Jornal Fatos & Notícias Ed. 261

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Ano VIII - Nº 261

16 a 23 de agosto/2018 Serra/ES

Distribuição Gratuita

fatos & notícias www.facebook.com/jornalfatosenoticias.com.br

FOTO: REINALDO CANATO/VEJA

HAROLDO CORDEIRO FILHO

A saúde pública brasileira está na UTI Pág. 11

Novo tratamento pode reduzir a fibromialgia Pág. 9 RAFAELA RANGEL

Desmistificando o ovo Pág. 9

Falta trabalho para 27 milhões de brasileiros Brasil alcançou o recorde de 4,833 milhões de pessoas em situação de desalento no segundo trimestre de 2018 Pág. 12

As ariranhas estão retornando aos rios da Amazônia Pág. 10 JORGE PACHECO

Análises

críticas da política local e nacional Pág. 5

Missão Garatéa abre inscrições para projetos de estudantes brasileiros Pág. 7


2fatosMEIO AMBIENTE & notícias

16 a 23 de agosto de 2018

A natureza dá a solução Algumas dessas soluções já mostram economia de recursos e aumento de produtividade O novo Relatório Mundial d a O N U s o b r e Desenvolvimento dos Recursos Hídricos defende a adoção de métodos naturais para melhorar o gerenciamento do uso da água. As soluções baseadas na natureza podem ter um papel importante na melhora do abastecimento e da qualidade da água e na redução do impacto dos desastres naturais, segundo a edição de 2018 do Relatório Mundial da ONU sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, “Soluções baseadas na natureza para a gestão da água”. O estudo, apresentado em março por Audrey Azoulay, diretorageral da Unesco, e Gilbert Houngbo, diretor do UN Water (ONU Água, em tradução livre), no 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, propõe que reservatórios, canais de irrigação e estações de tratamento de água não sejam os únicos instrumentos de gestão hídrica à disposição. Em 1986, o estado do Rajastão (Índia) viveu uma de suas piores secas. Nos anos seguintes, uma ONG uniu-se às comunidades locais para definir estruturas de coleta de água e regenerar solos e florestas na região. Com a iniciativa, houve aumento de 30% na cobertura florestal, de alguns metros nos níveis das águas subterrâneas e de produtividade das terras aráveis. Ta i s m e d i d a s s ã o exemplos de soluções baseadas na natureza (SbN) defendidas na mais recente edição do relatório da ONU. O novo relatório reconhece a água não apenas como um elemento isolado, mas como parte de um processo natural

FOTO: TONYJA44

desastres naturais. Com a mudança climática, prevêse um aumento da frequência e da intensidade dos desastres naturais. Alguns países já começaram a se precaver. O Chile anunciou medidas destinadas a proteger suas zonas úmidas litorâneas após o tsunami de 2010. O estado de Louisiana, no sul dos EUA, criou a Autoridade de Proteção e Restauração Costeira depois da passagem do furacão Katrina (2005), cuja devastação foi ampliada pela degradação das zonas úmidas no delta do rio Mississipi. Entretanto, o emprego de soluções baseadas na natureza ainda é secundário, e quase todos os investimentos são canalizados para projetos de infraestrutura cinza. A fim de satisfazer a crescente demanda por água, no entanto, infraestruturas verdes parecem ser uma solução promissora, complementando abordagens tradicionais. Os autores do relatório da Unesco sugerem um maior equilíbrio entre as duas, sobretudo considerando que as soluções baseadas na natureza estão mais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados pela

Floresta nativa da Mata Atlântica

complexo que envolve evaporação, precipitação e absorção da água pelo solo. A presença e a extensão da cobertura vegetal – como pastagens, zonas úmidas e florestas – influenciam o ciclo da água e podem representar o foco de ações para a melhoria da quantidade e da qualidade da água disponível. A chamada infraestrutura “verde”, em oposição à tradicional infraestrutura “cinza”, concentra-se em preservar as funções dos ecossistemas, sejam naturais ou artificiais, e na engenharia ambiental, em vez da engenharia civil, para melhorar a gestão dos recursos hídricos. A infraestrutura verde apresenta vários usos na agricultura, de longe o maior consumidor de água. Contribuindo para o desenvolvimento de sistemas de irrigação mais efetivos e econômicos, por exemplo, a infraestrutura verde pode reduzir as pressões sobre o uso da

terra, limitando a poluição, a erosão do solo e as necessidades hídricas. Desse modo, o Sistema de Intensificação do Arroz, inicialmente desenvolvido em Madagascar, ajuda a restaurar o funcionamento hidrológico e ecológico dos solos, em vez de usar novas variedades de plantio ou produtos químicos. Esse sistema propicia uma economia de 25% a 50% na necessidade hídrica e de 80% a 90% em sementes, enquanto aumenta a produção de 25% a 50%, dependendo da região na qual está implantado. A produção agrícola mundial poderia crescer cerca de 20% se fossem usadas práticas mais verdes de gestão da água. Um estudo citado pelo relatório avaliou projetos de desenvolvimento agrícola em 57 países de baixa renda e descobriu que o uso mais eficiente da água, aliado à redução do uso de pesticidas e a melhorias na cobertura do solo, elevou o

rendimento das colheitas em 79%. Soluções verdes também mostram grande potencial em áreas urbanas. Além de “paredes verdes” e jardins nos terraços, as opções incluem medidas para reciclar e coletar água, reservatórios para recarga de águas subterrâneas e proteção de bacias hidrográficas que abastecem áreas urbanas. A cidade de Nova York tem protegido suas três maiores bacias desde o fim dos anos 1990. Dispondo do maior abastecimento de água não filtrada dos Estados Unidos, a metrópole agora poupa mais de US$ 300 milhões por ano em tratamento de água e custos de manutenção. M a s o s ecossistemas, sozinhos, não conseguem executar 100% das funções de tratamento da água. Eles não filtram todos os tipos de

substâncias tóxicas despejadas na água, e suas capacidades têm limites. Existem pontos críticos além dos quais os impactos negativos da carga de poluentes em um ecossistema se tornam irreversíveis. Vem daí a necessidade de se reconhecer os limites existentes e gerenciar os ecossistemas de maneira adequada. As zonas úmidas também agem como barreiras naturais que absorvem e captam água da chuva, reduzindo a erosão do solo e os impactos de inundações e outros

ONU em 2015. FOTO: KONRADLEW

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 3080-0159 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18

fatos & notícias

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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

