ANO IX - Nº 307 16 a 23 DE JULHO/2019 SERRA/ES
Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita
Volkswagen cria nova Kombi high-tech com motor elétrico
Presença de negros ainda
VOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO
é pequena em cursos de ponta das universidades
WIKIPEDIA
REPRODUÇÃO
Apesar de ser nostálgico e high-tech, o modelo não será comercializado. Tratase de um conceito de veículo para demonstrar as tecnologias que a empresa poderá levar ao mercado no futuro. Um carro de, de fato, irá existir: é o ID Buzz. Ele será 100% elétrico e poderá ter autonomia de até 600 km com uma única carga, em razão de sua bateria com capacidade de 275 kW. Pág. 6
Carlos Chagas Cientista nasceu em 9 de julho de 1879 e foi o responsável por descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas Pág. 7
o retrato racial é de uma desigualdade mais acentuada. Dados do Censo da Educação Superior, do
A presença de negros no ensino superior tem tido alguns avanços recentes, mas nos melhores cursos do País 8 Rodrigo Maia criticou a possibilidade de se retirar a idade mínima para a aposentadoria das carreiras policiais Pág. 5
ANA LUCIA
8 Cada tipo de cabelo tem uma necessidade especí ca e a dica é procurar um pro ssional para te indicar o tratamento ideal Pág. 11
HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Sou vítima dessa injustiça imposta aos empreendedores e empresários que aqui vivem Pág. 12
Brasileiros confiam mais na tecnologia do que em seres humanos, diz estudo Pág. 6
FREE ILUSTRAÇÃO: LUCAS KAZAKEVICIUS/SAÚDE É VITAL
Remédio funciona sem hormonioterapia em um tipo de câncer de mama
Recém-chegado ao Brasil, o medicamento abemaciclibe é voltado contra o subtipo mais comum do tumor de mama em estágio avançado e vem em pílulas Pág. 9
nos últimos anos não alcançou a parcela de cursos mais bem avaliados e de melhor reputação. Pág. 4
Pequenas barragens estão proliferando silenciosamente na Amazônia Pág. 2
AMAZONAS NOTÍCIAS
JORGE PACHECO
Ministério da Educação, tabulados pela Folha mostram que o movimento de inclusão de alunos negros
DIVULGAÇÃO/RÃ-BUGIO
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Sapo da Amazônia está entre os mais perigosos do mundo A espécie é membro da família Dendrobatidae, uma ordem de anfíbios anura (classi cação dada a sapos, rãs e pererecas de tamanho pequeno). O 'dardo venenoso', conforme Kaeser, é considerado um dos animais mais perigosos do mundo. O sapo ponta-de- echa geralmente possui cores em tons vermelho, azul ou amarelo brilhante. O biólogo a rma que essas cores são chamadas de aposemáticas, pois indicam perigo para os outros animais. Pág. 7
2 MEIO AMBIENTE
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Espécie de macaco da Amazônia pode perder habitat nos próximos 40 anos
Tatu-canastra, o maior e mais raro tatu do mundo
ANAMÉLIA JESUS/INSTITUTO MAMIRAUÁ
Os tatus existem há 80 milhões de anos e possuem ancestrais comuns com tamanduás e preguiças
Desmatamento e caça ameaçam o macaco-barrigudo, um dos maiores primatas da Amazônia De cabeça arredondada e pelagem escura, o macaco-barrigudo (Lagothrix cana), um dos maiores primatas da Amazônia, corre o risco de perder cerca de 59% de seu habitat até 2050 caso sigam altos os níveis de desmatamento, problema que, seguido da caça, mais ameaça a espécie. A pesquisa que identi cou esses dados demonstra que, já em 2002, 23% de seu habitat havia sido perdido. A espécie é classi cada como “em perigo” pela lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) desde 2008. Distribuído nas orestas do Peru, Brasil e Bolívia, o macaco-barrigudo tem apenas 39% da área de distribuição prote g i d a p or u n i d a d e s d e conservação e terras indígenas demarcadas, constataram os pesquisadores. Publicado pelo Imazon, o Boletim do Desmatamento (SAD) detectou altos índices de desmatamento na Amazônia Legal nos últimos meses. De agosto de 2018 a abril de 2019, foram perdidos 216.900 hectares de oresta. A situação atinge também as áreas protegidas. De acordo com dados do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), ferramenta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que scaliza ações de desmatamento, ap e n a s n a s du a s pr i m e i r a s quinzenas de maio desse ano, 6.880 hectares de oresta
preservada na Região Amazônica foram desmatados. Nesse cenário, o estudo prevê uma perda de habitat para o barrigudo que pode variar de 39% a 59%. Os parâmetros utilizados para essas previsões foram as taxas d e d e s m a t a m e n t o, implementações previstas de novas rodovias e o baixo cumprimento de leis que exigem reservas orestais em terras privadas. Para manter a população da espécie, defendem os pesquisadores, é necessário o fortalecimento e multiplicações de ações como a aplicação de reservas orestais, monitoradas através de um sistema de satélite, zoneamento agroecológico da terra e expansão do Programa de Áreas Protegidas da Região Amazônica. Para realizar as previsões, os pesquisadores utilizaram dados anteriormente publicados de uma outra espécie de primata amazônico que é similar ao barrigudo, o macaco-aranha ( At e l e s c h a m e k ) , t a m b é m conhecido como coatá-de-carapreta, e espécie com maior número de dados cientí cos sobre distribuição e hábitos. “Depois de testarmos a diferença entre as variáveis ambientais que determinam a ocorrência dessas espécies, vimos que os requerimentos são muito similares e percebemos que podíamos usar a presença do
macaco-aranha para prever a ocorrência do macaco-barrigudo, cuja quantidade de localizações com presença con rmadas era bem menor”, explica Anamélia Jesus, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Biologia e Conservação de Primatas do Instituto Mamirauá, e uma das autoras do estudo. Além da previsão de perda de habitat, a pesquisa também re s u ltou n a atu a l i z a ç ã o d a distribuição geográ ca do macaco-barrigudo, informação crucial para ações que visam a conservação da espécie. “Novos re g i st ro s d e o c or rê nc i a d o macaco-barrigudo sugerem um aumento na sua extensão de ocorrência na porção norte de sua d i s t r i b u i ç ã o”, a t e s t a m o s pesquisadores. No entanto, a pesquisa indicou que a espécie ocupa apenas 23% da extensão de ocorrência do macaco-aranha. O trabalho intitulado “Previsão de distribuição e perda de habitat para o macaco-barrigudo (Lagothrix cana) e sua sobreposição de nicho com o coatá-de-cara-preta (Ateles chamek)” é parte da tese de doutorado do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), iago Cavalcante em coautoria com os pesquisadores da mesma instituição, Rafael Rabelo e Adrian Barnett, e os p e s qu i s a d ore s d o Inst ituto Mamirauá Anamélia Jesus e João Valsecchi.
MURILLO COUTO
Também conhecido como tatuaçú ou tatu gigante, o tatucanastra (Priodontes maximus) é o mais raro do mundo, e também o maior: chega a medir mais de um metro de comprimento e pesar mais de 60 quilos. O tatu-canastra possui hábitos noturnos e passa muito tempo debaixo do solo – por isso, imagens dele são difíceis de serem encontradas; e existem di culdades também para estudá-lo e pesquisá-lo. Ele é tido como um dos mamíferos de grande porte menos conhecidos do Brasil, visto que existem poucos estudos cientí cos sobre este animal. A visão do tatu-canastra é muito ruim; seu olfato, porém, é bastante apurado. E, por conta das garras grandes e fortes que chegam a 20 centímetros, o tatu-
canastra é conhecido como “engenheiro do ecossistema”. Com elas, ele cava e escava de maneira profunda, alterando signi cativamente o ambiente em que se encontra. Os t atu s s ã o m am í fe ro s Xenarthras, pertencentes à ord e m C i ng u l at a . E l e s s e caracterizam pela sua grossa carapaça, que serve de proteção e escudo. Por conta da carapaça, o nome em espanhol do tatu é armadillo, termo que signi ca “pequeno blindado”. A origem desses animais remonta há 80 milhões de anos – eles fazem parte de um grupo bastante distinto, que divide ancestrais comuns como tamanduás e preguiças. Eles são nativos do continente americano e têm extensa área de ocorrência, aparecendo desde os Estados Unidos até a América
do Sul. Os tatus se alimentam de cupins, formigas, lar vas, pequenos vertebrados e vegetais. As principais ameaças aos tatus hoje são a conversão de matas nativas em lavouras e pastos – que reduzem o habitat natura l ne cess ár io p ara a sobrevivência dessa espécie – e a caça. Eles também são muito impactados por grandes obras, que diminuem sua área de circ u l aç ão, e p or atropelamentos em estradas. Um fato é que os tatus têm importância também para a medicina. Como um dos poucos animais, além dos humanos, capazes de contrair a hanseníase, eles são muito importantes para os estudos desta doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. Possivelmente, pessoas que caçam e comem tatus têm maior r is co de des envolver ess a enfermidade.
Pequenas barragens estão proliferando silenciosamente na Amazônia Mapeamentos recentes têm identificado número considerável de espelhos d'água em imóveis rurais REPRODUÇÃO CICLO VIVO
Map e a m e nt o s re c e nt e s d a cobertura do solo na Amazônia têm identi cado número considerável de espelhos d'água em imóveis rurais, indicando a presença de pequenas barragens de suporte às atividades agropecuárias. Em Sorriso-MT, por exemplo, foi identi cado um aumento de cinco vezes no número de barragens (86 para 522) em imóveis rurais nos
últimos 30 anos. Análise do Imazon também identi cou bacias hidrográ cas saturadas de pequenas barragens em Paragominas-PA: 572 espelhos d'água. Por sugerirem baixo risco, essas barragens são construídas sem exigência de licenciamento ambiental e, portanto, sem atender a normas de segurança, permitindo, assim, sua
d om i n ó” a o romperem. A a lte r n at iv a para as cidades amazônicas onde ocorrem essas barragens é adotar r e g u l a ç ã o ordenando sua construção e uso, considerando cadastramento e
proliferação e incidência de rompimentos. Nos últimos nove anos foram noticiados em mídias e jornais aproximadamente três rompimentos anuais em cidades amazônicas, ocasionando impactos socioambientais que podem ser maiores caso a disposição dessas barragens gere um “efeito
licenciamento adequado ao seu porte, a exemplo do Nordeste br a s i l e i ro, e m on it or á - l a s seguindo o Guia Prático de Pequenas Barragens (2016). Ademais, a avaliação de riscos na tomada de decisão deve considerá-las no contexto das bacias hidrográ cas identi cando recorrências e impactos cumulativos provenientes.
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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CULTURA 3
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Por que quase todo elevador tem espelho por perto? Você provavelmente já viu espelhos dentro da maioria dos elevadores – e talvez até já tenha tirado uma selfie ou outra ali –, assim como do lado de fora, naquela área onde a gente fica esperando. Pois é, por incrível que pareça no caso dos elevadores a função é um pouco mais profunda do que meramente decorativa. Ela é mais psicológica e atua no inconsciente de quem espera o elevador, evitando aquela sensação de que "os elevadores por aqui são muito lentos”,
REPRODUÇÃO INTERNET
quando às vezes o problema é só a perspectiva da pessoa, e não o
tempo que o elevador leva para chegar.
