Jornal Fatos & Notícias Ed. 308

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ANO IX - Nº 308 24 a 31 DE JULHO/2019 SERRA/ES

Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita

As cidades que desistiram de sediar a Copa para investir em bibliotecas

ANA LUCIA

8 Está chegando outra novidade na coluna. Agora, também vamos falar de moda, as tendências das estações, o que e como usarPág. 11

JORGE PACHECO

8 Luiz Carlos Moreira (MDB) colocou seu nome na corrida pela Prefeitura da Serra, em 2020 Pág. 5

FERNANDA PRATES

8 É importante o consumidor

DIVULGAÇÃO SEDUC/MARANHÃO

conhecer seus direitos para não passar constrangimento quando for trocar um produto na loja Pág. 10

HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 O bolsonarismo e a sua meritocracia ao indicar o nome de seu lho à embaixadaPág. 12

MARIA DA GRAÇA DE LIMA REIS

8 O que nos torna plenos de sucesso e nos prepara para o sucesso posterior na nossa vida e na nossa pro ssão?

Pág. 8

Livro colorido mais antigo está disponível

on-line DIVULGAÇÃO/UNIVERSITY OF CAMBRIDGE'S DIGITAL LIBRARY

Com ilustrações em estilo aquarela, o manual foi lançado em 1633 e pode ser acessado no site da biblioteca da Universidade de Cambridge Pág. 3

Quando a Fifa anunciou que o Brasil abrigaria a Copa do Mundo de 2014, iniciou-se uma corrida entre

municípios e estados para apresentar candidaturas à sede do maior torneio de futebol do planeta. Sem grande

Fome no mundo

Florestas na Amazônia

Pág. 11

pós-fogo demoram sete anos para recuperar funções

ISTOCK

Broto de brócolis pode ajudar a controlar esquizofrenia, revela estudo

cumprir requisitos de reforma e construção dos estádios, acabaram desistindo de sediar o evento. Pág. 4

ISTOCK

Mais de 821 milhões de pessoas no mundo passaram fome em 2018

tradição no esporte, Maceió e São Luís chegaram a cogitar a hipótese, mas, diante do exorbitante custo para

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram um novo conjunto de desequilíbrios químicos no cérebro de pessoas com esquizofrenia. A melhor parte da história é que é possível ajustar esse nível usando um composto derivado de brotos de brócolis. Pág. 8

Pesquisa publicada em revista científica reforça necessidade de área se regenerar depois de queimadas Pág. 2

GETTY IMAGES/PETER UNGER

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

Ciência se aproxima da criação da vida em laboratório Há mais de 60 anos os cientistas tentam fabricar peptídeos, um dos ingredientes fundamentais dos seres vivos. Os peptídeos são cadeias curtas de aminoácidos, uma espécie de versão curta das proteínas. Entretanto, os pesquisadores passaram décadas chocando-se contra um muro: suas sopas arti ciais de água e aminoácidos não formavam peptídeos em laboratório. Paradoxalmente, a equipe britânica conseguiu avançar dando um passo atrás. Pág. 6


2 MEIO AMBIENTE

24 a 31 DE JULHO DE 2019

Florestas na Amazônia Telemetria satelital

pós-fogo demoram sete

ajuda no estudo de tartarugas marinhas

anos para recuperar funções ISTOCK

Florestas da Amazônia degradadas pelo fogo recuperam sua capacidade de bombear água para a atmosfera e absorver carbono em sete anos. Mas o que se perdeu de carbono não volta mais. As boas e as más notícias fazem parte de um novo estudo cientí co publicado por pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos e da Alemanha na revista “Global Change Biology”. Os cientistas analisaram dados de um experimento conduzido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) em uma fazenda em Mato Grosso. Nas áreas que passaram por queimadas controladas, as árvores grandes sobreviventes ao fogo sucumbiram rapidamente nos anos seguintes, caram mais fracas e vulneráveis a doenças e rajadas de vento, especialmente nas bordas da mata. “Essas feridas na oresta podem deixar cicatrizes p e r m an e nte s , c om m e n o s árvores e carbono”, explica o principal autor do artigo, o brasileiro Paulo Brando, do

Ip a m . Ta m b é m n o s a n o s seguintes a composição de espécies mudou, e gramíneas invadiram o local. A partir do sétimo ano, os cientistas obser varam uma mudança no quadro: aquela área retirava tanto carbono da atmosfera e jogava umidade no ar quanto antes do fogo. “Para se recuperar, as plantas trabalham mu i t o r áp i d o, t e m mu i t a fotossíntese, por isso tiram muito carbono do ar e transpiram bastante”, explica o pesquisador Michael Coe, do Instituto de Pesquisa de Woods Hole, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo. “Mas perdemos o carbono que estava estocado nas ár vores mais antigas”. O resultado mostra a importância de deixar áreas queimadas na Amazônia se recuperarem, o que ajuda a estabilizar o clima local – na região do estudo, sudeste da Amazônia, a estação seca é duas semanas mais longa do que 30 anos atrás. “Poucos estudos documentaram a recuperação da oresta após distúrbios

múltiplos, o que ajuda a prever as trajetórias das funçõ es orestais no futuro”, diz a cientista Susan Trumbore, do Instituto Max Planck de Biogeoquímica, coautora da pesquisa. Brando destaca que é preciso acompanhar as áreas queimadas por mais tempo, para saber se elas vão se recuperar totalmente ou se a vegetação será um híbrido de oresta com gramíneas – o que, por sua vez, deixa a área mais suscetível a novos incêndios. No B r a s i l , o f o g o é u m instrumento usado corriqueiramente para limpar terrenos, antes com oresta, plantio ou mesmo pasto. Na A m a z ôn i a , o f o g o o c or re naturalmente em determinada áre a a c a d a 5 0 0 ano s , no mínimo. Porém, hoje algumas regiões queimam anualmente ou com poucos anos de diferença devido à ação humana. O desmatamento e as queimadas são a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa no Brasil, o que intensi ca as mudanças climáticas.

Em Sergipe, por exemplo, os estudos tiveram início em 2014 ACERVO/ICMBIO

Pesquisa publicada em revista científica reforça necessidade de área se regenerar depois de queimadas

A telemetria por satélite é uma técnica que permite o monitoramento remoto do comportamento de animais e possibilita colher informações sobre os deslocamentos realizados e ambientes frequentados por eles. Esta técnica utiliza os transmissores, o u P l a t f o r m Tr a s n m i t e r Terminal (PTT), instalados nos animais, conjuntamente com as diferentes constelações de satélites em órbita, para coleta e transmissão das informações. O método é especialmente útil para o estudo de animais que realizam amplas migrações. E quando o assunto é ser transfronteiriço e extremamente migratório, as tartarugas marinhas são sempre animais reconhecidos. Com o objetivo de obter informações mais quali cadas, sobre tais d e s l o c am e nt o s , o C e nt ro

Tamar, em parceria com outras instituições, a exemplo da F u n d a ç ã o P r ó - Ta m a r e consultorias executoras de programas de monitoramentos da biota, tem adentrado esse campo de pesquisa e produzido relevantes informações sobre as espécies que ocorrem no litoral brasileiro – Chelonia mydas (verde); Caretta caretta (c ab e ç ud a); L epido chelys olivacea (oliva); Eretmochelys imbricata (de pente) e Dermochelys cariacea (de couro). Em 2014, a associação dessa técnica de monitoramento a pesquisas sísmicas marinhas, possibilitou a execução de novos estudos, que além de i nve st i g are m asp e c to s d a ecologia da espécie estavam também voltados para a avaliação de impactos ambientais. Esses novos estudos

compreendem, no litoral de Sergipe, as espécies oliva e cabeçuda, e no Rio Grande do Norte, a tartaruga-de-pente. Os resultados dessas pesquisas são analisados de forma integrada por pro ssionais das diferentes instituições, com a elaboração conjunta de publicações cientí cas. Embora a e ciência da telemetria por satélite na identi cação de áreas de uso, rotas migratórias e comportamento de mergulho das espécies seja bem conhecida, com aplicações inclusive na proposição e diagnóstico de unidades de conser vação, o uso dessas informações na avaliação de impactos é menos frequente. Nesse sentido, a ideia principal do Tamar foi investigar quais as modi cações na disposição e tamanho da área de uso das tartarugas marinhas, nas fases com e sem a pesquisa sísmica, assim como comparar variações no comportamento de mergulho desses animais.

Filhotes de espécie declarada extinta nascem em cativeiro Pesquisadores registraram o nascimento de dois exemplares de gatos selvagens em um centro de preservação de animais na Escócia DIVULGAÇÃO/BEN JONE

Dois lhotes de gatos selvagens nasceram em cativeiro depois de serem descritos como "funcionalmente extintos" na natureza. Um dos principais riscos para a raça é o cruzamento de gatos selvagens com gatos domésticos, que pode causar a morte dos animais. A doença e a perda de habitat também apresentam riscos de extinção. Os números da espécie são tão baixos que novas pesquisas

concluíram que "não há mais

uma população de animais

selvagens viáveis vivendo na Escócia". Este é um grande problema — acredita-se que haja menos de 400 gatos selvagens puros no mundo. As du as gat in has fême as nasceram no Aigas Field Centre, n a E s c ó c i a , l h a s d a g at a selvagem Glynis. O centro tem um programa de reprodução desde 2011 que faz parte do projeto Scottish Wildcat Action, plano nacional para salvar a

espécie. Com duas semanas de vida, os lhotes estão saudáveis e já exploram todo o recinto. No futuro, os gatos selvagens criados no centro poderão ser soltos na natureza, mas as ameaças à espécie ainda precisam ser superadas. "Temos vários projetos de conservação em andamento em Aigas, mas o programa de criação de animais selvagens é de longe o mais importante", a rmou um dos

p or t a-vozes da inst ituição escocesa. "Estamos muito satisfeitos em ver todo o trabalho duro feito por todos os nossos guardas, recompensados com dois rostinhos novos. Glynis era uma fêmea bastante relaxada até o ponto em que se tornou mãe. No entanto, desde o parto, ela se tornou muito protetora de ambos os gatinhos e protege a entrada do seu recinto".

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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CULTURA 3

24 a 31 DE JULHO DE 2019

Por que usamos a aliança de casamento no dedo

anelar da mão esquerda? ELO7

Flip foi marcada por êxito de negros e raiva tornada festa Durante o evento, Paraty se transformou numa bolha progressista BRASIL.ORG.BR

Muita gente fica ansiosa para o dia em que finalmente terá uma aliança de casamento no anelar da mão esquerda. Mas por que usamos o anel especificamente nesse dedo? De acordo com uma reportagem da "BBC", a razão para esse ritual de união surgiu centenas de anos atrás com os egípcios. Segundo os arqueólogos que investigavam hieróglifos, no Egito, os casais usavam anéis de casamento como um símbolo de eternidade. Para concretizar o "para sempre", eles então decidiram colocar o acessório no dedo anelar da mão

esquerda. O motivo para isso estaria no fato de que existe um "nervo delicado" que liga esse dedo ao coração, segundo o "Mental Floss". Hoje a gente sabe que a função biológica do nosso coração é bombear sangue para o resto do corpo, mas antigamente era visto como o centro das nossas emoções – hoje em dia não é muito diferente, né? E não eram só os egípcios que cultivaram esse ritual. Pesquisas indicam ainda que os gregos e romanos acreditavam na existência da "veia moris", "veia do amor", em latim, que

desempenharia a mesma conexão cultivada entre os egípcios. Mesmo que essas veias não existam, os países ocidentais continuaram a cultivar essa tradição. Tanto que até hoje ainda se coloca a aliança de casamento no dedo anelar do noivo e da noiva. Inicialmente, só as mulheres usavam alianças. Os homens passaram a usar o anel durante a S egund a Guer ra Mundi a l, quando queriam ter lembranças de suas esposas e filhos por estarem longe de casa. FOTO: REPRODUÇÃO

(Universa UOL)

