Fatos & Notícias 415

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia

ANO XI - Nº 415 01 A 06 DE ABRIL/2021 SERRA/ES

Distribuição Gratuita

©PINTEREST

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 A Páscoa está chegando

e a dica da semana é uma receita de pavê de Ouro Branco® Pág. 8

JORGE PACHECO

8 Com a saúde pública do País em crise, Lira eleva reembolso, e deputado terá R$ 135 mil para saúde Pág. 5

ANA MARIA IENCARELLI

8 O autor da violência, física ou sexual, denunciada, ganha de prêmio a criança com todos os poderes sobre ela Pág. 10

HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Prefeito e vice-prefeito de

Fundão falam sobre os projetos e reestruturação do município Pág. 12

NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA

8 As respostas que você

procura já estão aí dentro e a solução também Pág. 11

FELIPE BRETAS

8 Famílias capixabas são

obrigadas a cortar gastos para sobreviver na pandemia Pág. 15

Estudo avalia o uso de células-tronco para

A educação na América Latina ©APA/DPA/ARMIN WEIGEL

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

A pandemia foi o maior choque sofrido pelos sistemas educacionais em toda a história Pág. 4

tratar lesões nos joelhos As inter venções cirúrgicas disponíveis no sistema de saúde brasileiro para tratar lesões no joelho são invasivas, complexas e nem sempre resolvem o problema. A alternativa é o uso de células-tronco para a produção

de membranas a serem implantadas na articulação. No Brasil, pesquisas com esse objetivo vêm sendo desenvolvidas por um grupo liderado por Tiago Lazzaretti Fernandes, cirurgião ortopédico que

atua no grupo de Medicina do Esporte no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP). Os cientistas já obtiveram resultados positivos em testes pré-clínicos (com

animais) utilizando membranas produzidas a partir de células-tronco mesenquimais — encontradas em tecidos como medula óssea, tecido adiposo e revestimento da parede articular ou sinóvia Pág. 9

©LUCAS LANDAU/GREENPEACE

Segundo plataforma, 4,2 milhões de hectares desse tipo de ecossistema desapareceram no ano passado, o equivalente ao território dos Países Baixos. Em números absolutos, a maior perda foi registrada no Brasil Pág. 2

©WOODPECKER/ARCHDAILY

Startup colombiana usa resíduos Destruição de florestas tropicais de café para fabricar casas cresceu 12% em 2020

A construtora Woodpecker encontrou uma solução para a falta de moradia que assola boa parte da população da Colômbia Pág. 6

Museu do Louvre abre seu acervo inteiro para visita on-line pela primeira vez ©FLICKR

O Museu do Louvre disponibilizou todo seu acervo para visitação on-line, oferecendo acesso remoto livre e irrestrito ao museu mais visitado do mundo. A mais importante instituição artística localizada em Paris está fechada desde o ano passado por conta da pandemia Pág. 3

Há antiga conexão entre nossa saliva e veneno de cobras, segundo novo estudo Pág. 7


2 MEIO AMBIENTE

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Medida simples reduz morte acidental de albatroz em 98% Cordas coloridas amarradas em barcos de pesca funcionam como “espantalhos do mar” e afastam as aves de redes e anzóis ©REPRODUÇÃO

O albatroz é um pássaro incrível que vive até 60 anos e viaja milhares de quilômetros pelos oceanos. São pássaros enormes e, entre as curiosidades, está o fato de que algumas espécies de albatroz formam casais para a vida inteira que voltam sempre às mesmas ilhas para criar seus lhotes. No Brasil e no mundo, no entanto, o albatroz é ameaçado pela captura acidental, assim como muitos pássaros marinhos.

como iscas e acabam presas em redes e anzóis. Na Namíbia, por exemplo, a pesca mata acidentalmente entre 22 mil e 30 mil aves por ano, incluindo o ameaçado albatrozde-nariz-amarelo-do-Atlântico. Muitas destas mortes acontecem pela pesca em espinhel, método que usa uma linha central com várias linhas com anzóis e iscas presas a ela. Outros pássaros colidem os cabos de aço que puxam as redes de pesca. ©DIMAS GIANUCA/PROJETO ALBATROZ

Albatroz-de-nariz-amarelodo-Atlântico

As aves são atraídas por peixes capturados em redes ou usados

E é justamente da Namíbia, onde a morte acidental de

albatrozes é tão alta, que vem uma solução para evitar a captura de aves marinhas na pesca. Conservacionistas testaram um método incrivelmente simples de afastar aves marinhas dos barcos que pode evitar dezenas de milhares de mortes acidentais. Um estudo recente publicado sobre a indústria pesqueira da Namíbia determinou que houve uma redução de 98% nas mortes de albatrozes e outras aves marinhas depois que, por lei, os pescadores começaram a prender cordas coloridas na parte de trás de seus barcos. A linhas coloridas assustam os pássaros e sua instalação é fácil. Uma vara colorida montada na popa de uma traineira de pesca é amarrada ao longo de cordas coloridas. Os cientistas não sabem se são as cores fortes ou o movimento destas cores que afastam as aves, mas estas cordas passam a funcionar como uma espécie de “espantalho marinho”. Os pássaros que são atraídos pela “comida fácil” que está próxima aos barcos de pesca

Camaleão Furcifer labordi

acabam mudando de ideia ao se depararem com as cores em movimento que a linha representa. “A cor e o brilho da linha e, em seguida, este movimento que ela faz, acabam afastando os pássaros. Isso já foi testado em outras partes do mundo com sucesso” explica Titus Shaanika, um conservacionista namibiano e coautor do estudo.

As linhas que assustam os pássaros foram impostas por lei, mas Shaanika conta que foi fácil convencer os pescadores de adotar a medida já que o custo e o temp o para instalação são pequenos e valem a pena. A Royal Society for the Protection of Birds (RSPB) e a BirdLife International's Albatross Task Force (ATF) também trabalham para evitar que espécies

ameaçadas de extinção continuem sendo capturadas acidentalmente por pescadores. “O efeito cumulativo da captura acidental para os albatrozes em particular foi devastador: 15 das 22 espécies estão ameaçadas de extinção. Felizmente, este é um problema para o qual existem soluções simples”, a rma Rory Crawford, Gerente do Programa Bycatch na RSPB.

Destruição de orestas tropicais cresceu 12% em 2020 Watch (GFW). Segundo a plataforma, 4,2 milhões de hectares desse tipo de ecossistema desapareceram no ano passado, o equivalente ao território dos Países Baixos. Em números absolutos, a maior perda foi registrada no Brasil, com 1,7 milhão de hectares

queimados ou desmatados — o País abriga a maior parte da Amazônia, principal oresta tropical do planeta. "O Brasil, que tinha alcançado uma grande redução no desmatamento da Amazônia, agora está vendo esse sucesso se perder, e isso é de partir o

©ANSA BRASIL

A área destruída em orestas tropicais virgens no mundo aumentou 12% em 2020, apesar da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (31) pelo serviço de monitoramento Global Forest

coração", disse Frances S e y m ou r, d o In s t it ut o d e Recursos Mundiais, que está por trás do relatório. E m s e g u i d a ap a r e c e m a República Democrática do Congo (490 mil hectares) e a Bolívia (300 mil hectares). De acordo com o GFW, a indústria madeireira é a principal causa de destruição de orestas virgens na América Latina e no Sudeste Asiático, enquanto na África a agricultura é o fator preponderante. No

entanto, pesquisadores também apontaram calor extremo e seca como mot ivos de g randes incêndios orestais na Austrália, na Sibéria e na Amazônia. Ainda segundo o Global Forest Watch, a destruição de orestas virgens provocou em 2020 a emissão de 2,64 bilhões de toneladas de CO2, gás causador do efeito estufa, o equivalente à poluição gerada por 570 milhões de automóveis em um ano. O estudo também apontou que a pandemia pode ter tido um

efeito negativo sobre as orestas, com o aumento de cultivos ilegais devido à redução das proteções ambientais e o retorno de grandes quantidades de pessoas a áreas rurais. No entanto, o GWF diz que a trajetória de destruição de orestas virgens é anterior à pandemia e alerta que o pior ainda "pode estar por vir", caso os países reduzam as proteções ambientais para acelerar o crescimento econômico.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

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CULTURA 3

01 A 06 DE ABRIL/2021

COMO A LUA AFETA Samba e a inuência AS MARÉS NA TERRA? da África no ritmo ©NINHA QUEIROZ/O GLOBO

favorito do Brasil ©FOLHAPRESS

FOTO: REPRODUÇÃO

N

os últimos dias, o encalhamento do navio cargueiro Ever Given no Canal de Suez despertou grande atenção da mídia inter nacional. Ap ós enfrentar problemas técnicos e ficar entalado, no dia 23 de março, a embarcação precisou de uma semana para ser solta e também contou com a "mãozinha" de uma lua cheia para sair do lugar. Durante o último domingo (28), enquanto trabalhadores se revezavam para remover a areia q u e at r av a n c av a o p o r t a contêineres, ocorreu o fenômeno natural chamado de "maré sizígia" — quando ocorre o alinhamento cósmico da Terra, do Sol e da Lua. Porém, como é que a Lua tem poder para inf luenciar nas marés dos oceanos do nosso planeta? Calma, para isso existe uma explicação científica.

Pixinguinha Formação das marés Para entender o que ocorreu com o navio Ever Given, é necessário saber mais sobre o movimento das marés. Tanto as baixas quanto as altas são causadas pela Lua, cuja atração gravitacional gera algo chamado força da maré. Esse fenômeno faz a Terra e a sua água se projetarem nos lados mais próximos e mais distantes da Lua. Conforme o planeta gira, regiões específicas vão sofrendo esses efeitos em momentos distintos. Portanto, o movimento de maré alta ocorre sempre nas extremidades do mundo voltadas à Lua, e o inverso vale para as baixas. Esse ciclo costuma ocorrer quase todos os dias em todas as regiões costeiras da Terra. No caso da "maré sizígia", a força gravitacional do nosso satélite se une à gravitacional solar, e a movimentação dos mares se torna ainda maior. Foi

por meio desse grande aumento no nível dos oceanos que o Ever Given conseguiu retornar à sua rota pelo mar Mediterrâneo.

Influência gravitacional Se a força gravitacional da Lua puxa os oceanos em sua direção, como é que as marés altas também surgem na face mais distante da Terra? Apesar do conceito parecer esquisito, tudo se resolve por meio de uma equação matemática. Ao contrário da força gravitacional, a força da maré é um efeito proveniente das diferenças na gravidade sobre a superfície da Terra. Para chegar à força da maré, nós devemos subtrair a atração gravitacional média na Terra da atração gravitacional em cada local do planeta. O resultado mostra um estiramento nas extremidades direcionadas à Lua e um esmagamento nas faces neutras, formando as marés altas e baixas. (MEGACURIOSO)

Museu do Louvre abre seu acervo inteiro para visita on-line pela primeira vez

O Museu do Louvre disponibilizou todo seu acervo para visitação on-line, oferecendo acesso remoto livre e irrestrito ao museu mais visitado do mundo. A mais importante instituição artística localizada em Paris está fechada desde o ano passado por conta da pandemia, mantendo o histórico edifício vazio e sem visitação presencial para um dos mais importantes acer vos de todo o planeta, reunindo verdadeiros marcos da

humanidade como a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, e a Vênus de Milo, entre muitas, muitas outras obras. “Hoje, o Louvre está tirando a poeira de seus tesouros, até mesmo os menos conhecidos”, afirmou Jean-Luc Martinez, presidente e diretor do museu em comunicado. “Pela primeira vez todos poderão acessar a coleção inteira de obras a partir de um computador ou smartphone gratuitamente, estejam as peças

expostas no museu, em empréstimo ou armazenadas”. O acervo do museu disponibilizado passa de 480 mil entradas, entre objetos, peças arqueológicas, obras de arte e mais, divididas no museu em três partes com mais de 70 salas de cada ala do museu. O Louvre possui mais de 73 mil me t ro s qu a d r a d o s p ar a a s exposições, que agora passam a caber dentro de nossas telas e casas. “A incrível herança cultural do Louvre está agora a somente um clique de distância”, diz Martinez. “Tenho certeza que esse conteúdo digital irá futuramente inspirar as pessoas a visitarem o Louvre para descobrir essas coleções em pessoa”. Com o objetivo de alcançar o maior público, o novo site do museu funciona em francês, inglês, espanhol ou chinês, e foi pensado especialmente para smartphones.

barriga”. O gênero de música e de dança tradicional Semba se tornou muito popular nos anos 50, mas existe um consenso sobre a data de sua criação. “Uma das possíveis origens, segundo Nei Lopes, seria a etnia quioco, na qual samba significa cabriolar, br i nc ar, d ive r t i r- s e c omo cabrito. Há quem diga que vem d o b a nt o s e m b a , c o m o o signif icado de umbigo ou coração. Parecia aplicar-se a danças nupciais de Angola caracterizadas pela umbigada, em uma espécie de ritual de fertilidade. Na Bahia surge a modalidade samba de roda, em que homens tocam e só as mulheres dançam, uma de cada vez. Há outras versões, menos rígidas, em que um casal ocupa o centro da roda, escreveu Marcos Alvito, na Revista de história da Biblioteca Nacional.

Numa tradução livre, a palavra representa “o corpo do homem que entra em contato com o corpo da mulher ao nível do

A chegada dos ritmos africanos ao Brasil começou pela Bahia, maior porta de e nt r a d a d e s s a p opu l a ç ã o.

