Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VIII - Nº 256
08 a 15 de julho/2018 Serra/ES
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Câmara aprova isenção de energia para famílias de baixa renda Pág. 8 HAROLDO CORDEIRO FILHO
A miséria
dos 50 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza Pág. 11
Abandono dos idosos no Brasil
Pág. 10
Brasileiro se importa com ciência e é otimista sobre seu avanço no futuro Pág. 7 JORGE PACHECO
Tudo sobre os bastidores da política Pág. 5
Ozonioterapia pode ser utilizada como tratamento experimental Pág. 8
2fatosMEIO AMBIENTE & notícias
08 a 15 de julho de 2018
FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Colegiado de 23 membros tem representantes de quatro estados e do DF
Vinte e cinco anos após ter sido criada para ajudar na p r e s e r v a ç ã o d a biodiversidade e no desenvolvimento sustentável, a Reserva da Biosfera do Cerrado enfim ganhou seu conselho deliberativo. Formado por representantes de órgãos governamentais, instituições de pesquisa e da sociedade civil organizada, o conselho será responsável por aprovar e coordenar a estrutura do sistema de gestão da reserva, bem como por elaborar os planos de ação e propor projetos estratégicos para a consolidação da área delimitada. Nesta primeira gestão, que terá mandato de dois anos, o Conselho Deliberativo da Reserva da Biosfera do Cerrado será composto por 23 representantes, entre titulares e suplentes. Publicada pelo Ministério do Meio Ambiente, no Diário Oficial da União desta quarta-feira (10), a Portaria 275 define que cinco vagas serão ocupadas pelos representantes de órgãos governamentais ambientais do Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Piauí e Tocantins. Também terão assento no conselho, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; a Agência Nacional de Águas (ANA); a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Outras seis vagas serão destinadas a a c a d ê m i c o s q u e desenvolvam pesquisa e estudos na Reserva da Biosfera do Cerrado, sendo um de cada unidade da Federação representada no conselho, além de um representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Cinco membros de organizações da sociedade civil com atuação local também indicarão seus representantes. As duas vagas remanescentes estão destinadas a membros de comunidades que residem na área da reserva, indicados pelas organizações não governamentais pertencentes à R ede C er rad o e pelo colegiado do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais. Segundo o superintendente de Proteção Ambiental e Unidade de Conservação de Goiás, Luciano Henrique de Moura, a definição quanto à composição do conselho é uma boa notícia que vinha sendo aguardada com expectativa. “O conselho deliberativo pode auxiliar os conselhos estaduais, favorecendo o fortalecimento e a consolidação da reserva como uma área de relevante interesse ambiental”, disse
Moura à Agência Brasil. Moura acrescentou que Goiás, a exemplo de outras unidades, já tem seu próprio conselho estadual para desenvolver e proteger a reserva. O do Distrito Federal, por exemplo, foi instalado em 2016. “É importante termos um conselho que envolva representantes das várias unidades federativas e de diferentes segmentos, incluindo do setor produtivo. As ações colegiadas, conjuntas, facilitam a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável, sem prejudicar o desenvolvimento das regiões”, explicou Moura, garantindo que, em Goiás, a área da Reserva da Biosfera do Cerrado ainda mantém muita vegetação nativa bem preservada. O bioma sofre sob forte impacto ambiental, principalmente devido às formas de exploração agrícola e da atividade pecuária desenvolvidas no Centro-Oeste. No dia 21 de junho, o Ministério do Meio Ambiente divulgou dados do monitoramento por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em comparação com 2017, o ritmo do desmatamento diminuiu. Ainda assim, a área devastada já corresponde a mais da metade da cobertura vegetal da região. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) incluiu a Reserva do Cerrado na Rede Mundial de Reservas da Biosfera em 1993. De acordo com a organização, a participação na rede mundial tende a favorecer a cooperação e intercâmbios em nível regional e internacional.
Água no Brasil: insípida, incolor, inodora e com agrotóxicos O chamado "PL do Veneno" está pronto para ser votada em Plenário e, na prática, representa uma exibilização perigosa das regras de controle dos agrotóxicos no Brasil A Comissão Especial da C âmar a d o s D ep u tad o s aprovou, por 18 votos a nove, o PL 6.299/2002, também conhecido como “PL do Veneno”. A proposta está pronta para ser votada em Plenário e, na prática, representa uma flexibilização perigosa das regras de controle dos agrotóxicos no Brasil. Os defensores do projeto apontam a suposta necessidade de modernizar a legislação brasileira, que estaria “atrasada” em relação ao cenário internacional. Mas será que é adequado copiar leis estrangeiras sem levar em conta as diferentes características dos países? A funesta realidade brasileira foi desconsiderada pela Comissão Especial ao aprovar o PL 6299/2002. Como importar e utilizar técnicas de avaliação de risco de uso de agrotóxicos de “primeiro mundo” com uma estrutura de “terceiro mundo”? Como permitir a liberação de agrotóxicos carcinogênicos (que causam câncer), mutagênicos (que causam mutação genética) e teratogênicos (que causam má-formação fetal) sem que tenhamos a devida infraestrutura para monitorar os riscos envolvidos? Um exemplo ilustra o problema: o monitoramento da atrazina na América do Norte. O agrotóxico, banido da Europa em 2004, é um herbicida usado nas culturas de cana-de-açúcar, milho e sorgo. O produto possui elevada persistência em solos e alto potencial de escoamento superficial, motivo pelo qual é o principal agrotóxico encontrado em água para consumo humano nos EUA e Canadá. Estudos relacionam a atrazina à
FOTO: APU GOMES
País indica conselho para Reserva da Biosfera do Cerrado
Floresta nativa da Mata Atlântica mudança de sexo em sapos e danos ao meio ambiente aquático. A exposição crônica estaria associada à perda de peso, degeneração muscular e danos cardiovasculares. Nos EUA e Canadá, programas específicos monitoram os resíduos de atrazina na água. Nos Estados Unidos, cerca de 150 municípios são monitorados de forma intensiva. Durante os picos de utilização, a coleta de água é feita semanalmente. Nos demais períodos, a coleta é quinzenal. Nos demais municípios do país, a coleta é trimestral. E no Brasil? O último relatório disponível do Ministério da Saúde sobre monitoramento de agrotóxicos em água para consumo humano é de 2014. O relatório tem dados de apenas 13% dos municípios brasileiros. Em outros termos, 87% dos municípios brasileiros não têm sua água monitorada para resíduos de agrotóxicos. Segundo as “Orientações técnicas para monitoramento de agrotóxicos para consumo humano” do Ministério da Saúde, a frequência das amostras deveria observar “a periodicidade de uso de agrotóxicos e a sazonalidade
