Jornal Fatos & Notícias Ed. 388

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ANO X - Nº 388 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 24 A 27 DE NOVEMBRO/2020 SERRA/ES

Mamba-negra, uma das serpentes mais mortais do planeta REPRODUÇÃO/YOUTUBE (OJATRO)

Distribuição Gratuita

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 Nada como uma sobremesa

deliciosa e cremosa depois da refeição. Que tal bombom de morango na travessa? Pág. 8

JORGE PACHECO

8 Todos nós brasileiros somos

resultado da mistura das raças negra e branca Pág. 5

HAROLDO CORDEIRO FILHO

8 Até quando um País miscigenado como o Brasil, tolerará as práticas racistas na sociedade? Pág. 12

Consumir mais pimenta pode aumentar seu tempo de vida, diz estudo Pág. 10

AUTORIDADE DE PARQUES E NATUREZA DE ISRAEL

Antigo templo onde Jesus realizou milagre é encontrado em Israel O santuário foi construído em cerca de 320 d.C. e conta com diversas pedras esculpidas com guras divinas Pág. 7

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

Um animal cuja picada pode matar um ser humano adulto em cerca de 20 minutos é digno de ser temido, não é? Principalmente quando incluímos nesse pacote os troféus de serpente mais venenosa da África e cobra de locomoção

terrestre mais veloz do mundo. Estamos falando da mambanegra, uma das serpentes mais perigosas que existem e objeto de inspiração para diversos mitos africanos. Essa não é uma cobra que você

Conheça o jerboa-deorelha-longa, uma mistura de vários animais

ainda que já tenha sido desenvolvido um soro antiofídico, ele di cilmente será encontrado para curar uma vítima mordida na África Meridional e Ocidental, habitat comum da espécie. Pág. 14

Pesquisadores canadenses podem ter encontrado a cura para o diabetes

Alunos criam projetos antirracistas que valorizam a cultura e a história negra DIVULGAÇÃO

FREEPIK

©MEGACURIOSO

vai querer deixar dormindo com seu lho nem permitir que lhe faça uma massagem. A mamba-negra é um animal extremamente rápido e que se torna altamente agressivo quando se sente em perigo. Seu veneno é potencialmente fatal e,

Um desses é o 'Juventude negra: movendo estruturas', criado por estudantes de Milagres, BA, que discute o genocídio da população negra e exalta a cultura afrobrasileira Pág. 4

O jerboa-de-orelha-longa opta por permanecer em vales cheios de areia povoados por arbustos baixos; ele também pode ser encontrado em áreas semiáridas Pág. 2

Fiocruz prevê vacinar 65 milhões no 1º semestre de 2021 A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aumentou a expectativa de vacinação dos brasileiros contra o coronavírus após o anúncio de ecácia divulgado pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford. Segundo a instituição, a previsão é vacinar 65 milhões de brasileiros no primeiro semestre do ano que vem e outros 65 milhões no segundo semestre de 2021 Pág. 9

Pesquisadores foram capaz de curar o diabetes em camundongos usando um novo processo baseado em células-tronco e tem esperança de que o processo também possa acontecer em humanos Pág. 9

Seis em cada 10 crianças têm dificuldades alimentares, diz pesquisa

Pág. 8


2 MEIO AMBIENTE

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

Conheça o jerboa- Última girafa-branca de-orelha-longa, viva recebe uma mistura de localizador GPS vários animais ©ISHAQBINI COMMUNITY CONSERVANCY

O jerboa-de-orelha-longa opta por permanecer em vales cheios de areia povoados por arbustos baixos; ele também pode ser encontrado em áreas semiáridas REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Se você já viu um ornitorrinco, sabe que a natureza pode conter animais para lá de esquisitos. E uma destas criaturinhas peculiares é o jerboa-deorelha-longa, que parece ter nascido da mistura de corpo de rato, orelhas de coelho, focinho de porco e patas traseiras iguais a de um canguru! Filmado pela primeira vez em 2007 durante uma expedição da Sociedade Zoológica de Londres, este animalzinho estranho e adorável é nativo dos desertos do sul da Mongólia e do noroeste da China. Com hábitos noturnos, os jerboas passam o dia dentro de tocas subterrâneas que eles mesmo cavaram, saindo à noite para se alimentar de insetos voadores. Além disso, são superpequeninos, medindo cerca de sete a nove centímetros, mas com uma cauda que possui o dobro do tamanho do corpo! Infelizmente, estas fofurinhas não vivem muito, durando cerca de dois a três

anos. Porém, durante sua vida, são exímios saltadores, podendo pular vários metros tanto vertical quanto horizontalmente, e muitas vezes se locomovendo em zigue-zague para evitar possíveis predadores. Uma vez que esses animais vivem em partes tão remotas da China e da Mongólia, é difícil para os cientistas estudá-los. Portanto, sabe-se muito pouco sobre essa espécie. Toda a informação sobre o seu comportamento social vem de dados de alguns poucos grupos e sobre espécies relacionadas. Esses animais são, principalmente, de hábitos noturnos e solitários. Assim, p ass am o d i a e m to c as subterrâneas que escavam. Existem quatro tipos diferentes: uma toca temporária, de verão e para se cobrir durante o dia; uma segunda toca temporária para a caça de noite; e duas tocas permanentes, uma para o inverno e uma para o verão. Essa espécie é insetívora e, portanto, se alimenta de

insetos voadores. A sua forma de caçar a comida é divertida, pois eles capturam as suas presas saltando rapidamente no ar. Eles obtêm a qu ant id ade de líquido de que precisam dos seus alimentos e das plantas e, dessa forma, não bebem água. O comprimento da sua cauda é de 150 milímetros aproximadamente, e o do seu corpo é de 70 a 90 milímetros. A sua cauda é coberta por pelos curtos que têm a cor semelhante ao resto do corpo, exceto a mecha nal, que é branca e preta. As partes superiores são de uma cor amarela avermelhada ou de um ruivo claro, enquanto o ventre é branco. As patas traseiras têm um comprimento de 40 a 46 milímetros, com cinco dedos: os dois laterais são mais curtos que os três centrais, enquanto os dedos do metatarso centrais estão unidos por uma pequena distância.

A única girafa-branca conhecida no mundo acaba de receber um dispositivo de rastreamento por GPS para ajudá-la a se proteger das ações de caçadores em Nairobi, no Quênia. Apesar da sua existência única e beirando à extinção da espécie, as autoridades locais a rmam que o macho solitário ainda não possui um nome. Em declaração o cial publicada na última terça-feira (17), o Ishaqbini Hirola Community Conservancy, um dos institutos de preservação da vida selvagem no país, explicou as consequência que levaram este a ser o último espécie de girafas-brancas no mundo. Em março, um grupo de caçadores abateu uma fêmea e seu lhote, consolidando o m iminente da espécie. A expressiva coloração branca dest a esp é cie de g irafas é ocasionada por uma mutação genét ic a rara chamad a de leucismo, c uja pr incip a l

c arac ter íst ic a é a fa lt a de pigmentação em partes do corpo de um animal. Por conta dessa particularidade genética, animais que normalmente são coloridos ganham um casaco de pele esbranquiçado. Essa característica, apesar de muito bela e especial, também acaba sendo muito perigosa para g r and e p ar te d o s an i m ai s selvagens. Isso porque uma girafa-branca pode ser muito mais facilmente localizada por caçadores e predadores em meio à região árida das savanas, sobretudo nas fronteiras do Quênia com a Somália. Sendo assim, o localizador GPS anexado aos chifres da criatura servem como uma medida de proteção. A cada hora, o aparelho fornece a localização exata do espécime e alerta os patrulheiros ambientais sobre quais áreas da savana precisarão serem vistoriadas no momento. Apesar da coloração da pele

das girafas-brancas ser comumente associada com o albinismo, essa não é uma a rmação verídica. Isso porque, como citado anteriormente, essa espécie sofre de leucismo, que possui características bem diferentes do albinismo. Enquanto o último é utilizado para descrever a total ausência de p i g m e nt a ç ã o n o c o r p o, o primeiro é marcado por uma falta de pigmentação parcial. Dessa forma, uma criatura com essa mutação genética pode ter partes do corpo esbranquiçadas, mas ter órgãos, como os olhos, de coloração mais escura. Além disso, portadores de leucismo podem ser expostos ao Sol sem nenhum problema, ao contrário de casos de albinismo. Essa é uma mutação que afeta outras espécies na natureza, mas é especialmente rara entre as girafas — fator que torna o último indivíduo vivo ainda mais especial.

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CULTURA 3

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

Qual foi o maior Obra inédita analisa a origem do pensamento império de todos político até a crise nas os tempos? democracias GETTY IMAGES/REPRODUÇÃO

Três Mil Anos de Política, de José Luiz Alquéres retrata, ainda, os efeitos do passado no processo de globalização DIVULGAÇÃO /EDIÇÕES DE JANEIRO

Passado, presente e futuro são linhas históricas inevitavelmente conectadas, como retrata a memorável obra Três Mil Anos de Política, de José Luiz Alquéres. Lançado no início deste mês, pela Edições de Janeiro, o livro apresenta uma importante reflexão sobre a história da política. Por meio de uma linguagem leve e acessível, o autor retrata o pensamento político, desde a sua origem, na China e na Grécia, passando pelos Romanos, a Idade Média, a Idade Moderna, até os acontecimentos mais contemporâneos, como os modelos totalitários, neoliberalistas e o fenômeno do nacionalismo. Com uma perspectiva objetiva, clara e crítica, Alquéres e x pl i c a o mov i me nto d o s pensamentos políticos, proporcionando uma leitura fluida e regada de citações e referências teóricas. O objetivo da sua obra é refletir sobre os principais erros e acertos do passado, a fim de mostrar para a sociedade as ações que não devem ser repetidas no presente e no futuro. Ao traçar um panorama dos principais eventos que i mp a c t ar am a c onst r u ç ã o histórica de diferentes nações, o autor traduz a essência de cada período. A partir de uma análise minuciosa de importantes personagens que marcaram a evolução do pensamento político, Alquéres ainda explica c om o a l g u m a s i d e ol o g i a s prevaleceram em determinados regimes. Dentre as figuras históricas citadas pelo autor, estão Santo Agostinho, Spinoza, Montaigne, Hobbes e Marx. Para o escritor, é possível estudar a história da própria humanidade, a partir do pensamento destas

FOTO: REPRODUÇÃO

O

Império Aquemênida, também conhecido como Persa, chegou a comandar cerca de 44% da população mundial e por isso foi reconhecido pelo Guinness World Records como o maior da história. Mas será que considerar apenas a porcentagem de pessoas governadas é a melhor forma para descobrirmos qual foi o trono supremo de todos os tempos? Pesquisadores dizem que não, e vamos explicar o motivo.

Tempo e crescimento populacional Especialistas afirmam que utilizar apenas a parcela de indivíduos comandados não é a forma mais justa para medir a extensão imperial, pois este número é extremamente variável. Por exemplo, quando Aquemênida estava em seu ápice, havia apenas 112,4 milhões de pessoas no mundo. Contudo, em 1901, os britânicos governaram

apenas um quarto da população global, porém esta porcentagem já era composta por 1,6 bilhão de pessoas. Então, quem realmente foi o maior? Em vez de analisarmos a questão com base nesse indicador, estudiosos defendem que a métrica mais adequada é a influência e a estabilidade de longo prazo. Em entrevista, Martin Bommas, egiptólogo e diretor do Museu de História da Universidade Macquarie, na Austrália, explica que o poder de um Estado deve ser classificado com base no período de paz e prosperidade que conquistou enquanto governava. Levando isso em conta, quais seriam os melhores candidatos?