Trouxeram consigo estilos musicais como batuque, maxixe, chula, entre outros nomes, simbolizava a dança. No Rio de Janeiro, o samba encontrou terreno fértil para nascer e se desenvolver. Capital do Brasil colônia, as terras cariocas receberam as umbigadas com nada menos que o Carnaval. Na virada do século XX, o samba já era o gênero musical popular mais tocado e escutado nos subúrbios e, depois da especulação imobiliária, nos morros cariocas. As primeiras canções desse encontro foram marchinhas de compositores como Pixinguinha (1897-1973) e Donga (1890-1974) com seu famoso grupo Caxangá, além de trabalhos solos de ambos, João da Baiana(1887-1974), filho da baiana Tia Perciliana, que gravou o samba “Batuque na cozinha”, entre outros. Tivemos ainda Chiquinha Gonzaga, que marcou a história da música escrevendo hinos carnavalescos entoados até hoje como “Ô Abre Alas”. Com o passar do tempo, as marchinhas foram substituídas pelos sambas-enredo e, depois, ganhando toques modernosos com a introdução de instrumentos como o surdo e a cuíca, que nos pareceriam mais familiares ao samba que ouvimos hoje em dia. LUCIANO DANIEL

Foto Antiga do ES MÁRCIO RIZZI/FACEBOOK/ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (BR), MEMÓRIA

©WIKIMEDIA COMMONS

O Brasil é o país com mais descendentes africanos fora da Á f r i c a . D e a c ord o c om o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54% da população é afrodescendente. Assim como temos muitas palavras de origem africana na nossa língua portuguesa, o próprio samba, uma instituição local, tem influência da África. Com 54 países, o continente africano é rico e diverso em sua cultura composta por ideias, c o s t u m e s , l e i s , c re n ç a s e conhecimentos. Colonizados assim como nós, os africanos receberam diversas influências de seus invasores. Mas calma! O samba, sim, nasceu no Brasil. Mas seu nome deriva da palavra africana “semba”, um dos estilos musicais mais populares de Angola e que em kimbundo, uma das línguas do país, significa umbigada.

Antigo ônibus que fazia linha do Balneário Carapebus, na Serra/ES — décadas de 70/80


4 EDUCAÇÃO

01 A 06 DE ABRIL/2021

A educação na América Latina ©GETTY IMAGES

evasão. Algumas simulações sugerem que o abandono escolar pode aumentar em 15%. Outra distorção derivada da pandemia é a migração repentina dos alunos das escolas privadas para as públicas. Além disso, a maioria dos estudantes estará com a aprendizagem defasada quando as escolas reabrirem. Desnecessário dizer que esses i mp a c t o s s ã o m ai ore s n a s camadas mais pobres – entre outras coisas, pela di culdade de acesso a aulas remotas. Estima-se que a já elevada diferença dos resultados socioeconômicos possa aumentar em 12%.

©APA/DPA/ARMIN WEIGEL

A pandemia foi o maior choque sofrido pelos sistemas educacionais em toda a história. Na América Latina, ela atingiu um sistema com dé cits crônicos marcado pela maior desigualdade no acesso à educação em todo o mundo. Segundo relatório do Banco Mundial sobre o impacto da pandemia, a região pode ter o segundo maior aumento absoluto de pobreza de a p r e n d i z a g e m n o m u n d o. Atualmente, um em cada dois a lu n o s é i n c ap a z d e l e r e compreender um texto simples ao término do ensino

fundamental. Essa média pode crescer para quase dois em cada três alunos. Mais de 70% dos 170 milhões de estudantes latinoamericanos podem car abaixo da pro ciência mínima estabelecida pelo Pisa. Um dos riscos mais graves é a

Segundo o Banco Mundial, as perdas de aprendizagem, capital humano e produtividade podem se traduzir em uma erosão no potencial de ganhos agregados da região no valor de US$ 1,7 trilhão. A América Latina foi a região com a maior média de

tempo de escolas fechadas no mundo: 158 dias. Na Europa, por exemplo, foram 58 dias. No Brasil, foram 191 dias. Mas, com um ano de pandemia, já se sabe que as taxas de contágio entre as crianças são baixíssimas. Isso sugere a revisão das políticas de paralisação do ensino presencial. Ainda assim, é justi cável que os professores do ensino básico, diferentemente dos do ensino superior (que podem continuar as aulas remotamente sem maiores perdas), estejam entre os gr up os prioritários para a vacinação. “A simpli cação dos currículos, preservando, porém, certos padrões de aprendizagem, a adaptação dos calendários e o cancelamento de exames podem ser medidas necessárias para adaptar o ensino à nova realidade”, adverte o relatório. À medida que o ensino presencial for retomado, mais tempo de aula e programas de reforço também serão cruciais para compensar as perdas. Os efeitos da e vasão nas camadas pobres podem ser catastró cos. Muitos países estão implementando sistemas de alerta para identi car alunos em risco de abandono. O investimento em tecnologia tem duplo va lor. O pr imeiro é emergencial: compensar, pelo

ensino remoto, a paralisia do ensino presencial. O segundo é preparar o sistema para o novo normal pós-pandemia: ensino híbrido, multimodal e cada vez mais dependente da tecnologia e voltado para a capacitação tecnológica. Isso exigirá também programas de formação de professores e gestores escolares. No Brasil, essas mudanças e desa os devem ser levados em conta na atualização da Lei de Regulamentação do Fundeb, de modo que os novos recursos sejam bem canalizados. Os Estados também precisam se dedicar à elaboração e efetivação das leis de distribuição da cotaparte do ICMS aos municípios

(com porcentual obrigatório mínimo de 10%), com base em indicadores de melhoria dos resultados e aumento da equidade. Além disso, é preciso implementar os programas de adaptação às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular. “Embora os sistemas educacionais da América Latina e do Caribe enfrentem um desa o sem precedentes”, conclui o Banco Mundial, “esta situação excepcionalmente difícil abre uma janela de oportunidades

para que a reconstrução torne os sistemas educacionais ainda melhores, mais e cazes, igualitários e resilientes.” Pode parecer apenas uma frase de efeito, mas as oportunidades realmente existem. O Brasil aprovou um aumento expressivo dos recursos para a educação, e a adoção das melhores práticas internacionais no emprego da tecnologia pode fazer com que o m da crise seja o início de uma revolução educacional.

MEC terá plataforma para ajudar planejamento da volta às aulas Painel vai monitorar reinício das atividades no ensino básico ©REUTERS/AMANDA PEROBELLI/DIREITOS RESERVADOS

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nesta quarta-feira (31), em Brasília, que o governo lançará, em abril, um painel para monitoramento do retorno às aulas no ensino básico. O painel visa ajudar os gestores no planejamento do calendário escolar e trará informações sobre a suspensão e retorno às aulas e também sobre as condições sanitárias nas regiões em que se localizam as unidades de ensino. O ministro, que participou de uma audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, disse que, entre os problemas que deverão ser enfrentados, estão comprometimento do calendário escolar em razão da pandemia, retrocessos do processo educacional e da aprendizagem, aumento da evasão escolar e danos sociais para estudantes e famílias de baixa renda. A estratégia passa pela adoção do ensino híbr ido, com au las presenciais e remotas, a rmou. “O retorno presencial é alguma coisa importantíssima, mas não a qualquer preço. O Brasil é um país continental e, por isso, algumas regiões podem ser mais

exíveis [no retorno] do que outras. Mas tudo isso a critério dos gestores locais”, disse. O m i n i st ro d a E du c a ç ã o a rmou, ainda, que a pandemia trouxe a necessidade da adoção d e au l a s a d i s t â n c i a , m a s evidenciou também a falta de estrutura tecnológica na maioria das escolas. Ele disse ainda que o MEC trabalha para levar equipamentos eletrônicos e acesso à internet para as escolas, professores e alunos. “O MEC, no seu planejamento, busca dar as condições para que essas escolas possam ter essa conexão, propiciando aos alunos o acesso à internet. Mas, é claro que algumas dessas escolas apresentam problemas mais severos. Há escolas nas zonas rurais que não têm saneamento básico; algumas nem teto e [resolver] isso é prioridade para o ministério”, garantiu. Para solucionar os problemas de conectividade, o MEC quer que sejam usados recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). “O investimento deve ser feito em políticas elaboradas a partir de diagnósticos bem

construídos, prevendo mecanismos claros de monitoramento, transparência e prestação de contas”, disse. Q u e s t i on a d o p or parlamentares sobre o veto integral do presidente Jair Bolsonaro ao Projeto de Lei (PL) 3.477/20, que destinava recursos para assegurar a internet grátis a alunos e professores da educação básica durante a pandemia, o ministro defendeu a decisão. Ele

argumentou que o projeto não tinha clareza, nem um diagnóstico preciso de onde os recursos seriam aplicados. "Este projeto não traz, no meu entendimento, clareza su ciente nem diagnóstico adequado a respeito dos gastos efetivos. Em outras palavras, despejar dinheiro na conta não é política pública", opinou. “Estou mais empenhado em trazer uma visão mais técnica e

mais lógica na implantação do re c u r s o pú b l i c o qu e s e r i a empenhado para essa política pública”, acrescentou. O texto, aprovado em fevereiro pelo Congresso, previa que o governo federal destinasse recursos para estados e municípios aplicarem em ações que garantam internet gratuita com ns educacionais a alunos e professores da rede pública de educação, em razão da adoção do

ensino remoto durante a pandemia. O projeto também previa a aquisição de tablets para todos os estudantes do ensino médio da rede pública vinculados ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), tomando como referência o preço de R$ 520 por equipamento. O ministro foi criticado pelo deputado Felipe Rigoni (PSBES), um dos autores da proposta. O parlamentar disse que a proposta previa mecanismos de transparência e avaliação na utilização dos recursos. “O PL [projeto de lei] fala, sim, de transparência e toda política pública é submetida a mecanismos de transparência. Não sei se o senhor se lembra, mas mecanismo de transparência é papel da regulamentação que é da sua responsabilidade”, disse. A est imat iva do imp ac to orçamentário e nanceiro da proposta era de R$ 26,6 bilhões. Os custos seriam cobertos com recursos do Fust, doações e outras verbas previstas na lei orçamentária.


POLÍTICA 5

01 A 06 DE ABRIL/2021

Jorge

Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista

Pacheco

jorgepachecoindio@hotmail.com

“Se a educação não for provocativa, não constrói, não se cria, não se inventa, só se repete”, Mário Sérgio Cortella ©ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Congresso 'turbina' orçamento de órgãos controlados pelo Centrão

Aras pede ao STF

©MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

O mesmo Congresso que subestimou despesas obrigatórias com Previdência e

de modo que a proibição de externalização de crença em culto, de missas ou demais atividades religiosas de caráter coletivo neste momento de especial signi cado religioso in ige maior sofrimento na população do e s t a d o”, e s c r e v e u A r a s e m s u a manifestação. Em São Paulo, o decreto que vetou atividades religiosas coletivas foi editado após recomendação do procuradorgeral de Justiça, Mário Sarrubbo. Membros do gabinete de crise da covid19 instituído no Ministério Público paulist a consideraram a medida “imprescindível” em razão do aumento do número diário de pessoas infectadas, de internações e de mortes por covid-19.

fundamentais, no Norte, no Nordeste, no C e nt ro - O e s t e , n a s re g i õ e s m ai s atrasadas e pobres do Brasil, cassem paralisadas”, disse ele, durante a sessão do plenário que aprovou os recursos.

Vacina da Fiocruz

©MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

derrubada de decreto de Doria que restringiu cultos e missas O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quartafeira (31) que suspenda decretos municipais e estaduais que proíbem a realização de cultos, missas e outras atividades religiosas de caráter coletivo em meio ao pior momento da pandemia da covid-19 no País. A manifestação se deu no âmbito de ação ajuizada pelo PSD contra decreto do governo de São Paulo que vetou atividades religiosas coletivas presenciais durante as fases mais restritivas do plano SP. Aras quer que a decisão do Supremo tenha efeito expansivo para alcançar atos de outros entes federativos que também tenham restringindo reuniões religiosas coletivas em razão da escalada da pandemia, que na noite desta quarta (31) registrou mais um recorde, com quase quatro mil mortes em 24 horas. O PGR sustenta que a Constituição assegura a liberdade religiosa e que “a assistência espiritual é essencial para muitas pessoas enfrentarem a pandemia”. No parecer ao Supremo, Aras ainda reforçou a solicitação liminar do PSD para a suspensão “imediata” do decreto paulista — “a m de que templos e igrejas possam celebrar a Páscoa, principal feriado cristão”. “O perigo na demora em se obter o provimento jurisdicional decorre do próprio agravamento da epidemia de covid-19 no Estado de São Paulo e de estar em curso período importante para tradição religiosa cristã (semana santa),

Da Vitória pede ao Ministério da Economia retorno do Programa de Manutenção do Emprego O deputado federal Da Vitória (Cidadania-ES) solicitou ao Ministério da Economia o retorno do Programa E m e rge n c i a l d e Manute n ç ã o d o Emprego e Renda. O parlamentar já encaminhou pedido ao ministério e também pediu na sessão do plenário da Câmara desta quarta-feira (31) a volta da medida. O Programa implantado em 2020 e que se encerrou no dia 31 de dezembro estabelece medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de emergência d e s aú d e públ i c a d e c or re nte d o coronavírus (covid-19), com a redução da jornada de trabalho ou suspensão do contrato. E tem apoio nanceiro da União como contrapartida. “Estamos vivendo ainda um momento difícil em decorrência da pandemia. Não temos ainda clareza por quanto tempo

©PORTAL FIOCRUZ

seguro-desemprego no Orçamento de 2021 foi responsável por turbinar verbas de órgãos che ados pelo Centrão — em um deles, o salto foi de 224%. A ampliação das verbas para instituições dirigidas por indicados políticos do bloco foi feita por meio de emendas parlamentares, recursos indicados por deputados e senadores para seus redutos eleitorais. As verbas repassadas para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), controlada pelo DEM e com a diretoria dividida com os partidos do Centrão, mais do que triplicaram em relação ao projeto enviado inicialmente pelo Executivo. Dos R$ 845,2 milhões iniciais, passaram para R$ 2,7 bilhões. Os parlamentares também aumentaram o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ocupado pelo Pro g re ss ist as ; d o D e p ar t ame nto Nacional de Obras Contra Secas (Dnocs), presidido por um indicado do PL; e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), comandado pelo PSD. Durante a votação do texto, o relator do Orçamento de 2021, senador Marcio Bittar (MDB-AC), defendeu o aumento das verbas para obras e projetos de interesse eleitoral, apesar dos efeitos da pandemia na economia. Como justi cativa, disse que, sem isso, os ministérios passariam por paralisação e teriam de escolher quais obras interromper. O argumento usado por congressistas é que “obra é saúde e gera emprego”. “Era preciso aprovar um Orçamento que tivesse um pouco mais de robustez e não corrêssemos o risco de que obras

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta quinta-feira (1º) que vai entregar amanhã (2), ao Ministério da Saúde, mais 1,3 milhão de doses de vacinas contra covid-19. Ao longo do mês de março, foram disponibilizadas 2,8 milhões de doses produzidas no I n s t i t u t o d e Te c n o l o g i a e m Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado.

desenvolvedores da vacina para a Fiocruz.

