Jornal Fatos & Notícias Ed. 302

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita

Estudo revela que 68% das áreas protegidas na Amazônia estão sob ameaça

Mundial feminino LUCAS FIGUEIREDO/CBF

ANO IX - Nº 302 08 a 15 DE JUNHO/2019 SERRA/ES

A seleção brasileira chega desacreditada para a disputa na França. O time comandado pelo técnico Vadão acumula nove derrotas em nove amistosos preparatórios. A falta de consistência tática faz com que a equipe seja ainda mais dependente da experiência e do talento individual de nomes como Marta, Cristiane e Formiga, que participará de seu sétimo Mundial. Pág. 10

GREENME

Segundo análises de rede de especialistas de seis países, projetos de infraestrutura e planos de investimento ameaçam 68% das áreas protegidas e terras indígenas da Amazônia

Carro elétrico brasileiro

Uma rede de pesquisadores de seis países da Amazônia lança um alerta sobre o futuro da maior oresta tropical do planeta. De acordo com Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), pelo menos 68% de todas as áreas naturais protegidas e territórios indígenas da região sofrem algum tipo de pressão ou ameaça. A análise se baseia em uma nova

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

como manter os cabelos hidratados e bonitos sem gastar muito Pág. 11

Pág. 2

abastecer 30% da população brasileira

JORGE PACHECO

8 O presidente da comissão Pág. 5

LUIZ TOLEDO DE SÁ

8 Se você se sente abatido, faça

REPRODUÇÃO

alguma coisa para sair desse estado de prostração íntima. Isso é um veneno perigoso para a saúde! Pág. 8

8 Ricardo Salles deixou o Plenário sob vaias de ambientalistas e foi chamado de covarde Pág. 12

protegidas e em territórios indígenas. Nesse sentido, das 272 grandes usinas hidrelétricas da Amazônia – planejadas, em construção ou em operação – 78 estão dentro dos territórios indígenas e 84 estão em con ito com diferentes categorias de unidades de conservação.

Perdas de água poderiam

8 A dica dessa semana ensina

HAROLDO CORDEIRO FILHO

países mais a Guiana Francesa. Considerando apenas mineração e petróleo, 87, 2 milhões de hectares, ou 22% dos 390 milhões de hectares o cialmente protegidos, estão sujeitos à ameaça ou pressão. Os mapas também revelam a presença de hidrelétricas e estradas em áreas

Após estagnação, índice de fumantes volta a ter queda no País e chega a 9,3% Pág. 9

Escola de Barra de São Francisco é premiada em Feira Científica Após a reativação do laboratório de ciências, alunos chegaram ao segundo lugar na Feira Pág. 4

Em termos financeiros, a perda de faturamento custou para o País R$ 11,3 bilhões Pág. 2

PIXABAY

coleção de mapas publicados pela Raisg que aborda seis temas: intervenções em infraestrutura de transportes (vias), energia (hidrelétricas) e indústrias extrativas (mineração e petróleo), além da frequência de queimadas e desmatamentos. E considera o território da Pan-Amazônia, que envolve oito

ANA LUCIA

especial da reforma diz que não espera votação célere do relatório

Uma nova empresa brasileira chamada Gaia Electric Motors anunciou um carro elétrico que promete ter 200 km de autonomia. O custo estimado pela companhia para a recarga da sua bateria é de 8 reais em energia elétrica. O carro, também chamado Gaia, tem três rodas e requer que o usuário tenha habilitação para conduzir motocicletas. Pág. 6

Estudo diz que Mudanças climáticas podem acabar com a civilização até 2050 Um relatório publicado pelo Centro Nacional de Descoberta do Clima da Austrália defende que, se nada for feito, as mudanças climáticas podem levar ao colapso da civilização humana até 2050. Os especialistas acreditam que, no atual ritmo de aquecimento global, a temperatura subirá cerca de 3 graus Celsius nos próximos 30 anos. Pág. 7


2 MEIO AMBIENTE

08 a 15 DE JUNHO DE 2019

Estudo revela que 68% Curso de Bioconstrução das áreas protegidas ensina a fazer casa na Amazônia estão Participantes vão aprender duas técnicas com barro (pau a pique e cob) e o reboco natural sob ameaça CICLO VIVO

Segundo análises de rede de especialistas de seis países, projetos de infraestrutura e planos de investimento ameaçam 68% das áreas protegidas e terras indígenas da Amazônia DIVULGAÇÃO/INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL

Uma rede de pesquisadores de seis países da Amazônia lança um alerta sobre o futuro da maior oresta tropical do planeta. De acordo com Rede Amazônica de Informação S o c i o ambi e nt a l Georreferenciada (Raisg), pelo menos 68% de todas as áreas naturais protegidas e territórios indígenas da região sofrem algum tipo de pressão ou ameaça. A análise se baseia em uma nova coleção de mapas publicados pela Raisg que aborda seis temas: intervenções em infraestrutura de transportes (vias), energia (hidrelétricas) e i n dú s t r i a s e x t r at i v a s (mineração e petróleo), além da frequência de queimadas e desmatamentos. E considera o território da Pan-Amazônia, que envolve oito países mais a Guiana Francesa. C on s i d e r a n d o ap e n a s mineração e petróleo, 87, 2 milhões de hectares, ou 22% dos 390 milhões de hectares o cialmente protegidos, estão sujeitos à ameaça ou pressão. Os mapas também revelam a presença de hidrelétricas e estradas em áreas protegidas

e em territórios indígenas. Ness e s ent ido, das 272 grandes usinas hidrelétricas da Amazônia – planejadas, em construção ou em operação – 78 estão dentro dos territórios indígenas e 84 estão em con ito com diferentes categorias de unidades de conservação. No que diz respeito a estradas e rotas, dos 136.000 quilômetros mapeados na região, aproximadamente 20% (26.000 km) são s o bre p o s t o s c om áre a s protegidas na PanAmazônia. “Todas as iniciativas para salvar a Amazônia da destruição deveriam considerar uma visão integral da região”, diz Beto Ricardo, coordenador de Raisg. “Embora o Brasil detenha 62% da extensão da Amazônia (5.239.647 km²), várias cabeceiras das bacias hidrográ cas que formam a grande bacia amazônica estão situadas nos países andinos. Há dezenas de povos indígenas nas regiões amazônicas que fazem fronteira do o Brasil, por exemplo. Essas são razões su cientes para primar iniciativas de cooperação bi e multilaterais entre os países

amazônicos”. Os resultados podem ser encontrados na plataforma multimídia Amazônia na Encruzilhada, que reúne estudos de casos dos temas analisados. Além de mapas interativos, os usuários encontram fotos e vídeos sobre as pressões e ameaças para cada um dos seis países. O site especial é lançado em aliança com a iniciativa de c o m u n i c a ç ã o InfoAmazônia. A Amazônia está em uma encruzilhada. Os nove países q u e a c o mp õ e m t ê m a oresta tropical mais biodiversa e a maior reserva de água doce do planeta. Mas seus governantes, políticas estatais e interesses econômicos a levam à exaustão. Os últimos refúgios para espécies únicas estão em áreas protegidas e territórios indígenas. Os cientistas já falam sobre a iminência de um ponto sem retorno, onde as contribuições da natureza para o bem-estar humano – água, ar limpo, regulação climática, recursos naturais – não serão mais fornecidas pelo bioma. Será que chegaremos a esse extremo?

O Curso Básico de Bioconstrução, nos dias 29 e 30 de junho, no Sítio Pau d' Água, em Piracaia, a apenas 90 Km de São Paulo, quer despertar um “novo olhar para a construção de casas e para o próprio signi cado da moradia”. Para isso, o permacultor Edilson Cazeloto propõe um desa o real aos participantes: construir uma moradia coletiva sustentável para abrigar três famílias no próprio sítio. A bioconstrução se baseia no princípio de que é possível

construir sua própria casa com um impacto ambiental muito baixo, muitas vezes utilizando técnicas ancestrais e com matéria-prima local, sempre que possível. Durante a o cina, os participantes vão aprender duas técnicas com barro (pau a pique e cob) e o reboco natural à base de tapioca e esterco de vaca. “Em dez anos de experiência, acredito que são as duas técnicas mais e cientes para a região onde está o sítio”, a rma. O pau a pique (taipa de mão ou taipa de sopapo) consiste no

entrelaçamento de madeiras verticais xadas e horizontais, geralmente bambus, que são preenchidas com barro amassado misturado com palha seca. Já as paredes de cob, que são quase tão resistentes quanto o concreto, costumam ser feitas somente de barro argiloso adicionado de um pouco de palha e água. A vantagem é que a palha é muito abundante na re g i ã o e p o d e s e r o b t i d a gratuitamente.

Floresta nativa da Mata Atlântica

Perdas de água poderiam abastecer 30% da população brasileira Em termos financeiros, a perda de faturamento custou para o País R$ 11,3 bilhões REPRODUÇÃO

Tido como uma das infraestruturas mais atrasadas do Brasil, o saneamento básico enfrenta di culdades diversas e que vão além da expansão das redes de água e esgotos. Há problemas graves de e ciência no setor, que comprometem a qualidade dos serviços para o cidadão e a própria sustentabilidade nanceira dos operadores. O indicador de perdas de água potável nos sistemas de distribuição é um dos mais negligenciados no País, mesmo após a crise hídrica que afetou a Região Sudeste, entre 2014 e 2016, e a que ainda afeta o Nordeste. Isso mostra o quanto é importante o cidadão poupar a água potável nas residências, mas, principalmente, o quanto o p o der público e empres as operadoras de água precisam melhorar em todo o País. Baseado nisso, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, lança o estudo “Perdas de água 2019 (SNIS 2017) – Desa os para disponibilidade hídrica e avanço da e ciência do saneamento básico”.

Com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base 2017, o estudo mostra que a média de perda de água potável no País foi de 38,3%, ou seja, para cada 100 litros de água captada, t r at a d a e pront a p ar a s e r distribuída, 38 litros cam pelo caminho devido aos vazamentos, erros de leitura dos hidrômetros, furtos (famosos “gatos”), entre outros problemas. Isso signi cou uma perda de 6,5 bilhões de m³ – equivalente a m ai s d e s e te m i l pi s c i n a s olímpicas por dia. Se considerarmos apenas as perdas físicas (estimadas em 3,5 bilhões de m3), ou seja, vazamentos: a água que realmente não chegou

na casa das pessoas, o volume desperdiçado seria su ciente para abastecer 30% da população brasileira por um ano (60 milhões de pessoas). Em termos nanceiros, a perda de faturamento custou para o País R$ 11,3 bilhões, valor superior ao total de recursos investidos em água e esgotos no Brasil em 2017 (R$ 11 bilhões). É importante compreender que as perdas de água potável ocorrem de maneiras diversas, s e n d o a s m ai s c omu ns o s vazamentos, roubos/furtos de água e erros de leitura ou leituras imprecisas devido aos h i d rôm e t ro s s e re m mu it o antigos. (Ciclo Vivo)

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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CULTURA 3

08 a 15 DE JUNHO DE 2019

Estudo científico sugere que monstro do lago Ness pode realmente existir GREG MONTANI/PIXABAY

Um grande estudo científico sobre a biodiversidade no famoso lago Ness, na Escócia, revelou que, afinal, o monstro, apelidado carinhosamente de Nessie, pode me s mo s e r re a l. O e stu d o envolveu uma equipe internacional de cientistas e foi liderada por pesquisadores neozelandeses, escreve a Fox News. De acordo com o professor Neil Gemmell, da Universidade de Otago (Nova Z elândia), as descobertas sobre o suposto monst ro do lago Ness s ão surpreendentes. Amostras de pele, escamas, penas, pelo e fezes foram recolhidas em três locais diferentes para recuperar o DNA deixado no local pelas supostas criaturas, tendo as amostras sido

posteriormente enviadas para laboratórios na Nova Zelândia, Austrália, Dinamarca e França para serem analisadas.