Seria a Inglaterra a verdadeira detentora do título? A monarquia do Reino Unido p o de ser considerada uma candidata bastante forte nesta disputa, já que dominava não

somente terras, como os mares. No entanto, Bommas relembra que o fim do Império Britânico foi confirmado pelo Príncipe Charles em 1997, quando o Reino Unido devolveu Hong Kong à China. Então, com duração de 400 anos, ele não pode ser compreendido como maior de todos os tempos.

E o grande vencedor é… O Império Otomano é outro forte concorrente nessa disputa, uma vez que dominou territórios por pelo menos 600 anos. Porém, se considerarmos que o Império Romano persistiu quando se dividiu em dois, então ele teria governado grande parte da população mundial por mais de 1.500 anos, o que, pela classificação do egiptólogo, o tornaria o maior de todos os tempos e o grande detentor do título de “o maior de todos”. Vo c ê c o n c o r d a c o m o vencedor?

(MEGACURIOSO)

Disney vai exibir série animada de Miguel Falabella escrever um livro sobre o poder da educação e de atitudes que podem fazer a diferença. E assim surgiu a ideia dos óculos mágicos que fariam com que as pessoas vissem como o mundo poderia ser, motivando as pessoas a transformarem isso em realidade. O livro ilustrado foi publicado em 2016, mas a ideia acabou florescendo até virar série animada, que surgiu em 2018 em um canal independente do YouTube, o Canal da Charlotte, que tem vários vídeos publicados — mas parou de ser atualizado há três meses, provavelmente pela mudança na mídia de exibição. Suppa, Falabella e o diretor Filipe Fratino criaram um novo estúdio de animação para tocar o projeto, c h a m a d o d e O Mu n d o d e Charlotte.

adolescência, ela apareceu no atelier da mãe para questioná-la sobre os problemas sociais do mundo. As perguntas da filha não eram nada simples e terminavam com mais q u e s t i o n a m e nt o s . E c o m o deixam isso acontecer? A conversa avançou noite a d e nt ro e c ombi n ar am d e

Confira abaixo um trecho de Três Mil Anos de Política (2020) “Para os Gregos, os inventores da democracia, idiota era aquele cidadão que não se importava com a política, como a discussão das coisas comuns, preferindo ocupar-se apenas dos seus interesses particulares. Entendia-se como um dever do

cidadão participar da administração pública, manifestando sua opinião sobre os destinos da comunidade. Agir de forma indiferente à coisa pública era um egoísmo, um ato estúpido, próprio a um idiota. Platão, nessa mesma linha, registrou que quem não gosta de política será governado por quem gosta. Essa verdade vem sendo repetida de variadas formas. Eis a grande vingança aos alienados. Assim, seja apreciando o tema como um dever cívico, seja como uma forma de se proteger dos exageros dos donos do poder — e não viver como mero integrante de um gado conhecer, refletir, discutir e participar da política é fonte de inúmeros proveitos”. LUCIANO DANIEL

Foto Antiga do ES EMANUEL NUNES/ESTADO ESPÍRITO SANTO (BR), MEMÓRIA/FACEBOOK

amigos de cidem promover mudanças em suas vidas. A inspiração da série nasceu de uma noite de insônia da filha de Suppa. Durante o começo da

DIVULGAÇÃO/O MUNDO DE CHARLOTTE/PIPOCA MODERNA

O ator e roteirista Miguel Falabella emplacou sua primeira série animada na Disney. Em parceria com a ilustradora Vivian Suppa, ele é um dos autores de "Os Óculos Mágicos de Charlotte", que vai estrear no canal pago Disney Júnior em 14 de dezembro. Com 22 episódios, a atração irá ao ar diariamente, sempre às 17h15. Escrita por Falabella e desenhada por Suppa, que tem mais de 160 livros ilustrados e já ganhou dois prêmios Jabuti, a atração gira em torno de uma menina de sete anos que recebe de presente óculos mágicos que mostram o mundo como ele deveria ser. Apesar de úteis, eles têm um defeito: apenas mostram o ideal, não resolvem os problemas. Mas a partir desta visão, a protagonista Charlotte e seus

personalidades do passado. A análise de Alquéres conduz o leitor a discussões atuais, como a crise da democracia e os efeitos da globalização. Por fim, o autor apre s e nt a o s d e s af i o s e a necessidade política em garantir m a i o r i n c l u s ã o e representatividade de determinados grupos sociais.

Igreja de São Sebastião na antiga Vila de Itaúnas. Década de 60, hoje, soterrada pelas areias das dunas


4 EDUCAÇÃO

17 A 20 DE NOVEMBRO DE 2020

Cinco projetos antirracistas de alunos que valorizam a cultura e a história negra Um desses é o 'Juventude negra: movendo estruturas', criado por estudantes de Milagres, BA, que discute o genocídio da população negra e exalta a cultura afro-brasileira DIVULGAÇÃO

Em 20 de novembro celebra-se o Dia Nacional da Consciência Negra. Marcada pela morte de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistênci a neg ra cont ra a escravidão, a data ressalta a importância da luta contra a discriminação racial e da re exão sobre os lugares ocupados pelas pessoas negras na sociedade. Diante da relevância desse dia, conheça cinco projetos transformadores do programa C r i at i v o s d a E s c o l a , d o Inst ituto Alana, em que estudantes do ensino fundamental e médio promoveram não só a valorização da cultura negra, mas formas de combate ao racismo. Um desses projetos foi protagonizado por um grupo de alunos do 2° e 3° ano do ensino mé dio d a E s col a Municipal Dona Antônia Lindalva de Morais, município de Milagres, BA, que ao re etirem sobre o aumento da violência contra a população negra no Brasil, criou a iniciativa Juventude negra: movendo estruturas. A

Brasil. Eles re etiram sobre a condição dos negros no país e, int r igados com o assunto, iniciaram uma pesquisa mais aprofundada das bibliogra as que abordam sobre a população afro-brasileira. Depois das leituras, os alunos aplicaram um questionário para compreenderem a diversidade étnica na escola e também para conhecerem quem eram os DIVULGAÇÃO e s tu d ant e s n e g ro s d a instituição. A partir disso, passaram a desenvolver uma série de ações que abordavam a cultura, a história e a realidade negra do Brasil. Entre elas, teve o seminário Vidas Negras Importam!, a o cina de direitos humanos com o tema Todos os mortos eram bandidos: genocídio ou extermínio do povo negro no Brasil?; e, por m, o café losó co Somos muitos, somos milhões, somos aqueles silenciados: o que é cidadania negra no Brasil?. A iniciativa ajudou os o jovem e a mulher negra no alunos af ro des cendentes a

registram o dia a dia de mulheres negras, por meio de processos artísticos audiovisuais. Iniciativa teve início após uma série de debates sobre racismo estrutural e as desigualdades de gênero na escola.

iniciat iva re ceb eu menção honrosa na quinta edição do Desa o Criativos da Escola, organizado p elo programa Criativos da Escola. O projeto teve início durante as au l a s d e f o r m a ç ã o p a r a a cidadania, quando os adolescentes foram incentivados a debaterem sobre o crescimento do racismo e da violência contra

assumirem suas identidades, reconhecendo-se e admirandose. A instituição de ensino, t a m b é m , p a s s o u a i n c lu i r conteúdos sobre a história da cultura afro-brasileira e africana nas aulas de todas as disciplinas da escola, conforme determina a Lei Federal 10.639/2003.

Conheça mais quatro iniciativas A l é m d e s s a i n i c i at i v a , o Criativos da Escola lista mais quatro casos protagonizados por crianças e adolescentes que abordam a valorização da cultura

negra e que também foram destaques nas premiações do Desa o Criativos da Escola. A Comunidade Quilombola de Opalma em Pauta: alunos do município de Cachoeira, BA, se incomodam com a falta de notícias voltadas à realidade dos estudantes de Quilombo de Opalma e criam uma ferramenta on-line para compartilhar com a população acontecimentos que acontecem na região em que vivem. Potere: O lugar da mulher negra no Colégio Pedro II: estudantes da cidade do Rio de Janeiro, RJ,

Afroativos: solte o cabelo, prenda o preconceito: alunos da cidade de Porto Alegre, RS, ao perceberem o desconforto de crianças negras com o seu cabelo, passam a re etir sobre a intolerância, o preconceito e o racismo das pessoas. Para mudar este cenário, eles decidem promover o cinas, formações e palestras sobre educação antirracista. Mais Amor Menos Guerra: estudantes de São Bernardo do Campo, SP, realizam atividades de contação de histórias em creches e o cinas de criação de bonecas negras Abayomi para abordar a diversidade racial e a imp or t ânci a do resp eito. Iniciativa tem como objetivo combater a violência e propagar o amor no território em que vivem.

Mais de 20% das crianças estão matriculadas em escolas sem saneamento Dados são do Observatório do Marco Legal da Primeira Infância FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

No Brasil, 28% das crianças de quatro e cinco anos matriculadas na pré-escola estudam em estabelecimentos sem todos os itens de saneamento básico, ou seja, não têm acesso a pelo menos um desses serviços: água ltrada, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Nas creches, 21% das crianças até três anos de idade não têm acesso ao serviço b á s i c o. O s d a d o s s ã o d o Observatório do Marco Legal da

Primeira Infância (Observa). A creche onde Lídia Rangel é diretora, em Mesquita, no

estado do Rio de Janeiro, é uma delas. “É muito difícil. Aqui na instituição, nós camos uma base de cinco dias sem água. Ontem que chegou a água para fazer alimentação, para poder dar banho, fazer a higiene pessoal”, disse. “As educadoras tiveram que trazer de casa a água. Eu precisei trazer o almo ço já pronto para as crianças e nós tivemos que avisar aos pais que elas iam para casa sem banho”, contou.

Há duas semanas, as aulas presenciais foram retomadas na creche a pedido das famílias.

Ap e nas o s e stu d ante s e m situação mais vulnerável estão sendo atendidos e o número de professoras também está reduzido, por conta da pandemia do novo coronavírus. “Estamos aqui para ajudar as crianças, elas vêm para serem alimentadas. Se eu mandar voltar por falta d'água, eu estou quebrando o serviço e a criança c a prejudic ad a”, contou, ressaltando que os serviços de saneamento faltam não apenas na escola, mas em toda a comunidade e muitas vezes nas casas dos próprios alunos. A falta de saneamento básico impacta diretamente a saúde e a qualidade de vida, que, pelo Marc o L e g a l d a Pr i m e i r a Infância, Lei 13.257/2016, devem ser garantidas às crianças. Sem saneamento, tanto as crianças quanto o restante da população cam mais expostas a doenças como hepatite A, verminoses, dengue

e outras arboviroses e à própria covid-19, uma vez que uma das recomendações para evitar o contágio é lavar as mãos com frequência. Se a falta de saúde, educação, saneamento básico e outros serviços tem consequências na vida de qualquer pessoa, na

primeira infância, etapa que vai até os seis anos de idade, ela pode ser ainda mais grave, de acordo com a coordenadora técnica da plataforma Observa, Diana Barbosa. “A gente está falando de uma etapa do desenvolvimento que abre uma série de

possibilidades. É como se fosse uma janela de desenvolvimento para essa criança, em que ela tendo acesso aos estímulos adequados, tendo as condições econômicas adequadas, ela pode ter um avanço signi cativo no s e u d e s e nvolv i me nto”, explicou.


