Jornal Fatos & Notícias Ed. 365

ANO X - Nº 364 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 24 A 31 DE AGOSTO/2020 SERRA/ES

Distribuição Gratuita

Brasil tem milhões de estudantes excluídos digitalmente

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 Hoje você não vai acreditar que delícia é essa receita. Com apenas quatro ingredientes você fará um lanchinho superprático Pág. 8

JORGE PACHECO

8 TSE aprova nanciamento proporcional a candidatos negros a partir de 2022 Pág. 5

ANA MARIA IENCARELLI 8 Precisamos ter mais cuidado, mais responsabilidade e responsabilizar mais quem comete crime contra a criança Pág. 10 HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Entrevista com o ex-diretor executivo do Dnit e pré-candidato a prefeito de Vitória, Ralph Luigi Pág. 12

ANA LUCIA 8 Quando se trata de beleza nada substitui um pro ssional quali cado e que tem formação para indicar o que é o correto

DIVULGAÇÃO/AMIGOS DO BEM

Pág. 11

LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM 8 Mantendo a sobriedade nos gastos públicos, o Renda Brasil tem tudo para ser um excelente programa e com grandes contribuições para o País Pág. 15

NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA

8 A gestação começa, de verdade, quando a mulher cria a percepção emocional dela Pág. 9

LAÉRCIO FRAGA “LAU”

8 Nesta edição, um bate-papo pra lá de especial com o treinador de basquete, Fernando Rocha Pág. 14

DANIEL LOUZADA FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

8 O mês de agosto, que está se ndando, é marcado pelo combate à violência contra a mulher Pág. 16

Calcula-se que um quinto dos estudantes brasileiros esteja, hoje, sem

realizar qualquer atividade escolar.

A pandemia e o isolamento social

OMS anuncia erradicação de poliomielite na África O anúncio histórico é fruto do esforço feito no continente para erradicar o poliovírus selvagem (PVS), principalmente, através da vacinação. Atualmente, conforme dados da OMS, o mundo tem cerca de 90 casos de poliomielite concentrados no Afeganistão e no Paquistão. Pág. 9

colocaram a educação num impasse. Ou ela se transforma, porque o velho

mundo acabou, ou ela não vai mais funcionar. Pág. 4

As girafas estão em extinção CLÉMENCE DELMAS/WIKIMEDIA COMMONS/REPRODUÇÃO

©

PIXABAI/GDJ

Professor afirma ter encontrado cidade em que Jesus realizou milagres e caminhou sobre as águas

Acadêmico realiza escavações na Cisjordânia e encontra evidências de que descobriu Betsaida, cidade natal de discípulos de Jesus Cristo e local em que ocorreram milagres Pág. 7

Desde meados da década de 1980, a população desses grandes mamíferos caiu mais de 40% no mundo. Há 68 mil adultos na natureza, 25% da população dos elefantes na África Pág. 2

Jaca pode ser usada para carregar celular em um minuto Pág. 6

DIVULGAÇÃO

Autor paraense escreve romance ambientado no Círio de Nazaré O novo livro do jornalista e escritor Tiago Júlio Martins, "Outubro", narra a história de um casal que se apaixona em meio ao clima e às procissões dos dois principais dias da quadra nazarena. A pré-venda do livro está aberta e segue até 30 de setembro. Quem comprar antecipadamente, leva seu exemplar autografado e com um marcapágina personalizado Pág. 3

2 MEIO AMBIENTE

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

As girafas estão em Metade dos oceanos extinção já está afetada por Há 68 mil adultos na natureza, 25% da população dos elefantes na África WIKIMEDIA COMMONS

mudanças climáticas Estudo aponta o aumento da temperatura da água e alteração na salinidade como evidências da ação humana na saúde dos mares SHUTTERSTOCK

Apesar de mais ameaçadas de extinção do que os elefantes, as girafas estão fora da lista de animais protegidos pela legislação ambiental americana, organizada pela FWS (sigla em inglês para serviço de proteção à fauna silvestre e marinha), uma agência que funciona aos moldes do Ibama no Brasil e é considerada uma das mais r igoros as do mundo. Os elefantes, por exemplo, estão desde 1978 na lista da FWS de animais com risco de desaparecer do planeta.

A inclus ão na cont a das autoridades americanas seria um passo importante para conter a extinção das girafas. C om orçamento anual acima de dois bilhões de dólares, a FWS é uma das maiores nanciadoras de atividades de combate à caça e ao trá co ilegal de animais mundo afora. Desde 2016, a agência tem programas de bolsas dedicadas a isso.

Além disso, os Estados Unidos são um dos principais destinos de produtos da caça ilegal de girafas, como o comércio da pele desses animais. Em 2018, um relatório da organização HSI revelou que 40 mil partes de

girafas foram importadas da África para os Estados Unidos entre 2006 e 2015, segundo relata o diário inglês e Independent.

Em 2017, uma coalizão de grupos conservacionistas enviou petição ao FWS para listar girafas. Após dois anos de deliberação, em 2019 o FWS considerou haver “informações substanciais” sobre as ameaças aos animais. Os fatos, portanto, justi cariam a listagem delas como animais em risco.

Só que o processo de proteção na FWS só deve se iniciar em 2025. Segundo o Independent, não está claro os motivos pelos quais o processo de inclusão das girafas na lista de animais em extinção vai levar tanto tempo.

Os pangolins, animais considerados um dos hospedeiros do vírus causador da pandemia da covid-19, demorou pelo menos metade da década.

Nos últimos anos, a agência vem sofrendo cortes orçamentários. Em 2020, a queda é de 16% em relação ao ano p ass ado, uma que d a equivalente a 267 milhões de dólares.

Cientistas da Universidade de Reading descobriram que o impacto negativo das ações humanas já está afetando a vida marinha em larga escala.

Metade dos o ceanos já apresenta efeitos causados pelas mudanças climáticas, sendo o aumento da temperatura da água marinha e alterações em sua salinidade indicadores deste impacto.

O estudo usou modelos climáticos e observação da vida marinha para estabelecer o ponto em que estas alterações podem ser comprovadamente atribuídas à ação humana.

De acordo com os resultados, mais da metade dos oceanos Atlântico, Pací co e Índico pode ser considerada afetada por mudanças climáticas e a previsão, se nada for feito, é que este percentual chegue a 80% em 60 anos. Oceanos do Hemisfério Sul são afetados mais rapidamente, com alterações signi cativas sendo detectadas desde a década de 80.

O estudo, publicado pela Nature Climate Change, é um dos primeiros a incluir observação da vida marinha em grandes profundidades, onde os impactos das mudanças climáticas são

muito mais difíceis de serem mensurados. Os cientistas acreditam que o estudo em grandes profundidades é um indicador vital para a saúde dos oceanos a longo prazo, uma vez que as mudanças climáticas vão ser sentidas nas águas profundas por séculos.

“Estamos interessados em determinar a variação das

para o ecossistema”, alerta a pesquisadora.

Para o professor Eric Guilyardi, outro autor do e stu d o, a s a lte r a ç õ e s d e temperatura das águas super ciais já são detectadas há décadas. “Mas as mudanças de temperatura em áreas tão vastas e em águas profundas são muito mais difíceis de

mudanças de temperatura e salinidade para além do que acontece naturalmente e o quanto esta variação impacta nas águas mais profundas”, explica Yona Silvy, doutoranda na LOCEAN-IPSL da Universidade de Sorbonne e uma das autoras do estudo.

“Estas mudanças afetam as marés no mundo, elevam o nível do mar e são uma ameaça para a sociedade humana e

medir”, conta ele.

Apesar da di culdade em apontar estes dados, o estudo conseguiu identi car variação na temperatura de águas profundas em metade dos oceanos avaliados, um indicador das graves consequências das mudanças climáticas para o planeta e para a vida da humanidade neste ecossistema.

STACEY MORRISON/UNSPLASH

Consideradas um dos animais selvagens mais elegantes pelo comportamento dócil e formato longilíneo do seu pescoço, as girafas estão desaparecendo do mundo. Por isso, ambientalistas pretendem aumentar a proteção legal desses mamíferos para coibir a caça e o trá co internacional desses animais. Só que uma proteção pode chegar só em 2025, o que tem deixado ambientalistas indignados.

Desde meados da década de 1980, a população desses grandes mamíferos caiu mais de 40%. Há algo como 68 mil adultos vivendo em natureza hoje, segundo ambientalistas. É praticamente 25% da população das espécies de elefantes na África, segundo reportagem da agência AP. Para algumas das nove subespécies de girafas o risco de extinção é iminente, segundo a União Internacional para a C ons e r v a ç ã o d a Natu re z a (IUCN), ONG internacional para a proteção de animais silvestres. Uma delas, a girafa do C ord of ã o, p e rd e u 9 0 % d a população em 40 anos — só há dois mil indivíduos vivendo em parques nacionais do Quênia.

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Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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CULTURA 3

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

Autor paraense escreve romance ambientado no Círio de Nazaré

Por que gatos amam caixa de papelão?

Com lançamento previsto para a primeira semana de outubro, quase toda tiragem inicial está reservada Com lançamento previsto para a primeira semana de outubro, o novo livro do jornalista e escritor Tiago Júlio Martins, "Outubro", narra história de um

PIXABAY/REPRODUÇÃO

tiragem inicial está reservada, faltando mais de um mês para o lançamento, o que obrigou o autor a pedir mais livros, além dos previstos.

DIVULGAÇÃO

FOTO: REPRODUÇÃO

T

odo dono de gato conhece a atração que os felinos sentem pelas caixas de papelão, não importando qual o tamanho delas. Mas você sabia que este amor peculiar tem um motivo biológico? Aparentemente, os bichanos preferem espaços menores nos quais possam se aninhar e ficar de olho em possíveis predadores, o que torna a c a i x a u m it e m p e r f e it o, passando uma sensação de segurança.

Claudia Vinke, da Un i v e r s i d a d e d e Ut r e c h t , realizou um estudo que mostrou que o nível de estresse dos gatos diminui quando eles possuem ess es itens à disp osição, facilitando até sua adaptação em um novo lar.

Devido ao instinto predatório, os gatinhos também veem as

músculos, algo que precisam fazer constantemente.

Então, agora que você já sabe o quanto as caixinhas são importantes para o seu bichinho, que tal usar a criatividade para utilizá-las?

caixas como o esconderijo ideal para caçar suas “presas” (que normalmente consistem em pernas dos donos, prendedores de cabelos e tampinhas de garrafas). Além disso, a textura do papelão é ótima para que possam arranhar e esticar seus

casal de desconhecidos que se apaixona em meio ao clima e às procissões dos dois principais dias da quadra nazarena. A prévenda do livro está aberta e segue até 30 de setembro.

Devido à pandemia do novo coronavírus, este é um ano tot almente atípico para o mundo todo. No Pará, fora as preocupações gerais com a saúde, muitos devotos estão tendo que aprender a lidar com um fato impensável, até o início do ano: o Círio 2020 não irá tomar as ruas de Belém, tradição que ocorre há mais de dois séculos, anualmente, na cidade.

Se uma das maiores romarias religiosas que existem não ocorrerá da forma como todos estamos acostumados, a menos na ficção o Círio de Nazaré está garantido. Antes mesmo de ser lançando, "Outubro" já é um sucesso de público. Quase toda

PIXABAY/REPRODUÇÃO

(MEGACURIOSO)

No Final Ficam os Cedros

épocas. Poeta teatral, nascido na Jordânia e criado na Alemanha, Pierre Jarawan traz uma história surpreendente pela busca das origens e descobertas de nações que se inter-relacionam em seu primeiro romance, que já se tornou best-seller internacional: “No Final Ficam os Cedros” (The Stor yteller em seu título original), lançamento da editora Jangada, selo do Grupo Editorial Pensamento.

Premiado na Alemanha e na Holanda, “No Final Ficam os

mensagem sequer. Contudo, atormentado pela culpa por guardar um importante segredo, Samir decide viajar ao Líbano duas décadas depois em busca de pistas que possam o levar ao paradeiro de seu pai.

Nessa busca, Samir se depara com a realidade de um pósguerra que ainda faz sangrar um p a í s i nt e i r o. At i r a r- s e n o desconhecido era sua única opção em busca do paradeiro de seu herói de infância, responsável por alimentar o imaginário do

ainda garoto Samir com histórias do tal “País dos Cedros”. Além de conviver com as incertezas geradas pelo desaparecimento, ele terá de lutar contra a realidade imposta a si anos depois.

Permeado por acontecimentos históricos do país mediterrâneo, o livro, segundo o autor, narra a trajetória de uma nação e a crise do Oriente Médio e ajuda a compreender as questões que envolvem refugiados e imigrantes que foram viver sobretudo nos EUA e na Europa. “ O b r a - p r i m a”, “ s u t i l e c o m o v e n t e” e “ i n c r í v e l maturidade” são alguns adjetivos usados ao redor do mundo para definir “No Final Ficam os AMAZON.COM.BR EBOOKS KINDLE

Cedros” e Pierre Jarawan.

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marca-página personalizado. O preço é único: R$ 35, com frete incluso. O livros serão despachados a partir do dia cinco de outubro e os leitores receberão seus exemplares em casa.

Como trata-se de uma

Para vendas e contato Celular: (91)9918-88952 (WhatsApp) E-mail: tiagojulio.martins@gmail.com Redes sociais: Instagram: @otiagojulio Facebook: Tiago Júlio Martins LUCIANO DANIEL

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Foto Antiga do ES SANDRO CHIABAI/ESPÍRITO SANTO (BR), MEMÓRIA/FACEBOOK

Cedros” relata a vida de Samir e sua família, libaneses chegados à Alemanha em uma época em que seu país sofria os efeitos de guerra civil. Quando tinha oito anos, seu pai desapareceu sem deixar uma

DIVULGAÇÃO

Não é à toa que a literatura é considerada uma manifestação artística das mais densas e complexas. S eus caminhos podem transportar os leitores para outros lugares e outras

Q u e m c o m p r a r antecipadamente, leva seu exemplar autografado e com um

publ i c a ç ã o i nd e p e nd e nte, comprar na pré-venda fortalece e valoriza o trabalho do autor.

