Jornal Fatos & Notícias Ed. 369

Page 1

ANO X - Nº 369 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 08 A 15 DE SETEMBRO/2020 SERRA/ES

Distribuição Gratuita

As tendências da educação no futuro

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 Lá vai uma receita simples e muito prática de preparar: Bolinho de cacau com farinha de coco Pág. 8

JORGE PACHECO

8 STJ concedeu HC coletivo a mais de mil acusados por trá co em São Paulo Pág. 5

ANA MARIA IENCARELLI 8 É preciso conhecer melhor o mundo infantil, e sua função no desenvolvimento e na estruturação da personalidade que está se formando Pág. 10 HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Entrevista com o précandidato a prefeito de Vitória Weverson Valcker Meireles Pág. 12

PIXABAY

NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA

8 Sabe quando você se depara com uma situação de perigo e seu coração dispara e você sente aquele frio na barriga? Pág. 9

LAÉRCIO FRAGA “LAU” 8 Gêmeos da Serra lutam por um lugar ao sol e sonham em vencer no futebol para ajudar a família Pág. 14

LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM

8 A Reforma Administrativa deve ter uma tramitação difícil no Congresso. Enquanto isso, para manter o privilégio de alguns, o Brasil padece Pág. 15

aves endêmicas da região amazônica que estão ameaçadas de extinção FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

O futuro da educação já começou a ser desenhado e será capaz de proporcionar ao estudante uma formação muito mais completa, que desenvolva não só competências nas áreas do conhecimento, mas, também, a relação produtiva com a

tecnologia e os aspectos psicoemocionais, sociais e éticos indispensáveis na atualidade. A primeira delas é a gami cação, que consiste na exploração de jogos para acabar com a visão de ensino engessado e metódico, tornando o

Força Aérea dos EUA usa cães robô para patrulhar base U.S AIR FORCE/CORY D. PAINE

aprendizado mais leve, divertido e contextualizado. Algo que é ideal para alunos que estão em uma fase de vida movimentada, cheia de informações e bastante conectada. Dessa forma, ca mais fácil transmitir conhecimentos, auxiliar

a assimilação de novos saberes, e discutir exemplos ctícios e reais. D e quebra, est imu la t anto a interação entre alunos e professores, quanto o interesse do seu lho em continuar aprendendo, mesmo fora da escola. Pág. 4

Beija-flor reduz a temperatura

do corpo à noite para sobreviver

REPRODUÇÃO/TWITTER

Com as vibrantes cores verde e amarela as ararajubas, da família dos psitacídeos (mesma dos papagaios), se alimentam de frutas e vivem entre 20 a 40 anos Pág. 2 MAXUSER/SHUTTERSTOCK

PIXABAY/CCO/DOMÍNIO PÚBLICO

Músculos robóticos estarão disponíveis para uso clínico até 2050

Oficialmente designados como Veículo Quadrúpede Terrestre Não Tripulado, os robôs podem ser usados em missões de inteligência, vigilância e reconhecimento, ou como 'nó' em uma rede no campo de batalha Pág. 6

Chorar faz bem e é necessário para nossa saúde mental Se rir é o melhor remédio, por outro lado, o choro é terapêutico. Ao nascermos, se não choramos, logo nos tornamos foco de preocupação. Mas e quando nos tornamos adultos? Pág. 11

Em um dos espécimes pesquisados, a temperatura corporal caiu para 3,3°C, um recorde entre aves e mamíferos que não hibernam Pág. 7

Projeto emPOWER reúne 30 pesquisadores para criar tecidos articiais implantáveis; objetivo é restaurar o corpo humano e retardar o relógio biológico Pág. 6


2 MEIO AMBIENTE

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

Ararajubas: as Conheça o peixeaves ameaçadas boi da Amazônia de extinção O peixe-boi da Amazônia é considerado o menor dos sirênios, podendo medir de 2,8 a três metros e pesar até 480 kg DIVULGAÇÃO/UFRA

Com as vibrantes cores verde e amarela, as aves da família dos psitacídeos (mesma dos papagaios), se alimentam basicamente de frutas e vivem entre 20 a 40 anos LEONARDO MAGALHÃES/IDEFLOR-BIO

A Ararajuba é uma espécie endêmica do bioma amazônico ameaçada de extinção e c on s i d e r a d a " v u l n e r áv e l " , segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), o Ministério de Meio Ambiente e a Resolução Coema n° 54. Para transformar essa realidade, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ide or-bio) desenvolve o projeto de 'Reintrodução e Monitoramento das Ararajubas nas Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém – Belém Mais Linda!', que é pioneiro no Pará. "A espécie se encontra extinta localmente na Região Metropolitana de Belém (RMB) e não era avistada em vida livre nos céus da capital desde a década de 1940. Cerca de 80% da espécie natural das aves vivem no Estado, por isso é o nosso dever fazer a conservação e proteção dessa espécie", informa a gerente de Biodiversidade do Ide or-Bio, Nívia Pereira. As aves sofrem com o desmatamento, biopirataria e com o comércio ilegal de animais silvestres. Criado em 2016, o projeto já realizou duas solturas, em 2018, equivalentes a 20 animais, concluindo a primeira etapa do processo. "Após a soltura, identi camos que um casal reproduziu, o que é um indicativo de sucesso muito importante para o projeto. Quando uma espécie que foi reintroduzida consegue reproduzir, signi ca que ela entende que aquele ambiente é o habitat dela e se sente bem", explica a representante do

Ide or-Bio. A próxima soltura, que corresponde à segunda fase do processo, está prevista para novembro de 2020, contudo, depende do desenvolvimento das sete aves durante o treinamento, que é realizado nos aviários no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna. "As aves que vivem no nosso aviário vieram da Fundação Ly mington, de São Pau lo, parceira do Instituto desde a primeira etapa deste projeto, do Parque Zoobotânico Vale e do C e n t r o d e Tr i a g e m d o Maranhão, do Ibama, que foram frutos de uma apreensão", conta a gerente de Biodiversidade. Um a e q u i p e c o m c i n c o b i ó l o g o s d o Id e o r- b i o é responsável por acompanhar o dia a dia das aves que participam do projeto, que estimula a conservação da biodiversidade. A reintrodução não signi ca apenas a soltura do animal. É composta por um processo que envolve a adaptação ao novo ambiente, ao clima; enriquecimento ambiental, além de t reinamentos de vo o, fortalecimento e cuidados com a suplementação alimentar para que possam voar livremente na natureza. Segundo o biólogo da Gerência de Biodiversidade do Instituto, Leonardo Magalhães, todos os cuidados são tomados para que as aves tenham aptidão para voltar para a natureza. "Fazer esse acompanhamento é muito imp or tante, p orque, como biólogos, nós temos um olhar diferenciado em relação à ecologia, forma como interagem e que in uenciam no treinamento aplicado a cada uma. Tentamos simular no aviário o ambiente que

encontrarão após a soltura", explica. "O tempo de reabilitação é variável, porque depende da resposta de cada animal. O ideal é que seja o menor possível. Quanto menos tempo eles passarem nos aviários, mais facilmente vão se adaptar à sobrevivência na natureza. Em média, no período de um ano, eles conseguem ganhar peso, curar as asas e estarem aptos para a soltura", informa a bióloga do Instituto, Renata Emin. O contato dos animais com os pro ssionais precisa ser mínimo, porque, segundo Renata Emin, c omo, i n fel i z me nte, o s e r humano é o principal predador da espécie, é necessário que as aves consigam se proteger e se defender sozinhas após a soltura. Alguns moradores nas proximidades do Parque Estadual do Utinga, Ananindeua e bairro do Satélite, em Belém, entraram em contato com o Instituto, relatando que viram um grupo de aves voando e colorindo o céu. "Eles já mandaram fotos delas se alimentando de açaí e manga, que são frutos que a gente treina com elas no aviário. É muito legal de ver", conta Leonardo Magalhães. A ararajuba é uma espécie endêmica da Região Amazônica, que ocorre naturalmente em uma faixa estreita desde a fronteira do Pará com o Maranhão até o sudoeste do Estado, na fronteira com o Amazonas. Com as vibrantes cores verde e amarela, as aves da família dos psitacídeos (mesma dos papagaios), se alimentam basicamente de frutas e vivem entre 20 a 40 anos.

Conhecido por ser um animal de natureza extremamente dócil, o peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) é um mamífero aquático herbívoro que o cor re nos pr incipais tributários da bacia do Amazonas, desde o Marajó até o Peru e o Equador. Por ter sido massivamente caçado no passado e ainda hoje ser vítima de caça predatória, bem como de captura acidental em apetrechos de pesca, o animal tem status de vulnerável na lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Entre os grupos que visam ao estudo e aos cuidados para preservar a existência do peixeboi está o Instituto Biologia e Conservação dos Mamíferos Aquáticos da Amazônia (BioMA), com sede em Belém (PA). O g r up o cont a com diversos pesquisadores voluntários, independentes ou ligados a instituições paraenses, e tem p arcer i a do C ent ro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nor te (CPNOR/ICMBio) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), onde está sendo cadastrado como grupo de pesquisa e onde está localizada a atual sede do instituto. Atualmente, três lhotes de peixe-boi da Amazônia estão sob os c uidados do gr up o, no campus B elém da Uf ra. A Neguinha foi resgatada no município de Limoeiro do Ajuru em abril de 2018; o Cametá veio do município de mesmo nome, em dezembro de 2019; e o Arari, mais novo lhote sob a custódia do BioMA, foi resgatado em

Cachoeira do Arari em fevereiro deste ano. No projeto, esses animais são manejados por biólogos e veterinários para garantir seu bem-estar até uma possível soltura no meio ambiente. Os três lhotes agora estão sendo preparados para ser enviados ao zoológico da Unama em Santarém (PA), em uma ação fruto de parceria entre BioMA, CEPNOR/ICMBio, ZooUnama, Instituto Bicho D'água e Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp). O pesquisador Gabriel MeloSantos explica que muitas mães de peixe-boi são mortas por caçadores ou acidentalmente, deixando os lhotes órfãos e vulneráveis. Quando avistados nesta situação, a população informa aos órgãos competentes para que façam o resgate dos animais e os encaminhem a institutos de pesquisa. Hoje existem dezenas de lhotes resgatados na região Norte do Brasil (Pará, Amapá e Amazonas). "O que a gente faz é cuidar dos animais, fazendo a sua reabilitação, dando leite três vezes ao dia, limpando as piscinas e oferecendo vegetação natural, tudo com o mínimo de contato possível para que eles não se acostumem muito à presença humana e possam voltar à natureza", diz. A ideia é que eles sejam enviados para o ZooUnama, que possui uma estrutura de semicativeiro. Quando os lhotes estiverem prontos, eles devem ser enviados de volta para serem soltos no m e s m o ambi e nte d e on d e vieram. O professor da Ufra Frederico

Ozanan, que integra a equipe do Instituto BioMA, explica que o grupo de pesquisa está em fase de cadastramento junto à PróReitoria de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (Proped), mas que, na prática, a parceria com a Ufra teve início ainda em 2017, com a participação voluntária de professores e alunos da universidade. A ideia é ampliar ainda mais a colaboração: "Hoje a nossa parceria é no sentido logístico, lab oratorial e veterinário. Estamos agregando con he cimento p ara tent ar d e s e nv o l v e r e s tu d o s m ai s aprofundados em pesquisa em níveis de graduação e pósgraduação na área de mamíferos aquáticos". O peixe-boi da Amazônia é c ons i d e r a d o o me nor d o s sirênios, podendo medir de 2,8 a três metros e pesar até 480 kg. Diferente do peixe-boi marinho, que ocorre em águas costeiras e em rios da região do Atlântico, a distribuição do peixe-boi da Amazônia é restrita à bacia amazônica. Os sirênios são os únicos mamíferos aquáticos essencialmente herbívoros que existem. Na Amazônia, eles se alimentam de uma grande variedade de plantas aquáticas, como mururé e aninga. Além de atendimento, resgate, reabilitação e monitoramento de peixes-bois, o Instituto BioMA também trabalha com etnobiologia e educação ambiental e monitoramento de botos em hábitat natural. Mais i n f o r m a ç õ e s : www.instagram.com/institutobi o m a o u www.facebook.com/BioMA.Inst ituto.

AUTOESCOLA 3026-2304/ 99894-2624 Sua melhor opção em Jardim Camburi!