POLÍTICA 5

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

Jorge

Analista Político

Pacheco

Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

À cor da pele REPRODUÇÃO INTERNET

É

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo

Alberto Silveira Freitas, um NEGRO de 40 anos, foram presos em agrante. São seguranças do supermercado CARREFOUR e, pior ainda, um deles é um policial militar. A s elvager i a a que to dos nós assistimos evidencia o óbvio: o racismo estrutural no Brasil — vale dizer: que está nas entranhas da nossa formação, como herança da escravidão — nada tem ou teve de cordial. Ainda que a cordialidade racista não honrasse a sociedade brasileira, ela seria uma forma de tentar minimizar o vício com os instrumentos da hipocrisia. Mas nem hipócritas temos sido como sociedade. Olhem para as vítimas de homicídio. Olhem para as cadeias. Olhem para as moradias precárias. A maioria ali tem a pele preta. A maioria ali é herdeira da escravidão. E aí é preciso lembrar do Joaquim

REPRODUÇÃO INTERNET

AJUFE

escravocrata, mas optou pela luta em favor dos escravos. Nabuco diz sentir "saudade do escravo" pela generosidade deles, num contraponto ao egoísmo do senhor. "A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil. Ela espalhou por nossas vastas solidões uma grande suavidade; seu contato foi a primeira forma que recebeu a natureza virgem do País, e foi a que ele guardou; ela povoou-o como se fosse uma religião natural e viva, com os seus mitos, suas l e ge n d a s , s e u s e n c ant am e nt o s ; insu ou-lhe sua alma infantil, suas tristezas sem pesar, suas natureza virgem do País. A delegada responsável pela investigação do homicídio de João Alberto Silveira Freitas, a rmou que não se trata de racismo. Doutora, se trata de quê então? Simples, acontece que a Dra. Roberta B er toldo, da 2ª D elegacia de

Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, porém, não deu qualquer outra explicação de por que o caso não se enquadraria como racismo. O inquérito ainda apura a motivação das agressões (...) são as vielas e desvios das leis brasileiras. Infelizmente. Por mim, em casos como este, os culpados nem tinham que ser julgados, mas serem trancados em cadeias superseguras, sem direito a nada, perpetuamente. Ainda sem conseguir uma explicação

“Se eu sou mesmo afrodescendente, eu quero saber as histórias da África, porque mesmo que não apareça a moral, como nas fábulas, elas têm uma moral escondida que você aprende”, d i ss e o e stu d ante, d e st a c an d o, p r o v a v e l m e n t e s e m s a b e r, a importância do cumprimento da lei 11.645/2008, que inclui no currículo o cial da rede de ensino história e cultura afro-brasileira e indígena.

REPRODUÇÃO INTERNET

d i f í c i l d e a c re d it ar, m a s aconteceu. Aliás, é um acontecimento corriqueiro em todas as partes do mundo mas, predominantemente, nos EEUU e, agora, no Brasil. E no Brasil, País que tem muitas leis duras, mas sem força su ciente para enjaular quem as transgridem. E uma lei especial, forte, a Lei Áurea, homologada pela Princesa Isabel no dia 13 de maio de 1888, portanto, há 132 anos, é o maior exemplo do que estou a rmando. Naquela época foi uma festa. Abolição da escravatura! Aqueles home ns e mu l he re s ne g ro s ( as ) comemoraram, dançando, gritando, correndo, anunciando para todos os cantos: “Estamos LIVRES! Mas, no momento seguinte, a realidade se apresentou diferente. Os donos daquele povo escravo reagiram e o que se presenciou foi um rio de matanças. Lamentavelmente, passados 132 anos da Abolição da Escravatura, a raça negra, que é maioria no Brasil, continua amargurando uma perseguição tremenda por parte dos “brancos” em todos os sentidos. A cor da pele é motivo de perseguição, ou seja, os negros e negras sofrem com a selvageria racial, existente em quase todos os países do mundo, mas, em especial neste País que tem uma população miscigenada com predominância dos nossos ancestrais negros. Sim, nós, brasileiros, temos em nossas veias a predominância do

para tamanha crueldade me deparo com uma manifestação de um menino de 10 anos sobre a melhor forma de acabar com o racismo. Aluno da rede pública de São Paulo, 5º ano do ensino fundamental Gustavo Gomes da Silva foi entrevistado pela TVT para falar de um projeto que promove leitura de obras africanas e afro-brasileiras nas escolas do município.

Moral da história por Gustavo Gomes da Silva: “Tudo nesse mundo cria um debate, tem sempre alguém que vai ser racista, que vai ter uma opinião diferente, por isso que eu gosto de aprender alguma coisa, não para você debater com a pessoa, mas você MOSTRAR PRA ELA COMO QUE É VOCÊ SER NEGRO”. REPRODUÇÃO INTERNET

sangue negro. TOD OS NÓS BRASILEIROS SOMOS RESULTADO DA MISTURA DAS RAÇAS NEGRA E BRANCA. Todos os dias camos sabendo de ataques de brancos contra negros. Ainda agora estamos diante de uma covarde agressão lá no Rio Grande do Sul. Onde um homem negro foi espancado até a morte por dois homens brancos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite de quinta-feira (19), justamente na véspera do “Dia da Consciência Negra”, em uma unidade do supermercado Carrefour. Os marginais acusados pela morte de João

Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, que foi um político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista brasileiro formado pela Faculdade de Direito do Recife e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Na data de seu nascimento, 19 de agosto, comemora-se o Dia Nacional do Historiador. Ele foi um dos grandes diplomatas do Império do Brasil (1822-1889), além de orador, poeta e memorialista. Além de O Abolicionismo, Minha Formação gurar como uma importante obra de memórias, onde se percebe o paradoxo de quem foi educado por uma família


6 TECNOLOGIA

17 A 20 DE NOVEMBRO DE 2020

Cidade japonesa usa lobos robóticos para afastar ataques de ursos REUTERS

Porsche exibe designs de carros elétricos que nunca foram lançados No livro 'Porsche Unseen', a montadora mostra algumas das ideias que desenvolveu nos últimos anos, mas que acabaram não avançando ©PORSCHE/DIVULGAÇÃO

A cidade de Takikawa, que ca na ilha de Hokkaido, no Japão, começou a encarar um problema de segurança em 2020: ursos selvagens foram avistados nas proximidades das casas, o que poderia resultar em ataques e invasões. Os animais estariam em busca de comida antes do período de hibernação, que começa a partir de novembro, e isso pode fazer com que alguns deles saiam do perímetro de vegetação e ataquem o que estiver pela frente. A expansão urbana e a redução na área verde da região podem ser fatores que

animal, porém em uma versão tecnológica. A prefeitura instalou robôs em forma de lobo que atuam praticamente como espantalhos, porém em uma versão bem mais assustadora. Os robôs na verdade são animatrônicos revestidos com uma pele que lembra a de um animal. Ao detectar movimentos, o equipamento começa a balançar a “cabeça” repetidamente e emite até 60 sons diferentes que lembram rugidos de uma fera, além de utilizar um esquema de luzes posicionado na cauda para

PRECISÃO

Contabilidade (27) 3228-4068 explicam esses casos. A solução encontrada pelas autoridades locais foi tentar assustar os ursos com outro

chamar atenção. Os ol hos vermelhos da criatura também são especialmente pensados para assustar.

Essa criação não é original: plantações usam essas versões mecânicas de monstros ao menos desde 2016, com mais de 70 unidades comercializadas para fazendeiros e autoridades em todo o Japão. Elas simulam um acontecimento bastante real do passado — espécies de lobo realmente vagavam pela região séculos atrás, até serem extintas. Ao todo, duas unidades do “ M o n s t e r Wo l f ” f o r a m posicionados nas fronteiras da cidade em uma altura considerável, presos por uma haste. E l e s nã o s ã o rob ô s gigantes, mas também não são nada baratos: custam o equivalente a R$ 21,8 mil cada e rodam a partir de energia solar. A empresa responsável pelas vendas é a Ohta Seiki. De acordo com o jornal e Guardian, dois ataques ocorridos neste ano foram fatais e a quantidade de agras de ursos na região tem sido a maior nos últimos cinco anos, o que levou o governo a tomar essa e outras medidas de precaução. De setembro até novembro, durante o período de funcionamento do novo sistema de segurança, nenhuma ocorrência foi registrada.

É a "volta dos que não foram". A Porsche publicou pela primeira vez alguns estudos de designs feitos entre 2005 e 2019, mas que nunca tinham visto a luz do dia. São diversos modelos, dos mais "básicos" (em se tratando da montadora, claro) até sup eresp or tivos de última geração — e entre eles, dois elétricos que chamam a atenção. Um d el e s é o Pors che R enndienst, uma minivan elétrica criada em 2018. De acordo com a empresa, a equipe de design projetou um "ônibus espacial" futurista com espaço para até seis pessoas. O motorista, inclusive, caria no centro do banco dianteiro, e o

motor elétrico localizado na parte inferior da carroceria daria amplo espaço interno. O outro modelo elétrico, o Porsche Vision E (2019), foi pensado para correr nos grandes prêmios da Fórmula E. Baseado no Porsche 99X Electric, a equipe de design desenvolveu um carro de corrida monoposto extremamente leve, que também poderia ser vendido para pilotos privados. Todos os modelos, com seus respectivos estudos de design apresentados em detalhes, e s t ar ã o n o l iv ro " Pors ch e Unseen". A publicação tem 328 páginas com fotos de Stefan Bogner e texto de Jan Karl

Baedeker, e será vendida nas redes varejistas e na loja do Museu Porsche em Stuttgart, na Alemanha — que tamb ém receberá alguns dos protótipos produzidos. "Pessoas em todo o mundo adoram o design atemporal e inovador de nossos carros esp or t ivos", a r ma Oliver Blume, Presidente do Conselho Executivo da Porsche AG. "Os estudos de conceito visionários são a base deste sucesso: eles fornecem o conjunto de ideias para o design Porsche do futuro, e combinam nossa forte tradição com tecnologias pioneiras", completa.

Huawei se mantém no 2º lugar em celulares mesmo em guerra EUA ©HUAWEI

O mercado global de celulares caiu 5,7% na comparação entre os terceiros trimestres de 2019 e 2020. A análise foi divulgada pela Gartner, que estimou o total de remessas de aparelhos no período em 366 milhões de unidades. O ranking das fabricantes é liderado pela Samsung, seguida pela Huawei, que conseguiu se manter na segunda colocação apesar da guerra comercial com os Estados Unidos e o avanço das rivais Xiaomi e Apple.