A equipe do professor Gemmell concluiu, junto com especialistas de diversas áreas científicas, que o resultado foi

"surpreendente". As amostras foram testadas e comparadas com as mais famosas teorias sobre a criatura mitológica,

FOTO: REPRODUÇÃO

segundo Gemmell. As duas pr i nc ip ai s te or i a s s obre o monstro sugerem que ele poderia ser um Plesiosauro de pescoço longo que, de alguma forma, tivesse sobrevivido à extinção dos dinossauros, ou que poderia ser um esturjão ou outro peixe gigante. O cientista foi cauteloso quanto à divulgação dos resultados completos do estudo, previsto para publicação no próximo mês na Escócia, e não revelou qual hipótese poderia estar correta. "Testamos todas as principais hipóteses de monstros e três delas podemos provavelmente dizer que não estão corretas e uma delas pode estar [correta]", complementando que o objetivo do estudo na Escócia era

catalogar por completo a biodiversidade do lago Ness e que a equipe está conseguindo alcançar essa meta. Desde o ano 500 d.C. que se conhecem relatos sobre Nessie, mas a criatura só ganhou fama mundial a partir de 1933. O suposto animal é considerado com tendo grande envergadura e um pescoço alongado. Existem inúmeras teorias que explicam as misteriosas aparições de Nessie, desde as sensacionais às mais céticas. Estas últimas sugerem que os avistamentos nada mais foram do que madeira à deriva. Apesar disso, milhares de turistas visitam todos os anos o famoso lago escocês para tentar avistar o monstro mítico.

Ciganos capixabas compartilham Artista propõe experiências cultura e dificuldades em evento clínicas para promover a na Biblioteca Pública cura do racismo SECULT-ES

Em alusão ao Dia Nacional do Cigano, comemorado em 24 de maio, o 4º Encontro do Ciclo Formativo em Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh) teve como tema os ciganos capixabas. O evento, promovido pela Gerência E s t a d u a l d e Ig u a l d a d e Racial, aconteceu no dia 29 de maio, na Bibliote c a Pública Estadual, na Enseada do Suá. E m for m at o d e ro d a d e conversa, o evento recebeu o gerente de Igualdade Racial da Pre fe itu r a Mu n i c ip a l d e Cariacica, Sandro Cabral, as lideranças ciganas Marcelle Carvalho e Márcia Carvalho, além de Marcelo Carvalho, uma criança cigana que também compartilhou sua experiência de vida. Na abertura do evento, Sandro Cabral falou sobre a importância da aproximação do poder público com as comunidades ciganas. “Cabe ao poder público interagir, ouvir e vivenciar os povos ciganos para compreender suas necessidades e c r i ar p ol ít i c a s pú bl i c a s eficientes”, destacou Sandro. Uma das convidadas, Márcia Carvalho, estudante de Ciências Sociais, agradeceu a oportunidade. “Normalmente não temos esta abertura quando se fala em povos tradicionais.

A partir do dia 11 de junho, a Galeria Homero Massena recebe a exposição O Trauma É Brasileiro, de Castiel Vitorino Brasileiro

Então este é um espaço importante, até mesmo para quebrarmos alguns tabus e preconceitos que existem com a gente”, destacou. A cigana Marcelle Carvalho também reafirmou a importância da iniciativa. “Para a gente é muito importante participar desses espaços, porque até hoje nosso povo é muito julgado. Ser cigano não é só vestir aquele vestido, vai muito a lém diss o. Muit as pessoas olham para a gente e pedem para lermos a mão, mas não é bem assim. Todos nós temos talentos, sendo ciganos ou não”, ressaltou. Marcelo Carvalho, de 11 anos, contou que já sofreu muito bullying na escola por ser cigano. “Uma vez uma menina não quis participar de uma apresentação de dança comigo porque falou que eu era cigano e macumbeiro. Sempre sofri por causa da minha religião, da

minha etnia e da minha cultura, e por isso nunca tive muitos amigos. Às vezes me sinto um alienígena por não me encaixar no padrão, mas também tenho muito orgulho de ser cigano, principalmente quando leio um livro de história e me vejo representado”, disse. Segundo a gerente de Igualdade Racial da Sedh, Neiriele Marques, a roda de conversa foi muito importante “p or propiciar ao s er viço público a escuta da realidade das comunidades ciganas do Espírito Santo e dar visibilidade a tal grupo”. Até o dia 24 de junho, a Biblioteca Pública Estadual sedia a exposição “Ciganos C api x ab a s n o I E n c ont ro Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais”, relançada pela Sedh em homenagem ao Dia Nacional do Cigano.

ARQUIVO PÚBLICO DO ESPÍRITO SANTO

Foto Antiga do ES

A colonização europeia foi responsável por impor o projeto de civilização cristã, branca e cisgênera às custas do extermínio e o silenciamento de inúmeros povos que aqui já habit avam, b em como a mutilação de muitos de outras culturas que para cá foram trazidos da África como mão de obra escrava. Trata-se de um trauma sócio-histórico responsável por adoecimentos do Brasil contemporâneo manifestados através do racismo, do machismo e da LGBTfobia. Da encruzilhada entre os campos da arte, da p s i c o l o g i a e d o curandeirismo, a exposição O Trauma É Brasileiro é a primeira individual de Castiel Vitorino Brasileiro e põe o dedo ao mesmo tempo em que propõe um alívio temporário dessa chaga civilizatória brasileira e latino-americana. Aberto à visitação a partir do próximo dia 11 de junho, na Galeria Homero Massena, no C e nt ro d e Vit ór i a , e s s e t r a b a l h o c ont ar á c om a atualização da instalação Quarto de Cura e com atendimentos individuais, aos modos das benzedeiras, entre a artista e o público. Ao questionar a herança colonial a partir da afirmação da cultura Bantu, a exposição denuncia como o apagamento da diferença, a imposição de um mo delo c ultural e o

POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL

RIO DOCE - PONTE DE COLATINA

racismo fundaram a sociedade brasileira e vai além: compartilha com o público a investigação da artista em busca da cura do trauma racista e LGBTfóbico. Além das visitações e dos

A reforma da natureza

s ab er e cr it ica a clínica psicológica tradicional ao tratar da cura de traumas brasileiros. “C om as b e n z e d e i r as aprendi que a cura é uma experiência de saúde perecível

LUCIANO DANIEL

SECULT-ES

e n c o nt r o s c l í n i c o s c o m Castiel, a exposição contará com uma mesa de conversa e com o lançamento de um catálogo que acontecerão no mês de julho. Grupos também poderão fazer visitas guiadas mediante agendamento prévio. Quem assina o projeto de arte educação é a artista e doutora em Educação Kiusan O l i v e i r a . O Tr a u m a É Brasileiro conta com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 019/2018 – Seleção de Projetos de Exposições de Artes Visuais. Graduanda do 9º período de Psicologia da Ufes, Castiel recorre a diferentes fontes de

e efêmera, que precisa se modificar, assim como nosso corpo. Tenho nomeado minha pesquisa em psicologia de Clínica da Efemeridade, uma clínica que aposta nessa encr uzilhada entre ar te, psicologia e curandeirismo. E entende que os processos de prom o ç ã o d e s aú d e s ã o desencadeados não apenas por psicólogas(os), como também por padeiros, primas, e benzedeiras. A prática clínica de promoção de vida não deve entendida como propriedade da psicologia, e a psicologia precisa descolonizar-se para conseguir produzir saúde às pessoas que ela ajudou a subalternizar”.


4 EDUCAÇÃO

08 a 15 DE JUNHO DE 2019

Hora do Enem é líder de audiência em canal de TV Atração é voltada a estudantes do ensino médio e transmitida pela TV Escola

Fundeb sofre com evasão de impostos Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, que pode ser extinto em 2020, teve nos últimos nove anos, apenas 8,24% da arrecadação de impostos redistribuída a estados e municípios

DIVULGAÇÃO REVISTA EDUCAÇÃO

Onde estão enterradas as línguas mortas? Qual seu número primo favorito? Perguntas insanas (ou cretinas) são comuns em várias circunstâncias e encontram terreno fértil na mente de jovens em período de avaliação escolar, tendo que assimilar um signi cativo volume de informações. Pois a renegada televisão pública do Brasil lapida uma joia desde 2016, quando foi ao ar p ela pr imeira ve z o programa Hora do Enem, hoje campeão de audiência da TV E s col a, administ rad a p el a Fundação Roquette Pinto, do MEC. A insensatez das questões citadas faz parte do quadro Momento Pop Prof, em que o mestre-apresentador é obrigado a responder às mais bizarras perguntas da audiência. Humor e descontração são a forma que a equipe do programa usa para atrair curiosidade e atenção dos estudantes. Gino Márcio Carneiro, gerente de Comunicação da emissora, recorda que a proposta do MEC – desenvolvida por ele, junto com o gerente de Conteúdo Walmir Cardoso e o roteirista Diego Rebouças – era ajudar na preparação de estudantes para o Exame, mas não só resolvendo questões e ensinando disciplinas. Por isso, também são exibidas entrevistas com pro ssionais das mais diversas áreas: “Essas entrevistas têm o objetivo de ampliar o repertório cultural e m o s t r a r q u e h á i nú m e r a s

possibilidades de atuação: a professora de letras que se tornou tradutora da Marvel; o DJ que usa cálculos matemáticos na composição de música eletrônica; o físico que se tornou astro-fotógrafo”. Renato de Paula, diretor de Programas, revela que a ideia neste tipo de abordagem é mostrar que a decisão por uma carreira não precisa ser algo rígido, de nitivo: “Muitas vezes a v i d a no s l e v a a c am i n ho s inesperados; em outras, criamos nossos próprios rumos”. De acordo com esse raciocínio, se u m a lu n o d e c i d i r e stu d ar história, não quer dizer que ele só possa ser docente ou pesquisador. Exemplo disso é o profe ss or F i l ip e Pe re i r a , historiador que presta consultoria para a elaboração de videogames. O programa abre espaço também para pro ssionais d e st a c a d o s c ont are m su as histórias e peripécias, como os cineastas Lawrence Wahba, Sérgio Rezende e Belizário Franco. O mesmo vale para e s c r it ore s , c om o S i l v i a n o Santiago, Mar y Del Priore, Geovani Martins, entre outros. “Porém, descobrimos que o maior interesse do nosso público está nos youtubers, principalmente os de educação, que fazem mais sucesso”, observa Carneiro, ao destacar Rafael Procópio e Débora Aladim. Na abertura do Hora do Enem

sempre há um esquete, na maioria das vezes cômico. O primeiro talk show educativo da televisão brasileira tem como “mestre de cerimônias” Land Vieira, ator de formação. Ele apresenta conteúdos didáticos sob a forma de um descontraído, por vezes hilário, bate-papo. Nessas representações, Land interpreta todos os papéis. Eventualmente, há participação de algum professor. Um dos pontos de honra da atração é apresentar professores e entrevistados de todo o Brasil. Foram os casos de Benício P i t a g u a r y, e s t u d a n t e d e Geogra a que veio de uma aldeia indígena do interior do Ceará, e Roberson Jacques, refugiado haitiano que estuda na Un i v e r s i d a d e F e d e r a l d a Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A pesquisadora da Nasa, Rosaly L op es, que vive nos EUA, também contou suas aventuras virtuais no espaço sideral, assim c o m o A r t h u r Áv i l a , h o j e residente na França e o primeiro brasileiro a receber a medalha Fields de Matemática. O talk show da TV Escola já repercute no continente: em 2017 e 2018, foi nalista do p r ê m i o TA L , p r i n c i p a l premiação para as TVs públicas da América Latina: “Ainda em abril chegamos aos 500 episódios. E ao término de 2019 teremos ultrapassado a marca de 600 programas”, exulta Carneiro. (Revista Educação)

Escola de Barra de São Francisco é premiada em Feira Científica Com o objetivo de estimular a prática da pesquisa e a produção cientí ca, a es cola Aladim Silvestre de Almeida, localizada na zona rural de Barra de São Francisco, reativou o laboratório de ciências. A ação oportunizou a um grupo de alunos alcançar a segunda colocação na Feira Cientí ca Norte Capixaba, realizada em São Mateus, na última semana. O professor de biologia e idealizador da reabertura do laboratório, Douglas Vicente, conta que o apoio e a sensibilização da diretora Elizângela Braga e da pedagoga Mair foram fundamentais para essa ação, que contribui para um

aprendizado mais dinâmico. O primeiro dia de uso do novo espaço, segundo o professor, despertou a curiosidade de DIVULGAÇÃO SEDU-ES

muitos. “Alguns já queriam ligar os microscópios, outros liam os rótulos dos reagentes. Iniciamos a aula apresentando os principais materiais utilizados e as regras técnicas daquele ambiente, com o objetivo de reunir a teoria e a

prática no conteúdo sobre reações químicas”, disse o professor. Em seguida, ele sugeriu aos alunos que utilizassem o método cientí co para pesquisarem e fabricarem extratos naturais a serem aplicados no controle de insetos. “Como resultado tivemos muitas ideias legais, de casa e que puderam testar a viabilidade no próprio ambiente escolar. Parte desses trabalhos foram apresentadas na feira e receberam a excelente premiação”, nalizou Douglas, que defende que o sucesso no processo ensino-aprendizagem est á diret amente ligado às práticas pedagógicas adotadas.