371

CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

Filiado ao Sindijores

CNPJ: 18.129.008/0001-18

"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília

Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores


CULTURA 3

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

O significado de CCXP Worlds anuncia primeiros convidados e “chorar as venda de ingressos

pitangas”

Organizado em plataforma digital, o festival geek terá opções de acesso gratuito e pago. Ingressos serão vendidos a partir de 15 de setembro e valores variam de R$ 35 a R$ 450

SUPER.ABRIL.COM.BR

DIVULGAÇÃO

Organizadores da Comic Con Experience anunciaram nesta terça-feira (8) as primeiras novidades da CCXP Worlds: A Journey of Hope, uma versão 100% virtual do maior festival de cultura pop do planeta. O novo formato foi criado após o cancelamento da edição presencial, devido à pandemia de covid-19. "A CCXP Worlds nasce digital e vai ser uma experiência épica à altura da CCXP, com uma p l at a f o r m a d e c o nt e ú d o s criados para os fãs do mundo todo viverem, se encontrarem e compartilharem seus universos favoritos", afirma Pierre Mantovani, CEO da CCXP e da Omelete Company, em coletiva à imprensa nesta terça. O evento ocorrerá nos dias 4, 5 e 6 de dezembro e terá escala global, com participação de celebridades e grandes produtoras. Tradicionais setores do evento como o Auditório Thunder e a Artists' Alley (que se tornou Artists' Valley) serão mantidos na versão digital, organizada em uma plataforma que está sendo desenvolvida especialmente para garantir a experiência dos fãs. Em um mapa interativo, esses e outros "mundos" estarão presentes no evento, como a Game Arena, o Creators & Cosplay Universe, o Omelete Stage, o Market Place (loja virtual) e o Hollywood Strip (seção de conteúdo dos g r an d e s e stú d i o s ) . Novo s mundos devem ser anunciados até dezembro. Ao todo, serão cinco streamings simultâneos, com

FOTO: REPRODUÇÃO

O

nome pitanga vem de pyrang, que, em tupi, significa vermelho. Portanto, a expressão se refere a alguém que chorou muito, até o olho ficar vermelho. Desde suas origens, essa expressão tem o s e n t i d o d e “q u e i x a r - s e ”, “lamuriar-se”. Ela surgiu no

Brasil como uma adaptação, influenciada pelos povos indígenas, de uma frase portuguesa muito usada entre os lusitanos: “chorar lágrimas de sangue”. Na língua tupi, a palavra pitanga significa “vermelho”. Assim, chorar as pitangas seria o

m e s m o q u e v e r t e r mu i t a s lágrimas, até os olhos ficarem avermelhados. De acordo com o folclorista Luís da Câmara Cascudo, em seu livro Locuções Tradicionais do Brasil, “a imagem associada impôs-se: 'chorar pitanga' pelo lusitano 'chorar lágrimas de sangue', na sugestão da cor”. (HRIDIOMAS.COM.BR)

'Três Verões' decepciona ao tratar Lava Jato de forma superficial centro dos cuidados de Madá. Passamos a saber, com o tempo, que suas divergências com o filho são muitas. Que a uma geração letrada sucedeu na família uma geração argentária. Seu Lira não gost a diss o. S ente-s e mais próximo da caseira do que se sentia da própria família. Ao mesmo temp o, Madá vai adquirindo uma nova percepção sobre os antigos patrões, inclusive sobre o fato de absorver seus valores. O lugar torna-se atração turística e Madá guia excursões de barco — aqui morava o fulano, que está preso, ali morava o sicrano, que fugiu. Maneiras de sobreviver, enfim. O terceiro verão, de 2018, é o mais complicado, qualquer que seja o ponto de vista. Acentua-se a necessidade de viração para manter a casa. A ilha da fantasia de outrora vira ilha da fantasia do presente, quer dizer, aluga-se o lugar para filmes publicitários. Não é um momento feliz para o filme. Poderia ser: a mudança do real em cenário de filmagem, com toda a falsidade que embute (como neve para o Natal) é uma ideia interessante. Mas filmagem é uma das coisas mais chatas do mundo para quem não está envolvido. É um problema que Sandra Kogut não resolveu bem (Ugo Giorgetti contornou muito bem esse risco em "Sábado"; Kogut opta pela estratégia das repetições e tal, mas nem todo

mundo é Abbas Kiarostami). Transformar a filmagem em lugar de verdade parece uma solução um tanto adventícia. Ali, promovida a atriz, Madá começa a enumerar todas aquelas belezas típicas das peças publicitárias, mas desvia o rumo e passa a falar das durezas de sua triste vida, que até agora haviam sido abafadas pelo otimismo e alegria da personagem. Em todo caso, essa transformação na personagem é uma passagem no tempo: da empregada orgulhosa de "Que H o r a s E l a Vo l t a ? " p a r a a desesperança dos tempos Lava Jato (o filme precede a Vaza Jato, que deixaria mais claras que o dia certas malandragens da operação). Ficando por aí, o filme j á n ã o d a r i a c ont a , s e n ã o superficialmente, dos complexos acontecimentos políticopoliciais do período, tangenciando questões que já ent ão emerg i am. C omo s e interrompe em 2017 (o filme é de 2018), a sensação de deslocamento no tempo torna-se presente, até demais. A escolha de um final colado à força no filme não ajuda em nada esse quadro de foco impreciso. Restam a presença de Regina Casé, quase retomando seu papel em "Que Horas Ela Volta?", e o retorno de Rogério Fróes, bem marcante como seu Lira. É muito pouco. É um tanto decepcionante em termos de evolução para quem já fez "Mutum".

CCXP Worlds o quadrinista Scott Snyder (Batman e Liga da Just i ç a ) , Ke v i n E ast man (Tartaruga Ninja), Marcelo D ' S a l e t e ( A n g o l a Ja n g a e Cumbe), Andrea 'Casty' Castellan (Mickey e Tio Patinhas), Margaux Motin (Placas tec tônicas), Tr ina Robbins (A lenda da MulherMaravilha), Jeff Lemire (Gideon Falls e Arqueiro Verde), Gerry Conway (Homem-Aranha e Batman: A série animada), G ar t h E n n is ( T he B oy s e Justiceiro), Jill Thompson (Sandman e MulherMaravilha), Leandro Fernandez (The Old Guard) e Fabien Toulmé (A odisseia de Hakim). Outros anúncios, como a participação de celebridades de cinema, serão feitos até dezembro. A venda dos ingressos começa a partir do dia 15 de s etembro, p elo site www.ccxp.com.br. LUCIANO DANIEL

Foto Antiga do ES JOSÉ AUGUSTO ANJOS ARAÚJO/ESPÍRITO SANTO (BR), MEMÓRIA/FACEBOOK

Diretora com mais prestígio do que prêmios, Sandra Kogut lança-se com "Três Verões" na busca por um público mais amplo. A temática escolhida já sugere a intenção: um encontro entre operação Lava Jato e corrupção brasileira, mais seus efeitos sobre pessoas de classes pobres. Digo "classes pobres" porque não se trata de operários, ou das pessoas 'uberizadas', os "por conta própria" da nova economia. Elas são representadas por Regina Casé, a caseira de um ricaço que, pouco após dar uma grande festa, é preso junto com a mulher. Este é o primeiro verão, o de 2015. Ali, já pontifica Regina Casé, como Madá, a caseira da mansão, que de uma hora para outra se vê perdida, às voltas com os demais funcionários, com salários atrasados, questionamentos policiais, etc. Casé é o caminho na busca desse público mais amplo, que aderiu com razoável intensidade ao "Que Horas Ela Volta?" de Anna Muylaert, alguns anos atrás. Outros tempos e questões, certamente. O segundo verão, de 2016, é marcado pela depressão. O negócio que Madá planejava vai para o buraco, envolvido nas tramoias do patrão, a crise na casa se aprofunda. Começa a surgir um personagem, seu Lira (Rogério Fróes), pai do dono da mans ão. Antes, um mero fantasma que passava por ali com ar meio demente, ele se torna o

entrevistas com celebridades de Hollywood, anúncios, trailers inéditos, premières e painéis sobre as maiores produções do cinema e das plataformas de streaming. Como já aguardavam os fãs do e v e nt o, o s o r g a n i z a d o r e s apresentaram os primeiros nomes confirmados na CCXP Worlds. Entre eles estão Emil Ferris, a quadrinista mais premiada de 2018 e autora de Minha Coisa Favorita é Monstro, e Dave Gibbons, autor do clássico Watchmen. Além da obra que inspirou a série da HBO com 26 indicações ao Emmy 2020, o artista também é o desenhista de Kingsman: O serviço secreto, série escrita por Mark Millar e adaptada para o cinema com dois filmes lançados e um terceiro já anunciado. Completam a lista dos primeiros confirmados para a

Em homenagem aos 469 anos de Vitória

VITÓRIA EM 1860 — EM DESTAQUE, AO FUNDO, A SANTA CASA DE MISERICÓRDIA


4 EDUCAÇÃO

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

Dia Mundial da Alfabetização: a situação do Brasil e desafios na pandemia No dia 8 de setembro comemorase o Dia Mundial da A l f a b e t i z a ç ã o. A d a t a f o i instituída em 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o objetivo ressaltar a importância da alfabetização para o d e s e nv o l v i m e n t o s o c i a l e econômico mundial. No Brasil, a data vem acompanhada de muita preocupação. O País ainda tem 11 milhões de analfabetos, segundo dados da Pesquisa Na c i o n a l p o r A m o s t r a d e Domicílio (Pnad) Contínua Educação 2019, divulgada pelo IBGE. Com o ano atípico, de pandemia e ensino remoto forçado, o desa o para alfabetizar se tornou ainda maior. Pesquisadores de 29 universidades brasileiras estão investigando como a nova política de alfabetização do governo federal, lançada no ano p ass a d o, te m che g a d o a o s professores, e quais são os pr i n c ip a i s d e s a o s c om o isolamento e as aulas a distância. Cada instituição analisará os dados do próprio estado. “No nal, relacionaremos os dados nacionais para encontrar pontos comuns e divergentes e tentar entender o porquê de cada um deles. As melhores práticas serão socializadas para todo o Brasil. Queremos também entender como o professor transitou nesta

mudança do presencial para o digital”, explica Evangelina Faria, pesquisadora da Universidade

em nota, grandes preocupações sobre a alfabetização durante a quarentena. A organização,

educacionais, sejam eles públicos ou privados”. Outro ponto levantado por eles ©GETTY IMAGES/REPRODUÇÃO

Federal da Paraíba (UFPB) e uma das coordenadoras do estudo no estado, em entrevista concedida ao próprio site da universidade. Profe s s ore s d a e du c a ç ã o infantil e dos anos iniciais do ensino f und ament a l aind a podem colaborar na primeira etapa da pesquisa, que tem caráter quantitativo, por meio de formulário eletrônico, até o dia 15 de setembro. A segunda etapa da pesquisa interinstitucional, sobre o ensino remoto, durante a pandemia, será feita com entrevistas de professores de cada região. A Associação Brasileira de Alfabetização (ABAf) apontou,

fundada em 2012, tem objetivo de articular, acompanhar e fomentar pesquisas e políticas públicas no campo da alfabetização. S egunda a associação, as orientações que envolvem o ensino a distância nesse período, como a Medida Provisória editada pelo governo federal em 1º de abril deste ano, que permite que escolas e redes de ensino não cumpram o mínimo legal de 200 dias letivos de aulas presenciais, mas mantenham a carga horária de 800 horas, “deslocam para professores e famílias resp ons abi lidade que é da administração dos sistemas

é a necessidade de os professores dominarem ferramentas de comunicação virtual e digital, de mídias especí cas e suas linguagens, que não se resolvem meramente do ponto de vista técnico. “O uso delas aplicado à educação requer formação especí ca e aprofundada, sob risco de ampliar e agravar as disparidades já existentes no sistema Educacional do País”. E do outro lado, muitos estudantes não têm acess o à inter net também. No documento, a ABAlf coloca em tópicos as questões mais preocupantes sobre o tema: 1) Como o docente irá planejar um

ensino de emergência/remoto para as mais diversas realidades sociais de crianças, jovens, adultos e idosos, sobretudo àqueles cujo acesso à tecnologia inexiste ou é precário? 2) Como planejar e ressigni car as estratégias próprias de aulas presenciais, garantindo o acesso e a aprendizagem de todos? Alfabetizar exige afetividade, interação entre pares, jogos, brincadeiras, leituras, conversas, dramatizações, registros diversos, livros e outros mate r i ais , p or t anto, c omo garantir que essas atividades ocorram a distância? 3) Muitas dessas atividades, associadas às interações entre as crianças e entre as crianças e os professores, requerem obs er vaç ão, p ar t icip aç ão complementação e intervenção dos professores, para garantir e ampliar o processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, a aula remota é um padrão que não permite este gerenciamento pedagógico e essa observação fundamental para avançar no processo. Em 2019, o Ministério da Educação lançou o caderno com orientações sobre a nova política de alfabetização do governo Jair Bolsonaro. A Política Nacional de Alfabetização (PNA), que recebeu o título de “Alfabetização Acima de Tudo”, quer que o e n s i n o i n f a nt i l re f orc e a s atividades de pré-alfabetização para que o ensino da leitura já

seja concluído no primeiro ano do ensino fundamental. Ela também prevê que a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE) seja cumprida. Assim, todas as crianças devem ser alfabetizadas até, no máximo, o nal do 3º ano do fundamental, aos oito anos de idade. Além disso, o documento defende e prioriza o método de ensino fônico, que tem o foco na relação entre letras e sons. Esse foi um dos pontos mais criticados por educadores. Segundo especialistas ouvidos pelo G1, “a criação de uma política nacional de alfabetização é positiva, mas a priorização de um único método pode levar à padronização do ensino, e o risco disso é limitar tanto as possibilidades de os professores ensinarem, quanto as possibilidades de os alunos aprenderem”. O País já reduziu, sim, o analfabetismo, mas de forma lenta e atrasada. O Brasil está próximo de cumprir uma meta de alfabetização estabelecida pelo PNE de baixar o índice para 6,5%. Em 2019, a taxa de brasileiros com 15 anos ou mais que não sabia ler ou escrever um bilhete simples cou em 6,6%, segundo dados da Pnad Contínua Educação 2019. Esse percentual, entretanto, deveria ter sido cumprido há cinco anos, ou seja, em 2015. O próximo — e mais difícil — desa o é a erradicação do analfabetismo, prevista para acontecer até 2024.

As principais tendências da educação no futuro ©ISTOCK

O futuro da educação já começou a ser desenhado e será capaz de proporcionar ao estudante uma formação muito mais completa, que desenvolva não só competências nas áreas do conhecimento, mas, também, a relação produtiva com a tecnologia e os aspectos psicoemocionais, sociais e éticos indispensáveis na atualidade. A primeira delas é a gami cação, que consiste na exploração de jogos para acabar com a visão de ensino engessado e metódico, tornando o aprendizado mais leve, divertido e contextualizado. Algo que é ideal para alunos que estão em uma fase de vida movimentada, cheia de informações e bastante conectada. Dessa forma, ca mais fácil t ransmit ir con he cimentos,

ctícios e reais. De quebra, estimula tanto a interação entre alunos e professores, quanto o i nt e r e s s e d o s e u l h o e m continuar aprendendo, mesmo fora da escola. Outra tendência do futuro da educação são as salas de aula virtuais, ou seja, plataformas online nas quais os alunos podem acompanhar o conteúdo de cada matéria de forma remota e com a possibilidade de assistir às aulas quantas vezes desejar. As salas de aula virtuais podem ser acessadas quando os alunos tiverem dúvidas, quiserem estudar a fundo os assuntos ministrados pelos professores ou decidirem fazer resumos para as avaliações de cada etapa. A nal, tal recurso permanece sempre disponível no sistema e ainda traz indicações de materiais

+ 55 27 2125-5200 auxiliar a assimilação de novos saberes, e discutir exemplos

didáticos, com o objetivo de facilitar o aprendizado.

