Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia
ANO X - Nº 358 16 A 23 DE JULHO/2020 SERRA/ES
Distribuição Gratuita
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
Com atraso, Brasil se aproxima de meta de alfabetização de 2015
8 Hoje, vamos ensinar um prato delicioso e prático que leva apenas 30 minutos para car pronto Pág. 8 JORGE PACHECO
8 Reforma da Previdência de PMs e Bombeiros deverá sair em 2021. As normas seguirão os requisitos previstos na reforma feita pela União Pág. 5 ANA MARIA IENCARELLI 8 Quando a morte chega ao mundo afetivo da criança, além da dor da perda de alguém que lhe é muito importante e necessário, precisamos considerar a faixa etária da criança Pág. 10
HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Nesta edição, a Coluna Olhar de uma Lente faz uma re exão sobre as ‘aparições’ dos pré-candidatos às vésperas das eleições Pág. 12
ANA LUCIA 8 Hoje vou falar das doenças mais comuns e indesejáveis do inverno e como elas incomodam pra valer
SHUTTERSTOCK
Pág. 11
LAÉRCIO FRAGA “LAU” 8 Nesta edição vamos falar do ex-jogador e hoje treinador, Erich Bom m Pág. 14
LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM 8 Tem estreia de colunista esta semana. Agora o Fatos & Notícias conta com um especialista em economia Pág. 15 MAX PIXEL/CREATIVE COMMONS
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
O Brasil se aproxima de cumprir uma meta de alfabetização estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE), porém com quatro anos de atraso. Em 2019, a taxa de brasileiros com 15 anos ou mais que não sabiam ler ou escrever um bilhete
simples cou em 6,6% — percentual que ca próximo dos 6,5% que deveriam ter sido cumpridos em 2015, mas que ainda não chega a esse objetivo. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
3ª Edição do Festival de Cinema de Santa Teresa será exibida no YouTube PREFEITURA DE SANTA TERESA
(Pnad) Contínua Educação 2019, divulgada na quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e E st at íst ic a (IB GE). S egundo a pesquisa, o País ainda tem 11 milhões de analfabetos, apesar de pouco mais de 200 mil pessoas terem deixado essa
estatística de 2018 para 2019. "Estamos muito próximos da meta (do PNE), só que era para ela ter sido alcançada em 2015. Chegamos em 2019 com 0,1 ponto percentual abaixo desse alvo", diz Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE. Pág. 4
Pigmento supertóxico serve para deixar pele de sapos verde
Método inovador permite salvar pulmões danificados antes de transplante Técnica de circulação cruzada entre órgãos e animais permite recuperar e habilitar pulmões antes que sejam transplantados Pág. 9
Pesquisadores descobrem nova conexão entre o toque e o olhar @GITHIRINICK/NAPPY
ANDRÉS E. BRUNETTI
Em estudo, cientistas da Universidade de Nova York perceberam que movimentos oculares podem indicar nossa capacidade de prever informações, independentemente das sensações táteis Pág. 11
Programação terá exibição de filmes, oficinas, debates e palestras sobre cinema e patrimônio ambiental Pág. 3
Como prevenir a obesidade infantil? A obesidade é um problema de saúde crescente no Brasil e no mundo, que atinge também as crianças e os adolescentes. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2018, cerca de 40 milhões de crianças menores de cinco anos estavam acima do peso e, em 2016, 131 milhões de crianças Pág. 8
A biliverdina normalmente é eliminada do corpo pelo risco à saúde que representa, mas, em certas espécies de sapos, ela ajuda sua pele a atingir o tom certo para uma boa camuflagem Pág. 7
Australianos criam tecnologia que recicla todo tipo de plástico Pág. 6
2 MEIO AMBIENTE
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Seremos lembrados Desmatamento em Goiás gera impactos de Norte a como a “Era do Sul do País plástico”? Os depósitos plásticos aumentaram no pós-guerra e vêm dobrando desde então
Cerrado é berço de importantes nascentes que abastecem rios que percorrem outras regiões do Brasil, fornecendo água para o consumo e para a agricultura
ISTOCK
JOSÉ PAIVA
Em maio de 2019, o mundo tomou conhecimento de que há plástico até na Fossa das Marianas – o ponto mais profundo do planeta Terra. A notícia causou espanto, mas a verdade é que sabemos muito pouco sobre a dimensão da poluição plástica nos oceanos. Um estudo do Instituto de Oceanogra a, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA), revela que o plástico sintético está poluindo nosso registro fóssil. A pesquisa examinou quase 200 anos de sedimentos costeiros na Bacia de Santa Bárbara, na Califórnia, onde há quase total ausência de oxigênio. Por lá, as camadas sedimentares estão i m p r e g n a d a s p o r micropartículas – possivelmente oriundas das águas residuais que chegam nos oceanos. Os cientistas conseguiram analisar sedimentos datados de até 1843. Ap e s a r d a m a i o r i a d o s
plásticos terem sido inventados na década de 20, os depósitos de plástico aumentaram no nal da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e começaram a dobrar a cada 15 anos. Também foram sendo diversi cados os tipos plásticos. O que corresponde a um aumento na taxa de produção de plástico em todo o mundo e o crescimento da população costeira da Califórnia. O s m i c rop l á s t i c o s m ai s encontrados foram tecidos sintéticos de vestuário. O que mostra que talvez estejamos subestimando os apos que são liberados durante as lavagens de roupa. Outro tipo encontrado foi o plástico lme, muito usado nas cozinhas e nos aeroportos. “É ruim para os animais que vivem no fundo do oceano: recifes de coral, mexilhões, ostras e assim por diante”, a rmou a líder do estudo Jennifer Brandon. “ Todos aprendemos na escola sobre a idade da pedra, a idade do
bronze e a idade do ferro – essa será conhecida como a era do plástico? É assustador que será por isso que nossas gerações serão lembradas”. À medida que mais estudos surgem ca cada vez mais evidente e mais comprovado que os plásticos estão presentes em tudo. A pesquisa oceanográ ca é importante, apesar de, muitas vezes, não ganhar a atenção devida no debate público. “Sabemos que os mares exercem uma funçãochave para a nossa existência. Sua imensidão, porém, é menos investigada do que a superfície da Lua”, disse certa vez Márcio Weichert, coordenador do Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo. A opção por reduzir o uso de plástico no cotidiano certamente é válida, mas será preciso ações bem mais amplas e estruturais para mudar o r u m o q u e a hu m a n i d a d e tomou.
Reserva Natural Serra do Tombador Em ação realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás foi identi cada a degradação de áreas nativas do Cerrado, totalizando 2,5 mil hectares desmatados no mu n i c ípi o d e C av a l c ante, localizado na região da Chapada dos Veadeiros, uma das áreas com maior biodiversidade do mundo. Ao menos 29 áreas legalmente protegidas – públicas e privadas – compõem a região, o que faz da localidade um espaço estratégico para a conservação do Cerrado que, somente em 2019, perdeu quase 410 mil hectares de vegetação nativa, conforme dados do MapBiomas publicado em maio deste ano. “A identi cação de áreas de desmatamento sem a devida autorização reforça a importância de protegermos esse que é um dos mais ameaçados biomas brasileiros. Cada vez mais precisamos mostrar para a sociedade a importância do Cerrado e a necessidade de conservá-lo”, a rma Marion Silva, coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, lembrando que o Cerrado possui a ora mais rica entre as savanas do mundo, com mais de sete mil espécies. Um e s t u d o d o In s t i t u t o
S o ciedade, População e Natureza destaca que a biodiversidade do Cerrado g ar ante a s u b s i s tê n c i a d e milhões de agricultores familiares, comunidades tradicionais e povos indígenas. Do ponto de vista hidrológico, a existência do Pantanal, a maior planície alagada do mundo, depende justamente da água que ui do C errado, enquanto praticamente todos os a uentes do sul do Rio Amazonas têm origem na região. “Além disso, para grande parte do sul do Brasil, o Cerrado fornece água para o consumo e para a agricultura, através de escoamento super cial, recarga de água subterrânea e uxos atmosféricos de vapor de água. O Cerrado também possui grandes quantidades de carbono armazenados em suas orestas, incluindo as raízes profundas que as árvores das orestas precisam para sobreviver à longa temporada seca”, detalha o relatório, evidenciando que a in uência do bioma vai muito além do Centro-Oeste brasileiro. Declarado patrimônio natural da humanidade em 2001, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros tem 240 mil hectares e conta com 60% de seu território dentro do município de Cavalcante, ajudando a promover o turismo ecológico na região. O interesse de turistas
nacionais e internacionais pelo parque movimenta a economia local, estimulando a visitação de outros pontos turísticos e fortalecendo negócios, como hotéis e restaurantes. E sp é cies imp or t antes d a biodiversidade nacional estão presentes na área, como o tamanduá-bandeira e a onçapintada. É também no município que ca o maior quilombo do País, o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, que mantém identidade e cultura próprias, muitas vezes ameaçadas pelas ações de madeireiros, grileiros e garimpeiros ilegais. No começo do mês, outra ação de scalização identi cou área de quase mil hectares desmatados justamente no território quilombola. “Embora seja um município pequeno em termos populacionais, Cavalcante é essencial para a conservação da vida silvestre e do ambiente nativo que existe em todo o Cerrado. A cidade tem potencial para se bene ciar do ecoturismo e é preciso que a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil organizada desenvolvam ações para mostrar que toda essa biodiversidade, boa parte que só existe ali, é e s s e n c i a l p ar a o desenvolvimento econômico e social”, diz Marion.
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Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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CULTURA 3
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Os misteriosos
Jardins Suspensos da Babilônia
3ª Edição do Festival de Cinema de Santa Teresa será exibida no YouTube Programação terá exibição de filmes, oficinas, debates e palestras sobre cinema e patrimônio ambiental DIVULGAÇÃO PMST
A mais intrigante das Sete Maravilhas segue instigando historiadores e a nossa imaginação WIKIMEDIA COMMONS
FOTO: REPRODUÇÃO
A
pós dias escaldantes pelo deser to, um viajante que chegava à cidade da Babilônia de 570 a.C. acabava intrigado com um ruído de cachoeira. Atraído pelo som, dava de cara com uma montanha tropical de seis terraços apoiados em pi last ras. L á em cima, esculturas imponentes de touros e dragões surgiam entre as árvores, mas as pessoas circulavam à vontade. Uma escadaria convidava a juntar-se a elas no paraíso. Eis uma polêmica entre os historiadores. Tudo o que se sabe sobre os Jardins da Babilônia vem de relatos de gregos somente do século 2 a.C., como Strabo e D i o d o r o. S e g u n d o e l e s , o monumento foi erguido por Nabucodonosor II, entre 605 a 560 a.C., como um presente à esposa, Amytis. Po r é m , u m a v e r s ã o b e m diferente surgiu em 2013 com a pesquisadora Stephanie Dalley, do Reino Unido. Segundo ela, o local original foi no norte do Iraque e a construção, uma obra do monarca assírio Sennacheribe.
Quem chegava aos jardins pela primeira vez era surpreendido com árvores maiores, plantadas dentro de colunas ocas, cheias de terra e feitas de tijolos de barro. E, para que a água não resultasse em danos na estrutura, elas eram impermeabilizadas com camadas de junco, piche e até chumbo, que sustentavam uma estrutura quadrada de 124 metros de largura, 26 de altura e entre cinco e sete andares. Nada era mais abundante que as plantas. Existiam centenas de espécies de árvores e várias produziam frutos como amêndoas, tâmaras, nozes, peras, ameixas, pêssegos e damascos. Outras, apenas enfeitavam e davam sombra, como cedros, c ipre s t e s , a b e t o s , a c á c i a s , carvalhos e salgueiros. Também existiam flores, como roseiras e azaleias. A produção do jardim era aproveitada e vendida na cidade. Uma equipe de especialistas cuidava do jardim. Eram escravizados “recrutados” entre os jardineiros mais experientes das cidades conquistadas na Mesopotâmia. Ao mesmo tempo,
guardas do Exército protegiam as entradas e saídas. Por todos os lados e andares, a água descia em cascata, de uma piscina lá de cima. Ninguém sabia como tanta água chegava até lá porque o sistema é interno: ela era levada por baldes presos a uma polia desde outra piscina, no s ol o, a l i m e nt a d a p e l o R i o Eufrates. Escravos se revezavam para mover as manivelas e manter a cachoeira em ação. Das quedas, o sol fazia surgir uma névoa que mantinha o clima diferente do resto da região. Além disso, os poderosos Na b u c o d o n o s o r e A m y t i s aproveitavam a sombra de um dossel e tomavam cerveja para aliviar as preocupações e se aproximarem de seus deuses. Os babilônicos faziam cerveja de trigo e cevada, considerada uma bebida nobre, sagrada e afrodisíaca. Pelos terraços, encontravam-se gregos, indianos, egípcios, judeus e persas que tinham permissão do rei para passar um dia no balneário.
