ANO IX - Nº 310 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 01 A 07 DE AGOSTO/2019 SERRA/ES
Distribuição Gratuita
Investimento na primeira infância traz retorno imensurável
ANA LUCIA
8 Estive pesquisando o modo de se vestir e maquiar dos anos 60. Usava-se muito o efeito "gatinho" nos olhos Pág. 11
JORGE PACHECO
8 Sinceramente, eu estou completamente decepcionado com as atitudes do presidente. As declarações polêmicas dele já bastam Pág. 5
DAVI MOURRAHY
SHUTTERSTOCK
8 Se zermos um paralelo com nossas vidas, quantas vezes caímos, mas a nossa persistência é que nos faz levantar e acreditar na nossa capacidade Pág. 8 HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Entrevista com possível com o
delegado federal, Márcio Greic. Possível pré-candidato à prefeitura da Serra em 2020 Pág. 12
Vitória já ganhou mais de 1,3 mil novas árvores neste ano
Pág. 2
Megacidade futurista
começa a ser construída REPRODUÇÃO
base nos estudos do Perry e, em entrevista à BBC News Brasil, relatou que o retorno para cada dólar investido na educação infantil acontece, principalmente, por conta da redução de crimes. Ler para crianças tem um grande impacto no desenvolvimento delas, ainda mais se a atitude vier da família, defendeu o economista na entrevista. Pág. 4
Carinho que faz bem
Kambô, uma das maiores pererecas
Dez minutos de carinho em animais já diminui estresse. Pesquisa constatou que hormônio do estresse era menor em quem passou tempo acariciando gatos e cachorros Pág. 8
da Região Amazônica
DIVULGAÇÃO KAFFEEFORM
Borras de café são transformadas em xícaras compostáveis
Uma xícara de café para servir café. Parece até redundante, mas não é. Fundada em 2015, a empresa Kaffeeform reaproveita borras de café para produzir copos e xícaras. Os resíduos são coletados diariamente em cafés e restaurantes de Berlim, a capital da Alemanha Pág. 6
A previsão é de que até 2030 o projeto seja capaz de abrigar carros voadores, dinossaurosrobôs, lua artificial gigante e uma praia de brilha no escuro
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
LUCIANA FRAZÃO
DIVULGAÇÃO
habilidades cognitivas e socioemocionais. Com isso, o economista a rma que há um alto retorno nanceiro para cada valor investido nas crianças, além do fato d e o s a l u n o s d e s e nv o l v e r e m habilidades como autocontrole e terem mais chances de conseguirem se colocar no mercado de trabalho. Contudo, Heckman pesquisou os d a d o s d o e x p e r i m e nt o Pe r r y
A Phyllomedusa bicolor, também conhecida como perereca-macaco, pode chegar até 12 centímetros de comprimento e possui propriedades antimicrobianas Pág. 10
Pág. 6
ISTOCK/GETTY IMAGES
Preschool Project, realizado nos Estados Unidos, em 1962, e que dividiu 123 crianças em dois grupos: um com acesso à educação de alta qualidade e outro com pouco recurso educacional. O objetivo era descobrir se uma boa educação infantil in uencia a vida pessoal e pro ssional dos alunos. Recentemente, o ganhador do Nobel divulgou nova pesquisa com
O investimento na primeira infância tem impacto positivo crucial na sociedade e na melhoria de vida dos favorecidos. Essa é a defesa do Nobel da Economia de 2000 e professor de economia da Universidade de Chicago, James J. Heckman. Acima de tudo, nessa fase da vida, do zero aos cinco anos, o cérebro está maleável ao desenvolvimento de
Pesquisa indica que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental Problemas de saúde mental têm se tornado cada vez mais comuns em todo o mundo. A ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas. Aliás, o Brasil é o País com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E não para por aí. Novos dados indicam que 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão Pág. 9
2 MEIO AMBIENTE
01 A 07 DE AGOSTO DE 2019
Manguezais são aliados Mapeamento indica onde pesca ameaça tubarões na luta contra as mudanças climáticas oceânicos Estudo internacional usou dados de monitoramento por satélite e propõe ferramenta para delimitar áreas de preservação
WKIMEDIA (CC)/ANTON BIELOUSOV
ANDRÉ AFONSO/UFRPE
Em mens agem para o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangue, celebrado no dia 26 de julho, a d i re t or a - ge r a l d a Un e s c o, Audrey Azoulay, lembrou que esses ecossistemas são fundamentais tanto para comunidades de regiões costeiras — onde os manguezais são fonte de subsistência e prot e ç ã o c ont r a d e s a s t re s naturais — quanto para o resto do mundo, que tem nos mangues um aliado contra o aquecimento global. “Seus complexos sistemas de raízes aprisionam sedimentos, reduzem o uxo da água e armazenam o carbono azul costeiro proveniente da atmosfera e do oceano”, disse Audrey. O carbono azul é o gás carbônico que é armazenado pelos ecossistemas oceânicos e litorâneos, sendo absorvido da atmosfera e convertido em biomassa, encontrada nos seres vivos e no meio ambiente. Com essa captura de carbono, mares e costas ajudam a regular o volume de gases do efeito estufa dispersos na atmosfera. A chefe da Unesco a rmou ainda que os manguezais “contribuem para a estabilidade do litoral, ao proteger os recifes de coral e prevenir a erosão causada por ondas e
tempestades”. No s u l d a Ta i l â n d i a , o s benefícios associados à proteção dos mangues contra temporais foram estimados em 10,8 mil dólares por hectare, de acordo com dados da Convenção da ONU sobre Zonas Úmidas. No estuário do rio Krabi, manguezais estão sendo recuperados e plantados para proteger comunidades litorâneas vulneráveis contra tempestades tropicais e também para contor nar os imp ac tos do aumento do nível do mar. Segundo pesquisas coletadas pela convenção da ONU, a principal causa do desaparecimento dos mangues é a transformação desses ecossistemas em zonas agrícolas ou destinadas à aquicultura. Essa forma de destruição dos manguezais é observada principalmente no sudeste da Ásia. A Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos aponta que em torno de 67% de todos os manguezais do mundo desapareceram ao longo do século passado, devido ao desenvolvimento das regiões costeiras, à aquicultura, à poluição e a outras atividades humanas. “A proteção dos manguezais e x i g e s o l u ç õ e s c i e nt í c a s inovadoras e uma abordagem
multidisciplinar, que abranja as ciências hídricas e ambientais, as geociências, a oceanogra a e os sistemas de conhecimento locais e indígenas, todos presentes no trabalho desenvolvido pela Unesco”, a rmou Audrey. A dirigente lembrou que, por meio da criação de reservas da biosfera e sítios do patrimônio, a agência da ONU tem colocado diferentes áreas de mangue sob esforços de conservação. Entre os exemplos, estão a reserva da biosfera La Hotte, no Haiti, o geoparque global Langkawi, na Malásia, e o patrimônio mundial de Sundarbans, no Delta do Rio G ange s . E st i m a - s e qu e o s manguezais ofereçam serviços ecossistêmicos avaliados em 1,6 bilhão de dólares por ano. Esses serviços incluem a oferta natural de animais capturados para consumo humano e a par ticipação no equilíbrio ecológico de comunidades litorâneas. “Os mangues são ecossistemas versáteis localizados em estuários tropicais, que formam o habitat de inúmeras espécies anfíbias e marinhas, fornecem atividades e produtos essenciais às comunidades humanas ao seu redor e preser vam o meio ambiente e a biodiversidade”, enfatizou Audrey.
“Já aconteceu de marcarmos tubarões em Fernando de Noronha e sua marca ser recuperada na costa do Senegal, na África”, diz o engenheiro de pesca Fábio Hazin. O grupo coordenado por ele na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) se especializa no monitoramento por satélite – usando as tais marcas – de uma diversidade de espécies de tubarões oceânicos, ou pelágicos. O problema é que, nesses amplos trajetos, os avantajados peixes buscam zonas ricas em alimento. Nelas podem encontrar um competidor perigoso – de acordo com artigo publicado na edição da revista Nature – barcos pesqueiros, contribuindo para reduzir as populações desses predadores marinhos. Alguns integrantes do grupo de Hazin participaram do estudo, liderado por pesquisadores de Por tuga l e d a Ing l ater ra, contribuindo com o c o n h e c i m e nt o s o b r e c i n c o espécies. São elas o tubarão-baleia (Rhincodon typus), estudado por Bruno Macena; o tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier), por André Afonso; o tubarão lombo-preto (Carcharhinus falciformes) por Fernanda Lana; o tubarão-martelo (Sphyrna lewini), por Natalia Bezerra, e o tubarão galha-branca (Carcharhinus longimanus), estudado por Mariana Tolotti sob orientação de Paulo Travassos,
também da UFRPE e coautor do trabalho. Além desses, a parceria de mais algumas dezenas de pesquisadores de vários países garantiu um conjunto de 23 espécies, que Hazin considera ser uma proporção considerável dos tubarões pelágicos. Todos os projetos usam equipamento semelhante, em grande parte produzido pelo mesmo fabricante, o que garante que os dados sejam comparáveis. Depois de aproximar-se o su ciente do tubarão, ou capturá-lo para trazêlo perto do barco, os pesquisadores prendem a marca eletrônica na nadadeira dorsal com ajuda de um dardo. Esse equipamento ca xo no animal por até seis meses, armazenando dados de profundidade, temperatura e localização geográ ca. Quando se desprende do tubarão, o dispositivo sobe à superfície e transmite os dados – de onde estiver – por satélite. Os pesquisadores recebem então essas enormes quantidades de dados em seus computadores. O estudo agora publicado é o primeiro a usar a metodologia para fazer um mapeamento global dos movimentos de tubarões oceânicos. De acordo com o estudo, quase dois terços das 23 espécies analisadas são classi cadas como ameaçadas de extinção ou vulneráveis na lista vermelha da União Internacional
para a Conservação da Natureza (IUCN), e um quarto é considerada quase ameaçada. A pesca de espinhel, na qual longas linhas com uma sucessão de anzóis se estendem para dentro da água, é a técnica responsável por boa parte das capturas de tubarões, sejam elas voluntárias ou incidentais (no caso de espécies cuja pesca é proibida). O mapeamento das rotas dos tubarões e das zonas de pesca declaradas por cada país permitiu elaborar um índice de exposição à atividade pesqueira, variável geogra camente e conforme a espécie – as cinco estudadas pelo grupo pernambucano não estão entre as mais afetadas. As zonas que congregam mais impacto pesqueiro nas populações de tubarões estão no Atlântico Norte, na costa pací ca dos Estados Unidos, ao sul do continente africano e a leste da Austrália. O p es quis ador da UFRPE considera que essas medidas são essenciais para a manutenção de p opu l a ç õ e s suste nt áve is d e tubarões, inclusive tendo em vista benefícios à atividade comercial. “A p e s c a p o d e s e r e conomicamente rent ável e ecologicamente sustentável”, explica, destacando que é possível fazer combinações de proteção que tragam benefícios de todos os lados.
Vitória já ganhou mais de 1,3 mil novas árvores neste ano DIVULGAÇÃO SEMMAM
Vitória ca cada vez mais verde. Só no primeiro semestre deste ano, foram plantadas 1.353 mudas de árvores em vias públicas e parques urbanos. As nove regionais da cidade foram contempladas: Centro, Santo Antônio, Jucutuquara, Maruípe, Praia do Canto, Goiabeiras, São Pedro, Jardim
Camburi e Jardim da Penha, cujos bairros receberam, no total, 1.186 mudas de árvores. Já os p arques urb anos Atlântica, Barão de Monjardim, Horto de Maruípe, Moscoso, Padre Alfonso Pastore, Pedra da Cebola e Pianista Manolo Cabral receberam 49 plantios de mudas. Além disso, as
dependências do Tancredão receberam mais 118 mudas de ár vore s . O s s e r v i ç o s s ã o executados pela Gerência de Áreas Verdes (GAV/Semmam). O secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Emanuel Zouain, prevê o plantio de mais cinco mil árvores em vias públicas e parques até o nal do ano, sem contar as novas espécies em áreas naturais previstas nos Projetos de Re orestamento ao longo do Maciço Central de Vitória.