O terceiro trimestre de 2020 já mostrou indícios de recuperação em comparação com o período anterior — que registrou uma queda de 20% em comparação com 2019. Somado com os telefones básicos (não smart), a queda foi de 8,7% entre 2020 e 2019, com 401 milhões de celulares vendidos, mostrando como o impacto da covid-19 foi maior entre os aparelhos menos avançados. A fabricante sul-coreana

deteve 22% do mercado de smartphones entre julho e setembro, com 80,8 milhões de unidades vendidas. O total representa um aumento discreto no volume de vendas, de 2,2%, na comparação com o mesmo período de 2019. Na direção contrária, a Huawei caiu 21,3% na quantidade de aparelhos enviados, revertendo o crescimento constante dos últimos anos. A diferença de mercado para a Samsung, que chegou a menos de quatro pontos percentuais, ampliou para quase oito pontos. A queda da chinesa parece ter b ene ciado diret amente a conterrânea Xiaomi, que cresceu impressionantes 34,9% entre 2019 e 2020. A marca tinha praticamente metade da participação de mercado da rival Huawei em 2019 e agora está a dois pontos percentuais de distância.


CIÊNCIA 7

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

Antigo templo onde Alemanha criou supercães Jesus realizou milagre de caça entre as guerras é encontrado em Israel mundiais ©ODDITY CENTRAL/REPRODUÇÃO

O santuário foi construído em cerca de 320 d.C. e conta com diversas pedras esculpidas com figuras divinas AUTORIDADE DE PARQUES E NATUREZA DE ISRAEL

©

Terrier-alemão-de-caça

Uma equipe de arqueólogos acredita ter encontrado o local de uma das mais importantes passagens bíblicas com atuações milagrosas de Jesus Cristo; um te mpl o foi e s c av a d o p e l a Universidade de Haifa em Banias, em Israel, e é relacionado ao episódio da cura de uma mulher que sangrava há 12 anos, como relata o e New York Post.

De acordo com a obra, a mulher apenas tocou no manto de Jesus e o sangramento foi instantaneamente inter rompido. O lo c a l do ocorrido é atribuído a um templo, no topo de um santuário grego, datado de, pelo menos, 320 d.C. — mas não era criada para Cristo, sendo um lugar de louvor a Pan antes do cristianismo.

Um dos pontos que embasam a teoria do culto a Pan no local foi o e nc ont ro d e p e d r as esculpidas com guras relacionadas, como cruzes trabalhadas nos ladrilhos e em divindades. A professora Adi Erlich liderou a escavação e acrescentou, em entrevista ao e Times of Israel, que esta pode ser a mais antiga igreja do país.

Durante a tensão estabelecida entre as duas grandes guerras, cinologistas alemães, inspirados pelo instinto nacionalista de “superioridade”, desenvolveram uma super-raça de cão especializada na caça e no combate, a m de prevalecer em meio ao domínio estrangeiro. C o n h e c i d o c o m o t e r r i e ralemão-de-caça, ou Jagdterrier, o cachorro surgiu como uma let a l máquina de b at a l ha, mesmo sendo considerado um animal de pequeno porte. Criado em meados do século XIX, o Jagd foi uma evolução do doméstico Fox Terrier, que na época era considerado um cão unic amente de exp osiç ão. Idealizado pelos cientistas Walter Zangenberg, Carl Erick Grunewald e Rudolph Friess, o animal ainda é um mistério para os estudiosos, que buscam identi car suas origens e os genes que serviram como base para seu desenvolvimento. Segundo historiadores, a

espécie foi o resultado de cruzamentos entre linhagens de Old English Terrier e Fox Terrier, na tentativa de alcançar um animal com níveis de excelência em todos os tipos de caça. Enquanto isso, outros pesquisadores acreditam que também havia a presença de sangue do Pinscher e do Teckel, o que justi caria um comportamento hostil contra seres próximos. Este violento cãozinho chegou a se destacar, na época, pelas incríveis qualidades físicas, capazes de torná-lo tão imponente quanto suas presas, além de contar com o olfato apurado para identi car rastros e pistas, a impressionante resistência à dor e a ferimentos, e a determinação, algo que o colocou como um dos mais agressivos e valentes entre os canídeos. Após o m da Segunda Guerra Mundial, poucos Jagdterriers restaram no território alemão,

com apenas 32 sendo encontrados em todo o país. Felizmente, a raça conseguiu se reerguer rapidamente, sendo considerada sicamente superior durante a exposição World Dog Show de 1965 em Brno, República Tcheca, quando concorreu, em diversas competições, contra inúmeros outros cães. Com o tempo e o m das atividades voltadas especi camente para a caça, foi possível domesticar os terriersalemães, apesar de ainda haver alguns sobreavisos em relação à sua educação. Mesmo sendo disciplinados e extremamente é i s a o s d on o s , s e g u i n d o estritamente cada ordem dada, especialistas reforçam seu passado como animais perigosos, algo que pode vir a ter impacto direto em sua forma de s e re l a c i o n a r c o m o u t ro s animais.

Golias era mesmo gigante? Estudo sugere que característica seria Templo hindu de 1300 anos metafórica é descoberto no Paquistão Se for para seguir as descrições bíblicas literalmente, o guerreiro mediria 2,38 metros, porém pesquisadores descobriram que existiam mais elementos para analisar nessa história

O templo encontrado na cidade de Suat servia como local de adoração ao deus Vishnu e foi construído durante o período Shahi

DIVULGAÇÃO/PIXABAY

altura de Golias, provavelmente Ilustração representando luta entre Golias e Davi para indicar que ele era tão grande e forte quanto as paredes de sua cidade”, explicou o arqueólogo Jeffrey Chadwick, que esteve envolvido no estudo, segundo divulgado pela Science News. As ruínas de Gate, cidade onde Golias vivia, estão localizadas em Tel Sa , em Israel, e teria alcançado seu auge na Idade do Ferro, justamente o período Um a p e s qu i s a re c e nte e m mínimo interessante. onde aparecem as menções ao cidades onde teriam se passado “O escritor antigo usou uma gigante guerreiro. Apesar das histórias bíblicas investigou a métrica arquitetônica real evidências encontradas, os terra natal de Golias, especialistas ainda o gigante que o rei DIVULGAÇÃO/ERIC WELCH acreditam que mais Davi derrotou em análises precisam ser batalha usando sua feitas a respeito do perspicácia. O que os assunto, a m de que seja pesquisadores uma conclusão concreta, descobriram foi que o e não apenas uma “ideia guerreiro teria sido i n t r i g a n t e ”. O u t r a descrito no Antigo sugestão de Chadwick, Testamento como tão por exemplo, é que a alto quanto as suposta altura de Golias Pesquisador mostrando medição de largura muralhas de sua era uma expressão da muralha de Gate cidade eram largas — comum da época para 2,38 metros — referir-s e a alguém gerando uma conclusão no daquela época para descrever a “grande e forte”. FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

BOB BEHNKEN

FLICKR

Um antigo templo hindu foi descoberto recentemente por pesquisadores paquistaneses e italianos na cidade de Suat, no Paquistão. Os arqueólogos acreditam se tratar de uma construção de cerca de 1.300 anos, data que remonta ao período hindu de Shahi, dinastia que governou o atual Paquistão e o noroeste da Índia. O Dr. Luka, líder da pesquisa

arqueológica italiana, disse que este é o primeiro templo da civilização Ghandhara encontrado no local. A descoberta foi anunciada na quinta-feira (19) por Fazle Khaliq, pesquisador do Departamento de Arqueologia da província de Khyber Pakhtunkhwa. Ele ainda a rmou que o templo encontrado era local de adoração ao deus

Vishnu. No entanto, o templo não foi a única grande descoberta realizada. Nos arredores da construção, os especialistas e n c o nt r a r a m v e s t í g i o s d e acantonamentos e torres de vigia, além de um tanque de água, que eles acreditam terem sido utilizados pelos hindus para se banharem antes dos cultos ao deus.


8 BEM-ESTAR

17 A 20 DE NOVEMBRO DE 2020

GABRIELA MESSNER ARESI Chás para desinchar: OLIVEIRA teoria faz sentido, mas Bombom de morango na prática nada é na travessa milagroso Nutricionista - CRN:14100665

GUIA DA COZINHA

©ISTOCK

De uns tempos para cá, esse tipo de produto virou gurinha carimbada nas redes sociais de blogueiras, lojas de produtos naturais e até mesmo nos supermercados. E a promessa é tentadora: basta tomar a mistura de ervas para car com a silhueta mais na. De acordo com especialistas, é preciso cautela antes de acreditar cegamente nas promessas da bebida. "Muitas plantas podem de fato ajudar a desinchar, pois têm ação diurética", a rma a nutricionista e t o t e r a p e u t a Va n d e r l i Marchiori, fundadora da Associação Paulista de Fitoterapia. "Alguns t o q u í m i c o s c o nt a m c o m propriedade anti-in amatória, o que também ajuda nesse caso, já que normalmente o acúmulo de líquidos está relacionado a um estado in amatório em alguma parte do corpo", acrescenta a nutricionista Lícia D´Ávila, que fez curso de iniciação em toterapia na Universidade de São Paulo (USP). Entretanto, a concentração dessas substâncias nas infusões não é muito grande e, por isso, não é possível esperar resultados muito intensos, principalmente se pessoa tiver quadros que le vem a um inchaço mais

desencadear problemas. "A produção de urina em grande quantidade pode provocar desidratação e perda de eletrólitos no organismo, como potássio e sódio, acarretando em alterações na contração muscular, tontura, sensação de fraqueza e até desmaio", alerta a nutricionista Clarissa Hiwatashi Fujiwara, membro do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do Hospit al das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Além disso, quem tem tendência à pressão baixa deve ter um cuidado redobrado, pois a bebida pode causar a piora do quadro. "O mesmo vale para quem tem histórico de

(27) 3337-2008

acentuado, alterações hormonais ou no funcionamento dos rins, por exemplo. Sem falar que o consumo desses chás em excesso pode

problemas cardíacos ou renais, pois a cafeína em abundância presente em alguns chás, como o verde e o mate, não é indicado n e s s e s c a s o s " , a c r e s c e nt a

D ´ Áv i l a . D e a c o r d o c o m Marchiori, o ideal é tomar no mínimo 300 mililitros e no máximo um litro por dia. Como existem diferentes chás que prometem desinchar no mercado, é importante conferir os ingredientes antes de se dirigir ao caixa. "O efeito diurético do hibisco, do verde e do dente-deleão já foi comprovado em estudos cientí cos", a rma Fujiwara. Também existem evidências sobre a ação da salsa, cavalinha, cabelo de milho, carqueja, castanha-da-índia, malva, alecrim, Camellia Sinensis (que, além do verde, dá origem ao branco e o preto), sálvia, tomilho, camomila e hortelã-pimenta. De qualquer for m a , n a dúv i d a s o bre a e ciênci a de deter minado produto ou riscos que ele pode oferecer no seu caso, converse com um médico ou nutricionista antes de comprar a sua caixinha. Alguns cuidados no dia a dia também são importantes para ajudar a combater o inchaço. Evitar o sedentarismo é um dos pr incip ais. A a liment aç ão também precisa de atenção. To m a r m u i t a á g u a é fundamental, assim como evitar bebidas alcoólicas e excesso de sódio, presente no sal puro e em a limentos como as car nes processadas, os embutidos e os alimentos processados. Sessões de drenagem linfática também são bem-vindas.