Quanto mais exemplares forem vendidos antecipadamente, melhor será o lançamento.

Por conta da pandemia e das restrições sanitárias, talvez não haja evento de lançamento físico. Porém, no dia três de outubro (sábado) será realizada uma live nas redes sociais, em que Tiago Júlio será ent re vist ado, fa lará s obre "Outubro" e lançará simbolicamente a obra.

Para adquirir o livro, basta entrar em contato diretamente com o escritor, por WhatsApp, redes sociais ou e-mail. O pagamento pode ser feito por transferência bancária, boleto ou cartão de crédito.

Vila Rubim em 1910. Ao fundo a antiga Santa Casa de Misericórdia antes de sua reforma

4 EDUCAÇÃO

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

Metodologia de ensino matemático faz alunos evoluírem 1,3 ano em 10 dias Método proposto por pesquisadores da Universidade Stanford foi testado em escolas públicas de São Paulo e apresentou resultados surpreendentes Aprender matemática pode parecer difícil. Porém, um curso de férias aplicado a alunos da rede pública mostrou que, quando a disciplina é ensinada de forma visual, intuitiva e criativa, ela pode conquistar os estudantes e aumentar seu rendimento. O programa, chamado Mentalidades Matemáticas, foi promovido pelo Instituto Sidarta e liderado por Jack Dieckmann, diretor do Centro de Pesquisas Youcubed da Universidade Stanford, nos Estados Unidos.

"Aplicamos essa metodologia de ensino norte-americana no Brasil para entender qual seria o impacto no contexto dos nossos alunos", a rma Ya Jen Chang, presidente do Instituto Sidarta.

Ao todo, 70 crianças do 5º ano do ensino fundamental de duas escolas municipais de Cotia (SP) participaram de um curso de férias sobre matemática que durou 10 dias. Na escola, elas vivenciaram uma nova rotina: ao chegarem, aprendiam conteúdos sobre o funcionamento do cérebro humano e como ele reage a estímulos, erros e acertos. Logo depois, passavam a manhã fazendo atividades sobre o conteúdo, almoçavam e, em seguida, praticavam esportes

para aprender a importância do trabalho em equipe.

Segundo a professora Maitê Salinas, os principais objetivos eram integrar a matemática ao

das respostas, mas no percurso do raciocínio", explica a educadora.

Um dos exercícios do programa, por exemplo, era a

eles chegassem ao resultado.

Assim, eles aprendem que há diversas estratégias que os levam para a mesma resposta.

O p ap e l d o s i n s t r u t o r e s DIVULGAÇÃO

dia a dia dos alunos e fazer com que eles entendessem que o erro faz parte do processo de aprendizagem. "Deixamos claro que as perguntas também eram muito importantes e que não era necessário focar na velocidade

"conversa numérica", atividade com o objetivo de desenvolver o cálculo mental entre os pequenos. Funciona assim: a professora propõe uma conta e cada aluno compartilha os caminhos que zeram com que

também foi essencial, já que eles precisaram entender as di culdades de cada um dos e stu d ante s p ar a c ons e g u i r estimulá-los a participar das at iv i d a d e s , qu e e r am b e m desa adoras. "Isso fez com que os

alunos se sentissem seguros e percebessem que suas ideias estavam sendo acolhidas", conta Salinas. "Eles entenderam que qualquer coisa que falassem ia ajudar o grupo a atingir os objetivos do exercício".

Resultados surpreendentes Os 70 participantes foram avaliados antes e depois do curso de fér i as. Em provas, eles precisaram aplicar seus conhecimentos a um novo contexto e dissertar o raciocínio por trás de cada resposta. Essas avaliações não só analisaram a quantidade de erros e acertos como também calcularam o nível de precisão de cada solução.

O resultado foi animador: 96% dos alunos compreenderam que errar faz parte do processo de aprendizagem e aumentaram o gosto pela matemática. Outro dado que chamou a atenção foi que, em média, as meninas tiveram avanço 3,5 vezes maior do que o dos meninos. Em conclusão, os pesquisadores constataram que as crianças des envolveram 1,3 ano de aprendizado matemático ao longo dos 10 dias do curso.

O curso mostrou que o desenvolvimento do pensamento

matemático e o reconhecimento da matemática em diferentes situações do cotidiano são habilidades essenciais. "Nos últimos anos, temos ensinado matemática de uma for ma ultrapassada. É preciso ensinar a lógica que está por trás de cada conta e cálculo", evidencia Chang. "Os alunos precisam desenvolver um raciocínio crítico e elaborado para que possam resolver problemas mais profundos".

Diante dos resultados promissores, o Itaú Social, parceiro do projeto, estuda levar a experiência para outros lugares no Brasil, ajudando a transformar o ensino da rede pública. “Historicamente, a aprendizagem da matemática é um desa o no contexto brasileiro, principalmente se considerarmos alunos mais atingidos pelas consequências das desigualdades sociais", diz Juliana Yade, especialista em educação do Itaú Social. "Estes resultados mostram que muitos estudantes podem se bene ciar, a sp e c to f u nd ame nt a l p ar a colocarmos a metodologia à disposição de municípios e estados parceiros”.

Brasil tem milhões de estudantes digitalmente excluídos e sem atividade Não, ainda não é hora de voltar às aulas. O risco de contágio pelo coronavírus continua altíssimo.

Mas como será o futuro? Como cará o processo de aprendizado? Estamos perdendo tempo? Alguns dos principais pesquisadores do assunto no País dizem que para sair dessa enrascada educacional e pavimentar uma retomada sólida nos próximos meses, será preciso desenvolver, daqui para frente, novas modalidades de ensino híbrido, que combina atividades presenciais e não presenciais. O maior problema, porém, é que no Brasil há milhões de estudantes digitalmente excluídos, que est ão, no momento, s em qualquer atividade escolar.

A pandemia e o isolamento

social colocaram a educação

aprendizado que está sendo OLIVIER FITOUSSI/FLASH90

num impasse. Ou ela se transforma, porque o velho mundo acabou, ou ela não vai mais funcionar. As coisas nunca mais serão como antes e é preciso recuperar o tempo de

perdido e estabelecer uma estratégia de retomada. É um momento de alta tensão, mas há luz no horizonte. Será necessário um trabalho duro e capacidade inovadora para sup erar as

consequências do isolamento prolongado e oferecer para as crianças e adolescentes novas perspectivas de ensino. A volta das atividades presenciais está se iniciando em algumas cidades e, em outras, existe muita incerteza e preocupação sobre um eventual r e t o r n o .

M a s , independentemente do momento da retomada, o ensino, daqui para frente, se tornará cada vez mais híbrido, combinando atividades presenciais e não presenciais.

O problema é que no Brasil há uma desigualdade gritante e milhões de alunos de todos os níveis estão excluídos digitalmente. Calcula-se que um quinto dos estudantes brasileiros esteja, hoje, sem realizar

qualquer atividade escolar. O desa o que se tem pela frente é mundial e tão grave, que, há duas semanas, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que o mundo está diante de uma “catástrofe geracional” por causa da interrupção ou da precarização das aulas em todo o mundo.

Segundo Guterres, até meados de julho, as escolas estavam fechadas em 160 países, afetando diretamente mais de um bilhão de estudantes. Pelo menos 40 milhões de crianças perderam a pré-escola neste ano. “Agora, e nc ar amo s u ma c at ást rofe geracional que pode desperdiçar incontável potencial humano, prejudicar décadas de progresso

e exacerb ar desigu a ld ades e n t r i n c h e i r a d a s”, d i s s e o secretário-geral da ONU, ao lançar a campanha “Salve nosso F u t u r o ”. “A s s i m q u e a transmissão local de covid-19 estiver sob controle, colocar os alunos de volta às escolas e instituições de ensino, com o máximo de segurança possível, precisa ser uma prioridade”, disse. Apesar de prioritária, não há consenso de quando e de que forma ela deve ser feita. Tudo depende da evolução da pandemia. E, por enquanto, o risco é alto e não vale a pena arriscar. Pesquisa do Instituto Datafolha mostra que 79% da população são contra uma abertura precipitada.

POLÍTICA 5

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

Jorge

Analista Político

Pacheco

Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

“Um político sem caráter é o alimento expurgado pelo seu próprio corpo, o qual o transforma naquilo que ele quis fazer na vida pública o que costumeiramente faz na privada//Não é o passado que ressurge que causa temor na história política de um povo, mas, sim um político presente de mente fechada, totalitarista e vingativa”, Sócrates Di Lima AFP

PABLO JACOB/AGÊNCIA O GLOBO

Bolsonaro volta a atacar imprensa e chama jornalistas de “bundões”

o c h e fe d o E xe c ut ivo n ã o respondeu mais e seguiu com a visita. Depois, voltou ao Palácio da Alvorada, residência o cial da Presidênci a. O Pa l ácio do

A declaração foi dada na presença de repórteres em evento no Palácio do Planalto na segunda-feira (21), um dia após a rmar que estava com “vontade de encher a boca de um repórter de porrada”! E que ele, como atleta, tem mais chance de sobreviver ao coronavírus do que um jornalista “bundão”. "Ele não vai mudar", diz líder do governo na Câmara após Bolsonaro atacar repórter.

“Em 78, um soldado numa o cina de cordas caiu numa lagoa que tinha mais ou menos dois metros e meio de profundidade. É pouca coisa.

Dois metros e meio é isso aqui.

E eu consegui, era um jovem aspirante do exército brasileiro, tinha 23 anos, sempre fui atleta das forças armadas. Aquela história de atleta né, que o pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega num bundão de vocês a chance de sobreviver é bem menor. Só sabe fazer maldade e usar a caneta com maldade, em grande parte. A chance de sobreviver é bem menor que a minha”.

A declaração de Bolsonaro ocorreu no nal da manhã de segunda-feira (24) durante o “Encontro Brasil vencendo a covid-19” no Palácio do Planalto, com a participação de jornalistas.

O e v e nt o re u n i u e nt re o s convidados, médicos que a p r o v a m o u s o d a hidroxicloroquina no início dos sintomas da covid-19. Bolsonaro elogiou a decisão dos médicos em usar o medicamento.

“Vocês salvaram sim, no meu entendimento, muitas, milhares e milhares de vidas pelo Brasil. E se a hidroxicloroquina não tivesse sido politizada, muitas (sic) mais vidas poderiam ter sido salvas dessas 115 mil que o Brasil chegou”.

No domingo (23), ao ser questionado sobre os repasses de R$ 89 mil feitos por Fabrício Q ueiroz — ex-ass ess or do senador Flávio Bolsonaro — para a pr i me i r a - d ama Mi chel l e B olsonaro, o presidente Bolsonaro a rmou que a vontade dele era encher a boca do jornalista de porrada. Para o Ministério Público do Rio de Janeiro, Queiroz seria o operador nanceiro da "rachadinha", quando parte do salário dos a s s e s s o re s é d e v o l v i d a a o parlamentar.

O episódio aconteceu com um repórter do jornal O Globo em frente à Catedral Metropolitana de Brasília.

Jornalistas que acompanhavam a visita questionaram se a declaração era uma ameaça, mas

Planalto foi questionado pelo Estadão sobre o teor da frase, mas não se manifestou.

Entenda o possível impacto no RS do programa que deve substituir o Minha Casa Minha Vida Ação habitacional foi lançada nesta terça-feira (25) com objetivo de reduzir taxas de financiamentos CLAUBER CLEBER CAETANO/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA/DIVULGAÇÃO

AJUFE

Mais do que uma ação na área política, a iniciativa também tende a provocar re exos na economia. O nível de impacto nos negócios, entretanto, ainda é incerto no Rio Grande do Sul. E mpre s ár i o s bu s c am m ai s detalhes sobre o projeto, mas esperam que a queda no juro crie melhores condições e estimule a construção civil no póspandemia.

O Estado faz parte das regiões em que o corte nas taxas de nanciamento será menor. No Minha Casa Minha Vida, as linhas partiam de 4,75% ao ano.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o Norte e o Nordeste terão redução no juro habitacional de até 0,5 ponto percentual para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil e de 0,25 ponto percentual para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil. Assim, em ambos os locais, as taxas podem chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS. Nas demais regiões, incluindo o Sul, podem atingir 4,5% ao ano.

“A i n d a b u s c a m o s m a i s informações, mas o corte no juro vai permitir uma redução nos subsídios ao programa. Nesse sentido, vai dar mais segurança para o empreendedor, já que chegou a faltar recurso para obras nos últimos anos”, avalia Oliver Chies Viezzer, membro do conselho de administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e expresidente do Sinduscon de Caxias do Sul. Além do nanciamento habitacional, o Casa Verde e Amarela pretende favorecer projetos de regularização fundiária e melhorias em

residências no País. A intenção é resolver problemas como a falta de banheiro nas moradias. Por meio do programa, o governo planeja regularizar dois milhões de residências e promover melhorias em 400 mil até 2024.

O lançamento do Casa Verde e Amarela ocorre no momento em que Bolsonaro vê sua popularidade aumentar no Nordeste. Segundo o governo federal, as taxas de juros mais atrativas para essa região e para o Nor te bus c am f avore c e r o combate a desigualdades sociais.

TSE aprova financiamento proporcional a candidatos negros a partir de 2022 Em sessão na noite desta terçafeira (25), o Tribunal Superior E l e itor a l ( T SE ) aprovou a imposição aos partidos de que o dinheiro do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral seja destinado de forma proporcional às campanhas de candidatas e candidatos negros. A obrigação passará a valer a partir da eleição de 2022.

A maioria dos ministros do TSE entendeu que deveria ser respeitada a regra da Constituição que exige ao menos um ano de antecedência para alterações no processo eleitoral. A distribuição proporcional também deverá ser observada na divisão entre os candidatos do tempo de propaganda em rádio e TV do horário eleitoral gratuito a que o partido tem direito. O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, a rmou ao nal do julgamento que a decisão coloca a Justiça Eleitoral no rumo do combate ao racismo.

