Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita
Cachorro também fica "preocupado" com os problemas do dia PIXABAY
De acordo com estudo, qualidade do sono de cães é pior quando eles vivem experiências negativas ao longo de um dia
como manter os pés diabéticos saudáveis Pág. 11
JORGE PACHECO
8 O ministro Sérgio Moro falou a senadores sobre as conversas vazadas por site Pág. 5
FERNANDA PRATES
8 “Pedi demissão grávida, tenho direito ao salário-maternidade?”. A resposta é: sim Pág. 10
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 Segurança é obrigação e dever do Estado e não do cidadão que trabalha um terço do ano para pagar altos tributos e impostos Pág. 12
algo que o cachorro gostava, como ser acariciado ou se envolver em brincadeiras. Já as negativas incluíram estar preso em um cômodo por um
período de tempo enquanto era ignorado pelo dono ou ter um pesquisador olhando diretamente em seus olhos. Todos os cães foram equipados com
sensores e, depois de vivenciarem suas experiências, positivas ou negativas, foram autorizados a ir a um local designado para dormir. Pág. 11
Para criador do Pisa, Brasil gasta dinheiro em imediatismo GETTY IMAGES
8 A dica dessa semana ensina
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS
ANA LUCIA
LUIZ TOLEDO DE SÁ
8 A paciência é um remédio poderoso, pois tem o poder de acalmar a irritação Pág. 8
Vacina contra o estresse será fabricada em até 20 anos, diz especialista Pág. 9
Saneamento básico Todos os requisitos para ofertar à população um sistema de saneamento básico adequado são cumpridos por 85 municípios brasileiros Pág. 11
Já imaginou as di culdades que cegos e pessoas de baixa visão, que representam mais de 250 milhões da população mundial, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), possuem em seu dia a dia? Uma tecnologia israelense chega para dar um pouco de luz inclusiva para esse grupo por meio do pequeno dispositivo OrCam MyEye que, acoplado à haste dos óculos, funciona como uma espécie de scanner que transforma o que vê instantaneamente em áudio, lendo, por exemplo, um livro comum, jornal, placa de rua e lousa da sala de aula. Pág. 6
Hospital Regional de Santarém avança no desenvolvimento de pesquisas na Amazônia
um terço do ano para pagar altos tributos e impostos
Pesquisadores húngaros a rmaram que cachorros cam "pensando" em seus problemas antes de dormir. A equipe também pôde observar que as di culdades emocionais dos animais resultam em um sono menos qualitativo. Dezesseis cães de diferentes raças foram analisados pela equipe, que, com a ajuda dos donos, os submeteu a acontecimentos bons ou ruins. Uma experiência positiva, por exemplo, era
Aparelho de visão artificial para cegos lê e reconhece cores e pessoas INSTAGRAM MAIS AUTONOMIA
ANO IX - Nº 304 24 a 30 DE JUNHO/2019 SERRA/ES
“O Brasil está gastando o dinheiro de suas crianças em consumo corrente”, disse Andreas Schleicher Pág. 4
Uma das iniciativas tem por objetivo o desenvolvimento de vacinas para o tratamento de câncer de colo de útero, que é um dos mais frequentes na região amazônica. Pág. 7
Comer frutas poderia evitar mortes por doença cardiovascular Duas maçãs e três porções de cenoura todos os dias. De acordo com pesquisa divulgada nos Estados Unidos, esta é uma excelente receita para diminuir suas chances de morrer de ataque cardíaco ou AVC. O estudo, apresentado em congresso organizado pela Sociedade Americana de Nutrição e realizado em Baltimore, cruzou dados mundiais de consumo de frutas e legumes com as noti cações de mortes em decorrência de doenças cardiovasculares ao longo de 2010 Pág. 9
2 MEIO AMBIENTE Governo quer aumentar
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
Ibama apreende arrecadação e visitas peixes ameaçados com concessão de de extinção parques Agenda do Ministério do Meio Ambiente é uma das poucas elogiadas por ambientalistas
Apreensão aconteceu em Altamira (PA) IBAMA
LOUCOS POR AVENTURA
Entre as prioridades do atual comando do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a concessão de parques nacionais à iniciativa privada é considerada por ambientalistas como uma das poucas agendas realmente positivas para o ambiente no governo Bolsonaro. Destinadas aos serviços de apoio à visitação, as concessões de parques nacionais têm sido e n c a r a d a s p e l o s ú lt i m o s governos como uma estratégia para alavancar investimentos, aumentar a visitação e o apoio da população às áreas protegidas e, ainda, diminuir custos de manutenção. A atual gestão do MMA tem dado continuidade a estratégias desenvolvidas nos governos anteriores para a concessão de unidades de conservação e vem seguindo a prioridade de execução de nida para o período 2018 a 2020, de acordo com servidores do Instituto Chico Mendes de
C o n s e r v a ç ã o d a Biodiversidade (ICMBio) ouvidos pela Folha. O órgão é responsável pela gestão das áreas protegidas do País — inclusive de parques com serviços concedidos, já que as ações de conservação e scalização seguem sob o comando do governo. Após ter concedido, ainda em fevereiro, os parques nacionais do Pau Brasil (BA) e de Itatiaia (RJ e MG), cujos editais foram preparados no governo anterior, o ministério prepara editais de outras nove unidades de conservação priorizadas pela estratégia 2018-2020. São os parques nacionais de Lençóis Maranhenses (MA), Serra da Bodoquena (MS), Jericoacoara (CE), Caparaó (MG e ES), Chapada dos Guimarães (MT), Aparados da Serra (RS), Serra Geral (RS), Serra da Canastra (MG) e a oresta nacional de Canela (RS). No total, esse conjunto de
parques deve exigir i nv e s t i m e n t o s d a ordem de R$ 153,7 milhões, com uma promessa de retorno de R$ 1,6 bilhão em receitas. As atividades arrecadariam R$ 191,4 milhões em impostos. No entanto, o radar do ministério para futuras concessões tem pelo menos o dobro de unidades de conser vação. S e g u n d o a a s s e s s or i a d e imprensa da pasta a rmou à Folha, um tot al de vinte unidades foram a lvos de modelagens econômicas e estão sendo avaliadas conjuntamente pelo MMA e ICMBio. As prioridades já anunciadas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, são justamente os parques que constam na estratégia 20182020 e também guram entre os dez mais visitados no último ano. Em 2017, os gastos de 10,7 milhões visitantes em unidades de conser vação do País geraram uma economia R$ 8,6 bilhões em vendas de produtos e serviços e R$ 2,2 bilhões na geração de renda, através da criação de empregos diretos e indiretos, segundo estudo do ICMBio.
O Hypancistrus zebra está em perigo de extinção O Ibama apreendeu uma bagagem com 505 acariszebra (Hypancistrus zebra) e dois acaris-tubarão (Scobinancistrus sp. L82) no aeroporto de Altamira (PA). O responsável pela carga foi preso por agentes da Polícia Federal (PF) ao tentar embarcar em voo com destino a Manaus (AM). Os animais foram levados ao Laboratório de Aquic u ltura de Peixes Ornamentais do Xingu (Laquax), da Universidade Federal do Pará (UFPA), que realiza testes de
reprodução da espécie. A s aú d e d o s a c a r i s s e r á avaliada para eventual devolução à natureza. O acari-zebra é endêmico da Volta Grande do Rio Xingu e está ameaçado de extinção. Sua captura pode resultar em multa de R$ 5 mil por unidade. A Lei n° 9.605/1998 prevê detenção de um a três anos para quem transporta, comercializa, bene cia ou industrializa
espécimes cuja captura esteja proibida. O Hypancistrus zebra também integra o Anexo III d a C o n v e n ç ã o Internacional das Espécies de Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção ( C ite s ) , qu e re l a c i on a e s p é c i e s d e an i m ai s e plantas que precisam ter sua exploração rest r it a ou impedida.
Pesquisa estima que animais marinhos podem desaparecer até 2100 Segundo o consórcio FishMIP, se as emissões de gases estufa seguirem o ritmo atual, diferentes espécies de peixes, invertebrados e mamíferos serão extintas Cerca de 17% dos animais marinhos (peixes, invertebrados, mamíferos) poderão desaparecer até 2100, se as emissões de CO2 seguirem o ritmo atual – adverte uma avaliação internacional inédita publicada na revista americana PNAS. A perda, que já começou, considera apenas os efeitos do clima, sem incluir outros fatores como a pesca predatória e a poluição, e teria grande impacto na biodiversidade e na segurança alimentar. Agrupados no consórcio “FishMIP”
(Fisheries and Marine E c o s y s t e m Mo d e l Intercomparison Project), 35 pesquisadores de quatro continentes zeram uma avaliação global dos efeitos do aquecimento global nos recursos pesqueiros. Se o mundo conseguir manter o aquecimento abaixo de 2°C, a queda pode ser limitar a 5%, acrescenta o estudo. “Seja qual for a hipótese das emissões, a biomassa global dos animais marinhos vai cair, devido ao aumento da temperatura e ao retrocesso da produção
ERIC COMIN/ARQUIVO PESSOAL
Peixe-bandeira, nativo do Oceano Índico, é registrado na costa de São Paulo
primária”, diz a pesquisa. Para cada grau de aquecimento
acumulado, o oceano perderá c e rc a d e 5 % a d i c i on a l d e
biomassa animal. Em 2015, em Paris, vários países se comprometeram a manter a temperatura abaixo de 2°C, em relação à era pré-industrial. Em 2018, porém, as emissões e concentrações de gases causadores do efeito estufa alcançaram um novo recorde mundi a l, ante cip ando um cenário futuro de +4°C. Segundo o estudo, o impacto na fauna marinha será maior nas zonas temperadas e tropicais, onde os homens dependem mais d e ss e s re c u rs o s , j á mu ito debilitados. Em muitas regiões
polares, contudo, a biomassa marinha poderá aumentar, especialmente na Antártica, o n d e h a v e r i a “a t é n o v a s oportunidades de exploração”, dizem os cientistas. “O futuro dos ecossistemas marinhos dependerá em grande parte da mudança climática”, resume Yunne-Jai Shin, biólogo do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD). “Po r i s s o, a s m e d i d a s d e preservação da biodiversidade e de gestão da pesca têm que ser reconsideradas”, frisou.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
Filiado ao Sindijores
CNPJ: 18.129.008/0001-18
"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília
Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores
CULTURA 3
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
Gua, a chimpanzé que foi criado como um bebê humano JULIANA MIRANDA
Ao longo da história da psicologia, diversos estudos foram feitos com o objetivo de tentar compreender vários tipos de capacidades mentais e psiquiátricas. Um desses experimentos foi feito com o Chimpanzé Gua. O animal foi criado durante meses em uma família humana, com o intuito de verificar se o chimpanzé poderia ser educado como o resto das crianças. O experimento foi feito na década de 1930 pelo professor da Universidade de Columbia, nos E s t a d o s Un i d o s , Wi nt h rop Ke l l o g g , e s p e c i a l i z a d o e m processos de condicionamento, aprendizagem e comportamento humano. Kellogg adotou um chimpanzé, que, na época, tinha apenas dois
meses. Ele introduziu o filhote em sua família com a intenção de educá-lo da mesma forma que fez com seu filho Donald, que tinha menos de um ano de idade. Durante vários meses, Kellogg criou a pequena chimpanzé como s e foss e ir mã de s eu f i l ho, dedicando a mesma atenção a ambos, além do mesmo tipo de
carinho e cuidado. O objetivo era contemplar e analisar a evolução e aprendizagem dos dois. Nos nove meses em que Kellogg e sua esposa criaram Gua da mesma forma que criaram o filho, eles registraram os dados em filmagem e anotaram cuidadosamente cada uma das mudanças ou avanços
encontrados. Os dados obtidos por Kellogg estavam focados em aspectos como memória, c a p a c i d a d e d e d e s e n h a r, vocalização e fala, destreza manual, locomoção, resolução de problemas, reações de medo e temor, obediência e até mesmo a capacidade de resposta a cócegas. O pesquisador encontrou como resultado o incrível fato de que Gua desenvolveu uma capacidade fascinante de se adaptar ao ambiente humano, a ponto de seguir ordens e ter um excelente comportamento. Alguns dos comportamentos aprendidos por Gua estavam relacionados à capacidade de pedir um beijo, a comer sozinha da mesma forma que os seres humanos e até tomar banho.
