ANO IX - Nº 283 24 a 31 DE JANEIRO/2019 SERRA/ES
Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita
Dois em cada dez jovens de países emergentes não trabalham nem estudam Segundo FMI, proporção cai para 10% nos países avançados
Pág. 12
FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Concurso revela as melhores fotos tiradas no oceano em 2018 Game aborda o sertão baiano e o povo da Caatinga Pág. 10
Pág. 3
Pesquisa identifica processo que pode impedir o surgimento de câncer ANA LUCIA
JORGE PACHECO
8 Sou apenas alguém
8 O melhor para o clã Bolsonaro
que gosta de reviver o passado e tenta curtir o presente Pág. 10
era o Flávio não assumir a sua cadeira no Senado Pág. 5
HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Nunca vi uma campanha do governo ou de organizações ambientais sobre a necessidade de se consumir menos carne, por que será? Pág. 11
RAPHAEL BALMAS
8 O Deadli (levantamento Terra) é um dos exercícios mais completos e importantes no treinamento de força Pág. 9
Pág. 8
Estão abertas as inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia Pág. 4
Empresa japonesa se prepara para vender chuva de meteoros artificiais Pág. 7
2 MEIO AMBIENTE
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
Aprovado PAN Mamíferos Aquáticos Amazônicos O PAN contempla seis espécies: boto-cor-de-rosa, peixe-boi-da-amazônia, ariranha, lontra, tucuxi e boto-do-araguaia FOTO: DIVULGAÇÃO
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade aprovou o Plano de Ação Nacional para Conservação de Mamíferos Aquáticos Amazônicos Ameaçados de Extinção (PAN Mamíferos Aquáticos Amazônicos). O PAN contempla seis espécies: boto-cor-de-rosa, peixe-boida-amazônia, ariranha, lontra, tucuxi e boto-do-araguaia. O objetivo é reduzir e mitigar as pressões antrópicas e aumentar o conhecimento s obre os mamíferos aquáticos da Amazônia, visando a sua conservação em cinco anos. O PAN estabelece estratégias prioritárias de conservação
para três espécies ameaçadas de extinção constantes da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, sendo uma classi cada na categoria EN (em perigo) Boto-cor-derosa (Inia geoffrensis) e duas classi cadas na categoria VU (vulnerável) peixe-boi-daa m a z ô n i a ( Tr i c h e c h u s inunguis) e ariranha
( P t e ro nu r a b r a s i l i e n s i s ) . Estabelece ainda de maneira concomitante estratégias para conservação para outras três espécies, sendo duas espécies classi cadas como NT (quase ameaçada) Tucuxi (Sotalia uviatilis) e lontra (Lontra longicaudis) e uma espécie de considerada ameaçada de extinção no segundo ciclo de
avaliação do estado de conservação de mamíferos aquáticos (2016-2020), o botodo-araguaia (Inia araguaiaensis). As ações foram distribuídas nos seguintes objetivos especí cos: redução dos con itos entre mamíferos aquáticos e atividades pesqueiras; redução da pressão de caça sobre os mamíferos aquáticos; promoção da integridade dos habitats críticos para os mamíferos aquáticos; aumento do conhecimento sobre a dinâmica populacional, e c ol o g i a , i nte r a ç õ e s c om humanos e saúde dos mamíferos aquáticos; e
promoção da educação ambiental e do engajamento da sociedade voltados à conservação de mamíferos a q u át i c o s , i n u e n c i a n d o políticas públicas. Caberá ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), do ICMBio, a coordenação do PAN. O plano é monitorado anualmente, para revisão e ajuste das ações, com uma avaliação intermediária prevista para o meio da vigência do PAN e avaliação nal do c i c l o d e g e s t ã o . O PA N Mamíferos Aquáticos Amazônicos terá vigência até janeiro de 2024.
Floresta nativa da Mata Atlântica
A vida longa dos papagaios Com 35 centímetros de comprimento e peso médio de 400 gramas, o papagaioverdadeiro (Amazona aestiva) vive 60 anos, em média, e pode chegar aos 80. Uma equipe coordenada pelo biólogo brasileiro Cláudio Vianna de Mello, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, nos E st a d o s Un i d o s , fe z o sequenciamento completo do genoma dessa ave e identi cou pelo menos 300 genes que podem estar associados à sua vida longa (Current Biolog y, 6 de dezembro). Um deles é o
Tert, que codi ca uma proteína da enzima telomerase, que protege os telômeros, estruturas das extremidades dos cromossomos. A telomerase impede que os cromossomos se deteriorem durante a divisão celular e nesses papagaios seria mais ativa, r e t a r d a n d o o envelhecimento das células. Os pesquisadores também identi caram mutações em genes associados a mecanismos de reparo no DNA, controle de proliferação celular e
e trechos regulatórios de genes envolvidos no desenvolvimento do cérebro poderiam estar associados ao aumento da capacidade cognitiva dessa espécie. O papagaioverdadeiro tem um color ido único: as fêmeas adultas exibem uma plumagem vermelho-alaranjado com um no anel externo avermelhado na íris; nos machos, de bico negro, esse detalhe é amareloalaranjado.