"Há momentos da vida em que cada um precisa escolher de que lado da história deseja estar. Hoje o Tribunal Superior Eleitoral a rmou que estamos do lado dos que combatem o racismo, dos que querem escrever a história do Brasil com tintas de todas as cores", disse Barroso.

Acrescentando que "Com atraso, mas não tarde demais, estamos empurrando a história do Brasil na direção da justiça racial".

No julgamento, seis dos sete ministros do tribunal foram favoráveis às cotas para nanciamento de candidaturas negras. Votaram nesse sentido os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Og Fernandes, Luís Felipe Salomão e Sérgio Banhos.

Apenas o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto votou contrariamente, por defender que o tema deveria ser regulamentado pelo Congresso Nacional.

Mas a maioria do tribunal, formada pelos ministros Og, Salomão, Banhos e Carvalho Neto, decidiu que a obrigação aos partidos deveria ser aplicada apenas para as eleições de 2022, quando serão eleitos presidente da República, governadores, senadores e deputados.

A decisão do TSE foi tomada no

julgamento de uma consulta apresentada pela deputada federal Benedita da Silva (PTR J ) . Ao ju l g ar o t e m a , o s ministros defenderam que a divisão dos fundos com recursos públicos para as campanhas, assim como o tempo de TV, deveria ser proporcional aos critérios de gênero e raça dos candidatos.

Câmara aprova adiamento de vigência da LGPD para janeiro Discussão será encaminhada ao Senado, que tem até esta quarta-feira para aprovar a prorrogação; multas e sanções entram em vigor somente em agosto de 2021 A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25) a medida provisória (MP)

Bolsonaro critica proposta do Renda Brasil e diz que projeto está suspenso O presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou publicamente a proposta do “Renda Brasil”, apresentada a ele FUNDAÇÃO VANZOLINI

959/2020, que prevê o adiamento da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados. O texto nal atrasa o início da aplicação da lei para 1º de janeiro de 2021. Já multas e sanções por descumprimentos das normas entram em vigor a partir de agosto do ano que vem.

Aprovada em 2018, a LGPD passaria a valer a partir de 3 de agosto. A MP, no entanto, adiou a previsão para maio de 2021, que foi alterada para dezembro por meio de uma emenda parlamentar votada na Câmara.

A matéria agora será encaminhada ao Senado que ainda pode fazer mudanças no texto. Caso isso aconteça, o documento volta para mais uma apreciação dos deputados.

O p r a z o p a r a ap r ov a ç ã o de nitiva é apertado, uma vez que a MP tem validade somente até esta quarta-feira (26). Se a medida não for aprovada a tempo pelas duas casas legislativas, a LGPD começa a valer ainda em agosto.

A Lei Geral de Proteção de D a d o s d i s c ip l i n a re g r a s e p a d rõ e s a c e rc a d a c o l e t a , armazenamento e tratamento de dados digitais no Brasil, isso inclui a exigência de empresas garantirem o consentimento de usuários para processar as informações coletadas.

O documento também prevê punições para eventuais abusos e de ne os direitos de usuários sobre os dados concedidos a terceiros, como a possibilidade do usuários solicitar a exclusão de suas informações pessoais de plataformas digitais de uma organização.

pela equipe econômica esta semana. Bolsonaro a rmou que o projeto está suspenso e que não vai “tirar (recursos) dos mais pobres” para abastecer o novo programa, apresentado como substituto do Bolsa Família.

“Ontem discutimos a possível proposta do Renda Brasil. E eu falei 'está suspenso', vamos voltar a conversar. A proposta, como a equipe econômica apareceu para m i m n ã o s e r á e nv i a d a a o Parlamento. Não posso tirar de pobres para dar a paupérrimos.

Não podemos fazer isso aí”, disse Bolsonaro, durante evento em Minas Gerais, no nal da manhã desta quarta-feira, 26.

Como mostraram o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ao presidente que para chegar ao benefício médio de R$ 300, como quer Bolsonaro, é preciso cortar deduções de saúde e educação do Imposto de Renda.

Atualmente, o valor médio pago pelo programa criado na gestão petista é de R$ 190.

Bolsonaro também con rmou que a ideia da equipe econômica era usar o dinheiro que hoje paga o abono salarial de trabalhadores para bancar parte do Renda Brasil, mas deixou claro que não gostou da possibilidade. “Por exemplo, a questão do abono para quem ganha até dois salários mínimos, que seria como um décimo quarto salário… Não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar a um Bolsa Família, um Renda Brasil, seja lá o que for o nome do programa”, disse.

O presidente a rmou que o “melhor programa para o País”, na visão dele, é a geração de empregos. “Ou o Brasil começa a produzir, a fazer um plano que interessa a todos nós, que é o emprego, ou estamos fadados ao insucesso. Não posso fazer milagre”.

6 TECNOLOGIA

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

Jaca pode ser usada Google investe US$ 450 para carregar celular milhões em segurança em um minuto para casas inteligentes Pesquisadores transformaram restos da fruta em um supercapacitor sustentável que consegue fornecer energia rapidamente As baterias estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano.

Seja nos smartphones que utilizamos e até nos carros que dirigimos. No entanto, as mais utilizadas — de íon de lítio — se desgastam com o tempo, apresentando limitações. Em climas frios ou extremamente quentes, também há alterações em sua capacidade.

Isso faz com que cientistas do

baterias do tipo, um grupo de pesquisadores da Universidade de Sidne y, liderado por Vincent Gomes, utiliza resíduos da fruta durião, considerada a mais fedorenta do mundo, e da jaca para fornecer energia para dispositivos. O objetivo é o de resolver a questão do fornecimento de energia ao mesmo tempo em que lidam PADA SMITH/SHUTTERSTOCK

mundo todo procurem maneiras de desenvolver baterias e sistemas de recarga alternativos para superar essas di culdades.

Essencialmente, as baterias são compostas de três principais itens: um ânodo, que é um eletrodo negativo; um cátodo, um eletrodo positivo; e um eletrólito, que ca localizado entre eles. O que as baterias de íon-lítio fazem é permitir que partículas de lítio transportem eletricidade de uma extremidade à outra do corpo de uma bateria quando estão carregadas.

Pa r a t e nt a r r e s o l v e r a questão do carregamento de

com problemas do desperdício de alimentos.

Os resíduos são transformados em energia que, após o processo de transformação, são armazenados em um supercapacitor que consegue carregas vários dispositivos — incluindo celulares, tablets e noteb o oks — em alguns minutos.

A e s c o l h a d o s supercapacitores para armazenamento da energia gerada não é por acaso. Os pesquisadores optaram pela tecnologia, pois ela age como reservatório capaz de carregar e descarregar energia rapidamente por meio de

rajadas.

Eles costumam ser feitos de grafeno, um material bastante caro. No entanto, o que a equipe de Gomes fez foi substituir essa composição por partes não comestíveis das frutas. Com isso, os pedaços foram transformados em aerogéis de carbono — com características leves e porosas — que contam com boas propriedades para armazenamento da energia introduzida.

O qu e o s e s p e c i a l i s t a s zeram foi aquecer, lio lizar e assar os núcleos esponjosos de cada uma das frutas em um forno especí co, que atinge temperaturas de até 1.500 ºC. Após o processo, as estruturas resultantes poderiam ser facilmente adaptadas em e l e t r o d o s d e u m supercapacitor com custo relativamente baixo.

Para que sejam carregadas, as criações levam apenas 30 segundos, e podem fornecer energia para uma in nidade de equipamentos. "Ser capaz de carregar um telefone em um minuto é incrível", diz Labna Shabnam, um dos envolvidos na criação.

Agora, o objetivo dos pesquisadores é o de usar esses supercapacitores sustentáveis p ar a ar m a z e n ar e n e rg i a proveniente de fontes renováveis. Isso abriria um precedente para que o fornecimento de carga para veículos e residências seja possível.

A empresa anunciou uma parceria estratégica de longo prazo com a ADT, um dos principais fornecedores de segurança e automação residencial dos EUA NEST/DIVULGAÇÃO

O Google investirá US$ 450 milhões na fornecedora de soluções de segurança e automação ADT, que venderá e instalará produtos da linha de smart home Nest. Como parte do investimento de longo prazo — que está concedendo à gigante da internet uma participação de 6,6% na empresa sediada na Flórida — serão criados produtos inteligentes de segurança residencial.

As duas empresas também comprometeram US$ 150 milhões cada para desenvolvimento de produtos e investimentos em tecnologia e treinamento de funcionários. "Com o tempo, os dispositivos Nest, equipados com os recursos de aprendizado de máquina do G o o g l e , ap r i m o r a r ã o o monitoramento de segurança da ADT e se tornarão a pedra angular da oferta de casa inteligente da empresa", avalia o vice-presidente da Nest, Rishi Chandra.

Espera-se que esses investimentos acelerem o crescimento de capital da ADT, que já atende clientes e empresas em mais de 300 locais e nove centros de monitoramento, principalmente nos Estados Unidos. A empresa oferece

soluções que devem ser instaladas pro ssionalmente ou que podem ser montadas pelo próprio cliente, além de equipamento residencial, para pequenas empresas ou grandes clientes comerciais.

"O objetivo é fornecer aos clientes menos alarmes falsos, mais maneiras de receber noti cações de alarme e melhor detecção de possíveis incidentes dentro e fora de casa", a rma Chandra. Os clientes da ADT também terão acesso ao Nest Aware, um serviço que mantém as pessoas informadas sobre eventos importantes em casa,

incluindo alertas inteligentes e gravação do histórico de eventos por até 30 dias.

"A parceria e o investimento nanceiro do Google na ADT enfatizam a profundidade de nosso compromisso conjunto com os mercados de residências e segurança inteligentes. Toda a nossa equipe de liderança está ansiosa para continuar nosso trabalho com o Google, pois de nimos o futuro da segurança doméstica útil e construímos uma parceria produtiva a longo prazo", a rma o presidente e CEO da ADT, Jim DeVries.

CIÊNCIA 7

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

Estudo sugere que antas e queixadas são responsáveis por fertilização do solo Os dois maiores herbívoros da América do Sul podem ser ainda mais importantes do que se imaginava para a dinâmica orestal. Pesquisadores do Laboratório de Biologia da Conser vação (LaBic), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UnespRio Claro), estão estudando o p a p e l d a s a n t a s ( Ta p i r u s terrestris) e queixadas (Tayassu pecari) na fertilização do solo por meio da matéria orgânica das fezes e dispersão de fungos presentes em raízes.

O experimento, realizado no viveiro do Legado das Águas — maior reserva privada de Mata Atlântica do país, já demonstra resultados que podem signi car a descoberta que esta é uma outra função ecológica desempenhada por esses animais.

A pesquisa, desenvolvida pela ecóloga Letícia Bulascoschi Cagnoni, orientada pelo Professor Dr. Mauro Galetti, também da Unesp — campus Rio C laro, est á invest igando a interação entre as plantas, fungos de solo e essas duas espécies de animais herbívoros.

“Sabe-se que cerca de 80% de plantas estão associadas a fungos micorrízicos (que vivem nas raízes e crescem pelo solo) para absorver melhor os nutrientes, como nitrogênio e fósforo.

Porém, o que buscamos entender é se de fato a anta e o queixada adicionam nutrientes ao solo e fazem a dispersão desses fungos pelas fezes”, explica a ecóloga.

Mas porque esses fungos são

tão importantes? 13 dos 16 elementos que as plantas

Além disso, tais animais se alimentam de uma enorme

mu d a s s ã o a c omp a n h a d a s durante sete meses e, após esse ISTOCK

precisam para completar o ciclo de vida estão presentes no solo, e e s s e s f u n g o s m i c or r í z i c o s ajudam as plantas a absorvê-los de forma mais e ciente. Em troca, as plantas fornecem carbono para o fungo continuar crescendo. Essa solidariedade escondida sob a terra, gera um solo mais rico e fértil e uma oresta mais saudável.

De acordo com Letícia, o estudo sugere que a dieta dos queixadas e das antas é rica em frutos, sendo que boa parte do cardápio está no chão, e ao mexer na terra para comê-los, eles acabam ingerindo os fungos também.

variedade de folhas. Portanto, as suas fezes ofereceriam à oresta o serviço completo: as sementes, os fungos e a matéria orgânica rica em nutrientes, principalmente em nitrogênio e potássio, muito consumidos pelas plantas em fase de crescimento.

Para comprovar que esses herbívoros desempenham esses papéis, uma das estufas do viveiro do Legado das Águas é utilizada como laboratório para testar 500 mudas de cinco espécies de plantas nativas da Mata Atlântica em diferentes condições, fertilizadas com as fezes e com fertilizantes sintéticos em dosagens iguais. As

período, o desempenho delas nos diferentes cenários é comparado.

A pesquisa, que começou há mais de um ano, já apresentou os p r i m e i r o s r e s u l t a d o s . “A s primeiras espécies testadas foram Cryptocarya mandioccana, da família das canelas, e a Myrcia pubipetala, da f a m í l i a My r t a c e a e , mu i t o ingerida por aves. As plantas em solo fertilizado com as fezes de antas ou queixadas em condições de sombra, tiveram desempenho consideravelmente melhor que as demais com fertilizante industrial. Esse resultado já d e monst r a qu e há a l g u ma in uência exercida por esses

animais no ecossistema orestal”, diz a ecóloga, acrescentando que os dados também podem subsidiar a criação de compostos orgânicos como alternativa para nu t r i ç ã o d e c u l t u r a s , q u e atualmente, utilizam grandes quantidades de fertilizantes químicos que agridem o solo.

Outro ponto destacado por Letícia é o alto grau de conser vação da oresta do Legado das Águas, que, segundo ela, é essencial para qualidade da pesquisa. “A oresta conservada da Reserva fornece material de con ança para testar como os ambientes naturais se comportam, e quais impactos os ambientes orestais sofrem pela ausência das espécies animais”, diz Letícia referindo-se ao que chama de “ oresta vazia”, um fenômeno causado pela defaunação, que é a diminuição acelerada e drástica de espécies animais na oresta.