das culturas (período de chuvas ou início da seca)”. No entanto, não há dados disponíveis sobre a periodicidade mínima ou dos municípios prioritários. E o mais importante: todas as amostras deveriam ser remetidas para um único laboratório, o Laboratório da Secção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas (IEC). No ano de 2018, o laboratório do IEC, em resposta a questionamento sobre a capacidade de análise, respondeu que não dispunha de todos os padrões necessários para realizar os exames relacionados aos 27 princípios ativos de agrotóxicos necessários para cumprimento das exigências do Ministério da Saúde. Diante desse quadro, a pergunta retorna: com esta estrutura, como evitar que agrotóxicos carcinogênicos, mutagênicos e teratogênicos possam estar presentes na sua água? O risco de que substâncias altamente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente contaminem solos e mananciais é real, caso o PL 6.299/02 seja aprovado da forma como está. Nunca é demais lembrar: agrotóxico sem controle, monitoramento e fiscalização adequados, é veneno. (El País Brasil)
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br Representante Comercial: MÁRCIO DE ALMEIDA comercial@jornalfatosenoticias.com.br fatos & notícias Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99620-6954 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18 Filiado ao Sindijores
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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CULTURA 3 fatos & notícias
Anima Mundi:
animação em fase de crescimento Em sua 26ª edição, festival cresceu, assim como relevância dos filmes de animação do Brasil Nós os vimos em inúmeros filmes que acompanham o Rei Arthur. Alguns deles tinham lendas ou histórias particulares como Lancelot, Galahad ou Perceval. Juntese a nós para conhecer os Cavaleiros da Mesa Redonda. Você sabe quem eles eram? Arthur, depois de estabelecer a paz na GrãBretanha, convocou os cavaleiros do reino para participar de sua comitiva. Ele criou uma mesa redonda para que não houvesse conflito entre os barões que o seguiam. Nenhum queria ser menor do que os outros e a mesa redonda colocava todos no mesmo nível. De acordo com a lenda, o problema entre os vassalos de Arturo veio em um Natal e a solução foi encontrada por um carpinteiro Cornish que fez uma távola redonda transportável e, portanto, não houve mais brigas entre eles. Mas quem eram esses cavaleiros? 1. Rei Arthur Pendragón O principal cavalheiro da Mesa Redonda. O pacificador da GrãBretanha e o possuidor da espada mágica. É a idealização do monarca, tanto em guerra como em paz. 2. Sir Lancelot del Lago O "mais fiel" dos cavaleiros de Arthur, estava envolvido na busca do Santo Graal e teve uma história de amor com a Rainha Guinevere. Sua origem é incerta, embora as lendas digam que foi um bebê roubado por
uma fada aquática. Enganado por Elaine, filha do rei Pelles, ele teve um filho com ela. 3. Sir Galahad Ele é o bastardo filho de Lancelot e Elaine. Sua virtude é a pureza alcançada por uma vida sem pecados e ele é o único que pode alcançar o Graal. 4. Sir Perceval de País de Gales Ele é um nobre que entrou com Sir Galahad no castelo do Graal e, em algumas versões, sua amada se chamava Blancaflor. Sua história tem sido usada com variações na literatura moderna. 5. Sir Bors de Ganis É o nome de alguns cavaleiros da mesa redonda, dividido em pai e filho. O pai, rei da Galiza, foi um dos principais colaboradores de Arturo e o filho é o terceiro cavalheiro que chegou até o Graal. 6. Sir Bedevere Marechal do Rei é aquele que retorna à Senhora do Lago com a espada do monarca: Excalibur. 7. Senhor Tristan de Leonis Tem origem no folclore celta. Ele é o segundo cavaleiro mais valente, mas às vezes ele recorre a truques e se afasta do alto nível moral exigido de um cavaleiro. Ele é o protagonista da lenda medieval de "Tristan e Isolde".
8. Sir Gawain Ele é o filho de Morgana, a irmã feiticeira de Arturo. Fervorosamente leal ao rei Arthur, ele às vezes é imprudente. Ele é um dos primeiros cavalheiros a fazer parte da mesa redonda. 9. Rei Pellionore Tornou-se amigo de Arthur depois de derrotá-lo e quebrando a espada da pedra. Dizia-se que era descendente da linhagem real de José de Arimatéia, parte dos conservadores do Graal. Ele era pai de Sir Perceval. 10. Sir Lamorak of Wales Ele foi o cavaleiro mais rápido. Filho também do rei Pellionore, morreu nas mãos de Mordred, o suposto filho de Morgana e Arthur. 11. Sir Gaheris É talvez o menos importante da mesa. Ele é o escudeiro de seu irmão mais velho, Gawain, que, por um assassinato é exilado da corte, embora mais tarde ele reapareça no grupo. 12. Sir Kay, o Steward É conhecido mundialmente graças ao filme da Disney. Arturo foi adotado pelo pai de Kay, Sir Hector, que o chamou de escudeiro filho. Kay acaba sendo um Cavaleiro da Mesa Redonda depois de reconhecer Arthur e se arrepender de seu comportamento ao tentar se apropriar do mérito de tirar a espada da pedra.
Site de Curiosidades
ARTE: MICHAEL DUDOCK
Realizado pela primeira vez em 1993, o Anima Mundi começou pequeno, apenas no Rio de Janeiro, e discreto, ocupando o nicho da animação, habitualmente desguarnecido em festivais e, naquele momento, restrito às beiradas do circuito comercial. Além disso, o cinema brasileiro lutava para sair de uma das piores crises de sua história, agravada pelo desmantelamento da atuação do Estado na cultura durante o governo Collor. As coisas serão bem diferentes na 26ª edição, e não apenas porque o festival cresceu – além do Rio, onde as atividades ocorrerão de 21 a 29 de julho, há agora um pé fincado em São Paulo, de 1º a 5 de agosto. A animação brasileira, hoje, tem relevância internacional, como demonstram os seguidos prêmios em festivais e a indicação de O
menino e o mundo (2013) ao Oscar. O Anima Mundi fez parte desse processo, contribuindo para a formação e o aperfeiçoamento de profissionais. Nesses 25 anos, cresceu também a ocupação de mercado pelo filme de animação. A lista das maiores bilheterias do ano, em todo o mundo, costuma trazer diversos longas realizados com essa técnica, que também se espalha por outros setores do audiovisual, como a TV e a publicidade. A revolução digital, por sua vez, tornou possível a qualquer usuário de celular e computador realizar suas próprias animações, e muitas escolas vêm desenvolvendo projetos nessa área. Prova da relevância do Anima Mundi nesse cenário é o fato de seus organizadores terem respondido, em 2018, pela curadoria da mais ampla
retrospectiva da animação brasileira já realizada no exterior, promovida pelo principal festival do gênero do mundo, o de Annecy (França), que ocorreu de 11 a 16 de junho. Na ocasião, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) lançou também um livro com artigos sobre 100 filmes brasileiros de animação, eleitos em pesquisa nacional. Quem não puder acompanhar as sessões do Anima Mundi no Rio e em São Paulo tem a alternativa de visitar o web site do festival, fonte de referência para a animação no Brasil, com informações não apenas sobre os filmes da programação (muitos dos quais já disponíveis pela internet), mas também sobre cursos e outras atividades regulares.