D u r a nt e e s t e p ro c e s s o, o pesquisador também identificou que seu próprio filho esteve dedicado a imitar ou reproduzir o que a chimpanzé fazia. O pequeno Donald começou a imitar alguns dos gestos, comportamento e l i ng u age m d e Gu a , us and o grunhidos, roncos e ruídos de animais e experimentando um n o t á v e l a t r a s o n o desenvolvimento da linguagem e da comunicação. Esta é uma das razões pelas quais, apesar do progresso do Gua, Kellogg decidiu interromper o experimento de testes. Depois deste período, o bebê humano e a chimpanzé foram separados. Gua foi devolvida ao zoológico de Orange Park, mas não se adaptou e acabou
morrendo no ano seguinte. Já o filho do pesquisador, Donald, só conseguiu começar a falar suas primeiras palavras aos 19 meses de vida. Na época, o psicólogo recebeu diversas críticas por ter submetido s e u f i l h o e o an i m a l a u m experimento que deixaria uma marca em ambos pela vida toda. Mais tarde, o próprio pesquisador assumiu que seu experimento não foi correto eticamente. O produto desta investigação deu origem à obra “O macaco e a criança”, publicada em 1931. Em seu texto, Kellogg detalhou todas as atividades e jogos de aprendizagem que ele fez com ambos, bem como os efeitos que tiveram sobre o chimpanzé e o bebê humano. (Site de Curiosidades)
FOTO: REPRODUÇÃO
Bibliotecas comunitárias Filme da Turma da Mônica conquista pela força da tentam driblar falta de amizade acesso às livrarias na O live action da turma mais periferia famosa do Brasil DIVULGAÇÃO
estreia nos cinemas no dia 27 de junho
No Rio de Janeiro, a Zona Oeste é ao mesmo tempo a região mais pobre da cidade e aquela com o menor número de livrarias ARQUIVO PESSOAL
POSTO MIRANTE AV. NORTE SUL
narradas e registradas em livros”, explica Bel Mayer, que coordena o Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac). Dados do Censo Escolar mostram que o poder público, de f at o, n ã o t e m c on s e g u i d o garantir o acesso pleno aos livros. Ap e n a s 3 9 % d a s e s c o l a s municipais de ensino fundamental têm bibliotecas, enquanto nos colégios particulares o percentual chega a 82%. Mayer explica que cenários como esse mostram que, aos olhos do Estado, o direito à cultura é pouco relevante. A educadora ouviu esse discurso até mesmo de pessoas ligadas à área social, que questionavam por que dar aos estudantes uma biblioteca, e não cursos profissionalizantes. “A gente respondeu que não queria que eles oferecessem apenas força de trabalho, mas também sua força pensante”. Hoje, todos os jovens que ajudaram a desenvolver a iniciativa estão na faculdade, seja na graduação ou na pósgraduação.
Altas doses de nostalgia em Turma da Mônica – Laços! Cebolinha bola mais um de seus “planos infalíveis” (que sempre falham) para roubar o coelho de pelúcia da Mônica e se tornar o dono da rua. A história muda de rumo quando os amigos se unem após o desaparecimento do Floquinho, o cachorrinho de estimação do Cebolinha, e partem em uma grande aventura para encontrá-lo. O filme estreia no dia 27 de junho nos cinemas. O filme não é inspirado nos gibis clássicos da Turma da Môn i c a , m a s n a HQ o br a homônima lançada em 2013 pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi. Mas não se preocupe! O filme está lotado de easter eggs com referências aos gibis — que não iremos citar aqui para não estragar a surpresa. Mas preparese para ver muitos personagens queridos em cena! Com muitas cenas
A reforma da natureza
emocionantes, o filme foca na importância da amizade e de confiar em outras pessoas para alcançar seus objetivos. Mas o longa também tem cenas engraçadas, sendo um destaque para Rodrigo Santoro como Louco em uma conversa com o "Cenourinha". O visual dos protagonistas também está bem parecido com a turminha dos gibis. Uma diferença é que desta vez eles usam sapato — característica que até serviu como piada em
LUCIANO DANIEL
um momento do filme. Além disso, o Cebolinha tem mais do que cinco fios de cabelo (mas eles continuam espetados). No elenco pr incipal tem Mônica (Giulia B enite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Cascão (Gabriel Moreira) e Magali (Laura Rauseo). O elenco adulto tem Monica Iozzi como Dona Luísa, Paulo Vilhena interpreta Seu Cebola, Fafá Rennó é a Dona Cebola e Ravel Cabral é o Homem do Saco.
Foto Antiga do ES FACEBOOK/SÉRGIO ROUVER
Quando moradores de Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, criaram a biblioteca Caminho das Letras, em 2008, no anivers ár io de 60 anos da D e c l a r a ç ã o Un i v e r s a l d o s Direitos Humanos, a intenção era superar a ausência de espaços dedicados às letras e assegurar o direito da comunidade à cultura. À ép o c a, a lgumas p ess o as encararam a ideia com ceticismo, mas há dez anos ela é o retrato de um País onde a má distribuição de equipamentos culturais impulsiona — e muito — o su rg i me nto d e bibl i ote c a s comunit ár ias em favelas e periferias. A pesquisa 'Bibliotecas comunitárias no Brasil: impacto na formação de leitores' revelou que 86,7% dessas iniciativas estão em regiões marcadas por baixos indicadores socioeconômicos e altos índices de violência. “Diante do descaso do Estado ao não garantir as políticas públicas de cultura, as bibliotecas surgem do desejo das comunidades de acessar um mundo de histórias que foram
Não é apenas o poder público que falha ao oferecer espaços voltados à leitura em regiões de vulnerabilidade social. A iniciativa privada concentra suas atividades majoritariamente em áreas ricas e centrais do Brasil. “Isso é reflexo das distorções que a economia do País tem. Se nós analisarmos o mapa da distribuição das livrarias, vamos p erceb er que ela ref lete o desempenho econômico de cada r e g i ã o”, e x p l i c a B e r n a r d o G u r b a n o v, p r e s i d e n t e d a Associação Nacional de Livrarias ( A N L ) . C on for me re vel ou pesquisa feita pela entidade, o Sudeste concentra sozinho 1.715 livrarias, já o Norte, Nordeste e Centro-Oeste não chegam a somar, juntos, 800 livrarias. Aos olhos do escritor e cientista social Binho Cultura, é essencial difundir obras escritas por pessoas de favelas e periferias, sobretudo em espaços marginalizados. Fundador da primeira biblioteca da Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio, ele acredita que, assim, os jovens dessas localidades poderiam ter referências para enxergar na literatura um futuro profissional. “Quando um jovem da periferia vê que uma pessoa como ele conseguiu publicar, ele percebe que é possível. Então esse poder transformador começa a partir da referência. Posso te dizer que, dentro da favela, o brilho do livro e do instrumento musical atrai muito mais que o brilho do fuzil e da pistola. Mas é preciso haver investimentos”.
Desfile de novas viaturas da PMES nos anos 60. Ao fundo a Banda de Música
4 EDUCAÇÃO
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
Para criador do Pisa, Jornal para crianças Brasil gasta dinheiro muda rotina de em imediatismo escolas públicas e privadas Países com alto desempenho em educação convenceram cidadãos a valorizar futuro, diz Andreas Schleicher BRUNO COUTIER/AFP
Publicação quinzenal sobre fatos atuais substitui livros didáticos e aumenta assinaturas em 76% em um ano DANILO VERPA
er, ação h c i hle educ c S eas sta em a r d An eciali o Pis esp iador d e cr A pr i me i r a d e s c ob e r t a d e Andreas Schleicher — criador do Pisa, teste internacional de aprendizagem – sobre educação de qualidade foi que, por trás de países com alto desempenho, havia governos que convenceram seus cidadãos a valorizar o futuro. Esse não é o caso do Brasil, segundo o especialista, que visitou o País pela 16ª vez desde 1999. “O Brasil está gastando o dinheiro de suas crianças em consumo corrente”, disse ele, que é diretor do departamento educacional da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) à Folha. Schleicher participou, no Rio de Janeiro, do lançamento do Pisa para Escolas, que será aplicado em 2019 e 2020 por meio de uma parceria entre a OCDE e a Fundação Cesgranrio. O objetivo desse exame é ir além do Pisa tradicional, oferecendo uma radiogra a da aprendizagem por escola. Para Schleicher, em nenhum lugar a qualidade do sistema educacional excede a qualidade dos seus professores. Então, sempre que um sistema educacional de alto desempenho tem de fazer uma escolha entre uma classe com menos alunos ou
professores melhores, eles escolhem a segunda opção. Os melhores sistemas também selecionam e treinam suas equipes docentes com cuidado. E oferecem um ambiente no qual os professores trabalham juntos para traçar boas práticas. Eles também incentivam os professores a crescerem na carreira. No Brasil, há casos de municípios com excelentes re s u lt a d o s . Par a e l e e s s e s exemplos não se espalham pelo País, porque, de forma geral, “nós gastamos muito tempo empurrando novas ideias para dentro das salas de aula, e muito pouco tempo encontrando ideias dentro das salas de aula e as fazendo ganhar escala. Isso não signi ca copiar e colar soluções de outros lugares; signi ca olhar as boas práticas de dentro do nosso próprio sistema de forma séria e desapaixonada se informando sobre o que funciona e em quais contextos, e aplicar essas práticas de forma consciente”. Países como China e Vietnã são bastante bons nisso. Eles fazem seus professores, escolas e sistemas escolares olharem consistentemente para seu redor. Realmente, a primeira coisa que aprendi é que os líderes dos
melhores sistemas educacionais têm convencido seus cidadãos a valorizar o futuro. Os pais e avós chineses gastarão seus últimos recursos em seu futuro, na educação de suas crianças. O Brasil está gastando o dinheiro de suas crianças em consumo corrente. Além disso, muito dos escassos recursos vão para o ensino superior, e muito pouco na construção de bases para as crianças. É interessante que muitos países começaram as mudanças educacionais mais transformadoras durante grandes crises econômicas. Na ve rd a d e, a abu nd ânc i a d e recursos pode ser um inibidor de mudanças. Os dados do Pisa mostram uma relação negativa forte entre o dinheiro que os países recebem de seus recursos naturais e o conhecimento e as habilidades de suas populações escolares. Muitos dos países com melhores desempenhos são pobres em recursos naturais. Uma interpretação é que nesses países – bons exemplos incluem Finlândia, Japão e Cingapura – os cidadãos entendem que seus países devem viver da sua inteligência e que isso depende da qualidade da educação oferecida.