Com uma carga tributária de 32,43% de tudo o que o país produz (Produto Interno Bruto, o PIB), o Brasil é considerado u ma d as na ç õ e s qu e mais cobram impostos no mundo. Uma parte desses recursos é direcionada para a educação, que atualmente recebe cerca de 6% do PIB, com a possibilidade de aumentar esse investimento para 10% até 2024, segundo a meta 20 do Plano Nacional de Educação, cuja intenção é ampliar os recursos públicos no setor. Embora haja algumas tentativas de melhorar o modelo educacional brasileiro com p ou c o re c u rs o n an c e i ro, especialistas são quase unânimes em dizer que é impossível fazer educação de qualidade sem um bom aporte governamental. Criado em 2007 para ajudar a nanciar a educação pública no País e para substituir o antigo Fundef, atualmente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro ssionais da Educação (Fundeb) é composto p or u ma c e st a d e 2 0 % d e imp ostos ar re c ad ados p or estados e municípios – com complementação da União – e redistribuídos por repartição de receita. Assim, todo o dinheiro do Fundo é redistribuído por número de matrículas, de modo

que haja uma equalização no âmbito de cada estado do valor disponível por aluno para todas as redes municipais e estaduais de ensino. Um levantamento feito pela revista Educação – a partir de dados divulgados pelo Tesouro Na c i on a l e p e l o In s t itut o Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) – revela que nos ú lt imos nove anos os recursos redistribuídos pelo Fundeb para os 26 estados, além do Distrito Federal, a partir de impostos como o ICMS, IPI, I P VA , I T C M D e I T R representam apenas 8,24% do total arrecadado pela União e pelos próprios estados entre os anos de 2010 e 2018 em todas as unidades da Federação. Estados com menos recursos (como Ceará, Alagoas e Bahia, por exemplo) recebem retorno de cerca de 5% da sua arrecadação através dos recursos do Fundeb. No Maranhão, que possui municípios mais pobres e tem mais participação do Fundo percentualmente, só se conseguiu redistribuir para o estado 4,3% da arrecadação total dos impostos mencionados, o menor índice do País. “O Fundeb representa ajuda mútua e colaborativa entre os entes, ou seja, falar deste Fundo representa pensar na educação

como um todo e não em um estado da Federação especí co. A re d i s t r i bu i ç ã o desproporcional é decorrente do critério de distribuição dos recursos, que tem por base a quantidade de matrículas nas escolas públicas e conveniadas. Os dados apresentados pela revista Educação indicam a aplic aç ão do pr incípio d a solidariedade, essencial ao f e d e r a l i s m o c o o p e r a t i v o, modelo de organização do Estado adotado pelo Brasil”, a rma Felipe Costa Camarão, secretário de Educação do Maranhão. Já o Rio Grande do Sul, um dos estados mais ricos da Federação e com 8,70% de retorno dos recursos do Fundo, acredita que o atual modelo do Fundeb recompensa apenas os municípios e acaba onerando os cofres estaduais. “A sistemática do Fundeb faz com que os estados trans ram mais recursos para o Fundo do que recebem de retorno. O Rio Grande do Sul, por exemplo, teve perdas nanceiras próximas a R$ 1,5 bilhão com o Fundeb em 2018, e a pre v is ão p ara o conjunto dos estados passa dos R$ 30 bilhões, com tendência crescente”, aponta a Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul. (Revista Educação)

Programação especial é destaque no evento Amigo Livro 2019 Os três primeiros encontros no ano acontecem no mês de junho em Vitória e Cariacica SECULT-ES

Para quem ama o universo dos livros, aí vai uma dica imperdível: neste mês de junho acontecem as três primeiras edições do Amigo Livro, projeto do coletivo homônimo que tem como intuito reunir os apaixonados pelo universo das

letras em 2019. Na programação, venda de livros, sarau, atrações musicais, e s or t e i o s . To d o s com entrada gratuita. Os eventos acontecem na Biblioteca

Pública do Espírito Santo (Bpes), em Vitória, na próxima sexta-feira (07); no Centro Cultural Civitella, em Cariacica, sábado (08); e no Masterplace Mall, também em Vitória no domingo (15). Entrada franca. O evento foi contemplado no edital Nº 004/2018 - Coletivos Artísticos Juvenis do Funcultura da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).


POLÍTICA 5

08 a 15 DE JUNHO DE 2019

Jorge Pacheco

Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

“Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo. ///// Deus deve amar os homens medíocres”,

Abraham Lincoln DIVULGAÇÃO

Presidente da Comissão Especial da Previdência diz que não espera votação célere do relatório

Após uma década de inoperância na Serra, as comunidades voltaram a discutir as obras prioritárias para seus bairros dentro do Orçamento Participativo (OP). As reuniões e assembleias que mobilizam moradores de todo o município em

ADRIANO MACHADO/REUTERS

Ao contrário do que tem a rmado o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da comissão

2019

especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM), indicou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (6), que não espera uma votação célere do relatório, ao contrário. Ele a rmou que a duração dos trabalhos dependerá do nível de acordo a que se chegará em torno do relatório. Na entrevista, ele não foi questionado sobre qual pode ser o impacto da greve geral marcada para o dia 14 sobre os trabalhos da comissão. Para Ramos, sem entendimento político não há como evitar que as bancadas apresentem destaques e requerimentos que podem postergar a votação: "A velocidade depende do nível de acordo da matéria. Podemos votar em um dia ou três dias. Lembro do exemplo da CCJ: demoramos 61 dias quando não havia acordo, e apenas um dia para aprovar a partir do acordo", a rmou. Ramos também lembrou que na semana de 17 a 21 de junho só haverá sessão segunda e terça e que a tradição é não haver quórum durante as festas juninas, na semana seguinte. Realmente só lembrando aquele velho ditado: Tudo como dantes no quartel de Abrantes!

Orçamento Participativo na Serra tem R$ 55 mi para obras em

torno do OP retornaram em 2018, ano em que a população decidiu o que seria prioridade para 2019. Mas como está o cronograma de execução das obras escolhidas, cujos valores são da ordem de R$ 55 milhões? Segundo Guilherme Lima, coordenador-geral da Assembleia Municipal do Orçamento (Amo), instituição participativa que scaliza a execução do OP na Serra, a Prefeitura ainda enviará o cronograma de início das obras a serem realizadas neste ano e que foram discutidas no ano anterior: “E também estamos na expectativa do anúncio dos valores que discutiremos esse ano para o exercício de 2020”. Como a população cou 10 anos sem poder de nir, democraticamente, obras que melhoram a qualidade de vida nas comunidades, Guilherme revela que a intenção da Amo, agora, é lutar para que o OP não que inerte mais uma vez. “Estamos trabalhando para que isso se torne sistemático, que todo ano tenhamos o debate das obras prioritárias”, destaca o coordenador. Ele explica que, atualmente, o Orçamento Participativo é discutido em cima de “valores reais”. “No ano passado, o prefeito Audifax Barcelos colocou um montante de R$ 55 milhões para discutir em obras para 2019. Agora, a gente quer saber quais os valores disponíveis a serem debatidos neste ano as prioridades para 2020”. A expectativa é de que a Assembleia Municipal do

Orçamento trate com a Prefeitura sobre o cronograma das obras do OP a serem iniciadas e, também, acerca dos valores para discussão das obras a serem realizadas no exercício seguinte. “A Prefeitura tem até o nal do ano para início das obras discutidas em 2018”, ressalta Guilherme. Outro objetivo da Amo é tornar o OP impositivo, o que, para Guilherme Lima, evitaria atrasos na execução das obras escolhidas pelas comunidades. “Vamos tratar dessa questão com a Câmara Municipal e a Prefeitura”, pontua. Cerca de 80 bairros devem ser contemplados pelo OP ainda em 2019, e a Obra da Cidade escolhida para este ano é a Rotatória do Ó, em frente ao hospital Dório Silva. “O valor de R$ 55 milhões a ser aplicado neste ano no Orçamento Participativo é o maior da história da Serra”, completa Guilherme.

Audifax anuncia reajuste salarial e no tíquete-alimentação dos servidores O benefício será incorporado à folha de pagamento a partir de julho Em entrevista coletiva o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), anunciou reajuste salarial de 5% para os servidores municipais. O benefício será incorporado à folha de pagamento a partir de julho. Audifax também anunciou que vai reajustar o valor do tíquete-alimentação, em R$ 50. Este benefício estará à disposição dos servidores em janeiro de 2020. Serão bene ciados com os reajustes servidores ativos e também aposentados. O reajuste era previsto na Lei Orçamentária Anual 2019, mas o percentual foi de nido na database. O impacto na folha de pagamento será de R$ 20 milhões, comparando-se à folha de pagamento 2018. O último reajuste oferecido, de 9%, nos anos de 2015 e 2016, de forma escalonada. Segundo Audifax, o reajuste é fruto de estudos e análises da equipe, de forma a não comprometer as nanças da prefeitura. “Temos um orçamento planejado e decisões responsáveis. A Serra não para de investir. Temos obras acontecendo nos quatro cantos do município e, além disso, temos capacidade de dar aumento de salário ao servidor”. Sobre o tíquete-alimentação, o prefeito informou que em dezembro será of e re c i d o b ônu s d e R $ 1 0 0 a o s servidores, e a partir de janeiro de 2020 o benefício terá reajuste de R$ 50. O valor do tíquete passará de R$ 300 para R$ 350.

Serra recebe feira de móveis e decoração O evento, que será realizado no Pavilhão de Carapina, na Serra, vai ser

voltado a um público exigente e que valoriza o bom gosto. A “Expolar 2019” mostrará os principais lançamentos do mercado moveleiro e o que há de mais moderno em decoração e utilidades do lar. Em sua 10ª edição, a feira reunirá 70 expositores de móveis, decoração, artesanato, design e acessórios para o lar, do Espírito Santo, Minas Gerais São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. No local, o visitante encontrará o melhor custo x benefício aplicado em móveis, objetos decorativos e tudo para o lar, se tornando uma vitrine para grandes negócios. Com novidades para todos os capixabas. A expectativa é que o evento receba de 20 a 25 mil pessoas durante os 11 dias. A feira funcionará de segunda a sexta-feira, das 16 às 21 horas. No sábado, domingo e feriado funcionará das 14 às 22 horas. Os ingressos serão vendidos na portaria do evento pelo valor de R$ 8,00. Idosos acima de 60 anos e crianças até 12 anos não pagam.