4 EDUCAÇÃO fatos & notícias
08 a 15 de julho de 2018
Integração de história Conceito de educação integral e geografia desenvolve ainda precisa ser discutido entre professores e gestores novas competências FOTO: SHUTTERSTOCK
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Professora do Instituto Singularidades, Denise Rampazzo tem longa experiência como docente na educação básica, e trabalha com metodologias que permitem unir as disciplinas de história e geografia. Ao lado de Franciele Busico, ela palestra “O ensino de História e Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental sob uma p e r s p e c t i v a interdisciplinar para desenvolver habilidades relacionadas à compreensão do mundo”. Segundo Denise, o professor regente dos anos iniciais do fundamental tem uma grande oportunidade de estabelecer relações, pois é ele o responsável por ambas as disciplinas. “Mesmo que os livros sejam separados – na maioria dos casos é assim –
ele pode articular os conhecimentos. Por exemplo, pode usar um texto literário com descrição de uma paisagem para a geografia”, diz. Ela também cita um exercício p r á t i c o d e o b s e r v a r, descrever e analisar um território, algo do campo da geografia, mas lembrando que ele nem sempre foi da forma atual, que houve interferências históricas que o transformaram, que alguns aspectos podem ter permanecido. Com práticas simples, o docente consegue mostrar como os conhecimentos estão interligados, sem precisar dizer isso explicitamente. “O aluno tem que se manter curioso, olhar o mundo a sua volta e ser capaz de fazer relações. Quando o professor mostra que é possível fazer r e l a ç õ e s e n t r e
conhecimentos de áreas diferentes, cada aluno, no seu próprio ritmo, desenvolve essa competência. Eles se tornam capazes de fazer relações entre outras disciplinas também”, afirma Denise. Embora o professor da primeira etapa do fundamental tenha condições privilegiadas, é possível estabelecer conexões entre história e geografia em qualquer etapa do ensino, garante a docente do Singularidades. “Os conhecimentos das duas áreas são facilmente articulados. Os professores podem se sentar juntos para construir atividades conjuntas. Ou mesmo um professor pode escolher passar atividades multidisciplinares, mas nesse caso, é realmente mais trabalhoso”, diz.
Promover a educação integral significa considerar todas as competências e aprendizagens essenciais aos estudantes, afirma o professor Francisco Aparecido Cordão, que tem ampla experiência nos Conselhos de Educação do Município e do Estado de São Paulo e na Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Historicamente, a concepção de educação integral já mudou bastante. “No início do século passado, o termo era usado num sentido enciclopedista, de passar para o estudante todo o conhecimento acumulado pela humanidade”, explica Cordão. “Mas houve, desde então, uma evolução muito grande na quantidade de
conhecimento produzido pela sociedade e hoje isso não faz mais sentido”. O que faz sentido – e está proposto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – é dar às crianças e aos jovens as ferramentas para continuarem aprendendo sempre, mesmo depois que saírem da escola. “Todo aluno tem o direito a entender o que lê, a se fazer entender pela escrita, dominar as operações matemáticas básicas, conhecer os fundamentos científicos e tecnológicos. Com isso, ele é capaz de entender e aproveitar a informação que está democraticamente espalhada”, afirma o professor. Apenas com pessoas capazes de articular e mobilizar as informações, o
acesso livre fará diferença. “Atualmente todos têm acesso, mas nem todos conseguem fazer o link entre o que já sabem e a informação nova. É preciso m o b i l i z a r o s conhecimentos e articular saberes para aplicar na prática, ou seja, dar respostas aos desafios da vida moderna”, diz. Segundo Cordão, a capacidade de aprender a aprender é essencial porque, no mundo de hoje, muitos dos conteúdos que a escola tenta transmitir em pouco tempo ficam defasados. No entanto, a discussão sobre as competências necessárias não é de hoje. “O debate existe desde a década de 1990, desde a promulgação da LDB em 1996”, afirma.
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STF tomou um protagonismo que é fruto de uma deformação do momento que vivemos Segunda Turma do STF manda soltar exministro José Dirceu
Meus prezados leitores, como dizem os conterrâneos mineiros: “A COISA TÁ FEIA CUMPADRE”... feia e muito complicada, um verdadeiro “bundalelê” no apê... e no domingo passado (8) ocorreu um forrobodó de lascar! E que me faz confirmar: um “bundalelê no apê, que é como está o âmbito da justiça brasileira. Jogadas sujas, de mestres mais sujos! Primeiro voltemos ao Dirceu... por 3 votos a 1, a Segunda Turma do STF decidiu suspender a execução da condenação do ex-ministro José Dirceu a 30 anos, na Operação Lava Jato. Com a decisão, Dirceu foi solto e já está rindo a bandeiras despregadas no seu luxuoso apê em Brasília. Agora vocês sabem quais os “heróis” desta estapafúrdia decisão do STF? Ah! Foram os de sempre: El Libertador Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, sempre dispostos a devolver para as ruas todos os corruptos deste nosso Brasil varonil. Lamentável! Para não dizer outra coisa mais apropriada. Entretanto, neste imbróglio todo da Lava Jato está o relator do processo, ministro Edson Fachin, e ele
BLOG DO PACHECO Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
mandou Lula e, mais, dentro de uma hora. É ou não é uma loucura? Foi então que surgiu o presidente do TRF4 que decidiu: Lula deve continuar preso!
jorgepachecoindio@hotmail.com
Hoje é festa lá no meu apê///pode aparecer, vai rolar bundalelê///hoje é festa lá no meu apê/// tem birita até o amanhecer///chega aí, pode entrar/// quem tá aqui, tá em casa///chega aí, pode entrar/// quem tá aqui, tá em casa///Tá bom, tá é bom/// aqui ninguém fica só///entra aí e toma um drink/// porque a noite é uma criança///Hoje é festa lá no meu apê///pode aparecer, vai rolar bundalelê////hoje é festa lá no meu apê/// Chega aí, pode entrar///quem tá aqui tá em casa!!! É...
Mas, a maioria entendeu que o cálculo da pena pode ser revisto e, assim, Dirceu vai aguardar em liberdade o julgamento do recurso contra a condenação.
Lula livre, Lula preso
saudoso Stanislaw Ponte Preta, vou tentar explicar. Primeiro absurdo ocorreu às 9 h no TRF-4 Segunda Instância, em Porto Alegre, e LULA foi a estrela central. O desembargador de plantão decidiu soltar o expresidente, foi um alvoroço nas redes sociais e na mídia em geral. Soltaram até
não pisou na bola, votou contra a safadeza da concessão da liberdade.
É demais para o nosso visual! No domingo (08) ocorreu uma verdadeira bagunça ou melhor dizendo, u m S A M B A D O CRIOULO DOIDO – do
POLÍTICA 5
foguetes, mas ao meio-dia, depois de manifestação do juiz Sérgio Moro, a medida foi cassada. Não acabou aí, pois uma hora mais tarde o desembargador plantonista
Desembargador Thompson Flores afirmou que précandidatura do petista não é fato novo...