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CULTURA 3

16 a 23 de agosto de 2018

FOTO: JULIANA MIRANDA

O mistério militar sobre a Antártida

A Antártida é um dos lugares m a i s i s o l a d o s , deslumbrantes e frios do planeta. Com seus 14 milhões de quilômetros quadrados, este é o quinto maior continente do planeta, tendo o dobro do tamanho da Austrália (Oceania), por exemplo. Há cerca de 170 milhões de anos, a Antártida fazia parte do supercontinente chamado Gondwana. Cerca de 25 milhões de anos atrás, a Antártica, como a conhecemos, gradualmente se separou de Gondwana. Os especialistas acreditam que essa região da Terra já foi coberta de vegetação e repleta de vida. Hoje, no entanto, a região é coberta por 99% de gelo. Antigamente, a Antártica estava localizada mais ao norte e experimentava um clima tropical ou temperado, o que significa que estava coberta de florestas e era habitada por várias formas de vida antigas. É provável que pessoas tenham vivido

neste agora gelado continente e desenvolvido uma sociedade, como ocorreu na África, Europa e Ásia. A primeira vez que a humanidade supostamente pisou no continente gelado foi por volta de 1820. No entanto, isso não é totalmente correto. Curiosamente, existem inúmeros mapas antigos que retratam partes da Antártida livres de gelo. Um dos mapas mais controversos foi feito em 1513, pelo almirante turco Piri Reis, que desenhou um mapa que retrata a Antártida. Outros inúmeros mapas antigos foram descobertos e apontaram indícios claros de que a história contada hoje pelos estudiosos é incompleta. Um documentário chamado Third Reich – Operação Ovni, por exemplo, questiona muitas coisas em relação à Antártida, e uma dessas coisas é a possibilidade dessa região

ser dominada por inúmeras bases secretas subterrâneas. Após o colapso soviético em 1991, a KGB lançou documentos obtidos pelos espiões soviéticos que trabalharam nos Estados Unidos e revelou que o exército americano havia enviado inúmeras expedições à Antártida para propósitos misteriosos. A operação Highjump, oficialmente chamada de The United States Navy Antarctic Developments Program, aconteceu entre 1946 e 1947, e foi uma operação da Marinha dos Estados Unidos organizada pelo almirante Richard E. Byrd Jr. Ao todo, a forçatarefa envolveu 4.700 homens, 13 navios e 33 aeronaves. Para muitas pessoas, o propósito dessa missão permanece um mistério. Atualmente, cerca de 30 nações operam bases e estações de pesquisa no continente, mas pouca informação é repassada à sociedade sobre o que exatamente está acontecendo lá. O Tratado Antártico exige que seja feita pesquisa científica na área sem a presença militar, mas os militares visitam o continente de tempos em tempos. Será verdade que os Estados Unidos mantêm uma área secreta escondida em uma grande abertura no gelo? Se isso for verdade, essa é a área de exclusão mais remota, mais misteriosa e mais secreta da Terra. (Site de Curiosidades)

fatos & notícias

Biblioteca Municipal recebe espetáculo As Fantásticas Histórias Mágicas FOTO: DIVULGAÇÃO SEMC

Histórias, músicas e alegria darão o tom da apresentação "As Fantásticas Histórias Mágicas", do palhaço e contador de histórias Vítor Passarim, que acontece no dia 20 de agosto (segundafeira), na Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim, no Casarão Cerqueira Lima. O trabalho reúne uma variedade de histórias autorais com temas como alimentação saudável, autoestima, coragem e criatividade, além de clássicos da música brasileira. A atividade faz parte do Projeto Curumim, do Centro Cultural Sesc Glória, que circula em

bibliotecas com as ações de fomento à leitura desenvolvidas pelas bibliotecas públicas e culturais na Grande Vitória.

Serviço Projeto Curumim - As Fantásticas Histórias Mágicas

Com Vítor Passarim Quando: segunda-feira (20), às 9h30 Onde: Biblioteca Adelpho Poli Monjardim – Casarão Cerqueira Lima - Rua Muniz Freire, 23, Cidade Alta, Centro Aberto ao público

Danças e poesia marcaram o Dia de Combate à Intolerância Religiosa casas de umbanda e candomblé para produzir a obra e contaram a experiência vivida durante o trabalho. Ao todo, são 144 páginas com 118 imagens de 15 centros em Vitória.

FOTO: DIVULGAÇÃO

Ao som de tambores, e embalados pelas danças de origem africanas, foi realizado um ato ecumênico e cultural em alusão ao Dia de Combate à Intolerância Religiosa. O evento aconteceu no Museu Capixaba do Negro (Mucane), na noite da última segunda-feira (13). A iniciativa, que é promovida pela Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), por meio do Centro Especializado em Direitos Humanos (CEDH), reuniu lideranças de religiões de

matriz africana e evangélicas. Durante o encontro, houve apresentação de grupos de danças e poesias com temas voltados para o respeito à diversidade religiosa. Ainda como parte da programação, foi realizada uma roda de conversa com os autores do livro "Aruanda: religiões afrodescendentes em Vitória". A publicação fotográfica foi preparada pelos profissionais Carlos Antolini e Elizabeth Nader. Os dois visitaram diversas

Diálogo Para o coordenador d o C e n t r o Especializado em Direitos Humanos, Cleilton Pazini S an tan a, o ev en to f o i positivo e marcou um momento para dialogar e também para refletir. "Além disso, serviu para alertar, enquanto agentes do poder público, sobre a necessidade de se insistir na construção de políticas de respeito à diversidade e à pluralidade, e na importância de se combater às desigualdades e discriminações raciais que, muitas vezes, são o ponto que embasa o preconceito religioso", disse.


4 EDUCAÇÃO fatos & notícias

16 a 23 de agosto de 2018

Educador destaca uso da tecnologia no aprendizado

Orientações sobre idade mínima na educação infantil saem até setembro Parecer deve ser divulgado pelo CNE até o dia 14 FOTO: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

FOTO: CAYO BORGES/SECOM MACEIÓ

Para ele, as prossões do futuro surgem como ocorreram ante outras tecnologias, como as que substituíram telefonistas que acabaram migrando para outras atividades como a de recepcionistas

O que fazer e pensar diante de uma palestra sobre educação para o futuro que questiona os métodos tradicionais de ensino que conhecemos até hoje? Quando afirmações de um dos mais importantes pesquisadores de educação e pedagogia, Jean Piaget, são colocadas em xeque? “A gente constrói em cima”, resume o responsável pela polêmica, Conrado Scholochauer, embaixador da Singularity University no Brasil - instituição que tem sede no Vale do Silício, dentro da estrutura da Nasa (a Agência Aeroespacial dos EUA), onde são estudadas tecnologias com alto potencial de crescimento, como robótica, biotecnologia e nanotecnologia. Na abertura da segunda edição do Seminário Conhecer, que ocorre em Maceió, na capital alagoana, até o próximo dia 16, Scholochauer provocou risos, suavizou o clima protocolar, mas também fez muitos rostos franzirem diante de suas provocações. “Antes, a gente achava que ia aprender até os 25 anos, e o que muda é percebermos

que é um processo de aprendizado constante e ainda temos enorme acesso à informação”, ressaltou. Já nas primeiras palavras, o empreendedor em educação afirmou que a tecnologia que muda constantemente a forma como nos c o m u n i c a m o s e comportamos mostra agora reflexos diretos na aprendizagem. “Nosso objetivo não é educar, é promover aprendizagem. O foco não é o educador, mas quem está aprendendo. Aprendizagem é colocar o conhecimento para fora, de uma forma melhor”, alertou. Para Scholochauer, ainda há a cultura “videogame” em relação à educação, em que se cobra a “passagem de fases” em vez de celebrar o aprendizado real. “Temos que estar atentos para não repetir algo que não funciona para os mais novos”, disse. Diante de técnicos, analistas e diretores do Sebrae – organizador do evento – Scholochauer afirmou que os robôs podem e vão substituir professores e formadores, mas nas atividades administrativas,

abrindo espaço para a reinvenção desses profissionais. Para ele, as profissões do futuro surgem como ocorreram ante outras tecnologias, como as que substituíram telefonistas que acabaram migrando para outras atividades como a de recepcionistas. “Os robôs não vão roubar nosso emprego. Eles vão criar novos empregos”, disse. Características como a curiosidade, iniciativa, persistência, capacidade de se adaptar e liderança devem ser o carro-chefe de educadores, segundo ele, e devem ser reforçadas dentro de uma nova lógica em que alunos não são tratados como simples aprendizes. “Temos que ter coragem de assumir que algo não funciona, e de entrar em um mundo corporativo e mudar”, afirmou. Esta é a segunda edição do seminário batizado como C o n h e c e r. O p r i m e i r o ocorreu em Belo Horizonte no ano passado. O objetivo do evento é reunir experiências e avaliações de especialistas sobre educação empreendedora no País, com palestras, debates e oficinas.

Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre idade mínima para ingresso na educação infantil e no ensino fundamental, o Conselho Nacional de Educação (CNE) vai divulgar até meados de setembro orientações para escolas e sistemas de ensino sobre a idade correta para a matrícula das crianças. Escolas públicas aguardam as definições para orientar os responsáveis pelos estudantes. As escolas particulares, que, em sua maioria, encerram até o próximo mês o processo de matrícula, adiantam que não devem adotar as medidas em 2019. O parecer com as orientações deverá ser definido pelo CNE até o dia 14 de setembro. Em nota, o conselho adianta que vai reafirmar as orientações que vem dando nos últimos anos, de que as crianças que já estejam frequentando alguma etapa da educação infantil ou o primeiro ano do ensino fundamental não sejam prejudicadas e que continuem sem interrupção ou retenção o seu percurso, mesmo que façam aniversário depois de 31 de março. Já as crianças que vão ingressar na educação infantil ou no primeiro ano do ensino fundamental sem ter frequentado escola anteriormente devem seguir a data de 31 de março. No último dia 1º, o STF decidiu manter a validade da norma que definiu a idade mínima em que crianças podem ser matriculadas no ensino

fundamental nas escolas públicas e particulares. Por maioria de votos, a Corte julgou constitucionais resoluções editadas pelo CNE em 2010. As regras definiram que a matrícula no primeiro ano do ensino fundamental só pode feita se a criança tiver completado 6 anos de idade até o dia 31 de março do ano da matrícula. Dessa forma, se ainda tiver 5 anos, a criança deve continuar na educação infantil até completar o critério. A decisão vale também para o ingresso de crianças de 4 anos na préescola. Da mesma forma, podem ingressar na etapa apenas aqueles com a idade completa até 31 de março.

Escolas par culares A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) orienta as unidades de ensino a manter o planejamento das matrículas e a seguir as orientações já vigentes em cada estado, respeitando também as decisões judiciais. Segundo o presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira, o processo de matrícula das escolas privadas vai

geralmente até setembro.

Escolas públicas A orientação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) é de que os municípios, que são responsáveis pela maior parte das matrículas na educação infantil e ensino fundamental, aguardem as orientações do CNE. “A maioria dos municípios já adota a resolução, já faz matrícula do aluno na idade correta, até 31 de março. Isso não vai gerar nenhum grande problema porque a maioria já trabalha dessa forma”, diz o presidente da Undime, Aléssio Costa Lima. Para ele, a medida preserva o direito à infância. “Entendemos que, do ponto de vista pedagógico, é mais coerente manter as matrículas dentro da faixa etária, sem antecipações. Senão a criança é submetida a situações de mais ansiedade e estresse. Às vezes, ela tem alguma habilidade a mais de leitura, mas não tem maturidade suficiente para a série que foi antecipada”, explica.


POLÍTICA 5

16 a 23 de agosto de 2018

Tribunal Regional Eleitoral registrou seis candidatos ao governo do ES A disputa da eleição deste ano para o governo do Espírito Santo já começou a esquentar. Seis candidatos estão na corrida e registraram no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) as suas candidaturas. Nesta quinta-feira (16) começa oficialmente a campanha eleitoral em todo o País. No dia 31, o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV também se inicia.

Condenado e preso pela Lava Jato Lula registra candidatura a presidente O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso pela Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo

BLOG DO PACHECO Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista

jorgepachecoindio@hotmail.com

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”, Ruy Barbosa envolvendo um tríplex no

provas. Estamos aqui hoje de

oficial com 62 páginas. E

YouTube/Reprodução/Facebook/Reprodução

Meus amigos estou me sentindo tal e qual o grande Ruy Barbosa, naquele momento em que ele parou tudo o que estava fazendo e produziu o pensamento acima. O Brasil naquela época, tal como agora, já estava conturbado politicamente e o Ruy não aguentou. Hoje o povo brasileiro não acredita mais em ninguém para conduzir essa nossa amada Pátria. É muito triste essa situação a que chegamos. Triste e desoladora! Não existe um só político que possa se olhar num espelho e dizer para si mesmo: “Eu sou honesto!” No mesmo momento, garanto, ele próprio vai gritar: “tremenda mentira!”. As eleições majoritárias estão a menos de 52 dias e a mídia jornalística anuncia manobras escusas, acordos de partidos que se aliam a outros buscando vantagens, mas nenhum demonstra e divulga projetos visando o bem-estar do povo, na saúde, educação, a l i m e n t a ç ã o e , principalmente segurança pública. Acredito que já atingimos o limite máximo de paciente espera por dias melhores. Está em cima da hora para mudarmos esse lamentável estágio. E temos que mudar no voto! Não podemos continuar com essa mesma cambada nos legislativos e muito menos no poder executivo. Façamos a nossa escolha por pessoas sem comprometimento e que, realmente, queiram tirar o Brasil do fundo do poço.

governo Lulista que tem 62 páginas e foi adaptado depois de acordos celebrados com o PCdoB e com o Pros, legendas que fazem parte da coligação em torno da candidatura de Lula. Porém a candidatura do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial, pode gerar questionamentos na Justiça, aliás já está gerando, porque, além de estar preso, Lula se encaixa nos critérios da Lei da Ficha Limpa, segundo a qual fica inelegível quem for condenado por órgão colegiado da Justiça. O TSE tem prazo até 17 de setembro para fazer uma análise inicial dos registros. Depois desse prazo, ainda será possível analisar recursos. E mais: de qualquer decisão, cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa altura começam outras encrencas!

Rosa Weber

G u a r u j á - S P, r e g i s t r o u oficialmente no TSE na quarta-feira (15), com o apoio barulhento de quase 10.000 manifestantes, maioria do M o v i m e n t o d o s Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), segundo a Polícia Militar, no entorno do Tribunal.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, antes de entrar no TSE para registrar a candidatura de Lula, confirmou veementemente (sic): “Que o ex-presidente é um “preso político” e que o registro ocorre a despeito dos que não queriam, dos que deram o golpe e tiraram Dilma, dos que tiraram os direitos dos trabalhadores, dos que julgaram e condenaram Lula sem

cabeça erguida para dizer a eles que não tivemos medo, acreditamos no povo brasileiro e na caminhada que nos propusemos a fazer e estamos aqui pelos direitos do povo”. Gente este é o atual panorama político brasileiro ou melhor, sempre foi, e, parece-me, continuará sendo... um preso, que foi condenado a doze anos de xilindró, sob o manto de “não sei o que” consegue se registrar como candidato a presidente da República. É mesmo espantoso!! Mas nosso espanto, e também da maioria do povo brasileiro, não para por aí. É que Lula foi mais ousado, apresentando um programa de governo

AGORA, JOSÉ!? Resta-nos esperar para ver até onde vai essa comédia eleitoral. Será que o TSE, que tem o prazo até 17 de setembro, vai barrar a candidatura Lula com base na Lei Ficha Limpa? Quem viver até lá, verá!!! “O Povo Feliz de Novo” este é o título do programa de