Eleitores de três cidades passarão por cadastramento. Saibam quais são! O procedimento será feito a partir de agosto O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) dará início a mais uma etapa do cadastramento biométrico obrigatório. Com previsão de início no próximo dia 12 de agosto, os eleitores das cidades de Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Marataízes deverão comparecer às unidades da Justiça Eleitoral (em cada município) portando documento o cial com foto, título de eleitor (se tiver) e comprovante de residência recente para fazer a biometria. Importante ressaltar que os eleitores que já possuírem o título de eleitor, do respectivo município, do qual conste a expressão “Identi cação Biométrica”, no canto superior direito, não precisarão comparecer à convocação. AGÊNCIA BRASIL


6 TECNOLOGIA

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Carro elétrico brasileiro roda 200 km com apenas R$ 8 de energia GAIA/DIVULGAÇÃO

O Vale do Silício do Oriente Médio Por que Israel se tornou uma nação empreendedora e um dos melhores lugares do mundo para começar um startup

Veículo funciona com energia elétrica e tem apenas três rodas Uma nova empresa brasileira chamada Gaia Electric Motors anunciou um carro elétrico que promete ter 200 km de autonomia. O custo estimado pela companhia para a recarga da sua bateria é de 8 reais em energia elétrica (sendo 20 vezes mais eficiente do que um carro movido à gasolina) e são necessárias 8 horas para que ela atinja uma carga completa. O carro, também chamado Gaia, tem três rodas e requer que o usuário tenha habilitação para conduzir motocicletas. O foco inicial de vendas do veículo é para o mercado corporativo. A venda para consumidores não está descartada, mas ainda não tem data para acontecer.

ELDAD CARIN

O veículo não possui chave. O desbloqueio acontece por meio do smartphone. Graças a um chip de internet móvel, o Gaia está sempre conectado e pode ser usado por empresas para criar um serviço transporte com carros elétricos. A ideia é ir atrás de mercados onde aplicativos de transporte individual, como Uber, 99 e Cabify, não tenham motoristas o suficiente para atender plenamente a demanda da população.

A Gaia não informa o preço exato do produto, diz apenas que ele custa na faixa de 80 mil reais. Os carros 100% elétricos que serão vendidos no Brasil neste ano, como o Nissan Leaf, o Chevrolet Bolt, o Jac E40 e o Renault Z oe, terão preços sugeridos de 130 a 180 mil reais. Com 18 meses de fundação e linha de montagem em Manaus (AM), a Gaia afirma ter valor de mercado de 10 milhões de reais atualmente. (Exame)

Exposição da Casa da Ciência do Inpa se destaca pela interatividade e sofisticação DIVULGAÇÃO/INPA

Atrações envolvem abrir uma caixa e encontrar borboletas azuis, ver uma folha gigante e admirar uma parede em luz negra iluminando peixes típicos do Encontro das Águas

O canto do bacurau no comecinho da noite, da coruja na copa das árvores, da chuva c ai nd o, d a vo c a l i z a ç ã o d a ariranha e do peixe-boi nos rios da Amazônia. Abrir uma caixa e encontrar lindas borboletas azuis, olhar para o lado e ver uma folha gigante, para o outro e encontrar uma parede em luz negra iluminando peixes típicos de águas pretas e brancas que se dividem no Encontro das Águas, um símbolo de Manaus. Com tanta beleza, o visitante suspira e eleva os olhos para alto, e é surpreendido novamente. A mais poderosa ave de rapina de orestas úmidas neotropicais, o gavião-real, segurando uma preguiça, presa que faz parte da

dieta do majestoso predador. Este é cenário da nova Casa da Ciência, dentro do Bosque da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), que foi reaberta ao público na última terça-feira (4). Inovadora, a exposição Tramas da Ciência encanta e acrescenta qualidade e so sticação na forma como o Instituto leva ao grande público informação sobre a ciência desenvolvida no Inpa e na Amazônia. Interação, vivências e re exõ es s obre o va lor da Amazônia estão bem presentes na exposição, uma das ações do Projeto Museu na Floresta, uma parceria do Inpa com a Un i v e r s i d a d e d e Q u i o t o ,

patrocinado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). A exposição é organizada em dez linhas narrativas, que podem ser seguidas por ícones de orientação espalhados pelo espaço. Mas é o visitante quem decide o quanto e o que quer conhecer sobre aves, peixes, mamíferos, répteis e anfíbios, insetos, plantas e interações ecológicas entre os organismos e ambientes. É possível aprender s o bre i nt e r a ç õ e s an i m ai s plantas, entre animais, de gente com a oresta, do clima e ambiente, evolução, métodos cientí cos, água, energia e sobre a micro oresta que inclui os organismos minúsculos.

Ao andar pelas ruas escorregadias feitas de calcário da sagrada cidade de Jerusalém, quase se esquece que, por trás daquela paz e religiosidade, há um clima de tensão permanente no ar. A nal, Israel está no centro de um con ito que dura décadas com os seus vizinhos árabes. Mas essa obsessão por segurança tem lá suas vantagens. Uma delas é que esse pequeno país, que pode ser percorrido de uma ponta a outra em poucas horas de carro, precisa sobreviver a uma eterna crise geopolítica. Por conta disso, desenvolveu uma cultura militar que incentivou a inovação desde a década de 1960, ajudando no surgimento de uma mão de obra quali cada e com reputação internacional. É dessa cultura militarista que emergiu uma das comunidades mais inovadoras e empreendedoras do mundo. Tel Aviv, a capital de Israel, tem uma das maiores concentrações de startups do mundo, o que fez a cidade ganhar a alcunha de “o Vale do Silício do Oriente Médio”. Essa fama fez, em 2016, a montadora alemã Volkswagen procurar em Israel uma solução para um problema que só iria enfrentar muitos anos a frente: c om o b l i n d a r u m v e í c u l o autônomo de um ataque cibernético. Em Tel Aviv, uma cidade que mais parece um canteiro de obras devido aos novos centros empresariais que surgem a cada ano, os executivos alemães encontraram Yuval Diskin, ex-diretor da Agência de

primeira medida foi estabelecer uma unidade de 'cibersegurança' no Exército”, a rma o professor Issac Ben Israel, da Universidade de Tel Aviv e ex-general do Exército. “Alguns anos depois, já éramos responsáveis pelos principais sistemas de ataque e defesa virtual”. Hoje, Israel é um dos grandes polos de desenvolvimento de serviços digitais e suas empresas atraem a atenção de todo o planeta. É o caso do aplicativo de trânsito Waze, fundado pelos israelenses Uri Levine, Ehud Shabtai e Amir Shinar. O Google pagou US$ 1,1 bilhão pelo n e g ó c i o, e m 2 0 1 3 . O u t r o exemplo é o sistema de mensagens Viber, um rival do WhatsApp, adquirido pela japonesa Rakuten, por US$ 900 milhões, em 2014. São empresas como essas, criadas nas cidades de Tel Aviv, Jerusalém e Beer Sheva, ao lado de sinagogas, mesquitas e igrejas sagradas, que zeram com que o país tivesse projeção internacional. Pelo menos 300 multinacionais, como Intel, Google ou IBM, abriram centros de pesquisa e desenvolvimento em Israel. Por outro lado, as empresas israelenses deixaram as pequenas fronteiras de seu país para ganhar escala global. Na Nasdaq, a bolsa de valores de empresas de tecnologia e de internet, estão listadas 83 companhias israelenses. Muitas delas com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.

Segurança Interna de Israel. Poucos anos antes, ele fundara a Cymotive, uma empresa de sistemas de segurança virtual para automóveis. A montadora não teve dúvidas: comprou 40% da companhia por valores não divulgados. Agora, em fevereiro, toda a operação da Cymotive começará a migrar para Wolfsburg, sede da Volkswagen na Alemanha. “Acreditamos ser os melhores em sistemas cibernéticos porque temos as capacidades para 'hackear' o nosso próprio sistema”, diz Diskin. “Aprendemos onde estão as nossas vulnerabilidades e assim podemos aperfeiçoá-lo”. A história desse ex-militar que alcançou o sucesso após criar uma startup não é a única. Na verdade, esse é o padrão de toda a indústria israelense. Anualmente, mais de 300 novas empresas são abertas por exmilitares no país. Segundo o Fórum Econômico Mundial, existem entre 4.300 e 6.000 startups ativas, nascidas a partir de uma simbiose entre Forças Armadas, investimento público, fundos de investimentos e universidades. Um estudo da organização não governamental Startup Genome colocou Tel Aviv como a sexta melhor cidade do mundo para começar uma startup – atrás apenas do Vale do Silício, Nova York, Londres, Pequim e Boston. “Segurança virtual se tornou um problema para nós há 30 anos, quando os primeiros sistemas estavam sendo informatizados. Então, a

Jatos do futuro podem perder asas para aumentar eficiência As aeronaves podem passar por uma drástica cirurgia plástica. O setor está em busca de novos projetos para reduzir as emissões de carbono e melhorar a e ciência dos aviões. Uma ideia é fazer com que as asas façam parte da fuselagem do avião para reduzir a resistência e o ruído. Outra proposta usaria materiais compostos avançados para tornar os aviões mais leves. A KLM está investindo em um novo conceito. O “Flying-V”, desenvolvido pela Universidade Técnica de Del, procura dividir a aeronave em duas seções em direção à traseira,

transportar até 150 passageiros e entrar em operação em 2035. Um dos conceitos juntaria as asas com a parte traseira da aeronave e instalaria dois motores no corpo do avião. Com o novo design, a aeronave poderia reduzir as emissões de carbono em 30%. O outro é construir um avião totalmente elétrico com motores dentro LGAÇÃO das asas alimentados KLM/DIVU por baterias ou células de combustível. As pontas das asas seriam voltadas para dentro para melhorar a dois novos projetos de aviões e ciência aerodinâmica. menores que poderiam combinando o corpo com as asas. Isso dará à aeronave a mesma envergadura que o A350 da Airbus, transportando 314 passageiros, mas consumindo 20% menos combustível, informou a companhia aérea holandesa em comunicado. A Associação Internacional de Transporte Aéreo também avalia

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CIÊNCIA 7

08 a 15 DE JUNHO DE 2019

Mudanças climáticas Empresa lança cerveja podem acabar com instantânea para fazer a civilização até em casa 2050, diz estudo A bebida fica pronta após misturar extrato de cerveja e água com gás

CARINA BRITO

"Há um risco existencial para a civilização com consequências permanentes para a humanidade que nunca poderão ser desfeitas", afirmam os responsáveis pelo relatório PIXABAY

Um relatório publicado pelo Centro Nacional de Descoberta do Clima da Austrália defende que, s e nad a for feito, as mudanças climáticas podem levar ao colapso da civilização humana até 2050. Os especialistas acreditam que, no atual ritmo de aquecimento global, a temperatura subirá cerca de 3 graus Celsius nos próximos 30 anos. "Há um risco existencial para a civilização [...] com consequências negativas permanentes para a humanidade que nunca poderão ser desfeitas, aniquilando a vida inteligente permanentemente — ou reduzindo drasticamente seu potencial", escrevem. Dentre os responsáveis pelo relatório estão um antigo executivo da indústria petrolífera e o exministro da defesa australiano, Chris Barrie. Nesse cenário futuro, explicam

os autores, o mundo cará preso em uma "Terra de estufa", onde 35% da área terrestre global e 55% da população mundial estarão sujeitos a mais de 20 dias por ano de "condições letais de calor". Os ecossistemas entrarão em colapso, incluindo os recifes de corais, a Floresta Amazônica e o Ártico. A América do Norte, por exemplo, sofrerá incêndios devastadores, ondas de calor e secas, e na Ásia grandes rios serão severamente reduzidos, assim como a disponibilidade de água em todo o mundo, afetando cerca de dois bilhões de pessoas. Enquanto isso, na América Central, as chuvas diminuirão pela metade e a agricultura não será viável nos subtrópicos s e c o s . C on d i ç õ e s semipermanentes do El Niño prevalecerão e ondas de calor mortais persistirão em algumas áreas por mais de 100 dias por

ano — um bilhão de pessoas precisarão se mudar desses locais. "Esse cenário fornece um vislumbre de um mundo de 'caos total' em um caminho para o m da civilização humana e da sociedade moderna como a conhecemos em que os desa os à segurança global são simplesmente esmagadores e pânico político se torna a norma", argumentam os autores. Os especialistas apontam como solução uma estratégia de produção com zero carbono que seja mundial, industrial e econômica, e foque menos nos modelos climáticos e mais no pl anej amento de cenár ios extremos: "Para reduzir esse risco e proteger a civilização humana, uma enorme mobilização global de recursos é necessária na próxima década para construir um sistema industrial de emissões zero e preparar a restauração de um clima seguro". Embora os modelos climáticos sejam úteis para estudos, o documento ressalta que essas ferramentas muitas vezes erram por excesso de cautela e concentram-se nos resultados intermediários. Ao ignorar as possibilidades de alta impacto é, portanto, se preparar mal para um evento catastró co inesperado — mesmo que sua chance de ocorrer seja pequena.