(AVENTURAS NA HISTÓRIA)
FACEBOOK/ESPÍRITO SANTO (BR), MEMÓRIA
Foto Antiga do ES
Ônibus "Jardineira" — Vitória, 1936 Os primeiros ônibus a circular em Vitória, a partir de 1936, eram do tipo "Jardineira", conforme o modelo da imagem (1948)
A 3ª Edição do Festival de Cinema de Santa Teresa (Fecsta) vai exibir, ao longo de três dias, 36 curtas-metragens de 14 estados brasileiros, além de palestras, debates e oficinas de capacitação sobre o universo do audiovisual. Com formato totalmente on-line transmitido pelo YouTube do Festival, a programação acontecerá entre os dias 23 e 25 de julho. Sob os riscos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), manter o festival on-line é um grande serviço para a cultura e um estímulo para que a população fique em casa. A programação do 3° Fecsta tem a proposta de ser híbrida e transversal, valorizando a arte, as tradições locais e as manifestações populares. Serão três dias de festa multicultural com sessões de cinema, oficinas de capacitação para audiovisual, palestra, show, bate-papo com artistas convidados e o que mais a criatividade anunciar. A Terceira Edição do Fecsta é realizada pela Satírica Filmes Produções e tem o apoio da Prefeitura Municipal de Santa Teresa e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Além das mostras de filmes, também
estão previstas as palestras: “Santa Teresa — Patrimônio Cultural do ES”, com Patrícia Bragatto”; “A Politização no Cinema contemporâneo nos filmes Parasita, Coringa e Bacurau”, com Cíntia Braga e C eci Alves; “Dos Irmãos Lumières a Netflix — Cinema e Educação”, com Emerson Vieira; e “Prote ç ã o ambi e nt a l d e Florestas e Nascentes”, com Alessandro Chakal. Além das oficinas formativas “Gravação e E d i ç ã o e m c e l u l a r ”, c o m Fernando Paschoal; “Elétrica e Iluminação Para Cinema”, com Antônio dos Anjos; e “NAVEgar Jucu — Uma Cartografia Afetiva”, com Fabíola Melca. Ainda entre a programação prevista, está o lançamento da animação “Centaura”, de Luiza Lubiana; show da Banda Brezinski Point; e um bate-papo
sobre cinema e arte com as convidadas especiais Viviane Mosé, filósofa, e a atriz Letícia Sabatella. Pelo segundo ano, a mostra homenageia povos originários, realizadores indígenas e temas ambientais. Os troféus serão concedidos nas categorias melhor filme ficção; melhor documentário; melhor animação; melhor filme eleito pelo Júri Popular; melhor filme capixaba; melhor filme do festival, segundo o Júri Técnico; além de duas menções honrosas. Acesse as redes sociais do Festival: Canal no YouTube, página no Facebook, página no Instagram. Para mais informações: Satírica Filmes (Luiza Lubiana), tel.: (27) 99972-8221.
O Fantasma da Ópera deve virar minissérie em breve LUCIANO DANIEL
Aclamada como musical ao longo de décadas, a trama de O Fantasma da Ópera deve virar minissérie em breve. Segundo o Deadline, a produtora Gaumont, responsável por Narcos e F is for Fami ly, comanda o projeto. Os seis e pis ó d i o s e st ar i am s e nd o roteir izados p elo es cr itor Anthony Horowitz. Mais detalhes ainda não foram divulgados, mas acredita-se que a minissérie terá como base o livro de Gaston Leroux, publicado em 1909, e não o espetáculo musical de Andrew L l o y d We b b e r. O m e s m o
aconteceu com a versão televisiva de Les Misérables, que bebeu direto da fonte (o livro de Victor Hugo). O Fantasma da Ópera conta a h istór i a d a c antor a l í r i c a Christine Daaé e de um misterioso homem conhecido como o tal fantasma, que assombra a Ópera de Paris. Ele está sempre dando ordens aos gestores do local, através de cartas ameaçadoras. Um dia, o fantasma é contrariado e decide sequestrar Christine. Na Broadway, o musical estreou em 1988 e bateu o recorde de tempo em cartaz no
ano de 2006. Com diversas adaptações ao redor do mundo, alcançou a cifra de seis bilhões de dólares em bilheteria no ano de 2014, quebrando outro recorde. Já foi visto por mais de 140 milhões de pessoas em 35 países. No Teatro Renault, em São Paulo, o espetáculo teve duas longas temporadas – com estreias em 2005 e 2018. No cinema, a versão mais famosa foi lançada em 2004, com Gerard Butler como o fantasma e Emmy Rossum como Christine. Concorreu a três Oscars na época.
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4 EDUCAÇÃO
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Com atraso, Brasil se aproxima de meta de alfabetização de 2015 DANILO VERPA/FOLHAPRESS
O Brasil se aproxima de cumprir uma meta de alfabetização estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE), porém com quatro anos de atraso. Em 2019, a taxa de brasileiros com 15 anos ou mais que não sabiam ler ou escrever um bilhete simples cou em 6,6% — percentual que ca próximo dos 6,5% que deveriam ter sido cumpridos em 2015, mas que ainda não chega a esse objetivo. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua Educação 2019, divulgada na quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, o País ainda tem 11 milhões de analfabetos, apesar de pouco mais de 200 mil pessoas terem deixado essa estatística de 2018 para 2019. "Estamos muito próximos da meta (do PNE), só que era para ela ter sido alcançada em 2015. Chegamos em 2019 com 0,1 ponto percentual abaixo desse alvo", diz Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE.
Em meio a esse atraso, o Brasil tem um desa o ainda maior à frente: a erradicação do analfabetismo, prevista pelo PNE para acontecer até 2024 — isto é, daqui a outros quatro anos. Para isso, no entanto, será preciso enfrentar uma série de desigualdades etárias, raciais e regionais. A maior quantidade de
analfabetos está na população com mais de 60 anos. São quase seis milhões de pessoas idosas nessa condição — o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18%, quase três vezes mais do que o observado para a população com mais de 15 anos. O percentual é o mesmo para homens e mulheres. O analfabetismo cresce à
medida que se coloca uma lupa sobre os grupos de pessoas mais velhas, mostram os dados da Pnad. Se a taxa é de 6,6% para brasileiros com 15 anos ou mais, ela chega a 7,9% para a população com 25 anos ou mais e a 11,1% para aqueles com 40 anos ou mais, até nalmente alcançar 18% entre os brasileiros com mais de 60 anos.
A pesquisadora do IB GE defende a necessidade de políticas públicas focadas para esse grupo etário. "O processo de alfabetização nos grupos mais velhos requer um esforço maior", a rma Beringuy, que destaca: "Mais da metade [dos analfabetos] está nesse contingente de pessoas com mais de 60 anos, que ao longo da vida
tiveram uma trajetória educacional prejudicada". Já com taxas elevadas de analfabetismo, o Nordeste foi a única região do país a não apresentar queda no percentual de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever. De 2018 para 2019, esse índice passou de 13,87% para 13,90% na região. No Norte, por exemplo, a taxa caiu de 7,98% para 7,60%. Entre as regiões brasileiras, o Nordeste tem também a maior taxa de analfabetismo, que é quatro vezes maior que os índices observados no Sul e no Sudeste, ambos com 3,30%. Em 2019, a média de anos de estudo dos brasileiros de 25 anos ou mais foi de 9,4 anos. As menores médias regionais estão no Norte (8,9) e no Nordeste (8,1). O Sudeste teve a maior média, que chegou a 10,1 anos. Há ainda diferenças entre homens e mulheres. Entre elas, o número médio de anos de estudo foi de 9,6 anos, enquanto para os homens foi de 9,2 anos.
Educação midiática Abertas as inscrições é destaque de novo para o Prêmio programa em canal Tiradentes de TV e internet “Idade Mídia”, no Canal Futura, fala de ética digital e auxilia até na inserção do tema para o currículo pedagógico REPRODUÇÃO CANAL FUTURA
Diante de um mundo hiperconectado, a educação midiática se torna cada vez mais fundamental para que crianças, jovens (e adultos) saibam viver em equilíbrio e responsabilidade com as conexões e informações que recebem e divulgam. O programa Idade Mídia, que estreou na segunda-feira (13), às 21h30, no Canal Futura, busca, justamente, trazer luz a tais questões. Em 13 episódios, o programa aborda identi cação de fake news, ética digital, uso de games como recursos para a aprendizagem e até como inserir a educação midiática na sala de aula visando dialogar com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O Projeto Âncora, Escola Avenues e a plataforma digital Colab são iniciativas pedagógicas inovadoras que também recebem destaque.
Alexandre Sayad, jornalista, educador, chairman da aliança m u n d i a l d a Un e s c o p a r a educação midiática (GAPMIL), membro do conselho consultivo do programa Educamídia e colunista da Revista Educação, é o apresentador do Idade Mídia, cujos episódios carão disponíveis gratuitamente no Futura Play.
Na estreia, Sayad conversa com a psicanalista Vera Iaconelli sobre como a família pode explorar a leitura de mídia em casa e há a apresentação do projeto Imprensa Jovem, criado em 2005 e desenvolvido pelo Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de São Paulo.
Estão abertas, até 7 de agosto, as inscrições para concorrer ao Prêmio Tiradentes. A iniciativa é uma parceria entre a C o o r d e n a ç ã o d e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Ministério da Defesa (MD) e premiará trabalhos relacionados à Defesa Nacional. A iniciativa pretende estimular e valorizar a produção acadêmica. Além do reconhecimento nanceiro haverá também apoio à participação dos vencedores em congressos acadêmicocientí cos. Os autores das três melhores dissertações de mestrado receberão R$ 7 mil, R$ 5 mil e R$ 3 mil, respectivamente. Já os vencedores das teses de doutorado receberão R$ 9 mil, R$ 7 mil e R$ 5 mil. Todos terão ainda R$ 3 mil para a participação em evento acadêmico-cientí co nacional. Trabalhos que carem em quarto lugar poderão receber menções honrosas. Os orientadores das produções vencedoras nas duas
categorias receberão auxílio para a p ar t i c ip a ç ã o e m e v e nt o acadêmico-cientí co internacional. P a r a B e n e d i t o A g u i a r, presidente da Capes, o concurso vai estimular a ampla divulgação dos resultados da cooperação DIVISÃO DE COOPERAÇÃO ACADÊMICA MINISTÉRIO DA DEFESA/FACEBOOK
2018 e dezembro de 2019, deverão ser feitas, exclusivamente, pelo endereço e l e t r ô n i c o : http://pcd.capes.gov.br/inscrica o, até as 18h do dia 7 de agosto de 2 0 2 0 . P a r a c o n c o r r e r, o s trabalhos precisam estar registrados na Plataforma Sucupira. Serão levados em consideração estudos que tenham relação com os objetivos da Política Nacional de Defesa, com as ações da Estratégia Nacional de Defesa ou, ainda, com o Livro Branco de Defesa Nacional, que trata dos projetos estratégicos das Forças Armadas.
Prêmio Tiradentes
entre os dois órgãos: “a Capes e o Ministério da Defesa já são parceiros nos programas PróDefesa e Procad-Defesa, que têm gerado resultados importantes tanto para a defesa nacional quanto para a pesquisa cientí ca nesta área que é tão relevante para o País”. As inscrições das dissertações e teses, defendidas entre janeiro de
O Prêmio Tiradentes identi ca e valoriza a produção de pesquisas e estudos acadêmicos sobre temas que tenham relevância para a defesa e a segurança nacional tendo como nalidade a contribuição para a formulação de políticas públicas, além de estimular a divulgação no País e no exterior dos resultados e pro dutos derivados da parceria entre a Capes e o Ministério da Defesa.
