Jornal Fatos & Notícias Ed. 312

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ANO IX - Nº 312 16 a 23 DE AGOSTO DE 2019 SERRA/ES Distribuição Gratuita

Estudo indica alto risco de falta de água em cidades brasileiras

Não há dúvida que a depressão abarca um número assombroso de pessoas na sociedade moderna

O presidente Jair Bolsonaro, determinou a suspensão dos radares nas rodovias federais

Entrevista exclusiva com o deputado estadual, delegado Lorenzo Pazolini

ISA/ENVOLVERDE

Por que algumas pessoas se destacam entre milhões e conseguem sucesso, se tornam pessoas históricas, grandes personalidades, são respeitadas por todos, mesmo depois de séculos?

Frankie, o gatinho com quatro orelhas e um olho INSTAGRAM/REPRODUÇÃO

Açaí pode proteger a retina de diabéticos DIVULGAÇÃO

países de todo o mundo, incluindo seus estados e municípios, mostra que o Brasil, como um todo, não está entre os que mais sofrerão com a falta de água no f utu ro. Poré m a l g u m a s d e s u a s principais cidades, sim: São Paulo, Rio

de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Recife, Vitória e Campinas, estão em áreas de risco hídrico alto, de acordo com o estudo. “O estresse hídrico é a maior crise da qual ninguém fala. Suas consequências

estão à vista sob a forma de insegurança alimentar, con itos, migração e instabilidade nanceira”, alerta Andrew Steer, presidente e CEO do World Resources Institute. Pág. 2

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ISTOCK/GETTY IMAGES

A falta de água que milhões de brasileiros constatam nas torneiras e que está afetando a produção de energia hidroelétrica acaba de ser comprovada pelo novo relatório do World Resources Institute. O trabalho, que mapeou 189

Frankenkitten – uma mistura de Frankenstein, o monstro do famoso livro da escritora britânica Mary Shelley, com kitten (gatinho, em inglês) – é um gatinho que foi encontrado abandonado nos fundos de uma casa em Melbourne, na Austrália

Brasil ganha três bronzes em olimpíada internacional de astronomia

SUS incorpora novo medicamento contra insuficiência cardíaca

Estudantes brasileiros foram selecionados entre mais de 100 mil pessoas para participar da competição na Hungria

O Ministério da Saúde decidiu incorporar um novo medicamento contra insu ciência cardíaca ao Sistema Único de Saúde (SUS): o Entresto (sacubitril/valsartana). A incorporação aconteceu em menos de dois anos após seu lançamento, tempo considerado recorde para os padrões brasileiros. O medicamento é indicado para pacientes adultos cujos sintomas são desencadeados por atividades cotidianas, mas que ocorrem também quando estão em repouso. De acordo com o estudo PARADIGM, a terapia reduziu o risco de morte por causas cardiovasculares em 20% e a taxa de hospitalizações em 21% em relação ao enalapril, tratamento anterior. Pág. 9

REPRODUÇÃO/FACEBOOK/REVISTA GALILEU

Após indução ao quadro diabético, ratos wistar que receberam ração misturada ao açaí tiveram os mesmos resultados que os indivíduos saudáveis Pág. 9

Inteligência Artificial da Amazon sabe quando usuário sente medo GETTY IMAGES/BRIAN A. JACKSON

Software consegue identificar, com precisão, diferentes tipos de emoção Pág. 6

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16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Estudo global indica Extintas na natureza, alto risco de falta de antas são reintroduzidas em floresta do RJ água em cidades brasileiras A espécie é conhecida como jardineira das florestas, por contribuir para a disseminação de sementes CICLOVIVO

Relatório mapeou 189 países de todo o mundo, incluindo seus estados e municípios LUIS TOSTA/UNPLASH

A falta de água que milhões de br a s i l e i ro s c ons t at am n a s torneiras e que está afetando a produção de energia hidroelétrica acaba de ser comprovada pelo novo relatório do World Resources Institute. O trabalho, que mapeou 189 países de todo o mundo, incluindo seus estados e municípios, mostra que o Brasil, como um todo, não está entre os que mais sofrerão com a falta de água no futuro. Porém algumas de suas principais cidades, sim: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Recife, Vitória e Campinas , estão em áreas de

risco hídrico alto, de acordo com o estudo. “O estresse hídrico é a maior crise da qual ninguém fala. Suas consequências estão à vista sob a forma de insegurança alimentar, con itos, migração e instabilidade nanceira”, alerta Andrew Steer, presidente e CEO do World Resources Institute. “A boa notícia é que já temos tecnologias para reduzir ou reverter o problema. No caso do Brasil, por exemplo, nossos estudos mostram que investir em infraestrutura natural, ou seja, na restauração orestal para oferta de serviços ambientais, melhora a qualidade da água que chega aos reservatórios, o que pode facilitar a capacidade dos governos a se prepararem para c r i s e s ”, d e s t a c a R a c h e l

Biderman, diretora-executiva do WRI Brasil. O Atlas Aqueduct de Risco Hídrico mostra que 17 países, que abrigam um quarto da população mundial, enfrentam um estresse hídrico “extremamente alto”. Nesses países, a agricultura, a indústria e a s mu n i c i p a l i d a d e s e s t ã o consumindo 80% das águas super ciais e subterrâneas disponíveis em um ano médio. Quando a demanda rivaliza com a oferta, mesmo pequenos choques de secas – que devem aumentar devido à crise climática – podem produzir consequências terríveis. O relatório do WRI também identi ca os pontos onde há maior risco de água em todo o mundo, como, por exemplo, na região do Oriente Médio e Norte da África (MENA), onde cam 12 dos 17 países que enfrentam estresse “extremamente alto”. Nelas, especialistas identi caram a escassez de água como um dos principais fatores de con ito e migração. O norte da Índia, por sua vez, enfrenta um severo esgotamento da água s u bte r r ân e a qu e p o d e s e r visua lizado nos map as do Aqueduct e, por isso, a região foi incluída em cálculos de estresse hídrico pela primeira vez. No caso do Brasil, esses pontos estão mais concentrados no Nordeste,

