ANO X - Nº 390 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 01 A 05 DE DEZEMBRO/2020 SERRA/ES
DIVULGAÇÃO/INCA/PAXMAN BRASIL
Inca doação da touca inglesa,
tecnologia usada em quimioterapia
Distribuição Gratuita
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
8 Fácil e barata, a omelete é uma opção coringa para aqueles dias em que queremos uma refeição rápida e leve Pág. 8
JORGE PACHECO
8 Após resultado da eleição,
Maia diz que 'centro virá forte em 2022' Pág. 5
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 A Serra é uma locomotiva com centenas de vagões de oportunidades Pág. 12
Doença rara pode provocar taxas altas de gordura no sangue Pág. 9
©CC BY-SA 3.0/CARLOS CASTAÑO URIBE/CHIRIBIQUETE PETROGLYPH
Pinturas rupestres são encontradas no coração da floresta amazônica Cientistas do Conselho de Pesquisa Europeu encontraram aquilo que agora é conhecido como a "Capela Sistina da Antiguidade" no meio da oresta amazônica, com centenas de pinturas préhistóricas Pág. 7
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Janeiro. A tecnologia é usada nos melhores hospitais oncológicos do mundo. A unidade do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), especializada no tratamento de câncer de mama, é o primeiro centro
Artista subverte eurocentrismo racista com retratos incríveis de pessoas negras ©KAJAHL/ROYAL SPECTRE
Criado no século XVI, o estilo de decoração chamado de Blackamoor trazia pessoas pretas sempre em posição de servos. Fosse sustentando objetos ou posando como serviçais, o negro estava sempre colocado em um papel subserviente Pág. 10
oncológico vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer a crioterapia capilar com a chamada Touca Inglesa. A tecnologia é capaz de evitar ou reduzir a queda de cabelos induzida pela quimioterapia. O novo equipamento foi doado ao Inca pela
empresa britânica Paxman, instalada no Brasil desde 2013. A Touca Inglesa já estava disponível há mais de um ano em redes e clínicas particulares e, graças à Paxman, passará a ser oferecida a partir de agora a pacientes do SUS atendidos pelo Inca. Pág. 10
Visons sacricados na Dinamarca estão 'saindo' das covas NICOLAI DYBDAL/SHUTTERSTOCK
Uma tecnologia desenvolvida na década de 90 pelo cervejeiro inglês Glenn Paxman para a mulher Sue, que fazia quimioterapia devido a um câncer de mama, foi aperfeiçoada e está sendo objeto de um projeto-piloto no Hospital do Câncer III, no Rio de
Há relatos que alguns dos visons enterrados estão saindo das suas covas rasas por causa dos gases de nitrogênio e fósforo produzidos por sua decomposição Pág. 14
Estudantes do Ceará conquistam 1º e 2º lugar em prêmio de soluções tecnológicas ©KAUÊ VIEIRA
Na sétima edição do Prêmio Respostas para o Amanhã, programa da Samsung que por todo o mundo convoca alunos e professores da rede pública a apresentarem novidades e soluções para questões de suas regiões através de experimentação tecnológica e cientí ca, os grandes vencedores vieram do Ceará — mais precisamente da Escola Estadual de Educação Pro ssional Edson Queiroz, no município de Cascavel, região metropolitana de Fortaleza Pág. 4
Carpete reciclável é fabricado com garrafas PET Pág. 15
2 MEIO AMBIENTE
01 A 05 DE DEZEMBRO DE 2020
Tartarugas-da-amazônia Brasil tem 3.299 são soltas na natureza espécies de animais
Após o nascimento, os animais foram inseridos em tanques e permaneceram em observação até estarem aptos para irem à natureza
©UCHÔA SILVA/PARÁ2000
e plantas ameaçadas Mata Atlântica foi o bioma com mais espécies ameaçadas, tanto em números absolutos (1.989) quanto proporcionalmente (25%) ©JOSÉ MEDEIROS/ED. GLOBO
Cerca de 60 espécimes de tartarugas-da-amazônia, nascidas em Mangal das Garças, foram soltas no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, por meio de uma ação coordenada entre a Organização Social Pará 2000, que administra o Mangal e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Os esp écimes estavam recebendo cuidados especiais pela equipe técnica do Mangal das Garças desde antes do nascimento. Os ovos ganharam proteção contra predadores, por meio de ninhos especiais com contenções confeccionadas a partir de bambus e telas de metal. Após o nascimento, os animais foram inseridos em tanques e permaneceram em observação até estarem aptos para irem à natureza. O objetivo da ação foi preser var os lhotes da espécie, que no início da vida correm muitos riscos no habitat natural. "Através de critérios técnicos de avaliação, de nimos que o Parque do Utinga foi o mais adequado para este procedimento", esclarece Moema de Jesus, do Setor de Fiscalização de Fauna e Recursos Pesqueiros da Semas. Camilo Rodriguez, um dos veterinários responsáveis por cuidar das tartarugas,
comenta que a espécie em questão é classi cada como vulnerável na lista de animais de extinção e explica o modo de vida deles no Mangal das Garças. "São espécies que conseguem exercer vida livre no Mangal das Garças por conta das condições naturais que o espaço fornece. Num p e r í o d o d e aproximadamente 40 a 60 dias os ovos destas tartarugas eclodem, e a equipe técnica do Parque ca atenta ao processo de nascimento dos lhotes, pois muitos deles costumam car enterrados na areia e poucas saem por conta própria. A maioria foi resgatada pelos funcionários Mangal", conta o veterinário. Segundo o veterinário, algumas tartarugas nasceram com o umbigo exposto, que durante o período de fecundação cam conectados aos ovos. A equipe técnica teve que realizar a limpeza desta área sensível diariamente para que pudesse desinfeccionar. "Nós conseguimos recuperar 62 tartarugas-daamazônia, das quais 60 foram liberadas no Parque Estadual do Utinga e outras duas caram conosco. Só depois de garantir que todas as t ar t ar u g as e st av am nas devidas condições para a liberação, que houve de fato a soltura delas no habitat
n at u r a l " , d i s s e C a m i l o Rodriguez. A estagiária de medicina veterinária Ana Karoline Neves, explica um pouco sobre os cuidados que os funcionários do Mangal tiveram com estes animais. "Nós acompanhamos as tartarugas desde a primeira postura de fecundação delas nos lagos do Mangal das Garças, protegemos os ninhos e c uidamos dos espécimes até o momento da soltura", expõe. Rodriguez conta que além das tartarugas-da-amazônia, nasceram também três tracajás, uma tar tar uga perema e uma muçuã, que permaneceram no Parque para recompor o plantel do espaço e preservar a viabilidade genética. "Esse evento é muito importante, pois são animais muito perseguidos, seja por pre dadores ou s eja p or pessoas interessadas na carne destes. Essa reprodução em cativeiro ajuda na preservação da espécie, que cumpre uma função ecológica fundamental ", explica o veterinário do Mangal. "Além disso, o consumo de matéria orgânica que essas espécies fazem ajuda na limpeza dos espaços aquáticos contribui para a biodiversidade local", naliza Camillo Rodrigues.
O Brasil tem 3.299 espécies de animais e plantas ameaçadas, o que representa 19,8% do total de 16.645 espécies avaliadas. É o que aponta a pesquisa Contas de Ecossistemas, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE). Hoje, são reconhecidas no País 49.168 espécies de plantas e 117.096 espécies de animais. Desse total, a pesquisa analisou 4.617 da ora e as 12.262 da fauna listadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e p e l o C e n t r o Na c i o n a l d e Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Segundo o estudo, das espécies analisadas, 0,06% estão extintas, 0,01% estão extintas na natureza, 4,73% estão criticamente em perigo, 9,35% estão em perigo, 5,74% são vulneráveis, 3,98% estão quas e ameaçadas de extinção, 62,82% são menos preocupantes e 13,33% foram classi cadas como dados insu cientes, com necessidade de mais pesquisas. A Mata Atlântica foi o bioma
com mais espécies ameaçadas, tanto em números absolutos ( 1 . 9 8 9 ) q u a n t o proporcionalmente (25%). Em seguida, vêm o Cerrado, com 1.061 espécies ameaçadas, 19,7% do total de espécies do bioma, e a Caatinga (366 espécies ou 18,2%). O Pampa tem 194 espécies ameaçadas, o que equivale a 14,5%. Já o Pantanal e a Amazônia têm as mai ore s prop orç õ e s d e espécies na categoria menos preocupante (88,7% e 84,3%, respectivamente) e também o menor percentual de espécies consideradas ameaçadas (3,8% e 4,7%, respectivamente). Em números absolutos, são 54 espécies ameaçadas no Pantanal e 278 na Amazônia. A pesquisa analisou a fauna e a ora segundo sua ocorrência nos biomas e tipos de ambiente (terrestre, água doce e marinho). Uma mesma esp é cie p o de ocorrer em diferentes biomas e ambientes. Nesse sentido, 47,7% das espécies eram observadas na Mat a At l ânt i c a , 3 5 , 7 % n a Amazônia, 32,4% no Cerrado,
12,4% no mar e ilhas, 12,1% na Caatinga, 8,4% no Pantanal e 8% no Pampa. Em relação à fauna no ambiente terrestre, a maior proporção de espécies ameaçadas se encontra nas ilhas oceânicas, com 30 espécies, ou 38,5% do total de espécies terrestres no mar e ilhas. A Mata Atlântica tem um número absoluto maior de animais terrestres ameaçados (426), mas uma proporção menor (12,8% do total de espécies terrestres). Ao menos dez espécies estão extintas: as aves maçaricoesquimó, gritador-do-nordeste, limpa-folha-do-nordeste, peitovermelho-grande, arara-azulpequena e caburé-depernambuco; o anfíbio pererecaverde-de-fímbria; o mamífero rato-de-Noronha; e os peixes marinhos tubarão-dente-deagulha e tubarão-lagarto. Além dessas, uma espécie está extinta na natureza, ou seja, dep ende de prog ramas de reprodução em cativeiro: a ave mutum-do-Nordeste, observada na Mata Atlântica.