POLÍTICA 5
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Jorge
Analista Político
Pacheco
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros//Expresse gratidão com palavras e atitudes. Sua vida mudará muito de modo positivo//Cada dia é uma nova vida, uma nova experiência. Cada experiência é um degrau para o progresso da alma. Não fique preso ao passado. Você está, agora, diante de uma nova experiência. Dedique-se a ela de corpo e alma, e verá surgir o próximo degrau de evolução// Quem vive proferindo palavras negativas acaba atraindo coisas e fatos que ele teme”, Masaharu Taniguchi — Fundador da Seicho-No-Ie INTERNET/ALBARI ROSA/GAZETA DO POVO
presidente Jair Bolsonaro decidiu tomar um banho de sol no m da tarde de segunda-feira (13), tentou alimentar uma da emas que
As normas seguirão os requisitos previstos na reforma feita pela União no
AGÊNCIA BRASIL
Paulinho da Força afirma desconhecer fatos investigados em operação da PF
passou sem emendas, foi analisada em sessão extraordinária e agora segue para a sanção do governo —
Polícia Militar (PM) será de R$ 73 milhões e de R$ 7,3 milhões para o Corpo de Bombeiros neste ano. Após a
assim como o reajuste para inspetores penitenciários e agentes socioeducativos. O Projeto de Lei Complementar (PLC) 9/2020 trata do reajuste para os policiais e bombeiros militares. De acordo com as tabelas, por exemplo, um soldado na classe inicial da car reira que re cebia R$ 2.875,68 passou a ganhar R$ 3.137,76 e neste mês R$ 3.388,78. Em 2022 o valor será de R$ 3.524,33 no mês de ju l ho e R$ 3.704,55 em dezembro. A avaliação é de que o impacto do reajuste para a
implementação de todos os aumentos, a previsão é que o Estado gaste num período de 12 meses com a PM aproximadamente R$ 266 milhões e com os Bombeiros R$ 26 milhões. Outra alteração da proposta ocorre na questão do serviço extraordinário previsto na Lei Complementar 420/2007. Ela acaba com a jornada máxima de 18 horas mensais, reduzindo para 12 horas por mês para todos os policiais e bombeiros militares neste ano, limitando a 6 horas no máximo a partir de dezembro de 2022.
TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
mais cinco anos para obter aposentadoria. A alíquota de contribuição de PMs e bombeiros foi alterada com a
cam no local, mas terminou bicado pelo animal. O registro, feito pelo portal Metrópoles, logo viralizou nas redes sociais e virou motivo de “piada”. “Nem a ema perdoou”, brincou o précandidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme B oulos. “Essa ema nos representa”, disse a deputada federal Margarida Salomão (PT/MG).
O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade) se manifestou sobre a operação Dark Side, da Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Eleitoral, de agrada na manhã de terçafeira (14). "O deputado Paulo Pereira da Silva foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Eleitoral de São Paulo. O parlamentar desconhece os fatos apurados e está tomando ciência da apuração pela imprensa na medida em que sequer lhe foi fornecida cópia da decisão que autorizou as buscas", diz nota publicada pelo deputado. O parlamentar disse ainda que suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente pela Justiça Eleitoral. “Caso os mandados digam de fato respeito a alegado caixa dois dos anos de 2010 e 2012, a partir da delação da JBS, conforme notícias veiculadas, o deputado lamenta o ocorrido na data de hoje tendo em vista que já são passados 10 anos desde os fatos apontados, sendo que suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente”.
C ontaminado pelo novo
coronavírus (Sars-Cov-2) e isolado no Palácio da Alvorada, em Brasília, o
reforma aprovada pelo Congresso. Antes nos planos do Rioprevidência para este ano, a reforma previdenciária dos militares estaduais cará para
REUTERS/UESLEI MARCELINO
Reforma da Previdência de PMs e Bombeiros deverá sair em 2021
ARQUIVO/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Bolsonaro tenta alimentar ema no jardim do Alvorada e é bicado pelo animal
AJUFE
sistema de proteção social dos militares das Forças Armadas, estabelecida pela Lei 13.954/2019, de autoria do Executivo federal e sancionada em dezembro pelo presidente Bolsonaro. De acordo com o texto, todos os estados têm até o m do ano que vem para implementar aos seus militares as mesmas regras impostas aos integrantes da
Aeronáut ic a, E xército e Marinha. Estado do Rio de Janeiro usará prazo máximo dado p el a Un i ã o p ar a a d ot ar mudanças nas regras; militares terão que trabalhar
2021. Somente na hipótese (considerada remota) de uma mudança de cenário político e um ambiente mais favorável ao governador Wilson Witzel é que o Estado do Rio de Janeiro conseguiria enviar agora o projeto ao Legislativo. Assim, o governo vai usar o prazo máximo de 31 de dezembro do próximo ano para tornar mais duras as regras para os cerca de 60 mil PMs e bombeiros ativos irem para a inatividade. No Espírito Santo deputados aprovaram, por 26 votos a favor e nenhum contra, o reajuste salarial para policiais e bombeiros militares. A proposta, que
6 TECNOLOGIA
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Australianos criam Israel desenvolve tecnologia que recicla sistema de inteligência todo tipo de plástico artificial contra Com novo processo de reciclagem não haveria necessidade de separação do material por tipos e cores LICELLA
O impacto ambiental provocado pelo plástico é um problema grave e as soluções aparecem em um ritmo muito menor do que a produção e descarte do material no planeta. Neste cenário, cientistas australianos a rmam que desenvolveram uma tecnologia que pode fazer com que todos os plásticos sejam recicláveis. Todos os anos, são descartadas, na Austrália, cerca de 3,5 milhões de toneladas de plástico, mas apenas 10% deste material é reciclado. O restante é queimado, enterrado em aterros sanitários ou mesmo enviado para outros países. Uma possível solução para este problema é a tecnologia criada pela Licella, empresa australiana que inaugurou sua primeira planta de reciclagem na Inglaterra. O sistema foi desenvolvido por L en Humphre ys e omas Maschemeyer, professor da Universidade de Sidney. Eles a rmam que agora é possível reciclar tipos de plásticos que não
podiam ser processados até então. Em 2018, a China anunciou que não ir ia mais re ceb er resíduos recicláveis da Austrália – um alerta para a indústria local. Um ano depois, Len Humphreys olha para a enorme quantidade de plástico estocada no país como uma fonte de recursos desperdiçada. O pesquisador a rma que o material pode se transformar em combustível ou em novos tipos de plástico. Isso é possível graças ao Reator Catalizador Hidrotermal – CATHTR que ele desenvolveu. O processo químico de reciclagem altera a composição molecular do plástico, usando água quente e alta pressão para transformar o material novamente em óleo. “O que estamos fazendo é simplesmente pegar o plástico e transformá-lo novamente nos líquidos de onde o material veio”, explica Humphreys. A partir daí, o óleo pode ser t r ans for m a d o e m b e tu me, combustível ou em outros tipos
de plástico. Humphreys a rma que a tecnologia patenteada por ele e pelo professor omas Maschemeyer é diferente das soluções que existem hoje. Diferente do processo tradicional de reciclagem, esta tecnologia não requer a separação do plástico em diferentes tipos e cores e pode reciclar tudo – de caixas de leite a roupas de mergulho passando até por subprodutos de madeira. Além disso, a tecnologia traz a possibilidade de produtos de plástico serem reciclados várias e várias vezes. Depois de ser testada por 10 anos em uma planta-piloto da Licella, a tecnologia está pronta para ser levada ao mercado. A companhia está abrindo sua primeira planta de reciclagem no Reino Unido, onde a rma ter recebido mais incentivos ambientais. Ainda segundo a empresa, a planta pode processar cerca de 20 mil toneladas de plástico por ano. Para Damian Guirco, diretor do Instituto de Sustentabilidade da Universidade de Tecnologia de Sydney, a tecnologia pode ser parte da solução para o problema do plástico. “Quando pensamos na necessidade de planejar nossos sistemas de uso e reúso de plástico, uma única tecnologia não vai ser a solução”, explica ele. Damian alerta que o grande foco a ser combatido é o consumo excessivo de plástico.
operadores de drones Cientistas israelenses estão usando uma rede neural para rastrear operadores de drones, analisando suas rotas de voo ©AFP/JACK GUEZ
Dois cientistas da Universidade B e n - G u r i o n d o N e g u e v, localizada ao sul de Israel, apresentaram um estudo sobre suas pesquisas em operações de combate a drones, que utilizam inteligência arti cial para caçar operadores de drones. O novo m é t o d o, apre s e nt a d o p e l a professora Dra. Gera Weiss, analisa a maneira como os drones voam através de um ambiente para descobrir onde seus operadores estão localizados. Encontrar um operador de drone, ao invés de abater o drone, pode ser mais e caz, pois um único operador controla diversos drones ao mesmo tempo.
"Atualmente, operadores de drones são localizados usando técnicas de radiofrequência e requer sensores em torno da área de voo que podem ser triangulados [...] Isso é desa ador devido à quantidade de outros sinais como Wi-Fi, Bluetooth e IoT [Internet das Coisas] no ar que impedem os sinais dos drones", a rmou Eliyahu Mashhadi, estudante de ciência da comput ação da Universidade Ben-Gurion do Neguev. O estudante a rmou ao portal Breaking Defense que esses métodos mais antigos tendem a s e r ut i l i z a d o s p or m arc a s especí cas de drones, tornando
um sistema defensivo difícil de ser operado. As simulações do novo método fornecem "uma experiência de voo realista ao operador, incluindo os raios solares, obstruções e outros efeitos visuais que geram as reações dos operadores, p ermitindo identi car sua localização", a rmou Mashhadi. Israel já opera o sistema antidrone da Guarda de Drones, que até recentemente podia somente detectar drones com radares portáteis. Entretanto, estes sistemas estavam sendo usados como dispositivos de interferência, evitando que os drones recebessem ou enviassem sinais ao seu operador.
Empresa bancada pela Xiaomi lança Nokia lança solução para baratear instalação de moto elétrica barata NINEBOT/DIVULGAÇÃO
A Ninebot, empresa chinesa que recebeu investimento da Xiaomi e é dona da Segway, está lançando um novo modelo de scooter elétrico de baixo custo. Batizado de C30, ele se destaca pelo baixo custo e é apresentado como uma alternativa ao transporte público para a população de grandes cidades, especialmente os jovens. O design é curioso: embora o formato geral lembre scooters como a popular Honda Biz, o C30 tem pedais como uma bicicleta, para satisfazer requisitos da legislação chinesa. Dessa forma, não é necessária uma carteira de habilitação para conduzi-lo. O motor tem potência de 400 Watts e a bateria tem autonomia de até 35 km com uma carga. Ela é removível, para ser recarregada dentro de casa ou do escritório e pesa 5,8 Kg. A roda da frente tem freio hidráulico, e a traseira um freio a tambor. O veículo pesa 55
Kg e tem velocidade máxima de 2 5 k m / h , n ov am e nte p ar a satisfazer as leis chinesas. O C30 já está disponível na China em várias cores, sempre em dois tons. Mas o que chama mesmo a atenção é o preço: o sugerido pela Ninebot é US$ 514 (cerca de R$ 2.800), mas em um curto período após o lançamento ela foi oferecida por um preço especial de US$ 428 (cerca de R$ 2.300). Mais barata que muitos smartphones topo de linha lançados ao longo deste ano.
Esta não é a primeira vez que a Xiaomi é associada a motos elétricas de baixo custo. Em março deste ano a empresa 70mai ofereceu na YouPin, plataforma de comércio eletrônico da Xiaomi, duas scooters elétricas chamadas A1 e A1 Pro, com preço US$ 523 (cerca de R$ 2.800) e US$ 655 (cerca de R$ 3.500). Mas p or um bre ve momento após o lançamento, a A1 chegou a ser oferecida por US$ 420 (R$ 2.280), ainda mais barata que o modelo da Ninebot.
redes 5G
A Nokia anunciou nesta terçafeira (14) o lançamento de um soware de atualização de estações rádio-base 4G para as redes 5G. Com isso, o custo de instalação do 5G pode cair em dezenas de bilhões de euros, segundo a fabricante nlandesa. Com o soware, torres de 4G vão poder ser usadas nas redes 5G sem a necessidade de instalação de novos equipamentos. De acordo com a Nokia, a atualização está disponível de imediato para cerca de um milhão de estações rádio-base, e até 3,1 milhões receberão o update até o m do ano, com o número total de cinco milhões previstos para o ano que vem. Ao atualizar elementos atuais de rádio por meio de soware, a Nokia está acelerando o processo de reaproveitamento do espectro 4G no 5G", a rmou a fabricante
em um comunicado. A empresa estima que a solução vai gerar uma economiza de dezenas de bilhões de euros para a indústria de telecomunicações. A Nokia não é a primeira a liberar uma atualização do tipo. Ericsson e Huawei também já oferecem updates para seus equipamentos. Enquanto a indústria prepara a infraestrutura necessária para a implementação do 5G pelo mundo, o Brasil discute as questões burocráticas envolvidas no processo. No começo de julho, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, con rmou que o leilão das frequências da nova rede só vai ser realizado no ano que vem. Na última semana de junho, o presidente da Anatel, Leonardo Euler, já havia dado como certo que o leilão de 5G não seria
realizado ainda neste ano. Segundo ele, dentre os problemas do adiamento está o teste de convivência da faixa de 3,5 GHz em 5G com serviços de TV parabólica, ainda incompletos devido à pandemia do coronavírus. "Estamos trabalhando [para realizar o leilão] ainda no primeiro semestre, na melhor das hipóteses, no primeiro trimestre", declarou o presidente da Anatel. "Claro que ainda tem testes de campo para fazer", comentou. Enquanto isso, a Claro já lançou uma rede 5G comercial no Brasil. A oferta da operadora usa compartilhamento dinâmico de espectro (DSS, na sigla em inglês) e atinge velocidades superiores a 400 Mbps.