AJUFE

Com a entrega de amanhã, a Fiocruz terá disponibilizado ao ministério 4,1 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, produzida em Bio-Manguinhos, graças a um acordo de encomenda tecnológica rmado entre a Fiocruz e os desenvolvedores da vacina no ano passado. Mais quatro milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca foram importadas prontas da Índia e distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações. Segundo a Fiocruz, está prevista para esta semana a chegada de mais um lote de IFA que possibilitará a produção de 5,5 milhões de doses em Bio-Manguinhos. O calendário semanal de entregas da Fiocruz ao Ministério da Saúde prevê mais 3,2 milhões de doses de vacinas na semana que vem e mais 5 milhões de doses entre 12 e 17 de abril. Desde o início da produção no instituto, a Fiocruz trabalha para aumentar a escala de produção e alcançar o patamar de um milhão de doses produzidas por dia. O acordo de encomenda tecnológica prevê que, até julho, 100,4 milhões de doses de vacinas sejam produzidas em Bio-Manguinhos com IFA importado. Depois disso, a produção deve continuar com IFA produzido no Brasil, o que se dará por t r ans fe rê n c i a d e te c n ol o g i a d o s

ainda teremos que passar nesta crise e é necessário que possamos defender aqueles que geram emprego, que geram renda para o País: os empreendedores que dão oportunidade de dar o equilíbrio social. E precisamos dar condições de manter os empregos. Já encaminhei dois ofícios para o ministro Paulo Guedes e acredito que o plenário da Câmara apoia essa medida para preservar os postos de trabalho e proteger as empresas”, defendeu Da Vitória. O deputado ressaltou que em 2020, mais de 10 milhões de trabalhadores tiveram a renda e emprego preservados e 1,5 milhão de empresas aderiram ao programa.

pacientes da covid-19, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), elevou em 170% o limite de despesas médicas de deputados na rede privada. O valor que pode ser reembolsado com dinheiro público passou de R$ 50 mil para R$ 135,4 mil. Pelas regras internas, gastos acima disso também podem ser devolvidos ao parlamentar, mas apenas após aval da Mesa Diretora da Casa. O reembolso, porém, não é a única forma de os deputados terem despesas médicas pagas pelos cofres públicos. Os parlamentares têm direito a um plano de saúde, ligado à Caixa Econômica Federal, que permite o atendimento em hospitais privados. O valor pago para aderir ao benefício é de R$ 630 mensais, além de uma quota-participação de 25% sobre cada gasto realizado, segundo tabela adotada pelo convênio. O salário de um deputado é de R$ 33,7 mil. Parlamentares e seus dependentes ainda têm direito a ser atendidos no Departamento Médico da Câmara, em Brasília, que possui estrutura de enfermaria e realiza vários exames. O aumento no valor do limite de reembolso foi publicado na segundafeira passada e atualiza uma resolução de 2015. Lira justi cou o reajuste de 170% pela defasagem da in ação no período. "Nos últimos anos, a chamada 'in ação médica' tem superado o índice o cial de in ação: Índice Nacional de Preços ao C onsumidor Amplo (IPCA). O fenômeno, inclusive, não tem se restringido ao Brasil", diz a justi cativa do ato assinado pelo presidente da Câmara. O IPCA, índice de in ação o cial, medido pelo IBGE, foi de 30% no período, aumento bem aquém do projetado por Lira. A "in ação médica" citada também cou abaixo dos 170%. Pelos cálculos do economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, a variação do chamado grupo saúde na taxa de in ação teve alta de 38% no mesmo período - assim, o valor do teto para reembolso passaria para R$ 69 mil. REUTERS/UESLEI MARCELINO

Lira eleva reembolso, e deputado terá R$ 135 mil para saúde Com a decisão do presidente da Câmara, valor que pode ser restituído sem aval da Mesa Diretora da Casa aumenta 170%

No momento em que a rede pública de saúde do País registra falta de leitos e de medicamentos para atender

Eduardo Leite 'SERESTA DE TODOS OS TEMPOS' — COM JORGE PACHECO E SEUS CONVIDADOS ESPECIAIS SEXTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS — WEBRADIOCENTENARIOFC – SERRA–ES


6 TECNOLOGIA

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Ciclovia de plástico reciclado é inaugurada no México Feita com quase uma tonelada de lixo plástico, modelo de ciclovia ainda armazena água da chuva ©PLASTICROAD/DIVULGAÇÃO

Uma ciclovia modular e préfabricada acaba de ser inaugurada no Parque Florestal de Chapultepec, na Cidade do México. O modelo é feito com resíduos plásticos pós-consumo, cujo design inteligente oferece ai n d a d re n a g e m e armazenamento de água pluvial. Os plásticos reaproveitados na construção da ciclovia seriam descartados ou incinerados. Outra vantagem é que se o material se desgasta, pode ser reciclado novamente criando uma vida útil cíclica. A ciclovia da empresa PlasticRoad foi desenvolvida na Holanda, onde dois pilotos já foram inaugurados. “Após mais de dois anos de uso monitorado e desenvolvimento contínuo para aplicações industriais, a ciclovia foi instalada no terceiro local, na Cidade do México”, a rma a companhia. Para Eric Kievit, Diretor Administrativo da PlasticRoad, o novo projeto é uma oportunidade de testar o pro duto s ob u m c onju nto

diferente de condições climáticas. A instalação no México é uma parceria entre a PlasticRoad, Orbia, Secretaria de Mobilidade da Cidade do México (Semovi) e Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do México (Sedema). O primeiro piloto da PlasticRoad na América Latina foi feito com quase uma tonelada de lixo plástico, equivalente a meio milhão de tampas de garrafas plásticas. Se o material foss e adotado largamente, poderia ajudar a frear o descarte inadequado de plástico, que inunda nossos oceanos. Já a função de armazenar água da chuva contribui para evitar inundações, o que é muito c omu m n o Mé x i c o. “C om precipitação anual recorde de mais de 54 milhões de metros cúbicos, os problemas de gestão da água na Cidade do México têm impactos na disponibilidade de água potável e na qualidade de vida dos cidadãos”, explica a empresa em comunicado à imprensa.

“ N a C i d a d e d o M é x i c o, apoiamos iniciativas que melhoram a mobilidade urbana sustent ável, que ajudam a melhorar a forma como as pessoas se movem, mas também protegem o meio ambiente. Isso tem a ver, principalmente, com infraestrutura ciclável e com eletromobilidade: neste caso, a instalação de uma ciclovia in ltrativa que melhora o atendimento ao cidadão ao reduzir a probabilidade de inundações, a necessidade de manutenção e de poder dar às p e ss o as u ma v i age m mais confortável e segura”, a rma Andres Lajous, secretário da Semovi. Alinhado ao propósito ecológico, o local de instalação escolhido foi o B osque de Chapultepec que abriga mais de 1.695 acres naturais de acesso público. “A forma como nos relacionamos com a cidade requer a uni cação de nossas agendas de desenvolvimento urbano, meio ambiente, mobilidade e mudança climática para lançar iniciativas locais que proporcionem múltiplos benefícios aos cidadãos. A PlasticRoad é mais um esforço que se alinha ao nosso compromisso de resgatar o Bosque de Chapultepec e de caminhar rumo a uma cidade mais sustentável”, diz Marina Robles García, chefe da Sedema. O próximo passo será lançar a ciclovia de plástico reciclado, comercialmente, no mercado holandês nos próximos meses.

Startup colombiana usa resíduos de café para fabricar casas populares A construtora Woodpecker encontrou uma solução para a falta de moradia que assola boa parte da população da Colômbia ©WOODPECKER/ARCHDAILY

Entre os problemas sociais que a Colômbia enfrenta, está a falta de moradia digna para boa parte da população. Uma pesquisa do centro de estatística populacional do país revelou que 35% dos colombianos estão dentro da faixa de pobreza, sem acesso a condições de vida adequadas. Com a construtora Woodpecker, a resposta para este problema pode estar justamente em outra questão que precisa de solução no país: os resíduos da produção de café, já que a Colômbia é um dos maiores produtores mundiais. A startup, com sede em Bogotá, usa cascas de café para construir edifícios leves e casas pré-fabricadas que podem ser usadas como moradia ou para ns sociais, abrigando escolas e outros serviços básicos. A casca de café é combinada a plástico reciclado e o resultado é um material de construção mais sustentável do que algumas opções convencionais. Com a constr ução das cas as préfabricadas, os resíduos das fazendas de café, que eram destinados a aterros sanitários, ganham uma nova utilidade e as novas construções são realizadas de forma rápida e simples. Além de inovar na matériaprima, a Woodpecker propõe um modelo de construção “faça

você mesmo” que facilite o acesso a moradias de baixo custo. “Vimos que havia uma grande necessidade de um sistema de construção leve para moradias e salas de aula em locais rurais e isolados onde os sistemas de construção tradicionais não podem ser usados — como tijolos, cimento e concreto”, conta Alejandro Franco, CEO da Woodpecker. As casas são formadas por peças de plástico padronizadas qu e s e e n c ai x am e m u m a estrutura de aço por meio de um processo de instalação simples. Com a produção em larga escala e o uso de materiais reciclados e resíduos, os custos caem e as casas podem chegar a um valor nal de 4,5 mil dólares. Alejandro explica que a casca do café foi escolhida por ser mais forte e seca que as outras bras. O material é resistente a pragas e umidade, tornando-o seguro para a aplicação em habitações.

Graças ao preço acessível e à instalação simples das casas que fabrica, a Woodpecker foi procurada pelo governo colombiano para auxiliar na recuperação após o furacão Iota em novembro de 2020. As construções forneceram abrigo rápido para as pessoas que perderam suas casas e não podiam ser transferidas para outros locais. “O sistema f uncionou perfeitamente considerando que não havia fornecimento de energia, o solo estava lamacento, o aeroporto dani cado, sem comida e com todos os probl e m a s qu e vo c ê p o d e imaginar”, disse o CEO em entrevista na época. A ideia da Woodpecker para garantir moradia para os colombianos está indo bem até agora. Mais de 2,6 mil casas já foram vendidas e a previsão é de que os negócios sejam ampliados em breve.

Volkswagen planeja Mochila com IA permite que pelo menos duas deficientes visuais andem caminhonetes sozinhos elétricas ©TECMUNDO/REPRODUÇÃO

Para facilitar a vida de um amigo, um desenvolvedor resolveu adaptar um dispositivo de inteligência arti cial (IA) da Intel a uma mochila, e acabou criando um novo equipamento ativado por voz capaz de auxiliar os de cientes visuais a perceber e explorar o mundo à sua volta. Feita por Jagadish K. Mahendran, do Instituto de Inteligência Arti cial da Universidade da Geórgia, nos E UA , a m o c h i l a p r e s t a orientações na identi cação de obstáculos do dia a dia, como sinais de trânsito, degraus no caminho, faixa de pedestres, objetos em movimento e desníveis do terreno. A operação toda é executada por um dispositivo interativo com um consumo baixo de energia. A mochila traz alojado dentro dela um dispositivo parecido com um laptop, conectado a uma câmera 4K. Este instrumento óptico, uma Luxonis OAK-D, consegue acessar o ambiente externo ao usuário através de três orifícios no colete. Também dentro da mochila, a bateria

©CARSCOOP/REPRODUÇÃO

permite o envio de localização por SMS e dura cerca de oito horas. Quando ligado, o aparelho utiliza as imagens da câmera para executar redes neurais e combinar funções de visão computacional com um mapa em profundidade em tempo real. Equipado com Bluetooth, um fone de ouvido permite ao usuário interagir com o sistema através de consultas e comandos de voz. O sistema responde e convers a com o usu ár io, fornecendo alertas de forma

precisa e audível. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem no mundo cerca de 285 milhões de de cientes visuais. Os sistemas de assistência visual hoje disponíveis limitam-se a aplicativos de smar tphone assistidos por voz com base em G P S . O qu e a mo ch i l a d e Mahendran trouxe de novo foi a percepção de profundidade que f a lt av a p ar a f a c i l it ar u m a navegação independente.

De olho no mercado de picapes elétricas, que terá muitas novidades nos próximos anos, como as aguardadas Tesla Cybertruck e GMC Hummer EV, a Volkswagen também revelou sua intenção de investir nesta concorrida categoria, com o lançamento de dois modelos exclusivamente nos Estados Unidos, a princípio. Em entrevista ao podcast Autoline Aer Hours na última sexta-feira (26), o vicepresidente sênior de Marketing de Produto e Estratégia da VW Hein S chafer comentou brevemente sobre os planos da montadora alemã em relação às caminhonetes elétricas, dizendo que a marca deve desenvolver duas versões totalmente novas, sem fazer adaptações de modelos atuais.

O executivo não deu muitos detalhes sobre os futuros lançamentos, mas apontou que a ideia é aproveitar a plataforma MEB, utilizada para o desenvolvimento dos carros com zero emissão de poluentes ID.3 e ID.4, para a criação da nova linha, incluindo uma “caminhonete de tamanho médio ou talvez algo um pouco maior”. As futuras picapes elétricas

da Volkswagen ainda não têm data para estrear nos EUA, mas quando chegarem deverão competir com as já citadas Cybertruck e a versão elétrica do Hummer. Outras prováveis concorrentes serão a Rivian R1T e as versões totalmente eletri cadas da Ford F-150, Ram 1500 e Chevrolet Si lverado, t amb ém com produção prevista para os próximos anos.


