Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia
fatos & notícias
Filmes nacionais batem recorde de lançamento em 2017 Pág. 3 Tratamento contra o câncer de mama tem potencial promissor Pág. 8
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Aplicativo traz acervo de gibis da Turma da Mônica desde 1950 Pág. 6
Aumenta a fome no mundo Pág. 12
RAFAELA RANGEL
JORGE PACHECO
As frutas vermelhas Pág. 9
A carta aberta de Lula em favor de Fernando Haddad Pág. 5
ANA LUCIA BERNARDO CORDEIRO
As músicas da minha vida Pág. 10
HAROLDO CORDEIRO FILHO
O Brasil precisa rumar ao futuro, mas sem esquecer o passado Pág. 11
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Ano VIII - Nº 271 01 a 07 de novembro/2018 Serra/ES
Ensino brasileiro vai de mal a pior. Nem as escolas particulares escapam Pág. 4 Era de fenômenos climáticos extremos está chegando à Terra Pág. 7
2fatosMEIO AMBIENTE & notícias
01 a 07 de novembro de 2018
WWF lança relatório Desmatamento cresce mundial sobre estado da no período eleitoral vida em 30 de outubro
FOTO: REPRODUÇÃO/INPE
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FOTO: AQUECIMENTO GLOBAL/WWF
Meninos brincam no rio, em Tuvalu, Oceania
No dia 30 de outubro, o WWF (Fundo Mundial para a Natureza) faz o lançamento mundial do Relatório Planeta Vivo 2018 (Living Planet Report), o mais completo levantamento sobre o estado da vida no planeta. Principal publicação da rede, lançada a cada dois anos, o Relatório Planeta Vivo 2018 é um estudo abrangente das tendências da biodiversidade no mundo e da saúde do planeta. Em sua 12ª edição,
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ele fornece evidências científicas ao que a natureza vem nos dizendo repetidamente: a atividade humana insustentável está empurrando os sistemas naturais do planeta que sustentam a vida na Terra até o limite. Através de vários indicadores, incluindo o Índice do Planeta Vivo (LPI), fornecido pela Zoological Society of London (ZSL), o relatório mostra a necessidade urgente de um novo acordo
global para a natureza e pessoas com objetivos, metas e métricas claras e ambiciosas, além de reverter a tendência devastadora da perda de biodiversidade que atualmente afeta o planeta que todos chamamos de lar. No Brasil, o lançamento será realizado com um d e b a t e e n t r e especialistas. O tema: um novo modelo de desenvolvimento para o País baseado no uso sustentável da biodiversidade. E o momento não poderia ser mais propício, pois faz-se urgente a redução de emissões de gases de efeito estufa e de perda de espécies e habitats. O lançamento será transmitido em tempo real. E as inscrições podem ser feitas neste link: http://bit.ly/PlanetaVivo20 18.
A taxa de desmatamento subiu 36% na Amazônia entre junho e setembro, período da pré-campanha e campanha eleitoral. Foram 2.414 km2 de floresta derrubada nesses quatro meses, comparados a 1.769 km2 no mesmo intervalo do ano anterior. Os dados são do Deter B, o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que monitora a Amazônia em tempo quase real por satélites. Embora não sirva para fazer cálculo de área desmatada, o Deter B tem uma correspondência alta com o Prodes, o sistema usado para computar a taxa oficial anual de desmatamento. Isso significa que a tendência observada pelo método mais rápido de detecção, caso se confirme no restante do ano, provavelmente também será refletida no número oficial. Para obter os dados no sistema, o Observatório do Clima considerou três categorias de dano à floresta que também são analisadas pelo Prodes: desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e mineração. O Deter B monitora também outras cinco categorias, entre elas degradação por fogo e extração de madeira. Nem todas essas, porém, se convertem, no final, em áreas de corte raso identificadas pelo Prodes. O desmatamento na Amazônia é medido de agosto de um ano a julho do ano seguinte. A série de dados de 2018-2019 começou com forte alta na taxa: 79% de aumento nos meses de agosto e setembro em relação ao mesmo bimestre do ano passado. Quando se somam os meses de junho e julho a elevação
cai para 36%. A alta no ritmo das motosserras não é novidade em períodos eleitorais. Segundo Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em ano de eleição os governos locais tacitamente diminuem a fiscalização. Na Amazônia, neste ano, as polícias têm reduzido seu apoio às operações do Ibama. “A questão é se isso será um pico causado pela conjuntura da campanha, que depois suaviza, ou se é uma tendência”, disse André Guimarães, diretorexecutivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). “Um risco é [o desmatamento] mudar de patamar como mudou nos últimos anos. Ele pode sair de controle se não houver uma ação coercitiva forte, que o contexto político não favorece”. Em 2018, o componente político é explosivo não apenas na esfera local, mas, também, na nacional. O candidato líder nas pesquisas de opinião, Jair Bolsonaro (PSL), tem feito campanha pela Amazônia prometendo extinguir o Ministério do Meio Ambiente, que seria fundido com o de Agricultura e entregue aos ruralistas, e “acabar com a indústria das multas do Ibama”. Segundo um agente público, há relatos de que,
em algumas regiões, esse discurso esteja sendo levado a sério e grileiros e produtores rurais estejam desmatando confiando numa anistia futura. Os dois candidatos que disputam o segundo turno, Bolsonaro e Fernando H ad d ad ( P T) , tamb ém prometeram pavimentar a polêmica BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho. O asfaltamento da estrada é uma reivindicação antiga dos amazonenses, mas até agora não saiu porque implicaria em muito desmatamento numa das últimas regiões intocadas da floresta. Dois dos três municípios mais desmatados no período (Porto Velho, 2º lugar e Lábrea, no Amazonas, 3º lugar) estão no eixo da rodovia, uma das novas frentes de ocupação da Amazônia. Mas há outros fatores que podem explicar a alta. Um deles é o clima: no ano passado, o período chuvoso em grandes porções da Amazônia se estendeu até o meio do ano, normalmente época de seca. Neste ano, a estiagem está forte e favorece as derrubadas. Outro possível motivo é o câmbio. Com o dólar no patamar dos R$ 4 durante quase todo o período eleitoral, as exportações foram favorecidas e os produtores, em especial em Mato Grosso e Rondônia, ficaram com mais dinheiro na mão para abrir novas áreas.