CIÊNCIA 7
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Análise de DNA busca Pigmento supertóxico origens de abelhas serve para deixar pele de sapos verde 'arco-íris' Um dos maiores polinizadores da Austrália parece ter surgido nas regiões tropicais do país e hoje chega até arquipélagos do Pacífico
A biliverdina normalmente é eliminada do corpo pelo risco à saúde que representa, mas, em certas espécies de sapos, ela ajuda sua pele a atingir o tom certo para uma boa camuflagem
JAMES DOREY/ UNIVERSIDADE FLINDERS
Fêmea de Homalictus hadrander, espécie das Ilhas Fiji Quando falamos em animais australianos, nossos pensamentos geralmente se voltam para dois grupos: os marsupiais, como coalas e cangurus, animais símbolos do país, e aqueles tão perigosos que parecem ter saído de um lme de terror. Mas a Austrália tem muitos animais interessantes, como essas lindas abelhas "arcoíris". Um dos principais polinizadores de plantas do país, essas abelhas coloridas do gênero Homalictus colonizaram muitas regiões da Austrália e do sudoeste do Pací co. Esses impressionantes animais br i l ham em tons de azu lmar in ho, l aranj a e verdedourado, de acordo com o Aussie B ee, um site especializado administrado por uma instituição privada chamada e Australian Native Bee Research Center (Centro de Pesquisa de Abelhas Nativas Australianas,
em português). Elas carregam o pólen em nos os emplumados debaixo de seu abdômen e em suas patas traseiras, segundo o site. Embora estudos anteriores tenham sugerido que as abelhas su rg i r am na Aust r á l i a , o s cientistas ainda não haviam examinado a fundo sua história evolutiva. Agora, um novo estudo mostra que, de fato, esses coloridos polinizadores surgiram nas regiões tropicais da Austrália e depois se dispersaram para áreas subtropicais, temperadas e áridas do país, antes de se expandir ainda mais e atingir o Pací co. Compreender as origens da abelha e como elas se distribuíram amplamente pelo sudeste da Ásia, Indonésia, Austrália e arquipélagos do Oceano Pací co, onde agora desempenham "um papel fundamental na polinização", é
importante para entender a evolução desses animais na área, disseram os pesquisadores em seu artigo, publicado na revista Transactions of the Royal Society of South Australia. James Dorey, coautor do estudo e doutorando na Universidade Flinders, em Ad e l a i d e , n a Au s t r á l i a , é fotógrafo e especialista em abelhas nativas. Juntamente com seus colegas, Dorey analisou o DNA mitocondrial (material genético encontrado nas mitocôndrias herdadas pela linhagem materna) de três espécies diferentes de Homalictus da Austrália, Papua Nova Guiné e Pací co. Observando as variações no D NA d e c a d a e s p é c i e , o s cientistas podem descobrir sua origem e entender sua dispersão. Eles des cobriram que os animais têm origem tropical, tornando uma dispersão originária da África ou da Antártica, como aconteceu com outras espécies de abelhas do país, algo improvável. O estudo também diz que é possível que as abelhas tenham chegado à Austrália vindas de regiões tropicais da Ásia. Elas então se dispersaram para as outras regiões. Os cientistas esperam que a compreensão das origens desses animais possa revelar como as mudanças climáticas podem impactar as abelhas no futuro.
Nova espécie de dinossauro brasileiro homenageia Museu Nacional
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Foi identi cado um dinossauro, cujo fóssil foi encontrado em 2008 na Mina Pedra Branca, em Santana do Cariri (CE). Na ocasião, o estudo sobre os ossos foi concluído no Mus eu Na c i o n a l , n o R i o d e Janeiro. Por sorte, as ossadas estavam em uma área que não foi atingida pelo incêndio que destruiu a instituição, em setembro de 2018. Agora, a nova espécie classi cada por meio do fóssil sobrevivente ganhou o nome de Aratasaurus mu s e u n a c i o n a l i , q u e signi ca "nascido do fogo", em homenagem ao museu. Segundo o portal G1, o dinossauro é o mais antigo a ser encontrado na
Bacia do Araripe. A criatura viveu no Cretáceo, há cerca de 115 milhões ou 110 milhões de anos. Ela era carnívora. Análises microscópicas revelaram
BOB BEHNKEN
algumas de suas características. O tamanho da pata mostrou que o dinossauro era de porte médio, chegando a medir 3,12 metros e a pesar 34,25 quilos.
S e g u n d o a p e s qu i s a d or a Juliana Sayão, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o g r up o de c ar nívoros do dinossauro do Ceará inclui outra espécie também escavada na região, o Santanaraptor. “Isso mostra que estes dinossauros carnívoros estavam mais dispersos do que a gente imagina”, c o m e n t o u a paleontóloga. Ainda segundo ela, o animal era jovem e sofreu com o ambiente árido da região. “Pela análise dos seus ossos, a gente viu que se tratava de um animal jovem. Há marcas que mostram uma pausa de desenvolvimento”, explicou.
SANTIAGO R. RON
Sapos e rãs são verdes por uma boa razão: isso di culta que eles sejam vistos em ambientes arb orizados. Uma b oa camu agem permite que eles comam e não sejam comidos. Mas nem todos os sapos chegaram a essa condição que salva vidas da mesma forma. A m ai or i a d e s s e s an i m ai s d e p e n d e d e e s t r ut u r a s d e controle de cores em sua pele, chamadas cromatóforos, que usam cristais para curvar a luz em cores especí cas e fazê-las parecer verdes. Mas existem centenas de espécies de sapos e rãs que têm pele quase translúcida e pouquíssimos cromatóforos. O verde que apresentam, o qual pode ser encontrado profundamente em seu uido linfático, tecidos moles e até ossos, vem de uma solução bioquímica inteligente que combina um tipo de proteína normalmente combatente de vírus com um subproduto tóxico de insu ciência circulatória. A descoberta, do pesquisador de pós-doutorado Carlos Taboada na Universidade Duke (EUA), resolve alguns mistérios de longa data sobre esses sapos e mostra como a necessidade de sobrevivência pode ser realmente muito inventiva. O estudo foi publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”. Os cientistas há muito se questionam sobre o fato de que muitos desses sapos contêm n í v e i s mu i t o a l t o s d e u m pigmento biliar chamado biliverdina, que é um subproduto da quebra de glóbulos vermelhos velhos. Esse pigmento é normalmente considerado uma toxina a ser ltrada no fígado e excretada o mais rapidamente possível. Mas descobriu-se que esses anfíbios portam quatro vezes mais biliverdina que o humano mais afetado por doença hepática, e 200 vezes mais do que os seus primos anfíbios equipados com cromatóforos. Pa r a e n t e n d e r m e l h o r a bioquímica, os pesquisadores
concentraram-se em uma espécie, Boana punctata, o sapo com bolinhas encontrado na América do Sul. A partir disso, eles isolaram uma proteína que chamam de BBS (abreviatura em inglês de serpina de ligação à biliverdina), que faz parte de uma superfamília de inibidores de protease, proteínas que normalmente interferem na replicação viral e desintoxicam enzimas. Quando você vê algo verde, sua cor deve realmente ser chamada de “tudo menos verde”, porque absorve todas as cores da luz que chega, exceto o verde. A cor que vemos é a frequência da luz que ela não absorve retornando aos nossos olhos. A bi l ive rd i na , p or s i s ó, pareceria um pouco esverdeada, como às vezes visto em um h e m at om a ant i go. Ma s o s pesquisadores descobriram que a serpina BBS estende a forma helicoidal da biliverdina para ajustar sua absorvência da luz, tornando-a mais ciano, verdeazul. O ciano, adicionado a outros pigmentos amarelos espalhados na pele, recupera o tom certo de verde. Aparentemente, a biliverdina também é menos tóxica. “Essa nova proteína tem as mesmas propriedades espectroscópicas ou de absorção de luz que alguns pigmentos
PRECISÃO
Contabilidade (27) 3228-4068
vegetais”, disse Taboada, que iniciou o trabalho na Argentina, no Equador e no Brasil e o concluiu na Universidade Duke. “As propriedades da luz são muito semelhantes às que vemos, p or e xe mpl o, e m a l g u m a s proteínas vegetais chamadas tocromos. Mas aqui temos uma proteína completamente diferente”. É uma adaptação inteligente da bioquímica que normalmente cumpre outras funções em vertebrados. Taboada disse que essa inovação evoluiu mais de 40 vezes em 11 famílias diferentes, a maioria delas de árvores. A adaptação aconteceu várias vezes em Madagascar, na América do Sul e no Sudeste Asiático. “Portanto, essa é uma convergência na evolução”, disse Tab o ad a. “S endo arb óre os (vivendo em ár vores), eles desenvolveram uma maneira diferente de fazer sua coloração”. Seu verde intenso garante boa c a mu a g e m n a f o l h a g e m , mesmo sob luz infravermelha. “Isso mostra como a seleção natural pode cooptar proteínas para praticamente qualquer nalidade”, disse Sönke Johnsen, professor de biologia da Duke e coautor do artigo. “A biliverdina é u m pi g me nto bi l i ar qu e normalmente é excretado do corpo por causa de seu potencial de causar danos, mas aqui está em concentrações espetaculares justamente porque também é útil como pigmento verde”. “Em outras palavras, o sapo Caco tem icterícia”, disse Johnsen. Te n d o d e s c o b e r t o ante r i or me nte qu e mu it a s espécies de sapos re etem comprimentos de onda uorescentes – essencialmente brilhando no escuro – Taboada agora está trabalhando com engenheiros da Universidade Duke para direcionar feixes de laser precisamente sintonizados nos sapos a m de aprender mais sobre sua coloração.
8 BEM-ESTAR
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Fones de ouvido podem causar Suflê de Bacalhau danos à audição
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA Nutricionista - CRN:14100665
SHUTTERSTOCK/TUDOGOSTOSO
É importante evitar volumes altos e garantir que o tipo de fone usado não machuque a orelha LUCAS MENDES/TECHTUDO
O
bacalhau é uma das estrelas dos sete mares e, com ele, podemos inventar várias receitas. Hoje, vamos ensinar um prato delicioso e prático para quem ama esse peixe: su ê de bacalhau. Fácil e rápido de prep arar, ele s erá sucess o garantido!
Os fones de ouvido se popularizaram pela praticidade e por fornecer privacidade para quem os usa. O período de quarentena, em que mais pessoas passaram a trabalhar de casa ou car mais tempo em casa pode se tornar um momento propício para aumentar o uso desses objetos, seja devido a uma videochamada do trabalho ou para ouvir uma música para matar o tédio ou se distrair. Apesar das vantagens os fones de ouvido também podem fazer mal para a audição, e, portanto, demandam alguns cuidados dos usuários. É importante se atentar à intensidade sonora, à limpeza do equipamento e a possíveis desconfortos que o uso dele causa na orelha. iago Zago, médico especialista em otorrinolaringologia, destaca que o uso abusivo dos fones de ouvido já é a segunda maior causa de perda de audição na população, perdendo apenas para o envelhecimento. Quando se considera apenas o público jovem, é a primeira causa. "Quanto maior a intensidade sonora, menor o tempo de uso", aconselha Zago. É importante também considerar que o tempo de uso é acumulativo, por exemplo, se uma pessoa trabalha em um ambiente ruidoso e ao chegar em casa também se expõe a muito barulho, há uma soma das duas exposições e o dano aumenta. "Quando o som chega no ouvido, causa uma vibração no tímpano, que é levada à cóclea, parte auditiva do ouvido interno. As células ciliadas, quando recebem a vibração, se movem, e quando expostas por um tempo prolongado podem perder sua sensibilidade perante à vibração da frequência sonora", explica Zago. Como o fone possui uma intensidade maior do que sons do ambiente externo, devido à proximidade com a orelha, ele tem mais facilidade para gerar esses danos nas células ciliadas, que não se regeneram e com isso reduzem a capacidade auditiva de uma pessoa. No geral é recomendado que as
pessoas sigam chamada "regra do 60 por 60": não escutar por dia mais de 60 minutos de som em volume superior a 60% da capacidade de som do aparelho. O mé d i c o d e st a c a qu e a maioria dos aparelhos hoje em dia já possuem uma con guração de segurança, que indica quando uma pessoa está usando mais de 60% da capacidade do fone. Em alguns celulares e computadores a barra
É importante se atentar à intensidade sonora, à limpeza do equipamento e a possíveis desconfortos que o uso dele causa na orelha que indica o som é dividida em quadradinhos, e cada quadradinho representa 10% da capacidade do aparelho. Quando a taxa de 60% é ultrapassada, os sons começam a car muito altos e prejudiciais para o sistema auditivo. Outra forma de identi car se a intensidade sonora é danosa é perguntar para uma pessoa próxima se ela está escutando o que estamos ouvindo no fone. Se sim, é porque o volume está excessivamente alto. Alguns fones mais novos também possuem aplicativos que permitem monitorar a intensidade sonora. "Se você está ouvindo algo em uma altura em que não consegue manter uma conversa com uma pessoa, provavelmente está acima [do recomendado]", complemente o
médico. “C aso uma p essoa esteja ouvindo zumbidos constantemente nos ouvidos após exposição sonora, algo que geralmente é apenas temporário e não dura muito tempo, ela deve procurar um especialista", alerta o médico. Zago também dá outra dica na hora de escolher qual fone comprar: "o fone do tipo concha, t amb ém con he cidos como headphones, são mais vantajosos pois abafam melhor o som externo, então podemos ouvir algo com uma intensidade menor". Esse tipo de fone também é mais indicado porque não entra no ouvido, evitando infecções causadas pelo contato do interior da orelha com germes e bactérias acumulados no fone e também sem machucar o canal auditivo. Ainda em relação à saúde do ouvido, o médico alerta que o fone é individual, e o ideal é não compartilhá-lo e sempre higienizar para evitar infecções de bactérias e fungos. "[Para higienizar] pode usar um pano seco e depois passar álcool gel ou usar um pano molhado com detergente e depois fazer uma secagem", comenta o médico. Por último, é importante car atento aos danos físicos que os fones podem causar nas orelhas. Chamados fones auriculares, ou earphones, são o tipo mais comum de fone, aqueles que colocamos dentro do nosso ouvido, na região do canal auditivo, e possuem um formato padronizado. "Entretanto, o formato do canal auditivo varia de pessoa em pessoa, e por isso pode haver uma incompatibilidade com o fone, causando incômodo e facilitando otites, que são in amações no ouvido, ou lesões", explica Zago. Assim, ao primeiro sinal de incômodo deve-se trocar o fone.