proteção a estresse oxidativo do sistema imune que poderiam a u m e n t a r a longevidade. O genoma do papagaio foi comparado com o de outras 30 espécies de aves, incluindo longevas, como a araracanga (Ara macao), que vive de 40 a 60 anos. O estudo sinaliza que regiões de DNA do papagaio que divergem do padrão encontrado em outras aves longevas FOTO: GLÁUCIA SEIXAS
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília
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CULTURA 3
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
A deusa Gaia Jovem nordestina Gaia tornou Urano seu marido, embora ele fosse seu filho
FOTO: REPRODUÇÃO
é protagonista de game que aborda o sertão baiano
Quebra de estereótipos e valorização da cultura tradicional marcam o jogo Árida, que contextualiza a região e povo da Caatinga
A deusa Gaia representa a terra na mitologia clássica antiga. A mitologia grega dizia que Gaia já existia no a l v o r e c e r d a c r i a ç ã o, nascida do caos. Ela era considerada a deusa da fertilidade, já que era muito fértil. Gaia deu à luz Ponto (o mar), Urano (o céu) e Ourea (as montanhas). Ela teve essas crianças sem a necessidade de intervenção masculina de qualquer tipo. Gaia tornou Urano seu marido, embora ele fosse seu filho. Ela voltou a se tornar uma mãe, desta vez dos Titãs, que eram seis filhos e seis filhas, os ciclopes e Hecatônquiros, que foram enviados para o Tár t aro (ent ran has d a Terra). Gaia ficou chateada com
as decisões do marido e procurou ajuda de seu filho mais novo, Cronos. Ele lhe entregou uma foice e com a ferramenta Gaia castrou Urano, que cortou os laços entre a Terra e o Paraíso. Este mito da deusa nos ajuda a lembrar a i nte rc on e c t iv i d a d e d o mundo e a importância de viver em harmonia com os recursos do planeta, assim como com outros seres humanos. Muitos dizem que Gaia sugere a capacidade das mulheres de criar o que precisam para serem felizes. Em todas as famílias as brigas costumam existir e, de acordo com a mitologia grega, também deuses e deusas tinham cotas de disputas familiares. Zeus
acabou derrotando os Titãs com a ajuda de Ciclopes e Hecatônquiros. Depois desse mito, não há muito mais informação sobre a participação de Gaia nos assuntos de seus filhos. Continuou sendo muito fértil e teve mais filhos, todos fruto de união com Ponto, Tártaro e outros. Gaia tem sido adorada em muitas culturas e conhecida por vários nomes, como Astarte, Cibeles, Terra, Deméter, Ishtar ou Isis. Gaia sendo a Mãe dos Deuses e a Grande Mãe de t o d a a C r i a ç ã o, e r a a representação da fe m i n i l i d a d e, p o d e r e carinho. Hoje, ainda é venerada em muitas religiões pagãs.
Site de curiosidades
Foto Antiga do ES
Nova Almeida, 1910 - Fonte: Coleção Eustyquio DOlivier - IPHAN ES
O game de origem baiana, Árida, surge na contramão das temáticas da indústria de games, uma ve z que a brincadeira narra a história da jovem negra Cícera, que vive na Bahia do século XIX. A paisagem do sertão nordestino, a Guerra de C a n u d o s e a s c ar a c te r í s t i c a s d a personagem central tornam o jogo eletrônico uma atividade educadora, q u e q u e b r a estereótipo e traz a representatividade da força feminina. Em síntese, Cícera é
o ponto de partida para se conhecer o cotidiano sertanejo, marcado pela luta contra a seca, consequentemente, pela sobrevivência, junto à bela paisagem da Caatinga. A arte baiana está presente no jogo por meio da música, cordel e até mesmo do grafite. Ao FOTOS: DIVULGAÇÃO
mesmo tempo, o game recebeu apoio de historiadores e especialistas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e está há cerca de dois anos em processo de construção. O primeiro episódio deverá ser lançado no primeiro trimestre de 2019 para computadores.
4 EDUCAÇÃO
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
Podem se inscrever todos os estudantes dos ensinos fundamental e médio, tanto de escolas públicas quanto particulares FOTO: VINCENTIU SOLOMON/UNSPLASH
Estão abertas as inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a maior do Brasil em sua área, que será realizada em 17 de maio. Podem se inscrever todos os estudantes dos ensinos fundamental e médio, tanto de escolas públicas quanto particulares. A competição tem dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria é de raciocínio lógico. O exame se divide em quatro níveis: os três primeiros são para estudantes do fundamental e o quarto e último para alunos do ensino médio. Alunos e professores podem se preparar para a competição com o material disponível no aplicativo "Simulado Oba", disponível para celulares, tablets e computadores. O download pode ser feito pelo site da O l i mp í a d a . O e v e nt o, coordenado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), está em sua 22ª edição. Os melhores classi cados representarão o Brasil em 2020 na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica e L atino-Americana de
Astronomia e Astronáutica e concorrerão a vagas na Jornada Espacial de São José dos Campos (SP). Estudantes de escolas públicas e particulares de todo o Brasil podem se inscrever para testarem suas habilidades de construir e l a n ç a r, o m a i s l o n g e possível, foguetes feitos de canudinhos de refrigerante (1º nível, do 1º ao 3º ano do ensino fundamental), tubos de papel (2º nível, 4º e 5º ano do fundamental) e garrafas PET (3º nível, 6º ao 9º, em que apenas água e ar comprimido podem ser usados no lançamento). Aqueles que já concluíram o ensino médio podem participar representando a escola em que se formaram, desde que a instituição concorde. Caso o jovem esteja na universidade, deve pedir uma autorização de sua faculdade. O evento acontecerá dentro da própria escola. Os foguetes devem ser desenvolvidos e lançados individualmente ou em equipe — e os estudantes de ensino médio, cujos lançamentos ultrapassarem cem metros de altura, serão convidados para a Jornada de Foguetes, a ser realizada na cidade de Barra do Piraí,
interior do RJ. Escolas devem informar o nome dos alunos participantes e os desempenhos de seus respectivos foguetes após 17 de maio (mesmo dia da prova da OBA). Cada uma p o d e r á m a n d a r, n o máximo, uma equipe para representá-la. Professores e diretores receberão certi cados e, os estudantes que tiverem os melhores resultados, receberão medalhas. A OBA é coordenada por uma comissão de membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), com apoio do C ons el ho Naciona l de Desenvolvimento Cientí co e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Paulista (Unip). O cadastro para ambos os eventos é único e pode ser feito no site www.oba.org.br. Na aba "Downloads" encontram-se materiais informativos com d e t a l h e s s o b r e desenvolvimento de projetos. Instituições que nunca participaram da OBA e da MOBFOG podem se inscrever até 17 de março.