CIÊNCIA 7

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Nova espécie de dinossauro Há antiga conexão entre é descoberta na Argentina nossa saliva e veneno de ©JORGE BLANCO/JOURNAL OF VERTEBRATE PALEONTOLOGY/DIREITOS RESERVADOS

Uma nova espécie de dinossauro, com cerca de 80 milhões de anos, batizada de Llukalkan aliocranianu, foi descoberta na Argentina, de acordo com pesquisa divulgada na publicação cientí ca Journal of Vertebrate Paleontology. O fóssil é de uma das dez espécies de abelissauro que proliferavam nos continentes do s u l , n o t e mp o e m q u e o s tiranossauros prosperavam no Hemisfério Norte, e estaria "entre os principais predadores" da Patagônia durante o período do Cretáceo Superior, dizem os pesquisadores. A tese baseia-se no tamanho do dinossauro, que podia chegar aos cinco metros de comprimento, e na sua mandíbula poderosa, dentes a ados e nas enormes garras nos pés. Os pesquisadores consideram que ele poderia também ter olfato muito apurado. O crânio do Llukalkan, que signi ca "aquele que mete medo", era curto e com ossos ásperos, por isso sua cabeça

devia exibir protuberâncias e proeminências como alguns répteis atuais. A comp osição do crânio sugere, diz o artigo publicado sobre a descoberta, que a espécie era dotada de uma audição melhor do que a maioria dos outros abelissauros, bastante semelhante à dos atuais crocodilos. O Llukalkan aliocranianus, cujo nome provém da língua mapuche nativa — "aquele que mete medo" (Llukalkan) — e do latim — "crânio diferente" (aliocranianus) — teria vivido na mesma área e período de tempo que outro abelissauro (lagarto de dorso rígido), o "Viavenator exxoni", apenas alguns milhões de anos antes do m da era dos dinossauros. Restos fósseis das duas espécies foram encontrados a apenas 700 metros da formação geológica de Bajo de la Carpa, perto do famoso depósito de fósseis de La Invernada, na Argentina. "Esta é uma descoberta particularmente importante porque sugere que a

diversidade e abundância de abelissauros era notável, não ap enas na Pat agôni a mas também em áreas mais locais durante o período de prosperidade dos dinossauros", disse o paleontólogo da Universidade Nacional de San Juan e autor principal do estudo, Federico Gianechini. Os abelissauros eram uma família dominante de dinossauros terópodes (bípedes e com pés com três dedos), com comprimento médio entre cinco e nove metros, que proliferaram sobretudo na Patagônia e em outras áreas do supercontinente do sul Gondwana, que incorporava África, Índia, Antártida, Austrália e América do Sul. Por meio da análise dos fósseis encontrados, os especialistas concluíram que a nova espécie se locomovia verticalmente sobre os seus membros posteriores, e as suas enormes garras seriam usadas para esquartejar as presas. Tinha uma dentada poderosa e dentes muito a ados com os q u a i s apr i s i on av a a s s u a s capturas, movendo-se rapidamente graças às suas poderosas pernas traseiras. Independentemente de como possa ter vivido, os vestígios fósseis encontrados sugerem que os abelissauros estavam em e x p a n s ã o p o u c o a nt e s d a ext inç ão dos dinoss auros. Ap esar da imp or tância da descoberta, a mesma signi ca que ainda há muito mais para descobrir, de acordo com os pesquisadores. "Sugere que provavelmente existem mais abelissauros que ainda não encontramos, por isso continuamos à procura de outras espécies", disse Federico Gianechini.

Nasa divulga fotografia de superfície marciana

cobras, segundo novo estudo ©PIXABAY/PEKA

Seres humanos e mamíferos têm as mesmas origens genéticas para o desenvolvimento de veneno oral que as cobras têm, de acordo com o artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O estudo fornece a primeira e vidência concret a do elo molecular entre glândulas de veneno em cobras e glândulas salivares em mamíferos. "Venenos são um coquetel de proteínas que animais transformaram em arma a m de imobilizar e matar a presa, bem como para sua autodefesa", disse o autor principal do estudo, Agneesh Barua, da Universidade de Pós-Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST, na sigla em inglês), Japão. "O que é mais interessante sobre o veneno é que ele surgiu em animais variados: medusas, aranhas, escorpiões, cobras e até mesmo alguns mamíferos. Embora estes animais evoluíssem de diferentes formas na produção de veneno, o sistema oral — onde o veneno é injetado através de uma mordida — é um dos mais comuns e bem estudados". Antes, os cientistas focaram nos genes que codi cam as proteínas que comp õ em a mistura tóxica. "No entanto, a maioria das toxinas descobertas no veneno agora foram incorporadas após o sistema oral de veneno ter se formado. Nós

necessitamos olhar para os genes que foram presentes antes da origem do veneno, ou seja, genes que permitiram que os sistemas de veneno surgissem", explicou Barua. Sendo assim, a equipe procurou por genes que trabalham lado a lado e interajam fortemente com os genes do veneno. Os cientistas usaram glândulas coletadas da cobra Taiwan habu descoberta na Ásia. Eles identi caram cerca de três mil destes genes "cooperativos" e encontraram que estes desempenharam um papel importante na proteção das células de estresse causada pela produção de grande quantidade de proteínas. Os genes também foram importantes para regular a m o d i c a ç ã o e a d obr a d a proteína.

Contabilidade (27) 3228-4068

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

BOB BEHNKEN

A imagem revela ainda formações contendo água congelada Em um comunicado divulgado pela Nasa na última semana, a

agência espacial divulgou uma foto impressionante de Marte

capturada pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter. A

notícia foi repercutida pela revista Galileu. A imagem de alta resolução, que foi tirada 315 quilômetros acima da atmosfera do planeta, mostra o interior de uma cratera marciana onde existem dunas de areia misturadas com água

O especialista esclarece que "para garantir que você pode fabricar todas essas proteínas, você precisa de um sistema robusto no lugar para assegurar que as proteínas são dobradas corretamente e assim possam funcionar efetivamente", disse Barua. Quando os cientistas olharam para glândulas de saliva dentro dos mamíferos, descobriram que os genes tiveram um padrão similar de atividade revelada em glândulas de cobras. Por isso, os cientistas lançaram a teoria que glândulas salivares em mamíferos e g l ându l as de veneno em cobras compartilham um núcleo funcional antigo, que tem sido mantido desde que as duas linhagens se separaram centenas de milhões de anos atrás. "Muitos cientistas intuitivamente acreditam que é verdade, mas essa é a primeira evidência sólida para a teoria que glândulas de veneno evoluíram das glândulas salivares precoces", ressalta o autor. "E, enquanto as cobras se desenvolviam, incorporando muitas toxinas diferentes em seu veneno e aumentando o número de genes envolvidos na produção do mesmo, mamíferos como musaranhos produzem veneno simples que tem alta similaridade com a saliva".

PRECISÃO

©DIVULGAÇÃO/NASA

Fóssil teria cerca de 80 milhões de anos

congelada. Atualmente, já é do conhecimento dos cientistas que o planeta vermelho contém 1,2 milhão de quilômetros cúbicos de água na forma sólida. A Nasa a rmou que: “Várias das encostas de dunas mais

íngremes, apontando na direção do vento, apresentam sulcos estreitos que sugerem o início da formação de ravinas”. Ravinas, no caso, são acidentes geográ cos que se apresentam na forma de fendas no solo. Elas s ã o c au s a d a s p e l a e r o s ã o provocada pela passagem de córregos. Vale dizer que a maior missão da Mars Reconnaissance Orbiter é encontrar ou água na forma líquida em Marte no presente, ou então evidências da existência dela no passado do planeta vermelho. Para tanto, a sonda foi lançada em 2006, e segundo as previsões atuais permanecerá na órbita marciana até 2030.


8 BEM-ESTAR

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GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

Água com limão: usos e benefícios Pavê de Ouro Nutricionista - CRN:14100665

©PIXPOETRY/UNSPLASH

Branco® com raspas de chocolate ©GUIA DA COZINHA

Tomar água com limão em jejum pela manhã é um hábito comum entre quem quer manter o organismo saudável. Mas será que beber água com limão realmente faz bem? O limão dá um toque de sabor a muitos alimentos e com a água não é diferente. Mas, além do sabor, quais seriam os benefícios de adicioná-lo à água? A verdade é que foram feitas poucas pesquisas cientí cas a respeito dos benefícios do consumo de água com limão. Por outro lado, há muitas pesquisas que most ram os b enef ícios de consumir limão e os de consumir água. 1. Promove a hidratação A água é a melhor bebida para a hidratação, mas algumas pessoas não consomem a quantidade de água necessária diariamente porque não gostam do seu sabor. Sendo assim, adicionar algumas gotas de limão melhora o sabor da água, o que pode aumentar a ingestão da bebida. 2. É uma boa fonte de vitamina C O limão é rico em vitamina C, um antioxidante primário que ajuda a proteger as células de radicais livres prejudiciais. A vitamina C presente no limão pode ajudar a reduzir a pressão, o risco de doença cardiovascular e de acidente vascular cerebral, além de prevenir ou limitar a duração do resfriado comum em algumas pessoas. 3. Melhora a aparência da pele A vitamina C encontrada na água com limão ajudar a reduzir o enrugamento da pele. Um estudo publicado na American Society for Clinical Nutrition concluiu que as pessoas que consumiram mais vitamina C têm menos risco de terem pele enrugada e seca. Uma explicação provável para isso é o fato de que a vitamina C ajuda a produção natural de colágeno no

organismo. A água, por sua vez, reduz a desidratação, que leva ao desenvolvimento de rugas e secura. A School of medicine and public health recomenda beber pelo menos oito copos de água diariamente para se manter hidratado e eliminar as toxinas da pele. Então que tal unir o benefícios da água e do limão numa só bebida? 4. Previne o excesso de peso Um estudo, publicado no Journal of Clinical Biochemistry and Nutrition, mostrou que os antioxidantes de polifenóis encontrados no limão reduziram signi cativamente o aumento de peso causado por uma dieta rica em gordura em camundongos. Além disso, a resistência à insulina foi melhorada. Embora os mesmos resultados precisem ser comprovados em humanos, há fortes evidências de que a água com limão previne ganho de peso. Entretanto, se isso é d e v i d o a u m au m e nt o n a ingestão de água ou devido aos polifenóis do limão ainda é preciso analisar de forma mais minuciosa. 5. Melhora a digestão Algumas pessoas bebem água com limão de manhã como uma forma de laxante diário para ajudar a prevenir a prisão de ventre. Beber água morna com limão ao acordar pode acelerar o sistema digestivo. A medicina ayurvédica ( loso a médica indiana) acredita que o sabor azedo do limão ajuda a estimular o "agni" (fogo digestivo). Na loso a ayurveda, um forte estímulo ao agni inicia o sistema digestivo, facilitando a digestão de alimentos e ajudando a prevenir o acúmulo de toxinas. 6. Refresca o hálito Você já esfregou um limão em suas mãos para remover um mau odor forte? As pessoas acreditam que o limão seja um ótimo neutralizador de odores. O mesmo remédio popular pode se aplicar ao mau hálito causado pela ingestão de alimentos com

cheiros fortes, como alho, cebola ou peixe. Uma opção para amenizar o problema é beber um copo de água com limão de manhã, após a primeira refeição, o que faz com que o hálito que mais doce. O limão estimula a criação de saliva, e a água ajuda a prevenir uma boca seca, o que reduz o mau hálito causado pela boca seca e excesso de proliferação de bactérias. 7. Ajuda a prevenir cálculos renais O ácido cítrico presente no limão pode ajudar a prevenir cálculos renais. A School of medicine and public health recomenda aumentar a ingestão de ácido cítrico para diminuir o risco de desenvolvimento de pedras nos rins. Beber água com limão não só ajuda a obter mais ácido cítrico como também ajuda a manter os rins bem hidratados. 8. Reduz a inflamação A vitamina C do limão atua como um poderoso antioxidante e é uma fonte de compostos vegetais chamados avonoides, que têm efeitos antioxidantes e anti-in amatórios. Os antioxidantes ajudam a proteger as células do corpo contra danos e reduzem o risco de condições de saúde como doenças cardiovasculares, diabetes, o b e s i d a d e e c â n c e r. O s avonoides cítricos também reduzem a in amação no corpo. Ao fazer água com limão, use sempre limões frescos (de preferência orgânicos). Esprema metade de um limão em um copo americano (ou um copo de 250 ml) de água morna ou fria. Para melhorar o sabor você pode adicionar folhas frescas de hortelã, manjericão, gengibre ou xarope de bordo. Não escove os dentes até meia hora depois de consumir água com limão, pois o atrito da escova de dente em conjunto com a acidez do limão pode corroer o esmalte dos dentes.

Pavê é uma sobremesa que todo mu nd o a d or a , ai nd a mais quando se trata de uma receita simples, que rende bastante, possui apresentação impecável e, de quebra, é muito deliciosa! Aprenda a preparar este pavê de Ouro Branco® com raspas de chocolate e aproveite com a família! Ingredientes 1 lata de leite condensado 1 xícara (chá) de leite 1 colher (sopa) de maisena 170g de chocolate branco picado 170g de chocolate ao leite picado 2 caixas de creme de leite (400g) 500g de bombom tipo Ouro Branco® picado grosseiramente Raspas de chocolate branco para decorar 15 bombons tipo Ouro Branco® para decorar Modo de preparo Em uma panela, misture o leite condensado, o leite e a maisena.