Escorra, cubra novamente com água, leve ao fogo brando e deixe até que comece a cozinhar. Se estiver muito salgado, troque a água e deixe cozinhar novamente. Des e o bacalhau e reserve. Frite o bacon até que que durinho, depois retire com uma escumadeira. Acrescente a cebola picada e o
Ingredientes 250 g de bacalhau seco salgado Fatias de bacon cortadas em quadradinhos a gosto 1 xícara de cebola 1 /2 xícara de pimentão-verde 1 colher (sopa) de farinha de trigo 1 e 1/4 de xícara (chá) de leite 2 ovos Modo de Preparo Deixe o bacalhau de molho durante uma noite, em bastante água.
pimentão à gordura que cou na frigideira. Salpique a farinha sobre os legumes, acrescente 1 xícara (chá) de leite, aos poucos, mexendo até que engrosse. Junte o bacalhau picado, o bacon e os temperos. Bata as gemas com 1/4 de xícara ( chá ) d e l e ite e ju nte a o s ingredientes que já estão na panela. C oz i n h e l e nt am e nte p or alguns minutos, acrescente as claras batidas em neve, depois coloque numa forma untada. Leve ao forno, preaquecido, d e i x a n d o n a t e mp e r at u r a moderada (200º C) por uns 20 minutos, até dourar. Sirva quente.
Tempo de preparo: 30 min. Rende 10 porções TUDOGOSTOSO
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
Como prevenir a obesidade infantil? ISTOCK
A obesidade é um problema de saúde crescente no Brasil e no mundo, que atinge também as crianças e os adolescentes. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2018, cerca de 40 milhões de crianças menores de cinco anos estavam acima do peso e, em 2016, 131 milhões de crianças de cinco a nove anos, 207 milhões de adolescentes e dois bilhões de adultos. Aproximadamente um terço dos adolescentes e adultos com excesso de peso e 44% das crianças entre cinco e nove anos eram obesas. O excesso de peso em crianças aumenta o risco de obesidade durante a vida adulta e também pode levar ao desenvolvimento
de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardíacas. Mas a saúde física não é a única afetada, também há consequências para a saúde mental, com baixa autoestima e sintomas de depressão. O Índice de Massa Corporal (IMC) é a forma mais simples e de menor custo para diagnosticar a ob esidade, inclusive a infantil. Como na avaliação de adultos, usa-se o peso dividido pela altura ao quadrado para o cálculo do IMC, mas os pontos de corte estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são distintos e levam em consideração também o sexo e a idade. Vale lembrar que o IMC, isoladamente, não é o
parâmetro mais con ável, pois as causas da obesidade infantil são múltiplas e envolvem fatores genéticos, siológicos, comportamentais, socioculturais e psicológicos. Seu diagnóstico e avaliação necessitam considerar diversos elementos. Diante disso, um estudo nanciado pela Universidade de Ciências Médicas de Hamadan, no Irã, forneceu informações s o b r e 1 4 f at o r e s comportamentais que podem ajudar a como prevenir a obesidade infantil. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre sobrepeso e obesidade infantil em relação a 14 fatores comportamentais. No total, foram identi cados 34.537 estudos e selecionados 199 deles p a r a s e r e m e f e t i v a m e nt e avaliados, totalizando 1.636,049 participantes. Os resultados sobre os fatores associados com o sobrepeso e obesidade infantil mostraram que três deles podem reduzir signi cativamente o risco de obesidade infantil: atividade física su ciente, tomar café da manhã todos os dias e comer doce mais de três vezes por semana.
SAÚDE 9
16 A 23 DE JULHO DE 2020
Método inovador permite salvar pulmões danicados antes de transplante Técnica de circulação cruzada entre órgãos e animais permite recuperar e habilitar pulmões antes que sejam transplantados MAX PIXEL/CREATIVE COMMONS
Pesquisadores das Universidades Columbia e Vanderbilt, ambas nos Estados Unidos, desenvolveram um método para recuperar pulmões gravemente comprometidos e habilitá-los para transplante. A descoberta foi publicada nesta segunda-feira (13) no periódico cientí co Nature Medicine. At u a l m e nt e , u m m é t o d o conhecido como perfusão pulmonar ex-vivo (EVLP, na sigla em inglês) é usado para fornecer suporte pulmonar fora do corpo e recuperar órgãos de doadores. Esta técnica, entretanto, pode ser utilizada por só até oito horas, p e r í o d o mu it o c u r t o p a r a recuperar pulmões dani cados. O novo sistema apresentado pelos cientistas norteamericanos dá mais tempo aos médicos graças a uma técnica de circulação cruzada do sangue
Representação artística de pulmão e árvore brônquica entre o pulmão do dador e um hospedeiro animal. No teste, realizado com órgãos que já
haviam sido descartados, o método foi utilizado ao longo das 24 horas e resultou em melhoras
substanciais em viabilidade celular, qualidade do tecido, respostas in amatórias e função
respiratória. “Conseguimos recuperar o pulmão que não havia se re c up e r a d o n o s i s t e m a d e perfusão pulmonar clínica exvivo, que é o atual padrão de atendimento", a rmou Gordana Vunjak-Novakovic, que liderou o estudo, em comunicado. "Esta foi a validação mais rigorosa de nossa plataforma de circulação cr uzada até o momento, mostrando grande promessa por sua utilidade clínica". O pulmão doado utilizado nos exp erimentos demonstrava inchaço persistente e acúmulo de líquidos, problemas que não puderam ser resolvidos a tempo de um transplante e, então, o órgão foi disponibilizado para pesquisa. No momento em que a equipe recebeu o pulmão, ele já havia passado por dois períodos de isquemia que totalizavam 22
horas e meia, e mais cinco horas de tratamento clínico com EVLP. Felizmente, após 24 horas de circulação cruzada, o órgão mostrou recuperação funcional. Os pesquisadores enfatizam que mais estudos precisam ser feitos antes que a circulação cruzada se torne uma realidade clínica, mas eles estão otimistas de que esse trabalho terá aplicações práticas no futuro. "Como cirurgião de transplantes de pulmão, tenho visto muitos pacientes não receberem órgãos dos quais precisavam desesperadamente", comentou Z achar y Kon, diretor do Programa de Transplante de Pulmão da Universidade de Nova York, que não participou do estudo. "Acho este trabalho intrigante e espero que esta tecnologia disponibilize mais pulmões de doadores".
Canabidiol impede Cientistas investigam progressão da riscos à saúde de viver epilepsia, segundo com HIV há muito tempo estudo da USP Resultados iniciais de pesquisa, que será publicada em 2023, alertam para condições secundárias que podem acometer quem convive com o vírus da aids durante décadas
PIXABAY
Na última semana, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP divulgou uma pesquisa voltada à epilepsia, feita com ratos geneticamente selecionados para apresentarem os sintomas. O estudo realizado mostrou que o canabidiol (CBD, substância derivada da Cannabis), conseguiu evitar a progressão da doença. As crises que consistem a epilepsia são manifestações de um “mal funcionamento” em um ou mais conjuntos de n e u r ô n i o s n o c é r e b r o, e segundo esse estudo, o tratamento impediu o recrutamento de novas áreas cerebrais no processo que dá origem à epilepsia em novas partes do cérebro. Um dos pesquisadores responsáveis, William Lopes, contou ao Jornal da USP que o modelo
genético utilizado foi a linhagem Wistar Audiogenic Rat (WAR), animais que vêm sendo selecionados pela sua maior predisposição às crises epilépticas. “Quando expostos a estímulos agudos, os animais apresentam crises controladas pelo tronco encefálico, chamadas tônicoclônicas e, quando expostos a estímulos crônicos, manifestam as crises límbicas, aquelas mais severas e semelhantes às crises epilépticas do lobo temporal que são vistas em pacientes com a d o e n ç a ”, e x p l i c o u o pesquisador.
No estudo, o tratamento com canabidiol foi capaz de prevenir o surgimento das crises límbicas, e quando aconteciam, essas crises eram menos intensas. “O tratamento crônico conseguiu frear a progressão da doença, impedindo o recrutamento de novas áreas do cérebro e bloqueando as crises l í m b i c a s ”, c o n c l u i u o pesquisador. Outro aspecto presente no estudo é o fato de que o modelo conseguiu imitar, mesmo que parcialmente, a complexidade da situação dos casos clínicos. “Além da susceptibilidade às crises epilépticas, os animais da linhagem WAR apresentam o u t r a s d o e n ç a s neuropsiqui át r ic as, como aumento de ansiedade e características de comportamentos depressivos, entre outros. Há demonstrações claras de que pessoas com epilepsia também apresentam outros transtornos neuropsiquiátricos associados”, explicou o professor Norberto Garcia-Cairasco, orientador por trás do projeto.
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Os avanços da ciência nas últimas décadas possibilitaram muito mais qualidade de vida e segurança para àqueles que carregam o vírus da imunode ciência humana, o HIV. Mas até que ponto conviver com esse microrganismo por tanto tempo, mesmo que o mantendo sob controle, pode prejudicar a saúde? É o que investigam pesquisadores no estudo Reprieve (Randomized Trial to Prevent Vascular Events in HIV ou “Ensaio Randomizado para Prevenir Eventos Vasculares em HIV”, em tradução livre), liderado por especialistas do Hospital Geral de Massachusetts, vinculado à Universidade Har vard, nos Estados Unidos. Entre 2015 e 2019, o trabalho envolveu 7770 participantes em mais de 100 instituições de pesquisa de 12 países, em cinco continentes. As descobertas do estudo só devem ser divulgadas
em 2023, mas alguns resultados preliminares já estão sendo divulgados. Artigos publicados na última semana na revista cientí ca e Journal of Infectious Diseases, trazem alguns dos achados iniciais sobre os efeitos no organismo da convivência prolongada com o HIV. “Com quase metade de todas as pessoas que vivem com HIV agora já maiores de 50 anos, a ênfase de pro ssionais de saúde mudou nos últimos 20 anos de manter os pacientes vivos com terapia antirretroviral para promover os melhores cuidados possíveis contra condições secundárias”, destaca Steven Grinspoon, professor da Faculdade de Medicina de Harvard e coautor do estudo, em comunicado. Uma das des cob er t as preliminares da pesquisa é que o comprometimento físico e uma condição de fragilidade são
comuns em pessoas de meiaidade com HIV. Os estudos indicam, porém, que monitorar o Índice de Massa Corporal (IMC) e praticar exercícios podem ajudar a evitar esses problemas. Outra constatação é que mulheres com HIV podem ter m ai or pre d i s p o s i ç ã o p ar a problemas cardiovasculares e metabólicos com a menopausa. As pesquisas também trazem novas informações sobre fatores que podem levar à insu ciência renal e ao acúmulo de gordura no coração de pessoas infectadas pelo vírus da aids. “A publicação desses dados iniciais do Reprieve vão ajudar médicos e pesquisadores a entender melhor o impacto do HIV em todo o corpo”, pontua Gr i nsp o on . Os re su lt a d o s também podem auxiliar no desenvolvimento de métodos preventivos, tratamentos e diretrizes sobre o risco cardiovascular dessas pessoas. “Ao lançar luz pela primeira vez sobre a magnitude e a complexidade desse problema, acreditamos que essas informações e as outras que virão terão papel crítico no desenvolvimento de estratégias de prevenção cardíaca, além de melhorar os cuidados com as 37 milhões de pessoas que vivem com HIV globalmente”, acredita o cientista.