Floresta nativa da Mata Atlântica
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18
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CULTURA 3
01 a 07 de novembro de 2018
fatos & notícias
Modelo afirma Lançamento de filmes
FOTO: MARTINA-BIG.COM
que ficou negra nacionais tem maior após injeções de melanina número desde 2009
Renda bruta das salas de cinema teve aumento de 4,6% no ano passado FOTO: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL
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Martina Big, uma comissária de bordo e modelo alemã, conquistou as manchetes mundiais graças à realização de uma cirurgia plástica extrema, na qual colocou um enorme volume de silicone nos seios. Agora, ela voltou às notícias por conta de um procedimento inusitado. Ela afirma que fez aplicações de melanina para ficar negra. Segundo Martina, ela sempre foi viciada em bronzeamentos, mas nunca ficava satisfeita com os resultados. Agora, ela disse que sessões de injeção de melanina a ajudaram a conquistar o visual que sempre desejou, e isso fez com que ela passasse a se identificar como uma mulher negra. D e p o i s d e s t e procedimento, Martina Big disse que foi à África para conhecer a cultura negra. Ela relatou que essa foi uma tentativa de criar seu corpo do sonho. Com as injeções regulares, Martina, de 28
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
anos, disse que deixou de apresentar a pele branca e pálida que teve por toda a sua vida. A modelo passou por uma dramática transformação. Com isso, ela até mudou seu nome para Malaika Kubwa, com o objetivo de se sentir como uma verdadeira mulher africana. Martina, então uma mulher branca, revelou que recebeu injeções de bronzeamento que mudaram sua pele. Durante uma viagem ao Quênia, ela foi recebida e batizada em uma igreja e ouviu um sermão do pastor, que disse que ela havia renascido e se tornado uma nova criatura. Depois de mudar o tom da pele, Martina afirmou que até a textura do seu cabelo mudou. Apesar de ter recebido inúmeras críticas, a modelo parece não se abater. Ela explicou que decidiu mudar porque acha as mulheres negras lindas. Martina disse que recebeu três injeções de melanina em janeiro. O procedimento
não teria causado efeitos colaterais e seria seguro para a saúde. As injeções de bronzeamento mudaram seu corpo de forma extrema. As injeções de melanina escurecem a pele temporariamente, em geral, por cerca de 60 dias. O procedimento é considerado um bronzeador injetável, criado nos Estados Unidos. A técnica estimula a produção de melanina e garante o bronzeamento. Inicialmente, o tratamento foi pensado para p e s s o a s c o m hipersensibilidade ao sol, mas acabou ganhando a atenção do mercado estético. Em até 48 horas após a aplicação, a pele já começa a mudar de cor. O procedimento vem sendo fortemente criticado por autoridades de saúde, inclusive pela FDA, órgão regulador dos Estados Unidos. Mesmo assim, a técnica vem sendo utilizada em vários países, como, por exemplo, na Austrália e na Inglaterra. No exterior, as doses do medicamento são vendidas principalmente no mercado negro da internet, por cerca de 50 dólares cada.
(Fonte: Site de Curiosidades)
Em 2017, o Brasil registrou o maior número de títulos lançados nas salas de cinema. Ao todo, foram 160 longas-metragens nacionais (91 de ficção, 62 documentários e 7 animações) que venderam mais de 17 milhões de ingressos. Os dados estão no Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro divulgado pela Agência Nacional do Cinema Brasileiro (Ancine). O documento traz informações de 2017 e um panorama de 2009 até o ano
passado que permitem concluir que o setor tem se fortalecido. Em 2016, por exemplo, 142 filmes brasileiros estrearam nas salas de cinema. Em 2009, foram apenas 84. Na comparação com 2016, houve uma redução do público nas salas. Enquanto em 2017 foram vendidos 180 milhões de ingressos para filmes estrangeiros e nacionais, em 2016 essa quantia ficou em 184,3 milhões. Mesmo com a queda, a renda bruta auferida em salas de
cinema, em valores absolutos, teve um aumento de 4,6% em 2017. O filme de maior público no último ano foi “Meu Malvado Favorito 3”, com quase nove milhões de ingressos vendidos. O longa brasileiro mais visto foi “Minha mãe é uma peça 2”, que teve um público de mais de cinco milhões em 2017. No anuário, ainda é possível conferir o perfil dos lançamentos, a distribuição geográfica das salas de exibição e o desempenho das distribuidoras.
4 EDUCAÇÃO fatos & notícias
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Ensino médio brasileiro é reprovado pelo principal indicador do País Além dessa no cia alarmante, poucos estados são bem pontuados no fundamental. Avaliação é focada em português e matemá ca e realizada pelo Ideb Se o Brasil fosse um aluno, estaria reprovado em mais uma avaliação, a do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Esse indicador avalia as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia vinculada ao MEC. Esses exames – a Prova Brasil e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – cobrem, basicamente, português e matemática (“capacidade de leitura e resolução de problemas”) nos ensinos fundamental e médio. O governo divulgou a nota média dos estados brasileiros no ano passado: 3,8 (numa escala que vai até 10). A meta era 4,7. Isso dentro do objetivo de alcançar seis pontos até 2022 – que correspondem à média atual dos países desenvolvidos. Pelo visto, não vai dar tempo. Em resumo, nenhum estado brasileiro atingiu a meta para 2017 no ensino médio, e cinco deles
apresentaram redução no índice (AM, RR, PA, AP, BA, RJ e SP). Houve uma fraca melhora na qualidade da educação nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano). Além disso, vários estados não conseguiram pontuar a média esperada nos últimos anos do ensino fundamental (6º ao 9º). Na rede privada, só 23% das escolas (que p a r t i c i p a r a m voluntariamente) atingiram a meta. O Ideb começou em 2007, sendo realizado a cada dois anos. Levando em conta as disparidades de um País continental, instituiu também metas diferenciadas para cada escola e rede estadual de ensino. Por esse critério, somente Goiás (4,3, a melhor do País) e Pernambuco atingiram suas metas no ensino médio. Ao analisar números globais do Ideb, o Espírito Santo teve o melhor resultado no ensino médio no Saeb 2017 (divulgado antes do Ideb). É importante não confundir avaliações
FOTO: SHUTTERSTOCK
específicas com os indicadores gerais do Ideb. Na educação básica pública, a análise do Ideb é feita por escola, município, estado e País, o que possibilita os polêmicos rankings. Nem sempre o indicador é totalmente fiel à realidade da escola, porque muitas delas selecionam seus melhores alunos e os treinam para participar dos certames. Não é uma fraude, mas pode gerar
distorções. Isso não desqualifica o i n d i c a d o r, q u e é u m a tentativa de racionalização, nem invalida as boas experiências de escolas bem situadas na pontuação. MEC e Inep apresentaram os números no início de setembro, causando constrangimentos políticos e eleitorais em Minas Gerais, Bahia, Roraima, Amapá, Maranhão, Amazonas e
Distrito Federal. São Paulo perdeu a liderança no indicador da educação básica e também do ensino médio de rede. Ao recuar no ensino médio público estadual, São Paulo foi ultrapassado por Goiás, Espírito Santo e Pernambuco, e empatou com Ceará e Rondônia. Após três edições consecutivas sem alteração, o Ideb do ensino médio
avançou 0,1 ponto, em 2017. Apesar da leve oscilação, o País está distante da meta projetada: de 3,7 em 2015, atingiu 3,8 em 2017. A meta estabelecida era de 4,7. “Foi um crescimento inexpressivo”, admite o ministro da Educação, Rossieli Soares. “É mais uma notícia trágica para o ensino médio do Brasil”, lamenta. Soares destaca a situação menos dramática dos anos iniciais da educação básica (1ª a 5ª séries): o índice médio da rede oficial foi de 5,5 pontos, 0,3 ponto acima da meta. “Temos um quadro de crescimento nos anos iniciais, especialmente das redes municipais. Tivemos avanços do sexto ao nono ano, mas ainda insuficientes, e uma estagnação no ensino médio, que cada vez mais se distancia da meta”. Ele aponta duas saídas: “Há uma necessidade muito grande de fazermos logo mudanças estruturantes” e “é necessário avançar na reforma do ensino médio aprovada ano passado”.