Astrônomos detectam clarões misteriosos no espaço

Uma cerveja artesanal que você pode preparar para consumir na hora. Essa é a proposta da cervejaria Pratinha, localizada em Ribeirão Preto, que lançou um sachê com a bebida concentrada para ser misturada em água com gás. A cerveja instantânea faz parte da linha Magic Booze, uma linha de projetos inovadores da cervejaria. “Quisemos fazer a cerveja instantânea para ver se era possível”, a rma José Virgílio Braghetto Neto, sócio/diretor da Pratinha. “Primeiro, zemos um protótipo de uma cápsula para uma máquina de bebidas e veri camos que funcionou. E então pensamos em como fazer para as pessoas fazerem isso em casa sem precisar de uma máquina". Foram nove meses de trabalho no Beer Hack Lab, espaço de inovação e experiências da Pratinha. Segundo Neto, a fórmula da bebida instantânea

não tem diferença em relação à "cerveja mãe", que tem o rótulo Pratipa. "A versão instantânea é a mesma cerveja que colocamos na garrafa, mas ela passa por um pro c e ss o qu e c a e m u m volume extremamente concentrado", explica o empresário. Neto explica que a cerveja é congelada a - 40 ºC e tem a sua pressão reduzida. "Com isso, a parte líquida é sublimada e a cerveja vai cando na parte "sólida". Então fazemos um dry hopping, processo que adiciona lúpulo aromático e extrato de malte. Depois, a cerveja é parcialmente reconstruída até virar um extrato para ser embalado". Apesar de o termo instantâneo ajudar a explicar o conceito de preparar para consumir na hora, Neto diz que também pode causar uma impressão negativa. “As pessoas associam a um suco arti cial em pó ou uma sopa de baixa qualidade. No

nosso caso, é uma cerveja artesanal que simplesmente passou por um processo tecnológico para ter o seu volume reduzido”, explica Neto. “Quem prova geralmente fala que esperava algo diferente e que não fosse ter gosto de cerveja. Mas eles experimentam e veem que é cerveja”. E foi isso o que aconteceu no meu caso. Confesso que fui esperando uma cerveja um pouco sem gosto, como quando ela ca muito tempo aberta e você demora para beber. Mas na hora que a cerveja foi preparada, notei que ela é realmente parecida com a bebida engarrafada e tem até aquela espuma por cima. Agora posso con rmar: tem gosto de cerveja mesmo! O sachê está sendo vendido pela internet por R$ 14,90 com o prazo de entrega de 45 dias. Cada unidade contém 50 ml do extrato para ser misturado com 200 ml de água com gás gelada.

Junho de Júpiter

PIXABAY

Um grupo internacional de astrônomos descobriu um fenômeno misterioso na estrela dupla AG Draconis, que está a cerca de 16.000 anos-luz de distância da Terra. O sistema AG Draconis consiste de duas estrelas: uma gigante vermelha e uma anã branca. Estão a uma grande distância da Terra, por isso é difícil examiná-lo em detalhe, mas alguns dados sobre este sistema são conhecidos. Uma série de clarões anormais, que ocorreram na fase atual de atividade deste sistema, os resultados da observação foram publicados no repositório arXiv. Os cientistas identi caram 36 clarões em seis fases de atividade desde 1932. Os dados mostram que existem dois tipos de clarões: os "frios", que geralmente ocorrem no início da fase de atividade, e os "quentes",

que são menos brilhantes e acontecem mais tarde. Uma hipótese é que no sistema começam a ocorrer reações t e r m onu c l e are s qu an d o a velocidade de transferência de matéria de uma estrela para outra excede determinado valor crítico. A fase de atividade geralmente dura de nove a 15 anos, após a qual ocorre a fase de

repouso. No ent anto, em 2015, ocorreu um clarão "quente" no início da fase ativa, que se repetiu em 2016, 2017 e 2018. Esta é a primeira alteração na sequência em 130 anos de obser vação. Os cientistas estimaram que o próximo surto deveria ocorrer na primavera de 2019. Os cientistas ainda não têm uma resposta exata sobre o que está relacionado com os clarões em AG Draconis. De acordo com a versão mais aceita, quando a gravidade de uma anã branca pega matéria de uma estrela gigante, forma-se um disco de acreção dessa matéria que envolve a anã branca e que mais tarde cai sobre sua superfície.

Gigante gasoso e suas quatro maiores luas serão visíveis da Terra ©

AP PHOTO/ESA/HUBBLE

No s p r óx i m o s d i a s , s e r á p ossível obs er var Júpiter praticamente a olho nu, bem como os quatros principais satélites naturais do maior planeta do nosso Sistema Solar com a ajuda de instrumentos simples. Segundo a Nasa, o dia 10 de junho será o melhor momento para observar o gigante gasoso, pois é quando ele estará em oposição ao Sol, ou seja, quando a Terra se alinhar entre Júpiter e a estrela. Desta forma, Júpiter cará

visível durante toda a noite. Além disso, estará localizado no ponto da sua órbita mais próximo do nosso planeta. Para quem não puder apreciar esse fenômeno astronômico no dia 10, terá outras chances: o planeta distante poderá ser observado em detalhe durante todo o mês, diz a agência espacial. "Vai parecer fantástico através de binóculos ou de um pequeno telescópio, o que nos permitirá observar as quatro maiores luas e talvez até localizar as nuvens

que rodeiam o planeta", diz a Nasa. O que há para junho? Júpiter estará visível a noite toda, enquanto Mercúrio e Marte decidem se aproximar, e a Lua revela a sua órbita inclinada. O melhor momento para obser vá-lo será quando o planeta estiver localizado ao sul da constelação de Ophiuchus. Na data especi cada, Júpiter aparecerá na parte oriental do céu e se moverá para ocidente, de acordo com o canal Eventos Astronômicos do YouTube.


8 BEM-ESTAR

08 a 15 DE JUNHO DE 2019

LUIZ TOLEDO DE SÁ Biólogo e escritor

Para melhorar agora REPRODUÇÃO INTERNET

da cama se estiver adoentado; Modi car a posição de alguns móveis de sua casa; Prestar um favor a quem passa por maiores di culdades que as suas; Fazer uma lista de todas as coisas boas que já lhe ocorreram; Limpar suas gavetas; Engraxar os sapatos e dar uma boa risada. Cultivar uma or ou um jardim. O importante é interromper o quanto antes o circuito da melancolia fazendo algo de bom por si mesmo, a m de que Deus não o encontre de braços cruzados esperando a morte chegar.

A doença é acidente de percurso que não impede a marcha. Sadio e con ante, avanço vitalizado para hábito de fonte geradora da vida. Se você se sente abatido, faça alguma coisa para sair desse estado de prostração íntima. Isso é um veneno perigoso para a saúde! Você não precisará de grandes feitos para espantar a apatia. Levante-se logo da cama ou do sofá e experimente, por exemplo: Tomar um banho; Fazer uma prece; Ler algo edi cante; Ouvir ou cantar uma canção agradável; Conversar com um amigo; Caminhar por 15 minutos no quarteirão de sua casa; Dar pelo menos alguns passos em volta

Livro: Reflexões que curam de Luiz Toledo de Sá [baseado no livro “O Médio Jesus” de José Carlos de Lucas]

Seca pode matar milhões de pessoas na Somália, diz ONU TIM J. KEEGAN/LAKE HUME

Os profundos benefícios de cochilos para crianças Estudo confirma o que muitos pais já sabiam: que cochilos são muito importantes para a saúde e o desempenho das crianças REPRODUÇÃO INTERNET

O coordenador de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) a rma que mais de dois milhões de homens, mulheres e

crianças podem morrer de fome na Somália até o nal do verão se a ajuda i nte r na c i ona l nã o for enviada rapidamente para o país africano.

O subsecretário-geral da ONU, Mark Lowcock, diz que cerca de US$ 700 milhões são necessários depois de uma temporada de chuvas que matou tanto o gado quanto as plantações. L owco ck anunciou na terça-feira (5) que o Fundo Central de Resposta a Emergênci as d a ONU alocou US$ 45 milhões para a compra de alimentos, água e itens básicos para a Somália, bem como partes do Quênia e da Etiópia também afetadas por secas. Na Somália, cerca de três milhões de outras pessoas estão lutando apenas para ate nd e r à s e x i gê nc i a s mínimas de alimentos.

Um a n ov a p e s qu i s a d a Universidade da Pensilvânia e d a Un i v e r s i d a d e d a Califórnia em Irvine (ambas nos EUA) con rmou o que muitos pais já sabiam: que cochilos são muito importantes para a saúde e o desempenho das crianças. O estudo envolveu quase três mil alunos do quarto, quinto e sexto ano, com idades entre 10 e 12 anos. Os pesquisadores encontraram uma conexão entre um cochilo ao meio-dia e maior felicidade, autocontrole e resiliência; menos problemas comportamentais; e maior Q I , e s t e ú l t i m o particularmente para os alunos da sexta série. As descobertas mais robustas foram associadas ao

desempenho acadêmico. “As crianças que cochilavam três ou mais vezes por semana se bene ciaram de um aumento de 7,6% no desempenho a c a d ê m i c o n a 6 ª s é r i e. Quantas crianças não querem que as suas pontuações subam 7,6 pontos em 100?”, esclarece um dos autores do estudo, Adrian Raine. A de ciência de sono e a sonolência diurna foram surpreendentemente generalizadas, com a sonolência afetando até 20% de todas as crianças. Na ciência, os efeitos negativos cognitivos, emocionais e físicos de um sono de má qualidade são bem estabelecidos. No entanto, a maioria das pesquisas realizadas sobre sono em

crianças até agora se concentraram em indivíduos com idade pré-escolar. Isso é parcialmente porque, em lugares como os Estados Unidos, o hábito do cochilo cessa completamente quando as crianças cam mais velhas. Na China, no entanto, a prática é incorporada à vida cotidiana, continuando até o ensino fundamental e médio. Então, os pesquisadores, liderados por Jianghong Liu, professor de enfermagem e saúde pública da Universidade da Pensilvânia, recorreram a uma pesquisa chinesa chamada “China J i n t a n C o h o r t S t u d y ”, iniciada em 2004 para acompanhar participantes desde a infância até a adolescência.