No Colégio Cristo Rei, em São Paulo, os livros didáticos de geogra a, história e ciências dos primeiros anos do ensino fundamental foram abolidos neste ano. Entre os recursos adotados no lugar do material tradicional está o Joca, jornal de atualidades voltado para crianças. A mudança não foi repentina. O erte da escola privada católica com o periódico infantil começou quando Simone Costa, coordenadora pedagógica dos ciclos iniciais, conheceu o jornal em 2016. “Achei muito interessante, i n for m at i v o e d i v e r t i d o. Propus que o colégio começasse a comprar alguns exemplares e passei a deixar um por turma”. O envolvimento rápido dos estudantes e a percepção de que isso auxiliava a aprendizagem levou a escola ampliar — com apoio dos pais — a utilização do p erió dico até que ele
substituísse parte das funções dos livros didáticos. Segundo Simone, como o jornal (cuja assinatura anual custa R$ 142) é quinzenal e trata de notícias atuais, não falta gancho para c ombi n á - l o a o c ont e ú d o previsto no currículo. “Já usamos uma matéria sobre vacinação numa aula de ciências que tratava da importância dos cuidados com o corpo”, diz a coordenadora. Na Escola Crescimento, em São Luís, no Maranhão, que t a m b é m é p a r t i c u l a r, a incor p oração do Jo ca ao cotidiano dos alunos tem aumentado gradualmente, mas com uma proposta diferente. “Não quisemos escolarizar o trabalho com o jornal. Ele é usado para incentivar a leitura de forma mais informal”, diz Fernanda Calado, gestora pedagógica do ensino fundamental na escola. Segundo ela, a iniciativa tem surtido efeito: “Os alunos
começaram a perceber como a leitura pode ser prazerosa”. Usado por estudantes do segundo e terceiro anos da Crescimento, o Joca chegará às turmas do quarto ano em 2020. Os casos das duas escolas ilustram bem a trajetória do jornal. Criado em 2011 pela administradora Stéphanie Habrich, o Joca encerrou seu primeiro ano com 500 assinantes. Foi crescendo e atingiu, em 2019, 30 mil assinaturas, contra 17 mil em 2018. A maioria dos exemplares é destinada aos mais de 250 colégios privados que utilizam o periódico e o incluem na lista de material didático obr igatór io, p aga p elas famílias. No caso dos 550 colégios públicos que recebem o jornal, ele é doado pela editora Magia de Ler, que o publica, ou por patrocinadores.
Governo autoriza a criação de doze cursos superiores de graduação GETTY IMAGES
O Ministério da Educação (MEC) autorizou a criação de mais 12 cursos superiores de graduação em várias cidades do País. A portaria foi publicada no Diário O cial da União (DOU), no início do mês. São 1.410 vagas distribuídas nos cursos de Engen har ia de Alimentos, Gestão de Recursos Humanos, Processos Gerenciais, Engenharia Civil, Biomedicina, S e r v i ç o S o c i a l, G e st ã o d e Seguros, Psicologia, Gestão Hospitalar, Ciências Biológicas,
Gestão de Segurança Privada e Ad m i n i s t r a ç ã o e m v á r i a s instituições de ensino superior. Para ofertar novos cursos, as instituições devem apresentar projeto pedagógico, número de vagas, os turnos, a carga horária, o p r o g r a m a d o c u r s o, a s metodologias, as tecnologias e os materiais didáticos, relação de docentes, entre outros. Tudo é avaliado pela equipe técnica da Secretaria de Regulação e Super visão da Educação Superior (Seres) do MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que vai até o local
vistoriar a infraestrutura e os outros quesitos para dar uma nota de 1 a 5 ao curso. Apenas aqueles que obtiverem nota igual ou maior que 3 re ceb em autor izaç ão p ara funcionar. Mesmo assim, pontos importantes, como o corpo de docentes, precisam ter uma boa avaliação, independente da nota geral. Tudo para que o curso oferecido tenha a garantia de qualidade ao público. Além disso, alguns cursos precisam de mais um reconhecimento, em caráter opinativo: o de seus conselhos federais e nacionais. São os casos das graduações de Direito,
Medicina, Odontologia, Psicolog i a, Enfer magem e Direito. Como são muitos os processos
de requisição de novos cursos e todos eles precisam ser publicados no Diário O cial da União, eles saem em lotes. A
S e re s i n for mou qu e ve m trabalhando em 2019 para dar um melhor andamento aos processos, que anteriormente demoravam, pelo menos, dois anos para serem concluídos. Após o reconhecimento dos cursos por parte do MEC, as instituições de ensino superior precisam renovar o pedido para que possam emitir diplomas da graduação em questão. O pedido deve ser feito no período compreendido entre 50% do prazo previsto para integralização de sua carga horária e 75% desse prazo, observado o calendário de nido pelo MEC.
POLÍTICA 5
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
Jorge Pacheco
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio”, Martin Luther King REPRODUÇÃO INSTAGRAM
revelação considera criminosa. Ele evitou a imprensa e se recolheu em uma sala de espera. A audiência estava prevista para começar às 9h. O ministro chegou à comissão às 9h12. Na noite de terça (18), em entrevista ao prog rama do R at in ho, o minist ro classi cou o vazamento das conversas
Senador empareda Moro “Para ser superhomem deve se afastar do cargo AGÊNCIA SENADO
EDÍLSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO
O ministro Sérgio Moro, foi sabatinado por parlamentares na CCJ do Senado. A audiência é re exo da sua conduta escusa com o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que foi revelada pelo site e Intercetp. O senador Weverton Rocha fez vários questionamentos sobre a conduta de Moro e a rmou que, "para ser super-homem, ele deveria se afastar do cargo. O senhor nunca teve um sentimento de parcialidade em relação aos processos da Lava Jato?”. O senador também questiona o motivo de Moro ainda não ter entregue seu celular e tablet à polícia e critica sua postura. "O senhor condenou o ex-presidente Lula, querendo ou não, isso interferiu no processo eleitoral. Logo depois aceitou fazer parte do governo Bolsonaro". O Site 'e Intercept Brasil' na manhã de quarta-feira (19) revelou diálogos que indicam colaboração do ex-juiz com forçatarefa da Lava Jato; para ministro, vazamento é crime. O ministro Sérgio Moro chegou à CCJ por volta de 8h55 desta quarta-feira (19) e falou a senadores sobre as conversas vazadas pelo site "e Intercept Brasil", que sugerem a colaboração do ex-juiz com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Moro se antecipou à convocação da comissão e se dispôs a prestar esclarecimentos sobre as mensagens, cuja
Cid Moreira é Hackeado e Perde 260 mil Seguidores no Instagram Jornalista divulgou
informação na noite de terçafeira, mas não se mostrou abalado com o incidente: "Vamos começar tudo de novo» Cid Moreira teve o per l de Instagram hackeado. O invasor apagou posts e fez com que o jornalista, de 91 anos, perdesse 260 mil seguidores. Ele utilizou as redes sociais para explicar o ocorrido em vídeo ao lado da mulher, Fátima. "Oi, pessoal, estamos aqui novamente depois de sermos roubados por um turco, que roubou todo nosso material", começou ele, que tinha cerca de 300 mil seguidores. Agora, o per l do jornalista conta com pouco mais de 40,7 mil seguidores. "Está aí! Voltamos! Roubaram os
REPRODUÇÃO INSTAGRAM
como um "ataque orquestrado" para anular ações da Lava Jato. A sabatina com o ministro, que já era vista como um dos mais fortes embates entre governo e oposição, se tornou ainda mais intensa depois das informações divulgadas na noite de terça-feira de novos trechos. O site apontou que, em um diálogo com Dallagnol , Moro reclamou de um pro cedimento que p o der ia prejudicar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso , um "apoiador importante" da Lava Jato. Moro, no entanto, não está sozinho na comissão. Apesar das fraturas na base governista, alguns senadores estão se articulando para fazer a defesa do ministro. Os dois lados, oposição e aliados de Moro, cantam vitória, mas o resultado do embate é imprevisível. Isto porque, embora a maioria da CCJ não morra de amores pelo ministro, e vários senadores têm receio de entrar em choque com ele que, conforme recentes pesquisas, ainda mantém elevada popularidade. Na semana passada, logo depois de acertar o depoimento na CCJ com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, Moro estava preo cupado com a
O senador Weverton Rocha (PDT-MA), durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que contou com a presença do ministro da Justiça, Sérgio Moro, fez vários questionamentos sobre a conduta do então juiz e o emparedou
animosidade da oposição e, sobretudo, com a falta de unidade na base governista. Mas, depois de ser recebido duas vezes no Palácio da Alvorada pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro passou a se mostrar mais con ante. Na segunda-feira (17), um assessor chegou a dizer que o ambiente no meio político estava menos tenso. Enquanto falou à CCJ, Sérgio Moro, teve diante de si ao menos oito senadores citados na Operação Lava Jato. Entre os citados nas investigações pela força-tarefa, Eduardo Braga (MDB-AM), Jader Barbalho (MDBPA), Ciro Nogueira (PP-PI), Rose de Freitas (Podemos-ES) e Cid Gomes (PDTCE) ainda são investigados. Humberto Costa (PT-PE), Antônio Anastasia (PSDBMG) e Otto Alencar (PSD-BA) tiveram as apurações arquivadas.
nossos posts! Nosso Instagram, mas graças a bons pro ssionais vamos colocar nossa alegria de viver, nossas mensagens e parabéns aqui novamente!! Vamos lutar novamente pelo selinho azul!!!", dizia um post publicado em seguida. Cid ainda aproveitou para postar um clique antigo, de quando começou a namorar Fátima. "Olá, boa noite pessoal! Essa foto foi tirada bem próximo de quando nos conhecemos, há quase 19 anos. Não podia imaginar que viveria um amor tão alegre, leve, divertido. A gente ri muito juntos!", escreveu.
6 TECNOLOGIA
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
Aparelho de visão artificial Brasil vende vantagens para cegos lê e reconhece ambientais de carros a cores e pessoas etanol contra avanço Tecnologia israelense voltada a cegos e pessoas de baixa visão é vendida no Brasil pela Mais Autonomia e já está presente em bibliotecas públicas do País Já imaginou as dificuldades que cegos e pessoas de baixa visão, que representam mais de 250 milhões da população mundial, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), possuem em seu dia a dia? Uma tecnologia israelense chega para dar um pouco de luz inclusiva para esse grupo por meio do pequeno dispositivo O r C am My Eye qu e, acoplado à haste dos óculos, funciona como uma espécie de scanner que transforma o que vê instantaneamente em áudio, lendo, por exemplo, um livro comum, jornal, placa de rua e lousa da sala de aula. Ele ainda reconhece cores e rostos. Tudo por meio de uma câmera e um computador de visão artificial.
de carros elétricos
DIVULG
AÇÃO
Objetivo é tornar País um exportador de tecnologias para carros híbridos flex, que rodam com álcool, gasolina e eletricidade WOLFGANG RATTAY/REUTERS
No Brasil quem o oferece desde o final de 2017 é a empresa Mais Autonomia. O valor ainda é inacessível à população, custa cerca de R$ 19 mil. Mas em São Paulo, por exemplo, que conta com cerca de um milhão de pessoas com algum tipo de deficiência, a prefeitura comprou o equipamento para bibliotecas públicas e centros culturais como, por exemplo, a Biblioteca de São Paulo, localizada no Parque da Juventude, a Biblioteca Parque VillaLobos e a Oficina Cultural Oswald de Andrade. A estimativa é que até 2020 todas as 54 bibliotecas tenham pelo menos um dispositivo. Em Uberlândia e Salvador também houve parceria com a prefeitura. Por conta do preço caro
quem costuma adquirir, além dos órgãos públicos, são escolas e instituições. “A Fundação Álvares Penteado [FECAP] comprou para um aluno e afirma que ele aumentou e m 6 0 % s u a produtividade. Isso sem contar a alegria de ter autonomia para fazer o que antes era impossível”, revela o diretor da Mais Autonom i a , D oron Sadka. Ainda sobre a aceitação das pessoas, o d i re t or c ont a entusiasmado: “Isso tem o poder de transformar vidas. Prefeitos e governadores realmente se encantaram. Recentemente o Tribunal Regional Eleitoral [TRE] de Santa Catarina comprou para sua funcionária e agora ela n ã o pre c i s a m a i s d e ajuda”, declara. (Revista Educação)
Campainha smart da Xiaomi tem câmera que reconhece as visitas em casa Dispositivo da empresa chinesa identifica os visitantes e envia imagens em tempo real para o smartphone A Zero Smart Video Doorbell é uma campainha inteligente da Xiaomi que possui câmera integrada e capacidade de reconhecer visitas. Segundo a empresa chinesa, o dispositivo consegue identi car quem se aproxima da porta por meio da Xiao AI, assistente virtual da marca. O aparelho envia automaticamente uma noti cação e a imagem para o smartphone do morador. A campainha inteligente está disponível para compra apenas na China, por meio da plataforma de nanciamento coletivo Youpin. Com preço de 199 yuans (cerca de R$ 110 em conversão direta, sem impostos), o produto já bateu sua meta de arrecadação. Vale lembrar que, recentemente, a Xiaomi voltou ao Brasil com uma série de produtos smart, porém, não há
previsão para a chegada desse dispositivo no País. O dispositivo da empresa chinesa pode até ser controlado remotamente, o que pode ser muito útil quando há crianças em casa, por exemplo. Dessa forma, é possível conversar em tempo real com o visitante para
ident i car fami liares p elo aplicativo, já que o sistema de reconhecimento facial detecta e manda para o smartphone qual o parente chegou à residência. O aparelho da empresa chinesa tem design re nado e moderno, já tradicional da marca. Além disso, o dispositivo grava em HD (1280 x 720) e pode funcionar tanto de dia quanto à noite, já que conta com sensores infravermelhos. Com relação à autonomia do dispositivo, a Zero Smart Vi d e o D o o r b e l l p o d e funcionar por até seis meses sem precisar trocar as quatro pilhas AA, que são necessárias para funcionamento. Isso é possível por conta do modo de economia de energia do aparelho, que evita o gasto desnecessário quando não está em uso.
