Jornal Fatos & Notícias Ed. 290

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ANO IX - Nº 290 16 a 23 DE MARÇO/2019 SERRA/ES

Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita

40% dos insetos estarão extintos daqui a algumas décadas Segundo os autores, a taxa de extinção é oito vezes mais rápida do que a de mamíferos, répteis e aves, ameaçando um colapso dos ecossistemas da Terra Pág. 2 FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET

Espécie de rã 'cósmica e tímida' é descoberta na Índia Pág. 7

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FOTO: K.P. DINESH

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

Dieta pegana, a mistura da paleo com a vegana Pág. 9

Estudo aponta mudanças que a inteligência artificial trará à educação Pág. 4

Como ficar longe de doenças renais Pág. 8

ANA LUCIA

JORGE PACHECO

LUZIMARA FERNANDES

8 Vamos continuar falando

8 A semana foi produtiva para os

8 A minha avó materna tinha avós com descendência alemã e italiana, que se misturaram com negros e índios Pág. 12

de carnaval? O bloco Porca Rosa fez a festa acontecer Pág. 10

parlamentares capixabas em Brasília Pág. 5

HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 A “lei da mordaça” foi instituída pelo ministro Ricardo Salles, responsável pela pasta Pág. 11

Nasa capta ondas de choque de aviões supersônicos em pleno voo Pág. 6

Uma em cada 20 mulheres tem gene que interfere no anticoncepcional Fafi abre inscrições para oficinas de teatro e dança Pág. 8

Pág. 3


2 MEIO AMBIENTE

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

Ação desarticula 40% dos insetos criadouro clandestino estarão extintos de aves daqui a algumas décadas Fiscais e policiais federais e da Força Nacional encontraram 300 aves em criadouro próximo aos limites do Parque do Iguaçu, que seriam vendidas ilegalmente

FOTO: ACERVO/ICMBIO

O alerta é de um estudo recente feito na Austrália FOTO: ©FRÉDÉRIC COLLIN/GETTY IMAGES

Floresta nativa da Mata Atlântica Os agentes de scalização do Parque Nacional do Iguaçu, em parceria com a Polícia Federal e policiais da Força Nacional, agraram um criadouro clandestino de aves. Eles encontraram em torno de 300 animais, aproximadamente 250 aves nativas e exóticas, além de, nos recintos e gaiolas, constatar-se falta de higiene, comida e água, e indícios de m au s - t r at o s , s e n d o inclusive encontradas aves mortas. A ação ocorreu no dia 11 de março no Distrito de Alto Faraday, próximo ao limite da Unidade, no município de Capanema no Paraná.

O foco da ação era um criadouro clandestino de aves, silvestres nativas e exóticas que, segundo a denúncia, o responsável capturava os animais para o trá co e comércio ilegal. No momento da ação, o proprietário fugiu. Dentro da residência foram encontrados 11 pássaros silvestres nativos, alguns com sinais de captura recente, e um deles com anilha com sinais de adulteração. No local, além das aves silvestres e exóticas, foram encontradas aproximadamente 42 gaiolas, seis caixas para transporte de diversos tamanhos e armadilhas para captura de pássaros.

To d o m a t e r i a l f o i apreendido. De acordo com investigações, parte das aves seria vendida em Concórdia e Florianópolis. As espécies silvestres nativas foram encaminhadas ao Zoológico da Faculdade de Veterinária da Unisep em Dois Vizinhos-PR. A Polícia Militar Ambiental do Paraná (Força Verde) também foi acionada para as providências em relação às irregularidades de funcionamento do estabelecimento sem as devidas licenças e autorização do órgão ambiental competente. O responsável, devidamente quali cado posteriormente, r e s p o n d e r á administrativamente p e l a c o n d u t a infracionária, e deverá responder a inquérito policial pelos crimes de maus-tratos e trá co de animais.

Uma triste notícia ambiental: mais de 40% das espécies de insetos do mundo deverão ser extintas nas próximas décadas. Além disso, outro terço delas estão ameaçadas. A informação é de um estudo publicado no nal de janeiro no jornal cientí co Biological Conservation. Segundo os autores, a taxa de extinção é oito vezes mais rápida do que a de mamíferos, répteis e aves, ameaçando um colapso dos ecossistemas da Terra. A massa total de insetos em nosso planeta reduz 2,5% a cada ano, o que indica que eles poderão desaparecer em um século. Conforme os cientistas, o planeta atravessa a sexta extinção em massa em sua histór ia, com a lgumas perdas signi cativas em algumas espécies de animais de grande porte, cujo desaparecimento é mais fácil de se observar. Os insetos, porém, existem em variedade e quantidade bem maior – a proporção deles é

de 17 para cada humano. "Se as perdas de espécies de insetos não forem i nte r rompi d a s , h ave r á consequências catastró cas para os ecossistemas do planeta e para a sobrevivência da humanidade", comenta o p es quis ador Francis co Sánchez-Bayo, da Universidade de Sidney, na Austrália, em entrevista ao jornal britânico e Guardian. "Em 10 anos teremos um quarto a menos de espécies de insetos. Em 50 anos, apenas a metade; e em 100 anos não teremos nenhuma", alerta o cientista. Esses animais são fundamentais para o funcionamento adequado de todos os ecossistemas, a t u a n d o c o m o polinizadores e recicladores de nutrientes e servindo de alimento para outros animais. O colapso de algumas espécies já foi registrado em países como Alemanha e Porto Rico. Segundo o

estudo, houve uma redução de 98% dos insetos em Porto Rico. O estudo a rma que a mai or c aus a d o desaparecimento das espécies de insetos é a agricultura, em especial devido ao uso de pesticidas. Novos tipos de inseticidas introduzidos nos últimos 20 anos, incluindo neonicotinoides e pronil, causam danos signi cativos ao serem utilizados repetidamente, permanecendo no meio ambiente. Sánchez-Bayo a rma ao e Guardian que a produção de alimentos em escala industrial deve ser revista, destacando que as fazendas orgânicas têm mais insetos e também que o uso ocasional de pesticidas no passado não causava o declínio obser vado nas últimas décadas. Outros fatores que contribuem para o quadro atual são a urbanização, as espécies introduzidas e as mudanças climáticas.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18 Filiado ao Sindijores

"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília

Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores


CULTURA 3

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

Sabia que a cabine Fafi abre inscrições telefônica inglesa para oficinas de foi inspirada em um teatro e dança túmulo? Para quem não sabe, o modelo icônico que conhecemos hoje em dia foi lançado em 1926 e teve um túmulo como inspiração! FOTO: WIKIPEDIA