Livro colorido mais antigo está disponível on-line Com ilustrações em estilo aquarela, o manual foi lançado em 1633 e pode ser acessado no site da biblioteca da Universidade de Cambridge DIVULGAÇÃO/UNIVERSITY OF CAMBRIDGE'S DIGITAL LIBRARY

REPRODUÇÃO/LIVRO VITÓRIA ONTEM E HOJE

Muito antes dos livros supercoloridos que encontramos nas livrarias hoje, uma artista chinesa chamada Hu Zhengyan inventou uma técnica conhecida como douban, uma forma de xilogravura policromática que levou à criação do livro multicolorido impresso mais antigo do mundo. Chamado de Shi zhu zhai shu hua pu (Manual de Caligrafia e Pintura, em português), o livro de 1633 é descrito como “o mais belo conjunto de impressões já f e i t a s” p e l a b i b l i o t e c a d a

Universidade de Cambridge. E o melhor: agora ele está disponível na internet. Criado originalmente para ser um manual para professores – contém 138 páginas de figuras c ol or i d as d e 5 0 ar t ist as e calígrafos diferentes, além de 250 páginas de texto. O método pelo qu a l a ar t i s t a pro du z iu o impressionante artefato envolve o uso de vários blocos de impressão que sucessivamente aplicam diferentes tintas coloridas ao papel para reproduzir o efeito da pintura em

aquarela. O livro foi mantido intocado nos cofres mais seguros de Cambridge e só foi aberto pela primeira vez há apenas alguns anos. Essa cópia é a única na versão completa, com encadernação original e em b o m e s t a d o . Um a c ó p i a incompleta foi adquirida em 2014 pela Biblioteca Huntington em San Marino, Califórnia, nos EUA. Esse é considerado “um dos livros ilustrados historicamente e artisticamente mais importantes da xilogravura chinesa do século XVII”, disse Liesl Bradner ao jornal LA Times. Segundo ele, os textos de Hu Zhengyan refletem uma época em que os níveis de alfabetização estavam surgindo. Ju n t o c o m e l e s v e i o u m a "crescente demanda dos consumidores para a palavra impressa e imagens, o que inaugurou uma era dourada da pintura pictórica chinesa".

Foto Antiga do ES

Local onde hoje é a Avenida Beira-Mar

Uma fala resume o clima geral da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, profundamente política que acabou no último fim de semana. O escritor e músico angolano Kalaf Epalanga lembrou as massas de imigrantes negros condenados a subempregos na Europa, mas que, nas noites africanas do velho continente, vestem sua melhor roupa e resgatam a dignidade. Ele defendia uma salvação pela festa — mas sem qualquer distanciamento da realidade. Seu companheiro de debate, o franco-ruandês Gaël Faye, foi pelo mesmo caminho ao narrar seu encontro com o rap — uma arte do pobre, disse, da qual mesmo quem sabe só pintar muros pode participar. Com ele, que também é escritor, a Flip trouxe um representante da cultura hip-hop. O encontro dos dois, que estão na lista de mais vendidos do evento neste ano, é emblemático em dois sentidos. Primeiro, p orqu e o s autore s n e g ro s protagonizaram os melhores debates da edição, consolidando uma trilha de diversidade aberta há dois anos, com a homenagem a Lima Barreto. O auditório principal teve 8.628 frequentadores, 19% a mais do que no ano passado. O segundo ponto é que, em vez de apenas ferver de temperatura política, o que aconteceu, a festa trouxe uma indignação festiva. A reação de euforia do público no slam, a competição de poesia conduzida por Roberta Estrela D'Alva, foi um dos maiores sucessos da Flip. Os versos dos poetas de diversos países tinham voltagem militante, mas também eram bem-humorados. Mesmo a mesa contundente que marcou a volta de Marilene Felinto à vida literária teve essa característica. A autora criticou a imprensa, fez duros comentários p olíticos, mas exibia uma

espécie de mau humor bemhumorado que cativou a plateia. Ela, por vezes, apressava o mediador em suas perguntas e parecia mais interessada em conversar com o público do que com ele. A política, com uma visão em geral de esquerda, dominou os espaços dentro e fora da tenda principal. Sob esse viés, a Flip não é só um Brasil à parte, mas também uma Paraty paralela — os espaços na festa não pareciam estar na mesma cidade que deu 70% de seus votos válidos ao presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições do ano passado. Basta olhar o protesto contra a fala do jornalista Glenn Greenwald no barco da Flipei, parte da programação paralela do e vento. Ap oiadores do A reforma fundador do site The Intercept, da natureza se juntavam aos milhares do lado do canal onde ele falava. Na outra margem, era expressiva minoria o grupo de bolsonaristas que soltava rojões e tentava fazer barulho para que a fala de Greenwald não fosse ouvida. Na conversa com jornalistas no encerramento da festa literária, a curadora do evento, Fernanda Diamant, se referiu de forma crítica à manifestação bolsonarista. “O protesto afirmativo é uma coisa bem-vinda. Acho que você não pode silenciar o outro, fazer uma tentativa de impedir que o o u t ro f a l e , q u e f o i o q u e aconteceu. Fizeram barulho para que a coisa não fosse ouvida”, disse. Mesmo diante da hegemonia bolsonarista na cidade fluminense, convidados estavam num espaço seguro para levantar causas de esquerda ou mesmo levar ao palco uma bandeira com os dizeres “Lula livre”, como fizeram Ava Rocha e José Celso Martinez Corrêa — sem serem vaiados ou recebendo poucos

protestos. Questionada sobre o assunto, Diamant disse não ter planejado uma Flip de esquerda. Ela me nc i onou a pre s e nç a d a escritora venezuelana Karina Sainz Borgo, crítica do regime do ditador Nicolás Maduro, e do historiador José Murilo de Carvalho, “um autor que não é considerado de esquerda”. Ela destacou ainda que as manifestações vieram ora dos autores, ora da plateia. “Acho que as pessoas estão indignadas. Sinto que consegui trazer essa variedade [ideológica], mas acho que existe um sentimento comum a todas essas pessoas, incluindo as que estariam divididas anos atrás e estão juntas agora. E o Euclides agrada a um amplo leque de posturas ideológicas”, afirmou, lembrando o autor de “Os Sertões”, homenageado nesta edição. A l go e mbl e m át i c o d e ss e embate foram as duas vezes em que surgiu na Flip o Hino Nacional, símbolo patriótico hoje abraçado pelo bolsonarismo. Primeiro, na bem recebida apresentação que o Teatro Oficina fez na abertura do evento, que terminou ao som de uma versão na voz de João Gilberto. Depois, no protesto contra Glenn Greenwald, a música foi tocada ao ritmo de funk. Ou seja, a esquerda escolheu revestir a canção de um estilo associado às elites, a bossa nova, enquanto a direita optou por um gênero popular. Cu r i o s am e nt e , o protagonismo dos negros se deu numa Flip que homenageou Euclides da Cunha, que em “Os Sertões” usou diversas teorias racistas em voga no Brasil do fim do século 19. Mas, ao mesmo tempo que buscou o viés político da obra, a programação a abordou de forma crítica. LUCIANO DANIEL


4 EDUCAÇÃO

24 a 31 DE JULHO DE 2019

Acesso com equidade e qualidade deve ser foco na educação infantil Veja como o País ainda precisa avançar em acesso, promoção da equidade, garantia de infraestrutura adequada e melhoria na formação de professores STANISLAW/FOTOLIA.COM

As cidades que desistiram de sediar a Copa para investir em bibliotecas Maceió e São Luís abriram mão de entrar na disputa para receber os jogos do Mundial realizado há cinco anos. Por outro lado, priorizaram incentivo à leitura e aumento do acervo nas escolas e colhem frutos DIVULGAÇÃO PREFEITURA DE MACEIÓ

Nos últimos 20 anos, o Brasil deu importantes passos na educação infantil com a criação de marcos legais que re con he cem os direitos de aprendizagem de todas as crianças e sugerem ações conjuntas para apoiar o desenvolvimento até os seis anos de idade. No entanto, em um cenário de congelamento de recursos para educação, o País ainda precisa dar conta de tarefas como ampliação do acesso, promoção de equidade, garantia de infraestrutura adequada, m e l h or i a d a for m a ç ã o d e professores e de nição de indicadores para acompanhar a qualidade do trabalho e das interações pedagógicas que acontecem em creches e préescolas. Para o consultor em educação infantil Vital Didonet, expresidente da Organização Mundial para a Educação PréE s c o l a r ( OM E P ) , u m d o s maiores desa os da etapa está no cumprimento da primeira meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina que o acesso à pré-escola deveria ter sido universalizado até 2016 e a oferta de vagas em creches ampliadas para atender 50% das crianças de 0 a três anos até 2024. “Se é obrigatoriedade, nós temos que dar conta”, a rma. Ao m e s m o t e mp o q u e é necessário olhar para a expansão

de matrículas, Didonet alerta para o horizonte de contingência de recursos e de interrupção de contratos do Programa Proinfância, voltado à construção de creches e préescolas e à aquisição de mobiliário e equipamentos. “E aí qual é o risco? Fazer convênio com creches comunitárias que, por melhor que sejam, não são públicas, com uma proposta pedagógica acompanhada pela secretaria de educação”, avalia Vital. Nesse sentido, ele adverte que os municípios precisam oferecer assistência técnica e sup er visão adequada para garantir a qualidade em entidades conveniadas, lantrópicas e assistenciais. Na busca pela expansão de vagas, a redução de desigualdades também é um fator fundamental a ser considerado pelas políticas públicas voltadas para educação infantil. “As crianças de classe média e alta têm um percentual de atendimento pela creche maior do que o das famílias de renda mais baixa. Os mais pobres são os que têm menos atendimento e, ao mesmo tempo, são os que mais precisam. O ambiente é determinante para o desenvolvimento da criança”, a p o n t a o c o n s u l t o r, a o mencionar que nessa fase da vida as interações e estímulos são

fundamentais para o desenvolvimento da criança. O debate sobre expansão de acesso e universalização, no entanto, não pode ser visto como um polo oposto aos indicadores de qualidade. De acordo com Mar ia ereza Marcílio, fundadora da ONG Avante, que atua na educação e mobilização para a garantia de direitos sociais, todas as crianças têm direito a uma educação infantil de qualidade. “Isso signi ca basicamente ter uma opção política”, destaca, ao citar o conhecido cas o da cidade italiana Reggio Emilia, que hoje é uma referência mundial nesta etapa. Após o m da Segunda Guerra Mundial, os moradores do norte da Itália decidiram que a melhor forma de reconstruir a cidade seria com investimentos em educação de qualidade, e isso deveria começar na infância. Na avaliação de Maria ereza, a qualidade da educação infantil passa por alguns itens fundamentais, como a formação de professores, as condições de trabalho, a infraestrutura e a relação entre adultos e crianças. Tudo isso diante de um cenário onde a Emenda Constitucional 95 limita por 20 anos os gastos públicos nas áreas sociais, entre elas a educação. (PORVIR.ORG)

Estudantes da rede municipal de Vitória têm programação especial para recesso escolar DIEGO ALVES

PLANETÁRIO DE VITÓRIA Começou, na segunda-feira (15), o período de férias escolares para os alunos da rede municipal de ensino de Vitória. O recesso termina no dia 22 de julho. Durante o período, tanto a sede

da Secretaria Municipal de Educação ( S e m e ) quanto as e s c o l a s

funcionarão em horário diferenciado. Durante o período, os estudantes vão poder aproveitar uma programação cheia de atividades. Os C entros de Ciências e Educação estarão abertos ao público e trarão variadas atrações, o cinas pedagógicas, palestras, sessões no Planetário e várias atividades.