onde ca o semiárido. Há alto risco em pontos no Planalto Central e ao leste da região Sudeste, onde cam São Paulo, R i o d e Ja n e i r o, Vi t ó r i a e Campinas. “Temos estudos que mostram como o investimento na recuperação orestal de áreas de captação de água em São Paulo e no Rio de Janeiro torna os sistemas de abastecimento mais e cientes e resilientes”, informa Rachel. “Estamos nalizando um estudo em Vitória com resultados igualmente animadores. Ou seja, sabemos como enf rentar ess e ris co hídrico sistêmico que tende a se agravar com a crise climática. Basta vontade política para fazer”, completa. O mapa do risco da água no Brasil mostra áreas no interior do Nordeste, com um longo histórico de estresse hídrico em função de suas condições de clima e geologia, mas também re g i õ e s on d e e s s e r i s c o é claramente resultado da ação humana. Fatores como consumo excessivo, desperdício, a atual crise climática, a degradação das áreas de captação dos sistemas de fornecimento e o desmatamento Ama z ôn i a , qu e te m p ap el regulador das chuvas no País, estão colocando as regiões mais populosas do Brasil em risco.

Extintos nas orestas do Rio de Janeiro há mais de 100 anos, os Tapirus terrestris, também chamados de antas, começaram a voltar à natureza graças a um projeto de reintrodução de animais desenvolvido no estado, batizado de Refauna. No último dia 8, mais um casal da espécie foi solto na Reserva Ecológica de Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu (Regua), região metropolitana do Rio de Janeiro. O casal – Jorge e Magali – nasceu no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em São Cristóvão, zona norte da cidade. A reintrodução das antas à oresta começou em 2017 na Reserva Ecológica de Guapiaçu e no Parque Estadual dos Três Picos, que envolve áreas de cinco municípios da região serrana do Rio. O trabalho é desenvolvido pela parceria entre Laboratório de Ecologia e Conservação de Populações (Lecp) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Laboratório de Estudos e C onser vação de Florestas (Lecf) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o Laboratório de Ecologia e Manejo de Animais Silvestres (Lemas) do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), com apoio da prefeitura do Rio. Apesar das recentes ações do

Refauna, a iniciativa foi criada em 2010. Na época, as atenções do projeto estavam voltadas para a causa das cutias Dasyprocta leporina que foram soltas no Parque Nacional da Tijuca. Os animais soltos são equipados com um colar com GPS e rádio transmissor, brinco de identi cação e microchip embaixo da pele, para que sejam monitorados. A partir dessa reintrodução, o projeto vai pesquisar a capacidade de dispersão de sementes e ecologia espacial feita pelas antas, com a expectativa de que elas d i s p e r s e m p a r a o Pa r q u e Estadual dos Três Picos e outras áreas orestadas na região. Já estão na oresta as antas Flora, Júpiter, Eva, Valente e Floquinho, reintroduzidas na área desde 2017. Na próxima semana, está prevista a soltura de d oi s e s p é c i m e s v i n d o s d e Sorocaba (SP) e mais um animal nascido no Zoológico do Rio. A presidente da Fundação RioZoo, Suzane Rizzo, lembra que a função do zoológico vai além da exposição de animais. “A reintrodução na natureza de um animal ameaçado de extinção é um momento muito importante para o meio ambiente e para a sociedade. O zoológico cumpre um importante papel nesse

processo. A função do Zoológico do Rio, por meio da Fundação RioZoo, é também esse tipo de at iv id ade, de s oltura e de e st í mu l o à re pro du ç ã o d e animais que estão em extinção”. As antas são animais de grande porte que podem pesar até 300 quilos, por isto precisam de áreas grandes para viver. Consideradas mansas, solitárias e inteligentes, por quem estuda esta espécie, elas podem viver 30 anos. Segundo o professor do IFRJ Maron Galliez, um dos coordenadores do Refauna, a esp écie é conhecida como jardineira das orestas, por contribuir para a disseminação de sementes. “Antes de serem soltas na mata, as antas passam por um período de aclimatação num cercado de um hectare dentro da reserva, onde se acostumam com o clima e a nova dieta. As antas são animais herbívoros, que comem folhas e f r uto s , c ont r i bu i n d o p ar a espalhar sementes pela mata”.

Turbulência em voos vai piorar com mudanças climáticas Estudo mostra como alterações no clima podem causar grandes variações nas correntes de vento na região onde aviões mais circulam O céu está claro e não há nada que possa alertar os pilotos. Ocorre um fenômeno meteorológico conhecido como windshear, uma repentina e rápida variação na corrente do vento, que causa turbulência e assusta os passageiros. Esse cenário pode car cada vez menos raro, e isso devido às mudanças climáticas, apontam meteorologistas

britânicos em um estudo publicado na revista Nature. Os pesquisadores usaram informações captadas por satélites ao longo de 39 anos e identi caram mudanças no vento vertical em grandes altitudes no Atlântico Norte, que é a região oceânica sob a qual percorrem mais aviões no mundo. Os meteorologistas dizem que

isso pode afetar a aviação, já que, em média, cerca de três mil voos ocorrem diariamente no Atlântico Norte. O que contribui com a turbulência são correntes de ar c au s a d a s p el a d i fe re nç a d e temperatura entre o Equador e o polo Norte. Os pesquisadores descobriram que em altitudes maiores no polo Norte, como na estratosfera

(região a 50 km de altitude), as temperaturas têm caído em d e c o r r ê n c i a d a s mu d a n ç a s climáticas no Ártico. Por outro lado, no Equador, na região da troposfera (até os 18 km de altitude), há médias de temperatura mais altas, causando um forte contraste, responsável pela variação na corrente de ar. Como os aviões percorrem a

região que ca entre a troposfera e a estratosfera, os meteorologistas acreditam que há mais variação na corrente de vento nessa zona de transição. Com base em um estudo anterior, os pesquisadores notaram que, desde 1979, houve 15% de aumento no windshear em altitudes um pouco maiores que 10 km. “Se a corrente de vento diminui

na atmosfera mais baixa [troposfera], mas permanece inalterada na atmosfera mais alta [estratosfera], então o efeito windshear até a atmosfera alta é aumentado”, explicou ao jornal e Washington Post um dos autore s d o e stu d o, Pau l D. Williams.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