FOTO: ELIZABETH NADER

FOTO: REPRODUÇÃO

Universidade de Oxford. Na época em que ganhou o concurso para a nova cabine telefônica britânica, Scott tinha acabado de assumir o comando de um museu dedicado a Sir John Soane, um famoso arquiteto inglês que viveu entre 1753 e 1857 e também criou marcos no país, como a arquitetura original do Bank of England. Um trabalho mais íntimo de Sir John Soane foi o túmulo que ele criou para sua esposa, Eliza Soane, falecida prematuramente em um acidente, em 1815. Logo acima de onde estava o c a i x ã o, o a r q u i t e t o colocou uma placa coberta por uma estrutura formada por quatro pilares. No alto, o arquiteto colocou uma cúpula em formato de abóboda que era adornada com um cone de pinheiro, que para os egípcios era o símbolo da reencarnação. O desenho de uma cobra comendo o próprio rabo, simbolizando a eternidade, foi esculpido na parte superior da abóboda e ajuda a transformar o mausoléu em uma obra única – ou quase... Giles Scott estava tão familiarizado com as

formas de Soane, incluindo as empregadas no túmulo, que as adaptou para a estrutura da nova cabine telefônica da Inglaterra. O formato retangular, com paredes de vidros e molduras nas paredes se tornou um clássico! Scott qu e r i a qu e as c abi ne s fossem prateadas por fora e com um tom azulesverdeado por dentro, mas os Correios decidiram pelo vermelho e ajudaram a fixar ainda mais a imagem da estrutura no imaginário popular. O projeto de Scott ganhou as r uas em 1924 e foi apelidado de K2. Já em 1929, o K3 foi uma adaptação feita pelo próprio Scott de sua obra, diminuindo algumas das formas para baratear a produção. O encanto da população local e mundial, no entanto, só aumentou com o passar dos anos. Novas cabines surgiram em Londres nas últimas décadas, mas hoje estão praticamente em desuso. Ainda assim, é possível encontrar várias delas espalhadas pelo país para nenhum turista voltar para casa sem sua recordação com esse ícone.

A Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música Fafi abrirá inscrições para oficinas semestrais. Os interessados poderão fazer o agendamento on-line, a partir desta sexta-feira (15), até segunda-feira (18). Para realizar o agendamento, os

interessados devem acessar o site do Vix Cursos. A confirmação das inscrições acontecerá entre os dias 18 e 22 de março. Serão 330 vagas, distribuídas em 14 oficinas: quatro na área da dança e dez na área do teatro. As

au l a s , q u e at e n d e m o público a partir de 4 anos de idade, acontecerão nos períodos matutino, vespertino e noturno. To d a s a s o f i c i n a s noturnas serão para alunos a partir dos 18 anos. Serão 25 alunos por turma.

Documentos e informações Na data agendada para a confirmação das i n s c r i ç õ e s , o s a lu n o s deverão levar a declaração

escolar com turno, atestado de aptidão física e uma foto 3x4. Outras informações podem ser

obtidas p or meio dos telefones 3381-6921 e 3381-6922.

Foto Antiga do ES ACERVO GIULIANO DIAS ALVES

Tudo começou em 1921, quando os Correios da In g l at e r r a c r i a r a m o s pr i me i ro s mo d el o s d e cabines telefônicas. Elas eram um tanto quanto sem graça, quase como uma privada retangular e sem muito adorno. O teto era em formato de pirâmide com uma lança na ponta, e apenas a porta e uns poucos detalhes eram na cor vermelha. Essas cabines foram chamadas de Kiosk 1, ou apenas K1. A população não curtiu, é claro, então a empresa resolveu investir em um trabalho mais planejado, afinal, as ligações telefônicas estavam cada vez mais populares. Um concurso foi lançado entre arquitetos do país para reformular as cabines, e o modelo K2 acabou caindo nas mãos de Giles Gilbert Scott. Scott era bastante popular entre os arquitetos londrinos do começo do século XX. Ele é responsável por lugares famosos da cidade, como a Biblioteca da Universidade de Cambridge, a Estação de Energia Battersea e a Lady Margaret Hall, uma das faculdades que integram a

Megacurioso

POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL

Estação Leopoldina em Argolas Vila Velha - 1952


4 EDUCAÇÃO

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

Estudo aponta mudanças que a inteligência artificial trará à educação nos próximos dez anos Atualmente, parte s i g n i c at iv a d o desenvolvimento de ferramentas à base de inteligência arti cial está ligada diretamente ao setor educacional. Sabendo disso, o Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (S enai), re a lizaram um levantamento que aponta as tecnologias educacionais baseadas em inteligência arti cial que serão usadas nas escolas até 2030. Denominado Tendências em Inteligência Arti cial na Educação, o documento foi elaborado, a pedido do Sesi e Senai, pela professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Rosa Mar i a Vi c ar i. B a s e s d e

FOTO: SHUTTERSTOCK

patentes dos Estados Unidos, União Europeia, Canadá e no Brasil do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), foram usadas para análise. Além disso, especialistas brasileiros em inteligência

arti cial de escolas como Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Grande Su l (PUC-RS), t amb ém foram ouvidos.

Empresa lança material para diagnosticar daltonismo de forma lúdica ABC para daltônicos foi desenvolvido para pais e professores auxiliarem no diagnóstico junto aos pequenos FOTO: DIVULGAÇÃO

A Canon, multinacional d e c â m e r a s e impressoras, acaba de lançar uma ferramenta para pais e professores detectarem o daltonismo (incapacidade de distinguir cores) nas crianças de forma lúdica, o ABC para daltônicos. O material é inspirado no Teste de Ishihara — exame de percepção de cores criado em 1917 — e que três diretores de arte da agê n c i a D e nt su Br a s i l redesenharam para os dias atuais. O resultado foi um livro abecedário com 26 letras composto por imagens divertidas e ao mesmo tempo testa a qualidade da impressora da marca, a C a n o n Me g a Ta n k . O objetivo é que o distúrbio seja detectado pela própria pessoa o mais cedo possível para a mesma se adaptar e levar uma vida normal. Dessa forma, segundo M a r i s t e l a S t o i a n o v, especialista em visão de cores, na maioria das vezes,

a pessoa passa por toda a infância e adolescência sem saber que tem daltonismo, descobrindo apenas na idade adulta. “O diagnóstico precoce ajuda mu i t o n a i n c l u s ã o d a criança na escola, em casa. As pessoas afetadas pelo daltonismo são capazes de criar um mecanismo de adaptação como qualquer outra que tem uma de ciência. Geralmente, os d a lt ôn i c o s s ã o surpreendentes”, explica. O gra teiro Márcio Reis descobriu na escola que tinha distúrbio visual e sofreu bullying dos colegas por não conseguir distinguir as cores. “Eu faço gra tti há 20 anos e a minha

história sempre foi de superação. Acho que usei a de ciência como inspiração. Aí tudo mudou”, revela o artista.