10 Criança hoje, Criança amanhã
16 A 23 DE JULHO DE 2020
ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com
Quando começamos a pensar sobre a morte? Parte II C GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO
podia quebrar e cair em cima dela. Os relâmpagos e trovões passaram a ser uma ameaça de punição porque havia uma culpa velada. Essa concretude invadindo a ideia de morte também pode vir na crítica à irmã mais nova, com doença terminal, por ela não ter ainda preparado os brinquedos que deve levar no caixão, para brincar quando car sozinha. Se por um lado parece ter a noção de que a morte da irmã vai afastá-la, “ car sozinha”, por outro esta ideia parcial da morte convive com a concretude do levar os brinquedos preferidos para brincar na morte. Assim, a convivência da ideia abstrata com o concreto evidencia a ainda impossibilidade da noção de morte, pela não aquisição do conceito de irreversibilidade. Portanto, a morte na proximidade afetiva, a l é m d a d i c u l d a d e qu e acompanhará pela vida toda a mente da criança, estará diretamente atrelada à fase do
desenvolvimento psicológico. A morte no entorno pode estar ligada ao animal de est imaç ão d a cr i anç a. O sofrimento se equipara à perda de uma pessoa da família, porquanto os bichinhos são muito humanizados pelas crianças. Esta relação com o bichinho é muito rica. O animal serve para a projeção de todo tipo de emoção e sentimento. E com a vantagem que a retribuição de afeto é garantida. O pet não guarda rancor, e aguenta tudo, quase tudo. Mas quando a morte vem buscar a criança, muitas vezes, ela nos surpreende. É uma violência que a natureza comete. Somos mal preparados para perder nossos pais, e somos, completamente, despreparados para perder nossos lhos. Assim como, para a criança, todo mundo nasce, cresce, ca grande, ca velhinho e morre. Esta é a lógica infantil. No inconsciente coletivo, criança não morre.
Mas, talvez, pela imaturidade e pela incompletude cognitiva, a criança com doença grave é capaz de caminhar no nal com uma força admirável. O olhar do entorno fala o que as palavras não dizem. Mas é o olhar que a criança lê. Ela
maneira surpreendente quando ela tem suas perguntas respondidas. É perda de tempo s e p ensar que s e engana alguém que está no último corredor, mesmo que seja uma criança. Para muitos que têm uma grande di culdade de
é mentir, porque negam a realidade. A religiosidade conforta ao oferecer uma continuidade. Mas a irreversibilidade, descoberta em torno dos sete anos, se impõe. Novamente aqui, teoria e vivência se confrontam e é preciso conciliar estes dois vetores paralelos da vida. Se isto é difícil para a mente adulta, com todos os seus recursos, para a criança é ainda mais difícil. Difícil só de pensar. A criança, sob a ameaça de morte ou de morrer, não deve ter minimizada sua angústia. E, pior, rir de seu medo, ridicularizando-o. Nunca. O medo da morte é constitutivo da vida. O impulso de vida nos faz chorar para abrir os pulmões no primeiro momento de vida para evitar a morte ali. E será este medo da morte que nos manterá vivos. Mas, precisamos ajudar a criança a tornar a irreversibilidade, a noção abstrata de morte, única certeza concreta da vida, mais palatável. Com verdades, com acolhimento, sem enganação, mas do tamanho dos pequenos, verdades
aprende a lidar com esta expectativa da morte, de uma
aceitar o que está se desenhando na criança, a saída
compatíveis com seu desenvolvimento.
OLENA KLYMENOK/GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO
omo falamos na ú lt i ma s e mana , é necessário que a criança tenha adquirido a noção de irreversibilidade para que ela comece a pensar na ideia de morte, pois a morte é a irreversibilidade por excelência. É quando a criança começa a saber um pouco sobre o morrer. Mas entre a ideação da morte e a vivência da morte e do morrer, guardam uma grande distância. Cada variável que é possível ser incluída no raciocínio torna o pensamento mais complexo e mais preciso. O pensamento lógico segue a sequência do desenvolvimento cognitivo, cada fase dando lugar à próxima, p orque precisa das aquisições sucessivas. E é assim que a criança vai se capacitando a aceder a um pensar cada vez mais complexo. Quando a morte chega ao mundo afetivo da criança, além da dor da perda de a l g u é m qu e l h e é mu it o imp or tante e necessário, precisamos considerar a faixa etária da criança. Com seu pensamento seguindo o raciocínio concreto, a criança vai alocar a morte daquela pessoa de referência dentro de uma localização concreta. Frequente é a resposta que atribui o novo endereço numa estrela. Ou o genérico céu. Estas respostas de onde a pessoa está, no entanto, pode se transformar num ponto de angústia, contrar iando a intenção de romancear a dor d a p e r d a . Um r o m a n c e concretizado, o que contempla a fase cognitiva. Lembro a menina de quatro anos que se apresentava como aquela que quando nasceu a mãe foi lá p ara o céu. Mas qu ando ocorria uma tempestade, a menina entrava em pânico porque pensava que era a mãe que estava zangada e o céu
COMPORTAMENTO 11
16 A 23 DE JULHO DE 2020
ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Doenças de inverno ISTOCK
Olá pessoal,
V
ou falar hoje sobre as doenças mais comuns e indesejáveis do inverno. Prepare-se, pois a lista é extensa. Então, vamos lá? Com a queda da temperatura, algumas doenças passam a incomodar o organismo. O sistema respiratório é alvo de vírus e bactérias que, em locais fechados e cheios de gente, se espalham rapidamente. Vou lhes apresentar as mais comuns nesta época do ano. Resfriado e gripe são problemas respiratórios que comprometem especialmente o nariz. No resfriado, sintomas como coriza, dor no corpo e espirros são mais fracos e, em uma gripe, mais fortes. Costumamos tratar com a nt i t é r m i c o s , a n a l g é s i c o s e descongestionantes nasais. Anualmente contamos com as campanhas de imunização contra a
gripe. A vacina é a maneira mais e caz de prevenção da doença. A rede pública de saúde oferece vacina para os grupos de risco, ou seja, gestantes, idosos, pro ssionais de saúde, pessoas com doenças crônicas ou que tenham imunidade baixa. Não podemos esquecer da rinite alérgica e da sinusite. A rinite é a in amação da mucosa do nariz e pode ter relação com pó, perfumes, mofo e outros agentes como infecções virais, resfriados e a própria gripe. Já a sinusite é a in amação ou infecção dos 'seios' da face (seios paranasais), cavidades naturais existentes ao redor do nariz, da maçã do rosto e dos olhos. No tratamento das rinites alérgicas são utilizados medicamentos antialérgicos e recomenda-se manter o ambiente sempre limpo e arej ado. Para a sinusite, o tratamento varia desde
medicação para aliviar os sintomas como antiin amatórios e antitérmicos até antibióticos. A bronquite também faz parte da gangue do inverno. É uma in amação dos brônquios, que impede a chegada do ar nos pulmões. O tratamento varia com o us o de inalação e medicamentos como antii n a m a t ó r i o s , broncodilatadores e até
antibióticos são recomendados. A pneumonia, infecção que ataca os pulmões, sobretudo quando o sistema de defesa está debilitado por gripe, t u b e rc u l o s e , a l c o o l i s m o, tabagismo, diabetes e males do coração. Na maioria dos casos, recomenda-se o uso de antibióticos — por via oral ou na veia. E, por último, tem a
bronquite. Uma in amação nos brôn qu i o s qu e i mp e d e a passagem do ar aos pulmões. O problema costuma atacar crianças de até seis anos, sendo mais grave especialmente em recém-nascidos. Para combater essa doença, inalação e uso de antivirais. Também combatese a doença com o uso de antibióticos ou medicamentos à base de corticoides. Muitas vezes, é preciso que a criança ( ou a du lto ) qu e internada até se recuperar. Não posso deixar de adverti-los acerca da automedicação. Todo e qualquer sintoma que nos incomoda, devemos procurar
um médico, que nos esclarecerá sobre o problema e receitará o remédio certo. O uso de medicamentos sem orientação médica pode levar a óbito. Cuidem-se e, por hoje, é só!
Pesquisadores descobrem Centro de reabilitação nova conexão entre o na China terá floresta toque e o olhar vertical Em estudo, cientistas da Universidade de Nova York perceberam que movimentos oculares podem indicar nossa capacidade de prever informações, independentemente das sensações táteis
Além dos benefícios ambientais, o espaço será acolhedor e terapêutico
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Um olhar diz tudo — às vezes, muito mais do que você imagina. De acordo com um novo estudo da Universidade de Nova York (NYU), nos Estados Unidos, pequenos movimentos oculares já podem antecipar algumas informações que, normalmente, obteríamos por meio do toque. A pesquisa foi publicada no último dia 3 de julho na revista cientí ca Nature Communications. "Essa conexão entre os olhos e o toque revela uma ligação surpreendente entre percepção, cognição e ação", diz, em nota, Stephanie Badde, pesquisadora de pós-doutorado da NYU e primeira autora do estudo. Para conduzir a investigação, os pesquisadores reuniram alguns voluntários e pediram que eles distinguissem dois tipos de vibrações produzidas por um dispositivo conectado ao dedo dos participantes: rápidas, de alta frequência; e lentas, de baixa
f re quênci a. Os estudios os acompanharam o olhar das p e s s o a s o t e m p o i n t e i r o, rastreando até mesmo pequenos movimentos involuntários dos olhos, conhecidos como microssacadas, que ocorrem quando tentamos xar nosso olhar em um ponto. Nest a pr imeira et ap a do estudo, os indivíduos foram instruídos a focar sua visão em um ponto xo na tela de um
a
(27) 99233-3990
c o m p u t a d o r. E l e s f o r a m instruídos de que cada batidinha do dispositivo do dedo signi cava que uma próxima vibração estaria por vir. O que os participantes não sabiam é que o intervalo de tempo entre esse aviso e a vibração tátil era a parte principal da pesquisa. Esses intervalos permitiram que alguns participantes previssem com mais precisão quando a vibração ocorreria. Quando eles tinham essas informações, os pesquisadores perceberam apenas uma diminuição na frequência das microssacadas pouco antes do estímulo de vibração. Outra constatação é que a capacidade de distinguir vibrações rápidas e lentas foi aprimorada pela supressão de microssacadas. "O fato de que pequenos movimentos oculares podem prejudicar nossa habilidade de discriminar estímulos táteis, e que a supressão desses m o v i m e nt o s a nt e s d e u m estímulo tátil antecipado pode aprimorar essa mesma habilidade, pode signi car que áreas comuns do cérebro, bem como recursos neurais e cognitivos, atuam nos movimentos dos olhos e no processamento de estímulos táteis", explica Marisa Carrasco, professora de psicologia e ciências neurais da NYU, que também assina o estudo.
STEFANO BOERI ARCHITETTI CHINA
O escritório italiano Stefano Boeri Architetti, conhecido mundialmente por suas “ orestas verticais”, venceu uma competição para construir o maior centro de reabilitação para pessoas com de ciência na cidade chinesa de Shenzhen. A nova empreitada não poderia deixar o verde faltar: árvores em vários níveis, do chão ao teto, são destaque no projeto. Voltado para pessoas dos 16 aos 60 anos, o espaço abrigará espécies vegetais nativas que formarão terraços verdes. Este grande jardim se conectará com o parque público vizinho ao estabelecimento. Ár vores e plantas também estarão presentes em diversos espaços – formando camadas de verde ao longo do prédio. As p l a nt a s v ã o f or n e c e r sombreamento e resfriamento natural, além de melhorar a qualidade do ar circundante. Possivelmente, também ajudará
atrair polinizadores. Isso traz benefícios ambientais inestimáveis. Além disso, o espaço pretende ser acolhedor e terapêutico para os pacientes e quer maior bem-estar do que estar em contato com a natureza? Diversos estudos vêm mostrando o quanto a natureza pode ajudar a reduzir a incidências de doenças mentais. Não à toa, a inclusão de hortas em espaços de saúde já é parte de diversos projetos, inclusive no Brasil. Esse potencial medicinal será reforçado com a inclusão de
er vas aromáticas e plantas medicinais no centro de reabilitação de Shenzhen. Outro ponto interessante é que a ideia de acessibilidade não se limitou a introduzir recursos para conceder acesso fácil a qualquer pessoa – o que é básico em um centro de reabilitação. O próprio desenho arquitetônico do edifício tem a intenção de trazer a sensação de acolhimento e que “não funcione como uma cerca ou barreira”, segundo P i e t ro C h i o d i , d i re t or d e projetos de arquitetura da lial Stefano Boeri Architetti China. Além de reabilitação, o espaço servirá a diversas funções, entre elas: centro esportivo, museu, treinamento individual e em equipe, atividades recreativas e a r t í s t i c a s . Ap e s a r d e n ã o especi car, o projeto prevê o uso de energia renovável para suprir a s d e m a n d a s d o e d i f í c i o. Ta m b é m s e r á i mp l a nt a d o sistemas para coleta de água da chuva.