O raio da morte Charola de São Sebastião

de Arquimedes preserva devoção e O genial engenheiro teria incinerado navios com a luz do sol; seria o relato histórico verdadeiro? REPRODUÇÃO

tradições religiosas no ES Prêmio Culturas Populares fortalece o reconhecimento da manifestação cultural típica da cidade de Cachoeiro do Itapemirim SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM

Siracusa resistia. Entrincheirados na cidadela, na Sicília, os habitantes repeliam ataque após ataque da emergente república romana, que queria impedir sua aliança com Cartago. Era a Segunda Guerra Púnica, 213 a.C., e os habitantes gregos da cidade seriam vítimas colaterais de uma guerra entre as superpotências do Mediterrâneo. Contra as superpotências, Siracusa tinha uma arma secreta: Arquimedes, o engenheiro, matemático e cientista que, aos 78 anos, parecia estar no auge de sua criatividade. Segundo os relatos da época, Arquimedes construiu catapultas e a i mpre ss i on ante g ar r a , u m guindaste que era capaz de levantar navios inimigos para derrubá-los de volta ao mar, com efeitos letais. Também teria criado um canhão de vapor, uma ideia que foi testada amplamente na era do vapor, no século 19, sem que ninguém tivesse produzido uma arma viável. Se fazer um canhão de vapor era se adiantar dois mil anos, Arquimedes foi além: ele fez algo

que ainda está em fase experimental. Ele teria conseguido concentrar, através de espelhos, a luz do sol nos navios romanos, fazendo-os entrar em chamas. Era uma arma de luz, como um las er da Antiguidade. Seria mesmo possível? A história só aparece muitos séculos após o cerco, nos relatos de historiadores romanos. Por milênios, autores se dividiram entre crentes e céticos. Uma simulação notória foi realizada em 2005 por estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts: 127 espelhos quadrados, medindo 30 centímetros, foram apontados para um navio de madeira. A embarcação queimou em determinados pontos, mas isso só foi possível depois que o céu cou sem nuvens e porque o navio estava estático por dez minutos. O experimento foi repetido no programa televisivo Mythbusters, da Austrália. Mas o resultado foi o mesmo. O programa indicou que, como o mar que cerca Siracusa está direcionado ao leste, assim a frota romana teria que ter

invadido a cidade esp e ci c amente durante a manhã para que os sicilianos contassem com uma grande quantidade de luz. Além disso, também foi explicado que as armas convencionais da época, como echas e catapultas, teriam sido mais e cientes em incendiar um grande navio em curtas distâncias. Uma lenda assim não deve ter surgido do nada, porém. Se o raio realmente existiu, foi e caz apenas em cegar ou distrair os inimigos. Seja como for, os romanos não conseguiram entrar. Mas os siracusanos estavam prestes a morrer de fome. No m das contas, o traidor Moeriscus abriu os portões para salvar a própria pele. Os romanos entraram e, apesar das ordens explícitas de seu líder, Marco Cláudio Marcelo, para trazer Arquimedes com vida, um soldado o trespassou com uma e s p a d a . O u p orqu e n ã o o reconheceu ou, muito pelo contrário, por vingança por tanta dor in igida por seus inventos diabólicos.

“Foi em 20 de janeiro, que nasceu São Sebastião, foi encerrada a sua vida, nessa mesma ocasião”. É desse modo que Mestre Izaías Quirino da Silva inicia as ladainhas do Grupo Charola de São Sebastião do Alto Paulista. Há 45 anos à frente do grupo, ele conduz a procissão que demonstra a devoção ao santo, de 6 a 20 de janeiro, pelas ruas de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. No ano passado, Mestre Izaías teve seu trabalho reconhecido pelo Prêmio Culturas Populares – edição Selma do Coco. Este ano, as ins criçõ es s eguem abertas até a próxima sexta-feira (16) e podem ser feitas por meio d a p á g i n a culturaspopulares.cultura.gov.br ou por via postal. Ao todo, 250 mestres, mestras e pontos de cultura das cinco regiões serão premiados com R$ 20 mil cada. Segundo Mestre Izaías, além da valorização do trabalho desenvolvido pelo grupo, a premiação em dinheiro auxiliou na manutenção dos trabalhos. “O Prêmio Culturas Populares é de fato importante, porque incentiva nosso trabalho, anima as pessoas. E também pode ajudar a comprar algumas coisas que o grupo precisa. No meu caso, a gente comprou

(aventurasnahistoria.uol.com.br)

Intitulado de "O Bonde da História", um dos primeiros trabalhos realizados pelo projeto A Arte é Nossa está ganhando cara nova. Entregue em 2014, o mural, que retrata 16 prédios históricos da capital, entre eles a Fa e o eatro Carlos Gomes, está localizado no muro do estacionamento do Ministério da Fazenda, na Avenida Pr inces a Is ab el, e s qu i na c om a B ar ã o d e Itapemirim, no Centro. O local está passando por um processo de reforma e restauro. As cores pastéis originais estão sendo substituídas por cores

vivas. O trabalho está sendo realizado por Antônio Natural, um dos artistas responsáveis pelo trabalho original ao lado de Dione. A intervenção recria – por um mural em relevo – o caminho feito pelo bonde no início do século XX, mas agora com um novo trajeto, que apresenta aos moradores e visitantes de Vitória alguns dos

prédios históricos mais importantes da cidade. O trabalho faz parte do projeto "A Arte é Nossa", uma iniciativa da S ecretaria Municipal de Cultura (Semc) que tem como objetivo humanizar os espaços públicos e democratizar a produção artística local. "As intervenções artísticourbanas aproximam munícipes do seu universo por meio da arte. Nesse sentido, a reforma e o restauro desse trabalho artístico transformarão, agora com mais cores, o espaço público, contribuindo com o sentimento da comunidade em relação a esse espaço", disse a coordenadora do projeto, Fernanda Bellumat.