Escolas par culares também não a ngem nenhuma meta Não são apenas as escolas públicas que estão com dificuldade para elevar o desempenho e o rendimento de seus alunos. A recente divulgação do principal indicador do sistema educacional brasileiro, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), mostra que, em nenhum nível de ensino, as instituições particulares conseguiram atingir as metas propostas pelo governo. Analisando a série histórica, constata-se que o problema persiste há anos. Nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 4º ano), onde a rede privada participa com 18% das matrículas, a última vez que os resultados esperados foram conquistados foi em 2009 – o
Ideb é divulgado a cada dois anos. Nos anos finais do ensino fundamental (5º ao 9º ano) e no ensino médio, a meta foi alcançada pela última vez em 2007. A participação da rede privada nas matrículas de cada um destes níveis de ensino é de 14,9% e 12,2%, respectivamente. As metas foram calculadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) considerando o estágio de desenvolvimento educacional apresentado em 2005 por cada unidade (escola, município, estado e País). Ou seja, cada unidade tem uma trajetória a seguir. Isso explica por que a expectativa em relação às escolas
particulares é maior que a das escolas públicas. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a rede pública tinha como meta atingir um Ideb de 5,2, enquanto a rede privada deveria buscar um Ideb de 7,2. Nos anos finais do ensino fundamental, esses indicadores eram de 4,4 contra 7,0. E, finalmente, no ensino médio, a expectativa era que as redes alcançassem 4,4 e 6,7, respectivamente. Observando os resultados por estado, verifica-se que, nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb foi atingido em 16 unidades da federação, dentre eles: Acre, Amazonas, Minas Gerais e Espírito Santo. São Paulo, Paraná, Bahia e Rio de Janeiro estão entre os que
ficaram abaixo da meta. Porém, nos anos finais do ensino fundamental, apenas os estados do Acre, Tocantins e Mato Grosso chegaram aos resultados esperados, enquanto no ensino médio nenhum estado conseguiu o feito. Para atingir patamares elevados na escala do Ideb, as escolas precisam
aumentar tanto o número de estudantes com notas boas na Prova Brasil (que mede conhecimentos de português e matemática) quanto o de alunos aprovados. O s r e s u l t a d o s insatisfatórios na rede privada revelam dificuldades principalmente no primeiro aspecto. Para referência, as
habilidades mais complexas em português estão concentradas nas pontuações que variam de 325 a 350 no 5º ano, 375 a 400 no 9º ano e 400 a 425 no ensino médio; e em matemática nas pontuações que variam de 325 a 350 no 5º ano, 400 a 425 no 9º ano e 450 a 475 no ensino médio.
POLÍTICA 5
01 a 07 de novembro de 2018 “Para exercer a sua convicção o ódio é necessário? Eliminar o outro é necessário? Acredite, se for, você está com problema, e não é só problema político pode ser uma coisa mais grave. O que justifica a posição que temos é o fato de existir o outro. Reconhecer a humanidade do outro, reconhecer a existência do outro e, muito especialmente, do adversário é uma prova de que você se construiu como humano, que você é um adulto e não ficou naquela fase da infância de que só existia você, não exista mais nada”
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
blog do
Pacheco
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fatos & notícias
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Conselheiro Acácio
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Conselheiro Acácio
Lula em carta aberta faz apelo por Fernando Haddad
Na minha crônica “É Isso Aí”, publicada na quartafeira (24), no portal do nosso Fatos & Notícias, comentei sobre a carta aberta de Lula ao povo brasileiro, prometendo que iria comentá-la aqui no nosso Blog. Como não sou igual a milhares de políticos, prometi, passo a cumprir. Lula escreveu a carta para todos os brasileiros com a intenção de ser, digamos, u m a e s p é c i e d e chamamento para a formação de uma frente suprapartidária contra Jair Bolsonaro (PSL). É impressionante! Repetindo o que já é um clichê, o PT parece não aprender nada nem esquecer nada. Vá lá: eu venho dizendo, há muito tempo,
que o partido tem assegurado o seu lugar de poder: vai comandar a
oposição a Bolsonaro caso não vença a eleição — e não parece que vá vencer. Sua estratégia, em parte ao menos, é vitoriosa. Se, no entanto, o intuito de agora era fazer a tal frente, é claro que os termos da carta de Lula estão completamente fora de foco. Confunde frente ampla com partido. Destaco abaixo alguns trechos da carta, com comentários: “Chegamos ao final das eleições diante da ameaça de um enorme retrocesso para o país, a democracia e nossa gente tão sofrida. É o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para re t o m a r o p ro j e t o d e
desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela
democracia”. Ok! Nada de errado nesse trecho. Afinal, o objetivo da carta é mesmo pedir votos para Fernando Haddad. Faz aí a coisa certa: um apelo acima dos partidos, dirigindo-se àqueles que chama de “os democratas”. Com efeito, vários eleitores e lideranças não petistas poderiam se sentir, de algum modo, contempladas pela carta. Mas aí a coisa desanda! Lula prossegue: “Para derrubar o governo da presidenta (sic) Dilma Rousseff, em 2016, juntaram todas as forças da imprensa, com a Rede Globo à frente, e de setores parciais do Judiciário, para associar o PT à corrupção. Foram horas e horas no
Jornal Nacional e em todos os noticiários da Globo tentando dizer que a corrupção na Petrobrás (sic) e no país teria sido inventada por nós”. Gente, pouco importa se a rusga de Lula é com a TV Globo ou com outro meio de comunicação qualquer. Vejam aí exercitada a velha tese do golpe. Ora, o objetivo da carta não era buscar eleitores antibolsonaristas que não se identificam com o PT? Afinal, os petistas já votam em Haddad. O que de fato pretende o ex-presidente? Que eventuais apoiadores do impeachment de Dilma — que só caiu porque afundou o país na recessão e no desemprego — façam antes um mea-culpa para votar em Haddad. Ademais, na crítica à imprensa, Lula e Bolsonaro são iguais e bem que poderiam dar as mãos, não é mesmo? A divergência dispensa o ódio! É preciso que tanto um quanto o outro deem um passo atrás e pensem mais na democracia. Pensem mais num bom governo para a Nação brasileira. Eu sou a favor da divergência e gosto do debate.