É aquela ideia de que a nossa noção de tempo é bastante relativa: quando estamos fazendo algo que adoramos, nos distraindo, o tempo passa voando; e se fazemos algo de que não gostamos ou que nos entedia, o mesmo tempo parece passar muito mais devagar. Acontece que a maioria das pessoas fica bastante entediada ao permanecer parada numa fila simplesmente olhando para o teto ou para o
chão. Isso as faz calcular quanto tempo estão paradas ali, e não raramente elas têm a sensação de que estão perdendo tempo. E se isso acontece até hoje, com o "boom" dos celulares, em que a galera está conectada até pelos relógios, pensem em como era há 15, 30, 50 anos! Colocar espelhos naquele corredor de espera fez com que as pessoas tivessem algo para se distrair (tipo dar aquela espiadela nas pessoas em volta ou dar uma ajeitada na camisa) enquanto esperam sua vez de subir ou
descer. Assim, parece que os elevadores vêm mais rápido. Isso foi especialmente i mp o r t a nt e e m a m b i e nt e s corporativos, onde os elevadores são disputadíssimos e, consequentemente, mais d e m or a d o s , s obre tu d o e m horários de entrada ou saída de funcionários. Já os espelhos dentro dos elevadores ajudam bastante àqueles que sofrem de claustrofobia, já que fazem o cubículo parecer maior do que realmente é. (Megacurioso)
Inscrições para oficinas Circuito Cultural de Vitória do Mucane estão abertas oferece vagas em oficinas até dia 16 de julho gratuitas FOTO: REPRODUÇÃO
Mucane está com inscrições abertas em oficinas culturais DIVULGAÇÃO SEMC
Serão oferecidas 555 vagas, divididas em 10 oficinas REPRODUÇÃO INTERNET
Estão abertas, até a próxima terça-feira (16), as inscrições para as oficinas culturais do segundo semestre do Museu Capixaba do Negro "Verônica da Pas" (Mucane). As atividades são para crianças, jovens e adultos, de acordo com a modalidade. Ainda há vagas para as oficinas de contação de histórias, cavaquinho, danças populares, violão, capoeira, consciência corporal e dança criativa. As vagas para as oficinas de percussão já estão esgotadas.
comprovante de residência. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (27) 3222-4560. Oficinas C ontação de histórias;
Cavaquinho; Danças populares (Elementos da Natureza, Afro Tribal, Bloco Afro); Violão; Capoeira; Consciência corporal (todos a partir de 15 anos). Dança criativa (7 a 9 anos).
Inscrições As inscrições podem ser feitas na sede do Mucane, na Avenida República, 121, Centro Histórico, de terça a sexta-feira, das 12 às 19 horas. Os interessados devem levar documento com foto e
CAPIXABA DA GEMA
Foto Antiga do ES
Antiga Praça Domingos Martins (1929). Hoje, Praça Augusto Ruschi - Santa Teresa
Entre os dias 15 e 19 de julho, estarão abertas as inscrições para as oficinas gratuitas do Circuito Cultural de Vitória, localizado no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), na Ilha das Caieiras. Serão oferecidas 555 vagas, divididas em 10 oficinas: artesanato livre, balé, capoeira, cineclube, contação de história, dança de salão, danças urbanas, fotografia, teatro e violão. As aulas acontecem de segunda a sábado e estão distribuídas entre manhã, tarde e noite. As inscrições para as oficinas agora acontecerão via plataforma on-line, no site Vix Cursos. Os munícipes que não tiverem acesso à internet podem usar o Telecentro do CEU ou entrar em contato com a coordenação do Circuito Cultural de segunda (15) a sexta-feira (19), das 9 às 17 horas, e no sábado (20), das 14 às 18 horas. Po d e m p a r t i c i p a r d a s
oficinas de balé, crianças a A reforma partir de 5 anos. Nas oficinas da natureza de capoeira, danças urbanas, teatro e violão, crianças a partir de 8 anos; artesanato e violão: a partir de 12 anos; aulas de dança de salão e fotografia: a partir de 15 anos. "O Circuito Cultural, neste segundo semestre, amplia ainda mais seu cardápio de ofertas nas oficinas e nas vagas disponíveis. Isso se torna possível pelo compromisso da gestão no conceito de política pública do Circuito Cultural, que é de promoção, acesso e for talecimento aos bens culturais", disse Luzia Helena C ô go, c o ord e n a d or a d o Circuito Cultural, que é um equipamento da Secretaria Municipal de Cultura (Semc). Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (27) 3132-2211 ou 995783761. Se for menor de idade, é preciso estar acompanhado do responsável. O Circuito Cultural/CEU está localizado
na rua 23 de Abril, nº 35, na Ilha das Caieiras (próximo ao Residencial Santo André). Va g a s p o r o f i c i n a s : Artesanato livre (90); Balé (60); Capoeira (50); Cineclube (25); Contação de história (60); Dança de salão (60); Danças urbanas (60); Fotografia (50); Teatro (40) e Violão (60). LUCIANO DANIEL
Circuito Cultural O Circuito Cultural visa dar acesso aos munícipes às manifestações culturais e artísticas, além de fomentar o fazer artístico por meio de d i f e re nt e s l i n g u a g e n s e expressões culturais. Plano Municipal de Cultura e Plano de Metas A ampliação da oferta do número de vagas em processos de formação ar t íst i c a e c u ltu r a l e st á associada ao cumprimento do Plano Municipal de Cultura, lei nº 8.718/2014, e ao Plano de Metas (2018-2020).
4 EDUCAÇÃO
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Secti abre vagas em Presença de negros cursos presenciais avança pouco em São quase cinco mil vagas em 38 cursos cursos de ponta das universidades No Top 10 do Ranking Universitário Folha, percentual passou de 26% para 27% entre 2011 e 2016 REPRODUÇÃO INTERNET
O capixaba que tem mais de 16 anos e reside na Grande Vitória, Aracruz e Santa Leopoldina já pode comemorar! A Secretaria de Estado da Ciência, Te c n o l o g i a , I n o v a ç ã o e Educação Pro ssional (Secti) abriu, nesta quarta-feira (10), as inscrições para o Programa Quali car ES. Lançado em maio deste ano, serão mais 4.895 vagas em c urs os de qua li cação pro ssional gratuitos para a população. A secretária de Ciência e Tecnologia, Cristina Engel, falou sobre o objetivo do Quali car ES. “O programa visa a ampliar as possibilidades de empreendedorismo e renda para os cidadãos capixabas e fornecer subsídios para sua inserção no mundo do trabalho, através de cursos de quali cação pro s s i on a l g r atu ito s qu e atendem à vocação econômica das regiões do Espírito Santo e fomentam a economia criativa”, disse. As vagas estão divididas nos municípios de Aracruz (60); Cariacica (470); Guarapari (60); Serra (1.025); Viana (360); Vila
Velha (700); Vitória (860) e Santa Leopoldina (360). Nesse total estão incluídas as vagas das rami caçõ es do programa. O Quali car ES Indígena, em Aracruz; e o Quali car ES Mulher, que inova expandindo para mais cidades: Quali car ES Indígena – Associação Indígena Tupinikim e Guarani em Aracruz e Quali car ES Mulher – Cariacica, Vila Velha, Vitória e Santa Leopoldina. As inscrições começaram na quarta-feira (10) e terminam no dia 24 de julho com resultado nos dias 1º e 02 de agosto. A inscrição pode ser feita no site do p r o g r a m a (www.quali car.es.gov.br) e o resultado também ca disp onível para acess o no mesmo site. Os editais de cada município também estão publicados no site do Quali car ES. Os requisitos para se inscrever é ter mais de 16 anos, residir no município em que o curso será realizado – sendo as vagas prioritárias para os moradores dos bairros contemplados –, e ser
alfabetizado. Nos cursos da área da saúde o candidato tem que ter idade mínima de 18 anos. Já no Quali car ES Indígena, além dos requisitos já citados, o interessado deve ser do grupo étnico indígena. E no Quali car ES Mulher a candidata tem que pre encher os re quisit ados citados. O Quali car ES também está com inscrições abertas para cursos nas modalidades on-line e semipresenciais. Foram abertas 4.450 vagas no dia 02 de julho e as inscrições terminam no próximo dia 15, com resultado no dia 25 do mesmo mês. São 12 cursos a distância (online), sendo 10 novos para os capixabas de todos o Estado que tenham mais de 16 anos e acesso à internet. Já a oferta semipresencial contempla os pro ssionais da educação capixaba com licenciatura plena ou complementação pedagógica em qualquer área da docência. São três opções de cursos que serão realizados nas cidades de Vila Velha e Santa Maria de Jetibá.
A presença de negros no ensino superior tem tido alguns avanços recentes, mas nos melhores cursos do País o retrato racial é de uma desigualdade mais acentuada. Dados do Censo da E d u c a ç ã o S u p e r i o r, d o Ministér io d a E duc aç ão, tabulados pela Folha mostram que o movimento de inclusão de alunos negros nos últimos anos não alcançou a parcela de cursos mais bem avaliados e de melhor reputação. O cenário inclui instituições públicas e particulares — ou seja: instituições com e sem cotas. Em todos os cursos das 40 carreiras com mais alunos, 42% dos matriculados eram negros (autodeclarados pretos e pardos), de acordo com dados de 2016. Esse percentual era de 34% em 2011 —uma evolução de oito pontos percentuais. O panorama é outro ao analisar apenas os dez melhores
cursos de cada carreira. Nesse Top 10, apenas 27% dos alunos em 2016 eram negros. Em 2011, eram 26%. A relação dos dez melhores cursos foi extraída da última edição do Ranking Universitário Fol ha ( RU F ) , qu e c r u z a indicadores educacionais com pesquisas sobre ensino e o mercado de trabalho. O RUF também segrega a análise de cursos às 40 carreiras com mais alunos, o que foi seguido pela reportagem para formar um grupo mais homogêneo de análise. A relação inclui as carreiras mais tradicionais, como administração, medicina e engenharia. No Top 10, estão instituições reconhecidas e desejadas por estudantes — e que têm mais sucesso em empregabilidade. A Folha calculou os percentuais a partir do
questionário dos alunos. Só foram considerados para o c á lc u lo os estud antes que responderam ao item sobre raça/cor de pele. A reportagem adotou os dados de 2016 por já terem passado por revisão do MEC. Podem ter ocorrido alterações no per l de ingresso nesses cursos entre 2 0 1 7 e 2 0 1 9 , m a s t anto a diversidade de instituições que fazem parte do grupo Top 10 quanto o sistema de seleção de alunos indicam estabilidade do quadro geral. Ser negro no Brasil aumenta a prob abi l i d a d e d e f r a c ass o escolar na educação básica em até 19 pontos percentuais, mesmo considerando alunos com pais com o mesmo per l de escolaridade. Neste estudo de 2012, da pesquisadora Paula Louzano, o fracasso foi medido pela repetência e evasão de alunos do 5º ano.
Alunos de Vitória retiram resíduos na orla de Camburi Atividade conscientizou os estudantes sobre descarte correto dos resíduos e faz parte do projeto Vitória Cidade Limpa DIVULGAÇÃO SEMMAM
Sedu discute elaboração do Novo Currículo para o ensino médio Os envolvidos tiveram a oportunidade de conhecer experiências valiosas de currículos existentes no território capixaba Educadores da Rede Pública Estadual, representantes do Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) reuniramse, no último dia 05, no auditório da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), para discutir as teorias do novo currículo e
socializar as potencialidades e experiências da rede estadual. Segundo a subgerente Curricular do Ensino Médio, R af a e l a Po s s at o, t o d o s o s envolvidos tiveram a oportunidade de conhecer experiências valiosas de currículo existentes no território capixaba.
“Essas potencialidades da Rede e d o E s t a d o pre c i s am s e r consideradas na elaboração do currículo, uma vez que são 'redes de saberes e fazeres dos sujeitos' que praticam, de diferentes modos, os múltiplos espaços temp os das escolas”, disse Rafaela Possato.
Na manhã da última terçafeira (9), alunos do 1º ano do ensino fundamental da escola Renascer, de Jardim d a Pen ha, re a lizaram limpeza na praia de Camburi com orientação dos educadores do Centro de Educação Ambiental (CEA) da Mata da Praia. A atividade faz parte do proj eto Vitór i a Cid ade Limpa, que vem sendo desenvolvido há dois meses na escola, de acordo com a gerente de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), Juliana Sardinha. "Por meio dessa ação, foi possível fazer com que os pequenos percebam o risco que os resíduos causam à saúde humana, ao meio ambiente e aos animais quando descartados incorretamente", explicou.
Educadora Ambiental do CEA, Maria Aparecida Drumond ressaltou a importância de atividades de campo. "Os alunos são levados a desenvolver uma consciência ambiental, possibilitando o sentido de pertencimento frente ao território em que vivem e do qual fazem parte. Cuidar e preservar o m e i o a m b i e n t e é responsabilidade de todos", disse.