Ao tomar posse na p r e s i d ê n c i a d o Tr i b u n a l Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber disse textualmente, (sic): “uma candidatura que não sofrer impugnação pode ser indeferida “de ofício” pelo ministro relator”, isto é, sem necessidade de abertura de processo e de julgamento pelo plenário. Na cerimônia de posse, a ministra chegou a declarar que o TSE pode analisar a situação de Lula mesmo que não haja pedidos de impugnação da sua candidatura. Mas se não houver (contestação), à resolução no TSE, pode haver o exame de ofício. Então não será impugnação, mas sim, um indeferimento de ofício.

fatos & notícias

Vamos ver como ficaria em caso de impugnação: Após publicação do edital, abre-se prazo de cinco dias para qualquer candidato, partido, coligação ou Ministério Público questionarem candidaturas; É possível haver mais de uma impugnação (questionamento) de uma candidatura. Esse questionamento já deve conter, segundo a lei, "os meios de prova com que se pretende demonstrar" a ilegalidade da candidatura. O questionamento ganha no TSE um relator, por meio de sorteio (o presidente do tribunal é excluído). Esse relator ficará responsável por notificar o candidato questionado. Após a notificação, o candidato tem sete dias para se manifestar sobre o questionamento e contestar, indicando testemunhas. Abrese então prazo de quatro dias para que as testemunhas indicadas sejam ouvidas. Esse prazo pode não ser necessariamente cumprido se o TSE entender que não há necessidade para o julgamento da candidatura. E mais cinco dias para que o relator proceda à coleta de provas que achar conveniente e mais cinco dias para apresentação das alegações finais, últimas manifestações sobre o questionamento, tanto de quem impugnou quanto de quem foi impugnado.


6 TECNOLOGIA 16 a 23 de agosto de 2018 fatos & notícias

Bioenergia desponta como fonte de energia atraente para a América Latina

Inventor chinês cria moto voadora FOTO: REPRODUÇÃO YOUTUBE

No Brasil, a substituição de 36% da gasolina por etanol de cana mostrou a rapidez com que a transição para as renováveis pode ser feita FOTO: SHUTTERSTOCK

Juntamente com outras fontes de energia renovável, como a eólica, a solar e a hidrelétrica, a bioenergia será uma das soluções que países da América Latina e da África poderão adotar para tornar suas matrizes energéticas mais limpas e mitigar os impactos das mudanças climáticas globais. A avaliação é de um grupo de pesquisadores autores do relatório Bioenergia e Sustentabilidade: América Latina e África, lançado, no dia 9, durante o Workshop Bioen-Fapesp RenovaBio: C i ê n c i a p a r a a Sustentabilidade e Competitividade da Bioenergia, na sede da Fapesp. O relatório contou com a contribuição de 154 pesquisadores de 31 países, membros do Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência intergovernamental associada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O trabalho foi coordenado por integrantes dos programas Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (Biota) e de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG). “ To d a s a s e n e r g i a s renováveis, como a hidrelétrica, a solar e a eólica, terão papéis fundamentais para fornecer eletricidade e s u b s titu ir co mbus tíveis

fósseis na matriz energética brasileira e de outros países da América Latina e da África”, disse Gláucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IB-USP) e membro da coordenação do Bioen. “Mas a bioenergia é uma opção especialmente interessante, uma vez que pode fornecer combustíveis que se encaixam na infraestrutura atual, usando recursos próprios dos países dessas regiões”, disse. Uma das vantagens da bioenergia em relação às outras energias renováveis é que a biomassa pode ser armazenada para produzir energia contínua em vez de intermitente, o que facilita o uso e a integração em redes elétricas não confiáveis. Além disso, a bioenergia pode ser implantada em escala na América Latina e fornecer segurança e n e rg é t i c a n o s e t o r d e transporte em um curto período de tempo, segundo o relatório. “Em um momento de transição energética pelo qual o mundo passa hoje, em que se tem buscado alternativas de fontes de energias renováveis e sustentáveis, que possibilitem diminuir as emissões de carbono, é preciso adotar soluções mais f á c e i s d e s e r e m implementadas. E a bioenergia é uma delas”, disse Souza. No Brasil, a substituição de 36% da gasolina por etanol de cana nas últimas quatro décadas mostrou a rapidez com que a transição para as renováveis pode ser feita.

Atualmente, a cana-deaçúcar contribui com 17% da matriz energética do País e 25% das necessidades de gasolina. Além disso, isso pode ser expandido significativamente. A produção brasileira de etanol até 2045 poderá deslocar até 13,7% do consumo de petróleo bruto e 5,6% das emissões de dióxido de carbono (CO2) do mundo em relação a 2014. Isso poderia ser alcançado sem o uso de áreas de preservação de florestas ou terras necessárias para sistemas de produção de alimentos no país, segundo o relatório. “É possível combinar a preservação e recuperação florestal e a produção de matéria-prima para a bioenergia. As florestas armazenam 18 vezes mais carbono do que a cana-deaçúcar e a combinação de ambos, mais os aumentos esperados na produtividade devido à melhoria da tecnologia, provavelmente manteria a produção de etanol juntamente com os benefícios do uso sustentável da biodiversidade”, destaca o documento. A alta densidade de energia do etanol (cerca de 70% da gasolina) também ressalta o potencial do biocombustível para ser usado no transporte e ajudar a garantir uma transição rápida para uma matriz de energia renovável juntamente com a energia solar e a eólica, ainda sujeitas a desenvolvimento devido à falta de eficiência, ponderam os autores do relatório.

Inspirado nos desenhos animados que assistia quando era pequeno, o chinês Zhao Deli vendeu seu apartamento para bancar um sonho: construir uma moto voadora. O inventor, que mora em uma cidade no sul da China, chamada Dongguan, explicou que o projeto-piloto ainda precisa de alguns toques finais. Zhao espera completar o projeto no ano que vem e lançá-lo para a produção em massa. Seu sonho é comercializar o invento fora da China.

Polícia de Dubai já

estudava invento antes Conhecida por sua ampla frota de carros esportivos, a polícia de Dubai anunciou, no ano passado, uma parceria com a empresa russa Hoversurf, especializada em drones, para o uso do veículo conhecido como "moto voadora" em suas operações. O CEO da empresa afirmou que o acordo com a polícia de Dubai prevê a produção do veículo na região dos Emirados Árabes. No futuro, o objetivo é utilizar a "moto voadora" para passar por cima do tráfego de veículos ou transpor outros tipos de obstáculos.

Com quatro hélices, a Scorpion 3 pode levar um motociclista aos céus. Ele utiliza dois joysticks para controlar o voo. Sua velocidade máxima é de 70 km/h, podendo chegar a cinco metros de altura e com uma autonomia de voo de 25 minutos. Como um drone, o veículo possui sistemas que regulam a altitude e a velocidade para prevenir acidentes e também pode ser controlado remotamente, sem o piloto. Movido à energia elétrica, o modelo poderia ser utilizado como meio de transporte, além de táxi ou para fazer entregas.


CIÊNCIA 7

16 a 23 de agosto de 2018

fatos & notícias

As enigmáticas estátuas gigantes da Ilha de Páscoa FOTO: DALE SIMPSON JR.