DIVULGAÇÃO/XIAOMI
evitar que as crianças abram a porta. Além disso, o usuário pode lembrar aos lhos de não abrir a porta para estranhos por meio do aparelho. Outro recurso oferecido é a possibilidade de
CARRO ELÉTRICO ALEMÃO Uma comitiva brasileira visitou Estados Unidos, Índia e China no m de maio. O objetivo foi apresentar aos maiores me rc a d o s automot ivo s d o planeta as vantagens ambientais do etanol em comparação à gasolina e aos veículos 100% elétricos. A viagem foi organizada pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que aproveita a evolução dos automóveis para, en m, transformar o combustível de origem vegetal em uma alternativa global para reduzir emissões de CO2 (gás carbônico). O objetivo é ampliar a produção nacional e tornar o Brasil um país exportador de etanol e de tecnologias para carros híbridos ex, capazes de rodar com álcool, gasolina e eletricidade. Caso os planos deem certo, será o ápice de uma história que começou com incentivos governamentais nos anos 1970, conquistou mercado e naufragou devido a crises de abastecimento. Renato Romio, diretor do Instituto Mauá de Tecnologia, lembra que 97% dos veículos novos produzidos no Brasil em
1985 eram movidos a etanol. Segundo ele, esse foi o melhor momento do setor : com o programa Proálcool, até os caminhões que transportavam a cana eram movidos pelo combustível de origem vegetal. Hoje, a Unica procura mostrar que os problemas do passado foram superados e não há risco de descontrole de preços ou desabastecimento. O que permitiu o avanço do etanol no Brasil foi a chegada dos carros ex, em 2003. De acordo c om d a d o s d a Un i c a , 5 3 3 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser lançadas na atmosfera desde o lançamento dessa tecnologia até fevereiro de 2019. Hoje, 97,7% dos car ros produzidos no Brasil podem ser abastecidos com álcool ou gasolina, puros ou misturados em qualquer proporção. A entidade que representa a indústria da cana diz que, em comparação à gasolina, o etanol proporciona uma redução de 90% nas emissões dos gases causadores do efeito estufa. Em relação ao diesel S10, com baixo índice de particulados, a diminuição é de 50%. Evandro Gussi, presidente da
Un i c a , d i z q u e u m a d a s possibilidades é a exportação de etanol anidro para que seja misturado ao combustível fóssil em outros países, como já ocorre no Brasil. Ele a rma que os carros a gasolina mais modernos já aceitam percentuais altos de álcool sem apresentar falhas, citando o exemplo de modelos premium produzidos no Brasil. De fato, isso ocorre. A evolução dos motores e dos sistemas de injeção de combustível permitem ajustes eletrônicos que ade qu am os automóveis a mu d a n ç a s c o m o e s s a . No entanto, é necessário usar os mesmos parâmetros adotados no Brasil, onde a gasolina comum recebe a adição de 27% de etanol anidro. Asiáticos, norte-americanos e europeus também precisariam se adaptar ao consumo maior dos carros como resultado da adição do combustível brasileiro, que tem menor poder calorí co. A estratégia para convencer países que hoje criam legislações que favorecem a eletri cação dos carros também passa pelos dados de emissões de CO2 e de poluentes.
Hidrogênio pode ser a chave na transição energética Atualmente, hidrogênio é produzido quase inteiramente com base em gás e carvão. Produção a partir da energia verde ainda precisa ter custos diminuídos O hidrogênio pode ser a chave para a transição energética, des de que me did as s ej am adotadas imediatamente para aumentar sua utilização e reduzir seu custo – aponta um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE) publicado neste mês em Paris. “O hidrogênio se bene cia atualmente de uma dinâmica s em pre ce dentes”, diss e o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, graças, em particular, aos esforços das autoridades públicas, mas, também, de empresas em setores como energia, automóveis e tecnologia. O número de projetos no mundo está aumentando
rapidamente, indica o relatório, feito a pedido do Japão no âmbito da cúpula do G20. A AIE alerta, no entanto, que ainda há medidas a serem tomadas, em especial, para reduzir o custo do hidrogênio. O hidrogênio produzido a partir da energia verde ainda é caro. Os custos de produção poderiam diminuir em 30% até o nal de 2030, porém, graças à “queda dos preços das energias renováveis” e a uma “mudança de es cala da pro dução de hidrogênio”, explicou a agência. Hoje, o hidrogênio é produzido quase inteiramente com base em gás e carvão, o que provoca a emissão de 830 milhões toneladas de CO2 por
ano. Esse total equivale às emissões combinadas de Reino Unido e Indonésia. Outra di culdade é que o desenvolvimento de infraestruturas é lento e impede a adoção de hidrogênio de forma generalizada, segundo a AIE. É por isso que a agência recomenda a criação de infraestruturas como gasodutos para o gás natural. O h i d r o g ê n i o, q u e e s t á envolvido na fabricação e no re no de produtos químicos, pode “reduzir as emissões de carbono em alguns setores”, especialmente o de transportes, incluindo de longa distância, bem como o setor químico e a indústria metalúrgica.
CIÊNCIA 7
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
Máquina para extração Os dinossauros e o fim de óleo de andiroba é das coisas que parecem instalada em comunidade eternas O paleontologista ribeirinha da Amazônia
BERNARDO OLIVEIRA/INSTITUTO MAMIRAUÁ
A máquina tem potencial para gerar um importante complemento na renda dos comunitários Famoso por sua utilização contra dores de garganta, na cicatrização de ferimentos e como repelente de insetos, o óleo de andiroba (Carapa guianensis) é tradicionalmente produzido e consumido por comunidades r i b e i r i n h a s n a A m a z ôn i a . Visando à utilização desse recurso orestal não madeireiro, o Instituto Mamirauá instalou, entre os dias 7 e 9 de maio, uma máquina para a extração do óleo na comunidade Batalha de Baixo, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Amazonas. O sistema tem potencial para gerar um importante complemento na
renda dos comunitários. Desenvolvida pelo Programa Qualidade de Vida (PQV) do Instituto Mamirauá, a máquina funciona a energia solar – uma adaptação fundamental para a região, de difícil acesso à energia elétrica. Após o cozimento e a secagem das sementes, a massa resultante é esquentada pela máquina. Em poucas horas, o aparato produz o que poderia demorar dias para ser extraído do modo tradicional, com a massa secando ao sol. Foram instalados ainda, uma estufa, para acelerar o processo de secagem antes da extração, um sistema de iluminação e um
freezer a energia solar, para estocar a massa das sementes. Além da instalação da máquina, os técnicos e pesquisadores do Mamirauá que visitaram a comunidade ministraram o cinas de capacitação para os comunitários que utilizarão a tecnologia. A iniciativa faz parte do projeto Mamirauá: Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade em Unidades de Conservação (BioREC), com recursos do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Hospital Regional de Santarém avança no desenvolvimento de pesquisas na Amazônia Uma das iniciativas tem por objetivo o desenvolvimento de vacinas para o tratamento de câncer de colo de útero A equipe de pesquisadores do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), localizado em Santarém (PA), tem desenvolvido uma gama de estudos cientí cos a partir da implantação do Centro de E s t u d o s e Pe s q u i s a s d a unidade, em fevereiro deste ano. Uma das iniciativas tem p o r o b j e t i v o o desenvolvimento de vacinas para o tratamento de câncer de colo de útero, que é um dos mais frequentes na região amazônica. Como forma de fortalecer a pesquisa na região, o HRBA promoveu, na última semana, a 1ª Capacitação Teórica e Prática em Imunologia Básica e Avançada. O evento foi fruto da parceria entre o hospital e a Universidade de São Paulo (USP). O curso teve o objetivo de capacitar pesquisadores para a realização de técnicas em procedimentos imunológicos visando promover o desenvolvimento de pesquisas no contexto amazônico. O pesquisador da USP, José Barbuto (doutor em Imunologia), comenta sobre a oportunidade de compartilhar sua pesquisa na Ama z ôn i a . " É u ma a l e g r i a apresentar um trabalho que estou desenvolvendo há anos e que agora pode continuar não só em São Paulo, onde eu trabalho, mas
d e S aú d e P ú b l i c a ( S e s p a ) , enfermeira Marcela Tolentino, comenta sobre a DIVULGAÇÃO/HRBA importância da pesquisa em i mu n o l o g i a . " É fundamental, para nossa região, que sejam realizadas essas pesquisas, com foco no tratamento do câncer. Isso é muito importante para inovar e aumentar a e cácia no c omb ate à d o e n ç a , principalmente ao câncer de colo de útero. Mas devemos sempre colocar em primeiro necessidade e o interesse em lugar a prevenção e a detecção desenvolver pesquisa é muito precoce para que as pessoas não bom, porque, assim, podemos c h e g u e m a p r e c i s a r d o traduzir essas pesquisas em bem e tratamento. Com isso podemos melhoria no atendimento à oferecer um tratamento mais população", destaca Barbuto. barato e e caz", enfatiza Marcela. Patrícia Bergami (pós-doutora O diretor Hospitalar, Herbert em Imunologia), também M o r e s c h i , c o m e n t o u a pesquisadora da USP, ressalta a importância da iniciativa. "Isso importância de descentralizar o s i mb o l i z a e t e m u m v a l or conhecimento para bene ciar a histórico muito grande para nós. p opu l a ç ã o. " Nó s te m o s d e Marca o início de vários projetos e d e s c e n t r a l i z a r a s a ú d e , o a c o nt i nu i d a d e d e mu i t a s conhecimento e a medicina pesquisas que já estão sendo transnacional para podermos elaborados em parceria com a facilitar o acesso ao paciente e à USP, mas também que vislumbra sua família a uma tecnologia de a realização de um grande projeto ponta na medicina. Então é isso que é o desenvolvimento de que queremos, descentralizar e vacinas para o tratamento do fazer com que essa tecnologia câncer de colo de útero que é um chegue a todos, em qualquer dos mais prevalentes na nossa parte do País", a rma Bergami. região", a rma. A d i re t or a d o 9 ° C e nt ro Regional da Secretaria de Estado vem aqui para a Amazônia. Encontrar um parceiro que tem a
ANDREW MCAFEE/CARNEGIE MUSEUM OF NATURAL HISTORY
Steve Brusatte conta em um livro o que se sabe sobre a ascensão e queda dos dinossauros e lembra os cientistas que buscaram esse conhecimento
Pouco antes das g randes mudanças, o que está a ponto de desaparecer para sempre pode parecer eterno. Há 65 milhões de anos, os dinossauros dominavam o planeta com uma in nidade de tamanhos e formas, mas de repente, em pouco tempo, a chegada de um gigantesco objeto do espaço acabou com quase todos eles para sempre. Aquele cataclismo acabou, por exemplo, com os Tyrannosaurus rex, os m a i ore s c a r n í v oro s qu e j á existiram na Terra, e com os saurópodes, uns animais tão grandes que, quando seus primeiros fósseis apareceram, p e ns av a - s e qu e s ó p o d i am pertencer a baleias. As dimensões desses seres despertaram, a partir do século XIX, um enorme interesse, e seu m trágico e abrupto, conhecido desde os anos 1980, inspirou analogias sobre a fragilidade de espécies que ap are nte me nte d om i nam o mundo. A história desses animais assombrosos, que muitas vezes é c ont a d a c om o a l go qu e s e conhece desde sempre, tem outro relato fascinante por trás: o de sua reconstrução. Steve Brusatte, um paleontologista americano que trabalha na Universidade de Edimburgo (Reino Unido), conta em seu livro Ascensão e Queda dos Dinossauros: Uma Nova história de um Mundo Perdido (Record), lançado recentemente no Brasil, que durante muito tempo as estimativas sobre o peso desses animais que podíamos ver em livros ou em exposições de
museus (o brontossauro pesava cem toneladas e era maior que um avião!) eram meras invenções. No e n t a n t o, a e n g e n h o s i d a d e cientí ca permitiu aperfeiçoar esses cálculos e muitos outros que se referem a esses seres. O estudo dos dinossauros nos revelou um passado com dramas abundantes, em que às vezes as desgraças de alguns são uma bênção para outros. Brusatte fala da pedreira Howe, em Wyoming (EUA), uma das escavações mais produtivas da história. Lá, em 1934, foram encontrados mais de vinte esqueletos e 4.000 ossos no total. A posição em que estavam, com seus corpos retorcidos, indicavam que aqueles animais morreram em um evento dramático, provavelmente uma inundação que os afogou na lama. A infelicidade dos dinossauros signi cou, muitos milhões de anos depois, a felicidade dos paleontologistas. Mas os dinossauros, conhecidos por seu m abrupto, também se bene ciaram de cataclismos que aniquilaram outros grupos de animais. Há 250 milhões de anos, no nal do período Permiano, uma série de erupções vulcânicas gigantescas provocou a maior extinção já ocorrida na Terra. Essa catástrofe abriu espaço para o surgimento dos dinossauros − da mesma forma como, muito tempo depois, o asteroide de Yucatán serviu para abrir um espaço no qual os antepassados dos humanos puderam prosperar. Os animais que apareceram depois foram alguns dos mais
formidáveis que existiram. Como nos lembra Brusatte, os Tyrannosaur us chegavam a ganhar dois quilos por dia durante a adolescência − e supondo que tivessem o sangue quente, deviam comer mais de 110 quilos de carne por dia. O paleontologista compara seu m inesperado com o que ocorreu com outra referência no estudo dos dinossauros, o barão Ferenc Nopcsa, um nobre nascido em 1877 na Transilvânia, quando esta ainda era parte do Império Austro-Húngaro. Nopcsa, que foi um dos melhores buscadores de fósseis da história e combinou esse trabalho com o de espião, perdeu todas as suas posses quando seu império se desintegrou, após a Primeira Guerra Mundial. Seu palácio, agora abandonado, lembra o poder que uma família tinha mantido durante gerações e que talvez tenha, em algum momento, parecido eterno. Essas histórias são, para o autor de Ascensão e Queda dos Dinossauros, uma espécie de advertência. “Nós, humanos, carregamos agora a coroa que já pertenceu aos dinossauros. Temos certeza do nosso lugar na natureza, mesmo quando nossas ações estão mudando rapidamente o planeta que nos rodeia”, lembra Brusatte enquanto observa, nas rochas, como os ossos de dinossauros cedem lugar, abruptamente, aos de mamíferos. Nem mesmo uma espécie tão dominante como a humana está condenada à eternidade.
Inpe terá evento de introdução à pesquisa em Ciências Espaciais O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sediará os Sábados de Introdução à Pesquisa para Adoles centes em Ciências Espaciais (Space) nos dias 14 e 21 de setembro de 2019, em São José dos Campos (SP). Segundo o Inpe, trata-se de um curso de introdução às Ciências Espaciais destinado a estudantes do ensino médio. Entende-se por ciências espaciais a Astronomia, a Astrofísica, a Aeronomia e Geofísica Espacial. Os objetivos são trazer conhecimento e motivar a inserção das ciências espaciais no cotidiano dos alunos e identi car jovens talentos. A programação do Space inclui
NASA
interação com cientistas do Inpe, atividades práticas em laboratórios e telescópios, visitas às instalações do Inpe e gincana com prêmios. As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de junho, pelo site do
Inpe. O evento é gratuito, com almoço incluso. O endereço do Inpe é Av. dos Astronautas, 1.758, Jardim da Granja, São José dos Campos, SP. Mais informações: www.inpe.br/space/2019.
8 BEM-ESTAR
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
LUIZ TOLEDO DE SÁ Biólogo e escritor
Paciência é remédio REPRODUÇÃO INTERNET
A
ceite total e completamente o que acontecer a você para que possa apreciar e depois relaxar. Tudo ocorre para o nosso bem. Todo mal encerra um grande bem. As di culdades do caminho nos tornam mais fortes e preparados para tarefas superiores. Jamais alcançaremos a cura sem o concurso da paciência. Sem paciência com as pequenas derrotas ninguém chega ao sucesso. Sem a paciência com os contratempos que a doença nos causa, di cultaremos a própria cura. A paciência é um remédio poderoso, pois tem o poder de acalmar a irritação, a ansiedade o azedume: três bombas que arrasam a saúde e di cultam a cura. Não por outra razão, a ciência médica denomina o enfermo de
A doença de agora foi construída ao longo do tempo. A cura, para se estabelecer, também precisa de tempo que é proporcional à assimilação das lições que a enfermidade nos trouxe. Sem paciência onde você pensa que chegará? Mais próximo da sepultura, talvez. Você já reparou como camos mais humildes e dóceis quando a doença nos imobiliza as atividades para atividades rotineiras? A di culdade física causada pela enfermidade nos deixa mais conscientes das nossa fragilidades diminuindo o nosso orgulho. Então, paciente, agradeça a Deus o seu embelezamento espiritual!
paciente (aquele que tem paciência).
Sem o exercício diário da paciência,
raramente encontraremos a cura.
Livro: Reflexões que curam de Luiz Toledo de Sá [baseado no livro “O Médico Jesus” de José Carlos de Lucca]
Por que emagrecer pode Imunoterapia, o tratamento ficar mais difícil com a que utiliza as defesas naturais do corpo idade O metabolismo desacelera e perder peso vai ficando mais complicado com o passar do tempo RIDOFRANZ/THINKSTOCK/GETTY IMAGES
Você sente (ou já ouviu alguém falar) que, conforme os anos vão passando, os números da balança demoram mais para descer? Pois saiba que isso pode ser verdade: a ideia de que perder peso vai cando mais complicado com o passar do temp o tem emb as amento cient í co. “Iss o aconte ce porque o nosso metabolismo tende a desacelerar”, explica o médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo, de São Paulo. Os hor mônios, a lém de carem mais desregulados, têm suas produções diminuídas no organismo. O que inclui as substâncias que contribuem na manutenção do nosso peso ao longo da vida. “Um e xe mpl o é o h o r m ô n i o d o crescimento. Bem como os sexuais masculinos e f e m i n i n o s , c om o a testosterona, o estrogênio e a progesterona. Com eles em menor quantidade, o metabolismo cai”,
explica o nutrólogo. O segundo grande causador do problema é um processo n at u r a l d o o r g a n i s m o, a sarcopenia. Ela diz respeito à perda de massa muscular. “O que pode ser agravado se a pessoa não fortalece os músculos. Sabemos atualmente que o músculo é um gastador de energia, e um grande responsável por manter nossa taxa metabólica alta”, diz Alexander. Se você não quer que isso aconteça com o seu metabolismo, não tem segredo. “É preciso aliar a prática regular de exercícios físicos com a boa
alimentação”, a rma o médico. Vale a pena também manter os exames em dia — assim você garante que seus níveis hor monais estejam to dos regulados. Prestar atenção no sono também é uma estratégia para regular as substâncias no organismo. “Dormir bem é muito importante. É nesse momento que produzimos hormônios reguladores de peso i mp o r t a nt e s , c o m o o d o c r e s c i m e n t o ”, e x p l i c a Alexander. Segundo o nutrólogo, não existem alimentos milagrosos que irão aumentar seu metabolismo em um passe de mágica. “Contudo, comer boas quantidades de frutas, legumes e verduras ajuda. Eles contêm bras, e o corpo precisa de mais energia do que o normal para quebrá-las”. Ap es ar de os t reinos aeróbicos serem fundamentais para diminuir os riscos das doenças cardiovasculares, os de fortalecimento são os mais indicados para evitar a perda de massa magra com a idade. Alexander aconselha a musculação e a e l e t r o e s t i mu l a ç ã o n a t e r c e i r a i d a d e . “A eletroestimulação é ainda mel hor, u ma ve z qu e recruta a maior quantidade de bras musculares possíveis em menos tempo e com menor demanda de esforço físico. Além de não sobrecarregar as articulações”, diz.
Técnica potencializa sistema imunológico e pode ser usado em tratamentos contra o câncer PIXABAY
Um dos melhores tratamentos contra o câncer pode estar dentro do nosso próprio corpo. É que uma das características dos tumores é a capacidade de fugir das defesas naturais que, em tese, deveriam destruí-lo. Há alguns anos, pesquisadores resolveram apostar justamente nisso: encontrar um modo de fazer nosso sistema imunológico reagir. A chamada imunoterapia foi eleita pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em 2016, o tratamento mais promissor no combate ao câncer. Emb ora ten ha e voluído, principalmente nos últimos anos, os primeiros estudos sobre a possibilidade do métodos são de 1881, com cientistas que usaram bactérias para ativar a resposta imunológica contra tumores. A primeira medicação,
porém, só foi aprovada um século depois, em 1980. O tratamento com imunoterapia pode funcionar de duas maneiras: estimulando o organismo do paciente ou oferecendo ao sistema imunológico componentes sintéticos, como proteínas do sistema imune. São quatro tipos principais. O de anticorpos monoclonais usa células de defesa humana, produzidas em laboratório, treinadas para atacar partes especí cas do tumor. As drogas inibidoras de checkpoints, as mais usadas e promissoras, que bloqueiam um receptor das células imunes utilizado por tumores para se tornarem "invisíveis" aos sistemas de defesa. Há vacinas contra o câncer, que previnem a infecção de vírus como o Papiloma Vírus
Humano (HPV), que causa, entre outros, câncer de colo de útero e de garganta. Finalmente, há imunoterapias não especí cas, que estimulam o sistema como um todo. Embora em alguns casos já esteja sendo utilizado como estratégia inicial no combate à doença, a imunoterapia ainda não é indicada para todos os pacientes e tipos de câncer. O preço também é alto: uma caixa de um dos medicamentos aprovados no Brasil para o tratamento de melanoma em estágio avançado custa quase R$ 20 mil. E, apesar de ser menos agressiva e tóxica que terapias convencionais, a imunoterapia também tem efeitos colaterais. Fadiga, tosse, prisão de ventre, náusea e perda de apetite estão entre eles.