SAÚDE 9

08 a 15 DE JUNHO DE 2019

Insulina inalável de ação rápida

é aprovada no Brasil Com nome de Afrezza, droga substitui parte das picadas diárias necessárias para diabéticos DIVULGAÇÃO

Um a i n s u l i n a i n a l áv e l f oi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode substituir, em parte, as picadas diárias de injeção dos diabéticos. Batizada de Afrezza e fabricada por duas empresas —Biomm e MannKind Corporation—, ela tem ação rápida. Esse tipo de insulina é geralmente usado antes das refeições para equilibrar a quantidade de insulina na cor rente s anguíne a ap ós a ingestão de alimentos e deve ser utilizado junto com insulinas de ação lenta, conhecidas como basais, que mantêm o controle da glicose em períodos mais longos, como a madrugada. As insulinas de ação rápida são indicadas a quem tem diabetes tipo 1 e pessoas com o tipo 2 que têm uma produção muito baixa do hormônio, responsável pelo controle dos níveis glicêmicos no sangue. Segundo João Salles, vicepresidente da Sociedade

Brasileira de Diabetes (SBD), a nova droga pode fazer com que pacientes cansados de picadas — as versões atuais de insulina são injetáveis — sigam o tratamento com mais atenção e de modo mais correto. "A prandial [insulina de ação rápida] deve ser usada, no mínimo, três vezes ao dia. Alguns pacientes não aplicam, principalmente os com diabetes tipo 2", diz Salles. Não é a primeira vez que uma insulina inalável é aprovada no Brasil. Em 2006, a Anvis a aprovou a Exubera, da farmacêutica P zer, que era usada com o auxílio de um inalador, parecido com o que é usado por pessoas que sofrem com crises de bronquite. No ano seguinte à entrada no mercado, p oré m , a e mpre s a t i rou o medicamento de circulação, causando surpresa entre especialistas. Ciro Massari, farmacêutico da Biomm, a rma que não há

relações entre o Exubera, da P zer, e o novo medicamento, que iniciou seu processo de aprovação pela FDA (agência americana que scaliza e regulamenta alimentos e remédios) em 2011 e foi aprovado em 2015 após estudos atestarem sua efetividade. Um dos pontos que diferencia o Afrezza das atuais insulinas prandiais injetáveis, segundo

Massari, é a menor possibilidade de hipoglicemias horas após a administração da droga. Outro diferencial, diz Salles, é a velocidade de ação do medicamento. Enquanto nas insulinas injetáveis o efeito começa a surgir em cerca de 15 minutos e os níveis máximos de hormônio na corrente sanguínea ocorrem em 1h, com o Afrezza o pico de ação já ocorre nos

primeiros 15 minutos após a administração. Mas, para usar a nova insulina, os pacientes deverão fazer um exame anual, chamado espirometria, para constatar a capacidade pulmonar. A insulina inalável não deve ser usada por fumantes e por pessoas com problemas pulmonares c rôn i c o s . O s e s p e c i a l i s t a s a rmam que, nesses casos, o

medicamento não trará o efeito desejado, o que, a longo prazo, pode signi car complicações por descontrole da diabetes. Erika Parente, diretora do d e p ar t am e nt o d e d i ab e t e s mellitus da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), diz que também há contraindicação para uso em pacientes menores de 18 anos, por falta de estudos clínicos para esse grupo. A Biomm a rma que o medicamente deve estar disponível ao público antes do m deste ano. A farmacêutica ainda não tem de nição sobre preços do produto, mas Massari diz que ele provavelmente será mais caro do que as versões injetáveis de insulina, que podem ser encontradas a partir de R$ 30 aproximadamente. Entre 2006 e 2016, o número de diabéticos aumentou em quase 62% no Brasil, atingindo, dessa forma, cerca de 9% da população brasileira.

Autismo teria ligação em Após estagnação, índice comum com mutações de fumantes volta a ter existentes no estômago queda no País e chega a 9,3%

De acordo com nova pesquisa, distúrbios gastrointestinais compartilhariam mutações genéticas que são responsáveis pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA) PIXABAY

Um time internacional de pesquisadores descobriu que o autismo estaria relacionado a problemas estomacais, pois há mutações genéticas comuns entre estruturas semelhantes no cérebro e no estômago. Com isso, podem surgir novas possibilidades de tratamento para atenuar as disfunções comportamentais ligadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Nós sabemos que o cérebro e o estômago compartilham muitos neurônios e, agora, pela primeira vez, nós con rmamos que eles t a m b é m c o mp a r t i l h a m a s mesmas mutações genéticas”, a rmou Elisa Hill-Yardin da Universidade do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, na Austrália. O intestino possui a maior concentração de neurônios fora do sistema

nervoso central: o processo de digestão, por exemplo, não depende de uma ação comandada pelo cérebro. Segundo Hill-Yardin, mais de 90% das pessoas com autismo sofrem de problemas estomacais, o que pode afetar a vida diária dessas pessoas. Porém, por muito tempo, cientistas se focaram no estudo do cérebro para entender melhor a doença, s em investigar o sistema digestivo. “Nossos achados sugerem que os problemas gastrointestinais podem vir das mesmas mutações nos genes que são responsáveis pelas anomalias

comportamentais e cerebrais do a u t i s m o ”, e x p l i c o u a pesquisadora. Os cientistas estudaram a função e a estrutura do estômago em ratos e também analisaram estudos pré-clínicos anteriores feitos em animais. A pesquisa se baseou ainda em uma pesquisa de 2003, na qual um grupo de cientistas teria descoberto uma mutação genética que causa o distúrbio neurológico, ao alterar a estrutura responsável pela ligação entre os neurônios. Os pesquisadores encontraram agora diferenças signi cativas nos micróbios dos estômagos dos ratos que apresentavam a mutação, quando comparados àqueles que não possuíam a mesma mutação genética. S e g u n d o H i l l - Ya r d i n , a a lte r a ç ã o ge n é t i c a é r ar a , alterando o número de neurônios do intestino e afetando a resposta de um neurotransmissor ligado ao autismo. De acordo com a pesquisa, tal mutação também aumentaria a velocidade com que a comida se movimenta no intestino delgado.

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Número, porém, ainda é considerado alto, diz Ministério da Saúde Ap ós um p er ío do de estagnação, o índice de brasileiros que se declaram como fumantes voltou a ter queda no País. Dados inéditos do Ministério da Saúde apontam que, em 2018, 9,3% da população adulta se declaravam como fumante. Para comparação, nos dois anos anteriores, esse percentual estava estagnado entre 10,2% e 10,1%. Os dados são da última edição da pesquisa Vigitel, estudo realizado todos os anos e que monitora fatores de risco para doenças crônicas. Foram ouvidas 52.395 pessoas acima de 18 anos em todas as capitais do País. Desde que a pesquisa Vigitel começou a ser realizada, o percentual de pessoas que se declaram fumantes caiu 40% – passou de 15,7% para 9,3%. O ritmo de queda, porém, vinha desacelerando nos últimos anos, chegando a uma estagnação entre 2016 e 2017. Ainda não há explicações sobre o que levou a essa possível retomada na tendência. Para o Ministério da Saúde, porém, a queda pode ter relação com uma maior adesão às políticas de controle do tabagismo adotadas

THINKSTOCK/VEJA

nos últimos anos. “Mudar comportamento não é algo que se faz do dia para a noite, mas que aos poucos vai entrando no cotidiano”, diz o diretor de doenças e agravos da pasta, Eduardo Macário, que comemora os dados. “Isso mostra o quanto essas políticas têm sido e cazes". Dados da pesquisa Vigitel também mostram que os homens ainda fumam mais do que as mulheres. Entre eles, o índice é de 12,1%. Já entre elas, é de 6,9%. O estudo aponta ainda que a população menos escolarizada é a mais vulnerável ao cigarro — ao todo, 13% dos entrevistados com até oito anos de estudo disseram ser fumantes. A taxa cou em 6,2% entre aqueles com 12 ou mais anos de estudo.

Neste ano, as políticas de controle do tabagismo voltaram à pauta após o ministro da Justiça, Sérgio Moro, criar um grupo de trabalho para avaliar uma possível redução de impostos sobre cigarros no País como alternativa para combater o contrabando. A medida, p orém, gerou críticas de entidades e do M i n i s t é r i o d a S aú d e , q u e apontam risco de que uma eventual redução de preços leve a um aumento no consumo, sobretudo entre a população de menor renda. "Independente do cigarro ser ilegal ou taxado, ele tem risco de saúde comprovado em estudos, e iss o nã o p o d e mo s desconsiderar", completa Macário.


10 GERAL

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A Copa da visibilidade para o futebol feminino Nunca antes na história do futebol o Mundial das mulheres foi tão divulgado e comentado. Em baixa, seleção brasileira se apoia em poder de superação das mais experientes LUCAS FIGUEIREDO/CBF

A Copa do Mundo Feminina 2019 começou nesta sexta-feira (7), às 16h (horário de Brasília), com o jogo inaugural entre a an triã França e a Coreia do Sul. Esta será apenas a oitava edição do torneio para as mulheres, que começou a ser disputado em 1991. Porém, antes mesmo do pontapé inicial, não há dúvidas de que nenhum outro Mundial concentra tantos holofotes, apelo e receitas. O recorde de ingressos vendidos foi batido ainda em abril. As entradas para a nal, semi nais e a partida de estreia das donas da casa se esgotaram em menos de 48 horas. E, em suas projeções mais comedidas, a FIFA espera obter audiência de 1 bilhão de pessoas em 135 países. Embora coincida com a disputa da Copa América em solo nacional, o megaevento feminino também promete fazer barulho no Brasil. Pela primeira vez, todos os jogos da seleção brasileira serão transmitidos pela Globo, maior emissora de TV do País. A Band, que exibe o C amp eonato Brasileiro da categoria, também transmitirá o torneio sediado na França. “Muita gente só está descobrindo agora que existe uma Copa feminina”, a rma Juliana Cabral, ex-zagueira e capitã do Brasil no Mundial de

2003. “A exposição em televisão aberta é um ponto de virada importante. Contribui para mudar a visão das empresas sobre a modalidade. Antes, o futebol feminino era enxergado como um bando de mulher correndo atrás da bola, não como um produto”. Assim como a transmissão global, pela primeira vez as mulheres terão uniforme especialmente desenhado para elas. O modelo da Nike leva um selo estampado com a expressão “Mulheres Guerreiras do Brasil”. C omo de praxe em C opas protagonizadas por homens, a fornecedora de material

esportivo produziu um comercial temático exaltando o poder da representatividade feminina dentro e fora do c amp o. A Ad i d as d e u u m impulso ainda maior. Além dos uniformes exclusivos para as equipes que patrocina, a marca alemã decidiu igualar a pre m i a ç ã o d o f e m i n i n o à oferecida aos times masculinos. Incentivar a modalidade, aos poucos, tem se tornado um diferencial competitivo para o mercado publicitário, que já não pode mais car indiferente ao crescimento de interesse e mobilização ao seu redor. Em maio, o Guaraná

Antarctica lançou a campanha “É Coisa Nossa”, incentivando outras empresas a investir no futebol feminino e fazendo um me a - c u lp a . Ap e s ar d e s e r patrocinadora das seleções há 18 anos, a marca de refrigerante reconhece que utilizou poucas atletas em seus comerciais. “A ideia é valorizar todas as coisas que o Brasil tem de bom, e o futebol feminino é uma delas”, diz o gerente de marketing D an i e l Si l b e r. “Q u e re m o s divulgar todo o potencial dessas meninas.” Marcas e empresas como DMCard, Gol, Lay's, O Boticário e Nescau aderiram ao movimento para explorar a

imagem de jogadoras em campanhas. No último 8 de março, Dia Internacional da Mulher, O Boticário já havia anunciado que irá adotar horários exíveis durante a Copa do Mundo e liberar funcionários para assistir aos jogos do Brasil. “É hora da equidade de gênero entrar em campo e trazer mais diversidade, perspectivas e oportunidades”, prega a campanha, que já conta com adesão de pelo menos 50 empresas. “Apesar de já termos atletas do futebol feminino contempladas, percebemos que seria importante dar um passo além para reforçar ainda mais a intenção de apoio à modalidade”, explica Carlos Tamaki, diretor nanceiro da DMCard, que patrocina atletas de futebol e futsal em São José dos Campos (SP). Porém, em que pese a maior repercussão, o abismo entre homens e mulheres ainda soa constrangedor no futebol. Um dos indicativos é a premiação paga pela FIFA às seleções participantes do Mundial. A federação dobrou o valor dos prêmios em relação à última edição, mas a quantia não chega a 1% do montante destinado aos times masculinos em 2018. Campeã sob a batuta de Griezmann e Mbappé, a França

recebeu 38 milhões de dólares. Caso repitam o feito, a seleção feminina do país-sede cará somente com 4 milhões. Por se indignar com tamanha disparidade, a craque norueguesa Ada Hegerberg, de 23 anos, tomou a decisão de não ir à Copa. Na contramão da euforia pela visibilidade sem precedentes da competição, a seleção brasileira chega desacreditada para a disputa na França. O time comandado pelo técnico Vadão acumula nove derrotas em nove amistosos preparatórios. A falta de consistência tática faz com que a equipe seja ainda mais dependente da experiência e do talento individual de nomes como Marta, Cristiane e Formiga, que participará de seu sétimo Mundial. “Convivi com muitas dessas jogadoras e sei da capacidade que elas têm de superar desa os”, diz Juliana Cabral, hoje professora de educação física no Colégio Franciscano Pio XII. “É um m o m e nt o e s p e c i a l p a r a a modalidade, mas não para a seleção. Não houve evolução nas derrotas e as expectativas de título são baixas. O que pode fazer a diferença é o poder de superação das nossas atletas”.