*
Região Norte puxa crescimento de Fernando Haddad, segundo Datafolha Entre as cinco regiões do País, o Norte é onde se verificou o crescimento
mais acentuado de Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência da República, nas duas últimas pesquisas Datafolha divulgadas em 18 de outubro e nesta quintafeira (25). Embora permaneça atrás de Jair Bolsonaro (PSL), seu rival no segundo turno, o petista subiu de 34% para 41% nas intenções de votos válidos nos estados da região. O deputado caiu sete pontos porcentuais (66% para 59%). O resultado contribuiu para uma redução de seis pontos da diferença entre os adversários na pesquisa nacional. Em relação à semana passada, Bolsonaro caiu três pontos, de 59% para 56% e Haddad subiu, de 41% para 44%. O cálculo de votos válidos, desconta brancos nulos e indecisos e é o mesmo parâmetro usado pelo Tribunal Superior Eleitoral para a totalização do resultado das eleições. No Sul, a variação também ocorreu acima da margem de erro (que é de dois pontos porcentuais). Bolsonaro caiu de 69% para 65% na região, enquanto o ex-prefeito de São Paulo foi de 31% a 35%. A única região onde Haddad lidera é no Nordeste. Ele passou de 63%, em 18 de outubro, para 66% nesta quinta, ampliando sua vantagem sobre o deputado federal, que oscilou para baixo (de 37% para 34%).
No Sudeste, o deputado federal do PSL caiu de 65% para 63% (Haddad foi de 35% a 37%). Bolsonaro ampliou sua vantagem apenas no Centro-Oeste, onde passou de 68% para 69% e o petista oscilou de 32% para 31%. Nos votos totais, o candidato do PSL oscilou negativamente de 50% para 48%, enquanto o petista cresceu, de 35% para 38%. Brancos e nulos são 8% e indecisos são 6%. Segundo o levantamento, 22% dos eleitores cogitam mudar de ideia até o dia da eleição. O Datafolha ouviu 9.173 pessoas, entre os dias 24 e 25 de outubro, em pesquisa contratada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos e foi registrado no TSE sob o número BR-05743/2018.
Jorge Pacheco
6 TECNOLOGIA 01 a 07 de novembro de 2018 fatos & notícias
Aplicativo traz acervo Startup australiana promete de gibis da Turma da resolver problema de carros elétricos Mônica desde 1950 FOTO: DIVULGAÇÃO
O leitor poderá fazer pacotes mensais para ler as edições da revistinha criada por Maurício de Sousa
A Turma da Mônica agora cabe no seu bolso. Se você tem saudades das aventuras pelo Bairro do Limoeiro, vai gostar de saber que os gibis da turminha também podem ser lidos por um novo aplicativo para smartphones. O mais legal de tudo é que, além das novas edições, também estão disponíveis todas as revistinhas desde 1950 — praticamente uma Netflix da turminha. Criada pela "Maurício de Sousa Produções", em parceria com a editora Panini Comics, a plataforma ganhou o nome
de Banca da Mônica e está disponível tanto para o sistema Android quanto iOS. São várias opções de pacotes que trazem desde as histórias mais clássicas até versões internacionais, em inglês e espanhol. Para começar a ler, é necessário fazer um dos pacotes mensais disponíveis. São quatro opções: Padrão (que inclui os gibis atuais de todos os personagens), por R$ 24,90; Acervo (com edições clássicas de 1950 a 2016), por R$ 3,50; linha infantojuvenil, por R$ 16,90 e, por último, o
“Internacional”, por R$ 16,90. Já as graphic novels s ã o v e n d i d a s individualmente pelo preço da capa de cada edição. Antes de decidir qual tipo de assinatura escolher, é possível que o leitor experimente o pacote gratuitamente por 30 dias. Se não for dispensada pelo menos 24 horas antes do final do período, a assinatura é renovada automaticamente. Para realizar o pagamento é necessário ter cadastro na plataforma do Google Play ou iTunes.
A Austrália está entre os países de adoção mais lenta dos veículos elétricos entre os países do mundo desenvolvido FOTO: TESLA/DIVULGAÇÃO
Os australianos levarão apenas 15 minutos para carregar seus carros elétricos para viagens rodoviárias de longa distância em uma rede nacional de estações de recarga. A startup Chargefox, com sede em Sidney, planeja 21 unidades nas principais rodovias interestaduais que reduzirão horas do tempo necessário atualmente para carregar um veículo elétrico padrão, informou a empresa em comunicado. As estações de energia renovável fornecerão até 400 quilômetros de autonomia. “Nossa rede de estações de recarga ultrarrápidas desempenhará um papel importante na melhoria da infraestrutura deste país e removerá uma das principais barreiras que limitam a adoção de veículos elétricos”, disse Marty Andrews, CEO da Chargefox. A Austrália está entre os
países de adoção mais lenta dos veículos elétricos entre os países do mundo desenvolvido, segundo a Bloomberg New Energy Finance. Esses veículos representaram apenas 0,2 por cento de todas as vendas de carros novos de 2017, atrás de pares como o Reino Unido, com 1,9 por cento, e a Alemanha, com 1,5 por cento. A Chargefox garantiu 15 milhões de dólares
australianos com investidores privados e com o governo para construir as estações de carregamento, que terão capacidade de até 350 quilowatts, segundo o comunicado. A empresa está competindo com a Fast Cities, que é apoiada pelo barão do carvão Trevor St Baker, que planeja construir uma rede de estações de capacidade similar de Cairns, no norte, até Adelaide, no sul.
“Uber de ônibus” vai da Alemanha a Nova York A FlixMobility, startup alemã que sacudiu as viagens de ônibus na Europa, vai se expandir para Nova York no ano que vem para ver se é verdade o que dizem: se você conseguir se dar bem lá, conseguirá se dar bem em qualquer lugar. Depois de um lançamento inicial nos EUA neste ano, conectando campi universitários da Califórnia a destinos como Las Vegas e Disneylândia, a empresa, com sede em Munique, iniciará rotas para Nova York e Texas em 2019. Depois, virá a expansão para Chicago, Flórida e Noroeste do Pacífico. O plano é que os ônibus verde e laranja berrantes da empresa atravessem os EUA no ano que vem para enfrentar a Greyhound Lines. “Nosso objetivo agora é replicar em todo o país o sucesso que tivemos na Costa
Oeste”, disse o CEO André Schwaemmlein em entrevista. “Tenho 50 concorrentes na Europa e 10 deles são estatais com recursos ilimitados. A concorrência não é algo que nos dê medo”. Depois de começar com umas poucas rotas na Baviera há cinco anos, quando a Alemanha abriu as viagens de ônibus intermunicipais, a Flix se tornou uma força dominante na Europa, atendendo a 2.000 destinos em 28 países. A rápida expansão da empresa, que inclui serviços de trem na Alemanha, foi facilitada por não possuir nem operar ônibus, um negócio confuso que consome muito capital. Assim como a Uber Technologies, a Flix contrata os serviços que oferece. As empresas de ônibus – que cuidam dos veículos e contratam os motoristas – conservam cerca de 70 por
cento da receita das passagens, enquanto a Flix lida com vendas, agendamento, atendimento ao cliente e marketing. A companhia afirma que, graças a isso, tem mais flexibilidade que as empresas de ônibus tradicionais para se adaptar à demanda. Nova York representa um teste maior para a startup alemã, que é financiada por General Atlantic, Silver Lake Capital Management e Holtzbrinck Ventures Adviser. Além da Greyhound, os viajantes podem escolher entre empresas de ônibus regionais, linhas de trem e companhias aéreas de baixo custo. “Na Costa Oeste, queríamos testar uma hipótese”, disse Schwaemmlein. “Agora, queremos pisar fundo para chegar ao segundo lugar e, algum dia, chegar ao primeiro lugar”.
CIÊNCIA 7
FOTO: NASA
01 a 07 de novembro de 2018
fatos & notícias
Marte pode abrigar vida abaixo de sua superfície Uma quantidade signicativa de oxigênio foi encontrada nas águas salgadas da superfície de Marte, o que poderia dar início à vida microbiana no planeta Um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience revela que a água salgada abaixo da superfície de Marte pode estar originando a vida no P l a n e t a Ve r m e l h o . Cientistas descobriram que isso só é possível graças a uma quantidade significativa de oxigênio encontrada no local, que seria suficiente para a
emergência de micróbios e até de animais mais complexos como a esponja do mar, algo semelhante ao que aconteceu no planeta Terra milhões de anos atrás. A descoberta derrubaria a crença de que o planeta não seria capaz de proporcionar condições adequadas para que novas vidas surgissem. Para realizar o estudo, a equipe de cientistas contou
com equipamentos de alta tecnologia que foram capazes de medir as condições de pressão e temperatura para mapear o potencial de armazenamento de oxigênio da região. Ainda que tenha sido uma grande descoberta para a ciência, o fato de Marte ter oxigênio não quer dizer que o planeta seria capaz de sustentar e manter essas
vidas. Existem muitas incógnitas para serem solucionadas como, por exemplo, de onde surgiu toda a água salgada presente no planeta. Para o cientista Edgard Rivera-Valentin, que não participou do estudo, essa água muito salgada pode prejudicar a manutenção dessas vidas. "Toda essa salmoura formada em Marte
poderia matar um ser vivo", disse ao Scientific American. O interesse em explorar as condições que Marte teria para abrigar a vida surgiu após cientistas anunciarem, em julho, o descobrimento de um grande lago abaixo da superfície do planeta com cerca de três metros de profundidade. Os autores do estudo
defendem que a água marciana, rica em oxigênio, pode ser a explicação para a formação de rochas oxidadas em Marte, um componente químico que só poderia ser originado com o auxílio de uma quantidade significativa de oxigênio.
Era de fenômenos climáticos extremos está chegando à Terra FOTO: PIXABAY
O a u m e n t o d e temperaturas médias na Terra no futuro levará à aceleração de fortes c h u v a s e , consequentemente, inundações, cuja escala é significativamente rebaixada por prognósticos atuais. Ta l c o n c l u s ã o f o i apresentada por físicos chineses da Universidade Wuhan, cujo estudo foi publicado na revista Nature Communications. "Tentávamos determinar os mecanismos físicos que explicam por que inundações e chuvas ocorrem na Terra com tal frequência. Soubemos que, no futuro, tais eventos [climáticos] extremos
começarão a ocorrer mais frequentemente e que devemos entender o que é necessário fazer para se proteger deles", declarou Jiabo Yin, especialista que trabalha na universidade. Entre as consequências do aquecimento global há os chamados "fenômenos climáticos extremos", ou
seja, períodos de calor anormal no inverno e temperaturas muito baixas no verão, bem como precipitações densas e secas infinitas em vários cantos do mundo. Segundo acreditam os especialistas, no futuro a intensidade desses fenômenos será aumentada
ainda mais e cobrirão cada vez mais territórios. Isso, por sua vez, resultará no aumento da mortalidade: cada grau excessivo de temperatura no verão elevará o número de mortes em 5%. Vale destacar que os cientistas chineses tentaram entender quais mecanismos físicos provocam esses fenômenos extremos em nosso planeta e causam chuvas "infinitas", inundações súbitas e outros cataclismos, raramente ocorridos no passado. Nessa conexão, eles deram atenção especial às investigações do meteorologista e matemático noretamericano, Edward Lorenz,
cujos estudos incluem a "teoria do caos" e "efeito borboleta". Em particular, focaram no ciclo de Lorenz, ou seja, em seu modelo matemático que explica como o ar se move na atmosfera, chegando à conclusão que pequenas variações nos valores iniciais das variáveis do seu modelo levavam a resultados muito divergentes. Há muito tempo, cientistas discutem de que modo o aquecimento global pode influenciar esse "movimento cíclico". Ao analisar dados dos últimos 50 anos, fornecidos por estações meteorológicas situadas em várias partes do mundo, os pesquisadores
conseguiram criar fórmulas que permitem predizer a alteração da situação climática no futuro. Estimativas mostram que os prognósticos climáticos correntes rebaixam a frequência com a qual podem ocorrer inundações provocadas por aumento abrupto de precipitações em certos dias ou meses. De acordo com conclusões, esses fenômenos afetarão, principalmente, a Europa Ocidental e do Norte, sul do Canadá e norte dos EUA e também as regiões no sul da China. Em alguns desses territórios, as chuvas serão 40% mais frequentes cada vez que a temperatura ganhar um grau.