Letícia acrescenta que há uma ideia de que todo contínuo orestal ou fragmentos são ambientes saudáveis, mas pode não ser bem assim. “Ainda que a ciência esteja caminhando para entender os efeitos da perda de fauna, a presença dos animais é sem dúvida indispensável para o equilíbrio orestal. Entre os noss os objetivos com ess a p e s qu i s a é e nt e n d e r qu ã o signi cativa é a contribuição das antas e queixadas, visto que são responsáveis pela dispersão de 25% das espécies arbóreas da Mata Atlântica. Por outro lado, junto com primatas, estão entre as espécies mais ameaçadas

quando uma oresta está em p er igo, s eja p or caça ou desmatamento. Por isso, o Legado das Águas é uma área que pode apontar para descobertas bastante interessantes devido a quantidade expressiva de oresta primária conservada e com grandes populações animais”, diz.

O experimento, realizado no Legado das Águas, integra um conjunto de pesquisas n a n c i a d a s p e l a FA P E S P (Fundação de Amparo à Pesquisa de o Estado de São Paulo) que busca entender os efeitos da defaunação, principalmente de grandes herbívoros, nos ecossistemas tropicais, lideradas pelos pesquisadores Mauro Galetti, Claudia Paz, Nacho Villar e Letícia Bulascoschi Cagnoni.

Com essa pesquisa, o Legado das Águas já contabiliza mais dez estudos que recebeu em seu território, entre levantamento e monitoramento de fauna e ora, mapeamento genético e outros, realizados por meio de investimento próprio e parcerias.

“O Legado tem o compromisso de sempre receber instituições de pesquisas e, com isso, gerar conhecimento sobre a Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos do planeta. Temos colhidos bons frutos e acreditamos no potencial de cada pesquisa para a conservação e a geração de negócios da nova economia”, comenta David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, que faz a gestão do Legado das Águas.

Professor arma ter encontrado cidade em que Jesus realizou milagres e caminhou sobre as águas R a m i A r a v, p r o f e s s o r d o Departamento de Filoso a e Religião e do Departamento de História da Universidade de Nebraska, EUA, a rma ter encontrado a localização de

como Julias, um lugar onde Jesus Cristo teria realizado milagres, escreve o jornal Haaretz.

E m B e t s ai d a , Je su s te r i a alimentado milhares de pessoas com dois peixes e cinco pães,

sobre as águas. No Evangelho de Jo ão, B ets aid a t amb ém é mencionada como a cidade natal d e A n d ré, Pe d ro e F i l ip e, discípulos de Cristo. Durante dé c ad as, o profess or Arav ©PIXABAI/GDJ

BOB BEHNKEN

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

FEDERICO GRASSELLI

Os dois maiores herbívoros da América do Sul podem ser ainda mais importantes do que se imaginava para a dinâmica florestal — ajudando no crescimento de plantas nativas da Mata Atlântica

Betsaida, também conhecido

curado um cego e caminhado

a rmou que a localização da

antiga cidade é em e-Tell, um sítio arqueológico na Cisjordânia.

Durante as escavações no local, Arav e sua equipe descobriram forti cações monumentais, um armazenamento de alimentos e um portão da cidade, que os cientistas dizem remontar à Idade do Ferro, e a rmam pertencer à capital de Geshur, que mais tarde se tornou Betsaida.

Geshur é mencionada na Bíblia várias vezes, porém, os historiadores não sabem seu paradeiro. O professor Arav observa que o Livro de Josué lista as cidades ao redor do mar da Galileia no sentido horário, começando com a maior cidade, Zer. E-Tell é o maior de todos os locais ao redor de um lago na região. Zer, a rma Arav, é o nome original de Betsaida.

Os cientistas a rmam que deveria ter sido transcrito como tzed, o que signi ca tanto a caça quanto a pesca em hebraico, com

Betsaida se traduzindo literalmente como a casa da caça ou da pesca. André, Pedro e Filipe, os discípulos de Jesus, que teriam nascido na cidade, eram pescadores.

Outro local potencial para Betsaida é el-Araj, um sítio arqueológico localizado próximo a e-Tell, uma teoria promovida pelo professor R. Steven Notley,

do Nyack College, em Nova York, EUA, e Mordechai Aviam, do Kinneret College, no mar de Galileia, Israel.

No entanto, o professor Arav argumenta que el-Araj não passa de um acampamento romano, observando que o professor Notley e sua equipe não descobriram itens da Idade do Ferro lá.

PRECISÃO

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8 BEM-ESTAR

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

Como fazer desodorante em casa

Nutricionista - CRN:14100665

Lanchinho de polvilho

Uma receita bem fácil de fazer — leva só dois ingredientes — substitui as versões com substâncias danosas ao nosso organismo VERÔNICA NUNES

Desodorante líquido caseiro Ingredientes – 100 ml de leite de magnésia – 22 gotas de óleo essencial de melaleuca Modo de preparo – Apenas adicione as gotas do ól e o e ss e n c i a l a o l e ite d e magnésia e agite para misturar.

Reutilize uma embalagem roll-

on para facilitar o uso.

H

Prazo de validade – Considere a validade do leite de magnésia que você comprou.

Benefícios desta receita O leite de magnésia possui um p H e l e v a d o, c r i an d o u m a condição desfavorável às bactérias, enquanto o óleo essencial de melaleuca é especialmente conhecido por ser antimicrobiano. Lembre-se que este não é um antitranspirante.

Aproveite a oportunidade de deixar seu corpo funcionar, e obser ve a necessidade de reaplicar o desodorante ao longo do dia (já que ele não possui substâncias sintéticas xadoras como as versões convencionais).

Se você quiser aprender a fazer mais receitas naturais e caseiras, baixe o Guia Prático de Cosméticos Naturais, feito em parceria com a Cosmetologia do B e m : https://yam.com.vc/guias/equili br i o / 7 7 2 4 4 5 / g u i a - pr at i c o como-fazer-cosmeticosnaturais.

Flores de fácil cultivo para ter em casa

oje você não vai acreditar que delícia é essa receita. Com apenas quatro ingredientes você fará um lanchinho superprático.

Ingredientes 2 xícaras de polvilho (doce ou azedo) 1 caixa de creme de leite 180g de queijo muçarela ralado 1 /2 colher de sal

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Deixe-a em locais da casa onde

Coloque-a em um espaço em BROMÉLIA

haja exposição ao sol de mais de quatro horas

que a iluminação do sol seja indireta e cuja temperatura varie entre 20 e 24 graus.

Camomila É uma ótima opção para quem deseja deixar a casa perfumada.

De porte pequeno, tem pétalas brancas com o miolo amarelo, semelhante a uma margarida, e oresce nas estações quentes do ano, como a primavera.

Deixe-a em lugares da casa com temperaturas médias, por volta de 20 graus, e, de preferência, em espaços em que o ar seja mais úmido.

Lavanda Outro exemplo de or perfeita para quem deseja perfumar o ambiente da casa. Com caule extenso e semelhantes a arbustos redondos, se bem cuidada, dura até três anos.

Girassol Tem este nome por ser uma planta que gira em direção ao sol.

uma planta que ama a luz do sol.

A temperatura ideal é entre 20 e 26 graus e uma ótima opção de decoração é deixá-la na sacada de casa.

Bromélia Muito conhecida no Brasil, é uma planta tropical com folhas vermelhas e verdes, ideal para dar mais cor e vida à casa.

Deixe-a em locais da residência onde haja exposição ao sol de mais de quatro horas. É re comend ado deixá-l a em

PIXABAY

prevenir o odor é atuar na causa, ou seja, um desodorante capaz de prevenir o desenvolvimento das bactérias nas axilas — são elas que causam cheiro ruim, e não o suor em si”, explicam. É o pH levemente ácido da pele, junto à umidade fornecida p e l o s u o r, q u e f a c i l i t a o desenvolvimento das bactérias, as causadoras do cheiro desagradável.

Para que você possa começar um cuidado mais natural com seu corpo enquanto também o redescobre sob um novo olhar, compartilhamos uma receita de desodorante líquido bem fácil de fazer — e que ainda poupa muitas embalagens de poluírem o planeta.

PIXABAY

.Do que o nosso corpo precisa de verdade? Essa pergunta, que nos g u i a e m mu it a s re s p o s t a s alinhadas à nossa essência, também pode nos ajudar a escolher o que usamos como cosméticos. É que, infelizmente, a maioria das opções de produtos encontrados nas prateleiras de perfumarias carregam diversas substâncias, potencialmente ou até comprovadamente, danosas ao nosso organismo. E o seu desodorante tem tudo a ver com isso.

“No caso dos desodorantes, por exemplo, há o cloridrato de alumínio, fragrâncias sintéticas, compostos butilados, parabenos, alatos, triclosan e outros”, o b s e r v a m Ya r a C a r v a l h o, e n g e n h e i r a d e c o nt r o l e e automação, e Renata Franco, engenheira química, idealizadoras da Cosmetologia do Bem. Elas explicam, ainda, que podemos nos questionar até sobre a ideia de que transpirar é r u i m . “ D a í , u s a r antitranspirantes impede um importante processo natural do organismo: suar. Por isso, o que consideramos ideal para

Misture o polvilho com o sal, em seguida o creme de leite e o queijo. Misture todos os ingredientes e deixe a massa descansar por 10 minutos para endurecer.

Coloque em uma sanduicheira por aproximadamente cinco minutos.

Mais um lanchinho fácil, rápido e saudável para você.

Sua altura pode chegar a um metro e, fazendo jus ao nome, é

espaços com temperaturas entre 15 e 25 graus.

Biólogo seleciona espécies que vão deixar a sua casa mais colorida e cheirosa PIXABAY

Ter ores em casa é uma ótima opção de decoração, uma vez que elas deixam os ambientes mais leves e agradáveis, proporcionando bem-estar e

uma sensação de aconchego para o lar.

Pensando nisso, o biólogo Maer José da Silva, selecionou cinco espécies que orescem na

estação, são fáceis de cultivar e vão deixar a sua casa mais colorida, cheirosa e alegre.

Orquídea Phalaenopsis A or é uma ótima opção para quem gosta de cor. Há opções roxas, amarelas e vermelhas, em diferentes tons. Seu habitat natural são as orestas tropicais, onde se entrelaça em raízes para se esconder do sol. Devido a isso, é uma ótima opção para locais fechados.

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SAÚDE 9

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

NÁGELA ISA CARNEIRO Hipnoterapeuta SIRQUEIRA Mentora Gestacional Cel.: (27) 99947-8786 Instagram: @nagelaisa.oficial

Hipnoterapia e Gestação PIXABAY

E

desse momento está diretamente ligada à qualidade de suas emoções.

A hipnose aplicada na gestação, proporciona seu preparo integral. Através de um método feito esp e ci a lmente p ara as mamães, ela prepara corpo, mente e emoção. S e condicionando para ter o empoderamento e a tranquilidade que precisa para esse momento e desfrutar a gestação com alegria, vivendo um parto agradável e prazeroso.

m que momento você acha que a gestação realmente se inicia? Se acha que é na concepção, vai se surpreender! A gestação começa, de verdade, quando a mulher cria a percepção emocional dela.

A partir daí começam a a orar as emoções préexistentes em seu subconsciente, relativas à maternidade, feminilidade e sua própria pessoalidade.

Por isso, cuidar da sua saúde emocional é tão importante. A qualidade

OMS anuncia erradicação Algoritmo usa 'seles' para de poliomielite na África detectar possíveis doenças Agora, só Afeganistão e Paquistão ainda lutam contra vírus A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira (25) a erradicação da poliomielite na África, quatro anos após os últimos casos terem sido registrados na Nigéria. O anúncio histórico é fruto do esforço feito no continente para erradicar o poliovírus selvagem (PVS), principalmente, através da vacinação.

O diretor regional da OMS

Além da vacinação em massa, para dar a certi cação, a OMS também informou que 95% da população do continente está imunizada contra a doença. O PVS que circula ainda por toda a África é uma rara mutação que ocorre em pacientes que tomam a vacina. Essa cepa do vírus está presente em 16 países africanos e acaba se desenvolvendo em comunidades subimunizadas.

EPA/ANSA

para a África, Matshidiso Moeti, agradeceu aos governos e aos pro ssionais da área da saúde em todos os países africanos por seu comprometimento ao longo dos anos. "Essa conquista histórica só foi possível graças à liderança e ao compromisso dos governos, comunidades, parceiros globais pela erradicação da pólio e por lantrop os. Quero prestar homenagem aos pro ssionais de saúde e vacinadores da linha de frente, alguns dos quais perderam suas vidas por esta nobre causa", disse Moeti.

No entanto, a OMS pediu que as nações continuem vigilantes e que não baixem a guarda para e vitar o ressurgimento do poliovírus selvagem. Isso porque se a vacinação tiver uma queda muito signi cativa, é muito provável que o vírus ressurja e seja difundido rapidamente.

Ainda durante o anúncio da OMS foi informado que duas das três cepas selvagens estão, agora erradicadas em todo o mundo. A que existe ainda circula apenas em dois países do mundo: Paquistão e Afeganistão. Os dois

países, assim como ocorreu na Nigéria, sofrem — além dos con itos e das guerras com grupos terroristas — com boatos infundados sobre a imunização.

Diversos grupos de médicos e enfermeiros são atacados por militantes, ou até mesmo pela população, por notícias que dizem que eles são "agentes in ltrados" no país ou que a vacina "esteriliza" os muçulmanos.

O PVS causa a poliomielite, uma doença infecciosa aguda que ataca o sistema neurológico e a medula espinhal, podendo levar à paralisia permanente dos membros nos casos mais severos.

Até hoje, ela não tem cura e tem como principais sintomas febre, fadiga, dores de cabeça e enjoos.

Mais comum em crianças, sendo chamada também de paralisia infantil, ela era uma doença mundialmente disseminada e endêmica até os anos 1950. Em 1988, a OMS lançou a "Iniciativa Global da Erradicação da Pólio", que conseguiu reduzir em 90% a quantidade de infecções.