Daltonismo No Brasil, o daltonismo afeta mais de oito milhões de pessoas, sendo que os meninos correspondem a 8% desse total. Caso a criança apresente di culdade para distinguir cores básicas recomenda-se entrar em contato com um oalmologista. Para ter acesso ao conteúdo do AB C do daltonismo e necessário c ompr ar a i mpre s s or a Canon Mega Tank.

Entre as tendências apontadas pelo levantamento está a expansão do uso do Sistema Tutorial Inteligente (STI) para ensino personalizado. A ferramenta oferece um feedback ao aluno e ao professor ao identi car

se o estudante aprendeu o que foi transmitido e suas emoções, por exemplo, se está feliz. Com isso, é possível trilhar a melhor estratégia pedagógica. O documento aponta ainda que a robótica estará mais presente no ensino fundamental e médio devido à diminuição de custos. Segundo o estudo, até 2030, quatro tecnologias listadas já deverão estar difundidas em até 50 % nas escolas públicas e privadas do Brasil. A computação em nuvem é uma delas, e deve estar presente em até 70% nas instituições de ensino superior. A tendência, já para o ano que vem, é o processamento de língua natural (PNL), em

que um computador i nte r pre t a a l i ng u age m humana. “Na educação, o PLN vai contribuir cada vez mais para o intercâmbio e nt re a lu n o s d e nacionalidades diferentes e para a transmissão em tempo real de aulas em línguas distintas, as quais serão traduzidas para os e s t u d a n t e s ”, a p o n t a o documento. R o b ót i c a i nt e l i g ê n c i a educacional, learning analytics, fones de ouvidos tradutores, criatividade c o mp u t a c i o n a l , ó c u l o s inteligentes e ética computacional são as principais tendências que as ferramentas via inteligência arti cial prometem impulsionar.

Filosofia para crianças e jovens Livro 'Deuses para Clarice' filosofa por meio de uma narrativa marcada por diálogos Autor de diversos livros que aplicam temas e conceitos da loso a a situações cot idi anas, o profess or C lóv is de B ar ros Fi l ho dirige-se a leitores mais jovens em Deuses para Clarice (Benvirá, 208 págs.). A exemplo de diversos clássicos desse campo, é um livro de diálogos. Neste caso, entre o autor e sua lha. O ponto de partida se dá durante um almoço de família. Clarice diz q u e n ã o e s t á c o n s e g u i n d o acompanhar as aulas de loso a na escola, e o pai se oferece então para ajudá-la. Depois, colegas da lha também participam da troca de ideias. Como o título sugere, as conversas são recheadas por referências a deuses. Um a re fe rê n c i a à “desordem” do mundo contemporâneo, por exemplo, conduz ao deus Caos, que inspirou todo um grupo de divindades. Elas viviam no “céu”, cuja ideia original não

corresponde ao nosso entendimento da palavra – e então, ao explorar esse tópico, o livro tangencia temas religiosos.

jornalista Mário Vítor Santos no prefácio. “Contornam o anedótico. Incorporam as futilidades. Nenhuma curiosidade é omitida, muito FOTO: DIVULGAÇÃO

“Do dueto entre pai e lha, nascem histórias ao gosto de hoje, divertidas”, escreve o

menos censurada. O sabor geral tem o entusiasmo das primeiras histórias”.


POLÍTICA 5

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

Jorge Pacheco

Analista Político

Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

A semana em Brasília Rose de Freitas vai presidir CPI de Brumadinho FOTO: DIVULGAÇÃO

“Esta CPI terá começo, meio e fim”, garantiu Rose A senadora Rose de Freitas (PODE-ES) foi eleita, na quarta-feira (13), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado que vai investigar as causas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. A tragédia, que aconteceu dia 25 de janeiro, já registra o número de 201 pessoas mortas e 107 que continuam desaparecidas, de acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais. A CPI, com previsão para durar 180 dias e com limite de gastos de R$ 110 mil, também vai estudar e propor modi cações na legislação ambiental. “Esta CPI terá começo, meio e m”, garantiu Rose. Juntamente com a senadora, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi eleito vice-presidente da comissão. E o senador Carlos Viana (PSD-MG), indicado por Rose, será o relator. Viana, inclusive, cou de apresentar um plano de trabalho na próxima terça-feira (19), às 9 horas, em reunião da CPI no Senado.

Deputado federal Felipe Rigoni quer CPF como documento único no serviço público estadual Parlamentar capixaba apresentou projeto de lei para simplificar atendimento em estados e municípios O deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) protocolou na quarta-feira (13) projeto de lei que propõe o uso do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como documento único e obrigatório para atendimento no serviço público municipal, distrital e estadual. O texto amplia o alcance do decreto 9.723/2019, que aplica as mesmas regras na esfera federal. Segundo Rigoni, é preciso dar um salto de qualidade na gestão pública. “O País discute há décadas a criação de um documento de identi cação que possa substituir as dezenas de registros atuais, c om o C N H , C ar t e i r a d e Tr a b a l h o, CadÚnico e RG”, enfatiza. O parlamentar cita o exemplo da Índia, que criou um documento único para mais de um bilhão de cidadãos em apenas cinco anos. “Nós devemos ser mais ágeis. A transformação digital tornará o setor público mais e ciente. A desburocratização gera economia, além de combater a corrupção, evitando o favorecimento pessoal e as fraudes”, argumenta. Além de simpli car a vida dos brasileiros, a modernização da gestão pública contribuirá para a melhoria do ambiente de negócios no

Brasil, de acordo com o parlamentar. “Dados do Doing Business colocam o Brasil na posição 125 entre 190 países, atrás de nações

Interino: Haroldo Cordeiro Filho

experiências exitosas do setor. Sobre a participação na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Amaro destaca o trabalho pela geração de emprego e renda não só no Espírito Santo, mas em todo o País. "Os dois temas nos ajudam a promover ações para o desenvolvimento e atividades geradoras de postos de trabalho", explicou.

Cinco bacias hidrográficas do Espírito Santo terão metas de qualidade da água As medidas impactam diretamente nas políticas públicas de saneamento e combate à poluição. Documento com propostas será entregue no Dia Mundial da Água, 22 de março FOTO: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

em desenvolvimento e vizinhos da América do Sul. Alguns números são absurdos, como as 1.958 horas que as empresas gastam para pagamentos de impostos todos os anos”, detalha. “Se desejamos uma economia forte e desenvolvida, que irradie oportunidades para nossos jovens, precisamos de um País c ap a z d e e s t i mu l a r e at r a i r n ov o s investimentos. Um Brasil desburocratizado, com serviços públicos e cientes e qualidade de vida para sua população”, reforça Rigoni.

Lauriete FOTO: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

A deputada Lauriete, ativa na bancada capixaba, esteve com a comitiva que r e c e p c i o n o u o g o v e r n a d o r R e n at o Casagrande e o ministro Raimundo Carreiro, no Tribunal de Contas da União, na terça-feira (12). Os parlamentares capixabas e o governador solicitaram a liberação das obras de duplicação da rodovia BR 262.