Leve ao fogo baixo, mexendo até engrossar. Divida o creme em duas partes. Em uma delas, coloque o chocolate branco e, na outra, o chocolate ao leite. Mexa até dissolver os chocolates por

de chocolate ao leite. Distribua metade do bombom picado, cubra com o creme de chocolate branco, distribua o bombom picado restante e nalize com o creme de chocolate ao leite

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

completo. Coloque uma caixa de creme de leite em cada creme, misture e deixe esfriar. Em taças individuais, faça uma camada com metade do creme

restante. Leve à geladeira por quatro horas. Decore com raspas de chocolate branco e com bombom cortado ao meio. Sirva. Fonte: Terra


SAÚDE 9

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Estudo avalia o uso de células-tronco para tratar lesões nos joelhos ©ISTOCK/GETTY IMAGES

As inter venções cir úrgicas disponíveis no sistema de saúde brasileiro para tratar lesões no joelho são invasivas, complexas e nem sempre resolvem o problema. A alternativa é o uso de células-tronco para a produção de membranas a serem implantadas na articulação. No Brasil, p esquisas com esse objetivo vêm sendo desenvolvidas por um grupo liderado por Tiago Lazzaretti Fernandes, cirurgião ortopédico que atua no grupo de Medicina do Esporte no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP). Os cientistas já obtiveram resultados positivos em testes pré-clínicos (com animais) utilizando membranas produzidas a partir de célulastronco mesenquimais — encontradas em tecidos como medula óssea, tecido adiposo e revestimento da parede articular ou sinóvia. Ao se diferenciar, essas células podem formar tecidos adiposo (gordura), ósseo e cartilaginoso. "Em mais de 15 anos de pesquisa há raríssimas descrições de formação tumoral, algo que é apontado em estudos relacionados a certos tipos de c é lu l a - t ron c o c om o e fe it o adverso grave. São bastante seguras e muito utilizadas", destaca Fernandes, coautor de um artigo de revisão sobre o tema pu b l i c a d o n a Front i e r s i n Immunology.

No estudo, os pesquisadores analisaram a e cácia de membranas produzidas a partir de duas fontes de células-tronco mesenquimais. Uma delas é a membrana sinovial, uma na camada de tecido que reveste a parte mais interna das articulações. Esse tecido é responsável por produzir o líquido sinovial, cujo papel é fazer a lubri cação, evitando que as articulações sofram desgaste. Outra fonte de células-tronco utilizada foi a polpa dentária, graças a uma parceria com D aniela Franco Bueno, do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Ela estuda essa metodologia para o tratamento de lábio leporino, malformação que afeta a região dos lábios e palato. Segundo Fernandes, o uso das células-tronco mesenquimais é mais vantajoso em comparação a out r as . " As c élu l as - t ronc o embrionárias envolvem uma s é r i e d e c on ito s é t i c o s e religiosos que di cultariam a pesquisa", diz. "Poderíamos usar t a m b é m a s c é lu l a s - t ron c o pluripotentes induzidas, técnica que permite, a partir de uma célula adulta, produzir células semelhantes às embrionárias, mas as pesquisas indicam um risco maior de tumores e precisamos de mais estudos para esclarecer esse ponto", pondera. Já as células mesenquimais têm a vantagem de se diferenciar em cartilagem, justamente o tecido

alvo da pesquisa apoiada pela Fapesp. Além de Bueno, o grupo conta com Arnaldo Jose Hernandez, da FM-USP. Três diferentes técnicas c i r ú rg i c as e st ã o e nt re as alternativas hoje disponíveis para tratar lesões da cartilagem do joelho, estrutura que recobre o o ss o i nte r n ame nte n a s ar t i c u l a ç õ e s . E ss e te c i d o brocartilaginoso tem espessura de três a quatro milímetros e a função de diminuir a fricção e absorver o impacto. "Quando lesionada, na maioria das vezes, prop omo s a o p a c i e nte u m trabalho de fortalecimento muscular e sioterapia para tratar a dor e recuperar a função. Quando não há melhora, a cirurgia pode ser necessária", comenta. De acordo com Fernandes, nenhuma das técnicas cirúrgicas praticadas hoje é 100% e caz. Numa destas técnicas, o cirurgião faz pequenos orifícios na região d a l e s ã o, p r o v o c a n d o u m sangramento local. O sangue se acumula na região operada, formando uma brocartilagem. "É um reparo, não há formação de nova cartilagem, mas de uma cicatriz, o que permitirá ao paciente car bem por uns dois a três anos. Depois voltam a dor e os sintomas", relata. A segunda opção cirúrgica consiste em retirar um pequeno pedaço de osso e cartilagem de uma área do joelho que não sofre carga e

enxertar na área da lesão. Quando o defeito a ser reparado é maior do que o pedaço de cartilagem que poderia ser enxer t ado, os cir urgiõ es recorrem a uma técnica mais complexa: transplante de tecido. "Retiramos o material de doadores com morte encefálica, como se faz com outros órgãos", conta. Uma alternativa é o implante autólogo de condrócitos, uma terapia celular que utiliza células da cartilagem extraídas do próprio paciente. Disponível na Europa e nos Estados Unidos, mas não no Brasil, essa técnica se inicia com a artroscopia, procedimento para a coleta de cartilagem saudável do joelho de uma área que não sofre carga. As células são isoladas em laboratório, multiplicadas e introduzidas em uma membrana. Depois de 30 dias, essa membrana com as células é levada para o centro cirúrgico,

onde será recortada no tamanho do defeito da cartilagem e colada no local da lesão no joelho do paciente", descreve. A pesquisa coordenada por Fernandes utiliza técnica s e m e l h a nt e à d e i mp l a nt e autólogo de condrócitos: avalia o uso de células-tronco mesenquimais presentes na membrana sinovial ou na polpa do dente de leite que são capazes de produzir a sua própria matriz extracelular ou membrana. Os pesquisadores avaliaram inicialmente os processos de coleta, isolamento e crescimento das células extraídas da membrana sinovial do joelho, trabalho que resultou em um dos artigos publicado no Tissue Engineering. A pesquisa foi conduzida no Hospital Sírio Libanês, que conta com todas as c e r t i c a ç õ e s e x i g i d as p el a regulamentação cientí ca e médica para processamento de tecidos para uso em humanos.

Um d o s b e n e f í c i o s d a produção de membranas pelas células-tronco mesenquimais é que essa técnica pode ser usada para tratar lesões maiores. Também não requer o uso de banco de tecidos e busca de doadores, pois as células são obtidas do próprio paciente. O objetivo, porém, não é regenerar ou formar um tecido igual ao existente antes da lesão. "Buscamos o reparo, ou seja, recuperar função, de forma a devolver os movimentos ao paciente e a tirar a dor", esclarece. O ut ro braço d a p es quis a avaliou o uso de células mensequimais extraídas da polpa do dente de leite. Todo o processo de produção da membrana a partir dessas células é semelhante ao aplicado com as células extraídas da membrana sinovial. O dente de leite, prestes a cair, é extraído pelo dentista, encaminhado para laboratório e armazenado em nitrogênio líquido para se ter um banco de células. A diferença está na quantidade de células extraídas da polpa e no crescimento das células em laboratório para gerar a matriz extracelular que será implantada no joelho. O grupo de pesquisadores fez uma grande re vis ão s obre o tema p ara entender as possibilidades de uso das células extraídas de polpa de dente no tratamento da cartilagem e que foi publicada no periódico Tissue Engineering.

Pesquisadores criam composto menos agressivo para o tratamento de leucemia ©ISTOCK

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCFU S P ) d e s e nv o l v e r a m u m a enzima que pode reduzir os efeitos colaterais do tratamento para leucemia linfoide aguda (LLA). A enzima é uma mutação da asparaginase, um dos

principais componentes de medicamentos contra esse tipo de câncer. A asparaginase é obtida a partir da bactéria Escherichia coli e controla a concentração da asparagina, um aminoácido que auxilia no bom funcionamento

do corpo humano, mas que pode c ont r i bu i r p a r a o desenvolvimento de células cancerígenas. Enquanto células saudáveis são capazes de produzir asparagina naturalmente, os linfoblastos — células que se multiplicam desordenadamente na LLA —

não conseguem. A asparaginase, então, diminui os níveis de a sp ar ag i n a ne ss a s c élu l a s , impedindo que elas se desenvolvam e contendo o avanço do câncer no organismo. "A introdução da asparaginase em tratamentos de leucemia linfoide aguda aumenta de 20 para 80% as chances de desaparecimento completo dos sintomas da doença", a rma o estudo, publicado no periódico Biochemical Pharmacology. Porém, por ser uma proteína vinda de uma bactéria, cerca de 70% dos pacientes tratados com o medicamento produzem anticorpos contra ele. Isso leva a uma inativação do efeito da enzima e pode causar fortes reações alérgicas, que exigem a interrupção do tratamento. "A hipersensibilidade pode impedir a administração da medicação, piorando o prognóstico de LLA e aumentando as chances de recaída", explica.

A ideia dos cientistas era desenvolver uma enzima mais resistente à ação das proteases, que quebram a proteína em partes menores e acabam expondo as regiões da asparaginase que estimulam a resposta do sistema imune. Para isso, eles examinaram 1.128 clones da asparaginase, gerados a partir de mutações ao acaso. Dessa amostragem, seis clones foram selecionados, pois mantiveram sua função principal, ou seja, reduziram a concentração de asparagina nas células cancerosas. Em seguida, as investigações mostraram que dois deles eram resistentes às proteases e, portanto, menos agressivos ao sistema imunológico dos pacientes. A leucemia linfoide aguda é o c ân c e r m ai s c omu m e nt re crianças e adolescentes, e ocorre quando há uma multiplicação desordenada de glóbulos brancos

na medula óssea, tecido responsável por produzir as células do sangue. O estudo a rma que é possível substituir a asparaginase da bactéria Escherichia coli pela obtida a partir da Erwinia chrysanthemi, que não causa a mesma reação alérgica. No entanto, desde 2016, existe uma escassez global da segunda, por conta de di culdades de fabricação. Isso preocupa os pesquisadores, uma vez que a descontinuação de doses da asparaginase — seja pela reação do organismo à Escherichia coli, ou devido à falta de Erwinia chrysanthemi — está associada a uma menor taxa de sobrevida em pacientes de alto risco. "Todas essas observações reforçam a u r g ê n c i a d e s e re s o l v e r o fornecimento de asparaginase e desenvolver alternativas que induzam uma resposta imunológica mais moderada", nalizam os cientistas.


10 Criança hoje, Criança amanhã

01 A 06 DE ABRIL/2021

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

A Violê ncia contra a Mulher e a Criança. Suas diversas formas, cada vez mais naturalizadas — Parte I P ©ALEX FERREIRA

e de Mulher/Mãe, excluindo as formas igualmente perversas de violência que não deixam marcas aparentes. Há poucos dias, um menino deu entrada em um hospital de emergência, já sem vida. Tinha hemorragias cerebrais e dilaceração do fígado que produziu uma hemorragia abdominal interna. Será que um espancamento desta ordem foi tão silencioso que ninguém ouviu nada? Será que foi a primeira vez que a criança era vítima de violência? E o mais grave: por que a voz desta criança não foi escutada? Ele chorava e resistia a voltar para a casa da mãe e do padrasto, de onde saiu morto para o hospital. Quantas pessoas tinham conhecimento do que estava acontecendo com esta criança? Mas, no meio do caminho tem uma pedra. Tem

uma pedra no meio do caminho. A pedra se chama lei de alienação parental. Inib e genitores protetores a denunciar violências contra seus lhos. Aconteceu com a Juíza que foi morta com 16 facadas na noite de Natal, na presença de suas três lhas de nove e sete anos. Ela teve medo de pedir uma Medida Protetiva porque sabia, mais ainda como Juíza, que seria acusada de “atos alienadores”, uma falácia sem fundamentação cientí ca, uma armadilha usada por agressores domésticos de vários tipos. Assim, também, se o pai desse menino tivesse feito uma denúnci a de maus-t ratos contra seu lho, certamente teria sido acusado de alienação parental e perdido a guarda da criança. Este é o rito jurídico. Denunciou violência sexual ou

v i ol ê n c i a f í s i c a c ont r a a criança, perde a guarda e é afastado desta criança. É uma manobra inacreditável. A justi cativa é que aquele genitor está praticando a tal da invenção de alienação parental,

podem ser veri cados, e têm a voz da criança vítima que relat a, muit as vezes com riqueza de detalhes que não fazem parte de sua etapa de desenvolvimento cognitivo, são desconsiderados,

então a justiça usa a tal da alienação e pratica alienação judicial contra o denunciante da violência. O autor da violência, física ou sexual, denunciada, ganha de prêmio a criança com todos os poderes sobre ela. Se esses dois tipos de violência, que têm indícios que

imaginem se haveria alguma possibilidade para denúncias de violência psicológica, por exemplo. Impossível, apesar de também causar danos permanentes. Em 2010, alguns dias antes da votação da lei de alienação parental no Congresso, morria Joanna Marcenal, cinco anos,

hematomas, marcas de queimaduras, hemorragia cerebral, comatosa ao ser internada. A lei de alienação parental nasceu suja do sangue de Joanna. A mãe tinha sido acusada de alienação parental e proibida de ter qualquer contato, por 90 dias, com a criança. Ela foi morta antes de 30 dias da Privação Materna Judicial. Esta é a Violência Institucional que deveria estar listada na Lei Maria da Penha. A Privação Materna Judicial como consequência da punição dada a cada mãe denunciante de crimes contra a criança sob a alcunha de alienação parental é aniquiladora enquanto forma de tortura de mulher e de criança. Continuaremos na próxima semana pensando sobre esta violência institucional da Privação Materna Judicial, e s eus des dobramentos em torturas re nadas, e sobre outra forma de violência, a Violência Vicária, de enorme dimensão perversa, que vem fazendo inúmeras vítimas. Para

©NATÁLIA URIARTE VIEIRA

arece que regredimos e reduzimos o conceito de violência, contra a criança e contra a mulher, à materialidade da violência física. Só serve o olho roxo, ou o estupro que dilacera. A ampliação do conceito contido na Lei Maria da Penha, Lei 11.340/2006, que elencou, tipi cando cinco formas de violência, a física, a psicológica, a sexual, a patrimonial, a moral, em contexto de violência doméstica e familiar contra a Mulher, essa ampliação não conseguiu ser considerada em sua devida dimensão. No entanto, para além destas cinco formas de violência, encontramos duas outras que são responsáveis por estragos permanentes em crianças. Invisíveis, em sua atuação, estas duas violências fogem da materialidade que é cada vez mais exigida quando uma vítima faz uma queixa de uma delas. Há algum tempo, recebi um vídeo de uma Mulher/Mãe, em desespero, ao lhe ser negado o Registro de Ocorrência de Violência Doméstica. Era uma Delegacia da Mulher, a vítima havia conseguido escapar do marido que lhe ameaçava matar. Estava com seus dois lhos, visivelmente perturbados com a situação vivida. Medo estampado nos rostos. O policial, que tinha treinamento para esta delegacia especializada, lhe negou o Registro e pediu que saíssem de “sua delegacia” porque não via marcas no corpo dela que justi cassem violência doméstica. Isto ocorreu dentro de uma Delegacia da Mulher. Esta postura primitiva do “só acredito vendo” reduz e viola garantias de Direito de Criança

fazer frente a essas duas formas d e v i o l ê n c i a f a m i l i a r, corroborada pela violência institucional, há que se abrir espaço para uma nova postura dessas Mães/Mulheres em proteção a seus lhos. Faz-se necessária uma atitude inusitada que precisa ser implantada.