Seis em cada 10 crianças têm diculdades alimentares, mostra pesquisa S eis em cada 10 cr ianças d e monst r am d i f i c u l d a d e s alimentares, que vão desde resistências em experimentar novos alimentos ao baixo consumo de itens in natura. Os comportamentos se repetem em lares diferentes e as dúvidas sobre como o desenvolvimento das crianças pode ser afetado por uma má alimentação são uma das maiores preocupações entre os pais entrevistados,

segundo um levantamento realizado entre maio e junho de 2020. A pesquisa da Danone Nutricia foi feita com mais de mil pais de crianças de até 10 anos e de diferentes regiões do País. A ideia é conscientizar pais, cuidadores e médicos sobre a importância da alimentação infantil. O estudo identificou, em média, duas dificuldades alimentares por

criança. Quando perguntados sobre os principais desafios em relação à alimentação das crianças, 71% dos entrevistados afirmaram ser conseguir m a nt e r u m a a l i m e nt a ç ã o variada e balanceada; 66% apontaram o consumo adequado de frutas, verduras e legumes; 29% declararam achar difícil conciliar o momento da alimentação das crianças com a da família, e 25% indicaram

N

ada como uma sobremesa deliciosa e cremosa depois do almoço, não é mesmo? O dia pode car ainda melhor se ela for este irresistível bombom de morango na travessa! Aprenda a fazer e garanta um doce fácil, cheio de sabor e que com certeza agradará a todos!

Modo de preparo Leve uma panela ao fogo médio com o leite condensado, o Nesquik® e a manteiga, mexendo até engrossar. Desligue, misture com o creme de leite e reserve. Coloque os morangos no

fundo de um refratário médio e cubra com o creme de Nesquik®. Leve à geladeira por 30 minutos. Retire, cubra com os ingredientes da ganache misturados, decore com morangos e sirva. Fonte: Terra

Ingredientes 1 e 1/2 lata de leite condensado 6 colheres (sopa) de mistura para leite sabor morango tipo Nesquik® 2 colheres (sopa) de manteiga 1 caixa de creme de leite (200g) 2 caixas de morangos cortados no meio (600g) Morangos inteiros para decorar Ganache 250g de chocolate meio amargo derretido 1/2 xícara (chá) de creme de leite

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

©ISTOCK

problemas para equilibrar os alimentos saudáveis e regras mais flexíveis. Uma alimentação não balanceada nos primeiros anos de vida pode trazer danos significativos para o desenvolvimento da criança. Diferentes doenças como má nutrição, anemia e ob e s i d a d e p o d e m s e r desenvolvidas pela falta de nutrientes, quantidades erradas e excesso de alimentos calóricos com pouca representatividade nutricional. A má nutrição pode ocorrer por causas orgânicas (f ísicas) e não orgânicas, ocasionadas por hábitos incorretos, e os riscos

dependem da gravidade de cada caso. A pesquisa também revelou os seguintes dados: 33% dos entrevistados acreditam que

exemplos inadequados na família podem ser uma das causas das dificuldades alimentares das crianças; mais de 90% assumiram que procuraram o pediatra para ajud ar a s olucionar ess es problemas; 38% disseram que o médico escutou atentamente e ajudou com orientações; 83% afirmam que seguem as recomendações de influenciadores, enquanto pouco mais de 4% dos pais af ir mam que ader iram às orientações de mudança a l i m e nt a r s u g e r i d a s p e l o pediatra.


SAÚDE 9

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

Pesquisadores Fiocruz prevê vacinar canadenses podem 65 milhões no 1º ter encontrado a semestre de 2021 cura para o diabetes Total de vacinados deve chegar a 130 milhões de brasileiros em 2021; serão aplicadas duas doses com 28 dias de prazo entre elas

FIOCRUZ/DIVULGAÇÃO/ESTADÃO CONTEÚDO ©MATT CHESIN/UNSPLASH

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, em 2019 tínhamos mais de 460 milhões de pessoas diabéticas no mundo. Só no Brasil, que é o quinto lugar com pessoas com diabetes, esse número chegava a um pouco mais de 16 milhões. Neste mês de novembro, mais especi camente no dia 14, foi celebrado o Dia Mundial do C omb ate a o D i ab e te s . Na ocasião, trouxemos à tona alguns aspectos que tornavam a tecnologia uma aliada nessa batalha. Enquanto isso, no último dia 17, cientistas da Un i v e r s i d a d e d e A l b e r t a (Canadá) anunciaram uma possível descoberta de uma cura para essa doença. Acontece que a equipe de pesquisa foi capaz de curar o diabetes em camundongos usando um novo processo baseado em células-tronco e tem esperança de que o processo também possa acontecer em humanos. De acordo com o principal pesquisador do projeto, Dr. James Shapiro, a equipe trabalhou com especialistas de todo o mundo para transformar células do s ang u e e m pro dut or a s d e insulina. "Estamos no ponto em que p o d e m o s f a b r i c a r, c o m segurança, células produtoras de insulina a partir do sangue de

pacientes com diabetes tipo 1 ou 2 e temos feito isso nos últimos meses no laboratório. Colocamos essas células em camundongos diabéticos e revertemos o diabetes até o ponto em que estivesse essencialmente curado", explica o D r. Ja m e s S h a p i r o, e m entrevista ao veículo canadense CTV News. Há 20 anos, Dr. Shapiro fez história com o protocolo de Edmonton, um procedimento que dá aos pacientes novas células produtoras de insulina, graças a transplantes feitos por d o a d ore s d e ór g ã o s . E s s e pro ce dimento, ent ret anto, requer o uso de medicamentos qu e d e s e n c a d e i am e fe ito s colaterais signi cativos. O pesquisador anuncia que este novo processo de células-tronco eliminaria esse problema. "Se forem células próprias, os pacientes não as rejeitarão",

observa o pesquisador. De acordo com o Dr. Shapiro, ainda faltam algumas etapas antes que sua equipe passe a realizar os testes em seres humanos ao invés de animais. “É necessário que haja dados preliminares e, idealmente, um punhado de pacientes que demonstrem ao mundo que isso é possível, e que é seguro e e caz”, a rma. O pesquisador diz ainda que a falta de nanciamento é um grande obstáculo à pesquisa. Ele a rma que é necessário arrecadar mais dinheiro para comprar equipamentos, e é por isso que um pequeno grupo de voluntários pretende arrecadar US$ 22 milhões (o equivalente a cerca de R$ 119 milhões) até 2022 para nanciar pesquisas adicionais com a Fundação do I n s t i t u t o d e Pe s q u i s a d o Diabetes do Canadá.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aumentou a expectativa de vacinação dos brasileiros contra o coronavírus após o anúncio de e cácia divulgado pela AstraZeneca e a Un i v e r s i d a d e d e O x f o r d . Segundo a instituição, a previsão é vacinar 65 milhões de brasileiros no primeiro semestre do ano que vem e outros 65 milhões no segundo semestre de 2021. O aumento de 30% no alcance da vacina ocorre porque a estratégia que se mostrou mais e caz é a de usar meia dose — e não uma dose inteira — na primeira etapa. A vacina de Oxford foi administrada de duas formas diferentes: na primeira delas, os voluntários receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa.

Nesse grupo de voluntários, a e cácia foi de 90%. Já no segundo grupo, que recebeu duas doses completas da vacina, a e cácia foi reduzida a 62%. "O que nos deixa mais otimistas é que esse protocolo com e cácia de 90% traz um ganho de rendimento porque a primeira dose será com quantidade menor da vacina. E isso tem impacto muito signi cativo porque permite que o número de pessoas que vão receber cresça 30%", diz Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz. Segundo Krieger, havia a expectativa de produzir 200 milhões de doses para vacinar 100 milhões de pessoas no Brasil n o a n o q u e v e m . " Va m o s conseguir produzir 260 milhões

de doses e vacinar 130 milhões de brasileiros (em 2021)", diz K r i e g e r. A e s t r a t é g i a d e priorização de quem receberá a vacina ainda está sendo de nida, mas é provável que sejam priorizadas as pessoas mais vulneráveis, como os idosos, e os pro ssionais de saúde. Não está descartado, porém, começar a vacinação em regiões do Brasil que estejam com altos números de infectados no momento em que o imunizante estiver disponível. A expectativa da Fiocruz é começar a v a c i n a ç ã o e nt r e o m d e fevereiro e o início de março. Serão aplicadas duas doses. A primeira terá menos imunizante. A segunda, de dose completa, será aplicada 28 dias depois.

Obesidade pode agravar câncer de mama, diz estudo Estudo feito por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) identi cou que pessoas obesas têm uma quantidade de vesículas eliminadas pelas células de gordura que, ao circularem na corrente sanguínea, podem levar a um processo in amatório mais exacerbado ou ao agravamento de câncer de mama, caso a pessoa te n h a c ânc e r. O g r up o d e pesquisadores é associado ao Programa de Oncobiologia, projeto que reúne diversas instituições dedicadas ao ensino, à pesquisa e extensão em biologia do câncer e que conta com o nanciamento da Fundação do Câncer. O estudo foi publicado na revista internacional Endocrine-Related Cancer. O epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Dr. Alfredo Scaff, esclareceu à Agência Brasil que serão necessários novos estudos para se

a rmar com certeza que as pessoas obesas têm maior risco de desenvolver células mais agressivas e invasivas de câncer de mama do que as não obesas. Esse estudo inicial é importante, por outro lado, porque abre “um mundo de possibilidades, tanto de testes diagnósticos, qu anto d e té c n i c as terapêuticas”. Esse é o próximo passo da pesquisa. Na avaliação de Alfredo Scaff, o estudo em questão é bastante aprofundado sobre a genética e a biologia do câncer e nele os pesquisadores estão identi cando os fatores que podem agravar a doença. “ Pe s s o a s q u e t ê m f a t o r e s associados podem ter um câncer mais grave do que pessoas que não têm esses fatores”, disse Scaff. Completou que, potencialmente,

Câncer. Scaff a rmou que a obesidade é um fator de comorbidade e agravamento de uma quantidade grande de doenças. “A obesidade é descrita como um fator de agravamento para um número grande de doenças, principalmente as cronicodegenerativas”. O grupo, liderado pela professora Christina Barja-Fidalgo, descobriu que as vesículas e x t r a c e l u l a r e s ( Ev s ) , liberadas pelas células do PIXABAY tecido adiposo de pessoas obesas, têm potencial posterior, criando metodologias in amatório bastante grande. de tratamento que minimizem o “Esse potencial in amatório, quadro, levando ao controle ou para uma pessoa que tem câncer até mesmo à cura do câncer. “Há ou apre s e nt a prop e ns ã o a muita coisa ainda a ser desenvolver a doença, é que leva pesquisada para a gente chegar a ao câncer ser mais grave do que conclusões mais signi cativas em uma pessoa que não é obesa”, sobre esse estudo”, disse o disse o epidemiologista. consultor da Fundação do Ele considerou que se for esses fatores são áreas que poderão servir de base para a produção de medicamentos ou formas de terapia que possam ser levados para a população como um todo, em uma etapa

descoberto medicamento que bloqueie essas vesículas ext racelu l ares na cor rente s anguíne a, ou s e a p ess o a consegue emagrecer, reduzindo a circulação no sangue dessas vesículas, o câncer pode ser menos grave ou menos agressivo. Os estudos que serão efetuados a partir de agora levarão ao desenvolvimento de provas ou novas evidências que demonstrem isso. A obesidade é considerada a pandemia do século 21 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), constituindo-se um pro bl e m a g l o b a l d e s aú d e pública, com taxas crescentes e associadas ao aumento do risco de câncer de mama. Mais de 55%

da população brasileira encontram-se acima do peso, segundo o Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o excesso de gordura pode causar até 16 tipos de tumores. O grupo de pesquisadores liderado pela professora Christina Barja-Fidalgo pretende investigar, a partir de agora, os conteúdos e as características das vesículas extracelulares eliminadas pelas células de gordura. O objetivo é descobrir as principais moléculas que podem estar associadas ao agravamento dos tumores de mama e como conter essa ação.