A arborização é de fundamental importância para a qualidade de vida, pois apresenta função na melhoria e estabilidade microclimática, devido à redução das amplitudes térmicas, na ampliação das taxas de transpiração, na redução da insolação direta, entre outros benefícios. A cobertura vegetal das c i d a d e s e x e rc e , a i n d a , diversas melhorias na qualidade do ambiente
urbano, puri cando o ar p ela xação de poeira, gases tóxicos e pela reciclagem de gases que absorvem o gás carbônico gerado por várias atividades humanas, em especial a q u e i m a d e combustíveis fósseis dos veículos. Além d i s s o, o s v e g e t a i s liberam oxigênio para a atmosfera.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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CULTURA 3
01 A 07 DE AGOSTO DE 2019
Chimpanzé pinguço e fumante JULIANA MIRANDA
Jongo: preservação da ancestralidade negra no Brasil Patrimônio Cultural do Brasil desde 2005, o jongo é uma manifestação cultural de origem africana, trazida pelos negros escravizados durante o período colonial DIVULGAÇÃO
Um chimpanzé da Rússia, chamado Zhora, teve que ser enviado para a reabilitação por conta de seu vício em bebida alcoólica. O animal, que vivia em um zoológico russo, passou a fumar e a beber de forma compulsiva depois que diversos turistas inconsequentes ofereceram cigarros e bebidas a ele. Zhora se tornou viciado em tabaco e alcoólatra por culpa dos próprios visitantes, que não respeitaram as regras do zoológico. O vice-diretor da instituição, Nadezhda Yeutushenko, disse que a equipe do zoológico de Rostov sempre pede aos turistas que não ofereçam nada aos animais, mas a ordem tem sido desrespeitada. Yeutushenko também disse à
imprensa russa que Zhora ficava atrás de três cercas, mas, mesmo assim, os visitantes jogavam cigarros e bebidas para ele. Zhora agora foi transferido para uma cidade diferente, para fazer um tratamento de reabilitação. Os funcionários do zoológico culpam os visitantes pelos vícios do animal. “As pessoas riem quando veem um animal bebendo álcool e fumando”, dizem eles. O que elas não c o n s e g u e m e n x e r g a r, n o entanto, é que isso é prejudicial para a saúde e o bem-estar do animal. “Beber e fumar são hábitos cruéis, que prejudicam a saúde do animal, e muitos não e nt e n d e m i s s o”, d i s s e u m funcionário do zoológico. O chimpanzé russo deve permanecer na reabilitação até
FOTO: REPRODUÇÃO
que esteja livre dos vícios. Os funcionários do zoológico disseram que será possível curar os hábitos de fumar e beber cerveja adquiridos pelo animal. Antes de viver no zoológico, Zhora era um macaco de circo, mas tornou-se agressivo e foi transferido para a cidade russa de Rostov. Na unidade, o animal teve filhotes e aprendeu a desenhar com canetas marca texto. Infelizmente, a bebida e os cigarros estavam arruinando a vida do animal. Zhora foi transferido para a cidade de Kazan, que fica a cerca de 800 quilômetros a leste de Moscou. O animal vai continuar em tratamento de reabilitação até que fique completamente bem. (Sitedecuriosidades.com)
Ministério da Cidadania apoia a realização de festivais de cinema Inscrições seguem até o dia 30 de setembro para projetos a serem realizados nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, além dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo
O Jongo de São Benedito e São Sebastião de Itaúnas, no Espírito Santo, tem como missão ensinar ao máximo de pessoas a história e a dança do jongo O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cidadania, tem registrado 47 Patrimônios Culturais Imateriais em todo o Brasil. Segundo definição da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o patrimônio i m ate r i a l c ompre e n d e “a s expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus d e s c e n d e n t e s ”. U m d o s patrimônios imateriais br a s i l e i ro s c ome ç a c om a t r a d i ç ã o d o j on g o, mu it o presente na região Sudeste do País. Patrimônio Cultural do Brasil desde 2005, o jongo é uma manifestação cultural de origem africana, trazida pelos negros escravizados durante o período colonial. A dança coletiva, o canto, a percussão de tambores e elementos místicos representam a preservação da ancestralidade negra para comunidades de diversas regiões do País. Pres er vado de geração a geração, o jongo é praticado pr i n c ip a l m e nt e n a re g i ã o
Sudeste, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. E é neste último que está localizado o Jongo de São Benedito e São Sebastião de Itaúnas – distrito do município de Conceição da Barra. O mestre Benedito Conceição Filho, de 59 anos, tinha apenas 16 quando recebeu a responsabilidade pelo grupo. A missão maior é ensinar ao máximo de pessoas a história e a dança do jongo. A reforma “A gente brinca com pessoas de dacores: natureza várias mulato, branco, negro, índio. Então, é uma mistura de descendência de g e n t e ”, a f i r m a . “ E u s o u descendente de quilombola e o jongo é um símbolo que fica na marca da família das pessoas. Aprendi com os meus pais, meus avós e, agora, estou ensinando para os meus filhos, para os meus netos e, quem sabe, para os meus bisnetos”, relata. No sul do estado do Rio de Janeiro, o Ponto de Cultura Jongo do Pinheiral é referência na arte de transmitir a tradição da dança e trabalhar a autoestima dos negros, com especial trabalho voltado às crianças. A região teve a maior fazenda de café na época do Brasil Colônia. Hoje, em ruínas, a fazenda São José do Pinheiro é
REPRODUÇÃO
O Ministério da Cidadania lançou, em 2018, edital de apoio à realização de festivais e mostras de cinema em todo o País. No total, foram disponibilizados R$ 26,5 milhões, sendo 50% para projetos dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo e o restante para os demais estados. O montante destinado ao eixo Rio-São Paulo já foi integralmente utilizado, mas ainda há disponível cerca de R$ 2,5 milhões para projetos nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste e R$ 511 mil para a região Sul e os estados de Minas G erais e Espír ito Santo. Interessados em participar do edital têm até 30 de setembro para se inscrever. Para conseguir o apoio, os eventos precisam ser organizados até 31 de dezembro deste ano. O s e cret ár io esp e cia l da Cu ltu r a d o Mi n i s t é r i o d a Cidadania, Henrique Pires, destaca que o edital tem como pilar o incentivo a uma produção descentralizada. “Queremos conhecer a produção cultural de todos os estados brasileiros. Temos uma diversidade muito
rica, que se reflete no nosso audiovisual. Agora queremos ver essa diversidade nas telas dos festivais”, destaca. “É um edital extremamente importante, pois apoia mostras e festivais, que são uma vitrine para que as produções como filmes e séries possam aparecer, assim como os novos profissionais da indústria do audiovisual”, completa. Lançado em fevereiro de 2018, o edital é de fluxo contínuo e vem recebendo inscrição de projeto desde então. Até o momento, 165 propostas já foram inscritas: destas, 99 foram qualificadas e receberam recursos para execução de suas at i v i d a d e s , 6 0 n ã o f o r a m qualificadas e quatro não foram analisadas porque os recursos destinados à região específica já haviam sido utilizados. Houve uma desistência. Os interessados em participar da seleção podem inscrever projetos de festivais e mostras que já tenham, no mínimo, cinco edições realizadas – não necessariamente de forma ininterrupta. Também podem participar eventos que já tenham
duas edições organizadas, desde que apresentem chancela do poder executivo municipal. O edital ainda contempla projetos de mercado audiovisual e do setor de jogos eletrônicos já constituídos, b em como a participação em premiações e eventos internacionais reconhecidos pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), entidade vinculada ao Ministério da Cidadania, além de propostas de formação no setor. Para participar, as empresas ou instituições com fins lucrativos devem estar classificadas como agentes econômicos brasileiros independentes pela Ancine, com registro regular, nos termos da Instrução Normativa nº 91. Há três categorias de premiação, sendo que o valor máximo é de R$ 600 mil. As inscrições para o edital são realizadas por meio da plataforma Mapas da Cultura. Mais informações sobre as regras de participação no edital podem ser obtidas por meio do e-mail festivais.sav@cultura.gov.br.
ponto de memória dos negros escravizados. Segundo a líder do grupo, Maria de Fátima da Silveira Santos, conhecida como Fatinha, entre 2,5 a 3 mil negros foram escravizados no local e o jongo foi uma das formas utilizadas na busca pela liberdade. “Temos o maior orgulho em mostrar a nossa dança, a nossa tradição. É uma forma de comunicação, é uma bandeira que os negros usaram lá atrás em busca da liberdade. E a gente usa até hoje para estar dentro de espaços que, se não fosse o jongo, nós não estaríamos, como em teatros na capital do estado, no Brasil todo. Então, o ganho social é muito grande”, afirma. O t r ab a l ho d o Jongo d o Pinheiral existe há 40 anos. Ponto de Cultura desde 2005, oferece programação de visitação à casa, contação de histórias e oficinas de dança de jongo – com instrução de percussão e passos. “O ponto de cultura veio para coroar o nosso trabalho. Temos um trabalho e x t e n s o j u nt o à s e s c o l a s , justamente por essa prática que trazemos desde os anos 80. É um trabalho muito bacana, que temos orgulho em preservar”, ressalta Fatinha. LUCIANO DANIEL
Foto Antiga do ES
Carnaval de 1936 no Clube de Regatas Saldanha da Gama
REPRODUÇÃO INTERNET
4 EDUCAÇÃO
01 A 07 DE AGOSTO DE 2019
Pesquisa aponta elementos que interferem na prática do professor Observatório do Professor reúne mais de três mil horas de entrevistas para retratar as alegrias e dores de educadores dentro e fora das salas de aula SKYNESHER/ISTOCKPHOTO
Quais fatores podem ser decisivos para transformar a prática docente? A partir de mais de três mil horas de entrevistas, a p e s qu i s a O b s e r v at ór i o d o Professor, feita pelo Instituto Península em parceria com a PS2P – Obser vatório de c omp or t ame nto e c u ltu r a , identi cou os elementos que interferem na prática do professor que vão além da d i d át i c a e d o d om í n i o d o conteúdo. D e a c o r d o c o m o l e v ant ame nto, qu e bus c ou identi car quem é o professor fora dos muros da escola e quais são as suas angústias e paixões, professores que conseguiram criar uma ponte de relacionamento com os seus alunos geralmente levam elementos da sua história de vida para as práticas pedagógicas. “Nos melhores exemplos que nós descobrimos, o professor teve que buscar referências na sua vida pessoal para encontrar
c am i n h o s p ar a s olu c i on ar problemas que antecedem muito a questão do conteúdo e interferem no processo de aprendizagem”, explica Heloísa Morel, diretora do Instituto Península. Para entender os professores além dos números e dados, pesquisadores foram a campo para fazer 30 entrevistas em profundidade e zeram 10 vivências presenciais com 60 horas de lmagens, além de reunir informações de 20 diários on-line com três mil horas de acompanhamento remoto do dia a dia de professoras e professores de diferentes regiões do Brasil. A pesquisa também envolveu a observação de seis grupos online de pro ssionais de educação que contam com mais de um milhão de membros. “ Ta l v e z a p r o s s ã o d o professor seja uma das mais complexas que o País tem. Ele tem que olhar muitas dimensões, não apenas o técnico”, ressalta a
diretora do Instituto Península. Ao ampliar o horizonte para considerar elementos que vão além da didática na aprendizagem, ela ainda menciona que essas soluções reforçam a necessidade de políticas públicas olharem para o desenvolvimento integral dos professores. “Nós não vamos
conseguir formar alunos para os desa os do século 21 se os professores ainda não se sentem preparados para isso. De uma forma sistêmica, o desenvolvimento integral do professor não é discutido”. Apesar da rede brasileira de educação básica contar mais de dois milhões de educadores,
e nt r e o u t r o s d e s t a q u e s , a pesquisa também identi cou um sentimento comum entre boa parte deles: a solidão. Para muitos professores, há pouco espaço de diálogo e troca de experiência com os colegas. “Seu olhar sobre a educação navega entre o prazer de ensinar e a frustração de não conseguir fazer
os alunos aprenderem. Muitos sentem o peso de serem vistos como os únicos responsáveis por transformar a realidade das comunidades em que atuam, sentindo-se expostos e até vulneráveis com o desa o”, destaca o observatório. Além de apresentar os principais destaques da pesquisa, o Observatório do Professor reúne textos e vídeos que contam histórias de educadores de diferentes regiões do País que atuam em diferentes contextos. “C o m o d e s e n v o l v i m e n t o integral do docente, o domínio dos conteúdos e uma comunidade escolar fortalecida é possível lidar com desa os dos alunos, se conectar a eles e garantir ambientes de aprendizagem, construindo a ponte que liga ao conhecimento e in uenciando positivamente todo o sistema educacional”, conclui o observatório a partir de des cob er t as e re exõ es da pesquisa. (Porvir.org)
Investimento na primeira infância traz retorno imensurável James J. Heckman, Nobel da Economia, esclarece a importância de uma educação infantil de alta qualidade para a melhoria da sociedade
Sesi oferecerá aulas de
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reforço e profissionalizante
a 800 mil jovens Acordo foi assinado com o Ministério da Cidadania REPRODUÇÃO/AGÊNCIA BRASIL
O Ministério da Cidadania rmou acordo com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para oferecer cursos gratuitos pro ssionalizantes, com objetivo d e f a c i l it ar a i ns e rç ã o n o mercado de trabalho de jovens de 18 a 29 anos. O acordo também pre vê aulas de reforço em português e matemática. Os cursos vão contemplar 800 mil jovens ao longo dos próximos quatro anos. Estima-se que a iniciativa bene cie 44.318 jovens da Região Norte; 99.342, do Nordeste; 147.551, do Sul, 461.072, do Sudeste, e 47.717, no CentroOeste. O atendimento será feito de
forma progressiva. Ainda este ano, a expectativa é de que o projeto chegue a 100 mil jovens. Como critério de participação, será exigida a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais. No preenchimento das vagas, terão prioridade os jovens que não estudam nem trabalham, conhecidos como "nem-nem". O plano de aulas será composto por módulos de 100 horas. Além da carga horária da disciplina, serão ministrados conteúdos r e l a c i o n a d o s a o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, que totalizarão 200 horas. O ministro da Cidadania,
Osmar Terra, disse que o projeto "cria oportunidades para jovens que vivem nas famílias mais pobres do Brasil". "Mesmo na situação difícil em que o País está, podemos dar uma oportunidade nova e robusta de emprego e renda", complementou. Segundo o ministro, o governo federal também tem estudado a possibilidade de viabilizar, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a abertura de cotas de vagas para jovens com o per l do projeto. "Vamos dar um futuro para eles, abrir as portas de um novo futuro para eles, que eles não estão tendo", disse. "É um momento de transição, a economia brasileira vai deslanchando aos poucos e vai, realmente, acho, dar um grande salto, em pouco tempo. Mas essa transição é ainda muito dolorosa, em função da recessão e do desemprego, e é muito importante que essas pessoas não quem para trás. Que os mais pobres, os jovens mais pobres, não quem para trás".