Tradição Os festejos, originalmente c at ó l i c o s , v i e r a m c o m o s portugueses para o Brasil e receberam a in uência das religiões e tradições africanas. Sobre a transmissão dos saberes e das práticas, Izaías diz que gostaria que fossem mantidas, mas não tem certeza de que isso

ocorrerá. “Os mais jovens até participam, mas não têm o engajamento que nós temos, essa devoção. Então pode ser que, quando eu morrer, a tradição não seja mantida”, lamenta. Atualmente, em todo o estado do Espírito Santo, a cidade de Cachoeiro do Itapemirim é a única onde a Charola de São Sebastião ainda persiste. Os governos municipal e estadual também auxiliam e, por meio de editais de apoio, o grupo já lançou CDs, DVDs e livros. Segundo o secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Pires, o Prêmio Culturas Populares é i mp or t a nt e p a r a aj u d a r a preser var esses saberes. “É preciso estimular e preservar a cultura popular para que ela não se perca. O país é muito grande, são mais de oito milhões de quilômetros quadrados, nós recebemos imigrantes do mundo inteiro, existe uma tradição local, existe uma tradição adaptada e, por conta disso, nós precisamos levantar estas manifestações populares, estimular, sejam no Norte ou no Nordeste, no Sul do Brasil. É muito legal isso, e a gente está contando que esse prêmio cada vez mais estimule a cultura popular no País”, conta ele.

AUTOR DESCONHECIDO/ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DO BRASIL

DIVULGAÇÃO SEMC

Mural "O Bonde da História" ganha novas cores no Centro de Vitória

instrumentos musicais”, conta. Ligada aos cultos natalinos e à Folia de Reis, que ocorrem anualmente de 24 de dezembro a 6 de janeiro, os festejos da C h arol a d e S ã o S e b a s t i ã o estendem-se até 20 de janeiro, dia do Santo. Durante esses dias, o grupo passa pelas ruas e visita as casas, tocando e cantando ladainhas e carregando a bandeira de São Sebastião. Para Mestre Izaías, a procissão, que é o signi cado da palavra Charola, deve ser preservada, pois diz muito de seus valores e de uma parte da cultura da região. Ele participa dos festejos desde os sete anos, mantendo a tradição já praticada por seus pais, e só se ausentou durante alguns anos da juventude, quando morou no Rio de Janeiro. Ao regressar para o Espírito Santo, retomou a tradição da qual, mais tarde, se tornaria mestre.

Estação de Cachoeiro do Itapemirim – 1977


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Brasil ganha três bronzes em olimpíada internacional de astronomia Estudantes brasileiros foram selecionados entre mais de 100 mil pessoas para participar da competição na Hungria São Paulo. Os estudantes que representaram o Brasil na IOAA

Heliomárzio Rodrigues Moreira (Colégio Farias Brito/CE) e iago Paulin C araviello

prova de análise de dados foi considerada a mais difícil pelos alunos, mas, de modo geral, a

foram liderados pelos astrônomos Eugênio Reis, do Observatório Nacional (ON), e Júlio César Klae, da Universidade Paulista (Unip), e orientados pelos professores

(Colégio Etapa/SP). Caraviello conta que a parte teórica da olimpíada é muito forte — há cálculos de física e matemática bem complexos. Este ano, segundo o professor, a

parte prática também tende a ser desa adora e é importante o participante saber como é o céu visto em diferentes astros como Marte, Vênus e Plutão. "O examinador pode pedir

DIVULGAÇÃO

Três estudantes de ensino médio receberam medalhas de bronze para o Brasil na 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês) na cidade de Keszthely, na Hungria. A conquista foi de Giovanna Girotto (16 anos), Luã de Souza Santos (17) e Raul Basilides Gomes (17). Outros dois alunos, Bruna Junqueira de Almeida e Lucas Shoji (amb os de 16 anos) ganharam menções honrosas no evento, que ocorreu de 2 a 10 de agosto e reuniu 254 estudantes de 47 países. Os brasileiros foram selecionados entre mais de 100 mil pessoas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) de 2018. Depois, cerca de 5,3 mil zeram três testes on-line, dos quais só 150 foram classi cados para as provas presenciais, que ocorreram no Rio de Janeiro. Destes, apenas os 30 melhores passaram por treinamento com astrônomos em Vinhedo, em

para você ajustar o telescópio em alguma coordenada celeste especí ca", a rma o professor. " L á e m K e s z t h e l y, e l e s disponibilizaram 88 telescópios em um campo de futebol, foi uma imagem linda". A principal di culdade dos alunos, segundo Caraviello, t e n d e a s e r j u s t a m e nt e o reconhecimento do espaço. "O céu é um grande mapa", conta. "Não adianta. Tem uma hora que é necessário abaixar a cabeça e decorar pontinho por pontinho e nome por nome". Ta n t o s d e t a l h e s p o d e m realmente intimidar até os alunos mais esforçados. A estudante Giovanna Girotto, já participou três vezes da Olimpíada Brasileira de Física, e inclusive conquistou ouro em 2016, prata em 2017 e bronze em 2018, diz que nunca imaginou que conseguiria participar da IOAA. "Eu sempre tive problemas em acreditar em mim e em todas as etapas achei que nunca iria

conseguir", diz a aluna, à Galileu. "Mas, no nal, consegui e foi algo muito grati cante, pois estudamos muito e não tivemos férias". Este ano o Brasil levou duas meninas, o maior número de mulheres na história da delegação brasileira na competição. Girotto conta que na etapa de seleção, durante as provas presenciais no Rio de Janeiro, notou uma forte subrepresentação feminina. "Vi que tinha uns 130 meninos para 20 meninas". De acordo com dados da Agência Brasil, em 2010, as mulheres eram 53,9% dos participantes da OBA, que é usada para a classi cação da IOAA. Em 2018, a participação das meninas caiu para 48% do total. "Isso não é porque elas não têm interesse, mas porque não são encorajadas", a rma Girotto. "Eu acho essencial incentivar mais meninas na ciência em geral, é um espaço que precisa da gente”.