Descarte adequado O secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Emanuel Zouain, ressalta que o projeto Vitória Cidade Limpa tem como objetivo levar os alunos a entender a importância da s e g r e g a ç ã o, d o acondicionamento e do descarte adequado dos resíduos. "Precisamos desde cedo despertar em nossas crianças a importância de se fazer a escolha certa", a rmou o secretário.
POLÍTICA 5
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Jorge Pacheco
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Creio que apressar a marcha do Brasil, ativar o seu desenvolvimento é imperativo da defesa de nossa própria sobrevivência. Queremos conviver pacificamente com todos os povos da terra, somos fervorosos partidários da paz”, Juscelino Kubitschek de Oliveira SENADO FEDERAL
Emendas a hospitais de Cachoeiro
Policiais protestaram na Câmara dos deputados, após destaque que estendia regras especiais de aposentadoria das Forças Armadas para agentes de segurança no âmbito da União ser rejeitado
para investigar o atual ministro do governo Bolsonaro. A iniciativa de C ontarato veio após os vazamentos do site e Intercept Brasil, que divulgou supostas conversas entre o ministro e procuradores da Lava Jato, do qual é acusado de liderar e orientar investigações. A CPI vai apurar uma suposta imparcialidade dos envolvidos nas denúncias do site, além de apurar as investigações e até julgamentos feitos através da operação. “No âmbito das reportagens divulgadas, há diálogos que apontam indícios de graves irregularidades. Na primeira reportagem com conversas divulgadas, os jornalistas apontam potencial atuação coordenada entre promotores e m a g i s t r a d o p ar a i mp e d i r e nt re v i s t a s d e investigados, com receio de potencial repercussão eleitoral”, justi ca Fabiano Contarato. O capixaba está juntando assinaturas de senadores para que a CPI seja iniciada. O senador destacou ainda que os vazamentos do site são ilegais, mas isso não impede que as investigações sejam feitas. “Não há dúvidas acerca da ilegalidade de interceptações de conversas privadas, salvo por ordem judicial. Desse modo, a apuração de re s p o n s a b i l i d a d e d o s re s p o n s áv e i s p e l a interceptação e vazamento das mensagens deve ser realizada conforme as regras do devido processo legal”, a rmou. Se a CPI seguir em frente, será composta de nove membros titulares e seis membros suplentes, no prazo de 120 dias, com um limite de despesas de R$ 30 mil para cumprir sua missão.
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO
Contarato articula CPI para investigar Moro Uma investigação de uma possível quebra de imparcialidade de Sérgio Moro, enquanto atuava como juiz na operação Lava Jato, está sendo articulada pelo senador capixaba, Fabiano Contarato (Rede), que quer criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal
AJUFE
Caixa dois O deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) será ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia criticou a possibilidade de se retirar a idade mínima para a aposentadoria das carreiras policiais. Um acordo para os policiais foi fechado com a categoria e também com deputados da chamada bancada da bala. Para a transição, está acertada a idade mínima de 53 anos para homens e 52 para mulheres e 100% do chamado pedágio, que se refere ao tempo que o policial terá que trabalhar a mais do tempo que falta para se aposentar para obter as chamadas integralidade (se aposentar com o último salário da ativa) e paridade (que é ter os mesmos reajustes dos servidores da ativa). Com o acordo, a expectativa é que caia o destaque do Podemos que propõe retirar a idade mínima de 55 anos para a aposentadoria das carreiras das polícias, entre elas, Federal, Rodoviária Federal e policiais legislativos. Outro destaque deve ser aprovado para modi car as exigências da categoria. O lobby por regras mais brandas para as categorias de segurança pública contava com o apoio do próprio presidente Jair Bolsonaro e também de parte da bancada do PSL. Para o presidente da Câmara, a medida seria um benefício para a categoria no momento em que outras carreiras dão sua cota de sacrifício. "A retirada da idade mínima é péssima. A construção de uma regra de transição igual a do regime próprio é uma sinalização que não é a melhor, mas ela é mais correta e mais justa porque faz uma transição igual a outros sistemas e não ca parecendo que está se protegendo uma categoria, que seja a polícia ou qualquer outra sem a idade mínima, já que o brasileiro trabalhador vai ter a idade mínima, o regime próprio vai ter idade mínima, é claro que a Polícia Federal também precisa de idade mínima", disse. De acordo com Maia, todos têm que participar porque, de outra forma, o sistema entrará em colapso scal e todos serão prejudicados.
A Saúde é a principal bandeira de trabalho da Deputada Federal Norma Ayub (DemES). Essa semana a parlamentar recebeu duas ótimas notícias: foram empenhadas duas emendas destinadas por ela para hospitais de Cachoeiro, totalizando um investimento de um milhão de reais. Foi empenhado o valor de 500 mil reais para o Hospital Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim, e também a quantia de 500 mil reais para o HIFA – Hospital Materno Infantil Francisco de Assis. O recurso tem como objetivo garantir o custeio dos atendimentos dos usuários do SUS nos dois hospitais. Os recursos fazem parte das emendas impositivas indicadas pela parlamentar para o orçamento do ano de 2019.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Bancada da bala e governo fecharam acordo para suavizar regras para policiais
relator de um dos projetos do pacote anticrime, apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Rigoni será responsável pelo texto que tipi ca o crime de caixa dois. O parlamentar capixaba será relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação (CFT). “Tinha feito o pedido há algum tempo, é uma ótima op or tunidade para fazer uma b oa lei de enfrentamento à corrupção no País”, defendeu Rigoni.
Votação da Previdência ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Único capixaba na Comissão Especial (CE) da Reforma da Previdência, o deputado Evair de Melo (PP), espera manter em Plenário, durante votação da Previdência, em primeiro turno, o destaque 141 que bene ciou o agronegócio. O destaque de Evair de Melo cortou dois temas do relatório. O primeiro é a limitação para renegociação de dívidas junto ao governo em até 60 meses. Hoje, os programas não têm limitação
alguma de prazo. O segundo assunto excluído do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) mantém a imunidade para receitas obtidas com a exportação, deixandoas de fora da base de cálculo de contribuições previdenciárias incidentes sobre a receita bruta. No ES, o deputado a rma que os benefícios serão aplicados na produção de café, carne de aves, pimenta, suínos, mamão, etc.
Frente Parlamentar de Fiscalização de Obras de Coleta e Tratamento de Esgoto na Grande Vitória
TATI BELING
A F r e n t e Par l am e nt ar d e Fiscalização de Obras de Coleta e Tr a t a m e n t o d e Esgoto na Grande Vitória promoveu um encontro na quarta-feira (10), na Assembleia Legislativa do ES. Presidido pelo deputado Gandini, o colegiado debateu, em sua terceira reunião, os desa os do saneamento básico em Vitória. Segundo Gandini, o objetivo da frente é acompanhar todas as ações da companhia responsável pelo saneamento da Grande Vitória para buscar eliminar o lançamento de esgoto que o c or re d i re t ame nte no m ar ou e m r i o s , prejudicando a saúde da população, o meio ambiente e o turismo. “É importante que todas as cidades da região metropolitana tenham um sistema de coleta de esgoto completo, para não prejudicar as águas dos municípios vizinhos. Se o esgoto é jogado na baía de Vitória, por exemplo, ele afeta as águas que banham a capital”, destaca Gandini.
6 TECNOLOGIA
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Brasileiros confiam mais na tecnologia do que em seres humanos, diz estudo Estudo revela que mais da metade dos brasileiros prefere que suas informações estejam nas mãos da tecnologia GETTY IMAGES
Volkswagen cria nova
Kombi high-tech com motor elétrico Veículo demonstra tecnologias que a montadora poderá usar em futuros carros VOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO
Avião consegue realizar pouso de forma autônoma Ao contrário das tecnologias já existentes, o sistema desenvolvido por pesquisadores alemães utiliza recursos ópticos para realizar um pouso com segurança Pode parecer assustador, mas é provável que os aviões dispensem a necessidade de um piloto humano em um futuro próximo: além das tecnologias já existentes que operam a aeronave em modo de piloto automático, os cientistas estão desenvolvendo recursos para que a decolagem e o pouso aconteçam de modo autônomo. Em um vídeo divulgado pela Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, um av i ão de p or te p e queno consegue realizar o pouso a partir de um sistema óptico capaz de reconhecer a pista e aterrissar com segurança. De acordo com os cientistas que trabalharam no projeto, esse novo sistema consegue ser utilizado mesmo durante más condições de visibilidade (como durante um momento de chuva ou de nevoeiro) e dispensa a utilização de antenas instaladas
em terra para auxiliar o pouso. Batizada de C2Land, a tecnologia utiliza GPS para o controle de voo e também conta com um sistema de navegação com visão aumentada para realizar o pouso. Os pesquisadores alemães a rmam que câmeras e sensores instalados na aeronave conseguem fornecer
REPRODUÇÃO/YOUTUBE
informações para que seja possível realizar o posicionamento correto do transporte durante o momento da aterrissagem. "As câmeras já reconhecem a pista a uma grande distância do
aeroporto", a rmou omas Winner, piloto de testes que estava a bordo da aeronave e não precisou trabalhar durante a aterrissagem. O reconhecimento da pista é realizado com informações obtidas por radiação infravermelha, o que permite planejar o pouso de modo adequado mesmo em condições de visibilidade ruim. A p e s a r d a consolidação dessas tecnologias, os especialistas da indústria aeronáutica consideram que a substituição dos pilotos p o r s i s t e m a s automatizados ainda levará tempo: principalmente, porque a maior parte das pessoas não se sentiria lá muito confortável de saber que está voando pelos céus sem a presença de um humano no controle da aeronave.
Motor silencioso e recursos tecnológicos nunca foram os pontos fortes da Kombi, da Vo l k s w a g e n . A g o r a , a montadora busca mudar esse quadro. A nova versão da Kombi anunciada na semana passada tem motor elétrico e uma série de funções de alta tecnologia. O veículo é chamado Type 20 (a Kombi é conhecida pelo nome Type 2 nos Estados Unidos) e não tem motor a combustão, ele funciona apenas movido a eletricidade. Por isso, tem uma bateria que pode ser recarregada em casa ou em pontos de recarga nas ruas. A tecnologia que equipa a Type é uma inteligência de soware. Ela, por exemplo, regula a suspensão do carro,
pode reconhecer o motorista pelo rosto e tem até mesmo um tablet que ca atrás do volante e mostra informações do computador de bordo. Apesar de ser nostálgico e high-tech, o Type 20 não será comercializado. Trata-se de um c on c e it o d e v e í c u l o p a r a demonstrar as tecnologias que a e mp re s a p o d e r á l e v a r a o mercado no futuro. Um carro de, de fato, irá existir: é o ID Buzz. Ele será 100% elétrico e poderá ter autonomia de até 600 km com uma única carga, em razão de sua bateria com capacidade de 275 kW. Assim como outras montadoras, como a Ford, a Volkswagen vê uma mudança no conceito de posse veicular no futuro – tendência puxada pela
cultura do uso de aplicativos de transporte. Por isso, lançou recentemente, na Alemanha, u m s e r v i ç o d e compartilhamento de veículos elétricos. Em países como o Brasil, especialistas dizem que os veículos elétricos ainda vão demorar a ter participação de mercado signi cativa. Em razão dos motores ex, são os híbridos que terão mais espaço no País. É por isso que empresas como a Toyota já contam com veículos que usam a combinação de motor a combustível e a eletricidade, como é o caso do Prius. Neste ano ainda, a montadora japonesa lançará uma versão híbrida e com motorização ex do Corolla, o carro mais vendido do mundo.
Ciberataques custaram US$ 45 bilhões em 2018 Segundo um estudo, se o número de ataques deste tipo caiu 20% em relação a 2017, as perdas financeiras aumentaram 60%
STOCK ÃO/THINK
pesquisa on-line responderam, em uma escala de 0 a 10, o quanto as verificações digitais impactam a experiência de navegação. A opção 0 significava “muito negativamente” e a 10 “muito positivamente”. A média das respostas ficou entre 8 e 9. “O c o m p o r t a m e n t o d a s pessoas é uma peça-chave no sucesso da cibersegurança e m au s h á bit o s ou f a lt a d e conhecimento têm sido, desde sempre, o elo fraco da corrente”, disse Oliveira. Apesar de a tecnologia estar ganhando a confiança dos br a s i l e i ro s c om o t e mp o, melhorias ainda são necessárias para que os serviços virtuais se tornem realmente seguros e protegidos. Além disso, os seres humanos também precisam ter conhecimento e cuidado para evitar ameaças cibernéticas, uma vez que todos estão na linha de frente da defesa digital das empres as – s ej am ou não funcionários do setor de tecnologia.