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CULTURA 3
01 A 05 DE DEZEMBRO DE 2020
Fortaleza de Maes reabre com Tobolsk: a brutal exposição Vix Estórias prisão siberiana Capixabas próxima No século 20, o presídio de segurança máxima foi responsável por prender e excetuar vítimas do regime comunista ©WIKIMEDIA COMMONS
quinta-feira (03)
Visitação será em formato on-line e também presencial, com agendamento prévio e espontâneo de público ©ASCOM/SECULT
Após quatro anos de reforma arquitetônica, o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes) reabre as portas renovado para o público capixaba, a partir da próxima q u i nt a - f e i r a ( 0 3 ) . Pa r a a reabertura, o grande destaque ficará por conta da exposição “Vix Estórias Capixabas”, que trará obras de 23 artistas locais, nacionais e internacionais c onte mp or âne o s e qu e s e relacionam com as obras de Eupídio Malaquias (1919-1999) e Dionísio Del Santo (19251999) — esse último artista, inclusive, dá nome ao museu. Na quinta-feira (03), haverá uma solenidade de abertura, às 16 horas, com a presença do governador do Estado, Renato Casagrande, e do secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha. O evento irá respeitar todos os protocolos sanitários e de distanciamento social, por conta do novo coronavírus (covid-19). Já as visitas, abertas de 04 de dezembro até 03 de março de 2021, poderão ser feitas de forma presencial e também seguindo as medidas sanitárias obrigatórias, presentes na Portaria nº 100-R, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha, “a proposta para o museu reaberto é uma maior integração com o Centro da c i d a d e, s e us mor a d ore s e fazedores da cultura, a partir da arte e para além dela. A exposição Vix celebra os 22 anos do Maes e vai contar com uma reunião muito interessante de artistas e um extenso programa de arte-educação, ampliando, assim, o alcance do conceito e dos debates da mostra”, destaca. Segundo a diretora do Maes,
FOTO: REPRODUÇÃO
N
o século passado, a Fortaleza de Tobolsk, na Rússia foi utilizada como um presídio de segurança máxima. Dentre os internos que c umpriram p ena no lo cal, estavam o escritor russo Fiódor Dostoiévski, o czar Nicolau II e milhares de vítimas do regime stalinista. Localizada na Sibéria, a prisão foi construída entre 1838 e 1855, e desativada somente em 1989. Considerado o pior presídio de segurança máxima do país, o local chegou abrigar mais de 2,5 mil presos. Vistos como inimigos do regime comunista, boa parte dos internos foram executados durante a repressão política d i s s e m i n a d a p e l a Un i ã o Soviética entre o ano de 1937 e 1938. Quartos equipados com um beliche de metal, fechaduras de ferro e portas muito pesadas configuravam as solitárias da prisão siberiana. Sem luz natural,
algumas celas eram tão minúsculas e insalubres, que era quase impossível permanecer em pé dentro de algumas delas. O brutal local foi palco de inúmeras execuções e torturas de pessoas que foram consideradas inimigas do regime stalinista e comunista. Em seus escritos, posteriores, o russo Fiódor Dostoiévski relatou as angústias e agruras que enfrentou e n qu a nt o e s t e v e pre s o n a Fortaleza de Tobolsk. Acreditase, ainda, que o local era tão protegido, que ninguém nunca tenha escapado. Além do renomado escritor, o czar Nicolau II também foi preso no local. O último Imperador da Rússia e a sua família foram aprisionados em Tobolsk e, posteriormente, enviados à Casa Ipatiev em Ecaterimburgo, onde foram fuzilados durante uma emboscada, no dia 15 de março de 1917. O l o c a l q u e s e r v iu p a r a
aprisionar os op ositores e inimigos de Stalin, atualmente abriga um insólito museu. Anualmente, milhares de turistas do mundo inteiro, pagam para ter a experiência de dormir uma noite em uma das celas da Fortaleza de Tobolsk. Imagens exibidas no Museu da Fortaleza, foram colocadas do lado de fora de cada cela, com objetivo de conectar a experiência vivida entre os presos e os visitantes. Além disso, há filmagens que retratam como era o cotidiano no lugar. Segundo os retratos exibidos no Museu da Fortaleza, era comum se deparar com prisioneiros sujos tomando sol de uniforme. Carregando pesadas correntes nos pés, era possível, ainda, se deparar com internos cortando lenha para as fornalhas, para se aquecerem das longas noites frias e solitárias nesta brutal prisão siberiana. (AVENTURAS NA HISTÓRIA)
CMA publica livro infantil sobre peixe-boi DIVULGAÇÃO
nasceu. Os pesquisadores, à época, acreditavam que o peixe marinho já estivesse sido extinto
no estado de Pernambuco, quando Xica apareceu. Ela foi capturada ainda filhote na Praia de Pont a de Pe dras, município de Goiana, litoral norte de Pernambuco. O animal passou sete anos num tanque na Fazenda Tabatinga, até ser doada à Prefeitura do Recife, em 1970, e virar atração na Praça do Derby, área central de Recife. Em 2020, Xica completaria 70 anos de idade e mais de 50 anos em cativeiro. A fêmea de peixe-boi morreu em 14/06/2015, após entrar para história como a primeira peixe-boi a ter filhote em cativeiro no Brasil.
e do museu, a exposição coletiva “Vix Estórias Capixabas” foi elaborada a partir de obras de dois artistas capixabas presentes no acer vo do mus eu — o serígrafo Dionísio Del Santo, que dá nome ao museu, e o pintor Eupídio Malaquias — e que estarão reunidas com propostas artísticas de mais 23 artistas contemporâneos locais e de outros Estados. Para Ana Luiza Bringuente, “é uma grande honra saber que vamos utilizar parte do conceito de dois artistas que não estão mais vivos, Eupídio e Dionísio Del Santo, e que estabelecem relações com um grupo enorme de artistas contemporâneos, que fazem parte do nosso acervo, ou seja, que é patrimônio do nosso Estado. É com ele que a gente está dialogando e isso é muito i m p o r t a n t e e m s e r d i t o”, acrescenta. A mostra tem curadoria artística do pesquisador e h i s t o r i a d o r d a a r t e Jú l i o Martins. De acordo com o texto do curador presente no catálogo da exposição, “a VIX Estórias Capixabas reinaugura o Maes e celebra 22 anos do museu, com reflexões acerca da historiografia da arte local, aspirando revisões, reescritas inclusivas, visibilidade e inserção nas narrativas de alcance nacional”. LUCIANO DANIEL
Foto Antiga do ES EMANUEL NUNES/ESTADO ESPÍRITO SANTO (BR), MEMÓRIA/FACEBOOK
O C ent ro Naciona l de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) publicou, no início de novembro, o livro infantil “Sou Xica — O peixe-boi da Praça do Derby”. O livrinho infantil conta, de forma lúdica, a trajetória de vida do peixe-boi mais famoso do Brasil: Xica, uma fêmea, que fez com que o País conhecesse a espécie e ainda deu de presente aos br a s i l e i ro s o pr i m e i ro filhote de peixe-boi marinho nascido em cativeiro. A publicação do livro faz parte das comemorações dos 40 anos de criação do CMA. Xica divulgou sua espécie e trouxe esperança para conservação e sobrevivência de animais que não eram mais conhecidos no País quando ela
Ana Luiza Bringuente, após uma série de reformas que levaram um período de quatro anos, o local recebeu obras de acessibilidade, adequação da Reserva Técnica, ampliou área expositiva e criou espaços de convivência que se somam às exposições e ações educativas. “O museu passou por uma re e st r utu r a ç ã o n o e sp a ç o expositivo, na reserva técnica onde fica acomodado o seu acervo. Esperamos que o Maes prop orcione o est ímu lo à pesquisa, sem contar as ações dos projetos educativos que contemplem toda a sua diversidade, pois é um p at r imônio feito p ara s er revisitado. A expectativa é que as ações do museu cheguem a todas as camadas sociais e que sociedade saiba que o museu p e r t e n ç a a e l a s . Te m o s o entendimento que a arte tem de ser para todos”, afirmou Ana Luiza Bringuente. Outro destaque após a reforma arquitetônica é a abertura de novas janelas ao redor do segundo andar e a abertura de uma claraboia envidraçada, situada na parte superior do museu, que permite a iluminação natural ao espaço expositivo e o torna permeável à paisagem do Centro. Numa mescla entre o contemporâneo e o tradicional, ressaltando a história da cidade
Antiga ponte de madeira sobre o Rio Jacaraípe, anos 1970. Desativada para passagem de veículos na mesma década. Acervo Paulo Mian
4 EDUCAÇÃO
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Estudantes do Ceará conquistam 1º e 2º lugar em prêmio de soluções tecnológicas ©KAUÊ VIEIRA
de Educação Pro ssional Edson Q ueiroz, no município de Cascavel, região metropolitana de Fortaleza. O projeto vencedor, intitulado “Vespertílio 01 — robô semeador para a agricultura familiar”, consiste em um robô capaz de ajudar produtores locais no plantio de sementes.
movido por energia solar. A ideia é que a tecnologia possa bene ciar agriculturas familiares aument ando a pro duç ão e reduzindo o esforço dos agricultores propriamente — além de aumentar a produção de alimentos a um custo menor e reduzir o impacto de tal
©KAUÊ VIEIRA
Na sétima edição do Prêmio Respostas para o Amanhã, programa da Samsung que por todo o mundo convoca alunos e professores da rede pública a apre s e nt are m n ov i d a d e s e soluções para questões de suas regiões através de experimentação tecnológica e
cientí ca, os grandes vencedores vieram do Ceará — mais precisamente da Escola Estadual
Mas não somente: o robô agricultor de Cascavel é todo feito com material reciclável e
produção sobre o meio ambiente. Aos vencedores, para além de prêmios já recebidos como
mentorias e notebooks, foi oferecido, a cada estudante, um smartphone Samsung e, para a escola, uma Smart TV Samsung. “A qualidade do projeto que desenvolveu o robô semeador re ete, por um lado, o compromisso dos educadores com a educação pública e, por outro, o compromisso dos jovens estudantes com seu próprio aprendizado e com a criação de um futuro mais inovador e sustentável. Essa experiência precisa ser conhecida e reconhecida em todo o Brasil”, a rmou Anna Helena A ltenfelder, presidente do Conselho e diretora-executiva interina do Cenpec Educação, organização por trás da coordenação técnica do prêmio. Mas a celebração em Cascavel não se resumiu à primeira colocação: com o projeto “CapSeed: Revestimento de Sementes com Goma Sustentável”, o segundo colocado também veio do município cearense. Ta l p r o j e t o c o n s i s t e n o desenvolvimento de um
O robô cearense do projeto vencedor do prêmio
revestimento capaz de prolongar a vida útil de sementes, a m de otimizar o armazenamento e, com, isso o plantio ao m — e combater o desperdício. A “prata” cou com alunos da Escola Ronaldo Caminha Barbosa, que sintetizaram o re vest imento. A terceira colocação cou com o projeto “Materiais à base de grafeno sintetizados eletroquimicamente para remoção de corantes têxteis usados no polo de confecção do Agreste Pernambucano”, de estudantes do Instituto Federal de Pernambuco, no Recife. Não é
de hoj e que os estudantes cearenses se destacam em suas produções cientí cas: esse é o segundo ano consecutivo que estudantes cearenses dominam o Prêmio Respostas para o A m a n h ã . A l é m d i s s o, e m diversas olimpíadas de matemática recentes os representantes do estado conquistaram títulos importantes, e recentemente um grupo de alunos da cidade de Pindoretama desenvolveram um capacete com sensores capaz de ajudar na locomoção de pessoas com de ciência visual.
MEC não deve homologar aula remota em 2021 ©DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
O Ministério da Educação (MEC) não deve homologar a decisão do Conselho Nacional de Educação (CNE) de permitir o ensino remoto até dezembro de 2021. A intenção do governo federal, segundo fontes, é a de estimular uma volta presencial das escolas, mas acaba deixando uma lacuna n a s d i re t r i z e s p a r a Estados e municípios. Uma resolução do CNE com o artigo que
permite continuar a educação on-line por causa da pandemia está, desde o dia 7 de outubro, aguardando o aval do governo federal. Com a negativa, Estados e municípios carão sem diretrizes o ciais sobre o assunto para escolas públicas e particulares. Os conselhos estaduais e municipais costumam esperar a homologação do MEC para fazer seus documentos locais com base na resolução
Milton Ribeiro assumiu o MEC em julho, substituindo Abraham Weintraub e prometendo ter um estilo mais moderado federal. Segundo especialistas, isso pode
levar à judicialização já que a continuidade de ensino remoto é dada como certa em 2021. Mesmo com uma eventual redução no número de casos, secretários de Educação a rmam que vai ser preciso ao menos usar o ensino híbrido. Isso porque os protocolos
exigem distanciamento nas salas de aula. Para que os alunos quem a 1,5 metro um do outro não é possível que todos estejam ao mesmo tempo presencialmente. Não há espaço su ciente na maioria das escolas. Em live na semana passada com o presidente Jair
Bolsonaro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que o “parecer do MEC é em defesa do ensino presencial” sem m e n c i o n a r o d o c u m e nt o. At é a semana passada havia a expectativa de que o MEC homologasse a resolução sem restrição. Ta m b é m d u r a n t e a transmissão ao vivo, Bolsonaro reclamou que muitas crianças não conseguem fazer aulas a distância, apesar de a lha dele não ter problemas porque “a mãe ca em cima”. Apesar dessa lacuna no ensino básico, segundo apurou o Estadão, o MEC deve editar uma portaria para dar suporte ao ensino r e m o t o n a s universidades privadas.