O desembargador Thompson Flores afirmou que o caso compete mesmo ao relator do processo, Gebran Neto, e não ao plantonista Rogério Favreto. Ele afirmou categoricamente, (sic): "Rigorosamente, a notícia da pré-candidatura eleitoral do ex-presidente é fato público/notório do qual já se tinha notícia por ocasião do julgamento da lide pela 8ª Turma desta Corte. Nesse sentido, bem andou a decisão do Des. Federal Relator João Pedro Gebran Neto". O desembargador considerou que, como há um conflito de competência e n t r e o s d o i s desembargadores, caberia a ele decidir qual decisão valeria, se a do plantonista, o desembargador Rogério Favreto, ou do relator, João Pedro Gebran Neto. E Flores afirmou que não há como negar que o desembargador plantonista não tinha poder para esse tipo de decisão e que, portanto, a decisão do relator deveria ser a definitiva: "Determino o retorno dos autos ao Gabinete do Des. Federal João Pedro Gebran Neto, bem como a manutenção da decisão por ele proferida",
fatos & notícias
disse, em referência à decisão que manteve Lula na prisão.
Rogério Favreto, o desembargador que mandou soltar Lula Favreto foi filiado ao PT por quase 20 anos e exerceu diversos cargos em governos petistas O d e s e m b a rg a d o r q u e mandou soltar o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva foi filiado ao PT, entre 1991 e 2010. Em 2011, ele foi nomeado para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) pela expresidente Dilma Rousseff. Em 2016, foi o único membro da Corte Especial do TRF4 a votar pela abertura de processo disciplinar contra o juiz Sérgio Moro. Também traz no currículo que foi procurador-geral de Porto Alegre em três governos do PT. E também exerceu diversos cargos no Partido dos Trabalhadores. Trabalhou no primeiro governo do petista ao lado de ex-ministro José Dirceu e com a presidente cassada Dilma Rousseff, na época que ela era ministra da Casa Civil. A n t e s d e s e r desembargador, Fraveto ocupou cargos em gestões petistas, inclusive na era Lula e na gestão de Tarso Genro (PT) à frente da Prefeitura de Porto Alegre. Nos governos Lula, esteve em quatro ministérios diferentes. Primeiro, foi para a Casa Civil em 2005, onde trabalhou na Subchefia para Assuntos Jurídicos sob a chefia de José Dirceu e, depois, de Dilma Rousseff. Nos anos seguintes, foi chefe da consultoria jurídica do M i n i s t é r i o d o Desenvolvimento Social, cujo titular era o também petista Patrus Ananias.
Depois, passou pela Secretária de Relações Institucionais e pelo Ministério da Justiça, nos a n o s e m q u e Ta s s o comandava as pastas. ESSA BAGUNÇA JURÍDICA NÃO ACONTECE NEM EM BANGLADESH,
Jorge Pacheco
6 TECNOLOGIA 08 a 15 de julho de 2018 fatos & notícias
Impressora poderosa Microsoft anuncia novo faz sete mil páginas tablet da linha que nunca chegou ao Brasil por recarga
FOTO: DIVULGAÇÃO/CANON
Impressora prossional aposta no Wi-Fi, tem funcionalidade de scanner e usa sistema eciente de abastecimento via garrafa de tinta
A Canon lançou a impressora Maxx Tinta G3111 no Brasil na terçafeira (10). O modelo usa o sistema de garrafa de tinta para reabastecimento e conta com vários recursos de conectividade voltados para a nuvem e plataformas de armazenamento, como o Dropbox. Além disso, o novo aparelho é capaz de imprimir até seis mil páginas em preto ou até sete mil páginas coloridas. É possível controlar a impressora Wi-Fi por meio do app oficial disponível para celular. Multifuncional, o dispositivo também opera
como scanner e tem compatibilidade com Android, iPhone (iOS), Windows, macOS e Linux. A Maxx Tinta G3111 chega com o preço sugerido de R$ 1.099 e acompanha ainda uma garrafa de tinta extra. A garrafa de tinta promete ser mais eficiente do que os cartuchos, já que o sistema ganha em rendimento – característica que diminui o custo por página impressa. O uso da tecnologia de garrafas é indicado para pessoas e ambientes que precisam imprimir um grande volume de páginas, como escritórios e empresas.
Embora tenha suporte ao u s o s e m f i o e compartilhamento em r e d e s Wi - F i , a n o v a impressora da Canon também pode ser c o n e c t a d a a o s computadores por meio de cabo USB. Na parte da frente, o aparelho apresenta um painel touch LCD de 1,2 polegadas que permite monitorar, configurar e controlar a funcionalidade fotocopiadora. Em relação à qualidade de impressão, a Canon afirma que a nova Maxx Tinta pode imprimir com uma resolução máxima de 4.800 pontos por polegada para a modalidade colorida. O scanner opera com uma resolução máxima de 1.200 x 600 pontos por polegada. Segundo a fabricante, a Maxx Tinta G3111 imprime documentos a uma velocidade de até 8,8 imagens por minuto (ipm) em preto e branco, e 5,0 ipm em tinta colorida.
WhatsApp libera novo recurso para todos os usuários mensagens anunciou um programa de pesquisas sobre a propagação de fake news e para resolver o uso do anonimato para conversas sobre atividades ilegais dentro de um ambiente criptografado. Outro recurso que o WhatsApp ganhou, no seu programa de testes, tem o objetivo de avisar as pessoas sobre links maliciosos que podem levar à instalação de malware ou a sites falsos que visam roubar dados pessoais ou bancários. FOTO: FLICKR/ALVY/REPRODUÇÃO
O WhatsApp liberou um novo recurso nesta quarta-feira (11) para todos os usuários do aplicativo. Agora, quando uma mensagem é encaminhada, ela é sinalizada para quem a recebe. O aplicativo combate declaradamente o compartilhamento de notícias falsas e o spam e o novo recurso pode ajudar os usuários a identificar quando uma determinada mensagem é enviada indiscriminadamente para diferentes contatos. Essa funcionalidade estava em fase de testes, mas agora chega
efetivamente aos apps para Android e iPhone. “A função ajudará a determinar se um amigo ou familiar realmente escreveu a mensagem que enviou ou se o texto veio originalmente de outra pessoa”, de acordo com o WhatsApp Brasil. Recentemente, a empresa por trás do aplicativo de
Surface Go é o rival do iPad que vem com sistema Windows 10
FOTO: MICROSOFT/DIVULGAÇÃO
A Microsoft anunciou nesta semana o Surface Go, um tablet com Windows 10 que faz parte de uma linha de produtos nunca lançada no Brasil. O aparelho é uma opção de entrada e chega ao mercado americano por 399 dólares para rivalizar com o iPad, da Apple. O tablet tem um teclado para oferecer uma experiência de uso parecida com a de um notebook, como acontece no Surface Pro, versão mais cara do aparelho, e também no iPad Pro (desde que o teclado da Apple seja também adquirido). Nessa faixa de preço, as
fabricantes costumam colocar componentes menos sofisticados dentro de uma carcaça de design refinado, como indica o The Verge. E é isso que a Microsoft fez no Surface Go. O produto tem processador Intel Pentium Gold 4415Y, 64 GB de armazenamento e 4 GB de RAM ou 128 GB com 8 GB de RAM. O produto mais barato vem com memória eMMC, mais lenta do que o SSD, um disco de estado sólido que melhora a performance geral de um aparelho como esse. O componente pode até ser
adicionado na versão de 128, mas o preço sobe com essa alteração no ato da compra. Os novos iPads chegaram neste ano ao mercado americano com preços a partir de 329 dólares e com o objetivo de combater os Chromebooks, notebooks com o sistema Chrome OS, do Google. O iPad mais recente, ao contrário de produtos da Microsoft ou do Google, está disponível no mercado brasileiro desde maio deste ano. O Surface Go não tem previsão de lançamento para o mercado brasileiro.