O investimento na primeira infância tem impacto positivo cr ucia l na s o cie dade e na melhoria de vida dos favorecidos. Essa é a defesa do Nobel da Economia de 2000 e profess or de e conomia da Universidade de Chicago, James J. Heckman. Acima de tudo, nessa fase da vida, do zero aos cinco anos, o cérebro está maleável ao desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais. Com isso, o economista a rma que há um alto retorno nanceiro para cada valor investido nas crianças, além do fato de os alunos desenvolverem habilidades como autocontrole e terem mais chances de conseguirem se colocar no mercado de trabalho.
Contudo, Heckman pesquisou os dados do experimento Perry Preschool Project, realizado nos Estados Unidos, em 1962, e que dividiu 123 crianças em dois g r up o s : u m c om a c e ss o à educação de alta qualidade e out ro c om p ou c o re c u rs o educacional. O objetivo era descobrir se uma boa educação infantil in uencia a vida pessoal e pro ssional dos alunos. Recentemente, o ganhador do Nobel divulgou nova pesquisa com base nos estudos do Perry e, em entrevista à BBC News Brasil, relatou que o retorno para cada dólar investido na educação infantil acontece, principalmente, por conta da redução de crimes. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e
emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida, e vimos que o programa era, na verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais pro b a bi l i d a d e d e e s t a re m empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”. Ler para crianças tem um grande impacto no desenvolvimento delas, ainda mais se a atitude vier da família, defendeu o economista na entrevista. Em resumo, vale destacar que o pesquisador critica as aulas expositivas e defende as metodologias ativas de ensino, que colocam o aluno como protagonista do aprendizado.
POLÍTICA 5
01 A 07 DE AGOSTO DE 2019
Jorge Pacheco
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”, Hubert H. Humphrey – 38º vice-presidente dos EUA
O clima esquentou no Planalto Declarações de Bolsonaro geram preocupação no Planalto
P
ADRIANO MACHADO/REUTERS
ensem bem: Jair Bolsonaro (PSL) obteve 55,13% dos votos válidos, conquistando 57.796.986 votos. Não acham que em respeito a essa estupenda votação ele deveria ter outra postura? Infelizmente o que todos nós estamos presenciando não é isso. Em reunião de emergência no Palácio do Planalto, na manhã de terça-feira (30), auxiliares, incluindo integrantes da ala militar do governo, avaliaram diminuir a exposição do presidente, pois monitoramento das redes sociais mostrou um crescimento de reações negativas. Lamentavelmente, enquanto ele provoca dando declarações desencontradas sobre a morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, na ditadura militar, põe em dúvida relato de indígenas acerca de ataques de
Durante participação no programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul, muito indignado o jurista defendeu: “Estamos realmente num quadro de insanidade, das mais absolutas. Não é mais caso de impeachment, mas caso de interdição”. Defendeu o jurista, que foi um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma. A declaração de Reale Jr indica que já se forma uma frente suprapartidária, que inclui PT, Psol, Rede, PCdoB e PSDB, para, segundo a rmam, tentar libertar o Brasil do ne of as c is mo re pre s e nt a d o p or Jai r Bolsonaro. Miguel Reale Jr, continua a rmando sobre as declarações do presidente, que disse saber como o desaparecido Fernando Santa Cruz – pai de Felipe Santa Cruz – foi assassinado. “É um fato gravíssimo”.
garimpeiros no Amapá e evita lamentar o massacre em Altamira. Dessa forma, o governo perde a chance de divulgar pautas positivas, de acordo com integrantes desse grupo. Mais outra: ainda na terça (30), Bolsonaro voltou a causar polêmica ao questionar a veracidade de documentos o ciais que apontam a morte de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe, como vítima da ditadura. “A questão de 1964, não existem documentos se matou, não matou, isso aí é balela”, disse. Uma das razões da reunião foi justamente tentar entender o que está por trás do comportamento de Bolsonaro. Muitos deles admitem que têm sido pegos de surpresa p e l a s d e c l a r a ç õ e s c ont rov e r s a s d o presidente. Por tudo isso, o eminente jurista Miguel Reale Jr entrou em cena e disse que este não é mais caso de impeachment, mas, sim, de interdição!
E Reale continuou: “Eu, há mais de ano, dizia que quem fosse democrata não deveria votar em Bolsonaro”, a rmou o jurista, que lembrou do discurso feito por Bolsonaro, como deputado, na votação do impeachment da presidente Dilma, em que
JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
AJUFE
homenageou Carlos Brilhante Ustra, torturador do regime de 1964. Indignado Reale continuou, “Hoje o presidente da República se sentiu no direito de ofender a todos nós, não só os advogados, mas todos que prezam pelos direitos humanos, provocando o presidente da O A B ”, r e p e l i u e l e , m a n i f e s t a n d o solidariedade ao presidente da Ordem. Sinceramente, eu estou completamente decepcionado com essas atitudes do presidente. Revoltado, Felipe Santa Cruz diz que Bolsonaro é cruel e que debochou do assassinato do seu pai. “Se o presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu no período militar, eu conto para ele”, disse Bolsonaro. Santa Cruz, que disse “estranhar tal comportamento em um homem que se diz cristão”, respondeu ao ataque de Bolsonaro. “Como orgulhoso lho de Fernando Santa Cruz, quero inicialmente agradecer pelas manifestações de solidariedade que estou recebendo em razão das inquali cáveis REPRODUÇÃO
declarações do presidente Jair Bolsonaro. O mandatário da República deixa patente seu desconhecimento sobre a diferença entre público e privado, demostrando, mais uma vez, traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia. É de se estranhar tal comportamento em um homem que se diz cristão. Lamentavelmente, temos um presidente que trata a perda de um pai como se fosse assunto corriqueiro — e debocha do assassinato de um jovem aos 26 anos. Meu pai era da juventude católica de Pernambuco, funcionário público, casado, aluno de Direito. Minha avó acaba de falecer, aos 105 anos, sem saber como o lho foi assassinado. Se o presidente sabe, por “vivência”, tanto sobre o presente caso quanto com relação aos de todos os demais “desaparecidos”, nossas famílias querem saber. A respeito da defesa das prerrogativas da advocacia brasileira, nossa principal missão, asseguro que permaneceremos irredutíveis na garantia do sigilo da comunicação entre advogado e cliente. Garantia que é do cidadão, e não do advogado. Vale salientar que, no episódio citado na infeliz coletiva presidencial, apenas o celular de seu representante legal foi protegido. Jamais o do autor, sendo essa mais uma notícia falsa a se somar a tantas. O que realmente incomoda Bolsonaro é a defesa que fazemos da advocacia, dos direitos humanos, do meio ambiente, das minorias e de outros temas da cidadania que ele insiste em atacar”. Moral dessa história: Quem nunca comeu ou bebeu melado, quando come ou bebe, se lambuza!
6 TECNOLOGIA
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Megacidade futurista começa a ser construída A previsão é de que até 2030 o projeto seja capaz de abrigar carros voadores, dinossauros-robôs, lua artificial gigante e uma praia de brilha no escuro REPRODUÇÃO
Carros elétricos vão gerar novos empregos DIVULGAÇÃO
Em 2017, o príncipe saudita Mohammed bin Salman falou sobre seu sonho de construir uma megacidade futurista às margens do Mar Vermelho. O herdeiro começou a realizar esse desejo semana passada, quando “Neom” começou a receber os primeiros trabalhadores da construção civil. O projeto de US$ 500 bilhões ( c e rc a d e R $ 1 , 9 t r i l h ã o ) pre te n d e t r ans for m ar u m vilarejo pesqueiro em uma área repleta de resorts de luxo repleta de tecnologias avançadas. Além de robôs de dinossauros, táxis voadores, uma praia que brilha no escuro, uma lua artificial gigante, entre outros. Em entrevista para a agência Bloomberg, o príncipe disse que Neom deve ficar pronta até 2030 e que ela faz parte da transição para a “Arábia Saudita 2.0”, um
plano para preparar a economia do reino para a escassez do petróleo no Oriente Médio. Salman explica que o nome vem de “neo”, que significa novo, e o “m” foi incluído para representar a palavra “mustaqbal”, uma expressão árabe de "futuro". Segundo ele, a área terá 12 pequenas cidades próximas ao mar e outras nos vales e montanhas, além de uma zona industrial, um porto e vários aeroportos. Além do custo e do fato de muitos investidores estrangeiros considerarem o projeto uma vaidade, o príncipe precisa lidar com questões políticas complexas. Por isso, até que Mohammed bin Salman assuma o t r o n o, a p r e v i s ã o é d e incertezas em relação à transição. Por enquanto, a empresa
estatal desenvolvedora afirmou que o feedback dos líderes empresariais da Ásia, Europa e Estados Unidos sobre a Neom é muito positivo. “As empresas entendem que estamos construindo não apenas uma região, mas uma potência comercial, e elas querem fazer parte disso”, explicou a estatal. No entanto, as milhares de pessoas que atualmente vivem no s 2 6 , 5 m i l qu i l ôme t ro s quadrados destinados ao projeto, estão interessadas no próprio futuro. A notícia de que eles farão parte de um megaprojeto global trouxe um misto de esperança de prosperidade econômica, com preocupação de reassentamento para que suas casas sirvam como local de moradias de luxo.
Borras de café são transformadas em
Os carros elétricos são o futuro. E tamb ém deles dependerão muitos empregos. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa cujos resultados foram divulgados pela consultoria B oston Consulting Group. Segundo a pesquisa, apenas nos Estados Unidos devem ser criadas pelo menos 115 mil vagas
para engenheiros de mobilidade nos próximo 10 anos – pro ssionais especializados no desenvolvimento e testes de carros elétricos. Mesmo por lá, esse número de vagas é seis vezes maior que o número de pro ssionais da área. Acontece que, hoje, p ou c o s e n g e n h e i ro s ou
cientistas da computação escolhem o segmento para s e g u i r c ar re i r a . Poré m , estima-se que até 2030, metade da frota de carros nos E s t a d o s Un i d o s j á s e j a totalmente elétrica – e que setores como o dos táxis – já tenham abandonado completamente os combustíveis fósseis.