POLÍTICA 5
01 A 05 DE DEZEMBRO DE 2020
Jorge
Analista Político
Pacheco
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta//A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro”, Albert Einstein ALEXANDRE MARCHETTI/IB
Após resultado da eleição, Maia diz que 'centro virá forte em 2022'
A ONU anunciou nesta terça-feira (1) que serão necessários 35 bilhões de dólares para ajudas em 2021, em meio a uma pandemia que deixou milhões de pessoas na pobreza e sob a ameaça da fome. O relatório anual Panorama Humanitário Mundial da organização a rma que 235 milhões de pessoas em todo o mundo precisarão de algum tipo de assistência de emergência no próximo ano, o que representa um aumento de 40% em relação a 2020.
O presidente da Câmara, Rodrigo Ma i a ( D E M - R J ) , a r m ou qu e o resultado das eleições municipais trouxe um recado para o governo de que o centro político se fortaleceu para as eleições de 2022. “Claro que o resultado da eleição tem mensagens. Em 2000, a Marta Suplicy ganhou a eleição e isso deu uma mensagem que o Lula vinha forte em 2002. Então, pro governo, o resultado da eleição mandou uma mensagem, que o
REPRODUÇÃO INTERNET
ONU prevê volta da fome e da pobreza extrema em meio à pandemia
há outros como o apresentador Luciano Huck, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e outros que podem encabeçar essa construção. Ele descartou, mais uma vez, o nome do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. “Acho que ele já está encaminhado no setor privado”, disse. A intenção dessa frente, segundo Maia, é unir também siglas da esquerda, como PDT e PSB, além de DEM, PSDB, MDB e Cidadania.
centro virá forte em 2022. Cabe agora ao governo organizar qual é o campo que vai atuar. Vai continuar com o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, com o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, estragando a imagem do Brasil no exterior? Ou vai caminhar para o centro-direita para tentar tirar um pouco do nosso espaço?”, disse Maia em entrevista ao UOL. Maia voltou a dizer também que o resultado das eleições valorizou a experiência política dos candidatos. “A s o cie dade quer um Est ado mais moderno, quer continuar até, inclusive, renovando a política. Mas ela viu que a falta de experiência é um salto no escuro e decidiu nesta eleição — acho que esse é o grande recado desta eleição — por aqueles que têm mais experiência e já demonstraram essa experiência em outros momentos da política brasileira”, disse. Maia trabalha na construção de uma frente ampla para a disputa de 2022. “Uma aliança de centro é muito mais AJUFE
complexa e representa a capacidade de diálogo e abrir mão de certas convicções”, a rmou. Ele disse que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é um nome preferencial dessa construção, mas que
do Instituto Update. “As pessoas eleitas re etem o sistema interno partidário, que não é democrático. As mulheres não conseguem vencer essas barreiras, porque elas não têm apoio, inclusive nanceiro, dos partidos”. Sempre houve resistência por parte das legendas em cumprir a lei de cotas, que não é apenas incluir mulheres em condição de candidatura, mas com chances reais de serem eleitas, diz a cientista política Malu A. C. Gatto, professora da University College London. “Para que isso seja possível, elas não somente precisam estar na lista de
com outras quatro para lançar o Mandato Coletivo Feminino. Mas, relata, esbarrou no machismo e na falta de investimento do partido. “Ganhamos R$ 1.425, que foram depositados uma semana antes da eleição. Não deu tempo nem de rodar p ap el. Nó s me s mas b anc amo s a impressão do folheto, os cartões e as redes sociais”, disse Carolina, que é especialista em política empresarial e pública para mulheres. Ainda que com poucos recursos, ela foi a que teve maior votação entre as mulheres: ao todo, 1.052. Mesmo com as cotas, as candidaturas femininas tiveram crescimento tímido. Parte da explicação tem a ver com a formação da cúpula dos partidos, que por ser majoritariamente masculina e branca, prioriza candidatos homens, segundo a cientista social Beatriz Della Costa Pedreira, diretora e cofundadora
concorrentes, mas ter acesso a recurso e a apoio partidário”. O resultado de quatro décadas de um Legislativo composto só por homens é a falta de políticas para mulheres em áreas como saúde e educação, segundo Carolina. “Eles não têm o olhar da necessidade da mulher. Por isso, a paridade de gênero é importante: para que as políticas atinjam a todos”. A eleição mostra que candidaturas de pautas identitárias avançaram, mas ainda não são maioria. “Sabemos que 81,7% dos novatos são homens e 52,7%, brancos e brancas. Pretos e pretas são 6,58%”, diz Malu Gatto. Ela explica que, ao se analisar gênero e raça, as mulheres pretas continuam sendo minoria, com apenas 1,02% de eleitos. “Houve ganhos. Mas é um espaço que vem sendo conquistado lentamente e carregando com ele essas desigualdades sociodemográ cas”.
Câmaras de 17% das cidades brasileiras não terão vereadora Apesar de as candidaturas de pautas identitárias — em defesa de grupos
NAJARA ARAÚJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
“O aumento se deve quase totalmente à covid-19”, a rmou o coordenador da ajuda de emergência da ONU, Mark Lowcock. Em 2021, uma em cada 33 pessoas no planeta vai precisar de ajuda, indica o documento. O apelo anual das agências das Nações Unidas e de outras organizações humanitárias apresenta, de modo geral, um cenário sombrio das necessidades provocadas pelos con itos, os deslocamentos, os desastres naturais e a mudança climática. A ONU adverte que a pandemia do novo coronavírus, que matou mais de 1,45 milhão de pessoas no mundo, afetou de modo desproporcional aqueles que “já vivem no o da navalha”. “O panorama que apresentamos é a perspectiva mais desoladora e sombria sobre a necessidade humanitária no período futuro que já anunciamos”, disse Lowcock. A quantia mencionada seria su ciente para ajudar 160 milhões das pessoas mais vulneráveis em 57 países, segundo a ONU. Pela primeira vez desde os anos 1990, a pobreza extrema aumentará, a expectativa de vida vai diminuir e o número de mortes em um ano por HIV, tuberculose e malária pode dobrar. “Possivelmente o mais alarmante… é a ameaça do retorno da fome, possivelmente em vários lugares”, a rmou Lowcock. No decorrer do século XXI, apenas uma crise de fome foi registrada até o momento, a da Somália há quase uma década, e um cenário de fome em larga escala parecia algo “destinado à lixeira da história”, completou. “Mas agora, as luzes vermelhas estão piscando e os alarmes estão tocando”, advertiu. Até o m de 2020, o número de pessoas com insegurança alimentar aguda no mundo pode alcançar 270 milhões, uma alta de 82% na comparação com o dado anterior à covid-19.
Depois de retomar, na segunda-feira (30), as relações diplomáticas com a Argentina, o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai se encontrar, nesta terça-feira (1º), com o chefe de Estado do Paraguai, Mario Abdo Benítez. O encontro ocorre em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante visita às obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai. A ponte entre os dois países é uma obra do governo federal, com gestão do governo do Paraná e recursos da Itaipu Binacional. O diretor-geral brasileiro da usina de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, e o governador do Estado, Ratinho Junior (PSD), também devem participar do encontro. A partir de 12 horas, os dois presidentes terão uma reunião de trabalho e, em seguida, farão uma declaração conjunta à imprensa. Bolsonaro deve retornar a Brasília ainda nesta terça, com previsão de chegada por volta das 18 horas.
País — ou 931 municípios (17% do total) — não elegeu nenhuma vereadora neste ano. O número de cidades é maior ainda do que o registrado em 2016, quando 1.292 câmaras municipais caram sem representatividade feminina. Segundo e s p e c i a l i s t a s , a c ot a d e 3 0 % d e candidatas ajudou a conquistar mais espaço, mas ainda falta investimento e apoio das siglas. Em Cotia, Carolina Rubinato (PSOL), de 38 anos, bem que tentou quebrar a sequência de 32 anos sem eleger uma só mulher no município. Ela uniu forças ESTADÃO/ANA ALCÂNTARA
Bolsonaro se encontra com presidente do Paraguai em Foz do Iguaçu nesta Terça
LGBT, feministas, antirracistas ou de povos indígenas — avançarem, a falta de representatividade ainda é realidade em boa parte dos municípios brasileiros. Levantamento feito pelo Estadão mostra que quase uma em cada cinco cidades do
6 TECNOLOGIA
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Pesquisadores criam tecnologia para eliminar metal cancerígeno da água Estudos são desenvolvidos pela USP e Unesp HENRIQUE FONTES/ASCOM DO IQSC/USP/DIREITOS RESERVADOS
Pesquisadores do Instituto de de duas horas, o mater ia l Química de São Carlos da removeu 96% do corante azul de Universidade de São Paulo m e t i l e n o e 8 8 % d o m e t a l (IQSC-USP) e do Instituto de c a n c e r í g e n o c r ô m i o . A Q u í m i c a d a Un i v e r s i d a d e membrana foi capaz de degradar Estadual Paulista (IQ-Unesp) as substâncias tanto de forma desenvolveram uma tecnologia isolada como misturadas. Segundo Rodrigues, o material para ltrar e degradar, ao mesmo tempo, metal cancerígeno e tem inúmeras vantagens em c o r a n t e q u e p o d e m s e r relação a outros materiais. “Além encontrados na água. O material é uma membrana composta de celulose bacteriana revestida por uma camada de dissulfeto de molibdênio, um metal não tóxico, que pode ser usado repetidas vezes sem HENRIQUE FONTES/ASCOM DO IQSC/USP/DIREITOS RESERVADOS perder a e cácia. A membrana percebe de ser uma matéria-prima substâncias tóxicas que não são renovável, a celulose bacteriana identi cadas pelas estações de permite a construção de um tratamento de água. material mais leve, exível, De acordo com um dos autores r e s i s t e n t e , c o m m a i o r da pesquisa, professor Ubirajara durabilidade e menos suscetível Pereira Rodrigues Filho, do a trincas. Embora nossa pesquisa I Q S C , p a r a f u n c i o n a r, a ainda seja apenas uma prova de membrana precisa de uma fonte conceito e esteja em estágio
PRECISÃO
Contabilidade (27) 3228-4068 de luz para fornecer energia para um dos componentes e, assim, estimular reações químicas que resultam na degradação dos compostos tóxicos, conforme eles se prendem na membrana. Os testes mostraram que, depois
inicial, é muito grati cante ter a possibilidade de proporcionar a quem desenvolve as estações de t rat amento de água novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida da população”, disse.
O autor principal da pesquisa e pós-doutorando do IQ-Unesp, E lias Paiva Fer reira Neto, explicou que há anos os contaminantes emergentes ( t i nt a s , me t ai s , re mé d i o s , cosméticos e produtos de higiene pessoal) são um grande desa o para os cientistas, que trabalham para buscar soluções e entenderem os impactos desses compostos. S egundo Paiva, ess as substâncias podem ser encontradas nos rios que abastecem os municípios, chegando até as torneiras. “A s e s t a ç õ e s d e tratamento de água precisam de equipamentos adequados para removê-los. Há uma necessidade muito grande de desenvolver novos materiais com propriedades melhoradas e com maior aplicabilidade para a remoção e ciente de uma ampla gama de poluentes da água”, a rmou. De acordo com ele, o estudo signi ca um grande avanço no desenvolvimento de tecnologias para a remoção de contaminantes orgânicos e inorgânicos da água e pode resultar em uma ferramenta importante para as estações de tratamento de e uentes das indústrias têxteis e de couro do estado de São Paulo. “Nos próximos passos do estudo vamos testar a nova membrana para a degradação de outras substâncias, como amostras de medicamentos e pesticidas. Por se tratar de uma tecnologia simples e escalável, nós esperamos que futuramente ela possa reduzir os custos do tratamento de águas residuais e se tornar uma solução para mitigar os desa os ambientais”, ressaltou.