O Brasil recebeu a certi cação de erradicação da pólio em 1994, tendo registrado seu último caso da doença em 1989. Mas inúmeras outras nações — as mais pobres economicamente — continuaram a sofrer com a doença até hoje. Atualmente, conforme dados da OMS, o mundo tem cerca de 90 casos de poliomielite concentrados no Afeganistão e no Paquistão.

cardíacas

Uma nova pesquisa usa inteligência artificial para analisar fotos faciais dos pacientes e realizar uma triagem inicial de possíveis grupos de risco O diagnóstico de uma doença cardíaca pode estar a uma "sel e" de distância. Pesquisadores a rmam que um algoritmo que utiliza aprendizado profundo pode ser usado para detectar a ate ro s cl e ro s e c oron ar i an a apenas analisando quatro fotos do rosto de um paciente. O estudo que relata a descoberta foi publicado no European Heart Journal.

O algoritmo ainda precisa ser aprimorado e testado em grupos maiores de pessoas de diferentes origens étnicas, mas os pesquisadores dizem que ele tem o potencial de ser usado como uma ferramenta de triagem em grupos de risco.

"Até onde sabemos, este é o primeiro trabalho que demonstra que a inteligência arti cial pode ser usada para analisar rostos para detectar doenças cardíacas, seja em clínicas ambulatoriais ou por meio de pacientes que fazem 'sel es' para realizar sua própria triagem. Isso poderia orientar mais testes diagnósticos ou uma visita clínica", explica o autor do artigo, o médico Zhe Zheng, vice-diretor do Centro Nacional de Doenças Cardiovasculares

em Pequim, China.

Certas características faciais estão associadas a um risco aumentado de doenças cardíacas, como cabelos ralos ou grisalhos, rugas, vinco do lóbulo da orelha, xantelasmas (pequenos depósitos amarelos de colesterol sob a pele, geralmente ao redor das pálpebras) e arcos senis (depósitos de gordura e colesterol que aparecem como um anel opaco branco, cinza ou a z u l ne bu l o s o n a s b ord a s externas da córnea). No entanto, eles são difíceis de serem usados para prever ou calcular o risco de doenças cardíacas.

"Nosso objetivo nal é desenvolver um aplicativo que possa ser usado pelos próprios pacientes para avaliar o risco de doenças cardíacas antes de visitar uma clínica. Isso pode ser um método barato, simples e e caz de identi car pacientes que precisam de exames adicionais", a rma Zheng.

O estudo ana lis ou 5.796 pacientes de oito hospitais na China entre julho de 2017 e março de 2019, submetidos a procedimentos de imagem para

investigação de seus vasos sanguíneos, como angiogra a coronária ou angiotomogra a computadorizada coronariana.

Enfermeiros então tiraram quatro fotos dos rostos deles com câmeras digitais: uma frontal, dois per s e uma vista do topo da cabeça.

Os pacientes também foram entrevistados para coletar dados sobre status socioeconômico, estilo de vida e histórico médico.

Essas informações foram usadas para criar, treinar e validar o a lgor it mo de aprendizado profundo, que foi testado em outros 1.013 pacientes de nove hospitais na China, entre abril de 2019 e julho de 2019.

O algoritmo detectou corretamente a doença cardíaca em 80% dos casos e descartou corretamente em 61% dos casos.

"O algoritmo teve um desempenho moderado, mas precisamos melhorar a especi cidade, pois uma taxa de falsos positivos de até 46% pode causar ansiedade e inconveniência aos pacientes, bem como potencialmente sobrecarregar as clínicas com pacientes que exigem exames desnecessários", avalia o diretor do Instituto de C érebro e Cognição do Departamento de Automação da Universidade de Tsinghua, Pequim, o Xiang-Yang Ji.

10 Criança hoje, Criança amanhã

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

A Cultura do Estupro de Criança e a Pedofilia Intrafamiliar Acobertada — Parte II Evidentemente, que ajuda dar conhecimento a uma criança sobre a restrição a suas partes íntimas Estes números ocultos só f a v o r e c e m o s abusadores/estupradores. As

investir no autoconhecimento, na autodecisão de uma criança, lhe é bené co. Mas imaginar que

conhecimento a uma criança sobre a restrição a suas partes íntimas. Mas isso não obstrui a

as crianças, as que já adquiriram a linguagem, dizem não para seus abusadores.

GETTY IMAGES

Políticas Públicas, já muito escassas, tornam-se pí as para enfrentar o problema. Há uma camp an ha anua l p er to do carnaval sobre a pedo lia.

Parece até que pedó lo só aparece no carnaval ou que gosta de carnaval. Na verdade, para o pedó lo, todo dia é dia de abusar da criança. Todo dia.

Pensando sobre as várias intenções de campanha de prevenção da pedo lia, que circulam neste momento, uma coisa chama nossa atenção.

Imagina-se que há abusos e estupros porque a criança não sabe dizer não. Este é outro equívoco muito grave. A criança sabe dizer não ao seu abusador.

Ele é que não sabe respeitar a criança, nem aceitar este não.

Evidentemente, que ajuda dar

(27) 33337-2008

sagacidade de um abusador.

Com sua mistura de intimidação e sedução, ele irá fazer um novo arranjo para acessar estas suas partes íntimas. O resultado deste conhecimento pela criança será sentido na maior facilidade que ela terá em relatar para um adulto de sua con ança. O fato dela saber que os adultos têm este conhecimento, que estão a falar para ela, faz com que o pacto do segredo, estabelecido p el o abus a d or, s of r a u ma redução em seu resultado.

Por outro lado, não posso deixar de remarcar que esta é uma atitude que sobrecarrega a criança. Uma vez que ela é instruída a “dizer não”, ela será cobrada sobre não ter dito não ou não ter parado o abusador com seu não. Sabemos que

só pelas campanhas dirá não e teremos menos um problema, é muito ilusório. Há muito, todas DPA

S

ob o intenso impacto do fato deplorável da gravidez resultante do estupro de uma menina de 10 anos, a revolta, por diferentes vértices, se exaltou. Vimos rachar a sociedade. A questão, rapidamente se mudou de lugar.

Não mais era a dor daquela menina, abusada por mais de quatro anos, quando ainda tinha só 10. Tornou-se briga, e briga religiosa, em nome de alguém que em nenhum momento se pronunciou. Alguém, aliás, que, por vezes, surpreendeu com respostas inesperadas.

Emb ebidos desta revolta brotaram inúmeras ideias de campanhas. Mas não vi nenhuma que se referisse aos abusadores/estupradores. Fazse necessário esclarecer aqui neste ponto que estupro de vulnerável é o nome do crime que abrange atos libidinosos contra criança e adolescente.

Quais sejam: carícias, voyeurismo, exibicionismo, exposição a lme pornográ co, fotos e vídeos de cunho sexualizados, masturbação, sexo oral, penetração digital anal e vaginal, penetração peniana, etc., etc., etc. Esses comportamentos têm como característica, comum a todos, a ausência de vestígio. Portanto, o Estupro de Vulnerável é também tipi cado sem que o corpo da criança ou adolescente seja tocado. Ou que o seja, sem deixar marcas físicas. Nosso equívo co, em atribuir a nomenclatura de estupro apenas para os casos onde há violência, só bene cia o abusador que tem uma tolerância a mais. Outro equívoco diz respeito a obscurecer a incidência de estupro, em suas várias formas, em meninos. Eles são quase igualmente molestados que as meninas, mas são muito mais subnoti cados do que elas.

Fica sempre à mostra que queremos uma solução mágica para um problema que é

sustentado estruturalmente. E mais, que temos uma tendência disfarçada e silenciosa de desresponsabilizar o pedó lo, hoje quase uma vítima, como dizia o Gardner. Ele, que goza de proteção da lei de alienação parental, seu grande e seguro esconderijo, está sempre saindo do foco da sociedade nos atos criminosos que pratica.

Preferimos pensar que o abusador/estuprador é alguém que tem um olho só, é um monstro, é um estranho que vem seduzir a criança que está negligenciada pelos pais.

Pre fe r i m o s e s qu e c e r qu e , aproximadamente, 90% dos casos acontecem dentro de casa, que 85% dos casos são perpetrados pelos pais, padrastos que criam, avôs, tios, irmãos, (99% são homens), que os abus os s ão cot idi anos, negando que ele está entre nós, é alguém acima de qualquer suspeita. Como escrevem nas sentenças juízes que os absolvem: “o pai é uma pessoa ilibada”.

Precisamos ter mais cuidado, mais responsabilidade e responsabilizar mais quem comete crime contra a criança.

COMPORTAMENTO 11

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro

Professora

A importância dos profissionais de beleza — Parte I ISTOCK

Olá pessoal,

beleza. Hoje, vou indicar um studio de beleza que está fazendo muito sucesso entre as mulheres, inclusive eu, que

passei a ser uma frequentadora assídua e VIP e muitíssima satisfeita.

Trata-se do Studio Poliana

H e l m e r M a k e u p H a i r.

Pro ssional séria e de um currículo de causar inveja a muitas do ramo.

Seus serviços são tão requisitados que, para marcar um horário, você tem que esperar, ao menos, um mês (que angústia!). Mas acreditem, vale a pena.

Seus valores variam conforme o tamanho e volume de suas madeixas com produtos exclusivos e de qualidade. Para cada tipo de cabelo, ela indica qual o melhor produto e como usá-lo. Às vezes, recorremos ao YouTube e redes sociais atrás de receitas caseiras. Podem até t e r s e u v a l o r, m a s n a d a substitui um pro ssional quali cado e que tem formação para indicar o que é o correto.

Os laboratórios contam com pro ssionais capacitados para fazer descobertas cientí cas que realmente irão proteger nossos cabelos, corpo, rosto, de forma correta e comprovadas cienti camente.

O Studio Poliana Helmer Makeup Hair, localiza-se no bairro Jabour, em Vitória.

O ambiente é agradável, com f uncionár ios e duc ados e

carismáticos que fazem toda a diferença.

Na próxima edição (terçafeira), vocês terão o prazer de conhecer melhor a nossa querida Poliana. S erá divulgada uma entrevista com a própria, onde ela poderá esclarecer a todas nós suas t é c n i c a s e s e u br i l h ant e trabalho. Aguardem a segunda parte. Até lá!

C Síndrome da boazinha Ambiente familiar pode aumentar abuso sexual infantil em até 10 vezes o m o é d e c on h e c i m e nt o d e todos, amo falar de

por que algumas pessoas têm necessidade de agradar

ISTOCK

Você conhece — ou é — alguém que precisa da aprovação dos outros? É comum ouvir sobre pessoas que se colocam em segundo plano, necessitam constantemente agradar quem está ao seu redor, têm di culdade em dizer não ou mesmo fazer críticas construtivas, já que evitam con itos a todo custo e temem que os outros quem com raiva — tudo isso para não correrem o risco de não serem amadas. E se você sente que se encaixa nesse per l, talvez você sofra da "Síndrome da Boazinha — termo cunhado pela psicóloga Harriet B. Braiker em livro homônimo.

Apesar de não ser uma doença reconhecida em manuais de psiquiatria, é um padrão de comportamento fácil de reconhecer. Como explica a psicóloga cognitiva Daniela Faertes, especialista em mudança de comportamento, essa é uma condição caracterizada pela compulsão por agradar. "No geral, atinge quem tem baixa autoestima e não consegue dizer não ou impor limites. As pessoas que sofrem desse problema vivem atrás de aprovação e acreditam que ela virá se elas forem generosas e compreensivas com todo mundo e o tempo todo".

Os bonzinhos demais, quase sempre, são inseguros e passivos na interação com os demais, tendendo sempre a ceder às vontades de parceiros, familiares, amigos e colegas de trabalho. Eles sentem medo de serem malvistos e de carem sozinhos caso não atendam as demandas alheias. Christian Dunker, psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP), acrescenta que esses indivíduos têm a convicção de

Pesquisa canadense mostra que um quarto das mulheres que conviviam com pais com histórico de violência doméstica, dependência química e doença mental foram abusadas KSENIA MAKAGONOVA/UNSPLASH

que se forem adequados às expectativas que o outro tem sobre eles serão amados e protegidos. "Na visão deles, amor está associado à obediência, aceitação e subordinação e, por isso, fazem de tudo para não cont rar i ar ou ent ão s erão punidos".

A princípio não há nada de errado no desejo de satisfazer quem se quer bem. O alerta é ligado quando esse tipo de atitude gera uma preocupação excessiva e quando o "agradador", para "cumprir sua missão", causa prejuízos para si m e s m o, n e g l i g e n c i a n d o a própria felicidade, bem como suas vontades e necessidades. "A consequência de estar sempre com foco no que o outro quer, de ter esse ímpeto interno de não desagradar de jeito nenhum, é que a pessoa deixa de ouvir a sua voz interior. Ela se esquece de si, e, com o tempo, ca frustrada e sofre por não conseguir atingir seus objetivos", pontua Faertes.

"Se você perguntar, ela vai dizer que age dessa forma porque se sente bem e não quer nada em troca. Mas, no m das contas, não é bem assim, ela faz isso por medo e esperando não ser rejeitada ou abandonada", acrescenta a pro ssional.

Com o passar do tempo, todo esse desgaste emocional pode gerar estresse, insatisfação e

angústia constantes e levar a uma sobrecarga de atividades, com efeitos deletérios sobre as saúde f í s i c a e m e nt a l — a l g u n s bonzinhos patológicos acabam desenvolvendo dores crônicas, doenças, transtornos psiquiátricos como depressão e ansiedade e, por terem di culdade na questão dos limites, p o dem apres entar compulsões, como a alimentar e a por compras.

"Essas pessoas também tendem a enfrentar di culdades nos relacionamentos.

Justamente por fazerem tudo o que pedem, com frequência são enganadas, menosprezadas e usadas. Ainda correm o risco de serem abandonadas, pois nem todo mundo tolera esse tipo de comportamento por muito tempo. Muitas vezes o amor se transforma em pena, em compaixão e, aí, o parceiro passa a bus car caminhos para a separação, que pode ser bastante dolorosa", pontua Dunker.

