ANO X - Nº 363 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 24 A 31 DE AGOSTO/2020 SERRA/ES
Distribuição Gratuita
1° caso mundial sobre “Direitos da Natureza” será julgado no Equador
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
8 Mais uma receita simples, fácil prática e saudável para seu café da tarde ou pós-treino Pág. 8
JORGE PACHECO
8 Guedes diz que Senado deu “péssimo sinal” ao derrubar veto a reajustes. Segundo ele, os senadores cometeram “um crime contra o País” ANA MARIA IENCARELLI 8 Somos todos responsáveis por esta menina e por todos os outros meninos e meninas que sofrem toda sorte de abusos intrafamiliares Pág. 10 Pág. 5
HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Embora otimistas em relação à recuperação da economia, empresários serranos reclamam de inoperância do poder público Pág. 12
PIKIST
LAÉRCIO FRAGA “LAU”
8 A bicicleta é um dos meios de transporte mais prático, barato e sustentável que existe Pág. 14
LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM
8 Ao reduzir a taxa Selic, o Copom espera estimular o consumo e abertura de novos negócios Pág. 15
Onda de frio intenso começa a atingir vários estados do Brasil DIVULGAÇÃO
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Mon i c a Fe r i a - Ti nt a , a dvo g a d a principal do escritório de advocacia
britânico 20 Essex Chambers apresentou à Corte Constitucional equatoriana uma
Pesquisadores criam chocolate ao leite mais saudável com casca de amendoim Cientistas viram que resíduos da oleaginosa aumentam os níveis de compostos fenólicos no doce, fornecendo mais antioxidantes e benefícios à saúde Pág. 8
Perda de gelo na Groenlândia aumentará nível do mar em 10 centímetros Previsão é de que a temperatura na região aumente entre 4 e 6,6ºC até o m do século 21, provocando o derretimento de bilhões de toneladas de gelo Pág. 16
ação para impedir a extinção do ursode-óculos (Tremarctos ornatus), última
espécie remanescente de urso nativo da América do Sul. Pág. 2
Tecnologia converte água do mar em água potável em apenas meia hora GETTY IMAGES
Utilizando energia solar, a ferramenta visa completar o processo de dessalinização de forma mais eficiente do que as práticas atuais Pág. 6
Uma onda de frio intenso começa a atingir vários estados do Brasil a partir desta quinta-feira (20) e, até sábado (22), os dias serão bastante frios em parte do centro-sul Pág. 16
Opas alerta: Américas passam por uma grave crise de saúde mental Pág. 11
“Agosto laranja”: Pesquisa revela que 75% dos pacientes com esclerose múltipla sofrem com fadiga Pág. 9
2 MEIO AMBIENTE
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
1° caso mundial sobre Uma das aves mais “Direitos da Natureza” raras do mundo está será julgado no mais ameaçada do Equador A dupla, batizada de Little Grey e Little White, passou 30 horas viajando da China para a Islândia, onde nadaram no mar pela primeira vez desde 2011
que se pensava
GREG HUME/CC 3.0
Monica Feria-Tinta, advogada principal do escritório de advocacia britânico 20 Essex Chambers apresentou à Corte Constitucional equatoriana uma ação para impedir a extinção do urso-de-óculos (Tremarctos ornatus), última espécie remanescente de urso nativo da América do Sul. O processo aborda os Direitos da Natureza, presentes na Constituição do Equador, mas esse é o primeiro caso a evocar esses direitos não apenas no país, mas em todo o mu n d o. A c o n c e s s ã o d e autorização para mineração em larga escala na oresta de Los C edros, onde vive o animal, motivou a ação. O Equador foi a primeira nação a incluir os Direitos da Natureza em sua constituição, e havia a expectativa de que se tornasse a primeira nação a
proteger grandes áreas de biodiversidade por meio desse dispositivo legal inovador. No entanto, interesses dos setores de mineração e combustíveis fósseis têm afastado o país dessa trajetória. A empres a naciona l de m i n e r a ç ã o d o E q u a d o r, ENAMI EP, recebeu direitos de exploração da Floresta Protegida Los Cedros, localizada no noroeste do E q u a d o r, s e n d o u m d o s habitats biologicamente mais diversi cados do mundo, com mais de 4.800 hectares de oresta intocada. Esse é o único lugar do mundo onde ainda vive o urso-de-óculos, juntamente a centenas de espécies de plantas e animais endêmicos. “A Constituição do Equador não concede o direito de levar essas espécies à extinção ou de
destruir o funcionamento de ecossistemas naturais de valor mundial. Pelo contrário, é a primeira Constituição do mundo a tratar a natureza como um assunto de direitos constitucionais com direito à proteção”, a rma Feria-Tinta. “Ao decidir sobre este caso, o Tribunal irá, sem dúvida, considerar a noção de 'dano geracional' em decorrência da extinção de um mundo natural qu e nã o s e e nc ont r a e m nenhum outro lugar”. O escritório 20 Essex Chambers entrou no caso após a corte equatoriana ter selecionado o processo como prioritário para análise em m ai o d e 2 0 2 0 . A ju r i s t a impetrou o pedido como Amicus Curiae, termo em latim que signi ca “amigo da corte” — um instrumento legal que pode ser usado quando o proponente da ação não é parte interessada. O urso-de-óculos, também chamado de urso-andino, cou conhecido após o lme de animação As aventuras de Paddington, lançado no Brasil em 2014, que tem o animal sulamericano como personagem principal. A comédia infantojuvenil aborda a extinção das orestas, a prática da caça e o direito dos animais à vida.
Estudo mostra que, apesar dos esforços de preservação, sobrevivência de periquitos-de-ventrelaranja caiu de 51% para 20% nas últimas décadas UNIVERSIDADE NACIONAL DA AUSTRÁLIA
Um e s t u d o l i d e r a d o p o r periquitos-de-ventre-laranja pesquisadores da Universidade nasçam na natureza como Nacional da Austrália mostra result ado dos esforços de que, mesmo após décadas de recuperação na Tasmânia, esses esforços, preservar o periquito- benefícios são reduzidos por de-ventre-laranja, um dos ameaças durante a migração e o pássaros mais raros do mundo, i n v e r n o , q u e n ã o s ã o identi cadas ou abordadas", ainda é um desa o. Por muitos anos, iniciativas de a rma Shannon Troy, bióloga, p r e s e r v a ç ã o n a á r e a d e coautora da pesquisa e líder do reprodução do animal, na programa de preservação do Ta s m â n i a , c o n s e g u i r a m periquito-de-ventre-laranja da aumentar as taxas de procriação DPIPWE. Os cientistas suspeitam que as da ave na natureza. Ainda assim, 80% dos periquitos-de-ventre- m a i o r e s d i c u l d a d e s laranja jovens nascidos em seu encontradas pelas aves sejam no único criadouro da região trecho de migração do Estreito morrem durante o período de de Bass, que separa a ilha da Ta s m â n i a d o r e s t a n t e d a migração e de inverno. "Nossos resultados são muito Austrália. Com um bando preocupantes", disse Dejan reduzido de aves, os periquitosStojanovic, autor principal do d e - v e nt r e - l a r a nj a s o f r e m artigo publicado em maio na durante a travessia e, no inverno, Emu: Austral Ornithology, em têm di culdade de encontrar comunicado. "Descobrimos abrigo no estado de Victoria. que, ao longo do tempo, a sobrevivência das aves juvenis caiu de 51% em 1995 para apenas 20% nos últimos anos". Pa r a c h e g a r a e s s a s c onclus õ e s , o s p es quisadores usaram dados coletados ao longo de 22 anos pelo Departamento de In dú s t r i a s P r i m á r i a s , Parques, Água e Meio Ambiente (DPIPWE) da a Tasmânia. " E m b o r a m a i s (27) 99233-3990
" D e te r m i nar p or qu e o s pássaros não sobrevivem à migração e ao inverno é parte da solução para prevenir a extinção, que pode ser inevitável a longo prazo se esses problemas não puderem ser resolvidos", a rma Troy. Os periquitos-de-ventrelaranja estão criticamente ameaçados, ou seja, na última etapa antes da extinção. Em 2016, por exemplo, apenas três fêmeas conseguiram retornar aos criadouros após a migração. Mesmo que a quantidade tenha aumentado nos anos seguintes, chegando a 13 fêmeas em 2019, o tamanho total da população dessa espécie é muito pequeno. “A Austrália tem uma das piores taxas de extinção do mundo e nosso estudo mostra que corrigir décadas de declínio populacional de papagaios-debarriga-alaranjada é extremamente dif ícil e, apesar de nossos melhores e s f orç o s , p o d e n ã o t e r sucesso”, a rma Stojanovic. "Esperamos que nosso estudo incentive outros a pensarem holisticamente sobre a maneira como implementamos esforços de conservação para espécies migratórias, de modo que um bom trabalho feito em um momento e lugar especí co não seja desfeito quando os animais migram".
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CULTURA 3
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
A curiosa história dos "Estados Unidos do Brasil" Nome que sucedeu ao Império do Brasil foi derrubado durante a ditadura militar. Mas qual a história por trás dessa mudança?
Conselho Estadual de Cultura dá continuidade ao processo de tombamento dos galpões da Codesa VÍTOR NOGUEIRA
DOMÍNIO PÚBLICO
Projeto de intervenção e ampliação da Casa de Cultura Roberto Carlos, em Cachoeiro, também esteve entre as pautas da 127ª Reunião Ordinária do CEC
FOTO: REPRODUÇÃO
R
epública dos Estados Unidos do Brasil, o nome pode até parecer meio estranho, mas foi assim que nosso País foi chamado até pouco tempo atrás. Essa nomenclatura foi usada oficialmente desde 1891, época em que começou vigorar a primeira Constituição republicana do Brasil. O País só deixou de ser Estados Unidos em 1967, há 53 anos, durante a ditadura militar — mais precisamente sob o comando do general Arthur da Costa e Silva — quando passou a vigorar, em 15 d e m a r ç o, a C o n s t i t u i ç ã o brasileira de 1967. Naquela ocasião, o documento foi denominado simplesmente como “Constituição do Brasil”, ao c ont r á r i o d e s u a s v e r s õ e s anteriores que tinham o nome de "Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil" ou "C onst ituiç ão dos E st ados Unidos do Brasil". Um ano depois, em 1968, uma lei estabeleceu que o nome “Estados Unidos” fosse substituído por “República Federativa”, o que deveria ser aplicado em símbolos nacionais, brasões e até mesmo em selos oficiais. Já em 1969, uma emenda alterou partes do texto, que, naquele momento, passaria a se chamar Constituição da República Federativa do Brasil, o
mesmo nome que permaneceu na Constituição de 1988 — que está em vigor até hoje. O nome “Estados Unidos do Brasil” perdurou por quase 75 anos, substituindo o famoso “Império do Brasil”, que começou a ser usado a partir da Constituição de 1824 e vigorou até 1889. Em 1891, o uso de “Estados Unidos” foi feito com a ideia de explicitar a nova postura do novíssimo regime republicano que, ao contrário do que vigorava no Império, não se baseava no Estado unitário. Assim, esse documento era uma maneira de promover a ideia de uma descentralização política e de mostrar que havia uma nova relação entre o poder central e as antigas províncias do País, que passariam a se chamar de Estado — conquistando maior autonomia. Além do nome, esse modelo também foi inspirado na Constituição americana. Um ponto importante a se observar é que, naquela época, a grafia de nosso País ainda utilizava o “z” (Brazil), e só passamos a ser “Brasil” em um decreto de 1931. O nome “Estados Unidos” permaneceu na Constituição em três ocasiões, na de 1934, na de 1937 e na de 1946. Apenas a Carta autoritária de 1937, que é comumente conhecida como
“ p o l a c a”, d e v i d o à s s u a s semelhanças com a Constituição Polonesa de 1935, fez uma pequena alteração nessa nomenclatura, chamando o País de “Estados Unidos do Brasil”, retirando a palavra “república”, que só voltaria em 1946. De acordo com os jornais brasileiros daquela época, a mudança no nome não gerou muita discussão na sociedade. Mas qual o intuito de abandonar o nome “República do Estados Unidos do Brasil”? Muitos historiadores apontam que os militares a fizeram com a intenção de que o nome oficial de nosso País não fosse confundido com o dos americanos. Além do mais, essa mudança de nomenclatura era muito mais cabível com as mudanças radicais que a sociedade sofria. Além de República dos Estados Unidos do Brasil ou Estados Unidos do Brasil e República Federativa do Brasil, nosso País já recebeu inúmeros outros nomes. Antes da Independência, por exemplo, erámos a Terra de Santa Cruz, mas também já fomos Pindorama (nome dado pelos indígenas), Terra Nova, Terra do Brasil, Terra dos Papagaios, ViceReino do Brasil ou até mesmo Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, entre outros.