Espírito Santo lança programa de incentivo à geração de energia solar Iniciativa inclui ampliação das opções de financiamento e incentivos fiscais ©ANDERS JACOBSEN/UNSPLASH
O governo do Espírito Santo anunciou, na última quinta-feira (26), o lançamento do Programa GERAR, que prevê triplicar os invest imentos em geração distribuída solar fotovoltaica e ampliar incentivos para as fontes renováveis. O programa tem o apoio da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e mostra comprometimento com as metas assumidas pelo estado para reduzir suas emissões de poluentes, contribuindo para o combate à crise climática. Um dos destaques da iniciativa capixaba é ampliação de isenções do ICMS na micro e minigeração dist r ibuíd a, a exemplo de medidas adotadas em estado líderes na solar distribuída. Segundo o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, a entidade é parceira na construção dos eixos principais desse programa e participará ativamente de sua implantação, como já é feito em vários estados brasileiros. “O Espírito Santo ocupa a 16ª
posição no ranking estadual da energia solar na geração distribuída, com mais de 73,4 megawatts (MW) em potência instalada na modalidade, totalizando cerca de 5,3 mil sistemas de geração de pequeno porte”, comenta Sauaia. “Com o novo programa, o estado se prepara para galgar novas posições no ranking estadual. A região já recebeu mais de R$ 350 milhões de investimentos de empresários e c o n s u m i d o r e s c ap i x a b a s”, acrescenta o presidente do Conselho de Administração, Ronaldo Koloszuk.
“Até pouco tempo, o estado do Espírito Santo era muito dependente de recursos fósseis. Mas, diante dos novos desa os sociais, ambientais e econômicos, o foco está hoje na direção das fontes renováveis, em especial da tecnologia solar fotovoltaica. O mercado está bastante otimista com o programa GERAR e somos p a rc e i ro s p a r a a c e l e r a r o desenvolvimento da região, com atração de capital, criação de emprego e renda e com s u s t e nt abi l i d a d e”, c on c lu i Koloszuk.
Novo modelo de bike elétrica portátil chega ao Brasil Ozo-a Hero é leve e pode ser guardada em espaços menores, mas o valor de mercado ainda é um obstáculo ©DIVULGAÇÃO/ELETRICZ
Para fugir dos grandes congestionamentos, as pessoas estão substituindo o transporte convencional por outros modais. A bicicleta elétrica, por exemplo, desponta como uma das propostas de transporte que mais cresce: ao todo já são cerca de 70 milhões de bikes (convencionais e elétricas) rodando pelo País, segundo a Ass o c i a ç ã o Br a s i l e i r a d o s Fabricantes de Motocicletas, C i cl om otore s , Moton e t a s , Bicicletas e Similares (Abraciclo). E o mercado brasileiro tem um n ovo m o d e l o d e bi c i c l e t a elétrica: a Ozo-a Hero tem um design ousado e é portátil. A nova bike, lançada pela Eletricz, é da marca israelense Inokim,
fabricante de micros modais elétricos. A bicicleta elétrica portátil, portanto, tem despontado como uma opção inteligente, sustentável e muito versátil para a mobilidade urbana no dia a dia, pois cabe facilmente em qualquer cantinho. A bicicleta é bivolt, e equipada com um motor de 240 W, que lhe garante velocidade máxima de 25 km/h. Sua autonomia com uma única carga chega a até 60 quilômetros com o auxílio dos pedais. Se o usuário utilizar a bike sem pedalar, a autonomia cai para até 32 quilômetros. A bateria de lítio (36 V/7,8 Ah) é removível (com um sistema de trava antifurto), permitindo que o usuário a retire facilmente e a
leve para dentro de casa para ser recarregada na tomada residencial. O tempo de recarga (aproximado) é de quatro horas. A Ozo-a Hero é leve graças às peças e estruturas de alumínio e dimensões compactas — o peso da bike é de cerca de 22 kg. Aberta, pronta para ser usada, ela mede 137 cm de comprimento, 59 cm de largura e 101,5 de altura. Com o guidão dobrado, sua altura é reduzida para 77 cm (as outras medidas não mudam), para facilitar a colocação num porta-malas ou num cantinho do escritório, por exemplo. A bike tem capacidade para transportar até 100 kg. O modelo é equipado com freios a disco na dianteira e na traseira e seus pneus são aro 16. Ela também conta com sistema de suspensão traseiro. O valor de venda é de R$ 9.882,00 à vista. A empresa oferece opções de parcelamento pelo site de 12 prestações xas de R$ 915,00 (R$ 10.980,00 a prazo) ou na loja física de São Paulo, onde pode ser adquirida em até 18 prestações xas de R$ 610,00 ou à vista, por 9.882,00 (já com 10% de desconto).
CIÊNCIA 7
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Pinturas rupestres são Fóssil de pássaro dentuço encontradas no coração que viveu há 68 milhões de da floresta amazônica anos é encontrado em Madagascar
Cientistas do Conselho de Pesquisa Europeu encontraram aquilo que agora é conhecido como a "Capela Sistina da Antiguidade" no meio da floresta amazônica, com centenas de pinturas pré-históricas ©CC BY-SA 3.0/CARLOS CASTAÑO URIBE/CHIRIBIQUETE PETROGLYPH
A des cob er ta de uma das maiores galerias de arte préhistórica do mundo ocorreu nas profundezas da oresta amazônica, próximo do Brasil e da Colômbia. Os pesquisadores, liderados por José Iriarte, encontraram no local uma grande quantidade de pinturas rupestres. Datadas de aproximadamente 12.500 anos, as rochas com as pinturas foram chamadas de "Capela Sistina da Antiguidade" devido à grande quantidade de imagens gravadas nas rochas. De acordo com o Channel 4, os pesquisadores descobriram o local em 2019, mas mantiveram a descoberta em segredo, só revelando as pinturas há poucos dias. Um documentário sobre a
©DIVULGAÇÃO
descoberta será emitido no dia 5 de dezembro, chamado "Mistério: os Reinos Perdidos da Amazônia". Na s pi nt u r a s é p o s s í v e l encontrar imagens de animais extintos da Era do Gelo. Entre as imagens estão camelos, preguiças grandes e cavalos préhistóricos, retratados com grande precisão.
Além dos animais mencionados, t amb ém há imagens rupestres de tartarugas, peixes, pássaros, lagartos e pessoas dançando. José Iriarte acredita que haja muitas outras pinturas por descobrir e a rma que os trabalhos no local serão retomados logo após o m da pandemia.
Fim do Sistema Solar pode estar mais próximo do que se imaginava, arma estudo ©PIXABAY/WIKIIMAGES
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Astrônomos e físicos têm tentado decifrar o destino nal do Sistema Solar durante centenas de anos. Um dia, nosso Sol vai morrer, expulsando uma grande parte de sua massa, antes que seu núcleo se encolha e se converta em uma anã branca, perdendo gradualmente calor até que, bilhões de anos depois, não seja nada mais do que uma rocha fria, escura e morta. Porém, o restante do Sistema Solar terá desaparecido antes. Segundo novas simulações de um grupo de pesquisadores norteamericanos, os planetas de nosso Sistema Solar mais afastados vão levar somente 100 bilhões de anos (que é menos do que se pensava antes) para atravessar a galáxia, deixando para trás o Sol moribundo. “Compreender a estabilidade dinâmica a longo prazo do Sistema Solar constituiu uma das buscas mais antigas da astrofísica, remontando ao próprio Newton, que especulou que as interações mútuas entre planetas eventualmente conduziriam a um sistema instável”, escreveram os autores do estudo, publicado pela e
Espécie é um intermediário da evolução dos dinossauros terrestres. “Sabíamos que era algo muito especial”, disseram os responsáveis pela descoberta
Astronomical Journal. Além disso, não é somente a dinâmica dos objetos imutáveis que deve ser levada em conta, segundo os astrônomos. O Sol vai evoluir à medida que envelhece fora da sequência principal, aumentando até um tamanho que envolverá as órbitas de Mercúrio, Vênus e a Terra e perdendo quase metade de sua massa durante os próximos sete bilhões de anos. Os planetas exteriores, mais afastados, vão sobreviver a esta evolução, porém, não vão escapar totalmente “ilesos”: dado que a atração gravitacional da massa do Sol é o que governa as órbitas dos planetas, a perda de peso do astro vai fazer com que os planetas exteriores se distanciem BOB BEHNKEN ainda mais, debilitando sua conexão com nosso Sistema Solar. Os astrônomos norteamericanos Jon Z ink, da Universidade da Califórnia, Konstantin Batygin, da Caltech, e Fred Adams, da Universidade de Michigan, interpretaram em seu novo artigo um cenário utilizando uma série de simulações numéricas. Estas
simulações exploram o que o cor rer ia com os planet as exteriores de nosso Sistema Solar depois que o Sol consuma os planetas interiores, perca metade de sua massa e comece sua nova vida como anã branca. A equipe mostrou como os planetas gigantes migrarão para mais longe em resposta à perda de massa do Sol, formando uma con guração estável na qual Júpiter vai orbitar cinco vezes por cada duas órbitas de Saturno. Contudo, nosso Sistema Solar não existe de forma isolada: existem out ras est relas na galáxia, e uma delas passa p r ó x i m a d e n ó s aproximadamente a cada 20 milhões de anos. Jon Zing e seus colaboradores incluíram os efeitos destas outras estrelas em suas simulações. Eles demonstraram que, dentro de 30 bilhões de anos, as interferências nos planetas exteriores serão tais que a con guração estável se t or n a r á c a ót i c a , l a n ç a n d o rapidamente a maioria dos planetas gigantes para fora do Sistema Solar. Desta maneira, dentro de 100 bilhões de anos, mesmo os ú lt imos pl anet as rest antes também serão desestabilizados pela in uência de outras estrelas e expulsos do Sistema Solar. Depois da deslocação, os planetas gigantes vão vaguear independentemente pela galáxia, se unindo a agrupamentos de planetas que utuam livremente sem estrelas an triãs.
O crânio de um pássaro do tamanho de um corvo, que viveu há 68 milhões de anos, parecido com um tucano em miniatura, foi descoberto em Madagascar. O animal foi apelidado de “Falcatakely”, que signi ca “pequeno bico de foice”, nome dado devido ao seu bico curvo e alongado com um único dente na ponta. Os especialistas dizem que a espécie seria como um exemplar dos estágios intermediários da evolução — à medida que os pássaros modernos emergiram de seus ancestrais, os dinossauros terrestres. Na época em que o pássaro estava vivo, Madagascar estava
inundada de animais bizarros, em parte devido ao seu isolamento geográ co após a separação da Índia continental, há 88 milhões de anos. A Ilha, agora, ca na costa leste da África e é uma terra tropical que abriga muitas espécies, mas no nal do Cretáceo, quando Falcatakely viveu, era uma região semiárida e altamente sazonal. S eu clima e isolamento signi cavam que o incomum pássaro parecido com o tucano vivia ao lado de um crocodilo comedor de plantas de nariz achatado e de um mamífero p are cido com um texugo, chamado 'Adalatherium'.
Embora apenas um dos dentes do pássaro tenha sido encontrado, os especialistas acreditam que ele possa ter tido mais alguns quando estava vivo. Além do mais, a preservação excepcional do fóssil permitiu que os cientistas criassem um modelo 3D do pássaro. A nal, esqueletos de pássaros — especialmente crânios — são raros no registro fóssil por causa de seus ossos leves e tamanho pequeno. “Quando a face começou a emergir da rocha, sabíamos que era algo muito especial, se não inteiramente único”, disse o professor Patrick O'Connor, da Universidade de Ohio. “Os pássaros do Mesozoico com faces tão altas e compridas são completamente desconhecidos. Falcatakely oferece uma grande oportunidade para reconsiderar as ideias sobre a evolução da cabeça e do bico na linhagem que leva aos pássaros modernos”, concluiu. O estudo completo foi divulgado no último dia 25 de novembro, na revista Nature.