Os moais, as gigantescas esculturas da Ilha de Páscoa, estão entre as construções mais misteriosas de nosso planeta. Mas foi se debruçando sobre resquícios das ferramentas utilizadas pelos antigos habitantes da ilha, os rapanui, que um grupo de arqueólogos conseguiu levantar importantes pistas sobre o nível de sofisticação dessa sociedade. O estudo foi publicado na segunda-feira (13) no periódico Journal of Pacific Archaeology. De acordo com a antropóloga Laure Dussubieux, pesquisadora do Museu Field de História Natural de Chicago, nos Estados Unidos, e uma das autoras da pesquisa, a grande descoberta está em como a sociedade dos construtores de moais era organizada e complexa, com muita interação e troca de informações entre os habitantes. Para compreender este cenário é preciso recuar um bocado no tempo. Os moais – são cerca de 900 – foram construídos na Ilha de Páscoa, um dos lugares habitados mais remotos do mundo, a 3,7 mil quilômetros da costa do Chile, no Oceano Pacífico. Marinheiros polinésios lá chegaram por volta do ano 1100. Tornaram-se o povo rapanui. As gigantescas esculturas de pedra foram erguidas entre os anos de 1250 e 1500.

Até então, se acreditava que essa sociedade tivesse sido destruída logo após a construção dos moais, em decorrência de guerras e fome, causadas pela exploração excessiva dos recursos naturais. Mas a história não foi bem assim, conforme mostram os cientistas. Eles analisaram a composição química dos resquícios das ferramentas utilizadas pelos rapanui na construção dos moais. E descobriram que as relações dessa sociedade eram complexas, uma vez que encontraram evidências de compartilhamento de informações e colaboração. "Essa ideia de competição e colapso na Ilha de Páscoa pode ser exagerada", afirma o principal autor da pesquisa, o antropólogo e arqueólogo Dale Simpson Jr., da Universidade de Queensland. "Para mim, a organização industrial das esculturas em pedra é uma evidência sólida de que havia cooperação entre famílias e grupos de artesãos". Em conversa com a BBC News Brasil, o cientista detalhou essas evidências. Basicamente, o uso de materiais não originários de determinada região da ilha indica que havia uma troca entre diferentes grupos. Além disso, os padrões de distribuição de determinados elementos mostram que havia uma organização hierárquica

clara. "Nosso estudo sugere um mínimo de supervisão sociopolítica e econômica e competição por recursos significativos entre membros de cada clã", comenta Simpson. O grupo de está há 35 anos pesquisando na Ilha de Páscoa – deste total, Simpson participou de 17 anos. O cientista lembra ainda que a análise do tamanho e da quantidade dos moais também mostra que era necessária uma sociedade complexa para a construção. A maior parte dos quase 900 moais mede de 4 a 6 metros de altura, e seu peso médio é de 14 toneladas; o mais alto

deles tem quase 10 m de altura e há uma estátua inacabada que, pronta, teria cerca de 21 metros de altura. "Os antigos rapanui tinham chefes, sacerdotes e se organizavam em associações de profissionais que pescavam, cultivavam o solo e esculpiam", afirma. "Era preciso um certo nível d e o rg a n i z a ç ã o sociopolítica, ou não seria possível esculpir quase mil estátuas". O trabalho de Simpson, Dussubieux e o restante da equipe consistiu em analisar detalhadamente 21 das cerca de 1,6 mil ferramentas de pedra – feitas basicamente de basalto –

recolhidas em escavações arqueológicas na ilha. Na essência do trabalho, estava a ideia de que o estudo de tais ferramentas poderia revelar a maneira como elas e r a m u s a d a s e , consequentemente, como era a interação entre os escultores ancestrais. Além disso, trazia pistas de como funcionava a "indústria" rapanui de produção de estátuas. Pesquisas científicas à parte, o governo chileno anunciou, no início deste mês, que deve rebatizar a Ilha de Páscoa em referência ao passado ancestral do local. Assim, seguindo uma proposta apresentada por

parlamentares chilenos em 2016, a ilha deve se chamar Ilha Rapa Nui. A justificativa governamental para a mudança diz que Ilha de Páscoa lembra um "passado de invasão, saqueamento, escravidão e fim de sua cultura". Rapa Nui, que significa "Ilha Grande", era o nome ancestral do local. Ilha de Páscoa foi o nome dado pelo explorador holandês Jakob Roggeveen (1659-1729), oficialmente o primeiro europeu a pisar na ilha – como ele chegou em um domingo de Páscoa, resolveu dar-lhe este nome.

Missão Garatéa abre inscrições para projetos de estudantes brasileiros FOTO: NASA/CREW OF STS-132

Estudantes brasileiros de 12 a 16 anos já podem se inscrever para o Missão Garatéa, consórcio nacional que prepara alunos de escolas públicas e particulares do País para participar do Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), concurso do governo norte-americano

que selecionará um

experimento para voar junto c o m o s astronautas da Nasa à Estação E s p a c i a l Internacional (ISS), em 2019. A s inscrições, que são ilimitadas por colégio,

devem ser feitas até 28 de agosto. A taxa de participação para escolas públicas é de R$ 150. Para instituições de ensino particulares, R$ 800. Essa é a segunda edição do programa Garatéa ISS. A primeira participação brasileira no programa norteamericano ocorreu no ano

passado, o que culminou com o envio para o espaço de um experimento de alunos do Colégio Dante Alighieri, EMEF Perimetral e do Projeto Âncora. Na ocasião, os alunos das instituições quiseram verificar as condições do endurecimento do cimento misturado ao plástico verde

e m a m b i e n t e d e microgravidade. O projeto deles embarcou em um foguete da SpaceX no dia 29 de junho rumo à Estação Espacial Internacional e retornou à Terra em 3 de agosto para posterior avaliação de resultados.


8SAÚDE 16 a 23 de agosto de 2018 fatos & notícias

Tratamento previne sintomas de esquizofrenia Resultados ob dos com um grupo de animais adolescentes sugerem que, no futuro, a doença talvez possa ser tratada de modo preven vo em jovens que a droga poderia beneficiar também pacientes com esquizofrenia. Em 2013, foi publicado um importante estudo de pesquisadores brasileiros no periódico JAMA Psychiatry, da Associação Médica Norte-Americana, relatando

Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e coordenador d o I N C T- M e d i c i n a Translacional, o estudo revelou que a aplicação de uma única injeção de nitroprussiato de sódio proporcionou a imediata

única injeção de nitroprussiato de sódio levou a uma melhora global e duradoura nos sintomas”, d i s s e Va n e s s a A b í l i o à Agência Fapesp. A descoberta desencadeou uma série de pesquisas e, atualmente, há fortes

a descoberta dos efeitos terapêuticos da aplicação de nitroprussiato de sódio em pacientes com sintomas graves de esquizofrenia. Liderado por Jaime Eduardo Cecílio Hallak, do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de

redução de sintomas positivos (alucinações, entre outros), negativos (embotamento afetivo, entre outros), de ansiedade e depressivos em pacientes com esquizofrenia severa. “O trabalho de Hallak mostrou que, em 20 pacientes graves, internados por conta do transtorno, uma

indícios do efeito benéfico do nitroprussiato de sódio para pacientes com esquizofrenia. “Decidimos investigar se a droga também teria efeito preventivo sobre a esquizofrenia. Para isso, tratamos os animais antes que apresentassem as manifestações da doença”, disse a pesquisadora.

FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) testaram um tratamento com a droga nitroprussiato de sódio em uma linhagem de ratos que d e s e n v o l v e espontaneamente alguns dos sintomas associados à esquizofrenia. Os resultados obtidos com um grupo de animais adolescentes sugerem que, no futuro, a doença talvez possa ser tratada de modo preventivo em jovens considerados de risco, ou seja, com casos de esquizofrenia na família. O trabalho, coordenado por Vanessa Costhek Abílio, professora do Departamento de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina (EPMUnifesp), e apoiado pela Fapesp, foi publicado na revista CNS Neuroscience & Therapeutics. O nitroprussiato de sódio é um sal que, no organismo, serve como importante fonte de óxido nítrico – um potente vasodilatador. Por esse motivo, desde os anos 1920, o composto vem sendo prescrito para o tratamento de casos severos de hipertensão. Mais recentemente, observou-se

A esquizofrenia é um transtorno neuropsiquiátrico incurável que, na maioria dos casos, manifesta-se no fim da adolescência ou no início da idade adulta. Sabe-se que diversos fatores genéticos, bioquímicos e ambientais contribuem para o seu aparecimento. No caso de crianças e adolescentes considerados d e r i s c o p a r a o desenvolvimento de esquizofrenia, como as que possuem doentes na família, e que podem ou não vir a desenvolver a doença (ao redor de 15% a 30% desenvolvem a doença), os médicos dispõem de meios para reconhecer sinais precoces, como déficit de atenção, tendência à introspecção, agitação e a imaginação de um mundo todo particular. “E se a gente pudesse desenvolver um tratamento preventivo seguro para evitar que essas crianças viessem a desenvolver esquizofrenia na idade adulta?”, disse Vanessa Abílio. A esquizofrenia apresenta três classes de sintomas. Há os chamados positivos, que envolvem a exacerbação do comportamento, os delírios,

as alucinações e a desorganização do pensamento. Há os sintomas negativos, que dizem respeito ao embotamento afetivo, à pobreza de desenvolvimento social do paciente, à dificuldade de sentir prazer (anedonia) e à falta de motivação. Por fim, há os aspectos cognitivos da doença, como os déficits de atenção e de memória. “Para estudar os efeitos preventivos da droga, nós tentamos mimetizar no modelo animal essas três classes de sintomas”, disse a professora da Unifesp. O experimento fez uso de ratos que espontaneamente se tornam hipertensos – uma linhagem selecionada no Japão nos anos 1960 e que, desde então, vem sendo usada em modelos animais de hipertensão e problemas cardiovasculares. Esses roedores também apresentam alterações comportamentais. Segundo os autores, novos estudos são necessários para investigar se o uso de novas possibilidades terapêuticas, como o nitroprussiato de sódio, poderá tornar possível o tratamento preventivo da esquizofrenia.

Misturar álcool com energético aumenta complicações da bebedeira Muitas pessoas costumam misturar bebidas energéticas com alcoólicas para diminuir a sensação sedativa do álcool

e se sentirem menos bêbados do que realmente estão. Mas o que pesquisadores da Universidade de Portsmouth

e da Universidade Federal de Santa Maria acabam de descobrir é que essa mistura pode aumentar as complicações de uma noite de bebedeira. Os efeitos foram observados em 192 peixeszebras que entraram em contato com álcool e taurina, um ingrediente-chave encontrado na maioria dos energéticos. Os

pesquisadores, então, observaram como os peixes responderam a estímulos sociais e de medo. Como resultado, a comunicação social foi afetada e, provocadas pelo álcool, houve um aumento das propriedades que reduzem o medo. “Este estudo é o primeiro a mostrar que a mistura de bebidas alcoólicas e

energéticas pode exacerbar alguns efeitos negativos do consumo excessivo de álcool”, afirma Matt Parker, professor de farmacologia comportamental e neurociência molecular da Universidade de Portsmouth. “Há a redução do medo e problemas na comunicação social enquanto eles estão intoxicados, o que,

coletivamente, aumenta o risco de brigas, violência e participação em comportamentos arriscados”, explica o professor. Parker também alertou que, em pequenas doses, o álcool pode causar euforia e relaxamento, mas em grandes quantidades as consequências podem estar longe do desejado.


SAÚDE 9

provável que você já tenha pensado que o ovo era vilão na alimentação e que aumentava o colesterol, não é mesmo? Pois saiba que o ovo é considerado o segundo alimento mais completo, perdendo somente para o leite materno. É riquíssimo em vitaminas como a B12, B2, B5, vitamina A, rico também em selênio e ainda possui pequena quantidades de cálcio, ferro, potássio o zinco. Além disso, possui proteínas de alto valor biológico. Todos esses nutrientes

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16 a 23 de agosto de 2018

fatos & notícias

não está relacionado com o aumento do colesterol ruim no sangue. No caso do ovo, o efeito é inverso, pois ele ajuda a aumentar o HDL (colesterol “bom”). Maravilhoso, não é?

Comenta aqui embaixo quantos ovos você costuma comer por dia. Rafaela Rangel Nutricionista: CRN-ES 08100271 @nutrirafarangel facebook.com/ nutrirafarangel

DESMISTIFCANDO O OVO podem ajudar a proteger a visão, promover saciedade, perder peso, aumentar a massa muscular, proteger os

ossos, etc. Quanto ao ovo aumentar o colesterol, saiba que isso é um mito. Hoje, já se sabe que o colesterol da dieta FOTO: CERRADO EDITORA

Novo tratamento pode reduzir a fibromialgia A emissão conjugada de laser de baixa intensidade e ultrassom terapêutico aplicada nas palmas das mãos visa trazer alívio Um novo equipamento, que permite a emissão conjugada de laser de baixa intensidade e ultrassom terapêutico, tem reduzido consideravelmente a dor de pacientes com fibromialgia. A aplicação nas palmas das mãos, e não nos pontos de dor espalhados pelo corpo, está apresentando maior ação analgésica e antiinflamatória. Como consequência da redução da dor, os pacientes tiveram também melhora no sono, na capacidade de executar tarefas cotidianas e na qualidade de vida como um todo. Em artigo publicado no Journal of Novel Physiotherapies, pesquisadores do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (Cepof) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid)

apoiado pela Fapesp – descrevem a aplicação concomitante de laser e ultrassom por três minutos na palma da mão de pacientes diagnosticados com fibromialgia, em um tratamento total de 10 sessões, duas vezes por semana. “São duas inovações no mesmo estudo: o equipamento e o protocolo de tratamento. Ao fazer a emissão conjugada de ultrassom e laser conseguimos normalizar o limiar de dor do paciente. Já o tratamento na palma das mãos contrapõe o tipo de atendimento feito hoje, muito focado nos pontos de dor”, disse Antônio Eduardo de Aquino Júnior, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), um dos autores

do artigo. No estudo, orientado por Vanderlei Salvador Bagnato, professor titular e diretor do IFSC-USP, 48 mulheres de 40 a 65 anos diagnosticadas com fibromialgia foram divididas em seis grupos de oito na Unidade de Pesquisa Clínica, parceria do IFSC com a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos. Três grupos receberam emissões de laser, ultrassom ou a conjugação de ultrassom e laser na região do músculo trapézio. Os outros três grupos tiveram como foco do tratamento as palmas das mãos. Os resultados mostraram que o tratamento realizado nas mãos foi mais eficiente para os três tipos de técnicas, sendo que o tratamento com a combinação de laser e ultrassom ofereceu melhoras significativas aos pacientes. A avaliação dos resultados com cada tipo de aplicação foi baseada em protocolos como o Questionário de Impacto da Fibromialgia (FIQ) e a Escala Visual Analógica (EVA). N a comparação entre