Número de drones cadastrados no Brasil salta em apenas um ano REPRODUÇÃO CANALTECH
xícaras compostáveis Os resíduos são coletados diariamente de cafés e restaurantes em Berlim DIVULGAÇÃO KAFFEEFORM
Uma xícara de café para servir café. Parece até redundante, mas não é. Fundada em 2015, a empresa Kaffeeform reaproveita borras de café para produzir copos e xícaras. Os resíduos são coletados diariamente em cafés e restaurantes de Berlim, a capital da Alemanha. A ideia de fabricar os utensílios veio após o fundador, Julian Lechner, tomar incontáveis doses de café expresso na Itália, enquanto estudava design de produto. Um dia ele questionou como os resíduos da fabricação de cada xícara poderiam ser reutilizados: foi o primeiro passo para o que viria a se tornar a
Kaffeeform, após cinco anos de desenvolvimento. Para chegar até o produto nal, ele desenvolveu um material feito a partir de borras de café, biopolímeros (polímeros produzidos por seres vivos), amido, celulose, madeira, resinas naturais, ceras e óleos. Desta forma, o resultado é um produto
resistente aos líquidos e ao calor, que p o de s er colo cado na máquina de lavar louça e até resistir a quedas. Para completar, são leves e têm um leve cheiro de café, perfeito para os amantes do bom cafezinho. Após seu ciclo de uso, cada utensílio pode ser compostável. Os produtos estão presentes em lojas de diversos países europeus e a empresa ainda produz copos personalizados para outras companhias. Pensar na sustentabilidade de um produto desde sua produção até o p ós-consumo é uma responsabilidade que algumas empresas estão encarando com muita criatividade.
Em julho do ano passado, a DroneShow (organização responsável por conectar os pro ssionais e fortalecer os ecossistemas de geolocalização e d ron e s ) p a s s o u a d i v u l g a r números atualizados dos dois principais sistemas onde são feitos os cadastros de drones no Brasil: a S olicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (Sarpa, que é mantida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e o Sistema de Ae ron av e s Nã o Tr ipu l a d a s (Sisant, que pertence, por sua vez, à Agência Nacional de Aviação Civil). O objetivo dessa iniciativa é informar sobre o avanço no setor de drones no país. No último mês, a DroneShow divulgou os dados mais recentes e revelou que o número de aeronaves desse tipo apresentou um crescimento considerável do ano passado até agora. Em julho do ano passado, a DroneShow (organização responsável por conectar os pro ssionais e fortalecer os ecossistemas de geolocalização e d ron e s ) p a s s o u a d i v u l g a r
números atualizados dos dois principais sistemas onde são feitos os cadastros de drones no Brasil: a S olicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (Sarpa, que é mantida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e o Sistema de Ae ron av e s Nã o Tr ipu l a d a s (Sisant, que pertence, por sua vez, à Agência Nacional de Aviação Civil). O objetivo dessa iniciativa é informar sobre o avanço no setor de drones no país. No último mês, a DroneShow divulgou os dados mais recentes e revelou que o número de aeronaves desse tipo apresentou um crescimento considerável do ano passado até agora. Em 2018, o SISANT contava com um total de 46.058 pessoas cadastradas, sendo quase 95% delas pessoas físicas e o restante empresas. Em relação ao número de drones, estavam cadastradas 48.752 aeronaves, sendo pouco mais de 35% para uso pro ssional e o restante de uso recreativo. Já em 2019, o sistema conta com 71.561 drones cadastrados, sendo 26.016 pro ssionais e 45.545
recreativos — um aumento de 55,3% em 12 meses. A quantidade de pessoas cadastradas na plataforma também cresceu, saltando para a marca de 58.804 registros. Ta n t o a s a e r o n a v e s n ã o tripuladas de uso recreativo (aeromodelo) quanto as de uso p r o s s i o n a l ( R PA ) s ã o obrigatoriamente cadastradas no Sisant, que é muito claro em suas limitações: o peso máximo de decolagem é 25 quilos, e a aeronave em questão não deve voar além da linha de visada visual (BVLOS), ou seja: 120 metros acima do nível do solo. Deve ser feito um cadastro por aeronave e cada equipamento deve estar vinculado a uma pessoa ou a uma empresa no Brasil, que será a responsável legal pela aeronave. Po r s u a v e z , o S a r p a f o i desenvolvido sob a premissa de promover a facilidade na solicitação de acesso ao espaço aéreo para o uso de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS/Drones).
CIÊNCIA 7
01 A 07 DE AGOSTO DE 2019
Cientistas estudam forma de "curar" o envelhecimento Pesquisadores do Vale do Silício encaram a velhice como uma doença que pode ser tratada ILUSTRAÇÃO: PEDRO CORRÊA
Um dos mitos da Grécia Antiga, que remonta a 700 a.C., conta a história de amor de Eos, a deusa do amanhecer, e Titono, irmão mais velho do rei de Troia. Eos se apaixonou por Titono e pediu a Zeus que concedesse a ele a imortalidade dos deuses. Mas se esqueceu de pedir eterna juventude. Titono viveu por anos a o, de nhando, esquecido pela própria Eos, que o trancou em um quarto escuro até que, nalmente, ele se transformou em uma cigarra. Alguns milênios depois, a longa busca da humanidade pela vida e juventude eternas ganha, pela primeira vez, contornos cientí cos. No Vale do Silício, pesquisadores têm tentado unir medicina e tecnologia para encontrar maneiras de nos fazer v i v e r m a i s e m a i s j ov e n s , encarando o envelhecimento como uma causa para as tantas doenças associadas a ele e, portanto, passível de tratamento ou mesmo cura. O primeiro laboratório biomédico dos Estados Unidos dedicado inteiramente a pesquisar o envelhecimento foi criado em 1999 em Novato, na
Baía de São Francisco, a poucos quilômetros do Vale do Silício. Com a missão de acabar com as doenças relacionadas à passagem do tempo, o Instituto Buck acredita que é possível as pessoas aproveitarem a vida aos 95 anos tanto quanto o faziam aos 25. “Nesses anos de pesquisa, chegamos a duas conclusões: a primeira é de que podemos m u d a r o r i t m o d o
envelhecimento em animais, modi cando a genética e a alimentação”, diz o geneticista G ordon L it hgow, chefe de p e s qu is as no i nst ituto. “A segunda é que o processo de envelhecimento é um gatilho — ou mesmo uma causa — para as doenças crônicas em idade avançada”. A grande hipótese, s e g u n d o L it hgow, é qu e a medicina talvez esteja olhando
Castores gigantes habitaram
o planeta até 10 mil anos atrás RYAN SOMMA/WIKIMEDIA COMMONS
Diferentemente dos castores modernos, eles não tinham dentes afiados e se alimentavam de plantas aquáticas Castores gigantes do tamanho de ursos-negros já vagaram pelos lagos e pântanos da América do Norte. Para a sorte dos frequentadores de cabanas dessas regiões, esses roedores gigantes morreram no m da última era do gelo. Agora extinto, o castor era uma espécie altamente bemsucedida. Cientistas encontraram seus fósseis em to do o ter r itór io nor teamericano: da Flórida ao
Alasca. Bem maior do que o castor encontrado atualmente, o animal chegava a pesar 100 quilos. Mas havia duas diferenças cruciais: ele não tinha a cauda achatada com formato de nadadeira, como os castores modernos. Em vez disso, tinha cauda longa e na, como a de um rato. Os dentes também eram diferentes. Castores modernos têm os incisivos (dentes da frente) a ados e
quase como um cinzel; os incisivos dos castores gigantes eram mais grossos e curvados, sem uma borda a ada e cortante. A espécie foi extinta subitamente há dez mil anos. O desaparecimento do castor gigante coincide com a de muitos animais grandes da era do gelo, incluindo o icônico mamute-lanoso. Mas até agora cientistas não sabiam ao certo por que o roedor morreu.
para as doenças crônicas associadas ao envelhecimento da forma errada — e, se c on s e g u i r m o s re v e r t e r ou retardar o processo, talvez seja possível proteger o corpo dos danos causados por ele. Além do Buck, laboratórios c o m o o C a l i c o e o Un i t y Biotechnolog y têm como objetivos explícitos “resolver a morte” e “combater os efeitos do
e n v e l h e c i m e n t o” e s ã o nanciados pelos bilionários S erge y Br in e L ar r y Page, fundadores do Google, Jeff Bezos, da Amazon, e Peter iel, do PayPal. Mas é a Fundação SENS, criada em 2009 pelo cientista da computação inglês Aubrey de Grey, entre outros nomes, que desperta as maiores p ol ê m i c as na c omu n i d a d e cientí ca. Na visão de Aubrey de Grey, de 56 anos, o envelhecimento deve ser tratado como um fenômeno simples, e nosso corpo visto como uma máquina ou uma engenhoca que pode ser consertada. “O motivo de termos carros que ainda rodam após cem anos é o fato de eliminarmos os estragos antes mesmo de as portas caírem. O mesmo vale para o corpo humano”, a rma o britânico em entrevista à Galileu. Para desenvolver o modelo que chama de SENS, sigla para S t r at e g i e s f o r E n g i n e e r e d Negligible Senescence (estratégias para engenharia de uma senescência negligenciável, em tradução livre), ele olhou para os principais processos que l e v a m a o e nv e l h e c i m e n t o
conhecidos hoje: perda e degeneração das células; acúmulo de células indesejáveis, como de gordura ou senescentes (velhas); mutações nos cromossomos e nas mitocôndrias; acúmulo de “lixo” dentro e fora das células, o que pode causar problemas em seu funcionamento; ligações cruzadas em proteínas fora da célula, que podem gerar perda de el a st i c i d a d e no te c i d o e m questão. Para De Grey, basta tratar cada um desses itens e pronto: nossos problemas de saúde que surgem com a idade acabariam — quase tão simples quanto aplicar e remover um ltro do FaceApp, aplicativo que se tornou febre nas redes sociais nas últimas semanas, com um algoritmo que faz uma simulação fotográ ca da aparência que poderemos ter quando mais velhos. “Não haveria limite, assim como não há limite para os carros funcionarem. Morreríamos somente de causas que não têm a ver com quanto tempo atrás nascemos. Impactos de asteroides, acidentes etc.”, diz.
Rosto de homem morto
há 1,4 mil anos é recriado digitalmente Ele era um dos pictos, os antigos habitantes da Escócia, e provavelmente fazia parte da realeza local: estudos indicam que o homem foi assassinado Pes quis adores es co ces es reconstruíram a imagem do rosto de um picto – nome dado aos antigos habitantes da Escócia – que morreu há 1,4 mil anos. Segundo a análise, ele era membro da realeza ou uma autoridade de sua comunidade. Os restos mortais do homem de 30 anos, conhecido como R o s e m a r k i e Ma n , foram encontrados em uma caverna na Ilha Negra das Terras Altas, e caram intocáveis por mais de u m m i l ê n i o. Arqueólogos e nc ont r ar am s e us ossos em uma posição estranha: pedras prendiam seus braços e pernas, que estavam cruzadas, e o crânio estava fraturado. Eles estimam que o rapaz foi assassinado. "Ele era um cara grande e forte, como um jogador de rúgbi", disse Simon Gunn, professor de história urbana da Universidade de Leicester, no Reino Unido, ao jornal e Scotsman. O picto
tinha 1,67 metro de altura e tinha uma dieta rica em proteínas. Segundo Gunn, a análise dos ossos mostra que ele comia leitões, o que era raro antigamente.
Gunn a rmou que a caverna onde ele estava fora usada há pelo menos 2,3 mil anos. De acordo com os pesquisadores, há outras pistas para sugerir que Rosemarkie Man era da realeza. Além das feridas no crânio, não havia ferimentos em seu corpo, indicando que ele não era um guerreiro ou alguém que trabalhava para poder se sustentar. Além disso, seu enterro na caverna pode ter sido proposital: talvez seus agentes funerários o tenham colocado em u m l u g a r q u e acreditavam ser uma entrada para o submundo. Os pictos eram um grupo de tribos que viviam na Escócia durante a Idade do Ferro e tempos medievais. Eles lutaram contra os romanos, que os apelidaram de "pictos" – provavelmente por causa da palavra latina "pic ti", que signi ca "pintados", visto que os pictos tinham tatuagens de guerra.
CHRISTOPHER RYNN/UNIVERSITY OF DUNDEE
Uma amostra óssea datada por radiocarbono mostra que o Rosemarkie Man morreu entre 430 e 630 d.C. Fósseis de animais encontrados perto do esqueleto sugerem que houve uma celebração ou ritual em homenagem ao seu falecimento.