(AVENTURAS NA HISTÓRIA)
INSTITUTO HISTÓRICO SÃO GABRIEL DA PALHA
Foto Antiga do ES
Centro de São Gabriel da Palha, na década de 70
A continuidade do processo de tomb ame nto h istór i c o d o conjunto dos galpões da Codesa, no C entro de Vitór ia, foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros presentes na 127ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Cultura (CEC), transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Secretaria da Cultura (Secult), realizada na última quinta-feira (13). A reunião do Conselho contou com cerca de 80 representantes da Cultura em sua sala on-line. C om a c ont i nu i d a d e d o p r o c e s s o, a r e s o l u ç ã o d e tombamento histórico emitida pela Câmara de Patrimônio Arquitetônico, Bens Móveis e Acervos irá seguir uma série de etapas. Haverá a realização de uma audiência pública, em seguida a resolução será encaminhada para a homologação do governador do Estado, Renato Casagrande. Em seguida, a homologação será publicada no Diário Oficial do Estado e, por fim, a inscrição no livro do Tombo, documento que estabelece o registro de bens protegidos. Com o tombamento sendo efetivado, os galpões dos armazéns 4 e 5 poderão passar por ações de recuperação para que possam ser apropriados e utilizados futuramente para eventos culturais e de lazer. Outro processo aprovado no Centro Histórico de Vitória, foi o Projeto Arquitetônico do Estacionamento João Clímaco, localizado ao lado do Palácio Anchieta. Trata-se da requisição de construção de uma nova edificação para um estacionamento público na área de entorno dos bens tombados do local, ou seja, do Palácio Anchieta, a Escola Estadual Maria Ortiz e da própria Praça João Clímaco. Na reunião, outras análises e deliberações de pareceres da Câmara de Patrimônio Arquitetônico, Bens Móveis e
Acer vos também foram realizadas, abrangendo diversos municípios no Estado. Quando se trata de sítios históricos ou imóveis tombados, é necessário entrar com um pedido de autorização junto à Secult para que possa ser avaliado por seu corpo técnico e pelos conselheiros do CEC para a execução de qualquer obra de alteração ou intervenção neste tipo de local. Seguindo uma solicitação da Pre fe itu r a Mu n i c ip a l d e Cachoeiro de Itapemirim, foi aprovado o projeto de Intervenção e ampliação na estrutura da Casa de Cultura Roberto Carlos. Adequação das rampas às normas de acessibilidade, assim como a criação de nova cantina equipada com sanitários públicos acessíveis também estão previstas nas alterações no imóvel, que foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura no ano de 2009. O projeto também prevê a aquisição de uma antiga residência próxima do local que será recuperada e adaptada ao uso de Casa do Artesão, um espaço para comercialização dos produtos, para a realização de
oficinas e outras atividades artísticas. Vários pareceres de análise de projetos de intervenção urbana apresentados pela Prefeitura Municipal de Muqui, em área integrante do Sítio Histórico, foram aprovados. O projeto de drenagem, pavimentação e contenção da Rua Joaquim Afonso e Rua Projetada; a reforma dos canteiros centrais, situados na Avenida Cel. Pedro J o ã o , Av e n i d a J e r ô n i m o Monteiro e Avenida Getúlio Vargas; e a obra de reforma e ampliação do Centro Integrado da Mulher (Ciam) situado no bairro de Boa Esperança. Dois pareceres de regularização de intervenção realizada sem conhecimento prévio do CEC e da Secult foram objeto de análise por estarem no Poligonal de Tombamento do Sítio Histórico. Os imóveis situados dentro dos perímetros delimitados encontram-se protegidos por lei, portanto, vedada qualquer tipo de inter venção, tais como reformas, regularizações, ou novas construções, portanto sendo obrigado a se adequar nas normas para que o proprietário não seja advertido pelo CEC. LUCIANO DANIEL
4 EDUCAÇÃO
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
86% dos pais querem que ano letivo atual continue em 2021, revela pesquisa FREEPIK
Não é apenas o risco de contágio por coronavírus que a ige pais e mães de alunos prestes a retornarem às salas de aula em todo o País. A medida em que o ano letivo avança, uma dúvida relacionada ao ensino também se alastra: “o quanto meu lho aprendeu durante a pandemia?” A resposta é complexa e depende de uma série de fatores — do acesso ao conteúdo ao grau de c omprome t i me nto c om o s estudos — mas é praticamente consenso que as aulas a distância d i m i nu í r am o re nd i me nto e s c o l a r. Um a p e s q u i s a , encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures ao Instituto DataFolha, obtida com exclusividade por Veja, joga luz sobre esse e outros questionamentos e mostra que os responsáveis pelas crianças e adolescentes querem garantir que nenhum conteúdo que para trás. Nada menos que 86% dos e nt re v i s t a d o s d e f e n d e m a continuidade do aprendizado previsto para 2020 durante o ano que vem. “Seriam anos híbridos. O aluno progride, mas faz o quarto ano junto com quinto, por exemplo”, explica Denis Mizne, presidente d a F u n d a ç ã o L e m a n n . “A reprovação de todo mundo não faz sentido. Tem um custo
altíssimo para o sistema, au m e nt a a e v a s ã o e s c o l a r brutalmente e vai ser muito frustrante diante do esforço de professores, alunos e famílias para oferecer alternativas de ensino durante a pandemia”. Outras sugestões apontadas como alternativas para o aluno não perder totalmente o ano escolar tiveram adesão dos pais acima de 70%. São elas: continuidade das atividades virtuais em casa, em conjunto com as aulas presenciais (92%); aulas aos sábados (76%); aulas
em dias alternados, enquanto as restrições da quarentena ainda prosseguem (74%) e ter mais aulas por dia (73%). O levantamento, realizado pelo Datafolha, entre os dias 7 e 15 de julho, ouviu 1.056 pais em todo o País por telefone, o que corresponde a 1.556 alunos, entre seis e 18 anos de idade, das redes estaduais e municipais de ensino de todas as regiões brasileiras. A margem de erro observada foi de três pontos percentuais. A pesquisa é a terceira do gênero realizada pela organização e
permite comparar os dados com resultados anteriores. Os números mostram, por exemplo, que a tarefa de repor o conteúdo no ano que vem enfrentará grande obstáculos. Para 48% dos pais, os lhos estão menos envolvidos na escola do que no período anterior à pandemia e 18% consideram que eles perderam o interesse pelo estudo. A falta de motivação passou de 46% em maio para 51% em junho. Já a percepção de que não há evolução no aprendizado saltou de 46% para 50%. “Não vai
dar tempo de cobrir tudo, porque a gente perdeu muitas horasaula”, diz Mizne. “É preciso e s c o l h e r o q u e e n s i n a r. Ident i c ar dent ro d a b as e nacional comum curricular quais são os pontos inegociáveis e priorizá-los”, completa. A boa notícia é que as novas tecnologias se mostraram aliadas dos alunos e professores nas salas de aula. Ferramentas como formulários de exercícios online, cont role de pres ença informatizado e encontros virtuais vieram para car. A pesquisa revela que o desa o inicial de oferecer acesso aos conteúdos escolares foi cumprido com relativo sucesso: 82% dos alunos receberam atividades pedagógicas, sendo que 44% combinam material impresso com algum tipo de equipamento eletrônico (celular, computador, TV com acesso à internet ou rádio). Em maio, o número era de 74%. A ideia de que as pessoas matriculadas nas redes públicas de ensino não teriam como acessar o material pedagógico não se mostrou tão verdadeira assim: 95% disseram ter ao menos um aparelho conectado à internet e 52% relataram ter quatro ou mais. O meio mais utilizado, de longe, é o celular —
72% realizaram as atividades pelo aparelho. Mais da metade dos alunos, 51%, tem celular próprio, enquanto 38% dividem com alguém da família. Em contrapartida, 36% das famílias de todo Brasil disseram ainda não contar com conexão de banda larga em seus domicílios. Na região Norte, o número chega a 52%; no Nordeste é de 47% e no Centro-Oeste, 43%. Fatores como esse fazem com que o uso da tecnologia nas regiões mais afastadas ainda seja um e mp e c i l h o p ar a e du c a ç ã o, e n qu ant o 9 6 % d o s a lu n o s realizaram algum tipo de atividade no sul do País, apenas 62% dos estudantes do norte obtiveram o mesmo desempenho. Para os coordenadores da pesquisa, num primeiro mome nto, a p and e m i a v ai impactar negativamente na educação brasileira, mas, ao longo prazo, haverá lições p o s it iv as qu e p o d e r ã o s e r extraídas do complicado ano letivo de 2020. “Provavelmente, a gente vai pegar o Ideb de 2021 e todo mundo vai dizer que o ano foi perdido. Mas eu espero que, em cinco anos, a gente perceba o legado de ter abraçado a tecnologia de nitivamente após esse período”, diz Mizne.
Como acolher os alunos em tempos MEC dará internet a aluno de baixa de aulas remotas Preocupação com a saúde mental tem cooperado para a aproximação, mesmo que virtual, da comunidade escolar O apoio emocional aos alunos, familiares e educadores, em outras palavras, a saúde mental, é tão importante quanto as novas estratégias de retorno das aulas presenciais. Segundo Bianca Ve n t u r a , o r i e n t a d o r a educacional do Colégio Anglo 21, localizado na zona sul de São Paulo, os canais de escuta e articulação entre a comunidade escolar têm estreitado o relacionamento entre pais e profe ss ore s , s e nd o a ss i m , gerando resultados positivos nos e stu d ante s . “Nó s f a z e mo s enquetes periódicas com pais e alunos, nas quais conferimos o tempo de dedicação às atividades online, percepção de aprendizagem e sensações, e a partir deste ponto, alinhamos novos combinados em outros fóruns, como reunião de pais e assembleias de classe no formato on-line. Essas revelações foram fundamentais para que pudéssemos ajustar questões práticas para melhoria das aulas, das avaliações e do acolhimento de modo geral”, a rma. A saber, uma das estratégias utilizadas pelo colégio foi
montar uma roda de conversa online com a comunidade escolar para debater sobre os diversos temas relacionados ao contexto atual, com foco no fortalecimento do senso de comunidade e pertencimento, o Diálogos 21. “Nossa próxima rodada se chama Como DIVULGAÇÃO reduzir o estresse durante a pandemia e contaremos com a participação de três mães que vão trazer contribuições das suas áreas pro ssionais para tranquilizar o dia a dia de alunos, pais e professores. A intenção desses encontros é unir a comunidade escolar, pois sentimos muita falta do ambiente presencial”, explica Bianca. Nesse período, a educadora conta que os alunos demonstraram a necessidade de aproximação da escola e, por conta disso, a instituição criou uma agenda de apoio escolar p a r a l e l a à s at i v i d a d e s d o cronograma de aulas e eventos. “A organização de encontros
individuais com os professores, ou em pequenos grupos, permitiu ampará-los mais em seus percursos de aprendizagem, principalmente os alunos que tiveram mais di culdade na adaptação ao novo formato. Precisamos
exibilizar prazos e considerar estratégias de apoio emocional para lidarmos juntos com os desa os dessa realidade de distanciamento e isolamento social”, conta. Aliás, o convívio social com amigos, colegas de turma e até com o próprio time pedagógico da escola é o que mais afeta os estudantes. “Buscamos driblar essa sensação de isolamento por meio de atividades culturais,
como sarau online e rodas de conversa. Montamos também grupos de WhatsApp para favorecer a interlocução direta dos jovens com a escola. Por meio destes canais eles trouxeram como sugestões encontros virtuais para jogos grupais, debates de lmes e até piquenique”, ressalta a orientadora. Ainda segunda a especialista, uma das razões que mais causa ansiedade nos alunos é a preocupação com relação à saúde de seus familiares e amigos e o retorno das aulas presenciais. “De um lado, há um desejo de recuperar os encontros sociais e a aprendizagem presencial, mas por outro, há um temor em relação ao novo formato e uma sensação de perda, já que a escola não voltará, nesse momento, a ser como era antes. Mais da metade dos nossos alunos a rmam que se preocupam com o futuro de suas aprendizagens e o que podemos fazer é ajudá-los a focar no que é possível fazer hoje”, conclui.
renda
D e p oi s d e c i nc o me s e s d a suspensão das aulas presenciais em decorrência da covid-19, o Ministério da Educação (MEC) anunciou, na segunda-feira (17), programa de fornecimento de dados de internet para que estudantes de baixa renda de universidades e institutos federais acompanhem o ensino a distância. "Fiquei contente embora, num primeiro momento, pudesse entender que foi um pouquinho t a rd e p a r a t om a r m o s e s s a iniciativa", disse o ministro da pasta, Milton Ribeiro, durante coletiva de imprensa. Ele atribuiu a demora ao percurso administrativo público e à
burocracia interna. Inicialmente, o programa vai atender 400 mil alunos com renda mensal familiar por pessoa até 0.5 salário mínimo (R$522,50), em duas modalidades. Para aqueles que já tem pacote de dados móveis, será oferecido bônus. Para os que não tem, serão entregues chips com pacotes de dados. A instituição de ensino cará encarregada de entregar as informações dos estudantes para as operadoras. Segundo o MEC, o programa vai entrar em vigência em agosto para alunos das 25 universidades federais que já retomaram o ensino de forma remota.
(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES
POLÍTICA 5
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
Jorge
Analista Político
Pacheco
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la. Pois seja feita a vontade de Deus. Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha pátria!”, Joaquim José da Silva Xavier — Tiradentes ISAC NÓBREGA/PR
A derrubada, pelo Senado, do veto do presidente Jair Bolsonaro a o re ajuste d e s a l ár i o s d e ser vidores da saúde e da educação representou “um péssimo sinal”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. S egundo ele, os s enadores cometeram “um crime contra o País”. O veto será votado pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (20). Tradicionalmente, as derrubadas de vetos são votadas e m s e s s ã o c o nj u nt a p e l o s deputados e senadores, mas a apreciação pelos deputados foi adiada para que o Ministério da Economia tente articular a manutenção do veto. “Colocamos muito recurso na crise da saúde e o Senado deu um sinal muito ruim permitindo que justamente recursos que foram para a crise da saúde possam se transformar em aumento de salário. Isso é um péssimo sinal. Temos que torcer para a Câmara conseguir segurar a situação”, disse Guedes após reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Para o ministro, existe o risco de perda de até R$ 120 bilhões de recursos com a derrubada do veto. “Pegar dinheiro de saúde e permitir que se transforme em aumento de salário para o funcionalismo é um crime contra o País”, disse. Guedes acrescentou que o veto pelo presidente Bolsonaro foi um gesto de responsabilidade porque tinha como objetivo garantir que o pacote de ajuda aos estados e aos municípios seja aplicado no enfrentamento à pandemia de covid-19, sem ser revertido em aumentos de salários. O congelamento dos salários dos servidores tinha sido de nido pela equipe econômica como contrapartida para o socorro aos governos locais.