COMPORTAMENTO 11

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NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA Hipnoterapeuta / Mentora Gestacional Cel.: (27) 99947-8786 Instagram: @nagelaisa.oficial

Como fazer sua mente trabalhar a seu favor O

©KJPARGETER/FREEPIK

nos acontece, são pautadas em nosso conteúdo emocional, aquilo que realmente nos faz agir como agimos, pensar como pensamos e sentir como sentimos. Isso são nossas memórias e crenças, que ditam a forma como fazemos noss as es col has e julgamentos. E a imaginação é o fruto disso tudo, que é a verdade que norteia nossa vida. E você pode agora mesmo perceber o que sua imaginação diz sobre quem você acredita ser e como acredita que a vida é. Feche seus olhos e imagine que está atrás de

essas pessoas. É a primeira vez que você vai fazer isso e uma emoção toma conta do seu corpo. Que emoção é essa? Como você vê essa cena? Talvez você se sinta inseguro e desconfortável, e já se veja gaguejando, errando, suando, com vergonha e as pessoas rindo e falando de você. E essa sensação está em seu corpo, talvez o coraç ão acelerado, a voz engasgada. Talvez você tenha se imaginado muito seguro e confortável, com desenvoltura e as pessoas te ovacionando e se emocionando

©WAYHOMESTUDIO/FREEPIK

s maiores desejos dos seres humanos são ser bem-sucedido e amado. Mas, também, para a grande maioria parece sempre existir um problema ou uma limitação que impede essa conquista. Alguns culpam a situação do país, outros culpam os pais ou até mesmo Deus ou o Diabo! A última e mais difícil con ssão é admitir que tudo é responsabilidade de si mesmos, das suas próprias escolhas e que, a nal, são o que determinam os resultados e destinos de suas

vidas. Pecamos por julgar sermos seres racionais e conscientes, quando a verdade mais controversa é que somos seres emocionais. Todas as nossas escolhas e percepções sobre o que

um palco, você ouve vozes de pessoas conversando e percebe que têm muitas pessoas sentadas ali do lado de fora. Você está se preparando para passar pelas cortinas e subir nesse palco para fazer uma apresentação para

com o que você proporciona a elas. Uma sensação está aí dentro de você, talvez um calor pelo corpo ou aquele frio gostoso na barriga. Fato é que sua imaginação te diz como você se comporta diante

disso e qual é a verdade que você acredita ser real. Você sempre está acreditando em seu sucesso ou seu fracasso. Já dizia Henry Ford, "Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, você está certo". Simplesmente porque você caminha em direção àquilo em que acredita. E depois, a mente consciente quer justi car dizendo “eu sabia!”, sem perceber que as atitudes e escolhas é que levaram aquele fato a se concretizar. Autorresponsabilidade! Essa deveria ser a palavra-guia de cada ser humano. Sim, porque pessoas de sucesso não perdem tempo tentando justi car seus resultados não desejados ou culpando quem quer que seja por eles. Essas pessoas entendem suas escolhas erradas e assumem as rédeas da própria vida, persistindo e refazendo caminhos. Elas sabem como utilizar o poder de suas mentes para atingir os objetivos e manifestar o que desejam e acreditam em suas vidas. Sua mente está sempre positiva e buscando as escolhas mais abundantes, sem culpar ou criar limitações. Elas têm muito claro, em suas mentes, como desejam ser e o que desejam conquistar, sem se permitir criar vitimismo ou imagens de fracasso. E isso não tem a ver com suas histórias de vida, mas, sim, com o aprendizado que obtiveram nela e a inteligência mental que desenvolveram para não se permitir mais serem vítimas e

dependentes e, sim, pessoas sensatas, conscientes e determinadas. Por isso, te convido a re etir em como pensa sobre seu relacionamento, seu parceiro ou parceira. O que você pensa todos os dias, te aproxima ou afasta da vida a dois que deseja desfrutar? Pense sobre seu trabalho, sua satisfação e os pensamentos que tem todos os dias em que sai para trabalhar ou vai cumprir suas tarefas cotidianas. Isso te traz felicidade ou te tortura com a projeção do fracasso? Pense em seu corpo, seu rosto. Quais são as falas mentais que surgem? Isso corresponde ao amor-próprio ou a um martírio e

auto agelo? Re etir é desenvolver autoconhecimento. E isso traz clareza sobre aquilo que você pode e deve mudar para alcançar a realização em sua vida. As respostas que você procura já estão aí dentro e a solução também. Permita-se ser uma pessoa diferente e experimente a verdadeira sensação de liberdade, desfazendo as amarras que você mesmo criou. Quando sua imaginação começar a criar uma realidade mais feliz, leve e abundante, você vai realmente caminhar em direção não só àquilo que você deseja, mas que você verdadeiramente acredita!

Mude o foco, produza mais endorfina e encontre a alegria ©SHUTTERSTOCK/SPORT LIFE

Em tempos tão tristes como estes vividos pela pandemia, é necessário mudar o foco e encontrar alegrias em meio a um tempo tão difícil. Uma sugestão para isso mudar o foco e botar a endor na para fazer sua parte no corpo. Para quem não conhece, "a endor na é um hormônio, produzido pela hipó se (anterior) no cérebro. O nome vem de endo (dentro) mor na (um analgésico natural)", explica a siologista Débora Garcia. Além disso, ela possui diversos efeitos no metabolismo que ainda precisam ser mais estudados. "Mas o que já sabemos é poder analgésico dela, traz sensação de bem-estar, conforto, bom humor e alegria e ainda outros que são atribuídos a ela, porém pouco se fala que são: diminuir desconforto muscular, tem f unç ão na memór i a e

aprendizado, no apetite, no ciclo menstrual entre outros". Entretanto, é preciso observar que há fatores que podem inibir sua produção. Debora explica que foi observado em pesquisa cientí ca que o excesso de exercício físico pode afetar e diminuir a liberação da endor na. Por outro lado, é importante lembrar que existem alguns

hábitos que ajudam a liberar a produção a endor na da forma correta, destaca a siologista. São eles: "A atividade física executada da maneira correta. A meditação é uma grande aliada para quem deseja esta sensação de bemestar, ao mesmo tempo em que dar risadas, sorrir e, por que não, dar boas gargalhadas também ajudam muito", aponta. Contudo, ainda existem outros

hormônios que agem na sensação de felicidade. Débora destaca como funcionam. "A d o p a m i n a é u m neurotransmissor que nos traz a sensação de prazer. E é pode ter grande relação com motivação, pela sua função no mecanismo de recompensa no cérebro. Por exemplo, quando colocamos uma meta e alcançamos. Pode ser a meta de fazer uma receita nova mais difícil; conseguir cumprir todos os compromissos do dia ou conseguir juntar o dinheiro para casa nova", conta. Também há a ocitocina e a s e r o t o n i n a , u m neurotransmissor do bem-estar e prazer. "Age na regulação do apetite, inibe a ira, a agressividade, tem relação com o humor e com o sono, está ligada a nossa felicidade. Tendo em vista a sua relação direta com

transtornos como, por exemplo, a depressão", diz. Além disso, Débora ainda conta uma curiosidade. "Apesar

de não ser um hábito, quando estamos apaixonados liberamos mais endor na também", completa.


12 OLHAR DE UMA LENTE

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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Fundão a caminho do desenvolvimento O

prefeito Gilmar Souza B or g e s ( P SB ) , e m entrevista ao jornal Fatos & Notícias, anunciou projetos que ele e seu vice, Murilo Coutinho (Cidadania),

comando pretendo dar sequência ao que iniciamos lá atrás”, a rma. Uma dessas atrações, que já estava no plano de ação do governo municipal, é a retomada

centro de vivência, área de laboratório, viveiros... já existe tudo, só precisa recuperar o que tem, e isso, já está em andamento. Outro projeto que tem tudo

uma junção de secretarias, entre e l a s a d e Tu r i s m o , é

agora não temos como funcionar devido à pandemia”, adverte.

pois a economia e o poder de investimentos no município, ©HAROLDO CORDEIRO FILHO/DRONE

©HAROLDO CORDEIRO FILHO

Gilmar e murilo pretendem implementar no município, planos que irão ajudar a alavancar, principalmente, o segmento turístico nos próximos quatro anos. Segundo os gestores, a administração tem uma projeção de investimentos na casa de R$ 50 milhões (nos quatro anos de governo) e o turismo é uma das prioridades da gestão. Por ter uma ge og ra a e p ais agem natural privilegiada, Fundão tem tudo para se tornar uma potência turística. “A natureza foi muito generosa com o povo de fundão, nos presenteando com praias e uma região de montanha maravilhosa”, pontua o prefeito. G i l m ar, qu e j á t e v e t rê s mandatos anteriores como prefeito do município, explica que a ideia é colocar em prática um projeto turístico elaborado por sua equipe em 2004, mas que, infelizmente, não teve ©MAPIO.NET

sequência nas gestões posteriores. “Nesses 16 anos que quei fora da gestão do município, o proj eto foi completamente abandonado, mas agora que retornei ao

para alavancar não só o turismo, das atividades do P a r q u e M u n i c i p a l d o mas a cultura da região, é o Goiapaba-Açu. Retomando os C a m i n h o d o S a b e r. C o m projetos, o parque se tornará um conotação religiosa, a iniciativa grande ponto de visitação ©WIKIMAPIA turística, práticas esportivas e lazer, segundo o prefeito Gilmar Souza Borges. “Já temos a pavimentação de acesso garantida pela Secretaria de Estado da A g r i c u l t u r a , Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), vamos tentar recuperar o convênio que tínhamos com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para a instalação de um observatório astronômico, pois já existe a base do telescópio, e recuperaremos, também, o laboratório de produção de visa dar visibilidade aos orquídeas e bromélias, que monumentos culturais e também estava pronto para religiosos de Fundão e dos municípios vizinhos. “A ideia é iniciar na Serra, pela Igreja dos R e i s Ma g o s , p a s s a r p e l o s monumentos naturais do município de Fundão, Ibiraçu (Mosteiro Zen Budista), por João Neiva e Santa Teresa, cidades que têm infraestrutura para receber bem e segurar o turista na região, com seus hotéis, restaurantes, p ou s a d a s , b are s e b el e z a s naturais... Na verdade, Fundão funcionar, mas, infelizmente, tem como estar bem inserido, temos montanha e um litoral não aconteceu”, lamenta Gilmar. belíssimo, que faz com que o De acordo com Murilo e Gilmar, o projeto Parque do turista se senta bem”, diz Gilmar. O prefeito faz questão de Goiapaba-Açu é magní co, pois conta com área para restaurante, esclarecer que o fato de ter feito

simplesmente estratégia. “Estamos evitando despesas com secretarias que, no momento, não seriam necessárias, podemos ter uma subsecretaria voltada para a questão cultural d o mu n i c ípi o, at rel a d a às questões turísticas, com efetividade”, esclarece. Murilo faz coro e concorda com Gilmar, no que diz respeito ao corte de despesas no município. “As pessoas têm que entender que Fundão é um município pequeno, que não

Parque Municipal Goiapaba-Açu exige uma megaestrutura das grandes cidades. Estamos aqui para melhorar e reconstruir Fundão, mas isso não é uma tarefa fácil, pois são 16 anos de desgovernos e desmandos. Então, tem que moralizar para que a cidade volte se desenvolver”, ressalta. Uma das apostas da gestão para mu d a r a c a r a d o t u r i s m o fundãoense é o litoral. Praia Grande está com um projeto para alavancar o comércio da orla: Passarela da Moqueca. Segundo Murilo, a obra está praticamente pronta (70% dos t r a b a l h o s c on c lu í d o s ) . “A Passarela da Moqueca tem tudo para deslanchar e desenvolver o turismo em Praia Grande. Só que

Gilmar concorda e acrescenta que o município tem tudo para atrair turistas para o litoral até mesmo fora do verão. “No inverno, por exemplo, poderíamos criar o Festival de Orquídeas em Praia Grande. Fizemos isso lá atrás, com o Primeiro Fórum Cultural em Praia Grande, mas não deram sequência, na primeira e única edição que zemos, enchemos os hotéis de Praia Grande e os de No v a A l m e i d a , e m p l e n o inverno”, destaca. Gilmar naliza dizendo que reduziu as secretarias para cortar gastos e focar nos projetos realmente importantes e estruturantes do município, começando pelo litoral, Praia Grande. “Nós já temos as ruas Rio de Janeiro, Espírito Santo e Porto Alegre de nidas p a r a s e r e m pavimentadas, possivelmente ainda este ano. Nós estamos com o projeto da orla que contemplará 8km de infraestrutura em Praia Grande, que também, já está em andamento e o da Beira-Rio, que terá 1km de extensão no rio Reis Magos com urbanização”, ressalta.

com verbas da própria prefeitura, são altos. “Se você pegar o investimento próprio da prefeitura, nos últimos três anos, f o r a m i n v e s t i d o s aproximadamente R$ 7,4 milhões sendo que, todos os processos dos projetos desenvolvidos aqui, tiveram valores aditivados de forma absurda e duvidosa. Só neste ano, com a economia que estamos fazendo, projetamos investir entre 12 e 14 milhões, e para os q u a t r o a n o s d e m a n d a t o, faremos investimentos em torno de R$ 50 milhões... Temos propósitos e não vamos sair do foco, vamos nos tornar modelo para que as pessoas possam nos visitar e ver as coisas belas que temos a oferecer”, exalta. Mas para tanto, prefeito e vice contam com o apoio do Legislativo para aprovar o proj e t o d e re e s t r utu r a ç ã o administrativa. “Não tenho dúvidas de que teremos uma parceria boa com o Legislativo. Ne ss e pr i me i ro mome nto, surgiram dúvidas de algumas pessoas que não conseguiram interpretar ou entender que os nossos conceitos de gestão são completamente diferentes dos anteriores. Queremos Fundão nos trilhos do progresso e da autossustentabilidade”, garante TATI BELING

©BLOGDESTINOES.COM.BR

Gilmar frisa que foi importante a reestruturação no organograma das secretarias,

Gilmar.