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12 OLHAR DE UMA LENTE
16 A 23 DE JULHO DE 2020
HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
De dois em dois anos, promessas e mais promessas... Muito embora não dê para ter certeza de que o candidato mais preparado cumprirá suas promessas, mesmo que viáveis, é possível reconhecer e descartar o político falastrão e despreparado
A
s ap ar i ç õ e s d e pré candidatos se tornaram constantes nas redes sociais nas últimas semanas e, observando bem essas ferramentas de comunicação e publicidade, notei que as promessas sem pé e sem cabeça continuam, como nas eleições anteriores. Os mais experientes no mundo político e com vasto conhecimento em campanha eleitoral e que já mostraram que, quando eleitos, hibernam, ou melhor, mergulham por três longos anos, acordam e dão a cara somente em vésperas de eleição, não perdem a oportunidade de aparecer em programas de televisão e rádio e, agora, é claro, nas redes sociais como verdadeiros doutores em doenças sociais crônicas que persistem por décadas em nosso País e, óbvio, prometendo o céu e a terra.
dessa “sopinha”, as redes sociais caíram como luvas, pois além de ser uma propaganda barata e atingir um universo muito maior de pessoas — muito diferente de santinhos e pan etos — estão usando a criatividade e a emoção para conquistar o eleitorado. Esses ap are c e m e m i m a ge ns c om máquinas de pavimentação e outros equipamentos da administração pública ao fundo, dizendo o que pretendem fazer e nalizam o post agradecendo ao padrinho que pode ser o prefeito, um senador, um deputado ou um vereador da base política. Acredito que uma das ferramentas mais importantes ness e mo delo de campanha eleitoreira está na gura do presidente de comunidade. Sua função, que signi ca muito mais que ser mero representante de algum partidário e que deve
gestor, acaba sofrendo sanções da
demorar meses e, muitas vezes,
sentimentos de con ança e moral,
administração como demora no recolhimento de lixo em pontos
nunca chegar, comprometendo, assim, seu mandato como líder. Maior exemplo do que estou dizendo é a reforma de uma escadaria em uma comunidade da periferia do município da Serra, onde a licitação e a verba para a obra estavam liberadas, mas a prefeitura não sinalizava o início. C a n s a d o s d e e s p e r a r, o s moradores zeram o serviço com um décimo do valor licitado... Isso é Brasil!!!
um contrato informal entre o candidato e o povo. Por isso, é muito importante saber o que o candidato pensa, o eleitor deve conhecer a carreira dele, assim como sua atuação pro ssional, seu histórico de vida, sua postura ética e sua conduta diante da sociedade. Se o discurso do candidato não condiz com sua atuação em outros momentos da vida, isso é um indício de que ele pode estar mentindo. Analisar suas propostas, o partido ao qual está liado e quem são seus correligionários. Além disso, é preciso ver se suas promessas são viáveis e compatíveis com o cargo q u e e l e p r e t e n d e o c u p a r. Promessas genéricas do tipo “vou criar milhares de empregos” são muito fáceis de fazer e obviamente são inviáveis de cumprir. Muito embora não dê para ter certeza de que o candidato mais preparado cumprirá suas promessas, mesmo que viáveis, é possível reconhecer e descartar o político falastrão e despreparado. Fica a dica!
Legitimidade no processo eleitoral
Para muitos deles, que ainda não t ive r am a op or tu n i d a d e d e experimentar o delicioso gosto
manter a imparcialidade, se torna uma assessoria de vereadores e prefeito. Se não ler na cartilha do
viciados, obras de pavimentação postergadas e investimentos importantes e essenciais podem
Não há regulamentação principiológica do conteúdo da propaganda eleitoral. A Lei de Eleição nº 9.504/97, ao se referir a tal instituto apenas de maneira objetiva, aborda vedações que d e s v i r tu am a i g u a l d a d e d o processo eleitoral, distribui o tempo de propaganda, aponta como esta deve ser veiculada na imprensa escrita, na televisão, no rádio e nas redes sociais. Estabelece também, com
TATI BELING
BRASIL 13
16 A 23 DE JULHO DE 2020
A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO
SITE DO PARLAMENTAR
Sérgio Vidigal (PDT-ES)
Sérgio Majeski (PSB-ES) Majeski apresenta nova proposta para favorecer educação especial
Projeto de Sérgio Vidigal obriga testagem de professores a cada 14 dias Com a possibilidade do retorno gradativo das aulas presenciais, medidas sanitárias preventivas para as escolas são necessárias para garantir a segurança de alunos, professores e demais trabalhadores. Países como China (onde o novo coronavírus surgiu pela primeira vez), Dinamarca, Alemanha e França são exemplos de que tem como retomar as aulas com segurança e tomando todas as medidas sanitárias necessárias para preservar a comunidade acadêmica. “O enfrentamento da pandemia do novo coronavírus tem exigido que os governos adotem uma série de medidas sanitárias preventivas para estabelecimentos públicos e privados. Assim, A testagem ampla para professores e pro ssionais das escolas públicas e particulares visa assegurar seu bem-estar e também o dos alunos”, comentou Sérgio Vidigal.
LEONARDO TONONI
Fabiano Contarato (Rede-ES) Senador denuncia Bolsonaro na ONU por descaso na proteção dos povos indígenas Em ofício ao Relator Especial sobre os Direitos dos Povos Indígenas do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) está denunciando o descaso do governo Bolsonaro na proteção aos indígenas e demais comunidades tradicionais no enfrentamento da Covid-19. Ele espera que a pressão internacional faça Bolsonaro assumir esse socorro.
Presidente da Frente Parlamentar de Apoio a Inclusão, a Acessibilidade e Cidadania das Pe s s o a s c o m D e c i ê n c i a , d e p u t a d o apresentou mais uma proposta para garantir melhores condições aos estudantes com de ciência neste período de suspensão das aulas presenciais. Na Sessão Ordinária da manhã desta quartafeira (15), os deputados estaduais aprovaram a Indicação 1464/2020, de autoria de Majeski, para o governo do Estado garantir, durante a pandemia, a Educação Inclusiva a todos os alunos com de ciência, de acordo com cada necessidade especí ca. “Nesse período do ensino remoto, será que as ferramentas disponíveis funcionam para todos? Como faz um aluno com de ciência auditiva para entender o que diz a professora no vídeo se não há tradução em Libras? E como pode uma criança com de ciência visual realizar uma tarefa que exige assistir a um vídeo que não vem com descrição em áudio? No caso de uma criança com autismo, é adequado ela participar de videoconferências com a turma toda, mesmo sabendo que não reage bem aos ambientes barulhentos?”, questiona Majeski.
MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO
Omar Aziz (PSD-AM) Senado muda programa de suporte a empregos para fortalecer Pronampe O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o projeto de lei de conversão que abre crédito para que pequenas e médias empresas mantenham seus funcionários durante a pandemia de covid-19. Os senadores zeram mudanças para reduzir pela metade o escopo do programa e fortalecer o Pronampe, linha de crédito para essas empresas com nalidades mais amplas. O texto volta para a análise da Câmara dos Deputados. O projeto vem da Medida Provisória (MP) 944/2020, publicada no início de abril. Ela criou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), destinado a disponibilizar verbas para que micro e pequenas empresas possam pagar salários e saldar dívidas trabalhistas ou previdenciárias durante a pandemia. O relator da MP, senador Omar Aziz, justi cou o rearranjo dizendo que o Pronampe “decolou” como forma de apoio às micro e pequenas empresas, ao contrário do Pese, que não tem concedido alto volume de crédito desde a sua criação. “Como o funding federal tem sido utilizado de maneira e ciente no âmbito do Pronampe, é plenamente aceitável realocar mais recursos para este programa”, escreveu o senador em seu relatório. AGÊNCIA SENADO
Otto Alencar (PSD-BA) Indenização de R$ 50 mil a profissional de saúde vitimado pela covid-19 vai à sanção
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (14) um projeto que concede uma indenização de R$ 50 mil a pro ssionais da área da saúde que tenham cado incapacitados após contraírem o coronavírus, por atuarem na linha de frente de combate à pandemia. O texto (PL 1.826/2020) também prevê a indenização de R$ 50 mil aos dependentes dos pro ssionais que tenham morrido ou que venham a falecer pela doença, também por estarem na linha de frente. O texto, já aprovado pelo Senado, segue agora para a sanção do presidente Jair Bolsonaro, que poderá sancioná-lo na íntegra ou vetá-lo, no todo ou em partes. A Câmara manteve outras categorias incluídas durante a votação no Senado, na semana passada, pelo relator, Otto Alencar (PSD-BA). Otto acolheu emendas dos senadores para a ampliação da lista de pro ssionais bene ciados.
Evair de Melo (PP-ES) Mais 346 leitos de UTIs no Estado A diária de cada um desses 346 leitos é de R$ 1,6 mil e será paga integralmente com recursos do governo federal, por um período de 90 dias. Hoje, o Estado possui 695 leitos de UTI exclusivos para Covid-19 e uma taxa de ocupação de 78,13%, conforme dados do portal https://coronavirus.es.gov.br/leitos-uti. Com a habilitação desses 346 novos leitos, a rede pública de saúde do Espírito Santo passará a contar com um total de 1.041 leitos de UTI, o que vai possibilitar a redução do índice de ocupação, chegando a 52,16%, “Desde o início da pandemia, sempre estive preocupado com a necessidade de ampliação dos leitos de UTI, nas Santas Casas e hospitais lantrópicos, principalmente nas cidades do interior do Estado. Com essa habilitação, hospitais que já contam com UTIs vão ampliar o número de leitos e isso terá um re exo direto na qualidade da assistência prestada à população”, explicou o parlamentar.
14 SERESPORTE
16 A 23 DE JULHO DE 2020
LAÉRCIO FRAGA “LAU” fracaodesegundo@gmail.com (27) 99961-5323 Professor de Educação Física
Erich Bomm: de craque de bola a treinador competente “Nasci durante uma partida entre Brasil X Argentina na Copa do Mundo de 1974”
A
carreira de jogador de futebol é desa adora. A persistência e a vontade de vencer têm que caminhar lado a lado em todos os momentos. Conseguir sucesso na carreira é o prêmio que todos perseguem, mas poucos conseguem o destaque que almejam. Temos no estado do Espírito Santo um caso raro de atleta que jogou futebol em três pisos distintos e, em todos eles, mostrou competência e mu it a h abi l i d a d e. E s tou falando de Erich Bom m. Nascido em Vitória, esse capixaba, de 46 anos, desde cedo já tinha uma grande vocação para os esportes e o futebol foi o escolhido para ser a sua pro ssão. Nesta entrevista ele fala sobre a sua carreira como atleta e, agora, como treinador nas quadras, nos campos e na areia.
Quais foram os clubes que treinou e qual deles você pode afirmar “Eu tinha o time na mão”? Rio Branco, São Matheus, Vitória, Desportiva e o sub-20 do Serra. Quanto a ter o time na mão, acho mais fáci l lembrar a única vez que isto não ocorreu. Foi em 2019 du r ante a m i n h a ú lt i m a passagem pelo Rio Branco na era Loco Abreu. Em todas as outras oportunidades acredito ter deixado um bom legado com o grupo de atletas.
Muitos atletas do futsal não conseguem êxito no campo. Como foi a sua adaptação? Foi muito tranquila, pois, junto comigo, também foram mais dois atletas do futsal. O Cosme Eduardo, que era técnico da Desportiva na época, me deu todo o suporte j á qu e m e c on h e c i a d a s quadras. Fizemos um grande trabalho que culminou com o título de campeão capixaba de 1996.