REPRODUÇ
dos dias atuais”, disse Oliveira, em nota. Por conta de inúmeros ataques de hackers, os seres humanos precisam saber proteger suas informações no mundo virtual. No entanto, nem todos os entrevistados acreditam que precisam depender exclusivamente da tecnologia. 54% dos entrevistados gostariam de saber mais como cuidar da segurança virtual de suas informações particulares, e 82% disseram estar fazendo o p ossível para s e pre venir. Segundo Barker, a confiança dos u s u á r i o s é e x t re m a m e nt e importante para que a cibersegurança funcione. “Pessoas querem estar engajadas ativamente para se protegerem on-line e contam com a tecnologia para ajudá-las nessa empreitada”, afirmou ela, em comunicado. Para uma boa experiência digital, a rapidez e a facilidade das buscas em conjunto com a proteção de suas informações – como dados bancários – são necessárias. Os entrevistados da
Mais da metade dos brasileiros prefere deixar os seus dados pessoais nas mãos da tecnologia do que nas mãos de humanos. Em uma pesquisa feita pela mu lt i n a c i on a l d e c i b e r s e g u r a n ç a Pa l o A lt o Ne t work s , 5 2 % d o s 1 . 0 0 6 entrevistados revelaram ter mais conf i anç a em s er v iços de inteligência artificial do que em seres humanos. Em parceria com a empresa de pesquisa YouGov e a especialista em cibersegurança, Jessica Baker, uma pesquisa com mais de mil brasileiros foi realizada para entender o que a população, de maneira geral, pensa sobre deixar informações pessoais, senhas e outros dados aos cuidados de segurança das novas formas tecnológicas – como a inteligência artificial e a criptografia de dados. Marcos Oliveira, diretor-geral da Palo Alto Networks no Brasil, acredita que a tecnologia é necessária para as questões de s e g u r anç a atu a l me nte. “A inteligência artificial tem um papel-chave na cibersegurança
Estima-se que dois milhões de ciberataques em 2018 tenham custado mais de 45 bilhões de dólares em todo o mundo, no momento em que os governos locais lutam para lidar com este tipo de atividade criminosa, informa um estudo publicado nesta terça-feira (9). Segundo a Aliança para a Con ança On-line da Sociedade Internet, que compila dados dos Estados Unidos e de outras fontes internacionais, os ataques do tipo ransomware custaram 8 bilhões d e d ó l a r e s . E s s e s at a q u e s consistem em roubar dados de um utilizador via malware antes de exigir um resgate em troca do desbloqueio dos dados. As autoridades também são vítimas, e cidades americanas
como Atlanta, Georgia, Baltimore e Mar yland tiveram que reconstruir toda a s u a r e d e informática. S e o número de ataques deste tipo caiu 20% em relação a 2017, as perdas nanceiras aumentaram 60%. Grandes perdas também foram provocadas por fraudes implicando o roubo de endereços eletrônicos de indivíduos ou de empresas, uma técnica conhecida como “phishing” – enviar e-mails contendo um link corrompido ou um documento infectado –, alcançando 1,3 bilhão de dólares. Ataques do tipo “crypjacking”, o garimpo ou fabricação clandestina de moedas virtuais, como o bitcoin, através da in ltração de um servidor, um computador ou um smartphone, também foram lucrativos. Vários especialistas em segurança descobriram 6.515 violações de computadores que expuseram cinco bilhões de arquivos em
2018, um pouco menos do que em 2017. Mas, para Jeff Wilbur, diretor técnico da aliança, as estimativas do relatório são conservadoras porque muitos ataques não são relatados. O relatório sugere que os cibercriminosos estão se tornando mais so sticados para atacar suas vítimas, mas também observa que muitos ataques poderiam ter sido evitados com uma segurança informática mais e caz. “O impacto nanceiro do cibercrime cresceu signi cativamente”, disse Wilbur, q u e a s s e g u r o u q u e “o s cibercriminosos estão se tornando mais hábeis em se bene ciar de seus ataques”. Ele destacou que, enquanto alguns incidentes evidenciam as habilidades crescentes dos atacantes, os métodos têm sido consistentes ao longo dos anos, geralmente induzindo alguém a responder ou clicar em links falsos. “Ouvimos falar sobre ataques superso sticados, mas a maioria não é tão so sticada”, ressaltou.
CIÊNCIA 7
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Carlos Chagas, o brasileiro que
concorreu ao Prêmio Nobel
Sapo da Amazônia está entre os mais perigosos do mundo O sapo ponta-de-flecha, que pode matar uma pessoa com um simples toque, é usado por indígenas em combate e durante a caça DIVULGAÇÃO/RÃ-BUGIO
REPRODUÇÃO
Cientista nasceu em 9 de julho de 1879 e foi o responsável por descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas
Foi expulso do colégio e, mesmo voltando aos estudos, aderiu à boemia e foi reprovado em exames para cursar Engenharia. De volta à cidade natal após a reprovação nos exames, um de seus tios maternos, que era médico, incentivou-o a seguir carreira na área. Voltou a São Paulo para obter os diplomas para a faculdade e, em 1897, entrou na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro. Após concluir o curso, em 1902, começou a trabalhar no Instituto Soroterápico Federal (que após 1908 virou o Instituto Oswaldo Cruz), sob orientação do médico Oswaldo Cruz. Estudou o ciclo evolutivo da malária no sangue e passou a se dedicar ao combate à doença. Em 1907, enquanto estava em Minas Gerais combatendo uma epidemia de malária, identi cou no sangue de um sagui uma nova espécie de protozoário. Um
Carlos Chagas, um dos pesquisadores mais renomados e lembrados do Brasil, nasceu em 9 de julho de 1879 e foi o responsável por descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas. A doença, que pode causar insu ciência cardíaca, até hoje afeta entre seis e sete milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e estima-se que outras 70 milhões estejam em risco de contraí-la. Filho de cafeicultores, o mineiro Chagas ingressou no Colégio São Luís, coordenado por jesuítas, no interior de São Paulo, aos oito anos. Mas, em 1888, ao ouvir boatos de que exe s c r avo s ( re c é m - l i b e r to s ) estariam depredando fazendas, f u g iu d a i n s t itu i ç ã o p a r a encontrar a mãe em Juiz de Fora.
engenheiro local informou ao pesquisador que havia uma infestação de barbeiro, um inseto cuja principal característica é picar o rosto de pessoas durante a noite. Chagas i d e nt i c ou a pre s e nç a d o protozoário no intestino dos insetos, já em fase evoluída. Em 1909, Chagas identi cou a presença do protozoário em Berenice, uma menina de três anos. Ela tinha febre e anemia, além da presença do parasita no c é r e b r o e m i o c á r d i o. E l e descreveu, então, o ciclo da doença e suas complicações, principalmente a insu ciência cardíaca na fase crônica. Chagas morreu aos 55 anos, no Rio de Janeiro. Entre as dezenas de prêmios e homenagens que recebeu, foi nomeado membro honorário da Academia Brasileira de Medicina e fazia parte das principais sociedades de medicina tropical no mundo. Foi indicado quatro vezes ao prêmio Nobel de Fisiologia ou Me d i c i n a , m a s nu n c a f o i l a u r e a d o c o m o reconhecimento.
Arqueólogos entram em túmulo submerso em pirâmides do Sudão Artefatos encontrados incluem presentes para o faraó Nastasen, que governou o reino de Kush entre 335 a.C. e 315 a.C. governou o reino de Kush de 335 a.C. a 315 a.C. NURI ARCHAEOLOGICAL EXPEDITION/PEARCE PAUL CREASMAN/DIVULGAÇÃO
O arqu e ól o go Pe arc e Pau l Creasman e sua equipe investigaram o túmulo de um faraó sob uma pirâmide localizada no Sudão. Acredita-se que eles sejam as primeiras pessoas a entrar na tumba depois de cem anos, já que o acesso ao local foi di cultado pelo aumento do nível da água. Só mergulhando para visitar – e foi e x at am e nt e o qu e z e r am Creasman e seu time. Entre os achados da equipe de arqueólogos estão estatuetas de cerâmica e folhas de ouro. Segundo Creasman, seriam ofertas para Nastasen, faraó que
Em entrevista à BB C, o pesquisador contou que, após descer uma escada de 65 degraus
que levava à entrada do túmulo, eles ainda tiveram que cavar bastante – mais 40 lances para baixo. Mas o arqueólogo garante que o esforço valeu a pena: ele descreve o achado como "espetacular". O espaço encontrado tem três c âmaras, "com b elos tetos arqueados, do tamanho de um pequeno ônibus". Essas pirâmides representam os enterros dos reis kushitas, conhecidos como "faraós negros". O reino de Kush durou centenas de anos. No século 8 a.C., conquistou o Egito, que governou por quase um século.
Seu tamanho não impressiona, com apenas 2,5 centímetros, ele não aparenta ser um problema para os animais e humanos. Essa é uma das características do sapo ponta-de- echa, também conhecido como dardo venenoso, por conta de seu veneno que pode ser fatal no momento do contato. Segundo o biólogo Igor Kaeser, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a espécie é membro da família Dendrobatidae, uma ordem de anfíbios anura (classi cação dada a sapos, rãs e pererecas de tamanho pequeno). O 'dardo venenoso', conforme Kaeser, é considerado um dos animais mais perigosos do mundo. "Existem mais de 170 espécies na família Dendrobatidae na América Central e América do Sul, sendo em sua maioria
ocupantes da Floresta Amazônica, na região de São Gabriel da Cachoeira. Eles possuem cores fortes e vivas”, explica. O sapo ponta-de- echa geralmente possui cores em tons vermelho, azul ou amarelo brilhante. O biólogo a rma que essas cores são chamadas de aposemáticas, pois indicam perigo para os outros animais. “Há muitas espécies de sapos e rãs com essas características venenosas. O que torna essa espécie diferente dos demais sapos de sua família é a força com que o seu veneno trabalha, pois apenas 40 microgramas são capazes de matar até 10 homens adultos de uma única vez”, a rma Kaeser. O biólogo também explica que essa toxina é gerada pelo seu organismo através da
alimentação. A dieta do sapo ponta-de- echa é composta por pequenos insetos como formigas, pernilongos, cupins, mos cas. “S eu organismo trabalha sequestrando os alcaloides encontrados nos resíduos de suas vítimas e vai secretando sua toxina na pele das costas, para, assim, usar como defesa contra os predadores que se arriscarem”, informou.
Utilização indígena Por ter um veneno mortal, ao ponto de um simples toque ser necessário para matar, os índios utilizam dessa toxina como vantagem em seus combates contra outras tribos e para a prática da caça. O biólogo explica que o veneno na ponta da echa chega a durar até um ano para perder seu efeito massivo.