Amaro Neto Na quarta-feira (13) o deputado federal Amaro Neto (PRB) assumiu vagas como membro efetivo em duas comissões da C â m a r a Fe d e r a l : D e s e nv o l v i m e nt o Econômico e Turismo. O trabalho realizado à frente da comissão de Turismo na Ales, contribuiu para a atuação do deputado junto ao trade turístico capixaba, no debate de demandas e

Como estarão os nossos rios daqui a 20 anos? O que teremos? O que queremos ter? O que é possível ter e o que fazer para chegar lá? As perguntas foram o ponto de partida para os estudos de Enquadramento das bacias hidrográ cas dos rios Itabapoana, Itapemirim, Novo, Itaúnas e São Mateus. O instrumento vai nortear os futuros usos e a sustentabilidade dos rios capixabas. O objetivo do Enquadramento é estabelecer metas de qualidade a serem alcançadas ou mantidas em um segmento de corpo d'água ao longo do tempo. Para isso é necessário identi car os principais usos da água feitos nas regiões estudadas: quais existem e quais serão mantidos no futuro. As decisões impactam diretamente nas políticas públicas de saneamento, combate à poluição, manutenção de estradas vicinais, medidas que previnam a erosão, dentre outras. Primeiro, foi necessário conversar com as comunidades bene ciadas. Por meio de o cinas, moradores, representantes do poder público, da sociedade civil organizada FOTO: JAILSON SOARES

e de usuários da água puderam se manifestar. Em viagens de norte a sul do Estado, a equipe de servidores e pesquisadores da Agerh e do IJSN se reuniu de uma a duas vezes em cada uma das cinco bacias hidrográ cas estudadas. O público ouvido opinou, por exemplo, sobre as atividades econômicas locais que dep endem do rec urs o hídr ico, o abastecimento humano, a proteção e conservação das águas e qual nível de qualidade necessário para elas se manterem a longo prazo. Os usos da água são condicionados pela sua qualidade. As águas com maior qualidade permitem a existência de usos mais exigentes, enquanto águas com pior qualidade permitem apenas os usos menos exigentes. Os dados coletados foram trabalhados internamente com o apoio técnico de consultores especializados em recursos hídricos e geraram propostas de enquadramento, que ainda devem ser aprovados pelos Comitês das Bacias Hidrográ cas bene ciadas. Os estudos de Enquadramento são coordenados pela Agência Estadual de Recursos Hídricos, em convênio com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação no Espírito Santo (Fapes) e o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Atualmente, no Espírito Santo, os rios Jucu, Santa Maria e Benevente possuem metas de enquadramento. Os Enquadramentos de cursos d'água dos rios ao longo das bacias hidrográ cas dos rios Itabapoana, Itapemirim, Novo, Itaúnas e São Mateus serão entregues no dia 22 de março, quando se comemora o Dia Mundial da Água. A solenidade acontece às 14h30, no Palácio Anchieta, em Vitória.


6 TECNOLOGIA

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

Foguete sustentável Nasa capta ondas de tem motor fabricado choque de aviões com impressão 3D supersônicos em

pleno voo

O equipamento, que tem planos de estar finalizado até 2021, funciona a partir de um combustível biodegradável que diminui as emissões de carbono FOTO: DIVULGAÇÃO

Depois de anos de trabalho, a agência americana conseguiu fotografar, pela primeira vez, as ondas de choque dos aviões supersônicos T-38, da Força Aérea dos EUA, no momento em que rompem a barreira do som ©

FOTO: NASA

Ir ao espaço está se tornando cada vez mais barato e sustentável. A empresa britânica Orbex divulgou o protótipo de seu foguete, que tem planos de entrar em operação em 2021 e transportará pequenos satélites para fora da Terra. O equipamento, que utilizará um combustível biodegradável, terá algumas peças fabricadas com uma impressora 3D. Essa será a primeira vez que a tecnologia de impressão — um modelo de fabricação considerado rápido e barato — será aplicada em toda a concepção de um transp or te espacial. O motor do equipamento será composto por uma fibra de carbono e alumínio impressa em uma única peça, que não terá soldas ou encaixes com outros dispositivos. De acordo com os fabricantes, isso permitirá que os módulos apresentem maior

resistência a temperaturas elevadas e alta pressão, permitindo que o foguete tenha um peso até 30% menor em relação aos outros lançadores de satélites. Além disso, o foguete da Orbex utilizará um combustível biodegradável desenvolvido a partir das moléculas do propano (que originalmente é derivado do petróleo) e que prometem diminuir em até 90% as emissões de gases poluentes na atmosfera em relação aos combustíveis tradicionais utilizados por foguetes de outras empresas. Até agora, a Orbex divulgou apenas o Estágio 2 do modelo: o primeiro módulo, responsável pela ignição do foguete, anda está em desenvolvimento. A companhia quer se mostrar uma alternativa viável em um segmento que está em ascensão: o lançamento de nanossatélites de até 10

quilos, que formam uma "constelação" de equipamentos na órbita terrestre e são muito mais baratos do que os satélites tradicionais. A Orbex realizará suas operações em uma base de lançamentos situada na Escócia e afirma que está fechando os primeiros contratos de transporte de satélites: a primeira missão, marcada para 2021, ainda será de caráter experimental e c a r r e g a r á u m equipamento da empresa Surrey Satellite Technology, especializada na operação de pequenos satélites. O foguete da empresa será capaz de atingir uma altitude de até 1,2 mil qu i l ôme t ro s e o s d oi s módulos do equipamento serão reutilizáveis: com isso, os executivos da Orbex esperam reduzir os preços das operações para o t r a n s p o r t e d e nanossatélites.

Para fazê-lo, a agência usou a tecnologia do sistema AirBOS, que pode captar 1.400 imagens por segundo, ainda que funcione somente durante três segundos. Portanto, foi necessário c o o r d e n a r s e u funcionamento no exato momento em que as aeronaves entraram no quadro de visão, detalhou a agência espacial dos EUA. Graças à técnica fotográ ca schlieren, foram obtidas imagens da interação das ondas de choque, que ocorrem devido às rápidas mudanças de pressão geradas durante vo os sup ers ônicos. As ondas se fundem à medida que s e expandem p ela atmosfera e são elas que produzem o "boom sônico", ou seja, uma espécie de explosão gerada por um

av i ã o c u j a v e l o c i d a d e supera a do som. Neal Smith, engenheiro de investigação do AerospaceComputing Inc., no Centro de Investigação Ames da Nasa, detalhou que o que se obser va nas imagens é um " uxo supersônico". De acordo com ele, "o que é interessante, se olharmos para o T-38 de trás, é que dá para ver que estas ondas de choque interagem em uma curva", acrescentando que tal "se deve ao fato de o T-38 de trás estar voando no rasto do dianteiro, portanto, as ondas de choque possuem uma forma diferente". Para tirar as fotos, a câmera foi instalada em um avião B-200 King Air da Nasa, que voava a uma altitude de 9.000 metros.

Cerca de 600 metros abaixo estavam voando os T-38, com o avião da frente voando a uns nove metros do outro, e a três metros acima. Após a calibração de todos os componentes, as aeronaves puderam ser fot o g r af a d a s n o e x at o momento em que romperam a barreira do som, produzindo ondas de choque. "O maior desa o foi tentar conseguir o tempo certo para garantir que poderíamos obter essas imagens", indicou Heather Maliska, gerente do subprojeto AirBOS. Todas as informações obtidas continuarão sendo analisadas e servirão de base para o estudo de novas técnicas que melhorarão este tipo de testes no futuro.

Xiaomi cria acessório que pode mudar a cara do mouse O Mi Portable Mouse é um mouse sem o da Xiaomi que chama a atenção pelo design diferenciado. O acessório, que traz corpo mais achatado em relação aos modelos tradicionais do segmento, também pode ser uma boa opção para quem busca um periférico bom e barato. A empresa não opera

o cialmente no Brasil, mas, ainda assim, é possível encontrar o produto para comprar aqui no País pelo preço aproximado de R$ 110. Esse valor é considerado competitivo se comparado a outras opções do mercado. Vale ressaltar que no exterior seu preço médio é de

US$ 15 (cerca de R$ 57,20, em conversão direta, sem

impostos). O acessório, que é compatível c o m P C s Windows e m a c O S , depende de duas pilhas AAA para funcionar. Um dos destaques do dispositivo

FOTO: DIVULGAÇÃO/XIAOMI

é a possibilidade de conexão via Bluetooth ou por meio de um receptor wireless que utiliza frequência de 2,4 GHz. Com relação ao design, o Mi Por t able Mous e é composto de uma mistura de plástico e alumínio e traz visual compacto e mais achatado, com relação a outros periféricos. Pesando

pouco mais de 77,5 gramas, o modelo promete precisão na hora de trabalhar em notebooks e desktops, e oferece até 1.200 dpi. Além disso, ele conta com um laser que permite seu uso em uma variedade de superfícies, como mousepads, mesas, panos e até vidro.


CIÊNCIA 7 Escassez de recursos na Terra faz Nasa pensar em explorar mineração de asteroides

FOTO: PIXABAY

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

A Nasa será capaz de utilizar os asteroides no espaço como "campos de mineração" para extrair matérias-primas vitais, já que a Terra está esgotando seus recursos, revela um astrônomo da Universidade de Cambridge

Os asteroides são pequenos planetas localizados no interior do Sistema Solar, orbitando o Sol. Há milhões deles voando através do espaço e suas colisões, conhecidas como eventos de i m p a c t o, t ê m desempenhado um papel signi cativo na formação de muitos planetas. Estes asteroides contêm um número de matérias-

primas vitais, incluindo ouro, ir ídio, prat a, platina, ferro, magnésio, níquel, alumínio e titânio, que estão desaparecendo na Terra. A pesquisadora astrofísica da Universidade de Cambridge, Carolin Crawford, prevê que, no futuro, agências espaciais

como a Nasa utilizarão os asteroides para extrair esses materiais, ao invés de escavar mais fundo na Terra, conforme o jornal Express. Em 2005 a pesquisadora a rmou que "isso é uma p o s s i b i l i d a d e mu i t o interessante quando você olha para os recursos minerais na Terra, eles

ainda não se esgotaram, mas nos próximos séculos devem se tornar escassos". "Você pode criar um campo de mineração em alguns destes asteroides e obter bilhões de toneladas de metais de alta qualidade e também há água para sustentar o campo. Ou nós

poderíamos rebocar um asteroide para orbitar em torno da Terra como um pequeno posto de reabastecimento para futuras missões", aponta Crawford em seu estudo. Ela acredita que este seja o caminho para suprir o fornecimento dos recursos minerais, já que quando se estão const r uindo g randes

estruturas espaciais, que precisam de muito combustível para foguetes, não faz sentido enviar recursos para o espaço se eles já existem lá. Crawford ressalta que "é mais fácil desenvolver um sistema para ir ao asteroide do que penetrar a grandes profundidades na Terra".

Espécie de rã 'cósmica e tímida' é descoberta na Índia A nova espécie recém-descoberta passou milhões de anos sem chamar atenção alguma por ser muito reservada FOTO: ©K.P. DINESH

pesquisadores descobriram que a rã pertence a uma linhagem de milhões de anos. A espécie representa não apenas um gênero jamais registrado, mas, também, uma nova subfamília de rãs. "Quando começamos a retirar as amostras, notamos que estávamos escavando um grande tesouro", a rmou o biólogo Palaniswamy Vijayakumar em um

.Biólogos indiano-americanos descobriram uma nova espécie de rã nas montanhas da costa sudoeste da Índia, de acordo com artigo publicado na terçafeira (12) na revista PeerJ. As marcas azuis pálidas na pele marrom, parecidas a constelações, destacam estes anfíbios anões entre os restos.

Segundo cientistas, a coloração única pode explicar por que o animal passou despercebido por muito tempo. Biólogos dizem que a sobrevivência da espécie se deve às habilidades de camu agem. A espécie foi encontrada pela primeira vez em 2010, quando a equipe realizou a primeira

expedição na região montanhosa de Querala, na Índia. Nesta região, diversos exemplares do Astrobatrachus kurichiyana foram capturados e fotografados entre 2010 e 2017. Após realizar uma sequência genômica e uma tomogra a em diversos exemplares, os

comunicado do Museu da História Natural da Flórida. A espécie foi uma das 30 a ser capturada em uma única noite e, naquele momento, a rã quase não atraiu a atenção dos especialistas, pois ela é "muito reservada", segundo Vijayakumar. O ciclo de vida da espécie ainda é desconhecido, bem como o som que emite ou se está ameaçada de extinção.


8 SAÚDE

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

Como cuidar dos rins e ficar longe de doenças renais Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 850 milhões de pessoas têm doença renal em todo o mundo ILUSTRAÇÃO: ÉRIKA ONODERA/SAÚDE É VITAL

“Saúde dos Rins para Todos” é o tema do Dia Mundial do Rim 2019, comemorado na quinta-feira (14). Mas, você sabe qual a importância desse órgão para o bom funcionamento do corpo? Primeiro para quem ainda não sabe, a palavra rim vai para o plural porque temos dois. E eles cam na região posterior do abdômen, um na direita e outro na esquerda. A principal função deles é ltrar o sangue para controlar a quantidade de água e de sal no corpo, eliminar toxinas, ajudar a controlar a hipertensão arterial e produzir hormônios que impedem a anemia e a descalci cação óssea, além de eliminar medicamentos e outras substâncias ingeridas. É exatamente por suas inúmeras funções que os rins precisam estar saudáveis. Rins doentes ocasionam as chamadas doenças renais, motivo de preocupação em todo o

m u n d o, p o r c o n t a d o crescente aumento de casos. S egundo a S o ciedade Brasileira de Nefrologia, 850 milhões de pessoas têm doença renal em todo o mundo. A doença renal crônica causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, com uma taxa crescente de mortalidade. E os mais afetados são pessoas que vivem em países de baixa e média renda.

De acordo com a diretora de Políticas Associativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Cinthia Vieira, os principais fatores de risco para doenças renais são a hip er tensão ar terial, o d i ab e t e s e o h i s t ór i c o familiar de doenças renais. Mas obesidade, fumo e uso de me dic açõ es tóxic as também podem afetar a saúde dos rins. “No Brasil, um em cada 10

brasileiros vai ter algum tipo de doença renal. Ele tem e não sabe, porque a doença renal é silenciosa. Ela não apresenta sintomas maiores. E como diabetes e hipertensão são doenças prevalentes no Brasil, e lembrando t amb ém da obesidade, essas doenças levam à doença renal crônica. E se a pessoa tiver uma função renal muito prejudicada, abaixo de 10%,

vai entrar em hemodiálise, em diálise peritoneal ou vai precisar de transplante”, explica a nefrologista. Cuidar dos rins signi ca car longe de doenças renais. Para prevenção, uma das principais dicas é adotar uma dieta menos salgada. “Nós aqui no Brasil comemos em torno de 12 gramas de sal por dia, quando o adequado seria em torno de 2 gramas de sal/dia. O sal tem um efeito de reter mais água. Isso faz os rins trabalharem com uma pressão mais alta, levando a uma doença renal ou a uma doença renal crônica. E para quem é diabético, a dieta também deve ser controlada, especialmente em relação ao açúcar”, chama a atenção a médica Cinthia Vieira. A hidratação é indispensável. “Não devemos esperar a sede para beber água. A sede já signi ca a desidratação. Deve-se tomar uma qu ant i d a d e d e l í qu i d o

aumentado para ltrar mais a urina. As patologias que podem ser prejudicados pela falta de água é quem já tem cálculo renal, a pedra no rim. Tem que tomar muito mais água, sempre tentando evitar que os cristais quem muito tempo na urina, aumentando a formação das pedras”. Idosos, portadores de doença cardiovascular e pacientes com história de doença renal em familiares têm grande potencial para desenvolver lesão renal e devem ser investigados com triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue. “São exames simples, disponíveis no SUS, que trazem informações valiosas para dizer como os rins estão funcionando. A recomendação é fazer o exame uma vez por ano. E quem já tem uma história familiar, hipertensão ou diabetes é, no mínimo, de seis em seis meses”.

Uma em cada 20 mulheres tem gene que interfere no anticoncepcional Pela primeira vez constatado pela ciência, o dado pode ajudar a acabar com a ideia de que a mulher engravidou porque não utilizou o método corretamente Um novo estudo mostra que algumas mulheres podem engravidar mesmo utilizando métodos anticoncepcionais – isso porque o próprio DNA delas " s a b o t a " o c o nt r o l e d e natalidade. Realizada na E s c ol a d e Me d i c i n a d a Universidade do Colorado, n o s E s t a d o s Un i d o s , a pesquisa revela que uma em cada 20 mulheres carrega um gene que atrapalha a

e ciência dos contraceptivos hormonais. É a primeira vez que o dado é con rmado pela ciência. A expectativa é que a descoberta ajude a acabar com a ideia de que a mulher engravidou p orque não utilizou o método corretamente — como acreditam muitos pro ssionais de saúde e a população em geral. “Quando uma mulher diz

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que engravidou durante o controle de natalidade, a suposição sempre foi de que, de alguma forma, foi culpa d e l a ”, a r m a A a r o n Lazorwitz, principal autor do estudo, em entrevista ao Independent. “Essas descobertas mostram que devemos ouvir nossas pacientes e considerar se há algo em seus genes que causou isso”. Lazorwitz e seus colegas estudaram o DNA de 350 mulheres enquanto elas usavam um implante contraceptivo colocado sob a pele do braço que libera o hormônio progestagênio, na

tentativa de evitar que elas ovu lem. Ent ão, foram examinadas as seções do DNA con he cid as p or atuarem na regulação hormonal das participantes. As des cob er t as foram surpreendentes: cerca de 5% das participantes tinham uma forma diferenciada do gene CYP3A7*1C, responsável por quebrar os hormônios que impedem a gravidez. Normalmente, ele é ativado apenas quando a pessoa ainda está no útero; e a sua desativação ocorre pouco antes do nascimento. Porém, as mulheres com a forma ativa do gene

continuam a produzir uma enzima CYP3A7 para o resto da vida. “Essa enzima quebra os hormônios de controle da natalidade e pode colocar as mulheres em um risco maior de gravidez durante o uso de contraceptivos, especialmente [quando são usados] métodos com doses m a i s b a i x a s ”, e x p l i c a Lazorwitz. No entanto, não são todos os cientistas que acreditam que as mulheres irão se afastar da contracepção hormonal devido aos resultados da pesquisa. A professora Sharon Cameron,

codiretora da Unidade de E cácia Clínica da Faculdade de Saúde Sexual e R e pro dut iv a , d o R e i n o Unido, informou ao e Independent uma em cada mil mulheres com um implante de progestagênio engravidará ao longo de três anos. “Embora a composição genética possa ter um impacto sobre o quão bem a contracepção pode funcionar para algumas mulheres, este é apenas um estudo e é muito cedo para dizer se uma tecnologia relacionada a isso será útil no futuro”, explica a professora.


BEM-ESTAR 9

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

Dieta pegana, a mistura da paleo com a vegana Alimentação prioriza vegetais e peixes, mas exclui grupos importantes para um cardápio nutritivo ROSSHELEN/THINKSTOCK/GETTY IMAGES