Já a inteligência arti cial na educação busca aproximar os estudantes da atual realidade t e c n o l ó g i c a d i s p on í v e l n a sociedade. Isso permite não só a familiarização e o uso otimizado de aparelhos, programas, sowares e recursos digitais no estudo das diferentes áreas de conhecimento, mas a compreensão do processo de criação, desenvolvimento e

funcionamento desses aparatos. Além disso, com o acesso a esses equipamentos em sala de aula, o estudante tem como complementar o conteúdo dado pelo professor por meio de pesquisas, da visualização de m at e r i a l au d i ov i s u a l e d e experiências virtuais (como a realidade aumentada). A aprendizagem colaborativa envolve muito do que falamos

sobre a autonomia do estudante no ambiente educacional. Isso porque ele não ca apenas sentado na carteira esperando o professor dar a matéria de maneira expositiva e, no m, passar exercícios. Ao contrário, ele é chamado a participar e se envolver intensamente com o conteúdo. Para isso, são promovidos debates, re exões, investigações,

pesquisas, leituras em grupo e muitas outras atividades que permitem uma imersão dos estudantes no assunto a ser estudado. Consequentemente, garante aos alunos o desenvolvimento de uma maior capacidade crítica para analisar os conteúdos, levantar pontos de vista diferentes, pensar em alternativas para a sua aplicação na atualidade etc. Outro exemplo de tecnologia na educação é o uso da robótica n o c o n t e x t o e s c o l a r, q u e complementa as aulas teóricas e auxilia o ensino de conteúdos práticos. Além disso, ela permite que os alunos façam experimentos para testar os próprios conhecimentos e, assim, possam entender, de forma dinâmica e interativa, como as ciências são capazes de desenvolver produtos e aparatos eletrônicos que facilitam o nosso dia a dia. Vale mencionar que as aulas com robótica ainda aguçam a curiosidade e a imaginação, além de estimularem o interesse pelas matérias exatas, como matemática, física e química.


POLÍTICA 5

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

Jorge

Analista Político

Pacheco

Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

“Se fracassar, ao menos que fracasse ousando grandes feitos, de modo que a sua postura não seja nunca a dessas almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória nem a derrota// Mantenha os seus olhos nas estrelas e os seus pés na terra”, Theodore Roosevelt NAJARA ARAÚJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

saúde acreditam que podem c on qu i s t ar m ai s g ar ant i a s durante a discussão da reforma administrativa no Congresso. O governo ainda não informou quais carreiras estarão blindadas de cortes de salários e de jornada e com a estabilidade preservada. Isso deve ocorrer à medida que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) for

MARCELLO CASAL JR/ AGÊNCIA BRASIL

Considerados barnabés, professores e profissionais da saúde devem ser os maiores prejudicados pela reforma administrativa

avançando.

Procuradoria da CLDF recomenda rejeição da CPI da pandemia A Procuradoria-Geral da C âmara L eg islat iva do DF publicou, na terça-feira (8), resultado da avaliação sobre CPI da Pandemia e apresentou posicionamento contrário à instalação da comissão. Em justi cativa, os técnicos da Casa argumentaram que o AJUFE

Consultorias, bancos e corretoras captam vazamento da PEC da reforma administrativa A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa foi entregue às 18h de quinta-feira (03/09) ao Congresso pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, m a s , n a n o i t e a n t e r i o r, consultorias, bancos e corretoras já tinham cópias do documento. É isso aí, diria eu mesmo. É o

MARÍLIA MARQUES/G1

Os f uturos profess ores e pro ssionais de saúde que vierem a ingressar no governo terão estabilidade limitada e poderão ter cortes de salários e de j or nadas s e a prop ost a de reforma administrativa, encaminhada na última quintafeira (03) pelo governo ao Congresso, for aprovada. Eles estão fora do que o Ministério da Economia classi ca como carreiras típicas de Estado. Acredito que brasileiros e brasileiras irão assistir e ouvir muita gritaria. Não por acaso, esses dois grupos, considerados fundamentais dentro do serviços público, prometem fazer barulho n o C on g re s s o p ar a t e nt ar garantir o mesmo tratamento dado, por exemplo, a auditores scais e a policiais federais. Também querem obter apoio da opinião pública. Vale lembrar que juízes, desembargadores, membros do Ministério Público, militares e parlamentares sequer foram pegos por essa trêfega proposta de reforma. Que vai ter barulho, isso vai! Vejam bem, pelo acordo fechado entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, professores e pro ssionais de saúde entram no grupo chamado de “barnabés”, o grosso do funcionalismo público. Esse grupo também é conhecido como “carreirão”, que agrega cerca de 80% dos servidores que fazem parte da folha de pagamento da União. É aí que o bicho pega porque os “Barnabés” tiveram reajuste m e n or d e s a l ár i o e for am tratados de forma diferenciada na última negociação salarial feita pelo governo. Tiveram 10,8% de aumento, dividido em duas parcelas, em 2016 e 2017. Já a elite do funcionalismo, os “sangue azul”, receberam, na média, 29% de reajuste, índice parcelado em quatro vezes. E s s e t i p o d e t r at a m e nt o agravou ainda mais a disparidade s a l ar i a l n a E s p l an a d a d o s Ministérios. No carreirão, o grosso dos servidores ganha em torno de R$ 5 mil por mês. Na elite do funcionalismo, a média chega a R$ 20 mil. Professores e pro ssionais de

agosto pelo deputado Leandro Grass (Rede), assinado por mais 12 deputados distritais com objetivo de promover a apuração de supostas fraudes na saúde denunciadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Durante sessão remota no última dia 1º de setembro, o presidente da Casa, R afael Prudente (MDB), a rmou que tinha encaminhado o pedido para avaliação da ProcuradoriaGeral da Câmara Legislativa antes de decidir sobre a instalação da comissão. O vicepresidente da CLDF, deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos) ainda apresentou u m r e q u e r i m e n t o “c o m questionamentos técnicos” para avaliação dos procuradores.

requerimento para instalação da C o m i s s ã o Pa r l a m e nt a r d e Inquérito (CPI) que vai investigar os atos do Poder Executivo não demonstrou o escopo e os limites da investigação, “requisito indispensável para a criação da CPI”. É que o exame preliminar destaca que o requerimento apresenta como nalidade de investigar a regularidade dos atos praticados pelo Poder Executivo do Dist r ito Fe dera l e iss o acabaria envolvendo praticamente todas as contratações de bens e serviços voltados ao combate da pandemia, em desrespeito ao requisito constitucional. “Essa simbiose atrairia para a investigação amplo contexto fático, o que di culta, inclusive, a veri cação das formalidades re g i m e nt ai s”, e s c l are c e u a Procuradoria da Casa. E agora, a decisão está nas mãos do presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB). O pedido para criação da comissão foi protocolado em 6 de

país de políticos bandidos! Cruzes! Com isso, as consultorias puderam municiar sua clientela com análises sobre as propostas do governo e bancos e corretoras, claro, aproveitaram para montar operações no mercado, com p o s s í v e i s g a n h o s extraordinários. O Ministério da Economia, responsável por elaborar a PEC, foi questionado, por meio de um grupo de jornalistas, sobre um possível vazamento da proposta de reforma, mas ninguém da assessoria do ministro Paulo Guedes quis se manifestar. O Blog, por sinal, publicou a íntegra da PEC às 12h45 de quinta-feira, antes, portanto da e nt re g a d o d o c u m e nt o a o Congresso que já a recebeu de uma consultoria. Sabe-se que as portas da Esplanada dos Ministérios estão escancaradas para representantes de consultorias e de instituições nanceiras — as duas mais presentes nas agendas dos servidores são o BTG Pactual e a XP Investimentos. Então, vamos investigar esse crime?

STJ concedeu HC coletivo a mais de mil acusados por tráfico em São Paulo

garante a aplicação do critério para casos futuros. "Se o Código Pen Rogério Schiettial determina que, xada a sanção em patamar inferior a quatro anos de reclusão, o regime

impor-se a condenados pela modalidade mais tênue do crime de trá co de entorpecentes o mesmo regime de pena que se costuma impingir somente a quem é condenado por outros

inicial de pena há de ser o aberto quando as circunstâncias forem todas favoráveis ao agente, permitindo também substituir a reprimenda privativa de liberdade por restritiva de direitos, não há razão para

crimes, ou mesmo por trá co, a mais de oito anos de pena, ou a reincidentes ou portadores de circunstâncias desfavoráveis", a rmou escreveu o ministro Rogério Schietti Cruz, relator do pedido.

REPRODUÇÃO/RECORD TV

De acordo com a Defensoria Pública paulista, cerca de 1,1 mil presos devem ser bene ciados pela decisão da Sexta T u r m a d o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu nesta terça-feira (8) habeas corpus coletivo que autoriza todos os condenados à pena mínima por trá co privilegiado de drogas no Estado de São Paulo a cumprirem as sentenças em regime aberto. De acordo com a Defensoria Pública paulista, cerca de 1,1 mil presos devem ser bene ciados pela decisão. Seria muito engraçado se não fosse verdade! O parecer atende a um pedido apresentado pelos defensores sob argumentação de que a Justiça estadual tem descumprido entendimento xado pelo Supremo Tribunal Federal e pelo próprio STJ segundo o qual a modalidade foi e xclu í d a d o rol d e c r i me s h e d i o n d o s . C o m i s s o, f o i derrubada a regra que proibia a substituição do regime fechado por penas restritivas de direitos e imposto tratamento penal com 'contornos mais benignos' aos condenados. Registro que o trá co privilegiado é aquele que envolve pouca quantidade de drogas, réus com bons antecedentes e sem provas de anterior atividade ilícita e de integração à organização criminosa. Então tá! Pela decisão do STJ, além da exibilização imediata do regime fechado imposto aos condenados à pena mínima de um ano e oito meses de detenção, as varas de Execução penal deverão reavaliar com 'máxima urgência' a manutenção da prisão daqueles sentenciados a penas inferiores a qu at ro anos de re clus ão, veri cando se é possível decretar a progressão para o regime ab er to. A decisão tamb ém


6 TECNOLOGIA

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

Tecido de fungos Músculos robóticos estarão disponíveis para uso clínico é opção mais até 2050 sustentável que couro animal e sintético Projeto emPOWER reúne 30 pesquisadores para criar tecidos artificiais implantáveis; objetivo é restaurar o corpo humano e retardar o relógio biológico MAXUSER/SHUTTERSTOCK

r e c a r r e g áv e i s a p a r t i r d e aparelhos de energia externos ao corpo. O implante tornaria esses tecidos robóticos capazes de, por exemplo, dialogar com partes internas do organismo, como o sistema nervoso. Em termos cientí cos, isso sig ni ca que os mús c u los arti ciais serão biocompatíveis, podendo se integrar com os órgãos não robóticos. Um exemplo s er i am mús c u los biônicos que reagem com o

um paciente com di culdades de andar. Tal possibilidade pode ajudar a desenvolver opções novas de tratamentos para doenças como a sarcopenia, condição atrelada à velhice que consiste no desgaste muscular e na perda da musculatura esquelética. Atualmente, os modos mais populares de combater esse problema são externos, como o uso de aparelhos ortopédicos, tais como órteses. Esses dispositivos médicos, além de removíveis e temporários, podem muitas vezes ter efeitos colaterais, desgastando ainda mais os tecidos musculares em alguns casos. A possibilidade de um implante arti cial, portanto, pode mudar esse cenário, que ainda é limitado em alternativas e afeta cerca de 20% das pessoas com mais de 75 anos, segundo a Sociedade Brasileira de

tecido ósseo natural e ajudam a coordenar os movimentos de

Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Cientistas criaram material que, além de ter boa durabilidade, é biodegradável e libera menos gás carbônico e substâncias tóxicas em sua produção BOLT THREADS

Cientistas da Universidade de Viena, na Áustria, do Colégio Imperial de Londres, na Inglaterra, e da Universidade R M I T, n a A u s t r á l i a , desenvolveram um couro feito de fungos. O material tem potencial para ser o melhor substituto do couro animal e até mesmo o sintético em termos de sustentabilidade e custo. O artigo foi publicado segundafeira (7) na revista Nature Sustainability. O couro tradicional, feito de pele animal, envolve muitas consequências ambientais, como o desmatamento e as emissões de gases de efeito estufa associados à pecuária. O tratamento de couro bovino, conhecido como curtimento, costuma usar produtos químicos que podem contaminar o meio ambiente. Já a produção de couro à base de fungos usa menos produtos qu í m i c o s e l i b e r a m e n o s carbono na atmosfera. Além disso, ele é biodegradável e pode

ser descartado com segurança. “Temos a tendência de pensar no couro sintético [em geral feito de plástico], às vezes conhecido como 'couro vegano', como sendo melhor para o meio ambiente. No entanto, o couro tradicional pode ser eticamente questionável e os substitutos tanto do couro quanto do plástico têm problemas com a sustentabilidade ambiental”, disse, em nota, Alexander Bismarck, coautor do estudo e professor da Universidade de Viena e do Colégio Imperial de Londres. O couro de fungos pode ser produzido por meio da reciclagem de subprodutos agrícolas e orestais de baixo

custo, como a serragem. Eles servem como "matéria-prima" para o crescimento de micélio, uma massa de os emaranhados que servem para levar nutrientes ao fungo. Um dos maiores desa os na produção desse couro é fazer fol has d e m i c él i o d e b o a qualidade, que exibam crescimento uniforme e espessura, cor e propriedades mecânicas consistentes. Em algumas semanas, a folha de fungo pode ser colhida e tratada com prensagem e reticulação para produzir um material com um toque semelhante ao couro animal. Esse tecido consiste, principalmente, em biopolímeros biodegradáveis de quitina e glucano. Os estudos do couro à base de fungos sugerem que esse novo material terá um papel considerável no futuro. “As roupas renováveis e biológicas são um mercado em crescimento, e o couro fungoso está se tornando um promissor pioneiro na busca por roupas éticas e sustentáveis”, disse o também coautor da pesquisa, Mitchell Jones, da Universidade de Viena.