Associação Brasileira de Alfabetização critica o MEC A Albaf divulgou carta assinada por mais de 100 grupos educacionais FOTO: SHUTTERSTOCK
Estão abertas as inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia
A carta assinada por mais de 100 grupos de centros de pesquisa, ONGs, associações cientí cas e dirigentes, a rma que a associação está aberta para diálogos com a secretaria de Carlos Nadalim – secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC) – para discussões e proposições de política de alfabetização para o País. Entretanto, o grupo deixa claro que a história da educação passou por diversos períodos e que merece atenção uma análise das conquistas do passado em comparação com o presente, uma vez que só criticar o momento atual acaba desconsiderando as lutas antigas. “Há u m a i d e i a amplamente difundida de que a alfabetização não avança no Brasil. Essa
conclusão, equivocada, resulta da análise isolada de índices que desconsidera uma comparação essencial entre séries históricas. Por exemplo, do nal do século XIX até as primeiras décadas do século XXI, passamos de 17,7% de alfabetizados (primeiro Censo de 1872, sem computar a p opulação e s c r av a ) p a r a 9 3 % d a população com 15 anos ou m ai s d e i d a d e ( I B G E , 2017)”, reforça o grupo na carta. Outro ponto que vale destacar é que a associação enfatiza que os problemas n a e du c a ç ã o s ã o m ai s complexos do que se imagina e que não será uma metodologia que trará resultados. Após inúmeras experiências na prática, nas escolas, “… Consolidou-se uma pedagogia da
alfabetização, que não nega sua faceta fonológica e traz evidências de que, para ensinar a escrita alfabética, todos os métodos tiveram que lidar com as lógicas que compõem o sistema alfabético: as letras, os sons, as sílabas e suas relações. Assim, não existe apenas um método para essa ab ord agem”, de cl ara o grupo. Este mês um grupo de escolas constr utivistas criticaram em manifesto o ministro da Educação por defender a Escola sem Partido e outras causas. No manifesto as instituições, entre elas a Escola da Vila, de São Paulo, a rmam que Ricardo Vélez deveria se preocupar com a valorização do professor, que para elas é um dos principais problemas educacionais do País.
POLÍTICA 5
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Jorge
jorgepachecoindio@hotmail.com
Pacheco
Analista Político
FOTO: DIVULGAÇÃO
“Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”, Nelson Rodrigues FOTO: PAULO WHITAKER/REUTERS
BRASIL . . . País dos absurdos! Acredito que, o melhor a se fazer, para o presidente eleito não fraquejar, é Flávio Bolsonaro renunciar ao mandato de senador Amigos as coisas estão acontecendo rapidamente e, às vezes, tenho que mudar tudo o que tinha escrito. É o caso desse episódio envolvendo Flávio Bolsonaro, senador eleito, e seu pai Jair Bolsonaro – presidente da República. Então, vamos ver como este imbróglio está se desenvolvendo. Veri co que as esperanças da cúpula militar que tutela o governo Bolsonaro foram extintas diante do “tsunami” de evidências criminosas que devastam a vida do primogênito do presidente da República. Diante dessa constatação, acredito que, o melhor a se fazer, para o presidente eleito não fraquejar, é Flávio Bolsonaro renunciar ao mandato de senador. Sim, eu rea rmo que o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) deveria renunciar antes de tomar posse. É o que pode fazer de melhor em favor do presidente Jair Bolsonaro. Infelizmente, para o “clã Bolsonaro”, o passado insiste em sair dos porões e do armário. E começa a car claro que os “Varões de Plutarco” são uma criação de pro ssionais das “fake News”. Até quarta-feira (23), havia um o de esperança na cúpula militar do governo
de que o pai tentaria se manter a uma distância prudente do “tsunami” de evidências que cobre o lho. Não mais que isso. Gente! Existe um acúmulo de tensões que o lho leva ao pai. Em entrevista à TV Record, o presidente da República levou o problema p ara dent ro do Pa l ácio do Pl ana lto. Textualmente ele a rmou: “Nós não estamos acima da lei. Pelo contrário, estamos abaixo da lei. Agora, que se cumpra a lei: não façam de maneira diferente para conosco. Não é justo atingir um “garoto”, fazer o que estão fazendo com ele, para tentar me atingir”. E o que deduzimos disso tudo é: que a pressão de militares faz Bolsonaro tentar deixar o lho Flávio sozinho com a crise. É Isso Aí! Setores do governo chegaram até sugerir que o lho do presidente não assumisse a cadeira no Senado devido ao agravamento das suspeitas no Rio de Janeiro. Então o presidente resolveu se manifestar a respeito. Em entrevista na quarta-feira (23) para a agência de notícia Bloomberg, em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro a rmou, emocionado, mas com rmeza, que se o seu lho mais velho errou e, se for provado que errou, ele "vai ter que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar", disse Bolsonaro à Bloomberg. Flávio Bolsonaro é gura no noticiário nacional desde que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que Fabrício Queiroz, ex-assessor e
ex-motorista do senador eleito, movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”. Hamilton Mourão, presidente em exercício até esta sexta-feira (25), e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, elogiaram a fala de Jair Bolsonaro quando ele a rmou categórico que Flávio terá que pagar por seus erros. Mourão lembrou que o presidente já havia adotado essa linha no começo do caso e, agora, repetiu: "Ele falou o 'apure e puna se for o caso', como falamos no Exército", ressaltou o vicepresidente completando: “Simplesmente o presidente traduziu a máxima do Estado de direito: a lei será cumprida". Sinceramente todos nós, cidadãos de bem, esperamos que sim! Augusto Heleno, que se encontrava em Davos com o presidente, também foi na mesma linha: “Achei ótimo, não tem ex-pai. A frase foi muito bem colocada”. Questionado se concordava com a avaliação de Mourão de que a fala de Bolsonaro sinaliza que a lei é para todos, Heleno foi ainda m a i s c at e g ó r i c o : "Perfeitamente. A lei é para todos mesmo!". Captaram? Vejam bem, meus amáveis leitores, o “menino”, como o presidente se refere ao lho, hoje senador da República, não para com as “besteiras”. Flávio continua