Títulos como treinador? Fui tri campeão estadual no futsal; tri campeão estadual no beach soccer e, no campo, me sagrei campeão capixaba 2016 na Desportiva e campeão capixaba da série B 2018 pelo Rio Branco.
Quais foram os seus ídolos? Quem você gostava de ver jogar? Na minha juventude meu maior ídolo era o Zico, e tinha o Bebeto que era outro que eu curtia ver jogar. Eu me espelhei muito nesses dois atletas. Balançar a rede ou uma assistência genial? Sempre fui da assistência
CÁSSIO BRAZ
Como foi o seu primeiro contato com o futebol? Acredito que o meu primeiro contato com o futebol foi assim que saí da barriga da minha mãe, Marli Campos Bom m, já que nasci durante uma partida entre Brasil X Argentina na Copa do Mundo de 1974. Fui o primeiro atleta " m u l t i p i s o” d o E s t a d o , jogando futsal, campo e areia. Comecei com 13 anos jogando a “Copa A Gazetinha” pela equipe do Sesi — Jardim da Penha e logo após fui para o futsal, voltando ao campo, já como pro ssional, na
EDSON CHAGAS
marcado na sua carreira? Joguei futsal no Álvares, Un e s c e A i m oré s ( MG ) ; futebol de campo na D e sp or t iv a , R i o Br anc o, Vitória, Serra, Ceará (CE), Juventus (SP) e Flamengo (RJ) e beach soccer na seleção capixaba e seleção brasileira. Quanto aos títulos são todos importantes e especiais, mas o de campeão brasileiro de futebol de areia, com a seleção capixaba, foi um levante na autoestima do esporte no Espírito Santo.
Desportiva Ferroviária (1996). Em 2000 comecei no beach soccer. Quais as equipes em que você atuou nas três versões do futebol (quadra, campo e areia), competição mais importante que participou e qual foi o título que ficou
genial! Aquele passe que arranca suspiro da arquibancada, isso me encanta! Teve um jogo da Copa do Brasil (Rio Branco X Cruzeiro) em 2003 que passou em rede nacional e nessa partida você se
destacou, apesar da derrota, inclusive foi apelidado de Zidane, tamanha a semelhança com o estilo do ex-craque francês. Conte-nos sobre essa 'noite de gala'? Noite memorável, pois não era qualquer adversário e tão pouco qualquer Cruzeiro. Nesta temporada o Cruzeiro conquistou a tríplice coroa, t aman ha a qua lidade do elenco. Esse jogo foi muito importante. Foi uma vitória pessoal para mim como atleta e até como pessoa, pois eu havia acabado de voltar de sete mes es no Flamengo s em nenhuma chance de jogar e acabei mostrando que eu poderia, sim, jogar em alto nível. Graças a Deus eu joguei muito bem, inclusive fazendo gol. Polivalente, como foi a sua experiência no futebol de areia? Em 2000 iria acontecer um campeonato brasileiro de seleções em Jacaraípe, na Serra. O Índião (Jorge Ferreira Alves, o Índio, ex-técnico da seleção brasileira de futebol de areia e também da seleção do Espírito Santo), que já me conhecia do futsal do Álvares, me fez o convite para disputar a competição na qual saímos campeões. Me apaixonei pelo esporte e acabei chegando à
seleção brasileira, ganhando uma copa Latina aqui em Vitór i a (C ambur i) e um Mundialito, disputado em Portimão (Portugal).
Como está atualmente a sua situação profissional? Hoje, eu trabalho em várias frentes como pro ssional da Educação Física e, no futebol pro ssional, estou trabalhando com o sub-20 da
Nesse momento em que o futebol capixaba está parado em virtude da pandemia, Erich está intensi cando o seu projeto de treinos personalizados intitulado Soccer Beach Training que acontece em Vitória. Está aí uma ótima oportunidade para você que pretende dar os primeiros passos ou simplesmente aprimorar a sua técnica com foco no futebol. Não perca tempo e entre em contato: Soccer Beach Training — Competência, experiência e total segurança nos seus treinos. Local: Vitória Dias: 2ª a 5ª feira Horário: a partir das 7h30 ARQUIVO PESSOAL
Desportiva. Quando você decidiu tornar-se técnico de futebol? Quando eu percebi que já n ã o e s t a v a m a i s acompanhando os meninos nos jogos eu parei e disse opa: 'preciso pensar no que vou fazer após a carreira de atleta'. Foi aí que resolvi fazer o curso de Educação Física (2005 2009) com o foco de me tornar treinador.
continuidade no trabalho (comissão técnica/jogadores) e não mais viver de contratos de três ou quatro meses e, por m, melhoria dos gramados e estádios para que tenham uma e s t r utu r a qu e ate n d a o s torcedores como clientes, porque só dessa forma eles voltariam e teríamos estádios cheios durante os jogos.
Qual é o caminho para que o futebol do Espírito Santo ganhe algum destaque no cenário nacional? Maior investimento nas categorias de base a médio e longo prazos; promover para o pro ssional jogadores bem preparados e identi cados com nossos clubes; reestruturação do departamento pro ssional dos clubes; proporcionar a
Contato: Instagram professor_erichbom m
GERAL 15
16 A 23 DE JULHO DE 2020
LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM Administrador pela Ufes, Mestre em Administração pela Fucape, graduando em Ciências Econômicas pela Ufes e membro do Grupo de Estudos de Políticas Públicas
Coronavírus e a dívida pública brasileira D
urante o período de 2014 a 2016 o Brasil passou por uma recessão que cou conhecida como “terceira grande recessão”. Entretanto, a recuperação, ao contrário do que aconteceu nas duas recessões anteriores, vinha acontecendo a passos lentos. Ainda longe de alcançar os patamares anteriores a 2014, surge no horizonte dos brasileiros a “quarta grande recessão”, esta provocada pelo coronavírus. E o que devemos esperar no cenário scal póspandemia? A crise de 2014 teve suas causas nas crises política e scal do País. Os dé cits públicos cresciam a passos largos e a capacidade de investimento do governo cou comprometida. Na tentativa de retomar os investimentos no País, o governo Dilma apostou nas concessões, ou seja, no investimento privado. Sem o sucess o esp erado, o PIB continuou em queda livre até o ano de 2017, quando teve um modesto crescimento de 1,3%. Em 2016, já no governo Temer,
uma agenda reformista foi proposta como resposta à crise. O País precisava frear os gastos d o g ov e r n o e re c up e r a r a con ança, para isso foram aprovadas a Reforma Trab a l hist a, obj et ivando a geração de empregos e o Teto de Gastos, para conter o avanço dos dé cits scais. Tais medidas, juntamente com a Reforma da
Previdência aprovada em 2019, visavam controlar o aumento dos gastos públicos e gerar renda para que em um horizonte de três ou quatro anos o País pudesse ter novamente superávit e, assim, reduzir a dívida pública e, no longo prazo, recuperar sua capacidade de investimentos. A recuperação acontecia lentamente, mas foi bruscamente
interrompida pela chegada do novo coronavírus ao País. Diante deste cenário, temos um País mergulhado na “quarta grande recessão” antes mesmo de se recuperar da terceira. Os desa os que já eram enormes agora são maiores ainda. As reformas feitas até então se mostram insu cientes, o que nos leva para um cenário no
qual reformas mais intensas serão necessárias. Em 2019, o endividamento do Brasil já batia cerca de 75% do PIB e nas projeções para o nal de 2020, a dívida pública pode chegar em 90% do PIB, batendo 100% até 2022. Diante desse cenário que se apresenta, caminhamos para uma realidade na qual a capacidade de investimento do governo ca comprometida. O Estado se endivida para pagar o que não foi possível cobrir s ome nte c om i mp o sto s . À medida que a relação dívida/PIB cresce, os juros tendem a subir, pois o risco aumenta, isso torna a dívida mais cara, tornando a necessidade de se endividar maior, criando um ciclo vicioso e perigoso. Precisamos quebrar este ciclo, mas quais são nossas o p ç õ e s ? Te m o s d u a s : Austeridade ou imprimir moeda e pagar a dívida. O caminho de imprimir moeda para pagar a dívida é tentador para muitos. Desta forma, não haveria necessidade de cortar gastos e a população não seria desamparada mais ainda.
Proposta tentadora, mas isso traria de volta ao País uma velha conhecida nossa, a in ação, que levaria ao derretimento do poder de compra daqueles que não conseguem proteger seu dinheiro através de investimentos. Então nos restou a primeira opção, a austeridade. O corte de gastos parece ser o único caminho viável para o País no pós-pandemia. Cabe agora aos nossos governantes não jogar essa conta para os mais pobres, que já são desamparados pelo Estado brasileiro. Mesmo sendo temerosa a realidade que se aproxima, podemos ter uma chance de fazer reformas que há tempos precisamos, como a tributária e a administrativa, podemos ter a chance de debater sobre o funcionalismo público e os privilégios que a elite dessa classe goza. Cortar onde realmente se deve cortar e reformar o que precisa ser reformado. Será que, como sociedade, amadurecemos para isso? Ou vamos permitir que essa conta seja jogada, mais uma vez, para os mais pobres?
Prefeito da Serra desrespeita Decreto Federal Segundo moradores, que não quiseram se identificar, há três meses eles não recebem as cestas básicas garantidas por Decreto Federal HAROLDO CORDEIRO FILHO
Moradores de Jardim Carapina procuram o Fatos & Notícias para denunciarem medidas irresponsáveis do prefeito Audifax Barcelos por descumprir, segundo eles, o Decreto Federal 13.987, que
autoriza todos os prefeitos e governadores a distribuírem kit de alimentação ou minicesta básica para crianças da rede de ensino municipal nesse momento de pandemia.
Segundo Miquéias Silva, morador e liderança da comunidade, já se passaram quatro meses de pandemia e as famílias, que já deveriam ter recebido os kitsalimentação, ainda não os
receberam. A prefeitura forneceu o primeiro mês, depois, nunca mais, de acordo com os moradores. Miquéias disse que vem sendo procurado por mães que estão passando necessidade e não estão recebendo ajuda do governo municipal. “Em função dessa insensibilidade do prefeito, para com nossas crianças/alunos, procurei os órgãos competentes como a Secretaria Municipal de Educação e, para minha surpresa, alegaram que foi aberta outra licitação para contratação de uma nova empresa fornecedora desses mantimentos e, que, isso ocorreu porque o setor de nutrição da PMS pediu a
substituição do sal por outro alimento”, a rma. Pa r a M i qu é i a s , é u m a
nal de mandato, tratar n o s s o s a lu n o s e n o s s a s crianças com tanto descaso.
REPRODUÇÃO/G1
vergonha um prefeito, em
Nota A fome não espera! A re d a ç ã o d o Fat o s & No t í c i a s n ã o p o d i a deixar de externar completo repúdio para mais uma das várias medidas irresponsáveis d o pre fe ito Au d i f a x Barcelos. Prefeito, não teria outro mecanismo que não a interrupção da distribuição dos kits, por três meses, por causa de uma substituição do sal por outro produto nos k its? S en hor gestor, quem tem fome, tem pressa. Pois ela não espera!
16 MUNICÍPIOS
16 A 23 DE JULHO DE 2020
VITÓRIA
SANTA TERESA PMST
Circuito Cultural abre mais de 970 vagas em oficinas on-line para todas idades DIVULGAÇÃO/SEMC
O Circ uito Cu ltura l de Vitória abriu 979 vagas para o cinas on-line, a serem realizadas no segundo semestre de 2020. As inscrições podem ser feitas pelo site Vix Cursos ou pelo WhatsApp institucional (27) 99578-3761, desta quinta-feira (16) até o dia 27 de julho. O início das aulas será no dia 3 de agosto. Há vagas para pessoas a partir de cinco anos de idade e em divers as áre as, como fotogra a, capoeira, contação de histórias, teatro, violão, dança, balé, entre outras. O Circuito Cultural é uma política pública desenvolvida pela Secretaria de Cultura de Vitória (Semc) que visa a promoção, acesso e f or t a l e c i m e nt o a o s b e n s culturais.
Reforma do Emef ProfessorEthevaldo Damazio em andamento Reforma na Escola EMEF Professor Ethevaldo Damázio a
to do vap or, pre visão para conclusão em Agosto desse ano.
O valor total do contrato é de R$ 458.964,46.
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
Se liga!!!
Prefeitura investiu R$ 44 milhões em 2019, maior valor em sete anos DIVULGAÇÃO/PMCI
O s nú m e ro s d e 2 0 1 9 constam na 26ª edição do anuário Finanças dos Mu n i c í p i o s C ap i x a b a s , e l a b or a d o p e l a Ae q uu s Consultoria. O documento apresenta dados da gestão scal das administrações locais referentes ao ano passado e antecipa análises para 2020, levando em conta o impacto que a pandemia do novo coronavírus deverá provocar na economia
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