O s 3 0 p e s qu i s a d ore s d o projeto emPOWER, nanciados p e l a i ns t itu i ç ã o br it ân i c a C ons el ho d e Pe s qu is a e m Ciências Físicas e Engenharia (EPSRC), pretendem desenvolver músculos robóticos e arti ciais para implantes até 2050. O objetivo é restaurar o corpo humano, ao ponto de retroceder o relógio biológico e, possivelmente, adiar o envelhecimento. "Estamos trabalhando com o princípio de que implantar músculos robóticos e arti ciais para substituir, ou trabalhar ao l a d o d o s n o s s o s própr i o s músculos, pode restaurar a função natural do corpo e ajudar todos nós a ter uma vida mais longa, confortável e ativa", e x pl i c ou e m c omu n i c a d o, Jonathan Rossiter, professor de robótica da Universidade de Bristol e líder da iniciativa. De acordo com Rossiter, o plano do emPOWER é criar um sistema de músculos

Força Aérea dos EUA usa cães-robôs para patrulhar base U.S AIR FORCE/CORY D. PAINE

Durante um exercício militar na semana passada a Força Aérea dos EUA testou o uso de "cães ro b ót i c o s " p ar a p at r u l h ar perímetro da base aérea de Nellis, em Nevada. Apesar da semelhança com o Spot, da Boston Dynamics, o Vision 60 da Ghost Robotics foi projetado especi camente para uso militar, em missões de inteligência, vigilância e reconhecimento. Classi cados pelos militares como Q-UGVs (Quadrupedal Unmanned Ground Vehicle, Veículo Quadrúpede Terrestre Não Tripulado), os robôs têm u m d e s i g n m o d u l a r, c o m componentes que podem ser substituídos mesmo no campo de b at a l ha em quest ão de minutos. A Ghost Robotics licencia o design do robô, que pode ser personalizado pelo cliente. "Nossos parceiros estratégicos p o dem const r uir Q-UGVs adequados para quase qualquer uso, escolhendo sensores, rádios e até mesmo o tamanho do robô

p a r a at e n d e r a re q u i s i t o s especí cos", diz a fabricante. O Vision 60 poderia ser usado em uma in nidade de tarefas, como patrulha de perímetros, reconhecimento de terreno, inspeção de objetos perigosos (como explosivos improvisados) ou até mesmo como um "nó" de comunicação em uma rede no campo de batalha. Os robôs foram conectados ao Advanced Battle Management System (ABMS, Sistema Avançado de Gerenciamento de Batalha), uma rede projetada p a r a c o l e t a r, p r o c e s s a r e

compartilhar dados entre os EUA e seus aliados em tempo real. "O campo de batalha do futuro será caracterizado pela saturação de informações", disse Will Roper, Secretário Adjunto da Força Aérea para aquisição, tecnologia e logística, em uma declaração. "Um dos principais objetivos deste exercício foi apresentar uma quantidade estonteante de informações para que os participantes possam sintetizá-las, exatamente como aconteceria em uma operação real".


CIÊNCIA 7

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

20% das emissões de Beija-flor reduz a temperatura do corpo carbono vêm da cadeia à noite para sobreviver de produção de Em um dos espécimes pesquisados, a temperatura corporal caiu para 3,3 °C, um recorde entre aves e mamíferos que não hibernam

multinacionais

PIXABAY/CCO/DOMÍNIO PÚBLICO

Pesquisadores da Universidade do Novo México (EUA) e do Instituto Nacional de Biodiversidade da África do Sul descobriram que várias espécies de beija- ores andinos reduzem drasticamente a temperatura corporal durante seu torpor noturno. Em artigo publicado na revista “Biology Letters”, a equipe descreve seu estudo de termorregulação nesses pássaros e o que aprendeu sobre eles, informam o jornal “e Guardian” e o site Phys.org. Alguns animais, como os ursos, hibernam durante o inverno. Graças a esse m e c an i s m o c or p or a l, e l e s sobrevivem às baixas temperaturas sem ter de ingerir grandes quantidades de calorias para se manter aquecidos. Outros animais, por seu lado, entram em um estado conhecido como tor p or, no qu a l s eu metabolismo diminui drasticamente para permitir que conservem energia durante os períodos de magreza ou frio. É o caso dos beija- ores. O torpor desses pássaros não é prolongado: após uma noite nesse estado, o metabolismo das avezinhas volta a subir, e sua temperatura corporal chega a atingir 40 graus Celsius. Segundo um dos autores do estudo, o professor Andrew McKechnie, da Universidade de Pretória e do Instituto Nacional de Biodiversidade da África do Sul, o torpor é vital para a sobrevivência dos beija- ores. A razão: eles teriam de queimar grandes quantidades de energia para manter a temperatura corporal em torno de 40°C durante a noite. “Eles não conseguiriam armazenar

Novo estudo publicado na "Nature Climate Change" mostra quanto e como essas empresas influenciam nas mudanças climáticas FREDERIC PAULUSSEN/UNSPLASH

gordura su ciente no nal do dia para fornecer combustível su ciente para durar a noite inteira”, disse McKechnie ao “e Guardian”. No novo trabalho, os pesquisadores investigaram várias espécies de beija- ores que vivem nos Andes. Em muitas áreas da cordilheira sulamericana, mesmo no verão, as temperaturas podem car muito baixas à noite. Os cientistas escolheram analisar a termorregulação em espécies que sobrevivem em altitudes de até 3.800 metros acima do nível do mar no Peru. Pa r a i s s o, c a p t u r a r a m 2 6 membros de seis espécies dessas ave s e m març o d e 2 0 1 5 e colocaram-nos em gaiolas sem alimentação, com equipamentos para monitorar a temperatura corporal. Eles mantiveram os beija- ores ali durante uma noite para ver como as pequenas aves se saíam. Durante a noite em estudo, a temperatura do ar caiu para 2,4°C. Os pesquisadores notaram que 24 dos beija- ores entraram em torpor, que incluía pelo menos uma ave de cada espécie. Eles também descobriram que as temperaturas corporais mais

baixas registradas para as aves variaram entre as espécies e os indivíduos. E descobriram ainda que a duração de seu torpor também variava entre cinco e dez horas. Segundo os cientistas, quanto mais tempo as aves permanecem em torpor, menor é a perda de massa corporal. Os beija- ores se alimentaram da gordura armazenada de modo a se manterem aquecidos o su ciente para permanecer vivos. Um dos pássaros observados baixou sua temperatura corporal para 3,3°C, apenas alguns graus acima do ponto de congelamento. É um novo recorde de temperatura corporal baixa entre as aves em geral e mamíferos que não hibernam. O recorde anterior para pássaros era de 4,3°C, pertencente ao noitibó-de-nuttall (Phalaenoptilus nuttallii), a única espécie de ave que hiberna. Os mecanismos por trás do torpor podem resultar em aplicações biomédicas, observou McKechnie ao e Guardian. “Em um estágio, a Nasa estava se perguntando seriamente se seria possível induzir um estado de torpor ou de hibernação em humanos, a m de ir além da vizinhança da Terra”, disse ele.

Um quinto das emissões de dióxido de carbono vem das cadeias de abastecimento globais geridas por empresas multinacionais, segundo um novo estudo liderado pela Universidade College London, na Inglaterra, e pela Universidade de Tianjin, na China. O artigo, publicado na segunda-feira (7) na revista Nature Climate Change, mostra o quanto essas empresas in uenciam nas mudanças climáticas. Na pesquisa, os cientistas mapearam as emissões geradas pelo patrimônio e pelos fornecedores das multinacionais e descobriram que o uxo de investimento ocorre de países des envolvidos p ara os em desenvolvimento. Isso sugere, segundo os autores, que as emissões são "terceirizadas" para partes mais pobres do mundo. O estudo demonstrou o impacto que as multinacionais podem ter ao incentivar uma maior e ciência energética entre seus fornecedores ou ao escolher fornecedores que gerem menos carbono. "Se as empresas líderes mundiais exercessem liderança nas mudanças climáticas, por exemplo, exigindo e ciência energética em suas cadeias de abastecimento, elas poderiam ter um efeito transformador nos esforços globais para reduzir as emissões", disse Dabo Guan, um dos pesquisadores, em comunicado. Os autores também propõem

que as emissões sejam atribuídas aos países de onde vem o investimento, e não aos países onde elas são geradas. "Atribuir emissões ao país investidor signi ca que as multinacionais são mais responsáveis p elas emissões que geram", defendeu Guan. Os cientistas constataram que as emissões de carbono resultantes do investimento estrangeiro nas multinacionais caíram de um pico de 22% em 2011 para 18,7% em 2016. Para eles, isso foi resultado de três fenômenos: a tendência de "desglobalização", a redução de investimento estrangeiro e a criação de novos métodos de produção menos danosos ao meio ambiente. Mapeando o uxo global de investimentos, os pesquisadores encontraram aumento constante nos investimentos de países desenvolvidos naqueles em desenvolvimento. Por exemplo, entre 2011 e 2016, as emissões de

carbono geradas por investimentos dos Estados Unidos na Índia aumentaram c on s i d e r av e l m e nt e : d e 4 4 milhões de toneladas para 64 milhões de toneladas. No mesmo período, as emissões de carbono geradas por conta de investimentos da China no sudeste da Ásia aumentaram de 0,6 milhão de toneladas para 7,4 milhões de toneladas. "As multinacionais estão cada vez mais transferindo investimentos de países desenvolvidos para países em desenvolvimento. Isso tem o efeito de reduzir as emissões dos países desenvolvidos, ao mesmo tempo que impõe uma carga maior de emissões aos países mais pobres", explicou Zengkai Zhang, líder do estudo. "É provável que [esse processo] crie emissões mais altas em geral, à medida que o investimento é movido para regiões com maior concentração de carbono".

Pesquisadores revelam Sarcófagos intactos de segredos de interior de 2,5 mil anos são cometa encontrados no Egito ESA/ROSETTA/PHILAE/CONSERT

Treze sarcófagos "esquecidos" há mais de 2,5 mil anos foram encontrados por uma equipe de arqueólogos na antiga cidade de Saqqara, sul da atual cidade do Cairo, no Egito. O anúncio foi feito pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do país em uma postagem compartilhada no Facebook no último domingo (06). Segundo os especialistas, os caixões contêm decoração e coloração originais e ainda estavam selados quando foram encontrados. "[Essa é uma] descoberta muito emocionante", disse Khaled Al-Anani, Ministro do Turismo e Antiguidades do Egito, em um vídeo anunciando

a descoberta. "Acho que esse é apenas o começo". Os sarcófagos foram encontrados empilhados uns em

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

MINISTÉRIO DO TURISMO E ANTIGUIDADES

BOB BEHNKEN

cima dos outros no fundo de um poço de 11 metros de profundidade na necrópole do deserto de Saqqara. A partir da primeira dinastia egípcia, há cinco mil anos, a região passou a

funcionar como cemitério da antiga capital Mên s e, por isso, é o lar de pirâmides, templos e tumbas. Durante as próximas semanas, os arqueólogos esperam não apenas descobrir pistas sobre a identidade dos donos dos s arcófagos, mas t amb ém encontrar outros caixões e artefatos daquele período. Os especialistas destacaram que a descoberta marca o maior número de caixões encontrados em uma necrópole egípcia desde outubro do ano passado, quando 30 caixões foram encontrados em Asasif, na atual Luxor, sul do Egito.

Um coração permeável com uma fachada endurecida — o local de descanso do módulo de pouso da nave Rosetta no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko está revelando mais sobre o interior do corpo em forma de “pato de borracha” em órbita em torno do Sol. Um estudo recente publicado na revista “Monthly Notices of the Royal

Astronomical Society” sugere que o interior do cometa é mais p oros o do que o mater i a l próximo à superfície. Os resultados con rmam que a radiação solar modi cou signi cativamente a superfície do cometa à medida que ele viaja pelo espaço, entre as órbitas de Júpiter e da Terra. O calor do Sol provoca uma ejeção e a

subsequente retirada do material. Localização: essa foi a chave para o instrumento de radar da espaçonave Rosetta e sua sonda Philae, projetada para sondar o núcleo do cometa. O experimento CONSERT envolveu duas antenas enviando sinais precisos uma para a outra. Mas quando a Philae desapareceu após o pouso, em novembro de 2014, os cientistas tiveram de trabalhar com valores estimados. A Philae operou por mais 63 horas na superfície. “Conseguimos de nir a região onde estava o módulo de pouso com uma margem de cerca de 150 metros. O verdadeiro local de pouso foi nessa região”, explica Wlo dek Kof man, investigador principal emérito do CONSERT.


8 BEM-ESTAR

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

Mel é realmente eficaz para tosse e resfriados, Bolinho de cacau com diz estudo Nutricionista - CRN:14100665

Alimento funciona e é menos prejudicial que o tratamento usual para infecções do trato respiratório

farinha de coco DIVULGAÇÃO

(deixar morno para dissolver bem o cacau) 15 gramas de xilitol Essência de baunilha (opcional) 1 colher de chá de fermento em pó Bater todos os ingredientes com o fue. Primeiro os ovos, depois, farinha, cacau, xilitol e o óleo de coco morno, por último o fermento em pó. Levar ao forno por 15 minutos. Essa receita rende quatro bolinhos pequenos.