10 GERAL

17 A 20 DE NOVEMBRO DE 2020

Consumir mais pimenta pode aumentar seu tempo de vida, diz estudo Aparentemente, o vegetal também é benéfico ao coração ©PIXABAY

As pessoas que consomem pimenta malagueta com regularidade podem apresentar uma maior proteção contra as doenças cardiovasculares e riscos menores de ter câncer. É o que revela um novo estudo feito por pesquisadores da American Heart Association, divulgada no dia 9 de novembro. Pe s qu is as ante r i ore s j á apontavam para uma série de benefícios da pimenta malagueta, como os efeitos antiin amatór io, ant ic âncer e antioxidante dela, além da sua capacidade de atuar como reguladora da glicose sanguínea, graças à capsaicina, substância que dá o sabor ardido característico do vegetal. Neste novo estudo, conduzido pelo cardiologista do Cleveland Clinic's Heart, Vascular & oracic Institute Bo Xu, foi feita uma análise dos registros da dieta de mais de 570 mil pessoas

reduzido em 23%. Além disso, elas possuem uma redução relativa de 26% na mortalidade cardiovascular e uma probabilidade 25% menor de falecer por qualquer causa. De acordo com Xu, as razões pelas quais o vegetal traz todos estes benefícios na redução da mortalidade ainda são desconhecidas. Por causa disso, ele a rma ser necessária a realização de mais pesquisas, para con rmar a hip ótes e surgida na conclusão do seu estudo. “É impossível a rmar, de

dos Estados Unidos, China, Itália e Irã, retirados de cinco bancos de dados de saúde globais: Ovid, Medline, Scopus, Cochrane e Embase. A partir da investigação destes dados, incluídos em 4.729 estudos, dos qu ais qu at ro

trazendo especi camente detalhes a respeito do consumo de pimenta malagueta, houve uma comparação da saúde dos indivíduos que comem o vegetal regularmente com a dieta de pessoas que raramente o consomem ou nunca o

forma conclusiva, que comer mais pimenta pode prolongar a v i d a e re du z i r a s m or te s , principalmente por fatores cardiovasculares ou câncer. Mais pesquisas, especialmente evidências de estudos randomizados controlados, são necessárias para con rmar esses achados preliminares”, reiterou. Outra ressalva feita pelo autor do estudo é que a frequência e a quantidade ingerida do alimento, assim como mais fatores, podem ter in uenciado o resultado.

provaram. A conclusão deixou os pesquisadores surpresos. Em comparação com quem apresenta um consumo reduzido ou não possui o hábito de se alimentar dela, as pessoas que comem pimenta malagueta têm o risco de morrer de câncer

Unicef cria podcast para ensinar cultura afrobrasileira Conteúdo foi criado após escolas fecharam por causa da pandemia ©DIVULGAÇÃO/UNICEF

Em tempo de pandemia, de escolas fechadas e de ensino remoto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) criou o podcast para que conteúdos didáticos sobre a história e cultura afro-brasileira continuem disponíveis para alunos do ensino infantil e do ensino fundamental (três a oito anos), professores e até familiares. O material é gratuito, está disponível para todo o País e também pode ser veiculado livremente por emissoras de rádio, sejam públicas, comerciais

ou comunitárias. Está disponível no YouTube, no Spotify e no próprio site da agência da ONU. Até o nal deste ano, 50 episódios contarão histórias, tocarão músicas e farão muitas brincadeiras para que crianças conheçam e possam expandir seus reper tórios incluindo conhecimento sobre a cultura af ro-brasi leira e a c u ltura africana. Os conteúdos dos podcasts estão previstos nas Diretrizes Nacionais da Educação Infantil e n a B a s e Na c i on a l C omu m

Curricular (BNCC) da Educação I n f a n t i l . To d o m a t e r i a l “oportuniza o contato com outras narrativas não euro-centradas”, defende a educadora Mafuane Oliveira, uma das cinco roteiristas responsáveis pelo programa a respeito da cultura afro-brasileira. Como explica Mafuane, o programa leva as crianças a aprenderem ludicamente a história e a cultura do Brasil no momento que iniciam a formação escolar e têm as primeiras vivências sociais fora dos grupos primários de

referência, como a família. Nessa fase, “as crianças são como e s p o n j a s ”, o b s e r v a m desigualdade racial no seu contexto e percebem a associação de papéis sociais e fenótipos. Para a o cial de educação do Unicef, Julia Ribeiro, a educação pode contribuir para diminuir o racismo e fortalecer identidades. A audição de histórias sobre a cultura afro-brasileira “é uma oportunidade para as crianças negras se sentirem representadas e também para as crianças não negras verem seus colegas

ocupando esse espaço”. Julia assinala a importância do rádio no Brasil como meio de comunicação mais acessível à população e de fácil disseminação de conteúdos educativos. “O rádio é efetivamente o meio que vai chegar a todos, inclusive às crianças que estão mais distantes”. Ela assinala que os programas são um recurso que poderá ser usado “por longo tempo”, por professores durante e depois da pandemia, mas também poderá

ser apropriado pelas famílias. “O que a gente quer é que as crianças tenham acesso a um material de qualidade, que contribua para aprendizagem mais criativa”. Além dos episódios sobre a cultura afro-brasileira, o Unicef produziu 96 programas voltados à alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental e deverá nalizar ainda este ano 48 episódios sobre a cultura amazônica e os saberes da região, com histórias de indígenas, ribeirinhas e quilombolas.


COMPORTAMENTO 11

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

78% dos assistentes Jovens solitários sociais tiveram a saúde mental afetada pela pandemia Estudo mostra que solidão é mais forte aos 20 anos

ISTOCK

FG TRADE/ISTOCK

Depois de oito meses de crise sanitária, os pro ssionais da área da assistência social continuam sem suporte e condições adequadas para realizarem seu trabalho. Diretamente envolvidos no enfrentamento da pandemia, ao atender grupos tradicionalmente mais vulneráveis e afetados pela crise — como famílias em situação de pobreza, mulheres vítimas de violência doméstica, idosos e LGBTI+ — eles relatam a falta de testes, de treinamento e de EPI (equipamentos de proteção individual). Como consequência, 78% tiveram impactos negativos na saúde mental. Esse é o cenário retratado pela terceira fase da pesquisa "A pandemia de Covid-19 e os(as) pro ssionais da assistência social no Brasil", realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (NEB FGV-EAESP). Os resultados serão divulgados nesta terça (24). Para mostrar os impactos da covid-19 no trabalho e na qualidade de vida desses pro ssionais, foi aplicado uma pesquisa on-line, entre 15 de setembro e 15 de outubro de 2020, com 53 perguntas de múltipla escolha e abertas. Elas foram respondidas por 612 pro ssionais, entre assistentes sociais, psicólogos, orientadores e educadores sociais, além dos que atuam na gestão desses serviços, de todos os estados brasileiros. Nesta terceira rodada da pesquisa, foram incluídas novas perguntas, sobre expectativas futuras, gênero e raça para compreender melhor os impactos da covid-19 na vida de mulheres, populações LBGTI+ e

outros grupos minoritários. A comparação das três rodadas da pesquisa (abril, julho e outubro) revela que a situação é muito estável e precária. Os únicos indicadores com alguma mel hora s ão acess o a EPI (aumentou de 38,5% para 60,6%) e treinamento (aumentou de 1 3 % p ar a 2 2 , 8 % ) . Ma s o s indicadores de medo, sensação de preparo, acesso a testes e saúde mental permanecem ruins. "O cenário mostra um avanço muito pequeno nesses oito meses de pandemia, o que é uma situação muito triste para esses pro ssionais. Aqueles que cuidam da população mais vulnerável não estão sendo devidamente cuidados e protegidos pelo Estado", a rma Giordano Magri, um dos coordenadores da pesquisa. No que se refere às condições de trabalho, a pesquisa revelou que 63,8% dos entrevistados não receberam testagem em nenhum momento da pandemia, sendo que apenas 6,1% foram testados de forma contínua durante esse período. O treinamento para l i d ar c om a c r i s e n ã o foi fornecido a 77,7% desses pro ssionais — entre assistentes sociais, esse percentual chega a 81,7% e, na região Norte, a 95%. Equipamentos de proteção individual (EPI) não chegaram a 39,4% dos pro ssionais em nenhum momento. Sobre o medo de contaminação, 86,6% dizem ter esse temor (índice que alcança 100% entre os respondentes da região CentroOeste) e 71,4% a rmam não se sentir preparados para lidar com a situação de crise, porcentagem ainda alta se considerado o prolongamento da crise sanitária. A porcentagem de pro ssionais que a rmam que a saúde mental foi abalada pela

pandemia também sofreu um leve aumento com relação à segunda rodada do estudo, passando de 74% para 78%. Apesar desse quadro crítico, apenas 20% dos respondentes disseram ter recebido algum apoio nesse sentido. Emoções como medo, empatia, estresse e cansaço são prevalentes entre os entrevistados e motivadas pela possibilidade de infectar colegas, o aumento da disseminação do vírus, a possibilidade de se infectar, as incertezas, a exaustão psicológica, a falta de ação dos governos e a sobrecarga de trabalho. Mais de um quarto dos entrevistados a rmam, ainda, ter sofrido assédio moral no trabalho durante a pandemia, um aumento de 5% em comparação com a rodada anterior. Em relação às perspectivas para os próximos meses, 85% dos pro ssionais de assistência social têm uma visão negativa, atrelada a o c a r át e r e s t r e s s a nt e d o t r ab a l h o n a p an d e m i a , à s incertezas, inseguranças, medos e tensões causados pelo coronavírus. No que diz respeito ao suporte governamental, mais da metade dos entrevistados diz não receber esse apoio nas esferas municipal (50,7%) e estadual (57,6%), chegando a 80,4% no nível federal. "Esses dados mostram como temos pro ssionais atuando na linha de frente da assistência em condições muito vulneráveis. Eles estão sem acesso a recursos, sem apoio, sem treinamento e sem suporte governamental durante todo esse período. A consequência é que este pro ssional está em sofrimento, sente medo, estresse e ansiedade e tem sua saúde mental abalada", a rma Gabriela Lotta, uma das coordenadoras da pesquisa.

A solidão pode ser considerada uma questão de saúde pública prevalente, com impactos no bem-estar e na longevidade. Um estudo da universidade norteamericana Florida State University College of Medicine, publicado em 2017, mostrou que a solidão pode aumentar em 40% o risco de demência, além de tornar a pessoa isolada mais vulnerável a doenças neuro degenerat ivas, como d e p r e s s ã o, h i p e r t e n s ã o e diabetes. Já pesquisadores da Un i v e r s i d a d e d e C h i c a g o alertaram, em 2018, que a falta de experiências sociais pode ser tão nociva quanto o cigarro. O tema tem gerado tamanha preocupação nos últimos anos, ao ponto de o governo britânico criar um gabinete especialmente volt ado a estratégias para enfrentar o problema. Agora, cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, a rmam que a solidão seria mais intensa entre os jovens. Segundo o estudo, lançado neste mês pelo e Journal of Clinical Psychiatry, entre os 20 e 29 anos, a solidão atinge o seu pico durante a vida. Por outro lado, após os 60 anos é que as pessoas se sentem menos atingidas por ela. As conclusões vieram de uma análise com mais de 2.800 participantes, todos norteamericanos, com idade entre 20 e 69 anos. Nela, os pesquisadores identi caram os fatores psicológicos e sociais que levam a padrões de solidão em diferentes faixas etárias. Em seguida, encontraram uma série de preditores de solidão ao longo da vida.