Carro inteligente leva as compras do mercado para a sua casa Ir ao mercado não está entre as tarefas mais divertidas da humanidade, então algumas startups estão se mobilizando não apenas para fazer entregas na casa das pessoas (o que já é algo relativamente comum), mas para atingir esse objetivo com robôs e veículos autônomos. A mais nova companhia disposta a colocar veículos autônomos para entregar
FOTO: DIVULGAÇÃO
sacolas de chicória, ovos e pãozinhos é a Nuro, que anunciou uma parceria com a rede americana de supermercados Kroger. O projeto terá início no segundo semestre em uma
cidade americana ainda não revelada. Se tudo der certo, a ideia é levar o modelo às 2,8 mil lojas da rede espalhadas pelos EUA. Com a parceria, os clientes utilizarão um app para fazer os pedidos, que serão entregues no mesmo dia pelo carrinho autônomo. Ainda não foi anunciado quanto esse serviço vai custar.
08 a 15 de julho de 2018
Websérie apresenta cientistas da Amazônia
CIÊNCIA 7 fatos & notícias
Brasileiro se importa com ciência e é otimista sobre seu avanço no futuro Estudo global mapeou percepção da população de 14 países em relação à ciência. Em nosso País, maioria compreende a importância da área na vida cotidiana
Produção do Instituto Mamirauá retrata história e trabalho de pesquisadores que dedicam a vida para a conservação da Amazônia brasileira
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FOTO: MARCELLO NICOLATO
Quem são as mãos e os rostos que fazem a ciência no Brasil? Categoria tão importante quanto pouco vista e reconhecida, as pesquisadoras e pesquisadores estão em diversas fronteiras e palcos da realidade, onde a presença deles se faz mais necessária. É o caso da região amazônica e seus gigantescos desafios e possibilidades. Para contar as histórias e mostrar os trabalhos de pessoas que vivem a ciência em prol da conservação, o Instituto Mamirauá lançou, no domingo (08), Dia Nacional da Ciência e Dia Nacional do (a) Pesquisador (a), a w e b s é r i e " Vi d a d e Pesquisador". Os episódios estrearão aos domingos e quartas de julho e agosto no canal do instituto no YouTube e no Facebook. A primeira temporada da produção terá 12 episódios, cada um com cerca de sete minutos de duração e dedicado a um cientista do Instituto Mamirauá. São biólogos, oceanógrafos, arqueólogos, sociólogos e
outros profissionais que moram e trabalham na Amazônia Central em projetos de conservação da biodiversidade e manejo de recursos naturais. Pessoas vindas de diversos cantos do Brasil e de outros países e encontraram nas matas e águas amazônicas inspiração e motivos para criar, descobrir e expandir os caminhos da ciência. As gravações foram feitas entre os meses de janeiro e junho de 2018 nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, duas enormes unidades de conservação, e na sede do Instituto Mamirauá, na cidade de Tefé, estado do Amazonas. Na região, o instituto desenvolve iniciativas de pesquisa e extensão para a proteção ambiental e melhoria da qualidade de vida das populações locais, como estudos sobre a ecologia de onças-pintadas, do peixe-boi amazônico e de tecnologias sociais. O lançamento da websérie "Vida de Pesquisador" será feita em uma data em que se
comemora os feitos e o papel da ciência e dos pesquisadores no Brasil. "A ciência tem um papel f u n d a m e n t a l n o desenvolvimento de qualquer país, e não só na c o n s e r v a ç ã o d a biodiversidade, mas também na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Existe uma visão de que a ciência está desconectada do cotidiano, mas o método científico permite que nós avancemos em vários aspectos da sociedade e em soluções para problemas globais", afirma Emiliano Ramalho, coordenador de Pesquisa e Monitoramento do Instituto Mamirauá. Os 12 episódios de "Vida de Pesquisador" estarão disponíveis no canal do Instituto Mamirauá no Y o u t u b e : https://www.youtube.com/I nstitutoMamiraua. Vídeos novos serão lançados todos os domingos e quartas-feiras do mês às 17 h (horário de Brasília). Os episódios também serão divulgados na página do Instituto Mamirauá no Facebook.
Um estudo global que avaliou a percepção da população sobre a ciência demonstrou que o brasileiro é bastante otimista com o avanço da área e compreende seu impacto na vida cotidiana. A pesquisa, feita pela 3M, ouviu pessoas de 14 países. De acordo com a pesquisa, 83% dos brasileiros pensam que a ciência é muito importante para a sociedade, e 72% dizem que é muito importante para a vida cotidiana. A média global foi de 63% e 46%, respectivamente. Além disso, os brasileiros se arrependem mais de não prosseguir uma carreira na ciência (52%, contra uma média global de 46%). Os entrevistados também tiveram de responder se
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
prefeririam jantar com o jogador Neymar ou o astronauta Marcos Pontes, e o resultado demonstrou popularidade semelhante entre os dois: 51% escolheriam o craque da seleção e 49% o primeiro brasileiro a ir para o espaço.
Outros dados do Brasil – 66% pensam que os melhores dias da ciência ainda estão por vir; – 63% estão entusiasmados com o impacto futuro da ciência na sociedade; – Três em cada quatro (76%) pensam que vão ver a cura do câncer em vida; – A metade (51%) pensa que teremos carros voadores durante a sua vida.
Quando brasileiros escutam a palavra “Ciência”… – 94% se sentem esperançosos; – 6% se sentem desencorajados; – 90%afirmam acreditar que a ciência impulsiona a inovação; – 85% acreditam que o mundo é um lugar melhor graças à ciência; – 74% acreditam que o Brasil está ficando para trás de outros países quando se trata de avanços científicos; – 42% acreditam que o financiamento inadequado para a pesquisa científica é o maior obstáculo para os avanços científicos no futuro; – 84% acreditam que outros países atribuem maior valor à ciência do que o Brasil.