ultrassom, laser e ultralaser aplicados no músculo trapézio, houve um percentual de diferença de 57,72% na melhora de funcionalidade e 63,31% na redução de dor para o grupo d e u l t r a l a s e r. J á n a comparação entre o tratamento no músculo trapézio e na palma das mãos com ultralaser, houve um percentual de diferença de 75,37% na redução de dor para o tratamento focado nas palmas das mãos. A ideia de testar os efeitos do novo equipamento em aplicações na região das mãos surgiu a partir da revisão de literatura científica. “Estudos anteriores indicaram que pacientes com fibromialgia apresentam quantidade maior de neurorreceptores próximos aos vasos sanguíneos das mãos. Alguns pacientes chegam a ter até pontos vermelhos nessa região. Por isso, mudamos o foco e testamos a atuação direta nessas células sensoriais das mãos e não só nos chamados pontos de gatilho de dor,

como o músculo trapézio, região normalmente de muita dor para pacientes fibromiálgicos”, disse Juliana da Silva Amaral Bruno, fisioterapeuta e primeira autora do estudo. O estudo mostrou que a ação nas mãos tem resultado em todos os pontos de dor no corpo dos pacientes. O mesmo grupo publicou outro artigo, também no Journal of Novel Physiotherapies, sobre um estudo de caso da aplicação do equipamento nos pontos de dores. Embora os resultados desse primeiro estudo tenham sido satisfatórios, não foi possível reduzir a dor da paciente de modo global. De acordo com o estudo, a normalização de fluxo sanguíneo tanto periférico como cerebral a partir das áreas sensíveis das mãos promove, ao longo das sessões, a normalização do limiar de dor do paciente. “É importante lembrar que isso não é uma cura, mas uma forma de tratamento em que não é necessário fazer uso de medicamentos”, disse Aquino à Agência Fapesp.

A fibromialgia é uma doença crônica invisível que atinge de 3% a 10% da população mundial, tendo maior ocorrência em mulheres. Apesar das dores constantes em quase todo o corpo, os pacientes não apresentam lesão, inflamação ou degeneração dos tecidos. A doença também está envolta em outros dois mistérios: ainda não se sabe a causa e muito menos a cura para ela. O tratamento padrão é feito a partir da prática de atividade física, antiinflamatórios, analgésicos e terapia psicológica, já que os pacientes costumam apresentar ainda um cansaço extremo, dificuldade para se c o n c e n t r a r, t o n t u r a s e quadros de depressão e ansiedade. “Estamos fazendo testes em osteoartrite, no joelho, mão e pé e o resultado também tem sido interessante. Outros projetos estão sendo montados para outras doenças”, disse o pesquisador.


COMPORTAMENTO 10 fatos & notícias 16 a 23 de agosto de 2018

As ariranhas estão Aretha Franklin

FOTO: GETTY IMAGES

retornando aos rios morre aos 76 anos da Amazônia

Após serem quase extintas pela caça comercial, as ariranhas estão retornando a rios da Amazônia. Os últimos indícios da recuperação da espécie foram divulgados pela revista científica Biological Conservation. Liderada pela bióloga Natália Pimenta, a pesquisa analisou sinais da presença de ariranhas na bacia do rio Içana, no noroeste do Amazonas, onde ela havia sido considerada extinta. O estudo foi feito após outras pesquisas apontarem uma tendência de recuperação da espécie – com nome científico Pteronura brasiliensis – em diferentes partes da Amazônia, como a bacia do Solimões e a região da hidrelétrica de Balbina. Maior carnívoro semiaquático da América do Sul, com até 1,80 m quando adulta, a ariranha é um dos dois tipos de lontra encontrados no Brasil e está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação, entre as espécies consideradas ameaçadas de extinção. O estudo no Içana teve início após membros do povo baniwa alertarem

POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL

sobre o retorno das ariranhas a seu território, dentro da Terra Indígena Alto Rio Negro. Presidente da Associação Indígena da Bacia do Içana, André Baniwa diz que moradores notaram os primeiros sinais da volta dos animais uns dez anos atrás, ao encontrar carcaças de peixes com mordidas de um bicho que não reconheciam. Os mais velhos deram o veredicto: a ñeewi (ariranha, em língua baniwa) estava de volta. Nos últimos anos, os sinais aumentaram e vários moradores chegaram a topar com os mamíferos. Membros da comunidade participaram do estudo sobre o retorno dos animais, que contou com o apoio das fundações Capes, CNPq, The Rufford Foundation e Idea Wild. Baniwa conta que ariranhas não eram vistas na região desde os anos 1940. Na época, eram as espécies mais cobiçadas no movimentado mercado de peles amazônicas. "As ariranhas estão voltando, mas é só o início de um processo de recuperação", disse à BBC News Brasil a bióloga

Natália Pimenta, que chefiou a pesquisa sobre a volta da espécie ao Içana. Segundo Pimenta, analista de pesquisa intercultural do Instituto Socioambiental (ISA), em São Gabriel da Cachoeira, a densidade da população de ariranhas na região ainda é baixa. Ela diz que, para que a recuperação se consolide, é necessário que haja diversidade genética entre os grupos remanescentes. Pimenta notou que, embora os encontros com ariranhas no Içana tenham se tornado mais frequentes, elas ainda são muito ariscas "possivelmente por terem sido tão cruelmente caçadas no passado". "Como estavam muito isoladas, não estão acostumadas com a presença de humanos. Quando escutam o barco, logo fogem". Ela conta que, no passado, as ariranhas eram encontradas da Venezuela ao sul da Argentina. Mas a caça predatória fez com que ficassem restritas a poucas áreas, como o Pantanal e as cabeceiras de alguns rios amazônicos. Outrora o maior habitat do animal no planeta, a bacia do rio Negro quase viu a espécie desaparecer. Nos últimos anos, conforme a espécie começou a se recuperar no Brasil, Pimenta conta que países vizinhos como a Bolívia, a Colômbia e as Guianas também viram as ariranhas ressurgirem.

A rainha do 'soul' foi a última grande diva da idade de ouro da música afro-americana

FOTO: JEFF KOWALSKY/EFE

Morreu, nesta quinta-feira (16), a cantora Aretha Franklin, última estrela viva na era de ouro da música negra nos EUA. Filha de um conhecido reverendo, ela começou a cantar no coro da igreja de seu pai e abalou a cena musical dos anos 60, introduzindo recursos do gospel em música secular, com sucessos lendários como R e s p e c t o u ( Yo u make me feel) A natural woman. Franklin, de 76 anos, anunciou sua aposentadoria no início de 2017, com a ideia de limitar a sua agenda a poucas e bem s e l e c i o n a d a s apresentações, mas mesmo essas tiveram de ser canceladas este ano por recomendação médica. Por isso não pode se apresentar em março em Newark, como estava previsto, nem em abril no festival de jazz de Nova Orleans. Ela teve um câncer de pâncreas em 2010. Seu estrelato começou na década de 1960, a bordo de

criações que marcaram a chegada do gospel à música secular. Nascida em 1942 em Memphis, Tennessee, ela cresceu em Detroit, a outrora rica metrópole dos carros e da música. Era de uma das muitas famílias afro-americanas que migraram do sul para o norte dos EUA com o boom industrial. Seu pai, o reverendo Clarence LeVaughn Franklin, era um pregador famoso muito próximo de Martin Luther King, apesar das alegações de maus-tratos a mulheres que pairam sobre a sua

figura. Aqueles anos marcaram a vida de Aretha Franklin, que começou a cantar na igreja e sempre foi uma ativista em favor dos direitos civis, com o presidente Barack Obama como um de seus maiores admiradores. Sua última apresentação aconteceu em novembro passado, em Nova York, no aniversário de 25 anos da Elton John Aids Foundation. Há 30 anos não se apresenta fora dos Estados Unidos por causa de sua lendária fobia de voar.


