim, um amigo que encontrei no está realizando uma espécie de Aeroporto de Cumbica, em São contato sinistro. Ela dá um Paulo. Como apenas olhava para sorriso empacotado, que é sua testa e olhos, havia sugerido a percebido porque fecha e franze ele fazer botox, pois estava com os olhos. Ela ca a uma distância rugas. Mas, pensando bem de mais de um metro e, com o p a s s e i a e n t e n d e r q u e a uso da máscara, você passa a ter comunicação entre as pessoas, di culdade de ouvi-la. As que antes olhavam para a boca, palavras vão se misturando lábios e seus movimentos para dentro do pano. Alguma vez, ela ajudar a entender a sua fala, tem arruma a máscara que ca caindo sempre e acaba saindo nome: leitura labial. Vamos entender o que estou por cima algumas letras e você levantando neste momento de tenta pegar com sua orelha o pandemia, porque temos que som. Porque sugiro não usar botox nos adaptar ao novo mundo que na pandemia? Para você dizem, está vindo depois dela. Todos usando máscaras na cons eguir des envolver um boca e nariz. Você encontra diálogo através das máscaras – algum conhecido no mercado, como conversar com alguém que é o único lugar que podemos dentro do carro com o vidro ir para sair do isolamento, que fechado – vai precisar das está substituindo os shoppings. expressões da testa e dos olhos. Apenas como observação, está havendo um grande número de carrinhos de compras abandonados nos corredores das gôndolas, curiosamente o entendido foi que pessoas pegavam os carrinhos apenas para dar uma volta e enchendo de produtos que gostaria de c o m p r a r, d e p o i s d e satisfeito com o passeio, larga o veículo s or rateiramente, indo pegar outro produto, sai à f r a n c e s a . Ve j a c o m o a e s t a m o s c a re nt e s d o s shoppings centers. (Risos) (27) 99233-3990 Voltando ao assunto do botox... A pessoa te cumprimenta falando mais alto e Como se fosse uma leitura você consegue através do “olá” e “testal”, ou “contextual”, quero

dizer com o uso da testa. Se seu amigo pergunta alguma coisa e as palavras cam atrás do protetor viral, ele irá levantar as sobrancelhas e franzir a testa. Aí você descon a que ele está perguntando. Se franziu o prócero (região entre as sobrancelhas), ele está dizendo que cou bravo com alguma coisa. Assim, vai se conduzindo um diálogo, como se as rugas do frontal fossem lábios. Agora, se o indivíduo está com botox, ele irá falar, você só vê a máscara se mexer, sem ouvir som, a testa e sobrancelhas congeladas, sem expressão, como um ventríloquo. Você se aproxima dele para tentar ouvir e ele dá um passo para trás para manter a distância. Só que você não pode desistir para não passar como metido ou chato. Precisamos preservar a amizade, pois depois da pandemia estaremos muito carentes. Teremos que desconstruir para reinventar tudo. Dentes feios, mau hálito, não têm a menor importância agora. Você pode bocejar sem colocar a mão para esconder a boca que já está tapada. Está vendo? Há vantagens também. Só não pode espirrar ou tossir em público, vão te olhar como um homem-bomba biológica. O que achei o máximo foi ir ao banco mascarado. Já imaginou se você fosse passar pela roleta do banco de máscaras tempos atrás? Seria recebido a tiros. “Migo ou miga, ca meu conselho, mantenha as rugas da sua testa. Se não, você se tornará um ser incomunicável”.

1 xícara de arroz com brócolis ou com o que desejar 1 ovo batido 1 colher (sopa) de farelo de linhaça 3 colheres (sopa) de aveia 3 colheres (sopa) de queijo ralado 2 colheres (sopa) de azeite de oliva 1 colher (sopa) de semente de chia Sal e pimenta-do-reino a gosto Orégano e cebolinha verde a gosto Modo de preparo Em uma tigela misture o arroz, o ovo batido e o azeite. Depois acrescente o restante dos alimentos secos e, por último, vá despejando a água

aos poucos e misturando. Após deixe a massa descansar por uns cinco minutos e depois unte as mãos com azeite e modele os bolinhos. Obs.: A massa ca um pouco mais mole que a tradicional com farinha de trigo. Porém

d á p ar a m o d e l ar perfeitamente. Asse na air fryer, em torno de sete minutos em 200°, vire na metade do tempo. Ou pode assar em forno também, só vai demorar um pouco mais. Asse até dourar.

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

Três dicas para cuidar da pele do bebê no inverno ISTOCK

Nos meses mais frios o tempo ca seco, os banhos são mais quentes e podem ser mais demorados. Neste período os pais devem redobrar a atenção com a pele dos bebês, pois esses fatores contribuem para o ressecamento excessivo da epiderme. “No inverno a pele tende a ressecar e desidratar, tornando-a mais sensível. Por ter uma cútis muito delicada, os pequenos podem sofrer ainda mais com o

problema. No geral, a pele ressecada não costuma causar maiores problemas, além do prurido (coceira), porém, em alguns casos, podem surgir pequenas lesões que, se não forem tratadas, geram complicações como descamação e lesões na pele, permitindo a entrada de germes e bactérias”, a l e r t am as e n fe r me i r as d a Criogênesis, Natália Modica e Luciana Santos.

Para evitar alterações da pele do bebê no inverno, confira a seguir algumas dicas das enfermeiras – Evite banhos quentes e demorados: A temperatura deve ser em 37/38 graus e os banhos devem ser curtos de, no máximo, 10 minutos. Utilize shampoo e sabonetes sem álcool e seque com toalha de algodão. – Aposte na hidratação e proteção labial: Após o banho, realize intensa hidratação com emolientes (óleo, cremes e pomadas), principalmente nas áreas expostas como rosto. Não esqueça dos lábios, com protetor labial especí co para bebês ou lanolina. – Pre ra roupas de algodão: Evite o uso da lã ou sintético em contato direto na pele do bebê, pre ra roupas de algodão. Se nariz, mãos e pés estiverem gelados é sinal que o pequeno está com frio.


SAÚDE 9

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Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca A vacina está sendo testada no Brasil REUTERS/ATHIT PERAWONGMETHA

A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá car disponível à população ainda este ano. A a rmação foi feita por Maria Augusta B ernardini, d i re tor a - mé d i c a d o g r up o farmacêutico Astrazeneca. O grupo anglo-sueco participa das p es quis as d a universid ade inglesa em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Esperamos ter dados preliminares quanto à e cácia real já disponíveis em torno de outubro, nove mbro”, d iss e Bernardini. Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período. “Vamos sim analis ar, em

conjunto com as entidades r e g u l at ó r i a s mu n d i a i s , s e podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma nalização completa dos e s t u d o s ”, a c r e s c e n t o u , destacando que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos estudos. Segundo ela, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anv is a) tem s e most rado disposta a colaborar. A vacina está atualmente na fase três de testes. Isso signi ca, de acordo a Unifesp, que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina des envolvida p ela Universidade de Oxford e um dos

motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no País. “O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente

propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse Bernardini. Ela participou,

na segunda-feira (29), de uma conversa, transmitida ao vivo pela internet, com o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan. A diretora-médica da

Astrazeneca também destacou que a atuação de pesquisadores brasileiros em Oxford e sua reputação foi outro fator in uenciador para trazer a pesquisa para o Brasil. “Isso fortaleceu a imagem e a reputação cientí ca do Brasil, além de facilitar, trazer com agilidade o estudo em termos de execução”. Segundo ela, a vacina de Oxford tem vantagem sobre outras em desenvolvimento no mundo pois, além de usar uma plataforma já conhecida e testada em vírus como Mers e Ebola, funcionaria com uma dose única. “Estamos desenvolvendo uma vacina em dose única. É um diferencial. […] Outro diferencial que temos é que s ab e mo s qu e p ote nc i a l d a geração de anticorpos é muito forte, muito positivo”.