Antigo sistema de saneamento básico romano é descoberto na Turquia O templo encontrado na cidade de Suat servia como local de adoração ao deus Vishnu e foi construído durante o período Shahi
©SPUTINIK/VITALY TIMKIV
Durante as escavações, que terminaram este ano, a equipe liderada pelo professor Irfan Yildiz, da Universidade Dicle, do Ministério da Cultura e Turismo d a Tu rqu i a d e s c o br iu u m sistema de esgoto básico de 1.800 anos. De acordo com o professor, citado pela agência de notícias Anadolu, o sistema de saneamento remonta aos tempos romanos. "O nível da tecnologia qu e te ste mu n hamo s ne ste sistema de saneamento básico romano é imponente", a rmou. A região já abrigou diversas
civilizações, como urartianos, persas, romanos, omíadas, abássidas, seljúcidas, artuqidas e otomanos. Anteriormente, no
local, foram encontradas tubulações de água de 1.800 anos e túmulos de 1.700 anos.
8 BEM-ESTAR
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GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
Projeto da USP usa
Nutricionista - CRN:14100665
futebol para recuperar Omelete de mandioquinha memórias perdidas pelo com carne-seca Alzheimer GUIA DA COZINHA
©ISTOCK
O futebol tem o poder de mexer com as emoções das pessoas; ainda mais no Brasil, considerado o País do futebol. Pelé, Garrincha, Ademir da Guia e tantos outros craques que des laram pelos gramados, hoje, assumiram nova posição fora das quatro linhas. Mas o projeto Revivendo Memórias, do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das C l í n i c a s d a Fa c u l d a d e d e Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), em p arcer ia com o Mus eu do Fut e b o l , e s t á c onv o c a n d o novamente todos os grandes craques e suas conquistas no futebol para juntos marcarem novos "golaços", ajudando idosos a relembrar momentos importantes de suas vidas. Pioneiro no Brasil, o projeto t e m a ç õ e s p a r a e s t i mu l a r pacientes com Alzheimer a lembrarem momentos vividos na infância e juventude, usando o futebol como gatilho. Para entender a dimensão da iniciativa, basta conferir os dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), mostrando que mais de 33% dos idosos no Brasil têm algum tipo de demência e, desse total, entre 40% e 60% dos casos, o diagnóstico é de Alzheimer. "O projeto utiliza memórias ligadas a paixões que as pessoas tiveram durante a vida como forma de estimular aqueles que têm algum comprometimento cognitivo e também uma forma de evitar o isolamento dessas pessoas", destaca Leonel Takada, neurologista do HC-SP e um dos responsáveis pelo projeto. Segundo Takada, o futebol foi
(27) 3337-2008
escolhido como gatilho para despertar as lembranças dos idosos por ser uma paixão nacional que pode despertar o interesse das pessoas que "têm memórias ligadas a jogadores, campeonatos e até das copas". Cofundador e coordenador do projeto, Carlos Chechetti conta que os estímulos são feitos através de imagens e narrações antigas de jogos de futebol. Dessa forma, segundo ele, além de lembrar dos jogadores ou do time do coração os idosos acabam lembrando de outros momentos importantes de suas vidas. E é isso mesmo que o projeto busca. Os fatos do futebol são usados como gatilho para que sejam encontradas as memórias emocionais de cada idoso. As atividades que usamos fazem "com que eles lembrem desses jogos, dessas paixões, de jogadores e, com isso, lembrem de mais coisas também, por exemplo, com quem ele foi ao jogo, quando foi o jogo, muitas vezes, lembram até dos gols". Conta Chechetti que a ideia do projeto nasceu após uma visita ao Football Memories, evento realizado na Escócia que, da mesma forma, usa o futebol como forma de fazer os idosos re viverem suas memór ias. Depois de conhecer o programa, Chechetti entrou em contato com o Museu do Futebol, em São Pau l o, qu e l o go a c e itou a parceria. Para Iale Cardoso, c o o r d e n a d o r a d o Nú c l e o Educativo do museu e responsável por fazer as interações com os pacientes, "a gente se encantou pelo projeto e
abraçamos de cara e com muito ânimo essa parceria", relembra. Os encontros acontecem desde 2019, mas, neste ano, por conta da pandemia, também precisou se reinventar. Os organizadores decidiram criar o Revivendo Memórias #EmCasa, em que as reuniões acontecem por videoconferência. Iale destaca que, além da importância dos estímulos cognitivos, o programa também ajuda na inclusão social e cultural e, agora, durante a pandemia, na inclusão digital do idoso, já que, neste caso, os participantes também aprendem a mexer no computador e em aplicativos de videochamadas. O projeto é feito por voluntários, não tem custos e também não recebe recursos. Chechetti destaca que já está procurando parceiros para patrocinar o projeto, "para que possa se expandir e atender mais pessoas no Brasil todo". Segundo ele, a ideia é difundir tanto o Revivendo Memórias pre s e n c i a l , ap ó s o m d a pandemia, e também continuar o Revivendo Memórias #EmCasa. "Nosso principal objetivo é conseguir levar esse projeto para pessoas de baixa renda, em q u a l q u e r l u g a r, p o r q u e , infelizmente, não tem muitas coisas para pessoas de baixa renda no Brasil, principalmente na área de demência", destaca Chechetti. Para participar do programa, de forma online, é preciso agendar pelo e-mail agendamento@museudofutebol. org.br. Ou então, pelo telefone (11) 99113-0226.
F
ácil e barata, a omelete é uma opção coringa para aqueles dias em que queremos uma refeição rápida e leve. Além disso, a receita pode levar diversos outros ing re dientes que est ão na geladeira para dar uma turbinada e deixar o resultado nal ainda mais incrível. Já pensou em fazer uma omelete de forno? Ou, quem sabe, uma versão feita no liquidi cador? Quando a fome bater e quiser sair do convencional de forma rápida, experimente essa receita diferente de omelete que vai deixar sua refeição ainda mais especial. Con ra!
2 xícaras (chá) de carne-seca dessalgada, cozida e des ada Sal, pimenta-do-reino e cheiroverde picado a gosto 1 xícara (chá) de requeijão tipo Catupiry®
Modo de preparo Para o recheio, em uma panela, derreta a manteiga, em fogo médio, e refogue a cebola e o alho por três minutos. Junte a carneseca e refogue por mais dois minutos. Tempere com sal,
pimenta e cheiro-verde. Misture o C atupir y® e res er ve. No liquidi cador, bata os ovos com a mandioquinha. Tempere com sal e pimenta. Em uma frigideira antiaderente untada, em fogo médio, coloque metade da mistura, deixe dourar, vire e deixe dourar do outro lado. Coloque metade do recheio e dobre a omelete ao meio. Faça o mesmo procedimento com os ovos e o recheio restantes. Sirva em seguida. Fonte: Terra
Ingredientes 4 ovos 3 colheres (sopa) de mandioquinha cozida e amassada Sal e pimenta-do-reino a gosto Manteiga para untar
Recheio 2 colheres (sopa) de manteiga 1 cebola picada 2 dentes de alho amassados
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
SAÚDE 9
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Doença rara pode provocar taxas altas de gordura no sangue Conheça a Síndrome da Quilomicronemia Familiar (SQF), doença que afeta o metabolismo de gorduras no organismo e pode provocar complicações sérias REPRODUÇÃO/R7
Você sabia que há uma doença genética rara chamada Síndrome da Quilomicronemia Familiar (SQF) e que afeta o metabolismo de gorduras no corpo fazendo com que a pessoa apresente altas taxas de triglicerídeos no sangue? Pouco frequente na população — ela afeta, em média, uma pessoa em cada um milhão, a SQF acontece por uma falha no DNA, que por sua vez faz com que a enzima responsável pela quebra de gordura (conhecida por lipase lipoproteica) não funcione, ou funcione de forma parcial, levando a essa alta de triglicerídeos que se acumulam em quantidade muito alta na corrente sanguínea. Uma das características da doença é a observação de, em um exame laboratorial de rotina, sangue de uma pessoa com SQF apresentar aspecto viscoso, justamente pela quantidade excessiva de gordura circulante. Para entender melhor, uma pessoa sem essa doença genética pode apresentar em torno de 150mg/dL a 200 mg/dL de triglicérides no sangue. Já quem tem SFQ, os valores podem chegar a ser até 100 vezes mais altos, o que deixa a saúde da pessoa em risco.
Mas erra quem pensa que, por ser uma gordura, os triglicérides aumentam o risco de infarto ou AVC. Na verdade, o risco dessa quantidade excessiva é a pancreatite aguda, uma grave in amação no pâncreas e que pode levar à morte se não tratada rapidamente. Por ser uma doença genética que afeta o metabolismo de gorduras do organismo, o diagnóstico só pode ser con rmado por meio de um exame genético. Porém, com exames de sangue comuns — como os que medem o nível de triglicérides sanguíneos — o
médico poderá suspeitar da doença, já que esses níveis costumam ser extremamente altos em quem tem SQF quando em relação à população geral. Além disso, queixas como: dores abdominais, sinais na pele (xantomas), bem como o exame de fundo de olho alterado (aspecto esbranquiçado em vez de coloração avermelhada) podem fornecer ao médico uma pista de que a pessoa pode ser portadora de SQF. A pancreatite provocada pelo excesso de triglicérides em circulação acontece porque essa alta taxa de
gordura provoca uma in amação no pâncreas, pois se acumula nos vasos sanguíneos do pâncreas, provocando uma obstrução e posterior destruição das células pancreáticas. Outra complicação da doença, embora esta de menor gravidade em relação à pancreatite, é o aumento de gordura no fígado, causada pelo excesso de triglicérides. Se não tratada em tempo hábil, pode se agravar e provocar cirrose. Além disso, a doença também está associada à anemia, bem como ao aumento do baço.
A S í n d r o m e d a Quilomicronemia Familiar (SQF) também pode provocar xantomas, que são manifestações na pele que indicam alguma alteração no metabolismo de gorduras no organismo. No caso da SQF, os xantomas geralmente surgem quando os níveis de triglicerídeos ultrapassam os 2.000mg/dl. Eles podem surgir em diversas partes do corpo, sendo mais comuns nas costas, abdômen, nádegas, parte posterior das coxas e braços. Para que eles retrocedam e desapareçam, é necessário tratar a doença, que atualmente envolve uma dieta restrita em gorduras. Diagnosticada por um médico e por meio de exames genéticos, a única forma de controle da SQF é por meio de uma dieta restrita em gorduras, que possa diminuir drasticamente a ingestão de triglicérides, já que o corpo não cons egue met ab olizá-los e eliminá-los adequadamente. Portanto, quem tem SQF deve seguir uma dieta que permite até 15% do valor calórico diário em gorduras, no máximo. Como a quantidade calórica diária varia de pessoa para pessoa, um nutricionista poderá calcular o
valor exato individualmente. Além da restrição de gorduras, a dieta para SQF também orienta a exclusão de álcool, açúcar e re nados, já que o excesso deles se transforma em gordura no organismo. Portanto, quem tem SQF deve priorizar carboidratos complexos, vegetais, grãos integrais, proteínas magras, frutas (desde que com moderação), bem como leites e derivados desnatados e sem açúcares adicionados. Por causa da dieta restrita em gorduras e que impede o consumo de diversos alimentos que carregam nu t r i e nt e s i mp o r t a nt e s , a suplementação vitamínica pode ser necessária e é frequentemente prescrita pelo médico/nutricionista. As principais de ciências que precisam ser supridas em quem tem SQF e faz a dieta restrita em gorduras são os ácidos graxos essenciais (ômega-3 e 6), bem como vitaminas lipossolúveis (A, E, D e K), já que elas necessitam de gordura dos alimentos para serem absorvidas, gordura tal que não está su cientemente presente na alimentação de quem tem SQF.