SAÚDE 9
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
Comer frutas poderia evitar mortes
por doença cardiovascular Duas maçãs e três porções de cenoura todos os dias. De acordo com pesquisa divulgada nos Estados Unidos, esta é uma excelente receita para diminuir suas chances de morrer de ataque cardíaco ou AVC GETTY IMAGES
O e stu d o, apre s e nt a d o e m cong ress o organizado p ela Sociedade Americana de Nut r i ç ã o e re a l i z a d o e m Baltimore, cruzou dados mundiais de consumo de frutas e legumes com as noti cações de mor te s e m d e c or rê nc i a d e doenças cardiovasculares ao longo de 2010. A principal conclusão foi de que uma em cada sete mortes do tipo pode ser atribuída ao fato de a pessoa não ter ingerido fruta su ciente. E uma em cada 12 mortes também por problemas cardiovasculares seria resultado de falta de legumes e verduras su cientes. No total, apenas no ano de 2010, foram 1,8 milhão de mortes que poderiam ser evitadas, em todo o
mundo, com melhor alimentação de frutas. E um milhão de mortes foram atribuídas a um consumo baixo de legumes. No geral, o consumo baixo de frutas resulta em quase 1,3 milhão de mortes por AVC e mais de 520 mil mortes por doenças cardíacas coronárias por ano em todo o mundo. Ao mesmo tempo, o consumo baixo de legumes e verduras é responsável por 200 mil mortes por AVC e mais de 800 mil por doenças cardíaca. É para se lembrar disso antes de recusar a salada ou a rmar que fruta não é sobremesa. Para chegar às conclusões, os pesquisadores realizaram estimativas das ingestões médias diárias de frutas e outros vegetais a partir de pesquisas realizadas
em 113 países – compreendendo, portanto, uma amostra correspondente a 82% da população mundial.
Em seguida, essas informações foram combinadas com os dados de causa mortis em cada um dos países participantes, além de
dados sobre outros riscos de problemas cardiovasculares. O impacto do consumo inadequado de frutas e hortaliças
foi maior nos países com menor consumo de frutas e outros vegetais. É o que acontece em países do sul, centro e leste asiático, da Oceania e da África subsaariana – são locais com baixa ingestão de vegetais e altas taxas de mortes por acidente vascular cerebral e doenças coronarianas, por exemplo. O consumo de frutas e h or t a l i ç a s é m ai s b ai xo, e consequentemente maior agente causador de mortes, em adultos jovens. Quando a pesquisa tentou entender as diferenças por gênero, deparou-se com os homens em uma posição de risco maior, provavelmente indicando que mu l heres tendem a s e alimentar de mais frutas e legumes.
Cientistas descobrem Vacina contra o estresse tratamento para reverter será fabricada em até 20 anos, diz danos às artérias especialista Processo, conhecido como aterosclerose, que "endurece" as artérias, está relacionado a problemas como ataque cardíaco, demência e acidente vascular cerebral
PIXABAY
Estudo conectou bactéria presente no solo com diminuição de estado inflamatório que gera estresse PIXABAY
Cientistas britânicos estão mais p r ó x i m o s d e e nt e n d e r o s motivos para o desenvolvimento de um processo conhecido como aterosclerose, que causa o "endurecimento" das artérias, e iniciar um tratamento capaz de resolver o problema. A enfermidade está relacionada a diferentes problemas de saúde, como taque cardíaco, demência e acidente vascular cerebral. Já era sabido que o endurecimento era causado pelo acúmulo de cálcio nas paredes elásticas dos vasos sanguíneos, mas ninguém sabia por que isso acontecia. De acordo com os especialistas, a aglutinação é desencadeada por uma molécula que é produzida quando há danos em um conjunto de células p r e s e nt e s n a s a r t é r i a s . O envelhecimento, a pressão alta, o tabagismo e o acúmulo de placas
de gordura estão ligados a danos estudam isso há décadas e esta é a à s c é lu l a s ou a o m at e r i a l primeira terapia potencial já encontrada", contou a professora genético. "Se o processo de calci cação é Melinda Duer da Universidade conduzido por células, signi ca de Cambridge, que é coautora do que você pode realmente tratá- estudo. No entanto, o grupo diz que, lo", disse Cathy Shanahan, professora de sinalização celular embora ofereça a esperança de e coautora do estudo do King's que o endurecimento da artéria College London, ao jornal possa ser evitado em alguns grupos de risco, ainda restam britânico e Guardian. A p ó s u m a s é r i e d e dúvidas se tal tratamento será e x p e r i m e n t o s , a e q u i p e bem-sucedido para todos os descobriu que o processo pode pacientes. Os médicos a rmam ser impedido se uma enzima que a população deve continuar ligada à produção de molécula evitando hábitos de vida que for bloqueada — mesmo se o p o s s am c ont r i bu i r p ar a a DNA d a s c é lu l a s e s t ive r enfer midade, e vit ando o prejudicado. Entretanto, o tabagismo e dietas de cientes trabalho também pode ser feito em nutrientes. p o r u m antibiótico já existente que é Terça, quinta e Sábado - das 7 às 11 horas usado para acne: Tel.: (27) 99753-3694 "As pessoas Rua Putiri, nº 284 - Caçaroca - Serra - ES
AUTO-HEMOTERAPIA
Um a n ov a p e s qu i s a s o bre bactérias aproximou ainda mais a comunidade cientí ca da tão sonhada vacina "antiestresse". De acordo com os especialistas, a espécie de bactéria Mycobacterium vaccae está presente no solo e ajuda na d i m i nu i ç ã o d o s n í v e i s d e estresse. Em 2018, os pesquisadores injetaram uma dose de M. vaccae em roedores antes de expô-los a um evento estressante, o que impediu os animais de desenvolverem estresse póstraumático no curto prazo e também mais tarde. Esse estudo ajudou a construir a hipótese de que o microrganismo abriga c o mp o s t o s q u e aj u s t a m a resposta de fuga ou luta no sistema imunológico em mamíferos. Agora, uma nova análise da equipe identi cou a estrutura no interior da bactéria que seria responsável pelos efeitos. O grupo também foi capaz de sintetizar a substância
quimicamente, desconstruindo a forma com que ela interage com as células do sistema imunológico. "Sabíamos que funcionava, mas não sabíamos por que", disse Christopher Lowr y, um dos autores da pesquisa, em um comunicado à imprensa. "Este novo artigo ajuda a esclarecer isso". Segundo os pro ssionais, o lipídio encontrado se liga a receptores dentro das células do sistema imunológico e bloqueia certas substâncias químicas que causam in amações (responsáveis pelo estresse). Quando eles “pré-trataram” as células com o lipídio e depois tentaram estimular uma resposta in amatória durante os experimentos, descobriram que as células se tornaram resistentes aos efeitos, ou seja, foram efetivamente vacinadas contra a in amação. "Parece que essas bactérias com as quais coevoluímos têm um tr uque na manga", contou Lowry. “Este é um enorme passo
em frente para nós porque identi ca um componente ativo das bactérias e o receptor para e ste c omp one nte at ivo no hospedeiro". O especialista acredita que dentro de 10 ou 15 anos muitos tratamentos para questões psicológicas, como o estresse, serão baseados em microrganismos e sugere que, embora mais pesquisas sejam necessárias, a vacina antiestresse pode se tornar realidade em até 20 anos. Lowry a rma que a descoberta é apenas a "ponta do iceberg", já que a M. vaccae é só uma das espécies que estão sendo estudadas: "Costumávamos pensar que as microbactérias não eram uma parte importante do microbioma humano", relatou Lowry. "O poder da natureza continua a nos maravilhar e surpreender como cientistas — e estamos ansiosos para aprender mais".
10 GERAL
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
FERNANDA PRATES ADVOGADA Tel.: 27 99964-3150 fernandafprates@gmail.com
Pedi demissão grávida, tenho direito ao salário-maternidade? O
salário-maternidade é devido a todas às seguradas da Previdência Social, gestantes ou adotantes, sejam elas empregadas, avulsas, domésticas, contribuintes especial, facultativa ou individual, ou mesmo desempregadas. Este benefício está previsto no art. 201, II da Constituição Federal, nos artigos 71 e seguintes da Lei 8.213/91 e nos artigos 93 e seguintes do Decreto 3.048/99. Salário-maternidade para desempregada que pediu demissão É muito comum a empregada ter a seguinte dúvida: “Pedi demissão grávida, tenho direito ao salário-maternidade?” A resposta é: sim. Contanto que a segurada tiver cumprido a
REPRODUÇÃO INTERNET
carência, ela tem direito ao salário-maternidade. A lei 8.213/91 não estabelece nenhuma exceção para retirar da pessoa que pediu demissão este direito. E o decreto 3.048/99 determina expressamente que existe este direito. Decreto 3.048/99, Art. 97, Parágrafo único fala o seguinte: Durante o período de graça a que se refere o art. 13, a segurada d e s e mp re g a d a f a r á j u s a o recebimento do saláriomate r n i d a d e no s c as o s d e demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência social.
Demissão SEM justa causa x direito ao saláriomaternidade O INSS costuma negar o
benefício de salário-maternidade requerido diretamente pela segurada quando esta foi d e m it i d a s e m just a c aus a , alegando que a responsabilidade pelo pagamento deste benefício seria da empresa. Entretanto, esta limitação imposta pelo INSS não é correta.
Qual seria a saída? C omo j á dito acima, um DECRETO não permite que a empregada demitida sem justa causa receba o saláriomaternidade. Entretanto, não há na LEI nº 8.213 /91 qualquer restrição quanto à forma da rescisão do contrato de trabalho da segurada desempregada para o re cebimento do s a l ár iomaternidade. Importante frisar que o decreto é hierarquicamente inferior à lei (isso se aplica para qualquer
decreto e qualquer lei). O papel do decreto é regulamentar a lei, explicar como ela vai ser aplicada. Ele não pode extrapolar esses limites regulamentares, pois isso fere o princípio da legalidade, um dos princípios mais importantes do Estado Democrático de Direito. Por isso, a limitação do Decreto 3.048/99, utilizada pelo INSS, é
ILEGAL, de forma que é possível sim o recebimento de saláriomaternidade pela gestante que foi demitida sem justa causa. Importante também esclarecer, que a empregada gestante tem direito à estabilidade no emprego desde a concepção até cinco mes es ap ós o par to. E a empregada tem direito à e st abi l i d a d e me s mo qu e a
gravidez tenha ocorrido no curso do aviso prévio (art. 391-A da CLT). Dessa forma, a empregada gestante que for demitida no período de estabilidade tem direito à ser reintegrada ou, na impossibilidade de reintegração, a ser indenizada.
Como a poluição do ar 'Internet' das florestas pode afetar nossa está ameaçada pelo saúde mental aquecimento global Nos últimos anos pesquisadores se debruçaram sobre os efeitos da poluição na mente humana e identificaram que há perda significativa da capacidade cognitiva EMMANUEL LAFONT/BBC
Pode ser que no futuro a polícia conte com um novo método para ajudar na prevenção ao crime: saber os níveis de poluição nas cidades. E, com o resultado dessa aferição, ela poderá voltar sua atenção e recursos para àquelas áreas onde o ar se mostrar mais s u j o . Vo c ê d e v e e s t a r s e perguntando: mas o que uma coisa tem a ver com a outra? Pode ser que no futuro elas tenham tudo a ver. Pesquisas recentes sobre os efeitos da poluição nos seres humanos mostraram que, além de problemas de saúde mental, de piora da capacidade de julgamento e do desempenho escolar, ela também pode estar ligada a um aumento dos níveis de criminalidade. Essas descobertas são alarmantes, uma vez que mais da metade da população mundial vive em ambientes urbanos – e cada vez mais viajamos para áreas poluídas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que nove entre dez pessoas frequentemente
respirem níveis considerados perigosos de ar poluído. A poluição do ar mata cerca de sete milhões de pessoas por ano. Em 2011, o pesquisador Se Roth, da universidade London School of Economics, em Londres, decidiu estudar os muitos efeitos da poluição do ar. Ele estava ciente do impacto negativo dela na saúde, do aumento de internações hospitalares e também da mortalidade. Mas, pensou, talvez houvesse outros efeitos colaterais em nossas vidas. Roth conduziu um estudo para sab er s e a poluição afetava o desempenho cognitivo. Ele e sua equipe observaram estudantes fazendo provas em dias diferentes – e mediram a quantidade de poluição nestas datas. Todas as outras variáveis permaneceram as mesmas: os exames foram feitos por estudantes de níveis semelhantes de educação, no mesmo local, mas ao longo de vários dias. O pesquisador descobriu que a
variação nos resultados médios era muito diferente. Nos dias mais poluídos, os alunos obtiveram as piores notas. E quando o ar estava m a i s p u r o, a s n o t a s e r a m melhores. "Percebemos um claro declínio [do desempenho] nos dias mais poluídos", diz Roth. "Mesmo alguns dias antes e alguns depois, não encontramos nenhum efeito – foi apenas no dia do exame que a pontuação do t e s t e d i m i nu i u signi cativamente". Para determinar os efeitos a longo prazo, Roth decidiu ver o impacto que o desempenho nesses testes teve entre oito e dez anos depois. Aqueles alunos que tiveram pior desempenho nos dias mais poluídos acabaram indo estudar em universidades nas quais as notas para admissão eram mais baixas – e aqueles testes que eles haviam feito contabilizam pontos para entrar na faculdade. Eles também estavam ganhando menos. "Portanto, mesmo que haja um efeito de curto prazo da poluição, se este ocorrer em uma fase importante da vida, poderá ter um impacto de longo prazo", a rma. Os pesquisadores dizem que agora é preciso haver uma maior conscientização sobre o impacto da poluição do ar. "Precisamos de mais estudos mostrando a mesma coisa em outras populações e g r up os e t ár i os " , di z D i ana Younan, da Universidade do Sul da Califórnia (USC).
