ANO IX - Nº 292 01 a 07 DE ABRIL/2019 SERRA/ES
Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita
FACEBOOK PERFECT HOMES CHIANGMAI
Supermercado na Tailândia troca plástico por folha de bananeira BLOG PLANTEI.COM
REPRODUÇÃO INTERNET
A solução chamou a atenção por sua simplicidade e eficiência Pág. 7
A origem das borboletas FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Pág. 10
Preço dos medicamentos deve subir mais de 4% a partir de abril Espetáculo narra a trajetória de Paulo Freire Pág. 8
Pág. 3
Curitiba vai testar frota de ônibus movido a biometano Combustível é derivado da decomposição de resíduos orgânicos Pág. 6 ANA LUCIA 8 Hoje, reconheço meus heróis do passado: como meus pais Haroldo e Nailda; minha avó Dijanira Pág. 10
JORGE PACHECO 8 Alvo de ataques nos últimos
dias do presidente, Rodrigo Maia pediu o m da "brincadeira" e que o País passe a ser levado a sério Pág. 5
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 Ciência é viver na plenitude a aventura do homem sobre a terra Pág. 11
Em colação de grau, índios substituem o Hino Nacional pelo ritual da Tucandeira Pág. 4
Novo tratamento para câncer de próstata não prejudica tecidos saudáveis Pág. 9
Superjacarés habitaram pântano
Vacina da febre amarela pode proteger contra zika, gigante da Amazônia há milhões de anos, diz estudo indica estudo brasileiro Pág. 8
Pág. 7
2 MEIO AMBIENTE
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Estudo inédito revela Filhotes de peixe-boi que a Amazônia está resgatados chegam perdendo superfície ao Inpa de água Alteração nos ecossistemas aquáticos é influenciada por intervenções humanas como desmatamento, obras de infraestrutura e mudanças climáticas como a construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), açudes, barramentos de rios por grandes ou pequenas obras, a formação de lagos para
in uenciados pelo bombeamento natural e pelos uxos de água, coloca em risco espécies como os botos, peixes, incluindo os ornamentais, os quelônios,
INPA/DIVULGAÇÃO
©DIVULGAÇÃO/IBAMA
Imagens do satélite Landsat coletadas durante 33 anos (1985 a 2017), novas t e c n o l o g i a s d e processamento de dados em nuvens de computadores e uma análise dedicada de pesquisadores tornaram possível um novo olhar sobre a Amazônia, agora na p ersp e c t iva d as transformações que vêm ocorrendo nos corpos hídricos da região. Assim como o Prodes nos mostra anualmente como está a supressão da vegetação natural dos ecossistemas terrestres, o novo estudo teve como objetivo avaliar as dinâmicas de transformação na superfície de água na Amazônia. Esse pode ser o pontapé inicial para um acompanhamento anual e regular sobre o estado dos corpos hídricos – rios, lagos, áreas úmidas inundáveis etc. Mas os resultados obtidos não são positivos: A análise realizada pelo WWF-Brasil e o Imazon, no âmbito do Projeto MapBiomas, e com ap oi o do G o o g l e E ar t h Engine, mostra que há uma tendência de redução da superfície hídrica na Amazônia brasileira. Em média foram perdidos 350 km² de área coberta por ambientes aquáticos por ano. O resultado da análise foi publicado em edição especial da revista cientí ca Water (MDPI) sobre a situação dos recursos hídricos nas Américas, trazendo dados inéditos para o bioma. Esta foi a primeira vez que um estudo dessa magnitude foi realizado na escala do bioma Amazônia. Bernardo Caldas, analista do Programa de Ciências do WWF-Brasil e um dos autores do estudo, explica que existe uma correlação entre a perda de superfície de água na região Amazônica e a construção de hidrelétricas e desmatamento. As intervenções humanas
Só este ano já são cinco filhotes da espécie, que está na lista de animais ameaçados de extinção. Os peixes-bois foram levados ao Inpa após resgate realizado pelo Ibama
Rio Jamanxim piscicultura somadas, assim como as grandes obras de infraestrutura, afetam a dinâmica natural e geram alterações nos corpos hídricos e uxos de água que impactam todo o sistema. A faixa onde estão mais evidenciadas essas múltiplas inter venções humanas coincidem com o chamado arco do desmatamento, na porção sul da Amazônia. O barramento de rios (interrupção de seu curso natural) afeta o pulso de inundação. Os efeitos c u mu l at i v o s d e mu it o s barramentos podem levar o curso d'água a entrar em colapso e, assim, subsequentemente, interferir na dinâmic a e s er v iços ecológicos da bacia hidrográ ca como um todo. As áreas mais afetadas com essa perda de superfície são as áreas de inundação (várzeas) e lagoas que se formam com o pulso de cheias e vazantes dos rios. A bacia Amazônica forma uma rede de ecossistemas aquáticos, diferenciados e interligados. Esses ecossistemas são fundamentais para a biodiversidade, a reprodução de peixes e outras espécies aquáticas. “A perda desses habitats dinâmicos, que são
entre muitas outras espécies que dependem desses locais para se reproduzirem. Ou seja, estamos perdendo os berçários da vida na A m a z ô n i a . C onsequentemente, as comunidades que dependem dessa biodiversidade também serão afetadas”, explica Bernardo Caldas. Bernardo lembra que a água não respeita barreiras político-administrativas estaduais ou mesmo federais. A unidade é a bacia hidrográ ca, o sistema de rios e os uxos naturais de água. “É necessário um macroplanejamento ambiental estratégico que considere não só as grandes infraestruturas, mas, também, o impacto de um conjunto de milhares de pequenas obras que cumulativamente pode afetar o s s e r v i ç o s a m b i e nt a i s prestados por determinada bacia hidrográ ca. Entre esses serviços estão o abastecimento de água para a população local, a dessedentação de animais, a produção agropecuária, a s egurança alimentar de comunidades, o turismo e a própria necessidade dos ecossistemas de terem espaço e tempo para sua automanutenção”, completa.
Floresta nativa da Mata Atlântica Dois lhotes de peixe-boi chegaram, na quarta-feira (27), ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) local que recebe e reabilita os animais junto à equipe do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, patrocinado pela Petrobras. Os dois animais, que chegaram à capital no barco Leão de Judá, foram encontrados na área rural do munícipio de Pa r i nt i n s ( 3 7 0 k m d e Manaus). O primeiro lhote de peixe-boi, um macho de 15 quilos, foi encontrado na comunidade do Espírito Santo, já o segundo lhote, uma fêmea de 21 quilos, foi resgatada pelos comunitários de Catispera, ambos próximos ao município de Parintins. De acordo com o veterinário do Inpa, Ans elmo D´Affons eca, somando os dois peixesbois que chegaram, já são cinco os acolhidos pelo Inpa somente neste ano. “Apenas de Parintins já são três animais que foram resgatados. Os lhotes podem ter caído na malhadeira de algum pescador ou também podem ter perdido a mãe para caça ilegal, já que
aquela região é conhecida por consumir a carne de peixe-boi. Mas é difícil ter certeza”, explica. Segundo o analista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Robson Czaban, a scalização da matança de peixes-bois na Amazônia é muito difícil por conta da imensidão geográ ca. “Se a caça ocorre para o comércio nas feiras é mais fácil de scalizar, agora se for a própria comunidade que mata para consumo ca quase impossível saber. O que pode ser feito é uma sensibilização maior nessas áreas para tentar minimizar este ato”, disse. O Projeto 'Mamíferos Aquáticos da Amazônia', executado pela Associação Am i go s d o Pe i xe - b oi (Ampa), preocupado com a quantidade de lhotes presos em malhadeira,
produziu uma cartilha para auxiliar os pescadores e comunitários que avistam lhotes de peixes-bois na beira do rio e aqueles que são pegos em malhadeiras de pesca. A cartilha “Como liberar lhotes de peixe-boi capturados acidentalmente” está disponível na versão on-line na página da Ampa. Segundo o diretorexecutivo da organização, Ricardo Romero, a intenção é que este material chegue ao máximo de comunidades do Amazonas. “O Projeto pretende fazer parcerias com instituições ambientais do município e do Estado para que por meio deles consigamos mai or c ont ato c om as comunidades mais longínquas, principalmente àquelas que possuem grande histórico de caça de peixe-boi”, conta o gestor.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3070-2951 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES CNPJ: 18.129.008/0001-18 Filiado ao Sindijores
"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília
Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores
CULTURA 3
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O que é pareidolia?