Por exemplo, foi observado que, em todas as idades, pessoas com níveis mais baixos de empatia, compaixão, relações sociais, sem parceiros conjugais e maiores distúrbios de sono também são mais predispostas a se sentirem solitárias. Já fatores como baixa autocon ança social e maior ansiedade foram associados à piora na solidão em todas as décadas de idade, exceto após os 60 anos. Outro motivo para os sexagenários serem menos tocados pelo isolamento seria e x pl i c a d o p el a ass o c i a ç ã o inversa entre solidão e sabedoria, que tende a ser maior entre as pessoas mais velhas. Para esse grupo, a educação e as queixas de memória são fatores de maior in uência para esse sentimento. D e acordo com a autora principal do estudo, Tanya Nguyen, a sensação exacerbada de solidão aos 20 anos pode ser atribuída ao fato de, nesta idade, os jovens precisarem conciliar momentos de grande estresse e pressões para estabelecer uma carreira pro ssional e encontrar um parceiro para a vida. "Muitas pessoas nessa década também estão constantemente se comparando nas redes sociais, e estão preocupadas com quantas curtidas ou seguidores eles têm", a rma Tanya, que é professora clínica assistente no Departamento de Psiquiatria da UC Escola de Medicina de San Diego. Além disso, ela diz que o nível de autocon ança é mais baixo entre esses jovens, o que aumentaria o nível de solidão. O estudo também detectou que, aos 40 anos, as pessoas vivem um novo pico de solidão. Isso porque, nessa fase, é preciso enfrentar novos desa os físicos e

problemas de saúde, como hipertensão e diabetes. "As pessoas podem começar a perder entes queridos próximos a elas, ao mesmo tempo em que seus lhos estão crescendo e se tornando mais independentes. Isso tem um grande impacto sobre o seu propósito e pode causar uma mudança na autoidenti cação, resultando em maior solidão", acrescenta Tanya. Os pesquisadores mostraram ainda que a empatia e a compaixão atuam como c o m p o n e n t e s d e comportamentos pró-sociais, portanto, seriam bons aliados no combate à solidão: "A compaixão parece reduzir o nível de solidão em todas as idades, provavelmente permitindo que os indiv íduos p erceb am e interpretem com precisão as emoções dos outros juntamente com o comportamento útil para com os outros, aumentando assim sua própria autoe cácia social e redes sociais", a rma o autor correspondente do estudo, Dilip V. Jeste, que é reitor associado sênior da Escola de Medicina da UC San Diego. Jeste diz que os preditores variados ao longo das décadas sugerem a necessidade de uma priorização personalizada de metas de prevenção e inter venção. "Queremos entender quais estratégias podem ser e cazes na redução da solidão durante este momento desa ador". Para o neuropsiquiatra, essas descobertas são especialmente relevantes durante a pandemia global da covid-19. "A solidão é agravada pelo distanciamento físico necessário para impedir a propagação da pandemia".

(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES


12 OLHAR DE UMA LENTE

17 A 20 DE NOVEMBRO DE 2020

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Racismo institucional, até quando? HAROLDO CORDEIRO FILHO

P

modelo racista estrutural, por isso, esse nosso enfrentamento”, reforça Luís Carlos. “C o ord e n o u m a c amp an h a nacional onde exigimos a implementação das Leis 10.639/2003 e a 10.645/2008, que se referem à educação negra e indígena. A gente sugere, estrategicamente, a criação de um comitê interinstitucional para monitorar e avaliar a implementação dessas duas leis no Brasil. O racismo institucional é tão forte que os Ministérios Públicos, tanto estadual como federal, que deveriam intervir, não o fazem porque são engrenagens da máquina. A forma que temos de enfrentar e combater o racismo estrutural é com a política, já que foi um fenômeno criado pelo político. Infelizmente, muitos governantes reconhecem, mas, como estão rodeados de racistas, as coisas não andam como deviriam”, critica Luís. Ele acrescenta que o movimento do qual faz parte, está buscando apoio de organizações, entidades e associações do campo da educação

MUNDO NEGRO

ara Mônica Oliveira, educadora social e coordenadora de nanças da R e d e d e Mu l h e re s Ne g r a s d e Pernambuco, o racismo institucional é d e n i d o c om o pr i v i l é g i o a determinado grupo de indivíduos em detrimento de outros, em razão da etnia a qual estes pertencem. Ele se revela na diferença de tratamento e na distribuição de serviços ou benefícios. Para Luís Carlos de Oliveira, coordenador do Centro de Estudo da Cultura do Negro (Cecun) e do Fórum Permanente da Educação Afro-brasileira e Indígena do Estado do Espírito Santo, o movimento negro, nas últimas quatro décadas, é visto nacionalmente como um movimento atuante. “A entidade negra foca na questão da educação, mas nossa bandeira é outra, trata-se, principalmente, de políticas voltadas para equidade para o negro, no combate ao racismo que é institucionalizado na nossa sociedade, ou seja, batemos de frente com racismo estrutural. É uma

bandeira que tremula não só aqui no B r a s i l , m a s n o m u n d o t o d o. Precisamos nos fortalecer p olit icamente, ess a é a noss a estratégia de enfrentamento e de luta contra essa injustiça”, declara. “São quase quinhentos anos de trabalho escravo e nenhuma política do Estado para que esse trabalhador escravo se integrasse à sociedade. Até hoje, o negro vive à margem da sociedade. A imprensa, as religiões cristãs, as empresas e a educação, são instituições que se perpetuam num

como a Confederação Nacional dos trabalhadores em Educação (ACTE), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior, entre outras, para abraçarem a causa de enfrentamento do racismo cultural. “A nossa campanha já atingiu 23 estados, aquele que não aderir estará se declarando racista e mesmo dizendo, depois, que não é racista, terá que provar”, a rma. Para Sera m Pereira, diretor do

Movimento Estadual União de Negras e Negros Pela Igualdade ( Un e g r o ) , h i s t o r i c a m e n t e , a passagem do negro pelo Estado é marcante e na Serra não é diferente. “Temos a Lei Chico Prego, a Igreja de Queimados, a Casa da Cultura, mas ainda falta efetividade do poder público. No último censo, realizado em 2010, foi registrado que mais de 67% da população da Serra era formada por negros e pardos e, apesar de sermos maioria, nós, afrodescendentes, somos os que mais sofremos com discriminação e violência na cidade”, desabafa Sera m. Para Armicinha Leone, membro de movimentos negros no Estado, a chave está na educação. “A resistência do racismo é grande, mas não é eterna, acredito na educação como ferramenta transformadora, tudo precisa passar por ela”, frisa.

“História e cultura afro-brasileira e indígena”. Isso implica a necessidade de abordar a temática em questão no ensino de todas as disciplinas do

Consequentemente, essa temática aparece também no livro didático, uma vez que ele é um dos instrumentos mais utilizados pelos

TATI BELING

LEI 10.639/03 E O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA A Lei 11.645/2008 altera a Lei 9.394/1996, modi cada pela Lei 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo o cial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática

currículo da educação básica, que inclui o ensino fundamental e médio.

professores e alunos nos processos de ensino e aprendizagem.


BRASIL 13

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

ELLEN CAMPANHARO/ALES

MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

Sérgio Majeski (PSB-ES)

Fabiano Contarato (Rede-ES)

Avança o projeto de Majeski que garante transparência às nomeações dos cargos de chefia

Contarato pede que TCU investigue ministério da Saúde por testes de covid prestes a vencer

A procuradoria da Assembleia Legislativa deu parecer favorável ao projeto do deputado estadual Sérgio Majeski (PSB) que estabelece a publicação, no Portal da Transparência do Estado do Espírito Santo, de informações relacionadas à experiência pro ssional, à conduta ilibada, à idoneidade e às remunerações pagas, mensalmente, aos servidores nomeados para cargos de che a no Governo do Estado e nos conselhos de autarquias, empresas e fundações públicas. O objetivo é permitir que a sociedade capixaba tenha acesso facilitado ao currículo e à quali cação dos servidores nomeados, de acordo com o direito fundamental de acesso à informação vigente na legislação da administração pública. “Principalmente nesse período pós-eleições municipais seria muito importante que a população tivesse acesso facilitado aos currículos dos futuros ocupantes de cargos públicos. A prática, há muitos anos, se repete com candidatos derrotados nos pleitos sendo nomeados no Executivo e é essencial que a sociedade tenha conhecimento sobre a quali cação pro ssional de cada um para o cumprimento da função inerente ao cargo”, destaca Majeski. REPRODUÇÃO/TV SENADO

Paulo Paim (PTRS) Diversidade política

Pronampe AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) entrou com representação no Tribunal de Contas da União (TCU), nesta segunda-feira (23), pedindo investigação do ministério da Saúde por estocar cerca de 6,86 milhões de testes do tipo RT-PCR que diagnosticam a covid-19. Os testes vencem em dezembro e janeiro próximos e estão parados, em vez de terem sido distribuídos para a rede pública em todo o País. O senador solicita que seja apurada eventual responsabilidade de agentes públicos federais, estaduais ou municipais na aquisição e gestão de testes de covid-19 com recursos do Governo Federal, bem como avalie a conformidade dos atos praticados durante o estado de calamidade pública decorrente da pandemia do novo coronavírus, à luz dos princípios da legalidade e da e ciência. “O Ministério da Saúde tem que explicar imediatamente esse ataque contra a saúde pública, fato agravado pela chegada da segunda onda da pandemia. O Brasil acumula a triste marca de 169 mil mortes e seis milhões de casos de covid-19. O governo jogou dinheiro público no lixo ao não usar testes comprados e contribuiu para a proliferação da doença, deixando a população desprotegida”, frisa Contarato. Sabe-se que um dos problemas enfrentados para combater o novo coronavírus tem sido a falta de testagem em massa da população, medida essencial ao estabelecimento das políticas públicas mais adequadas para frear o contágio do vírus. Além disso, o teste RT-PCR é um dos exames mais e cazes para diagnosticar a doença e, em razão de seu preço, que varia de R$ 290,00 a R$ 400,00, a maioria da população ca dependente da rede pública de saúde. Ao ser questionado sobre a situação, o Presidente da República colocou a culpa pela falta de distribuição aos estados e municípios, embora o estoque esteja sob responsabilidade do Ministério da Saúde. Contarato reitera que a Constituição Federal estabelece nos seus artigos 23, II, e 196, a competência comum entre as esferas federal, estadual e municipal no dever de cuidar da saúde, inclusive mediante políticas que visem à redução do risco de doença.

Plenário aprova terceira fase de programa de apoio a micros e pequenas empresas O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Pronampe, deve ter uma terceira etapa. Esse é o objetivo de um projeto aprovado nesta quarta-feira (18) pelos senadores. De autoria de Jorginho Mello (PL-SC), o PL 5.029/2020 estabelece juros de 1,25% mais taxa Selic. A carência continua em seis meses. O aporte será de 10 bilhões. A proposta segue para a Câmara dos Deputados.