aprontando! Lembram o que ele a rmou, logo que seu pai foi eleito? Volto no tempo para que possamos analisar todo esse imbróglio: “Meu pai foi eleito presidente para colocar militares no comando do Palácio do Planalto. Se fosse para pôr ladrão, votava no PT”. Para vocês entenderem, comecemos com o Relatório do Coaf onde o cidadão Fabrício Queiroz é gura destacada. O relatório apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro abriu procedimento investigatório c r i m i n a l p ar a apu r ar o c a s o, m a s a investigação foi suspensa temporariamente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 17 de janeiro. Quem pediu a suspensão das investigações foi o próprio Flávio Bolsonaro. A partir da investigação do MP, o Coaf produziu um novo relatório. O documento aponta movimentações bancárias suspeitas de Flávio Bolsonaro. Em um mês, foram feitos quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do senador, no total de R$ 96 mil. Bom até aí morreu Néris! Mas o documento traz informações sobre movimentações nanceiras de Flávio entre junho e julho de 2017. São 48 depósitos em e s p é c i e n a c ont a d o s e n a d or e l e ito, concentrados no autoatendimento da agência bancária que ca dentro da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil. E eu, agora, deixo com vocês o direito de re etirem a respeito desses momentos iniciais do governo Bolsonaro e suas heranças con itantes na família o que, certamente, está respingando no Palácio do Planalto. FOTOS: REPRODUÇÃO INTERNET
6 TECNOLOGIA
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
Brasil e Europa vão Especialistas tentam ser interconectados encontrar solução para lixo espacial por novo cabo submarino Os satélites operados pela ESA tiveram que fazer mais de 25 manobras para evitar o impacto de ferro-velho espacial FOTO: GETTY IMAGES
Projeto se destina a beneficiar, primordialmente, a rede de institutos de pesquisas e universidade do Brasil e do exterior FOTO: TIM WIMBORNE/REUTERS
O Brasil e a Europa vão ser interligados por um novo cabo submarino de fibra ótica com capacidade de 40 terabytes (TB) por segundo, o que vai facilitar as comunicações telefônicas e de imagens entre diferentes pontos do território brasileiro e o continente europeu. A informação é do ministro-conselheiro para o m e rc a d o d i g i t a l d a representação da União Europeia no Brasil, Carlos Oliveira. Segundo ele, a União Europ eia já disponibilizou U$$ 30 milhões para o início da implantação do projeto.
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
Porém, de acordo com o ministro-conselheiro, o volume total a ser aplicado no cabo submarino ainda não está calculado porque d e p e n d e d e u m detalhamento que vem sendo analisado por um consórcio de empresas, que inclui a brasileira Telebras. Ao final, um consórcio internacional de bancos vai financiar toda a operação. Atualmente, o Brasil tem um cabo submarino que liga o território brasileiro à Europa, denominado Atlantis 2. Porém, esse cabo tem uma capacidade de apenas 20 gigabytes, muito distante de atender ao
g i g a n t e s c o desenvolvimento de transmissão de dados nos últimos anos, sobretudo com o avanço da tecnologia de vídeos e imagens. Em decorrência da deficiência nas comunicações com a Europa, o Brasil é obrigado a utilizar os cabos submarinos que ligam o território nacional aos E s t a d o s Un i d o s p a r a transmitir dados (voz e imagem) internacionais e de lá é que esses dados são retransmitidos para outras partes do mundo, inclusive a Europa. Os Estados Unidos hoje são um hub, ou seja, um centro armazenador e distribuidor de dados brasileiros. De acordo com especialistas, o novo cabo submarino proporcionará praticidade e redução de custos para a transmissão de dados do Brasil para o continente europeu.
Desde que a era espacial começou, em 1957, com o lançamento do satélite russo Sputnik 1, o lixo no espaço não parou de crescer. Calcula-se que hoje haja quase 30 mil objetos maiores do que uma laranja e 750 mil com um tamanho entre 1 e 10 cm, além de milhões milimétricos. Esta rede de resíduos, em qualquer tamanho, poderia causar danos a uma nave espacial em operação e, a partir disso, é necessário buscar soluções para um problema que é global e que cada vez adquire maior dimensão e urgência, aponta a Agência Espacial Eu r o p e i a ( E S A ) , c u j o escritório de Lixo Espacial teve, em 2018, um “ano recorde”. Os satélites operados pela ESA tiveram que fazer um total de 28 manobras para
evitar o impacto de ferrovel ho esp aci a l. E uma colisão de um objeto de dez centímetros poderia implicar em uma “fragmentação catastrófica” de um satélite, um de um centímetro poderia penetrar nos escudos da Estação Espacial Internacional (ISS) e um p e d a ç o d e ap e n a s u m milímetro destruiria subsistemas de satélites. A maioria destes resíduos são resultado de explosões próprias dos satélites e foguetes e de colisões com outros objetos e, ambas as
situações, multiplicam o número de fragmentos. É esperado, além disso, que o lixo aumente porque a corrida espacial segue se desenvolvendo e, sobretudo, p orque o desenho de pequenos satélites e de baixo custo invadem o espaço. O lixo, a detecção e desvio de asteroides e meteorologia espacial serão alguns dos assuntos tratados e possivelmente aprovados no Conselho Ministerial da ESA de novembro, em S e vi l ha (Espanha).
Com quatro câmeras, Samsung lança Galaxy A9 no Brasil A Samsung lançou na terçafeira (22) o smartphone Android Galaxy A9 no Br a s i l. O ap are l h o é o primeiro a chegar ao me rc a d o na c i ona l c om quatro câmeras traseiras. O preço sugerido do dispositivo é de 3.199 reais e ele estará disponível a partir desta semana. C om re vestimento de vidro e alumínio, o smartphone conta com tela de 6,3 polegadas, seguindo o
conceito apresentado em 2017 de display in nito. As opções de cores são preto, azul e rosa. O sistema Android vem com a versão Oreo instalada, mas a Samsung informou que vai atualizar o gadget FO
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para a edição Pie, a mais recente da atualidade. Assim como o Galaxy S9, há sensor de digitais e reconhecimento facial para desbloqueio de tela. Outras funções como Dual Messenger (que duplica WhatsApp, Messenger, entre outros), Samsung Play, compatibilidade com relógios das linhas Gear e Galaxy e a Pasta Segura também estão presentes no A9.