8SAÚDE
fatos & notícias
08 a 15 de julho de 2018
Ozonioterapia pode ser utilizada como tratamento experimental A ozonioterapia – tratamento alternativo que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e o zô n io co m fi n alid ad e terapêutica – foi aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como procedimento experimental, podendo ser realizado em caráter de estudo. A aprovação acontece depois que a Comissão para Av a l i a ç ã o d e N o v o s Procedimentos em Medicina analisou mais de 26 mil trabalhos sobre a técnica mediante pedido da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz). Segundo o CFM, a definição da permissão em caráter experimental se deve ao fato de ainda serem necessários mais estudos sobre a terapia para determinar a eficiência e segurança do tratamento, assim como a melhor
FOTO: ISTOCK/GETTY IMAGES
Apesar das críticas, a ozonioterapia já é oferecida pelo SUS como tratamento alternativo
dosagem e meios de aplicação. A entidade ainda determinou que as pesquisas só podem ser realizadas mediante anonimato e sigilo
dos indivíduos que se submeterem à prática, além de oferecer de suporte médico em casos de efeitos adversos. Outra condição é não haver cobrança do
tratamento em qualquer uma das etapas do estudo. A determinação do CFM visa reforçar a proibição de prescrições médicas para procedimentos fora dos
padrões estabelecidos pela entidade. A ozonioterapia surgiu na Europa e vem sendo usada como terapia complementar para tratar diversas doenças, como herpes, hepatite, hérnia de disco e acidente vascular (AVC), sendo associada a medicação prescrita por especialistas. A técnica pode ser aplicada por diversas vias de administração, como endovenosa, retal, intraarticular, local, intervertebral, intraforaminal, intradiscal, epidural, intramuscular e intravesical. Apesar de já estar sendo amplamente praticada fora do Brasil, a prática tem recebido muitas críticas, especialmente depois que o projeto de lei nº 227/2017 começou a tramitar no Congresso Nacional para autorizar a prescrição da
ozonioterapia como tratamento complementar em todo o país. Em nota pública, 55 entidades médicas e científicas repudiaram a decisão, salientando que a modalidade terapêutica carrega riscos e pode comprometer a saúde dos pacientes. Diante dos protestos, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida. No entanto, em março, o Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizaria novos tratamentos alternativos nas Práticas Integrativas e Complementares, entre elas a ozonioterapia; entre as outras 28 modalidades oferecidas na rede pública apenas duas são reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina: a homeopatia e acupuntura.
Remédio de maconha Agência americana aprova o primeiro medicamento com canabidiol, composto extraído da planta FOTO: CASARSA GURU
A Food and Drug Administration (FDA), agência responsável pela liberação de remédios dos EUA, aprovou o primeiro medicamento à base de canabidiol do mundo. O composto está presente na maconha, mas não causa alterações do estado mental e nem dependência. O Epidiolex é indicado para pacientes com mais de dois anos portadores das síndromes epiléticas LennoxGastaut e Dravet. A primeira manifesta seus primeiros sinais a partir dos três anos. A segunda é uma condição rara que provoca sintomas, em geral, desde o primeiro ano de vida. É uma decisão histórica. Há pelo menos uma década as evidências de que o composto reduz as crises
epiléticas vêm sendo fornecidas por estudos científicos que explicam por quais caminhos fisiológicos isto é possível e por meio de pesquisas envolvendo milhares de pacientes. Mas faltava às medicações a chancela de uma entidade do porte da FDA para chegarem ao mercado como qualquer outro remédio. A FDA serve de guia para instituições com funções semelhantes de outros países. Entende-se que suas decisões pela aprovação de medicamentos estejam embasadas em trabalhos de conclusões inquestionáveis, especialmente no que se refere aos quesitos de eficácia e de segurança. No caso do Epidiolex, os trabalhos foram apresentados pela
GW Pharmaceuticals, empresa fabricante. Em abril, um painel de investigadores da agência havia
recomendado sua aprovação. “É um avanço médico importante”, afirmou Scott Gottlieb, diretor da
FDA. “Por causa dos estudos clínicos adequados apresentados, os médicos podem ter confiança na eficácia e segurança do remédio”. São indicadas duas doses por dia da solução oral. O remédio deve ser a opção para casos que não respondem a outros tratamentos. O medicamento estará disponível nos EUA nos próximos meses. A Agência Europeia de Remédios deve divulgar sua decisão pela aprovação até o início de 2019. Não há previsão de chegada ao Brasil.
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GERAL 9 fatos & notícias
I TORNEIO BENEFICENTE Como o Chile reduziu DE FUTEBOL DE AREIA em 22% a ingestão de DE JARDIM CARAPINA bebidas açucaradas FOTO: HAROLDO CORDEIRO FILHO
FOTO: CHRIS GOLDBERG
Com o apoio da ONG Educar para Crescer, será realizado, no próximo dia 22, o I Torneio Beneficente de Futebol de Areia de Jardim Carapina. A primeira reunião, para organização do evento esportivo, aconteceu na terça-feira (10), no lava a
jato do Diego, um dos idealizadores. "O torneio tem a interação popular como principal objetivo. As crianças, os idosos, as esposas e as namoradas dos atletas, precisam marcar presença para o evento se tornar uma grande confraternização",
disse um dos apoiadores, Haroldo Cordeiro Filho. Estiveram presentes: Willian Santana, vicepresidente da ONG; Haroldo Cordeiro Filho, proprietário do Jornal Fatos & Notícias, e os presidentes dos oito times e alguns atletas.
Larvas de mosca voltam a ser usadas para tratar feridas crônicas Uma antiga forma de tratamento de feridas crônicas, que havia sido descartada com o surgimento dos antibióticos, está voltando a ser usada em alguns hospitais dos EUA, Europa e América Latina. No Brasil, ela vem sendo pesquisada e m a l g u m a s universidades e é aplicada rotineiramente em pelo menos um hospital, o Universitário Onofre Lopes (HUOL), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se da terapia larval ou larvoterapia, que, como o nome sugere, é o uso de larvas, no caso de moscas, para a cicatrização de ferimentos que resistem à
repulsivo para muita gente, o tratamento tem se mostrado em alguns casos mais eficiente do que os medicamentos e cicatrizantes tradicionais. "Todos os nossos pacientes que usaram a terapia FOTO: GETTY IMAGES apresentaram melhora significativa do processo infeccioso, tiveram suas feridas 'limpas' com rapidez, relataram que o odor (mau cheiro) da lesão desapareceu nas primeiras aplicações", garante Julianny Barreto Ferraz, enfermeira presidente da extremamente organizada q u e i n t e r f e r e m u i t o n o Comissão de Curativos do processo de reparação da HUOL, onde o procedimento ulceração), promovem o é usado desde 2012. "Usamos as larvas da crescimento de tecido sadio e eliminam bactérias que mosca da espécie Chrysomya megacephala, encontradas causam a infecção. Apesar de parecer em todo o território brasileiro", diz. recuperação. Elas agem na ferida por meio de quatro mecanismos: removem o tecido necrosado (morto), rompem o biofilme bacteriano (uma comunidade de microrganismos
Aprovação de lei que criou impostos especiais foi essencial para diminuir o consumo Os chilenos diminuíram em 21,6% o consumo de bebidas açucaradas desde 2014, segundo um recente estudo publicado pela Universidade do Chile. Um fator-chave foi a implementação de uma lei que criou impostos especiais para esse tipo de produto. Segundo o professor Cristóbal Cuadrado — líder da pesquisa, realizada em 2.900 domicílios — um terço dos açúcares livres que os chilenos consomem vem de bebidas gaseificadas, sucos e águas saborizadas, o que faz do país sulamericano um dos maiores consumidores de calorias provenientes desses produtos. Cifras oficiais apontam que 31,2% da população têm obesidade e que 470.000 pessoas (3,2% do total) têm obesidade mórbida. As estimativas do grupo de especialistas liderados por Cuadrado indicam que,
desde 2014, cada chileno reduziu em 700 mililitros o seu consumo mensal de bebidas açucaradas. Ou seja: cada pessoa ingere 3,5 litros desses líquidos por mês atualmente. O estudo não registrou variações significativas em relação às bebidas com baixo teor de açúcar. A história do aumento de impostos remonta a 2014, quando a então presidente Michelle Bachelet incluiu a modificação na reforma tributária que realizou para financiar o programa de ensino universitário gratuito. Na época, ficou determinado que todas as bebidas não alcoólicas contendo colorantes, aromatizantes ou edulcorantes seriam taxadas com o chamado Imposto Adicional às Bebidas Açucaradas (Iaba). Com sua aprovação, criaram-se duas categorias: a das bebidas com adição de 6,25 gramas
ou mais de açúcar para cada 100 ml, que devem pagar 18% de imposto; e a das que têm menos concentração de açúcar, que pagam 10%. Antes da lei, todas as bebidas pagavam 13%. Cuadrado diz que “embora tenha sido de pequena magnitude, o imposto conseguiu gerar uma modificação no consumo das famílias, o que mostra o potencial positivo desse tipo d e m e d id a” . Tal co mo ocorreu no Chile, impactos positivos de leis similares têm sido vistos no México e na Califórnia (EUA). Além do hábito dos consumidores, o imposto teve um efeito na indústria. Em setembro de 2017, a filial local da Coca-Cola anunciou uma redução no teor de açúcar de dois de seus principais produtos: Sprite e Fanta, que ficaram com 4,9 gramas para cada 100 ml, ou seja, debaixo do limite imposto pela lei.