16 a 23 de agosto de 2018

A

insatisfação é generalizada e, para conhecer a realidade, basta adoecer, procurar uma unidade de saúde e você verá a via sacra que terá que percorrer até chegar ao médico. Com superlotação, falta de estrutura física, corredores lotados nos hospitais e pronto-socorro, atendimento ineficiente, falta de medicamentos e profissionais da área, podemos dizer que, a saúde pública no Brasil está doente. São rombos e desvios bilionários. A corrupção é a maior causa do descaso e do abandono. Já fomos a sexta maior economia do mundo e hoje ocupamos a nona posição, ou seja, cada

dia mais longe do essencial para a nação se tornar economicamente saudável. Mas até quando vamos ficar de braços cruzados e aceitar esse descaso, esse abandono por parte dos nossos atuais representantes? Lembrando que, a grande maioria responde processos e, muitos, só não estão presos por gozarem do foro privilegiado. São mais de 60 mil cargos na máquina pública com direito a esse dispositivo. Me envergonho diante da situação, a ganância e a incompetência sempre à frente da gestão pública. Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações U n i d a s p a r a o

Desenvolvimento (Pnud), ocupamos a 79ª posição no ranking de 188 países, com 0,754 pontos. Acreditem, ficando atrás de países latinos como Chile, Argentina, Barbados, Uruguai, Bahamas, Panamá, Trinidad e Tobago, Costa Rica, Cuba, Venezuela e do México. E me vejo na obrigação de aplaudir países sérios como Noruega, Austrália, Suíça, Dinamarca, Holanda, Alemanha, Irlanda, EUA, Canadá, Nova Zelândia, Singapura, Hong Kong, Lichtenstein (China), Suécia, Reino Unido, Islândia, Coreia do Sul, Israel, Luxemburgo, Japão, Bélgica, França, Áustria, Finlândia, Eslovênia, Espanha... Que tem o “bem comum” como principal plataforma de gestão pública. Vamos dar o ponta pé inicial em outubro? Vote e m p e s s o a s comprometidas com o social, não reeleja... RENOVE e faça a diferença!!!

11 fatos & notícias

Coluna Olhar de uma Lente HAROLDO CORDEIRO FILHO

A resistência do câncer na saúde pública

Haroldo Cordeiro Filho Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Vagas em o icinas voltadas ao mercado de trabalho FOTO: ANDRÉ SOBRAL

Os telecentros do Parque Moscoso, Consolação e do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) estão com vagas abertas para ofi cinas voltadas para o mercado de trabalho. A iniciativa é uma realização da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), por meio da Coordenação de Inclusão Digital e Gerência de Qualificação do Trabalhador. Os interessados em participar da capacitação devem entrar no portal da prefeitura de Vitória e a c e s s a r o l i n k vixcursos.vitoria.es.gov.br para fazer a inscrição. As vagas são para oficinas de elaboração de currículo e como usar a "nuvem" para salvar arquivos na internet. Os candidatos que quiserem se inscrever precisam ficar

atentos, já que algumas turmas já tiveram início na terça-feira (14).

Confira as vagas Parque Moscoso - Elaboração de currículo (10 vagas) Consolação - Elaboração de currículo (10 vagas) Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) - Elaboração de currículo (17 vagas) - Como usar a Nuvem Salvar arquivos na Internet

(18 vagas) Inscrição O acesso às pré-inscrições on-line é realizado pelo sistema vixcursos.vitoria.es.gov.br. No endereço também é possível ter acesso às informações sobre horários, datas e locais das oficinas. Requisitos As vagas são apenas para moradores de Vitória, a partir de 14 anos, e no ato da matrícula será necessário apresentar comprovante de residência.


ECONOMIA 12 fatos & notícias

16 a 23 de agosto de 2018

IBGE diz que falta trabalho para 27 milhões de brasileiros Brasil alcançou o recorde de 4,833 milhões de pessoas em situação de desalento no segundo trimestre de 2018 FOTO: REINALDO CANATO/VEJA

A taxa de subutilização da força de trabalho no Brasil encerrou o segundo trimestre do ano em 24,6%, o equivalente a 27,6 milhões de pessoas que se encontram desocupadas e subocupadas por insuficiência de horas, além da força de trabalho potencial. As informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (16), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, o resultado ficou estatisticamente estável em relação ao primeiro trimestre do ano, quando o percentual foi de 24,7%, mas registrando alta em relação aos 23,8% da taxa de subutilização da força de trabalho do segundo trimestre do ano passado. As maiores taxas de subutilização foram verificadas no Piauí (40,6%), Maranhão (39,7%) e Bahia (39,7%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (10,9%), Rio Grande do Sul (15,2%) e Rondônia (15,5%). Já as maiores taxas de desocupação no segundo trimestre do ano foram anotadas no Amapá (21,3), Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%) e Bahia (16,5%). As menores taxas ficaram em Santa Catarina (6,5%), Mato

Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso (8,5%). No Brasil, a taxa de desocupação foi de 12,4%. Pelos critérios adotados pelo IBGE, a taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somada às pessoas desocupadas) foi de 18,7% no segundo trimestre do ano, o que representa 6,5 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 13 milhões de desocupados. Já a taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange desocupados e pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial), foi de 18,8% no segundo trimestre de 2018, o que representa 21,1 milhões de pessoas. Os dados da Pnad Contínua do segundo trimestre indicam que o total de trabalhadores desalentados fechou o período abril a junho em 4,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, valor superior ao do primeiro trimestre, quando havia 4,6 milhões de trabalhadores nessas condições; e ao segundo

trimestre do ano passado, quando os desalentados eram 4 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, o número é recorde porque esse foi o maior contingente de desalentados da série histórica da Pnad Contínua, que começou em 2012. Para o IBGE, a população desalentada é definida como “aquela que estava fora da força de trabalho porque não conseguiu trabalho adequado ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerada muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Ela faz parte da força de trabalho potencial”. Os números indicam que o percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo trimestre de 2018 ficou em 4,4%, também o maior da série histórica. Alagoas, com 16,6%, e Maranhão, 16,2%, apresentaram a maior taxa de desalento e Rio de Janeiro, com 1,2% e Santa Catarina, com 0,7%, a menor. Outra constatação da pesquisa é que a população ocupada no segundo trimestre do ano somava 91,2 milhões de pessoas, das quais 67,6% integravam o contingente de empregados (incluindo domésticos), 4,8% eram

empregadores, 25,3% pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% eram trabalhadores familiares auxiliares. As regiões Norte, com 31,7%, e Nordeste, com 28,9% apresentaram os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria. A pesquisa constatou, ainda, que o percentual de trabalhadores com carteira assinada continua em queda, o que significa que o trabalho informal continua sendo a principal válvula de escape para quem não consegue um trabalho formal. Os dados do estudo indicam que, no segundo trimestre, 74,9% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, uma queda de 0,9 ponto

percentual em relação ao segundo trimestre do ano passado. O maior percentual de empregados com carteira estava na Região Sul, onde 82,9% das pessoas tinham carteira assinada, e o menor estava no Nordeste (59,9%). Em relação aos estados, os maiores percentuais de carteira assinada foram registrados em Santa Catarina (88,4%), Rio de Janeiro (82,3%) e Rio Grande do Sul (82,0%). Já os menores percentuais estavam no Maranhão (50,2%), Pará (55,4%) e Paraíba (55,9%). Entre os trabalhadores domésticos, 29,4% tinham carteira de trabalho assinada. No segundo trimestre do ano passado esta proporção era de 30,6%.


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