CIÊNCIA 7
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
Empresa japonesa se Empresa quer explorar prepara para vender Lua antes de 2025 chuva de meteoros artificiais
A empresa ArianeGroup assinou contrato de um ano com a Agência Espacial Europeia (ESA) para ponderar envio de missão de extração de regolito na Lua antes de 2025, informou a companhia FOTO: PIXABAY
Satélite lançado ao espaço carrega 400 bolinhas que vão se transformar em estrelas cadentes ao queimar na atmosfera — e produzir um show para quem assiste FOTO: ANDRZEJ WOJCICKI/GETTY IMAGES
Imagine se, momentos antes do início da queima de fogos do R é vei l lon de Copacabana, os organizadores oferecessem t amb é m su as própr i as estrelas cadentes, para deixar ainda mais embasbacados os milhões de turistas presentes? O mesmo recurso poderia ser usado pela Fifa na festa de abertura da próxima Copa do Mundo, por exemplo, ou ainda por um ricaço romântico que deseje fazer um pedido de casamento inesquecível. Por mais surreal que um serviço desses possa parecer, ele est á b em p er to de s er vendido comercialmente. É o que promete a start-up japonesa ALE, que teve seu primeiro microssatélite colocado em órbita no último dia 18 pelo pequeno foguete Epsilon-4, da Jaxa, a agência espacial do Japão. Os pro ssionais por trás da iniciativa antecipam que a p r i m e i r a “c h u v a d e meteoros sob demanda” será realizada sobre a cidade de Hiroshima em 2020,
durante a primavera do hemisfério norte (entre os meses de março e de junho). Apesar das dimensões reduzidas (microssatélites não costumam ter mais de 500 Kg), o satélite em miniatura abriga 400 bolinhas. Feitas a partir de u m a f ó r mu l a q u í m i c a guardada a sete chaves — é o segredo por trás da pro dução de meteoros capazes de brilhar por vários segundos e em cores diferentes, dependendo do elemento químico utilizado. O curioso aparato está a uma altura de 500 quilômetros, mas sua órbita deve decair cem quilômetros ao longo de um ano. Aind a assim, as pequenas esferas não oferecem nenhum risco, p oi s s e r ã o t ot a l m e nt e incineradas na atmosfera. De acordo com a ALE, su a s e st rel a s c a d e nte s arti ciais vão brilhar tanto que poderão ser avistadas até mesmo de grandes metrópoles com céus completamente ofuscados pela poluição luminosa,
como Tóquio e São Paulo. A princípio, o estoque de bolinhas a bordo do satélite é o su ciente para gerar de 20 a 30 eventos, cada um contando com até 20 meteoros. Mas a empresa já anunciou que pretende incrementar a oferta até a metade deste ano, quando planeja lançar seu segundo satélite em um foguete da iniciativa privada. A ideia é que ambos os satélites atuem em conjunto ou separadamente, podendo entregar estrelas cadentes sob medida em qualquer lugar do mundo. Parâmetros como a localização, cor, velocidade e d i r e ç ã o s ã o personalizáveis pelo cliente, para proporcionar o espetáculo mais bonito possível aos que estão com os pés no chão — e os olhos no céu. Ainda não foi divulgado um preço para quem tem interesse em encomendar uma chuva de meteoros para chamar de sua. Mas, se a moda pegar, logo caremos sabendo.
O regolito pode ser encontrado na superfície l u n a r, e d e l e p o d e m extraídos oxigênio e água, possibilitando, assim, que humanos produzam, no futuro, o necessário para lançamento de missões mais distantes. "O uso de recursos espaciais poderia ser a chave para uma exploração lunar sustentável e esse estudo é parte do plano integral da ESA para converter a Europa em um sócio na exploração global na próxima década", destacou David Parker da agência espacial. Para a pesquisa, a
ArianeGroup uniu forças c om a e mpre s a a l e m ã PTScientists, que produzirá o módulo de aterrissagem, e com a companhia belga Space Applications Services, encarregada de fornecer instalações de controle terrestre e equipamento de comunicação para a missão. "Este consórcio inovador i nt e i r a m e nt e e u r o p e u poderia oferecer serviços para toda a missão" desde o lançamento até a transportação de carga à Lua, ressaltou o comunicado. "A ArianeGroup apoiará todos os projetos europeus
atuais e futuros, de acordo com sua missão de garantir para Europa um acesso independente e soberano ao espaço", a rmou AndréHubert Roussel, diretorgeral da empresa. A notícia apareceu apenas algumas semanas depois de que a sonda robotizada chinesa Chang'e 4 pousou no lado escuro da Lua pela primeira vez na história, o que elevou o país asiático à categoria de potências espaciais. A perspectiva de uma comp etição entre grandes p otências p or recursos da Lua reavivou as especulações sobre uma nova corrida espacial.