Espetáculo narra a trajetória de Paulo Freire A peça vai do dia 28 de março e segue até dia 31 no Palácio da Cultura Sônia Cabral, no Centro de Vitória REPRODUÇÃO/SECULT-ES
FOTO: REPRODUÇÃO
pessoa pode ver um rosto humano ou animal em determinado objeto ou paisagem, outra pessoa pode simplesmente não ver nada, sendo uma interpretação de cada um, de forma individual. Para quem apresenta altos níveis de sociopatia ou distúrbios mentais que acometem as habilidades sociais há dificuldade em identificar pareidolias, sendo assim essas pessoas não conseguem ver formas humanas com facilidade e m m an ch a s , nuve ns , paisagens, etc. O fenômeno da pareidolia se apresenta de duas formas, visualmente, que é o mais identificado, e ainda sonoramente. A pareidolia sonora acontece quando uma sequência de ruídos é interpretada como uma série de palavras ou frases completas, dando significados para quem ouve a pareidolia sonora. E s s e t i p o d e comportamento pode ser f a c i l m e nt e p e r c e b i d o quando se escuta músicas sendo tocadas ao contrário, dando o entendimento de
que são ditas espécies de mensagens ocultas, sendo c o mp r e e n d i d a s c o m o mensagens subliminares, quando na realidade é apenas um acontecimento do fenômeno de pareidolia sonora. A pareidolia tem como possível origem dada pela ciência, de acordo com pesquisadores e estudiosos da mente do homem, a evolução da espécie humana. Com o tempo o ser humano evoluiu e foi te n d o d e s e nvolv i d o a capacidade de identificar rostos humanos e animais em locais, sendo uma medida tanto de defesa, quanto de ataque, uma necessidade para quem queria viver em sociedade e sobreviver na época das cavernas. Com o passar do tempo, a necessidade seria apenas de identificar o rosto de seus pares, para andar em grupo e não perder ninguém, sendo uma característica que temos até hoje, e quando altamente refinada, pode enganar a nossa mente por meio da pareidolia visual.
A obra O andarilho é um sujeito
em movimento. A utopia é um movimento da alma. É um impulso de buscar, sabendo que existe sempre algo a mais a ser descoberto. D e s c o br i r, p ar a Pau l o Freire, é exatamente isso: tirar a coberta, se surpreender com a beleza, a estranheza e o mistério das coisas. "Paulo Freire, o a n d a r i l h o d a Ut o p i a " aparece em nosso espetáculo como um menino, um astronauta, um professor, um brasileiro com sonhos e esperança. É no interior de Pernambuco, à sombra de uma mangueira, que nossa história começa. Um me n i no c om u m graveto na mão inicia o seu processo de leitura do mundo. É submetido à fome, tal qual grande parte da população brasileira. Na infância da juventude, outra fome lhe ocupa o tempo: as palavras. E ele as devora como se fossem pedaços de comida. Foi essa a sua busca
até a eternidade: as palavras. Através delas, e com elas, percorre territórios, tecendo uma pedagogia emancipadora e revoluciona a educação mundial — movido pelo desejo de liberdade de si e dos outros, de consciência política, de justiça e de superação dos obstáculos. Nosso Andarilho, independente da sua vontade, é afastado da Terra, enviado ao espaço e amanhece na lua. Um lugar escondido do mundo e dos outros, onde se pode observar, ver, entender e aprender. Distante do Brasil, reafirma seu amor por sua terra, pela sua gente. Com a toada do verso nordestino e a dialética da cultura popular, convidamos você para viajar e voltar de novo a ser menino. É assim que reinventamos Paulo Freire em todos nós. Uma história que não tem fim, e por que será?
Foto Antiga do ES FOTOS ANTIGAS DO ES
Você com certeza já deve ter tido a impressão que em algum objeto, sombra ou algo qualquer teria um rosto de alguém a lhe observar, esse fenômeno é conhecido como pareidolia e é supernormal, sendo explicado cientificamente. Nas imagens projetadas na mente há a impressão do que a visão consegue tirar dos objetos, mostrando algumas vezes, rostos de pessoas que ali não estão, mas que você nota e pode p e r c e b e r, c o m o u m a espécie de ilusão de ótica. A pareidolia é tão real que muitos artistas apostam nela e criam peças e quadros com o fenômeno, mostrando paisagens ou objetos organizados de forma que rostos possam ser percebidos, embora não tenham sido colocados ali d e f ato. Vam o s a gor a conhecer mais sobre a pareidolia, compreender como ela funciona e sua ligação com o dia a dia. O fenômeno da pareidolia se comporta de forma pessoal, ou seja, varia de um indivíduo para o outro. Enquanto uma
“Paulo Freire, o andarilho d a u t o p i a” é u m a t o “cenopoético” inspirado na trajetória e na obra do patrono da educação Brasileira, indicado ao prêmio Nobel da Paz em 1993. O espetáculo propõe um diálogo com o pensamento de Paulo Freire através de uma dramaturgia inédita. O ator e palhaço Richard Riguetti protagoniza a encenação conduzida por Luiz Antônio Rocha e dramaturgia de Junio Santos. A peça vai do dia 28 de março e segue até dia 31 no Palácio da Cultura Sônia Cabral, no C entro de Vitória. Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Compre on-line no link: https://bit.ly/2Ot436R ou na bilheteria do Palácio da Cultura Sônia Cabral, das 13h às 19h. Telefone: 31328399.
(Site de Curiosidades)
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
AV. CÉSAR HILAL (1971) - PRAIA DO SUÁ - VITÓRIA
4 EDUCAÇÃO
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Quem é o queniano eleito o melhor professor do mundo Peter Tabichi foi premiado como um "professor excepcional" dentro e fora da sala de aula BBC NEWS
Um professor de ciências da zona rural do Quênia, que doa a maior parte de seu salário para apoiar os alunos mais pobres, ganhou um prêmio de US$ 1 milhão (R$ 3,9 milhões) ao ser eleito o melhor professor do mundo. Peter Tabichi, membro da ordem religiosa franciscana, ganhou o Global Teacher Prize de 2019, conferido p ela Fundação Varkey, organização de caridade dedicada à melhoria da educação para crianças carentes. Tabichi foi elogiado por suas realizações em uma escola sem infraestrutura, em meio a classes lotadas e poucos livros didáticos. Ele quer que os alunos vejam que "a ciência é o caminho certo" para ter sucesso no futuro. O prêmio, anunciado em uma cerimônia em Dubai, reconhece o compromisso "excepcional" do professor com os alunos em uma parte remota do Vale do Ri, no
Quênia. Ele doa 80% de seu s a l ár i o p ar a ap oi ar o s estudos dos seus alunos, na Escola Secundária Keriko Mixed Day, no vilarejo de Pwani. Se não fosse a ajuda do professor, as crianças não conseguiriam pagar por seus uniformes ou material escolar. "Nem tudo é sobre dinheiro", diz Tabichi, cujos alunos são quase todos de famílias bem pobres. Muitos são órfãos ou perderam um dos pais. Seu objetivo é que os estudantes tenham grandes ambições, além de promover a ciência, não apenas no Quênia, mas em toda a África, diz. Ele venceu entre outros dez mil indicados de 179 países, entre eles a professora Debora Garofalo, que ensina matérias de tecnologia em uma área carente de São Paulo. Mas Tabichi diz que enfrenta "desa os com as instalações precárias" de sua escola, inclusive com a falta de livros ou professores.