‘Estado não pode ser infrator', diz Cármen ao votar por proibir governo de monitorar servidores 'antifascistas’
para suspender todo e qualquer ato do Ministério da Justiça de produção ou compartilhamento de informações sobre cidadãos que se intitulam antifascistas. Pelo entendimento de Cármen, a pasta comandada pelo ministro André Mendonça ca proibida de levantar dados sobre a vida pessoal, escolhas pessoais ou políticas e práticas cívicas exercidas por opositores ao governo. O procurador-geral da República, Augusto Aras, por outro lado, defendeu o direito do Executivo de colher informações e d i s s e q u e “r e l a t ó r i o d e inteligência não se confunde com i nv e s t i g a ç ã o c r i m i n a l”. O julgamento será retomado nesta quinta-feira (20). Em um voto com duros recados ao Palácio do Planalto, Cármen Lúcia disse que o Estado “não AJUFE
tese”. “E ameaçados, ou lesados, os cidadãos podem promover questionamento judicial daquilo que pareça adequado. E é dever do Poder Judiciário decidir sobre os pleitos apresentados na forma da lei. Sem acesso à Justiça qualquer direito é escasso de validade, oco de vigor e carente de e cácia porque será cumprido segundo o voluntarismo de cada pessoa. Sem acesso à Justiça, não há Estado de Direito, porque os atos estatais deixam de ser controlados e o poder estatal torna-se absoluto e voluntarioso. E o cidadão volta a ser vassalo do senhor Estado e não cidadão no Estado”, a rmou a ministra.
Governo avalia reduzir beneficiários de auxílio A renovação do auxílio emergencial para a população de baixa renda poderá ter um impacto adicional de até R$ 100 bilhões. Uma das opções que entrou na mesa é reduzir o público-alvo do auxílio nas próximas parcelas até chegar ao número de bene ciários previstos para o novo Renda Brasil, o futuro programa social do governo que vai substituir o Bolsa Família. O presidente Jair Bolsonaro tem ouvido lideranças políticas e quer bater o martelo sobre os valores e anunciar até terça-feira
AFP
pode ser infrator”, ressaltou que “não compete a ninguém fazer dossiê contra quem quer seja” e elogiou a atuação da imprensa, que revelou a existência do dossiê. “O proceder de dossiês, pastas, relatórios, informes sobre a vida pessoal dos cidadãos brasileiros sobre suas escolhas não é nova neste País, e não é menos triste termos que voltar a este assunto quando se acreditava que era apenas uma fase mais negra de nossa história”, disse a m i n i st r a . “Nã o c omp e te a ninguém fazer dossiê contra quem quer que seja ou instalar procedimento de cunho inquisitorial. O Estado não pode ser infrator. O abuso da máquina estatal pra escolher informações de servidores contrários ao governo caracteriza, sim, desvio de nalidade, pelo menos em
da semana que vem a prorrogação do auxílio. Os estudos estão sendo feitos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que terá até segundafeira (24) para apresentar os cálculos das propostas em discussão para que Bolsonaro de na as parcelas. De acordo com uma fonte que acompanha as negociações, há três propostas em discussão. Uma alternativa seria a edição de um decreto e uma medida provisória (MP) para oferecer mais uma parcela de R$ 600 (setembro) e duas de R$ 300 (outubro e novembro). Outra, é a edição de uma MP com mais quatro parcelas de R$ 300 (setembro a dezembro). E a terceira via seria reduzir o público-alvo do auxílio e m e r g e n c i a l a o l on g o d a s próximas parcelas até chegar ao
número previsto para o Renda Brasil. Atualmente, o Bolsa Família atende 14 milhões de famílias. A ideia é que o Renda Brasil contemple cerca de 21 milhões de famílias. Hoje, mais de 66 milhões de pessoas recebem o auxílio emergencial de R$ 600, criado como ajuda extra a desempregados, informais e bene ciários do Bolsa Família para fazer frente à pandemia. O governo já destinou R$ 254,4 bilhões para o pagamento do auxílio emergencial, num total de cinco parcelas (de abril a agosto). A despesa mensal do auxílio está em R$ 51,5 bilhões, e todos os gastos do governo para combater a pandemia e seus efeitos estão sendo bancados com o aumento do endividamento do País.
notícia, porém, é que o hábito se transferiu para o home office: a procura pela bebida aumentou 35%. Café Especial ou Café de Especialidade é o nome dado para as bebidas que possuem um selo o cial de qualidade. O termo vem do inglês Speciality Coffee e designa a bebida que obtém a classi cação de 80 pontos ou mais em uma escala de 100 da “Metodologia SCAA” (Specialty Coffee Association of America) de avaliação sensorial. Se os sommeliers precisam de
dos termos em inglês, os cursos são oferecidos no País, inclusive on-line. A associação americana começou somente em 1982 a da parâmetros à qualidade das bebidas. Como explica a barista e mestre de torra, Isabela Raposeiras, essa preocupação com o café é muito recente. “Na história da humanidade o café é uma das bebidas mais jovens. Para se ter uma ideia, vinho, cerveja, destilados e chá são milenares. Já o café possui apenas 500 anos de história dentro do consumo que conhecemos hoje: a bebida, a infusão, a torra”, a rma Isabela. Para ela, o interesse pela gourmetização da bebida é recente. “O café é uma bebida complexa que sempre esteve presente na mesa do brasileiro. As novidades do mercado chamam a atenção do público”, diz ela, que, durante o período de isolamento social, colocou todas as suas forças nos cursos voltados para a formação
formação para avaliar corretamente um bom vinho, o mesmo acontece com o café. Apenas degustadores certi cados pela SCAA ou por um Q-Grader licenciado pelo Coffee Quality Institute (CQI) podem fazer a pontuação. Apesar
de pro ssionais e entusiastas na área. “O café possui mais de mil compostos aromáticos, enquanto o vinho tem de 600 a 800, assim como o chocolate. Ou seja, o café é hoje a bebida popular aromaticamente mais complexa que existe”.
GETTY IMAGES
MARCOS CORRÊA/PR
Guedes diz que Senado deu “péssimo sinal” ao derrubar veto a reajustes
Relatora de uma ação que contesta a produção de um dossiê contra 579 servidores públicos opositores ao governo Bolsonaro, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira (19)
Uma paixão nacional e cada vez mais especial Há quase 300 anos o café chegava ao Brasil para provocar uma revolução na história do País. Do cafezinho ao blend mais sofisticado, o consumo só evolui mais a cada dia Consagrado universalmente durante o período industrial, o café passou por uma transformação cultural e gastronômica através dos anos. Beber café virou um ato social tão valorizado que hoje a escolha de determinado blend da bebida traduz quem tem ou não um paladar so sticado. “O movimento econômico que acontece com a maioria dos produtos após o consumo em massa gera um momento de requinte e faz surgir novos mercados”, a rma o consultor Ensei Neto, um dos maiores especialistas em café do País. Hoje qualquer um pode tomar um pingado por R$ 3, mas também é possível pagar até R$ 40 em uma bebida especial como aquela em que a fruta passa por processos extremamente complexos antes de ser levada para a torra. A única certeza nesse mercado é que o segmento do café especial é uma realidade e veio para car. As cafeterias, locais que caíram no gosto do público e onde esse tipo de produto era geralmente consumido antes da pandemia, sofreram com o cenário. A boa
6 TECNOLOGIA
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
Tecnologia converte São José dos Campos terá
água do mar em água potável em apenas meia hora
linha verde com ônibus articulado elétrico
Veículos 100% elétricos não emitem gases causadores do efeito estufa e fazem parte de projeto pela melhoria da qualidade do ar e do trânsito DIVULGAÇÃO/MARCOPOLO
O filtro projetado pode gerar centenas de litros de água potável por dia e requer apenas luz solar direta para purificar HUANTING WANG/BBC
Uma pesquisa criou uma tecnologia que pode converter grandes volumes de água do mar em água potável em menos de 30 minutos. Utilizando energia solar, a ferramenta visa completar o processo de dessalinização de forma mais e ciente do que as práticas atuais. O ltro requer apenas luz solar direta para puri car a água. Durante o processo, o dispositivo, batizado de PSPMIL-53, atrai e retém moléculas dos sais da água. Em seguida, é colocado sob a luz do sol para regenerar o sal, por quatro minutos, e já pode, novamente, retornar à água
para mais uma vez reter mais moléculas de sal. O líder do projeto, professor Hu a n t i n g Wa n g d a Universidade Monash, na Austrália, disse à BBC Mundo que o objetivo é bene ciar as comunidades mais remotas. Os pesquisadores cons eguiram at ing ir um sólido dissolvido total (TDS) de menos de 500 mg/L. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de 600 (mg/L). Com o processo, foi possível ltrar partículas nocivas da água e gerar 139,5 litros de água limpa por dia. O
professor Wang defende a dessalinização como uma opção viável para a falta de água no mundo. Ele acredita que, com o tratamento correto, água do mar e água salobra podem ser integradas a o s s i s t e m a s d e abastecimento. Questionado sobre o custo d e s s e n o v o a p a r e l h o, o professor disse que ainda há um longo caminho a percorrer para torná-lo acessível à população. Ele a rmou à BBC que o custo de produção deve diminuir quando o produto for fabricado em larga escala.
A Prefeitura de São José dos Campos (SP) apresentou, no último dia 10 de agosto, o projeto do primeiro articulado elétrico do País. O veículo irá trafegar pela Linha Verde, corredor sustentável que vai interligar as regiões sul e leste — as mais populosas — bem como a região central. C om d e s i g n a r ro j a d o, o modelo da carroceria é dedicado a chassis ar t ic u l ados com propulsão 100% elétrica, com zero emissão de gases nocivos, sendo mais econômicos, com menor custo de manutenção e bom desempenho. “São José é a primeira cidade do Brasil a criar um viário 100% não poluente, pois entendeu a importância de adotar ônibus elétricos como um aliado no combate às emissões de gases poluentes em larga escala. Além disso, quando a cidade implementa um corredor expresso, ela reorganiza o tráfego e tira mais ônibus a diesel de circulação, impactando diretamente na saúde da população”, a rmou, Marcello Von S chneider, diretor da Divisão de Ônibus da BYD
Brasil, fornecedora dos veículos. O modelo possui 22 metros de comprimento, baterias de fosfato ferro lítio (LifePO4), com autonomia de até 250 Km com uma carga completa de três horas e capacidade para 168 passageiros, além dos espaços para cadeirantes. Os veículos trazem ainda sistema UV-C de desinfecção do ar instalado no ar-condicionado, a c a b a m e nt o c om a d it i v o s antimicrobianos nas poltronas, balaústres e pega-mãos. Este será o primeiro sistema urbano oferecendo essas tecnologias de biossegurança, exigidas pela atual Administração Municipal na incorporação do projeto. “C om essas inovações, o transporte coletivo de São José dos Campos atinge um novo
p at a m a r, a l i n h a d o à s necessidades da mobilidade mundial com relação à proteção da saúde dos passageiros”, destacou Rodrigo Pikussa, diretor do Negócio Ônibus da Marcopolo, empresa responsável pela plataforma de biossegurança dos VLP. Os VLPs terão poltronas estofadas com apoio de cabeça e entradas USB, monitores instalados no teto, rádio e autofalantes, a iluminação externa terá faróis em full led, garantindo maior e ciência luminos a, a lém de to d a a acessibilidade para cadeirantes. As portas terão vão livre f a c i l it a n d o o e m b a rq u e e desembarque de passageiros, além de um sistema antiesmagamento, que evita que elas fechem quando identi cado qualquer movimento próximo. Para garantir a segurança, os veículos terão seis câmeras de alta de nição, duas delas com infravermelho. Além disso, os tradicionais espelhos retrovisores serão substituídos p or du a s c âm e r a s d e a lt a de nição, que cobrem um campo de visão maior e permitem que os motoristas vejam pontos cegos e tenham facilidade de manobra, aumentando a segurança no trânsito.
CIÊNCIA 7
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
Estudo traz informações Fim do Universo contará sobre "água alienígena" com explosões de anãs em Urano e Netuno negras em supernovas As condições extremas de temperatura e pressão têm impacto direto nas moléculas de H2O, fazendo-as assumir uma fase conhecida como "água superiônica" FEDERICO GRASSELLI
superiônica — ou "alienígena", como foi apelidada. Essa fase só existe sob temperatura e pressão extremas, que causam a dissociação das moléculas de água em átomos com cargas elétricas (íons) positivas e negativas. "A água superiônica jaz em algum lugar entre as fases líquida e sólida", a rmaram Grasselli e Baroni. "Os átomos de oxigênio da molécula de H2O são organizados em uma re de cristalina, enquanto os átomos de hidrogênio se difundem livremente como em um uido carregado". Sendo assim, sabendo das condições físicas tão exóticas de Urano e Netuno, os pesquisadores acharam crucial considerar a presença de água superiônica nos gigantes gelados — e funcionou. Segundo eles, as simulações mostram que a condutividade elétrica da água superiônica é muito maior do que acreditava-se anteriormente, o que impacta diretamente os modelos atuais dos campos magnéticos desses planetas. Além disso, graças ao método, os cientistas puderam hipotetizar que a existência de um núcleo congelado em Urano explic ar i a a luminosid ade anormalmente baixa do planeta. "[Pode haver] um uxo de calor extremamente baixo de seu interior para a superfície", observaram Grasselli e Baroni.