Nova espécie de mosca recebe nome de personagem de Game of Thrones A espécie Paramonovius nightking tem características em comum com um dos vilões da série Cientistas descobriram uma nova espécie de mosca na Austrália, e a batizaram em homenagem ao Rei da Noite, personagem de Game of rones, seriado da emissora amer ic ana HB O. A esp é cie Paramonovius nightking tem apenas 1,1 centímetro de comprimento e sua primeira aparição foi em 2012, quando os espécimes foram encontrados no Parque Nacional Wandoo. O líder dos white walkers, que são mortos-vivos de pele pálida da série, olhos azuis e acostumados com o inverno gelado, pode ter morrido na última temporada de Game of rones, mas seu nome ainda vive. O c i e n t i s t a Xu a n k u n L i , responsável pela nomenclatura da nova espécie, é um grande fã do seriado baseado nos livros de George R.R. Martin. No entanto, essa não é a única razão para a homenagem. As moscas apresentam diversas similaridades com o primeiro dos walkers – são encontradas no inverno, possuem uma coroa de pelos espinhosos e são cobertas por um o de poeira similar à neve. Além disso, o inseto apresenta u m a d a s pr i n c ip ai s e m ai s marcantes características do Rei
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da Noite: são capazes de transformar outros animais da sua espécie em “zumbis”, segundo os cientistas. A nova espécie, que faz parte da família de abelhas Bombyliidae, possui larvas que vivem como parasitas dentro do organismo de seus hospedeiros. As larvas depositam seus ovos e se alimentam do inseto no qual estão hospedadas até que este exploda. Bryan Lessard, entomologista da National Research Collections da agência australiana CSIRO (Organização da Comunidade Cientí ca e Pesquisa Industrial, na sigla em inglês), diz, em nota, que a categorização e nomeação de novas espécies é a parte mais
/D ÃO UÇ
divertida do trabalho. Só na Austrália, cerca de 230 novas espécies receberam nomes no último ano. A Paramonovius não é a única espécie a ser nomeada por um personagem de Game of rones. Em dezembro do ano passado, uma equipe de entomologistas da Universidade de NebraskaLincoln, nos Estados Unidos, descobriu três novas espécies de besouros e as nomeou em homenagem aos dragões da personagem Daenerys Targaryen – chamados Drogon, Rhaegal e Viserion –, batizando-as de Gymnetis drogoni, Gymnetis rhaegali e Gymnetis viserioni.
8 BEM-ESTAR
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Estudo diz que um Como vencer o medo dia de trabalho por e quando ele se torna
semana é o suficiente fobia O medo em excesso pode se transformar em para a saúde mental fobia, que pode prejudicar a saúde
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Pesquisadores britânicos descobriram qual é a dose ideal de trabalho para maximizar o bem-estar psicológico das pessoas Temos diretrizes bem de nidas sobre a quantidade de vitaminas que devemos consumir ou as horas de sono que precisamos por noite para manter nosso corpo saudável. Em compensação, não fazíamos a menor ideia de qual é a jornada de trabalho por semana ideal para que a nossa mente também se mantenha em sua melhor forma. Pesquisadores britânicos acabam de bater o martelo. E acredite: é bem menos tempo do que estamos acostumados. Um e s t u d o e n v o l v e n d o dezenas de milhares de pessoas cravou: um dia de trabalho por semana já é o su ciente para manter a saúde mental. Isso porque o desemprego ou a ociosidade afetam negativamente qualquer pessoa, que ca sem dinheiro e senso de propósito. Por outro lado, ter um emprego remunerado traz uma série de benefícios que transcendem a esfera econômica e se re etem psicologicamente: os principais ganhos são na autoestima e na inclusão social. A pesquisa, publicada no periódico Social Science and Me d i c i n e, d e s c obr iu qu e, quando pessoas desempregadas começam em um trabalho assalariado, o risco de terem problemas relacionados à saúde
mental cai 30%. Isso para jornadas semanais de até oito horas. Porém, o efeito não é cumulativo. Os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência sugerindo que as 40 horas semanais de trabalho às qu ais est amos habitu ados a mp l i q u e m o b e m - e s t a r psicológico. Na realidade, seus resultados sugerem que trabalhar qualquer tempo a mais do que as tais oito horas por semana não traz nenhum benefício extra. Pelo cont rár io: empregos mais estressantes e com condições mais precárias podem anular toda a parte boa para a saúde mental. Então eles concluíram que ninguém precisa trabalhar mais do que oito horas por semana para se sentir bem. Ao todo, mais de 71 mil voluntários entre 16 e 64 anos tiveram seus dados analisados no período de 2009 a 2018. Essas conclusões são particularmente importantes no atual momento em que se discute cada vez mais o futuro do trabalho. Desenvolvimentos na inteligência arti cial, big data e robótica trazem a promessa de intensa automatização da força de t rab a l ho. E sp e cia list as acreditam que, nas próximas décadas, boa parte do trabalho
remunerado realizado por humanos passará a ser feito por máquinas. Governos começam a pensar em políticas públicas para essa nova realidade. Temas como a renda básica universal despontam como possível solução para manter a economia rodando em um cenário onde os empregos se tornam escassos. Os pesquisadores oferecem outras sugestões que poderiam ser aplicadas. Basicamente, eles sugerem que todos deveriam trabalhar menos, para que todos tenham a oportunidade de trabalhar. Fins de semana de cinco dias, poucas horas de trabalho diário ou dois meses de férias para cada mês de labuta poderiam dar conta do recado. De quebra, eles dizem, essas mudanças ainda melhorariam a qualidade de vida das pessoas, a produtividade das empresas e cortariam as emissões de CO2 relacionadas aos deslocamentos para o trabalho. Se eles tiverem razão e os governantes de fato investirem em políticas do gênero, seria um ganha-ganha generalizado. Repensar profundamente toda a mecânica do trabalho pode ser, no nal das contas, a única maneira de evitar a implosão do capitalismo como o conhecemos.
Ferramenta promove
O medo é uma resposta do organismo a uma situação de ameaça. Quando precisamos enfrentar um evento estressante, o cérebro libera mais substâncias, o coração bombeia mais sangue, os músculos cam enrijecidos e a força física aumenta substancialmente. Entre as causas mais comuns do temor, estão os insetos, altura, injeções e falar em público. Segundo o psicólogo e professor Jair Kappann, da Unesp, o sentimento também está ligado à ansiedade gerada pela antecipação mental do perigo a ser enfrentado. Apesar de servir para a sobrevivência da espécie, o medo em excesso paralisa a pessoa e pode se transformar em uma doença na sociedade atual: a fobia. Veja como superar os medos e em que momento o nosso senso de ameaça se transforma em fobia. Segundo a psicóloga Neuza Corassa, membro da Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental, o medo funciona como um sinalizador, ajudando a pessoa a se preparar para alguma situação, como, por exemplo, dar uma palestra. Entretanto, o medo além da medida é considerado fobia, que imobiliza as pessoas, fazendo elas se esquivarem do problema. "Os medos considerados patológicos, que são excessivos e desproporcionais ao perigo enfrentados, foram nomeados com uma palavra grega, ou latina, acrescida do su xo fobia", ressalta o psicólogo Jair. Temos, como exemplo, agorafobia (medo de grandes espaços, multidões e do escuro), acrofobia (medo de lugares altos), claustrofobia (medos de lugares fechados) e muitas outras. "O ataque de pânico, um medo tão intenso que paralisa o indivíduo, ocorre de forma
espontânea e involuntária, sempre frente aos mesmos objetos ou situações", diz a especialista. Funciona assim: a pessoa canaliza toda a angústia, a ansiedade e o medo para um objeto ou determinada situação, que não causa o mesmo medo em quem não tem o problema. "Para a Psicanálise, esses medos têm uma origem comum e, na maioria dos casos, as causas estão em situações vividas na infância", explica Jair. O medo de altura, por exemplo, está relacionado à insegurança do bebê em dar os primeiros passos, enquanto a fobia de sair à rua, ao medo da criança de perder-se dos pais. Nessas situações extremas, qu a l qu e r a du lt o p o d e t e r atitudes infantis, como fazer xixi nas calças, gritar e chorar. Os especialistas recomendam tratamento psicológico que pode ser acompanhado do uso de medicamentos receitados por psiquiatras para amenizar os sintomas e evitar as crises. De acordo com o psicólogo Jair, existem vários tipos de psicoterapia que podem ser utilizadas nesse caso. A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é a mais breve, pode durar só algumas sessões e eliminar totalmente os sintomas. Já as p s i c ote r api as mais profundas e de longa duração vão buscar as causas desses temores e, além de eliminar os
sintomas, irão proporcionar um crescimento pessoal mais amplo e duradouro para o paciente, evitando o aparecimento de outros transtornos psicológicos ligados à mesma causa. Se a pessoa já tem um medo acentuado, a família deve prestar atenção e ajudar a pessoa a enfrentar o problema com auxílio de um pro ssional. S egundo Neuza, a maior di culdade para tratar a fobia é a pressa do paciente em melhorar. No tratamento que a especialista utiliza em sua clínica, ela recomenda o exercício físico três semanas antes de se "expor" ao medo, para o relaxamento muscular e para produzir as endor nas que neutralizam a noradrenalina em excesso que surge nas situações de fobia. Em seguida, ela ressalta a importância da respiração do diafragma porque, sem oxigenação no cérebro, a pessoa ca mais ansiosa. De acordo com essa técnica, entre a quinta e a oitava sessão no consultório, os resultados c o m e ç a m a a p a r e c e r. " A exposição é feita aos poucos. No caso de fobia de elevador, por exemplo, a pessoa é levada até ele p ara obs er vá-lo. Em um segundo momento, ela vai usá-lo até o primeiro andar e volta de escada, depois, usa até o segundo e volta de escada e por aí vai. No entanto, nada é forçado e nunca a pessoa é exposta a uma situação muito complicada", explica.
competências tecnológicas Cartilha ensina meninas a identificarem namoro abusivo dos professores Disponível de forma gratuita, plataforma avalia a inovação e a adoção da cultura digital BRUCE MARS/UNSPLASH
A plataforma Guia Edutec é um espaço gratuito para professores (de início apenas da rede pública) autoavaliarem suas
competências digitais por meio de um questionário de 23 perguntas composto por três áreas: Pedagógica, Cidadania Digital e Desenvolvimento
Pro ssional. Na área Pedagógica, por exemplo, a ferramenta avalia a curadoria, criação e personalização. Junto ao result ado s ão oferecidas sugestões de como evoluir, com indicações de leituras e atividades. Idealizado pelo Centro para Inovação da Educação Brasileira (CIEB), o objetivo é auxiliar os docentes a se aproximarem dos recursos tecnológicos e melhorarem suas habilidades.
Not ar qu e e s t am o s e m u m realidades. "Nós, que trabalhamos com a relacionamento abusivo é uma tarefa complexa. Isso porque os luta pela igualdade de gênero, sinais não são explícitos. É percebemos a necessidade de necessário atentar-se aos detalhes conversar com as jovens de um para perceber se estamos sendo jeito diferente. E a cartilha surgiu controlados ou desrespeitados SHUTTERSTOCK/GETTY IMAGES/MINHA VIDA pelo parceiro. Pensando nisso, Valéria Scarance, promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, criou uma cartilha chamada "Namoro Legal". O documento, disponível no site do Ministério Público, conta com sete dicas práticas para que as jovens consigam dessa forma", explicou Valéria em identi car se um vínculo amoroso entrevista à revista Claudia. Ainda de acordo com a está se tornando tóxico. Para tornar a leitura leve e didática, as promotora, por mais que as dicas palavras "violência", "vítima" e s e j a m d e s c o n t r a í d a s , e l a s "agressor" não foram utilizadas no carregam uma mensagem muito poderosa e importante. O objetivo texto. A ideia é que meninas que é que a cartilha sirva como um estejam sendo dominadas pelo instrumento de prevenção a parceiro possam perceber a r e l a c i o n a m e nt o s a b u s i v o s , situação, e então mudar suas fazendo com que as jovens
mulheres re itam sobre suas relações, defendam seus limites e, em casos mais graves, impeçam a evolução dos abusos, que podem se estender até a violência física. Um relacionamento abusivo é toda e qualquer relação onde uma pessoa exerce poder excessivo e contínuo sobre a outra pessoa, gerando no outro uma dependência, apr is i oname nto, me d o, insegurança e receio de ser ele (a) mesmo (a) e impedindo de alguma forma que este outro possa se expressar e agir por ele mesmo. Além das dicas divulgadas pelo Ministério Público, existem outros indícios que p o dem sinalizar um relacionamento abusivo. Para saber quais, veja a nossa matéria sobre o assunto, escrita pela psicóloga Raquel Baldo.