Quando a Fifa anunciou que o Brasil abrigaria a Copa do Mundo de 2014, iniciou-se uma corrida entre municípios e estados para apresentar candidaturas à sede do maior torneio de futebol do planeta. Sem grande tradição no esporte, Maceió e São Luís chegaram a cogitar a hipótese, mas, diante do exorbitante custo para cumprir requisitos de reforma e construção dos estádios, acabaram desistindo de sediar o evento. Agora, cinco anos depois da Copa, enquanto algumas cidades ainda não entregaram obras de mobilidade urbana prometidas ou congelam recursos na educação após investimentos milionários em arenas, as capitais de Alagoas e do Maranhão driblam a crise e c on ôm i c a abr i n d o n ov a s bibliotecas. Em 2008, o então governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), avaliou a ideia de São Luís sediar a Copa. Porém, se assustou com as exigências do “padrão-Fifa”, que elevariam os gastos na reforma do estádio Castelão para uma cifra na casa das centenas de milhões de reais. A capital maranhense nem sequer pleiteou vaga entre as cidades-sede. Já no governo de Roseana Sarney (MDB) [20092014], as obras de restauração do Castelão foram concluídas a um custo de 28 milhões de reais. Apesar do lobby favorável de Fernando Sarney, dirigente da CBF e irmão da governadora, a cidade entendeu que não seria viável se habilitar para receber o Mundial. Representado por Sampaio Corrêa e Imperatriz na terceira divisão do Campeonato Brasileiro, o Maranhão é o estado que possui o menor percentual de escolas equipadas com bibliotecas (15%), segundo o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais (Inep), mas, ao mesmo tempo, o que mais construiu bibliotecas escolares nos últimos dois anos. Ao vencer a eleição em 2014, o governador Flávio Dino (PCdoB) prometeu dar prioridade a investimentos em educação. No primeiro ano de gestão, lançou o programa Escola Digna, que prevê a construção e reforma de instituições de ensino incluindo pelo menos uma biblioteca. “Temos compromisso com a democratização do acesso à leitura e ao conhecimento. Só assim podemos contribuir de forma efetiva para a formação de cidadãos mais conscientes”, a rma Dino. Além do programa, o governo revigorou em 2016 a rede estadual de bibliotecas Faróis do Saber. O projeto é antigo no Maranhão, mas muitos espaços estavam desativados antes da publicação de um decreto que estabelece parcerias entre Estado e municípios para administração compartilhada dos equipamentos culturais. Maceió levou a sério a possibilidade de receber jogos da Copa 2014. Apresentou projeto de construção de uma arena para 45 mil torcedores, que custaria pelo menos 260 milhões de reais. Sob o comando de Teotônio Vilela Filho (PSDB), o governo estadual alegou não ter condições de arcar com os custos e pulou fora da disputa. A capital alagoana acabou se contentando em ser uma das subsedes do torneio, como base de treinamentos para a seleção de Gana. Sua única obrigação foi reformar, por 17 milhões de reais, o estádio Rei Pelé, que hoje serve de casa para o CSA na primeira divisão nacional. Em outro sentido, ainda na gestão de Vilela Filho, o estado de Alagoas iniciou um movimento para tentar virar o jogo na área da leitura. O marco

desse esforço foi a reforma da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, concluída em novembro de 2014. Custou quase 3,5 milhões de reais, o su ciente para oferecer estrutura de acessibilidade, automatização de parte do acervo de 70 mil publicações e serviços básicos que, ao longo dos mais de 150 anos do espaço, jamais haviam sido disponibilizados, como empréstimo e reserva on-line de livros. A biblioteca também recebe eventos comunitários, aulas de xadrez, excursões de alunos da rede pública e idosos, pessoas desempregadas para elaboração de currículos e escritores alagoanos, que contam com apoio para publicar suas obras. “Tivemos muitos avanços nos últimos anos”, conta Mira Dantas, diretora da biblioteca. “Gestores públicos estão se conscientizando da importância de promover a leitura. Uma biblioteca tão viva e aberta num estado pequeno como Alagoas é um verdadeiro privilégio”. Em Maceió, o percentual de escolas com bibliotecas (55%) é quase o dobro do estado (28%). Chefe do executivo municipal, Rui Palmeira (PSDB) de niu a massi cação de bibliotecas nas escolas como meta de campanha em 2012. No primeiro mandato, o prefeito destinou 600 mil reais à compra de mobiliário e acervo para 54 escolas, totalizando 30 mil novos livros. Também apostou nas caixas literárias, um formato enxuto, com 300 obras, para escolas menores ou infantis. “Uma escola sem biblioteca é como um corpo sem cérebro”, compara Ana Dayse Dorea, secretária municipal de Educação. “Nosso investimento em estrutura visa despertar as crianças cada vez mais cedo para a leitura”.


POLÍTICA 5

24 a 31 DE JULHO DE 2019

Jorge Pacheco

Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

“Na política não há amigos, apenas conspiradores que se unem”, Victor Lasky CÂMARA DA SERRA

Dilma vai ao STF contra fake news de Bolsonaro

Mais uma denúncia bombástica atinge a Lava Jato. Em depoimento ao Tribunal de Justiça de São Paulo, o executivo Carlos Armando

REPRODUÇÃO INTERNET

A ex-presidente, em sua interpelação ao Supremo Tribunal Federal (STF), exige explicações do presidente Jair Bolsonaro sobre uma recente declaração que ele fez em Dallas, insinuando que ela teria participado do assassinato do capitão americano Charles Chandler, em outubro de 1968. “Quem até há pouco ocupava o governo teve em sua história suas mãos manchadas de sangue na luta armada, matando inclusive um capitão”, disse Bolsonaro em maio, referindose a Chandler. Caso Bolsonaro con rme que se referia mesmo à ex-presidente Dilma, que nega participação no crime, ele poderá ser acusado formalmente de injúria, difamação e calúnia. A interpelação foi encaminhada ao gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que responde pelo plantão da Corte durante o recesso de julho.

Coordenador da Lava Jato se demite ampliando a crise na PGRO

NELSON JR/SCO/STF

tomará a decisão de nitiva sobre a validade de tais investigações, está marcado para o dia 21 de novembro. Até lá, as apurações cam paradas, mas também ca suspenso o prazo de prescrição.

Moreira confirma précandidatura à Prefeitura da Serra O vereador Luiz Carlos Moreira (MDB) utilizou a tribuna da Câmara durante a sessão desta quarta-feira (17) para colocar seu nome na corrida pela Prefeitura da Serra, em 2020. O nome dele já vinha sendo defendido por colegas de plenário, que rejeitam candidatos de

O coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na PGR, José Alfredo de Paula, pediu exoneração do cargo e deixou a função na última sexta-feira (12), a dois meses do m da atual gestão da procuradora-geral, Raquel Dodge.

outros municípios na corrida eleitoral da cidade. “A minha fala está no comentário do vereador Catirica (PHS, que tenho ouvido na Serra a necessidade de se discutir mais a política do município, não fazer escondidinha. Cheguei a uma conclusão simples, que eu tenho vivido uma luta constante no sentido de montar uma frente de partidos. Essa é uma frente que não está fechada; está aberta a todos

AJUFE

VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

Ex-diretor da Odebrecht diz ter sido coagido pelo MP a construir relato no caso do sítio de Atibaia

Paschoal diz ter sido coagido pelo Ministério Público a construir um relato sobre o sítio de At i b ai a ( SP ) , qu e re n d e u a s e g u n d a condenação ao ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do ano passado no Brasil. O ex-diretor-superintendente da Odebrecht Carlos Armando Paschoal disse à Justiça de São Paulo que foi "quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido" e que teve que "construir um relato" no caso do sítio de Atibaia. O caso do sítio rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político. Paschoal prestou depoimento no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) no último dia 3 de julho como testemunha. "No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identi quei o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato", disse ele. Ao explicar o que seria "construir um relato", Paschoal disse que seria apontar algo como "olha, aconteceu isso, isso, isso e isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer as obras". Paschoal não explicou exatamente como teria sido a coação do MP nem deu mais detalhes sobre se o que teria sido "construído" em seu depoimento

Toffoli a suspender todas as investigações em andamento no país abertas com base em dados repassados pela Receita ou Coaf ao Ministério Público sem autorização judicial. Segundo o advogado de Flávio, Frederick Wassel, “Não existe nada contra o Flávio, absolutamente nada. Ele é vitima das mais terríveis ilegalidades. Teve sigilo scal quebrado de forma ilegal e abusiva. Além disso, os dados foram vazados de forma ilegal e exibidos no Jornal Nacional. É algo duplamente criminoso. Iniciaram procedimento investigatório sem qualquer autorização judicial”, O pedido foi feito dentro de um recurso que tramita em segredo de Justiça no STF envolvendo outro investigado em situação semelhante. Como o processo tem repercussão geral, a decisão de Toffoli foi estendida a todos os inquéritos do país abertos sem supervisão judicial. O julgamento da ação em plenário, que

Toffoli suspendeu investigações a pedido de Flávio Bolsonaro Um pedido de Flávio Bolsonaro levou Dias

os vereadores”, a rmou Luiz Carlos Moreira. Realmente vários colegas vinham incent ivando. Moreira lembrou da necessidade de se lançar um candidato cujas raízes estejam na Serra. “A Serra precisa mais; é bem servida de obras, da malha viária, asfalto e outras coisas mais. Mas a Serra precisa de uma proposta melhor para uma nova cidade a partir de 2021. É nesse sentido que estou olhando. A Serra precisa. mais de ação social, porque quando se exerce ação social diminui o uso na saúde; a segurança e a educação melhoram. O apelo que tenho ouvido na Serra não é só obras, é atenção a cada morador. É onde estamos pecando, precisamos dialogar mais com o povo. Não precisamos importar candidatos. Aqui na Serra temos nomes com muita lisura para disputar a prefeitura, com muita transparência”, acrescentou.


6 TECNOLOGIA

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Menos da metade dos A ciência se aproxima estudantes aprende sobre da criação da vida segurança na internet em laboratório ARQUIVO/MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Os dados são da pesquisa TIC Educação

Menos da metade dos estudantes de escolas públicas, 44%, receberam orientações dos professores sobre como usar a internet de um jeito seguro, de acordo com a pesquisa TIC Educação, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgada na terça-feira (16). Um percentual ainda menor, 33%, diz que os professores falaram sobre o que fazer se algo os incomodasse na rede. A pesquisa mostra que o cenário é diferente nas escolas públicas e nas particulares. Nas privadas, 68% dizem ter aprendido com docentes sobre segurança na rede e 59% terem recebido orientações de como agir caso algo os incomode. A pesquisa mostra ainda que a maior parte dos estudantes (78%) navega sozinha, em busca de informações sobre tecnologias. O mesmo percentual se informa por vídeos ou tutoriais disponíveis na internet. Entre os estudantes, 76% dizem também se informar com amigos ou parentes. Um percentual menor, 44%, diz se informar com os professores. Por outro lado, a maioria dos professores entrevistados, 67%,

diz que estimulam os alunos a debaterem sobre problemas que enfrentam na internet e 61% dizem que promovem debates com os alunos sobre como usar a internet de forma segura. No total, 38% dos docentes afirmaram que ajudaram algum aluno a enfrentar situações ocorridas na internet, como bullying, discriminação, assédio e disseminação de imagens sem consentimento. Os professores disseram que estão se aprimorando em relação às tecnologias, ainda que por conta própria. Nos últimos 12 meses, 65% dos docentes participaram de cursos ou palestras sobre uso de tecnologias em conteúdos da própria disciplina de atuação e, 57%, de cursos sobre formas de orientar os alunos sobre o uso seguro do computador, da internet e do celular. O ensino sobre tecnologias esbarra, no entanto, muitas vezes, na infraestrutura das escolas, onde faltam computadores e um bom acesso à internet. "A infraestrutura ainda é um desafio para os professores, tanto no que diz respeito à

atualização dos computadores, à velocidade de conexão, quanto ao fato de, em algumas escolas, não haver sequer conectividade que seja suficiente para atender alunos e professores", disse a coordenadora da pesquisa TIC Educação, Daniela Costa. "Ao invés de usar a sala de informática, que tem horário para usar e que nem sempre tem conexão que funciona, eles usam o próprio celular". A 9ª edição da pesquisa TIC Educação foi realizada em todo o País com 11.142 estudantes de 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 2º ano do ensino médio. Participaram ainda 1.807 professores de língua portuguesa, de matemática e que lecionam múltiplas dis ciplinas, 906 coordenadores pedagógicos e 979 diretores. Todos de escolas localizadas em áreas urbanas. Compõem também a amostra 1.433 diretores ou responsáveis por escolas rurais. As entrevistas e os questionários foram aplicados entre agosto e dezembro de 2018. A pesquisa foi realizada pelo CGI.br por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR. (Agência Brasil)