Coleção de livros apresenta retrato da inovação educacional no Brasil 'Tecnologia e Inovação na Educação Brasileira' reúne o trabalho de 315 autores e autoras de diferentes regiões do País INDYSYSTEM/ISTOCKPHOTO

Inovar em educação pode até parecer a discussão do momento. Em congressos, feiras, encontros e formações, nunca se falou tanto sobre o tema. Mas a grande verdade é que pensar em novas metodologias, espaços e tempos já faz parte da história desde que a escola se institucionalizou. C om a proposta de mapear e divulgar pesquisas, implementações e práticas bem-sucedidas, a coleção de livros “Tecnologia e Inovação na Educação Brasileira” reúne o trabalho de 315 autores e autoras de diferentes regiões do País. Dirigida pelas universidades de Columbia e de Stanford, c o m ap o i o d a Fu n d a ç ã o Lemann, a série traz 131 capítulos com temas relacionados a robótica, jogos educacionais, programação, inovação radical e história da tecnologia educacional brasileira. Os cinco primeiros

livros, publicados pela Penso Editora, são co-organizados por acadêmicos brasileiros: Luciano Meira, André Raabe, Rodrigo Barbosa e Silva, Flávio Campos, José Valente, Avelino Z orzo e Pau lo Bli kstein, responsável pela idealização e direção da coleção. “Nos últimos dez anos, no Brasil, tivemos um grande crescimento no interesse pela educação, mas nesse processo t amb ém p erceb emos que faltava muito conhecimento sobre o tema”, a rma Paulo Blikstein, professor da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). De acordo com ele, a coleção tem a proposta de se tornar uma material de referência para dar visibilidade aos estudos e práticas que estão sendo desenvolvidos no País. “O projeto é ter uma coleção de dez livros que vai reunir quase tudo o que existe em tecnologia educacional e pesquisa em

inovação no Brasil”. Além de apresentar fundamentos, estudos de políticas públicas e experiências educacionais inovadoras, as obras trazem relatos de professores e alunos que contribuem para o avanço do ecossistema da inovação educacional no País. “Não são apenas pesquisadores. Em alguns livros, temos capítulos

escritos por professores da educação básica e alunos que contam suas experiências com robótica e programação, por exemplo. Uma das inovações [da coleção] foi incluir a voz da criança e do aluno nos livros”, conta Blikstein. Entre os primeiros lançamentos da coleção, estão os volumes “Inovações Radicais na Educação B r a s i l e i r a” e “ R o b ó t i c a Educacional”. “Um elemento importante em muitas dessas experiências [apresentadas nos livros] é que as universidades sempre tiveram um papel fundamental no processo de inovação. Quando a gente começou a fazer programação e rob ót i c a , i ss o foi u m a iniciativa das universidades

públicas”, re ete o professor da Universidade de Columbia, ao apontar alguns aprendizados obtidos a partir do agrupamento de referências sobre o tema. No livro “Inovações Radicais na Educação Brasileira”, são apresentadas transformações profundas e signi cativas no ambiente escolar, considerando relações pedagógicas, organização curricular e o processo de ensino-aprendizagem. “Muitas experiências inovadoras que são discutidas hoje já acontecem há pelo menos um século. Tentamos não olhar para inovação como algo novo, mas do ponto de vista de transformação de uma realidade”, destaca o professor e

co-organizador do livro, Flávio Rodrigues Campos, consultor p e d agó g i c o d o g r up o d e Educação da Gerência de Desenvolvimento do Senac-SP. Da educação infantil ao ensino superior e técnico, apesar das experiências reunidas apresentarem diferentes realidades, ele menciona que é p ossível destacar alguns pontos em comum entre as inovações, como a motivação e o desejo de mudança dos agentes envolvidos no pro cesso e d u c a t i v o . “ Ta n t o n a s experiências das escolas, quanto nas dos professores, percebemos o vontade de educadores e alunos de fazer algo diferente e transformar a realidade do espaço escolar ou do processo de ensinoaprendizagem”, aponta. Já em “Robótica E du c a c i on a l”, é p o s s í v e l conhecer experiências de escolas do meio urbano e rural, universidades e espaços informais brasileiros que promovem o aprendizado da robótica educacional. Organizada em cinco partes, a publicação trata de temas como educação e mediações tecnológicas, robótica livre, laboratórios virtuais e democratização e inserção das minorias. (Porvir.org)


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

“Existe uma busca quase universal por respostas fáceis e soluções semielaboradas. Nada perturba tanto algumas pessoas como ter de pensar”, Martin Luther King Jr. MARLON MAX/FOLHA VITÓRIA

Deputados manteve a permissão de trabalho aos domingos com folga a cada quatro semanas sem aval do sindicato por meio de acordo coletivo.

PRF/DIVULGAÇÃO

Bolsonaro manda suspender uso de radares nas rodovias federais

O presidente Jair Bolsonaro, determinou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio de despachos publicados nesta quinta-feira (15), no Diário O cial da União, que suspenda o uso de radares xos, móveis e portáteis até que o Ministério da Infraestrutura “conclua a r e av a l i a ç ã o d a regulamentação dos procedimentos de scalização eletrônica de velocidade em vias públicas”. De acordo com o documento, a medida tem por o b j e t i v o “e v i t a r o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade”. O despacho do presidente pede também que o ministério “proceda à revisão dos atos normativos internos que dispõem sobre a atividade de scalização eletrônica de velocidade em rodovias e estradas federais pela Polícia Rodoviária Federal.

Parlamentares analisaram, na quarta-feira (14) alterações à Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, aprovada na noite de terçafeira (13) pelos deputados. O destaque proposto pelo PCdoB, rejeitado por 244 votos a 120, pretendia assegurar a manutenção do texto da Consolidação das L eis do Trab a l ho (CLT), que estabelece o descanso semanal aos domingos como regra. Em outra proposta, parlamentares também rejeitaram o destaque que pretendia condicionar o trabalho em domingos e feriados na forma de nida em convenção ou acordo coletivo. Caso seja mantido no texto, a mudança libera o trabalho aos domingos com folga a cada quatro semanas, dispensando o pagamento em dobro do tempo trabalhado nesses dias se a folga for determinada para outro dia da

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

medida fosse aprovada, o relator precisou amenizar o texto e prever a folga após quatro semanas. O relator também inseriu na prop o s t a t e m a s c om o a criação da carteira de trabalho digital; agilidade na abertura e fechamento de empresas e a substituição dos sistemas de E s c r itu r a ç ã o D i g it a l d e Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). O texto estabelece garantias para o livre mercado, prevê imunidade burocrática para startups e extingue o Fundo Soberano do Brasil.