8 BEM-ESTAR
01 A 07 DE AGOSTO DE 2019
DAVI MOURRAHY Professor, palestrante, coach, escritor e hipnoterapeuta
Você pode cair mil vezes, Deus te levanta mil e uma. Jamais desista! E REPRODUÇÃO INTERNET
m 1988, às vésperas da Olimpíada de Inverno de Calgary, Dan Jansen era tido como o melhor patinador de velocidade do mundo. Às 11h do dia da corrida dos 500 metros, a sua especialidade, ele recebeu a notícia de que sua irmã havia morrido de leucemia. A prova foi um desastre para ele, assim como o restante da competição. Nos quatro anos seguintes Jansen se recuperou e bateu duas vezes o recorde mundial dos 500 metros. Mas, quando chegou para disputar os jogos olímpicos de inverno de 1992, em Albertville, a lembrança do fracasso em Calgary o atingiu e a sua atuação foi menos do que medíocre. Ele saiu arrasado. Ficou conhecido como o rapaz do tombo. Fizeram uma avaliação completa do estado físico, mental e emocional de Dan Jansen. Começaram com seu padrão de gasto de energia e tempo de r e c u p e r a ç ã o . Ta m b é m
examinaram seus períodos de relaxamento e diversão. Criaram também um programa de treinamento especí co que alternava exercício intenso e tempo para recuperação. Na parte psicológica, estava claro que a morte da irmã ainda o abalava. Ele nem sequer era capaz de imaginar-se vencendo a corrida de Calgary. A meta era torná-lo capaz de atingir seu estado de performance ideal (epi). Nos jogos de Lillehammer, em 1994, Jansen venceu cinco
corridas e bateu o recorde mundial dos 500 metros três vezes. Jansen deu um grande exemplo de um atleta corporativo que, se zermos um
quantas vezes caímos, mas a nossa persistência é que nos faz levantar e acreditar na nossa capacidade. O Sucesso daquele que treina todo dia no tatame,
“O Sucesso daquele que treina todo dia no tatame, nas quadras ou nas piscinas tem muito em comum com qualquer um que trabalhe em uma empresa” paralelo com noss as vidas
nas quadras ou nas piscinas tem
muito em comum com qualquer um que trabalhe em uma empresa. Larry Bird, um dos maiores jogadores de basquete da história, iniciou sua carreira no time do Indiana University, um time repleto de estrelas e uma atmosfera não muito compatível com seu estilo de vida simples, levaram Larry Bird a abandonar a equipe após um mês de treinos. Ele chegou a trabalhar por um tempo no departamento de limpeza urbana de sua cidade como coletor de lixo e gari, até ser convidado pelo técnico Bill Hodges a fazer parte da equipe da I n d i a n a S t a t e Un i v e r s i t y, arquirrival da Indiana University, anteriormente rejeitado porque Bird tinha muitas de ciências para um jogador de basquete: não conseguia correr, saltar, era muito lento e não conseguiria jogar na NBA, além de ser um jogador baixo em relação aos outros. Bird precisava de um
diferencial. Tinha um chute de três pontos quase infalível, grandes habilidades com as mãos, passes incríveis e agilidade para roubar a bola, foi o ator principal por anos da grande dinastia do Boston Celtics em seus anos dourados. Diziam alguns que ele arremessava aproximadamente 500 bolas em cada treino. Com sua persistência, ele calou todos os seus críticos e se tronou um dos maiores nomes do basquete mundial. A minha orientação sempre é a seguinte: todos nós temos um talento. Temos algo que pode nos diferenciar dos demais. O que você tem de melhor que os outros? Você pode fazer a diferença. Acredite!
Livro: As 7 Virtudes de um Profissional Campeão Profº Davi Mourrahy
Dez minutos de carinho População da Etiópia em animais já diminui planta 350 milhões de estresse árvores em apenas Pesquisa constatou que hormônio do estresse era menor em quem passou tempo acariciando gatos e cachorros GETTY IMAGES/MINHA VIDA
12 horas G. LERZ/PIXABAY
O costume de se ter um animal de estimação em casa é comum na nossa cultura. Há quem ame seu cachorro como se fosse um lho, e se preocupe com seu gato como se fosse um irmão, mesmo que não se espere nada em troca. Cientistas descobriram que acariciar gatos ou cachorros por 10 minutos já baixava os níveis de cortisol de uma pessoa. O h or m ô n i o é l i b e r a d o s o b estresse emocional. O estudo foi feito por cientistas da Universidade Estadual de Wa s h i n g t on , n o s E s t a d o s Unidos, que convidaram 249 estudantes universitários para participar. Eles foram escolhidos por estar em uma fase da vida mais propícia ao estresse. Os participantes foram
divididos entre quatro grupos: os que acariciaram os an i mai z i n ho s , out ro s qu e observaram, outros que viram imagens dos animais e ainda os que não tiveram contato. Foram coletadas amostras de saliva de todos os voluntários 15 e 25 minutos após a atividade, para se medir a quantidade do cortisol presente.
Quem acariciou os gatos tinha os níveis deste hormônio bem menores do que os outros participantes, e estavam menos estressados após o contato com os bichinhos. Segundo a Associação Americana de Psicologia, há três tipos de estresse: estresse agudo, estresse agudo episódico ou estresse crônico. Além disso, existe o Transtorno do Estresse Pós-traumático. Os sintomas físicos de quem passou por estresse agudo são: dor de cabeça tensional, dor nas costas, dor na mandíbula, dores musculares em geral, azia, atulência, diarreia, palpitações cardíacas, aumento de pressão e mãos suando.
No início dos anos 2000, a Etiópia só tinha 4% de cobertura florestal D i a nt e d e t a nt a s n ot í c i a s desanimadoras sobre o desmatamento no Brasil, uma atitude do governo da Etiópia traz boas-novas. Por meio da campanha #GreenLegacy, a população local plantou nada menos do que 350 milhões de árvores – em apenas 12 horas. Segundo a BBC, o projeto é parte das medidas do primeiro ministro Abiy Ahmed para compensar os efeitos do desmatamento no país e reduzir os danos causados pela seca. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a cobertura orestal na Etiópia no
início do século 20 era de 35% – no começo dos anos 2000, caiu para 4%. O movimento de plantar novas árvores acontece em diversas áreas do país, e o objetivo é semear um total de quatro bilhões de plantas nativas. As autoridades etíopes acreditam que conquistaram um novo recorde – o máximo de árvores
plantadas em um dia até então foram 50 milhões, na Índia, em 2016. D e a c ord o c om o j or na l britânico, críticos de Abiy Ahmed, porém, dizem que o primeiro ministro está usando a campanha para desviar atenção dos con itos étnicos que o país enfrenta.
SAÚDE 9
01 A 07 DE AGOSTO DE 2019
Pesquisadores testam novo tratamento contra leishmaniose Regiões Nordeste e Centro-Oeste são as mais endêmicas no Brasil MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
Novo tratamento contra a leishmaniose vem sendo testado pelo Centro de R e fe rê n c i a e m Leishmaniose Dr. Jackson Maurício Lopes Costa, no distrito Corte de Pedra, em Presidente Tancredo Neves, na Bahia. A partir do ano que vem começa a terceira fase dos testes, feitos em parceria com o Hospital Universitário Júlio Muller, de Cuiabá, em Mato Grosso. O programa faz parte da iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês), uma organização sem ns lucrativos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. O objetivo é testar o tratamento que combina uma sessão única de terapia de calor a 50 graus com a ingestão, durante 21 dias, de um comprimido do medicamento Miltefosina, usado nos
tratamentos da leishmaniose e das infeções por amebas de vida livre. O fármaco é e caz no tratamento da leishmaniose nas formas cutânea, mucocutânea e visceral. Os resultados mostraram que a combinação apresenta uma taxa de aproximadamente 80% de cura, sendo mais e caz do que a aplicação de calor e de injeções de antimoniato de meglubina, feitos em separado. Na fase 3, os centros brasileiros
vão atuar em conjunto com laboratórios da Bolívia, do Peru e do Panamá. Essa etapa complementa o estudo, que reúne pesquisadores do Peru e da Colômbia. O projeto foi desenvolvido com 130 pacientes para tratar a leishmaniose cutânea. O resultado foi apresentado pela primeira vez no Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, ChagaLeish e Parasitologia, pelo diretor do programa Byron
Empresa afirma que implante que prevenirá HIV está sendo desenvolvido Se der certo, dispositivo realizará a prevenção da infecção pelo vírus por até um ano
D MS
Dias após a Johnson & Johnson anunciar o início da fase de testes em humanos para uma v a c i n a c o n t r a o H I V, a farmacêutica MSD a rmou que está desenvolvendo um implante que fornece um ano de medicação para prevenção do HIV de forma gradual, eliminando a necessidade de pílulas diárias. Hoje, pessoas com alto risco de contrair o HIV podem optar por tomar uma medicação diária chamada pro laxia préexposição (PrEP). A droga pode impedir a infecção pelo vírus e é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde dezembro de 2017. O implante que está sendo
desenvolvido é do tamanho de um palito de fósforo e cará abaixo da pele, no braço da pessoa. De acordo com a MSD, a ideia é criar algo que funcione como um DIU, ou seja, o paciente não precisará tomar os comprimidos todos os dias e evitará esquecer de fazê-lo — fato que pode compromete todo o tratamento. Em anúncio recente a farmacêutica declarou o m de uma primeira fase de testes e disse que o dispositivo foi "bem
tolerado" e e caz no fornecimento de medicamentos para prevenção do HIV. "Se — e eu estou enfatizando o 'se' — for em um teste maior, que ofereça um nível de droga para proteger uma pessoa por um ano, isso seria uma grande mudança", a rmou o diretor do Instituto Nacional de Alergia e D o e n ç a s In f e c c i o s a s d o s Estados Unidos, Anthony S. Fauci, em entrevista ao e New York Times.
Arana, em Belo Horizonte (MG). Segundo o p e s qu is a d or, o s e stu d o s começaram há três anos e o tratamento dá mais segurança aos pacientes com taxas mais elevadas de cura. A gerente de pesquisas clínicas da DNDi, Marina Boni, disse que a intenção de incluir os centros brasileiros na fase 3 dos estudos é mudar as vias de recomendação do tratamento no Brasil, que passaria a ser menos longo e menos tóxico. “Atualmente, a doença ainda é tratada com medicamentos muito antigos, longos e injetáveis, de 40 a 60 anos atrás. Com os novos estudos, queremos trazer evidência cientí ca de e cácia que vai se traduzir em qualidade d e v i d a p ar a o s p a c i e nt e s negligenciados”, disse à Agência Brasil. “A OMS calcula que existam entre 600 mil a 1,9 milhão de
novos casos a cada ano. É um problema que afeta com mais frequência as populações migrantes. No momento atual, o problema é sério na Síria, em consequência da guerra; no Paquistão, com migrantes em áreas de con ito; e em países da América Latina, como o Brasil, que reporta aproximadamente cerca de 17 mil novos casos por ano. É um País que contribui com 70%, 80% dos casos da América Latina”, destacou. Segundo a pesquisadora, as regiões Nordeste e Centro-Oeste são as mais endêmicas no Brasil. Marina Boni chamou atenção de que, para se obter noti cações mais realistas, é preciso seguir o que se chama de boas práticas clínicas. “Temos centros como o de Cuiabá, que recebe pacientes de to da a região. Ent ão, precisamos de investigadores que sigam as regras de boas práticas clínicas”, a rmou, lembrando que o paciente de leishmaniose
cutânea pode ter a cura da lesão na pele, mas como vai p er mane cer com p arasit as circulantes no organismo, não se descarta a volta das úlceras cutâneas e até evolução para as mucosas. Segundo a OMS, as leishmanioses estão presentes em 18 países das Américas e a forma clínica mais comum é a leishmaniose cutânea (LC). Entre 2001 e 2017, houve um total de 940.396 casos novos de leishmaniose cutânea (LC) e mucosa (LM) que foram reportados por 17 dos 18 países endêmicos dessa região, com uma média anual de 55.317 casos. Em 2017, a Organização PanAmericana da Saúde (SisLeish – OPAS/OMS) relatou 49.959 casos em 17 países endêmicos, uma vez que a Guiana Francesa reporta os dados para a França.