SAÚDE 9
16 a 23 DE JULHO DE 2019
Remédio funciona sem hormonioterapia em um tipo de câncer de mama Recém-chegado ao Brasil, o medicamento abemaciclibe é voltado contra o subtipo mais comum do tumor de mama em estágio avançado e vem em pílulas REPRODUÇÃO INTERNET
C erca de 69% de todos os diagnósticos de câncer de mama são do tipo RH+/HER2-. Nessas situações, a doença é estimulada por hormônios sexuais femininos – daí por que, em casos avançados, os médicos sempre incluíam no tratamento a hormonioterapia, que serve justamente para bloquear a ação dessas substâncias. Mas acaba de chegar ao Brasil o remédio abemaciclibe (da farmacêutica Eli Lilly), a primeira opção contra essa enfermidade que pode ser empregada sem a tal hormonioterapia em certos cenários. Em geral – e isso vai continuar assim –, a pessoa com um tumor de mama RH+/HER2- que se espalhou pelo corpo recebe quimioterapia ou terapia-alvo junto com comprimidos que bloqueiam a ação dos hormônios femininos. O abemaciclibe, aliás, também pode ser usado assim (e como primeira opção de tratamento, aliás). “Acontece que, às vezes, já utilizamos diferentes combinações, com diferentes tipos de hormonioterapia, e não
conseguimos controlar o câncer”, lamenta o oncologista Antônio C arlos Buzaid, da BP – A Bene cência Portuguesa de São Paulo. “Nessa situação, tínhamos poucas opções, como dar mais doses de químio isoladamente”, completa. Eis que estudos com a nova medicação mostraram que, até nesse cenário mais complicado, ela trouxe resultados positivos. Segundo o estudo Monarch-1, quase 20% das mulheres que, passadas todas as etapas prévias, recorreram a esse fármaco como tratamento único tiveram uma resposta positiva considerável. Pare c e p ou c o, m a s out ro s levantamentos revelam que a quimioterapia só bene ciou 10% dessas pacientes. Além de dobrar a taxa de resposta, o abemaciclibe freou o avanço da enfermidade por seis meses (ante três meses da químio). Ele basicamente inibe enzimas que aceleram a progressão do câncer de mama – a CDK4 e a CDK6. Aliás, outras duas drogas já aprovadas no Brasil atuam de maneira semelhante: o
ribociclibe, da Novartis, e o palbociclibe, da P zer. Todas pertencem à classe das terapiasa l vo ( qu e m i r am u m a l vo especí co do tumor) e são administradas diariamente em forma de comprimidos. Entretanto, o abemaciclibe é o único de uso contínuo. Os outros, por causarem uma queda mais intensa das células de defesa do organismo, são aplicados por três semanas, seguidas de um p er ío do de des cans o. “Em estudos com modelos animais,
Cientistas conseguem eliminar HIV em animais vivos Pesquisadores das Universidades de Temple e Nebraska (EUA) devem começar testes em humanos dentro de um ano PIXABAY
quando você interrompe o tratamento, às vezes o câncer avança”, diz Buzaid. Ou seja, é possível que a opção recém-chegada ao mercado brasileiro funcione, mesmo quando a hormonioterapia não pode mais ser usada porque não dá sossego para o tumor de mama, por dizer assim. Para con rmar essa hipótese, entretanto, mais experimentos são necessários. Por outro lado, o abemaciclibe comumente provoca diarreia como efeito
colateral. Ainda assim, sua toxicidade é bem mais tolerável do que a da quimioterapia convencional. Como outros integrantes da terapia-alvo, o abemaciclibe tem u m c u s t o c on s i d e r áv e l . A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos xou o preço máximo para o consumidor em 27. 751,59 reais (em estados com a maior carga tributária sobre medicamentos). Esse valor equivale a 60 comprimidos com a dose mais
alta, de 200 miligramas – a quantidade necessária para cada paciente vai variar caso a caso. “O valor de registro pode ser diferente do praticado na hora da comercialização. Isso ocorre por causa de algumas variáveis, como dosagem, diferença de alíquota de imposto por região, entre outras”, informa a Eli Lilly, por meio de nota enviada a Saúde. Cabe reforçar que as variações no preço devem ser sempre para baixo – nunca para o alto – por força da regulamentação n a c i on a l. Até e ve ntu ai s descontos in uem no número nal. No momento, o tratamento está fora do SUS. E deve enfrentar resistência mesmo no sistema privado, uma vez que os seguros de saúde não são obrigados a cobrir novos medicamentos orais que estão fora do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “ Te m o s b r i g a d o constantemente com as seguradoras para garantir o acesso a essas alternativas m o d e r n a s d e t r at am e nt o”, lamenta Buzaid.
Açaí para baixar a pressão A antocianina, pigmento responsável pelo tom roxo-escuro do alimento, tem potencial para afastar a hipertensão ALEX SILVA/SAÚDE É VITAL
Em pesquisa inovadora, cientistas conseguiram eliminar o vírus HIV, causador da aids, no genoma de animais vivos. A conquista, de pesquisadores das universidades de Temple e Nebraska (EUA), pode levar ao desenvolvimento de uma cura para o vírus em seres humanos. Os pesquisadores usaram a técnica de edição genética conhecida pela sigla, em inglês, CRISPR. Junto a ela, foi utilizada também uma terapia antirretroviral chamada de Longa Duração e Lenta Efetividade, mais conhecida pelo
nome em inglês Laser Art. O s u c e s s o d o s c i e nt i s t a s n a eliminação do vírus não foi em 100% das cobaias. O resultado positivo foi obtido em um terço das cobaias. “Nosso estudo mostra que o tratamento para suprimir a replicação do HIV e a terapia de edição genética, quando feita sequencialmente, podem eliminar o HIV das células e órgãos de animais infectados”, disse, em nota, Kamel Khalili, um dos autores da pesquisa, que foi publicada no periódico c i e n t í c o Na t u r e
Communications. O teste feito pelos cientistas para veri car se houve a eliminação do vírus consistiu na inserção de células imunológicas dos animais que foram tratados por eles em outros animais saudáveis. Se o vírus ainda estivesse ativo, ele teria infectado os animais. No entanto, deu tudo certo e os animais não foram infectados con rmando, desse modo, que as técnicas utilizadas realmente eliminaram o vírus. Apesar do sucesso obtido no genoma de animais vivos, os primeiros testes clínicos em seres humanos só devem acontecer dentro de um ano. Antes disso, eles já realizam testes em primatas e, se bemsucedidos, começarão os primeiros testes em pessoas.
A avaliação de que o açaí, fruta típica da Amazônia, é uma preciosidade do ponto de vista cardiovascular vem com novos dados colhidos pelo nutricionista Heitor Oliveira S a nt o s , d a Un i v e r s i d a d e Federal de Uberlândia (MG). Segundo ele, o alimento pode ajudar a evitar a hipertensão. “Já temos evidências de que, após o consumo de açaí, há uma dilatação das artérias”, conta Santos. Com a passagem do sangue facilitada, por sua vez, diminui a tensão nas paredes dos vasos e a pressão tende a baixar.
Para fazer jus ao efeito protetor, porém, é preciso ingerir ao menos 150 gramas de polpa, e quase todo dia. Quem aderir a esse plano ganha de quebra as bras e as vitaminas da fruta,
além de beta-sitosterol, substância que atua na redução d o s n íve is d e c ol e ste rol e triglicérides no sangue. Sorte do coração. “Q u ando muito, d á p ara adicionar leite em pó desnatado, que agrega cálcio e proteína, ou oleaginosas como castanhas e amêndoas, que dão crocância e potencializam os bons efeitos da fruta”, sugere. “C om aç úc ar, mel e leite condensado, o açaí vira uma b omb a ca lór ica”, a ler t a o pesquisador. O ideal, aconselha, é consumir a polpa o mais pura possível.
10 GERAL
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Os impactos do agrotóxico na água e na saúde As liberações de agrotóxicos resultaram, em apenas três meses deste ano, na morte de meio bilhão de abelhas, que são as principais polinizadores da maioria dos ecossistemas do planeta DIVULGAÇÃO
Nesta sexta-feira (12), às 10h, no plenário da Assembleia Legislativa, o professor da Ufes, Wagner Miranda Barbosa, nutricionista, mestre em Ciência dos Alimentos e doutor em Biotecnologia, e Leomar Lírio, representante do Movimento dos Pequenos Agricultores, debaterão os riscos dos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde humana. Levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP) comprova que o Brasil ocupa a primeira colocação mundial na utilização de pesticidas na agricultura.
Desde que Jair Bolsonaro chegou à Presidênci a d a República, foram liberadas 239 substâncias nocivas ao meio ambiente e à saúde humana, várias delas proibidas em diversos países. As liberações de agrotóxicos resultaram, em apenas três meses deste ano, na morte de meio bilhão de abelhas, que são as principais polinizadores da maioria dos ecossistemas do planeta. As noti cações por intoxicação por agrotóxico dobraram desde 2009, passando de 7.001 para 14.664 em 2018, segundo o Ministério
da Saúde. E esse dado pode inclusive ser subnoti cado. Em um dossiê sobre o impacto dos agrotóxicos, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) destacou que substâncias usadas em i ns e t i c i d as , f u ng i c i d as e herbicidas podem causar s i nt om a s c om o n áu s e a s , contrações musculares involuntárias, sangramento nasal e conjuntivite. Se a intoxicação for crônica, o quadro pode evoluir, em alguns casos, para doenças como mal de Parkinson e câncer.
Estudo comprova que A cada semana ocorre trabalhar demais uma tragédia climática, aumenta o risco de AVC afirma ONU Para surpresa dos pesquisadores, o risco de sofrer AVC em decorrência do trabalho parece ser maior para indivíduos abaixo dos 50 anos O excesso de trabalho tem sido associado à diversos problemas de saúde, especialmente mental, como stress crônico, ansiedade e depressão. Agora, novo estudo indica que fazer muitas horas e x t r as au me nt a o r is c o d e acidente vascular cerebral ( AV C ) . A p e s q u i s a , publicada recentemente na revista Stroke, indica que quem trabalha mais de 10 horas diárias por 50 dias durante o ano está 29% mais propenso a sofrer AVC. O risco é ainda maior para quem mantém essa rotina ao longo de 10 anos: 45%. Os pesquisadores descobriram também que esse risco parece ser maior para indivíduos com menos de 50 anos de idade. A descoberta foi uma surpresa, já que a população com maior propensão a sofrer AVC está acima dos 65 anos. A equipe acredita que os resultados do estudo explicam porque pessoas estão desenvolvendo a doença cada vez mais cedo. Apesar de não ter sido possível encontrar uma relação direta entre o trabalho excessivo e o risco de AVC, a equipe acredita que a associação possa ser explicada pelo tipo de trabalho, como trabalhos noturnos ou muito estressantes, e aos hábitos nocivos que as pessoas adquirem ao passar mais tempo trabalhando, incluindo alimentação inadequada e falta de exercício físico. O t r ab a l h o n otu r n o, p or
Estados Unidos. Os pesquisadores chegaram a esta conclusão depois de analisar dados de 143.592 participantes com idade entre 18 e 69 anos. Entre os voluntários, 42.542 relataram trabalhar mais de 10 horas por dia, enquanto ISTOCK/GETTY IMAGES 1 4 . 4 8 1 a r m ar am t e r trabalhado em excesso ao longo de 10 anos ou mais. Ao longo do estudo, que começou em 2012, 1.224 participantes sofreram AVC. Após excluir fatores de risco para a doença, como sexo, idade e t ab ag ismo, a e quip e Ainda há aqueles cuja rotina concluiu que trabalhar demais e s t re s s ant e p o d e provo c ar eleva o risco de acidente vascular insônia. cerebral. “Há u ma mo d i c a ç ã o d o Assim como o excesso de c o m p o r t a m e n t o l i g a d a a o trabalho aumenta o risco de AVC, trabalho, principalmente ao outros hábitos comuns podem excesso de trabalho a longo prazo, c o m p r o m e t e r a s a ú d e o que pode justamente, acarretar cardiovascular. Um novo estudo a ocorrência de um acidente i n d i c a q u e s u p l e m e n t o s cardiovascular”, explicou Alexis vitamínicos que combinam cálcio Descatha, principal autor do e vitamina D aumentam em 17% e s t u d o , à R á d i o F r a n ç a o risco de AVC. Internacional (RFI). Esse tipo de suplemento é Diante disso, a recomendação é comumente comercializado tentar manter uma rotina de como forma de preser var a trabalho consciente que não resistência óssea e costuma ser exclua as horas de descanso, lazer adquirido por pessoas mais e cuidados com a saúde. “Coma velhas, cujo risco de AVC já é de forma saudável, se exercite por aumentado. De acordo com o pelo menos 30 minutos por dia e Serviço Nacional de Saúde do certi que-se de ser cuidadoso Reino Unido (NHS, na sigla em com fatores de risco como i n g l ê s ) , a s u p l e m e n t a ç ã o pressão alta, colesterol alto ou alimentar é desnecessária para a qualquer problema cardíaco”, maioria das pessoas, uma vez que d i s s e A r b i O h a n i a n , d o é possível conseguir a quantidade Hu nt i n g t o n Ho s p i t a l , n o s n e c e s s á r i a d e v i t a m i n a s e minerais apenas mantendo uma dieta balanceada. Portanto, aqueles que acreditam precisar de alguma vitamina, devem p ro c u r a r u m m é d i c o p a r a con rmar a necessidade e receber a prescrição adequada.