A Síndrome da Boazinha se estende para os diversos âmbitos da vida, afetando não apenas o p ess o a l e o amoros o, mas também o social e o pro ssional — e essa generosidade exagerada pode ser destinada a todos os conhecidos ou a alguém especí co, por exemplo, os pais, o parceiro ou o chefe.

Crianças cujos pais são dependentes químicos, sofrem violência doméstica ou têm algum tipo de doença mental têm 10 vezes mais chances de serem vítimas de abuso sexual.

Essa é a conclusão de um novo estudo conduzido pela Universidade de Toronto, no Canadá, publicado na segundafeira (24) no periódico Social Work.

A pesquisa considerou os relatos de 52 mil pessoas (já adultas) coletados em dois estudos anteriores realizados em 2010 e 2012, e levou em conta questões de raça, gênero e idade dos participantes. "As descobertas de ambas as pesquisas foram notavelmente semelhantes, sugerindo que as associações são particularmente robust as e dig nas de uma investigação mais aprofundada", disse Senyo Agbeyaka, coautor do estudo, em comunicado.

De acordo com os cientistas, entre os adultos que não foram expostos a nenhum dos três cenários apresentados, apenas cerca de 1% dos homens e 2% das mu l h e re s for am abu s a d o s sexualmente durante a infância.

Para àqueles expostos a uma dessas adversidades infantis, a prevalência de abuso sexual infantil quase triplicou: 2,7% p ar a h om e ns e 6 , 4 % p ar a mulheres.

Já a exposição a dois dos fatores de risco foi associada a um aumento adicional na prevalência de abuso sexual durante a infância, 5,5% para homens e 15,5% para mulheres.

Por m, aqueles que vieram de lares caóticos, onde os três principais fatores de risco estavam presentes, a prevalência de abuso sexual na infância foi de 11,6% para homens e 26,4% para mulheres.

"A descoberta de uma diferença de mais de dez vezes na prevalência de abuso sexual daqueles expostos a [essas] três adversidades na infância para a qu e l e s s e m n e n hu m a foi bastante chocante", observou Agbeyaka. "É raro ver um efeito tão grande e tão consistente entre homens e mulheres".

Os pesquisadores ressaltam que as duas principais limitações do estudo foram o uso de autorrelatos retrospectivos e a falta de informações sobre o momento exato da infância em que ocorreram. Além disso, destacam que os resultados indicam apenas correlação e não podem ser interpretados como causais.

Ainda assim, os cientistas acreditam que suas descobertas têm implicações importantes para melhorar o atendimento de crianças por assistentes sociais, pro ssionais da saúde e professores. "Não devemos subestimar o impacto negativo da violência parental contra o parceiro, doença mental e dependência de substâncias sobre as crianças da casa", explicou Esme Fuller-omson, líder da pesquisa. "As crianças são muito vulneráveis ao abuso sexual em famílias onde os pais estão lutando com várias dessas adversidades".

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12 OLHAR DE UMA LENTE

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Competência e modernidade “A mobilidade urbana, nas últimas pesquisas identi icadas, é o maior problema vivido pelo cidadão de capital”

R

personalidade e se diz católico e torcedor fanático do Vasco da Gama.

“Como pessoa, sou como a maioria dos brasileiros, cristão, descendente de italiano, católico, gosto muito de futebol e sou torcedor convicto do Vasco da Gama. Sou uma pessoa alegre e simples,

MARIANA RANGEL

alph Luigi, casado, pai de três l h o s e pré - c an d i d ato a prefeito de Vitória, nasceu em Santa Júlia, antes, distrito de Santa Teresa, hoje pertencente a Colatina.

Morou em várias cidades do interior do Estado e, com dez anos de idade, veio

morar no Centro de Vitória. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), é servidor público federal de carreira, passou em primeiro lugar no concurso da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em 2009.

Sempre com a carreira voltada para a infraestrutura, trabalhou com rodovias, ferrovias, hidrovias, terminais de t r a n s b o r d o, p r o j e t o s , p r o c e s s o licitatório, gestão de contratos, gestão da infraestrutura e na administração pública, sempre no sentido de avançar com investimentos.

Na última terça-feira (25), o exdiretor executivo do Departamento Na c i o n a l d e I n f r a e s t r u t u r a d e Tr a n s p o r t e s ( D n i t ) , c o n c e d e u entrevista ao Fatos & Notícias e falou, como pré-candidato, sobre algumas ações em áreas sociais que podem melhorar a vida dos cidadãos de Vitória.

“Fui superintendente do Denit aqui no Espírito Santo, depois, a convite do governador Paulo Hartung, assumi a diretoria do Departamento Estadual de Rodagem (DER), em seguida, aceitei o convite do ex-presidente Michel Temer para assumir o cargo de diretor executivo do Denit. Saindo, voltei para meu órgão de origem de governo e quei assessorando a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília e, em um determinado momento de 2019, entendi que estava na hora de retornar ao Espírito Santo porque tinham grandes projetos acontecendo aqui, inclusive no âmbito da ANTT”, explica.

Continuando o seu histórico de vida Ralph faz questão de de nir sua

tanto que estou há 30 anos morando em Vitória, no mesmo lugar, no Centro da capital”, diz.

Por ser servidor público e conhecer as demandas e di culdades, muitas vezes enfrentadas pelos próprios servidores, o faz querer galgar um degrau a mais para que máquina pública consiga avançar.

“A minha ideia, ao entrar na política, é

Ralph é a educação que, para ele, precisa ser tratada com muita seriedade pelo poder público e os gestores públicos em geral. Ele explica que, desde o governo de Victor Buaiz, passando pelos de Paulo Hartung, Luiz Paulo, João Coser e Luciano Rezende, todos eles, sem exceção, deram sua contribuição para que o sistema educacional de Vitória avançasse.

“Quase toda a população tem acesso à educação pública e gratuita, mas ainda não está quali cado o su ciente e, outro ponto muito importante, o pai, a mãe, aquele que rege a orquestra familiar, não tem muita opção dentro do setor público de escolher que tipo de educação ele gostaria de dar para seu lho. Muitas vezes, tem pai que quer colocar o lho na escola de tempo integral e não consegue porque a escola ca distante da sua casa ou aquela que está mais próxima da casa dele não tem a quantidade de vaga su ciente. Outro ponto que identi quei, além do ensino regular normal existe outra demanda que é a escola de orientação cívico-militar, não trata-se de uma discussão se você é a favor ou contra esse modelo de educação, o fato é que, existe uma demanda da população para que aquele tipo de educação seja ofertada pelo município. Acho isso muito importante, já estou estudando a localização de, pelo menos, duas instituições com esse LEONARDO SILVEIRA

CICLOVIA NA AVENIDA VITÓRIA mais ou menos usar toda essa minha experiência e expertise técnica, como servidor estadual e federal, e de conhecedor da máquina pública. Todo investimento, para ser realizado de uma maneira adequada, tem que ter estudos, planejamento, depois o projeto, depois a licitação e o contrato de execução. Não tem jeito, você tem que passar por essas etapas. Se o cidadão chegar e prometer obra ou uma melhoria de serviço, sem seguir esse caminho, pode esquecer, ele vai dar com os burro n'água. Hoje, existem regras para se fazer as coisas e, se a gente não respeitar, di cilmente a gente consegue chegar lá”, analisa.

Outro ponto bastante explorado por

modelo no município. Você precisa dar essas opções para o pai ou mães decidir o que quer para a criança. Precisa elevar as notas dos indicativos nacionais e internacionais”, esclarece.

Para Ralph, a educação não pode ser dissociada da cultura, pois em qualquer lugar do mundo onde a educação é de

alto padrão, a cultura é muito forte dentro do meio estudantil. “Atividades culturais, mesmo que sejam da cultura econômica, precisam ser disseminadas.

Levar a cultura empreendedora para dentro da escola, atividades culturais como teatro, apresentar os alunos ao mercado. Hoje, o aluno termina o ensino médio sem saber como funciona o mercado, sem o entendimento da

individual.

“A mobilidade urbana, nas últimas pesquisas identi cadas, é o maior problema vivido pelo cidadão de capital. Os centros ner vosos da economia de Vitória migraram para a Enseada do Suá e Praia do Canto, todo mundo, não só de Vitória, mas da Grande Vitória, se desloca para esse centro nervoso e, aí, você gera demanda

PRONATEC

Constituição Federal, como funciona a estrutura política do País, essas e outras coisas precisam fazer parte da grade curricular das nossas crianças e dos nossos jovens”, salienta.

Outro problema crônico, mas que não é exclusividade do município A ou B e, sim, do País, é a questão da saúde pública. “A Saúde é um problema sério e muito complexo, pois ela é cara e suas formas de nanciamento também, e é aí que reside o problema por conta do Sistema Único de Saúde (SUS), que trata-se de um emaranhado de regras. O prefeito precisa, primeiramente, organizar a estr utura da saúde, organizar as formas de nanciamento porque o primeiro atendimento é de competência do município e ele tem que continuar a ser ofertado. Observar a população dos bairros, ver a necessidade de se ter um ou mais posto de saúde, tudo isso implica em ter estratégias bem de nidas para que a coisa toda ocorra de acordo com as leis”.

Tema bastante debatido nos países desenvolvidos e que tem desa ado o poder público, por causa dos impactos ambientais, a mobilidade urbana se torna uma realidade mais que urgente e a ausência de políticas especí cas para

au me nt ar a ofe r t a d e me i o s d e transporte viáveis e e cientes resulta diretamente na busca pelo transporte

de todas as vias. Precisamos incentivar a mudança do dinamismo econômico da cidade e a melhor forma de se fazer isso é trazer de volta esse dinamismo para Maruípe, Ilha de Santa Maria, centro da cidade, Goiabeiras, Vila Rubim. Isso seria muito positivo”, destaca Ralph.

Ele acrescenta que “O que está faltando no planejamento de m o b i l i d a d e e m Vi t ó r i a é q u e precisamos entender que trata-se de uma cidade apertada, geogra camente pequena. Sendo assim, a gente consegue fazer muitos percursos a pé, de bicicleta, se tivesse um sistema de transporte coletivo adequado, um ônibus ou outro tipo de transporte, incentivaria as pessoa a deixarem seus carros na garagem. Vitória, tem muitos gargalos.

Nossa central de tráfego semaforizado é antiga, ela não funciona com aquilo que chamamos de “nós entrelaçados”, seria muito mais interessante colocar sensores nos semáforos, caria mais barato e mais efetivo”. Quando falamos de transporte hidroviário, do veículo leve sobre trilhos (VLT), ou metrô, nada disso a gente consegue se não houver uma integração com os municípios vizinhos”, enumera.

De acordo com Ralph, está na hora do município de Vitória dar lugar aos pequenos empreendedores, juntar o Banco de Desenvolvimento do ES (Bandes), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do ES (CreaES) e outras instituições nanceiras e criar linhas de crédito, mesmo que subsidiadas. “Subsidiamos tantas coisas então, por que não isso? A nal eles geram 78% dos empregos no País”, naliza.

TATI BELING

BRASIL 13

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Sérgio Vidigal (PDTES) Lar dos Idosos Padre Gabriel, em Bom Jesus do Norte, recebe recurso de Vidigal Sérgio Vidigal é parceiro de instituições que amparam as pessoas idosas e, neste contexto, o deputado informa que o recurso de R$ 90 mil para a Associação Lar dos Idosos Padre Gabriel, em Bom Jesus do Norte, já está pago. A verba é do Orçamento Geral da União (OGU) de 2020.

“A instituição desenvolve um belo trabalho e, além de acolher os idosos com vínculo familiar, ela também acolhe aqueles que são abandonados pelas famílias. Nosso mandato tem o compromisso de ajudar entidades que tratam com carinho quem tanto ajudou a construção da nossa sociedade”, disse.

Vale lembrar que o valor destinado é para a compra de um carro que irá suprir a necessidade de deslocamento dos idosos e também para outras demandas da casa.

SÉRGIO LIMA

Davi Alcolumbre (Dem- AP)

Sônia Steins (PatriotasFundão-ES)

Davi prorroga MP que libera R$101 bi para auxílio emergencial

“Refeitório Lindaura Pauletti Pratti” A v e re a d or a S ôn i a Steins, através do Projeto de Lei 027/2020, propõe a denominação de “Refeitório Lindaura Pauletti Pratti”, para o refeitório da Escola Municipal de Ensino Fundamental Eloy Miranda.

“Dona Lindaura, que faleceu aos com 85 anos de idade, dedicou anos de sua vida atuando como servidora da rede de ensino do município, na função de merendeira no bairro Oséias e, portanto, foi uma pessoa de extrema importância e relevância para o município, uma vez que se dedicou com amor à função”, homenageia Sônia.

O presidente do C ongress o Nacional, senador Davi Alcolumbre, estendeu por 60 dias o prazo de validade da Medida provisória 988/2020, que abre crédito extraordinário de R$ 101,6 bilhões em favor do Ministério da Cidadania. Os recursos extras serão utilizados para pagar a prorrogação do auxílio emergencial por dois meses. O ato foi publicado na edição desta quinta-feira (27) do Diário O cial da União.

O texto da MP autoriza o governo a contratar operação de crédito interna para suprir a despesa a ser realizada, ou seja, pode haver emissão de títulos da dívida pública.

AGÊNCIA SENADO

Reguffe (Podemos-DF) Senador pede CPI no Distrito Federal e defende penas dobradas para corrupção durante calamidades E m pronunciamento nesta quarta-feira (26), o senador Reguffe comentou a prisão da cúpula da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, acusada de corrupção, e pediu a aprovação pelo Senado do projeto de lei (PL 1.797/2020) que duplica as penas de crimes contra a administração pública quando estes forem praticados por ocasião de calamidade pública. A proposta é de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

O p a r l a m e nt a r t a m b é m c o n s i d e r o u importante que a Câmara Legislativa do Distrito Federal cumpra o seu papel perante a sociedade e instaure uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o caso, que envolveria fraudes nas compras emergenciais durante a pandemia da covid-19.