8 SAÚDE fatos & notícias
01 a 07 de novembro de 2018
Tratamento contra o câncer de mama tem potencial promissor Companhias farmacêu cas estão trabalhando obsessivamente para expandir suas aplicações com versões mais recentes e coquetéis de tratamento As empresas farmacêuticas estão aperfeiçoando a escolha dos pacientes com câncer que se beneficiarão com as novas imunoterapias — e descobrindo muito mais deles do que os céticos pensavam. Pela primeira vez, um ensaio clínico mostrou que um tratamento com um dos medicamentos da nova geração desenvolvido para colocar o sistema imunológico do próprio corpo contra os tumores pode ajudar algumas mulheres com o tipo mais agressivo de câncer de mama a viver mais. O estudo foi revelado pela Roche Holding na maior conferência sobre o câncer da Europa. Esses medicamentos, liderados pelo campeão de
vendas Keytruda, da Merck & Co., são comercializados para mais de uma dúzia de tipos diferentes de câncer, e a s c o m p a n h i a s farmacêuticas estão trabalhando obsessivamente para expandir suas aplicações com versões mais recentes e coquetéis de tratamento. Existem cerca de 1.300 tratamentos baseados no sistema imunológico em estudos em seres humanos, segundo o Instituto de Pesquisa do Câncer (CRI, na sigla em inglês), financiados em grande parte por fabricantes de medicamentos em busca de uma fatia de um mercado que deverá superar US$ 100 bilhões por ano até 2024. “Esta é apenas a ponta do iceberg”, disse Axel Hoos, chefe de pesquisa e
FOTO: THINKSTOCK
desenvolvimento em oncologia da gigante farmacêutica britânica GlaxoSmithKline, que tenta voltar ao ramo da oncologia após vender seus produtos à Novartis, em 2015. “Há certo oba-oba, mas há muita substância”. As imunoterapias
entraram na cena há cerca de oito anos, quando o Yervoy, da Bristol-Myers Squibb, se tornou o primeiro medicamento do gênero a prolongar a vida de pessoas com melanoma, um câncer de pele letal. Pouco depois, houve êxitos contra cânceres de rim e pulmão.
Quando as imunoterapias funcionam, o efeito pode durar anos, uma das razões pelas quais esses tratamentos são c o n s i d e r a d o s revolucionários. Mas na maioria dos pacientes não acontece nada útil — mesmo em tumores de pele e pulmão, nos quais foram observados alguns dos efeitos mais significativos. “Existem alguns tipos de câncer que o sistema imunológico simplesmente não consegue reconhecer”, disse Mace Rothenberg, diretor de desenvolvimento para oncologia da gigantesca farmacêutica americana Pfizer. Como não são percebidos pelo radar protetor do corpo, os cientistas se referem a eles como “tumores frios”.
O estudo da Roche sobre o câncer de mama ajudou a respaldar a ideia de que há formas de os médicos identificarem mais cânceres para serem submetidos à imunoterapia. O medicamento usado no e s t u d o , o Te c e n t r i q , bloqueia uma proteína chamada PD-L1, que dificulta o ataque do sistema imunológico ao câncer, e apenas mulheres cujos tumores tinham altos níveis da proteína foram ajudadas. “Ainda estamos em um estágio superficial”, disse Luciano Rossetti, chefe de pesquisa e desenvolvimento global para biofarma da alemã Merck KGaA. “Estamos tendo uma primeira onda de entusiasmo real”.
Novo tratamento corrige orelhas de abano sem necessidade de cirurgia FOTO: REPRODUÇÃO/FOLHA DE SÃO PAULO
Molde de silicone de 3 mil reais é colocado em bebês de até 45 dias de vida e resolve deformidades na orelha
Uma novidade no mercado de saúde brasileiro pode resolver o problema das crianças com orelhas de abano. Um molde de silicone corrige deformidades em recémnascidos de até 45 dias. Segundo especialistas, a orelha de abano é o problema estético mais comum em crianças e gera situações
desagradáveis na infância, como bullying na escola e apelidos. O método mais tradicional de correção é a otoplastia, uma cirurgia que pode ser feita em crianças acima de sete anos que custa cerca de 15 mil reais. A alternativa um pouco mais barata são os moldes.