"A escola ca em uma área muito remota. A maioria dos estudantes vem de famílias muito pobres. Até pagar o café da manhã é difícil. Eles não conseguem se concentrar, porque não se alimentaram o su ciente em casa", contou em entrevista publicada no site do prêmio. As classes deveriam ter entre 35 e 40 alunos, mas ele acaba ensinando a grupos de 70 ou 80 estudantes, o que, segundo o professor, deixa as salas superlotadas. A falta de uma boa conexão
de internet faz com que ele vá até um café para baixar os materiais necessários para suas aulas de ciências. E muitos dos seus alunos andam mais de 6 km em estradas ruins para chegar à escola. No entanto, Tabichi diz que está determinado a dar aos alunos uma chance de aprenderem sobre ciência e ampliarem seus horizontes. Seus estudantes foram bemsucedidos em competições c i e nt í c a s n a c i on ai s e internacionais, incluindo
um prêmio da Sociedade Real de Química do Reino Unido. Tabichi diz que parte do desa o tem sido persuadir a comunidade local a re c on he c e r o v a l or d a educação, o que leva a visitar famílias cujos lhos correm o risco de abandonar a escola. Ele tenta mudar a mentalidade de pais que esperam que suas lhas se casem cedo – encorajandoos a deixar as meninas continuarem seus estudos. O professor também ensina
técnicas de cultivo mais resistentes aos moradores dos arredores, já que a fome é uma realidade frequente na região. "Insegurança alimentar é um grande problema, então, ensinar novos jeitos de plantar é uma questão de vida ou morte", disse em entrevista à Fundação Varkey. Além do contato com as f am í l i as , a atu a ç ã o d e Tabichi se estende aos "clubes da paz" que ele organiza na escola, para representar e unir as sete trib os presentes ali. A violência tribal explodiu no Vale do Ri depois da eleição presidencial de 2007 e houve muitas mortes em Nakuru. " Par a s e r u m g r an d e professor você tem que ser criativo e abraçar a tecnologia. Você realmente te m qu e abr a ç ar e ss a s formas modernas de ensino. Você tem que fazer mais e falar menos", ele disse à fundação. (BBC NEWS)
Em colação de grau, índios substituem o Hino Nacional pelo ritual da Tucandeira DIVULGAÇÃO/UFAM
Com trajes típicos e pintura corporal, as turmas Sateré-Mawé receberam outorga de grau com costumes tradicionais, no Amazonas
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) concedeu o grau de licenciados a mais de 30
estudantes indígenas que concluíram o curso de Licenciatura Indígena em Políticas Educacionais e
Desenvolvimento Sustentável. A solenidade foi inédita no Brasil por u n i r c on h e c i m e nto s e s ab e re s t r a d i c i onais e indígenas, ser em Terra Indígena e na língua materna dos formandos. Os formandos indígenas entoaram o canto do ritual da Tucandeira, na língua Sateré-Mawé, no lugar do Hino Nacional. Na o r n a m e n t a ç ã o, f o r a m aplicados paneiros, tramas d e p a l h a e c o l are s d e miç anga, ent re out ros adereços. A cerimônia foi realizada
no dia 15 de março, na Terra Indígena Andirá-Marau, comunidade Simão, rio A n d i r á , mu n i c ípi o d e Barreirinha. Os formandos vestiram seus trajes típicos, usaram cocar e pintura corporal. O juramento cou a cargo da formanda Cris de Souza, que o fez tanto em língua materna do povo SateréMawé quanto na língua portuguesa. O orador da turma foi o já licenciado Bernardo Alves, Tu"Isa da comunidade Terra Nova, localizada no rio Marau, que felicitou os novos
pro ssionais e destacou a valorização da cultura indígena ao longo do evento também na língua materna. A solenidade de outorga de grau foi conduzida pelo representante do reitor e diretor do Instituto de Filoso a, Ciências Humanas e S ociais (IFCHS), professor Raimundo Nonato Pereira da Silva e pelo patrono da Turma Tu'isa Donato Lopes da Paz, o qual outorgou grau com a espada do poder, símbolo do saber do Paini. A mesa de honra também foi composta por
lideranças indígenas tradicionais e representantes de organizações indígenas Sateré-Mawé; pela coordenadora da turma Wa r a d o c u r s o d a Licenciatura, professora Ivani Ferreira de Faria e pelo diretor do Campus Un ive r s it ár i o “D or v a l Varela Moura”, Unidade Acadêmica da Ufam no Baixo Amazonas, em Parintins, professor José Luiz Pereira.
POLÍTICA 5
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Jorge Pacheco
Analista Político
Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
"Já dizia Platão em A República: "A política é uma atividade nobre. É preciso revalorizá-la, exercendo-a com vocação e uma dedicação que exige testemunho, martírio. Ou seja, morrer pelo bem comum". ///"Somos todos animais políticos no sentido amplo da palavra política. A pregação dos valores humanos, religiosos, tem uma conotação política. Gostemos ou não, tem!”.
"O desprestígio do trabalho político precisa ser revertido, porque a política é uma forma mais elevada de caridade social. O amor social se expressa no trabalho político para o bem comum", FOTO: DIVULGAÇÃO
Jorge Mario Bergoglio – Papa Francisco Maia pede fim da 'brincadeira' e cobra Bolsonaro: 'São 12 milhões de brasileiros desempregados’ Após ser alvo de ataques, presidente da Câmara dispara contra presidente e cobra seriedade com situação do País Alvo de ataques nos últimos dias do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-
parlamentares da bancada ruralista e vem no rastro da aprovação relâmpago, na noite de terça-feira, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que amarra ainda mais a gestão do Orçamento. Maia, no entanto, diz que espera o 'sinal verde' da equipe econômica para pautar o projeto. Então vamos aguardar que, realmente, “eles” comecem a trabalhar pelo Brasil. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro minimizou, na quinta-feira (28) o embate com o presidente da Câmara dos Deputados. Jair Bolsonaro todo feliz aos jornalistas: “Página virada, um abraço para o Rodrigo Maia, vamos em frente, acontece, é uma chuv a d e ve r ã o. O ut ro s probl e m a s acontecerão, com certeza, mas na minha cabeça e na dele: Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, disse o presidente.
Bolsonaro à TV Bandeirantes, na qual o presidente disse que o deputado está “abalado” por motivos pessoais. Entenda o imbróglio, como registrado acima, na abertura da sessão plenária da Câmara, Maia disse que Bolsonaro está “brincando de presidir o Brasil, não dá mais para gente perder tempo com coisas secundárias, com coisas que não vão resolver a fome dos brasileiros", a rmou. Para Maia, é necessário focar no que é considerado
Guedes foi interrompido ao falar sobre a aposentadoria que os congressistas recebem.
senador ou senadora aqui não. O senhor adiou três vezes sua vinda aqui. Entre nós a gente pode ter divergência política. Os senadores são os verdadeiros representantes da população brasileira. Mal ou bem, o governo atacando a velha política, nós somos representantes”. Os dois, entretanto, caíram na real e, de acordo com aquele velho ditado, baixaram a guarda, deram um passo atrás, e o Maia nesta quinta-feira (28), preparou um almoço com Guedes. Logo após o encontro, ambos adotaram um discurso paci cador e a favor da reforma da Previdência. “Vamos colocar esse trem nos trilhos para que a gente possa caminhar com velocidade. Em uma velocidade que os 12 milhões de desempregados esperam”, disse Maia. “O convidei para retomarmos o diálogo sobre reforma”, continuou o
“Por favor, eu posso falar? A senhora terá o seu horário”, gritou o ministro. “O senhor não é o mandante da comissão”, rebateu a senadora. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Omar Aziz, entrou na discussão a favor de Kátia Abreu. “O senhor é convidado aqui, vamos lhe tratar com respeito. Mas o senhor não vai desrespeitar
presidente da Câmara ao m do encontro. “Vamos focar no que pode melhorar o País”, a rmou. Tudo certo! Eles adotaram tom conciliador e rea rmaram con ança na reforma da Previdência. Mas, sinceramente, me vem à mente aquela canção do pescador: “Será verdade? É sim senhor, quem me contou foi um pescador”!