Mudança do Vital Brazil gera alarde Diretor do Butantan nega fechamento, diz que o atendimento deverá ir para o Emílio Ribas e quer aumentar produção e distribuição do soro

JARDIEL CARVALHO/FOLHAPRESS

.Referência na capital paulista em acidentes com animais peçonhentos, o Hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan, deverá transferir o atendimento de pacientes para o Hospital Emílio Ribas, especializado em infectologia.

Ainda não há uma data para a mudança, mas um anúncio informal feito internamente a um grupo de funcionários causou alarde nesta semana nas redes sociais e na área médica com boatos de um eventual fechamento do hospital que

tem quase 80 anos de história. “Os médicos do Vital Brazil oferecem orientações a colegas de outros locais em relação a diagnóstico e prescrição a pessoas acidentadas. Quem atenderá essa demanda com o fechamento se esse serviço de

referência não existir mais?”, i n d ag a G e rs on S a lv a d or, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). A polêmica ocorre em um momento em que crescem os casos e as mortes por picadas de

escorpião no estado de São Paulo. No ano passado, foram 26.929 noti cações, com 12 mortes. No Brasil, foram 20 no total. S e g u n d o S a l v a d o r, o s acidentes com animais peçonhentos atingem principalmente as pessoas mais pobres que vivem nas periferias, regiões rurais ou de mata. “São doenças negligenciadas e, em vez de o governo ampliar o acesso ao tratamento, ele tem diminuído os recursos em um hospital que custa muito pouco para o estado de São Paulo. O impacto econômico não justi ca o fechamento do serviço”. Dimas Tadeu Covas, diretor

do Instituto Butantan, a rma que o serviço não será fechado. Ele explica que está sendo elaborado um plano estadual para melhorar o atendimento dos acidentes com animais peçonhentos e que a mudança no Hospital Vital Brazil faz parte desse projeto. A ideia, a rma Covas, é transferir a parte assistencial para uma ala reformada do Emílio Ribas. “O Hospital Vital Brazil teria uma porta de entrada diferenciada na Av. doutor Arnaldo, junto ao Emílio Ribas. A ideia está colocada, mas ainda não tem d e n i ç ã o d e pr a z o s p el a secretaria [estadual da saúde]”, diz.


COMPORTAMENTO 11

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frio está chegando e, com ele, os cuidados que devemos ter com nossos cabelos. Não se iluda, todos os tipos de os sofrem com as mudanças climáticas. O vento faz com que nossos cabelos quem ressecados e com pontas duplas. Cabelos oleosos devem ser sempre lavados com água morna e os secos, em temperatura ambiente. Ao menos uma vez por semana, hidrate com máscara de nutrição. A nossa pro ssional de beleza, Marina Ribeiro, tem uma dica maravilhosa para quem quer continuar linda neste inverno.

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Casamentos de crianças O conceito de raça é também envolvem uma mentira milhões de meninos, afirma Unicef REPRODUÇÃO INTERNET

AFP

Diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore Quase 115 milhões de homens foram casados ao redor do mundo quando ainda eram crianças – informou nesta sexta-feira (7) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base na primeira análise mundial sobre o tema, que compreende 82 países. O número eleva para 765 milhões o total de meninos e meninas casados antes da idade adulta, destaca um comunicado da agência da ONU. Dos 115 milhões de homens, um em cada cinco, ou seja 23 milhões, casou antes dos 15 anos. O fenômeno acontece, sobretudo, na África Subsaariana, América Latina e Caribe, sul e leste da Ásia e no

Pací co. “Estes casamentos r o u b a r a m s u a i n f â n c i a”, denunciou em um comunicado a diretora-geral do Unicef, Henrietta Fore. “Os casados são obrigados a assumir responsabilidades de adultos para as quais não têm por quê estarem preparados. Os casamentos precoces levam a uma paternidade precoce e, com ela, a uma pressão adicional para criar uma família, reduzindo as possibilidades de educação e de emprego”, destacou. O estudo mostra que a República Centro-Africana tem a maior taxa de meninos casados (28%), à frente da Nicarágua (19%) e de

Madagascar (13%). As meninas continuam sendo majoritárias entre os menores de idade casados, recorda o Unicef. Mas enquanto existem muitos estudos sobre o casamento de meninas, poucas investigações foram registradas até agora sobre os meninos, a rma um comunicado. “Casar meninos e meninas na infância atenta contra a Convenção sobre os Direitos das Crianças, aprovada há 30 anos”, declarou Fore. Com a ajuda de investigações e investimentos, “podemos acabar com esta violação”, completou.

Em muitos aspectos, atitudes racistas têm visto um aumento em diversos países nos últimos anos, incluindo Hungria, Alemanha, Mianmar, Índia, E UA e B r a s i l , p a r a n ã o mencionar as hor roros as matanças na Nova Zelândia e no Sri Lanka. Nos Estados Unidos, em 2017, os crimes de ódio aumentaram pelo terceiro ano consecutivo. Vale mencionar que o próprio presidente do país, Donald Trump, já fez a rmações do tipo “mexicanos são tra cantes e estupradores” e “alguns neonazistas são pessoas muito boas”. No Brasil, um levantamento da ONG SaferNet apontou um aumento sig ni c at ivo no nú me ro d e d e nú nc i as d e discurso de ódio ou intolerância na internet du r a nt e p e r í o d o e nt re o primeiro e o segundo turno das eleições de 2018. As denúncias

com teor de xenofobia cresceram 2.369,5%, de apologia e incitação a crimes contra a vida, 630,52%, de n e o n a z i s m o, 5 4 8 , 4 % , d e homofobia, 350,2%, de racismo, 218,2%, e de intolerância religiosa, 145,13%. Para combater esse aumento do racismo, há dois aspectos principais a serem considerados. O primeiro é que a própria ideia de “raça” é uma mentira. E o segundo é que usar essa palavra, mesmo que for para criticá-la, reforça a falsa crença de que os seres humanos pertencem a grupos fundamentalmente diferentes. Isso porque, quanto mais uma palavra é usada, mais certos circuitos cerebrais são ativados e mais forte se torna a metáfora, conforme explica o cientista cognitivo George Lakoff. De acordo com a Sociedade Americana de Genética Humana, a maior organização

pro ssional de cientistas da área, “a ciência da genética demonstra que os seres hu mano s nã o p o d e m s e r divididos em subcategorias biologicamente distintas”, o que “desa a o conceito tradicional de diferentes raças humanas como biologicamente separadas e distintas”. Em outras palavras, a raça em si é uma construção social, sem base biológica. É importante ressalvar ainda que todos os humanos modernos tiveram origem na África. A nossa espécie evoluiu no continente e depois migrou para o resto do mundo. Além disso, a pesquisa do estatístico Joseph Chang, da Universidade Yale (EUA), descobriu que o ancestral comum mais recente de todos os que vivem atualmente andou pela Terra há meros 3.600 anos. Portanto, só existe uma raça: a humana. (Hypescience)


12 OLHAR DE UMA LENTE

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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória - Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

O Meio Ambiente pede socorro! Nada temos a festejar MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

desenfreada, que não se importa

ambiente, continua destruindo o

somente na natureza, mas que em nome de uma ingestão

assumam a defesa ambiental do planeta? Um dos maiores desa os do Ministério Público é garantir a efetiva responsabilização pelos crimes cometidos contra o meio ambiente. Como temos que atuar com base na legislação nacional, a punição é, muitas vezes, restrita, e a reparação local do dano nem sempre condiz com a dimensão do crime, o que prejudica o meio ambiente em solo doméstico e também além”, a rmou. Logo após o pronunciamento, Ricardo Salles deixou o Plenário sob vaias de ambientalistas. O senador R andolfe Rodrigues (Rede-AP) classi cou a postura do ministro de abandonar a sessão como “indignidade misturada com covardia”. Para o parlamentar, “a p olítica ambient al de Jair B olsonaro ofende acordos e tratados internacionais para o EDÍLSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

05 de junho, dia que comemoramos o cialmente o Dia do Meio Ambiente. Tudo começou com a primeira convenção da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972. Num momento em que nossas orestas, nossos animais, nossas matas, nossos rios, nossos mares e oceanos são agredidos deliberadamente sem a devida atuação scalizadora dos órgãos governamentais responsáveis, ca a pergunta, o que temos a comemorar? A natureza pede socorro! O derretimento das geleiras é fato, as mudanças climáticas, as alterações no comportamento dos animais, são fruto dessa força descontrolada e destruidora em busca de produção, a todo custo, para um consumo exacerbado e cego de uma população iludida e enganada p e l o m e rc a d o g an an c i o s o e consumista. Onde vamos parar? Produtos que exigem grande consumo de água e de energia, ou seja, matérias-primas encontradas

como vermes, corroem, parasitam a todo instante o planeta para atender uma demanda populacional mundial. Historicamente, a natureza vem sofrendo essas agressões desde a revolução industrial em nome do “progresso”. A indústria pecuarista consome mais de 10 mil litros de água para produzir 400 gramas de carne; as s i d e r ú rg i c a s s e ap o ss am d e milhares de metros quadrados para depósitos de rejeitos na fabricação de metais – Mariana, Brumadinho e Barão de Cocais, todas no estado de Minas Gerais; a indústria imobiliária que condena cidades inteiras à superpopulação com ocupações ilegais nos manguezais, mananciais e reservas, sem dizer a ausência do poder público com a falta de planejamento e leis habitacionais mais rígidas e planos

nem um pouco com as gerações futuras e muito menos com o meio

que temos de mais belo. Segmentos poluidores trabalham

urbanos responsáveis. Para o presidente da comissão de Meio ambiente no Senado, Fabiano Contarato, que passou a semana na Alemanha, o momento é de preocupação. “Instalou-se uma a ge n d a d e re t ro c e s s o s e d e desmonte do Ministério do Meio Ambiente, de políticas públicas e de negação das pesquisas cientí cas”. Na última quinta-feira (06), em sessão especial do Plenário para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge disse, “Quantos rios precisarão morrer? Quantas vidas deverão estar extintas? Quanta gente poderá migrar até que o apelo seja efetivamente ouvido e todos

combate às mudanças climáticas, o que faz do Brasil 'motivo de vergonha mundial'”. “O cara-de-pau do ministro esquece de dizer que a intenção desse governo é destinar o Fundo da Amazônia para quem desmatou o me i o ambi e nte, g r i l e i ro s , ruralistas. Nunca a verdade foi tão violentada nesse Plenário como no dia de hoje. Nunca vi tanto ato de covardia, como no dia de hoje. O ministro teria feito talvez um ato mel hor s e nem aqui t ivess e comparecido. Para comparecer, vomitar mentiras e sair fugidio, covardemente, era melhor não ter vindo”, disse”. E a luta precisa continuar...