ALAN SANTOS/PR

DIVULGAÇÃO

Câmara autoriza trabalho aos domingos com folga a cada quatro semanas O destaque proposto pelo PCdoB, rejeitado por 244 votos a 120, pretendia assegurar a manutenção do texto da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estabelece o descanso semanal aos domingos como regra. Mas nesta quinta-feira (15) o plenário da Câmara dos

tradições do Brasil. “Muitos frequentam a missa, o culto religioso. O domingo é o dia do encontro da família. Essa medida desagrega a família, desrespeita tradições do Brasil”, assegurou. “Eu considero que essa medida não gerará emprego", acrescentou. Ao rejeitar a crítica de que a proposta “escravizaria” o trabalhador brasileiro, o líder do Novo, deputado Marcel Van Hattem (RS), a rmou que é “a medida provisória que justamente liberta o povo brasileiro dos grilhões do Estado e garante o

semana. Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a proposta terá um impacto na vida social do trabalhador brasileiro e não vai gerar novos empregos. “A ideia de se preservar o domingo é respeitar as

desenvolvimento econômico, garante o trabalho, o emprego e a liberdade”. “É um preconceito inadmissível nesta Casa o tipo de comparação que estão querendo fazer aqui entre aqueles que vão ser bene ciados, aliás, com a liberdade econômica, com a condição de poder trabalhar dignamente”, a rmou.

Liberdade Econômica Na noite de terça-feira (13), o plenário da Câmara aprovou, por 345 votos a favor, 76 contra e uma abstenção, o texto-base da MP da Liberdade Econômica. A aprovação foi possível após acordo costurado pelo presidente da Câmara, d e put a d o R o d r i go Mai a (DEM-RJ), que retirou pontos aprovados na comissão mista c o n s i d e r a d o s inconstitucionais. Entre os pontos polêmicos que foram retirados estava a criação de taxas de conselhos de Farmácia e isenção de multas p or des c umprimento da tabela de frete rodoviário. Originalmente, a proposta aprovada na comissão esp e cia l est ab ele cia que empregados trabalhassem aos domingos, desde que fosse dada uma folga nesse dia a cada sete semanas. Para que a

Declaração de Direitos de Liberdade Econômica Editada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril, a MP institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica que, entre outras medidas, permite que empreendimentos considerados de baixo risco sejam desenvolvidos sem depender de qualquer ato de liberação pela administração pública. Na pr át i c a , at i v i d a d e s econômicas que não oferecem risco sanitário, ambiental e de segurança não vão precisar FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

mais de licenças, autorizações, registros ou alvarás de funcionamento. De acordo com o texto, essas atividades econômicas poderão ser desenvolvidas em qualquer horário ou dia da semana, desde que respeitem normas de direito de vizinhança, não causem danos ao meio ambiente, não gerem poluição sonora e não perturbem o sossego da população. A MP também equipara documentos em meio digital a documentos físicos, tanto para comprovação de direitos quanto para realização de atos públicos.

Advogados deixam defesa de Deltan após caso de mensagens da Lava Jato O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, enfrenta mais um revés após as mensagens v a z a d a s d o Te l e g r a m e publicadas pelo site e Intercept Brasil. Os advogados Eduardo Mendonça e Felipe de Melo Fonte deixaram a defesa do procurador nos processos em que responde no Conselho Na c i on a l d o M i n i s t é r i o

Público (CNMP). O cialmente, ambos a rmam que a decisão partiu d e c omu m a c ord o. E l e s deixam a defesa de deltan após caso de mensagens da Lava Jato.

Protesto na Ceasa Após quatro horas de interdição, manifestantes decidiram liberar as BRs 262 e 101 Manifestantes que interditaram a BR 101 e a BR 262, na altura da Ceasa, em Cariacica, nesta quinta-feira (15) protestando contra o preço do pedágio cobrado nas p or t ar i as d a C ent ra l de Abastecimento do Espírito Santo, após quatro horas de manifestação resolveram liberar as rodovias. A manifestação começou por volta das 3h da madrugada desta quinta-feira (15). Às 7h da manhã, comerciantes, produtores rurais e carregadores d e c i d i r a m i nt e rd it a r a s rodovias. O s re p re s e nt a nt e s d a s c at e g o r i a s z e r a m u m a reunião com o deputado estadual Adílson Espíndola que prometeu levar a reivindicação dos trabalhadores para o governo d o E s t a d o. S e g u n d o o s manifestantes, se a reivindicação deles não for atendida até segunda-feira (19), uma nova manifestação será realizada na próxima quarta-feira (21). De acordo com os produtores, a taxa de cobrança para entrar na Ceasa, que atualmente é de R$ 5, aumentaria para R$ 6 nesta quinta-feira (15). A rmaram ainda que a forma de cobrança também mudou. Antes era cobrada uma única taxa por dia. Com a mudança, a taxa seria paga a cada entrada e saída dos veículos da Ceasa. Eles também pedem a e x o n e r a ç ã o d o d i r e t o rpresidente da Ceasa, Carlos Roberto Rafael.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Aviões supersônicos Harley-Davidson planeja comerciais podem lançar moto elétrica no voltar aos céus Brasil em 2020 DIVULGAÇÃO BOEING