O país onde não existe Kinder Ovo Há vários anos, o Chile trava uma batalha contra os alimentos considerados poucos saudáveis. Um projeto iniciado no primeiro mandato de Sebastián Piñera (2010-2014) levou a uma lei rigorosa sobre a publicidade de alimentos e cuja implementação teve início no último governo de Bachelet. A norma introduziu medidas como o uso de carimbos de advertência para os alimentos com alto teor de nutrientes críticos, incluindo calorias, sódio,
gorduras saturadas e açúcar. Desde 2016, os alimentos com esse carimbo não podem fazer propaganda para menores de 14 anos. Tampouco é permitido fazer promoções para essa faixa etária com a utilização de brindes e concursos. A lei d e t e r m i n o u o desaparecimento de mascotes como o Tigre Tony, exibido nos pacotes dos Sucrilhos, da Kellogg's. Também tirou do mercado o ovo de chocolate Kinder Surpresa, que no mundo todo vem com um brinquedo
em seu interior. Enquanto as medidas continuam sendo avaliadas, a chamada lei do rótulo de alimentos entrou em junho numa nova etapa. Desde então, os parâmetros para que um produto seja obrigado a exibir o carimbo foram endurecidos. A previsão é que, nos próximos meses, sejam cada vez mais os produtos que estampem na embalagem um octógono preto (similar ao da placa de “Pare”) com os dizeres: “Alto teor de”.
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O abandono dos idosos no Brasil (IstoÉ)
p r o b l e m a d o enfraquecimento dos laços familiares na nova sociedade. A família, agora, não é mais aquela tradicional que sempre destacava alguém para cuidar dos mais velhos. Ao mesmo tempo, falta um Estado que
Ele também fala romeno, francês e russo. “O engraçado, é que me formei em engenharia, mas nunca trabalhei com isso”, recorda. No Brasil, ele teve uma empresa de materiais de construção e trabalhou como gerente de vendas, até que,
posso dizer que tenho. Amigo mesmo você tem um ou no máximo dois na vida toda”, afirma. As estatísticas mostram que o brasileiro se prepara mal para enfrentar o momento em que a sua força produtiva se esgota. Mesmo sem poder contar com um Estado que garanta um bemestar aos idosos, a imensa maioria da população não pensa no futuro de maneira pragmática. Um levantamento feito pelo Banco Mundial revela que a formação de uma poupança privada no Brasil para sustentar os idosos do futuro também deixa a desejar. Em um ranking de mais de 144
várias nações latinoamericanas e muito abaixo de países desenvolvidos, como o Canadá e os Estados Unidos. Em 2017, apenas 11% dos brasileiros declararam poupar para a velhice. No Canadá esse percentual é de 59%. “Não é só um problema da pobreza”, diz Kalache. “O brasileiro não tem educação financeira. É a falta de precaução”. A falsa ideia de que o Brasil é um País de jovens está revelando uma realidade preocupante. Há um déficit na percepção de que é preciso fazer um esforço para ter uma renda confortável para um futuro cada vez mais longo. Sem
compense essa deficiência com políticas públicas que protejam os desamparados. “Essas políticas são necessárias para atender uma população que está envelhecendo mal, num País em crise e com cortes nas despesas em educação e saúde”, diz Kalache. O engenheiro aposentado Adrian Saranga, 77 anos, vive desde 2016 num alojamento público na zona Oeste de São Paulo. Sem recursos, ele não tem outra opção. Seu consolo é receber visitas dos filhos todas as semanas. “Tenho uma boa convivência com os outros 29 idosos que moram aqui, conversamos muito e vemos televisão”, diz. “Antigamente eu também gostava de ler, mas agora não tenho mais paciência”. Ele veio com 26 anos da Romênia para o Brasil. Aqui, conseguiu aprender seu quarto idioma, o português.
aos 70 anos, se aposentou. Há dois anos, foi morar no abrigo. “Amigos eu não
países, o Brasil ocupa um modesto 101° em reserva de aposentadoria, atrás de
isso, ter uma velhice digna será privilégio de uma minoria de brasileiros.