REPRODUÇÃO INTERNET

Um estudo publicado pelo periódico BMJ Evidence-Based Medicine a rma que o mel, velho conhecido como remédio caseiro, realmente funciona para o tratamento de tosse e resfriados. Segundo a pesquisa, as infecções do trato respiratório superior (cavidade nasal, faringe e laringe) são o principal motivo para prescrição de antibióticos. Contudo, como a maioria dessas infecções é viral, o uso desse tipo de medicamento é ine caz. O mel serve como uma ótima alternativa para quem sofre com problemas respiratórios. "O mel é uma forma bastante conhecida para tratar os sintomas. Então, as diretrizes recomendam o uso dele principalmente para tosse aguda em cr ianças", diss e Hibatullah Abuelgasim, pesquisadora da Universidade

de Medicina de Oxford. A equipe de pesquisadores analisou diversas evidências cientí cas que compararam o efeito do mel em forma de chás, puro ou em misturas, aos efeitos dos tratamentos habituais, como antibióticos, xaropes e medicamentos sem prescrição médica. Dessa forma, foi descoberto que o mel estava a s s o c i a d o a u m a re d u ç ã o signi cativa nos sintomas, especi camente na gravidade e frequência da tosse. "Os mé dicos pres cre vem antibióticos para infecções do trato respiratório superior muitas vezes devido à falta de tratamentos alternativos. Esta pesquisa nos fornece boas evidências que apoiam e ajudam os pro ssionais a terem con ança ao sugerirem que as

pessoas usem o mel", a rma o estudo. O mel é barato e amplamente disponível. Então, vale a pena experimentar logo ao perceber os sintomas. Caso não ocorra melhora, é preciso procurar um especialista. Além do uso medicinal, o mel é um alimento que serve como ót i m o a d o ç ant e n atu r a l e também conta com ação antioxidante e prebiótica. Ele é capaz de modi car o balanço da microbiana intestinal, estimulando a atividade de micro-organismos bené cos. Por ser rico em carboidratos e açúcar, ele também é fonte de energia. Mas não esqueça que o mel é bastante calórico e rico em açúcar. Por isso, seu consumo excessivo pode causar o ganho de peso. Além disso, grandes quantidades de mel, assim como o açúcar, podem elevar os níveis de glicose no sangue rapidamente. O quanto consumir de mel por dia pode variar entre uma colher de chá, cerca de 10 gramas, a uma c o l h e r d e s o p a , aproximadamente 25 gramas.

Ioga pode reduzir sintomas da fibrilação atrial ©SHUTTERSTOCK/DIMASID

Pessoas com o distúrbio do ritmo c ard í a c o c on h e c i d o c om o brilação atrial podem aliviar seus sintomas com a ajuda de uma ioga mais lenta, é o que m o s t r a e s tu d o pre l i m i n ar apres ent ado no S o cie dade Europeia de Cardiologia (ESC 2020), que ocorreu entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro deste ano. Por caus a da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), o evento foi realizado virtualmente. Pe s qu is a d ore s d a Índ i a descobriram que, ao longo de 16 semanas de sessões de ioga, os pacientes com brilação viram seus episódios de sintomas cair pela metade. Seu bem-estar mental também aumentou. Os resultados devem ser considerados preliminares até serem publicados em um jornal com revisão por pares, mas o relatório acrescenta evidências de que a ioga pode ajudar a c o nt r o l a r o s s i nt o m a s d a brilação atrial, que incluem palpitações, tonturas e falta de ar. O teste foi realizado no HG SMS Hospital, na Índia. Ao longo de cinco anos, sua equipe recrutou 538 pacientes com brilação atrial: primeiro, cada paciente manteve o tratamento padrão por 12 semanas — continuando com a medicação ou, em alguns casos, passando por um procedimento de ablação por cateter.

Os pacientes do estudo então iniciaram um programa de ioga de 16 semanas, com aulas de 30 minutos em dias alternados. As sessões incluíram posturas mais lentas e exercícios especí cos que incentivam um padrão respiratório mais calmo. Durante esse tempo, o estudo descobriu, os pacientes sofreram menos sintomas de brilação atrial: em média, eles tiveram oito episódios de sintomas — abaixo de 15 durante o tratamento padrão sozinho. Os pacientes também deram notas mais altas à sua qualidade de vida e bem-estar mental em questionários padrão. Pessoas com brilação atrial costumam tomar medicamentos para controlar a frequência cardíaca e anticoagulantes para diminuir o risco de tromboses.

Contudo, apenas esses cuidados parecem não ser su cientes. De acordo com os pesquisadores, o estilo de vida parece ter impacto direto no controle e caz da brilação atrial. Os pesquisadores ressaltam que a prática de ioga que p a re c e m e x c e l e nt e p a r a a redução da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de melhorar o uxo sanguíneo e os marc a d ore s i n amatór i o s . S e g u nd o el e s , té c n i c as d e respiração e meditação parecem essenciais para os pacientes. Entretanto, eles destacam que a ioga não substitui a medicação, mas pode ser uma boa adição, junto com outras medidas de estilo de vida, incluindo uma dieta saudável, controle de peso e parar de fumar.

A

farinha de coco é bem parecida com a farinha d e t r i go, t anto n a coloração, quanto na própria textura, mas tem uma quantidade muito maior de bras e proteínas. E é uma das farinhas que vem sendo utilizada por quem não pode ou não quer ingerir glúten. Ingredientes 1 ovo 5 gramas de cacau 100% 5 gramas de farinha de coco 20 gramas de óleo de coco

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

O baru é rico em nutrientes Castanha do Cerrado ainda é pouco conhecida CICLOVIVO

No dia 11 de setembro, comemora-se o Dia Nacional do Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul, que se estende por pouco mais de dois milhões de quilômetros quadrados (km²) e equivale a aproximadamente 22% território nacional. Baru é uma castanha nativa do Cerrado. A oleaginosa tem propriedades antioxidantes, é rica em vitamina E, zinco, ferro, p o t á s s i o, c á l c i o, f ó s f o r o, magnésio e ácidos graxos. Além de ajudar a diminuir o colesterol e a combater doenças c a rd i ov a s c u l a re s , e s t u d o s mostram que o baru também ajuda a diminuir os riscos de Alzheimer, diabetes, obesidade e câncer. O Cerrado está presente em 11 estados brasileiros e no Distrito

Federal. Isso sem contar os enclaves no Amapá, Roraima e Amazonas. O segundo maior bioma brasileiro, que ocupa uma área total de 2.036.448 km², é conhecido como a savana com a maior diversidade do planeta. É também o mais ameaçado em território nacional. Estima-

se que mais de 50% da sua cobertura original tenha sido desmatada nos últimos anos. Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, apenas 8,21% do seu território está legalmente protegido por unidades de conservação.

(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES


SAÚDE 9

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

NÁGELA ISA CARNEIRO Hipnoterapeuta SIRQUEIRA Mentora Gestacional Cel.: (27) 99947-8786 Instagram: @nagelaisa.oficial

Sentimento x Emoção Será que você sabe distinguir entre eles? Ou acredita serem a mesma coisa?

S

abe quando você se depara com uma situação de p er igo e s eu coraç ão dispara e você sente aquele frio na barriga? É seu cérebro agindo! Sua pupila dilata, o cérebro secreta adrenalina e cortisol no organismo aumentando o ritmo e a e ciência cardíaca, o sangue é bombeado para as extremidades do seu corpo (por isso a sensação de frio na barriga!), os movimentos peristálticos do intestino cessam, você entra em estado de luta ou fuga. Isso acontece em menos de um segundo! As emoções são esse conjunto de ações coordenadas por seu cérebro, p ara garant ir sua sobrevivência ou bem-estar. Elas acontecem também quando você pensa em sua mãe, por exemplo. Ou quando lembra de algum fato ou pessoa da sua vida, quando se apaixona, quando assiste a um lme. En m, estão presentes em todos os momentos do seu dia. Podendo ser emoções positivas ou negativas, ou seja, que te afastam ou aproximam de algo.

Ocorrem a um nível abaixo do consciente, sendo automáticas e viscerais.

m e nt e apre n d e at r av é s d e vivências, repetição ou impacto emocional. Uma pessoa que FREEPIK

Elas são geradas a partir de estímulos externos ou internos e se manifestam sicamente, gerando alteração de comportamento, por isso as memórias também são capazes de trazer emoções. O sentimento vem a partir da percepção dessas emoções, sendo que nem toda emoção vira um sentimento. Isso irá acontecer conforme o aprendizado de cada um. Nossa

passa por um assalto, vai reagir e signi car aquela situação ocorrida diferente de outra p e s s o a . Tu d o d e p e n d e d o conteúdo interno de cada uma delas. O sentimento está ligado a ideias, memórias, à própria percepção de si, e acontece dentro da sua mente, ou seja, é algo invisível que só você é capaz de identi car. Quando criamos a percepção

consciente das emoções, começamos a dar nome a elas, é nossa mente julgando e justi cando a existência daquelas s e n s a ç õ e s . E , p o r i s s o, o sentimento de raiva, amor, medo ou qualquer outro não é igual para todos nós. A moralidade, tomada de decisões, distinção de justiça, a autoimagem, estão entrelaçadas e são formadas pelo sistema afetivo, a união da emoção com o sentimento. Tudo pelo que passamos em nossa vida, principalmente em nossa infância, forma o conjunto de crenças e padrões emocionais e c omp or t am e nt ai s qu e n o s direciona. A forma que aprendemos a perceber e lidar com as emoções são determinantes para isso. Nosso cérebro cria uma rede de sinapses, que interligam emoções a situações. São proteínas e caminhos neurais, a que chamamos de memórias. E todas as situações que vivenciamos quando adultos, são interpretadas pela nossa mente

conforme nosso sistema afetivo foi constituído. Nossa memória ativa as emoções e desencadeia os pensamentos e sentimentos. E xat amente p or iss o, o autoconhecimento e a transformação pessoal são tão importantes. Nosso cérebro pode aprender continuamente, e dessa forma temos a capacidade de ensiná-lo a reagir de maneira diferente diante das situações. Logicamente isso não acontece a nível consciente, porque nossas

profundo para poder ressigni car a forma que nos sentimos e como assimilamos as situações que vivemos. Caso contrário, vamos só 'empurrando com a barriga' e não resolvemos, de fato, o motivo de nossos sofrimentos. Você pode permitir que sua mente comande sua vida, ou ser você quem a comanda. Desenvolvendo a inteligência e liberdade emocional, você se torna capaz de lidar com as FREEPIK

memórias e aprendizados estão em nosso subconsciente. É preciso acessar esse conteúdo

emoções, não permitindo que elas se tornem transtornos, nem determinem sua direção.

Vacinação em massa só deve ocorrer em 2022, diz OMS REPRODUÇÃO/TV

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, alertou, nesta quarta-feira (9), que não espera que vacinas contra a covid-19 estejam disponíveis para a população em geral antes de 2022, embora os grupos de risco possam ser imunizados em meados de 2021. “Muitos pensam que no início do próximo ano haverá uma panaceia que resolverá tudo, mas não será assim: há um longo processo de avaliação, licenciamento, fabricação e distribuição”, frisou a especialista durante sessão de perguntas e respostas na internet. Soumya indicou que a OMS trata a primeira chegada de vacinas a vários países em meados do próximo ano como o cenário mais otimista, momento em que deverá ser dada prioridade aos grupos de maior risco, visto que então ainda não terão sido produzidas doses para toda a população. “É a primeira vez na história que precisamos de bilhões de doses de uma vacina”,

d i s s e a c i e nt i s t a - c h e f e d a entidade. Na seleção dos grupos prioritários para receber a vacina, a indiana apontou que “os pro ssionais de saúde devem ser os pr imeiros e, assim que chegarem mais doses, devem ser

alcançados os mais velhos, pessoas com outras doenças, para, assim, ir cobrindo cada vez mais a população, um processo que levará alguns anos". Soumya enfatizou ainda que as pessoas devem continuar re sp e it and o o s proto c ol o s

sanitários e de higiene, como o distanciamento social, a utilização de máscaras e a higienização das mãos. A declaração da cientista foi dada um dia após a farmacêutica AstraZeneca anunciar que a v a c i n a c ont r a a c ov i d - 1 9 ,

desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, teve os estudos clínicos suspensos por suspeita de reação adversa grave em um dos voluntários participantes no Reino Unido. De acordo com o jornal e New York Times, uma pessoa familiarizada com a situação disse, sob condição de anonimato, que o participante teve mielite transversa, uma síndrome in amatória que afeta a medula espinhal e costuma ser desencadeada por infecções virais. Nesta quarta, no entanto, o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, a rmou que a interrupção dos estudos não é um retrocesso e não é a primeira vez que isso acontece. Segundo ele, é um "processo normal" nesta etapa de testes.

Na última sexta-feira (4) a porta-voz da OMS, Margareth Harris, já havia dito que a Organização não espera uma ampla vacinação contra o novo coronavírus antes de meados de 2021. "Um número considerável de candidatos já entrou na fase 3 dos testes. Sabemos de pelo m e n o s s e i s a n ov e q u e j á percorreram um longo caminho em termos de pesquisa", disse. “Mas em termos de um cronograma realista, não esp eramos ver uma ampl a vacinação antes de meados do próximo ano”, acres centou Margareth. A porta-voz explicou que a fase 3 dos estudos clínicos — ou seja, a etapa de testes em massa com voluntários — leva tempo, pois os cientistas devem veri car se as vacinas são e cazes e seguras.


10 Criança hoje, Criança amanhã

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

Respeitar o brincar da criança, é fundamental — Parte I N

ã o d a m o s importância ao brincar da criança. É preciso conhecer melhor o mundo infantil, e sua função no desenvolvimento e na estruturação da personalidade que está sendo c onst r u í d a . Pare c e qu e esquecemos o que era viajar no imaginário. Como era forte a sensação de que não existia mais nada ao redor. Podia ser no quarto, na sala de casa, na sala do pediatra, no parquinho ou no recreio na escola. Podia acontecer com um colega, mas não era indispensável, podia ser sozinho. Aliás, esta era a melhor condição para o brincar de faz de conta. Sozinho. Nã o e r a p r e c i s o n e m companhia, nem brinquedos estruturados. Na ausência das miniaturas do mundo, bonecas, carrinhos, mobiliário da casa ou da escola, um lápis pode se tor nar uma p ess o a que conversa com outra pessoalápis. Ou ainda, na ausência maior, o gestual é o su ciente, e uma criança pode servir uma fatia de bolo invisível, que vem numa mãozinha cuidadosa para não cair. Alguns adultos demonstram di culdade de se deixar levar e partilhar um pouco dessa v i a g e m a o i m a g i n á r i o. A nal, o adulto já vive preocupado com o medo da crítica do outro, já tem medo do ridículo que o outro pode lhe atribuir ao ser observado em comportamentos que só têm a lógica infantil do faz de conta.