Pesquisa indica que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental Segundo especialistas, problemas de saúde mental costumam ser desencadeados pela pressão no ambiente de trabalho ou por situações afetivas da vida pessoal ISTOCK/GETTY IMAGES
Problemas de saúde mental têm se tornado cada vez mais comuns em todo o mundo. A ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas. Aliás, o Brasil é o País com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E não para por aí. Novos dados indicam que 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão. O l e v ant am e nt o fe it o p e l a Vittude, plataforma on-line voltada para a saúde mental, aponta que 37% das pessoas estão com stress extremamente severo, enquanto 59% se encontram em estado extremamente severo de depressão. A ansiedade extremamente severa atinge níveis ainda mais altos: 63%. De acordo com a psicóloga Heloísa Caiuby, esses números são re exo da realidade que estamos vivendo. “O mundo está muito difícil, rápido e cheio de mudanças. Muitas vezes não temos tempo sequer de assimilar uma mudança e já vem outra. Isso causa uma angústia tremenda porque as pessoas não conseguem dar conta”, explica. Os dados coletados pela plataforma consideraram sensações e sentimentos vividos nos setes dias que antecederam a pesquisa. O levantamento considerou a resposta de 492.790 pessoas, entre 4 de outubro de 2016 e 23 de abril de 2019. Algumas das pressões mais fortes podem vir do ambiente de trabalho: 20% dos funcionários ativos estão trabalhando sobre forte pressão emocional, o que compromete a saúde física e psíquica, resultando em que da na pro dut ividade, absenteísmo (faltas) e maiores taxas de contratação e demissão (troca de funcionário). Além disso, cerca de
32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os efeitos do stress – um dos primeiros sinais da síndrome de burnout – segundo a International Stress Management Association (Isma-BR). De acordo com o Ministério da Saúde, a depressão é caracterizada p or sintomas como: t r iste za profunda, falta de ânimo, pessimismo e baixa autoestima. O transtorno ainda pode “tirar” o prazer de atividades que antes eram prazerosas, provocar oscilações de humor e levar a pensamentos suicidas. “Para quem tem depressão é tudo ou nada. Tudo é horroroso e nada está bom”, explica Heloísa. Ainda há manifestações físicas, como dor de cabeça incessante, insônia frequente e perda de apetite, por exemplo. Para Heloísa, no momento em que a pessoa sente que precisa de ajuda já é um sinal de que ela não está conseguindo equilibrar as situações do dia a dia sozinha. Uma vez que isso acontece, é preciso procurar ajuda de um pro ssional de saúde capacitado. Mas ela ressalta que, apesar de reconhecerem a necessidade de ajuda, algumas pessoas acabam recorrendo a tratamentos alternativos sem comprovação cientí ca em vez de ir ao psicólogo. Isso pode ajudar temporariamente,
mas, no geral, prejudica o indivíduo e pode até mesmo agravar a situação. Para e v it ar ess e problema, consulte pro ssionais através do seu plano de saúde. Caso não tenha plano ou pre ra consultas particulares, procure recomendações de amigos ou clínicas de sua con ança. Ainda há a opção de plataformas on-line que fazem a conexão entre o paciente e o psicólogo, como é o caso da Vittude. De acordo com Tatiana Pimenta, CEO e fundadora da empresa, a maior parte das consultas acontece on-line (por videochamada, por exemplo) e o custo varia de 50 a 350 reais por sessão – ou seja, cabe em todos os bolsos. O site ainda oferece o teste DASS 21, um teste rápido com 21 questões que ajuda a detectar níveis de stress, depressão e ansiedade. Apesar de nã o s e r re g u l ame nt a d o p el o Conselho Federal de Psicologia (CFP), os resultados têm precisão de 97% e podem ser importantes indicativos para quem está em dúvida sobre o que está sentindo. “Nós precisamos estar alerta para as pressões que vivemos no dia a dia para saber quando e se precisamos de ajuda. Em caso positivo, é muito importante buscar ajuda de um p r o s s i o n a l e s p e c i a l i z a d o”, comentou Tatiana.
10 GERAL
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Kambô, uma das maiores pererecas da Região Amazônica A Phyllomedusa bicolor, também conhecida como perereca-macaco, pode chegar até 12 centímetros de comprimento e possui propriedades antimicrobianas LUCIANA FRAZÃO
O kambô é um anfíbio pertencente à família Phyllomedusidae. Essa espécie ocorre na Amazônia brasileira e também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia e, possivelmente, na região leste do Equador. São caracterizadas pela coloração verde-escura da região dorsal (a parte de cima do corpo do animal) e ventre branco ou c re m e. E ss e s an i m ai s s ã o noturnos e arborícolas, utilizando os grandes discos adesivos presentes nas pontas dos dedos para escalar a vegetação. É uma espécie de oresta e, durante o período de reprodução, os machos vocalizam no alto das árvores “empoleirados nos galhos” para atrair as fêmeas (vocês sabiam que as fêmeas dos anuros – sapos, pererecas e rãs – escolhem os parceiros pela qualidade do “canto”??). Os ovos são depositados em folhas acima de corpos d'água, onde os girinos caem logo após a eclosão. Esses animais apresentam veneno na pele, que é utilizado para a defesa contra predadores. Além disso, o veneno protege a pele de patógenos, como fungos e bactérias, e tem papel na aceleração da cicatrização de feridas e na proteção contra
irradiação UV, funcionando como um protetor solar natural. Isso porque o veneno dessas pererecas é rico em compostos qu í m i c o s , pr i nc ip a l me nte peptídeos, que apresentam grande potencial medicinal, sendo, inclusive, utilizado tradicionalmente em ritual por alguns povos indígenas, sendo esse ritual chamado de “vacinado-sapo”. Índios de algumas etnias, como Kaxinawá, utilizam o veneno dessa espécie na medicina tradicional. Durante séculos, os indígenas têm usado o Kambô como uma forma de medicina para “fortalecer as defesas naturais do corpo”, para afastar a “panema” (má sorte) e aumentar o sucesso da caça, porém essa prática tradicional tem sido replicada fora do contexto cultural, por pessoas não indígenas e em grandes centros urbanos. Não existem, até o momento, estudos su cientes que comprovem os benefícios da vacina-do-sapo e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ordenou a suspensão de todos os tipos de publicidade para essa terapia alternativa, com penalidades previstas em lei, dados os efeitos colaterais que essa prática pode levar, causando diversos riscos para saúde, inclusive casos de
morte. O que se tem de estudos até o momento tratam do efeito dos peptídeos isolados a partir do v e n e n o d o k a m b ô. E s s e s compostos isolados, e em teste in vitro, exibem propriedades antimicrobianas (por exemplo, contra Pseudomonas aeruginosas, uma bactéria que pode causar pneumonia) e também inibem protozoários (por exemplo, Trypanosoma cruzi, agente da doença de chagas). Porém, são necessários mais estudos sobre o p otencial farmacológico do veneno desses animais e, sobretudo, é preciso reforçar a scalização devido ao risco de biopirataria/trá co desses animais e de seu veneno, o que pode gerar grande impacto sobre a espécie, como o declínio das populações e risco de extinção. E se essa espécie for extinta, como vamos descobrir todo o potencial farmacológico que o kambô pode ter? A resposta é: não saberemos! Portanto, são necessárias medidas efetivas para a conservação da espécie, que, além do trá co, sofre principalmente devido à perda de habitat pelo desmatamento desenfreado da Amazônia.
Legião da Boa Vontade, há 54 anos fazendo o bem A L egião da B oa Vont ade inaugurou, em 16 de junho de 1965, o Centro Comunitário de Assistência Social da cidade de Vitória. Na Unidade, desenvolve p r o g r a m a s direcionados às pessoas que sofrem com a pobreza, a violência, a discriminação, entre outros problemas sociais. Os atendidos r e c e b e m o acompanhamento de assistente social,
psicólogo e educadores sociais em todas as atividades realizadas nos programas Criança: Futuro no Presente! e Cidadão-Bebê. Cachoeiro de Itapemirim
conta, desde 18 de maio de 1970, com o trabalho da Legião da Boa Vontade. Por meio de seu Centro Comunitário de Assistência Social, a instituição desenvolve projetos e programas socioeducativos que b e n e c i a m diariamente crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Dentre as ações, destacam-se os programas Criança: Futuro no Presente!, Capacitação e Inclusão Produtiva e Vida Plena.
Patas do Canto promove Feira de Adoção 'Adote um AUmigo' neste sábado (03) DIVULGAÇÃO
Uma feira de adoção de pets vai movimentar a capital neste m de semana. No sábado, 03 de agosto, a ONG Patas do Canto vai buscar moradia para cachorrinhos. São cerca de seis adultos e 10 lhotes, todos com as vacinas em dia. O evento é gratuito e acontece na loja Marca Registrada, na Rua Aleixo Netto, na Praia do Canto, das 09h às 14h. Entre os bichinhos à disposição para serem adotados está Doug, um cachorro lindo e alegre, dócil com outros cães, com pessoas e com crianças. Já teve a chance de conhecer o amor de uma família por duas vezes, mas foi devolvido e hoje vive no abrigo. É castrado, vacinado e tem por volta de dois anos. Outro pet que estará na feira é a cachorrinha Mel, de porte médio e muito tímida, com aproximadamente dois anos. É castrada, vacinada e vermifugada. Foi resgatada dois dias antes de ter seus bebês (já adotados). Foram sete lhotes de parto normal e três de cesariana, após 24 horas. A Pipoca também promete encantar a todos durante a
Pipoca
feirinha. Dócil, alegre, saudável e amorosa, tem três anos e está castrada e vacinada. Para realizar a adoção, os interessados devem ser maiores de 18 anos, levar um comprovante de residência e documento de identidade, além
de estar de acordo com as condições do termo de adoção, que aborda questões relacionadas ao provimento dos itens necessários para que o animal tenha uma vida saudável. Mais informações: (27) 99232-1112
Cerveja para salvar os rios e os mares Depositar na água os restos da fabricação da bebida e de podas de plantas eliminaria 40% dos nitratos expelidos pelas estações de tratamento, segundo um estudo científico CSIC
Restos do preparo da cerveja e de podas, assim fácil. Um grupo de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados de Blanes – Conselho Superior de Pesquisas Cientí cas (CEAB-CSIC) encont rou uma "p otenci a l solução sustentável, barata, simples e de aplicação imediata", para acabar com o principal problema de poluição de rios, represas, lagoas e outros mananciais: o excesso de nitratos que os as xiam com a redução de oxigênio e a proliferação de microalgas. O método é simples: deixar na água os restos orgânicos da poda das plantas aquáticas utilizadas nos sistemas naturais de limpeza das estações de tratamento ou despejar os resíduos da fabricação de cerveja que as empresas jogam fora. "É possível aumentar em até 40% as taxas de desnitri cação bacteriana, a principal responsável pela remoção de nitratos na água no ambiente natural", dizem os
cientistas. Um porcentual que "poderia dobrar". Trata-se de aproveitar o ser viço de autopuri cação que "o rio dá de graça", diz Albert Sorolla, diretor técnico de Natureza da CEAB e membro da equipe. Os cientistas dizem que pode ser aplicado de forma imediata e já está sendo usado experimentalmente em parques urbanos em Barcelona, onde há lagoas e reservatórios. Os dados do estudo, publicado n a re v i s t a E nv i ro n m e nt a l Science and Technology, foram obtidos a partir de um experimento em laboratório, mas os resultados dos testes nas instalações do Urban River Lab (um laboratório ao ar livre construído na estação de tratamento Montornès del Vallès) e no rio "sugerem que os porcentuais de redução de nitratos poderiam dobrar". A melhor opção seria que os jardineiros que podam as plantas que algumas estações de tratamento têm nas suas
instalações "deixem os restos alguns dias na água", explica Miquel Ribot, chefe técnico do Urban River Lab e principal autor do estudo, em um comunicado. Ess a matér ia org ân i c a d e i x a d a n a á g u a proporciona um carbono de muito boa qualidade, que faz disparar "a desnitri cação n at u r a l d o r i o " , complementando o trabalho das estações de tratamento. O problema das águas está aumentando no contexto das atuais mudanças climáticas e da falta de chuvas, alertam os pesquisadores. Um cenário que impede que os rios mediterrâneos diluam os nitratos que chegam a eles das estações de tratamento, mesmo que estas cumpram a legislação europeia. "Não podem porque não têm água su ciente. De fato, no verão alguns rios estão completamente secos e a água que eles contêm vem inteiramente dos e uentes. Por outro lado, é eliminada parte dos poluentes da água, como fósforo, nitrogênio e matéria orgânica, provenientes do esgoto, "mas há limitações tecnológicas e econômicas para expeli-los por completo". Para complicar, em rios pouco caudalosos, esses nutrientes extras se ligam aos fertilizantes usados na agricultura, causando "excesso de nitratos em nosso país".