Aprovado pela Anvisa em 2016, o Earwell é um molde de silicone feito para crianças com até 45 dias de vida. Já conhecido na Europa e nos Estados Unidos, o produto chegou ao Brasil por meio de uma importadora de produtos médicos, a BemMed. Com um investimento de 100 mil reais, o empresário Diogo Nascimento começou a trazer o produto no ano passado. Segundo Nascimento, o custo do produto é de 2.980 reais. O valor do tratamento completo pode chegar a 10 mil reais, dependendo do médico. “Temos muitos médicos cadastrados para aplicar o tratamento, otorrinos e cirurgiões plásticos”, afirma o empresário. “Estamos investindo na divulgação
com pediatras, que são os primeiros a perceber se a criança pode ter alguma deformidade”. O otorrino João Daniel Caliman e Gurgel é um dos médicos que faz o procedimento no País e explica que o tratamento deve ser feito nas primeiras semanas de vida do bebê e dura de quatro a seis semanas. A correção é para a vida toda. Cerca de 50 crianças já fizeram a correção de deformidades de orelha com o EarWell no Brasil. Segundo Gurgel, a eficácia do tratamento é de 90%. O produto corrige, além de orelhas de abano, orelhas murchas, pontudas ou em formato de concha. O sucesso do tratamento acontece porque nas primeiras semanas de vida, o
bebê ainda carrega hormônios maternos no corpo, o que torna a orelha maleável e moldável. Após os 45 dias de vida, a quantidade de hormônio é reduzida e a orelha perde essa característica e fica mais dura. O ideal é que o molde seja colocado em crianças com até duas semanas de vida, indica o médico. Na infância e na idade adulta, qualquer deformidade na orelha só pode ser resolvida com cirurgia. A maior vantagem do tratamento com molde é evitar o procedimento cirúrgico. “Na cirurgia tem o processo de anestesia e os riscos do pós-operatório”, afirma o médico. “Há também a vantagem do custo e a questão do bullying, a
criança não precisa esperar tanto tempo para resolver o problema”, diz. Outros tipos de moldes “caseiros” podem ser feitos em consultórios com algodão ou gaze e também são eficientes. Segundo o cirurgião plástico Wendell Uguetto, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esse tipo de método vem sendo estudado desde o fim dos anos 1990. Para os especialistas, é importante que os pais prestem atenção em qualquer sinal de deformidade logo na primeira semana de vida da criança. “Parte dos pacientes já chega com o prazo perdido, com um bebê de dois ou três meses e não consegue tratar dessa forma”, diz Gurgel.
BEM-ESTAR 9 01 a 07 de novembro de 2018
Instituto Vivenciar Unidade Laranjeiras - (27) 3024-0241 Unidade Jardim Camburi - (27) 3376-4255
RAFAELA RANGEL
(27) 9 9914-0699 @nutrirafarangel facebook.com/ nutrirafarangel
Quem não gosta de uma famosa frutinha vermelha chamada morango, que é incluída em diversas receitas de doces, e que faz uma combinação perfeita com chocolate? Essa fruta saborosa faz parte de um grupo de frutas que chamamos de frutas vermelhas. O morango, assim como a framboesa, a pitanga, o mirtilo e a amora são frutas características desse grupo por apresentarem uma coloração típica
avermelhada que é conferida pelas antocianinas. Esses frutos são ricos em compostos importantíssimos como vitaminas A e C, flavonoides e antioxidantes. Suas propriedades permitem a prevenção de diversas doenças cardiovasculares como a redução da formação de placas gordurosas nas artérias, melhora a atividade anti-inflamatória, impedindo a ação de radicais livres no organismo
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www.rafaelarangel.com
Frutas vermelhas
fatos & notícias
e combatendo às alergias. Inclua alguma dessas frutinhas na dieta diariamente, com certeza irá torná-la bem mais gostosa!
Mas, é importante lembrar que seu consumo deve ser realizado preferencialmente in natura, pois preserva as propriedades benéficas da
fruta, principalmente a melindrosa vitamina C. “Nutrição e Saúde Sempre"
Rafaela Rangel Nutricionista CRN-ES 08100271
Não se exercitar pode ser tão ruim quanto fumar Estudo descobriu que a falta de atividade física pode fazer tão mal quanto ter alguma doença séria ou ser fumante
FOTO: SIMONE OTA
Fazer atividade física regularmente traz uma série de benefícios para a saúde, mas, por outro lado, um novo estudo sugere que a falta do exercício pode até
prejudicar diretamente a sua saúde, assim como o hábito de fumar. O estudo, feito por pesquisadores da Cleveland Clinic e publicado na revista
J A M A N etw o r k O p en , analisou 122.007 pacientes entre 1991 e 2014, colocando-os sob testes de corrida e caminhada em uma esteira, analisando as taxas de mortalidade dos mesmos. Assim, os pesquisadores descobriram uma conexão entre altos níveis de atividade física e uma vida mais longa e saudável. "A aptidão aeróbica extremamente alta foi associada à maior sobrevida e foi associada ao benefício em pacientes idosos e com hipertensão", diz o estudo. Embora seja amplamente entendido que um estilo de
"A aptidão aeróbica extremamente alta foi associada à maior sobrevida e foi associada ao benefício em pacientes idosos e com hipertensão”
vida ativo pode levar a uma vida saudável, o estudo conclui que um estilo de vida sedentário é o equivalente a ter uma doença grave e a cura mais simples é o exercício. "Ser inapto em uma esteira ou em um teste de esforço físico tem um pior prognóstico, tanto quanto a morte, do que ser
hipertenso, ser diabético ou ser um fumante", conta Wael Jaber, coautor do estudo. O estudo também analisou o risco de ser extremamente ativo e descobriu as pessoas que se exercitam demais não enfrentam risco maior de morte: quanto mais uma pessoa se exercita, menores são as taxas de mortalidade.
COMPORTAMENTO 10 fatos & notícias 01 a 07 de novembro de 2018
Olá amigos,
ANA LUCIA
BERNARDO CORDEIRO
As canções da minha vida
T
enho o hábito de acordar e, ao tomar meu café, ligar o rádio. Ouço todo tipo de música. Algumas lembram-me de fatos que ocorreram em minha vida. “Como é grande o meu amor por você”, me faz recordar meu filho, aos seis anos, cantando para mim. Foi emocionante. “Espanhola”..., essa marcou muito. Minha filha fez uma homenagem para mim na sua colação de grau. “Fio de cabelo”, lembra minha mãe e “ S a u d a d e s d a professorinha”, meu pai. Assim como não podia faltar, “Lover why”, meu marido. Mas hoje, escutei uma que me fez lembrar de muita gente. Algumas muito, mais muito especiais. “A lista', de Oswaldo Montenegro. Se você não conhece,
procure, a letra é belíssima! Percebi a importância de cada passo de nossas vidas, que nos coloca em situações estranhas: desencontros, perdas, reencontros, coisas boas e coisas que preferimos esquecer. Mas isso tudo me deixa feliz. Muito feliz. Ter lembranças de amigos, vizinhos, primos, tios, pais (que já não tenho mais), mas que continuam vivos em meu coração. Todas essas sensações me trazem uma paz, uma calma... e muitas saudades. Descobri algo muito legal nisso tudo: agora, além de ouvir as canções, me solto, danço, dou gargalhadas e me divirto muito. Então... se arrisque. Cante, dance, lembre e seja feliz. Beijos.
Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
FOTO: PAULO NAYLAN CHAVES FREITAS
Como é calculada a idade dos cães?