Para a criança, estas excursões ao seu mudo de

desenvolvimento avança, a criança vai adquirindo a

exacerb ado, op era uma inibição do imaginar, e da AlÔ BEBÊ

fantasia, são de fácil acesso. No entanto, já aos três anos, ela é capaz de distinguir a fantasia da realidade. Este é o momento que a criança aprende a sublinhar o que é re a l , d i z e n d o “ve rd a d e ve rd a d e i r a”. Ass i m , el a a rma, de maneira simples, mas rme, que conhece a realidade. Esta capacidade não tem sido respeitada. Mu it o f re qu e nt e m e nt e , quando se faz necessário por interesse de um adulto, a criança é desquali cada nesta capacitação. O fato de ter facilidade de acessar o imaginário, não quer dizer que a criança não tenha os recursos para fazer esta diferenciação. À medida que o

(27) 33337-2008

vergonha do seu imaginário, o medo da crítica do outro. Um pequeno faz um rabisco, quase um círculo amassado e aberto, e puxa dois riscos de tamanhos diferentes, as pernas, e diz que é uma pessoa. Se tiver uns espetos na pretendida cabeça, vai dizer que é a mãe. É o cabelo. Mas esta liberdade de expressão irá perdendo espaço. A atividade imaginária vai sendo guardada, muitas vezes, reprimida. É muito comum que ela seja associada à loucura. Isto é uma ameaça que ronda a todos. Perder o domínio sobre a mente é muito assustador, sim. Mas a atividade imaginária não é loucura. Este medo, quando

consequente criatividade. Esta inibição conduz ao apego excessivo ao concreto,

causando, por vezes, um empobrecimento da possibilidade de criar, que está em vários momentos da nossa vida adulta. A criatividade não é exclusividade das artes. A criatividade está também em todas as atividades humanas, e é responsável pela evolução das Ciências, até das Ciências Exatas, do Conhecimento de todas as ordens. O brincar é coisa séria. E é o alicerce da nossa subjetividade. Mas é visto como coisa menor, que deve preencher as horas vagas. Muitos pais têm a tendência a encher todos os horários das crianças, pensando, equivocamente, que vão fazer os lhos saírem na frente dos outros na comp et it ividade s o cia l. Outro equívoco é pensar que criança não pode car parada, que criança parada é cr i anç a do e nte. A v id a imaginária, tão essencial, é alimentada pelos momentos

parados, pelos momentos solitários, pelos momentos de sussurros ou de silêncios da criança. Inventar um objeto, um sistema, uma teoria, é um desdobramento deste brincar imaginário, livre. A capacidade de viver a liberdade é tanto maior quanto mais vivida foi a atividade imaginária na tenra infância. Para tal, não há necessidade de espaço físico, de quantidades. A criança vai solidi cando este libertar-se. A liberdade é uma construção das sucessivas experiências de conexão com o mundo imaginário subjetivo, conexão com o mundo interno sem medo. O faz de conta na infância é s a u d á v e l . Na i n f â n c i a . Respeitar esta atividade é colaborar com a boa saúde mental da criança. Deixá-la consigo mesma para que conviva, calmamente, com seu imaginário, favorece sua autocon ança. ©ISTOCKPHOTO.COM/VOLKOVSLAVA


COMPORTAMENTO 11

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

Infantilizar idoso traz impactos físicos, sociais e psicológicos Imagine-se em um encontro com o maestro João Carlos Martins e perguntando se ele vai tocar seu "pi anin ho" est a noite. Faz sentido? Que tal sugerir ao exatleta Edson Arantes do Nascimento, sim, ele mesmo, o Pelé, a brincar de "bolinha" com ele. Parece normal? Falaria para a cantora Elza Soares qu e é h or a d e l a i r p ar a a "caminha"? E que tal ignorar a presença de algum ganhador do P r ê m i o N o b e l — majoritariamente composto por idosos — e fazer perguntas sobre eles a qualquer pessoa que esteja no mesmo ambiente. Combina? Parece exagero e até piada mas, infelizmente, é o que familiares e até pro ssionais de saúde fazem com certa frequência ao tratar idosos como crianças, desconsiderando escolhas e opiniões, retirando a autonomia e os excluindo de conversas e discussões importantes. Esses são apenas alguns dos principais pontos que envolvem o que se entende como a infantilização do idoso. O termo está diretamente relacionado ao "ageismo", ou "idadismo", identi cado pelo gerontólogo Rob er t Butler (EUA), vencedor do Prêmio Pulitzer em 1976 pelo livro Why Survive: Being Old In America (Por que sobreviver: ser idoso nos EUA, em tradução livre), e que se con gura pelo preconceito contra idosos. É como se a maturidade e as respectivas capacidades cognitivas de um idoso fossem incompatíveis com as da vida adulta. Como se um idoso tivesse o mesmo nível de compreensão

de uma criança da primeira infância. A infantilização do idoso é um mal que pode fazer com que os idosos se sintam d i m i nu í d o s e t e n h a m s u a

barreira entre o idoso e o mundo, como se este estivesse regredindo de importância enquanto sujeito. Isso traz consequências drásticas na saúde física também".

como uma dança, por exemplo. Va l m a r i C r i s t i n a A r a n h a , psicóloga com especialidade em gerontologia e secretária-adjunta da Sociedade Brasileira de

idade". A experiência com o assunto deve trazer alguns questionamentos, explica Denise Diniz, coordenadora do Setor de ISTOCK

autoestima severamente afetada. "Na medida em que minimizamos sua autocon ança e sua autoestima, o idoso é levado a ter um olhar sobre si mesmo como alguém frágil e incapaz", explica Eloah Mestieri, psicanalista com experiência em bem-estar na terceira idade. Pela ótica da psicanálise, a infantilização é uma fonte de violência que gera traumas e con itos perigosos, que, destruindo a autocon ança, apressa o declínio geral do idoso. "A infantilização coloca uma

Exemplos de infantilização do idoso: expressões no diminutivo (comidinha, roupinha, caminha); falar apenas com o acompanhante ou como se o idoso não estivesse presente; não inserir os idosos em programas como shows, teatros, festas e viagens em família; não comentar e conversar sobre temas da atualidade; desconsiderar a opinião da pessoa e o histórico dela em decisões como fazer festa de aniversário, usar determinados tipos de roupa e fazer atividades

Geriatria e Gerontologia (SBGG), enfatiza que é p er feit amente p ossível s er afetuoso, empático em relação ao idoso sem descaracterizar a identidade e a personalidade da pessoa. "É preciso dissociar a ideia de que, para ser empático, você precisa ser engraçado e fofo com o idoso. Na verdade você precisa ser coerente e falar com uma linguagem que ele entenda, e isso tem relação com a capacidade cognitiva, da escolaridade, dé cit auditivo ou visual e, não, simplesmente pela

Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Quando se infantiliza o idoso, se está promovendo a autonomia ou a dependência dele? Muitas vezes a intenção de proteger o idoso pode ser um excesso de cuidado que tira a sua independência. A perda da autonomia afeta a autoestima, a autocon ança e prejudica o desenvolvimento da pessoa". O esforço de adaptação por parte do idoso em relação às mudanças

na rotina e das próprias limitações cognitivas e motoras envolve aspectos físicos, psíquicos e sociais e podem ser um gatilho para a depressão. É importante ressaltar que as pessoas reagem de forma diferente e não se deve creditar unicamente essas questões à depressão. Porém, o sentimento de impotência em poder gerir a própria vida e o bombardeio à autocon ança e à dignidade, pela au t o d e s v a l o r i z a ç ã o q u e o tratamento infantilizado veladamente promove, representa um poderoso indicador que vai minando o humor e a vontade de viver da pessoa. Essa forma de tratamento não contribui para o bem-estar do idoso, para a sua dignidade e para a sua saúde física e mental. Desencadeia estados de tristeza e melancolia que podem se encaminhar para sintomas de depressão, apressar a perda cognitiva, a senilidade e todas as doenças físicas e mentais. O resultado disso é uma maior predisposição para a debilidade senil e o Alzheimer, além de uma baixa no sistema imunológico como um todo, propiciando o surgimento de várias patologias. "Certamente um idoso frustrado, humi l hado, que s e s ente destituído de sua capacidade como sujeito tende a car mais introspectivo, isolado, mais triste e, isso sim, pode agravar quadros depressivos pré-existentes ou até o surgimento de um sentimento novo de depressão", explica a psicóloga Valmari Aranha.

Chorar faz bem e é necessário para nossa saúde mental Se rir é o melhor remédio, por outro lado, o choro é terapêutico. Ao nascermos, se não choramos, logo nos tornamos foco de preocupação. Nessa ocasião, o choro tem que ser forte, quanto mais forte melhor. Mas e quando nos tornamos adultos? Por que temos que ser sempre fortes e o choro pode ser entendido como sinal de fraqueza? Na f a s e a d u l t a , o c h o r o continua sendo essencial e está presente em todas as culturas. Choramos quando perdemos um ente querido, quando estamos angustiados, com raiva, doentes. Mas t amb ém choramos de alegria, de tanto rir e até mesmo descascando uma cebola, não é mesmo? É assim que o psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e colaborador do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Victor Bigelli de Carvalho, descreve a importância do choro. "Chorar tem a função de gerenciar o nosso estresse e fazer com que o corpo entre em homeostase, ou

seja, sua situação de equilíbrio", descreve Carvalho.

chorar, a reação de quem está perto, normalmente é tentar ISTOCK

Segundo o especialista, da mesma forma que, após uma c or r i d a , o c é re bro m a n d a mensagem para o coração baixar a frequência cardíaca e retornar os batimentos do repouso, o choro é importante para voltar ao estado mental basal. Todo ser humano precisa expressar suas emoções de alguma forma, sejam elas boas ou ruins, e o choro é exatamente isso: a manifestação dos nossos sentimentos por meio das lágrimas. Quando nós começamos a

ajudar de alguma forma. Isso explica o choro das crianças, especialmente as menores, que o fazem para conseguir atenção e mostrar que algo está errado, de acordo com a visão delas, claro. "As pessoas que têm esse tipo de comportamento de chorar e demonstrar para quem está perto que ela precisa de ajuda, são as pessoas que têm uma probabilidade maior de receber ajuda, logo, são pessoas que têm uma probabilidade maior de sobreviver se acontecer alguma

coisa", a rma Souza. A vulnerabilidade que, às vezes, o choro transmite, pode ser bené ca, pois ela indica que precisamos de ajuda e, dependendo da situação, pode até mesmo nos salvar de algo pior. Pessoas com transtornos psicológicos, por exemplo, podem ser ajudadas quando demonstram que estão vulneráveis. Já aquelas que se inibem, têm maior probabilidade de o problema aumentar, sem que ninguém perceba. Nesse contexto, vale salientar que os neurotransmissores possuem um papel essencial, sendo os responsáveis por atingir um tipo de neurônio especí co. É como se ele fosse uma espécie de mensageiro: diante de uma situação triste, há uma série de neurotransmissores que se comunicam com neurônios no cérebro e transmitem as informações para a glândula lacrimal e ela, por sua vez, produz um excesso de lágrimas. E, com isso, nós choramos,

porque o sistema de drenagem da lágrima não dá conta de absorver tudo que está sendo produzido. O mesmo acontece quando estamos muito felizes e choramos de alegria ou quando estamos depressivos. Mas, lembre-se, se as emoções não forem controladas, a glândula lacrimal continua produzindo lágrimas e nós podemos chorar por horas ou até por dias, de modo intercalado, chorando e parando. Tudo depende do que será transmitido aos nossos neurônios cerebrais.

Por m, chore quando tiver vontade, independentemente do que os outros vão pensar. Se está triste e deu vontade de chorar, chore. Dessa forma a angústia e a tristeza tendem a se diluírem com mais facilidade. Se está muito feliz e deu vontade de chorar, também chore — o momento será vivido em todo seu potencial, como uma taça de vinho em que você degusta e diferencia todos os sabores. As duas atitudes fazem bem à saúde.

PRECISÃO

Contabilidade (27) 3228-4068


12 OLHAR DE UMA LENTE

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Jovem se diz preparado para administrar a capital do ES E

completei 16 anos, o cartório da cidade alta abre às 13 horas, às 12h40 eu estava lá esperando o cartório abrir. O

pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e diz que desde sempre militou no movimento estudantil e viu que tinha condições para contribuir com alguém, além dele mesmo. “Fazer algo para minha rua, pelo meu bairro, pela minha escola, sempre me moveu e uma das ansiedades que eu

cartório abriu eu emiti meu título e corri para a sede do partido para me liar. Antes disso, eu já participava das reuniões do partido, debatia ideias no PDT, sempre tive esse prazer de falar e discutir política em larga escala. A política é uma ferramenta gigantesca de ampliar o bem”, a rma.

tinha na vida era completar dezesseis anos, emitir o meu título de eleitor e poder me liar no PDT”, descreve. Para Weverson, a política partidária está no sangue e essa paixão veio de pai para lho. “Eu já frequentava as reuniões do partido. Meu pai tem 31 anos de PDT em Vitória. No dia que

contribuir sem dúvida nenhuma”, explica. A saúde, como em qualquer lugar do território nacional, é um tema que exige b ast ante deb ate e gest ão competente para melhorar. “Sabemos que as especialidades são obrigação do Estado, mas, nesse processo, os municípios podem ajudar. Só temos que buscar meios para desafogar as las de especialidades e, isso, se faz com estudos. A capital teve um grande avanço que foi a informatização. Os moradores já conseguem marcar suas consultas pelo aplicativo, isso otimiza para que não tenha perda do horário do médico. Agora, precisamos avançar no sistema quando falamos do retorno do paciente. Às vezes, o paciente faz o exame, tem que voltar para saber dos resultados, sendo que um único contato do próprio médico informando a este paciente que os exames não constataram nada e ele não p r e c i s a v o l t a r, e n f r e n t a r l a s desnecessariamente. Só retornaria caso houvesse alguma alteração nas taxas, aí sim, para ser consultado com o médico. Ap esar do sistema s er i n for mat i z a d o, há e sp a ç o p ar a melhorá-lo”, pontua. Outro aspecto, principalmente na capital, que precisa ser urgentemente

só de política eleitoral, me re ro a todas as políticas porque tudo passa pela política”, diz.