Lei brasileira muda para proteger seus dados na internet Empresas terão que se adaptar às novas regras e usuários serão beneficiados com mudanças que passarão a vigorar em agosto de 2020 Publicadas no dia 9 de julho no Diário O cial da União, as novas regras trazidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) passarão a vigorar em agosto do ano que vem. Até lá, as empresas precisam se adaptar a uma realidade inédita para o uso de informações privadas dos usuários de internet, que serão bene ciados pelas medidas. É o que diz a especialista em proteção de dados, direito digital e propriedade intelectual, Luiza Sato, sócia de ASBZ Advogados. Segundo ela, a prática que muitas empresas adotam, de fornecer termos de uso e políticas de privacidade de difícil compreensão e, em um clique, induzir a concordar que "leu e aceitou tudo”, está com os dias contados. "A nova lei exige que deve estar claro para o usuário com o que ele está concordando, devendo haver informações compreensíveis. Quando possível, o consentimento deve ser granular, ou seja, sem aceitar

tudo de uma vez, e sim, s ep arad amente, p ara c ad a diferente forma ou nalidade de tratamento dos dados”, explica. Outro ponto que a LGPD trará, segundo Sato, é a diminuição no número de e-mails indesejados nas caixas de entrada. "Isso porque as empresas deverão ter uma base legal que justi que o envio dessas mensagens, como: o consentimento do destinatário, uma obrigação legal ou regulatória, ou a celebração de u m c o n t r a t o ”, a l e r t a a especialista. Mas as mudanças não param

por aí. As empresas ainda terão que se adaptar a outras normas, como, por exemplo, a simpli cação dos formulários para aquisição de um serviço ou produto na internet. "Isso porque a lei tem como um de seus princípios o da necessidade, ou seja, as empresas deverão t r at a r d a d o s p e r t i n e nt e s , proporcionais e não excessivos”, informa Sato, que exempli ca: "Não precisaremos mais informar time do coração, nome do cachorro, peso e altura para a simples compra de uma torradeira”.

Três cientistas dão um passo essencial para certificar que é possível explicar o surgimento dos seres vivos sem recorrer a forças sobrenaturais GETTY IMAGES/PETER UNGER

Em nosso planeta há 4.200 religiões, todas elas diferentes e incompatíveis entre si, então todo mundo de alguma forma é ateu. Uma pessoa que creia rmemente em uma religião não engole as outras 4.199. O Corão a rma que Alá criou todos os seres vivos a partir da água. O Deus da Bíblia diz: “Produza a terra seres vivos segundo a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais s elv age ns , s e g u nd o a su a espécie”. E, segundo um mito do hinduísmo, o primeiro ser vivente, o deus Brama, brotou d e u m a or d e l ótu s . O s cient ist as, enqu anto iss o, acabam de dar outro passo essencial para averiguar como a vida realmente surgiu e para reproduzir este processo em laboratório. “Seria a prova de nitiva de que a vida emerge da química e que não é preciso recorrer a nenhuma força s o b r e n a t u r a l ”, r e s u m e o bioquímico Juli Peretó, da Universidade de Valência (Espanha). “Acredito que estamos a uns cinco ou dez anos de criar uma protocélula funcional”, diz o químico Matthew Powner, do University College de Londres. Sua equipe está na vanguarda do exército de cientistas que tentam veri car como – a partir de elementos químicos da Terra primitiva, tais quais hidrogênio, carbono e enxofre – a vida surgiu por acaso: estruturas com capacidade de copiar a si mesmas e se autossustentar. Seu último avanço foi publicado na revista Nature. Há m a i s d e 6 0 a n o s o s cientistas tentam fabricar peptídeos, um dos ingredientes fundamentais dos seres vivos. Os peptídeos são cadeias curtas de aminoácidos, uma espécie de versão curta das proteínas. Entretanto, os pesquisadores passaram décadas chocando-se contra um muro: suas sopas arti ciais de água e aminoácidos não formavam peptídeos em laboratório. Paradoxalmente, a equipe britânica conseguiu avançar dando um passo atrás. Os três químicos do University College de Londres – M a t t h e w Po w n e r, P i e r r e Canavelli e Saidul Islam – demonstraram que os peptídeos

puderam surgir nessa Terra primitiva sem necessidade de aminoácidos nem de forças sobrenaturais. A receita seria uma singela sopa de água e aminonitrilas, precursores dos aminoácidos que só precisariam dos ingredientes presentes naquele ambiente anterior à vida, quatro bilhões de anos atrás, como o ácido sulfídrico (formado por hidrogênio e enxof re) e o fer ro cianeto (carbono, nitrogênio e ferro). Utilizando uma comparação de Ju l i Pe r e t ó, o s c i e nt i s t a s teimavam em escrever a palavra ABC a partir das letras a, b e c, mas isso não funcionava na água. Powner escreveu ABC juntando os precursores de a, os precursores de b e os precursores de c, sem passar pelas letras a, b e c. Formou cadeias de aminoácidos (peptídeos) sem usar aminoácidos. “Estamos perto de chegar ao m do princípio: sintetizar as moléculas funcionais da vida. O passo seguinte será integrar estas moléculas em um sistema”, explica Powner, discípulo de Joh n Sut he rl and, u m d o s cientistas mais respeitados no campo da origem química da v i d a . O profe s s or é m ai s precavido. “Se pensarmos em c o m o a s c at e d r a i s f o r a m construídas, as pessoas que punham os alicerces morriam muito antes que a majestosa estrutura da catedral fosse visível. Eu estaria orgulhoso de ser dos que puseram os alicerces de uma protocélula”, declarou Sutherland em 2015, numa

conversa com o próprio Peretó publicada na revista Mètode. “Não est amos longe, no sentido conceitual, de criar vida em laboratório. A polêmica pode estar no que consideramos que está vivo”, opina Peretó, que não participou do trabalho de Powner. O bioquímico da Universidade de Valência adverte que ainda falta muito caminho até a criação de uma célula a partir de elementos químicos presentes na Terra primitiva. “Outro componente essencial seria a membrana celular, e ainda há poucas propostas sobre como teria se formado”, salienta. O pesquisador Iñaki RuizTrillo, do Instituto de Biologia Evolutiva de Barcelona, acredita que o novo estudo é “ i mpre ss i on ante”. No s e u entender, o trabalho “talvez também poderia indicar que certas condições adequadas na Terra já foram capazes de permitir a formação de peptídeos, sem necessidade de pensar em nada que venha de outros lugares”, em referência às hipóteses segundo as quais alguns ingredientes da vida chegaram sobre meteoritos. “[O estudo de Powner] não resolve a questão de como apareceram os primeiros seres vivos, mas contribui para abrir o caminho para entender o que pode ter ocorrido, que é um dos maiores desa os da biologia e da ciência em geral”, a rma o bio químico Juan Antonio Aguilera, da Universidade de Granada. “Para alguns, é o maior desa o”.


CIÊNCIA 7

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Encontrada cidade bíblica onde viveu o rei Davi Arqueólogos dizem ter encontrado a cidade de Ziklag, que teria servido de refúgio para Davi há 3,2 mil anos, quando ele fugia do rei Saul

Terra pode ser atingida por tempestade solar arrasadora Uma tempestade solar devastadora poderá atingir a Terra com explosões solares 272 vezes mais quentes do que o Sol ©

SKEEZE/PIXABAY

AUTORIDADE DE ANTIGUIDADES DE ISRAEL

No último dia 8, um time de arqueólogos, liderados pela Autoridade de Antiguidades de Israel, anunciou ter encontrado as ruínas de Ziklag, uma cidade bíblica que teria servido de refúgio para o Rei Davi há 3,2 mil anos. S egundo os relatos bíblicos, Davi, conhecido por derrotar o guerreiro listeu Golias, se abrigou na cidade onde vivia o povo listeu quando fugia do rei Saul. O estudo é fruto de escavações iniciadas em 2015 no sítio arqueológico Khirbet al-Ra. A

partir de uma análise de datação p or c a r b on o, f oi p o s s í v e l encontrar evidências de um assentamento do século 12 ao 11 a.C. e de uma zona rural do século 10 a.C. Muitos artefatos encontrados na região – como potes, jarros de óleo e de vinho – revelam traços dos listeus. De acordo com a tradição ju d ai c o - c r i st ã , o re i D av i imperou em Ziklag antes de ser coroado em Hebrom, após a morte de Saul – o primeiro rei do antigo reino de Israel. A localização de Ziklag, no

entanto, é alvo de controvérsia: ninguém consegue a rmar onde ela existiu exatamente. Há relatos que apontam para 12 localidades diferentes. Por isso, o novo estudo tem sido contestado por arqueólogos. “Referências ao local em textos bíblicos são consistentemente voltadas mais ao sul, em Negev, na tribo de Shimon, ou no sul da fronteira com a Judeia”, disse Aren Maier, da Universidade Bar-Ilan, em Israel, em entrevista ao jornal local, Haaretz.

O episódio pode ocorrer nos próximos dez anos de atividade solar à medida que o Sol se aproxima de seu período "mais fraco" em 200 anos, com isso a Terra poderá ser atingida por explosões de 1.500.000 °C. As erupções solares são explosões de radiação que emanam do Sol e podem durar minutos ou horas. Essas explosões são causadas por manchas solares, regiões frias e escuras formadas na superfície do Sol devido ao campo magnético. A atividade do Sol envolve dois ciclos, um ciclo de 11 anos e

mínimos solares e outro de máximos solares, conforme cita o tabloide Daily Star. Durante os mínimos solares, a atividade do Sol cai e tanto as manchas solares quanto as erupções são menos frequentes, enquanto que ao atingir seu ponto máximo, diversas manchas solares podem liberar jatos de energia na Terra. De acordo com a Nasa, o próximo ciclo deve começar em 2020, seguido de um máximo solar no ano de 2025. O chefe do escritório de meteorologia da Agência Espacial Europeia, Juha-Pekka Luntama, ressaltou

que ninguém tentou fazer uma estimativa dos custos adicionais, sendo que uma grande erupção solar afetará o mundo inteiro. "Noss o S ol p o deria s er agradável e tranquilo, mas na verdade não é", a rma o JuhaPekka Luntama, ressaltando que quando os prótons e elétrons ejetados pelo Sol atingem os satélites, eles podem causar danos ou até mesmo destruir os eletrônicos do satélite, como redes de energia, podendo ameaçar até mesmo as missões lunares.

Lagarto é identificado em estômago de dinossauro Esqueleto de general de de 120 milhões de anos

Napoleão Bonaparte é encontrado na Rússia FACEBOOK/RABOCHIY PUT

Pesquisadores acreditam ter identificado os restos mortais de Charles Étienne Gudin, um dos generais favoritos do imperador francês, morto em 1812

Charles Etienne Gudin lutou com Napoleão Bonaparte durante a fracassada Invasão francesa da Rússia, em 1812. Segundo historiadores, ele era um dos generais prediletos do imperador francês. Quando morreu, em 22 de agosto daquele ano, Gudin recebeu tratamento de estrela: seu nome foi inscrito no Arco do Triunfo em Paris, seu busto foi colocado no Palácio de Ve r s a l h e s e u m a r u a parisiense também recebeu seu nome. Mais de 200 anos após sua morte, arqueólogos franceses

e russos estavam escavando uma pista de dança e encontraram o que acreditam ser os restos mortais de Gudin. O esqueleto estava em Smolensk, cidade a cerca de 400 quilômetros de Moscou. Os pesquisadores relataram que Gudin e B onap ar te frequentaram a Escola Militar em Brienne, na região francesa de Champagne. Ao saber da morte do amigo, o imperador teria chorado e ordenado que o nome de Gudin fosse gravado no Arco do Triunfo. Registros da invasão de

1 8 1 2 ap ont am qu e o s ferimentos de Gudin no campo de batalha zeram com que ele tivesse sua perna esquerda amputada abaixo do joelho. O esqueleto no caixão estava com a perna esquerda faltando e mostrou sinais de lesão na perna direita. Com isso, os arqueólogos concluíram "com um alto grau de probabilidade" que os restos mortais pertenciam a um aristocrata e veterano militar das guerras francesas. Gudin tem descendentes vivos e os cientistas planejam fazer um teste de DNA para dizer com certeza se os ossos são do general.