As pessoas que têm um cachorro como animal de estimação costumam perguntar quantos anos humanos corresponde à idade do seu amigo canino. Há uma crença popular que afirma que cada ano de vida de um cão é equivalente a cerca de sete anos humanos, mas isso não é uma operação matemática tão simples.
Os cães amadurecem mais rápido que os humanos, então o primeiro ano de um cachorro pode ser igual a 15 anos de uma pessoa. O tamanho e a raça do animal também influenciam essa maturidade e a expectativa de vida de cada cão. A equivalência aproximada entre a idade dos cães e o equivalente em humanos,
ordenando por raça pequena, média e grande. Ve t e r i n á r i o s t a m b é m podem descobrir a idade dos cães por um exame do animal através de um teste físico em que eles examinam ossos, articulações, músculos e órgãos internos. Além disso, há vários traços que podem começar a aparecer à medida que os cães envelhecem,
como a aparência de cabelos grisalhos, a pele flácida ou pernas mais rígidas que causam uma caminhada menos ágil. Os dentes e sua condição também é um indicador da idade do cão e é um dos fatores com os quais se pode descobrir seus anos aproximados, especialmente dos cães adotados.
01 a 07 de novembro de 2018
A
creditem, nos deparamos entre a cruz e a espada, precisamos escolher quem governará o Brasil nos próximos quatro anos, t e m o s u m a responsabilidade e tanta, mas as opções, ah! Essas que temos, são como dar um tiro no escuro, não nos dão nenhuma garantia de mudanças em ambas as vertentes. Falo dessa forma porque a história os condena e o papo do “se eleito, vou fazer” dos candidatos não nos inspiram confiança. Todos sabemos que o País necessita de uma ordem política imediata, precisa se modernizar, sem esquecer dos nossos costumes, de nossas crenças, de nossas diferenças; humanizar suas políticas públicas (saúde, educação, segurança), com foco na igualdade social. Não podemos continuar marginalizando mais de 50 milhões de brasileiros com políticas e x c l u d e n t e s , condenando-os ao submundo. São comunidades inteiras sem saneamento básico, sem água tratada, escolas inadequadas, idosos abandonados, crianças de zero a três anos fora do sistema de ensino, bolsões de pobreza se formando
nas grandes metrópoles e o meio ambiente sendo destruído e saqueado embaixo dos olhos do Estado. A reformas serão necessárias, na política, na previdência e na área social, eu disse reforma. Levanto
fatos & notícias
HAROLDO CORDEIRO FILHO OLHAR DE UMA LENTE
Brasil do futuro com o olhar no passado FOTO: ALEKSANDAR MIJATOVIC
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algumas possiblidades que poderiam oxigenar a economia. A extinção do cargo de vereador seria uma delas; a redução no n ú m e r o d e parlamentares em todas esferas de governo e diminuição de 50% em seus rendimentos e a implementação do mesmo regime trabalhista para as iniciativas privada e pública. Somos ricos, temos todo tipo de solo, de clima, cultura diversificada, exalamos alegria e desfrutamos de u m a n a t u r e z a exuberante que enche os olhos de qualquer gringo nos visita. O que falta é empenho pelo bem comum, tudo que não tivemos no passado e nos dias atuais. Se nosso futuro chefe de Estado terá sensibilidade em enxergar as injustiças e combatê-las, só o futuro nos revelará! Haroldo Cordeiro Filho Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
ECONOMIA 12 fatos & notícias
01 a 07 de novembro de 2018
Relatório da ONU liga mudanças climáticas ao aumento da fome Aumento da temperatura e falta d'água atingem diretamente a produção de alimentos
FOTO: DANIEL BEREHULAK/GETTY IMAGES
O índice de fome ao redor do planeta cresceu pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com o relatório anual de segurança alimentar da Organização das Nações Unidas (ONU). O número total de pessoas que enfrentam privação crônica de alimentos aumentou em 15 milhões desde 2016. Cerca de 821 milhões de pessoas agora enfrentam
insegurança alimentar, levando os números para o mesmo nível de quase uma década atrás. De 2005 a 2014, os níveis de desnutrição se mantiveram em queda, porém com uma taxa de declínio cada vez menor, até parar completamente e se inverter, há três anos. Na visão dos estudiosos, um dos fatores responsáveis pela
inversão são as mudanças climáticas. Nos últimos 50 anos, a temperatura média global vem aumentando rapidamente, com recordes registrados em 2014, 2015 e 2016. Outros fenômenos climáticos que acontecem com mais frequência e intensidade são as secas e as tempestades. Como resultado, algumas regiões
estão se tornando mais úmidas, enquanto outras enfrentam longos períodos de estiagem. A agricultura é uma das indústrias que mais sofrem com essas alterações. Cultivos de alimentos e criação de gado são muito sensíveis a mudanças de temperatura, precipitações, geadas e ondas de calor. Produzir comida suficiente para o mundo todo depende muito do clima. Isso significa que será impossível reduzir a fome sem se preparar para a adaptação às mudanças climáticas. Outro efeito dramático que atinge diretamente a produção de alimentos é a falta d'água. Apenas o consumo de carne responde por 22% do uso da água no mundo todo, e esse nível aumentará em um planeta mais quente. A alteração no regime de chuvas também atinge diretamente a
produção das fazendas, podendo ser menor que o necessário ou acontecer em momentos diferentes do esperado. Diante dos danos potencialmente irreversíveis das alterações climáticas que já estão em curso, o investimento em tecnologia se torna a saída possível a um iminente cenário de caos, em que se projeta que 100 milhões de pessoas estarão em situação de extrema pobreza em 2030. O aprimoramento do sistema agrícola inclui sistemas de posicionamento global, sistemas de informações geográficas e sensores para fornecer os dados necessários para mapear os insumos adequados a cada porção de terra do planeta, aumentando a produtividade e o fornecimento de alimento para a população. Outra aliada é a nanotecnologia, que poderá
tornar os sensores de campos menores e mais compactos, além de ajudar a melhorar a forma como fertilizantes e pesticidas são introduzidos no solo. Colocando insumos químicos em pequenas cápsulas ou em géis, é possível controlar quando e como são liberados para torná-los mais eficazes e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões químicas e o escoamento. Uma resposta eficaz à mudança climática também será fundamental para avançar em uma série de outros desafios de segurança alimentar, como reduzir a perda de alimentos, melhorar a nutrição e promover sistemas de produção sustentáveis. Os países produtores de alimentos precisarão de políticas criativas e novas tecnologias para enfrentar esses desafios com sucesso.