COMPORTAMENTO 11
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
REPRODUÇÃO/PLENO NEWS
O melhor estilo é o seu E Olá pessoal,
stive pesquisando o modo de se vestir e maquiar dos anos 60. A maquiagem era suave, mas marcante. Usava-se muito o efeito "gatinho" nos olhos. Os cabelos eram uma variação de tamanhos e volume. Os penteados pediam perucas, tiaras, faixas e muito mais. As roupas eram clássicas e algumas mulheres
Roupa Bonita Rua Italina Motta, 294 - Jd. Camburi Vitória - ES - Tel.: (27) 3026-8545/98837-8545 roupabonitajardimcamburi
usavam calças com blusinhas que pediam um lenço no pescoço. Assim é a moda, está sempre em constantes mudanças que passam por gerações e vive esse vai e vem. Hoje, a moda é: 'tudo
assumindo como são em sua essência. Cabelos como a natureza os criou: crespos, lisos, encaracolados, cacheados, ruivos, loiros, pretos, c a s t an h o s , c ol or i d o s , curtos, compridos, médios, do jeito que você quiser. Nosso guarda-roupas é uma explosão de cores, variados modelos de calças, vestidos soltos, despojados, coloridos, cur tos, longos... Na
maioria das vezes, um acessório faz toda a diferença, como esclarece a nossa consultora de moda Siléia Lopes Porto. Bem, por hoje é só. Então, ca a dica: use o que quiser, como quiser. O importante é estar bem com nosso corpo, cabelos, unhas, maquiagem. O resto não importa. Lembrem-se: "Somos o que somos e nos orgulhamos disso".
junto e misturado'. Mulheres amam roupas de poá, calças estilo montaria, vestidos leves e soltos e o estilo 'gatinha' está sempre em evidência. A diferença que ainda vejo, é que, cada vez maias, a s mu l h e re s e s t ã o s e
O que acontece com a nossa Pesquisadores de vulcões pele quando ingerimos estão brigando com muito açúcar arqueólogos em Pompeia Excessos de açúcar podem causar espinhas e rugas normal? Provavelmente foi por causa do álcool, dos carboidratos e dos açúcares em exagero, uma vez que eles possuem índices glicêmicos elevadíssimos. Para poder metabolizar toda a glicose ingerida em uma noite, o corpo precisa de muita água e acaba retendo tudo o que pode do líquido. As consequências são as já citadas pigmentação escura e as bolsinhas abaixo dos olhos. E isso vale para o corpo como
dentro dos vasos sanguíneos. Há a liberação da insulina, por exemplo. Contudo, quando os níveis estão muito altos, outras enzimas são requisitadas para agilizar o processo, os radicais livres. “A presença dos radicais livres e a alta concentração de glicose no sangue fazem com que esta última reaja com as proteínas do corpo, gerando a g l i c a ç ã o”, e x p l i c a B e at r i z Lassance. E e s t u d o s j á comprovaram que a glicação afeta a produção das bras de colágeno e elastina, importantes para manter a rmeza da pele. “Ao sofrerem a glicação, o formato das moléculas de colágeno e elastina se alteram, e eles se tornam d i s f u n c i on a i s , prejudicando a textura da cútis e favorecendo sua acidez. A glicação também promove o s t r e s s o x i d a t i v o c u t â n e o, au m e nt an d o m an c h a s e o envelhecimento da pele”, diz Kédima Nassif. O excesso de radicais livres também pode dani car o DNA das células e provocar menor atividade celular, trazendo problemas para a reconstrução dos tecidos cutâneos. “Então a cicatrização ca mais lenta, a i mu n i d a d e m e n o r, e o metabolismo prejudicado. E quanto pior o metabolismo, menos e caz será qualquer pro c e d i m e nt o e s t é t i c o ou recuperação de cirurgias, por exemplo”, diz a cirurgiã.
MAGONE/THINKSTOCK/GETTY IMAGES
um todo. “Após um nal de semana de comilança e muito doce, não é incomum o ganho de alguns quilos, mas não devido à gordura propriamente dita e sim pelo inchaço”, diz a cirurgiã pl ást i c a B e at r i z L ass anc e, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em São Paulo. Quando falamos em efeitos a longo prazo, o grande problema para a pele causado pelo excesso de açúcar é um processo denominado glicação. Como já foi explicado, o consumo dele ou mesmo de outros alimentos de altos índices glicêmicos (que se transformam em glicose muito rapidamente no sangue) gera todo um esforço do corpo para equilibrar os níveis de glicemia
WIKIMEDIA COMMONS
Você segue à risca a rotina recomendada pelo seu dermatologista, mas mesmo assim sente que os resultados não estão tão bons quanto o desejado? Pois saiba que o problema pode estar além dos produtos que utiliza. A alimentação também in uencia na beleza da pele, e muita gente não sabe, mas o açúcar é um dos grandes vilões que trazem consequências negativas para a cútis a curto e longo prazos. Que o chocolate causa espinhas todo mundo já ouviu pelo menos uma vez. O grande problema do doce tão amado está em suas altas concentrações de açúcar. “Ele sim pode piorar a oleosidade e, consequentemente, causar acne em pessoas com o problema. Até alimentos salgados em sabor, mas ricos em carboidratos, são prejudiciais”, explica a dermatologista Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Isso ocorre porque os carboidratos são transformados em glicose no sangue (nada mais do que açúcar). Para controlar sua concentração no organismo, a insulina é produzida pelo pâncreas e liberada nos vasos sanguíneos, podendo se acumular nas glândulas sebáceas, aumentar a produção de sebo e gerar in amações na pele. Já aconteceu de você acordar no dia seguinte do happy hour ou festa da empresa com olheiras mais escuras e inchadas do que o
Segundo especialistas, escavações para descobrir artefatos históricos destroem material geológico importante para pesquisas sobre vulcões
O clima cou tenso entre vulcanologistas e arqueólogos que trabalham no sítio arqueológico de Pompeia, na Itália. O motivo foi um artigo publicado pelos geólogos na revista Nature: eles alegam ser negligenciados e a rmam que priorizar escavações de itens históricos, muitas vezes, prejudica o estudo do solo. Isso porque os arqueólogos nem s e mpre tomam o s c u i d a d o s necessários — ou os vulcanologistas nem são chamados para investigar um local a nt e s d e s e r e s c av a d o. " O s depósitos vulcânicos devem ser preservados e estudados onde eles pousaram — caso contrário, a informação sobre a erupção é perdida", escreveram. Segundo o jornal britânico e Guardian, os historiadores dizem que estão colaborando com os vulcanólogos da Universidade de Nápoles, e apontam que há muito mais material vulcânico para os cientistas trabalharem além da zona de interesse arqueológico. "Eles parecem não perceber que o entusiasmo pela arqueologia está cometendo um ato de vandalismo contra a vulcanologia", disse Roberto Scandone, professor da Universidade Roma Tre. "Deixar alguns dos depósitos no lugar é
va lios o não ap enas p ara os cientistas, mas também para os visitantes, que poderão ver em primeira mão como o vulcão destruiu a cidade". C omo conta Christopher Kilburn, geólogo da University College London, preservar os registros geológicos da região é importante para pesquisas sobre o comportamento da lava: "Há uma sensação de frustração que a vulcanologia não está sendo levada muito a sério", rebateu. "Você vai a
Pompeia e praticamente não há menções sobre o vulcão". Em comunicado, os responsáveis pelo parque arqueológico a rmam q u e t o d a s a s at i v i d a d e s d e escavação foram supervisionadas pelos vulcanologistas da Universidade de Nápoles Federico II, que coletaram amostras e construíram um mapeamento de danos causados pelo vulcão Vesúvio. Gary Devore, arqueólogo que trabalhou em Pompeia, alega que seus colegas costumam avaliar o potencial de novas descobertas em comp araç ão com a p ossível destruição resultante das escavações. Para o especialista, as reclamações dos vulcanologistas têm fundamento. "Espero que ambas as partes possam cooperar e respeitar o valor da expertise de ambos os lados", disse Devore. "Pompeia é grande o su ciente".
Autoescola
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória - Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Delegado federal quer comandar a Prefeitura da Serra em 2020 “A Serra teve 3,3 pontos na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Essa escola está reprovada, é um absurdo!” ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
C
empreendedores. Ao invés de pagar aluguel, você pagaria por dois ou três anos, uma prestação de condomínio, su ciente para pagar as despesas – limpeza, papel higiênico, água, energia, internet e outras necessidades para o bom funcionamento do projeto até o momento que a empresa atingir maturidade e, assim, com mais experiência, partir para o concorrido mercado”. “Na Educação, é necessário haver uma ligação direta do município com o governo federal. Nós que somos do PSL facilitaria muito o acesso a esses recursos. A Serra teve 3,3 pontos na
isso é cruel! O que adianta eu oferecer uma universidade boa para o aluno que não teve o ensino básico bem feito? Precisamos dar prioridade ao ensino fundamental”, exempli cou. “A minha proposta é que haja um bônus para equipe que trabalha na escola onde esse benefício é pago, a depender da nota que os alunos conseguirem nas provas de avaliação dos institutos federais responsáveis. Isso é um estímulo a mais ao bom trabalhador, aquele que se quali ca e bus ca s empre obter o melhor resultado”, pontuou. Perguntado sobre a saúde ele
impõe a quem quer empreender”. Na sua visão, esse é um dos maiores gargalos que impede o desenvolvimento econômico de qualquer município, estado ou nação”. “Vamos criar uma incubadora. O que vem a ser isso? Trata-se de um prédio grande com compartimentos, salas reservadas para empreendedores que estariam começando sua empresa e poderiam ocupar esse espaço para compartilhar suas ideias com vários outros
avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Essa escola está reprovada, é um absurdo! A rede privada de ensino exige média 7,0 para aprovação”. O delegado foi enfático ao dizer que o Brasil fez uma opção errada para a educação. “O governo federal é que tem os recursos e mantém o ensino das instituições de nível superior do País, e os municípios, que são os mais carentes de recursos, cam responsáveis pelo ensino básico, e
sintetizou dizendo que não atende às necessidades da população. “Hoje, a prefeitura gasta um dinheiro alto com manutenção das academias a céu aberto e nem são frequentadas. Não têm pro ssionais da área de educação física para acompanhar as atividades físicas. Coloca em risco a saúde dos poucos que frequentam. Vamos propor convênios com as academias dos bairros para atender a todas as idades, inclusive a população idosa. Tenho no projeto, implantação do Medicvídeo, onde o paciente pode
OLHARES.COM/AGDA JOSELITA
om um discurso técnico e pragmático, possível précandidato a prefeito do município da Serra pelo PSL, egresso de Barra de São Francisco e estudante da rede pública de ensino até o ensino médio, funcionário concursado de uma das instituições mais respeitadas do País, o delegado federal Márcio Greic, iniciou sua fala dizendo que a diferença entre um liberal e um socialista, é que o socialista entende que o Estado tem a missão de distribuir riqueza, mas o Estado não é um bom gerador de riqueza, quem gera riqueza é a iniciativa privada, são as empresas e as pessoas trabalhando. “O Estado existe para promover o bem-estar social, sua função é tentar tirar a desigualdade entre o rico e o pobre. Quanto melhor essas condições, mais as pessoas geram riquezas. Eu costumo dizer que você não acaba com a pobreza eliminando os ricos da face da terra, mas incentivando a geração de riqueza”, argumenta. Numa padaria do município, iniciamos o bate-papo de maneira descontraída e informal onde o delegado falou que o principal desa o da próxima gestão será c o m b a t e r o d e s e m p r e g o . “O município tem condições de criar meios para que haja maior oferta de emprego e uma delas é acabando com a burocracia, que o próprio sistema
ser atendido por vídeo conferência... isso vai ajudar muito o sistema, a saúde pública é dever do Estado”. “A S e r r a t e m u m p o t e n c i a l hidrográ co fantástico. Eu co triste em saber que temos lagoas, rios e manguezais que podiam ser explorados turisticamente. Tenho amigos que saem daqui para pescar no estado de Mato Grosso. Temos lagoas maravilhosas e que poderiam estar sendo usadas para atividades turísticas. Trazer espécies como pirarucu, tucunaré e assim, incrementar mais o turismo local, mas, ao invés disso, temos a poluição. Vejo que o governo precisa rever esses contratos, quais as obrigações da Cesan, exigir que sejam cumpridas as cláusulas e avançar para a Parceria Público-Privado (PPP), para implantação de melhorias no sistema de tratamento de esgoto. Precisamos despoluir nossas lagoas, nossas praias e matas, porque elas são instrumentos vitais para fomentação do turismo”, advertiu. “Eu nalizo dizendo que temos que rever todos os contratos rmados com a prefeitura. Não só o da Cesan, mas todos os contratos para ver se são realmente vantajosos para o município, caso não seja, procurar as medidas legais para fazer valer o que
foi contratado. A Serra hoje, segundo informações, gasta mais de seis milhões de reais por mês com limpeza pública, acho que a terceirização do serviço público, só é viável quando ela traz economia para o município. Nem tudo pode ser terceirizado, mesmo porque, existem atividades que, se fossem executadas pelo poder público, teriam menor custo e a qualidade bem superior. Porque terceirizar se a prefeitura pode contratar sob o regime da CLT, igualmente as terceirizadas? Não existe uma lógica! Nós não vamos renovar contrato com a Engeurb, Mosca e nenhuma empresa da área de limpeza, entendemos que uma parte desses seis milhões podem ser reinvestidos em políticas públicas para a população”, sentenciou.