Paulo Guedes e Kátia Abreu batem boca em baixaria no Senado
RJ), pediu o m da "brincadeira" e que o País passe a ser levado a sério. Bolsonaro concedeu uma entrevista à TV Band, divulgada na quarta-feira (27), na qual a rma que Maia está "abalado" por questões pessoais. Maia, na segunda e na terça (25 e 26) estava “possesso”, cuspindo fogo para todos os lados: "Abalado estão os brasileiros que esperam desde janeiro que o Brasil comece a funcionar, ele está brincando de presidir o Brasil", disse ao ser questionado sobre as declarações do presidente. E continuou: "São 12 milhões de desempregados, capacidade de investimento diminuindo, está na hora de pararmos com esse tipo de brincadeira. Está na hora dele (Bolsonaro) sentar na cadeira e, em conjunto, resolvermos os problemas do Brasil", declarou. O clima, que estava fervendo, piorou porque Bolsonaro logo, logo, na quarta (27), deu o troco: “Não é palavra de uma pessoa que conduz uma casa. Brincar?”. “Se alguém quiser que eu faça o que os presidentes anteriores zeram eu não vou fazer. Já dei o recado aqui. A nossa forma de governar é respeitando todo mundo”, disse o presidente a jornalistas na saída de evento na União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes), em São Paulo, onde esteve com o governador do Estado, João Doria (PSDB). A a rmação de Maia veio após ser questionado sobre uma entrevista de
fundamental para o País. Ele voltou a ressaltar, como tem feito nos últimos dias, que defende como prioridade a reforma da Previdência para a recuperação da economia brasileira. “Vamos parar de brincadeira e vamos tratar de forma séria, o Brasil precisa de um presidente funcionando. Precisamos que o governo do Bolsonaro dê certo, gere empregos", disse. Questionado pelos jornalistas se irá colocar no plenário algumas das chamadas p a u t a s - b o m b a , m e i o m e l a n c ó l i c o, respondeu. "Não tem a menor possibilidade de votar qualquer pauta-bomba e nenhum projeto que gere aumento de despesas sem um diálogo com a equipe econômica". O clima no Congresso Nacional está mesmo em alta temperatura. Há uma pressão de parlamentares para que seja pautado projeto que obriga o governo federal a repassar R$ 39 bilhões aos Estados como compensação da Lei Kandir, que desonerou o ICMS das exportações. A articulação parte, principalmente, de
FOTOS: REPRODUÇÃO INTERNET
'Posso falar?', ironizou o ministro, gritando, e Kátia, também aos gritos: você não é 'mandante', então não pode!
Jorge Pacheco
6 TECNOLOGIA
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Curitiba vai testar Primeiras TVs com frota de ônibus resolução 8K vêm movido a aí biometano Televisores foram apresentados na CES em janeiro e agora chegarão ao Brasil
Combustível é derivado da decomposição de resíduos orgânicos DIVULGAÇÃO
A cidade de Curitiba realizará testes de ônibus movidos a gás veicular natural e biometano, que é um combustível d e r i v a d o d a decomposição de resíduos orgânicos. Os modelos de ônibus são da indústria Scania, que, inclusive, vai instalar na capital paranaense uma fábrica de ecomotores. Para Sílvio Munhoz, um dos diretores da c omp an h i a , a mai or
vantagem do uso do gás n at u r a l n a f r o t a d o transporte coletivo é contribuir para a redução da poluição. “Esse tipo de combustível emite entre 70% e 85% menos material particulado no ar se comparado ao diesel comum”, disse. Apesar de não muito ut i lizado, o us o de biometano no transporte público não é novo. Ainda em 2016, Entre Rios do Oeste, outra
cidade no Paraná, já falava em aproveitar os resíduos da produção de porcos e aves para gerar energia limpa. Já uma cidade britânica produz gás com as fezes dos moradores. Fortaleza, em 2018, inaugurou a maior usina de produção de biogás com lixo de aterro. Casos como estes mostram que a iniciativa no sul do País tem grandes chances de dar certo.
As primeiras Smart TVs com resolução 8K chegarão ao Brasil na semana que vem. Com evento marcado para 2 de abril, a Samsung trará seus produtos com telas grandes para o m e rc a d o n a c i on a l . O s aparelhos serão os mais novos integrantes da principal linha da marca, chamada QLED TV. Suas telas contarão com iluminação de um painel LED traseiro e uma película de pontos quânticos que regulam a cor e melhoram br i l ho e cont raste d as imagens exibidas, em relação a uma TV LED comum. O ganho em número de
pixels é de quatro vezes em relação a uma TV 4K. No total, um painel 8K tem 33 milhões de pixels. Com isso, o número de pixels por polegada, medida importante para a de nição de imagem ponto a ponto, melhora especialmente em TVs com telas grandes, com 65 polegadas ou mais. “Como líder global do mercado de TVs por 13 anos consecutivos, a Samsung é a pioneira na introdução da nova era de resolução de imagem. A chegada da QLED 8K mudará totalmente a maneira de assistirmos todos os detalhes em uma imagem, trazendo tamb ém uma
sensação de profundidade e total imersão nunca vistas antes”, a rma, em nota à Exame, Érico Traldi, diretor de produto de TV e áudio e vídeo da Samsung Brasil. De acordo com previsão da consultoria Mordor Intelligence, as vendas de TVs 8K devem saltar de dois milhões de unidades em 2017 para 18 milhões em 2023. A próxima Olimpíada, no Japão, já contará com transmissão de conteúdos em 8k no País. A consultoria prevê ainda que, no mesmo período, o valor de mercado de 8K passará de 146,5 milhões de dólares para 2,11 bilhões de dólares, um crescimento de 33,5%.
Robôs terão papel fundamental na organização dos Jogos Curativo biodegradável é feito Olímpicos de Tóquio com bambu e aloe vera
EFE/NORA OLIVÉ
Transportar a bagagem dos atletas, guiar espectadores com d e c i ê n c i a ou atu ar como intérprete para
turistas serão algumas das tarefas de robôs durante os Jogos Olímpicos que acontecerão em Tóquio,
no Japão, no ano que vem. O e v e n t o poliesportivo será o primeiro em que os robôs terão um papel central na oferta de serviços para atletas e turistas estrangeiros, o que permitirá mostrar ao mundo o lado futurista do país, mas, também, cobrir a escassez de mão de obra local ou a pouca uência dos nativos em idiomas estrangeiros.
Ele é feito com fibra de bambu orgânico e tem versões em carvão ativado, aloe vera e óleo de coco São tantos os materiais produzidos com plásticos que usamos no dia a dia que às vezes nem nos damos conta. Você já pensou, por exemplo, que quando se machuca usa um curativo plástico para estancar e ajudar na cicatrização, mas que no m é descartado em, no máximo, um dia? Pois a empresa australiana Patch sim, tanto que criou um curativo adesivo totalmente bio degradável. Ele tem versões em bra de bambu
orgânico, carvão ativado, aloe vera e óleo de coco. Orgulhosa de ter criado um produto livre de plástico e que se degrada facilmente na natureza, a marca a rma que o produto pode ser usado em todos os tipos de pele – até as mais sensíveis. Não à toa, venceu em 2018 o prêmio de produtos de consumo mais inovadores da Austrália. A ideia do produto, criado por James Dutton, veio após ele perceber que, ao tentar
proteger as feridas de seu lho, sua pele reagia mal e até piorava. Foi aí que ele buscou entender as razões para as reações e se deparou com uma série de substâncias químicas presentes nos curativos comuns. O negócio, entretanto, só se concretizou após ele pesquisar e descobrir que um número impressionante da população mundial sofria do mesmo mal e precisava de um produto que não causasse reações alérgicas.