Simbiose entre fungos, bactérias e plantas garante existência das matas Ap el i d a d o ge nt i l me nte d e “ Wo o d Wi d e We b” p e l o s cientistas, um fenômeno que permite a existência de orestas em todo o planeta pode estar com os dias contados por força dos efeitos do aquecimento global. A revelação foi feita em artigo que contou com a participação de mais de 200 cientistas e foi publicado na revista Nature. A “internet” das árvores é o sistema capaz de interconectar biologicamente uma oresta inteira. É o resultado da simbiose entre fungos, bactérias e plantas. O funcionamento é simples: fungos e bactérias fornecem nitrogênio e fósforo às árvores e recebem em troca carbono, umidade e abrigo. O estudo, que foi liderado por cientistas da Universidade Stanford, nos EUA, demonstrou que até 2070 as mudanças climáticas poderão reduzir em 10% a biomassa de espécies de árvores e levar mais carbono à atmosfera. Isto, porque, muitos dos fungos que realizam a simbiose com as raízes das árvores são responsáveis pela retenção de carbono no solo. “São milhões e milhões de anos de interação entre estes seres vivos, e se uma bactéria ou fungo associado desaparecem a árvore não consegue mais encontrar fósforo ou nitrogênio, começa a perder as folhas, ca fraca, até
que ela morre por inanição ou quebrada pelo vento”, a rmou B en Hur Marimon, da Universidade do Estado de Mato Gross o (Unemat), um dos pesquisadores brasileiros que participou do estudo. O estudo analisou mais de 32 milhões de árvores de 28 mil espécies e em mais de 70 países, num esforço que envolveu oito i nst itu i ç õ e s br as i l e i r as . A pesquisadora brasileira Beatriz Marimon, que também é professora da Unemat, ofereceu um banco de dados com informações da relação entre micro-organismos e plantas nas matas do município de Nova Xavantina (MT), região de t ransição ent re C er rado e Amazônia. Os primeiros apontamentos sobre a “internet” das orestas su rg i r am ante s me s mo d a consolidação da internet dos homens. Há 30 anos, o pesquisador inglês David Read, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, fez um mapa à mão sobre as conexões entre esses organismos. Read já demonstrava que, sem essas
ligações, a existência das orestas seria improvável. O novo estudo mapeou o que foi previsto pelo pesquisador inglês. A ideia era provar que as relações entre fungos, bactérias e as raízes apresentavam um padrão global nas orestas de cada região, com diferentes climas e solos. “Nos solos tropicais, que têm maior limitação de fósforo, a associação é maior com fungos que formam arbúsculos internos nas raízes das plantas para permitir a absorção do fósforo”, diz Ben Hur. “Essas conexões ocorrem globalmente, mas cada região tem suas características”. Além da Unemat, participaram da pesquisa Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade Federal do Acre (Ufac), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e Un ive rs i d a d e R e g i on a l d e Blumenau (Furb).
COMPORTAMENTO 11
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Podologia para diabéticos H
consequências gravíssimas. Marina Ribeiro aconselha a essas pessoas a usarem calçados confortáveis. Existem produtos especí cos mas podem ter tratamentos alternativos como os citados na parte I, da matéria publicada na semana passada.
Olá pessoal,
oje daremos c o nt i nu i d a d e a o artigo da semana passada em que nossa pro ssional de beleza, Marina Ribeiro, fala da importância e ainda dá dicas de como tratarmos dos nossos pés. O tratamento de podologia
A pro ssional aconselha ainda que, em casos mais graves, é importante a pessoa procurar um especialista de con ança para tirar dúvidas. Essa foi mais uma dica de nossa especialista em beleza, Marina Ribeiro.
GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO
deve ser feito sempre que necessário e para os diabéticos seguem-se algumas dicas: Para as pessoas que têm diabetes, os cuidados com os pés devem ser dobrados. Os pés devem estar sempre secos entre os dedos após banhos e
Há
atividades com água. Limpos e h i g i e n i z a d o s , p ar a e v it ar surgimento de bactérias e fungos. O diabetes é uma doença que traz muitos problemas ao seu portador, afeta vários órgãos de nosso corpo, causando
studio.marinaribeiro
99573-2119
Seu cachorro também 85 municípios cumprem fica "preocupado" com requisitos de saneamento os problemas do dia básico De acordo com estudo, qualidade do sono de cães é pior quando eles vivem experiências negativas ao longo de um dia
Os dados são do Ranking da Universalização do Saneamento, que acaba de ser divulgado ISTOCK
PIXABAY
Pes quis adores húngaros a rmaram que cachorros cam "pensando" em seus problemas antes de dormir. A equipe também pôde observar que as di culdades emocionais dos animais resultam em um sono menos qualitativo. Dezesseis cães de diferentes raças foram analisados pela equipe, que, com a ajuda dos donos, os submeteu a acontecimentos bons ou ruins. Uma experiência positiva, por
exemplo, era algo que o cachorro gostava, como ser acariciado ou se envolver em brincadeiras. Já as negativas incluíram estar preso em um cômodo por um período de tempo enquanto era ignorado pelo dono ou ter um pesquisador olhando diretamente em seus olhos. Todos os cães foram equipados com sensores e, depois de vivenciarem suas experiências, positivas ou negativas, foram autorizados a ir a um local
designado para dormir. Os especialistas notaram que os pets "estressados" foram dormir aproximadamente duas vezes mais rápido que os cães relaxados, um comportamento que já registrado antes. Além disso, os cachorros que passaram por experiências negativas gastaram em média 20 minutos a menos dormindo profundamente. Isso não quer dizer que eles dormiram menos, mas que a qualidade do sono dos animais estressados foi pior. "Esse resultado fornece a primeira evidência direta de que os estímulos emocionais afetam a siologia do sono subsequente em cães", escreveram os estudiosos em artigo publicado sobre o assunto. "A descoberta de que tratamentos emocionais breves in uenciam a macroestrutura do sono também sugere que a pesquisa do sono poderia ser implementada de maneira útil no campo do bemestar canino".
Todos os requisitos para ofertar à p opu l a ç ã o u m s i s t e m a d e saneamento básico adequado são cumpridos por 85 municípios brasileiros, de acordo com o R anking da Universalização do Saneamento, divulgado na última segundafeira (17) pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). Os municípios foram avaliados quanto à oferta de serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Em cada uma das cinco categorias, as cidades receberam uma nota que vai até 100. Aqueles que tiveram um desempenho, com a soma das notas acima de 489, ocuparam o topo do ranking e foram classi cados como municípios Rumo à Universalização. Na outra ponta, na base do ranking, estão aqueles que obtiveram nota abaixo de 200 e foram classi cados como Primeiros Passos para a Universalização. Ao todo, 251 d o s mu n i c ípi o s av a l i a d o s caram nessa faixa. Há mais duas classi cações intermediárias, a de Empenho para Universalização, com notas entre 200 e 449,99, que concentra a mai or i a d o s mu n i c ípi o s
avaliados, 1.308; e a de Compromisso com a Un ive r s a l i z a ç ã o, c om 2 2 4 municípios que obtiveram notas entre 450 e 489. “O grande ganho do saneamento não está em si próprio, mas na redução das doenças de veiculação hídrica. Esse é o grande ganho que os governantes têm que entender para poder promover mais obras, mais serviços de saneamento”, diz o presidente da Abes, Rober val Tavares de Souza. Ao todo, participaram do estudo 1.868 municípios, que são o s qu e p o ssu e m o s d a d o s necessários para serem ranqueados. Os demais 3,7 mil municípios brasileiros sequer possuem essas informações. Os dados divulgados nesta edição do ranking são referentes a 2017. Pe l o P l a n o Na c i o n a l d e Saneamento Básico (PNSB), o Brasil tem até 2033 para universalizar o saneamento básico. “Saneamento é, dentro dos itens da infraestrutura, o item que tem a pior classi cação. O saneamento não é tratado como prioridade na grande maioria dos municípios. Prioridade de Estado é palavrachave para que a gente possa avançar nos indicadores de
saneamento do País”, disse Souza. O Ranking Abes da Universalização do Saneamento é um instrumento de avaliação do setor no Brasil. Ele apresenta o percentual da população das cidades brasileiras com acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto e de resíduos sólidos, além de aferir o quanto de esgoto recebe tratamento e se os resíduos sólidos recebem destinação adequada. Desse modo, permite identi car o quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento. O ranking de 2019 reúne 1.868 municípios, representando 68% da população do País e mais de 33% dos municípios brasileiros que forneceram ao Sistema Nacional de Informações de Saneamento as informações para o cálculo de cada um dos cinco indicadores utilizados no estudo. As 27 capitais brasileiras estão presentes no ranking. Das capitais, Curitiba está na c at e g o r i a Ru m o à Universalização, nove capitais na categoria Compromisso com a Universalização, 16 na categoria Empenho para a Universalização e Porto Velho na categoria Primeiros Passos para a Universalização.
12 OLHAR DE UMA LENTE
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória - Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Segurança é dever do Estado N
JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO
A maioria dos senadores favoráveis à sustação do decreto argumentou que tais mudanças devem ser enviadas pelo Executivo ao Congresso por meio de projeto de lei, para que as a lte r a ç õ e s s e j am d e b at i d a s democraticamente. Marcos do Val, argumentou que o decreto é constitucional. Para o
o último dia 18, o Brasil via senadores, conscientes e comprometidos com verdadeiras políticas públicas, derrubaram, por 47 votos a 28, o decreto assinado em maio pelo presidente Jair B olsonaro que tenta exibilizar a posse e porte de
DO/
LUZ IM
ARA
FER
NAN
DES
JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO
armas. Mas o projeto de decreto legislativo (PDL), de autoria do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) tornou sem efeito o regulamento. O Decreto 9.785, de 2019, autoriza a concessão de porte a 20 categorias pro ssionais e aumenta, de 50 para cinco mil, o número de munições disponíveis a cada proprietário de armas de fogo. O PDL segue agora para votação na Câmara dos Deputados. O texto chegou ao Plenário em regime de urgência, depois de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no último dia 12. Os senadores rejeitaram o parecer original do s e n a d o r M a r c o s d o Va l (Cidadania-ES), que era contrário ao PDL 233/2019 e favorável ao decreto de Jair Bolsonaro. Para o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), o presidente da República “extrapolou o poder regulamentar”. Em debate, vários senadores utilizaram a tribuna para defender ou derrubar o decreto do governo.
X s e n a d or, é u m a " f a l á c i a " o
população brasileira.
argumento de que o decreto “liberou geral” a posse e o porte de armas. Ainda segundo ele, o Estatuto do Desarmamento foi um fracasso, “O cidadão de bem tem o direito de se proteger, arma é proteção da vida”, disse do Val.