Hipoglicemia grave aumenta Benefícios do colágeno o risco de quedas em idosos com diabetes tipo 2 ©ISTOCK
Tem sido postulado que a hipoglicemia (queda da taxa de glicose no sangue) contribui para o risco de quedas em idosos com diabetes tipo 2. No entanto, poucos estudos examinaram prospectivamente a associação entre hipoglicemia grave e quedas, ambas causas importantes de morbidade e mortalidade. Pesquisadores da University of
California, em San Francisco usaram dados do estudo At h e ro s cl e ro s i s R i s k i n Communities para identi car 1.162 participantes com diagnóstico de diabetes na visita médica de número 4 (1996 a 1998). Os autores avaliaram a associação entre hipoglicemia grave e quedas. Os pesquisadores descobriram que 149 participantes (12,8 por
cento) já tiveram um evento hipoglicêmico grave antes do início do estudo ou durante a mediana de 13,1 anos de acompanhamento. A taxa de que d as ent re p ess o as s em hipoglicemia grave foi de 2,17 por 100 pessoas-ano versus 8,81 p or 100 p ess o as-ano p ara indivíduos com hipoglicemia grave. A hipoglicemia grave foi associada a um maior risco de quedas em uma análise ajustada. Os resultados foram consistentes ao examinar subgrupos por idade, sexo, raça, índice de massa corporal, duração do diabetes ou di culdade funcional. O estudo concluiu que a hipoglicemia grave está associada a um risco substancialmente maior de quedas entre adultos que vivem na comunidade com diabetes tipo 2.
Pele, ossos, articulações, tendões e ligamentos. Eis as principais partes do nosso corpo que se bene ciam do colágeno — a proteína mais abundante do organismo, que garante coesão, elasticidade e força de todos esses tecidos conjuntivos. Quando tudo está funcionando de forma correta, o corpo é completamente capaz de manter a síntese e o equilíbrio dessa substância. “Entretanto, a partir dos 30 anos de idade, a capacidade de produção de colágeno se reduz naturalmente. Nas mulheres, esse processo se acelera com a chegada da menopausa”, explica Andréa Moura, química e diretora de vendas e marketing da A m é r i c a L at i n a n a Rousselot, empresa que é líder global em soluções baseadas em colágeno e produtora da marca Peptan®. Na p ele, p or exemplo, é possível observar um possível aumento de vincos, sulcos e rugas. Diminuição da mobilidade, mudanças no andar e maiores riscos de queda também costumam estar at r e l a d o s a o p r o c e s s o d e envelhecimento e à consequente
pro ssional da saúde para que el e av a l i e c or re t ame nte o objetivo e a quantidade da suplementação, além de realizar o ajuste periódico da dose sempre que necessário”, ressalta Andréa Moura. Atualmente, a tecnologia p er mite divers os t ip os de s olu ç õ e s nut r i c i onais qu e auxiliam no aporte de colágeno e facilitam o dia a dia, como alimentos lácteos, bebidas ANDRESR/ISTOCK/DIVULGAÇÃO prontas para o consumo, suplementos em pó e barras nutritivas, além dos tradicionais comprimidos e cápsulas. O reforço da substância traz diversos benefícios para a beleza da pele, o conforto na mobilidade e o bem-estar n o p r o c e s s o d e envelhecimento. “É importante mencionar que os O avançar da idade combinado benefícios são exclusivamente com as particularidades do estilo baseados em estudos clínicos, as de vida faz da suplementação de alegações para o uso desses colágeno uma estratégia benefícios dependem das importante a ser considerada. aprovações das agências “Apesar de não possuir nenhum regulatórias de cada país”, tipo de restrição de consumo, comenta Andréa. recomenda-se consultar um queda de colágeno no organismo. Outro grupo que merece atenção especial quando o assunto é a garantia do aporte de colágeno é o dos esportistas — sejam eles de alto impacto ou amadores, uma vez que muitos acabam s of rendo desgaste muscular e nas articulações por conta da intensidade e da repetição de movimentos.
10 GERAL
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Inca recebe doação da touca inglesa, tecnologia usada em quimioterapia Equipamento evita ou reduz a queda de cabelo Uma tecnologia desenvolvida na Touca Inglesa, uma vez que a década de 90 pelo cervejeiro ent id ade s ó disp õ e de um inglês Glenn Paxman para a equipamento que atende duas mulher Sue, que fazia ©DIVULGAÇÃO/INCA/PAXMAN BRASIL quimioterapia devido a um câncer de mama, foi aperfeiçoada e está sendo objeto de um projeto-piloto no Hospital do Câncer III, no Rio de Janeiro. A tecnologia é usada nos melhores hospitais oncológicos do mundo. A unidade do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), especializada no tratamento de câncer de mama, é o primeiro centro oncológico vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer a crioterapia capilar com a chamada Touca Inglesa. A tecnologia é capaz de evitar ou reduzir a queda de cabelos induzida pela quimioterapia. O novo equipamento foi doado ao Inca pela empresa britânica Paxman, instalada pacientes de cada vez. “A gente no Brasil desde 2013. A Touca está naquela fase de curva de Inglesa já estava disponível há aprendizado no projeto-piloto mais de um ano em redes e que vai envolver 50 pacientes, clínicas particulares e, graças à para avaliarmos os resultados e Paxman, passará a ser oferecida a ver a aceitação. A partir daí, tudo partir de agora a pacientes do dando certo, a gente pode sonhar SUS atendidos pelo Inca. em ter outros equipamentos no O diretor do Hospital do futuro”, completou o diretor. Câncer III, Marcelo Bello, disse Marcelo Bello pretende pedir que está sendo feito um projetomais um equipamento para piloto para avaliar a aceitação da
doação ao Inca, embora não descarte a possibilidade de outro ser adquirido se mostrar que faz
tanta diferença na autoestima das pacientes com câncer de mama. “A gente vê muita gente não querendo tratar [o câncer] com medo de perder o cabelo. Eu acho que oferecer isso, é muito interessante, porque a gente valoriza a autoestima. Para muitas pessoas, é muito difícil perder os cabelos. Nós estamos esperançosos de que tudo dê
certo e possamos ter outros e q u i p a m e nt o s n o f u t u r o”, a rmou. Bello explicou que, ao contrário das toucas manuais não controladas, que podem provocar queimaduras, a Touc a Inglesa faz resfriamento mais lento, controla a temperatura e, depois, volta à temperatura normal de forma lenta também. “É totalmente eletrônica e segura”. Segundo Marcelo Bello, a tecnologia não provoca lesões nem metástase no couro cabeludo. “Já foi demonstrado que é extremamente seguro. É um equipamento seguro, tanto do ponto de vista de não causar danos físicos, quanto de não atrapalhar o tratamento”, reforçou. O projeto-piloto com a cr ioterapia capi lar foi iniciado em outubro passado no Hospital do Câncer III e atendeu, até agora, cinco pacientes. Bello informou que há todo um preparo antes e depois de usar a Touca Inglesa, para garantir a permanência do cabelo ou aumentar a chance de não cair. O diretor da Paxman Brasil, Gustavo Spritzer, destacou que a tecnologia transforma a vida das pessoas com o objetivo de mudar
o estigma do câncer, como forma hu m an i z a d a e p o s it i v a d e enfrentar esse momento. Para ele, “é um privilégio realizar essa doação para o Inca, um centro de excelência. É possível vencer o câncer sem perder os cabelos. Acreditamos na humanização do atendimento e vemos que essa tecnologia colabora para isso”, concluiu. Pesquisas realizadas com a Touca Inglesa ao longo de duas décadas registraram relatos de pacientes sobre a diminuição da alopecia, a ponto de dispensar o uso de lenço ou peruca. A taxa de sucesso depende do tipo de medicação administrada, 50% para as mais fortes e até 92% nas menos agressivas. A sensação de frio foi tolerada por 98% dos pacientes. A terapia não é indicada, contudo, para os tipos de câncer hematológicos ou para alguma alergia ao frio. De acordo com o Inca, a queda de cabelo é um dos efeitos colaterais da quimioterapia que causam mais trauma nas
pacientes, podendo gerar a desistência do tratamento. O uso da crioterapia capilar, por meio da Touca Inglesa, faz parte atualmente das Diretrizes de Prática Clínica em Oncologia da National Comprehensive Cancer Network (NCCN) para pacientes que vão iniciar o tratamento de c âncer de mama, ovár io, peritoneal e trompa de falópio. A NCCN é uma aliança dos 30 principais centros de câncer dos Estados Unidos. A touca é conectada a uma u n i d a d e d e re f r i ge r a ç ã o e colocada na cabeça do paciente cerca de 30 minutos antes, mantida durante e em torno de uma hora e meia após a infusão das drogas, dependendo do protocolo adotado. O sistema resfria o couro cabeludo a uma temperatura em torno de 20°C. C om isso, diminui o uxo sanguíneo nos folículos capilares e reduz a absorção dos fármacos na região.
Artista subverte eurocentrismo racista com retratos incríveis de pessoas negras ©KAJAHL/ROYAL SPECTRE
Criado no século XVI, o estilo de decoração chamado de Blackamoor trazia pessoas pretas sempre em posição de s er vos. Foss e sustentando objetos ou p os ando como serviçais, o negro estava sempre colocado em um papel subserviente. A estética racista
foi transformada pelo artista americano Kajahl, que criou obras em que pessoas pretas aparecem ainda sustentando objetos, mas em situação de poder e dominação. As obras fazem parte de uma série intitulada “Royal Spectre”, que colo cam pretos como
alquimistas, estudiosos, astrônomos e em outras pro ssões de prestígio da época. As pinturas são feitas a óleo e orientam quem as observa a recriar a narrativa opressora de séculos atrás. “A minha fantasia é olhar para a fantasia deles. Eu sou a fantasia
deles e eles são a minha. Eu sou o espectro da imaginação deles”, diz o artista de 35 anos, cujo trabalho está em exposição na Monique Meloche Gallery, em C h i c a g o, at é o d i a 1 9 d e dezembro.
Em seu site, Kajahl diz que a pintura é um lugar onde é possível “atravessar diferentes culturas e temporalidades como forma de desa ar nossas ideias sobre como nos vemos e vemos os outros”. “Suas pinturas nos
levam a um tempo anterior à existência da raça, abrindo-nos para o caos e a complexidade, expandindo a periferia em torno de como nos percebemos no passado e no presente”.
COMPORTAMENTO 11
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Tempo gasto no smartphone não significa pior saúde mental ANDREW LE/UNSPLASH
Smartphones se tornaram uma parte essencial da vida diária. Mas não faltam pesquisas apontando os efeitos negativos desses aparelhos, com algumas alertando que quanto mais tempo você passa no seu celular, pior sua saúde mental. No entanto, muitos dos estudos que sugerem associações negativas com o uso de smartphones são de baixa qualidade, e frequentemente falham em medir como as pessoas realmente usam seus aparelhos. Quando nosso time mediu diretamente o tempo que as pessoas passam a cada dia em seus celulares em nossa última pesquisa, não encontramos uma relação forte entre o uso desses aparelhos e um aumento nos sintomas da saúde mental. Nossa equipe conduziu dois estudos que mediram, durante uma semana, o tempo que as pessoas passam no celular por dia para entender a relação com a saúde mental. Os participantes ou instalaram um aplicativo ou forneceram dados do Relatório de Uso da Apple que registra diretamente toda interação e por quanto tempo usaram o aparelho. A primeira pesquisa recrutou 46 usuários de Android e a segunda, 199 donos de iPhone. Descobrimos que, em média, as pessoas passam cerca de quatro horas por dia em seus smartphones, pegando-os entre 85 e 133 vezes. No entanto, a quantidade de uso não previu os níveis de ansiedade, depressão ou estresse dos participantes quando eles foram solicitados a elencar seus sintomas em questionários clínicos. Nós também levamos em conta o quanto nossos achados mudariam se o uso de celular fosse medido diretamente. Assim como na maioria das pesquisas já feitas, pedimos às pessoas para preencher em escalas o quão problemático elas c ons i d e r av am s e u us o d e s m a r t p h on e . A l é m d i s s o, solicitamos para elas estimarem quanto tempo acreditavam gastar no telefone por dia. Em ambos os estudos descobrimos que essas “escalas
de uso problemático” produzem m a i ore s a s s o c i a ç õ e s c om sintomas de saúde mental do que estimativas ou registros feitos diretamente nos aparelhos. Em alguns casos, a força da relação entre o uso e os sintomas mentais era quatro vezes maior do que vimos comparando com os dados dos smartphones. Isso sugere que é importante considerar o uso dos aparelhos separadamente das preocupações sobre tecnologia. Isso porque o uso geral do celular não aponta qualquer relação digna de nota sobre saúde mental — enquanto as preocupações sobre o uso do smartphone sim. No futuro, estudos de longo prazo deveriam ser conduzidos com aplicativos mais novos para ver como saúde mental e uso de celular mudam ao longo do tempo. Tantos acadêmicos estão interessados nesse tópico que mais de 900 escalas foram desenvolvidas para tentar entender a relação das pessoas com suas tecnologias. No entanto, isso resulta em um problema de “muitas vozes”, em que a pressão para publicar [os estudos] pode levar a uma abundância de trabalhos de baixa qualidade, rápidos e fáceis d e f a z e r, e q u e p a r e c e m importantes. A última consequência disso foi a de nição de novas “d e s o r d e n s d o u s o d e tecnologia”. Por exemplo, alguns estão indo longe para defender um consenso sobre a existência de um distúrbio de jogos, embora a maioria dos cientistas não concorde que as evidências sejam boas o su ciente para isso. De nir uma desordem prematuramente é antiético, já que aqueles diagnosticados p o d e m p a s s a r , desnecessariamente, por estigmas, tratamentos, mudanças no estilo de vida e u m a a lt e r a ç ã o d e autoconhecimento. Outros trabalhos também continuam a fazer grandes reivindicações sobre o impacto da tecnologia, geralmente
recomendando limitar o uso, quando o tempo gasto não foi medido. E mais, esses estudos muitas vezes não cumprem as práticas de ciência aberta, incluindo o compartilhamento de dados e procedimentos de análise. Um a d e s s a s p e s qu i s a s concluiu que mais de 80% dos sintomas de ansiedade poderiam ser explicados pelos níveis do vício de um indivíduo em jogos. C ontudo, ess as alegaçõ es foram retiradas devido a um erro de análise após acusações de fabricação de dados. Essas revelações raramente são reportadas em mídias de massa e servem para tirar a atenção de danos digitais reais — incluindo desinformação, cyberbullying, fraude e acesso desigual à tecnologia. Embora agora a gente possa medir o uso de smartphones em níveis gerais, isso não diz tudo. Por exemplo, conversar com seu melhor amigo pelo telefone é muito diferente de navegar pelo Facebook ou assistir a um vídeo n o Yo u Tu b e . I s s o t o r n a pesquisas anteriores ainda mais limitadas, já que de nir o uso de celular apenas como positivo ou negativo simpli ca demais as complexidades do comportamento. Estudos sobre uso problemático têm sido favorecidos, e há uma falta de trabalhos básicos descrevendo a tecnologia como parte da vida diária. Isso será essencial antes de conseguirmos entender ou mitigar os danos. A rmações de que smartphones estão estragando uma geração são incorretas, embora impactantes. Isso leva as pessoas a acreditarem que o uso de celulares está associado a uma pior saúde mental, e essas preocupações são comuns em adolescentes. Como nossa pesquisa con rma, mesmo que preocupações em relação ao uso de celulares sejam disseminadas, reduzir o uso de smartphones – ou pausá-lo c o m p l e t a m e n t e – provavelmente não vai garantir benefícios na saúde mental. Na verdade, parece mais importante explorar como e por que as pessoas se preocupam com seu uso de tecnologia, além de como isso pode impactar em seu bem-estar mental. Está sendo cada vez mais importante estudar o uso direto da tecnologia para entender como ela impacta as pessoas e a sociedade.
Homens se sentem mais felizes quando ganham mais do que suas esposas Novo estudo com dados socioeconômicos de casais no Reino Unido demonstra que a diferença de salários entre parceiros tem efeito importante no bem-estar dos homens
©THE BREAK-UP/UNIVERSAL PICTURES
A administração das nanças é um tema bastante delicado para alguns casais e um estudo cientí co recente demonstrou que essa questão é ainda mais complexa do que pensávamos. Os homens se sentem estressados se são os únicos a manter um lar e também se estressam se a mulher contribui com mais de 40% da renda familiar. A ideia cultural de masculinidade relacionada com o protagonismo na hora de prover é a principal causa disso, mas não a única. O Incrível.club resumiu as principais conclusões apresentadas por essa pesquisa que entra de cabeça na maneira como as pessoas se relacionam e traz temas como masculinidade e d i fe re nç a s a l ar i a l e nt re homens e mulheres. Segundo uma pesquisa da Universidade de Bath, no Reino Unido, o estresse entre os homens aumenta quando a companheira, namorada ou esposa, contribui com mais de 40% da renda da casa. A relação é diretamente proporcional: se o homem depende mais da mulher, mais ele pode sofrer com os problemas psicológicos que ele está propenso a sofrer. A conclusão do estudo veio apenas após a análise de dados de outro estudo realizado nos Estados Unidos que acompanhou mais de 6 mil casais heterossexuais, casados ou não, durante 15 anos. Os níveis de estresse foram calculados em função da tristeza, do nervosismo, da inquiet ação, da fa lt a de esperança ou da sensação de que viver é um grande esforço. Uma das causas dessa conexão está vinculada à cultura patriarcal da nossa sociedade. “Durante muitas gerações houve uma expectativa de que os homens eram os principais provedores de uma família, e a masculinidade se relaciona com
essa expectativa”, disse Joanna Syrda, acadêmica responsável p e l a p e s qu i s a . “Ao s e re m superados pelas mulheres, é provável que eles experimentem altos níveis de angústia psicológica”, acrescentou. Outra explicação vai além da questão de gênero, já que mira o desequilíbrio de poder que pode surgir em qualquer relação em que uma das partes tem uma renda maior que a outra. Esse desequilíbrio se faz presente tanto nas decisões relacionadas aos gastos cotidianos e às economias quanto em níveis mais íntimos: a pessoa que ganha menos pode se sentir mais vulnerável e isso pode levar a outros desconfortos e outras discussões. Existe uma exceção a essa relação direta entre o estresse em homens e sua contribuição nanceira para o casal. Isso acontece quando a mulher já ganha mais do que o homem antes do casamento ou antes de o casal decidir morar junto. Nesse caso, a diferença de renda já existe e é conhecida de antemão, e isso pode deixar a situação mais tranquila. “As pessoas não escolhem umas às outras por acaso; se a mulher ganha mais do que o homem antes do casamento, então a diferença potencial de rendimento já está dada para o homem, e talvez essa seja uma razão para ele car com ela”, indicou Syrda. A pesquisa descobriu que, para os homens, ser a única segurança nanceira da família
também gera estresse. No entanto, ganhar menos do que a mulher estressa ainda mais. A responsabilidade e a pressão aumentam os níveis de estresse e de angústia em casos assim. Nesse sentido, esse trabalho acadêmico leva a uma i mp or t ante c onclu s ã o : o s homens são mais felizes quando as duas met ades do cas a l contribuem nanceiramente para o lar, desde que eles sejam os principais provedores. A proporção ideal é 60% deles e 4 0 % d e l a s . O s pro bl e m a s começam quando há um desequilíbrio nessa proporção. O relatório sobre disparidade de gênero elaborado pelo Fórum Econômico Mundial indicou que a diferença salarial entre homens e mulheres continuará: embora 88 dos 149 países abordados tenham registrado melhoras, se a situação continuar evoluindo nesse ritmo, demorará mais de 200 anos para a diferença s er totalmente eliminada. Os países que evoluíram mais são a Islândia, a Noruega e a Suécia. Os Estados Unidos, país em que a pesquisa da Universidade de Bath se baseia, ocupa o lugar 51 em relação à diferença salarial de gênero. Contudo, pouco a pouco vem-se observando uma alteração nessa situação: em 1980, apenas 13% das mulheres casadas ganhavam o mesmo ou mais do que os homens; em 2000, esse valor chegou a 25% e em 2017 chegou a 31%.
(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Serra, que venham os desafios N
o último domingo (29), a população da Serra elegeu o seu prefeito para governar o município nos próximos quatro anos. Será uma tarefa fácil? Todos nós sabemos que não. Estamos vivendo um momento atípico, em que a sociedade está se adequando a uma realidade em que, não só aqui no Estado, mas em todo o Brasil e no mundo, temos que conviver com as restrições impostas por uma pandemia. Ela exige mais precaução e responsabilidade tanto da população como da administração pública. Hoje, temos duas “Serras” com realidades diferentes, divididas pela BR-101. A do lado Leste, com p ou c a s d e m an d a s , g o z a d e privilégios no que diz respeito à qualidade de vida, merecidamente. Enquanto que, na do lado Oeste, as demandas são inúmeras. A população vive abandonada, convive com a falta de saneamento básico (esgoto a céu aberto), colocando em risco a saúde de toda comunidade... Uma população obrigada a matricular os lhos e netos para estudarem em colégios, acreditem, onde salas de aula ainda são improvisadas em contêineres (exemplo o CMEI Espaço Alternativo de Jardim C ar api n a ) . Um a p opu l a ç ã o amedrontada e refém do crime, pela falta de segurança, crianças e jovens são expostos ao serviço do trá co de drogas em função da omissão e inexistência de ações assistenciais do poder público (cursos de capacitação, por exemplo). Como podem ver, temos um caminho longo a percorrer. Além dos problemas sociais, o econômico, s em s ombra de dúvidas, será a conta mais difícil
para o nosso futuro prefeito fechar, uma vez que, a partir de janeiro, o município começará a
tempo. O momento agora é de acreditar e ter fé, por esses e tantas outras
ferramentas tecnológicas da prefeitura tornando a máquina pública mais ágil; implantar o
especialidades e o agendamento será on-line; dará sequência às obras inacabadas e chamará os LUCAS SANDONATO
TATI BELING
pagar uma dívida proveniente de u m e mpré st i mo m i l i onár i o contraído pelo atual prefeito, Audifax Barcelos, e, para azedar ainda mais, o ministro da economia, Paulo Guedes, anunciou o corte, também a partir de janeiro, do Auxílio Emergencial. Sem a circulação desse dinheiro, a receita scal do município declinará. Alguns economistas dizem que mensurar o impacto dessa onda gigante é difícil alguns, inclusive, acreditam que passaremos dos 16 milhões de desempregados em curtíssimo
intempéries, acredito que o serrano deu um passo certo no último domingo, elegendo o candidato com maior capacidade, experiência e destreza para conduzir o município nesses dias turbulentos que estão por vir e, prova disso, são as primeiras ações já anunciadas. A transição será com uma equipe técnica de auditores para conhecer a real situação administrativa e jurídica da prefeitura. Para os primeiros seis meses, Sérgio Vidigal anunciou reduzir o número de secretarias; ampliar as
cerco eletrônico de segurança, para fortalecer a scalização nas ruas e o videomonitoramento por reconhecimento facial. Fortalecerá o empreendedorismo com parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), para realizar cursos que o mercado demanda e estender o funcionamento das unidades de saúde até as 20 horas. Disponibilizará mais
guardas municipais aprovados no concurso. A Serra é o maior município em população do Estado, é o segundo maior arrecadador, tem uma ge o g r a a i nve j ável e o s e u potencial turístico é incomparável. A cidade é uma locomotiva com centenas de vagões de oportunidades, portanto, o momento agora é de apoiar e de torcer para que os passos do futuro prefeito sejam iluminados e, assim, nós, serranos, consigamos atingir o bem comum!
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
DIVULGAÇÃO
LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO
Sérgio Vidigal (PDTES) Equipe de transição Prefeito eleito na Serra, Sérgio Vidigal diz que transição terá equipe de auditores para conhecer a real situação administrativa e jurídica da prefeitura para saber como estão as operações de crédito, quais contas estão vencendo e como está a questão da previdência. “Nos primeiros seis meses, iremos ampliar as ferramentas tecnológicas da prefeitura tornando a máquina pública mais ágil; implantaremos o cerco eletrônico de segurança para fortalecer a scalização nas ruas e o videomonitoramento por reconhecimento facial; fortaleceremos o empreendedorismo em parceria com Sebrae, Aderes, para realizar cursos que o mercado demanda. Na saúde, nossas unidades de saúde funcionarão até as 20h e terão mais especialidades, além do agendamento on-line. Darei sequência às obras inacabadas e chamaremos os guardas municipais aprovados no concurso”.