EXAME

Pesca em Fernando de Noronha

Em pronunciamento, Ação popular tenta barrar liberação da pesca na última quinta-feira em Fernando de Noronha (19), o senador Paulo Paim destacou a Uma ação popular pede a diversidade política, que marcou as anulação de termo que permite a eleições municipais de domingo (15). O pesca da sardinha no Parque senador celebrou o aumento de candidatos Nacional Marinho, em Fernando negros, mulheres, LGBTs e índios e a rmou que o resultado das urnas foi de Noronha (PE). Assinada pelo expressivo. ministro do Meio Ambiente, Paim também destacou o aumento da Proteção de mulheres e crianças Ricardo Salles, a autorização participação feminina na política. De Recursos para proteção de mulheres e crianças terão acordo com dados citados pelo senador, pode comprometer a preservação mais transparência, prevê projeto 18% dos vereadores eleitos no Brasil são do da ora e da fauna na região, sexo feminino. Só em Porto Alegre, 11 A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem criar mulheres foram eleitas vereadoras, o que mecanismos que facilitem o acompanhamento do dinheiro público s e g u n d o o p r e s i d e n t e d a destinado à proteção de mulheres, crianças e adolescentes. É o que corresponde a 31%. prevê o projeto de lei complementar (PLP 248/2020) da senadora Leila Comissão de Meio Ambiente “Foi um grande passo que demos. As Barros (PSD-DF). Pela proposta, as leis orçamentárias devem contar ( C M A ) , s e n a d o r F a b i a n o com marcadores que facilitem o acesso a ações, funções e programas urnas deram o recado. Precisamos cada destinados a esses públicos. Contarato, que lidera a ação. vez mais avançar na diversidade política. Muito precisa ser feito. Já zemos, mas temos que fazer muito mais: 650 mulheres foram eleitas prefeitas em 2020; em 2016, 641. Avançamos, mas avançaremos muito mais”, disse. O senador ressaltou também o aumento de pessoas negras nas eleições. CARTA CAPITAL


14 GERAL

17 A 20 DE NOVEMBRO DE 2020

Mamba-negra, uma das serpentes mais mortais do planeta REPRODUÇÃO/WALL ALPHACODER

com neurotoxinas que desligam o sistema nervoso, paralisando a vítima por completo. Sem o soro, a probabilidade de óbito é de 100%. O tempo da morte Reprodução pode variar de menos de Essa é uma serpente que se meia hora a até quatro horas. reproduz apenas uma vez no No entanto, se o soro não for ano, entre a primavera e o aplicado nos primeiros 20 verão. Machos disputam minutos, torna-se quase entre si pela fêmea e, após a i m p o s s í v e l r e v e r t e r o cópula, seis a 25 ovos se envenenamento. C u r i o s a m e nt e , desenvolvem por cerca de dois meses no corpo da pesquisadores franceses progenitora. Mambas-negras descobriram recentemente são mães “desprendidas”. Elas propriedades analgésicas deixam seus ovos num ninho nesse veneno que são tão seguro e nunca mais os veem e cazes no combate à dor novamente. Mais dois ou três q u a n t o a m o r n a . A meses e os lhotes nascem, substância, apelidada de independentes e caçando por “ m a m b a l g i n a ”, n ã o conta própria, com uma apresentou efeitos colaterais média de 50 centímetros de da mor na — depressão pica e aguarda até que sua c o m p r i m e n t o e t ã o re s pi r at ór i a — qu an d o p r e s a q u e t o t a l m e nt e peçonhentos quanto seus experimentada em roedores, paralisada. Já quando se trata porém o medicamento ainda pais. de grandes animais, ela ataca está em testes e deverá e solta a presa. Em seguida, os demorar um pouco para ser segue esperando que quem Veneno comercializado. REPRODUÇÃO/WIKIMEDIA COMMONS Como você pode ver, mambas-negras de nitivamente não são o tipo de bichinho de estimação que você g o s t a r i a d e t e r. S ã o temperamentais, mães A transmissão será no canal da Sedu Digital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas desnaturadas... Além daquele detalhe sobre elas terem p otencial para matar um ser humano adulto em apenas alguns minutos. Mas não se desespere, pois poderia ser pior. Esses répteis nunca estiveram no topo da cadeia alimentar e você não vai dar de cara com nenhuma serpente gigante em sua rotina de trabalho ou levar uma picada porque havia uma cobra na sua bebida. paralisados ou morram. Ela A nal, você está no conforto Ap enas duas got as do de vora sua comida p or da civilização, não é como se c o m p l e t o , f e i t o q u e é veneno são o su cientes para um animal desses fosse atribuído às suas mandíbulas m a t a r u m s e r h u m a n o entrar pela sua porta a exíveis que se deslocam, a d u l t o . A p e ç o n h a d a qualquer momento. p e r m it i nd o qu e e ng u l a mamba-negra está carregada presas até quatro vezes maiores que o tamanho de sua cabeça. A digestão dura de oito a 10 horas.

Um animal cuja picada pode matar um ser humano adulto em cerca de 20 minutos é digno de ser temido, não é? Pr incip a lmente quando incluímos nesse pacote os troféus de serpente mais venenosa da África e cobra de locomoção terrestre mais veloz do mundo. Estamos falando da mamba-negra, uma das serpentes mais perigosas que existem e objeto de inspiração para diversos mitos africanos. Essa não é uma cobra que v o c ê v ai qu e re r d e i x ar dormindo com seu lho nem permitir que lhe faça uma massagem. A mamba-negra é um animal extremamente rápido e que se torna altamente agressivo quando se sente em perigo. Seu veneno é potencialmente fatal e, ainda que já tenha sido desenvolvido um soro antiofídico, ele di cilmente será encontrado para curar uma vítima mordida na África Meridional e Ocidental, habitat comum da espécie. Por esse motivo, ela é considerada a cobra resp ons ável p elo maior número de mortes entre os 20 mil óbitos anuais de pessoas atacadas por serpentes no planeta.

Características físicas Diferente do que se pensa, a mamb a-neg ra tem uma superfície externa cobrindo sua pele dorsal que varia entre as cores marrom, verde-oliva, cáqui e cinza. Seu nome veio, na verdade, da coloração azul-escuro, quase preta, no interior da sua boca que se faz presente sempre que ela se sente ameaçada.

A cabeça é estreita e alongada e seu corpo pode c h e g a r a m e d i r q u at r o metros, sendo considerada a segunda maior serpente venenos a do mundo — perdendo apenas para a cobra-rei, que chega a 5,6 metros. Na vida selvagem, esta espécie pode viver mais de 11 anos.

a cabeça, abrindo a boca para exibir o interior negro, emite um sibilo alto e alerta, através desses sinais, que está d i sp o st a a at a c ar. E ss a postura é para que a cobra

Habitat A mamba-negra pode ser encontrada nas savanas, orestas e pedreiras no leste e sul da África, em países como Angola, Quênia, Tanzânia, Moçambique e Zimbábue. Ela gosta de ambientes abertos e dorme, muitas vezes, em árvores ocas, fendas de rochas e tocas.

Comportamento Se você for perseguido por uma mamba-negra, talvez correr não seja a melhor opção. Ela pode se locomover a quase 20 quilômetros por hora, o que equivale praticamente à média de um maratonista pro ssional. Essa serpente tem hábitos de caça diurnos, voltando para o mesmo lugar à noite para dormir e, frequentemente, vive em pares ou pequenos grupos. É tímida e foge ao ver seres humanos, mas é também conhecida por ser muito nervosa. Ao se sentir ameaçada, torna-se agressiva, levantando seu corpo a até um metro do chão. A partir daí, ela balança

possa mirar melhor onde p r e t e n d e a t a c a r. S e o predador ou humano em questão não recua, ela dá o bote — ou inicia a perseguição. No assalto, a mamba-negra ataca rapidamente várias vezes e depois foge.

Reservas: (27) 99961-8422

Alimentação Normalmente, a mambanegra se alimenta de mamíferos, como ratos, esquilos e morcegos, além de p e q u e n a s av e s . Poré m , existem relatos de pessoas que a rmam ter encontrado araras e até outras serpentes adultas no estômago de cobras dessa espécie. Quando caça animais menores, a mamba-negra

Jacaraípe/Serra/ES/Brasil www.pousadasolemarjacaraipe.com.br


COTIDIANO 15

24 A 27 DE NOVEMBRO DE 2020

Aprendizagem baseada em projetos é a nova aposta da educação Colégio Santo Américo inclui em sua grade curricular essa metodologia ativa que auxilia no desenvolvimento de habilidades como colaboração e responsabilidade ENVATO ELEMENTS

Alunos do 2º ao 9º ano do Colégio Santo Américo, SP, terão na grade curricular, a partir do ano que vem, 1h30 por semana de aula com a aplicação da metodologia de ensino conhecida como aprendizagem baseada em projetos — ou project based learning (PBL). “Estamos estruturando todo o currículo para otimizar cada vez mais o aprendizado e a inclusão de um método em que os alunos são confrontados com questões e problemas do mundo real em busca de respostas signi cativas e de maneira colaborativa, que permitirá que assumam a posição de protagonistas de suas aprendizagens e desenvolvam a autonomia, entre outros inúmeros objetivos. Esse será um

dos nossos diferenciais para o próximo ano letivo”, conta Priscila Montenegro, coordenadora pedagógica do ensino fundamental anos iniciais. A aprendizagem baseada em projetos é uma metodologia de ensino que associa o aprender ao fazer e tem como base a construção do conhecimento de maneira coletiva, com foco em experiências de aprendizagens autênticas. O professor assume o papel de orientador na busca de conteúdos e métodos para o desenvolvimento de projetos. “Por meio de uma pergunta instigante, o professor desa a os alunos a buscarem respostas e assume o papel de orientador. Dessa maneira, ele contribui com

a construção coletiva do conhecimento e se torna responsável p e l o desenvolvimento de habilidades como comunicação interpessoal, senso de responsabilidade e a capacidade para trabalhar em e qu ip e”, e x p l i c a Elaine Marquezini, coordenadora pedagógica do e n s i n o fundamental anos nais. Aliás, uma das premissas básicas do PBL é que a maioria das tarefas sejam realizadas por meio de amplo trabalho colaborativo e a inclusão desse momento na grade permitirá, também, que os alunos do mesmo ano, de salas diferentes, formem grupos, ampliem o repertório de amizades, troquem experiências e circulem por todos os espaços do colégio em busca de respostas para o projeto, como estúdio, biblioteca, salas maker, bosque, laboratórios da área de ciências da natureza e tecnológicos, entre outros. Uma das consequências mais interessantes do método é a descoberta, por parte dos alunos,

que é possível encontrar diferentes respostas para um mesmo problema e que essas respostas surgem de caminhos variados de raciocínio e pesquisas. Para isso, poderão utilizar maquetes, jornais,

mais adequado para mostrar a resolução do problema apresentado. A coordenação pedagógica do Colégio Santo Américo, de fato, acredita que o PBL desenvolve habilidades e competências

vídeos, aplicativos, e demais recursos que o grupo considerar

como autonomia, curiosidade, capacidade de resolver

p r o b l e m a s e c r i at i v i d a d e , possibilitando que os alunos desenvolvam o protagonismo necessário para seus projetos de v i d a e f o r m a ç ã o hu m a n a , agregando habilidades essenciais para o século 21.


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