Mesmo voando três vezes mais rápido, empresas de aviação não obtiveram lucro com essas viagens Vo a r m a i s r á p i d o q u e a velocidade do som ainda soa como algo do futuro para as pessoas comuns, mesmo após mais de 15 anos desde que os últimos voos supersônicos comerciais foram encerrados. Os aviões que faziam essas jornadas, 14 aeronaves conhecidas como Concorde, estiveram em atividade entre 1976 e 2003. Mesmo voando três vezes mais rápido que uma aeronave de passageiros normal, as empresas de aviação não conseguiram obter lucro com essas viagens. O motivo para o Concorde não ter rendido lucro foi, na verdade, um efeito colateral da sua velocidade. Quando o avião passava a barreira do som — cerca de 1230 km/h —, produzia ondas de choque no ar que atingiam o chão num baque alto e repentino: um estrondo sônico (do inglês, "sonic boom”). É um barulho tão impactante para as pessoas que uma lei federal dos Estados Unidos baniu todas as aeronaves comerciais de voar sobre o solo em velocidade mais rápida que o som. A regulação e a capacidade de armazenamento de combustível

Com zunido que lembra jato de avião, LiveWire custa US$ 29.799 nos Estados Unidos. Modelo faz de 0 a 100 km/h em 3 segundos RAFAEL MIOTTO/G1

dos aviões limitaram a atuação do Concorde a voos transatlânticos. Além disso, a operação era tão cara que uma passagem de um trecho entre Londres e Nova York chegava a custar US$ 5 mil. E o Concorde frequentemente voava com metade de seus assentos vazios. O principal benefício da viagem supersônica é a redução no tempo de voo. Um voo de três horas atravessando o Atlântico tornaria possível um bate-volta d o s E s t a d o s Un i d o s p a r a Londres ou Paris, praticamente e c on om i z a n d o u m d i a d e trabalho. Os avanços tecnológicos recentes e as novas tendências na aviação comercial podem tornar o voo supersônico economicamente viável. Mas as regulações terão que mudar antes que os civis possam atravessar os céus mais rápido que o som. Conforme voa pelo ar, uma aeronave provoca perturbações em forma de ondas de pressão que se movimentam na velocidade do som. Quando a própria aeronave voa mais rápido que o som, essas ondas s ão compr imid as em uma

grande perturbação chamada de onda de choque. Os padrões dessa onda de choque ao redor da aeronave supersônica foram recentemente registrados em imagens durante experimentos da Nasa. Os voos comerciais são regulamentados nos Estados Unidos pelo Departamento Federal de Aviação (Federal Aviation Administration, ou FAA, na sigla em inglês). Para proteger os cidadãos dos estrondos sônicos, as atuais regras da FAA proíbem qualquer aeronave comercial de voar sobre o solo em velocidade supersônica. E n t r e t a n t o, a Na s a e s t á trabalhando para reduzir signi cantemente o estrondo sônico com o projeto X-59. Modelando cuidadosamente a aeronave, o objetivo é enfraquecer as ondas de choque ou preveni-las de atingir o chão. Com demonstrações agendadas para o começo de 2012, o sucesso da Nasa neste projeto pode remover uma importante barreira ao voo supersônico.

Samsung pode lançar celular com bateria de

O famoso barulho das motos Harley-Davidson mudará a partir deste mês quando o primeiro modelo elétrico de sua história, a LiveWire, começará a ser vendido nos Estados Unidos. Mê s p ass a d o, a c i d a d e d e Portland foi escolhida para a ap r e s e nt a ç ã o mu n d i a l d o modelo. O Brasil poderá ser um destino futuro. “O plano é lançar no Brasil no próximo ano, mas isso ainda vai depender da criação de uma estrutura para a recarga de veículos elétricos e também a preparação de nossas concessionárias para atender este produto”, disse Flávio Villaça, gerente de marketing da Harley-Davidson no País. De acordo com o executivo, o trabalho junto à rede deve começar em breve. Diferente do segmento de carros, ainda não existe uma grande fabricante de motos que

tenha investido pesado nas motos elétricas. Entre as marcas de destaque, está a americana Zero, que já atua há mais de uma década no mercado. Outras startups tentam impulsionar o setor e, dentro das marcas mais conhecidas, apenas a BMW possui um modelo de mais apelo: o scooter C-Evolution, que não é vendido no Brasil. No ano passado, a Honda apresentou versões híbridas e elétricas do PCX no Japão. Cinco anos após sua revelação ao público ainda como protótipo, a LiveWire nalmente chegará às lojas. O período foi utilizado para aprimorar o modelo em relação ao visto em 2014. Nos próximos anos, a marca promete lançar novas motos elétricas, inclusive já revelou conceitos de scooter e bicicleta elétricos. Além de investir em modelo movidos à eletricidade, a Harley atuará

também em novos segmentos, como o das aventureiras, e de baixas cilindradas. A empresa não esconde que busca novos horizontes em seus pro dutos p ara at rair mais clientes, de diferentes tipos. Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas da Harley-Davidson caíram 3,8% em todo o mundo. No s E s t a d o s Un i d o s , a LiveWire começa a ser vendida neste mês por US$ 29.799. C onve r t i d o p ar a a mo e d a br a s i l e i r a , s e m a d i ç ã o d e impostos e custos de frete, o valor seria equivalente a R$ 112 mil na cotação atual. A expectativa é que o modelo custe em torno de R$ 120 mil no Brasil. Por enquanto, além dos EUA, apenas Canadá e Europa devem receber a moto ainda em 2019. De acordo com a Harley, a “disponibilidade global” está planejada para acontecer até 2021.

grafeno no ano que vem

Inteligência Artificial da Amazon sabe quando usuário sente medo

Companhia sul-coreana busca alternativas às baterias de íon-lítio desde o pesadelo do Note 7, em 2016

Software de reconhecimento de objetos da Amazon, Rekognition, consegue identificar, com precisão, diferentes tipos de emoção GETTY IMAGES/BRIAN A. JACKSON

A Samsung pode estar trabalhando em uma alternativa às baterias de íons de lítio para seus telefones. De acordo com o repórter Evan Blass, a empresa espera lançar pelo menos um smartphone com bateria de grafeno no próximo ano ou até 2021. O jornalista, que cou conhecido como @evleaks e ganhou renome pela reputação impecável de vazamentos de celulares ant e s d o l an ç am e nt o, divulgou a informação em s u a c o n t a n o Tw i t t e r, n a segunda-feira (12). O post explica que o telefone seria "capaz de receber uma carga completa em menos de meia hora", mas que ajustes ainda precisam ser feitos para aumentar as capacidades sem que isso signi que um aumento pesado nos custos. A Samsung não con rmou as informações.