CIÊNCIA 7
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Superjacarés habitaram pântano gigante da Amazônia há milhões de anos, diz estudo Análise química inédita de minerais da região tornou possível descobrir idade precisa da fauna fossilizada Uma nova p es quis a do Departamento de Biologia da Faculdade de Filoso a, Ciências e Letras de Ribeirão Pre to d a U SP re a l i z ou datações de rochas da região amazônica, indicando precisamente sua idade geológica. Essas análises dão maior entendimento sobre a formação da região e sua fauna. O trabalho é de autoria de Marcos César Biss aro Júnior, que foi orientado pela professora Annie Schmaltz Hsiou. É a primeira vez que se realiza a datação absoluta nessas camadas sedimentares, o que possibilitou descobrir a época exata em que animais fossilizados na região viveram. A análise dessas rochas, dos campos de Talismã e Niterói, na região entre o Acre e o Amazonas, revelou os fenômenos que permitiram a uma superfauna habitar a região milhões de anos atrás. Esses animais gigantes populavam a região pantanosa que se chama hoje de sistema Pebas, e podiam medir mais de dez metros de comprimento, variando de
répteis até roedores gigantes. “Vimos que o boom da diversidade aconteceu no Neógeno, período onde se encontra o Mioceno”, diz Marcos. Segundo Annie, a datação pode ajudar a entender a origem da biodiversidade da Amazôni a, imp ac to do surgimento da Cordilheira dos Andes, que causaria a inversão do curso do Rio Amazonas, há cerca de 23 milhões de anos. Esse fato causou um acúmulo de água na região estudada, formando um megapântano, propício para a proliferação de uma fauna rica e de imenso tamanho. “Todos os braços de água que sofreram essa mudança desaguavam no sistema Pebas, criando esse grande lago. Essa é a história que os sedimentos dessa região contam.” Esse grande lago abrigou, mais notavelmente, o maior crocodiliano do período cenozoico na América do Sul, o Purussaurus brasiliensis, ou Purussauro, que media cerca de 12 metros. Outro animal foi a Neopliblema, que seria uma espécie de capivara gigante.
Essas espécies, junto a outras como serpentes, tartarugas e preguiças, indicam, segundo Annie, um ambiente extremamente rico em água. Os sedimentos analisados datam do período do Mioceno, cerca de 8 a 10 milhões de anos atrás. As datações foram feitas usando análise radiotópica, que mede a presença de urânio e chu mb o nas ro chas . O urânio, que sofre decaimento químico, se transforma em chumbo com o tempo. Medindo a quantidade desses elementos nos minerais, pode-se constatar a idade das rochas. Até o estudo, o que se usava para datar os fósseis era uma e st i m at iv a b a s e a d a e m descobertas vindas de outros locais da América do Sul. De acordo com a datação que se realizava nestes outros fósseis, era atribuída à mesma datação estimada aos descobertos na Amazônia. “Uma determinada espécie vivia na Amazônia, mas também era vista no Mioceno da Argentina, então se supunha que elas viveram na mesma época”, explica Annie. “Agora, tendo
a datação absoluta, podemos ver quando se formou não só
esse bioma amazônico, mas t amb ém os fóss eis dos
animais que viveram nele”.
Supermercado na Tailândia troca plástico por folha de bananeira FACEBOOK PERFECT HOMES CHIANGMAI
Um s u p e r m e r c a d o e m Chiangmai, na Tailândia, está testando uma alternativa para evitar o uso excessivo de plásticos que embalam frutas e legumes. A solução encontrada pela Rimping Supermarket foi utilizar um material resistente, que existe em abundância, totalmente orgânico e ainda muito bonito: a folha de bananeira. Embrulhar com folhas de bananeira não é exatamente uma novidade para a cultura culinária de países tropicais, como na Ásia. A Índia usa
folhas de bananeira para pratos de arroz durante séculos, enquanto as vizinhas China, Tailândia, Vietnã e Malásia utilizaram o engenhoso truque para embrulhar alimentos durante o mesmo tempo. No Brasil, também foi muito
utilizado pela cultura indí gena e caiçara. O Rimping Supermarket f o i i ntel i ge nte e m s u a es col ha de usar especi camente as folhas de bananeira. As folhas são grossas, largas e exíveis. Elas podem ser enroladas e dobradas facilmente, sem quebrar, e suportam também variações de temperatura, ideal para o
corredor de produtos refrigerados. As folhas totalmente orgânicas são bastante fortes e embalam perfeitamente os produtos, que ainda levam um laço de bra natural para fechar a embalagem. São inúmeros os benefícios em substituir as embalagens plásticas por folhas de bananeira. Por um lado, a folha é matéria orgânica e se decompõe naturalmente, ao contrário do plástico, que le va centenas de anos para se quebrar completamente,
durante o processo polui ecossistemas e mata milhares de animais a s x i a d o s ou p e l a s u a ingestão. Outro benefício é que a compostagem da folha d e b an an e i r a a d i c i on a nutrientes ao solo, deixando-o mais rico. As folhas de bananeira ostent am até mesmo a qualidade de serem à prova d'água. Isso porque a superfície de sua folha não absor ve água quando exposta a condições úmidas. A solução simples e e caz, que era apenas um projeto-
piloto, acabou chamando a atenção mundial e a resposta do público foi incrível, que adorou não s ó p or s er sustentável, mas também por adicionar um toque especial à experiência de compra no supermercado. As novas emb a lagens ecológicas do supermercado podem ajudar o setor de hortifrúti a adotar uma alternativa ao plástico que seja viável economicamente, e que ainda possa ser reproduzida em larga escala, principalmente em terras tropicais.
8 SAÚDE
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Vacina da febre amarela pode proteger contra zika, indica estudo brasileiro Pesquisa concluiu que a vacina protegeu camundongos da infecção do vírus em laboratório Enquanto cientistas do mundo correm em busca de uma vacina contra o vírus Zika, pesquisadores no Rio de Janeiro constataram que a resposta pode estar em uma vacina amplamente disponível, testada e adotada mundialmente: a da febre amarela. "Talvez a solução estivesse na nossa frente o tempo todo", diz o médico Jerson Lima Silva, professor do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos coordenadores do estudo divulgado na segunda-feira (25). Conduzida por dezesseis pesquisadores da UFRJ e da Fundação Oswaldo Cruz, a pesquisa concluiu que a
vacina da febre amarela protegeu camundongos da infecção do vírus em laboratório, reduzindo a carga do vírus no cérebro e prevenindo de ciências neurológicas. "Apareceu como um ovo de Colombo", diz Silva, referindo-se à expressão que descreve uma solução complexa que, depois de demonstrada, parece óbvia. "Nossa pesquisa mostra que uma vacina e ciente e certi cada, disponível para uso há diversas décadas, efetivamente protege camundongos contra infecção do vírus zika", diz o estudo, publicado on-line, que ainda precisa passar pelo processo de revisão por pares exigido por periódicos cientí cos, que têm um
GETTY IMAGES
trâmite demorado. Esse sistema de publicação é a d o t a d o p a r a disponibilizar rapidamente resultados iniciais de pesquisas à comunidade cientí ca internacional. A corrida por uma vacina contra a zika começou em 2016, quando se comprovou a suspeita de que a doença recém-chegada ao Brasil, até então considerada inofensiva, era a causa do
surto de bebês que nasciam com microcefalia e malformações neurológicas – conjunto de sintomas hoje designado como síndrome da zika congênita. O surto levou o governo brasileiro e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretarem situações de emergência, posteriormente suspensas. Além dos graves defeitos que pode causar nos bebês durante a gestação, a
zika é associada ao surgimento da síndrome de Guillain-Barré em adultos. A pesquisa foi conduzida ao longo de dois anos. O grupo trabalha agora para entender os mecanismos de proteção contra o vírus desenvolvidos a partir da vacina da febre amarela. O médico diz que o próximo passo é realizar testes em primatas. "Os resultados foram muito evidentes. A gente acredita que há uma grande chance de (a vacina da febre amarela) proteger humanos (contra a zika), já que os testes com animais demonstraram uma proteção tão forte", considera Silva. Ele espera que os próximos passos para determinar se a vacina pode
ser recomendada à sociedade como uma proteção e ciente contra a z i k a n ã o t a r d e m . Po r enquanto, entretanto, é preciso cautela. "Como todo e s t u d o c i e nt í c o, e s t e precisa ser reproduzido e con rmado", diz. Se o efeito for comprovado para humanos, ressalta o p e s q u i s a d o r d a U F R J, haveria uma grande vantagem em poder contar com uma vacina licenciada, usada há décadas e disponível no mercado – e que poderia ser distribuída e aplicada prontamente no caso de um novo surto de infecções. Desenvolver uma nova vacina envolve passar por muitos testes, acertos e erros e etapas de segurança.