BRASIL 13

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A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

HÉLIO FILHO/SECOM

Rose de Freitas (Pode-ES) Violência doméstica

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Felipe Rigoni (PSB-ES) Frente Parlamentar Mista Ética Contra a Corrupção Mais transparência. O deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) assinou manifestação de apoio às 12 sugestões feitas pelo Ministério Público Federal ao Tribunal Superior Eleitoral para melhorar a scalização dos partidos políticos. A assinatura foi realizada em evento da Frente Parlamentar Mista Ética Contra a Corrupção (FECC) na quinta-feira (06). “Nossa função é, além de combater a corrupção, construir instituições que busquem a integridade. Essa é uma luta enorme, que passa pelo que o documento defende: a transparência nos partidos”, detalhou. “Esse elo entre partidos, sociedade e poder não pode ser quebrado. Infelizmente, todos nós sabemos que os partidos no Brasil são instituições imperiais, com pouquíssima transparência, o que gera uma democracia também frágil. As recomendações do MPF são importantes para, em médio prazo, transformar nossa democracia”, argumentou Rigoni.

Renato Casagrande (PSB-ES)

Senador Contarato viaja à Alemanha para tratar de temas do Meio Ambiente

Entrega de pistolas à PMES

Norma Ayub (DEM-ES) Primeira Olimpíada do Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita Cachoeiro vai sediar a “Primeira Olimpíada do Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita”. A deputada federal Norma Ayub levou o tema ao Plenário da Câmara, e destacou a importância do Instituto do Coração de Cachoeiro de Itapemirim, implantado pelo deputado Ferraço, quando prefeito, e também o trabalho da Drª. Andressa Mussi, a qual parabenizou pela nobre missão de manter a saúde do coração de nossas crianças.

O governador do Estado, Renato Casagrande, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Sá, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Barreto, realizaram, na manhã de quartafeira (5), às 7h30, no auditório do prédio do Departamento de Imprensa O cial do Estado, a entrega de 2905 pistolas modelo Glock (calibres nove milímetros e ponto 40) às forças táticas e unidades especializadas da PM. Fabrício Gandini (PPSA aquisição é fruto de um processo iniciado em 2012 e representa um marco na Corporação em ES) relação à compra de armamentos de porte. Através do estudo das possibilidades de aquisição Programa Família Acolhedora internacional, veri cou-se as melhores características de e ciência e segurança para o O Estatuto da Criança e do armamento pretendido à Polícia Militar e, em 2017, Adoles cente (ECA) é claro: esse trabalho foi concluído com a realização do crianças ou adolescentes têm o pregão eletrônico internacional para aquisição de pistolas para os seguimentos operacionais. Ao todo, direito de serem criadas por uma família, em um a PMES recebeu 2905 pistolas, sendo 2405 no ambiente sadio, recebendo todos os cuidados, como calibre .40 e as outras 500 no calibre 9 mm. acesso à saúde, alimentação, educação e lazer. Muitas, infelizmente, não encontram esse ambiente em suas casas. Pensando nisso, o deputado estadual Fabrício Sérgio Majeski (PSBGandini apresentou um projeto de lei que institui o ES) Programa de Guarda Temporária de Crianças e Adolescentes (Família Acolhedora) no Espírito Santo. Reforma e ampliação da O Programa Família Acolhedora tem por objetivo Escola Estadual Aristóbulo acolher e atender temporariamente crianças e adolescentes, que estejam em situação de risco pessoal ou Barbosa Leão social em razão de abandono, negligência familiar, violência ou opressão, afastados da família de origem por O deputado apresentou decisão judicial. requerimento na Assembleia Legislativa para que o A ideia é que esses meninos e meninas sejam acolhidos Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES) realize por famílias da comunidade, constituindo uma rede inspeção e auditoria das obras de reforma e social espontânea e de proteção integral. “O apoio de uma ampliação da Escola Estadual Aristóbulo Barbosa família substituta representa a possibilidade da Leão, no município da Serra. continuidade da convivência familiar e comunitária em A intenção é apurar se houve alguma ambiente adequado, onde a criança possa expressar sua irresponsabilidade no processo. Iniciados em 2012, individualidade e ter minimizado o seu sofrimento diante os trabalhos foram paralisados e abandonados em dos problemas que enfrenta”, destaca Gandini. 2018. Mesmo já tendo investindo cerca de R$ 6 milhões de recursos públicos nas obras, em setembro Janete de Sá (PMN-ES) de 2018 o governo do Estado demoliu o prédio, por avaliar que a estrutura estava comprometida, ao custo de R$ 290 mil, prometendo reiniciar as obras no Café capixaba mais competitivo mesmo ano, o que não aconteceu. Sérgio Vidigal “Desde 2015 questionamos formalmente o governo Projeto de Lei quer reduzir de (PDT-ES) sobre as obras da escola. Somando o aluguel, já são 12% para 7% a alíquota de ICMS mais de R$ 11 milhões de recursos públicos para circulação interestadual do investidos. Solicitamos a apuração técnica café conilon produzido no ES. A Hospital Materno especializada para que não pairem dúvidas sobre matéria, de autoria da deputada Infantil, na Serra Janete de Sá, pretende igualar a alíquota já existente no todo o processo”, destaca o deputado Majeski. arábica. “O objetivo é tornar o café capixaba mais competitivo sem perder receita, por conta de fraudes O deputado federal Soraya Manato (PSLscais. Dados estimados apontam que nos últimos dois Sérgio Vidigal (PDT-ES) se reuniu, na quarta-feira anos o Estado teve uma evasão de três milhões de sacas ES) (5), com o ministro da Saúde, Luiz Henrique de conilon, que não foram guiadas pelo ES. Mandetta para agradecer a liberação de mais R$ 3 Considerando que a alíquota fosse de 7%, o Estado milhões para o Hospital Materno Infantil, na Reeducação nas escolas poderia ter arrecadado uma quantia superior a 52 Serra. milhões de reais no último biênio. Com essa melhoria Importante destacar que, em duas semanas, o Na quarta-feira (5), a na competitividade o nosso produtor rural teria acesso a Ministério da Saúde anunciou mais recursos para Comissão de Educação da novos mercados que hoje não tem, por conta da as obras. Nesta semana, foi o empenho de R$ Câmara dos Deputados votou o diferença de alíquota”, declarou a deputada, que é 1.882.609,77. E, no dia 21 de maio, o governo requerimento de pedido de presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia federal anunciou a liberação de R$ 1.192.355,80. audiência pública sobre reeducação nas escolas de Legislativa. No total, a obra já conta com R$ 3.074.965,57. A ensino, de autoria da deputada federal Dra. Soraya liberação de R$ 24 milhões em recursos para o Manato (PSL/ES). De acordo com a parlamentar, o Lorenzo Pazolini (sem partido) hospital foi anunciada pelo ministro da Saúde, objetivo é discutir com as entidades de ensino a Remarcação do curso de formação Luiz Henrique Mandetta, em abril. Sendo assim, importância do enfrentamento da violência dentro obrigatório para a posse em cargo são R$ 10 milhões para este ano e mais R$ 14 do ambiente escolar. público milhões para o exercício de 2020. “Quero trazer para o debate esse tema, que é de O deputado Lorenzo Pazolini (sem “Eu vim aqui ao ministério da Saúde para suma importância na atual conjuntura do nosso partido) apresentou o Projeto de Lei nº agradecer ao Mandetta o compromisso assumido País. Não podemos fechar os olhos para essa onda de 425/2019, que dispõe sobre a garantia do com a população capixaba. Em abril, viemos com violência. São diversos crimes que estão ocorrendo direito de remarcação do curso de formação obrigatório a bancada capixaba, à qual agradeço muito a no ambiente escolar que podem ser reparados, antes para a posse em cargo público, decorrente de concurso participação e empenho, para podermos pedir ao mesmo do ato violento”, explicou a deputada federal. público no âmbito do Estado, para as grávidas e lactantes, “A ideia é reeducar o aluno. Mas, nada de medidas independente de previsão expressa no edital ou do ministro a liberação de recursos para podermos extremas. Serão adotadas medidas com ns terminarmos nosso tão grande e sonhado Hospital momento da gravidez. educativos, fazendo com que a coordenação da Materno Infantil”, disse Vidigal. Segundo o deputado, esse projeto visa a defesa dos escola solucione o con ito, imediatamente, ao se direitos das mulheres. “Queremos corrigir uma injustiça. deparar com alguma ação indevida dos alunos. Tivemos muitos casos em todo o País de mulheres que Porém, essa reparação só é possível com a engravidaram durante o andamento do concurso público, autorização dos responsáveis legais. A intenção é que pode demorar até três anos. E quando chega na fase gerar mais envolvimento dos pais com a escola e dar nal, no curso de formação, mesmo tendo sido mais autonomia a instituição de ensino”, concluiu a aprovadas, elas podem ser retiradas e deixam de tomar posse no cargo”, justi cou Pazolini. Hospede o seu site no nosso novo portal: http://jornalfatosenoticias.com.br/ parlamentar. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal, está em Berlim, na Alemanha, nesta semana. É uma missão o cial, com mais parlamentares brasileiros, para tratar de temas relacionadas ao meio ambiente. O convite partiu do governo alemão, que está custeando todas as despesas. A agenda tem sido intensa. Contarato já esteve com a ministra de Relações Exteriores, Antje Leendertse, e com a secretária-geral do Mercator Research Institut Global Commons and Climate Change, a Dra. Brigitte Knopf. Encontrou, também, o chefe da diretoria de assuntos internacionais, Norbert Gorissen. Falaram sobre desenvolvimento urbano sustentável, cidades inteligentes e proteção climática. O senador esteve, ainda, com representantes das organizações não governamentais (ONGs): WWF, KoBra, Germanwatch e Brot fur die Welt. Visitou a aldeia bioenergética de Bollewick, junto do prefeito Bertold Meyer. Na localidade, estão instaladas duas centrais de biogás e centrais fotovoltaicas que geram 8,19 milhões de kWh/ano de eletricidade e mais de seis milhões de kWh/ano de calor, que abastecem a população. A Alemanha faz uma grande mudança na sua matriz energética e lidera a Europa nesse movimento. “Estamos interessados nas iniciativas implementadas pelo governo alemão em prol da sustentabilidade e desenvolvimento do meio ambiente. Como sabemos, no Brasil, instalou-se uma agenda de retrocessos e de desmonte do Ministério do Meio Ambiente, de políticas públicas, de negação das pesquisas cientí cas. Um cenário preocupante para o futuro do País. Queremos reverter isso: colocar o desenvolvimento e a conservação e proteção do meio ambiente em foco e promover um debate para avanços na geração de novos empregos, de respeito à vida e ao meio ambiente”, explica Contarato.

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O Governo Federal sancionou na quarta-feira (5) a Lei 13.836 de 2019, dispositivo que obriga a polícia registrar no boletim de ocorrência a condição de de ciência da vítima de violência doméstica. A medida, já em vigor, é resultado do PLC 96/2017, proposta relatada pela senadora e Procuradora da Mulher do Senado, Rose de Freitas (PODE-ES). A nova legislação, que aperfeiçoa a Lei Maria da Penha, também determina o registro policial do ato de violência que tenha provocado ou agravado a condição de de ciência. “A lei visa corrigir essa distorção, fazer justiça, evitar essa covardia que se acentua cada dia mais na sociedade. A violência contra a mulher com de ciência é uma prática usual, covarde, intolerável e que só a legislação pode aparar e, sobretudo, punir”, a rmou Rose. ### A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado aprovou na terçafeira (4) proposta da senadora Rose de Freitas (PODE-ES) que prevê a redistribuição de recursos do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais (DPVAT). O PL 1418/2019 estabelece que 7% do DPVAT sejam repassados ao Ministério da Educação para a construção de creches; e 10% direcionados a entidades gestoras de regimes próprios de previdência social nos estados e municípios. O projeto altera a distribuição de 50% do fundo. Os 33% restantes são usados para atender vítimas de trânsito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “O projeto tem o objetivo de corrigir algumas imperfeições da atual legislação sobre a distribuição dos recursos do DPVAT. Considero ainda de extrema relevância a educação na primeira infância, tão carente de investimentos. Dessa maneira se faz oportuno destinar recursos para a construção de creches”, destacou Rose. O projeto segue agora para análise das Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE).

Fabiano Contarato (Rede/ES)

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PORTAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

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