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2017, a população de idosos no País saltou 19,5%, de 25,4 milhões para mais de 30,2 milhões de pessoas. No mesmo período, o número de homens e mulheres com 60
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Um país eternamente jovem está com dificuldades para lidar com seus cabelos brancos. Ficar vivo por mais tempo, o que deveria ser uma boa notícia para todos, virou um desafio econômico pessoal para os brasileiros — e uma bomba relógio de efeitos incalculáveis para o sistema de assistência social. Na parte baixa da pirâmide, onde estão os mais pobres, começa a ser sentido o aumento no número de idosos desamparados pela família. Os albergues públicos estão lotados e a demanda por vagas entre pessoas de mais de 60 anos não para de crescer, segundo estudo do Ministério do Desenvolvimento Social. Entre os mais favorecidos, o problema é de falta de poupança e planejamento. Levantamento recémconcluído pelo Banco Mundial indica que os brasileiros de todas as idades são pouco precavidos, parecem ocupados demais com seus problemas no presente e não estão se preparando para a velhice. Apenas 11% declaram fazer economia para o futuro, contra uma média global de 21%. “A situação é muito grave e só tende a piorar. As pessoas não conseguem fazer um pé de meia para ter uma renda estável e segura depois que se aposentam”, afirma Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil. “É natural que cresça o número de pessoas idosas que vivem sozinhas porque a população em geral está envelhecendo, mas o crescimento é muito alto e o número de instituições de longa permanência ou asilos não é suficiente para atender às necessidades”. Segundo o
anos ou mais nos albergues públicos cresceu 33%, de 45,8 mil para 60,8 mil. Se forem considerados também os alojamentos privados, a cifra sobe para 100 mil. O desamparo familiar cresce mais rápido que a expectativa de vida — e o País carece de um projeto para reforçar os cuidados prolongados e a assistência na velhice. “O segmento da população que mais cresce atualmente é acima dos 80 anos”, afirma Fernando Albuquerque, pesquisador do IBGE. Segundo ele, o perfil demográfico do País em 2030 será muito diferente do que temos hoje”. Se atualmente 14% da população é considerada idosa, daqui a 30 anos esse percentual será de 30%. Isso significa uma redução da força produtiva e uma elevação dos custos assistenciais. Há também o
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D
e p o i s d a desclassificação da seleção brasileira pelos belgas, que estava na cara de qualquer um que conhece um pouquinho de futebol, os olhares se voltarão para a baderna política que o Brasil se encontra. Solta Lula, prende Lula; parlamentares sub judice e pior, governando mais de 200 milhões de brasileiros, entre crianças, idosos e trabalhadores. Certamente, foram os que mais torceram para que o Brasil permanecesse na competição até a final, assim, ganhariam mais alguns dias de descanso. O povo fica entorpecido, a n e s t e s i a d o ,
completamente cego. Mas tudo é passado, a partir da saída da Seleção Canarinho, no dia seguinte o povo acordou e viu que tudo não passou de um sonho e que a realidade é um verdadeiro pesadelo. O gás de cozinha está nas alturas, a energia e o combustível, têm seus preços alterados quase todo mês, a cesta básica... Nem se fale. Como um cidadão que ganha um salário de fome no Brasil, consegue se alimentar devidamente? A alimentação é fator primordial na rotina diária da humanidade. As desigualdades econômicas e sociais têm feito com que mais de um quarto da população, ou seja, mais de
50 milhões de brasileiros e brasileiras vivam à margem da sociedade, abaixo da linha de pobreza. É importante que nossos representantes observem a emergência de políticas econômicas com ações efetivas para nivelar, com urgência, a distribuição de renda. Não podemos permitir mais essa carnificina disfarçada. Basta fazer um tour pelas grandes metrópoles, São Paulo, Rio de Janeiro, aqui em terras capixabas como Serra, Linhares, Colatina, e presenciar de perto como nosso sistema é excludente, como nossos cidadãos são tratados pelos governantes (políticos).
Coluna Olhar de uma Lente HAROLDO CORDEIRO FILHO
Holocausto camu lado acesso do cidadão comum a esses itens. Não estaríamos vivendo um genocídio camuflado, como ocorre nos países africanos, provocado pelas potências mundiais? 07 de outubro, será o grande dia, precisamos escolher muito bem quem c o l o c a r e m o s n o p o d e r, mesmo porque, o eleito, determinará os recursos da saúde, educação, segurança, cultura... RENOVAR é a palavra!!
Holocausto 2ª Guerra Mundial
Foto: US Holocaust Memorial Museum, courtesy of Rafael Scharf
Holocausto brasileiro
Por décadas, nosso País vem batendo recordes, na
agricultura, pecuária e não consigo entender a falta de
Haroldo Cordeiro Filho Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Prefeitura de Vitória multa Cesan por obra irregular FOTO: PREFEITURA DE VITÓRIA/DIVULGAÇÃO
A Prefeitura de Vitória multou a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) em R$ 2.207,30 por uma obra considerada irregular na Praia do Canto. A obra, que estava sendo realizada na rua Fortunato Ramos, em frente à Igreja Santa Rita,
cercado, sem identificação e sem o mais importante em qualquer obra na nossa cidade: a sinalização. Isso deixa qualquer obra irregular. Fomos acionados pela população e tomamos
acabou provocando um acidente na noite de terçafeira (10), no qual um veículo foi “engolido” por um buraco no asfalto. Felizmente ninguém se feriu. A multa foi aplicada pela Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e
Infraestrutura Urbana (Setran). Segundo o secretário da Central de Serviços, Leonardo Gonçalves, a obra não estava devidamente sinalizada, o que, segundo moradores, pode ter colaborado com o acidente. “A obra estava sem o
a decisão de multar a empresa responsável pela obra”, disse Leonardo Gonçalves. A Guarda Municipal de Vitória foi acionada para atender a ocorrência do
acidente e imediatamente sinalizou o local com cones até a chegada de um guincho para retirar o veículo, que ficou com o para-choque dianteiro abaixo do nível do asfalto.
ECONOMIA 12 fatos & notícias
08 a 15 de julho de 2018
Câmara aprova isenção de energia para famílias de baixa renda O plenário da Câmara aprovou, na noite de terçafeira (10), a gratuidade de energia para famílias de baixa renda com o consumo mensal de até 70 quilowattshora (kWh) por mês. A medida foi aprovada por meio de emenda ao texto do projeto de lei que viabiliza a privatização de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras na Região Norte. Atualmente, a tarifa social d e e n e rg i a e s t a b e l e c e descontos ao consumidor de baixa renda cadastrado no valor de 65% no consumo registrado de até 30 kWh/mês; de 40% na faixa de 31 kWh até 100 kWh/mês; e de 10% na faixa de 101 kWh até 220 kWh/mês. A isenção no pagamento, atualmente, atinge apenas índios e quilombolas. Outra emenda aprovada permite às pequenas centrais hidrelétricas com pelo menos uma unidade geradora (turbina) em funcionamento terem seu prazo de autorização contado a partir da operação comercial dessa unidade,
FOTO: REPRODUÇÃO
Medida entrou no projeto que permite venda de seis empresas elétricas
exceto as que tiverem penalidade pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quanto ao c r o n o g r a m a d e implantação. Após a aprovação da matéria, o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), questionou a origem dos recursos orçamentários para
custear a isenção de p a g a m e n t o d a e n e rg i a elétrica às famílias de baixa renda. “Eu preciso que alguém me informe qual o impacto no Orçamento do governo. Se alguém deixar de pagar a conta, outra pessoa vai pagar”, perguntou Maia. O relator da proposta, deputado Júlio Lopes (PP-
RJ), argumentou que a medida não geraria impacto porque o trecho já tinha sido negociado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante a discussão da Medida Provisória 814/17, que perdeu a vigência antes de ser votada pelo Congresso. Deputados concluíram na sessão de hoje a análise dos
destaques que ficaram pendentes na semana passada. As seis distribuidoras que poderão ser colocadas à venda são: Amazonas Energia, Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron); Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre); Companhia Energética de Alagoas (Ceal); Companhia
de Energia do Piauí ( C e p i s a ) ; e B o a Vi s t a E n e rg i a , q u e a t e n d e a Roraima. Em maio, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou por unanimidade a publicação do edital de privatização dessas seis distribuidoras de energia elétrica.