Drogas existentes podem evitar "sequestro" de Exercício de força pode auxiliar células por novo na prevenção de alguns tipos coronavírus de câncer Uma equipe internacional de cientistas liderados pelo Laboratório de Biologia Molec ular do Instituto de Bioinformática Europeu conseguiu explicar como ocorre o "sequestro" de células saudáveis pelo Sars-CoV-2 e ainda apontou sete medicamentos já existentes que podem evitar o mecanismo. O estudo foi publicado no último dia 23 de junho na revista Cell. "Nossa abordagem orientada a dados, para a descoberta de medicamentos, identi cou um novo conjunto de drogas com grande potencial para combater a C o v i d - 1 9 , isoladamente ou em combinação com outros remédios, e estamos animados em ver se eles ajudarão a acabar com essa pandemia", a rma o coautor do estudo Nevan Krogan, biólogo molecular da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, em comunicado. Segundo os cientistas, uma enzima chamada quinase deve ser o principal alvo de drogas que visem interromper a atividade do vírus e tratar a Covid-19. Por isso, eles analisaram dezenas de medicamentos que lidam com essa enzima e são aprovados pela Food and Drug Administration ( F D A ) , a g ê n c i a regulamentadora dos Estados Unidos, ou estão sendo usados em testes. Entre as drogas, eles

encontraram sete que apresentaram atividade antiviral potente em experimentos em laboratório. Os medicamentos estão ligados, principalmente, a compostos contra doenças in amatórias e câncer. Ap e s a r d e s e r e m m u i t o poderosos, os vírus são incapazes de se replicar ou se d i s s e m i n ar s oz i n h o s : e l e s precisam de um hospedeiro para se reproduzir. Uma vez que

entram no nosso corpo, esses microrganismos tentam a todo custo tomar controle do maquinário das nossas células, aproveitando-se delas para c ons e g u i r pro du z i r n ov a s partículas virais. Durante esse "s equestro", o vír us p o de, inclusive, modi car a atividade de enzimas e proteínas do hospedeiro. A fosforilação, adição de um grupo fosfato à enzima quinase, é um exemplo de processo que pode ser alterado em benefício do vírus. Isso porque esse mecanismo está associado a muitos processos de regulação celular, como a comunicação entre as células, o crescimento delas e até sua morte. Ao alterar o padrão da fosforilação, o vírus

pode conseguir se replicar para outras células e até para outros hospedeiros. C om isso em mente, os cientistas usaram uma ferramenta chamada espectrometria de massa para avaliar como a fosforilação de proteínas virais e de hospedeiros foi modi cada após a infecção pelo Sars-CoV-2. Eles descobriram que 12% das proteínas hosp edeiras que interagiram com o vírus sofreram alterações e ainda conseguiram identi car as quinases que possuem mais chance de regular essas mudanças. Além disso, os pesquisadores concluíram que o novo coronavírus não afeta apenas a divisão celular, mas também o formato da célula. Uma das principais revelações do estudo é que as células infectadas apresentam longas e rami cadas extensões, semelhantes a braços ou a lópodes. Essas estruturas podem ajudar o vírus a se espalhar para outras células e promover a infe cç ão, mas estudos adicionais são necessários para con rmar essa hipótese, de acordo com os especialistas. "A visualização distinta da extensa rami cação mais uma vez elucida como entender a biologia da interação vírushosp e deiro p o de i luminar possíveis pontos de intervenção na doença", a rma Krogan.

Atividades como a musculação foram ligadas a um menor risco de tumores de bexiga e de rim, segundo um estudo brasileiro PIXABAY

Um estudo sugere que exercícios de força podem reduzir alguns tipos de câncer, particularmente os de bexiga e rim. O trabalho foi realizado por pesquisadores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Har vard University (Estados Unidos). Os autores do estudo utilizaram dados do Health Professionals Follow-up Study, um levantamento com mais de 30 mil pro ssionais de saúde, para investigar se a realização de atividades de força muscular, comumente praticadas em academias, está associada com

menor risco de tumores. Os participantes do estudo foram acompanhados entre 1992 e 2014, período em que responderam questionários bienais sobre a frequência s e m an a l d e e x e rc í c i o qu e trabalham os músculos. Outros fatores de risco ou de proteção para o câncer foram incluídos na análise, para evitar a confusão dos dados. Os autores concluíram que os exercícios de força muscular não foram associados a uma menor

incidência total de câncer. No entanto, foi possível observar uma redução de 20% no risco de tumor de bexiga e 23% no de rim para cada hora adicional de musculação na semana. Os pesquisadores do estudo também obser varam que participantes que realizaram as práticas resistidas em combinação com atividades aeróbicas tiveram uma maior redução no risco de câncer de rim.


10 Criança hoje, Criança amanhã

01 A 07 DE JULHO DE 2020

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

A importância do brincar para a Criança GETTY IMAGES

P

ara a Criança, brincar é coisa muito séria. Ao observar uma Criança falando sozinha, reproduzindo diálogos de personagens, com entonações, gestuais e expressões faciais que mudam ao mudar de personagem, podemos até comentar ou pensar “é coisa de Criança”, com um certo desdém. Mas, ali está se passando a cena de aprendizagem e xação de várias competências. Não parece, mas é brincando que a criança constrói seu desenvolvimento cognitivo. A imitação é um comportamento que é visto pelo ambiente como engraçado, mas está inscrito e previsto na Semiótica do desenvolvimento cognitivo, quando a criança começa a a d q u i r i r a c ap a c i d a d e d e simbolizar coisas e emoções. O sorriso inaugura este imitar. É imitando, com gestos, palavras, expressões faciais, comportamentos, que a criança pequena experimenta encenar o mundo que ela observa a seu redor. Todos lembramos os pequenos qu e , e m a l g u m m om e nt o, calçaram os enormes sapatos do pai ou da mãe, com salto, que, por vezes, estragava, e apareciam na sala orgulhosos do que entendiam como “ cando igual a gente grande”. Se observarmos a brincadeira predileta, o faz de conta, veremos que estão sendo encenados ali a postura, a curiosidade, os diálogos, os comportamentos da mãe e do pai. Naquele primeiro teatro, a criança descobre, imita, organiza o pensamento, e faz esboço das regras afetivas e sociais. Emoções e sentimentos estão sendo experimentados sob suas ordens. Boneca, escola, luta de personagens são, talvez, os campeões de ocorrência. A maternagem e seus cuidados são trazidos e, expressam, muitas vezes, medos e angústias experimentados. Da fome à doença, aquela pequena mamãe da boneca cuida e “resolve” a angústia contida no script. Se observarmos, sem atrapalhar, constatamos que a criança consegue se isolar e mergulhar num universo do imaginário.