Reguffe considerou inaceitável a ocorrência de casos de corrupção no momento em que a pandemia causa tanto sofrimento à população brasiliense e de todo o país. E pediu que as investigações sejam levadas até o m, com extremo rigor, para esclarecer totalmente o que aconteceu na Secretaria de Saúde.

Qualquer desvio de dinheiro público é algo muito grave. Na saúde, algo mais grave ainda.

Durante uma pandemia, é uma crueldade — declarou o senador.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇAO

PORTAL 27

Lorenzo Pazolini (Republicanos-ES) PL que protege vítimas de violência é aprovado para tramitar em regime de urgência Foi aprovado na sessão ordinária virtual desta quartafeira (26) o requerimento de urgência para o Projeto de Lei (PL) 807/2019, do Lorenzo Pazolini, que estabelece medidas para proteção de vítimas e testemunhas nos procedimentos de inquérito policial e boletim de ocorrência.

De acordo com a proposta, ca restringido o acesso a dados sobre vítimas e testemunhas. O autor da matéria também apresentou emenda à proposta estabelecendo multa de 20 (vinte) a 200 (duzentos) Valores de Referência do Tesouro Estadual – VRTEs para quem dolosamente divulgar dados pessoais de vítimas e testemunhas. Esse recurso deve ser destinado ao Fundo para Infância e a Adolescência (FIA), instituído pela Lei Estadual 4.653/1992.

“A proposição vai balizar para que futuros casos, como o que aconteceu aqui, não venham a acontecer, penalizando vítimas, mulheres e todos aqueles que sofrem as consequências de um crime”, justi cou o parlamentar.

Felipe Rigoni (PSB-ES) Painel Covid-19 ES O Painel Covid-19, ferramenta desenvolvida pela Secretaria de Estado da Saúde para disponibilizar dados sobre a pandemia no Espírito Santo, ganhou uma nova atualização. Desde o início da semana, é possível ltrar dados referentes às pessoas com de ciência (PcD). A inserção é resultado de pedido feito pelo deputado federal.

Os dados mostram que os capixabas com de ciência somam 9.153 noti cações, 3.449 casos con rmados e 167 óbitos. “Desde o início da pandemia, alertamos o Ministério da Saúde a Sesa sobre os riscos da covid para as pessoas com de ciência. A transparência nos dados auxilia a construção de políticas públicas para este grupo”, argumenta o parlamentar.

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, ponderou que o apoio de Rigoni foi importante para colocar o Espírito Santo no topo do ranking de transparência da covid. “O painel só foi possível porque investimos no e-Saúde, uma plataforma inovadora, que recebeu emendas do deputado e agilizou a noti cação compulsória dos casos”, detalhou.

14 SER ESPORTE

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

LAÉRCIO FRAGA “LAU” fracaodesegundo@gmail.com (27) 99961-5323 Professor de Educação Física

Fernando Rocha. Missão: lapidar atletas para o basquetebol “Precisamos de parcerias para investir na base. Fazer com que nossos talentos permaneçam no Estado” ARQUIVO PESSOAL

Em 2014, quando o projeto chegou ao m, zemos uma parceria com o Álvares Cabral onde os atletas e os treinadores foram jogar e trabalhar no clube.

Então, desde 2014 estou atuando como treinador de basquete nas categorias de base do clube.

No meu primeiro ano como treinador do Álvares consegui chegar à nal do estadual com o Sub-12 sendo vice-campeão. Em 2015, também fui vice, mas em duas categorias: Sub-12 e 13. Em 2016, eu era treinador do Sub-13 e 14, onde tive result ados p o s it i vo s e m c omp e t i ç õ e s nacionais e internacionais. Com a categoria sub-13 quei em 4° lugar no Sul-Americano de Novo Hamburgo-RS onde competiram umas 25 equipes do Brasil e da américa do Sul. Na mesma competição, como treinador, camos em 8° no Sub-14 e como assistente técnico do Alarico no Sub-15, camos em 4° lugar.

Tivemos um atleta destaque na seleção desse torneio como alapivô: Rodolfo Ru no Bolis.

Depois dessa conquista individual, ele participou de todas as convocações da Seleção Brasileira de base de sua categoria e nas categorias de cima, conquistando muitos títulos. Hoje ele está jogando na Academia da NBA /EUA. Em 2016, também fui vice-

Quais foram as suas experiências no basquetebol como atleta e agora como treinador?

Comecei a jogar basquete na escola. Por ter alguns meninos altos, o professor Luís decidiu inscrever a escola na competição que t in ha na S er ra ( Jogos Estudantis Serrano) e o meu time acabou indo para a nal do torneio. Um árbitro em um dos jogos, falou para um atleta do meu time que seria interessante procurar equipes em Vitória para começar a treinar. Ele não se interessou, mas aquele comentário chamou a minha at e n ç ã o e a c a b e i i n d o n o Saldanha da Gama, onde comecei a minha carreira.

No Saldanha, disputei competição estadual nas categorias Sub-16, 17, 19 e 22.

Ganhei alguns campeonatos, mas só fui me destacar quando tinha 19 pra 20 anos quando fui o cestinha do campeonato Sub-22.

Joguei e me destaquei em outras competições como os Jogos do Interior de Minas Gerais (Jimi) pela cidade de Ubá e o extinto Jogos abertos do Espírito Santo (Joabes), onde jogava pela cidade de Linhares.

Aos 21 anos fui jogar no Vitória Basquete que era um projeto novo que participaria do Novo Basquete Brasil (NBB). Acabei tendo a oportunidade de jogar um jogo e fazer parte da equipe.

Treinar com o time adulto foi uma experiência gigantesca na época pra mim, pois tive a oportunidade de treinar com excelentes jogadores daqui e de outros estados.

Em 2011, realizou-se a primeira Liga de Desenvolvimento sub21, onde o Vitória Basquete disputou e eu estava na equipe.

Realizei bons jogos, cheguei a me destacar em alguns deles e recebi um convite para jogar em São Paulo. Acabei não aceitando, pois estava terminando o curso de Educação Física na Universidade do Federal do Espírito Santo e optei por focar nos estudos.

Entrei na faculdade de Educação Física em 2009 e me formei no início de 2013. Sempre conciliei jogar basquete e me dedicar aos estudos. O grande técnico Alarico Duarte, um dos maiores representantes do basquete capixaba, descobriu que eu fazia educação física e sempre me parava após os treinos e me perguntava: “Quer ser jogador de basquete ou treinador?”, nunca soube responder, principalmente por conta da imaturidade da época. Mas em 2013, um amigo que fez parte da equipe do Saldanha e do Vitória onde joguei, e também estudou na Ufes, me carregou para o projeto do Vitória Basquete e lá iniciei minha trajetória como treinador.

Posso dizer que foi o Matheus Marin que me apresentou e me colocou nesse mundo de treinador e também agradeço ao Alarico que me deu a oportunidade.

campeonato estadual.

Disputamos algumas comp etiçõ es como a C opa Serrana Sub-13 e Sub-15 onde fomos campeões e a Copa Vila Velha onde fomos vice-campeões no Sub-14. O grande evento de 2019 foi um Sul-Americano Sub13 realizado em São Paulo, onde fomos vice-campeões da série p r at a . Ne s s e m e s m o a n o comandei a Seleção Capixaba Sub-13 Em 2020 tinha tudo para ser um ano promissor para o basquete do Estado, já que estavam previstas várias competições.

Com a pandemia, ainda não há pre v is ã o d a re toma d a d o s trabalhos e das competições.

Como está o processo de formação de atletas aqui no Estado? E quais os clubes que fazem esse importante trabalho?

Nosso Estado sempre foi um celeiro de craques de todos os esportes e no basquete não é diferente. Temos poucas equipes aqui que disputam competições nacionais e estaduais, mas, apesar disso, nos últimos cinco anos, vários jogadores estão sendo convocados com f re qu ê n c i a p ar a a S e l e ç ã o Brasileira de base. No Espírito Santo temos três equipes que

t e m o s 1 2 at l e t a s e m c a d a categoria, sempre puxamos os m a i s n ov o s p a r a j o g a r n a categoria de cima.

atrapalha no trabalho de base e muitos atletas não têm onde se espelhar. Mas começando a jogar na base e se destacando, sempre vão aparecer oportunidades de sair para jogar em grandes clubes do Brasil, pois jogamos torneios nacionais do Sub-12 ao Sub-16, que é o caso do Álvares Cabral.

Essa é a grande vitrine. Todo ano alguns conhecidos entram em contato comigo e me perguntam se tenho algum atleta interessante que possa jogar nas equipes deles. Normalmente são grandes equipes do estado de São Paulo. Falo da proposta com os pais e alguns deles vão conhecer o local, os lhos fazem o teste, são aprovados e acabam seguindo a

ARQUIVO PESSOAL

A iniciação no esp or te de rendimento, de cr i anç as e adolescentes, deve estar nas mãos de pro ssionais capacitados e que tenham uma larga experiência que comprove esse con he cimento. Bus cando valorizar os treinadores de todos os esportes daqui do Estado, a coluna Ser Esporte entrevistou o professor e técnico, Fernando Rocha Sousa, que, além de ter sido atleta, auxiliar e trabalhado com grandes nomes do basquetebol do Espírito Santo, é um eterno estudioso do esporte.

campeão estadual em duas categorias que comandava: Sub13 e Sub-14. No ano seguinte, f o m o s n ov a m e nt e a o Su l Americano de Novo Hamburgo onde comandei três equipes: Sub-13, 14 e 15. Nesse ano com muito mais experiência, zemos uma competição surpreendente na categoria sub-13, ganhando de clubes como Botafogo/RJ, São P a u l o / S P, G i r a n h a s / S P, alia/SP entre outras grandes equipes nacionais. Perdemos a semi nal e a disputa de terceiro lugar e acabamos terminando o evento em quarto lugar. Nesse torneio o atleta destaque foi o Guilherme Tesch que foi o cestinha e melhor Ala da competição. Hoje ele também está jogando nos EUA. Nas outras categorias não fomos tão bem já que no ano anterior meus melhores atletas acabaram saindo para jogar fora do Estado e do Brasil. Neste mesmo ano fui vice-campeão estadual em três categorias: Sub-13, 14 e 15.

Em 2018 tivemos poucas competições. No estadual fomos vice-campeões nas categorias Sub-14 e 15. Neste ano começamos a jogar as competições do Campeonato Brasileiro de Clubes (CBC), onde disputamos nas categorias Sub14 e 16.

2019 foi um ano que não teve

estão à frente na formação de atletas: o Álvares Cabral, em Vitória, onde trabalho; a LUSB, de Cachoeiro do Itapemirim e o Cetaf, de Vila Velha.

Acredito que o processo está sendo o melhor possível por conta da grande saída de atletas para grandes centros, apesar da estrutura que temos. Poderia ser ainda melhor se tivéssemos alguma equipe jogando o Torneio Nacional Adulto, o NBB, ou o CBB que hoje funciona como uma segunda divisão.

Nesses anos como treinador, vi muitos atletas saindo para jogar em grandes equipes na base.

Nosso atletas costumam ir para São Paulo e Minas Gerais.

Temos bons treinadores no Estado. Apesar de todas as di culdades, estamos fazendo um bom trabalho. Ainda somos poucos e isso re ete no número de equipes que participam das competições que temos. Acredito que com o crescimento do basquete no Brasil esse número tende a aumentar.

Qual é a chance de um menino (a) se tornar profissional, e ser um atleta bem-sucedido, iniciando a sua trajetória aqui no ES? Nosso Estado hoje não tem um e quip e adu lt a, logo, iss o

carreira por lá mesmo.

Mas o grande foco de nossos atletas hoje é conciliar o estudo com a prática do basquete. Por exemplo, hoje eu tenho muitos atletas de basquete como alunos de personal. Os pais fazem esse investimento ao me contratar para fazer esse treinamento personalizado. Faço com eles um trabalho à parte de preparação física e técnica voltado para o basquete. Muitos deles vão estudar nos EUA. Fazem o intercâmbio no ensino médio e jogam basquete com o intuito de conseguir uma bolsa de estudos na faculdade.

Eu acredito que temos que focar nos estudos e no esporte. Ser um jogador pro ssional requer um pouco de sorte, pois a quantidade d e e qu ip e s pro ss i on ai s é pequena. O esporte colabora para que se forme um pro ssional mais quali cado em qualquer área que venha a atuar no futuro. No caso do basquete, que é uma modalidade coletiva, ele prepara para trabalhos em equipe, além de formar líderes e pessoas mais competitivas. O esporte quali ca para o mercado de trabalho.

Temos casos recentes de atletas capixabas que são bemsucedidos: Anderson Varejão, jogador da NBA e S eleção Brasileira; Eddy Carvalho, que

foi c amp e ã o d o N BB p el o Paulistano e, recentemente, o Pedro Nunes, que hoje joga no Flamengo. Existem ainda outros atletas que podem virar grandes pro ssionais e que estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

O garoto e ou adolescente de hoje é atraído pelo basquete?

Se sim, por quê?

Hoje temos a NBA que atrai vários meninos e meninas para começar a jogar e temos o NBB que está crescendo. Aqui, no Estado, temos ligas amadoras que também atrai jovens que queiram começar a competir. Acredito que estamos no caminho certo para que o basquete cresça cada vez mais.

Principais qualidades para se tornar um atleta de alta performance?

Primeiro, tem que começar desde muito cedo a prática de esportes.

Tem que ter disciplina, não só do atleta, mas de toda a família. Se dedicar 110%, gostar e jogar por amor ao esporte que escolheu. O bom desempenho na escola também é muito importante, pois o atleta precisa ser inteligente já que hoje vários centros esportivos no mundo exigem que se obtenha médias altas para poder jogar.

E eu acredito no dom. Muitos nasceram para jogar determinado esporte, mas, também, acredito que diamantes brutos podem ser lapidados, como cita no seu livro “Transformando suor em ouro”, um dos grandes técnicos do vôlei nacional: Bernardo Rocha de Rezende, o “Bernardinho”.

Como você analisa os seus alunos que treinam hoje no Clube Álvares Cabral? Tanto no aspecto de quantidade como de qualidade?