8 SAÚDE
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
Novo exame de sangue pode detectar Alzheimer com antecedência Teste é baseado na quantidade de variação genética de uma proteína presente na estrutura interna de células nervosas FOTO: PIXABAY/FROLICSOMEPL/CREATIVE COMMONS
Cientistas desenvolveram um novo exame de sangue que pode determinar se alguém é propenso a desenvolver a doença de Alzheimer até 16 anos antes que os sintomas apareçam. O teste foi criado com base no nível de uma proteína especí ca no sangue, chamada de mudança de luz do neuro lamento (NLC, na sigla em inglês), que faz parte da estrutura interna das células nervosas. S e g u n d o o s pesquisadores, se as células nervosas forem dani cadas, a proteína vaza para o líquido cefalorraquidiano – uido aquoso que envolve o cérebro e a medula espinhal – e depois para o sangue. A detecção de altos níveis de NLC no líquido cefalorraquidiano é um bom indicador dos danos às células cerebrais, mas a obtenção desse uido requer uma punção lombar. Ou seja, envolve a inserção de uma agulha na parte inferior da coluna, método
desagradável para muitos pacientes. Com isso, os cientistas decidiram ver se taxas elevadas de NLC eram detectáveis em amostras de sangue. Para realizar o exp er imento, a e quip e recrutou parentes com variantes genéticas raras que causam o desenvolvimento de Alzheimer, entre 30 e 50 anos. Isso deu a chance de procurar por mudanças físicas que possam ocorrer antes de quaisquer sintomas. Foram analisadas 247 pessoas que carregavam u m a v ar i ante ge né t i c a precoce para Alzheimer, e 162 pessoas que não tinham essa variação. Os portadores da variante precoce apresentaram níveis elevados de NLC no sangue, sendo que a quantidade aumentou com a idade. Em comparação, os níveis da proteína permaneceram baixos nas pessoas que tinham a variação genética saudável.
Os pesquisadores também estudaram exames cerebrais dos participantes. Eles descobriram que, à medida que os níveis de NLC aumentavam, uma parte do cérebro relacionada à memória (precuneus) começava a diminuir. Taxas crescentes de NLC foram detectáveis até 16 anos antes que os sintomas pudessem se desenvolver. As pessoas com níveis da proteína em ascensão eram mais propensas a mostrar sinais de declínio cognitivo e degeneração das células do cérebro dois anos depois. No entanto, o estudo tem limitações: os cientistas analisaram apenas pessoas geneticamente predispostas à doença de Alzheimer, grupo que representa apenas 1% dos pacientes. "Não estamos no ponto em qu e p o d e m o s d i z e r à s pessoas: 'em cinco anos você terá demência', mas estamos trabalhando para isso", a rmou Brian Gordon, coautor da análise.
Pesquisa identifica processo que pode impedir o surgimento de câncer Sistema orgânico de morte celular pode interromper o crescimento de células cancerígenas FOTO: PIXABAY/COLIN00B/CREATIVE COMMONS
Pesquisadores do Instituto Salk, nos Estados Unidos, descobriram que a autofagia (reciclagem celular) pode bloquear o surgimento e crescimento de tumores. Segundo eles, as pontas moleculares dos cromossomos, conhecidas como telômeros, protegem as suas extremidades, evitando que eles se juntem quando as células se dividem e duplicam seu DNA. E a perda de telômeros pode levar ao câncer. Para simpli car, pense em um cadarço de tênis: geralmente, a cordinha tem um plástico no nal para impedir que o laço do sapato se desfaça ou ainda que o próprio cadarço que desgastado. No organismo, o plástico é como o telômero. "Existem muitos pontos de checagem que impedem que as células se dividam fora de controle e se tornem cancerosas, mas não esperávamos que a autofagia fosse uma delas", disse Jan Karlseder, professor do Laboratório Molecular e de Biologia Celular do Salk, em comunicado. Cada vez que as células duplicam seu DNA para se dividir e crescer, os telômeros cam mais curtos. Quando eles cam menores a ponto de nã o c ons e g u i re m mais proteger os cromossomos, as células recebem um sinal para interromper a divisão para sempre.
Devido aos vírus c a n c e r í g e n o s e o u t ro s fatores, as célu l as não entendem a mensagem e continuam se dividindo. Com os telômeros curtos ou ausentes, elas entram em um estado de crise, no qual os c r o m o s s o m o s desprotegidos podem se fundir e se tornar disfuncionais. Muitas vezes, isso resulta em morte celular que impede que as células pré-cancerosas continuem a desenvolver tumores. "Muitos pesquisadores presumiram que a morte celular ocorre através da apoptose, que junto com a autofagia é um dos dois tipos de morte celular programada", explicou Joe Nassour, pós-doutorado no laboratório de Karlseder. A apoptose também é chamada de "suicídio celular". K a r l s e d e r e Na s s o u r usaram células humanas saudáveis para realizar uma série de experimentos. Eles compararam células em crescimento com algumas que entraram em crise. Ao desativar genes limitadores
do cres cimento (genes supressores de tumores), as células conseguiram se reproduzir com abandono, com seus telômeros cando cada vez mais curtos no processo. Para saber qual tipo de morte celular foi responsável pela crise, eles examinaram marcadores morfológicos e bioquímicos de apoptose e autofagia — a segunda foi a dominante na morte celular no grupo em crise. Os pesquisadores exploraram o que aconteceu quando impediram a autofagia nas células de crise. Os resultados foram impressionantes: sem a morte via autofagia, as células se replicaram de forma incansável. Além disso, quando eles analisaram os cromossomos dessas células, elas foram fundidas e des guradas, indicando que danos severos ao DNA em células cancerígenas estavam ocorrendo e revelando que a autofagia é um importante mecanismo precoce para interromper o câncer.