Esqueleto bem preservado do réptil permitiu que pesquisadores chineses criassem uma nova classificação para o animal XUWEI YIN/CURRENT BIOLOGY

O fóssil quase completo de um lagarto foi encontrado dentro do estômago de um Microraptor, dinossauro que viveu há cerca de 120 milhões de anos. O réptil era desconhecido até então, mas o esqueleto estava tão bem conser vado que pôde ser estudado e classi cado. A espécie foi batizada de Indrasaurus wangi por cientistas do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia em Pequim, na China. O nome refere-se a uma lenda da Civilização Védica, na qual o deus Indra foi e ngol i d o p or u m d r ag ã o durante uma grande batalha. O Microraptor e o lagarto são as descobertas mais recentes que vieram do nordeste da China, onde erupções vulcânicas, que ocorreram entre 130 e 120 milhões de anos

atrás, mataram muitos animais. Segundo especialistas, alguns e s p é c i m e s f or a m transformados em cinzas, enquanto outros acabaram preservados no fundo de lagos. Esse é o quarto fóssil de Microraptor encontrado em conteúdos estomacais identi cáveis. Com isso, os

pesquisadores puderam deduzir que o dinossauro se alimentava de mamíferos, pássaros, peixes e lagartos. Neste c as o, os cient ist as a rmaram que o Indrasaurus wangi foi engolido de cabeça, da mesma forma que acontece com muitos pássaros e répteis vivos atualmente.


8 BEM-ESTAR

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MARIA DA GRAÇA DE LIMA REIS Psicóloga com formação em Análise Bioenergética; Terapias Corporais Neo Reichianas; Análise Transacional; Terapia Sistêmica e Constelação Familiar; Prática de Yoga e meditação Coordenadora Científica da antiga Associação de Análise Transacional do ES

Coordenadora de Pós-Graduação em Análise Bioenergética da UEMG Coordenadora Pedagógica da Formação em Terapia Sistêmica e Constelação Familiar de Vitória e Minas Gerais

Bert Hellinger em Êxito na vida, êxito na profissão LEANDRO CÉSAR SANTANA

"O primeiro e decisivo êxito de nossa vida foi nosso nascimento. O próx i mo a c onte c i me nto decisivo e o próximo sucesso são o movimento em direção à mãe, agora como uma outra pessoa que nos coloca no peito e nos nutre. Com o seu leite tomamos a vida fora dela. O que nos torna plenos de sucesso e nos prepara para o sucesso posterior na nossa vida e na nossa pro ssão? Quando tomamos a nossa mãe como fonte de nossa vida e tudo aquilo que ui dela para nós. Tomamos a vida como um todo na medida em que tomamos nossa mãe. Este tomar é ativo. Precisamos sugar para que seu leite ua. Precisamos chamá-la para que

venha. Precisamos nos alegrar com o que ela nos presenteia.

Através dela camos plenos. Mais tarde na vida se revela que

Círculo de amigos diz mais sobre saúde e bem-estar do que aplicativos

quem conseguiu tomar plenamente a sua mãe terá êxito e

será feliz. Pois, do mesmo modo que quem está com sua mãe também está com sua vida e sua pro ssão. Quando alguém rejeita sua mãe, rejeita também a vida, seu trabalho e sua pro ssão. Dessa forma também a vida o rejeitará na mesma medida e da mesma forma, assim como seu trabalho e sua pro ssão. Q uando a lguém s e alegra com sua mãe, também se alegra com sua vida e seu trabalho, à medida em que alguém toma a sua mãe totalmente, com tudo aquilo que ela presenteou tomando isso com

Há inúmeros aplicativos rastreadores de atividades físicas e com eles é possível fazer suposições sobre a nossa própria saúde. Podemos analisar nossa f re qu ê nc i a c ard í a c a , p ar a determinar o nível de estresse durante uma apresentação no trabalho, ou até nos considerarmos mais (ou menos) saudáveis com base no número de passos que damos até o nal do dia. Mas, para obter uma leitura melhor de sua saúde e bem-estar geral, seria melhor observar a força e a estrutura do círculo de amigos, de acordo com um novo estudo publicado na Public Library of Science, PLOS One. Pesquisadores da Universidade de Notre Dame estão interessados em entender como a estrutura das redes sociais pode in uenciar no estado de saúde, felicidade e estresse. Os amigos podem ser os melhores “monitores” do bem-estar.

“Estávamos interessados na topologia da rede social – o que a minha posição na minha rede prevê sobre minha saúde e bemestar?”, questiona Nitesh V. Chawla, professor de Ciência da Computação e Engenharia da Notre Dame, e um dos principais autores do estudo. “O que descobrimos foi que a estrutura da rede social fornece uma melhora signi cativa na previsibilidade dos estados de bem-estar de um indivíduo”. Para o estudo, os participantes usaram um aplicativo que c ap t u r a d a d o s d e comportamento de saúde – como passos, sono, frequência cardíaca e nível de atividade – e c o mp l e t a r a m p e s q u i s a s e auto ava li açõ es s obre s eus sentimentos de estresse, fel i c i d a d e e p o s it iv i d a d e. Chawla e sua equipe analisaram e modelaram os dados usando o apre n d i z a d o d e m á qu i n a , juntamente com as características da rede social de

As citações de Hellinger deste artigo foram retiradas do livro “Êxito na vida, êxito na profissão, de Bert Hellinger. Editora Atman.

Broto de brócolis pode ajudar a controlar esquizofrenia, revela estudo A ideia é que os pacientes possam reduzir as doses dos medicamentos tradicionais ISTOCK

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um indivíduo, incluindo grau, centralidade, coe ciente de agrupamento e número de triângulos. Essas características são indicativas de propriedades como conectividade, equilíbrio social, reciprocidade e proximidade. A estrutura da rede social proporcionou uma melhora signi cativa na previsão da saúde e bem-estar de uma pessoa, em comparação com apenas olhar para dados de comportamento de saúde do aplicativo sozinho. Por exemplo, quando a estrutura da rede social é combinada com os dados derivados de wearables (tecnologias vestíveis), o modelo de aprendizado de máquina alcançou uma melhoria de 65% na previsão de felicidade, 54% de melhoria na previsão de saúde auto avaliada, 55% de melhoria na previsão de atitude positiva e melhoria de 38% na previsão do sucesso. Os pesquisadores sugerem que uma maneira de usar esses resultados de pesquisa é no local de trabalho. Empregadores que dão rastreadores de saúde aos trabalhadores para incentivar uma melhora na saúde podem sugerir que compartilhem o progresso em uma plataforma de mídia social, ou seja, c on s t r u i r u m a re d e on d e possam compartilhar suas experiências uns com os outros.

amor, a sua vida e seu trabalho o presentearão, na mesma medida, com sucesso. Quem tem reservas em relação a sua mãe, as tem também em relação à vida e à felicidade. Assim como sua mãe se afasta dele como consequência de suas reservas e sua rejeição, assim a vida e o sucesso se afastam dele. Onde começa o nosso sucesso? Começa com nossa mãe. Como o sucesso chega a nós? Como pode vir? Quando nossa mãe pode vir a nós e quando nós a honramos como tal".

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram um novo conjunto de desequilíbrios químicos no cérebro de pessoas com esquizofrenia. A melhor parte da história é que é possível ajustar esse nível usando um composto derivado de brotos de brócolis. Os resultados aumentam a esperança dos pesquisadores em poder receitar o extrato de brócolis, que contém altos níveis d e s u l f o r a f a n o ( c o mp o s t o presente em vegetais verdesescuros), como alternativa aos medicamentos tradicionais. A ideia é que os pacientes, para controlar os sintomas da doença, possam usar a nova fórmula e reduzir as doses dos comprimidos – reduzindo assim também os efeitos colaterais indesejados. “É possível que estudos futuros mostrem que o sulforafano é um suplemento seguro para pessoas em risco de desenvolver esquizofrenia, como forma de prevenir, atrasar ou atenuar o aparecimento de sintomas”, a rma Akira Sawa, professor de psiquiatria e ciências comportamentais na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins. A esquizofrenia é marcada por alucinações, delírios e pensamentos desordenados, altera comportamentos, percepção e fala. As drogas usadas para tratar a esquizofrenia não funcionam completamente para todos e podem causar uma

variedade de efeitos colaterais indesejáveis, incluindo problemas metabólicos que aumentam o risco cardiovascular, movimentos involuntários, inquietação, rigidez e tremores. Segundo a OMS, a esquizofrenia afeta cerca de 21 milhões de pessoas em todo o mundo. “Para as p ess o as predispostas a doenças cardíacas, sabemos que mudanças na dieta e exercícios podem ajudar a evitar a doença, mas ainda não há nada p are c i d o p ar a t r ans tor n o s mentais graves”, diz omas Sedlak, professor assistente de psiquiatria e ciências comportamentais. “Esperamos que um dia tornemos algumas doenças mentais evitáveis até certo ponto”.

Os cientistas dizem que mais pesquisas são necessárias para saber se o sulforafano pode re du z i r c om s e g u r an ç a o s sintomas de psicose ou alucinações em pessoas com esquizofrenia. Além disso, ainda é preciso determinar a dose e saber quanto tempo as pessoas devem levar para observar um efeito. Eles também advertem que seus estudos não justi cam a venda de suplementos de sulforafane comercialmente disp oníveis p ara t rat ar ou prevenir a esquizofrenia. Isso p o rq u e mu i t a s v e r s õ e s d e suplementos de sulforafano já são vendidas em lojas de produtos naturais, mas não são regulamentadas pelo D e p a r t a m e nt o d e S aú d e e Serviços Humanos dos Estados Unidos. O sulforafano é encontrado em uma variedade de vegetais e foi identi cado pela primeira vez c o m o s u b s t â n c i a “quimioprotetora” décadas atrás por Paul Talalay e Jed Fahey, da Johns Hopkins.