"Precisamos rever esses contratos, quais as obrigações da Cesan, exigir que sejam cumpridas as cláusulas e avançar para a Parceria Público-Privado, para implantação de melhorias no sistema de tratamento de esgoto. Precisamos despoluir nossas lagoas, nossas praias e matas, porque elas são instrumentos vitais para fomentação do turismo”
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO
MARCOS OLIVEIRA /AGÊNCIA SENADO
Rose de Freitas (Podemos-ES)
Prefeitura inaugura creche em Santa Maria de Jetibá para 188 alunos
Fabiano Contarato (ES) e Randolfe Rodrigues (AP)
HÉLIO FILHO/SECOM
Governador Casagrande (PSB-ES) e deputado federal Evair de Melo (PP-ES) Investimentos
Conflitos em terra indígena
Com a presença da população, pais, crianças e apresentações musicais, a prefeitura de Santa Maria de Jetibá inaugurou a creche municipal Evelina Buss Stinguel, construída na região do Alto da Bela Vista, no centro do município. A instituição, que atenderá a 188 alunos, teve investimento de R$ 1.490.211,54. O recurso foi articulado pela senadora Rose de Freitas, junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Do total, a prefeitura da cidade colaborou com uma contrapartida de 394.087,07. Esta é a segunda creche em Santa Maria consolidada com trabalho de Rose em Brasília. “É muito especial para o município, que recebe uma creche com estrutura, qualidade e conforto para crianças e pro ssionais. Quero me dirigir aos familiares das nossas crianças e agradecer a con ança de todos. Obrigada por estarem conosco na missão de formar cidadãos e cidadãs. Juntos, vamos consolidar um ensino melhor neste espaço”, discursou a subsecretária de Educação da cidade, Gevanilda Lagasse. O prefeito de Santa Maria, Hilário Hoepke, agradeceu à senadora e a presença da população. Ressaltou ainda o trabalho de Rose em Brasília de batalhar nos ministérios e nos órgãos federais por recursos para o Espírito Santo e para o município.
O governador Renato Casagrande anunciou, no último dia 26, investimentos que ultrapassam os R$ 145 milhões para a macrorregião sul do Estado. Foram assinadas ordens de serviço para a retomada das obras de pavimentação da Rodovia ES-379, ligando Castelo ao distrito de Morro Vênus, e da ES-165 entre Morro Vênus e Muniz Freire, além de investimentos na universalização do saneamento básico das duas cidades. Também foi feito o repasse para iluminação do Estádio Emílio Nemer, em Castelo. O Deputado federal Evair de Melo esteve presente na solenidade. Casagrande falou sobre a importância das obras para o desenvolvimento da região. “A obra da rodovia vai dar dinamismo econômico, atender os agricultores, aproximar os dois municípios e fomentar o turismo. A região vai se desenvolver melhor, gerando mais oportunidades. Ter uma base de infraestrutura adequada é importante para o crescimento do Estado. É uma obra muito esperada pela população e demos ordem de serviço ainda em nosso primeiro mandato. Infelizmente, o Governo passado paralisou a obra e agora vamos concluí-la de forma de nitiva”, a rmou. Em Castelo, também foi assinada a Ordem de Serviço para o saneamento básico. Será o maior investimento já realizado na cidade pela Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan). Cerca de R$ 52 milhões serão aplicados em serviços de água e esgoto nos próximos 25 anos. As primeiras intervenções já começaram e somam o montante de R$ 1,32 milhão, destinados a melhorias no sistema de água e esgotamento sanitário do município, que vai bene ciar mais de 22 mil moradores dos bairros Niterói, Sede, Vila Barbosa, Esplanada, Industrial, Aracuí e Loteamento Cava Roxa. Ainda em Castelo, o governador Renato Casagrande e o secretário de Estado de Esportes e Lazer, Júnior Abreu, assinaram o Termo Aditivo e o repasse dos recursos para a reforma da iluminação do Estádio Municipal Emílio Nemer. A praça esportiva receberá instalações de seis torres de aço de 18 metros, re etores com lâmpadas de multi vapor metálico com tubo de tecnologia de quartzo Selo Procel/Inmetro, totalizando 72 mil Watts. O valor total da obra é de R$ 429.425,58. Durante a solenidade, Evair parabenizou o investimento do Governo do Estado em um setor tão importante para a região. Também ressaltou a gratidão que tem pelo povo de Castelo. “Um município que tem grande contribuição em meu mandato. Tive muitos votos aqui, e isso aumenta minha responsabilidade em buscar cada vez mais melhorias, seja por meio de emendas parlamentares, seja pelas ações que fazemos em Brasília, para que o olhar dos investimentos federais se volte ao nosso Estado”, complementou.
A notícia de um possível con ito entre garimpeiros e indígenas no sábado (27), no oeste do Amapá, repercutiu entre os senadores. O cacique Emyra Waiãpi foi encontrado morto, e as lideranças locais a rmam ter se tratado de um assassinato. O Exército, a Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) estão na região investigando o caso, em parceria com a Polícia Militar do estado e o Ministério Público. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, encontra-se no Amapá e está em contato com as autoridades para acompanhar as investigações. “Os esforços devem ser concentrados em garantir a segurança e o direito dos povos indígenas, que sempre viveram nessa região”, a rmou. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acompanha a situação e chegou a gravar um vídeo, no dia da denúncia, criticando a demora por parte da Funai e da Polícia Federal em reagirem à situação. Segundo ele, havia a possibilidade de uma tragédia. Randolfe disse, ainda, que a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) preparam uma noti cação dirigida ao governo brasileiro Fabrício Gandini (PP-ES) a respeito do caso. Os ministérios da Justiça e do Meio Ambiente serão interpelados pelos Projeto de Lei prevê multa para responsáveis por trote órgãos internacionais, informou o senador. “O documento irá questionar a necessidade Antônio Anastasia Projeto de Lei proposto pelo deputado Fabrício Gandini prevê multa para os de intervenção de forças internacionais para o (PSDB-MG) responsáveis por trotes contra os serviços de urgência e emergência mantidos pelo episódio ocorrido no último nal de semana e estado do Espírito Santo. O objetivo é coibir essas atitudes, que causam prejuízos seus desdobramentos, uma vez que ambas as operacionais e nanceiros com o deslocamento de equipes que poderiam estar, de Vítimas de acidentes com organizações não aprovam o tipo de fato, atendendo solicitações de verdadeiras ocorrências. administração que está sendo adotada pelo barragens não poderão Segundo dados do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), que realiza os atendimentos governo”. ser lesadas em dos serviços de urgência e emergência da polícia e bombeiros, diariamente são recebidos mais de 250 trotes O senador Fabiano, presidente da Comissão programas sociais no Espírito Santo. São pessoas que, geralmente, fazem brincadeiras de mau gosto e comunicam ocorrências de Meio Ambiente (CMA) do Senado, que não existem. manifestou solidariedade aos Waiãpi e Está em análise na Comissão de Assuntos Sociais Recentemente, por exemplo, foi divulgado pela imprensa que o Corpo de Bombeiros de Cachoeiro de aproveitou para criticar a proposta do governo (CAS) do Senado o projeto de Antônio Anastasia Itapemirim mobilizou sua equipe para atender uma ocorrência de incêndio em uma residência, que depois federal de liberar as atividades de mineração (PSDB-MG) que exclui as indenizações e auxílios se mostrou falsa. em terras indígenas. pecuniários para vítimas do rompimento de “Precisamos, com a máxima urgência, punir aqueles que utilizam de má-fé no uso dos serviços públicos, “A pretexto de fomentar o desenvolvimento barragens, dos cálculos de renda que dão direito ao passando trotes. Essas pessoas devem ressarcir o Estado dos prejuízos causados”, destaca Gandini. econômico, o projeto coloca em risco as ingresso no cadastro único para programas sociais do populações locais e signi ca o desmonte de Enquadra-se na de nição de trote toda e qualquer ligação destinada às instituições: Serviço de governo federal (CadÚnico) ou para o recebimento Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil e Militar, e os demais conquistas ambientais. Impor aos povos do Benefício de Prestação Continuada (BPC). serviços de urgência e emergência mantidos pelo Estado. indígenas que aceitem garimpos nas terras em Anastasia explica que a proposta retoma seu De acordo com o projeto proposto por Gandini, os proprietários de linhas telefônicas, xas ou móveis, que que vivem subverte a estrutura social dessas relatório à MP 875 (PL 4.034/2019), que acabou não comunidades por meio da exploração de suas originam os trotes cam sujeitos à aplicação de multa de cerca de R$ 684,00, podendo ser duplicado o valor sendo aprovado no Congresso Nacional por decurso riquezas mineiras. Isso é mais que inaceitável, em caso de reincidência. de prazo, e que concedeu um auxílio emergencial é um crime contra a humanidade”, denunciou. pecuniário para famílias moradoras de Brumadinho do Bolsa Família, bene ciários do BPC e recebedores Norma Ayub (DEM-ES) da Renda Mensal Vitalícia (RMV), em virtude do Felipe Rigoni (PSB-ES) estado de calamidade pública reconhecido pelo Novos leitos Ministério do Desenvolvimento Regional após o rompimento da barragem de rejeitos da Vale na O deputado federal Felipe Rigoni vai Ao visitar o Hospital Santa Helena em Itapemirim no cidade, em janeiro. destinar R$ 12 milhões a projetos último dia 30, a deputada federal Norma Ayub cou feliz ao O senador detalha que hoje Brumadinho vive uma escolhidos por votação popular ver os pacientes em leitos adquiridos através de recursos "situação absurda", pois há notícias de pessoas que destinados por ela. Muitos, com alegria, agradeceram o novo recebiam o Bolsa Família, o BPC ou a RMV antes da Os capixabas têm até o dia 23 de agosto conforto que foi proporcionado. Além disso, com a catástrofe, mas tiveram que passar por recadastro e, para sugerir projetos no edital de emendas economia de cerca de 300 mil reais, que sobraram no no procedimento, foi veri cado acréscimo da renda parlamentares do deputado federal Felipe Rigoni. Serão processo licitatório dos equipamentos da UTI (recurso em virtude de indenizações pagas pela Vale e pelo disponibilizados R$ 12 milhões para 15 áreas temáticas, como destinado pela parlamentar), mais leitos novos, iguais aos que já estão sendo utilizados, auxílio emergencial do governo. Estes pagamentos saúde, educação e segurança. Até o momento, 24 sugestões foram estarão à disposição dos usuários do sistema SUS. “Conforto e respeito a cada um deles podem paradoxalmente excluir as famílias de feitas pela população, que escolherá os projetos vencedores por é o mínimo que podemos oferecer com o nosso trabalho” disse Norma. diversos programas sociais, reclama Anastasia. votação popular. "É uma situação absurda que não pode ser Após o m do prazo de envio de propostas, as sugestões serão ### prolongada. Não podemos permitir que as famílias avaliadas por analistas do gabinete e especialistas do conselho Norma Ayub participou, na segunda-feira (29), da entrega formal pela Prefeitura de que viveram esta tragédia ainda tenham sua fonte de consultivo do mandato. Formado por pro ssionais de renome, o Presidente Kennedy do cheque de 500 mil reais, através do prefeito Dorley Fontão ao renda suprimida por questões burocráticas", deixa grupo terá representantes de diferentes áreas. Na última etapa, a Hospital Evangélico Litoral Sul (Santa Helena). Com este recurso, o Hospital Irá realizar claro na justi cativa. população vai escolher, por meio de votação aberta no aplicativo obras de adequações físicas necessárias para atender a nova legislação da Vigilância O senador ainda acrescenta que a regra atual “Nosso Mandato”, onde cada recurso será aplicado. Sanitária para o funcionamento da sonhada UTI. também pode excluir estas pessoas de programas “Sabemos que o valor das verbas parlamentares é alto, se O Hospital garantiu que fará a obra a todo vapor, para nalmente termos a UTI como o Prouni e o Minha Casa Minha Vida, dentre olharmos para a capacidade de investimento das prefeituras. No funcionando no nal deste ano. outros. Lembra por m que, caso o projeto seja entanto, esses R$ 12 milhões não são su cientes para resolver os Outra boa notícia é que acabaram de chegar 20 monitores multiparâmetros, aprovado, futuras vítimas de tragédias semelhantes problemas do Espírito Santo. Por esta razão, vamos ouvir a concluindo assim a entrega de todos os equipamentos que a parlamentar destinou para serão poupadas, ao menos deste tipo de sofrimento, população no início e no nal do processo, de nindo nossas a implantação da UTI. de serem excluídas de programas sociais como prioridades de maneira coletiva. Queremos prestigiar diferentes “Missão cumprida e compromisso honrado com a população capixaba, com a bênção consequência de indenizações ou auxílios áreas e regiões”, destacou Rigoni. de Deus”, frisou Norma Ayub! emergenciais. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO
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CÂMARA DOS DEPUTADOS