PEXELS
exemplo, interfere no relógio biológ ico, resp ons ável p or regular diversas funções do organismo. Empregos que afetam o estilo de vida, podem despertar hábitos nocivos, com maior consumo de álcool e cigarro.
Nem todos os desastres causados pelas alterações climáticas do planeta ganham cob er tura mundial na mídia. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), toda semana um tipo de evento, ainda que de menor impacto, acontece em algum canto do planeta. Entre os efeitos estão mortes, deslocamento e sofrimento. De acordo com a ONU, esses eventos estão acontecendo com muito mais frequência do que se previa. Para Mami Mizutori, re pre s e nt ant e e s p e c i a l d o secretário-geral da ONU, as mudanças climáticas não são sobre o futuro, mas sobre hoje. “A adaptação à crise climática não pode mais ser vista como um problema de longo prazo, precisa de investimento agora”, a rmou Mizutori ao e Guardian. “As pessoas têm que conversar mais sobre adaptação e resiliência”. E também é necessário investir. Em áreas mais vulneráveis a inundações, secas e tempestades, por exemplo, é urgente apostar em habitação, redes rodoviárias e ferroviárias, fábricas e abastecimento de energia e de água.
Até agora, a maior parte do fo c o d o t r ab a l ho na c r is e climática tem sido o corte das emissões de gases do efeito estufa – que, sim, é uma medida importante, mas de longo prazo. Precisamos também olhar para o que está acontecendo agora e encontrar saídas para minimizar riscos. E, segundo Mizutori, isso deve ser feito para já. “Falamos sobre uma emergência climática e uma
crise climática, mas se não pudermos confrontar isso [a questão da adaptação aos efeitos] nós não sobreviveremos”, disse ela ao Guardian. Muitos dos desastres de menor impacto seriam evitáveis se as pessoas fossem avisadas sobre mau tempo, se os governos mapeassem quais áreas são vulneráveis e, claro, investissem em infraestrutura.
Autoescola
COMPORTAMENTO 11
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Hidratação capilar REPRODUÇÃO
e a dica é procurar um pro ssional para te indicar o tratamento ideal. Vale lembrar que não devemos usar produtos indicados por quem não é pro ssional. Marina Ribeiro está à disp osição para
Olá pessoal,
B
ora para as dicas da semana? Hoje vamos falar sobre hidratação capilar. Nossa consultora de beleza tem umas dicas boas e econômicas de produtos para os seus cabelos. Existem várias marcas com ativos de aloe vera, vitaminas A e D e extratos vegetais. O tratamento deve ser repetido semanalmente. A hidratação é importante para todos os tipos de cabelo - com ou sem
química - , pois devolve a água aos os, deixando-os
mais macios, exíveis e com movimento natural.
esclarecer dúvidas e recebêlas em seu estúdio sempre que precisarem. Noss o cab elo e p ele exigem cuidados e tratamentos diários, pois, a nal, somos princesas.
Cada tipo de cabelo tem uma necessidade especí ca
Relatório traz dados Aumenta obesidade sobre brasileiros sem na América Latina e religião no Caribe PIXABAY
Pesquisa conduzida por cientistas britânicos afirma que 25% de pessoas sem religião acreditam em reencarnação O censo de 2010 do IB GE mostrou que 8% dos brasileiros se de nem como “sem religião” — e esse número vem crescendo. Contudo, de acordo com um relatório divulgado recentemente por uma universidade britânica, isso não signi ca que ateus e agnósticos não acreditem em eventos sobrenaturais ou métodos sem embasamento cientí co, como a astrologia. Na verdade, apenas 73% dos ateus e agnósticos brasileiros disseram não se considerar de nenhuma religião. Ao responderem à pergunta "Você se considera pertencente a alguma religião em particular? Se sim, qu a l ? " 1 8 % a r m ar am s e r cristãos, 1% budistas e 1% não souberam responder. Os dados ressigni cam a ideia de que não ser pertencente a uma religião quer dizer não acreditar em um ou mais deuses. Outro mito desvendado é o de que ateus e agnósticos crescem em lares de pessoas sem religião: 15% dos entrevistados a rmaram ter uma criação não religiosa contra 79% que disseram ter crescido em família cristã. Quando o assunto é acreditar muito ou parcialmente em fenômenos sobrenaturais, os estudiosos compararam ateus e agnósticos à população geral. No Brasil, pelo menos um quarto das
pessoas sem religião acreditam em reencarnação, e quase um terço na existência de vida após a morte. Como conta Mônica Hortegas, doutoranda em ciência da religião na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), é importante lembrar que muitas pessoas que se declaram sem religião têm forte ligação com a espiritualidade. Para a pesquisadora, esses indivíduos possuem autonomia para estabelecer seu itinerário religioso sem se vincular a uma instituição. “Essas pessoas não se baseiam em uma lei externa, mas na condução de suas próprias consciências. Assim, não há incoerência em compreender que podem acreditar em q u e s t õ e s q u e n ã o necessariamente seguem uma lógica puramente racional ou materialista”, a rma Hortegas em entrevista à Galileu. Os não religiosos também mostraram ter fé — mas na ciência. Para 71% deles, a a rmação "humanos evoluíram com o tempo de formas de vida mais simples e não humanas" é verdadeira, contra 43% da população geral que pensa o mesmo. A l é m d i s s o, f oi p o s s í v e l observar que, embora depositem suas esperanças na ciência, a fé na humanidade é menor: dois terços
dos não religiosos a rmaram acreditar que "todos os seres humanos, independentemente de onde nasceram, nascem com d i g n i d a d e e u m c o nj u nt o especial de direitos", e apenas 45% concordam total ou parcialmente que a sociedade melhora com o tempo. Ana lis ando o rel atór io, Hortegas também destacou que os dados são apenas mais uma prova de que ciência e religião não são inimigas, e que a razão e a espiritualidade podem caminhar juntas. Ela também destaca que vivenciar o mundo sensorial ou espiritualmente não está necessariamente ligado com ter uma religião. A especialista relatou que Jung argumenta que a existência é uma busca para desvendar mistérios e signi cados, e que cada um vai procurando símbolos e representações que saciem essa busca — sendo eles a astrologia, a religião, ou a ciência, por exemplo. “Cada um, sendo religioso ou não, faz perguntas sobre si, sobre o mundo, sobre a vida. E são elas que movem as montanhas”. O documento Understanding Unb elief foi pro duzido na Universidade de Kent, situada no sudeste da Inglaterra, e analisou dados coletados no Brasil, China, Dinamarca, Estados Unidos, Japão e Reino Unido.
Segundo relatório de agência da ONU em parceria com a OCDE, 60% da população da região têm sobrepeso – número que aumentou 25% nas últimas quatro décadas PIMONPIM/GETTY IMAGES
Obesidade, má nutrição e falta de micronutrientes. É este o tripé que ameaça a alimentação de regiões como América Latina e Caribe, s e g u n d o u m n ovo re l at ór i o elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em parceria com a Agência da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O infor me “Persp e c t ivas agrícolas 2019-2028”, que foi divulgado na segunda-feira (8), estima que 25% da população da região sofra de obesidade – número que, segundo as agências, já con gura uma epidemia. E não para por aí: 60% dos que vivem na América Latina e Caribe têm sobrepeso, quando o peso médio está acima do considerado saudável. As taxas são superiores à média da Europa e comparáveis a países de alta renda, onde, historicamente, as pessoas costumam ter centímetros a mais no quadril. América Latina e Caribe, hoje, cam atrás apenas da América do Norte no ranking de regiões do planeta com porcentagem maior de obesos. O documento aponta que o total de pessoas com sobrepeso na região, que era de 35% do total em 1975, saltou para 60% em 2016. A parcela da população relativa aos obesos foi de 8% em 1975 para 25% em 2016. O país que mais se destaca no quesito é o México, onde 65% da população têm sobrepeso. O maior número de obesos não signi ca que as pessoas estejam
apenas consumindo uma quantidade maior de comida. A origem das calorias ingeridas também é um problema. O relatório destaca que o Brasil teve a maior redução no consumo de açúcar: em 1998, 17% do total de c a l or i a s t i n h a m or i g e m e m alimentos açucarados, número que era de 12% em 2018. “Ainda assim, essa tendência de declínio não apareceu em todos os países da América Latina e Caribe”, diz o do c umento. O ut ros p aís es apresentaram, inclusive, um ligeiro aumento. É o caso da Argentina, onde o total de calorias vindas do açúcar na dieta da população saltou de 13,5% para 14% em 20 anos. Há, também, uma tendência em r e l a ç ã o à p o r c e nt a g e m q u e alimentos gordurosos representam em relação ao total de calorias. Nas últimas duas décadas, esse número foi de 26% para 29,5% em países da América Latina e Caribe – próximo aos 30%, valor máximo recomendado pela OMS. “Alguns
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países da região, como Argentina, Brasil e Chile já estão acima desse ideal”, completa. Ap e s ar d o e xc e d e nte d e produção agrícola, a quantidade de pessoas em situação de insegurança alimentar aumentou pelo terceiro ano seguido. Como segurança alimentar, você pode entender o acesso à comida saudável e em quantidade adequada. Segundo o documento elaborado pela FAO e OCDE, o problema parece seguir avançando “especialmente para os setores pobres da população, as mulheres, as populações autóctones, as pessoas de ascendência africana e, em certos casos, as crianças”. Um relatório feito em 2017 pelo Programa Mundial Alimentar (WFP) e pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (ECLAC) a rma que a subnutrição deve se tornar o principal problema social e econômico na América Latina e Caribe. Essa condição parece ainda mais contraditória se olharmos para a importância da região na produção de comida. América Latina e Caribe são responsáveis por 14% dos produtos agrícolas e pesqueiros que são comercializados no mundo todo, e garante 23% das exportações nesse quesito. Para 2028, espera-se que o aumento no setor seja de até 25%.
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória - Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Reforma tributária, esta sim, deveria ser a primeira A relevante, especialmente porque os brasileiros não querem mais ser reconhecidos como a população que mais paga
indústria, na produção. Tem a maior tarifa de energia elétrica do mundo para quem produz e tem os maiores encargos sociais do
quando vi e ouvi em alto e bom tom, pela TV Senado, o pronunciamento do presidente Davi Alcolumbre,
AGÊNCIA SENADO
grande sacada da semana foi do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
com apoio do colégio de líderes, que apresentou, na terça-feira (09), a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a re for ma t r ibut ár i a . A PE C 110/2019, dos líderes partidários, teve apoio do presidente da casa e de mais 65 senadores. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Alcolumbre, ao anunciar ao Plenário a apresentação da proposta disse: “Não tenho dúvidas que o Senado da República, como Casa da Federação, terá a consciência da importância dessa votação para d e s t r av a r m o s a e c on om i a , desburocratizarmos a vida dos brasileiros e simpli carmos as rel açõ es em um E st ado de dimensões continentais, com muitas portarias, muitos decretos, muitas legislações, uma em cada Estado, que enlouquecem a vidas dos brasileiros”. A PEC 293/2004, que servirá como base, teve o ex-deputado Luiz Carlos Hauly como relator e foi aprovada em dezembro de 2018, por uma comissão especial da Câmara. Para a presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDBMS), a matéria é urgente e
REPRODUÇÃO
impostos no mundo. Dentre os 65 parlamentares que apoiam a proposta, está o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que elogiou a iniciativa do Senado de assumir uma agenda de suma importância para os Estados. “O Senado assume o protagonismo que deve ter como Casa da Federação. A reforma tributária é um tema que pertence à União e aos Estados. Por isso, é justo que esse tema comece a ser discutido aqui pelo Senado”, a rmou. Para o Relator do texto, senador Roberto Rocha, “o Brasil tem a maior carga tributária na
planeta. Ora, como pode ser competitivo no plano global? Não pode. Essa matéria vem corrigir isso”, comemorou. “Nós consideramos essa a mais importante das reformas, com a capacidade de aquecer o mercado, melhorar o ambiente de negócios, de alavancar a retomada do crescimento econômico, geração de emprego, de renda e de receita pública”, discursou um dos líderes do Senado, senador Álvaro Dias (Podemos-PR). Confesso que quei surpreso e esperançoso ao mesmo tempo,
referindo-se à PEC, sobre a reforma tributária.