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BEM-ESTAR 9
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
RAPHAEL Professor – Bacharel em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo Capacitado pela Confederação Brasileira de Rugby em Força e Condicionamento (SP)
Especializado em treinamento físico funcional (BPro Treinamento - RS) CREF: 007443-G/ES
O hábito de levantar pesos: Deadlift intensa em seu treino, maior será a taxa de oxidação de gorduras. Por sua completude, este exercício foi analisado eletromiogra camente em estudos para mensurar a ativação muscular de maior pro ciência. McGILL e NORMAN (1988) e SILVA (2000) constataram uma ativação dominante do músculo eretor da espinha. Bíceps femoral e reto femoral também demonstraram ativações relevantes. Isso está diretamente associado à nossa postura, tanto para sustentar nosso próprio peso corporal durante um dia inteiro, quanto para resistir à gravidade durante um levantamento de peso. Outros músculos ativados no levantamento terra são os
O levantamento Terra (Deadli) é um dos exercícios mais completos e importantes no treinamento de força por envolver várias articulações, muitos grupos musculares e, por conseguinte, estimular a produção de hormônios anabólicos como a insulina, o GH, a testosterona e o IGF-1, promovendo alta síntese proteica. É um movimento de cadeia posterior e de dominância de quadril – o agachamento, por exemplo, é um movimento de dominância de joelhos – presente na modalidade de Levantamento de Peso Básico, o Powerliing. Os músculos são os tecidos que mais consomem energia no corpo humano, quanto mais músculos forem estimulados de maneira
BALMAS
interespinhais, latíssimo do dorso, intertransversais, ileocostal dorsal, rotadores, ileocostal lombar, semiespinhal torácico, multifídeos, vasto lateral, vasto medial, vasto intermediário, sartório, glúteo maior, bíceps femoral, semitendíneo e s emimembranáce o, a lém de outros de forma agonista, estabilizadora e sinérgica. O fortalecimento de forma geral e especí ca é fundamental para executar levantamentos com cargas altas (ponto altamente subjetivo e pertinente à experiência motora, peso corporal e biotipo, além de fatores como como base nutricional). Treinar a técnica de maneira massiva nos movimentos
compostos como o Deadli é fundamental. Começar com um bastão, corrigir detalhes e utilizar outras maneiras de aprimorar o movimento é imprescindível. Contar com um professor quali cado e uma estrutura minimamente adequada fazem muita diferença no resultado nal do processo de aprendizagem. Levantamento Terra não é algo surreal, relevante apenas para atletas. É um exercício fundamental a toda pessoa e mais um daqueles antídotos à posição sentada. Outro ponto importante em relação ao Deadli é o fator psicológico. Para se levantar peso (acima do seu peso corporal) tem de haver concentração, mentalização, fala e autocon ança, além de técnica e força, o b v i a m e n t e . Ainda hoje o Deadli s u s c i t a
questionamentos e más interpretações quanto à sua execução, por gerar sobrecarga na coluna e por haver muita desinformação, afastando as pessoas do exercício e as fazendo negligenciar um movimento tão importante e funcional – todos os dias precisamos pegar algo do chão, pesado ou leve, e a maioria das pessoas faz isso de maneira incorreta. REPRODUÇÃO INTERNET
Relação entre cintura e altura pode indicar risco de doença cardiovascular IM TY :G ET TO FO
Homens e mulheres com acúmulo excessivo de gordura na região do abdômen têm maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares. O alerta tem sido feito por especialistas da área de saúde, mas não são apenas aqueles com a chamada obesidade abdominal que estão em perigo. Um novo estudo veri cou que pessoas sicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura (RCE) próximos do limiar de risco,
AG ES
Alerta vale até mesmo em pessoas saudáveis, segundo estudo
também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no
coração comparadas com pessoas com menores valores de RCE. O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Presidente Prudente e Marília, em colaboração com colegas da Oxford Brookes University, na Inglaterra. Resultado de um projeto de pesquisa apoiado pela Fapesp, o estudo foi publicado na revista Scienti c Reports. “O b s e r v am o s qu e p e s s o a s saudáveis e sicamente ativas, sem
sobrepeso e histórico de doenças metabólicas ou cardiovasculares, mas com valores de RCE próximos do limite do fator de risco, também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no coração
em comparação com aquelas com menor acúmulo de gordura na região da cintura”, disse Vítor Engrácia Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa, à Agência Fapesp.
10 COMPORTAMENTO
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019 FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
ANA LUCIA
Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Coisas que o tempo não apaga REPRODUÇÃO INTERNET
hoje. Espantoso! Me vi de cabelos curtos, médios, compridos, pretos, vermelhos, cor de mel. A pele com acne, sem acne, lisa, com pés de galinha. Meu Deus! Sou mutante. E os familiares e os amigos? Aff ! Alguns gordos, barrigudos e carecas. Outros você leva 'séculos' para reconhecer. Corri para o espelho e fui comparando.... Outra crise de
Olá pessoal
Q
uero dividir com vocês um assunto muito delicado: a idade. Esta semana resolvi abrir o baú de fotos e me diverti muito. Além de você ver a evolução do tempo, você também tem acesso ao de muita gente. Comecei a fazer comparações minhas nos anos de 1900 e bolinha com as de
riso. Magrela, gordinha e, agora, novamente magrela. Roupas que você jura que jamais usaria, mas, acredite, já usou. Isso não quer dizer que sou saudosista, sou apenas alguém que gosta de reviver o passado e tenta c ur tir o presente, pois o futuro... bem, como diz o ditado popular, "o futuro a Deus pertence". Até a próxima!
Concurso revela as melhores fotos tiradas no oceano em 2018 Imagens de animais marinhos em seu habitat foram reconhecidas por organização continuam a aumentar o nível de qualidade para fotógrafos aquáticos", a rmou um dos jurados da competição, Scott Gietler, em comunicado. As imagens são impressionantes. O registro
Peixe-palhaço
de Taiwan, por exemplo, ganhou a menção honrosa na categoria de Ângulos Amplos por captar, de forma inovadora, a passagem de salmões do Pací co pelo rio Adams, no Canadá. Já o c h i n ê s Ji n g g o n g
Leões-marinhos A vida submarina pode ser fascinante. Para que lembremos disso, o Underwater Photography Guide promove anualmente o concurso Ocean Art Under water Photo Competition, em que celebra o trabalho de fotógrafos do mundo inteiro com prêmios
que somam US$ 80 mil. Na e diç ão de 2018, a premiação selecionou imagens em 16 categorias que abordam desde o comportamento da vida marinha até a arte submarina. "As incríveis imagens aquáticas do Ocean Art Photo C ompetition
do fotógrafo Wu Yung Sen,
Z h a n g , d e Pe q u i m , f oi
homenageado com o quarto lugar na categoria Macro por seu clique de dois cavalosmarinhos em Minamatashi, n o Jap ã o. A f o t o g r a a ganhou o nome de "Dança do Amor". O norte-americano Kyle Badten se destacou por sua obra "Curiosidade", que
recebeu menção honrosa na categoria Retratos. A foto foi registrada no Havaí e mostra uma curiosa tartaruga se aproximando da câmera. Também nos retratos, "Nemo", do italiano Matteo Visconti levou a premiação. O clique revela a vida dos peixes-palhaços do Japão.