BRASIL 13

01 A 06 DE ABRIL/2021

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

DIVULGAÇÃO/TC-ES

Alex Bulhões (PMN/SERRAES)

Daniella Ribeiro (PP-PB) Senado aprova plano de recuperação para os setores de eventos e de turismo

SOBRAMFA

JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO

Sérgio Majeski (PSB-ES) Suprir a demanda por medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde do município da Serra e facilitar o seu acesso à população. É o que propõe o vereador Professor Alex Bulhões (PMN) ao apresentar, na Câmara, o Projeto Indicativo 76/2021. A proposta autoriza a Prefeitura a implantar a Farmácia Municipal de Manipulação. “Segundo dados do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), os medicamentos manipulados são 50% mais baratos do que os industrializados e apresentam as mesmas qualidades. E além do baixo custo para o usuário, ainda podemos citar como vantagens a segurança, a disponibilidade no mercado, a individualização das doses — o que evita desperdícios — e a facilidade na confecção dos medicamentos”, completa o Alex Bulhões. ©PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

Majeski encaminha pedido de apuração em contrato de R$ 139,9 milhões do Detran Já está de posse do Ministério Público de Contas (MPC) a denúncia recebida pelo deputado estadual Sérgio Majeski (PSB) sobre uma licitação realizada pelo Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (DetranES) para contratação de plataforma integrada de monitoramento veicular, batizada de “Cerco Inteligente”. Enviado, na terça-feira (30), o pedido de apuração cumpre o papel constitucional de scalização do Poder Legislativo sobre o Executivo. “Temos um gabinete aberto, com canais de comunicação acessíveis ao cidadão que pode apresentar sugestões, questionamentos e informações das mais diversas naturezas. Cabe aos deputados a função fundamental de scalizar. Encaminhamos todo o material recebido para a devida apuração do órgão de controle competente”, destaca Majeski. Desde o ano passado está em atividade na Assembleia Legislativa a Frente Parlamentar de Acompanhamento e Fiscalização na Execução de Despesas para o Combate à Pandemia da Covid-19, tendo o deputado Majeski como secretário executivo. Para o cidadão manter contato, basta enviar e-mail para sergiomajeski@al.es.gov.br ou deputadomajeski@gmail.com ou acessar o site sergiomajeski.com.br/ scalizacaocovid19.

O Plenário do Senado aprovou, na terça-feira (30), o projetoque cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O projeto (PL 5.638/2020) contém medidas para compensar a grande perda de receitas das empresas de eventos e turismo, por causa da pandemia. Aprovada com modi cações introduzidas pela relatora, a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), a proposta segue para nova análise da Câmara dos Deputados. Poderão aderir ao Perse empresas de hotelaria, cinemas, casas de eventos, casas noturnas, de espetáculos, e buffets sociais e infantis. Também poderão aderir empresas que realizem ou comercializem congressos, feiras, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral e eventos esportivos, sociais, promocionais e culturais. Na área do turismo, o Perse inclui agências de viagens, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos na área, parques temáticos, acampamentos turísticos e meios de hospedagem. UOL

Comissão exige repasse de loterias no estímulo ao esporte feminino

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a Lei 14.131, que aumenta de 35% para 40% o limite da margem de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS com base no valor do benefício. Desse limite, 35% são para empréstimos consignados e 5% para cartão de crédito. O aumento vale até 31 de dezembro de 2021. O ato foi publicado no Diário O cial da União desta quarta-feira (31). De acordo com o texto, quando não houver lei especí ca de nindo um percentual maior, o índice estipulado vai valer também para servidores e empregados públicos das esferas federal, estadual e municipal, além de militares das Forças Armadas, ativos e inativos, e policiais e bombeiros militares. A nova lei é oriunda da Medida Provisória 1.006/2020, aprovada no Senado em 10 de março com relatoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM). A medida foi aprovada como Projeto de Lei de Conversão 2/2020, pois sofreu mudanças na Câmara dos Deputados. A lei prevê possibilidade de suspensão das parcelas do empréstimo por quatro meses, com a manutenção dos juros contratados. A contratação de novo empréstimo com desconto automático em folha de pagamento deve ser precedida de esclarecimento sobre o custo efetivo total e do prazo para quitação integral do valor pretendido.

Comissão aprova carro reserva de seguradora adaptado a cliente com deficiência A Comissão dos Direitos das Pessoas com De ciência aprovou nesta terça-feira (30) proposta que obriga as seguradoras que oferecem o serviço de carro reserva a ter opção de veículo adaptado

DIVULGAÇÃO

Paulo Paim (PT-RS) Discriminação salarial contra as mulheres será punida com multa; texto vai à sanção

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou nesta terçafeira (30) proposta que prevê a aplicação no esporte feminino de pelo menos 30% do dinheiro repassado pelas loterias federais ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O Projeto de Lei 4089/19, da deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), insere dispositivos na Lei 13.756/18. Segundo ela, as duas entidades receberam juntas, em 2017, mais de R$ 350 milhões oriundos das loterias federais. O relator, deputado Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF), recomendou a aprovação. “Nada mais justo do que garantir percentual mínimo para o esporte feminino a partir dos recursos recebidos pelos dois comitês olímpicos”, disse.

para clientes com de ciência. O Projeto de Lei 4186/19 é do deputado Roberto de Lucena (PodeSP), e foi aprovado sem alterações, com parecer favorável da relatora, deputada Marina Santos (Solidariedade-PI). Ela a rma que o projeto obriga o mercado segurador a tratar em pé de igualdade segurados com e sem de ciência. “Ao fornecer um carro reserva que não seja adaptado, a seguradora impede que o consumidor com de ciência tenha sua regular locomoção em caso de sinistro, como é garantido aos demais segurados”, disse Santos. CÂMARA DOS DEPUTADOS

Nova lei amplia limite de consignado para aposentados durante pandemia

O senador Paulo Paim (PT-RS) foi o relator do projeto, que tramitou por 10 anos no Congresso; aprovação foi celebrada pela bancada feminina no Senado. O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (30) o projeto de lei que prevê multa para empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres que exerçam a mesma função. O PLC 130/2011, da Câmara dos Deputados, segue agora para sanção presidencial. O projeto insere a multa na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A empresa punida deverá compensar a funcionária alvo da discriminação com o pagamento de valor correspondente a até cinco vezes a diferença veri cada. Essa indenização deverá ser multiplicada pelo período de contratação, até um limite de cinco anos. A líder da bancada feminina, senadora Simone Tebet (MDB-MS), comemorou a aprovação chamando atenção para o fato de que, no Brasil, a disparidade salarial de gênero pode chegar a 25% — uma mulher no mercado de trabalho chega a receber três quartos do salário de um homem na mesma posição e com a mesma quali cação. “O nome disso é discriminação. Vergonhosa, imoral e inconstitucional. Hoje, o que o Senado faz é honrar as mulheres brasileiras, não só porque somos maioria mas porque somos iguais”, apontou Simone Tebet. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) a rmou que a lei será “um alento”, mas cobrou ferramentas de scalização mais e cientes para detectar a discriminação salarial, que “é complexa”. Ela também observou que a votação representa um sinal importante: historicamente, o Congresso concentra pautas de interesse das mulheres na semana do dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, mas o texto aprovado no m do mês. “É a demonstração de que essas pautas estarão presentes em todos os dias do ano. Temos uma liderança feminina muito bem conduzida. Essa é uma vitória das mulheres”, disse ela.


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Pandemia ajuda no Hieróglifos aumento do revelam jogos estresse e de peso políticos do da população Império Maia de 1.300 anos Estresse cresce após a chegada da covid-19 e resulta em um aumento de peso na população. Mas temos três dicas para ficar livre deles! ©SHUTTERSTOCK/SPORT LIFE

A p an d e m i a d a c ov i d - 1 9 mu d o u d r a s t i c a m e nt e o s hábitos da população. Os dias estão sendo difíceis e equilibrar as emoções e não sofrer é um desa o. Esta sobrecarga de cobranças a respeito de quem devemos ser, o que devemos ter, entre outras questões, são fatores determinantes que causam estresse. A doença traz inúmeros problemas que abalam a qualidade de vida e a saúde, como dores de cabeça, queda de cab elo, ganho de p eso, problemas gástricos, baixa imunidade, irritabilidade, di culdade em se concentrar, falhas na memória, entre outros. De acordo com Maria Júlia Coto, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), em situações de nervoso e ansiedade, comuns durante a pandemia, as pessoas liberam um hormônio chamado cortisol, produzido pela parte superior da glândula suprarrenal, que está diretamente envolvido na resp ost a ao est ress e. "Ao aumentar o nível de cortisol, o corpo tende a mobilizar rapidamente as reservas de energia, ocasionando mudanças no metabolismo e uxo de sangue. Por isso, algumas pessoas acabam comendo exageradamente como um mecanismo de fuga", explica.

©KENICHIRO TSUKAMOTO/UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA/REPRODUÇÃO

É importante que as pessoas quem atentas à alimentação nos momentos. "Mesmo na cor rer ia cotidiana ou em momentos de tédio é possível encaixar um plano alimentar que seja prazeroso, nutritivo e s a b o r o s o " , d e s t a c a . Pa r a p e r m it i r qu e to d o s e ss e s benefícios sejam atribuídos, no entanto, é preciso entender os sinais do corpo seguindo alguns passos simples. Sem neuras: Saia de perto das dietas da moda e restritivas. Pois a privação causada por elas, além de aumentar o estresse, pode gerar de ciência de alguns nutrientes. Procure um pro ssional da s aúde capacitado, que possa te ajudar com uma reeducação alimentar especí ca para suas necessidades. Entenda os sinais de fome e s a c i e d a d e : Mu i t a s v e z e s estamos tão focados na rotina que não paramos para pensar se estamos nos alimentando da forma correta. Antes de começar a comer, pare e pense: "quanto de fome eu estou hoje?". Durante a refeição, coma sem pressa, sentindo o sabor do alimento e a saciedade que o

mesmo irá trazer aos poucos, e assim quando estiver satisfeito você saberá. Isso evita consumo em excess o ou em p ouca quantidade, o que muitas vezes acaba causando desconforto d u r a n t e o d i a e d e s c onte nt ame nto c om o corpo. Não desconte seus sentimentos na comida: Em dias estressantes, muitas vezes acabamos comendo sem pensar na quantidade, e logo depois, estamos passando mal e nos sentindo para baixo, preocupados com o efeito que os exageros vão causar no peso e na estética. Acabamos colocando alguns grupos ou alimentos, por exemplo os carboidratos, como "vilões", mas na verdade a questão está nos nossos hábitos de uma forma geral. Por m, coloque como suas prioridades a saúde e a alimentação. Busque formas diferentes de eliminar todo o estresse, que não seja causando prejuízos a si mesmo. Além disso, use o tempo livre para fazer as coisas que gosta e evite levar trabalho para os momentos pessoais.

Pesquisadores da Universidade utilizado para políticos que p e d r a s d e p i r i t a e j a d e , da Califórnia descobriram, p e r c o r r e m t e r r i t ó r i o s e caracterizando um tradicional durante escavações realizadas carregam bandeiras a m de rito de passagem entre jovens elitistas, os(07), ossosàsapresentavam missões noAsítio arqueológico El daconcluir transmissão será node canal Sedu Digital no diplomáticas. YouTube, nesta quarta-feira 14 horas K e n i c h i r o Ts u k a m o t o , claros sinais de problemas de Palmar, no México, a tumba do embaixador maia Waal de p e s qu is a d or pr i nc ip a l d o saúde e indicavam que seu Ajpach, que viveu no continente e s t u d o , a r m o u q u e o st atus não o protegeu de americano há cerca de 1.300 importante cargo social do desenvolver inúmeras infecções anos. Junto aos restos mortais diplomata foi herdado de seus e traumas. Entre os problemas do diplomata, também foi pais, antigos membros da elite identi cada uma escadaria maia, e seu enterro foi digno dos encontrados, foram detectadas repleta de hieróglifos que mais poderosos cidadãos da doenças gengivais, in amações detalham a vida da antiga elite época, com direito à construção no tecido conjuntivo, escassez local e a dinâmica dos jogos de uma plataforma que era nutricional e desnutrição, políticos no império pré- o c u p a d a p e l o p ú b l i c o fraturas na tíbia, artrite em interessado em acompanhar quase todas as articulações, colombiano. Segundo as inscrições, Waal inúmeros rituais. Porém, um quedas de dentes e outros de Ajpach, que foi morto com detalhe encontrado na tumba sintomas. Aparentemente, esses uma idade entre 35 e 50 anos do diplomata sugere que sua diagnósticos foram motivos por volta de 726 d.C., partiu de vida na elite foi bastante para que Waal de Ajpach fosse descartado da elite no nal de El Palmar para as Honduras tumultuada. O d ipl omat a hav i a s i d o sua vida. com o objetivo de intermediar "Sua vida não é como uma aliança entre as dinastias enterrado com apenas dois de Copán e Calakmul, em uma potes de barro decorados, algo esperávamos com base nos viagem que lhe custou cerca de considerado simplór io s e hieróglifos. Muitas pessoas 560 quilômetros de caminhada. comparado com as tradições da dizem que a elite desfrutou de As i m a g e n s d a e s c a d a r i a civilização pré-colombiana. suas vidas, mas a história sugerem que o diplomata era Além disso, apesar de seus geralmente é mais complexa", considerado um "lakam", termo dentes possuírem implantes de concluiu Tsukamoto.