O modelo que aí está, repele qualquer pensamento de se tornar pessoa jurídica no Brasil. Uma carga tributária estratosférica e um excesso de zelo burocrático que desestimula qualquer um que se atreva a romper esses obstáculos criados por quem deveria estimular, patrocinar e dar o apoio técnico necessário: O GOVERNO
Sou vítima dessa injustiça imposta aos empreendedores e empresários que aqui vivem, o mo delo que aí está, rep ele qualquer pensamento de se tornar pessoa jurídica no Brasil. Uma carga tributária estratosférica e um excesso de zelo burocrático que desestimula qualquer um que se atreva a romper esses obstáculos criados por quem deveria estimular, patrocinar e dar o apoio técnico necessário, o governo. Mas como disse, quei também esperançoso, porque pude ver que a mentalidade dessa nova safra de s enadores que assumiu em pr imeiro de j aneiro, vem conquistando espaços e modelando, de forma inteligente, a mentalidade de muitos, ainda presos à velha política. Resta agora, a Câmara dos Deputados seguir os mesmos passos, caminhar com menos ideologia partidária, mais seriedade e comprometimento social. Que venha também a Reforma Política!
BRASIL 13
16 a 23 DE JULHO DE 2019
A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
ROQUE SÁ/AGÊNCIA SENADO
MOREIRA MARIZ/AGÊNCIA SENADO
Rose de Freitas (Pode-ES) Rose pede apoio do Congresso para derrubar veto presidencial à regulamentação da profissão de cuidadores Para barrar o texto, Bolsonaro argumentou que, “ao criar condicionantes para a pro ssão de cuidador, se restringe o livre exercício pro ssional, garantido pela Constituição”. “Não entendi o veto! Os argumentos são falhos, não têm nenhuma lógica para mim”, protestou Rose. “Eu quero sair desse Brasil improvisado e que a gente [deputados e senadores] possa derrubar esse veto mostrando que o livre exercício do trabalho, ofício ou pro ssão tem de ser atendido com a quali cação pro ssional que a lei pode estabelecer”, a rmou. “A regulamentação da pro ssão de cuidador é importante por garantir direitos e obrigações tanto do pro ssional cuidador quanto do usuário. Além disso, a regulamentação vai garantir uma formação técnica mínima, necessária para o reconhecimento da importância da quali cação pro ssional”, avaliou. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Marcos do Val (Cidadania-ES) Pacote anticrime O Senador Marcos do Val apresentou na quarta-feira (10), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, seu parecer sobre o Projeto de Lei (PL) 1864/2019 – um dos três projetos do pacote anticrime, proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A proposta trata de mudanças na legislação contra o crime organizado, crimes com grave violência e corrupção. Outra mudança feita por Marcos do Val foi em relação às denúncias de crimes de corrupção. Ele incluiu a proteção aos que denunciam esse tipo de crime, além da possibilidade de recompensa, caso os cofres públicos sejam ressarcidos. TATI BELING
Lorenzo Pazolini (sem partido) Cadastro Estadual de Pedófilos Foi sancionado e promulgado o Projeto de Lei nº42/2019, assinado em conjunto pelos deputados Delegado Lorenzo Pazolini (sem partido) e Marcelo Santos (PDT), que institui o Cadastro Estadual de Pedó los, reunindo informações relativas a condenados pelo crime de pedo lia. Segundo a justi cativa da proposição, a pedo lia representa uma modalidade criminosa de extrema gravidade, uma vez que é de nida como preferência, perversão e desvio sexual de um indivíduo adulto por crianças, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade. “Agora, poderemos garantir à população informações a respeito da gravidade do problema e identi car sinalizadores da existência de condutas pedofílicas e daqueles já condenados em decisão irrecorrível da prática do crime”, destacou o deputado Pazolini.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Fabiano Contarato (Rede/ES)
Sérgio Vidigal (PDT-ES)
Quebra do princípio da imparcialidade de Moro
Agricultores
Senador Fabiano Contarato propõe Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a quebra do princípio da imparcialidade por parte do ex-juiz Moro, atual ministro da Justiça. “As divulgações no portal jornalístico e Intercept Brasil contendo conversas privadas sobre a Operação Lava Jato e o atual ministro da Justiça, senhor Sérgio Fernando Moro, apontam possível descumprimento do dever funcional por agentes públicos, especialmente por violação ao dever da imparcialidade ao princípio do devido processo legal”, justi cou o senador. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Lauriete (PR-ES) Punição específica para crimes de invasão de dispositivo informático A deputada federal Lauriete apresentou Projeto de Lei 3872/19 que estabelece punição especí ca para crimes de invasão de dispositivo informático alheio em casos de agentes políticos ou membros do poder público com o intuito de abalar a ordem social. É considerada branda e falha a atual legislação que pune crime de invasão de celulares e computadores. A lei atual, conhecida como Carolina Dieckmann, foi criada em 2012, depois que a atriz teve o computador invadido e fotos íntimas divulgadas. “Nosso objetivo com o PL 3872/19, além de aumentar as penas para os casos de invasão de aparelhos informáticos de membros do poder público, também deverá alcançar com rigor os condenados pelos crimes ocorridos contra as demais vítimas”, explicou Lauriete. “Esperamos, pelas razões expostas, contar com o apoio dos colegas para a aprovação desta iniciativa que visa diminuir a impunidade que faz da internet uma terra considerada sem lei, em virtude dos abusos cometidos em nome da Liberdade de Expressão”, justi cou, deputada Lauriete. TATI BELING
Sérgio Majeski (PSBES) Fundo Soberano do Espírito Santo Preocupado com a transparência quanto ao uso dos recursos bilionários do Fundo Soberano do Espírito Santo (FUNSES), o deputado estadual Sergio Majeski (PSB) apresentou duas propostas para alterar a Lei Complementar 914/2019, criadora do fundo, com a inclusão de critérios de acompanhamento reconhecidos internacionalmente. “Uma vez que o Fundo Soberano constitui um patrimônio de todos os capixabas, buscamos formas de aperfeiçoar os mecanismos de transparência. Os projetos que apresentamos são contribuições que consideramos essenciais para garantir a boa utilização dos recursos públicos”, destaca o deputado Majeski.
Vereadores em Pauta
O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) se reuniu com o secretário de Agricultura, Paulo Foletto, para tratar de demandas dos agricultores da Serra e de Guarapari. A reunião aconteceu no dia 1º deste mês. Entre as solicitações, estava a pavimentação do circuito de agroturismo de Pitanga e também a construção de um galpão para os agricultores do município da Serra. O objetivo é que o espaço seja utilizado para comercialização e armazenagem de produtos e equipamentos com a participação da Associação dos Produtores Rurais da Serra. “Eu acredito na força do homem do campo! Por isso, nos reunimos com agricultores do município da Serra para tratar de mais investimentos para este setor”, disse o deputado. TATI BELING
Janete de Sá (PMN-ES)
Semana de Conscientização sobre Fibromialgia A Vereadora Cleusa Paixão (PMN-Serra), protocolou o PL nº 77/2019 que institui A Semana de Conscientização sobre Fibromialgia no âmbito municipal. “Fui procurada por pessoas que apresentam a síndrome e estou buscando meios, no âmbito da legislação municipal, para garantir aos portadores atendimento preferencial nos serviços públicos e privados”, justi cou a parlamentar.
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Saúde pública Lei nº 6.125, de 1º de fevereiro de 2019, do vereador Anadelson Pereira (PSDC-Vila Velha), que dispõe sobre a implementação de procedimentos de avaliação psicológica de mulheres gestantes para detecção de propensão à depressão pós-parto, considerando-se os fatores de risco. As gestantes, propensas ao desenvolvimento da depressão pós-parto, serão imediatamente encaminhadas para aconselhamento e psicoterapia.
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Violência contra mulher Agilidade na emissão de laudos para mulheres vítimas de violência A deputada Janete de Sá, Procuradora Especial da Mulher da Ales, protocolou um projeto de lei que dispõe sobre a prioridade para atendimento e emissão de laudos pelo Instituto Médico Legal – IML. O projeto garante que as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar tenham prioridade para atendimento no IML, na realização de exames periciais para constatação de agressões e outras formas de violência física. “O objetivo deste projeto é oferecer mais celeridade à apuração dos casos de violência contra a mulher, ocorridos no ES. Trabalhando com essa temática na Procuradoria da Mulher constatamos a necessidade de agilidade na emissão de laudos que comprovam a ocorrência de violência doméstica ou familiar, passíveis de ser punidos pela Lei Maria da Penha”, justi cou a deputada Janete de Sá.
A vereadora Dona Arlete (PSL-Vila Velha) apresentou o PL nº 2.056/2019 que garante prioridade a lhos de mulheres vítimas de violência em matrículas e transferências nas escolas municipais. “A possibilidade de garantia de matrícula escolar e de transferência de seus lhos será mais um 'empurrão' para incentivar mulheres vítimas de violência física ou psicológica a denunciarem seus agressores”, explicou a vereadora Dona Arlete.
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Redução no número de vereadores Com a justi cativa de ser uma despesa desnecessária, o vereador Alcântaro Lazarini (Rede-Aracruz) e mais sete parlamentares, apresentaram a Proposta de Emenda, para redução de 17 para 13, o número de vereadores na cidade. Eles argumentam que cada gabinete representa, em média, mais de um milhão de reais aos cofres do município. Seria mais bené co para a população aracruzense se este montante fosse investido em obras e serviços públicos.
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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Da Vitória (Cidadania-ES) Comissão Especial de reforma do sistema tributário O deputado federal Da Vitória (CidadaniaES) vai integrar a Comissão Especial que vai analisar a proposta de reforma do sistema tributário. O parlamentar será o titular do partido no colegiado, que foi instalado na quarta-feira (10), pela Câmara dos Deputados. “A Câmara dos Deputados começa a discutir, nesta semana, a Reforma Tributária, com a PEC 45/19, que uni ca cinco impostos em apenas um. Isso vai simpli car o sistema tributário, dar segurança jurídica para o País e dar oportunidade de os empreenderes investirem. Como membro titular da Comissão, já estou estudando o tema e buscando informações para contribuir no debate do texto e propor melhorias para esta reforma que é esperada há anos pelos brasileiros”, disse Da Vitória.
Acessibilidade Visando atender a pessoas portadoras de de ciência e com mobilidade reduzida, a vereadora Pâmela Maia (DC-Linhares), apresentou um Projeto de Lei em que as estruturas sanitárias (banheiros químicos) estejam aptas a recebê-los. “Temos que buscar condições para que as di culdades sejam reduzidas a este público especí co”, sintetizou Pâmela.
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Mobilidade urbana Com o objetivo de incentivar a utilização de bicicleta como meio de transporte, o vereador Amarildo Araújo (PMB-Cariacica), apresentou o Projeto de Lei 142/2018, para implantação do “Sistema de Compartilhamento de Aluguel de Bicicletas Públicas”, denominada “Bike Cariacica”, onde esse sistema ajudaria na mobilidade urbana. “Isso forçaria o poder público a construir ciclovias no município”, explicou Amarildo.