Preço dos medicamentos deve subir mais de 4% a partir de abril Saiba como o cálculo é feito, a partir de quando os novos valores estão valendo e o impacto real no bolso do consumidor Os remédios podem car até 4,33% mais caros a partir do dia 1º de abril. O reajuste d o pre ç o m á x i m o d o s fármacos, previsto em lei, é fe it o anu a l m e nt e p e l a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Anvisa. Para fazer a conta, o C M E D l e v a e m c ons i d e r a ç ã o o Índ i c e Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e outros fatores, como produtividade da indústria, in ação, alterações no
câmbio e gastos com energia elétrica. A metodologia do órgão federal garante que o preço máximo não seja superior ao menor valor encontrado em alguns países, como Estados Unidos, Austrália e Canadá. O aumento também não deve tornar o tratamento mais caro em relação às alternativas existentes p ara aquel a determinada doença, exceto se houver superioridade comprovada em sua ação. A s u b i d a n ã o necessariamente será sentida de imediato pela
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população. É que, como dissemos, os valores se referem ao preço máximo das drogas. Como se trata de um setor concorrido, a indústria pode não repassar os ajustes ao consumidor. Mas nem todo mundo está otimista. “Infelizmente, isso vai agravar ainda mais a di culdade de quem não consegue seguir o tratamento prescrito por um especialista por falta de condições em custeá-lo, ou que já o faz com algum s a c r i f í c i o”, d e c l arou à imprensa Luiz Monteiro, presidente da Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Programas de Benefício em Medicamentos (PBM).
DERCÍLIO/SAÚDE É VITAL
Para economizar, você pode pesquisar o remédio em divers as far máci as con áveis e procurar versões feitas por fabr ic antes diferentes. Como o CMED só
e s t a b e l e c e u m t e t o, é possível obter descontos. Fora que as farmácias possuem estoque anterior ao reajuste, então ainda será p o ss ível nas próx i mas semanas encontrar
fármacos com os valores anteriores ao reajuste. A lista atualizada de preços máximos estará disponível no site do CMED a partir de 1º de abril.
BEM-ESTAR 9
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Novo tratamento para câncer de próstata não prejudica tecidos saudáveis Os oncologistas enfrentam um dilema ao diagnosticar um paciente com câncer de próstata em estágio inicial. As duas opções terapêuticas para esses casos – a cirurgia de remoção do tumor e a radioterapia – atingem toda a próstata e podem causar sérios efeitos colaterais, como disfunção erétil e incontinência urinária. Um novo método para o tratamento de tumores de próstata em estágio inicial, desenvolvido no Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, poderá oferecer aos médicos uma alternativa às terapias convencionais, reduzindo o risco de danos desnecessários aos pacientes. A nova técnica, não invasiva, usa uma droga fotossensibilizante e uma fonte de luz para atacar especi camente os tumores prostáticos, sem dani car tecidos saudáveis e o trato urinário. Um dos criadores do novo tratamento, Avigdor Scherz, profe s s or d o Ins t itut o
INSTITUTO WEIZMANN DE CIÊNCIAS/DIVULGAÇÃO
Terapia criada em Israel usa droga fotossensibilizante e pigmento produzido por bactérias aquáticas para atacar especificamente os tumores prostáticos
Weizmann de Ciências, veio ao Brasil para participar como palestrante da São Paulo School of Advanced Science on Modern Topics in Biophotonics. Apoiado pela Fapesp, na modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), o evento é realizado até esta sexta-feira (29) no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP). O encontro reúne estudantes de pós-graduação e jovens pesquisadores do Brasil e do exterior com o objetivo de discutir tópicos avançados na área de biofotônica, que usa tecnologias baseadas na
manipulação de fótons, ou seja, a luz, para aplicações biológicas. “Combinamos princípios e ideias da natureza com a fotônica para desenvolver um novo tratamento contra o câncer de próstata, que destrói de forma restrita o tecido cancerígeno sem prejudicar o saudável”, disse Scherz durante sua palestra. O novo método, chamado terapia fotodinâmica vascular dirigida (VTP, na sigla em inglês), consiste na infusão intravenosa por 10 minutos de uma droga à base de um pigmento sensível à luz obtido da cloro la produzida por
bactérias aquáticas fotossintetizantes – que captam energia da luz solar. D e n o m i n a d a bacteriocloro la, a droga sintetizada a partir dessa substância é ativada pela exposição ao laser infravermelho durante 22 minutos, por meio de bras ópticas nas inseridas no local do tumor com a ajuda de ultrassonogra a. A ativação da droga no tecido doente por meio do laser provoca uma reação em cadeia e gera moléculas altamente reativas, que fecham os vasos sanguíneos responsáveis por alimentar os tumores, impedindo que recebam oxigênio. Dessa forma, os tumores são destruídos entre 16 e 24 horas após o procedimento, enquanto as estruturas e as funções de tecidos sadios permanecem intactas. “A combinação da droga fotossensibilizante com a exposição ao laser no interior dos vasos sanguíneos provoca a
geraç ão simu lt âne a de radicais de óxido nítrico e de oxigênio. Isso leva a um rápido colapso da vascularização do tecido tumoral”, explicou Scherz. Os pacientes submetidos ao tratamento são liberados poucas horas após o procedimento, que tem duração aproximada de 90 minutos e é feito em apenas uma sessão. O fármaco permanece na circulação sanguínea por um período de três a quatro horas. A m de avaliar a e cácia e a segurança do novo método foram feitos testes clínicos com 413 pacientes, em 47 ho spit ai s d e 1 0 p aí s e s europeus e em centros médicos no Canadá, México e em Israel. Os resultados dos ensaios clínicos feitos na Europa, publicados em 2016 em e L a n c e t O n c o l o g y, mostraram que 49% dos pacientes entraram em remissão completa. Apenas 6% tiveram de retirar a próstata, em comparação
com 30% entre os que não foram submetidos ao t rat amento. Os efeitos secundários foram semelhantes aos de uma biópsia convencional. A terapia já foi aprovada em Israel e no México e está sob avaliação da agência europeia de medicamentos (EMA) e da agência regulatória de fármacos dos Estados Unidos – a Food and Drugs Administration (FDA) –, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. O desenvolvimento do novo tratamento resultou em 15 patentes, que deram suporte para a transferência de tecnologia e o estabelecimento de diversas pequenas empresas de base tecnológica (startups) em Israel. Uma delas é a Steba Biotech, que desenvolveu o soware, o equipamento de laser e as bras ópticas. “O processo de avaliação desse novo tratamento no FDA está em estágio avançado”, disse Scherz.
Praticar exercício deixa a dieta mais saudável Começar a fazer atividade física regularmente influenciaria, de forma involuntária, os hábitos alimentares, aponta estudo Quer melhorar sua alimentação? Então comece a se exercitar! É isso o que mostra um recente estudo da Universidade do Texas, n o s E s t a d o s Un i d o s . Segundo os pesquisadores, quem inicia uma rotina de atividades físicas tende a comer de forma saudável involuntariamente. Os cientistas recrutaram 2.680 universitários de 18 a 35 anos. Nenhum deles tinha uma rotina regular de malhação nem adotava uma
dieta especí ca. Por 15 semanas, os voluntários passaram a realizar meia hora de exercício aeróbico, três vezes por semana – sempre com sessões de aquecimento e descanso nal. Eles podiam escolher entre diversas modalidades, como bicicleta ergométrica, esteira ou aparelhos elípticos. Além de monitorar os batimentos cardíacos, os cientistas coletaram informações sobre a
alimentação dos participantes por meio de questionários, preenchidos antes e depois dos treinos. A p e s a r d e o s universitários não terem sido instruídos a alterar seu cardápio, constatou-se que isso aconteceu naturalmente durante o experimento. A atividade física foi associada a uma queda na preferência por petiscos, itens ricos em gorduras, açúcar e produtos re nados ou processados. Além disso, esforços físicos
intensos promoveram um consumo extra de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais e carnes magras. “Uma das razões pelas quais devemos promover o exercício é que ele pode criar hábitos saudáveis em outras á r e a s ”, a p o n t a , e m comunicado à imprensa, a geneticista Molly Bray, do departamento de Ciências d a Nu t r i ç ã o d a Universidade do Texas, que participou da pesquisa. Molly acredita que as
mudanças nas preferências também têm a ver com a idade dos participantes. O nal da adolescência e o começo da vida adulta são m o m e nt o s c r í t i c o s n a consolidação de uma rotina equilibrada. “Várias pessoas no estudo
não sabiam que tinham esse ser ativo e saudável dentro de si. Muitos estão escolhendo pela primeira vez o que comer e quando se e x e r c i t a r ”, c o n c l u i a especialista.