SAÚDE 9

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Novo tratamento para AVC poderá estar disponível no SUS em breve Estudo comprovou que a rede pública tem capacidade para ofertar o cateterismo cerebral, considerado um dos mais eficientes tratamentos para o AVC RAPID EYE/GETTY IMAGES

O acidente vascular cerebral (AVC) é a doença que mais mata a população brasileira, além de ser a principal causa de incap acidade no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV). Nesse cenário, é fundamental desenvolver métodos de tratamento capazes de evitar não apenas a morte, mas o risco de sequelas que condenam muitos pacientes à dep endênci a lo comot iva e n a n c e i r a . Ta m b é m é importante garantir que esses tratamentos sejam disponibilizados para toda a população. Existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro, caracterizado pelo entupimento dos vasos que transportam sangue para o cérebro, é responsável por 85% dos casos da doença. As opções de tratamento são: trombectomia mecânica, também conhecida como cateterismo cerebral, ou

alteplase intravenosa. A trombectomia mecânica é realizada por meio da inserção de um cateter (um tipo de tubo) dentro de um vaso sanguíneo. Para o AVC, o cateter é inserido em uma artéria da virilha e, por meio de equipamentos de raio X, os médicos conduzem o tubo até o cérebro, retirando o coágulo mecanicamente. Já a alteplase (TPA, na sigla em inglês) é um medicamento aplicado de forma intravenosa. Uma vez dentro da corrente sanguínea, a substância chega até o cérebro e dissolve o coágulo. O cateter ismo cerebral é considerado um dos tratamentos mais e cazes contra o AVC, porém no Brasil só é realizado na rede privada, de forma limitada. Um dos empecilhos para seu oferecimento no Sistema Único de Saúde (SUS) é a complexidade e o alto custo. Uma equipe de pesquisadores brasileiros decidiu investigar o desfecho do oferecimento do

procedimento no sistema público. A avaliação de desempenho nas instituições públicas mostrou que a implementação do cateterismo cerebral no SUS é perfeitamente viável. Esses resultados são importantes, pois podem signi car maior acesso ao melhor

tratamento pela população. Na rede pública, o único tratamento disponível atualmente é a alteplase intravenosa que, apesar de apresentar certa e ciência, só pode ser usada nas primeiras quatro horas do aparecimento d o s s i n t o m a s d o AVC . A

limitação do medicamento também re ete nos resultados: há maiores riscos de sequelas e seu uso não é recomendado para coágulos grandes. Já o novo tratamento pode ser utilizado até oito horas do início dos sintomas. Além de assegurar 30% mais chance de

sobrevivência, os pacientes estão 35% mais propensos a manter a independência e apresentam 30% mais chance de car sem qualquer sequela. “E m te r mo s d e r is c o s , o cateterismo cerebral não mostrou taxas mais elevadas em comparação ao tratamento disponível atualmente. Mas os benefícios foram maiores do que os encontrados na alteplase intravenosa”, comenta Raul Nogueira, do Grady Memorial Hospital, nos Estados Unidos. Os pesquisadores ainda conseguiram demonstrar que a incorporação da terapia no SUS traz outros benefícios, como redução de custos decorrentes de longas internações e do uso de medicamentos, além de garantir menos sequelas ao paciente, possibilitando a recuperação física e, consequentemente, o retorno à rotina, incluindo o trabalho, para que ele não precise depender de familiares.

Bebidas açucaradas Óleo de cannabis consegue aumentam risco de reduzir convulsões em câncer, diz estudo crianças com epilepsia A chance do desenvolvimento de câncer de mama aumentou em 22% por conta do aumento diário de 100 ml na ingestão de bebidas açucaradas As bebidas açucaradas estão ligadas a uma série de riscos à saúde, como obesidade, diabetes tipo 2 e doença cardiovascular. Agora, uma nova pesquisa investiga ainda mais a ligação entre bebidas açucaradas e o desenvolvimento do câncer. Liderado por Eloi Chazelas, do C entro de Pesquisa em Epidemiologia e Estatística da Sorbonne Paris Cité, na França, o estudo foi publicado no e BMJ. Chazelas e equipe examinaram as ligações entre a ingestão de bebidas açucaradas e várias formas de câncer em 101.257 adultos franceses com idade média de 42 anos. Os pesquisadores obtiveram os dados do estudo NutriNet-Santé, um site que revela estatísticas de pessoas com características em comum. As bebidas examinadas incluíam "bebidas adoçadas com açúcar", como refrigerantes, xaropes, sucos de frutas, sucos de frutas sem qualquer adição de açúcar, bebidas açucaradas à base de leite, bebidas esportivas e b ebid as energét ic as. Os pesquisadores também consideraram bebidas adoçadas arti cialmente, isto é, "todas as

bebidas contendo adoçantes não nutritivos, como refrigerantes dietéticos, xaropes sem açúcar e bebidas dietéticas à base de leite". Os pesquisadores usaram os questionários para avaliar o consumo de 3,3 mil tipos d i fe re nte s d e a l i me nto s e bebidas consumidos pelos

PEXELS

participantes — com uma observação clínica que durou nove anos. Durante esse período, os pesquisadores analisaram o risco de "câncer em geral, de mama, de próstata e colorretal". De acordo com os resultados obtidos nesse tempo, 2.193 pessoas desenvolveram câncer pela primeira vez — e a idade era de 59 anos no momento do diagnóstico, em média. Entre os casos, havia 693 registros de câncer de mama, 291 de câncer de próstata e 166 de câncer colorretal. A análise revelou que, para um

aumento diário de 100 mililitros na ingestão de bebidas açucaradas, o risco de câncer em geral aumentou em 18%, e o r i s c o d e c ânc e r d e m am a aumentou em 22%. Os sucos de frutas também aumentaram o risco de câncer em geral e o câncer de mama. As bebidas dietéticas, entretanto, não aumentaram o risco de nenhum tipo de câncer. Além disso, o estudo não encontrou ligações com câncer colorretal ou câncer de próstata. Os pesquisadores reforçam que os resultados podem não s er ampl amente generalizáveis, pois o grupo do estudo não é representativo da população em geral. Os participantes eram formados por uma maioria de mulheres com níveis sociopro ssional e educacional mais elevados do que a população francesa em geral. Ainda assim, os dados reforçam a importância das recomendações nutricionais e x i s t e nt e s p a r a l i m i t a r o consumo de bebidas açucaradas, incluindo suco de frutas, "bem como ações políticas, como impostos e restrições de marketing direcionadas a bebidas açucaradas, que podem contribuir potencialmente para a redução da incidência de câncer", dizem os pesquisadores.

grave Todas as crianças participantes do estudo mostraram melhorias nos casos de convulsão — algumas delas ficaram totalmente livres dos sintomas PEXELS

Um novo estudo da revista Frontiers in Neurologyrevela mostra que o óleo de cannabis pode reduzir signi cativamente a taxa de convulsões em crianças com epilepsia grave, e até mesmo eliminar as convulsões em alguns casos. Neste experimento, os p e s qu i s a d ore s u s ar am u m extrato de cannabis que continha 95% de canabidiol (CBD) e 5% de tetraidrocanabinol (THC), o psicoativo da maconha. Depois, o extrato foi fornecido a sete crianças com epilepsia extrema que não apresentaram melhora com outros tratamentos — uma das crianças, inclusive, teve 1.223 casos de convulsão no mês que antecedeu o estudo. A dose inicial foi de 5 a 6 m i l i g r a m a s d e e x t r at o d e cannabis por quilograma de peso corporal por dia. Os p es quisadores contam que

quatro dos sete participantes tiveram uma redução de mais de 50% no número de crises diárias. Quando a dose foi dobrada, todos os sete notaram uma melhora considerável e três crianças pararam totalmente com os casos de convulsões. Os pesquisadores também descobriram que os níveis de THC no plasma sanguíneo permaneceram abaixo do limiar de intoxicação, e que nenhuma das crianças exibiu sinais de estarem drogadas. "Algumas das melhorias na qualidade de vida foram realmente dramáticas, com algumas das crianças apresentando grandes melhorias em sua capacidade de se comunicar com suas famílias", a rmar o autor do estudo, Richard Huntsman, em um comunicado. "Algumas dessas crianças começaram a conversar

ou engatinhar pela primeira vez, elas se tornaram mais interativas c om su as f am í l i as e e nte s queridos". Um dos par ticipantes do estudo foi diagnosticado com síndrome de Lennox-Gastaut (uma forma grave de epilepsia) quando tinha apenas dois anos. Apesar dos vários medicamentos e tratamentos, suas convulsões eram imprevisíveis — em alguns dias ele não apresentava nenhum caso, enquanto em outros sofria de ao menos 150 convulsões. Quando começou a tomar CBD, a criança de oito anos começou a m o st r ar m e l h or i a s n a su a frequência de convulsões e depois cou livre das crises. Com base nesses resultados, os autores do estudo propõem que o óleo de cannabis contendo 95% de CBD e 5% de THC é seguro e e caz para o tratamento da epilepsia grave em crianças.


10 GERAL

24 a 31 DE JULHO DE 2019

FERNANDA PRATES ADVOGADA Tel.: 27 99964-3150 fernandafprates@gmail.com

Qual o direito do consumidor que se arrepende pela compra em loja física? Ele tem direito, por lei, à troca? FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

importante o consumidor conhecer seus direitos para não passar constrangimento quando for trocar um produto na loja. Apesar de ser comum as lojas físicas permitirem trocar mercadorias, não é direito do consumidor quando não existe vício no produto. E se a loja não permitir a troca, quais são os direitos do consumidor? Essa possibilidade de troca imediata do produto é uma opção da loja, e não um direito do consumidor. Geralmente, as empresas permitem trocar o produto para que o consumidor se agrade com o procedimento da loja e, muitas vezes, o próprio consumidor acaba comprando

É

mais alguma coisa quando vai trocar o produto, principalmente quando ca um crédito. Não existe previsão especí ca para esse caso no Código de

A possibilidade de troca imediata do produto é uma opção da loja, e não um direito do consumidor Defesa do Consumidor (CDC). Antes de comprar a roupa ou

qualquer outro produto, é bom veri car com a loja a possibilidade de troca e o prazo para a troca. O consumidor só tem direito à troca do produto, p elo C ó digo de Defesa do Consumidor (CDC), quando o produto apresentar algum vício, popularmente conhecido como defeito. Mas importante deixar claro que vício e defeito não são sinônimos. O vício é algum problema no produto que não causa dano direto no consumidor, como um fogão que não acende, um computador que não liga, entre outras coisas. Segundo o artigo 18 do Código de D efes a do C onsumidor (CDC), quando constatado o

Acústica do Stonehenge era como a de um cinema Pesquisadores da Universidade de Salford, no Reino Unido, montaram um modelo 3D para chegar a essa hipótese PIXABAY

.Um time de pesquisadores da Universidade de Salford, do Reino Unido, descobriu que a acústica do Stonehenge era excelente e similar a de um cinema. O monumento histórico foi construído no período neolítico, há mais de quatro mil anos. “Se você zesse uma cerimônia para falar com várias pessoas, seria mais fácil fazer isso do lado de dentro das pedras do que de fora”, a rmou o autor do estudo, Trevor Cox, professor de engenharia acústica da Universidade de Salford. Os pesquisadores montaram um modelo 3D um pouco menor do que o

Stonehenge para representar o grande monumento. Foram recriadas todas as 157 pedras que um dia compuseram a construção. Para determinar c om o e r a e x at a m e nt e a con guração do monumento, os estudiosos usaram dados arqueológicos e imagens escaneadas do local. O modelo foi colocado dentro de uma câmara acústica e gravações de áudio foram tocadas para determinar como elas soariam para aqueles que participaram de celebrações no Stonehenge, há milhares de anos. Devido à escala reduzida do molde, as

frequências tiveram de ser aumentadas 12 vezes, de modo que elas ultrapassaram o que a audição humana suporta. O estudo pode ajudar a identi car a razão do Stonehenge ter sido construído. As teorias variam muito: alguns pesquisadores acreditam que ele era um templo para druidas (conselheiros celtas), outros acham que ele foi feito por caçadores-coletores no noroeste da França, ou ainda que o monumento seria um atlas astrológico para o cálculo da movimentação de estrelas.

vício do produto, o fornecedor tem o prazo de 30 dias para consertá-lo. Ultrapassado esse

prazo, o consumidor tem direito à troca do produto ou a devolução do valor pago

atualizado, ou o abatimento do preço (caso deseje car com o produto).