Desemprego bate recorde e atinge 14,1 milhões de pessoas TECMUNDO
O desemprego no Brasil saltou para uma nova taxa recorde: 14,6% no trimestre encerrado em setembro, afetando 14,1 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE. Esse percentual é o maior da série histórica iniciada em 2012.
Fabiano Contarato (Rede-ES) Projeto prevê inclusão de direitos humanos no curso de formação de agentes de segurança O senador Fabiano Contarato apresentou um projeto de lei (PL 5.245/2020) que determina a inclusão de conteúdos relacionados a direitos humanos, combate ao racismo, à violência de gênero e outras forma de discriminação nos cursos de capacitação de agentes de segurança pública e privada.
ILUSTRAÇÃO: HELÔ D'ÂNGELO
Senado fará campanha contra capacitismo
Pazolini, prefeito eleito por Vitória/ ES Pazolini realiza doação de materiais de campanha para Associação de Materiais Recicláveis Atendendo a orientação do TRE-ES, o deputado estadual e prefeito eleito de Vitória, Lorenzo Pazolini, realizou, na tarde desta terça-feira (01), na sede da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Ascamares), no bairro Consolação em Vitória, a entrega de todas as sobras e materiais que foram utilizados em sua campanha. “Nossa campanha sempre teve uma responsabilidade com o meio ambiente e a sustentabilidade, além da devolução dos materiais para reciclagem, seguindo orientação do TRE-ES, eu e minha equipe ainda vamos plantar 300 mudas de árvores, como forma de compensar os impactos ambientais causados por nossa campanha. Isso é ter responsabilidade com o meio ambiente e com a cidade de Vitória”, destacou Lorenzo Pazolini.
Representatividade feminina AGÊNCIA SENADO
O capacitismo é a atitude preconceituosa contra as pessoas com de ciência por não se encaixarem no padrão corporal tido como perfeito ou ideal. É comum que as pessoas pensem que não têm preconceito, mas há várias situações em que, sem a intenção de discriminar, pode-se agir de forma capacitista. Em 3 de dezembro é celebrado o Dia Internacional da Pessoa com De ciência, e o Senado fará campanha para conscientizar sobre a discriminação. ©REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Em 2021, mulheres comandarão 658 prefeituras, em apenas 11,8% das cidades Prefeituras de 658 cidades brasileiras serão comandadas por mulheres a partir de 2021. Das 20 que concorriam ao cargo no segundo turno das eleições 2020, sete foram eleitas e vão tomar posse em 1º de janeiro. O pleito foi realizado neste domingo (29), em 57 municípios. No primeiro turno, ocorrido em 15 de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia registrado a eleição de 651 mulheres ao cargo de prefeitas e 885 para vice.
ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO
Partidos de centro confirmam domínio municipal e governarão 43% da população O segundo turno das eleições municipais deste domingo (29) deu números nais ao domínio estabelecido pelos partidos do centro político sobre as cidades brasileiras. MDB, PSD, PP e DEM, legendas consideradas éis da balança no Congresso Nacional, vão governar cerca de 43% da população brasileira. Esses quatro partidos conquistaram 13 das 25 capitais brasileiras em disputa (Macapá, capital do Amapá, teve seu pleito adiado para dezembro devido ao apagão que atingiu o estado, e Brasília não realiza eleições municipais, embora o Distrito Federal seja governado pelo MDB). Além disso, conquistaram 43 dos 96 maiores municípios brasileiros (capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores) e 2.591 do total de 5.570 cidades do País.
JANSEN LUBE
Álvaro Dias (Podemos-PR) Ibope pede desculpas O Ibope pediu desculpas pelos erros das pesquisas eleitorais (em alguns casos pelo dobro da margem de erro) às vésperas das eleições. Mas de que adianta? Esse tipo de erro in uencia negativamente no resultado das urnas. O senador Álvaro Dias é autor de um projeto que impede a divulgação das pesquisas nos 15 dias que antecedem as eleições.
14 GERAL
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Visons sacri icados na Dinamarca estã o saindo das covas A Dinamarca é o maior exportador mundial de pele de vison GETTY IMAGES
mamíferos foram sacri cados e enterrados inicialmente. A ministra do Meio Ambiente,
fazendas tornara o descarte urgente. Os animais mortos são
Lea Wermelin, reconheceu que o enterro em massa não foi o melhor método, mas que a disseminação de covid-19 nas
tratados com desinfetante e cobertos com cal quando enterrados. A área está sob vigilância e, a longo prazo, será
NICOLAI DYBDAL/SHUTTERSTOCK
A pandemia de covid-19 criou, ao longo dos meses, alguns cenários de terror. Mas nenhum é parecido com o que está acontecendo na Dinamarca, onde milhões de visons contaminados com o Sars-Cov-2 estão saindo das suas covas e arriscam contaminar a água da região onde foram enterrados. Desde o início da pandemia, esses animais se mostraram mais suscetíveis ao contágio e transmissão do coronavírus. No país nórdico, onde eles são criados para extração da pele, uma mutação do vírus infectou 12 pessoas, e toda população de 11 milhões de visons teve que ser exterminada — o que devastou também a indústria de casacos de pele dinamarquesa, a maior da Europa. Os animais foram então enterrados às pressas em dois locais separados, um perto de um lago que recebe banhistas e outro próximo a uma fonte de água potável. Porém, há relatos que alguns dos visons enterrados estão saindo das suas covas rasas por causa dos gases de nitrogênio e fósforo produzidos por sua decomposição. “Alguns gases podem se formar, o que faz com que tudo se expanda um pouco e, na pior das hipóteses, [os animais] são empurrados para fora do solo”, explicou o assessor de imprensa da Polícia Nacional, omas Kristensen, à agência estatal DR. As covas dos visons possuem, em média, um metro de profundidade. O ministro da Agricultura, Rasmus Prehn, a rmou que planeja exumar as 10 mil toneladas de visons mortos e incinerá-los, o que exigiria a aprovação da agência de proteção ambiental — medida que foi ignorada quando os
c e r c a d a . O g o v e r n o menos do que o vison vivo. infectada poderia estar mais dinamarquês admite que M a s a i n d a p o d e h a v e r suscetível a uma reinfecção. A transmissão seráinfecção no canal dabactérias Sedu Digital no YouTube, (07), Isso tam b é às m 14 p ohoras deria na pele deles”, a nesta rma quarta-feira existe um risco de Kristensen. Sobre os animais atrapalhar os esforços globais estarem saindo das covas, o para o desenvolvimento de assessor diz que “é uma uma vacina contra a covid-19. Até o momento, todas as situação extraordinária, por isso não podemos falar nada a mutações detectadas do SarsCov-2 não afetam respeito”. Mutações de vírus são uma especi camente a forma como parte natural de sua biologia, e o vír us interage com os n ã o n e c e s s a r i a m e n t e anticorpos, já que não representam um perigo maior afetaram signi cativamente a o u m e n o r p a r a q u e m é p r o t e í n a S ( o u “s p i k e” ) infectado. No entanto, Mette utilizada para ligar-se aos F r e d e r i k s e n , p r i m e i r o - receptores celulares e invadir ministro dinamarquês, diz que as células e que são atacadas neste caso, as autoridades de pela resposta imunológica do saúde acreditam que a nova organismo. Recentemente, no variação pode ter uma menor entanto, foi detectada uma sensitividade aos anticorpos mutação na proteína, mas que produzidos contra versões t a m b é m n ã o p a r e c e s e r mais antigas do vírus, como e s p e c i c am e nt e n a áre a associado aos cadáveres — atacada pelos anticorpos e não relata a agência Reuters. embora seja pequeno. Na prática, isso signi caria deve ser relevante o su ciente “O vison morto infecta que uma pessoa que tenha sido para atrasar uma vacina.
Reservas: (27) 99961-8422
Jacaraípe/Serra/ES/Brasil www.pousadasolemarjacaraipe.com.br
COTIDIANO 15
01 A 05 DE DEZEMBRO DE 2020
Carpete reciclável é fabricado com garrafas PET Carpete em placas usa resíduos plásticos na fabricação e se transforma em matéria prima para outros produtos após descarte SERGEY IVANOV/UNSPLASH
Pisos revestidos com carpete estão em vários lugares — casas, shoppings, agências de banco, escritórios de empresas, hotéis e grandes cor p oraçõ es. No entanto, este revestimento tão utilizado em áreas corporativas, oferece riscos ao meio ambiente quando o descarte não acontece de forma correta. Carpetes são produzidos com os de nylon, polipropileno ou poliéster e no caso do carpete em placas, o mais utilizado em áreas corporativas, recebe também uma base adicional geralmente de PVC ou betume, insumos que demoram de 60 anos a 450 anos p ara s e de comp or e ainda deixando resíduos no meio ambiente. Carpetes, como todo material sintético, resiste a ação de microrganismos responsáveis pela biodegradação e por isso o pro c e s s o é t ã o d e m or a d o, aumentando a quantidade de lixo poluente. Com o passar dos anos,
o problema pode aumentar. Sem tratamento especial, as partículas plásticas descartadas cam cada vez menores, se transformando em microplástico. Esses pequenos pedaços de plástico que se tornam praticamente i nv i s í v e i s m a s c o nt i nu a m existindo como poluente e afetam, não só a fauna e ora local, como também a saúde humana, retornando através dos alimentos que podem estar contaminados. Como solução para este problema, duas empresas brasileiras do ramo de revestimento criaram um projeto dar início a um ciclo de produção e descarte mais sustentável ao produto. A Pérola dos Tapetes e a Tapetes São Carlos, se uniram para desenvolver o primeiro projeto de reciclagem efetiva do produto. O resultado é um novo carpete em placas chamado Zyklus, produzido com a base em bras
de polipropileno reciclável e superfície com os de poliéster pós consumo de embalagens PET recicladas. A fabricação de um metro quadrado desse carpete consome, em média, três quilos de PET reciclado. Segundo Guilherme Gomes, da Tapetes São Carlos, hoje, mais do que nunca, é importante ter em mente uma economia circular. “Ter consciência ambiental é encarar a realidade que vivemos em um planeta, onde temos um sistema fechado, e nito em termos de recursos. A forma ativa de incorporar a consciência ambiental, é produzir produtos com economia circular, ou seja, produto acabado pós uso, volta a ser insumo básico para outros produtos”. Para iniciar esse processo de uma forma mais objetiva, A Pérola dos Tapetes e a Tapetes São Carlos, decidiram focar no ciclo de produção e consumo do carpete Zyklus. O consumidor
que optar por adquirir este carpete contará por anos com um revestimento confortável e saudável e ao nal da vida útil desse revestimento pode contribuir para o ciclo sustentável. No momento da substituição do revestimento, A Pérola dos
re v e s t i m e nt o. Ao n a l d o processo, o cliente também recebe um documento indicando quantos quilos de carpete foram reciclados. O ciclo continua em outras cadeias de produção. O carpete reciclado, por sua vez, serve como matéria-prima para a
efetivamente reciclável e também assumir o processo de reciclagem. “G a r a n t i r a n o s s a a t u a l participação no mercado e ampliar essa participação nos próximos anos obrigatoriamente envolve o comprometimento a sustentabilidade. Essa iniciativa
Tapetes ca responsável por fornecer um novo carpete Zyklus e recolher o carpete usado que será encaminhado para o fabricante, Tapetes São Carlos, que recicla completamente o
própria Tapetes São Carlos, que também produz autopeças e isolantes térmicos. A empresa é a primeira fábrica brasileira a assumir o compromisso de fabricar um carpete em placa
representa um grande passo nesse sentido”, explica Franklin Delgado, responsável pela A Pérola dos Tapetes.