Esta atividade imaginativa é fundamental para fundar a capacidade criativa. Na ausência dos brinquedos, a criança é capaz de transformar qualquer objeto, uma caixinha, um enfeite, em personagens que vivem situações cotidianas onde há sempre o esboço de leis e códigos sociais, onde, não raro, a criança exerce o Poder, por imitação ao que vive. O faz de conta de cada um sozinho, vai cedendo lugar aos jogos e competições. O outro, um amiguinho, e os amiguinhos, começam a tomar um espaço de socialização que vai se tornando cada vez mais consistente. Os jogos trazem as regras, as leis e dão início aos códigos. As competições trazem os sentimentos de colaboração nos jogos de equipe, e de rivalidade nos jogos disputados por dois, tudo em torno do prêmio do vencedor. A vitória passa a ser desejada como se de nisse a própria identidade do competidor. No entanto, quando o brincar está preso aos joguinhos eletrônicos, este imaginário vem pronto e pobre no cenário e no automatismo do jogo. E, sem diálogos. As falas reproduzidas são da maior importância. Elas são constitutivas das relações

interpessoais de todas as nuances de afetos. Nos brinquedos prontos, o imaginário não é alimentado quando não tem l i b e rd a d e , e m m í n i m o d e cerceamento. Autores se debruçaram sobre o brincar da criança. O psicanalista inglês Winnicott escreveu “o brincar e a realidade”, e, entre nós, a psicanalista Sônia Carneiro Leão escreveu “brincar é coisa séria”, marcando a importância da relação entre o brincar na infância e a saúde mental da idade adulta. Mas, para que esse brincar p a t r o c i n e o b o m desenvolvimento, ele tem que ser o mais livre possível. Ou seja, é necessário que o tema, o tempo, os retornos à realidade que continuou no entorno, tudo esteja muito livre para a criança dirigir o faz de conta. Muitas vezes nos equivocamos promovendo “socializações” nesta fase. As crianças até aceitam um amiguinho ou amiguinha, mas logo se observa que elas brincam sozinhas, uma ao lado da outra. Cada uma segue o seu próprio processo de enriquecimento pelo brincar. Isto é saudável. O brincar a dois e a mais vai ganhando espaço, mas o brincar sozinho acompanha a criança por toda a sua infância.

Por isto, é importante que ela tenha um tempo do não fazer nada. É o tempo de sua imaginação. Por outro lado, é equivocado pensar que, pelo fato da criança deslizar com facilidade para o mundo imaginário, ela é refém dele. Este é um campo de domínio dela. A criança, desde os três, quatro anos, é capaz de fazer a distinção entre seu mundo de fantasia e a realidade, portanto ela visita e sai do seu

imaginário quando ela quer. E sabe quando está num lugar ou no outro. É preciso entender o conceito de criatividade em toda sua extens ão, p ara a lém da já importante função na criação artística em suas várias e x pre ss õ e s . É e st a me s ma criatividade nos pincéis, na música, na escultura de alguns talentos, também é integrante da capacidade de dar soluções para problemas ou para elaborar

h ip óte s e s d e p e s qu i s a e m qualquer campo. Os pro cedimentos da Ciência nascem da criatividade de imaginar novas hipóteses e buscar, rigorosamente, suas comprovações. O brincar tem mais uma função importante. Ele permanece na vida adulta como traço de humor, dando leveza às situações. A fantasia daquele mundo de faz de conta, em medida não excessiva, estimula as relações amorosas nas fases de 'apaixonamento'. E ainda, este brincar conservado é indicativo de inteligência e saúde mental. C ap a c i d a d e i mag i nat iv a , imitação construtiva, mecanismo de defesa para mitigar con itos, frustrações e traumas, emoções, sentimentos, medos, raivas, busca de Poder, c omp or t am e nto s afe t ivo s , aquisição da capacidade de simbolização, o brincar é o patrocinador pelo faz de conta de toda esta expansão. E, seguindo um princípio básico que norteia todo o nosso campo psicológico, é a quantidade que distingue o que é o brincar a saudável tentativa de compreensão da realidade, e o que é o brincar como a fuga da realidade, o refúgio que uma Criança se esconde. Mas, é preciso garantir, para a criança, o tempo de não fazer nada, o devaneio. Brincar é muito mais do que brincar. KELLY TAN


COMPORTAMENTO 11

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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro

Professora

Brechó ou Bazar INSTAGRAM

U

m conceito de sustentabilidade circula nas grandes metrópoles através de vários hábitos diferentes, desde saúde à moda. Baseando-se pelo lado econômico, crescemos de uma forma consciente em que o brechó atingiu a população consumista, principalmente a feminina, passando a ser a primeira opção de compra. Ao contrário da década passada, e isso é maravilhoso, presenciar a mudança de hábitos e quebra de tabus. Interessante que, ao receber uma cliente que nunca havia entrado num brechó, ouvi por diversas vezes "nossa que roupa cheirosa e nova!". A sensação de poder experimentar uma peça exclusiva, gera delidade nas novas clientes, além de contribuir para preservar a natureza, o que é grati cante.

muitas mudanças no formato de atendimento, nos adequamos à realidade, fazemos as vendas online e entregamos com todo carinho. E, com isso, delizando cada vez mais quem já era cliente e as mesmas indicando novas amigas. S ou grata e tenho orgulho em declarar que mantenho meu lar com o brechó. Fica aqui o convite para você que ainda não conhece esse Muito me alegra em atender clientes novas e explicar de uma forma personalizada esse c o n c e i t o. Vê - l a s s e surpreendendo nas araras e, às vezes, ter que resolver para quem irá vender, enquanto estão olhando no brechó. Já aconteceu de outra reservar on-line e eu sempre me pergunto, e agora para quem vender? Principalmente pela situação que

estamos passando. Temos que vender sim, mas quem escolher e concretizar primeiro será a dona da peça. O público é atraído pelo preço muito acessível, gera a con ança e deliza pela qualidade das peças. Ao descobrir um brechó de qualidade, a cliente pensa muito em impulsos emocionais, antes de consumir peças com investimento alto em outros

hábito, comprove a qualidade nas peças, exclusividade, seja minha nova cliente e amiga. Nosso brechó está localizado na rua da Maternidade Santa Paula. Rua Herman Modenese Vanderlei, 350 - Jardim Camburi Conheça nossa página no Instagram: emporioboficial. Cláudia Alves (27) 99790-3553

estabelecimentos. Clientes éis já declararam que até precisavam de algum item, mas aguardaram o dia para que pudessem procurar no brechó primeiro, movidas pelo hábito em ser atendida no quesito investimento e realização (a serotonina sobe). Enquanto outras resolvem tudo pela opção de compra on-line. E, por se tratar desse novo formato de negócio, tivemos

Emoções negativas podem Estudo identifica raças de mesmo aumentar o apetite, cachorro que mais sofrem diz estudo com calor excessivo Apesar da comida servir como conforto, comer para regular o humor pode ser perigoso ©SHUTTERSTOCK

Características físicas de alguns cães fazem com que seu organismo gere mais calor do que o necessário. Entenda esse problema e saiba quais raças são mais propensas CREATIVE COMMONS

Comer pode ter várias funções para o ser humano: sobrevivência, prazer e até conforto. Por isso, é comum que algumas pessoas consumam certas comidas quando se sentem tristes. Entretanto, um estudo da Universidade de Salzburgo, na Áust r ia, des cobr iu que sentimentos negativos podem aumentar o apetite das pessoas e se tornarem fatores de risco para compulsão alimentar e outros distúrbios, como bulimia. A pesquisa, publicada na revista cientí ca Frontiers in B e h a v i o r a l Ne u r o s c i e n c e , destaca que o ato de se alimentar funciona como recompensa ou resposta ao tédio e pode reduzir o estresse e regular o humor. Porém, comer excessivamente durante algum estado vulnerável pode ser perigoso até para quem mantém um IMC saudável, segundo Rebekka Schnepper, coautora da pesquisa. No estudo, participaram 80 estudantes da universidade com IMC mediano, ou seja, nem muito magros, nem obesos.