Ele conta que entrar na política foi uma coisa natural e por in uência familiar. “Minha família é muito crítica, meu pai foi líder comunitário, presidente e vice-presidente do PDT. S e t o d o s o s j ove ns t ive s s e m a oportunidade de debater política, nós estaríamos em outro patamar, não falo

We v e r s o n a n a l i s a a i n d a a s di culdades em ser um pré-candidato em uma cidade como a capital. Muito em função de uma melhor instrução e criticidade dos habitantes. “Historicamente, a população de Vitória não pode reclamar dos seus gestores e, no entanto, os moradores são muito críticos. A população sempre teve muita consciência nas suas escolhas. A nossa educação sempre teve bons índices de avaliação, agora, o grande “X” dessa questão, é que nada está tão bom que não possa melhorar. Nós temos a Meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), que é justamente a meta em que nós precisamos equiparar o salário dos nossos pro ssionais da educação. A nossa educação não é ruim, mas temos muito a melhorar e não tem como debater o aumento da qualidade da educação de Vitória que não seja, também, com a valorização do pro ssional. Todos nós temos algo de muito valor quando falamos de professor, todos nós passamos pelas mãos deles. Outro desa o que Vitória tem, são as escolas de tempo integral. Vejo que esses são os dois grandes desa os. A educação cívico-militar, quando bem debatida e construída com a sociedade tem, sim, como

passam por Vitória é muito grande e essas pessoas passam a maior parte do tempo no ônibus ou no carro em seu translado de casa para o serviço e viceversa. Elas cam menos tempo com a família, têm menos tempo para descansar. Essas intervenções são caras e necessárias, mas que precisam da participação de todos os municípios envolvidos, dos governos estadual e federal e da iniciativa privada. Com a mobilidade urbana, podemos interligar Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica pelas hidrovias, através de um sistema aquaviário. Outro ponto é aumentar a nossa malha cicloviária. Se zermos essas ações, eu tenho toda certeza do mundo de que iremos estancar os problemas que a igem a mobilidade não só na capital, como também nos municípios que fazem divisa com Vitória”, adverte. Aproveitando a oportunidade, Weverson fez questão de frisar que “o PDT me convocou para essa missão e, eu, como bom soldado, aceitei, mas o partido tem dialogado com outras forças de Vitória que se assemelham com o nosso modo de pensar, que tenham o trabalhos e a educação como suas principais bandeiras, que são as do P D T. Po r e s s e s m o t i v o s , h á a possibilidade de apoiarmos um nome TATI BELING

PINTEREST

HAROLDO CORDEIRO FILHO

REPRODUÇÃO INTERNET

le se chama Weverson Valcker Meireles, tem 29 anos de idade, é formado em administração

analisado é a mobilidade urbana. Um tema t ão dif undido nos p aís es desenvolvidos e que traz um ganho enorme no que diz ao deslocamento e ao meio ambiente. “Na mobilidade urbana, precisamos, primeiramente, assumir o problema depois, compartilhar essa responsabilidade, nos despir de todas as nossas vaidades e encarar esse problema que não é só pertencente a Vitória, ele é de toda a Grande Vitória. Não tem como debater esse tema sem um debate com toda a região metropolitana. A quantidade de pessoas de outros municípios que

ao invés de lançar uma candidatura própria”, informa. E para nalizar, Weverson deixa um recado a todos os leitores do Fatos & N o t í c i a s . “Q u e te n h am o s fé, precisamos passar por esse momento difícil unidos, temos uma responsabilidade gigantesca nesse processo eleitoral. Precisamos ter consciência que o nosso voto tem que ser com a razão, avaliar currículo e e s c o l h e r q u e m r e a l m e nt e t e m capacidade para liderar nossa capital”, alertou o pré-candidato.


BRASIL 13

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

A semana em Brasília S e no Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

ANDRÉ BORGES/AGÊNCIA BRASÍLIA

E

Sérgio Vidigal (PDT-ES) EDITAL DE CONVOCAÇÃO CONVENÇÃO MUNICIPAL PDT SERRA/ES

Vidigal busca melhorias para pescadores da Serra A Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca ( S e a g ) g a r a nt i u a criação de um comitê para encontrar soluções e facilitar a atividade dos trabalhadores que vivem da pesca na Serra. A medida foi anunciada durante reunião, na semana passada, entre o deputado federal Sérgio Vidigal (PDTES), o secretário, Paulo Foletto, e moradores de Nova Almeida, que dependem da pesca no rio Reis Magos. “A reunião hoje na Secretaria de Agricultura foi bastante produtiva onde tivemos a garantia de que o governo estadual vai estar acompanhando de perto a situação desses trabalhadores que dependem da pesca”, disse Sérgio Vidigal. E completou: “Infelizmente, eles ainda precisam lidar com o assoreamento próximo à foz do rio. Além disso, precisam esperar a maré subir e ainda correm o risco de bater a embarcação”. JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO

O Presidente do Partido Democrático Trabalhista do Município de Serra, na forma da legislação eleitoral vigente e do Estatuto desta Agremiação Partidária, convoca os Convencionais devidamente habilitados ao exercício do voto, para comparecerem à Convenção Municipal do PDT de Serra, a ser realizada no dia 16 de Setembro de 2020, com início às 18:00, e término às 21 horas, na Chácara Flora, Rodovia ES 010, KM 4,5, Chácara Parreiral, desta cidade, para deliberação da seguinte ORDEM DO DIA:

Dário Berger (MDB-SC) Proposta torna inafiançáveis crimes relacionados a pedofilia O Senado vai analisar proposta que torna ina ançáveis os crimes relacionados à prática da pedo lia. O PL 4.406/2020, do senador Dário Berger (MDB-SC), altera o Código de Processo Penal (Lei 7.209, de 1984) impedindo o pagamento de ança nos casos de favorecimento de prostituição de menores, divulgação de imagens de estupro e crimes virtuais. De acordo com o projeto, os crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 1990) também serão ina ançáveis. Entre os crimes previstos no ECA estão fotografar, registrar, vender ou expor criança ou adolescente em cena pornográ ca; simular a participação de criança ou adolescente em cenas de sexo e aliciar criança ou adolescente para praticar ato libidinoso. Dário explicou que o crime de estupro de vulnerável praticado contra menores de 14 anos já é ina ançável, porém nos demais crimes sexuais contra menores ainda é possível pagar ança. “Qualquer crime que envolva crianças é revoltante e estarrecedor. É preciso que a legislação brasileira seja mais rígida para punir exemplarmente esses tipos de crimes porque um dos fatores para que eles continuem ocorrendo é a certeza da impunidade”, disse à Rádio Senado.

1. Escolha dos candidatos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Serra aos cargos de Prefeito(a) e Vice-Prefeito(a), nas eleições majoritárias do próximo dia 15 de novembro; 2. Escolha dos candidatos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Serra ao cargo de Vereador(a) nas eleições proporcionais do próximo dia 15 de novembro; 3. Deliberação sobre propostas de coligações majoritárias com outras agremiações partidárias; 4. Sorteio dos respectivos números para os candidatos a Vereador(a) do PDT de Serra; 5. Delegação de poderes ao respectivo órgão municipal do PDT de Serra; 6. Outros assuntos de interesse partidário e eleitoral. Serra, 08 de Setembro de 2020. Alessandro Luciane Bonzano Comper Presidente Municipal do PDT de Serra

GOOGLE

ASSESSORIA DE COMUNICAÇAO

Fred Costa (Patriotas-MG) Fabiano Contarato (Rede-ES)

Senado vota pena de prisão para quem maltratar animais

Projeto de Contarato inclui população em situação de rua no censo do IBGE A população em situação de rua será incluída no censo demográ co realizado periodicamente pela Fundação Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE). É o que determina projeto de lei (PL 4498/2020) apresentado pelo senador Fabiano Contarato. O senador considera crucial esse levantamento para acolher e atender cidadãos que, de tão marginalizados, estão fora até do radar da assistência social no Brasil. “Um censo que fecha os olhos para as pessoas nas ruas não consegue indicar ao país a realidade demográ ca sobre a qual se assenta. A invisibilidade nas estatísticas censitárias nacionais se choca com a percepção incontestável de que a quantidade de pessoas em tais condições aumenta a cada dia”, a rma Contarato. “Precisamos reverter esse cenário que retrata a inexpressiva atenção dada a milhares de pessoas desassistidas de todos os requisitos para uma existência digna. É um dos graves problemas das cidades brasileiras, que salta aos olhos da sociedade todos os dias”, reitera o senador.

Marcelo Santos (PDT-ES) Deputado cobra vistoria e manutenção de ponte em Marataízes Após tomar conhecimento sobre a situação precária da ponte que liga os bairros de Barra de Itapemirim a Pontal, no município de Marataízes, o presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa (CoinfraES), Marcelo Santos, solicitou nesta terça-feira (09) ao Departamento de Edi cações e Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), a realização de uma visita técnica conjunta no local. “Nós da CoinfraES, juntamente com o DER-ES, realizaremos a visita técnica nessa ponte. Marataízes é uma das principais cidades litorâneas do Sul do Estado e considero que seja extremamente importante que estejamos atentos quanto a infraestrutura desses municípios neste momento de retomada. A ponte em questão é utilizada para escoar a produção local, além de ser uma das principais rotas até as praias da cidade. Por isso, a vistoria e a reparação se fazem tão necessárias para não atrapalhar a economia local e garantir a segurança do cidadão”, comentou Marcelo Santos.

Os líderes partidários no Senado decidiram realizar uma sessão deliberativa na tarde de quarta-feira (9). A pauta ainda não foi divulgada o cialmente. Mas, de acordo com líder do PSL, senador Major Olímpio (SP), os parlamentares devem votar o projeto de lei que pune autores de maus-tratos contra animais. A proposta, do deputado Fred Costa, é relatada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES). “O PL 1.095/2019, que estabelece pena de reclusão contra esses malditos que praticam covardias com os animais. Nos ajude nessa mobilização”, escreveu Major Olímpio em uma rede social. O relator da proposta é o senador Fabiano Contarato (Rede-ES).


14 SER ESPORTE

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

LAÉRCIO FRAGA “LAU” fracaodesegundo@gmail.com (27) 99961-5323 Professor de Educação Física CREF — 007087-G/ES

Gêmeos da Serra sonham em vencer no futebol “Queremos jogar em um grande clube e, através do esporte, ajudar a nossa família” FRAÇÃO DE SEGUNDO

Q

uando pensamos em jogador de futebol, aliamos talento, força física e controle mental. Mas esse processo começa muito cedo por meio da formação nas categorias de base. Pensando nisso, como será que anda a formação desses futuros atletas? Este é um assunto de suma importância que buscarei, nesta matéria, iniciar uma discussão que, com certeza, se desdobrará em muitas outras que ainda estão por vir. O sonho de ser um Messi, Cristiano Ronaldo ou um Neymar faz a cabeça e os pés de muitos garotos em todos os grupos sociais, independente do meio onde estão inseridos. O Brasileirão, Champions League, Copa da UEFA, Premier League, Bundesleague, La liga e outras tantas competições de futebol pelo mundo, têm lugar cativo na programação dos canais de televisão abertos ou não, fazendo com que ess e verdadeiro show de visibilidade e ostentação se torne quase que uma obsessão para esses candidatos a futuros craques. Torneios para garotos são a grande vitrine para grandes clubes do Brasil e do mundo. Olheiros sempre a postos buscam

Campeonato Brasileiro nas diversas categorias (Sub), Taça B elo Horizonte de Futebol Júnior, Campeonato Brasileiro de As p i r a nt e s d e nt re o u t ro s , dividem a atenção dos olheiros de plantão. Só que o caminho é muito duro e cruel. Vários são os relatos das c on d i ç õ e s pre c ár i a s c om o alojamentos, FRAÇÃO DE SEGUNDO pro ssionais capacitados e falta de acompanhamento médico e psicológico que alguns clubes que se autodenominam f o r m a d o r e s apresentam. Muitas vezes essa é a realidade a qual os atletas são submetidos quando deixam as suas casas e embarcam em sonhos q u e q u a s e s e mp r e terminam em verdadeiros pesadelos. São muitas promessas, falácias e a verdade é mostrada muito antes de se adentrar nos vestiários dos milhares de campos da vida. Na maioria das vezes são meninos humildes, oriundos de famílias janeiro, mês de recesso dos sem nenhum tipo de instrução jogadores pro ssionais no Brasil, que veem naquele sonho de sempre revelou craques que logo estariam em grandes times do criança a oportunidade de futebol Brasileiro. Hoje, os ascensão econômica. Aqui no estado do Espírito campeonatos de base se S a nto existem os clubes espalham pelo Brasil: descobrir entre as milhares de pernas dançantes um futuro craque. Temos hoje eventos competitivos de norte a sul e em todos os meses do ano, realidade difícil de ser imaginada até a alguns anos atrás, já que a Copa São Paulo de Juniores era a única vitrine para muitos. Realizada há mais de 50 anos no mês de

LUAN

tradicionais que formam jogadores e que, como a maioria dos pequenos centros, não aproveitam àqueles que se destacam nas categorias de base. Basta um drible, passe, desarme ou chute diferenciado para que clubes de maior expressão venham e repatriem esses que agregariam em muito o futebol local. Infelizmente esse é o cenário do momento. Temos na Serra, precisamente no bairro São Francisco, em Jacaraípe-Serra, dois exemplos entre os milhares de “sonhadores” que se espalham pelo Estado: os irmãos gêmeos Luan Oliveira Santos e Rian Oliveira Santos (17). Como a maioria dos garotos, começaram jogando na rua em frente de casa e logo estavam mostrando habilidade no campo da As s o c i a ç ã o At l é t i c a S ã o Francisco, time de várzea que

disputa torneios amadores na região. Maiores incentivadores

Grande Vitória para que eles zessem testes, a conhecida “peneira”. Porto, Sport Capixaba, Aest... foram várias as avaliações e a obstinação buscando uma trajetória de sucesso no futebol. Os projetos são a médio e longo prazos, mas quando questionados sobre o futuro, Luan e Rian são enfáticos em a rmar: “Queremos Jogar em um grande centro do esporte e, através do futebol, ajudar a nossa família. Continuamos rmes e fortes neste propósito. Acreditamos que, com muita d e d i c a ç ã o e p e rs e ve r anç a , conseguiremos”. FRAÇÃO DE SEGUNDO

RIAN dos garotos, os pais Marcos dos Santos o “Marquinho” e Jeane Oliveira, procuraram Clubes na

Quem sabe o sonho se concretize.