10 COMPORTAMENTO
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Quem é o seu herói? THINKSTOCK
Olá pessoal,
H
oje vamos falar sobre heróis. C on he cemos vários, na TV, no cinema, nos gibis... Da minha infância, lembro-me bem de Nacional Kid, Sup erHomem, Homem-Aranha e tantos outros personagens que nos faziam embarcar nas mais variadas aventuras. Mas, o que é ser um herói? Hoje, reconheço meus heróis do passado, verdadeiros, concretos como meus pais Haroldo e Nailda; minha avó Dijanira, esses eram os meus verdadeiros heróis. Heróis que trabalhavam o dia todo para colocar o sustento e as contas em dia.
Éramos (e continuamos sendo) sete lhos. Imagina a loucura que era ver, de 1957 em diante, nascer um lho a cada dois anos? Isso realmente é coisa de herói da resistência. Lidar com gripe, dor de cabeça, cólicas,
cansaço... Vixe, cansei! Lembro-me de nossos brinquedos e brincadeiras. Fazíamos carrinhos com latas de óleo e barbante, bonecas de sabugo de milho, carrinho de rolimã. Que coisa boa!
E nossos heróis nos ensinavam a tabuada, a cozinhar, a passar, lavar e a respeitar os mais velhos. Quando nos machucávamos, íamos para a Santa Casa de Misericórdia. Éramos atendidos por irmãs de caridade. E nossos heróis, c a n s a d o s , e x au s t o s , est avam s empre a li, presentes, quase onipresentes. Acordavam várias vezes à noite quando adoecíamos e, ainda assim, levantavam e iam trabalhar na manhã seguinte. Hoje, me surpreendo com pessoas roubando, matando, cometendo as mais variadas barbáries,
colocando a culpa na sociedade. Claro que ela tem a sua parcela de culpa, mas não seríamos nós os maiores culpados? Deixamos de ser heróis, fomos substituídos por celulares, tablets, redes sociais, jogos eletrônicos, delegamos a educação dos nossos lhos à escola, a babás. Triste realidade!
Antes sentávamos com nossos heróis à mesa para as refeições, conversávamos, ríamos. Hoje, os heróis não notam mais a nossa presença. Gostaria de ser uma heroína como foram os meus pais. Mas tenho que me contentar em apenas olhá-los e entregá-los nas mãos do único que nunca nos desamparará: Deus.
A origem das borboletas Baseados na análise de genes e fósseis, estudos estimam que esses insetos surgiram entre 120 e 100 milhões de anos atrás os especialistas no assunto, do Brasil e do exterior, começaram a se aproximar de uma idade mais precisa. As primeiras borboletas, possivelmente mais parecidas com mariposas, teriam surgido entre 120 milhões e 100 milhões de anos atrás. O trabalho mais recente a estabelecer uma cronologia robusta para essa origem foi publicado em janeiro deste ano na Systematic Biology por um grupo do qual participou o entomologista André Lucci Freitas, da Universidade E s t a d u a l d e C a mp i n a s (Unicamp). N o e s t u d o , o s pesquisadores chegaram a uma data intermediária: 107,6 milhões de anos – mesmo assim, com uma margem de erro grande (de 130 milhões a 90 milhões de anos), comum nos estudos de logenia desse grupo de insetos. “Uma di culdade é que quase não existem fósseis de
borboletas em bom estado e com idade bem de nida para indicar a data mínima de
complexa rumo ao passado. Parte-se das espécies atuais, que são sucessivamente
origem de diferentes grupos e servir como ponto de referência na genealogia”, explica Freitas. A razão para a escassez de fósseis é que eles só se formam em condições especiais: a borboleta tem de ser aprisionada na resina de uma árvore ou morrer em terreno lamacento e ser logo recoberta por sedimentos, que, solidi cados, preservam seu corpo ou a impressão dele. Construir uma ár vore evolutiva até os fundadores de um grupo de plantas ou an i m ai s é u m a v i a ge m
agrupadas de acordo com o grau de semelhança genética e de formas externas e estruturas. A abordagem segue o raciocínio de que, quanto mais semelhantes, mais próximas as espécies. Segundo Freitas, foram 15 anos de trabalho para reunir os dados apresentados no artigo da Systematic Biology. Os pesquisadores e x a m i n a r a m a s características anatômicas de 994 espécies de borboletas existentes hoje (quase 5% do total) e usaram a taxa de alterações (mutações) acumuladas em 10 genes
MARK PIAZZI
Com voo leve, formas variadas e cores, em geral, vistosas, as borboletas talvez estejam entre os raros insetos que, em vez de repulsa, despertam deslumbramento nas pessoas – exceto, claro, nas que sofrem de motefobia. Os biólogos as adoram por uma série de razões. As borboletas se destacam na paisagem, são fáceis de capturar e funcionam como indicadores da saúde de um a m b i e n t e . Ta m b é m permitem realizar estudos e v o l u t i v o s q u e t e nt a m desvendar como elas se diversi caram tanto – há quase 19 mil espécies atuais – e quais fatores ambientais podem ter in uenciado o surgimento de novas espécies desses insetos e de plantas e animais com os quais interagem. Para lidar com as duas últimas questões, há quase um século tenta-se desvendar quando surgiram as borboletas. Apenas nos últimos anos,
p ar a ag r up á - l as e m 3 9 subfamílias e, depois, em 7 famílias. Conhecida como relógio molecular, a técnica que avalia o parentesco entre espécies a partir do ritmo de acúmulo das mutações não é exat a. C omo a t axa de mutações pode variar muito à medida que diminui a proximidade entre as espécies, os pesquisadores usaram, sempre que possível, a idade dos fósseis para calibrar o relógio molecular. Com essa referência externa, eles tentavam assegurar que as informações fornecidas pelos genes tinham algum fundamento na realidade. O entomólogo Rienk de Jong, do Centro Naturalis de Biodiversidade, em Leiden, Holanda, analisou os 49 fósseis conhecidos de borboleta e selecionou os 12 mais bem conservados, que permitiam identi car a família ou subfamília a que pertenciam e tinham idade de nida com mais segurança. Entre os
escolhidos, está o mais antigo de que se tem notícia: o de Protocoeliades kristenseni, encontrado em sedimentos datados em 55 milhões de anos de uma ilha da Dinamarca, e descrito por Jong em 2016. Com asas de 2,3 centímetros, esse fóssil foi posicionado próximo ao ponto de surgimento da família Hesperiidae, composta por cerca de 3.500 espécies de borboletas de corpo robusto e antenas com ponta em forma de agulha de crochê. Também foi incluído o fóssil de Neorinella garcie, uma borboleta que viveu e nt r e 2 8 m i l h õ e s e 2 3 mi l hõ es de anos at rás. Achado em Taubaté, interior de São Paulo, foi descrito em 1993 pelo paleoentomólogo R a f a e l Ma r t i n s Ne t o e c ol ab or a d ore s . E r a u m pouco maior do que P. kristenseni, com uma faixa mais clara e uma marca em forma de olho nas asas anteriores.