Cientistas da Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati, na Itália, e da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram um método que promete nos ajudar a compreender os núcleos de Urano e Netuno. A pesquisa, publicada em julho na Nature Communications, se baseou em simulações de computador da água contida nos gigantes de gelo do Sistema Solar. O foco dos estudiosos foi avaliar a condução de eletricidade e calor da água em condições extremas de temperatura e pressão, como as presentes nos gigantes de gelo e em alguns exoplanetas. Isso porque, o que se sabe sobre o núcleo de um planeta é baseado nas c arac ter íst ic as de su a superfície e de seu campo magnético, que são in uenciadas pelas características físicas de sua
estrutura interna. "Por isso, desenvolvemos um método teórico e computacional para calcular a condutividade térmica e elétrica da água, [considerando] as fases e as condições desses corpos celestes", explicaram Federico Grasselli e Stefano Baroni, co autores do estudo, em declaração à imprensa. O modelo foi criado a partir de simulações da dinâmica microscópica dos átomos e incorporou a natureza quântica dos elétrons. Segundo os cientistas, "simulando [o que ocorre] em escala atômica em frações de um nanossegundo, somos capazes de entender o que aconteceu a enormes massas em escalas de tempo de bilhões de anos". Além de considerar a água em estados sólido e líquido, os estudiosos analisaram a s u b s t ân c i a e m s u a ve r s ã o
Cientistas identicam enzima causadora do "cecê" Bactérias causadoras do mau odor surgiram muito antes dos Homo sapiens e podem ter desempenhado papel importante na comunicação social entre primatas ancestrais
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Um e s t u d o l i d e r a d o p e l a Universidade de York, no Reino Unido, em parceria com a Unilever descobriu uma única enzima responsável pelo odor corporal, ou "cecê". O achado foi publicado no m de julho no Scienti c Reports. O odor corporal é causado pela combinação de suor com algumas bactérias presentes na pele. Anteriormente, a mesma equipe descobriu que p ou c o s m i c rorg an is mo s causam o "cecê" e, por isso, na nov a p e s qu is a , o fo c o foi investigar qual (ou quais) enzimas são responsáveis pelo mau odor. "Encontrar a estrutura dessa enzima permitiu identi car a etapa molecular dentro de certas
bactérias que formam as moléculas de odor", explicou Michelle Rudden, coautora do estudo, em comunicado. "Esse é um avanço imp or t ante na PIXABAY
BOB BEHNKEN
compreensão de como o odor corporal funciona e permitirá o desenvolvimento de inibidores direcionados que interrompam a produção de 'cecê' na origem, sem afetar o microbioma da axila". De acordo com os
pesquisadores, essa "enzima do 'cecê'" estava presente na bactéria Staphylococcus hominis muito antes do surgimento do Homo sapiens como espécie. Isso sugere que o odor corporal existia antes da evolução dos humanos modernos e pode ter desempenhado um papel importante na comunicação social entre primatas ancestrais. "Essa pesquisa foi uma verdadeira revelação", a r m o u G ord on Ja m e s , c o autor d a p e s qu i s a . " Foi fascinante descobrir que uma enzima formadora de odoreschave existe apenas em algumas bactérias selecionadas nas axilas e evoluiu lá dezenas de milhões de anos atrás".
Astrônomo da Universidade Estadual de Illinois, nos Estados Unidos, acredita que fenômenos serão “a última coisa interessante” antes do Universo morrer NASA/JPL-CALTECH
Como será o m do Universo? Pa r a o s e s p e c i a l i s t a s q u e acreditam na morte térmica do Cosmos, tudo será um tanto monótono, pois só existirão bu r a c o s n e g ro s e e s t re l a s extintas. Mas para o astrônomo Matt Caplan, da Universidade Estadual de Illinois, nos Estados Unidos, esse cenário não será de todo desinteressante. Segundo o especialista, a monotonia será vez ou outra quebrada por explosões de astros conhecidos como anãs negras. Um artigo sobre a pesquisa já foi aceito e será publicado em breve no periódico cientí co Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. No Universo, algumas vezes estrelas massivas morrem após explodirem em supernova. Esse fenômeno, por sua vez, ocorre quando reações produzem ferro no núcleo do astro, pois a substância não pode ser i n c i n e r a d a e s e a c u mu l a , desencadeando o colapso da estrela e criando uma supernova. Estrelas menores, entretanto, tendem a morrer mais “tranquilamente”, se encolhendo e se transformando em anãs brancas. “Estrelas com menos de 10 vezes a massa do Sol não têm gravidade ou densidade para produzir ferro em seus núcleos da mesma forma que estrelas massivas, então não podem e x p l o d i r e m s u p e r n o v a”, explicou Caplan, em comunicado. De acordo com o físico, à medida que as anãs brancas forem esfriando nos próximos trilhões de anos, carão mais escuras, eventualmente congelarão e se tornarão anãs negras. Esses corpos celestes serão compostos principalmente de elementos leves como carbono e oxigênio e terão o tamanho da Terra. Já suas densidades serão absurdamente maiores: estima-se que cada anã negra terá quase a mesma quantidade de massa que o nosso Sol. Mas as novas características desses corpos celestes não impedirão reações em seus
núcleos. C omo obser vou Caplan, uma estrela brilha graças ao processo de fusão t e r m onu c l e a r, q u e o c or re quando ela está tão quente que seus átomos se unem, formando outras partículas e liberando energia. Embora demore muito, a fusão t amb é m p o d e o c or re r e m temperaturas muito baixas — e essa é a chave do estudo de Caplan. Para ele, esse fenômeno, mesmo lento, pode transformar as anãs negras em ferro e desencadear supernovas. “A fusão acontece, mesmo em temperatura zero, só leva muito tempo”, disse o astrônomo. Em s eu novo estudo, o pesquisador calculou quanto tempo essas reações nucleares levam para produzir ferro e quanto ferro anãs negras de tamanhos diferentes precisam para explodir. Sua conclusão foi de que a primeira “supernova de anã negra”, como apelidou o fenômeno, ocorrerá em 10^1100 anos. “[Esse número] equivale a dizer a palavra 'trilhão' quase cem vezes”, pontuou Caplan. “Se você o escrevesse, ocuparia quase uma página. É assustadoramente distante no futuro”. Nem todas as anãs negras, entretanto, irão explodir, apenas as mais massivas cuja massa está entre 1,2 e 1,4 vezes a do Sol. “Mesmo com reações nucleares muito lentas, nosso Sol ainda não tem massa su ciente para explodir em uma supernova,
nem em um futuro distante”, exempli cou Caplan. “Você poderia transformar todo o Sol em ferro e ele ainda não estouraria”. Ainda assim, pensando no Universo como um todo, isso signi ca que até 1 por cento de todas as estrelas existentes hoje, cerca de um bilhão de trilhão de estrelas, podem morrer dessa maneira. Quanto ao resto, p e r mane c e r ã o s e nd o anãs negras. Caplan também concluiu que os astros mais massivos explodirão primeiro, seguidos por estrelas progressivamente menos massivas. “[Quando isso acontecer] as galáxias terão se dispersado, os buracos negros terão evaporado e a expansão do Universo terá puxado todos os objetos restantes para tão longe que nenhum deles verá qualquer u m d o s o u t r o s e x p l o d i r ”, observou o cientista. “Nem mesmo será sicamente possível para a luz viajar tão longe”. E ss a s e x pl o s õ e s du r ar ã o milênios até que, cerca de 10^32000 anos depois, não haverá mais nenhuma anã negra capaz de explodir em supernova. Nesse ponto, é provável que o Universo realmente esteja morto e silencioso. “É difícil imaginar algo acontecendo depois disso, as supernovas de anãs negras p o d e m s e r a ú lt i ma c ois a interessante a acontecer no Universo”, a rmou Caplan.
PRECISÃO
Contabilidade (27) 3228-4068
8 BEM-ESTAR
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GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
Pesquisadores criam chocolate ao leite Bolinho de micromais saudável com casca de amendoim ondas Nutricionista - CRN:14100665
TUDORECEITAS
Modo de preparo Em um recipiente amasse as bananas e misture o restante dos ingredientes. Depois coloque no micro-ondas por dois minutos e depois vá colocando de 30 em 30 segundos, e vai olhando para que não que seco demais. Dá um total de quatro minutos, mas isso varia de micro-ondas para micro-ondas devido à potência. Pode ser feito também em frigideira para quem não tem ou não gosta de usar o micro-ondas.
Cientistas viram que resíduos da oleaginosa aumentam os níveis de compostos fenólicos no doce, fornecendo mais antioxidantes e benefícios à saúde LOUIS HANSEL @SHOTSOFLOUIS/UNSPLASH
M
ais uma receitinha fácil, prática e saudável para seu café da tarde ou pós-treino.
Ingredientes
Pesquisadores do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) descobriram que acrescentar resíduos de amendoim, e até de café, no chocolate ao leite pode tornar o doce mais saudável. O chocolate ao leite é o mais consumido ao redor do mundo, mas não é o que mais se destaca em relação a nutrientes bené cos para a saúde. Esse posto é da versão amarga, que conta com altos níveis de compostos fenólicos, potentes antioxidantes. No novo estudo, os cientistas queriam testar a bioatividade (a ação no organismo) de diferentes tipos de resíduos agrícolas, par ticularmente cascas de amendoim. "Nosso objetivo inicial era extrair os fenólicos da pele e encontrar uma maneira de misturá-los com os alimentos”, disse, em nota, Lisa Dean, principal pesquisadora do
projeto. Os fabricantes de manteiga de amendoim, doces e outros produtos derivados da oleaginosa jogam fora as cascas que a envolvem. Só que elas são ricas em compostos fenólicos e, portanto, têm alto potencial de fornecer antioxidantes — que, no organismo, atuam contra in amações e o processo de envelhecimento, por exemplo. Para criar o chocolate ao leite com antioxidante, Dean e sua equipe moeram as cascas até formar um pó e extraíram os compostos fenólicos com etanol 70%. Eles também trabalharam com borra de café e folhas de chá usadas, adotando uma metodologia semelhante para extrair os antioxidantes. O pó fenólico foi, então, combinado com maltodextrina, um aditivo alimentar, para facilitar sua incorporação no produto nal de chocolate ao leite. Os pesquisadores
conseguiram criar quadradinhos de chocolate ao leite com concentrações de fenólicos variando de 0,1% a 8,1%. O objetivo era fazer com que o pó fosse indetectável no sabor do doce. Voluntários que experimentaram a guloseima apontaram que concentrações acima de 0,9% eram detectáveis, mas incorporar os fenólicos a 0,8% resultou em um produto com um alto nível de bioatividade sem modi car o sabor ou a textura. Embora esses resultados sejam promissores, a equipe também reconhece que o amendoim é um grande causador de alergia alimentar, especialmente nos E s t a d o s Un i d o s . E m b o r a nenhum caso tenha sido detectado no estudo com o pó fenólico, os autores alertam que um produto que contém casca de amendoim deve ser rotulado como "contém amendoim".
Enxaqueca e depressão: Pesquisa revela que 57% dos pacientes têm oscilações de humor Os principais sentimentos que afetam quem sofre com enxaqueca são tristeza, incapacidade, irritação e agonia. Isso é o que revela um estudo realizado pela HSR Health, especializada em pesquisa de mercado na área da saúde. A pesquisa foi realizada entre os meses de setembro e outubro de 2019, com 145 pessoas diagnosticadas e que enfrentam di culdades. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um bilhão de pessoas sofre com o tipo especí co de
cefaleia. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são 31 milhões de pessoas. Náuseas,
Sensação de mal-estar e di culdade em cumprir tarefas cotidianas também são frequentes. Outras dores gerais como dor dos olhos, couro cabeludo, rosto, ouvido e maxilar foram apontadas por 22% dos participantes. O que chama atenção nessa pesquisa é a oscilação de humor entre pessoas que têm enxaqueca, inclusive depressão. Para 57% dos entrevistados, a tristeza é a principal mudança causada pela doença, acompanhada de irritabilidade.
REPRODUÇÃO FACEBOOK
tontu r as e vôm ito s for am queixas feitas por 94% dos par ticipantes da pesquisa.