ECONOMIA 15

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

LUIZ FELIPE MAGNAGO BLULM Mestre em Administração e professor na FAACZ

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Reforma Administrativa: necessária ou não? O

tema polêmico da vez no País é a Reforma Administrativa. Agora começa o lobby e a guerra para mostrar que, na verdade, não é um privilégio, mas é por prestarem um serviço essencial para a sociedade. A opinião de cada um sobre o valor que o funcionalismo público agrega para a sociedade pode variar de uma pessoa para a outra, de fato é um serviço importante para todos e deve ser valorizado, mas não pode sufocar a sociedade. Vamos aos números. Em média, um funcionário público recebe 75% a mais que um f u n c i on ár i o d a i n i c i at iv a privada. Jeito ruim de comparar os funcionários públicos com os privados, não é mesmo? Sim, muito ruim. Em média, a escolaridade dos funcionários públicos é maior, logo uma simples média não vai re etir de maneira justa essa diferença. Para resolver esse problema, o Banco Mundial comparou os trabalhadores em funções semelhantes e concluiu que, em média, no mundo os funcionários públicos ganham 21% a mais que os da iniciativa privada. No Brasil essa diferença chega a assustadores 96%. Essa diferença é conhecida como

“prêmio salarial do funcionalismo público” e, no Brasil, é o maior do mundo.

remunerações dos públicos e dos privados. Ou seja, o problema não está

em Brasília, na alta casta do judiciário, nos parlamentares federais, no ministério público,

governo, esses são membros de poderes e têm regras diferentes dos servidores comuns.

Quando analisamos os Estados a situação melhora um pouco, o prêmio cai para 36%, entretanto, ainda acima da média mundial. No âmbito municipal não se constatou disparidades entre as

na atendente do Pronto Atendimento do seu bairro, ou nos professores do ensino básico, ou no gari que limpa a nossa rua ou no agente penitenciário. O problema está

militares e por aí vai. E sabe quem essa reforma não vai atingir? Exatamente, os parlamentares, os magistrados, promotores, procuradores e militares. De acordo com o

E como a diferença cou tão grande? Ora, isso é um problema de vários governos e não de apenas um. A discrepância mostra como esses grupos possuem poder no

Brasil, negociando ano após ano reajustes acima da in ação. Entre 2003 e 2016, o salário do funcionalismo público subiu 33% acima da in ação, enquanto a iniciativa privada subiu apenas 10%. Em outras palavras, mesmo no período em que o País atravessou duas crises, o salário do funcionalismo público cresceu três vezes mais do que o salário da iniciativa privada. Entre 1986 e 2017, o salário médio mensal de quem trabalha como funcionário federal cresceu 84%, saindo de R$ 5 mil, em 1986, para R$ 9 mil. em 2017. Nesse mesmo período o do setor privado caiu de R$ 2,5 mil para R$ 2,4 mil. Ainda hoje, durante essa pandemia e aumento absurdo do desemprego, alguns desses grupos estão pressionando por reajustes salariais. O problema do funcionalismo não está no servidor que ganha três mil reais, mas, sim, nos altos salários e grandes privilégios dos que estão no topo dessa pirâmide. Por esse motivo, a Reforma Administrativa deve ter uma tramitação difícil no Congresso. Enquanto isso, para manter o privilégio de alguns, o Brasil padece.

Pandemia ameaça progressos na queda de mortalidade infantil Em todo o mundo, intervenções de saúde para crianças ou mães foram interrompidas devido à falta de recursos ou por medo de contrair a covid-19 MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS

A mortalidade das crianças menores de cinco anos chegou a um mínimo histórico em 2019, mas este avanço poderia ser afetado pela pandemia da covid19 por privá-los de cuidados médicos nos países pobres, aler tou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (9). "O número de mortes de crianças menores de cinco anos chegou a seu nível mais baixo em 2019, com 5,2 milhões contra 12,5 milhões em 1990", disseram em comunicado conjunto diversas agências da ONU, entre elas o Fundo para a Infância ( Un i c e f ) e a O r g a n i z a ç ã o Mundial da Saúde (OMS). Nos últimos 30 anos, as ações de saúde destinadas a prevenir ou tratar as causas da mortalidade

infantil, como a prematuridade, o b a i x o p e s o a o n a s c e r, a s complicações durante o parto, a pneumonia, a diarreia ou a malária, assim como a vacinação d e s e mp e n har am u m p ap el importante para salvar milhões de vidas, explicaram. A pandemia da covid-19, porém, pode colocar um freio neste avanço, alertaram as entidades: "Em todo o mundo, as intervenções de saúde para crianças ou mães foram interrompidas, devido à falta de recursos ou por medo de contrair a covid-19". Segundo um estudo realizado pela Unicef em 77 países, 68% deles enfrentaram algum tipo de interrupção em programas de vacinação ou de visitas médicas infantis. " A c omu n i d a d e mu n d i a l

evoluiu muito na eliminação das causas evitáveis de morte em

crianças para deixar que a pandemia da covid-19 detenha"

este esforço, analisou a diretora da Unicef, Henrietta Fore, citada

no comunicado. Fore a rmou que, "sem investimentos urgentes para retomar os cuidados e os serviços s a n i t á r i o s i nt e r r o mp i d o s , milhões de crianças de menos de cinco anos, e em particular os recém-nascidos, poderão morrer". "O fato de hoje haver mais crianças que fazem um ano de vida do que em qualquer outro momento da história demonstra o que é possível quando o mundo coloca a saúde e o bem-estar no centro de suas ações", declarou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Contudo, a rmou que "não devemos permitir que a pandemia coloque em risco progressos consideráveis para nossas crianças e as gerações futuras".


16 GERAL

08 A 15 DE SETEMBRO DE 2020

Como dormimos hoje pode indicar inıćio da doença de Alzheimer Segundo pesquisadores americanos, um sono profundo e restaurador pode proteger contra essa forma virulenta de demência PIKREPO

O que você faria se soubesse quanto tempo tem até a doença de Alzheimer se instalar? Não se desespere. Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) sugere que uma defesa contra essa forma virulenta de demência é o sono profundo e restaurador, e muito sono. Vale lembrar que ainda não existe tratamento atualmente contra essa doença. Os neurocientistas Matthew Walker e Joseph Winer, da UC Berkeley, encontraram uma maneira de estimar, com certo grau de precisão, um período de tempo em que o Alzheimer tem maior probabilidade de atacar durante a vida de uma pessoa. Seu estudo foi publicado na re v i s t a “Cu r re nt B i o l o g y ” (Biologia Atual). “Descobrimos que o sono que você está tendo agora é quase c omo u m a b ol a d e c r i st a l informando quando e com que rapidez a patologia de Alzheimer se desenvolverá em seu cérebro”, disse Walker, professor de psicologia e neurociência da UC Berkeley e autor sênior do artigo. “O lado bom aqui é que há algo que podemos fazer a respeito”, acrescentou. “O cérebro se lava

Walker e outros pesquisadores compararam a qualidade do sono durante a noite de 32 idosos saudáveis com o acúmulo em seus cérebros da placa tóxica da

sozinho durante o sono profundo e, portanto, pode haver a chance de voltar no tempo dormindo mais cedo durante a vida”.

PNEUS

WIX PNEUS 27

99501-7069 l 00000-0000

PNEUS - ALINHAMENTO - BALANCEAMENTO SUSPENSÃO - BORRACHARIA EM GERAL

PNEU DUNLOP SP TOURING R1

PNEU DUNLOP SP SPORT LM 704

PNEU DUNLOP SP SPORT LM 704

PNEU DUNLOP DIREZZA DZ 102

175/65 R14

195/60 R15

205/55 R16

225/45 R17

90

90

90

90

90

R$ 179,90 4 x

R$ 225,90 4 x

R$ 279,90 4 x

R$ 299,90 4 x

R$ 349,90 4 x

à vista

à vista

à vista

159, R$ 195, R$ 249, R$ 279, R$ 299, à vista

R$

PROMOÇÃO VÁLIDA ATÉ 30/10/2019 OU ENQUANTO DURAR NOSSO ESTOQUE

Av. Adalberto Simão Nader, n° 709 - Bairro República - Vitória / ES (em frente a nova entrada do aeroporto, ao lado do Hotel Quality) Não jogue este impresso em vias públicas

à vista

PNEU DUNLOP R1

175/70 R13

proteína conhecida como betaamiloide. Essa placa de peptídeos é um elemento-chave no início e progressão do Alzheimer, que destrói as vias de memória e outras funções cerebrais e atinge mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo. Suas descobertas mostram que os participantes do estudo que começaram experimentando um sono mais fragmentado e com menos movimentos rápidos dos olhos (não REM) no sono de ondas lentas tinham maior probabilidade de apresentar um aumento da placa de betaamiloide ao longo do estudo. Embora todos os participantes tenham permanecido saudáveis durante o período do estudo, a trajetória de seu crescimento de beta-amiloide se correlacionou com a qualidade do sono basal. Os pesquisadores conseguiram prever o aumento das placas de beta-amiloides, que se acredita marcar o início do Alzheimer. “Em vez de esperar que alguém desenvolva demência muitos anos depois, podemos avaliar como a qualidade do sono prevê mudanças nas placas de betaamiloides em vários pontos de t e mp o. Ao f a z e r m o s i s s o, podemos medir a rapidez com que essa proteína tóxica se acumula no cérebro ao longo do tempo, o que pode indicar o início da doença de Alzheimer”, disse Winer, principal autor do estudo e aluno de doutorado do Centro de Ciências do Sono Humano que Walker comanda na UC Berkeley. Além de preverem o tempo que provavelmente levará para o i n í c i o d o A l z h e i m e r, o s resultados reforçam a ligação entre o sono insatisfatório e a doença. Embora estudos anteriores tenham descoberto que o sono limpa o cérebro dos depósitos de beta-amiloide, essas novas descobertas identi cam o sono profundo de ondas lentas n ã o R E M c om o o a lvo d a

intervenção contra o declínio cognitivo. E embora os testes genéticos possam prever a suscetibilidade inerente ao Alzheimer e os exames de sangue of e re ç a m u m a f e r r a m e nt a diagnóstica, nenhum dos dois oferece o potencial para uma intervenção terapêutica no estilo de vida que o sono oferece, apontam os pesquisadores. “S e o s ono restaurador prof u n d o p o d e re t ard ar a doença, devemos torná-lo uma grande prioridade”, disse Winer. “E se os médicos souberem dessa conexão, podem perguntar a seus pacientes mais velhos sobre a qualidade do sono e sugerir o sono como estratégia de prevenção”. Os 32 participantes saudáveis em seus 60, 70 e 80 anos que estão inscritos no estudo do sono fazem parte do Berkeley Estudo de coorte de envelhecimento, liderado por William Jagust, professor de saúde pública da UC Berkeley e também coautor do artigo recente. O estudo do envelhecimento saudável foi lançado em 2005 com uma bolsa do Instituto Nacional de Saúde. Pa r a o e x p e r i m e nt o, c a d a participante passou uma noite de sono de oito horas no laboratório

de Walker enquanto fazia a polissonogra a. Essa bateria de testes registra ondas cerebrais, frequência cardíaca, níveis de oxigênio no sangue e outras medidas siológicas da qualidade do sono. Ao longo do estudo de vários anos, os pesquisadores acompanharam periodicamente a taxa de crescimento da proteína beta-amiloide nos cérebros dos participantes usando tomogra a por emissão de pósitrons, ou tomogra as PET. Eles então compararam os níveis de betaamiloide dos indivíduos com seus per s de sono. Os pesquisadores se concentraram na atividade cerebral presente durante o sono profundo de ondas lentas. Eles também avaliaram a e ciência do sono dos participantes do estudo, de nida como o tempo real gasto dormindo, em oposição a car deitado sem dormir na cama. Os resultados apoiaram a hipótese de que a qualidade do sono é um biomarcador e previsor de doenças no futuro. “Sabemos que há uma conexão entre a qualidade do sono das pessoas e o que está acontecendo no cérebro, em termos de doença de Alzheimer. Mas o que não foi testado antes é se o seu sono agora prevê o que vai acontecer com você anos depois”, disse Winer. “E essa é a pergunta que tínhamos”. Eles obtiveram a resposta. “Medir o sono de forma e caz nos ajuda a viajar para o futuro e estimar onde estará o acúmulo de amiloide”, disse Walker. Walker e Winer estão estudando como podem levar os participantes do estudo que estão sob alto risco de contrair Alzheimer e implement ar méto dos que possam melhorar a qualidade de seu sono. “Nossa esperança é que, se intervirmos, em três ou quatro anos o acúmulo não estará mais on d e p e ns áv am o s , p orqu e melhoramos o sono deles”, disse Winer. “Na verdade, se pudermos d o br ar a s e t a d o r i s c o d e Alzheimer para baixo, melhorando o sono, seria um avanço signi cativo e esperançoso”, concluiu Walker.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.