OLHAR DE UMA LENTE 11
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
HAROLDO
CORDEIRO FILHO Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Haroldo Cordeiro Filho Jornalista DRT: 0003818/ES
Consumo de água na pecuária FOTOS: REPRODUÇÃO INTERNET
amigos... Depois de assistir a um vídeo pela internet, vi que muitas informações, que chegam até nós, não passam de enganação ou manipulação. O jogo
É
de interesse está e sempre estará à frente no mundo dos negócios. É assim nas indústrias farmacêutica e bélica, não poderia ser diferente na indústria de produção de alimentos, a carne em especial. Greenpeace, WWF e tantas outras instituições ou or g a n i z a ç õ e s q u e s e d i z e m ambientalistas, não passam de engo do, uma vez que são patrocinadas pelas indústrias
poluidoras. Sempre ouvimos falar da indústria do agronegócio, não é mesmo? Mas, di cilmente veremos informações de organizações ambientais e, muito me no s , d e órg ã o s o ciais sobre o estrago da pecuária para o meio ambiente. Um estudo de renomados cientistas mundiais descobriu que 453 g de carne produzidos, consome 9.962,5 litros de água, a produção de um ovo cons ome 1.805,44 litro de água e para a produção de 1kg de queijo, são necessários 3.453,6 litros de água. Nunca vi uma campanha do governo ou de organizações ambientais conscientizando sobre a necessidade de se consumir menos carne, por que será? Os vilões geralmente são os setores de energia e transportes, nunca a cadeia pecuarista. A produção de ração animal produz
65% do óxido nitroso (provoca pneumonia, edema pulmonar, irritação da mucosa do nariz...) mundial, um gás 296% maior que o CO2 (encontrado naturalmente na atmosfera, produzido pela respiração dos animais e pala queima de qualquer matéria orgânica) por quilo. A emissão de CO2 deve aumentar em 20% até 2040 enquanto que a
consumo humano, está completamente enganado. A produção é para ração animal. Por tudo isso e mais algumas
vegano (ideologia que defende a não utilização de produtos de origem animal ou se opõe a qualquer atividade em que haja
emissão de poluentes provocada pela pecuária atinja 80% em consequência do aumento do consumo de carne e laticínios. 91% do desmatamento da Amazônia é provocado pela pecuária. Se pensa que a soja e o m i l h o s ã o pro du z i d o s p ar a
coisas que começo, a partir desse ar tigo, uma campanha de incentivo a todos que me acompanham, não digo a pararem de comer carne, mas procurarem alternativas de consumo de carne animal mais consciente. Há uma semana, tornei-me
exploração animal) e convido você a experimentar. Precisamos mudar o mundo! Assistam ao documentário acessando https://www.youtube.com/watch? v=5ATRlfHSgHM
12 GERAL
24 a 31 DE JANEIRO DE 2019
Dois em cada dez jovens de países emergentes não trabalham nem estudam Segundo FMI, proporção cai para 10% nos países avançados Carentes de políticas pú b l i c a s qu e re du z am vulnerabilidades, os jovens d e p a í s e s e m desenvolvimento enfrentam di culdades em concluir a escola e conseguir o primeiro emprego. De cada dez jovens de 15 a 24 anos em países emergentes, dois não estudam nem trabalham, segundo levantamento divulgado nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A proporção é o dobro da observada em economias avançadas, onde 10% da população nessa faixa de idade est ão na mesma condição. Segundo o FMI, a ausência dos jovens das escolas e do mercado de trabalho tem um efeito perverso no médio e no longo prazo, ao aumentar os con itos sociais e reduzir o potencial de crescimento da economia. De acordo com o relatório, a alta proporção de jovens sem estudar e trabalhar tem um efeito ainda mais perverso nos países em
d e s e nvolv i m e nto. Iss o
i d a d e at iv a ( qu e p o d e
Cerca de 30% das jovens nos
economia formal.
FOTO: TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
porque as economias emergentes dependem da entrada de jovens no mercado de trabalho para acelerarem o crescimento. A proporção de pessoas de 18 a 24 anos nos países em desenvolvimento chega a um terço da população em
trabalhar), contra 15% nos países desenvolvidos. O FMI sugere três ações para diminuir a geração do Brasil. Em primeiro lugar, o fundo recomenda a adoção de medidas que reduzam a desigualdade entre gêneros no mercado de trabalho.
país es emergentes não trabalham nem estudam, contra 15% dos jovens. O documento recomenda medidas de combate à discriminação contra mulheres no mercado de trabalho para aumentar a inserção das jovens na
Em segundo lugar, o FMI sugere a desregulamentação do mercado de trabalho para aumentar a contratação de jovens. De acordo com o relatório, a regulamentação estrita do m e r c a d o d e t r a b a l h o, diminuir as indenizações
por demissões e estabelecer um salário mínimo não muito alto em relação ao salário médio da economia aument am as t axas de emprego entre jovens fora da escola, principalmente de mulheres jovens. De acordo com o FMI, nas províncias da Indonésia que au m e nt ar am o s a l ár i o mínimo menos que outras, o desemprego entre os jovens caiu entre 1 e 1,5 ponto percentual. A última medida recomendada pelo FMI é a abertura da economia em países emergentes. Segundo o Fundo Monetário, mercados mais dinâmicos aumentam a concorrência e o empreendedorismo. Pela pesquisa, jovens sem acesso a capital e a crédito podem ter a abertura do próprio negócio facilitada pela redução de custos administrativos e p ela abertura ao mercado internacional. Essa política aumentaria a taxa de participação de homens j ovens no mercado de trabalho em até 5%.
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