OLHAR DE UMA LENTE 11
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
O incentivo à pesquisa no Brasil T
2 0 0 2 , c om o m ote “Os desa os da pesquisa no Brasil”, com a seguinte a rmação: “Ciência é viver na plenitude a aventura do homem sobre a terra”. Os povos que não participam do desenvolvimento cientí co estão, em grande medida, alijados dos avanços nos padrões de qualidade de vida e s ã o e c on om i c am e nt e subalternos em relação aos povos que lideram os avanços do conhecimento. Reverter esta situação não é
tarefa fácil, já que criar uma c u ltura cient í ca exige
UNINOVE
anto na tradição judaico-cristã como na greco-romana, a ciência dada por Deus parece insu ciente para o homem que sempre buscou ir além. Já não bastava ser imagem e semelhança, sentimos a necessidade de ser a matriz, a fonte, não mais criatura, mas criador. Durante a pesquisa, me vi à frente de um parágrafo do C a d e r n o Te m á t i c o d a Universidade de Campinas/SP, de fevereiro de
WIKIPEDIA
grandes investimentos em educação e cultura, o que é di cultado pelas carências que estas sociedades têm em criar riquezas sem o insumo principal para isso, que é o conhecimento. Imediatamente, me vieram vários questionamentos: o que estamos fazendo para que o nosso País não tenha, ou melhor, não continue nesse quadro acima descrito? Se somos resultado do que
zemos e o que não zemos no passado, o que o futuro nos reserva? Nossas crianças e jovens estão sendo preparados e incentivados à pesquisa? Hoje, nossa comunidade cientí ca vive no mar das incer tezas, trabalha no limite, sem incentivos, sem a garantia de poder publicar seus artigos cientí cos e patentes, ou seja, iniciar e concluir o trabalho, sem o fantasma do corte, que ronda nos momentos de mudanças
políticas, nas poucas verbas o r i u n d a s d a i n i c i at i v a privada e governamentais. Mas esse assunto, cará para a próxima semana, em que a Coluna Olhar de uma Lente, entrevistará quem realmente entende do assunto, o pós-doutor em química e professor Eustáquio de Castro e alguns jovens pesquisadores de universidades privadas e públicas, que enfrentam esses impedimentos no dia a dia.
12 BRASIL
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REPRODUÇÃO INTERNET
Rose de Freitas (Pode/ES) CPI das Barragens
Reforma da Previdência “Como está, voto Não! Vivemos um processo de desconstrução de direitos sociais previstos na nossa Constituição Federal. Começou com a reforma trabalhista e continua com essa proposta de Reforma da Previdência. Como a população, sou contra quaisquer privilégios, tais como as aposentadorias absurdas de setores do funcionalismo público, ou, agora, a diferenciação que se propõe em favor de militares. Precisamos de Reforma da Previdência, sim, mas não podemos permitir que o projeto do atual governo passe, visto que representa o desmantelamento da Seguridade Social. Prejudica o pobre e o trabalhador e, portanto, não tem o meu voto”.
Norma Ayub (DEM/ES)
"Nosso Mandato”
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Em parceira com a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) – integrantes da Comissão de Relações Exteriores, discutiram nesta quinta-feira (28), com o ministro Marcos Pontes, o novo Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que permite o uso comercial da base de Alcântara, no Maranhão, pelos Estados Unidos. O objetivo do AST é permitir que veículos lançadores de satélites e cargas úteis comerciais de qualquer nacionalidade, que contenham equipamentos ou tecnologias norteamericanas, sejam lançadas a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O foco do acordo está no compromisso do Brasil de salvaguardar a tecnologia norteamericana utilizada nesses lançamentos. O documento possibilita destravar o uso comercial do CLA e, com isso, atrair investimentos, desenvolver uma cadeia produtiva de alto valor agregado com inúmeros postos de trabalho no Brasil, desenvolver o Programa Espacial Brasileiro e incrementar a arrecadação de impostos na região a ser bene ciada.
Amaro Neto (PRB/ES)
PEC 275/2016
Educação especial
“A Segurança Pública é uma agenda fundamental para o nosso País, um dos problemas que mais afeta a nossa sociedade. Em reconhecimento aos trabalhos realizados pela Guarda Municipal, requeri hoje ao presidente da casa, Rodrigo Maia, a designação de Comissão Especial com o objetivo de debater e proferir parecer a PEC 275/2016, que visa corrigir a omissão jurídico-constitucional, para garantir a elas a proteção necessária para o desempenho de sua pro ssão. A Guarda Municipal é de extrema importância para o exercício da segurança e preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio, nos municípios”, disse a parlamentar.
O d e p ut a d o f e d e r a l A m a ro Ne t o apresentou, esta semana, projeto de Lei, que determina acompanhamento pro ssional quali cado, em sala de aula, para os alunos autistas. O objetivo é garantir mais condições de aprendizagem e apoio nas atividades escolares, facilitando a inclusão. Na comissão de Desenvolvimento Econômico, Amaro defendeu a realização de uma audiência pública para tratar no atraso de repasses do nanciamento habitacional popular, que causa impacto na entrega de três mil unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida no Espírito Santo.
BOOK
REPRODUÇÃO FACE
Estimular a participação popular no mandato e conhecer as demandas dos eleitores capixabas. Foi pensando nisso que Felipe Rigoni lançou, no dia de posse, o aplicativo "Nosso Mandato". Dois projetos foram protocolados na terça-feira (26) e, em dois meses de trabalho, o app recebeu 54 sugestões dos eleitores. "Muitas sugestões nos impressionaram pela qualidade dos textos, bem fundamentados, em evidências cientí cas. Fico feliz por dar voz às demandas dos capixabas e construir um canal de relacionamento transparente com a sociedade. Quanto mais experiências e opiniões trocarmos, melhor será o nosso mandato", argumenta Rigoni.
Marcos do Val (PPS/ES) Ciência e Tecnologia
Em depoimento à CPI das Barragens na manhã desta quinta-feira (28) no Senado, o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman manteve o discurso de que foi enganado por técnicos na apresentação de laudos que garantiram a estabilidade das barragens da companhia. Presidente da CPI, a senadora Rose de Freitas (PODEES) questionou, então, se o executivo iria processar quem o enganou. “O senhor pensa em processar quem mentiu? Porque é seu nome que está em jogo nesse processo. Quem lhe mentiu? Quem fez? Quem assinou? O senhor não pode ser negligente com as respostas”, pontuou a senadora. O ex-presidente da Vale respondeu que, ao m das i nve s t i g a ç õ e s e qu an d o o s c u lp a d o s fore m apresentados, “não tenha a menor dúvida que vou tomar as atitudes necessárias (...) contra as pessoas que me enganaram, se isso for caracterizado”.
Felipe Rigoni (PSB/ES)
Fabiano Contarato (Rede/ES)
DEMOCRATAS
EDÍLSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO
A semana em Brasília
Deputado Sérgio Vidigal (PDT/ES) Contorno do Mestre Álvaro Dia 11 de abril será o lançamento da obra do Contorno do Mestre Álvaro, no Ministério da Infraestrutura. A informação foi divulgada pelo ministro, Tarcísio Gomes de Freitas, em reunião com o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES). Vidigal trabalhou em Brasília com articulações e em busca de recursos para a obra. “Dessa forma, a obra do Contorno do Mestre Álvaro é imprescindível para que se preservem vidas, para a segurança viária e para o desenvolvimento da Serra, do Espírito Santo e do Brasil”, comemorou Vidigal. “Esses recursos, portanto, serão essenciais para, o mais rápido possível, iniciar as obras desse empreendimento. Assim, vamos levar mais qualidade de vida para a população”, reforçou o parlamentar. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
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Ted Conti (PSB/ES) Na terça-feira (26), o deputado Ted Conti visitou o Ministério da Justiça, onde foi recebido pelo chefe da assessoria especial, Lucas Alves de Lima Barros. Na pauta, o combate à violência e ações para a segurança pública. O deputado atua na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e está acompanhando uma série de agendas importantes nessa área. Além dessa comissão, Ted Conti também participa como titular de outras duas Comissões na Câmara Federal: Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e também da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com De ciência. Três importantes comissões, nas quais o deputado pretende trabalhar ações e projetos compartilhados e interconectados. E ele explica: “É por meio da ciência e tecnologia que poderemos contribuir para ajudar no fortalecimento de ações que possam garantir mais qualidade de vida às pessoas com de ciência, contribuir no combate à violência e buscar inovação em várias áreas”. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO