ANO X - Nº 368 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 08 A 15 DE SETEMBRO/2020 SERRA/ES
Distribuição Gratuita
Campo digitalizado
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
8 Aprenda como cozinhar
legumes para facilitar as refeições do dia a dia Pág. 8
JORGE PACHECO
8 A inoportuna criação de um novo Tribunal Regional Federal, em plena crise, acrescenta 111 cargos no Poder Judiciário e vai gerar gastos adicionais de R$ 51 milhões Pág. 5
LÉO RAMOS CHAVES
ARGOS PANOPTES
8 Oi, eu sou ARGOS PANOPTES, e hoje falarei sobre a corrida eleitoral na Serra Pág. 14
HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Nesta edição, entrevista
com o pré-candidato a prefeito pela Serra, o delegado federal Márcio Pág. 12
A Lua está enferrujando? REPRODUÇÃO/SHUAI LI
Levantamento da Embrapa, do Sebrae e do Inpe mostra que 84% dos agricultores brasileiros já recorrem a tecnologias digitais em seu dia a dia
Alguma coisa realmente estranha está acontecendo na Lua e deixando cientistas um tanto intrigados. É que foi detectada por lá a presença de hematita, uma forma oxidada de ferro que, ao menos aqui na Terra Pág. 10
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Oito em cada 10 agricultores brasileiros empregam pelo menos uma ferramenta digital para apoiar a produção em suas propriedades. Essa
é a principal conclusão de uma pesquisa conduzida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em conjunto com o
Arqueólogos descobrem em Jerusalém fragmentos de palácio de um reino judaico bíblico Arqueólogos israelenses desenterraram o que, segundo eles, é uma evidência de um palácio "magnífico" da era de um reino judaico bíblico em Jerusalém. Estruturas de pedra cuidadosamente entalhadas e outras relíquias associadas a esta construção foram encontradas a cerca de 3 km ao sul da Cidade Velha de Jerusalém Pág. 7
SCOTT STINE
Pela primeira vez, cientistas clonam subespécie ameaçada de cavalo
Pág. 7
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O levantamento foi realizado
entre os meses de abril e junho e os resultados divulgados em agosto. O estudo contou com a participação de 504 produtores rurais. Pág. 6
Conheça o esquilo-voadoranão-japonês HANDA NATSUMI/REPRODUÇÃO
A natureza está cheia de criaturinhas adoráveis, e uma delas é o esquilovoador-anão-japonês, um roedorzinho tão fofo que parece até um personagem de desenho animado. Estes esquilos simpáticos são realmente pequenos, com um corpinho de 15 a 20 centímetros de comprimento, e uma cauda felpuda que pode ter de 10 a 15 centímetros Pág. 7
Alho ajuda a combater doenças crônicas e infecções virais Pág. 10
ABP treina profissionais para identificar e tratar tendências suicidas MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Ministério da Saúde inicia, nesta semana, treinamento de pro ssionais de saúde de quaisquer áreas médicas, em todo o País, para que possam identi car e encaminhar corretamente para tratamento pessoas com tendências suicidas. A iniciativa marca a passagem do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio na próxima quinta-feira (10). Pág. 9
2 MEIO AMBIENTE
08 A 015 DE SETEMBRO DE 2020
Considerado extinto Espécie de tartaruga na natureza, cão considerada extinta cantor da Nova até 2002 pode ser Guiné é encontrado salva na Indonésia A tartaruga-de-telhado birmanesa é endêmica de Mianmar e foi redescoberta no início dos anos 2000. Agora, quase mil animais vivem em cativeiro
Último de registro do animal selvagem datava da década de 1970. Cientistas cruzaram o material genético dos exemplares que vivem em cativeiro com as amostras coletadas dos bichos encontrados na ilha de Nova Guiné
PLATT ET AL 2020
CYCLEWIDOW/CC BY 2.0
Pesquisadores descobriram que o cão cantor da Nova Guiné não está extinto e ainda vive na natureza, a rma estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" no dia 31 de agosto. Conhecidos por um uivo característico que justi ca seu nome, o cão cantor costuma viver nas áreas mais altas da ilha dividida pela Indonésia e pela Papua-Nova Guiné. Até a descoberta desta semana, o último registro do mamífero em seu habitat natural datava da
década de 1970. Estima-se que de 200 a 300 exemplares da espécie vivam em cativeiro. No e nt a nt o, r e l at o s d o s moradores do lado indonésio da ilha de Nova Guiné informavam uivos característicos do animal ouvidos a partir das colinas. Os animais, então, foram vistos e tiveram o sangue coletado pelos pesquisadores. As amostras comparadas com os exemplares mantidos em cativeiros comprovaram que se tratava do cão cantor da Nova Guiné. Segundo a revista "Science", a geneticista Elaine Ostrander, do
Instituto Nacional de Genoma dos Estados Unidos, a rmou que havia, na amostra coletada, traços de material genético de cães que vivem nas cidades da ilha. Porém, ela disse que essencialmente se trata da mesma espécie. O desa o, agora, é permitir que esses animais encontrados na natureza cruzem com os mantidos em criadouros para dar variabilidade genética e evitar que a população do cão cantor da Nova Guiné diminua ainda mais.
Considerada extinta até o início do século, a tartaruga-detelhado birmanesa (Batagur trivittata) foi "ressuscitada" g raç as a um prog rama de conser vação liderado p ela Wildlife Conservation Society (WCS) e pela Turtle Survival Alliance. O feito foi publicado recentemente em um estudo no periódico Zootaxa. A caça e a superexploração de ovos do animal quase resultou em seu desaparecimento: o réptil é a segunda tartaruga mais ameaçada de extinção em todo o mundo. Na verdade, a espécie era considerada extinta até 2002, quando um colecionador de tartarugas norte-americano encontrou um espécime vivo em um mercado de vida selvagem na China. Incentivados por essas descobertas, os pesquisadores realizaram pesquisas de campo em Mianmar, de onde a espécie é proveniente, para encontrar p opu l açõ es s elvagens dos animais — e funcionou. Algumas tartarugas foram encont rad as em dois r ios diferentes, mas sua população continuou a declinar. Em 2007, com o apoio do g o v e r n o d e M i a n m a r, o s biólogos criaram um programa de conservação da espécie para
garantir sua sobrevivência. "A maior ameaça é que há tão poucas sobreviventes na natureza que, se houver um acidente, perderemos uma grande parte da população”, disse Steven Platt, líder do estudo, em entrevista ao Mongabay. "[O problema] é principalmente pesca. Eu me preocupo com elas cando presas em equipamentos de pesca e se afogando. E se não monitorássemos, os ovos seriam coletados". Agora, as t ar t ar ugas s ão incubadas e criadas em condições protegidas da predação por peixes grandes, pássaros e lagartos, caça furtiva e coleta de ovos. Os esforços de PLATT ET AL 2020
conservação também se concentram nas tartarugas selvagens restantes: cinco a seis fêmeas e dois machos vivendo em um trecho remoto do alto rio
Chindwin, no norte de Mianmar. Seus ninhos são monitorados e os ovos, coletados e incubados em uma instalação segura. O projeto funcionou e hoje o número de t ar t ar ugas-detelhado birmanesa vivendo em cativeiro se aproxima dos mil. O objetivo é eventualmente libertálas de volta ao seu habitat selvagem no rio Chindwin, mas, como explicam os especialistas, o processo pode ser um tanto desa ador. "A conservação das tartarugas de rio é realmente difícil", disse P l at t . " [ E m c at i v e i r o ] , a s tartarugas podem se mover cerca de um quilômetro ou, normalmente, car a poucos hectares de onde as soltamos. Entretanto, uma vez no rio, esses animais podem subir ou descer várias centenas de quilômetros se apenas continuarem nadando". Embora os animais ainda não estejam vivendo na natureza, os cientistas estão otimistas com o futuro da espécie. "O programa de repro dução em cat iveiro produziu cerca de 170 tartarugas por ano nos últimos dois anos", explicou Platt. "Portanto, as tartarugas estão biologicamente seguras. Elas não serão extintas".
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Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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CULTURA 3
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020
De onde vem a expressão 'negócio da China'? Entenda como as Guerras do Ópio tiveram papel fundamental na origem WIKIMEDIA COMMONS
FOTO: REPRODUÇÃO
Quadro representando a Guerra do Opio DIVULGAÇÃO/ALBERT RACINET
N
ão é necessário ter muita imaginação para pensar no potencial de venda de qualquer lojinha em um país com 1,4 bilhão de pessoas. É por isso que, tanto hoje como no passado, os grandes países produtores querem atuar na China. No século 19, esse mercado gigantesco foi assediado pela Inglaterra, que estava no auge da Revolução Industrial e precisava de consumidores para seus produtos. Só que era difícil ter acesso ao país, que permanecia fechado ao Ocidente.
O jeito foi partir para a briga. Nessa época,
ocorreram as Guerras do Ópio, em duas etapas (18391842 e 1856 1860). Vitor i o s o s , o s i ng l e s e s impuseram o monopólio da comercialização do ópio com
os chineses e ainda ocuparam a ilha de Hong
Kong, só devolvida em 1997. Um n e g ó c i o d a C h i n a mesmo. Ou seja: lucrativo. Outra versão para a origem do termo está no livro de divulgação etimológica A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta. Segundo o autor, a expressão se originou das viagens de Marco Polo ao Oriente, no século 13. “Com a divulgação de sua narrativa, a China ficou conhecida como uma terra de coisas mirabolantes, exóticas, atraindo a ambição de comerciantes”, descreveu. (AVENTURAS NA HISTÓRIA)
DILIO SANTOS/ESPÍRITO SANTO MEMÓRIA (BR)/FACEBOOK
Foto Antiga do ES
Rodovia Sera im Derenzi (Vitória) — 1950
Primeiro longa dirigido por Regina King estreia em Veneza Festival de Veneza é o primeiro grande evento do cinema em 2020 e terá também a exibição do documentário sobre Greta Thunberg SIMONE PADOVANI/AWAKENING/GETTY IMAGES
Com início oficial na última quarta-feira (2), o Festival de Veneza é o primeiro grande evento do cinema a contar com a presença do público e de artistas em 2020. O júri desse ano é pre s i d i d o p e l a at r i z C at e Blanchett. Ti lda Swinton, também faz parte dos jurados e p o s ou p ar a o s fot ó g r afo s fazendo o símbolo de 'Wakanda Para Sempre”, em homenagem ao ator Chadwick Boseman, que teve sua morte anunciada no dia 28 de agosto. Com grande expectativa, Veneza é o festival de cinema mais antigo do mundo e considerado importante para identificar candidatos ao Oscar. Coringa, por exemplo, estreou no festival antes de render o reconhecimento a Joaquin Phoenix. C om o s n ov o s c a s o s d e coronavírus na Itália e outros países, cresceu a rigidez na segurança, mas o evento não foi cancelado. As temperaturas serão verificadas e as salas só receberão 50% de sua capacidade. Os lugares terão que ser reservados on-line, o público terá que usar máscara facial e não serão permitidos fãs perto do tapete vermelho. “Acreditamos que é hora de recomeçar para o cinema”, disse o diretor do Festival, Alberto Barbera. Outro destaque no Festival de Veneza 2020 é o aumento no número de filmes dirigidos por mulheres, oito produções no total. Entre eles, está a estreia da atriz Regina King na cadeira de direção de um longa-metragem (ela já dirigiu episódios das séries This Is Us e Scandal).
“Estou tão excitada e ansiosa, todas as diferentes formas das palavras”, brincou Regina para falar do filme One Night in Miami. “Não pudemos fazer cabines por causa da pandemia”. O filme reflete sobre a segregação racial no sul dos Estados Unidos e conta a história do encontro entre Cassius Clay, Malcolm X, Sam Cooke e Jim Brown, todos envolvidos com a luta pelos direitos civis e discutindo sobre m a nt e r a r e s i s t ê n c i a n ã o violenta, defendida por muitos. “Eu decidi, na minha cabeça, que ninguém mais poderia contar essa história além de uma pessoa negra. Eu senti que como uma mãe negra, filha e sobrinha que essa era a história do meu filho, do meu pai e do meu tio tanto quanto foi de Jim Brown, Sam Cooke, Cassius Clay ou Malcolm X”, ela diz. Apesar da pandemia, Regina quer seu filme nas salas de projeção, mas não sabe se terá tempo. Além do Oscar (que não fala), há a atualidade do tema que ela sente demandar o lançamento mesmo antes que a vida social seja normalizada. A
pandemia, por exemplo, custou a presença da própria diretora na estreia do filme. Regina não vai a Ve ne za ou Toronto, participando das coletivas via videoconferência. “Estou tão honrada de estrear em Veneza, mas não poderei estar lá”, admite a atriz. Outro destaque do Festival promete ser o documentário I Am Greta, que como o nome sugere, acompanhou a vida da ativista ambiental Greta Thunberg e conta com muitas imagens ainda inéditas da jovem que virou um símb olo de dedicação. Assim com Regina, G r e t a n ã o v a i a Ve n e z a pessoalmente, porque voltou às aulas presenciais e não anda de avião. “Eu gostei do filme e ele apresenta uma imagem realista de mim”, ela disse. “Espero que ao assisti-lo as pessoas finalmente entendam que nós jovens não estamos fazendo greve por diversão. Estamos protestando porque não temos escolha”, avisa. O Festival de Veneza acontece do dia 02 de setembro até o dia 12. LUCIANO DANIEL
Site com ilmes e sé ries gratuitos é lançado pela Net lix A Netflix lançou um site em que parte do seu catálogo é aberto e gratuito. O site já está disponível no Brasil e pode ser acessado direto no navegador, sem baixar o aplicativo da plataforma. Até o momento, existem 10 opções disponíveis para serem assistidas. A Netflix informou que, o catálogo irá mudar constantemente, e novas opções irão aparecer para que “você possa descobrir seus títulos”. As produções só podem ser assistidas pelo navegador e estão em alta definição. As opções de idioma e legenda também estão disponíveis. Os filmes podem ser assistidos na íntegra, mas as séries só contam com seus respectivos primeiros episódios no site gratuito. Ao fim de cada conteúdo exibido, o usuário responde perguntas sobre o programa e se ele deseja assinar a Netflix. O mais interessante é que, ao
contrário do teste gratuito de sete dias, que é oferecido pela Netflix e outras plataformas de streaming, neste novo site não é necessário vincular cartão de crédito. O conteúdo pode ser acessado sem nenhum tipo de cadastro. Os títulos disponíveis no
catálogo atual são: Bird Box, Mistério no Mediterrâneo, Stranger Things, Elite, Olhos que Condenam, Dois Papas, Casamento às Cegas, Nosso Planeta, Grace and Frankie e O Chefinho Volta aos Negócios.
4 EDUCAÇÃO
08 A 015 DE SETEMBRO DE 2020
Brasil vive dilema entre retorno presencial e aulas on-line Com escolas fechadas há quase seis meses, Brasil é o único País do mundo que está há tanto tempo sem aulas Nenhum país do mundo está há tanto tempo com as escolas fechadas como o Brasil. São quase seis meses. Enquanto comércio e restaurantes voltaram a funcionar e boa parte das pessoas já está trabalhando, quase 50 milhões de crianças e adolescentes continuam em casa. Por u m l a d o, e x pl i c am o s especialistas, há uma preocupação genuína de famílias e professores com os riscos da retomada das aulas. Por outro, a frase “melhor não voltar este ano”, tão ouvida nestes tempos, p o de estar minimizando a importância da escola e as cons e quênci as pres entes e futuras de ter 25% da população do País privados de frequentar esse espaço. “Quando a sociedade quer ir para a praia, mas não para a escola, é um projeto de nação.
Estamos fazendo uma opção de ter lazer e compras e, para isso, a escola precisa estar fechada”, a rma Priscila Cruz, presidente e x e c u t i v a d o To d o s P e l a Educação. “Priorizar educação seria abrir mão dessas liberdades para que o controle fosse mais rápido e mais rapidamente ocorresse a retomada das aulas”. Esse descaso, diz Priscila, deixa evidente o poder de in uência das lideranças nacionais, responsáveis pelo atraso no combate da pandemia. “O fato de o governo federal ter se ausentado, não ter posto em prática sua coordenação, não ter criado um gabinete de crise com diretrizes, atrasou demais. Crianças e jovens não vão nem saber o que perderam se tivessem tido acesso mais rápido ao retorno”. Uma comparação simples com
a Alemanha deixa isso evidente.
Tanto na Alemanha como em
educação. Lá, estavam ©ALEX SILVA/ESTADÃO
“Lá, mesmo com a autonomia de cada Estado, o governo federal assumiu a coordenação da retomada escolar pelo e nte nd i me nto d e qu e i ss o afetaria a visão de país. No Brasil, aju d ar e ap oi ar E s t a d o s e municípios é um papel estabelecido pela Constituição. Não é uma benesse, é uma obrigação do governo federal”, avalia Fred Amâncio, secretário de Educação e Esportes de Pernambuco.
outros países europeus, no dia seguinte à paralisação das aulas já havia um comitê para iniciar o processo de retorno. É importante considerar que o calendário escolar do Hemisfério Norte já estava caminhando para o m do ano letivo. “Os pais brasileiros são mais preocupados? É claro que não. Mas, nos outros países, já se planejava o processo de retorno. Não era ter uma data, mas entender a importância da
preocupados com os 30% nais do ano letivo. Aqui, praticamente não tivemos ano letivo presencial”, diz Fred. Em Pernambuco, o protocolo de retorno às aulas, cuja data não está estabelecida, foi divulgado há um mês e prevê redução no número de estudantes, volta voluntária e distanciamento social. “Sempre destaco que falamos muito dos riscos do retorno, mas não dos riscos de nã o re tor nar. Me s mo s e a
discussão for só focada na aprendizagem, sabemos que não dá para dizer que recupera depois. Mas vai além. Em um País com tanta vulnerabilidade e violência, esses adolescentes não estariam mais protegidos se estivessem na escola?”, indaga. Uma pesquisa divulgada em 12 de agosto pelo Instituto D at a S e n a d o m o s t r a qu e a diferença entre a educação na re d e públ i c a e na pr iv a d a também se revela no acesso dos alunos ao ambiente digital. Dos lares brasileiros cujos estudantes estão tendo aulas remotas na rede pública, 26% não possuem inter net. Já nos colég ios particulares, o total de alunos sem conexão on-line cai para 4%. “O que foi feito pelas secretarias é importante, mas quase 30% não têm acesso a nada. Sofrem com estresse tóxico, sem dinheiro e sem educação. Essas coisas precisam car muito claras para que a gente atue s obre os problemas como eles s ão”, pondera Ângela. “Trazer os estudantes, respeitando todos os protocolos de saúde para que tenham segurança e educação, pode ajudar a reduzir essa situação de toxicidade”.
Nova Zelândia: exemplo Projeto de Robótica do Colégio
Estadual é selecionado para de estratégia educacional participar de feira internacional REPRODUÇÃO
Na Nova Zelândia, o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em 28 de fevereiro. Em meados de março, todas as escolas do país foram fechadas. Um mês depois, as aulas presenciais foram retomadas para os estudantes que mais precisavam, como os lhos de pro ssionais da saúde. Em maio, todas as escolas foram reabertas. A retomada rápida das atividades escolares foi resultado de um trabalho que começou com o enfrentamento precoce da doença e com a educação sendo prioridade na agenda de combate ao novo coronavírus. “A estratégia para lidar com o impacto da pandemia na
educação teve uma forte liderança, com intervenção precoce, gentileza, empatia e comunicação clara”, a rma Graciélli Ghizzi-Hall, conselheira de Cooperação Internacional e Engajamento do Ministério da Educação da Nova Zelândia. Brasileira, ela emigrou para a ilha do Pací co na adolescência. No dia a dia, o Ministério da Educação tem trabalhado em estreita colaboração com o Ministério da Saúde na adoção de medidas de segurança. O alcance e as ações são amplos e chegam a todo o sistema educacional. As escolas recebem um boletim diário por e-mail com as informações atualizadas
da covid-19, material de ensino a distância e conteúdo sobre bemestar mental. “ No s s a c ap a c i d a d e p a r a moldar o sistema para garantir a equidade incluiu estratégias que garantem o fornecimento de c o n e c t i v i d a d e , o desenvolvimento de um site com recursos de apoio a pais e professores, e a criação de materiais físicos para quem não tem acesso ou quando são mais a d e qu a d o s”, d i z Gr a c i él l i. Estudantes indígenas, carentes e com necessidades especiais foram prioridade. O apoio aos docentes incluiu iniciativas como a comunicação clara e regular, a oferta de modelos e orientações para que eles pudessem re etir e enfrentar o momento e cursos com foco em questões relacionadas ao aprendizado. O desa o mais amplo agora, a rma Graciélli, é equilibrar a saúde pública, as necessidades do mercado de trabalho, as restrições de fronteira e os des a os da e ducação. “Os esforços para resolver a crise têm apoiado nosso objetivo de moldar um sistema de educação equitativo”.
Os alunos do Atendimento Educacional Especializado ( A E E ) A l t a s Habilidades/Superdotação do Projeto de Robótica Educacional, do Colégio Estadual do Espírito Santo, em Vitória, foram selecionados com o p r o j e t o “ Tr i e x ”, p a r a participarem de uma feira em Is t a m b u l , a Int e r n at i o n a l Federation of Inventors Associations (IFIA), que é uma d a s fe i r a s d e i nve n ç õ e s e inovações mais importantes do mundo. O “Triex” é um protótipo que irá agilizar o processo de triagem no atendimento aos hospitais, com as funções de medir a temperatura, aferir pressão, intensidade de dor e saturação sanguínea. “Com esse processo realizado pelo robô, se irá evitar aglomeração e disseminação do novo coronavírus”, disse o aluno Bernardo Teixeira. Serão apresentados 16 projetos brasileiros, entre eles o “Triex”, orientado pelas professoras
S i m o n e C l a r i n d o e Ív i n a Langsdorff Santana. “O Espírito Santo é o único Estado brasileiro na categoria de escolas do ensino médio, ou seja, que venceu a d i s p u t a e l i m i n at ó r i a c o m dezenas de projetos de outros estados”, disse a professora Simone Clarindo. Os alunos que participaram da construção do protótipo foram Arthur Miranda, Ana Beatriz Telles, Bernardo Teixeira, Kayky G au d i n o, Ya n C o r rê a e o monitor Felipe Kempin. Contou também com a parceria do Núcleo de Ciências, da Un i v e r s i d a d e F e d e r a l d o Espírito Santo (Ufes). Para construir o "Triex", os alunos pesquisaram sobre o assunto e zeram entrevistas com pro ssionais da saúde. Com base nas pesquisas, entrevistas e orientações das professoras S i m o n e C l a r i n d o e Ív i n a Santana, os estudantes chegaram ao resultado do projeto idealizado. “Eu e a professora Ívina estamos muito felizes com
essa indicação e conquista. Parabéns aos alunos protagonistas”, disse Simone Clarindo. Marcelo Vivácqua, diretor da Federação Internacional dos Inv e nt o re s ( Int e r n at i o n a l Federation of Inventors Associations — IFIA), foi um dos encarregados em selecionar o s p r o j e t o s . “ N o ' Tr i e x ' vislumbrei um potencial enorme de resolver um problema real, q u e é o f at o d e e s t a r m o s passando por uma pandemia. Além de mostrar o talento dos estudantes e professores de terem a sensibilidade global, eles usaram o conhecimento da escola, de forma aplicada à resolução de um desa o real”, falou Vivácqua. Ainda segundo o professor, os parâmetros para selecionar o projeto foram inventividade, inovação e potencial de escalabilidade, ou seja, o fato de poder ser aplicado em todos os países e não só em um nicho de mercado.
POLÍTICA 5
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020
Jorge
Analista Político
Pacheco
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“A palavra política significa elevação para a participação no poder ou para a influência na sua repartição, seja entre os Estados, seja no interior de um Estado ou entre os grupos humanos que nele existem”, Max Weber CLÉIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS
ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Barroso: instituições estão funcionando e não impressiona retórica de Bolsonaro
O ministro do Supremo Tr i b u n a l F e d e r a l ( S T F ) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto B arroso, a rmou não se impressionar com a retórica do presidente Jair Bolsonaro, que nesta segunda-feira (7), em pronunciamento transmitido no fer iado da Indep endência, defendeu o golpe militar de 1964. “Não me impressiono com a retórica, seja a do primeiroministro da Hungria Orbán, seja a do presidente americano Trump, seja a do presidente do B r a s i l”, d i s s e B a r r o s o e m entrevista à rádio CBN. Segundo o ministro, há um fenômeno mundial de recessão d e mo c r át i c a c au s a d o p el o encont ro do p opu lismo, o conser vadorismo radical fundado na intolerância e o autoritarismo. Barroso disse se preocupar mais com o funcionamento das instituições brasileiras e avaliou que estas estão funcionando. “Olhando para a realidade fática não há nada disruptivo da democracia acontecendo”, a rmou. Segundo o ministro, é preciso f a z e r u ma d ist i nç ã o e nt re retórica do presidente e fatos da vida real. “Quanto a gostar menos ou mais do discurso presidencial, a maneira como funciona nas democracias é: na próxima eleição, quem não gostar vota em outro candidato”, disse Barroso.
O gasto anual estimado ultrapassa R$ 51 milhões. O projeto ainda precisa ser votado pelo Senado, mas já demonstrou forte acolhida por parte da seara política de Brasília. Relatada pelo deputado Fábio Ramalho (MDBMG), a proposta uniu direita e esquerda, e de 27 partidos envolvidos, 24 foram favoráveis. Ap e n a s t rê s f or a m c ont r a (Cidadania, Novo e PV). Dados do Observatório da Estratégia de Justiça Federal, citados por Ramalho na votação, apontam que o TRF-1 concentra mais de 30% dos casos judiciais em território nacional. Familiarizado com a discussão, André Félix Ricotta, presidente da Comissão de Direito Tributário e Constitucional da OAB de Pinheiros (SP), destaca qu e me s mo c om d e mand a elevada, um desmembramento não salvará um sistema “inchado”. “Acredito que isso não irá facilitar em nada. Cada Estado deveria ter seu próprio TRF, mas o País está em crise e isso é um absurdo”, destaca. O argumento dos apoiadores da medida é que a Corte não irá colaborar para o rompimento do teto de gastos em 2020 — xado em mais de R$ 1,4 trilhão — instaurado em 2016, graças à Emenda Constitucional 95. Contra o TRF-6, a bancada do partido Novo abriu um processo que limitaria o aumento das despesas de todos os TRFs do País, p orém, s em sucess o. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e também opositor, lamentou a aprovação. “Nós somos contra a criação do tribunal. Ficou claro que haverá aumento de despesas”, a rmou.
Presidentes da Câmara e do Senado tentam driblar a regra que proíbe a recondução em
meio de mandato Está na C onstituição. Os presidente da Câmara e do Senado não podem ser reeleitos no meio da mesma legislatura. A regra é clara e visa evitar a perpetuação de grupos de poder no Congresso. Mesmo assim, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), está em uma cruzada escancarada para achar uma brecha que permita sua re condução. Na C âmara, Rodrigo Maia divulgou que não tinha interesse em um novo mandato para a presidência da Casa. Mas os dois foram agrados em um voo nada republicano, em 19 de agosto, quando foram a São Paulo se e nc ont r ar c om o m i n ist ro A l e x a n d r e d e Mo r a e s , d o Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo era encontrar uma manobra capaz de perpetuar o poder dos dois no Congresso. A
MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Aprovada pela Câmara dos Deputados no último dia 26 de agosto, a criação do Tribunal Regional Federal, o TRF-6, em Minas Gerais, é mais um violento golpe na já combalida situação dos cofres públicos brasileiros. Desmembramento do TRF-1, que atende 13 estados do País, o novo projeto prevê a adição de
A perigosa brecha da reeleição
mas desde já o jogo da sucessão, que impactará a segunda metade do mandato de Bolsonaro e pode selar o destino do seu governo, mobiliza Brasília. A raposice de Alcolumbre ilustra a importância da norma. Ele se aproximou abertamente de Jair Bolsonaro nos últimos meses, defendendo seus interesses no Legislativo e buscando apoio para o seu pleito. Com isso, irritou os colegas, que também desejam uma recomposição de forças. Contra a atual cúpula, que é liderada por dois nomes do DEM, o PTB entrou no STF com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que visa impedir a ação continuísta e deve ser julgada nos próximos meses. Dez parlamentares do grupo Muda S enado proto colaram uma petição a essa ADI no dia 31, reforçando que tanto as normas dos regimentos internos do Senado e da Câmara quanto a Constituição vedam a reeleição na mesma legislatura para as
AJUFE
Aberração legal Inoportuna criação de um novo Tribunal Regional Federal, em plena crise, acrescenta 111 cargos no Poder Judiciário e vai gerar gastos adicionais de R$ 51 milhões
Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, contribuiu com o aumento dos gastos com o Judiciário. Ele determinou a compra de um terço das férias dos juízes (20 dias) em meio à pandemia. Com salários de R$ 33,7 mil, por mês, 60 dias de férias por ano — mais dois adicionais — e gozando de inúmeros privilégios, o montante chega à casa dos R$ 45 mil por magistrado. Segundo a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), com a aquisição dos 20 dias de férias, aliado ao abono, os gastos chegam a R$ 144 milhões. Ao que André Félix acrescenta: “A economia não aguenta tantos gastos”. Os cofres públicos brasileiros continuam sendo sobrecarregados.
ADRIANO MACHADO
1 1 1 c a r g o s , e nt r e desembargadores, juízes substitutos, procuradores regionais, analistas, técnicos, entre outros.
Além disso, o presidente do
eleição das duas casas legislativas vai ocorrer em fevereiro de 2021,
Presidências das Casas. Para o grupo, só uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) poderia alterar as regras do jogo. O senador Alessandro Vieira (Cidadania), líder do Muda Senado, diz que a manobra pode abrir um precedente perigoso. “Pode-se rasgar a Constituição e dar um terceiro e quarto mandatos para o Bolsonaro, como ocorre na Venezuela”. Para amparar sua esparrela, Alcolumbre conseguiu que o Senado enviasse ao STF uma manifestação defendendo o direito de reeleição. Assinado pelo Secretário-Geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, o documento sustenta que a emenda constitucional que permitiu a reeleição de Fernando Henrique Cardoso em 1997 alterou o “princípio constitucional” da reeleição, o que valeria também para as duas Casas do Congresso. “É um parecer frágil, fazendo uma analogia com Executivo. Alega-se que a alteração para o Legislativo não ocorreu na época por falta de clima político”, protesta Vieira. O senador aponta uma obviedade que nem precisaria ser rea rmada. Se a Constituição for sempre reinter pret ad a a p ar t ir d a composição de forças em Brasília e de forma tão leviana, a própria ideia de uma lei maior perde o sentido. Outro parecer, da
Advocacia-Geral do Senado, argumenta que cabe ao Congresso, e não ao STF, avaliar questões internas, utilizando o princípio da separação dos poderes.
Flordelis divulga nota em que rejeita acusações de envolvimento na morte do marido No texto, a deputada declara ter plena convicção de que provará sua inocência A deputada Flordelis (PSD-RJ) divulgou na sexta-feira (4) nota em que rejeita as acusações de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). Ela é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato. Por meio da nota, a parlamentar diz que "existe evidente erro na conclusão das investigações". "Não posso ser julgada e muito menos
condenada, antes que todo o processo seja concluído. Os equívocos encontrados serão esclarecidos e tenho plena convicção de que irei provar a minha inocência quanto ao assassinato de meu marido e que os envolvidos no crime, sejam eles quem forem, responderão pelos seus atos", a rma. Flordelis também comenta sobre a eventual análise do caso pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. "Quanto ao Conselho de Ética, conto com a sua imparcialidade e isonomia nesse processo, meu direito de defes a de ve s er respeitado, aguardando assim a apuração nal de todas as partes que compõem o caso, sem que haja quebra do decoro parlamentar frente as acusações levianas atribuídas à minha pessoa pela investigação policial", diz a deputada, por meio da nota. "Por conta de minha idoneidade, con o que a verdade prevalecerá e que a Justiça será feita". Fontes: Agência Câmara de Notícias/ IstoÉ
6 TECNOLOGIA
08 A 015 DE SETEMBRO DE 2020
Pele articial reage à dor com a mesma velocidade do corpo humano
O campo digitalizado Levantamento da Embrapa, do Sebrae e do Inpe mostra que 84% dos agricultores brasileiros já recorrem a tecnologias digitais em seu dia a dia
O dispositivo imita a resposta quase instantânea do corpo e pode reagir à pressão e temperatura
LÉO RAMOS CHAVES
Pes quisadores da RMIT University, em Melb ourne (Austrália), desenvolveram uma pele arti cial eletrônica que reage à dor de maneira quase instantânea, com a mesma velocidade que os sinais nervosos viajam para o cérebro no corpo humano. O objetivo é desenvolver próteses melhores, ro b ô s m a i s i nt e l i g e nt e s e alternativas não invasivas aos enxertos de pele. "A p ele é o maior órgão sensorial do nosso corpo, com recursos complexos projetados para enviar sinais de alerta rápidos quando algo dói", explica Madhu Bhaskaran, que liderou o
grupo que realizou a pesquisa. "Nossa pele arti cial reage instantaneamente quando a pressão, calor ou frio atingem um limiar doloroso. É um passo crítico em frente no desenvolvimento futuro dos so sticados sistemas de feedback de que precisamos para fornecer prót e s e s v e rd a d e i r a m e nt e inteligentes", completa o cientista. O protótipo vestível é feito de sensores eletrônicos elásticos e extremamente nos, com revestimentos reativos à pressão e temperatura, e células de memória semelhantes ao cérebro. "É sensível o su ciente
para comunicar a diferença entre se cutucar suavemente com um al nete e um levar um soco", garante Ataur Rahman, coautor do estudo. O projeto imita os neurônios vias neurais e receptores que guiam os sentidos humanos — combinando três tecnologias: eletrônica extensível, uma combinação de materiais óxidos com silicone biocompatível para fornecer eletrônicos transparentes, inquebráveis e vestíveis tão nos quanto um adesivo; revestimentos reativos à temperatura mil vezes mais nos que um o de cabelo humano e uma memória que imita o cérebro, com células eletrônicas de longo prazo para recordar e reter informações anteriores. "Essencialmente, criamos os primeiros somatossensores elet rônicos, replic ando as principais características do complexo sistema de neurônios, vias neurais e receptores do corpo que impulsionam nossa percepção dos estímulos sensoriais", a rma Rahman.
Híbrido de carro e bicicleta elétrica tem teto solar e chega a 60 km/h CANYON
Os veículos elétricos começam a ganhar cada vez mais espaço nas ruas e no dia a dia das pessoas. Sejam eles carros ou bicicletas, muita gente já prefere os motores movidos a eletricidade. Mas se tanto os automóveis quanto as bikes estão em alta, por que não juntar os dois? Foi isso que a empresa alemã Canyon pensou para criar seu "Conceito de Mo bi l i d a d e d o Futu ro " ; a "podbike". O veículo — ou bike, se preferir assim chamar — é como se fosse u m a b a n h e i r a t o t a l m e nt e fechada; uma espécie de c ombi n a ç ã o e nt re c ar ro e bicicleta. Vale destacar que o modelo ainda é apenas um c o n c e i t o, m a s c o m " c l a r a intenção de produção", como adiantou o CEO e fundador da Canyon, Roman Arnold, ao site e Next Web. Apesar de visualmente parecer um pequeno carro, o veículo é chamado de "bicicleta conceito" pela empresa, e seu funcionamento explica. Para que o veículo se locomova, é preciso que o piloto pedale constantemente. Apesar disso, os pedais não estão conectados
diretamente às rodas, mas, sim, ao motor elétrico. Com essa combinação, a podbike pode atingir velocidades de até 60 km/h, além de ter uma autonomia de 150 km por carga. O conceito ainda possui um segundo modo, limitado a 25 km/h. Assim, caso as futuras regulamentações permitirem, será possível transitar tanto nas ruas, junto com os carros, quanto em ciclovias. O veículo foi pensado para ser bastante prático, além de poder ser usado o ano todo. Por ser fechado, é possível utilizá-lo na chuva e no frio. O projeto também inclui um aquecedor para o inverno intenso. Porém,
durante um dia de sol, é possível abrir o teto. Além disso, há um pequeno assento, que pode ser utilizado por uma criança ou dobrado para criar espaço para bagagens. Outro ponto interessante é o preço. Segundo a Canyon, a podbike vai custar "algo abaixo da marca de 7.000 euros", tornando-a um pouco mais cara que uma bicicleta elétrica premium, mas mais barata que um carro pequeno. Se tudo ocorrer conforme o planejado, a empresa pretende ter os primeiros modelos de testes nos próximos três anos, podendo chegar ao mercado em cinco anos.
SKYDRIVE/CARTIVADOR
RMIT UNIVERSITY/DIVULGAÇÃO
Oito em cada 10 agricultores brasileiros empregam pelo menos uma ferramenta digital para apoiar a produção em suas propriedades. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa c o n d u z i d a p e l a E mp r e s a Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em conjunto com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O levantamento foi realizado entre os meses de abril e junho e os resultados divulgados em agosto. O estudo contou com a participação de 504 produtores r urais, que s e de dicam à agricultura, pecuária ou silvicultura (cultivo de orestas), além de 249 empresas ou prestadores de serviços em agricultura digital. Participantes de 556 municípios brasileiros enviaram suas respostas, sendo que a maior parte deles pertence à região Sudeste. “Nosso objetivo foi traçar um diagnóstico do uso atual das tecnologias, aplicações, desa os e perspectivas futuras da agricultura digital no Brasil”, diz o engenheiro orestal Édson Bolfe, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária e coordenador do estudo. “Além do uso de tecnologias de agricultura de precisão, como sensores de solo e de clima, imagens de satélite, eletrônica de precisão ou drones, que são empregadas no processo produtivo em si, a pesquisa também abordou o uso de tecnologias antes e depois da porteira, nos estágios de pré e pós-produção, como aplicativos que auxiliam na compra de insumos, na gestão da propriedade e na venda da produção”, explica. Navegar na internet para acessar informações gerais sobre o setor e o mercado agrícola é a principal aplicação d a s f e r r a m e nt a s d i g i t a i s
utilizadas pelos agricultores, com 70% de menções. As redes sociais, como Facebook e os serviços de mensagem, como WhatsApp, foram citadas por mais da metade dos produtores rurais como meios empregados para obtenção de informações relativas à propriedade, aquisição de insumos e comercialização da produção. “Os agricultores utilizam essas ferramentas [internet, redes sociais e serviços de mensagem] em atividades gerais para ajudar no planejamento e na administração de suas propriedades”, avalia Bolfe. “Mas muitos já recorrem a aplicações mais so sticadas e complexas. Um terço emprega tecnologias para mapear e planejar o uso da terra”. Te c n o l o g i a s m a i s especializadas, como sensoriamento remoto por drones, satélites e aviões para obtenção de imagens da lavoura, sensores proximais para acesso a dados do campo ou sistemas automatizados ou robotizados no apoio à produção, foram mencionadas, respectivamente, por 17%, 16% e 7% dos entrevistados. “Atualmente, quanto mais inovadora é a tecnologia digital, maior a complexidade de aplicação e menor o número de agricultores usuários”, destaca Bolfe. Entre os entrevistados, 72% são donos de estabelecimentos com até 50 hectares e sete em cada 10 têm mais de 10 anos na atividade no campo. É uma amostragem que se assemelha ao per l dos produtores rurais brasileiros, formado em sua grande maioria por pequenos e médios proprietários. O estudo mostrou que os principais desa os para elevar a adoção de tecnologias digitais em suas fazendas são o custo de implantação dos equipamentos digitais (67%) e os problemas de conectividade (48%).
Estudo recente da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) indicou que apenas 5% da área agriculturável do país está conectada à internet. Para ampliar a cobertura para cerca de 90% seria necessário instalar algo como 16 mil antenas de transmissão, segundo estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “A conectividade no campo faz toda a diferença. Ela traz sustentabilidade nanceira e uma qualidade melhor na tomada de decisão”, diz o pecuarista Sérgio Rocha, dono de uma fazenda de criação de gado no Tocantins e fundador e CEO da Agrotools, empresa paulista voltada para fornecer soluções digitais para corporações do agronegócio. A pesquisa também apontou que o uso das ferramentas dig it ais de ve cres cer nos próximos anos. Pensando no futuro, quase metade dos entrevistados respondeu que gostaria de contar com instrumentos que os auxiliasse na detecção de riscos climáticos, no controle de pragas e na elaboração de estimativas de produtividade – tecnologias que dependem de i n ov a ç õ e s e m s e ns ore s e técnicas avançadas, como inteligência arti cial e internet das coisas (ioT). “O uso de tecnologias digitais é um caminho sem volta no mundo rural. Ela vai contribuir não apenas com o aumento da produtividade, mas também com uma agricultura mais inteligente, mais e ciente e s u s t e n t á v e l ”, d e s t a c a o agrônomo Francisco Severino, produtor de cana-de-açúcar no município de Serra Azul (SP) e gerente técnico da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), que reúne 14 mil cooperados.
CIÊNCIA 7
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020
Pela primeira vez, cientistas Arqueólogos descobrem em Jerusalém fragmentos clonam subespécie de palácio de um reino ameaçada de cavalo Os cavalos-de-przewalski quase foram extintos no século passado, mas cientistas do Zoológico de San Diego, nos EUA, estão lutando para preservar a espécie
judaico bíblico ©PIXABAY/POMPI
SCOTT STINE
Os cavalos-de-przewalski são uma sub esp é cie de cava lo selvagem natural da Ásia. Assim como muitos outros animais, essas populações se encontram ame aç ad as — na verd ade, chegaram a ser extintas da natureza no início do século 20. Hoje existem dois mil espécimes, descendentes de apenas 12 indivíduos salvos da extinção há mais de 100 anos. A s or t e d o s c av a l o s - d e przewalski é que, em 1980, cientistas preservaram células de alguns representantes da espécie e as mantiveram em criopreservação, técnica que congela células e tecidos, no Instituto para Pesquisa de Conservação do Zoológico de San Diego (SDZG), nos Estados Unidos. Essas linhagens contêm a diversidade genética perdida nas últimas gerações e necessária para salvar a espécie. Foi g raç as a el as que os cientistas do SDZG conseguiram clonar um cavalo nascido em 1975 no Reino Unido,
transferido para os EUA em 1978 e que viveu até 1998. Ele era chamado de Kuporovic por seus cuidadores. No último dia 6 de agosto, nasceu Kurt, o clone de Kuporovic e o primeiro da espécie. O nome é uma homenagem a Kurt Benirschke, que fundou o instituto de pesquisa do zoológico. “Esse nascimento expande a oportunidade de resgate genético de espécies selvagens ameaçadas”, disse Ryan Phelan, diretor da Revive & Restor, e mp r e s a n o r t e - a m e r i c a n a especializada em estudos desse
tipo, em comunicado. De acordo com Shawn Walker, cient ist a-chefe da ViaG en Equine, empresa norteamericana que estuda a reprodução de equinos, Kurt é saudável e fértil. “Ele está dando cab e çadas e chut ando, e demanda leite de sua mãe substituta”. Quando crescer mais um pouco, o lhote será levado para o Parque Safari do zoológico, a m de conviver com outros animais da sua espécie e, quem sabe, produzir descendentes.
Disco de Nebra é datado por pesquisadores Uma das mais misteriosas e impressionantes descobertas já feitas, objeto peculiar passou por novas análises e especialistas acreditam estarem certos de sua idade WIKIMEDIA COMMONS
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Em 1999, próximo à cidade de Nebra em Sachsen-Anhalt, Alemanha, uma escavação ilegal revelou itens raros e impressionantes. Eles encontraram espadas, machados e pulseiras, que datam da Idade do Bronze e um disco muito peculiar com imagens que lembravam símbolos astronômicos feitos de ouro. Esse último item mostrou-se
muito difícil de ser datado, principalmente porque nada do tipo havia sido encontrado por p e s qu i s a d ore s . No i n í c i o, pensou-se que talvez os outros objetos com os quais ele havia sido encontrado poderiam ajudar em sua datação, mas isso não se demonstrou válido. Agora, depois de inúmeras pesquisas e análises, especialistas acreditam que o disco remonte à
BOB BEHNKEN
I d a d e d o F e r r o , especi camente ao primeiro milênio a.C. A ideia de que os outros artefatos poderiam ajudar a estabelecer um período histórico ao objeto mostrouse como falsa porque não havia como ao menos dizer, com certeza, se eles eram um conjunto de origens comuns. Outra questão relevante é que não se sabe se o local tido c omo d a d e s c ob e r t a foi realmente onde os saqueadores os encontraram. Para Rupert Gebhard, diretor do Munich Archäologischen Staatssammlung, e Rüdiger Krause da Goethe University Frankfurt, as características estilísticas do disco não estão relacionadas às já vistas na Idade do Bronze. Eles assumiram que o local não foi um depósito típico daquele período.
Arqueólogos israelenses desenterraram o que, segundo eles, é uma evidência de um palácio "magní co" da era de um reino judaico bíblico em Jerusalém. Estruturas de pedra cuidadosamente entalhadas e outras relíquias associadas a esta construção foram encontradas a cerca de 3 km ao sul da Cidade Ve l h a d e J e r u s a l é m . O s arqueólogos dizem que alguns dos ar tefatos t in ham sido e n t e r r a d o s c o m c u i d a d o, embora não se saiba o porquê. Acredita-se que o palácio tenha sido construído por volta do século VIII ou VII a.C. Entre os fragmentos descobertos no que é agora o bairro de Talpiot Oriental, também conhecido como Armon Hanatziv, os pesquisadores acharam três capitéis — extremidades superiores que adornam o topo das colunas, bem como elementos de caixilhos luxuosos de janelas, escreve a BBC. "Os capitéis das colunas, identi cadas com a construção real do período do Primeiro Templo [séculos X-VI a.C.] são
os mais belos e impressionantes que têm sido descobertos até hoje", detalha o comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês). A entidade israelense expressou "grande surpresa" que dois dos três capitéis tenham sido achados "enterrados com cuidado, um em cima do outro". "Neste momento, ainda é difícil dizer quem escondeu os capitéis da maneira como foram descobertos, e por que zeram isso", comentou o professor
Yaakov Billig, responsável da escavação, "mas não há dúvida de que este é um dos mistérios neste local único, para o qual vamos tentar encontrar uma solução". Segundo Billig, o grandioso edifício foi provavelmente destruído durante a conquista babilônica de Jerusalém em 586 a.C. Entre os habitantes do palácio poderia ter havido um dos reis de Judá, ou a família rica de um nobre.
PRECISÃO
Contabilidade (27) 3228-4068
Conheça o esquilovoador-anão-japonês HANDA NATSUMI/REPRODUÇÃO
A natureza est á cheia de criaturinhas adoráveis, e uma delas é o esquilo-voador-anãojaponês, um roedorzinho tão fofo que parece até um personagem de desenho a n i m a d o. E s t e s e s q u i l o s simpáticos são realmente pequenos, com um corpinho de 15 a 20 centímetros de comprimento, e uma cauda felpuda que pode ter de 10 a 15 centímetros. Seu habitat natural são as orestas perenes subalpinas e boreais das ilhas de Honshu e Kyushu, no Japão, nas quais costumam passar o tempo escondidos em buracos em
árvores durante o dia, e saindo à noite para se alimentarem de
frutos, sementes, cascas, e folhas. Mas apesar do que seu nome sugere, este roedorzinho não chega realmente a voar e, sim, p l a n a ut i l i z a n d o a membrana coberta por pelo que se estende dos membros superiores aos inferiores. Estes animais são famosos por conseguirem se locomover dessa forma por até 100 metros, normalmente usando o movimento para trocar de ár vores e evitar predadores.
8 BEM-ESTAR
08 A 015 DE SETEMBRO DE 2020
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
Quiropraxia: essa terapia alternativa realmente é Como fazer legumes eficaz para dores? Nutricionista - CRN:14100665
Conheça a quiropraxia e descubra suas indicações KARELNOPPE/ISTOCK
para a semana sem perder os nutrientes SHUTTERSTOCK
Dores musculoesqueléticas são muito comuns e podem estar relacionadas a diversos fatores, como o sedentarismo. Há muitas formas de prevenir e tratar essas dores, e a quiropraxia (quiro signi ca mãos e praxia quer dizer prática) é uma delas. O quiropraxista utiliza técnicas manuais que podem ser aplicadas em adultos, idosos, crianças e até bebês. A quiropraxia surgiu em 1895 nos Estados Unidos e tem cado cada vez mais popular em diversos países. Mas será que ela é realmente e caz para tratar dores ou é mais aconselhado procurar a medicina tradicional? O canadense Daniel David Palmer (1845-1913), que não tinha formação pro ssional, mas era um estudioso de técnicas a lt e r n at i v a s , d e u i n í c i o à quiropraxia, que em pouco temp o s e tor nou uma das técnicas manipulativas mais populares nos Estados Unidos. Segundo relatos escritos da época, Palmer, ao manipular o corpo de um homem, ajustou uma vértebra que estava fora de posição e restaurou a audição do paciente. Segundo a Associação Brasileira de Quiropraxia, a quiropraxia é uma pro ssão da área da Saúde que se dedica ao d i ag nó st i c o, t r at ame nto e prevenção de disfunções do sistema neuro-músculoesquelético, ou seja, de problemas nas articulações, músculos, ossos, tendões, nervos e outras estruturas responsáveis pelo movimento do cor po humano. A pro ssão é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em uma consulta, o quiropraxist a re a liza uma anamnese completa, como acontece em consultas médicas, e também faz um exame físico. Quando o diagnóstico é feito, um plano de tratamento apropriado para o problema em questão é d e n i d o. O t r a t a m e n t o é individualizado e o número de sessões varia de acordo com o t r at am e nt o i n d i c a d o p e l o pro ssional. Esse tratamento consiste na ap l i c a ç ã o d e m é t o d o n ã o invasivo, através das técnicas de terapia manual. O quiropraxista utiliza as mãos para fazer ajustes na coluna e o tratamento é composto também por orientações em relação a hábitos, técnicas posturais e prescrição de exercícios especí cos. A técnica pode ser usada tanto para prevenir quanto para tratar desordens biomecâncias do sistema musculoesquelético, c o m o : d o re s n a l o m b a r e pescoço; dores de cabeça; lesões esportivas; lesões causadas por acidentes; tensões musculares; problemas de locomoção; hérnia de disco e desvios na postura. Bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos e até gestantes podem se submeter ao tratamento, e a recuperação depende de diversos fatores, como idade, estilo de vida e há q u a nt o t e mp o o p a c i e nt e apresenta o problema. Existem duas universidades br as i l e i r as c om c u rs o s d e bacharelado em Quiropraxia: a Un ive rs i d a d e An he mbi Morumbi, em São Paulo, e o Centro Universitário Feevale, no Rio Grande do Sul. Em 2019, a Justiça Federal legitimou o
exercício da quiropraxia por sioterapeutas portadores do título de especialista pro ssional do Conselho Federal de F i s i o t e r a p i a e Te r a p i a Ocupacional. O tratamento é indicado para quem sofre com torcicolo, dor na lombar, dor na cervical, hérnia d e d i s c o, d i c u l d a d e s d e locomoção, problemas nas articulações do ombro, punho, joelho, tornozelo e cotovelo, dores de cabeça, síndrome do túnel do carpo, dores e tensão muscular, entre outros. A quiropraxia não é indicada para pessoas com doenças especí cas, como câncer, com feridas abertas na pele, com fraturas, em processo de consolidação de fraturas e com febre. Os estudos mostram que sessões repetidas de manipulação na coluna vertebral constituem um tratamento e caz para dores agudas nas costas e têm algum valor para as dores crônicas. Veri ca-se uma aceitação progressiva pela comunidade m é d i c a re l at i v am e nt e a o s t rat amentos quiroprát icos destinados ao alívio das dores nas costas e outros problemas musculoesqueléticos. Alguns especialistas médicos desaconselham a consulta com quiropraxistas para problemas qu e s ai am d o âmbit o d o s espasmos ou distensões musculares e das dores na parte inferior das costas. Atenção: Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento e caz e seguro, procure orientações de um médico.
(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES
A
correria do dia a dia muitas vezes nos impossibilita de mantermos uma alimentação saudável e balanceada. Portanto, toda dica que facilite na hora de cozinhar é muito bem-vinda. Tem di culdade de cozinhar legumes todos os dias? É possível fazer apenas uma vez na semana, guardá-los na geladeira ou até mesmo congelar. Con ra as receitas fornecidas pela nutricionista Verônica Laino em seu canal no YouTube. Abobrinha Pe g u e du as ab obr in has higienizadas, corte as pontas e pique-as em pequenos cubos. Para temperar, pique meia xícara de salsinha e três dentes de alho. Em uma frigideira quente, adicione uma colher de sobremesa de azeite com o alho picado e deixe refogar por três minutos. Acrescente à abobrinha picada, uma colher de chá de sal e pimenta-do-reino a gosto. Misture bem, tampe e deixe cozinhar por dez minutos em fogo baixo, mexendo na metade do tempo para não queimar. Com o fogo desligado, nalize adicionando a salsinha e misture. Essa receita dura quatro dias na geladeira. Beterraba Pegue três beterrabas
higienizadas, corte as pontas, descasque-as e corte-as ao meio. Coloque-as com as metades cortadas para baixo na panela de pressão e cubra-as com água. Tampe e, assim que pegar p r e s s ã o, c o z i n h e p o r d e z minutos. Depois de desligar o fogo, deixe
vagem fatiada e um terço de xícara de água para cobrir o fundo da panela. Tampe e deixe cozinhar por dez minutos. A vagem sem tempero dura cinco dias na geladeira e pode ser temperada no momento do consumo.
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
a pressão da panela sair naturalmente e, com cuidado, retire as beterrabas da água. A beterraba deve ser guardada inteira na geladeira por até cinco dias. O ideal é temperá-las somente na hora de consumir. Vagem Pegue um punhado de vagem higienizado, corte as pontas e, então, corte-as em três partes. Em uma panela, acrescente a
Brócolis Pegue um maço de brócolis h i g i e n i z a d o e c or t e - o e m pedaços menores. Coloque água em uma panela e posicione a vaporeira por cima. Ligue o fogo e, assim que a água ferver, coloque o brócolis na vaporeira. Tampe e deixe cozinhar por cinco minutos. O brócolis sem tempero dura cinco dias na geladeira. Na hora de consumir, é só temperar. Minha Vida
SAÚDE 9
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020
ABP treina prossionais para identicar e tratar tendências suicidas Iniciativa é parte da programação do Setembro Amarelo MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Ministério da Saúde inicia, nesta semana, treinamento de pro ssionais de saúde de quaisquer áreas médicas, em todo o País, para que possam identi car e encaminhar corretamente para tratamento pessoas com tendências suicidas. A iniciativa marca a passagem do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio na próxima quinta-feira (10). O presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, disse à Agência Brasil que isso deve ser feito “no Brasil inteiro”. O objetivo é que a iniciativa envolva escolas, igrejas de todas as religiões e conselhos tutelares, “para dar o máximo de conhecimento à população”. Neste mês em que se concentram esforços para a
prevenção ao suicídio, a ABP e o Conselho Federal de Medicina (CFM) estão lançando a campanha nacional Setembro Amarelo 2020: É Preciso Agir, que visa à conscientização e prevenção do suicídio. Silva salientou que apenas falar em suicídio não é su ciente — é preciso levar ao povo informação de qualidade e, sobretudo, agir para reduzir o número de casos de suicídios no País. Para ele, os esforços nessa direção têm de ser feitos não só no S etembro Amarelo, mas “durante 365 dias por ano”. Segundo o psiquiatra, é possível evitar que pessoas cometam suicídio se forem bem atendidas. “Ouvidas, levadas a sério e atendidas. Falar apenas não tem solucionado. Os índices de suicídio só têm aumentado. A gente tem que parar de falar tanto
e agir”. A média anual de suicídios no Brasil é superior a 13 mil, de acordo com apresentação feita no
ano passado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma
pessoa morre por suicídio no mundo. Em relação às tentativas, uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três
segundos. A estimativa é que ocorram cerca de um milhão de casos de morte por suicídio por ano, em todo o mundo. Os índices, contudo, são bem maiores, por causa da subnoti cação e também porque muitas mortes de suicidas são atribuídas a outras causas, como politraumatismo e atropelamento. Ao longo deste mês, a ABP promoverá uma série de ações voltadas para o tema. Estão pre vistos e ventos vir tuais, palestras, iluminação em amarelo de espaços públicos e monumentos, para fomentar uma ação efetiva para prevenção de doenças mentais e desmisti cação do tema do suicídio. “É agindo que se salvam vidas”, a rmou Antônio Geraldo da Silva.
Vacinação salva 4 vidas por minuto e gera economia de R$ 250 milhões por dia R$ 250 milhões por dia, de acordo com o estudo de um grupo de pesquisadores. Para se chegar a esses números,
pessoas vacinadas comece a cair. Atualmente, as vacinas já evitam de duas a três milhões de mortes por ano. Ainda de acordo
1977. Agora, é só pensar em quantas vidas poderiam ter sido e foram salvas pelo imunizante. Entre as doenças que podem
vacina e caz e segura contra o novo coronavírus (SARS-CoV2), o que poderá reduzir as milhares de mortes diárias pela infecção. E fora desse contexto, qual é o real impacto das vacinas pelo globo? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), campanhas de vacinação evitam pelo menos quatro mortes por minuto, em todo o mundo. Além disso, geram uma economia de
os cálculos foram feitos com bases em doenças que podem ser controladas, a partir de v a c i n a ç ã o, c o m o d i e r i a , sarampo, coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano. No Brasil, a maioria delas já é controlada ou até mesmo foi erradicada depois de campanhas de vacinação. Entretanto, sempre há o risco de voltarem, rapidamente, caso o número de
com a OMS, poderiam salvar mais 1,5 milhão de vidas caso as campanhas fossem ampliadas. No entanto, esse número não é consenso. Segundo a Universidade de Oxford, no Reino Unido, essa estimativa é cautelosa, quando se pensa no número de vidas perdidas por algumas doenças. Por exemplo, a varíola levou ao óbito cerca de 300 milhões de pessoas, desde o século XX até ser erradicada em
ser erradicas por uma vacina, o c as o d o s ar amp o chama a atenção. Isso porque, durante anos, essa doença — extremamente contagiosa — foi
KAROLINA GRABOWSKA/PEXELS
Com a pandemia da covid-19, muitos pesquisadores e autoridades públicas têm discutido a importância de uma
controlada, com sucesso, em diversos países pelo mundo. De forma geral, o sarampo apresenta uma baixa gravidade, mas, em alguns casos, leva a complicações g r av e s , c o m o p n e u m o n i a , meningite e até mesmo o óbito do paciente. Entre os anos de 2000 e 2017, estima-se que as campanhas de vacinação tenham evitado cerca de 21 milhões de mortes pela doença. Em comparação, na década de 1960, morriam 2,6 milhões de pessoas por ano no mundo antes da primeira vacina. Já em 2017, por exemplo, quando mais de 80% da população mundial estava imunizada, o número de mortes caiu para 95 mil. No Brasil, a vacinação em massa fez com que o número de casos do sarampo despencasse no início dos anos 1990. Mais precisamente, eram 46 mil casos em 1990. Passados dois anos, em 1992, o número de casos era de três mil. Nessa época, a vacina alcançava em torno de 90% das crianças menores de um ano. Entretanto, essa situação controlada do sarampo começou a mudar com a "ajuda" de informações falsas e a redução do número de pessoas que foram vacinadas nos últimos anos. Para
o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) — braço da ONU para a infância — quase 100 países registraram um aumento nos casos da doença em 2018. Só o Brasil teve quase 18 mil casos con rmados em 2019. Para além da questão da saúde, é possível avaliar o impacto das vacinas em cifras. Isso porque pessoas doentes aumentam os custos da saúde pública e da demanda por mais recursos da receita em qualquer país do mundo. Tendo isso em mente, um grupo de 21 pesquisadores calculou as perdas causadas por dez doenças que podem ser evitadas — como sarampo, rubéola e hepatite B. Para ter números mais precisos, a estimativa abrange apenas 73 países, em desenvolvimento, que são apoiados pela Aliança Global para Vacinação e Imunização (Gavi), como a Bolívia, a Etiópia e o Paquistão. A partir de custos como o valor de internação, custo de medicamentos e a perda de produtividade, o estudo fez c á l c u l o s q u e s om a m du a s décadas, de 2001 a 2020. O total de economia estimada foi de US$ 350 bilhões, o que equivale a US$ 45 milhões (cerca de R$ 250 milhões) por dia.
10 GERAL
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Muito saudável, alho ajuda a combater doenças crônicas e infecções virais O alho é considerado um dos 20 vegetais mais importantes para a nossa alimentação, por conta de s u a s i nú m e r a s f u n ç õ e s j á descritas e comprovadas pela ciência. Além de sua aplicabilidade culinária e do sabor característico que agrega no preparo de diversas receitas, recomendo que você adicione o alho em temperos, molhos ou para aromatizar azeite e óleo, explorando desta forma toda a potencialidade deste ingrediente. Os benefícios à saúde acontecem pela presença de substâncias como a aliina, os tiosul natos, a quercetina, os ácidos fenólicos e o selênio, destacando-se pelas funções antialérgica, antiviral, antibacteriano e antioxidante. A melhor forma de volatilizar e disponibilizar estes compostos bioativos ao consumir o alho cru é triturando, esmagando ou processando o alimento, para ativar a enzima chamada alinase e obter a alicina; a associação
com óleos também favorece a sua absorção e aproveitamento pelo organismo.
dislipidemias e câncer, devido a suas funções antitumoral, antiin amatória, antioxidante,
temperatura, teor de carboidratos e iluminação; ela se acumulará principalmente nas ISTOCK
Os benefícios do alho acontecem em várias frentes, mas parecem ser mais efetivos na prevenção e tratamento de doenças crônicas como obesidade, hipertensão,
cardioprotetora e imunoprotetora. Durante o cultivo deste a limento, o te or de a liina dependerá de sua espécie, meio ambiente do plantio,
folhas e, à medida que a maturação dos dentes se desenvolve e a planta se aproxima do estágio de colheita, a aliina e seus precursores são direcionados para o centro do
alimento. Terapeuticamente, o alho também pode ser consumido como extrato, óleo, comprimidos e cápsulas. Porém, a melhor forma, tempo de uso e quantidade devem ser avaliados por um pro ssional habilitado e experiente, evitando alguns efeitos indesejados como: fadiga, vertigem e sudorese, bem como reações alérgicas e desconfortos respiratórios. Embora este alimento tenha inúmeros benefícios, o seu uso é contraindicado em casos de gestação, presença de úlcera, gastrite, doenças in amatórias intestinais, hipertireoidismo, distúrbios da coagulação ou para pessoas que estão em tratamento com anticoagulantes, histórico de hipersensibilidade e alergia; seu uso não é recomendado em pré ou pós-operatórios. C ontextualizando a sua utilidade no cenário atual, principalmente por sua função
imunológica, a utilização do extrato de alho tem sido classi cada como bené ca para a prevenção ou agravamento clínico em pacientes com covid19, uma vez que parte dos princípios ativos presentes no alho poderão favorecer a regu l aç ão d a s e cre ç ão d as citocinas, importantes sinalizadores imunológicos, que quando atuantes ajudarão as células imunológicas a controlar o agente infeccioso, no caso o coronavírus. Assim como o alho, inúmeros alimentos podem ser c l a s s i c a d o s c o m "superpoderes", seja pela função nutricional, seja pela funcional, sendo de grande valia a diversidade e presença de todos em nosso cardápio. Logo, para ter saúde, não concentre-se em consumir apenas um alimento e, sim, em diversi car sua alimentação.
A Lua está enferrujando? A l g u m a c o i s a r e a l m e nt e estranha está acontecendo na Lua e deixando cientistas um tanto intrigados. É que foi detectada por lá a presença de hematita, uma forma oxidada de ferro que, ao menos aqui na Terra, precisa de ar e água líquida para se formar, coisas que não são encontradas na Lua com tanta facilidade. É por causa da hematita que Marte é chamado de Planeta Vermelho. Em 2004, a Nasa con rmou a grande presença desse mineral na superfície m arc i an a , o qu e d e u u m a coloração marrom-avermelhada à paisagem. Por isso, quando vemos o planeta no céu noturno, ele apresenta uma cor avermelhada. Mas a presença desse óxido de ferro na Lua é estranha, ainda mais considerando o uxo de hidrogênio dos ventos solares que atingem o nosso satélite natural. O hidrogênio é um agente redutor que deveria ser o su ciente para impedir a oxidação de qualquer coisa que pudesse “enferrujar” na Lua, de
acordo com os pesquisadores. “É mu it o i nt r i g a nt e”, d i s s e o cientista planetário Shuai Li, da Universidade do Havaí em Manoa. “A Lua é um ambiente terrível para a formação de hematita”. A descoberta veio através dos dados coletados pela missão indiana Chandrayaan-1, que conta com o instrumento Moon Mineralogy Mapper (M3). Tratase de um espectrômetro de imagem capaz de realizar uma análise altamente detalhada da composição mineral da superfície lunar. Foi com o M3 que Li e sua equipe conseguiu encontrar gelo ao redor dos polos lunares em 2018, por exemplo. Ta m b é m f o i e n q u a n t o analisava esses mesmos dados sobre as regiões polares que Li notou “algumas características e padrões espectrais” diferentes do esperado. “Eu estava curioso para saber se é possível que haja reações de água e rocha na Lua. Após meses de investigação, descobri que estava vendo a assinatura da hematita”, conta Li.
(27) 3337-2008
Outra curiosidade é que a hematita lunar está mais presente no lado próximo da Lua, ou seja,
que, talvez, o oxigênio da parte superior da atmosfera da Terra tenha sido soprado para a REPRODUÇÃO/SHUAI
a face que está constantemente voltada para a Terra. “Mais hematita no lado lunar próximo su ge re qu e e l a p o d e e st ar relacionada à Terra”, disse Li. É
LI
superfície lunar através do vento solar. Isso realmente pode acontecer, de acordo com as descobertas da missão japonesa Kaguya. “Portanto, o oxigênio
atmosférico da Terra pode ser o pr i n c ip a l ox i d a nt e p a r a a produção de hematita”, de acordo com Li. Mas há outras possibilidades. Por exemplo, a forma como a hematita está distribuída na superfície lunar indica que ela pode estar relacionada com os vestígios de água descobertos anteriormente e associados a impactos. Pode ser que o gelo pode ter se misturado com o regolito lunar e acabou derretendo durante impactos de asteroides. A nova água líquida poderia então ter colaborado com a formação da hematita. Outro fator que deve ser considerado é que durante a lua cheia nosso satélite está na cauda magnética da Terra, que ca do lado oposto do Sol. Com isso, nosso campo magnético acaba protegendo a Lua, impedindo que mais de 99% do vento solar atinja nosso satélite natural. Assim, há um intervalo de tempo para que a hematita se forme sem a interferência do hidrogênio intrometido.
Talvez a hematita seja resultado de uma combinação desses três fatores — ou não. Ainda há alguma hematita no lado afastado da Lua, e isso não pode ser explicado pelos ventos solares carregando nosso oxigênio. Mesmo o lado afastado é exposto aos raios solares, recebendo assim o hidrogênio, então é possível que haja algum outro agente não identi cado que trabalha a favor da oxidação lunar. Curiosamente, a hematita, que teoricamente não deveria existir na Lua, pode nos contar muito sobre a evolução e até mesmo sobre a formação do nosso satélite natural, principalmente se pudermos coletar algumas amostras dessa formação para analisar os isótopos de oxigênio de diferentes idades. “Esta descoberta vai remodelar nosso conhecimento sobre as regiões p o l a r e s d a Lu a”, d i s s e L i , a rmando que “a Terra pode ter desempenhado um papel importante na evolução da superfície da Lua”.
COMPORTAMENTO 11
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Você já ouviu falar na síndrome do coração partido? Ligada ao estresse, doença rara afeta principalmente mulheres no período pós-menopausa Parece coisa de romance, mas a síndrome do coração partido, ainda que rara, é bem real. Ta m b é m c h a m a d a d e Cardiomiopatia de Takotsubo — nome dado pelos pesquisadores j ap o n e s e s q u e p r i m e i r o a estudaram em 1990 — esta condição é caracterizada por uma dilatação do ventrículo esquerdo do coração, geralmente desencadeada por uma descarga de adrenalina causada por estresse emocional ou físico muito grande, como a perda súbita de um ente querido ou outra fatalidade. Em ocasiões mais raras, a síndrome também pode ser causada por um excesso de felicidade. “O coração ca fraco, não consegue bombear o sangue para o corpo e o paciente apresenta um quadro de insu ciência cardíaca”, explica a médica Salete Nacif, cardiologista do Hospital do Coração (HCor). Ela conta que, na fase aguda da síndrome, seus sintomas são muito parecidos aos de um infarto do miocárdio: fortes dores no peito, falta de ar, fraqueza generalizada. “Até mesmo as alterações em exames como eletrocardiograma e de enzimas cardíacas são s emel hantes”. C omo ent ão d i fe re n c i ar u m qu a d ro d e Takotsubo de um infarto? “A verdade está na ponta do
cateter”, diz Evandro Tonico Mesquita, médico coordenador da Universidade do Coração da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). “É ele que mostrará se as artérias coronárias
o órgão se recupere”. Geralmente, os sintomas da cardiomiopatia desaparecem em poucos dias, ainda que, segundo Mesquita, em 10 ou 15% dos pacientes, a condição pode ser GETTY IMAGES/CLAUDIA
estão entupidas ou abertas e livres de lesão”. Se entupidas, trata-se de infarto. Se livres, Takotsubo. Uma vez feito o diagnóstico, Mesquita explica que é possível controlar os sintomas com remédios que possam diminuir o estresse do coração, como bloqueadores alfa e beta-adrenérgicos. “Ainda existe muita imprecisão sobre medicamentos cienti camente comprovados que possam tratar a Takotsubo. Em casos muito extremos, pode até ser preciso colocar temporariamente um suporte mecânico circulatório no coração, enquanto se espera que
recorrente perante um novo gatilho. O número se aproxima dos casos de mortalidade: de acordo com registros da SBC, cerca de 10% dos pacientes acomet idos p ela síndrome podem vir a falecer. “Ainda existe muito a ser entendido sobre o mecanismo complexo dessa síndrome”, conta Nacif. “Não é todo mundo que leva um susto muito grande e desencadeia a cardiomiopatia. Então deve existir alguma característica genética que facilita essa resposta do coração. Mas o que faz o p a c i e nt e e v o lu i r desfavoravelmente para óbito é a
falta de suporte adequado para a insu ciência cardíaca na fase aguda”. Também é comum que as mulheres estejam mais pro p e n s a s a s of re r c om a síndrome. A cardiologista e pre s i d e nt e d a re g i on a l d e Campinas da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Carla Patrícia da Silva e Prado, explica que “de cada 10 pacientes com diagnóstico de Takotsubo, nove são mulheres. Particularmente, aquelas ao redor dos 68 anos, após a menopausa”. De acordo com ela, a partir dos 50 anos, as mulheres estão cinco vezes mais pro p e n s a s a s of re r c om a síndrome que mulheres mais jovens e dez vezes mais que os homens, “o que sugere um fator h o r m o n a l a s s o c i a d o ”. Curiosamente, um estudo norteamericano realizado entre março e abril deste ano sobre o aumento dos casos de Takotsubo durante a pandemia da Covid-19 demonstrou que a maioria dos acometidos no contexto do coronavírus eram homens. “Foi observado também o dobro de casos do ano anterior. Como as pessoas não estavam infectadas pela Covid, provavelmente os estresses psicoemocionais e econômicos da pandemia podem ter sido os
de agradores da condição”, diz Mesquita. Cá no Brasil, a SBC também está realizando um estudo inédito sobre a síndrome, com o objetivo de mapear a doença no País, permitindo, assim, uma melhora de diagnósticos, tratamentos mais e cazes e mais políticas públicas de prevenção. “Em agosto, já publicamos um registro relativo a pacientes do Rio de Janeiro. Agora estamos catalogando pacientes em múltiplos hospitais públicos e privados do Brasil inteiro. Teremos dados muito interessantes, formando um registro nacional de uma doença pouco estudada, ainda pouco entendida”, revela o médico. A previsão é que os resultados sejam publicados em 2021. Tal qual o tratamento, os meios de se prevenir da síndrome do coração partido são um tanto genéricos: ter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas
regularmente, evitar o tabagismo. “Se possível, ter cuidado na hora de levar uma notícia negativa para uma pessoa, especialmente as que são mais vulneráveis, como as mulheres no período de pósmenopausa”, orienta Mesquita. “A procura rápida do serviço de saúde por parte dos indivíduos que apresentam os sintomas, aliado ao pronto diagnóstico médico com início imediato do tratamento pode ser a chave para o reestabelecimento das funções do órgão e um melhor prognóstico”, explica Prado. E Mesquita complementa: “Nesse período de pandemia, em que as pessoas estão com medo de ir para o hospital, é importante reforçar a importância de uma avaliação médica adequada, pois só mesmo ela pode separar um quadro de Takotsubo do quadro de infarto do miocárdio”.
Cuidar de parceiro com demência aumenta sintomas depressivos, mostra estudo Médico diz que hábitos alimentares saudáveis ajudam a evitar a doença ISTOCK
.Cuidar de um parceiro ou cônjuge recém-diagnosticado com Alzheimer ou demência está associado a um aumento de 30% em sintomas depressivos, em comparação com adultos mais velhos que não têm um cônjuge com demência — e esses sintomas são sustentados ao longo do tempo, é o que mostra um estudo da Universidade de Michigan (EUA) publicado no Journal of Applied Gerontology, em 29 de agosto. "Essa depressão sustentada ao longo do tempo é importante porque os parceiros costumam
ser cuidadores por muitos anos", a rma Melissa Harris, doutoranda na Escola de Enfermagem da universidade e autora principal do estudo. A pesquisa sugere que a depressão pode aumentar após um evento traumático — diagnóstico de câncer, acidente, morte — mas que a maioria das pessoas retorna à sua saúde emocional anterior. Isso não aconteceu com os cuidadores. Os pesquisadores analisaram dados do Estudo de Saúde e Aposentadoria dos EUA de 16.650 adultos mais velhos:
aqueles sem um parceiro com diagnóstico de demência, aqueles com um parceiro cujo diagnóstico foi nos últimos dois anos e aqueles com um parceiro cujo diagnóstico foi há mais de dois anos. O número médio de sintomas depressivos relatados por idosos com parceiros sem demência foi de 1,2. Pessoas cujos parceiros for am d i a g n o s t i c a d o s n o s últimos dois anos relataram sintomas adicionais de 0,31 (aumento de 27%) e aqueles com parceiros diagnosticados há mais de dois anos relataram sintomas
adicionais de 0,38 (aumento de 33%). Os pesquisadores ajustaram as diferenças sociodemográ cas, de saúde e de comportamento de saúde dos parceiros. "Isso pode não parecer um grande aumento nos sintomas depressivos, mas pense em se sentir deprimido ou inquieto todos os dias. Isso pode signi car muito na vida de um cuidador", comenta Harris. O isolamento social causado pela pandemia só aumenta a carga do cuidador. "A pandemia está afe t an d o a dve rs am e nte o s cuidadores familiares por causa do isolamento social e também porque outros recursos foram cancelados ou agora têm acesso limitado", diz a autora. "Muitos cuidadores disseram que já se sentiam socialmente isolados e que a pandemia apenas ampliou esses sentimentos", a rmou. A maioria das pessoas nos estágios iniciais de demência ainda vive em casa e é cuidada por parentes não remunerados, principalmente parceiros e cônjuges. Ser cuidador de um parente envolve muita dedicação — às vezes até integral e por longos anos — causando um desgaste físico e até mesmo mental do c u i d a d o r. É c o m u m q u e desenvolvam uma condição
conhecida como estresse do cuidador, ou seja, uma tensão emocional decorrente do cuidado. Alguns sinais merecem atenção: ansiedade e/ou depressão; perder o contato com amigos; estar s e mp r e e x au s t o ; i r r i t a ç ã o frequente; sem energia; negligenciar a própria saúde; dores no corpo; sentir culpa quando está longe; car sempre preocupado e com pensamentos negativos; falta de concentração; dores frequentes de cabeça ou estômago; imunidade baixa e falta de tempo para o lazer. Para diminuir a sobrecarga, o primeiro passo é estabelecer uma rotina de cuidados reais, ou seja, fazer o que é necessário e não buscar a perfeição. Se puder, é fundamental dividir as tarefas e admitir que precisa de ajuda para
dar apoio à pessoa assistida. Outra questão é conseguir ter tempo para o lazer e evitar o isolamento. Procure manter relacionamentos com outras pessoas, não apenas com quem é a s s i s t i d o. G e r a l m e n t e , o s cuidadores passam longas horas cuidando do outro e esquecem que precisam de pausas ou de realizar atividades que tragam prazer como leitura ou assistir um lme. É necessário também manter a atividade física, tentar r e a l i z a r u m a a l i m e nt a ç ã o equilibrada e dormir bem. Em alguns momentos, o cuidador percebe que está no seu limite. Muitos sentem uma depressão intensa e/ou mudam de comportamento, cando mais irritados ou propensos a agressões ou desrespeito ao idoso ou pessoa doente.
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12 OLHAR DE UMA LENTE
08 A 015 DE SETEMBRO DE 2020
HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Gestão voltada para a qualidade dos serviços públicos “Não adianta você ter a maior UPA do Estado se você não tem a melhor saúde pública do Estado”
E
e isso cai bem para um político, mas o serviço público é que transforma uma s o cie d ade e, cons e quentemente, transforma a vida das pessoas. Não adianta você ter a maior UPA do Estado se você não tem a melhor saúde pública do Estado. Veja a incoerência, o município da Serra recebeu quase R$ 60 milhões para aplicar no combate ao coronavírus, a Azitromicina, por exemplo, que é um dos principais medicamentos usados no combate ao coronavírus, não é disponibilizada na rede pública na Serra, por quê? Onde estão esses R$ 60 milhões?”, questiona. Ele segue pontuando o que acredita ser uma política ultrapassada e que entrava o desenvolvimento da cidade. “São
MARCOS CORRÊA/PR/DIVULGAÇÃO
le é delegado federal e almeja a candidatura para concorrer ao cargo de prefeito do município mais populoso do Estado. O delegado Márcio, como prefere ser identi cado, é um dos que pretendem ser uma opção inovadora para os eleitores serranos. Para ele já passou da hora de a cidade dar um grande passo rumo ao futuro e, para isso, é preciso inovar e renovar o quadro político municipal. Apesar do período crítico pelo qual passa o mundo, Márcio acredita que essas eleições podem trazer algo de bom para a sociedade brasileira e, especi camente, para a população serrana. “A política da Serra vive um bom momento e o eleitor vai ter mais
inúmeros os erros da atual gestão na minha consideração. Alugar um hotel em Nova Almeida para colocar idosos de sessenta anos com coronavírus, isso não é uma escolha certa. Outro caso foi a colocação de pulverizadores de cloro nas UPAs e no terminal de Laranjeiras, onde o contrato foi suspenso porque houve intervenção do Ministério Público (MP) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que fez uma nota
que vai ser empurrado pela escola”, enfatiza. Márcio defende ainda a escola cívicomilitar, pois “ela funciona bem em vários
o crescimento das pessoas, das crianças e dos nossos jovens. “Não vou receber salário da prefeitura, a Constituição Federal me manda escolher e eu escolho ARQUIVO PESSOAL
Estados da federação”. Para ele, o grande desa o da escola nos dias de hoje é resgatar o respeito do aluno para com a instituição e seus professores. “O modelo é baseado na hierarquia e disciplina, então isso vai ajudar a recuperar o respeito”, assegura. “Antes de pensarmos em construir novas escolas precisamos adaptar e
continuar recebendo como delegado federal porque o meu salário como delegado é maior que a remuneração de prefeito. Inclusive, acho que é uma questão que precisa ser discutida. Um deputado federal ganha R$ 33 mil, um deputado estadual ganha R$ 27, 5 mil e o prefeito da Serra ganha R$ 17 mil. No meu caso a lei me faculta escolher, por TATI BELING
ATAQUEAOSCOFRESPUBLICOS.COM
JBLITORAL.COM.BR
opções, todo mundo está tendo a oportunidade de colocar suas ideias e o povo serrano vai poder ver aquele que está mais preparado e que tem mais condições de levar à frente esse município. Fiz um pré-projeto de governo em novembro do ano passado, quando resolvi participar do processo eleitoral e venho divulgando as ideias que estão sendo melhoradas com a participação das pessoas”, esclarece. Márcio acredita que está mais do que na hora de quebrar o ciclo do “mais do mesmo”. “Vejo que os políticos que passaram pela Serra nos últimos 24 anos têm uma ideia de obra. Se você perguntar o legado que estão deixando para a Serra, e l e s v ã o c i t a r o b r a s . Te m u m a brincadeira satírica que está circulando nas redes sociais chamando o atual prefeito de faraó, porque ele sempre anuncia a maior Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Estado, o maior hospital do Estado, o maior viaduto do Estado... É como um faraó que constrói pirâmides, monumento bonito de se ver, mas sem efetividade nenhuma”, critica. “A nossa visão de gestão é que o município precisa focar na qualidade dos serviços públicos, esse é o legado que eu gostaria de deixar para a Serra como prefeito. Prédios e obras são bonitos porque você pode colocar sua placa, você pode escrever seu nome, pode tirar fotos
porque na corrupção, se a obra é feita ela vai ter uma serventia, geralmente com superfaturamento de 20% a 30%, mas a obra está ali... a ponte está ali para você passar, o colégio está ali para as crianças estudarem. Porém, o mau gestor faz escolhas erradas e essas escolhas fazem o recurso todo ser perdido por causa do mau investimento”, explica. “Observe aquela obra da Giratória em frente ao hospital Dório Silva. Temos ali uma área de convergência, onde toda a Serra passa por ali e a justi cativa para se fazer um viaduto com uma pracinha é por causa do trânsito. Só que os maiores uxos de carro ocorrem no início da manhã e no nal da tarde e uma pracinha e um viaduto é tudo que o viciado precisa p ar a t r ans for m ar o lu g ar nu m a cracolândia. Havia um projeto de um Memorial Cultural, veja bem, assinado pelo arquiteto internacionalmente renomado Oscar Niemeyer, que ajudaria muito o segmento turístico, mas o viaduto foi a escolha do prefeito. Viaduto, é a última opção para uma cidade, porque ele não agrega em nada”, adverte. Na questão da saúde, de acordo com Márcio, a coisa também não anda nada bem. “Nós vimos agora que na questão de investimentos, o município da Serra, decidiu construir o hospital infantil para entregar para o governo estadual. Estamos tirando dinheiro do município para entregar ao Estado. Na estrutura do Brasil é a União que ajuda os Estados e os Estados que ajudam os municípios, aqui estamos invertendo os papéis”, destaca. Para ele, a educação está reprovada, “a nota do município é baixíssima nas séries nais do ensino fundamental, precisamos pensar num modelo novo de educação. Não adianta um prefeito pensar em construir os maiores colégios na Serra, porque não é somente a estrutura física que melhora a educação. Os alunos de hoje passam sem saber e
dizendo que o produto não tinha e ciência. Detalhe, o contrato era de R$ 290,5 mil. Eu costumo falar que, o mau gestor é pior que o gestor corrupto,
isso não signi ca qualidade e muito menos oportunidade. Os alunos de hoje, não precisam se esforçar, porque ele sabe
melhorar as existentes. O controle de natalidade é uma coisa que já está acontecendo naturalmente, as famílias estão tendo dois lhos, no máximo três. Teremos menos crianças nas escolas ao longo de dez a vinte anos e a população idosa aumentará signi cativamente e a gestão pública precisa pensar urgentemente nesse movimento, nessa mudança de faixa etária da população”, alerta. Márcio a rma estar na política por p u ro i d e a l i s m o, p e l o d e s e j o d e contribuir para o crescimento da cidade,
isso insisto em dizer, trata-se de puro idealismo”, a rma. “Nesta vida você tem que retribuir e eu já recebi muito do Estado. Vim de escola pública e só fui para escola privada quando eu tive que trabalhar durante o dia e estudar à noite, para pagar minha faculdade. Tenho muitos projetos e muitas ideias. O que me trouxe para a política foi o desejo de ajudar a construir nossa cidade e a diminuir as desigualdades. Entendo que eu sou o mais preparado para alavancar o nosso município”, ressalta.
BRASIL 13
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020
A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
TATI BELING/ALES SITE DO PARLAMENTAR
Delegado Lorenzo Pazolini (RepublicanosES) Audiência pública discute abuso infantil nesta quarta-feira (9)
Sérgio Vidigal (PDT-ES) R$ 2 mi para academias populares na Serra e mais três municípios O deputado federal Sérgio Vidigal é médico e sabe que a prática de exercícios físicos faz bem para o corpo e para a mente. Dentro deste contexto, o deputado destinou o recurso de R$ 2 milhões para a implantação de Academias Populares. O valor é do Orçamento Geral da União (OGU) de 2020 e já se encontra empenhado. “É preciso incentivar a atividade física para proporcionar melhor qualidade de vida à população”, disse o deputado. O recurso será administrado pela Secretaria do Estado de Esporte (Sesport), responsável pela compra de 12 academias, que serão instaladas pelas prefeituras dos municípios da Serra, Guarapari, Cariacica e Fundão. “Jovens e adultos, carentes de valores éticos e morais, encontram no esporte um incentivo para o processo de desenvolvimento educacional, social e de saúde. Nosso investimento será importante para garantir mais inclusão à sociedade”, enfatiza Vidigal.
Na próxima quartafeira (09), às 14 horas, as Comissões de Proteção à Criança e ao Adolescente e de Segurança, da Assembleia Legislativa, debatem com vários segmentos casos de violência contra crianças e adolescentes no Estado. O proponente, deputado delegado Lorenzo Pazolini, membro da Comissão de Segurança e presidente da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente, ressalta a importa em se discutir o assunto. "É extremamente importante mantermos esse debate presente, pois os casos de abuso sexual infantil não param de acontecer. A população precisa saber o que fazer diante das situações de pedo lia e as autoridades precisam estar por dentro e pensar em mecanismos de combate", pontuou Pazolini. Segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde, o Espírito Santo tem um parto de meninas entre 10 e 14 anos a cada 30 horas. Somente ano passado, 283 garotas nessa faixa etária deram à luz.
LEONARDO TONONI
Sérgio Majeski (PSB-ES) Em defesa da operação Lava Jato A mudança no comando da principal força-tarefa de combate à corrupção no Brasil não passou em branco na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Sérgio Majeski, defensor da Lava Jato, foi o primeiro a abordar o tema. Ele disse que reconhecia eventuais excessos cometidos por integrantes das forças-tarefas, mas que no geral ocorreram mais acertos. “Talvez tenha sido a maior operação de combate à corrupção depois da Mãos Limpas, na Itália. Chegou a nos dar esperança que resultasse numa redução substancial da corrupção no País e agora a gente vê pessoas de esquerda, direita e Centrão unidas na tentativa de desmontar a Operação Lava Jato”, a rmou. O parlamentar lamentou a saída do procurador da República Deltan Dallagnol da coordenação da Operação Lava Jato, em Curitiba, supostamente por questões familiares. Para o pessebista, existe um risco iminente de desmonte da operação em virtude de um conjunto de interesses entre autoridades políticas e do Judiciário. “Temos ministros do STF que querem ver a Operação Lava Jato pelas costas, temos lulopetistas contra com o discurso do golpismo, o bolsonarismo que chegou ao poder usando a Lava Jato e têm muitos contra a operação, inclusive, o próprio presidente, e a nomeação do Aras (procurador-geral da República) não foi ao acaso porque hoje é um dos maiores detratores da Lava Jato”, disse.
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#### Programa Federal Casa Verde e Amarela REPRODUÇÃO/TV BRASIL
O programa Casa Verde e Amarela, do governo federal, que vai substituir o Minha Casa Minha Vida, criado em 2009, visa conceder nanciamento e subsídio para a compra da casa própria. Nesta perspectiva, o deputado federal Sérgio Vidigal apresentou uma emenda que acrescenta um novo dispositivo, para garantir mais direitos, especialmente às pessoas em situação de vulnerabilidade social. “A política habitacional apresentada pelo governo federal não deve se restringir somente a um programa de crédito, mas deve possuir caráter social e incorporar critérios de priorização de atendimento de moradias aos cidadãos mais vulneráveis da nossa sociedade”, comentou Sérgio Vidigal. STOCKPHOTOS
Confúcio Moura (MDB-RO), Esperidião Amin (PP-SC) e Kátia Abreu (PP-TO) Pronampe Os recursos destinados pelo Tesouro Nacional a todos os programas emergenciais de crédito durante o estado de calamidade pública causado pela pandemia de covid-19 e que não forem usados até o m do ano deverão garantir operações do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). É o que determina o Projeto de Lei (PL) 4.139/2020 apresentado pelos senadores Confúcio Moura (MDB-RO), Esperidião Amin (PP-SC) e Kátia Abreu (PP-TO). Pelo texto, serão alocados no Fundo Garantidor de Operações (FGO) — programa de garantia para instituições nanceiras que emprestam recursos no âmbito do Pronampe — os valores dos programas emergenciais de crédito oferecidos pelo governo e não utilizados até 31 de dezembro de 2020, quando se encerra o período de calamidade pública (de acordo com o Decreto Legislativo 6 de 2020). Essas operações também não terão mais prazo determinado para ocorrer, de acordo com o projeto. O FGO é administrado pelo Banco do Brasil.
14 POLÍTICA
08 A 015 DE SETEMBRO DE 2020
ARGOS PANOPTES Oi, eu sou ARGOS PANOPTES, mas pode me chamar de ARGOS. Meus 100 olhos estão sobre a cidade da Serra. Se você quiser a minha opinião sobre qualquer assunto, escreva nos comentários E-mail: jornalfatosenoicias.es@gmail.com
Convençõ es partidá rias V
amos falar sobre as c o n v e n ç õ e s partidárias? Esta semana, até dia 16, quarta-feira da semana que vem, é decisiva para a Política, pois do dia 13 ao dia 16 de setembro precisam acontecer as convenções partidárias. O prazo para entrega das convenções é dia 26 de setembro. Então você sabe, pode haver falcatrua aí no meio, porque podem ser feitas duas, três, atas de convenções partidárias, com diferentes direcionamentos, cando ao gosto das articulações políticas, a escolha do caminho a seguir. Tem político que já está com o “burro na sombra”, desculpa-me pelo jargão matuto, mas não resisti. Outros ainda precisam passar p elas convençõ es. Geralmente as resoluções dos partidos políticos deixam por conta do Diretório Municipal a escolha do caminho a seguir, fazer coligações ou não, são escolhas das convenções partidárias municipais. Mas há casos em que o Diretório Nacional do Partido dá algumas orientações que precisam ser seguidas pelos Diretórios Estaduais e Municipais, como é o caso do PTB, cujo presidente declarou que seu partido não fará alianças com partidos de oposição ao
governo federal. A rmar que todos os précandidatos já estão com um pé na campanha eleitoral é muito arriscado, tem gente que não
para valorizar o passe e conseguir algum benefício. Um amigo me contou que a única forma de você garantir sua candidatura é tomando a direção
ARTE: LUZIMARA FERNANDES
ELEIÇÕES NA SERRA
Conheça os principais pré-candidatos à prefeitura da Serra DELEGADO FEDERAL MÁRCIO
SÉRGIO VIDIGAL GUSTAVO PEIXOTO
VANDINHO LEITE pode dar certeza de que o partido lançará sua candidatura. Embora, esse ano, a eleição municipal seja diferente, onde pudemos ver todos os partidos em busca de nomes para lançar como candidatos na majoritária, sabemos que muitos são oportunistas e se apresentam como pré-candidatos apenas
de um Partido. Fora isso, seu destino estará sempre nas mãos de alguém, que pode te usar como objeto de barganha política. Nos bastidores da política não se pode duvidar de nada. Com meus cem olhos já vi inimigos de conversinha, já vi opositores tramando na surdina um ardil para excluir pré-
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são presidentes dos Partidos podem dar a certeza de que serão candidatos. São eles, pela ordem a l f a b é t i c a , G U S TAV O PEIXOTO, pelo PROS, SÉRGIO V I D I G A L , p e l o P D T, e VANDINHO LEITE, pelo PSDB. Os outros estão correndo atrás da con rmação de seus nomes, mas como não são donos dos
a do DELEGADO FEDERAL MÁRCIO. Já passou pelo PSL ao tempo de JAIR BOLSONARO, já e s t e v e n o P RT B d o Vi c e Presidente General Mourão, agora está no MDB, que é Centrão, embora o partido esteja namorando uma aproximação com o Presidente da República. Muita gente não acredita que o
MDB vai bancar a candidatura do DELEGAD O FEDERAL MÁRCIO. Embora ele tenha um discurso forte de moralidade e honest id ade, s ab emos que ultrapassar a barreira da politicagem não é tarefa fácil. Resta esperar se o esforçado précandidato consegue vencer essa etapa. O cenário ainda é de incerteza e muitos pretensos candidatos não anunciaram o desejo de concorrer. Quem tem ajuda de servidores comissionados ou de bene ciários do sistema político coloca gente para falar o que eles querem que seja falado. São os políticos que falam pela voz de outros. Até dia 16 de setembro muitas á g u a s v ã o r o l a r. Tê m a s coligações que vão surgir e, principalmente, as de nições dos vices-candidatos a Prefeito, c argos que não s ão muito discutidos na pré-campanha. Talvez porque ninguém faz campanha para ser candidato a vice, assim como nenhum time de futebol entra num campeonato para ser segundo colocado. Bom, vou cando por aqui. Na semana que vem voltamos, já com as de nições dos candidatos a Prefeito da Serra con rmados. Já me arrisco a dizer que restará não mais que seis candidatos na disputa. Mas é só um palpite.
No Brasil, 26% não conseguem atendimento de saúde na 1ª tentativa, diz IBGE
PNEUS
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Partidos, cam dependendo dos interesses de terceiros. Olhando no cenário eleitoral da Serra em 2020, talvez a précandidatura mais balançada seja
candidato. Já vi de tudo e sei que tudo é possível na política. De todas as candidaturas na Serra/ES, pode-se dizer que somente os pré-candidatos que
©G1
Um em quatro brasileiros não consegue ser atendido nos serviços de saúde na primeira tentativa. É o que mostra a nova Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE, divulgada no último dia 4. Segundo o levantamento, das 39 milhões de pessoas que procuraram algum atendimento de saúde nas duas semanas anteriores à data da entrevista, 26,4% não conseguiram o atendimento na primeira vez seja na rede pública ou na particular. Em 2013, 95,3% das pessoas conseguiam ser atendidas já na primeira tentativa. Das pessoas que conseguiram atendimento de saúde, 60,9% tiveram algum medicamento re c e it a d o, s e nd o qu e 8 5 % conseguiram obter todos os m e d i c a m e nt o s pre s c r it o s . Quando a referência de obtenção do medicamento é o serviço público, a proporção de pessoas que obtiveram pelo menos um medicamento receitado é menor, 30,5%. No Brasil, os motivos de
procura de atendimento de saúde mais citados foram: doença ou tratamento de doença (48,2%) e cuidados de rotina, tais como vacinação, prevenção, check-up médico ou acompanhamento com outro pro ssional de saúde (25,1%). Esse padrão foi bastante similar em todas as regiões. Para os especialistas, no entanto, o padrão ideal seria que a maioria das visitas a um serviço de saúde fosse para prevenção; não para tratamento. Além disso, a pesquisa mostra que os brasileiros têm uma "forte dependência" do serviço público de saúde. De acordo com o levantamento, a grande maioria da população (71,5%) conta com o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas 28% dispõem de plano de saúde complementar, um percentual que se mantém estável desde a última edição da PNS, em 2013. Quase a metade dos brasileiros (46,8%) indicou a Unidade Básica de Saúde como o estabelecimento que costuma
procurar mais frequentemente quando precisa de atendimento médico. As Unidades de Pronto Atendimento Público (UPAs), pronto-socorro ou emergências de hospitais públicos foram a preferência de 14,1%, e os centros de especialidades, as policlínicas públicas ou os ambulatórios dos hospitais públicos foram a escolha de 8,9%. Já os consultórios de médicos particulares e as clínicas privadas foram indicados por 22,9% das pessoas. O pronto atendimento e as emergências de hospitais privados são a preferência de 4,4% dos brasileiros. A PNS 2019 apontou que 159,6 milhões (76,2%) de pessoas haviam se consultado com um médico, no Brasil, nos 12 meses anteriores à d at a d a e nt r e v i s t a — u m au m e nt o c on s i d e r áv e l e m relação a 2013 (71,2%), independentemente de sexo, grupo de idade, cor ou raça, ou nível de instrução.