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ECONOMIA 15

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FELIPE BRETAS Graduando em Jornalismo

Famílias capixabas são obrigadas a cortar gastos para sobreviver na pandemia Com o aumento do preço do gás de cozinha e de alimentos essenciais, uma das alternativas é a substituição dos alimentos mais caros para um mais barato, e a redução do preparo de refeições, como forma de economizar o gás ©ACERVO PESSOAL

F

comida e doces, produzidos em sua própria casa, conta que sente na pele ao efeitos do aumento dos preços. “Nós tivemos que cortar gastos dentro de casa para sobreviver, estamos comprando só o básico e o necessário para comer e, como forma de economizar o gás, reduzimos o número de preparo de refeições no dia a dia”, contou. “Tia luzia”, forma como é conhecida no bairro onde mora há mais de vinte anos, diz ainda que precisou parar de vender

©REPRODUÇÃO

amílias capixabas estão sofrendo diariamente com o aumento do preço dos alimentos essenciais e do gás de cozinha. Durante os últimos doze meses de pandemia os alimentos tiveram reajuste de 15%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), em março de 2021. A dona Luzia Gomes da Silva, 51, moradora do bairro Jardim Camburi, tem quatro lhos e uma neta, que trabalha vendendo

algumas comidas por conta do alto preço do gás e dos produtos no mercado. “Devido à pandemia, as vendas diminuíram bastante, o preço do gás aumentou, dos produtos, por conta disso precisei parar de fazer algumas comidas e aumentar o preço das que ainda consigo vender”, desabafou. Dona luzia espera vender mais doces no nal de semana de Páscoa, período em que as vendas de chocolate e doces crescem em todo o País. Quem tiver interesse em comprar doces e salgados para ajudar dona Luzia, pode encontrá-la através de suas redes sociais com o nome @docesgomes_tl. Mesmo quem não sobrevive com a venda de comida encontra di culdade na hora de realizar a c ompr a d o m ê s n o supermercado. Maria Aparecida, 54, mãe solo, servidora pública, diz que se surpreendeu com o

preço dos produtos, p r i n c i p a l m e nt e d o g á s d e cozinha. “O preço do gás está absurdo, só au me nt a . Ante s c ons e g u i a comprar a R$ 70. Fui obrigada a reduzir a quantidade de produtos na hora de fazer as compras de casa, o óleo, que antes custava R$ 3,45, agora encontrei por R$ 7,50”, reclamou. Entre os grupos de alimentos pesquisados pelo IB GE, as maiores altas ocorrem em cerais, l e g u m i n o s a s , ol e o g i n o s a s , carnes, raízes e tubérculos. A alta é explicada pelo mercado através do aumento da demanda internacional e desvalorização do real frente a moedas como euro e dólar, atrelados também ao grande consumo da população brasileira que, por conta da pandemia, tem se alimentado mais em casa, o que contribui para o aumento, inclusive do uso do gás de cozinha.

Luzia Gomes da Silva

Estudo mostra queda na renda dos idosos durante pandemia Pesquisa é da Fiocruz e foi divulgada nesta quarta-feira (31) ©DANIEL MELLO/AGÊNCIA BRASIL

No Brasil, durante a pandemia de covid-19, houve diminuição de renda em quase metade dos domicílios dos idosos, principalmente entre os mais pobres, e o aumento de sentimentos relacionados à solidão e tristeza, sobretudo entre as mulheres. É o que mostra estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quarta-feira (31). Para investigar as condições de vida de idosos durante a pandemia, foram usados dados

da Pesquisa de Comportamentos (ConVid), inquérito de saúde re alizado p ela Fio cr uz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universid ade Estadual de Campinas (Unicamp). A coleta de dados foi feita por meio de um questionário eletrônico, preenchido por 9.173 pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, entre abril e maio de 2020. A pesquisa mostrou que 50,5% dos idosos trabalhavam antes da

pandemia, dos quais 42,1% sem vínculo empregatício. Durante o período analisado, foi registrada queda na renda em 47,1% dos domicílios, sendo que 23,6% relataram forte redução e até mesmo ausência de renda. Entre aqueles que trabalhavam sem carteira assinada, a queda na renda ocorreu em 79,8% dos lares e a ausência de renda em 55,3%. A diminuição também afetou de forma mais intensa os que tinham renda per capita domiciliar menor que um salário

m í n i m o. Ap e n a s 1 2 % citaram alguém do domicílio que recebeu algum benefício do governo relacionado à pandemia. Segundo a principal autora do estudo, D á lia E lena Romero, a crise econômica, o desemprego e a perda de renda já vinham ocorrendo antes do início da pandemia no ano passado. “A pandemia veio somar os problemas para a saúde e o bem-estar da população idosa”. A pesquisadora destaca que a perda de renda do idoso afeta muito toda a família. Ela defende a ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do auxílio emergencial e de programas de renda mínima, além de políticas que aumentem a escolaridade e a inclusão digital, para proteger a população idosa e seus dependentes da vulnerabilidade social.

A pesquisa mostrou ainda que o isolamento social total ou de modo intenso foi adotado por 87,8% dos idosos, enquanto 12,2% não aderiram ou aderiram p ou c o a o d i s t a n c i a m e nt o, percentual que atingiu 66,6% e nt re o s qu e c ont i nu ar am t r a b a l h an d o n or m a l m e nt e durante a pandemia. Em relação às condições de saúde física, mais de 58% dos idosos indicaram ter pelo menos uma doença crônica não transmissível, como diabetes, hipertensão, doença respiratória, d o c o r a ç ã o e c â n c e r. S e considerado o tabagismo, esse

índice sobe para 64,1%. Para a pesquisadora, a deterioração que o S i s t e m a Ún i c o d e Saúde (SUS) sofreu n o s ú lt i m o s a n o s , especialmente na at e n ç ã o b á s i c a d e saúde da família, causou impacto signi cativo na população idosa. Segundo Dália, o fortalecimento da atenção básica pouparia muitos recursos em internações hospitalares. O estudo revelou que a sensação de tristeza ou depressão recorrente foi maior em domicílios com menor renda (32,3%) e na população feminina (35,1%), em comparação com a masculina. O sentimento f re qu e nt e d e s o l i d ã o p e l o distanciamento dos amigos e familiares foi citado por metade dos idosos, sendo maior entre as mulheres (57,8%).


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Criticar sem ofender? Sim, isso é possível ©ISTOCK

Ser sincero nem sempre é uma tarefa fácil — porém, em determinadas circunstâncias, é algo mais que necessário quando um amigo, familiar ou colega faz algo errado e precisa ser corrigido ou criticado. No entanto, muita gente acaba pesando a mão na hora de fazer uma crítica e, em vez de ajudar quem a escuta, acaba magoando ou ofendendo a pessoa, o que gera con itos. Isso ocorre, de modo geral, porque é comum que as pessoas critiquem as outras na hora da raiva ou quando estão chateadas e ressentidas. A função da raiva, vale ressaltar, é nos proteger contra ameaças e nos deixar em alerta. Por isso, sob nervosismo e irritação, ca mais difícil exercer a empatia e levar os sentimentos alheios em consideração.

Ao criticar alguém quando estamos nervosos ou com raiva, passamos do ponto e acabamos desvalorizando e até diminuindo q u e m p e r c e b e m o s inconscientemente como

ameaça. Embora o ataque seja u m a te n d ê n c i a hu m an a , é i mp o r t a nt e d e s e nv o l v e r a habilidade de criticar — prestando atenção na forma e no conteúdo — para não ampli car atritos nem deixar de achar uma solução para o problema aventado. S e o criticado se sentir constrangido, vulnerável ou atacado, também enxergará a necessidade de se defender, fazendo com que os comentários não sejam absorvidos de maneira construtiva e podendo gerar desavença entre as partes. Não existe uma fórmula ideal para fazer uma crítica, pois a situação depende de fatores como o vínculo com o interlocutor ou a g ravidade da situação. No entanto, certas práticas e técnicas podem ajudar nessa missão,

como as sugeridas a seguir: Primeiro, acalme-se Quando estamos nervosos, a nossa tendência é culpar e atacar o outro. Para que a crítica ajude

precisava de ajuda em determinada situação e gostaria de ter contado com você", é mais construtivo do que dizer "você nunca oferece ajuda". Críticas muito abrangentes ou direcionadas a características pessoais, tendem a ser interpretadas de forma depreciativa. Frequentemente, resultam em uma reação emocional defensiva que desvia a atenção do comportamento sendo criticado. Baseie a sua crítica em fatos ocorridos e não em generalizações ou suposições.

e m v e z d e a t r a p a l h a r, é importante manter a tranquilidade. Respirar profundamente algumas vezes pode ajudar, assim como esperar um tempo entre o acontecimento e a conversa para que você possa se acalmar. Planeje a conversa invertendo os papéis Coloque-se no lugar da pessoa que irá receber a crítica e pense sobre como você gostaria de receber este feedback. Re ita sobre qual a melhor forma e m o m e nt o p a r a c o m e ç a r a conversa, qual tom de voz e quais palavras gostaria de escutar. Planeje também como você pode s e a c a l m ar, c a s o e n c ont re resistência da outra parte. Por exemplo: estabelecer a intenção de respirar caso que nervoso, em vez de responder a comentários defensivos que podem surgir. Pratique a empatia

Cientistas criam adesivo para pele capaz de monitorar saúde de usuários

©CENTRO DE NOTÍCIAS DA UC SAN DIEGO/DIVULGAÇÃO

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), desenvolveu um pequeno adesivo para a pele, com mú lt ipl as f unçõ es de monitoramento. O dispositivo el ást ico e macio, que tem aproximadamente o tamanho de um selo postal, é capaz de monitorar a pressão arterial e a frequência cardíaca, além de checar os níveis de glicose,

lactato, álcool ou cafeína no sangue. Outros dispositivos, como os re l ó g i o s d e pu l s o computadorizados e os medidores de g licos e, p or exemplo, realizam suas funções separadamente. Já o adesivo permite tudo isso de uma só vez. A capacidade multiforme de monitoramento é possível graças a três sensores: um de pressão

arterial e dois sensores químicos. Os sensores químicos são os que medem os biomarcadores do sangue. Além dessas informações sobre os sinais vitais, os pesquisadores a rmam que o adesivo pode até mesmo descobrir o que os usuários beberam ou comeram. O objetivo dos cientistas era possibilitar o monitoramento sem a necessidade de procedimentos invasivos e potencialmente perturbadores aos pacientes. O próximo passo é adicionar mais sensores ao adesivo para pele, com capacidade até de detectar certas doenças. Eles também pretendem tornar o sensor ainda menor e mais prático, sem a necessidade de conexões externas. O protótipo atual precisa ser conectado com cabos a uma máquina de bancada e fonte de alimentação.

Mesmo com a intenção de ajudar, uma crítica construtiva pode acabar magoando ou até mesmo ofendendo o outro. Tenha em mente que, de modo geral, não sabemos o que se passa na cabeça do outro, quais os sentimentos envolvidos, sua situação de vida no momento, as lutas que a pessoa enfrentou ao longo da jornada. Então, busque entender o outro em sua complexidade e fale de uma forma branda e empática. Evite plateia Para render bons frutos, a conversa não pode ter outras pessoas à volta. Isso aumenta a tensão e pode colocar o interlocutor numa postura ainda mais defensiva. Não faça julgamentos moralizantes Lembre-se: nossos julgamentos estão relacionados com nossos valores e percepções e não necessariamente correspondem aos valores e percepções dos

outros. Podemos dizer o que um comportamento especí co ou um conjunto de comportamento do outro nos fez sentir ou pensar, mas não podemos a rmar o que outro "é" com bas e ness es comportamentos. Portanto, troque o "você é" por "isso que você me fez sentir...". Importante: nada de fazer comparações, pois elas também envolvem juízos de valor e mexem com a autoestima do criticado, podendo colocá-lo em posição defensiva em vez de gerar re exão. Seja específico e foque no comportamento Para que a pessoa receba e assimile o que você tem a dizer, é importante que ela não se sinta atacada. Então, em vez de dizer "você é egoísta", diga "eu gostaria de ter recebido a sua ajuda em determinada situação". Descreva o comportamento em questão e as suas consequências, focando em um acontecimento especí co. Por exemplo, dizer "eu

Escute com respeito e atenção Pe r g u nt e s o b r e q u a l é a percepção da pessoa criticada a respeito do problema e suas causas. Quando as pessoas se sentem ouvidas, elas percebem a crítica como sendo mais justa. Enfatize as qualidades pessoais e o sucesso em tentativas futuras Depois da crítica, em vez de focar em erros passados, foque nos acertos futuros. Aborde as qualidades do outro e como ele pode usá-las para melhorar o comportamento em questão. Isso é importante porque faz com que a pessoa se sinta motivada, competente e capaz de lidar com o desa o. Relacione a crítica a um objetivo Faça pedidos claros do que você quer ou espera do outro em vez de expressar algo que não quer. Quando dizemos o que não queremos, nem sempre ca claro o que desejamos ou esperamos.

Nova York aprova legalização da maconha ©REUTERS/JEENAH MOON/DIREITOS RESERVADOS

Parlamentares de Nova York aprovaram nessa terça-feira (30) proposta que legaliza o uso de maconha por adultos, fazendo do estado o 15º dos Estados Un i d o s a p e r m i t i r o u s o recreativo da droga. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse estar ansioso para sancionar a proposta e transformá-la em lei. "Nova York tem uma história consolidada de ser a capital progressista da nação, e essa importante lei vai, mais uma vez, levar esse legado adiante", disse ele em comunicado. O Senado estadual de Nova York aprovou a lei por 40 votos a

23, enquanto a Assembleia votou por 100 a 49 a favor da proposta.

A decisão também foi saudada pela NORML, um grupo prómaconha, que disse que dezenas de milhares de nova-iorquinos foram presos todos os anos por pequenas violações relacionadas à maconha e que a maioria era jovem, pobre e de cor. "A legalização da maconha é um imperativo social e de justiça criminal, e a votação de hoje é uma passo crítico em direção a um sistema mais justo", disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, também em comunicado.


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