A dieta pegana pode ainda não ter caído no gosto dos brasileiros, mas já virou um dos assuntos mais pesquisados no Google dos E s t a d o s Un i d o s d e s d e fevereiro de 2018, quando o termo foi usado pela primeira vez por Mark Hy man, autor do liv ro Comida: Que Diabos eu Deveria Comer. A proposta é misturar duas alimentações aparentemente opostas: o veganismo, que exclui tudo o que é de origem animal da rotina; com a dieta paleolítica, que preza o que os homens das cavernas comiam há milhares de anos atrás (geralmente muita carne vermelha e frutos colhidos na hora). Como resultado, um cardápio composto por 75% de

vegetais e frutas, contra 25% de proteínas. A dieta pegana pode ainda não ter caído no gosto dos brasileiros, mas já virou um dos assuntos mais pesquisados no Google dos E s t a d o s Un i d o s d e s d e fevereiro de 2018, quando o termo foi usado pela primeira vez por Mark Hy man, autor do liv ro Comida: Que Diabos eu Deveria Comer. A proposta é misturar duas alimentações aparentemente opostas: o veganismo, que exclui tudo o que é de origem animal da rotina; com a dieta paleolítica, que preza o que os homens das cavernas comiam há milhares de anos (geralmente muita carne vermelha e frutos frescos). C omo resultado, um

cardápio composto por 75% de vegetais e frutas, contra 25% de proteínas. A equação, em um primeiro momento, parece satisfatória aos olhos nutricionais. “A população, no geral, tende a consumir muito menos vegetais e f r u t a s d o q u e o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400 gramas por dia”, a rma a nutricionista Clarissa Hiwatashi Fujiwara, do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira Para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), de São Paulo. Então, adeus alimentos gordurosos? Não necessariamente. Os ricos em insaturados,

considerados bons para o coração, estão liberados (como abacate e azeite!). C omo to da diet a que promete enxugar alguns quilinhos, a pegana tem as suas proibições. E nem todas elas agradam os especialistas. Eliminar grãos e tudo o que contenha glúten das refeições pode até evitar in amações no sistema digestivo e ser uma boa

opção para quem é celíaco, mas também pode trazer outras consequências. “Alguns grãos, além de proteínas de origem vegetal muito boas, são importantes para o funcionamento do intestino e auxiliam na absorção de ferro”, diz a endocrinologista Maria Fernanda Barca, membro da SBEM, de São Paulo. A forte restrição às

leguminosas também é um problema. “É complicado do p o n t o d e v i s t a socioeconômico, porque o prato do brasileiro geralmente contém ingredientes como mandioca ou arroz com feijão. Proibi-los diminui a adesão ao padrão alimentar e pode torná-lo difícil de ser seguido a longo prazo”, argumenta Clarissa. Somente alguns laticínios estão permitidos. O ke r, a manteiga de ghee e aqueles derivados de animais alimentados com grama (como a cabra, por exemplo), são liberados. “Mas sem nenhuma comprovaç ão cient í c a concreta de que eles sejam m e l h o r e s ”, a r m a a endocrinologista.

Alongamento é bom antes e depois da atividade física Além de melhorar a flexibilidade e evitar lesões, o alongamento pode ser uma atividade física prazerosa e relaxante e ainda diminuir dores musculares KARINA ZAMBRANA

O alongamento é uma forma simples e segura de exercitar o corpo em qualquer hora ou lugar. Antes e depois de atividades físicas do dia a dia, como a caminhada ou da prática de esportes no tempo de lazer, o alongamento melhora a e x i bi l i d a d e d o c or p o possibilitando movimentos m a i s a mp l o s , a l é m d e reduzir o risco de lesões. E x e r c í c i o s d e alongamento trazem benefícios à saúde em todas as faixas etárias. Alongar-se com frequência melhora a circulação do sangue, amplia a mobilidade das articulações e fortalece ligamentos e tendões. A

prática também auxilia no equilíbrio corporal, importante para o envelhecimento saudável. “Quando consideramos a atividade física do dia a dia, é importante que alongamentos sejam realizados antes e depois das a t i v i d a d e s ”, a r m a o e d u c a d o r f í s i c o Pau l o Henrique Guerra, professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

Para o especialista, é importante que os alongamentos sejam praticados de forma prazerosa e relaxante. “Da mesma forma que optamos por comer algo gostoso ou ver um lme bacana, podemos optar por nos alongar e fazer exercícios para encontrar prazer, não apenas para evitar problemas ou obter b e n e f í c i o s”, p o n d e r a .

“Nunca é tarde para começar a fazer alongamentos. Uma música legal pode tornar o momento ainda mais agradável”, sugere. Exercícios de Alongamento são bons para manter ou desenvolver a exibilidade. O alongamento é uma das mais importantes categorias

de exercícios físicos que podem ser prescritos para manter e restaurar o e qu i l í br i o n or m a l d o s músculos, tendões e ligamentos. Segundo estudo publicado na revista Corpus et S cientia, a prática de alongamento aumenta o bem-estar emocional, melhora a estética, o condicionamento, dotando

a pessoa de uma atitude positiva, tornando-a menos suscetível a dores físicas. As participantes da pesquisa (mulheres de academias de ginástica) também relataram visível melhora da coordenação motora, do equilíbrio, da exibilidade, além de uma melhora considerável para a autoestima.


10 COMPORTAMENTO

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro

Professora

Alegria de carnaval LUZIMARA FERNANDES

Olá pessoal!

V

amos cont inuar f a l and o d e carnaval? No domingo e na segunda da folia do momo, o bloco Porca Rosa, criado por Sérgio Bernardo Cordeiro, levou mais de 100 foliões às ruas de Praia Grande, Fundão. Além dos integrantes que já participam desde a criação do bloco, havia muitos turistas e moradores. Crianças, jovens e idosos zeram a festa acontecer. Cada um se vestiu a seu gosto, se fantasiando ou não. O s om d a s m arch i n h a s antigas nos fez lembrar que 'quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé'. A Porca Rosa é um bloco

FAMÍLIA CORDEIRO

familiar, alegre, divertido, animado e que preza pela segurança dos seus foliões. No próximo carnaval, os responsáveis colocarão à venda camisetas do bloco e os horários e dias de saída serão divulgados pelo jornal e rádio Fatos & Notícias. E aí? Bora se preparar para o próximo carnaval? Obr igada a to dos que participaram e abrilhantaram o Porca Rosa com a sua presença. Agradeço, também, a todos os que nos permitiram fotografá-los e divulgar suas fotos nos nossos veículos de comunicação. Agradecimento especial à equipe do jornal Fatos & Notícias, incluindo eu, esteve presente e fez uma cobertura maravilhosa.

Porta misteriosa é achada dentro da Grande Esfinge de Gizé De acordo com um historiador, há algo escondido debaixo da Grande Esfinge, e uma antiga estela que foi removida de lá no século XIX pode ajudar a resolver esse mistério FOTO: SCIENCEFREAK

Matt Sibson, historiador e a pessoa que sonoriza os vídeos no canal "Ancient Architects" do YouTube, a n u n c i o u u m a surpreendente descoberta que pode lançar luz sobre um antigo mistério relacionado a um dos mais famosos monumentos do Antigo Egito — a Grande Es nge de Gizé. Segundo explicou Sibson, originalmente havia três estelas localizadas em frente à Es nge: a Estela dos Sonhos, construída pelo faraó Tutmés entre 1479 a.C. e 1425 a.C., que ainda

permanece no local, e mais duas estelas que foram criadas pelo faraó Ramsés, o Grande, mais de dois séculos depois. Essas duas estelas foram transferidas para o museu do Louvre em Paris no século XIX e "desde então pouco se fala sobre elas". Depois de encontrar uma imagem de uma das duas estelas perdidas em um livro escrito pelo explorador Howard Vyce em 1837, Sibson fez uma descoberta surpreendente. "Há uma Es nge no topo de uma plataforma, com Ramsés, o Grande, ao lado e dando uma oferenda. A Es nge está sentada em cima do que parece uma porta. Na Estela dos Sonhos também há uma porta debaixo da Es nge que a

bloqueia", indicou ele ao Daily Star. Ele também observou que Howard a rma em seu livro que "escavadores encontraram uma entrada sob a Es nge que poderia

ter apontado para uma cavidade debaixo dela", acrescentando, no entanto, que o livro mostra apenas uma das estelas em detalhes. "O que mostra a outra?