2 ovos 2 bananas-prata 2 colheres sopa de farelo e aveia 1 colher de chá de bicarbonato 1 colher de chá de essência de baunilha 1 colher de sopa de adoçante xilitol (opcional)
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
Cientistas encontram microplástico em tecidos de órgãos humanos Pesquisadores dos EUA analisaram 47 amostras de tecidos do corpo humano e encontraram resíduos de microplástico e nanoplástico em todas elas FLICKR/UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OREGON
Já não é nov id ade que os microplásticos causam danos ao meio ambiente: eles se depositam no fundo do mar e afetam a sobrevivência de peixes e animais marinhos. Agora, cientistas norte-americanos relatam que encontraram micro e nanoplásticos em órgãos e tecidos humanos. Microplásticos são fragmentos de polímeros que medem menos de cinco milímetros; e nanoplásticos não passam de 0,001 milímetro. "Em poucas décadas, deixamos de ver o plástico como um benefício maravilhoso para considerá-lo uma ameaça", disse, em nota, C h a r l e s R o l s k y, a u t o r d a pesquisa apresentada na última segunda-feira (17) no congresso da Sociedade Americana de Química. "Há evidências de que ele está entrando em nosso corpo, há pouca investigação. Neste momento, não sabemos se esse plástico é apenas um incômodo ou se representa um perigo para a saúde humana". Para realizar o estudo, os pesquisadores recolheram 47 amostras de tecidos corporais retirados de pulmões, fígado, baço e rins — quatro órgãos que provavelmente estão expostos,
ltram ou coletam microplásticos. A equipe desenvolveu um método que extraiu esses componentes e também criou um programa de computador que contou as partículas encontradas. Como resultado, os e sp e c i a l ist as c ons e g u i r am detectar dezenas de tipos de materiais plásticos em tecidos humanos, incluindo policarbonato, terealato de polietileno e polietileno. Por sua vez, o bisfenol A (BPA), usado em recipientes de alimentos e comidas, por exemplo, foi encontrado em todas as amostras humanas. Os doadores de tecido forneceram informações detalhadas sobre
seu estilo de vida, dieta e ocupação, o que pode fornecer mais informações para detectar fontes e vias de exposição a micro e nanoplásticos. “Nunca queremos ser alarmistas, mas é preocupante que esses materiais não b i o d e g r a d áv e i s q u e e s t ã o presentes em todos os lugares possam entrar e se acumular nos tecidos humanos, e não sabemos os possíveis efeitos para a saúde”, diz Varun Kelkar, coautor do estudo. O próximo passo do grupo é conduzir estudos para avaliar os riscos potenciais que esses fragmentos causam ao nosso organismo.
SAÚDE 9
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
“Agosto Laranja”: Pesquisa revela que 75% dos pacientes com esclerose múltipla sofrem com fadiga Estudo feito pela Merck em parceria com a AME acompanha jornada de tratamento; projeto imersivo em realidade virtual alerta sobre principais sintomas da doença REPRODUÇÃO/AME/ESTADÃO
O mês de agosto é dedicado para a conscientização da esclerose múltipla, doença que atinge mais de dois milhões de pessoas no mundo. Uma pesquisa recente da Merck, empresa de ciência e tecnologia, em parceria com a Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), avaliou os principais desa os e necessidades não atendidas por pessoas que convivem com esclerose múltipla e neurologistas ao longo da jornada de tratamento. Dentre os sintomas relatados, a pesquisa mostrou que 75% dos pacientes com esclerose múltipla sofrem com a fadiga como principal sintoma que afeta a sua qualidade de vida e 42% relataram também o impacto da alteração de humor.
A pesquisa ouviu 391 pessoas em todo o País: 82% mulheres, 26% homens e 4% sem identi cação. Dos pacientes que participaram, a maioria tinha entre 18 e 34 anos. Os sintomas são, muitas vezes, imperceptíveis p ar a qu e m nã o c on he c e a doença, o que torna ainda mais difícil a jornada do paciente na busca de uma vida melhor. Embora a fadiga e alteração de humor tenham sido muito relatadas, 37% dos pacientes apontam a di culdade para se concentrar e a dor como sintomas que atrapalham a qualidade de vida, enquanto 34% também sinalizam as alterações motoras, como desequilíbrio e
tendências a quedas e 35% se queixam de problemas cognitivos e de memória.
A pesquisa também ouviu médicos neurologistas com experiência no atendimento de
pessoas com diagnóstico de EM a m de identi car se as percepções sobre o impacto da doença na qualidade de vida e os desa os encontrados ao longo do tratamento são iguais. Uma grande proporção de médicos (67%) apontou que alterações motoras, como por exemplo a di culdade para caminhar, é um grande desa o enfrentado pelos pacientes. Porém, somente 34% dos pacientes concordaram com essa a rmação. Quanto ao tratamento e sobre os maiores desa os que os pacientes enfrentam em relação a isso, a maioria (57%) respondeu que expressa preocupação por eventos adversos e complicações futuras e 37% apontaram que os custos adicionais ao tratamento,
relacionados aos exames necessários para monitoramento da doença, assim como custo de outros medicamentos complementares, são grandes desa os ao longo da jornada de tratamento. O objetivo dos tratamentos para EM é conter a atividade e doença e prevenir acúmulo de incapacidades. Quanto antes o tratamento adequado for iniciado, maiores as chances de se prevenir a manifestação de alguns dos principais sintomas, que incluem a fadiga, d i c u l d a d e s p a r a a n d a r, alteração na sensibilidade (como formigamento e dormência), confusão mental, perda gradativa de visão, entre outros sintomas.
Álcool no início da gravidez Falta de testes em aumenta progressivamente mulheres leva a erros risco de perder bebê na indicação de Pesquisa feita com mais de cinco mil mulheres nos EUA mostra que a maior ameaça está em consumir bebidas alcoólicas no momento da concepção ou no primeiro mês de gestação SHUTTERSTOCK
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, concluíram que o risco de aborto espontâneo cresce 8% a cada semana que uma mulher consome álcool entre a quinta e a décima semanas de gestação. O estudo foi publicado em julho na revista cientí ca American Journal of Obstetrics and Gynecology. Muitas mulheres abandonam o álcool quando descobrem a gravidez, mas a maior ameaça está justamente no período ant e r i or a e s s e m om e nt o, s e g u n d o a p e s q u i s a . Pa r a analisar isso, os estudiosos recrutaram 5.352 norteamericanas que estavam planejando a gravidez ou ainda nas primeiras de gestação. Durante quatro meses, elas
foram entrevistadas sobre seu consumo alcoólico. Metade das voluntárias alegou ter ingerido drinks na época da concepção e nas pr imeiras s emanas da gestação; 12% sofreram aborto espontâneo ao longo da investigação. Em média, as participantes demoraram 29 dias para deixar de beber, sendo que entre 41% delas, a mudança de hábito aconteceu até três dias depois do teste de gravidez. Mas o maior risco está exatamente nesse primeiro mês: a probabilidade de perder o bebê entre as que consumiram álcool nos primeiros 29 dias foi 37% maior. "Abster-se de álcool perto da concepção ou durante a gravidez tem sido recomendado por muitos motivos, incluindo a
prevenção de doenças. No entanto, níveis modestos de consumo são frequentemente considerados seguros", disse, em comunicado, Katherine Hartmann, principal autora do estudo. Os mecanismos biológicos por trás desses riscos ainda são pouco conhecidos. Sabe-se que o álcool modi ca os padrões hormonais, o que pode di cultar a implantação do embrião na parede uterina. A pesquisa não observou uma associação entre substâncias etílicas e riscos especí cos do desenvolvimento embrionário. Mas a constatação é a mesma de estudos anteriores: não há dose segura. "Níveis [de consumo alcoólico] que mulheres e alguns pro ssionais de saúde podem achar responsáveis são perigosos. Nenhuma quantidade pode ser sugerida como segura em relação à perda do bebê", a rma Hartmann. Para evitar que isso aconteça, os estudios os enfat izam a importância de testes caseiros que detectam a gravidez antes da interrupção da menstruação. E mais: interromper a ingestão de bebidas etílicas já no planejamento da gravidez ou assim que for possível.
medicamentos LAURYNAS MERECKAS/UNSPLASH
A falta de ensaios clínicos baseados em mulheres é um dos principais motivos que causam a prescrição errada de medicamentos, segundo uma nova pesquisa da UC Berkeley e da Universidade de Chicago, ambas nos Estados Unidos. Um artigo sobre o assunto foi publicado em junho no Biology of Sex Differences. A equip e avaliou diversas publicações anteriores sobre medicamentos aprovados pelo departamento de saúde norteamericano, o Federal Drug Administration (FDA). O intuito era avaliar se a dosagem de cada droga varia de acordo com o sexo do paciente e se a substância foi testada em uma quantidade considerável de homens e mulheres para justi car ou não essa variação. Segundo os pesquisadores, ao menos 86 remédios, incluindo antidepressivos, drogas cardiovasculares, anticonvulsivantes e analgésicos, não indicam qual a dosagem recomendada para cada sexo. "Quando se trata de prescrever
medicamentos, uma abordagem de tamanho único, baseada em ensaios clínicos dominados por homens, não está funcionando, e as mulheres estão sofrendo com isso", disse Ir ving Zucker, principal autor do artigo, em comunicado. De acordo com os especialistas, na grande maioria dos estudos homens e mulheres receberam a mesma dosagem da droga que estava sendo testada — mesmo quando a concentração da substância no sangue delas era maior. Além disso, em mais de
90% dos casos as mulheres tiveram efeitos colaterais piores, como náuseas, dores de cabeça, depressão, dé cits cognitivos, convulsões, alucinações, agitação e anomalias cardíacas. No geral, elas apresentaram duas vezes mais efeitos colaterais que os homens. Zucker ressalta que, embora preocupante, a falta de pesquisas com mulheres é um problema histórico que interfere não apenas na medicina, mas em todas as áreas da biologia. "A negligência com as mulheres é generalizada, mesmo em estudos com células e animais, onde os i n d i v í d u o s s ã o predominantemente masculinos", obser vou o especialista.
10 Criança hoje, Criança amanhã
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ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com
A Cultura do Estupro de Criança e a Pedofilia Intrafamiliar Acobertada — Parte I Uma menina, importa. Apesar de termos alguns milhares de meninas e meninos que são vítimas da Pedofilia Intrafamiliar, como esta menina, o Estado não se importa. Todas as crianças e adolescentes, importam
E
Anonimato, garantido pelo E s t at u t o d a C r i a n ç a e d o Adolescente, foi violado. Além do inferno interno que sua mente vai arder, o inferno social promoverá a sensação de que não há mais lugar sossegado. Todos apontarão com a crítica a ada e devastadora. Um fato midiático, de grandes proporções, politizado, traz, de novo, a rachadura patrocinada pela intolerância do pensar d i fe re nte. No ss a s v í s c e r a s apodrecidas cam à mostra. Argumentos religiosos são radicalizados. E se o outro não tem religião? Se eu tenho e pratico uma religião, não quer dizer que eu possa olhar para o outro que é agnóstico como sendo alguém inferior a mim. E, aqui, é uma questão de obediência à lei, que não deve ser in ltrada por crenças e credos. É da ordem da cidadania. “Os artigos 4º e 5º do Estatuto
escutá-la ao cabo de quatro anos de estupros continuados, fazendo com que outros estupros continuassem. É a revitimização social e institucional que já se estabeleceu. Até o Direito ao
da Criança e do Adolescente, ECA, segundo os quais é dever do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à dig nid ade, b em como não
permitir que nenhuma criança ou adolescente seja objeto de qualquer forma de negligência,
omissão, tenham atentado contra os direitos fundamentais desta criança.
mamárias ainda impossibilitadas de produzir leite, com o corpo siolog ic amente ap er t ado, EBC/REPRODUÇÃO
discriminação, exploração, violência, crueldade, opressão, unido na forma da lei qualquer
PIXABAY
stupro de Vulnerável. Gravidez na Infância. Pedo lia Intrafamiliar. Como é doloroso pensar estas atrocidades. Pensar, já dói. Faremos um intervalo no tema sobre a locução da alienação parental. Continuaremos em s eguida. Faz-s e necessário escutar o grito de uma criança. Situação emblemática de milhares de bebês, crianças e adolescentes, que trouxe à tona a pedo lia incestuosa acobertada. Sei que estou pisando num terreno de areia movediça, num terreno minado. Mas, mesmo assim, não vou me furtar ao desa o. Dogmas escurecem nossa capacidade de pensar e de sentir empatia. O que menos vimos foi a sensibilidade do se colocar no lugar daquela menina. De nitivamente, não temos respeito pela criança. As vozes vociferavam em alto volume o que deviam fazer com ela. Sem
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. Isto foi escrito pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça. Torcemos muito para que todos, T O D O S qu e , p or a ç ã o ou
O Artigo 17 do ECA reza que “o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Como conciliar saúde, vida, dignidade, se esta menina sofria há mais de quatro anos com estupros continuados? Este é o cuidado que nos propomos a oferecer à criança? Que tipo de adulto conseguirá ser se teve sua infância triturada? Mesmo com a cruel concretude de uma g ravide z pre co císsima p or estupro, aos 10 anos, antes da menarca e de ser estabelecido o ciclo menstrual, um corpo infantil, sem espaço para uma bolsa de líquido amniótico, desenvolvimento hormonal ainda buscando a entrada na adolescência, sem capacidade para operar a grande revolução hormonal de uma gestação, ainda sem o aparecimento dos seios, portanto, com as glândulas
mesmo assim, vimos uma atitude insensível, dura, onde os predicados, me nego a repetir, que eram atribuídos à menina. Revitimizada. Muitos estupros sociais. Para onde ela irá agora? Nem saúde, nem vida, nem d i g n i d a d e . Ne m m e s m o o Direito a ter sua identidade preser vada. Seu nome, seu endereço, sua avó, os x i ng ame nto s , e st a me n i na perdeu a sua vida tão pouco digna. Os artigos do ECA, o 3º, o 4º, o 5º, o 7º, o 8º, o 13, o 17, etc., etc., etc. Onde estavam as Instituições ditas “protetoras”, as de saúde, as educacionais, os C o n s e l h o s Tu t e l a r e s ? A Promotoria Pública? E, onde estavam as pessoas que gritavam em desobediência à lei tardia que, entre três itens, o caso contempla dois itens? Estupro e risco à vida da mulher, no caso, da criança. Por Ação e Omissão do Poder Público, assistimos ao desrespeito aos crimes cometidos. Os crimes sexuais domésticos. Os crimes sociais de dis cr iminação, exclus ão,
segregação, negligência, ausência de Políticas Públicas, Prevaricação. Sob a batuta de crenças e credos, as leis que regem o comportamento social, são v i o l a d a s . To d o s t e m o s a possibilidade de acreditar em Deus, num Deus. Mas, todos precisamos respeitar quem é agnóstico. Faz-se necessário organizar o pensamento. Ser a favor ou contra o aborto, é uma questão cidadã. Ser a favor ou contra a interrupção de uma gravidez precocíssima de uma criança de 10 anos, é uma questão legal e humanitária com a menina que já teve a infância roubada sob tortura. Rigores morais e religiosos, mesmo que de fervorosos éis, não podem determinar atitudes que excluem quem não comunga do mesmo credo. Seguindo um famoso livro religioso, “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Uma menina, importa. Apesar de termos alguns milhares de meninas e meninos que são vítimas da Pedo lia Intrafamiliar, como esta menina, o Estado não se importa. Todas as crianças e adolescentes, importam. Enquanto isso, somos surpreendidos pela nova determinação da Justiça. O Superior Tribunal de Justiça, STJ, comunicou que o estupro de vulnerável não implica em condenação em regime fechado. Ninguém gritou. Por que? Não é difícil pensar nas consequências. O silêncio é uma concordância com o relaxamento do regime dos raríssimos processos que condenam estupradores. Esta situação de barbárie evidenciou as vísceras sociais apodrecidas. Omissão e Ação do Estado. Somos todos responsáveis por esta menina e por todos os outros meninos e meninas que sofrem toda sorte de abusos intrafamiliares.