Elefante africano ajuda a aumentar estoque de carbono na floresta REPRODUÇÃO CICLO VIVO

O elefante africano da oresta (Loxodonta cyclotis) é conhecido por sua capacidade de atuar como “jardineiro”. À medida que transita pelas orestas tropicais africanas, o animal espalha um vasto número de sementes de frutas, de uma grande diversidade de árvores das quais se alimenta. Dessa forma auxilia a germinação de mais de cem espécies de árvores, que também fornecem alimento ou servem de abrigo para primatas, pássaros e insetos. Um estudo internacional, com a participação de pesquisadores da Un i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e C ampi n a s ( Un i c amp ) e d a Embrapa Informática Agropecuária, concluiu que o p ap e l d e s e mp e n h a d o p e l o elefante africano nas orestas tropicais africanas, porém, vai muito além de dispersor de sementes. Os pesquisadores constataram que o animal – altamente ameaçado de extinção – promove mudanças na estrutura da oresta e contribui para aumentar o armazenamento de carbono nelas. Durante a caminhada, além de se alimentar o elefante pisoteia, atropela ou se coça em árvores localizadas próximas às trilhas que utiliza preferencialmente para cruzar a oresta. O desbaste dessas árvores reduz a densidade delas ao longo do tempo. A diminuição da densidade de árvores alivia a competição por água, luz e espaço entre elas e favorece o surgimento de árvores maiores, com maior diâmetro e densidade de madeira e, consequentemente, mais carbono estocado na biomassa. Essa mu d a n ç a n a e s t r utu r a d a s orestas tropicais africanas e na composição das espécies de árvores in uenciada pelo animal

também aumenta o equilíbrio em longo prazo da biomassa acima do solo, apontou o estudo. Resultado de um projeto apoiado pela Fapesp, o trabalho foi publicado na revista Nature Geoscience. “Observamos que a presença do elefante em uma densidade de 0,5 a 1 animal por quilômetro quadrado aumenta a biomassa a c i ma d o s ol o e m 2 6 a 6 0 toneladas por hectare da oresta”, disse Simone Aparecida Vieira, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp e uma das autoras do estudo, à Agência Fapesp. Tamb ém p ar t icip aram do estudo Marcos Longo, pósdoutorando no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, que fez pós-doutorado na Embrapa Informática Agropecuária com bolsa da Fapesp, e Marcos Augusto da Silva S caranello, t amb ém p ósdoutorando na mesma instituição. De acordo com os autores do estudo, já se sabia que megaherbívoros, como os elefantes, podem ter efeitos importantes nos ecossistemas e nos ciclos biogeoquímicos ao consumir

biomassa, transportar nutrientes e alterar a mortalidade das plantas. A in uência dos elefantes na estrutura, na produtividade e nos estoques de carbono nas orestas tropicais da África, contudo, permanecia em grande parte desconhecida. “As orestas tropicais da África Central têm estoques de carbono maiores do que os da Floresta Amazônica, embora estejam em condições climáticas e de solo semelhantes”, disse Vieira. As árvores das orestas da África Central têm uma densidade mais baixa do caule e maior diâmetro e biomassa média acima do solo em relação às da Amazônia, explicou a pesquisadora. “A presença de elefantes nas orestas tropicais da África Central pode ter contribuído para explicar essas diferenças em relação à Amazônia em longos períodos de tempo”, disse Vieira. A população de elefantes da oresta caiu drasticamente desde a colonização da África Ocidental, pelos europeus, a partir de quando os animais passaram a ser caçados para obtenção de mar m. Hoje, as espécies de elefantes diminuíram para menos de 10% de seu tamanho original.


COMPORTAMENTO 11

24 a 31 DE JULHO DE 2019

ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro

Professora

Moda e beleza Olá pessoal,

Q

uero informá-los que minha coluna é de assuntos variados. Continuarei com dicas da nossa consultora de beleza

REPRODUÇÃO INTERNET

espetáculo. G o st ar i a mu ito qu e, vocês, leitores da minha coluna, se manifestassem e indicassem assuntos de seus interesses. A nal de contas, todos temos dúvidas, seja de beleza,

Marina Ribeiro, que nos trará novidades em breve. Também vamos falar de moda, as tendências das estações, o que e como usar. A nal, cada mulher tem o seu jeito, o seu estilo e o seu

Roupa Bonita Rua Italina Motta, 294 - Jd. Camburi Vitória - ES - Tel.: (27) 3026-8545/98837-8545 roupabonitajardimcamburi

c o r p o. A l t a s , b a i x a s , magras, gordinhas... Essa é a mulher brasileira. As dicas de moda serão sugeridas por Sirléia Léia Porto, proprietária da loja

moda, saúde. Então par ticip e. Sua opinião é muito importante e você pode ser um colaborador dessa coluna. Até a próxima!

Roupa Bonita que conta com um acervo de cores, estampas, tecidos e modelos diversi cados. Só para lembrar, a coleção Primavera-Verão está um

Mais de 821 milhões de Reduzir consumo de calorias pode ser benéfico até para pessoas no mundo passaram fome em 2018 quem está em forma Subalimentação atinge 2,5% da população no Brasil, diz ONU FAO/ALBERT GONZALEZ FARRAN

Voluntários que ingeriram 300 calorias a menos por dia se tornaram menos dispostos a desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares PIXABAY

Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que uma pessoa a cada 10, na população de todo o planeta, passou fome no ano passado. O número totaliza 821,6 milhões de pessoas. Se consideradas pessoas em condição “moderada” de insegurança alimentar, o total chega a dois bilhões ou 26,4% da população mundial C o n f o r m e o d o c u m e nt o Estado da Insegurança Alimentar e Nutricional no Mundo, desde 2015, a taxa de prevalência de desnutrição em todo mundo parou de cair e m a n t e v e - s e e m 1 1 % . “A prevalência da insegurança alimentar moderada ou grave é baseada na escala de experiência de insegurança alimentar. Esse indicador vai além da fome e fornece uma estimativa do número de pessoas sem acesso estável a alimentos nutritivos e su cientes durante todo o ano”, diz o relatório. O estudo destaca a gravidade da situação infantil. É o caso dos 20,5 milhões de bebês que nasceram abaixo do peso (um em cada sete nascidos); dos 148,9 milhões de crianças menores de cinco anos com estatura baixa para a idade

(21,9%); e dos 49,5 milhões menores de cinco anos com peso baixo em relação à altura (7,3%). Segundo o relatório, no ano passado, a Ásia (especialmente o sul do continente) teve o maior número absoluto de pessoas com fome: 513,9 milhões no total. Na África, 256,1 milhões de i n d iv í du o s e s t av am n e s s a situação e na América Latina e no Caribe, 42,5 milhões. Em termos proporcionais, a situação é mais grave no lado oriental da África, onde uma de cada três pessoas (30,8%) está subnutrida. A ONU aponta como causas os con itos locais, fenômenos climáticos e a retração econômica. “Juntos, a África e a Ásia têm a maior parcela de todas as formas de desnutrição, sendo responsáveis por mais de nove entre 10 crianças com atraso no crescimento e mais de nove entre 10 crianças com debilitação em todo o mundo”, assinala a nota da ONU. Apesar de identi car fome, a nota da ONU faz destaque positivo entre os países lusófonos (falantes da língua portuguesa), em especial do Brasil. “Nos últimos 12 anos, vamos dizer, a prevalência da subalimentação em Angola caiu

pela metade, de 55% para 25% da população e em Moçambique t amb ém, a pre valência da subalimentação caiu no mesmo período, de 37% para 28%. Ou seja, em ambos os países, a tendência é positiva, porém, a situação continua preocupante. Em Cabo Verde e no Brasil, a situação é melhor. Em Cabo Verde, a fome atingiu 13% da população e menos de 2,5% da população no Brasil”, descreve o relatório. O documento foi lançado por cinco agências da ONU: a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO); a Organização Mundial da Saúde (OMS); a Agência da ONU para Refugiados (Acnur); o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); o Programa Mundial de Alimentação (PMA) e o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária (Ocha). Além dos problemas de fome e desnutrição, o relatório da ONU aponta para o problema de obesidade. “Em 2018, a estimativa é de que 40 milhões de crianças menores de cinco anos estavam acima do peso”, diz a nota da ONU.

Um estudo publicado na revista cientí ca e Lancet mostra que até quem está em forma pode se bene ciar da redução do consumo de calorias. Segundo a equipe de especialistas que conduziu a investigação, a mudança de hábito ajuda no combate a doenças cardíacas e a diabetes. A pesquisa foi feita com 218 voluntários, de idades entre 21 e 50 anos, que foram incentivados a cortar 300 calorias de suas dietas — aproximadamente 25% do consumo diário. Os participantes foram monitorados por dois anos, nos quais sua capacidade de manter a redução variou (a diminuição média acabou sendo de 12%). Ainda assim, todos perderam, em média, 10% do peso inicial – sendo que a maior parte era gordura. Também foram observadas melhorias em marcadores que medem o risco de doenças metabólicas e in amações crônicas, associadas a doenças cardíacas, câncer e declínio cognitivo. "Há algo sobre restrição calórica, algum mecanismo que ainda não entendemos, que resulta nesses benefícios",

disse o principal autor do estudo, William E. Kraus, em nota. "Coletamos sangue, músculos e outras amostras desses participantes e continuaremos a explorar o que esse sinal metabólico ou molécula mágica pode ser". O e sp e c i a l ist a re ss a lt a , contudo, que diminuir o consumo energético é bené co quando essas 300 calorias são provenientes de alimentos não muito saudáveis, como ultraprocessados, alimentos ricos em gorduras e açúcares: "As pessoas podem fazer isso

com bastante facilidade, simplesmente observando suas pequenas indiscrições aqui e ali, ou talvez reduzindo a quantidade delas, como não lanchar depois do jantar", aponta. Trezentas calorias podem parecer muito, mas cortar seis bolachas recheadas ou duas latinhas de refrigerante da alimentação diária já bastaria. "Isso mostra que mesmo uma modi cação, que não é tão severa quanto a que usamos neste estudo, poderia reduzir a carga de diabetes e doenças cardiovasculares", alegou Kraus. Contudo, vale lembrar que mesmo mudanças simples como a do estudo citado devem ser acompanhadas por pro ssionais da saúde, como médicos e nutricionistas. Além disso, a análise foi conduzida em pessoas saudáveis e com a c omp an h am e nt o d e s s e s pro ssionais.

Autoescola


12 OLHAR DE UMA LENTE

24 a 31 DE JULHO DE 2019

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória - Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Meritocracia ou nepotismo?

I

nicialmente vamos ver o que diz a Lei 11.440/2016, que trata da escolha de chefes de missões

In d e p e n d e nt e m e nt e d a aprovação ou rejeição na Comissão de Relações Exteriores, o Plenário do

desastrados, chancelou seu despreparo para ocupar o mais alto cargo da nação – e ainda pres o à vel ha p olít ica – FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

M e r i t o c r a c i a s e m p r e ”, ressaltou. Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também integra da Comissão de Relações Exteriores, tratase de nepotismo declarado. “Não existe precedente na história da diplomacia

nomeação de lho de presidente para uma embaixada. É um absurdo que isso seja ao menos cogitado! B olsonaro quer fazer do governo o quintal da sua casa, u m a e x t e ns ã o f am i l i ar”, criticou. Convenhamos caro leitor,

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anuncia seu lho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que tem em seu 'vasto currículo', a experiência de ter

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Senado precisa referendar o resultado, também em voto secreto com maioria simples. Na iniciativa privada não é

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diplomáticas. A lei determina, como regra, que os embaixadores serão escolhidos entre os ministros de primeira ou de segunda classe do Ministério das Relações Exteriores. Porém, a l e i aut or i z a , e m c ar át e r excepcional, que sejam escolhidos para os cargos pessoas que não façam parte da carreira diplomática, desde que sejam brasileiros natos, maiores de 35 anos, “de reconhecido mérito e com relevantes serviços prestados ao País". A indicação é con rmada com a publicação de uma mensagem do presidente da República no Diário O cial da União. A indicação é enviada ao presidente do Senado, que a encaminha à Comissão de Relações Exteriores. O presidente do colegiado indica um relator para apresentar um parecer em que analisa o currículo do indicado. Após a leitura, é tradicionalmente concedida vista coletiva e a sabatina é realizada em outra reunião, quando os senadores questionam o candidato. Ao nal da sabatina, o colegiado submete a indicação à votação. A comissão conta com 19 senadores titulares. A votação no colegiado é secreta e precisa de maioria simples.

diferente. Qualquer cargo, de igual importância, não fugiria à regra de que o currículo (capacidade técnica) e a experiência, esta, mesmo que pouca, é exigência fundamental para que os resultados positivos sejam alcançados com uidez e sem embaraços. Ora, não estamos falando de qualquer cargo, estamos falando do titular de uma Embaixada. Pois b em, durante est a semana, o presidente Jair B o l s o n a r o, c o m f a l a s e pronunciamentos

NET

fritado hambúrgueres na terra do Tio Sam, para ocupar o cargo de Embaixador naquele país. O senador Álvaro Dias (Podemos-PR), pretende apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que prevê que apenas servidores de carreira possam exercer a função de embaixador. “É fundamental assegurar aos pro ssionais da diplomacia a possibilidade efetiva de chegar aos melhores postos, em função de seu d e s e m p e n h o e p r e p a r o.

brasileira, desde a proclamação da República, a

num mercado que, cada dia que passa, exige mais capacidade e conhecimento pro ssional, me vem o presidente com essa bomba. O povo brasileiro deve ser respeitado e representado dignamente, são mais de 13 milhões de trabalhadores desempregados, a saúde, internada numa maca enferrujada no corredor do hospital da incompetência e a educação, ainda com di culdade de ler, escrever e, pior, interpretar a realidade do livro chamado Brasil.