Ela precisa ser reanalisada e trazida de novo à vida. Ela poderia lançar mais luz sobre a porta", disse Sibson. "Acho que há algo por baixo, há muitos túneis sob o planalto de Gizé".


OLHAR DE UMA LENTE 11

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

HAROLDO CORDEIRO FILHO

Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Ministério do Meio Ambiente e a lei da mordaça Determinação partiu do ministro Ricardo Salles

N

a última quartafeira, 13, os chefes de assessoria de comunicação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de

C o n s e r v a ç ã o d a Biodiversidade (ICMBio), foram exonerados. Agora, todas as informações

REPRODUÇÃO INTERNET

solicitadas por jornalistas devem ter a chancela da assessoria de comunicação d o M i n i s t é r i o d o Me i o Ambiente (MMA). A “lei da mordaça” foi instituída por força pelo ministro Ricardo Salles, responsável pela pasta.

Vivemos num País em que a mola mestra é o estado de direito democrático e nesse momento de incertezas, as

decisões deveriam ser diferentes, a moralidade e a transparência, precisam estar sempre à frente, mesmo porque a população está cheia desses artifícios que têm o propósito, único e exclusivo, de camu ar a realidade. Não temos p olíticas efetivas quando o assunto é meio ambiente. O desmatamento da Amazônia, exemplo claro disso, atingiu seu maior nível e m u m a d é c a d a , impulsionado pela exploração ilegal de madeira e pelo avanço do agronegócio sobre a oresta, lembrando que a indicação do ministro Ricardo Salles foi feita pela bancada ruralista, marionetes movimentadas pela força latifundiária, maior detentora de nanciamentos públicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Questionado pela nossa redação, o presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, senador Fabiano Contarato /Rede/ES, disse que, ao longo dos anos, o País avançou para a efetividade de princípios constitucionais (Art. 37 da Constituição Federal); legalidade, impessoalidad e e, mais recentemente, e ciência.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

“Avançamos com a Lei de acesso à informação, marco histórico. Ainda temos que

(Ibama e ICMBio) precisa de esclarecimentos. No próximo dia 27, re ceb eremos na

“Não podemos, de jeito nenhum, romper com princípios constitucionais e com fundamentos do direito administrativo” entender que, entre administração direta e i n d i re t a , n ã o h á p o d e r hierárquico, mas tutela, ou seja, scalização das ações d o s órg ã o s v i n c u l a d o s . Diante desses elementos, a ação do MMA, de centralizar a comunicação de órgãos da administração indireta

Comissão de Meio Ambiente e o ministro da pasta. Será uma ótima oportunidade para que esclareça o ocorrido. O que não podemos, de jeito nenhum, é romper com princípios constitucionais e com fundamentos do direito administrativo”.


12 GERAL

16 a 23 DE MARÇO DE 2019

LUZIMARA FERNANDES

Será que a minha cor....? A minha avó materna tinha avós com descendência alemã e italiana, que se misturaram com negros e índios FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

C

omo a grande maioria dos brasileiros venho de uma família totalmente miscigenada, tenho primos loiros de olhos azuis e verdes, primos negros de cabelos crespos, lisos e ondulados, ou seja, minha família é colorida. Lá em casa, eu e meus irmãos somos negros, diferenciando um pouco no tom de pele – uns mais claros, outros mais morenos – temos vários tipos de cabelo e, claro, personalidades totalmente diferentes. Você pode se perguntar por que estou escrevendo sobre

Bisavó

isso. Escrevo para falar de um tema que tem corroído a nossa sociedade: o preconceito. Mas não quero aqui me vitimizar, dizer que sofri muito com isso. Não, até porque eu não senti esse preconceito e, se senti, nem percebi porque venho de uma família onde ser diferente pelo tom de pele ou o pelo tipo de cabelo não interfere em nada. Crescemos, eu e meus familiares, ouvindo que todos somos iguais, que a nossa pele – branca, negra, amarela, ou seja lá qual for – não in ui no caráter e na personalidade de ninguém. Sempre ouvi que a minha pele é linda, que o meu

cabelo é muito bonito, e isso me fez ser quem eu sou hoje: uma pessoa completamente satisfeita comigo e

das pessoas e não o que elas possuíam de bens ou riqueza, porque como dizia mamãe 'Dessa vida nada se leva'. Meus pais formavam um casal inter-racial. Nem sei se posso dizer essa expressão, pois mamãe tinha a pele negra e os cabelos lisos e grossos (parecia uma índia), já papai tem a pele clara e os c ab elos extremamente crespos. Meus avós paternos seguiam a mesma linha: vovó morena de olhos amendoados, vovô branco de olhos azuis. D o lado mater no, vovó morena clara e avô branco. A minha avó materna tinha avós com descendência alemã e italiana, que se misturaram

com negros e índios (daí a herança genética de mamãe). Meu avô, por parte de mãe, era lho de uma descendente de portugueses com um negro. Dessa mistura de raças nasceu uma geração totalmente miscigenada, que é a minha família. Nos amamos incondicionalmente. Não há como haver preconceito se o meu sangue corre nas veias do meu sobrinho loirinho, mulato e negro. Porque eu tenho sobrinhos de todas as cores também. Se eu renegar e me envergonhar da minha cor, estarei renegando aos meus antepassados e todos que eu amo e a mim mesma. Portanto, a cor da pele, na minha vida e na vida da minha família, nunca foi e nem será uma questão porque nos amamos e nos importamos uns com os outros. Então, independente da sua cor, seja feliz e leve alegria àqueles que te rodeiam. Não deixe que a ignorância chamada PRECONCEITO faça parte da sua vida e do meio em que vive. Cor não de ne caráter e muito menos diz quem é você.

Sobrinhos

Mãe feliz. Lá em casa nunca demos bola para o preconceito porque fomos trabalhados, desde pequenos, a ter uma autoestima elevadíssima. E sempre olhando o lado humano

Hospede o seu site no nosso novo portal: http://jornalfatosenoticias.com.br/


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