COMPORTAMENTO 11
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Nossa mente pode gerar doenças Entenda como funciona a somatização ISTOCK
Já ouviu falar em somatização? Dependendo do nosso estado emo cional e psíquico, o organismo pode gerar reações físicas como dores ou doenças, em um processo que é conhecido como somatização — quando isso ocorre com frequência, passa a ser chamado de transtorno de somatização, quando os sintomas passam a acontecer com frequência. Quando o corpo fala, ele somatiza. Assim, o medo vira um batimento cardíaco, a preocupação vira uma dor de cabeça e é típico que a pessoa já não perceba suas emoções muito bem. Existem outros casos em que a pessoa pode vir a somatizar também, como quando a pessoa sofre antecipadamente por uma frustração futura ou em situações difíceis como um adoecimento na família, separação, morte de um ente querido, perda do emprego, di culdades nanceiras ou mesmo o estresse do cotidiano. A somatização irá substituir os processos psíquicos desses sentimentos para desencadear algum problema orgânico. Como resultados mais comuns estão os seguintes sintomas: queda do sistema imunológico;
dores no corpo, no pescoço e dores nas costas; problemas articulares; enxaquecas; formigamento nos braços e pernas; zumbido no ouvido; sensibilidade à luz e a cheiros; insônia; problemas cardiorrespiratórios, dermatológicos (principalmente as dermatites) e do sistema digestór io (azi a, re uxo, diarreia), respiratórios (asma e bronquite) e alergias em geral. Este transtorno causa muita angústia e sofrimento, interferindo negativamente na performance pessoal, social,
acadêmica e pro ssional, visto que a pessoa investe muito tempo tentando encontrar as causas da sua doença, que é de fator emocional e não orgânica. Normalmente quem somatiza percebe os sinais corporais, mas não se dá conta do processo mental. Uma pessoa que passa por uma situação em que sente medo e por isso seu estômago está contraído, julga que está com algum problema no estômago e tem uma consciência muito frágil de que ele está vivendo um medo que ganhou uma expressão corporal. É característico que
haja uma espécie de incompreensão de quais são as emoções envolvidas quando a pessoa somatiza. Todavia é possível identi car quando uma dor física é fruto de uma emoção ou sentimento, ou seja, é possível encontrar um sentido psicológico para aquela dor que começou dias após o paciente perder o emprego, ou uma semana após saber que seu pai se encontra gravemente enfermo, por exemplo. Então, quando os médicos e exames não conseguem encontrar a causa da dor ou doença, o pro ssional de
saúde mental pode descobrir se o foco está na psique do indivíduo. Acompanhar um ente querido com transtorno de sintomas somáticos pode ser muito difícil. A incapacidade física pode fazer com que a pessoa seja dependente e precise de cuidados físicos extras e apoio emocional que podem esgotar os cuidadores e causar estresse nas famílias e nos relacionamentos. Os sintomas causam sofrimento muito real para a pessoa e frases como " que tranquilo, você não tem nada grave" frequentemente não são úteis. Um caminho pode ser incentivar o ente querido a considerar a possibilidade de um encaminhamento de saúde mental para aprender maneiras de lidar com a reação aos sintomas e a qualquer incapacidade que ela cause, independentemente da origem do sintoma. Nã o é i n c omu m p e s s o a s associarem a somatização à hipocondria, mas são problemas diferentes. A segunda ocorre quando não existe um problema físico, mas a pessoa acredita que está doente, se queixa de alguma doença, faz exames, consulta médicos e, diante de qualquer negativa de doença, a pessoa não
acredita e ca o tempo todo investigando causas para um problema que na verdade é psiquiátrico, ou seja, de ordem emocional. O indivíduo se julga doente e vai criando imaginariamente seus sintomas. Não há um tratamento com medicamentos especí cos para a somatização. Mas como até 90% das pessoas com transtorno de sintomas somáticos também apresentam o diagnóstico de depressão ou ansiedade, medicamentos para essas doenças são frequentemente utilizados. Por vezes ioga, massagem, relaxamento, meditação podem auxiliar e tendem a ser bem aceitos pelos pacientes. O melhor que podemos ter em relação ao nosso corpo é mantêlo com saúde e, ao mesmo tempo, uma mente e um psiquismo em condições de trabalhar as nossas emoções. Precisamos saber quando estamos com medo, com raiva ou com angústia, por exemplo, para pouparmos o nosso corpo e manifestar essas reaçõ es no lugar da nossa p ercep ç ão, cons ciênci a e compreensão.
Conexões sociais são Opas alerta: Américas principal fator protetivo passam por uma grave contra depressão crise de saúde mental Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, avaliaram mais de 100 fatores de risco associados à depressão e concluíram: nada é tão eficaz quanto ter amigos e familiares por perto
Órgão discutiu saúde mental e frisou a importância do diálogo
MARCO BIANCHETTI/UNSPLASH
Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, descobriram que as conexões sociais são o fator protetivo mais importante para a prevenir a depressão em adultos. O estudo foi publicado na última sexta-feira (14) no e American Journal of Psychiatry e considerou mais de 100 variáveis que podem in uenciar a saúde mental. "A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mu n d o, m a s at é a g o r a o s pesquisadores se concentraram só em um punhado de fatores de risco e proteção, muitas vezes [analisando] apenas um ou dois [deles]”, disse Karmel Choi, principal autora do estudo, em comunicado. "Nosso estudo fornece o quadro mais abrangente até o momento de fatores modi cáveis que podem impactar o risco de depressão". Os cientistas avaliaram as informações presentes no UK Biobank, um banco de dados que contém o per l de 100 mil
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
pessoas, focando nos fatores de risco para depressão já conhecidos. Então, graças a um modelo matemático, puderam associar os hábitos dos indivíduos à probabilidade de desenvolverem ou não um quadro depressivo. "De longe, o mais proeminente desses fatores foi con ar em outras pessoas, além dos encontros com familiares e amigos, que destacaram o importante efeito protetor da conexão e da coesão social", disse Jordan Smoller, que também participou da pesquisa. Como explicou o especialista, mesmo que tem mais risco genético de ter depressão é
bene ciado pelas conexões sociais. "Esses fatores são mais relevantes agora do que nunca, em um momento de distanciamento social e separação de amigos e familiares", salientou Smoller. Por outro lado, os fatores associados a maiores riscos de depressão incluem o tempo gasto assistindo T V, o hábito de realizar cochilos diurnos e o uso regular de multivitamínicos. “A depressão tem um impacto enorme sobre os indivíduos, famílias e sociedade, mas ainda sabemos muito pouco sobre c om o e v it á - l a " , p on d e rou Smoller. “Mostramos que agora é possível abordar essas questões de amplo signi cado para a saúde pública por meio de uma abordagem baseada em dados em larga escala que não estava disponível alguns anos atrás".
O alerta já havia sido emitido pela Organização das Nações Un i d a s ( O N U ) : o m u n d o atravessa, junto com a pandemia do novo coronavírus, uma crise generalizada de saúde mental. Na terça-feira (18), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde (OMS), voltou a a ler t ar a gravidade da situação. “Serviços de saúde mental são essenciais para a resposta contra a covid-19 e, em última instância, para o processo de reconstrução. Devemos agir para que àqueles que vivem com problemas de saúde mental, assim como os sobreviventes de violência, recebam o apoio que necessitam”, a rmou Carissa Etienne, diretora da Opas. Segundo dados levantados pela instituição, a ições mentais como ansiedade e depressão atingiram um pico inédito nas Américas. O estresse imposto
pela quarentena, pelo isolamento social e pela possibilidade de contágio foram elementos-chave para o aumento. “A pandemia de covid-19 causou uma crise de saúde mental em uma escala que nunca vimos antes”, explicou a diretora. E não são apenas os problemas de saúde mental que foram intensi cados pela pandemia. Com o maior consumo de álcool
e drogas, os casos de violência doméstica também se agravaram. O levantamento da Opas mostra que Brasil, México e Estados Unidos são os maiores afetados pelos efeitos p s i c ol ó g i c o s n e g at ivo s d a pandemia. Nesses países, cerca de 50% da população adulta indicou um aumento de estresse perceptível. Etienne a rmou ainda que pro ssionais da área de saúde encontram-se em uma situação ainda mais delicada, pois além de lidarem com pressões sociais decorrentes da pandemia, estão na linha de frente do combate à covid-19. A diretora da Opas pediu que as famílias façam, ainda, um esforço maior no diálogo com jovens. “É normal sentir-se triste, estressado, confuso e assustado com essa crise. Todos sentimos isso. Os con itos, porém, devem ser mínimos”, argumentou.
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12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Empresários da Serra otimistas com o cenário econômico — Parte II E
Parafraseando o ditado popular de que 'uma andorinha só não faz verão', Natália explica que a sua empresa ainda tenta fazer algo pelo turismo, mas que, sem apoio do poder público, ca muito difícil. “A gente até tenta divulgar nossas praias, como Manguinhos, Ja c a r a í p e e a s o u t r a s , m a s percebemos uma resistência por parte deles, a verdade é que falta incentivos do poder público, falta divulgação, falta investimentos na segurança e em outros setores que compõem a cadeia turística. A Serra é uma cidade com avenidas largas, um comércio pujante, com várias opções comerciais e de lazer, mas é rotulada como violenta e com poucas opções, puro preconceito. Precisamos mudar essa ideia”, a rma Natália. José Francisco Aresi, que há vinte e dois anos faz parte do Conselho de Turismo da Prefeitura da Serra, pelo Sindicato dos Restaurante Bares e Similares do ES (Sindbares), diz que a Secretaria de Turismo do município nunca fez um trabalho bom e consolidado no mu n i c ípi o. “S ó t ive mo s u m período bom, que foi quando Berenice de Albuquerque esteve à
empresas, não só da Civit como também de outras localidades da Região Metropolitana. Temos um setor comercial exclusivo para
HAROLDO CORDEIRO FILHO
mpresários do segmento hoteleiro e de restaurantes, bares e similares falam um pouco à coluna Olhar de uma Lente
NATÁLIA E JOSÉ FRANCISCO
visitar as empresas e, com isso, fomentamos os negócios”, explica. “No turismo de lazer, a gente não vê investimento do município, por isso o nosso e muitos outros hotéis da cidade são voltados para o público corporativo. Se você for na
conhecem por falta de divulgação”, diz Francisco, acrescentando que o descaso com o turismo é questão eleitoreira. “A visão deles é de que a indústria turística dá pouca visibilidade política, o que é um engano, por aí podemos ver que HAROLDO CORDEIRO FILHO
JOSÉ FRANCISCO E HAROLDO
o que falta para o desenvolvimento turístico da Serra é a continuidade dos trabalhos e obras iniciados. “Todo esse tempo, os nossos gestores começam os investimentos e param, começam e param, nunca foi feito nada efetivo. O Mestre Álvaro é um ponto turístico espetacular, mas quem é que se arrisca a subir, com essa falta de segurança? Temos praias maravilhosas, um litoral fantástico
nossos gestores são ultrapassados, arcaicos”, critica. Ao nal da entrevista o senhor José Francisco faz um alerta à população a respeito deste período tão importante que estamos vivendo, que são às vésperas das eleições municipais. “A eleição está aí e a população serrana precisa pensar no diferente, no alternativo, no novo. O nosso município tem potencial... Não podemos
e n ã o s a b e m o s e x p l o r a r. . . infelizmente estão abandonados. As pessoas de fora do Estado não
continuar nessa mesmice, a Serra precisa de mais atenção!”, enfatiza.
TATI BELING
HAROLDO CORDEIRO FILHO
HAROLDO CORDEIRO FILHO
— F&N, sobre a trajetória percorrida até chegar ao ponto em que se tornaram uma das referências hoteleira no município da Serra. Natália Coppo Aresi, diretora do Hotel Serra Grande e lha de José
o resultado foi simplesmente fantástico, com vinda de pessoas não só para a Serra, mas para Vitór i a, Gu arap ar i e out ros município do nosso Estado”, pontua. José Francisco explica ainda que
Francisco, um dos proprietários, disse que o estabelecimento, localizado na área mais comercial do município, Laranjeiras, foi inaugurado em 1998 e, só depois de alguns anos, o seu pai, juntamente com os sócios Paulo e Ivaldir, conseguiu realizar o sonho de constr uir um hotel, que foi inaugurado em novembro de 2009. Formada em hotelaria, Natália falou que o trabalho desenvolvido no Hotel Serra Grande é com foco no turismo corporativo. “A maior parte dos nossos clientes são das empresas do Centro Industrial de Vitória — Civit e das empresas de fora (terceirizadas), que trazem funcionários para trabalharem nas
re c e p ç ã o d o h o t e l , n ã o v a i encontrar nenhum folder dos pontos turísticos, dos restaurantes e dos outros atrativos do município, trata-se de uma coisa simples, mas que os órgãos públicos, talvez, não vejam com a importância devida. A Secretaria de Turismo, que deveria o carrochefe desse processo, não se manifesta. Os turistas não sabem o que podem visitar, quais os atrativos, então, assim, acaba não existindo um investimento e o turista que, vem a negócios, acaba não procurando esses locais para permanecer na cidade nos nais de semana e desfrutar como turista de lazer”, destaca.
frente da Setur. Ela divulgou o município nos jornais do interior de São Paulo e Capital e lembro que
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
HAROLDO CORDEIRO FILHO
Sérgio Vidigal (PDT- Sônia Steins (Patriotas-FundãoES) ES) Contas de Vidigal na Prefeitura da Serra são aprovadas por unanimidade no TCES As contas do deputado federal Sérgio Vidigal, enquanto estava à frente da administração da prefeitura da Serra, foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Contas do Espírito Santo (TCES). A decisão saiu na quinta-feira passada (13) e refere-se ao mandato de 2009 a 2012. O relator responsável foi Sérgio Aboudib. “Às vezes a justiça pode até demorar, mas ela chega. A aprovação das contas em nossa gestão na Serra só reforça que sempre trabalhamos com a transparência”, comentou Vidigal. Vale lembrar que essa foi a última conta analisada pelo TCES, concluindo na aprovação de todas as contas dos três mandatos de Sérgio Vidigal, como prefeito da Serra. “A decisão do TCES demonstra que as denúncias foram fruto de divergências políticas desnecessárias e que, infelizmente, acabam atingindo e fazendo vítima quem realmente trabalha com ética. Reitero o meu compromisso de atuar sempre pelo bem da população”, concluiu.
Nota de repúdio ao caso de São Mateus A vereadora Sônia Steins se diz chocada e estarrecida com o caso de São Mateus. A parlamentar lamenta profundamente o que passou a criança que não teve proteção nenhuma familiar, do Estado e da sociedade. “Não posso de deixar de manifestar minha indignação referente ao caso de estupro que ocorreu em São Mateus, Norte do Estado. A cada hora, quatro meninas de até treze anos são estupradas no Brasil, isso é um dado que precisa fazer a sociedade e os governos re etirem e perguntarem o que estamos fazendo pelas nossas crianças? É dever do Estado e da sociedade como um todo cuidar das crianças, protegêlas com unhas e dentes”, lamenta Sônia.
LEONARDO TONONI
Sérgio Majeski (PSB-ES) Julgamento do STF reforça trabalho de Majeski para retomada de investimento bilionário na educação A educação pública capixaba está cada vez mais perto de receber um investimento bilionário para melhorar as condições de ensino dos alunos e de trabalho dos pro ssionais da Rede Estadual de Ensino. Na segunda-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5719, con rmando a irregularidade na manobra realizada pelo Estado de São Paulo ao computar valores gastos com o pagamento de aposentados como investimento mínimo constitucional em educação. O relator foi o ministro Edson Fachin. “Já são quase 10 anos de investimentos de citários que fazem muita falta à educação pública capixaba. Se a lei fosse cumprida nesse período seria possível melhorar a infraestrutura das escolas, favorecendo o aprendizado dos alunos, e aumentar o salário dos professores e dos outros pro ssionais da educação, por exemplo. Em junho já houve decisão da mesma natureza contra a manobra realizada pelo Governo de Alagoas e agora essa de São Paulo. Recentemente a ministra Rosa Weber autorizou o Ministério Público de Contas e o Sindipúblicos a fornecerem informações para fundamentar a ADI que envolve a situação capixaba e agora o processo já está concluso à relatoria. Estamos nesse trabalho desde 2017 e esperamos que nalmente a administração estadual volte a cumprir a Constituição”, destaca Majeski.
LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO
Fabiano Contarato (Rede-ES) Contarato representa contra Sara Giromini e faz manifesto em defesa de crianças violentadas O senador fez uma representação ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) solicitando investigação de Sara Fernanda Giromini, quanto ao acesso ilegal e divulgação dos dados de uma criança vítima de estupro no Estado. O senador pede que medidas legais sejam devidamente tomadas, em razão de agrante violação de dispositivos legais. Os d a d o s d a m e n i n a v i o l e nt a d a e s t av a m e m procedimento amparado por segredo de justiça, a m de preservar sua intimidade, mas Sara expôs, por meio de vídeo nas redes sociais, os dados da criança e o endereço do hospital onde o procedimento de aborto legal seria realizado. A cada hora, quatro meninas de até treze anos são estupradas no Brasil, conforme o Anuário de Segurança Pública de 2019. O crime de estupro de vulnerável está previsto no art. 217-A do Código Penal. O estupro é a modalidade mais brutal de violência sexual. Esse crime gera traumas mentais e físicos, como depressão, síndrome de estresse póstraumático, tentativas de suicídio, lesões, contração de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. “Nós nos solidarizamos a todas as vítimas de violência sexual, especialmente as crianças, que precisam de todo o amparo do Estado. Enquanto parlamentares, precisamos pensar juntos nas soluções para esse grave problema. É o que propomos com o presente voto de solidariedade”, frisa o senador.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇAO
PORTAL 27
Lorenzo Pazolini (Republicanos-ES) Deputado é vítima de fake news Na tarde desta quarta-feira (19), o deputado Lorenzo Pazolini foi vítima de uma fake news. O ataque ocorreu em uma rede social e os autores já estão sendo investigados. A notícia falsa dizia que o parlamentar estaria sendo investigado pelo vazamento do nome da criança de dez anos, covardemente estuprada em São Mateus. A notícia foi desmentida por meio de certidão emitida pelo Ministério Público do Espírito Santo. Como o parlamentar é presidente da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Assembleia Legislativa e foi titular por muitos anos da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, o objetivo da fake news seria, de alguma forma, tentar manchar sua imagem e reputação. Ao saber dos fatos, imediatamente Lorenzo Pazolini acionou a Promotoria da Criança e do Adolescente de São Mateus para denunciar o ataque e obteve uma Certidão do órgão ministerial, que não existe nenhuma suspeita quanto à participação do parlamentar no suposto vazamento de dados da menina.
Felipe Rigoni (PSB-ES) “O extremismo político não ajuda o Brasil” Felipe Rigoni criticou o ambiente polarizado do Congresso e o atraso nas votações durante a pandemia. O parlamentar defendeu mais equilíbrio nas discussões sobre pautas prioritárias para o País. “Quando você chama o presidente de 'genocida', não ajuda o Brasil. Por mais que ele tenha cometido erros graves, isso incendeia a política e atrasa as votações”, enfatizou. A mais relevante, segundo Rigoni, é a aprovação da reforma tributária. Atualmente, três textos tramitam no Congresso: a PEC 45, elaborada em conjunto com o economista Bernard Appy, a PEC 110, do Senado, e a proposta do governo federal. “As três vão na mesma direção, mas a PEC 45 é a mais completa, gerando crescimento econômico sem aumentar a carga tributária do País”, defende o parlamentar. “O grande desa o na questão tributária é conseguir um consenso. Todo mundo acha que o Brasil precisa de uma reforma, mas cada um quer fazer de um jeito diferente. Chegar nesse denominador comum não é uma tarefa fácil. O melhor seria avançar na cobrança sobre a renda e amenizar a cobrança sobre a folha de pagamentos, simpli cando o sistema tributário e estimulando a geração de empregos”, pontua o deputado federal.
14 SER ESPORTE
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LAÉRCIO FRAGA “LAU” fracaodesegundo@gmail.com (27) 99961-5323 Professor de Educação Física
Pedal proporcionando saúde, integração e aventura “Motivação faz você começar. Hábito faz você continuar” — Jerusa Schuanz ARQUIVO PESSOAL
A
Bicicleta, há muito t e mp o, ve m s e n d o reverenciada como um dos meios de transporte mais prático, barato e que não polui o nosso já tão fragilizado meio ambiente. Infelizmente ela ainda continua sendo “maltratada”, já que não há, de forma incisiva, políticas públicas que deem a ela o valor que merece. Falar dos benefícios é quase que chover no molhado: tremenda atividade aeróbica; indicada para todas as faixas etárias; fortalece todos os músculos; queima c a l o r i a s “c o m f o r ç a” e proporciona aquela paz emocional e psicológica que tanto nos faz bem, principalmente nos dias atuais. No último 19 de agosto tivemos a comemoração do Dia do Ciclista. Data que entrou no calendário nacional após o at rop elamento e mor te do biólogo Pedro Davison em 2006, em Brasília, enquanto pedalava. Na época o ciclista tinha apenas 25 anos de idade. Esse dia comemorativo ressalta a importância de se usar esse importante meio de transporte sustentável e também tem a intenção de mostrar que temos que ter atitudes corretas no trânsito: respeito às leis, tolerância, generosidade e empatia. Desta forma tornaremos o ir e vir muito mais seguro. Entrei em contato com seis entusiastas do pedal, que sempre estão dando os seus rolês por aí, de forma amistosa ou mesmo de forma competitiva e eles, cada um com a sua história, falaram como se apaixonaram pela “magrela”. Vagner Alvarenga
VAGUINHO Nascimento, 42 anos — Serra/ES “Há quatro anos tive vários probl e mas d e s aú d e c omo princípio de diabetes, colesterol e ácido úrico altos, além de estar acima do peso. Quando comecei a pedalar a minha saúde melhorou e todas as taxas se normalizaram. Hoje já não faço mais uso de medicamentos”. Vaguinho descreve como se relaciona com o esporte. “Faço Ciclismo de estrada e, inclusive, já disputei algumas provas aqui no Estado. Ao participar de provas desa adoras, tenho uma sensação prazerosa por estar em alta velocidade contrastando com paisagens e lugares deslumbrantes. Quando estou pedalando sinto a sensação de total liberdade. Seria como um pássaro que voa. Outra conquista são os grandes e bons amigos que fazemos. Hoje me sinto tão bem praticando o esporte que não consigo car dois dias sem pedalar. O Ciclismo faz parte da minha vida”. Jerusa Schuanz Fraga Marques, 45 anos; Daniel Carlos Marques, 47; Pedro Henrique Fraga Marques, 13 — Serra/ES
Daniel e sua família pedalam sempre. Ele diz que a grande incentivadora foi a sua esposa Jerusa que já pedalava há cinco anos. Ele e o lho Pedro entraram n o “c i rc u it o” h á aproximadamente dois anos. Eles pedalam de três a quatro vezes por semana e têm como rolês preferidos ir a Santa Leopoldina, Vila do Riacho, Cachoeira da
Holanda, Mangaraí, Biriricas, Queimados e “Volta de Fundão”. Daniel, que é professor de Educação Física dá dicas de como se preparar antes do pedal, seja em qualquer nível. “Uma boa noite de sono; hidratar antes, durante e após a atividade; comer uma fruta (banana) ou barra de cereais; alongar a musculatura e sempre usar materiais de proteção”. Ele e a esposa têm o esporte só como pr a z e r d a pr át i c a d e u m a atividade e o contato com a natureza, já o Pedro Henrique, de treze anos, lho mais velho do casal, tem muita vontade de competir e não vê a hora de participar do seu primeiro evento. Quando questionados qual a sensação de pedalarem, eles são unânimes em a rmar: “Temos uma grande sensação de paz, alívio de stress e prazer de
ARQUIVO PESSOAL
superar desa os”. Alex Francisco Custódio, 34
capacete, luzes e algo para comermos e que nos proporcione energia rápida como barrinha de ARQUIVO PESSOAL
JERUSA, PEDRO HENRIQUE & DANIEL
ALEX & ADILZA
anos e Adilza Ribeiro de Oliveira, 48 — Vitória/ES “Pedalamos desde criança. C ontudo há uns t rês anos começamos a dar ênfase a pedais mais longos com intuito de conhecer novos lugares”, diz Alex que é personal trainner. Pedalando com uma frequência na semana de duas vezes (pedal longo) e mais duas vezes (pedal curto), eles têm como melhores rolês os realizados à Pedreira de Joana D'arc e um longão até a Ponta da Fruta (VV). Quando questionados sobre a preparação antes da atividade, Alex frisa: “Sempre fazemos as manutenções nas bikes e preparamos os itens de segurança para levarmos: câmera de ar,
cereal, carbogel e mariola. Exercícios de fortalecimento muscular durante a semana também fazem parte da nossa preparação”, conta. Eles não têm pretensão em participar de eventos competitivos e ressaltam que têm o pedal apenas por aventura. “A sensação é de liberdade. É se conectar com o mundo. O lance é curtir a paisagem e não ter hora para voltar!”, ressalta Adilza. E o casal deixa um recado para quem quer começar a pedalar: “Se jogue. Pedalar traz inúmeros benefícios físicos e mentais. Quando você faz alguma trilha tem a oportunidade de conhecer novos lugares e fazer novas amizades. Pedalar é tudo de bom”.
Mostra Internacional de Cinema em SP será feita por streaming este ano DIVULGAÇÃO
Por causa da pandemia do novo coronavírus, o maior e mais
tradicional evento de cinema de São Paulo — a Mostra
Internacional de Cinema, será realizada por streaming este ano,
ou seja, de forma remota e online. O evento ocorre entre os dias 22 de outubro e 4 de novembro. A plataforma exclusiva para a Mostra de Cinema ainda será criada pela empresa Festival Scope/Shi 72, responsável também pela plataforma dos festivais de Toronto e Tribeca. O ingresso para cada lme custará R$ 6, mas haverá alguns títulos disp onibi lizados de for ma gratuita pelas plataformas do Cinesesc e da SPCine. Neste ano, a Mostra apresentará uma edição menor, com cerca de 150 títulos, mas continuará sua tradição de exibir lmes de diversos países. Para esta edição já foram selecionados lmes da Alemanha, Argentina, Bolívia, Canadá, China, Estados
Unidos, França, Líbano, Japão, Portugal, Síria, Noruega, México, Irã, Palestina, entre outros. Segundo a organização da Mostra, haverá projeções de lmes em formato drive-in, em que as pessoas, dentro de seus carros, assistem a um lme projetado em tela grande, pelo Petra Belas Artes. Também estão previstas lives e webnares com pro ssionais da área.
O pôster da 44ª edição da Mostra ca este ano a cargo do cultuado diretor chinês Jia ZhangKe, que terá seu mais recente longa, Nadando até o Mar Ficar Azul, na seleção do evento. Já os homenageados da e diç ão deste ano s erão os funcionários da Cinemateca, dona do maior acervo audiovisual do País e que vêm passando por di culdades.
ECONOMIA 15
24 A 31 DE AGOSTO DE 2020
LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM Administrador pela Ufes, Mestre em Administração pela Fucape, graduando em Ciências Econômicas pela Ufes e membro do Grupo de Estudos de Políticas Públicas
Taxa Selic A
taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica da economia brasileira. Usada para controlar a in ação e de nir as bases da nossa política monetária, ela in uencia todas as taxas de juros do País, como as taxas de juros dos empréstimos, dos nanciamentos e das aplicações nanceiras. Seu valor é de nido a cada 45 dias na reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A taxa Selic é um dos elementos centrais no controle da in ação no País, ou seja, está ligada ao sistema de metas de in ação. Como o governo faz para controlar a in ação? A p r i n c i p a l e s t r at é g i a é controlando a quantidade de dinheiro em circulação. A lógica
RMCARVALHO/GETTY IMAGES
é bem simples, quanto mais dinheiro em circulação, maior é a tendência das pessoas consumirem e, assim, com o aumento da demanda, é natural que os preços subam. O contrário também é verdadeiro. Desta forma, ao reduzir a taxa Selic, o Copom espera reduzir o incentivo das pessoas em manter o d i n h e i r o e m ap l i c a ç õ e s nanceiras, estimulando o consumo e abertura de novos negócios. Na última reunião do Copom, a taxa Selic foi reduzida para sua mínima histórica, 2%. A redução da Selic é bené ca para as empresas, principalmente neste momento de pandemia que estamos passando. Com os juros reduzidos, os custos de um possível empréstimo caem,
fazendo com que haja estímulos para investimentos e,
c o n s e q u e nt e m e nt e , m a i o r abertura de empregos. Embora
seja uma b oa notícia para empreendedores, a redução da
Selic não é boa para quem investe n o m e rc a d o n an c e i ro. O retorno desses investimentos cai junto com a Selic, fazendo com que muitos migrem para o mercado de ações, pre ram abrir um negócio ou consumir. De forma geral, a redução da taxa Selic veio em um bom momento, além de incentivar o consumo e a criação de empregos, essa queda representa um alívio no custo da dívida pública. Como a Selic é usada de base para o cálculo dos juros da dívida, quanto menor ela for, menor será o custo. Redução muito bem-vinda em tempos de pandemia e grande endividamento público. De forma geral, a queda da taxa é bené ca ao País. Até a próxima reunião do Copom!
Indicador de Clima Econômico na América Latina avança no 3º trimestre FGV, a reversão nas expectativas que passaram de pessimistas para otimistas explica a melhora no clima econômico, enquanto as avaliações da situação atual pioraram.
o crescimento do PIB? De acordo com a FGV, a origem da pergunta é uma outra enquete onde, com exceção do Equador, todos os especialistas consideraram que a previsão para o crescimento do
índice se mantém na zona desfavorável do ciclo econômico, embora na comparação com o t r i m e s t r e a n t e r i o r, t e n h a alcançado um ganho de 16,7 pontos. O ICE divulgado, nesta quinta-feira (20), pela Fundação G e t ú l i o Va r g a s ( F G V ) , é calculado com base na média geométrica do Indicador da Situação Atua l (ISA) e do indicador de Expectativas (IE). Entre o segundo e o terceiro trimestres o ISA passou de 89,6 pontos negativos para 98,0 pontos negativos. Já a variação do IE é de 22,3 pontos negativos para 41,1 pontos positivos. Para a
Os pesquisadores destacaram que a diferença de 139,1 pontos entre os dois indicadores é a maior da série histórica. Avaliaram ainda que a crise teria chegado ao seu pior momento e daqui para a frente a economia da região entraria numa fase de recuperação. Nesta edição, a Sondagem da América Latina incluiu uma enquete especial que ajuda a e x pl i c ar o s re su lt a d o s e a pergunta principal foi Além da pandemia da Covid-19 e das medidas de distanciamento social, que fatores mais in uenciaram a sua revisão para
PIB em 2020 realizada no 3º trimestre era pior do que a do nal de 2019. Ainda que com a permanência na zona desfavorável, com percentual de respostas negativas acima das positivas, o ICE subiu em todos os países selecionados para análise menos no México, onde o recuo foi de apenas 2,5 pontos. Os maiores avanços no ICE nos out ros p aís es, na comparação entre o 3º e 2º trimestres de 2020, caram com a Argentina (alta de 39,7 pontos), seguida do Brasil (28,9 pontos) e do Paraguai (28,5 pontos). O início do processo de
ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL
O Indicador de Clima Econômico (ICE) na América Latina subiu no terceiro trimestre de 2020, saiu de 59,9 pontos negativos para 43,2 pontos negativos. Apesar disso, o
renego ciação da dívida da Argentina e o desempenho relativamente favorável no combate à pandemia podem ter in uenciado no cenário econômico do país, onde o ICE é de 27,5 pontos negativos no terceiro trimestre. Já nos indicadores de situação atual houve piora e se mantiveram negativos em todos os países. No Uruguai o ISA ainda é muito desfavorável com 88,9 pontos negativos. A maior diferença na comparação entre o 2º e o 3º trimestres foi registrada no Paraguai. Lá o ISA saiu de 80,0 pontos negativos para 100 pontos negativos. Os especialistas consideraram de forma unânime que a situação atual é desfavorável no Brasil, no Chile, no Equador e no México. A conclusão é de que a situação econômica corrente teria piorado entre o segundo e o terceiro trimestre do ano. Ainda que avaliem a situação atual como desfavorável para todos os países selecionados para análise, os pesquisadores avaliaram que o cenário será favorável num horizonte de seis meses. A pesquisa mostrou também que as respostas dos governos da Bolívia, Brasil e Equador em relação à crise causada pela pandemia tiveram um maior efeito para a piora da previsão do crescimento do PIB do que as respostas em relação à crise econômica. De acordo com os pesquisadores, o clima econômico desfavorável nos países antes da pandemia não foi
o fator de maior in uência, com exceção da Argentina, da Bolívia e do México. Já a instabilidade política foi apontada como relevante para a Bolívia e o Brasil, mas no Chile, na Colômbia e no Peru, a elevada incerteza em relação ao futuro foi destacada como quesito importante. “A enquete mostra uma relativa diversidade no peso atribuído a cada quesito do questionário, mas resposta à crise sanitária e/ou à crise econômica lideram os fatores que mais contribuem, em média, para a retração econômica dos países”, apontou a Sondagem. A pesquisa mostrou que muitos países, em resposta à pandemia, adotaram medidas protecionistas relacionadas aos equipamentos e insumos utilizados no combate à covid19. A crise provocou o debate sobre a vulnerabilidade em setores estratégicos que operam na dependência de um número reduzido de fornecedores estrangeiros. Mais da metade dos
especialistas na América Latina (59,8%) concordam parcialmente que o protecionismo deverá continuar pós-pandemia, enquanto 25,5% concordam plenamente. Apenas 3,1% discordam parcial ou plenamente. No Brasil, 25% dos especialistas responderam que concordam plenamente e 56,3% parcialmente sobre o protecionismo no comércio mundial. A Sondagem Econômica da América Latina é uma pesquisa trimestral destinada a acompanhar e antecipar te nd ê nc i as e c onôm i c as d a região. O estudo é feito com base em informações prestadas por especialistas econômicos, com a aplicação simultânea da mesma metodologia nos países da região: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, E q u a d o r, E l S a l v a d o r, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Par ag u ai, Pe r u, R e pú bl i c a D om i n i c an a , Ur u g u ai e Venezuela.
16 GERAL
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Perda de gelo na Groenlândia aumentará nível do mar em 10 cen metros Previsão é de que a temperatura na região aumente entre 4 e 6,6ºC até o fim do século 21, provocando o derretimento de bilhões de toneladas de gelo JENNIFER LATUPERISA-ANDERSEN/UNSPLASH
Caso as tendências ao aquecimento global continuem, o derretimento de camadas de gelo na Groenlândia poderá provocar um aumento global de ao menos 10 centímetros no nível do mar até o m do século 21. A previsão é fruto de um nova análise publicada em julho no International Journal of
Climatology, realizada por uma equipe internacional de especialistas em clima e geleiras. Segundo os pesquisadores, as estimativas são "conservadoras" considerando os possíveis efeitos devastadores das mudanças climáticas e as várias formas pelas quais a perda de gelo pode ser acelerada. Além disso, a
previsão é consistente com estudos recentes divulgados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Liderados p elo profess or Edward Hanna, da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, os pesquisadores analisaram dados da temperatura do ar da superfície da Groenlândia entre
1991 e 2019. Assim, eles notaram que a região costeira apresentou um aumento de 4,4ºC no inverno e 1,7ºC no verão desse período. Cruzando essas informações com modelos computacionais, os cientistas concluíram que cada grau Celsius adicional durante o verão equivale a cerca de 91 bilhões de toneladas de massa
super cial de gelo perdidas por ano (ou uma perda anual de 116 bilhões de toneladas de massa total). Ferramentas de modelagem climática global e regional também permitiram estimar que, até 2100, a Groenlândia provavelmente terá um aumento de 4,0 a 6,6ºC em sua
temperatura. E isso poderá resultar em um crescimento de 10 a 12,5 centímetros no nível do mar em todo o mundo até o m deste século. A análise ressalta como as regiões polares são mais sensíveis às consequências da mudanças climáticas. "A camada de gelo da Groenlândia é uma das medidas mais sensíveis e con áveis da mudança climática global", a rma o professor Edward Hanna, em comunicado. "Aqui, usamos uma análise estatística relativamente simples dos dados e modelos dos últimos 30 anos como uma veri cação do senso na previsão de futuras mudanças na massa da superfície do manto de gelo". Além disso, o estudo também explorou a relação entre as mudanças de temperatura na Groenlândia com o bloqueio de alta pressão atmosférica. Esse fenômeno, que consiste na presença de uma massa de ar maior do que o normal posicionada sobre a Groenlândia, desempenhou um papel crucial no derretimento de gelo da região.
Onda de frio intenso começa a atingir vários estados do Brasil
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Baixas temperaturas serão registradas até sábado 27
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Uma onda de frio intenso começa a atingir vários estados do Brasil a partir desta quintafeira (20) e, até sábado (22), os dias serão bastante frios em parte do centro-sul. De acordo com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as condições climáticas atípicas vão provocar quedas acentuadas de temperatura nos estados do Sul do País, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, sul de Goiás, Rondônia, Acre e centro-sul do Amazonas, além dos estados de São Paulo, sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A intensa massa de ar frio de origem polar deve provocar temperaturas mínimas muito baixas, inclusive com possibilidade de valores inferiores a O°C em parte do Sul do Brasil. Em áreas de Mato Grosso, por exemplo, a temperatura deverá ter um decréscimo em torno de 10°C entre as noites desta quinta e de sexta (21). Hav e r á a i n d a c o n d i ç õ e s favoráveis para formação de geadas amplas, tempestades e
vendavais. “Além disso, com a umidade remanescente e o frio intenso, há também possibilidade de queda de neve nas regiões serranas do Rio Grande do Sul, no oeste, sul, meio-oeste e planalto norte de Santa Catarina, bem como em áreas do sul e sudoeste do Paraná, entre o m de tarde e noite de quinta-feira (20), na sexta-feira (21) e no sábado (22)”, explicou o Inmet. Em comunicado, o Ministério da Cidadania informou que, diante das previsões, já trabalha de forma articulada com a Defesa Civil para garantir proteção à população mais vulnerável, em especial pessoas
em situação de rua. Além disso, o momento exige atenção com a segurança das equipes de assistência social, devido à pandemia de covid-19. “A S e cret ar ia Naciona l de Assistência Social do Ministério da Cidadania alerta para que a rede do Sistema Único de Assistência Social esteja mobilizada para garantir o abrigamento temporário dessas pessoas, reforçando também a atuação das equipes de abordagem social nos territórios. É necessário ter atenção com moradores de áreas rurais e povos e comunidades t r a d i c i o n a i s ”, a l e r t o u o ministério.