Como disse acima, nos últimos seis anos tenho formado muitos atletas e alguns deles se destacam no cenário nacional e inter naciona l. Hoj e temos poucos atletas no clube, mas todos com muito potencial, principalmente àqueles que são meus alunos de personal, que acabam se desenvolvendo mais.

Quais seriam os critérios para a seleção de atletas para a equipe competitiva?

Hoje, no Álvares, aceitamos todos os atletas que queiram jogar e que tenham de oito a17 anos. Para ele fazer parte da equipe precisa ir aos treinos, ter u m b o m condicionamento físico e saber as movimentações.

Eu, par ticularmente, cobro muita a questão defensiva e o jogo em e qu ip e. D i c i l me nte

Na sua opinião quais seriam as ações para que o basquetebol do Espírito Santo enchesse os ginásios novamente?

Noss o Estado tem p ouco investimento no esporte. Hoje, as prefeituras e o governo do Estado dão pouco apoio ou nenhum. E as empresas privadas, pelo que vejo, não têm muito interesse em patrocinar as equipes.

Precisamos de parcerias para investir na base, fazer com que nossos talentos permaneçam no Estado para que possamos montar uma equipe adulta para disputar o CBB (Liga de acesso), por exemplo. Começaríamos na s egunda divis ão e ir íamos subindo. Se tivermos uma equipe que jogue um evento nacional, acredito que iríamos encher os ginásios.

Vários clubes pelo Brasil realizam “peneiras”. Para você, quais são os pontos positivos e negativos desse método de escolha?

Pontos positivos são que vários atletas conseguem entrar em equipes grandes, sendo sempre atletas com grande potencial.

Mas têm aqueles que sonham em jogar, serem atletas pro ssionais e que não conseguem. Isso é normal. A frustração de não entrar para a equipe faz parte do processo e eu vejo isso como positivo, já que precisamos ter frustrações para nos tornarmos melhores cidadãos.

Qual a importância da escola para que uma criança tenha uma iniciação esportiva?

A escola é fundamental. E onde a criança teria o primeiro contato com vários esportes, criaria uma paixão e descobria em qual poderia se destacar. Só que hoje, infelizmente, não vejo isso acontecer. O tempo que dei aula em escola regular, vi o quanto é d i f í c i l m i n i s t r a r au l a s d e educação física. É uma luta diária para nós, professores.

Acredito que nosso modelo educacional é falho para o esporte. Pouco investimento e, inclusive, poucas competições escolares que não fazem com que os professores quem motivados e montem equipes.

O que representa o basquetebol para você?

O basquetebol é a minha paixão.

Hoje, trabalho e vivo do esporte.

Ainda participo de competições amadoras, inclusive em outros estados do Brasil, através da Associação dos Veteranos e Amigos do Basquete do Espírito Santo (Avabes), que possui um calendário regular de eventos internos e representa o Estado em alguns torneios nacionais.

Caso queiram a orientação de um personal e a melhora da performance no basquete, o professor Fernando Rocha Sousa atende em praias, parques, condomínios e praças.

Entre em contato pelo telefone: 027 999575315 (WhatsApp).

ECONOMIA 15

RMCARVALHO/GETTY IMAGES

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM Mestre em Administração e professor na FAACZ

Renda Brasil REPRODUÇÃO INTERNET

N

ão era uma pauta do governo Bolsonaro na eleição, mas a popularidade recorde desde o início do mandato, graças ao auxí lio emergenci a l, fe z o Presidente mudar de ideia. Era o nascimento do novo programa social de renda básica, que será batizado de “Renda Brasil”. A ideia de criar um novo “Bolsa Família” surge, segundo os analistas políticos, como uma manobra p ara re c up erar a p opu l ar i d a d e d o gove r n o.

Contudo, nossa intenção não é avaliar se o Presidente teve ou não uma intenção nobre ao anunciar o programa, mas falar do programa em si. O Renda Brasil seria anunciado essa semana, mas teve seu lançamento adiado, p ois Bolsonaro achou pouco o valor de R$ 247 reais proposto pela equipe econômica. O Bolsa família paga, em média, R$ 191 reais. O Presidente considera que o valor mínimo deva ser de R$ 300 reais e não abre mão disso.

Até então, o Bolsa Família é considerado um programa muito

bem-sucedido no que se propôs.

Reduziu a pobreza, aumentou a distribuição de renda, reduziu a fome e outras mazelas sociais, p or iss o, em um pr imeiro momento, não há motivos para pensar que o “Renda Brasil” não consiga potencializar essas conquistas. Uma das principais críticas dos programas de renda básica é que a pessoa bene ciada gastaria o auxílio com besteiras e não com coisas essenciais.

Entretanto, não é isso que as

evidências nos mostram. Em um estudo, feito em 2013, pelo banco mundial, cou claro que as pessoas que são bene ciadas por um programa de renda básica, em geral, não gastariam com coisas como bebidas e cigarros, mas, sim, com comida e outras coisas essenciais. Outros alegam que esse tipo de programa desincentiva a busca por empregos, o que em partes é verdade. Mas o motivo para isso ocorrer é que os bene ciários

desses programas passam a procurar empregos melhores e a se quali car mais. O Renda Brasil deve ampliar também o número de bene ciários, saindo de 14,2 milhões para 24 milhões .

Vale apontar que esses estudos estimam o comportamento da maioria, então podem existir alguns indivíduos que façam mau uso dessa renda, mas não representa o comportamento da mai or i a d o s b e ne c i ár i o s .

Mantendo a sobriedade nos

gastos públicos, o Renda Brasil tem tudo para ser um excelente programa e com grandes contribuições para o País.

Agora cabe a Paulo Guedes e sua equipe conseguir recursos para viabilizar o novo programa de renda básica do Brasil. Para nanciar o primeiro valor proposto, a equipe econômica considerou a extinção de programas vistos como ine cientes, desta forma não haveria nenhum risco de quebrar o teto de gasto. Entretanto, com a exigência de um valor mínimo de R$ 300, uma nova fonte de nanciamento para o programa teve que ser pensada. Até agora, a que ganha mais força é o m da dedução do Imposto de Renda para gastos com saúde e

educação. Majoritariamente, esse benefício é dado somente para as camadas mais ricas da sociedade o que torna, a priori, uma ideia interessante para redistribuição de renda no País. O que gerou o impasse foi o m do abono salarial para nanciar o Renda Brasil. Segundo o Presidente Bolsonaro, seria uma forma injusta de fazer essa redistribuição.

Atualmente, a proposta do Renda Brasil está suspensa pelo governo. Segundo o Presidente Bolsonaro, a proposta não será enviada ao congresso até que a e quip e e conômic a consiga montar um texto sem prejudicar os mais pobres.

Esesp divulga agenda de cursos para setembro com mais de 1,6 mil vagas PEXELS PHOTO

Nesta terça-feira (25) a Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp) divulgou a agenda de cursos para o mês de setembro. A programação c o n t a c o m 1 1 capacitações na modalidade a distância, que somam mais de 1,6 mil vagas.

Con ra as formações da Esesp: Liderança e Gestão Estratégica; Excel Básico; Inglês Nível I; Formação

de Pregoeiros; Gestão Orientada para Resultados.

E m p arc e r i a c om a Escola de Governo de Santa Catarina — ENA, serão disponibilizados os seguintes cursos: Q ua lidade no Atendimento — ENA; Administração de C on itos — ENA; C o n t r o l e s n a Administração Pública — ENA; Fundamentos de

Gestão de Pessoas — ENA; Ética no Serviço Público — ENA; Noções de Direito Administrativo — ENA. Os cursos serão realizados por meio da plataforma virtual de Educação a Distância (EaD) da Esesp (www.ead.es.gov.br). As inscrições começaram na

quarta-feira (26) e variam de acordo com a formação selecionada.

Inscrição Para participar de qualquer uma das ações, os servidores estaduais e trabalhadores de empresas de economia

mista devem procurar o setor de Recursos Humanos (RH) do órgão em que atuam para informar o interesse.

Já os pro ssionais das prefeituras e membros de órgãos parceiros que têm Termo de Cooperação rmado com a Escola de Governo, devem preencher a cha de pré-

inscrição no site da Esesp e enviá-la por e-mail para inscricao@esesp.es.gov.br .

Depois, é preciso car atento às datas de validação da inscrição, ato que con rma a participação na turma. O procedimento é realizado na plataforma virtual de EaD.

16 GERAL

24 A 31 DE AGOSTO DE 2020

DANIEL LOUZADA Jornalista Cel.: (27) 99582-4331

Advogado fala do combate à violê ncia contra a mulher O

mês de agosto é marcado pelo combate à violência contra a mu l her, com o intuito de conscientizá-las e sobre a importância da Lei N°11.340, de 7 de agosto de 2006, intitulada como Lei Maria da Penha, com o principal objetivo criar ferramentas de prevenção à violência doméstica e familiar contra o público feminino.

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (idealizador da campanha), em abril deste ano, houve aumento de mais de 35% nas denúncias pelo Disque 180 em relação ao mesmo mês de 2019, conforme b a l anç o d o Mi n isté r i o d a Mulher, Família e Direitos Humanos. Nos meses de março e abril, cresceram em 22% os registros de casos de feminicídio, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ap es ar do maior volume de registros, parte da realidade escapa às estatísticas.

A partir dos dados estatísticos acima, pode-se perceber que houve um crescimento do número de casos registrados de violência contra a mulher, um dos fatores que podem contribuir para esse aumento, se deve ao fato do isolamento social em virtude da pandemia do coronavírus, com isso muitas vítimas cam reféns dos agressores dentro de seus lares.

É importante destacar que, mesmo com a Lei em vigor, e todas as suas ferramentas de proteção, como botão do pânico

a mulher Violência contra a mulher – é qualquer conduta – ação ou ARQUIVO PESSOAL

e medida protetiva, as mulheres, na maioria das vezes, têm medo de fazer a denúncia, pois sabem que p o dem s of rer consequências piores por parte dos agressores. O advogado Daniel Simões ressalta que “a lei aplicada é muito latente e genérica, o que gera entendimentos controversos entre juízes e tribunais, o que facilita a soltura do agressor é a falta de provas contundentes da existência da violência e o indício su ciente da prática do crime por parte do mesmo”, ressalta Simões.

Tipos de violência contra

omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.

Vi o l ê n c i a d e g ê n e r o – violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.

Violência doméstica – quando

ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.

Violência familiar – violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os m e m b r o s d a c o mu n i d a d e familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, lha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por a nidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa).

Violência física – ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.

Violência institucional – tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades s e f o r m a l i z a m e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.

V i o l ê n c i a intrafamiliar/violência doméstica – acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso

físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.

Vi o l ê n c i a m o r a l – a ç ã o destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher.

Violência patrimonial – ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.

Violência psicológica – ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação,

obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, m a n i p u l a ç ã o, a m e a ç a o u qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.

Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o

manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.

Violência sexual – ação que

estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno. É necessário acabar com esse tipo de violência, todas as mulheres merecem ser respeitadas. Denuncie qualquer tipo de agressão!

Fósseis de pólen indicam que evento de extinção em massa está próximo

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Análise de mais de 14 mil amostra de pólen fossilizado revelam que biomas vegetais da América do Norte estão em perigo e podem levar séculos para se recuperarem

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Pe s q u i s a d o r a s d o I n s t i t u t o d e Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, defendem que a di culdade dos biomas vegetais da América do Norte em se adaptarem pode indicar um cenário de extinção em massa nunca visto nos últimos 13 mil anos.

O estudo, publicado na revista cientí ca Global Change Biology, analisou 14.189 amostras de pólen fossilizado retiradas de 358 lugares espalhados por toda a América do Norte para determinar a resiliência da paisagem local. As cientistas avaliaram por quanto tempo as orestas e pastagens fossilizadas existiram — um fator conhecido como tempo de residência — e quão bem elas se recuperaram após perturbações como incêndios orestais e desmatamento — fator denominado recuperação.

Um dos resultados mostrou que as paisagens estão experimentando uma capacidade de adaptação menor do que qualquer outra observada desde o m das extinções da megafauna no período Pleistoceno (Era do Gelo). "Embora saibamos que existem estratégias para mitigar alguns desses efeitos, nossas descobertas servem como um alerta terrível sobre a vulnerabilidade dos sistemas naturais à extinção", disse, em

nota, Yue Wang, pesquisadora que liderou o estudo.

Outro resultado importante evidenciou a vulnerabilidade das paisagens: nos últimos 20 mil anos, as STEVE KAMENAR/UNSPLASH

orestas persistiram por mais tempo do que os habitats de pastagem. Em média, foram 700 anos contra cerca de 360 anos, respectivamente — embora também demorassem muito mais para se restabelecer após serem desmatadas.

Por m , a p e s qu is a t amb é m descobriu que orestas e pastagens se modi cam quando as temperaturas estão mudando rapidamente e que se recuperam mais rapidamente se o ecossistema contém alta biodiversidade vegetal. No entanto, nem todos os biomas se recuperam — apenas 64%

recuperam seu tipo original por meio de um processo que pode levar até três séculos. Além disso, os sistemas árticos têm menos probabilidade de se recuperar.

“Identi car o ritmo e o modo das transições da paisagem e os impulsionadores da resiliência é fundamental para manter os sistemas naturais e preservar a biodiversidade, dadas as rápidas mudanças climáticas e do uso da terra hoje em dia”, escreveram as autoras. "No entanto, paisagens resilientes são difíceis de reconhecer em escalas de tempo curtas, pois as perturbações são difíceis de quanti car e as transições do ecossistema são raras".

Embora os efeitos das mudanças climáticas e os impactos ambientais humanos não sejam um bom presságio para o futuro dos biomas vegetais da América do Norte, existem maneiras de lidar com isso, explica Wang. "Sabemos que existem estratégias para mitigar alguns desses efeitos, como priorizar regiões biodiversas que podem se recuperar rapidamente e aumentar a conectividade entre habitats naturais para que as espécies possam se mover em resposta ao aquecimento".