BRASIL 13

24 a 31 DE JULHO DE 2019

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

HÉLIO FILHO/SECOM

Obras Estádio Kléber José de Andrade

O governador do Estado, Renato Casagrande, assinou, na segunda-feira (15), a Ordem de Serviço para a execução das obras complementares no Estádio Kléber José de Andrade. A solenidade de assinatura foi realizada no Gabinete do Governador, no Palácio Anchieta, em Vitória. O evento contou com a presença de autoridades locais e aberto à imprensa e federações esportivas. A conclusão das obras do estádio será feita pela Deck Construtora e Incorporadora, vencedora da licitação realizada pelo Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (IOPES). O valor proposto pela empresa para realizar as obras é de R$ 8,6 milhões e o prazo para execução é de 450 dias, podendo ser prorrogado. Dentre as melhorias que serão realizadas estão a instalação de elevadores e escadas rolantes, além da conclusão dos banheiros da parte superior do estádio e instalação de grama sintética ao redor do campo. Para o governador Renato Casagrande, a conclusão das obras pode ser a oportunidade que o estádio precisa para alavancar seu uso: “O Kléber Andrade é um estádio, mas também uma oportunidade. É uma arena que pode ser multiuso. Os empresários podem entrar no nosso portal de parcerias e propor ideias de gestão. Queremos que o Estádio seja mais utilizado”, a rmou. ROQUE SÁ/AGÊNCIA SENADO

Rose de Freitas (Pode-ES) Licença-maternidade completa Ainda é necessário recorrer à Justiça para obter a licença-maternidade completa após a alta do bebê, caso a criança precise ser internada por um período logo após o nascimento. Mas um projeto da senadora Rose de Freitas (PODE-ES), já aprovado no Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados, encerra essa preocupação das mães. O PLS 241/2017 proíbe descontar, em casos de parto prematuro, os dias de internação do bebê do período de licença-maternidade garantido às mães – hoje de 120 dias; outra proposta de Rose, o PLS 151/2017, inclusive, garante 180 dias de licença. “Na atual legislação, se uma criança prematura ca internada por 45 dias, a mãe já terá descontado da licença-maternidade esses dias. Nessa circunstância, entendemos que a excepcionalidade não pode penalizar a família, suprimindo o tempo essencial do convívio, principalmente da criança e da genitora”, explica Rose.

Fabiano Contarato (Rede/ES)

Sérgio Vidigal (PDT-ES)

O senador Fabiano Contarato, ingressou com Medida Cautelar visando que o Ministério da Saúde apresente esclarecimentos sobre a suspensão de contratos para a distribuição de remédios gratuitos para pacientes que passam por tratamentos de câncer, diabetes e transplantes. O senador, também, protocolou, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, requerimento para convidar o ministro Henrique Mandetta para audiência pública que trate dessa questão. "Vou conversar com o presidente e com o vice-presidente da CAS, senadores Romário e Styvenson", para que coloquem em pauta o requerimento e possamos votá-lo na primeira semana de agosto. Temos urgência nisso", disse o senador.

Duas emendas do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES), apresentadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), foram acolhidas no relatório feito pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). Uma das emendas é de inclusão de metas, a qual é voltada para o Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). A ampliação do atendimento à saúde tem o objetivo de acolher pacientes com de ciência mental. A proposta é estimular a sua integração social e familiar. Além disso, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia e oferecendo atendimento médico e psicológico. “Portanto, fortalecer essa ação é acolher de forma justa esses pacientes. Eles serão acolhidos com ações em sua singularidade, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana”, comentou Vidigal, que é psiquiatra. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Evair de Melo (PP-ES)

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Lauriete (PR-ES) Segurança e prevenção marítima A deputada federal Lauriete conheceu, na segunda-feira (15), o trabalho socioeducativo e as atividades de segurança e prevenção marítima da Capitania dos Portos do Espírito Santo. A parlamentar foi recebida pelo capitão de Mar e Guerra Sílvio Fernando Ferreira, que detalhou os procedimentos para atender alunos do ensino fundamental, falou dos cursos especializados abertos para a comunidade, esclareceu sobre a ação no complexo portuário do Estado, abrangendo oito portos e pontuou como essencial a scalização nas embarcações, inclusive internacionais. A deputada demonstrou interesse em auxiliar com intervenções junto aos Ministérios em Brasília, para manutenção das atividades consideradas importantes em defesa da costa capixaba, que favorece diretamente a população do Espírito Santo. “São atividades com escolas públicas que merecem o reconhecimento de todos e muitos ainda não sabem da relevância do envolvimento da Capitania dos Portos com a comunidade”, disse Lauriete, que parabenizou o comandante Silvio, pelo trabalho de excelência realizado em terra e mar.

Sérgio Majeski (PSB-ES) Grande Expediente A di culdade de determinados segmentos da sociedade de aceitarem críticas motivou a fala do deputado estadual Sérgio Majeski, durante o Grande Expediente da sessão ordinária de segundafeira (15) na Assembleia Legislativa (Ales). O socialista lembrou que nos governos Lula e Dilma quem criticasse as administrações era taxado de reacionário, coxinha, inimigo dos pobres entre outros, e agora, no governo Bolsonaro, quem contesta algo é chamado de comunista, lulista e petista. “Numa democracia tem o direito básico a livre expressão, mas de preferência que seja fundamentada. Dar opinião não signi ca ofender os outros, existe um limite. A gente gosta de ouvir aquilo que a gente acredita, concorda, partilha. Detestamos ouvir aquilo que vai contra o que pregamos. A esquerda tem o direito de criticar a direita e vice-versa. Isso é da democracia”, apontou. O parlamentar recordou que, apesar de ser do mesmo partido do governador Renato Casagrande, já teceu críticas ao chefe do Executivo estadual por causa de indicações políticas. “Eu já votei contra Casagrande, signi ca que estou contra o Espírito Santo? Estarei sempre com liberdade para criticar, independe de as pessoas gostarem disso ou não”, assegurou.

Vereadores em Pauta

Ampliação do atendimento à saúde

Distribuição de remédios

Fabrício Gandini (CidadaniaES)

FACEBOOK DO DEPUTADO

Governador Casagrande (PSBES)

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO

Ônibus elétricos

O deputado Gandini (Cidadania) protocolou indicação ao governo do Estado para que adquira unidades de ônibus elétricos para as linhas de transporte coletivo de passageiros do sistema Transcol. Os ônibus elétricos são mais silenciosos, econômicos e não poluentes. A redução em cerca de 1,8 tonelada a emissão de C02 por cada unidade representa o plantio de mais de 11 árvores ao ano. “Esses veículos diminuem a emissão de dióxido de carbono em até 1,8 tonelada ao ano. A longo prazo, isso traria inúmeros benefícios para o meio ambiente e saúde da população”, destaca Gandini.

Dia de Minas Gerais Na terça-feira (16), o deputado federal Evair de Melo recebeu a comenda do Dia de Minas Gerais, que homenageia personalidades da sociedade que contribuíram para o desenvolvimento do Brasil. A solenidade aconteceu em Mariana-MG, durante as comemorações do aniversário de 323 anos do município, fundado por bandeirantes paulistas, que buscavam ouro na região.

Prestação de contas de mandato A vereadora Dona Arlete (PSL-Vila Velha), divulgou, nesta semana, a sua prestação de contas de dois anos e meio de mandato. Desde o início de 2017, foram 1.791 indicações (das quais 55% foram resolvidas), 1.815 ouvidorias, 725 ofícios, 29 projetos, 17 leis e 55 pedidos de informações. “Esses números são resultado de um trabalho sério e comprometido com as necessidades da população canela-verde. Tivemos grandes conquistas nesses dois anos e meio de mandato e sei que podemos avançar ainda mais”, disse a vereadora Dona Arlete.

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Pessoas com deficiência O vereador dr. Carlos Almeida (PDT-Linhares), apresentou Indicação ao Poder Executivo, “Assegurando às pessoas com de ciência auditiva, surdos e mudos, o direito a atendimento por Tradutor ou Interpretes de LIBRAS nos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta, nas empresas de energia elétrica e abastecimento de água, concessionárias, hospitais, laboratórios, sessões ordinárias, conferências, peças teatrais e palestras”.

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Atestado médico A Vereadora Cleusa Paixão (PMN-Serra) apresentou o PL nº 070/2019 que torna obrigatório o atestado médico para acompanhantes de crianças, adolescentes, idosos, portadores de de ciência e gestantes.

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AGÊNCIA SENADO

Felipe Rigoni (PSB-ES)

Semana de combate à violência contra a mulher

Proposta de Emenda à Constituição O deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) discursou durante reunião da Comissão Especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45/2019) da reforma tributária. O parlamentar capixaba defendeu a proposta como ferramenta de desburocratização e diminuição da carga tributária para os mais pobres. Entre as propostas em análise está a que devolve a famílias de baixa renda, em forma de crédito tributário, parte dos impostos pagos nos produtos da cesta básica. O texto propõe também a criação do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), uni cando IPI, PIS, Co ns, ICMS e ISS, todos incidentes sobre o consumo. “As reformas tributária, administrativa e da Previdência formam o tripé de uma transformação estrutural necessária para o País. A simpli cação dos tributos vai trazer benefícios para os cidadãos, para os Estados – dando m à guerra scal – e para o ambiente de negócios”, defendeu Rigoni. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Luciano Machado (PV-ES) Santa Casa de Misericórdia Guaçuí O deputado estadual Luciano Machado (PV), assinou emenda parlamentar para apoio no custeio da Santa Casa de Misericórdia Guaçuí, a unidade de saúde referência na Região do Caparaó. Estiveram no gabinete do deputado para receber ofício os vereadores José Carlos Pereira Leal (Zé Ruim), Mirian Soroldoni e a liderança comunitária Jacó.

Renan Rossoni Pattuzzo (PRP-João Neiva), apresentou o PL nº 269/2019 que propõe institui a Semana Municipal de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. “É preciso que as mulheres continuem a alcançar e conquistar espaços na sociedade nos diversos âmbitos, a mulher é gura fundamental na construção de uma família e de uma nação justa e igualitária”, justi ca o parlamentar.

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Obras A vereadora Waldirene Alves Santana (PEN-Pinheiros) com Indicação nº 156 de 17/06/2019, solicita o prefeito do município, pavimentação; construção de uma cerca com tela; instalação de internet; pintura; aquisição de um tanque para lavar roupas e cobertura entre os banheiros da Escola Infantil Maria Olinda de menezes.

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Taxa de água Alexandro Kill (PDT-Domingos Martins), autor do Projeto de Lei nº 17/2019 que concede isenção de taxa de água aos proprietários que cederem área de seu imóvel para perfuração de poços artesianos e/ou instalação de reservatórios da rede pública de abastecimento de água. A medida é mais do que justa, a nal, os proprietários ao cederem seus imóveis para perfuração de poços artesianos e/ou instalação de reservatórios, devem ter ao menos o benefício da concessão da isenção da taxa de água, uma vez que a utilização do espaço pelo município impõe vários ônus ao imóvel.

## O Projeto de Lei nº 23/2017, de autoria do vereador Solivan Abel omas (PODE-Viana), dispõe a obrigatoriedade da disponibilidade de 01 (uma) cadeira de rodas em agência bancária do município. A justi cativa é garantir aos portadores de necessidades especiais o cumprimento dos direitos à acessibilidade.


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