Outra favorável à extinção do decreto foi a senadora Kátia Abreu (PDT-TO). Para ela, mais de 120 mil vidas foram poupadas no País desde a sanção do Estatuto do Desarmamento. É um escárnio com a população brasileira. “Esse decreto não vai proteger nenhum de nós. Arme os policias, p r e s i d e n t e ! ”, e x c l a m o u a senadora. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu que o decreto é inconstitucional e que essa inconstitucionalidade foi apontada, inclusive, pela Consultoria do Senado. “É a institucionalização do banguebangue no País. Vai ser um liberou geral, isso não tem precedente na ordem jurídica mundial”, a rmou Randolfe. Para Rose de Freitas, arma de fogo é p ara mat ar ou fer ir gravemente. “Coloque essa arma q u e é p a r a m at a r o u f e r i r
MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO
PIK
Vários senadores favoráveis à anulação do decreto presidencial relataram que sofreram ameaças e agressões nas últimas semanas. Para a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), a população precisa de emprego, não de armas. Disse ainda que o Estado não pode se omitir de sua responsabilidade de garantir a s egurança da
gravemente as pessoas, nas mãos de pessoas que não tem psicologicamente, o momento para usá-la ou como usá-la. Estou declarando não só meu voto mas minha preocupação como mãe”, disse a senadora. Para outro senador contrário ao decreto, vende-se uma ilusão à população. “Estimula-se e faz-se a pregação do ódio, não é disso que o Brasil precisa. As armas vão cair nas mãos de bandidos e milicianos, que vão matar pobre e gente do bem”, avaliou Jaques Wagner (PT-BA). Segurança é obrigação e dever do Estado e não do cidadão que trabalha um terço do ano para pagar altos tributos e impostos que deveriam ser revertidos em políticas sociais, mas não é isso que vimos. O governo tem por obrigação focar em projetos relevantes, mesmo que os efeitos
sejam a médio ou longo prazos, na nossa saúde, onde a população ainda morre nos corredores de hospitais por falta de atendimento; na nossa educação, que mais de 40% da população acima de 25 anos não têm nem o ensino fundamental; no nosso meio ambiente, degradado e desrespeitado pelos grandes grupos corporativos diante da vista grossa de alguns órgãos scalizadores do governo; nossa ciência e tecnologia, que vive a passos primitivos e, por último, o combate à corrupção, câncer que corrói as esferas governamentais e faz com que as riquezas se destinam a poucos. Aproveito a oportunidade para parabenizar a todos os senadores que se mantiveram rmes seus votos contrários a esse decreto que é um menoscabo com a população.
BRASIL 13
24 a 30 DE JUNHO DE 2019
A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
HÉLIO FILHO/SECOM
MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO
MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO
Fabiano Contarato (Rede/ES)
Rose de Freitas (Pode-ES) Não ao porte de armas Após muita polêmica e ameaças sofridas por parlamentares, o Senado derrubou na noite de terça-feira, 18, o decreto presidencial que facilita o porte de armas no País. Procuradora Especial da Mulher do Senado, a senadora Rose de Freitas expôs o sentimento de mãe ao se posicionar contra a política armamentista no País. “Arma de fogo é para matar ou ferir gravemente, coloque essa arma que é para matar ou ferir gravemente as pessoas nas mãos de pessoas que não têm, psicologicamente, o momento para usá-la ou como usá-la. Estou declarando não só meu voto, mas minha preocupação como mãe”, disse a senadora. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Norma Ayub (DEM-ES) Nota de Repúdio às ameaças de ataque na Ufes “Repudio a ameaça de ataque à Ufes, conforme divulgada nas redes sociais! A nossa indignação é com qualquer tipo de preconceito: seja de raça, gênero, etc. Precisamos, urgentemente, combater a intolerância entre as pessoas, e promover a paz no seio da sociedade. Que a Polícia Federal possa agir com rapidez, a tempo de descobrir a veracidade das ameaças, impedindo que essa tragédia se concretize. Que Deus abençoe e proteja todos os alunos, professores e funcionários”.
Justiça acata pedido para que Ibama entregue pareceres técnicos relacionados aos blocos de petróleo em Abrolhos A Justiça acatou pedido de ação cautelar apresentado pelos senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para determinar ao Ibama que entregue todos os pareceres técnicos relacionados aos blocos de petróleo da 16ª Rodada de Licitações, que estão localizados em área próxima ao Parque Nacional de Abrolhos. “Há preocupação muito grande com essa rodada de leilão em vista da preservação do meio ambiente. Se tudo não car muito bem esclarecido, os lotes apontados pela área técnica devem ser excluídos. O presidente do Ibama deve ter postura mais transparente”, ressalta Contarato. ELLEN CAMPANHARO
Lorenzo Pazolini (sem partido) Hospitais públicos no Estado O deputado estadual, Delegado Lorenzo Pazolini (sem partido), solicitou à Assembleia Legislativa do ES a criação de uma Frente Parlamentar para discussão da proposta de criação de estatal para gestão de hospitais públicos no Estado. A ideia veio depois da iniciativa do governo do Estado após elaboração de proposta que visa a criação de uma Fundação Pública para gerir os hospitais públicos e, segundo o deputado, merece uma discussão aprofundada para analisar as consequências da implantação dessa medida no âmbito da gestão pública hospitalar. “Como há divergência de opiniões entre especialistas sobre a e cácia desse modelo gerencial de instituições públicas, é preciso ouvir as diferentes ideias a respeito para que possamos colaborar com a iniciativa e fazer o melhor para os capixabas”, explicou Pazolini.
LEONARDO TONONI
Sérgio Majeski (PSB-ES) Gastos da Ales
O deputado estadual Sérgio Majeski (PSB) quer diminuir os gastos da Assembleia Legislativa (Ales) com a concessão de honrarias. Na terça-feira (18), os deputados estaduais aprovaram indicação do parlamentar para que a Mesa Diretora limite o número de comendas e títulos concedidos anualmente pelos 30 parlamentares, com ressarcimento aos cofres públicos dos valores gastos com os excedentes. “Recentemente o presidente anunciou a formação de uma comissão para reavaliar a oferta de honrarias pela Assembleia Legislativa. Entendemos que é necessário também estabelecer limites para os gastos públicos nestas concessões, promovendo uma economia signi cativa”, destaca o deputado Majeski. Pela proposta de Majeski, cada deputado terá até três honrarias livres de reembolso, sendo uma Comenda Domingos Martins, um Título de Cidadão Espírito-Santense e uma outra honraria de livre escolha dentre as 56 já existentes. Excedendo o limite, todo o valor gasto pela Ales será restituído pelo parlamentar proponente, sendo vedada a utilização da verba de gabinete para este m. A proposta estabelece ainda limite para a criação de novas honrarias e a obrigatoriedade de consulta pública antes de sua aprovação pelos deputados estaduais. Somente para o ano de 2019, a Ales poderá gastar até R$ 202,2 mil com a entrega de honrarias. De fevereiro a junho já foram concedidas cerca de 300 comendas e medalhas em sessões solenes, com gastos aproximados de R$ 33 mil.
Renato Casagrande (PSB-ES) Estado avança na construção de políticas públicas pela primeira infância O governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) promoveu, na manhã de terçafeira (18), no Palácio Anchieta, em Vitória, a Mesa Intersetorial sobre a Primeira Infância. Em conjunto com o Ministério da Cidadania, o Estado atua na ampliação do Programa Criança Feliz, destinado à primeira infância, com uma proposta de trabalho que integra ações nas áreas de assistência social, educação, saúde, cultura, direitos humanos, entre outras. Nos últimos anos, governos e sociedade entenderam que priorizar a infância é uma estratégia inteligente que permite maiores ganhos sociais. Evidências cientí cas comprovam que é na primeira infância, período que abrange desde a gestação até os seis anos completos, que se lançam as bases do desenvolvimento posterior do ser humano e da sociedade. Para oferecer atenção integral à criança, é importante integrar os pro ssionais e serviços. A intersetorialidade funciona na construção de uma política pública como um potente instrumento estratégico de atenção integral e integrada, superando a atuação de políticas isoladas. O governador do Estado, Renato Casagrande, falou sobre a importância da intersetorialidade para oferecer atenção integral à criança, visando ao seu desenvolvimento pleno. “O maior problema do Brasil é a desigualdade. Por isso temos que ter um Estado forte. Tirar uma criança da extrema pobreza e dar oportunidade é uma di culdade. O desa o da primeira infância é começar bem feito”, pontuou. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Ted Conti (PSB-ES) Visitas pelo interior O deputado federal Ted Conti (PSB-ES) vai aproveitar o feriado para visitar comunidades do interior. O destino será o sul do Estado. Na quinta-feira (20), ele participa das festividades de Corpus Christi em Castelo e também se encontrará com lideranças políticas e religiosas de Venda Nova. Agenda cheia também na sexta-feira (21), quando se reúne com lideranças políticas e comunitárias de Muniz Freire e de Alegre. E ainda participará do Festival de Inverno de Guaçuí e da Festa de São João em Muqui. Ainda em Muqui, no sábado, fechando o giro de visitas, o deputado se reunirá com lideranças políticas e ainda participará de um culto de ação de graças pelos 100 anos do seu João Bueno, um comerciante antigo que faz parte da história da cidade.
Hospede o seu site no nosso novo portal: http://jornalfatosenoticias.com.br/
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Sérgio Vidigal (PDT-ES) Obras Públicas inacabadas no Brasil Sob a presidência do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES), foi instalada, na terça-feira (18), a Subcomissão Especial para tratar da Conclusão das Obras Públicas inacabadas no Brasil. Para Sérgio Vidigal, os trabalhos realizados pela subcomissão serão essenciais para saber os motivos das suspensões dessas obras à população. “A partir de hoje, vamos trabalhar para encontrar solução para os diversos fatores que levam a paralisação desses empreendimentos no Brasil. Além disso, vamos tornar transparente a ocorrência de fraude e corrupção em convênios e outros tipos de transferências do governo federal para os municípios”, comentou. TATI BELING
Fabrício Gandini (PPS-ES) Nova nomenclatura para bairros de Vitória O deputado estadual Gandini apresentou uma indicação ao governo do Estado para que seja alterada a nomenclatura usada pelas forças policiais para denominar a região composta pelos bairros Itararé, Bairro da Penha, São Benedito, Jaburu, Floresta, Bon m, Consolação e Engenharia, em Vitória. Ao invés de “Complexo da Penha”, que é uma forma negativa de chamar a localidade e repudiada pelos moradores, a sugestão é utilizar o termo “Território do Bem”, conforme defendido pelas associações representativas dos bairros. “Esses bairros, por serem considerados periféricos pela mídia e pela polícia, foram apelidados de forma depreciativa. Nosso objetivo é buscar um novo olhar, mais humanizado e positivo, para essa região de Vitória, rica em potencialidades e formada por tantas pessoas de bem”, destacou Gandini. ELLEN CAMPANHARO
Janete de Sá (PMN-ES) Programa de convivência com a seca A deputada Janete de Sá (PMN), presidente da Comissão de Agricultura da Ales, apresentou uma indicação ao governo para criar um programa de convivência com a seca. “O objetivo é criar, em nosso Estado, programas que incentivem e auxiliem os nossos agricultores a enfrentarem longos períodos de estiagem como aconteceu entre os anos de 2014 a 2017”, justi cou a parlamentar. A ideia da parlamentar é incentivar a construção de pequenas barragens, caixas secas, cisternas, aproveitamento da água pluvial, incentivos ao uso consciente e e ciente da água, substituição de sistemas de irrigação obsoletos e/ou ine cientes, por sistemas mais e cientes e econômicos, além de ampliação do programa “Re orestar” e “Pagamentos por Serviços Ambientais – PSA”, para todas as regiões do Estado. A indicação já foi lida em plenário e segue para o governo.