Todos os voluntários eram mulheres, porque, de acordo com pesquisas complementares, elas são mais propensas a d e s e nv o l v e r e m d i s t ú r b i o s alimentares do que os homens. Para fazer as análises, os pesquisadores submeteram as participantes em dois tipos de situação: em uma delas, foram lidas histórias pessoais recentes de cada participante, em que elas vivenciaram emoções mais intensas ou negativas; na outra, elas ouviram relatos mais triviais, que induziam emoções mais neutras. Em seguida, após cada história, os pesquisadores mostraram imagens de comidas apetitosas e de objetos comuns para as participantes. Neste momento, eles gravaram as reações faciais das mulheres e também registraram a atividade cerebral de cada uma, através de um e l e t ro e n c e f a l o g r am a , p ar a entender a relação entre as emoções e o apetite. O resultado do estudo mostrou que as "comedoras emocionais",

que comem em resposta a suas emoções, tinham um apetite maior quando eram submetidas a s e ns a ç õ e s ne g at iv a s . Já a s "comedoras restritivas" pareciam m a i s at e nt a s à c om i d a n a condição negativa, mas não tiveram in uência em seu apetite n a s c on d i ç õ e s e m o c i on ai s negativas ou neutras. E mb or a prel i m i n are s , o s achados podem orientar novas ações para tratar distúrbios alimentares na população. "Ao tent ar mel horar o comportamento alimentar, o foco nas estratégias de regulação emocional, que não dependem da alimentação como remédio para emoções negativas, parece promissor", disse Schnepper. Além disso, as conclusões também podem ajudar a identi car fatores de risco para o desenvolvimento de compulsão alimentar antecipadamente. Lembrando que o distúrbio é bastante associado a estresse, baixa autoestima, traumas e até mesmo dietas restritivas.

Após analisar os registros clínicos de mais de 900 mil cães e m t o d o o R e i n o Un i d o , pesquisadores da Universidade Trent de Nottingham e da Royal Veterinary College, ambas na Inglaterra, notaram que mais de 1.200 cachorros receberam tratamento de hipertermia (o superaquecimento do corpo) durante o estudo, com quase 400 afetados em um único ano. A pesquisa, publicada no último dia 18 de junho na revista Scienti c Reports, mostra que o calor excessivo pode ter efeitos muito graves em cães, em especial àqueles que têm o focinho "achatado". Raças como pug, buldogue e chow-chow possuem o chamado crânio braquicefálico, caracterizado por cabeça encurtada, face plana e nariz curto. Neste estudo, o labrador retriever, cão mais popular do Reino Unido, foi usado como "base" para comparar e identi car raças com maior risco de sofrer com calor intenso. O buldogue inglês, por exemplo,

demonstrou um risco 14 vezes maior de ter um quadro de hipertermia do que um labrador. De acordo com a pesquisa, as raças com maior risco para o problema são: chow-chow (x17), bu ldogue (x14); bu ldogue francês (x6); dogue de Bordeaux (x5); galgo (x4); cavalier king charles spaniel (x3); pug (x3); golden retriever (x3) e springer spaniel (x3). " É prov áv e l q u e o s c ã e s braquicefálicos superaqueçam devido a seus mecanismos de resfriamento intrinsecamente ine cazes", disse Emily Hall, pesquisadora principal e cirurgiã veterinária da Escola de Ciências Animais, Rurais e Ambientais da

U n i v e r s i d a d e Tr e n t d e Nottingham, em nota. Segundo os pesquisadores, a crescente popularidade dessas raças é preocupante, principalmente porque as mudanças climáticas aumentam a gravidade e a frequência das ondas de calor. O estudo também identi cou outros fatores que contribuem para a hipertermia em cães, como excesso de peso e ter mais de dois anos de idade. Cachorros grandes para sua raça — seja porque estão obesos, seja porque têm porte maior — apresentam probabilidade 1,5 vez maior de ter o problema do que aqueles que estão dentro do padrão. “A boa notícia é que há muitas coisas que podemos fazer para garantir que nossos cães quem felizes e saudáveis com o calor. Certi que-se de que eles tenham m u i t a s o m b r a e á g u a ”, re comend a Pau l a B oyden, diretora veterinária da Dogs Trust, que apoiou a pesquisa. O estudo também sugere aos futuros donos de cachorros que pesquisem sobre raças antes de adquiri-las.

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12 OLHAR DE UMA LENTE

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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Eles superaram as dificuldades e hoje lideram um grande negócio no ES “O País está em processo de mudança, estamos numa turbulência política... É um puxando para frente e o outro puxando para trás, simplesmente por questão partidária”

I

tenho do que reclamar”, a rma. Mudando de assunto, Iris falou sobre o momento político que o País atravessa e se disse esperançoso com

desistir, tenho esperança que, num futuro próximo, tenhamos políticos com a responsabilidade devida para com os seus representados, o povo.

HAROLDO CORDEIRO FILHO

ris Braz Cesconetto, empresário do ramo atacadista, 59 anos, nascido em Marilândia, norte do Estado e de origem italiana, veio

IRIS, HAROLDO E MARCELO para a Grande Vitória (Itacibá) em 1969, e começou trabalhando com os primos numa lanchonete durante o dia e estudando à noite. Depois de um ano, como empregado dos parentes — que estavam cansados do negócio — e com a ajuda dos pais, aos 15 anos de idade comprou e tomou a frente do negócio na época. “Iniciamos em 1993 como atacadista e com uma loja de varejo em Cobilândia, que temos até hoje, depois alugamos um imóvel no Dom B osco, C amp o Grande, de lá, compramos um imóvel em Jardim América, que com o tempo cou pequeno e foi então que adquirimos, em 2002, este imóvel, aqui na Serra, no qual investimos e o tornamos a matriz da empresa”, conta com orgulho. Falando um pouquinho mais sobre a família, Iris comenta que o pai era dono de uma o cina de móveis. “Eu e meu pai trabalhávamos na o cina e minha mãe e meus irmãos trabalhavam na lavoura. O que meu pai fazia nos móveis era para nossa sobrevivência e o que vinha da colheita do café dava para fazer alguns investimentos. Trabalhei na roça dos oito aos nove anos. Lembro que, quando chegava o nal de semana, onde todo mundo folgava, nós t ín hamos que ajud ar nas criações, cortando cana, tirando mandioca, coisas do campo mesmo, era tudo muito trabalhoso, mas não

uma nova mentalidade política em todos os níveis. “O País está em processo de mudança, estamos numa turbulência política... É um puxando para frente e o outro puxando para trás, simplesmente por questão partidária. Acho que será muito difícil chegarmos a algum lugar dessa forma. Temos um povo alegre e

Esse modelo político a que estamos submissos nos empobrece, precisamos mudar”, adverte. Sobre a pandemia, o empresário explica que a decisão do governador C asagrande, de fechar alguns segmentos do comércio e outros não, deve ter sido difícil para ele. “Ninguém sabia da dimensão que

eram diversas então, vejo que o Casagrande tentou fazer o melhor para a população capixaba... Desde o início achei que não deveria fechar nenhum segmento, apenas reduzir os horários de funcionamento, mas ele tomou a decisão que achou a mais acertada”, analisa. Perguntado sobre a Serra, Iris Cesconetto, diz admirar muito o mu n i c í p i o. “Ad m i r o mu i t o o município da Serra, projeto um futuro promissor. O retorno dos investimentos não serão imediatos, o que for plantado hoje será para colhermos a médio e longo prazo. O município vem crescendo muito e ainda tem muito espaço para investimentos de vários níveis. Se o investidor quiser uma área comercial ele tem, se quiser uma área menos valorizada, ele tem, o município of e re c e o p or t u n i d a d e p a r a o pequeno, o médio e o grande empresário e isso é muito bom”. Acrescentando, também, que tem uma certa gratidão pela cidade de Cariacica. “Não posso de deixar de falar do município de Cariacica, porque foi lá que comecei. Tenho um apreço muito grande por Cariacica, tenho muito a agradecer, morei lá até um ano atrás e, por tudo isso, só tenho a agradecer”, ressalta.

carga tributária, simplesmente assustadora, e isso inibe os novos e m p r e e n d e d o r e s . At é q u e s e p ag á ss e m o s e ss e s i mp o sto s e tivéssemos como contrapartida, saúde, educação, segurança e outras obrigações sociais de qualidade, nós empresários, não reclamaríamos. O modelo político tributário nos obriga a pagar duas vezes, porque, se quisermos algo com qualidade, temos que recorrer à iniciativa privada (saúde, segurança e educação), os impostos não são para termos essas coisas do Estado”, reclama. Administrador da empresa e irmão de Iris, Marcelo Cesconetto também participou da entrevista e deu algumas opiniões. Para ele o Brasil é um País muito bom. “A gente vê países por aí que têm leis mais rígidas, imposto altos, mas a população tem retorno, o que nós, aqui, não temos. Vivemos num País que nos oferece liberdade em todos os aspectos. O Brasil é bom para se viver e tem muito para crescer, acho que o governo federal está no caminho certo, estou com Bolsonaro. A gente tem visto ele s e r c r it i c a d o ap ó s pronunciamentos... Tem que ter muito saco para aguentar tudo que vem acontecendo. Considero o TATI BELING

HAROLDO CORDEIRO FILHO

MATRIZ DA EMPRESA — SERRA trabalhador, temos petróleo, temos minério, temos terra para plantarmos o que quisermos, temos água, mas não tem seriedade no campo político. Não podemos

tomaria a coisa, penso que as coisas são fáceis para se resolver quando o problema é do outro. Decidir essas coisas não é fácil, até porque, não tínhamos solução, as informações

Falando sobre economia, Iris não fugiu da pergunta sobre a política tributária brasileira. Para ele, a carga é muito pesada para todos. “Existe um agravante no País que é a alta

presidente muito correto, procuram coisas para derrubá-lo, mas por ele ser muito correto, não encontram nada e aí ca esse jogo de uma mídia manipuladora”, critica Marcelo.


BRASIL 13

01 A 07 DE JULHO DE 2020

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

SITE DO PARLAMENTAR

Sérgio Vidigal (PDT-ES) Coronavírus: projeto de Sérgio Vidigal obriga testagem de professores a cada 14 dias Com a possibilidade do retorno gradativo das aulas presenciais, medidas sanitárias preventivas para as escolas são necessárias para garantir a segurança de alunos, professores e demais trabalhadores. Países como China (onde o novo coronavírus surgiu pela primeira vez), Dinamarca, Alemanha e França são exemplos de que tem como retomar as aulas com segurança e tomando todas as medidas sanitárias necessárias para preservar a comunidade acadêmica. “O enfrentamento da pandemia do novo coronavírus tem exigido que os governos adotem uma série de medidas sanitárias preventivas para estabelecimentos públicos e privados. Assim, A testagem ampla para professores e pro ssionais das escolas públicas e particulares visa assegurar seu bem-estar e também o

dos alunos”, comentou o deputado.

Sônia Steins (PatriotasFundão-ES) Descaso com a limpeza pública A vereadora Sônia St e i ns , e m n ot a , agradece à Vale S.A, pela doação de lixeiras às comunidades de Encruzo e Munitura. A vereadora aproveita e denuncia o descaso da prefeitura e o descumprimento do contrato pela empresa Fortaleza, responsável pela l i m p e z a d o município. Inconformada com a situação, Sônia, que não tem medido esforços, colocou a mão na massa no último domingo (28) e ajudou na limpeza de uma das estradas da comunidade de Munitura. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO

Senador Fabiano Contarato (Rede-ES) Proposta de teletrabalho para pais que precisam cuidar dos filhos com até 12 anos Na p a n d e m i a , a q u e s t ã o m a i s importante é salvar vidas, cuidar da saúde e da proteção das famílias. Pensando nisso, Fabiano Contarato propôs o Projeto de Lei (PL) 3428/20, que prevê o teletrabalho para pais sozinhos, aqueles que não têm com quem deixar os lhos com até 12 anos de idade incompletos. Vários estados já têm planos de reabertura gradual de alguns setores da economia, mas não para as escolas. O projeto tem preocupação especial com as empregadas domésticas, que não podem desempenhar teletrabalho. Nesses casos, o texto permite a suspensão do contrato ou que a funcionária leve o lho para o emprego, desde que o empregador se responsabilize pelo cuidado com a criança, nos momentos de ausência da mãe. “Estamos enfrentando um momento complicado com a crise do coronavírus. Com as escolas fechadas, os pais que são sozinhos na criação dos seus lhos não têm com quem deixá-los. É urgente apoiá-los agora, especialmente as empregadas domésticas. Isso até a reabertura de creches e de escolas”, explicou Contarato. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Luciano Machado (PV-ES)

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Sérgio Majeski (PSB-ES) Qualidade do ar: propostas de Majeski respeitam interesses da população contra poluição Sérgio Majeski apresentou 15 emendas ao Projeto de Lei 328/2020, do Poder Executivo, que cria a gestão da “Política Estadual de Qualidade do Ar no Estado do Espírito Santo”, que será gerenciada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e terá o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) como órgão executor. Elaboradas em conjunto com a ONG Juntos SOS ES Ambiental, a intenção do parlamentar é garantir a inclusão de critérios técnicos, democráticos e transparentes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), concedendo benefícios somente às empresas ambientalmente adequadas e respeitando os interesses da população capixaba, que há anos sofre com os impactos causados pela poluição do ar, principalmente na região da Grande Vitória. “Nosso propósito é contribuir com a construção de uma política séria, onde as empresas possam trabalhar com e ciência, mas preservando acima de tudo a saúde das pessoas. A adequação ambiental das empresas e indústrias precisa ser incentivada, a sociedade tem direito à informação e à participação no processo de planejamento das políticas públicas e o poder público tem que ter a capacidade de inibir as fontes pontuais, conhecidas e reincidentes de emissões de poluentes”, destaca Majeski.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA PARA MUDANÇA DE ENDEREÇO DE SEDE Associação de Frescobol do Espírito Santo – AFRES Convocamos os diretores, conselho fiscal e demais interessados a participarem da assembleia extraordinária para deliberação e aprovação da alteração de endereço da sede da Associação de Frescobol do Espirito Santo, que será realizada no dia 10 de julho de 2020 – sexta-feira, às 19 horas, à Rua São Paulo n° 01 – Bairro São Francisco – Jacaraípe – Serra – ES. Serra, 02 de julho de 2020 Comissão organizadora: Laércio Fraga Barros – CI 777903

Proposta de suspensão do pagamento de empréstimos consignados para aposentados, servidores estaduais e trabalhadores capixabas O deputado estadual Luciano Machado (PV) apresentou a proposição nº 1312/2020, que indica ao governo estadual a suspensão imediata de pagamentos de empréstimos consignados para aposentados, pensionistas, funcionários públicos e do setor privado. A proposta do parlamentar pede extensão do prazo em 120 dias. Baseado no cenário atual de aumento de desempregados e famílias que estão absorvendo parentes e amigos, se unindo para o próprio sustento, a indicação sugere a exibilização como instrumento momentâneo de sensibilidade e alívio nanceiro. Lembrando que tem efeito de suspensão e prorrogação, não isenta o pagamento. Consta na proposição que as parcelas suspensas serão convertidas em prestações extras, ou seja, vai para o ' nal da la', acrescida após o vencimento da última parcela prevista no contrato de empréstimo. Fica ainda proibida a aplicação de multa, juros ou penalizações do tipo. “Ao conversar com a população sentimos e percebemos a di culdade que muitos estão passando. São pais recebendo lhos e avós recebendo de volta os netos em casa por perderem o emprego, muitos desesperados para arcar com os custos da casa, e ainda com essa preocupação (do empréstimo)”, explica Luciano. INTERNET

Felipe Rigoni (PSB-ES) Rigoni fará diagnóstico da dívida rural no Espírito Santo O deputado enviou requerimento de informação ao Banco Central sobre as dívidas rurais registradas no Espírito Santo. O objetivo do parlamentar é apurar quais regiões e setores foram mais afetados pelas quebras recentes de safra. “A oferta de crédito é uma etapa fundamental para a produção no campo. Diante das perdas recentes, ocasionadas pelas inundações ou pelas secas, precisamos fazer um diagnóstico da dívida no Espírito Santo para ajudar quem mais precisa”, esclarece Rigoni.


14 SER ESPORTE

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LAÉRCIO FRAGA “LAU” fracaodesegundo@gmail.com (27) 99961-5323 Professor de Educação Física

Praia é tudo de bom. Correr na areia pode ser também Prazer, relaxamento, contato direto com a natureza...essa é a vibe Antônio Carlos

grande maioria das pessoas não tenha ainda a corrida na areia

FDS

predominante nessa prática. Algumas considerações devem ser levadas em conta para que a

a d ve r s i d a d e s qu e p o s s am aparecer. Harley Rodrigues Moreira, mais conhecido como “Tomate”, 53 anos, diz que “o importante é manter a saúde. Diariamente faço toda a praia, ida e volta, totalizando 12 quilômetros. É a melhor maneira de iniciar o dia e encarar o trabalho com muito mais disposição, sem contar que as minhas noites ganharam muito mais qualidade”, naliza. O que dizer então do Antônio FDS

E

star próximo da natureza e usufruir dela é uma das formas mais desestressantes que existe. Nesse momento em que respirar é mais do que nunca viver, temos que buscar formas de se exercitar de maneira segura para que o nosso sistema imunológico esteja preparado para essa verdadeira “guerra” que estamos vivendo. A prática de atividades ao ar livre, que estavam proibidas, pode ser realizada com algumas restrições e a corrida na areia da praia, onde o risco de proximidade é quase nulo, pode ser enquadrada como uma dessas atividades. Pode parecer, mas ela não é tão comum como parece, já que são poucas as pessoas que se arriscam a encarar o solo fofo,

FDS

como uma prática regular. Dentre elas, além do terreno a c i d e n t a d o, q u e t a m b é m

ocasiona di culdade de se manter um mesmo ritmo, há o risco de se lesionar, já que é certo o “indesejado encontro” com obstáculos que, por conta dos desvios de rota, podem exigir muito mais dos movimentos tornando-se, dessa forma, inadequado para iniciantes e outros que já tenham um histórico de comprometimento muscular. Chegamos então à conclusão que correr na areia não é para principiantes. Essa a rmação é também um dos fatores para o baixo número de pessoas que se aventuraram. Corro com alguma

regularidade e posso a rmar que a faixa de areia da praia de Camburi, localizada na capital, Vitória, é um espaço propício para quem deseja colocar a musculatura e o ritmo em dia. Somos privilegiados por termos uma boa manutenção da orla, já que a limpeza e o nivelamento do terreno são realizados alternadamente todos os dias da semana pela prefeitura municipal. Quem é 'rato de praia' e tem a corrida como atividade diária neste percurso, não arreda o pé da areia e a rma que os benefícios superam todas as

começar, precisa se ligar em algumas dicas como: correr em locais mais planos, evitando desníveis; iniciar com pequenos percursos; evitar a aceleração e, claro, não esquecer de um bom aquecimento. E quanto aos benefícios? São inúmeros. Dentre eles podemos citar: maior gasto energético; atividade antiestresse; fortalecimento dos membros i n fe r i ore s ; t re i n am e nt o e obtenção da consciência

Harley ‘Tomate’

Carlos, de 63 anos? Ele também é um assíduo corredor de Camburi. “A sensação é de liberdade! A academia deixa a gente preso. Aqui eu desfruto de ar puro e também convivo com pessoas saudáveis”. Ele corre de cinco a sete quilômetros, cinco vezes por semana. Correr na areia não é para todos, mas quem estiver a m de

corporal; ganho de estabilidade; melhora do humor; emagrecimento; aumento da imunidade. Além de prazer, relaxamento, contato direto com a natureza...essa é a vibe dessa atividade que pode ser a sua válvula de escape para esses dias sombrios.

Brasil bate recorde mundial de maior relâmpago com 700 km de comprimento PEXEL

A Organização Meteorológica Mundial anunciou, no dia 25 de junho, que um relâmpago cruzou uma distância de mais de 700 km nos céus do Brasil em 31 de outubro de 2018 batendo o recorde de maior extensão já registrada por um raio. Outro recorde foi validado por especialistas da Organização de Extremos Meteorológicos e Climáticos, o de um relâmpago com a maior duração: um único raio se estendeu no céu do norte da Argentina no dia 4 de março de 2019 durante 16,73 segundos, a maior registrada já observada por um único raio. A extensão do relâmpago que rasgou os céus do Brasil em 2018 corresponde à distância entre B oston e

bordo de satélites de observação que permitem mensurar continuadamente “o comprimento e a duração dos relâmpagos nas vastas e x t e n s õ e s g e o e s p a c i ai s”, declarou Randall Cerveny, relator-chefe do comitê de especialistas.

Washington, nos Estados Unidos, ou entre Londres e Bâle, na Suíça, segundo a Organização. Os dois recordes de extensão e duração são mais de duas

vezes superiores do que os registrados anteriormente, onde um raio de 321 km de comprimento foi registrado em 20 de junho de 2007 no estado americano de

Oklahoma. Os novos recordes puderam ser validados graças a progressos recentes realizados na cartogra a dos raios graças a instrumentos instalados a

Estas novas tecnologias permitiram a detecção “dos extremos conhecidos pelo nome de megarrelâmpagos que antes não eram observados”, segundo Michael J. Peterson, do Laboratório Nacional de Los Álamos, nos Estados Unidos.


GERAL 15

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Estudo estima número Quatro chás para necessário de pessoas acelerar o para colonizar Marte Cálculo leva em consideração questões como o uso de recursos no local, a capacidade de produção de ferramentas e diferentes organizações sociais entre os colonos IMAGEM X-ARC/NASA

metabolismo no inverno

iSTOCK

Quantas pessoas são necessárias para se colonizar Marte? De acordo com um estudo publicado na Nature: Scienti c Reports, 110 seria o número mínimo. O autor da p es quis a, o profess or do Bordeaux Institut National Polytechnique, Jean-Marc Salotti, a rma que o cálculo leva em consideração questões como o uso de recursos no local e diferentes organizações sociais. "[O estudo] baseia-se na comparação entre os requisitos de tempo para implementar todos os tipos de atividades humanas para sobrevivência a longo prazo e o tempo disponível dos colonos", a rma S a l ott i . Um p ar âm e t ro importante é o chamado "fator de compartilhamento", que permite alguma redução dos re qu i s ito s d e te mp o p or indivíduo, por exemplo, se a construção de um objeto pode ser compartilhada por várias pessoas. Para o pesquisador, o ponto de partida do assentamento é fundamental para o restante do trabalho de colonização. Se houver uma grande quantidade de recursos e ferramentas tecnológicas no começo, isso afetará o restante dos cálculos. Da mesma forma, as despesas e a viabilidade das viagens interplanetárias são um fator determinante, bem como a vida útil do equipamento com o qual os colonos começam. Os planos da SpaceX para Marte incluem uma espaçonave interplanetária com capacidade para 100 pessoas a Marte. O CEO da empresa, Elon Musk, acredita que essa comunidade seria ab a ste c i d a p or u m u xo constante de recursos pela sua frota de foguetes. Mas para Salotti, "esta é uma estimativa otimista da capacidade" da empresa, e que a viabilidade da reutilização permanece incerta, e a reutilização do foguete "pode ser muito difícil e levar várias décadas". Para melhorar as chances dos colonos, muitos pesquisadores

consideram a utilização de recursos marcianos, como gases extraídos da atmosfera e minerais do solo. Marte pode prover compostos orgânicos, ferro e até vidro. Mesmo assim, S a l ott i c on s i d e r a qu e " a c ompl e x i d a d e d a implementação [desses recursos] é pouco compreendida e o número de itens que ainda serão enviados a cada ano ainda representaria um tremendo desa o". Salotti trabalhou em um modelo matemático que ele acha que poderia servir como um bom ponto de partida para pensar em uma colônia au t o s s u s t e nt áv e l . Pa r a a e mp r e i t a d a f u n c i o n a r, a disponibilidade de recursos locais, com água, oxigênio e elementos químicos, devem ser f á c e i s d e e x p l o r a r. A capacidade de produção, como ferramentas, também é uma variável nessa equação. Aí entra o tal "fator de compartilhamento". Assim como o personagem Mark Watney do livro “Perdido em Mar te” ( v iv i d o p or Matt Damon na adaptação para o cinema), um colono marciano isolado teria que executar todas as tarefas de produção e manutenção de água, oxigênio e energia sozinho. Mas em uma colônia maior, da mesma forma que os recursos são utilizados por mais pessoas, a responsabilidade por mantêlos também pode ser compartilhada. E à medida que o número de pessoas aumenta, há espaço para mais especializações. Nem todo mundo precisa saber tomar conta da água, ou só um

grupo se reveza na manutenção dos sistemas de energia. "Um número maior de indivíduos torna possível implementar outras indústrias, permitindo o us o de ferramentas mais e cientes", escreve Salotti. O pesquisador descreve cinco "domínios de sobrevivência" que precisam ser considerados nos cálculos para a colonização: gestão de ecossistemas, produção de energia, indústria, edifícios e fatores humanos/atividades sociais. Este último se refere a algo com o qual as pessoas têm contado mundo durante o is ol amento c aus ado p el a pandemia de Covid-19, como educação, atividades culturais, esportes, jogos, música, etc. A proposta do pesquisador parte do princípio de que, se o uxo de suprimentos da Terra for interrompido, a colônia deve se sustentar. Basicamente, a equação de Salotti se resume ao tempo necessário para a sobrevivência versus o tempo disponível. Para Salotti, o número efetivo de pessoas necessárias para equilibrar essa equação, no caso de Marte, é de 110. "A conclusão se baseia na comparação entre o tempo de t rab a l ho ne cess ár io p ara atender a todas as necessidades de sobrevivência e a c ap a c i d a d e d e te mp o d e trabalho dos indivíduos. Esta é obviamente uma estimativa aproximada, com inúmeras suposições e incertezas. Nosso método permite comparações simples, abrindo o debate para a melhor estratégia de sobrevivência", completa.

PRECISÃO

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Se para alguns o inverno é desculpa para comer mais e, consequentemente, engordar. Para a nutricionista Viviane Scheifer é justamente o contrário: a estação é ideal para queimar gordura. Para aquecer o corpo, o organismo gasta mais energia e isso contribui para acelerar o metabolismo. M e s m o c o m a “funcionalidade” natural do corpo, a nutricionista da Clínica Faciall explica que é possível potencializar essa ação com a l g u m a s re c e i t a s d e c h á s termogênicos, que auxiliam na queima de gordura. “Existem excelentes opções para diminuir excessos de radicais livres, melhorar o rendimento durante a atividade física e, principalmente, ativar o metabolismo”, explica Viviane. A especialista sugere quatro receitas para turbinar a queima de gordura. Chá para auxiliar na queima de gordura – 1/2 maçã picada – 1/4 de pêssego – Casca de tangerina – Romã Faça infusão durante 15 minutos em 250 ml de água. Esse chá é termogênico, anti-in amatório e antioxidante. É uma ótima bebida para ser consumida no

pré-treino e pós-treino. É excelente p ara mo du l ar a dislipidemia (desequilíbrio de lipoproteínas LDL e HDL, além de triglicerídeos) e uma boa estratégia para diminuir excessos de radicais livres produzidos diariamente. Chá para produção de óxido nítrico – 1 colher (chá) chá verde em folhas – 2 folhas de hortelã – 1 colher (café) coco ralado grosso e sem açúcar – 1 colher (café) de nibs de cacau Ferva durante oito minutos com 250 ml de água. Aumenta a produção de óxido nítrico e melhora o rendimento durante a atividade física. Chá Termogênico – 1 pedaço pequeno de gengibre

– 1 pedaço de canela em rama (cerca de três centímetros) – 4 cravos – Casca de meia laranja Misture em 250 ml de água e ferva durante oito minutos. Ativa o metabolismo com a ajuda do gengibre. Chá termogênico para diminuir a vontade por doces – 1 colher (sopa) de hibiscus – 1 colher (sopa) de chá matte – 1 pedaço de gengibre (cerca de três centímetros) – 1/2 limão siciliano Ferva o gengibre ralado durante oito minutos em 250 ml de água, após esse tempo desligue o fogo e acrescente hibiscus e o chá matte. Deixe tampado durante cinco minutos. Só na hora de ingerir, esprema o limão. Se necessário adoçar com mel.

Como plantar sua própria bucha vegetal Conheça uma maneira fácil de cultivá-la em seu quintal, varanda ou terraço P r e s e nt e e m mu i t o s l a r e s brasileiros, a bucha vegetal é bastante utilizada durante o banho. Porém, é possível usá-la também na cozinha para substituir a esponja de lavar louça e, melhor ainda, você cultivar sua própria esponja em casa. Isso mesmo. Muitos não imaginam, mas a famosa bucha vegetal é fruto de uma trepadeira, cujo nome cientí co é Luffa cyllindrica, nativa de regiões tropicais. Se você nunca ouviu falar da recomendação em trocar buchas comuns por buchas vegetais deve estar se perguntando: Qual o problema de usar a esponja comum? As esponjas geralmente encontradas nas pias da cozinha são feitas de diversos materiais, entre eles o plástico poliuretano. Tais esponjas até são recicláveis, mas é difícil encontrar quem recicle de fato. Uma das razões é que este plástico é da família dos

Mantenha o composto úmido. Quando as raízes começarem a aparecer plante-o em uma oreira ou em vasos com a terra vegetal. Regue e deixe-a em um local aquecido. O ideal é deixá-la dentro de uma estufa, ainda que caseira. Mas, como no Brasil as JAN HELEBRANT/PIXABAY altas temperaturas são constantes, plantar no início d a p r i m av e r a p o d e s e r su ciente. À medida que os caules da planta se expandem, coloque um suporte para apoiá-los. A bucha estará pronta para ser colhida quando sua cor mudar para um tom amarelado, após cerca de seis azulejos, utensílios, móveis de meses. A bucha em si estará vidro e madeira. Veja como é fácil envolta em uma casca. Aperte-as c u lt iv á - l a e m s e u qu i nt a l, suavemente para retirá-la. varanda ou terraço. Coloque a bucha em uma tigela com água morna, esprema e lave Como fazer bucha vegetal: bem. A bucha se tornará mais Uma oreira grande ou vasos exível à medida que absorve a de 9 cm; terra vegetal; sementes água. Depois basta pendurá-la de Luffa cyllindrica. Germine as para secar e, por m, cortá-la nos sementes em adubo orgânico. tamanhos que desejar. termorrígidos, o que di culta o processo de reciclagem, além de torná-lo muito oneroso. Uma alternativa é trocá-la pela esponja vegetal. Por ser um produto biodegradável, ao nal de sua vida útil, você pode colocá-la na composteira. E não se preocupe: ela não risca


16 MUNICÍPIOS

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Linhares

Santa Maria de Jetibá

Prefeitura prorroga suspensão das aulas até o fim de julho PML

A Prefeitura de Linhares anunciou na tarde de terça-feira (30), a prorrogação da suspensão

das aulas em escolas da rede municip a l de ensino, na Faculdade de Ensino Superior de

Linhares (Faceli) e na Universidade Aberta do Brasil ( UA B ) . I n t e r r o m p i d a s gradativamente desde 16 de m a r ç o, a s a u l a s s e g u i r ã o suspensas até o dia 31 de julho de acordo com o Decreto Municipal 672/2020. “Não vemos, neste momento, a possibilidade de, durante o mês de julho, regredirmos as regras de restrição de contato. Assim, com essa nova orientação, as famílias podem se organizar”, disse a secretária municipal de Educação, Maria Olímpia Dalvi Rampinelli.

Montanha

Adotar é um ato de amor! PMSMJ

O Portal Bem-Estar Animal é uma plataforma colaborativa desenvolvida e mantida pela Prefeitura Municipal de Santa Maria de Jetibá dedicada ao cuidado e bem-estar dos a n i m a i s . Aq u i v o c ê p o d e procurar um animal para adotar, se cadastrar para ser voluntário e muito mais! Ao adotar, você ajuda a reduzir o número de cães e gatos abandonados. Os animais de rua já passaram por muito sofrimento e tudo o que precisam é de um lar para serem felizes de verdade!

E não há recompensa maior do que vê-los se transformarem na qu el a c ois i n ha a l e g re e

saudável depois de receberem uma boa dose de cuidado e carinho.

Itarana

Biblioteca Municipal adere a Campanha “Quarentena Literária” e aguarda pelos seus vídeos de incentivo à leitura Já que a recomendação é car em casa, que tal um m ov i m e nt o literário capixaba? Vamos aumentar o número de leitores e colocar em dia nossas leituras nessa quarentena? É com muita alegria que l anç amo s a C a m p a n h a "Quarentena L iterár ia", idealizada pela Secretaria de Cultura do Estado do Espírito Santo (Secult).

Para participar curta nossas redes sociais, poste seu vídeo de até três minutos no seu feed ou linha do tempo e utilize as hashtags: #quarentenaliterariabpes, #bibliotecasdoespiritosant o , #bibliotecamunicipaldeita rana. No vídeo, compartilhe seu momento de leitura sozinho ou com sua família, seja contando histórias, apresentando dicas de leitura ou seu livro preferido! Capriche no seu recado e incentive a leitura!

A Biblioteca Pública Municipal de Itarana convida

a todos a fazerem parte desse movimento literário!

PNEUS

Iconha

18 obras serão executadas com recursos federais no município

WIX PNEUS 27

99501-7069 l 00000-0000

PNEUS - ALINHAMENTO - BALANCEAMENTO SUSPENSÃO - BORRACHARIA EM GERAL

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

No último dia 27 de abril, a Pre fe itu r a re c eb e u u ma comunicação importante do governo federal, quando

aprovou o Plano de Trabalho qu e t e m c om o o bj e t ivo reconstruir o município que foi fortemente atingido pela

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enxurrada do dia 17 de j a n e i r o. A p a r t i r d e s s a aprovaç ão, o município iniciou a elaboração e encaminhamento dos projetos a Brasília, a m de serem analisados e, se preciso fosse, adequados, para que as obras de reconstrução iniciassem. O valor aprovado para investimento é na ordem de quase R$ 5 milhões (R$ 4.994.514,57).

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PROMOÇÃO VÁLIDA ATÉ 30/10/2019 OU ENQUANTO DURAR NOSSO ESTOQUE

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