O grafeno tem sido apontado como o "material dos sonhos" graças às suas propriedades únicas. Cientistas acreditam que as baterias de grafeno podem

melhorar o armazenamento de energia e acelerar signi cativamente o carregamento nos telefones. Em 2017, a Samsung anunciou que seus pesquisadores desenvolveram uma "bola de grafeno" que permite velocidades de carregamento cinco vezes mais rápidas que as tradicionais baterias de íon-lítio. Um grande motivo por trás da

busca da Samsung por baterias alternativas é o asco do Note 7, em 2016. Na ocasião, pouco depois do aparelho ter sido colocado à venda, usuários começaram a relatar problemas de superaquecimento e explosões. A Samsung ligou os incidentes a uma falha no design da bateria e fez o recall de todos os telefones Note 7 no mercado. O problema é que, após rel anç ar o tel e fone "consertado", a empresa se deparou com os mesmos relatos negativos. Isso encerrou de vez a fabricação do Note 7. Após a situação desastrosa, a fabricante sul-coreana mudou o processo de testes para os principais componentes de aparelhos móveis e instituiu um processo de inspeção de oito etapas para as baterias.

A Inteligência Arti cial (IA) da Amazon agora sabe quando você está com medo. Em um artigo recente publicado pela CNBC, a gigante anunciou que s e u s o  w a r e d e reconhecimento de objetos, apelidado de Rekognition, agora tem "melhor precisão para detecção de emoções", incluindo calma, confusão, felicidade e, nalmente, medo. O Rekognition é um sistema de redes neurais treinadas em big data, ou seja, milhões de fotos e vídeos. Com essa informações, o soware aprende a identi car e rotu l ar textos, at iv id ades, "comportamento inapropriado", pessoas e rostos. E, embora a Amazon tenha listado a adição do medo como uma melhoria da IA, ela é apenas uma de muitas. Junto com a identi cação de emoções, a Amazon diz que o Rekognition agora é também melhor em identi car sexo e faixa etária. Combinado com a

lista acima mencionada de outros objetos que o Rekognition pode identi car, ca claro que a Amazon quer que este soware seja capaz de detectar e rotular absolutamente qualquer tipo de imagem que você lançar nele. A situação ca um pouco mais assustadora q u a n d o lembramos q u e o Rekognition já está sendo implantado pela polícia

p ara ident i car rosto de pessoas. Não há explicação de como exatamente as redes neurais do Rekognition identi cam todas essas emoções, mas, obviamente, está localizando padrões nos rostos do caminho que são contorcidos quando re etem diferentes estados emocionais. Embora, como obser va a CNB C, muitos especialistas digam que as mudanças em um rosto não re etem necessariamente uma mudança na emoção – um padrão que o Rekognition provavelmente poderia ser capaz de veri car ou descartar em um futuro próximo.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

A nova tecnologia na área da reprodução Recém-chegado ao Brasil, aparelho monitora embriões 24 horas por dia. Isso evita que eles passem muito tempo fora da incubadora ISTOCKPHOTO/GETTY IMAGES

Nas últimas décadas, os avanços da medicina permitiram que inúmeros casais com problemas de fertilidade alcançassem o sonho de ter lhos por meio de técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV). No Brasil, a busca pelo procedimento tem crescido: entre 2017 e 2018, houve um aumento de 18,7%, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse c re s c i m e nt o é re e x o d o s esforços médicos em todo o mundo para melhorar a técnica. Agora, um novo equipamento está tornando a fertilização in vitro ainda mais bem-sucedida e segura. Chamada de Time-Lapse Esco, a máquina é uma incubadora que permite não apenas o armazenamento dos embriões em fase de desenvolvimento

como a sua observação contínua por meio de vídeos (gravados 24 horas por dia) e fotos (tiradas a cada 10 minutos). A tecnologia permite que equipe médica acompanhe constantemente o progresso do embrião sem precisar tirá-lo da incubadora. Nas estufas tradicionais, o embrião precisa ser retirado pelo menos duas ou três vezes durante a fase de desenvolvimento – que acontece nos cinco ou seis primeiros dias após a fecundação (quando o espermatozoide é inserido no óvulo). Toda vez que ele é retirado da estufa, ocorre uma interferência na ambientação produzida pelo equipamento, que visa recriar as condições encontradas naturalmente no útero. Essa retirada é necessária, pois ele precisa ser observado pelo microscópio algumas vezes para

que a equipe saiba se ele está se desenvolvendo adequadamente. No entanto, essa movimentação altera a temperatura do embrião – que deve ser mantido a 37ºC – e outros fatores essenciais para um desenvolvimento seguro. Todo o estresse causado por essas mudanças ambientais prejudica s u a q u a l i d a d e e ,

Arqueólogos afirmam ter escavado a Igreja dos Apóstolos em Israel

consequentemente, afeta as taxas de sucesso da gravidez – que variam entre 30% e 60%. Com o novo equipamento, o embrião só deixa a incubadora para ser implantado no útero da mulher. A Time-Lapse ainda garante maior segurança no armazenamento e melhora a análise embrionária já que a

máquina checa a qualidade do embrião, atribuindo uma nota – aqueles com melhor desempenho são utilizados. “A nova incubadora é excelente, pois melhora uma série de processos da fertilização”, diz Edson Borges, especialista em reprodução assistida do Fertility Medical Group.

O café da floresta Dez novas cultivares da espécie canéfora têm potencial para triplicar a produtividade na região RENATA SILVA

VVVITA/GETTY IMAGES

Pequeno templo bizantino teria sido construído há 1,4 mil anos sobre a casa dos apóstolos Pedro e André

Mar da Galileia, próximo à vila de Betsaida, em Israel

Há décadas, equipes arqueológicas tentam tirar da te r r a a c i d a d e p e rd i d a d e Betsaida — muito citada no Novo Testamento como palco de alguns dos mais icônicos dos milagres atribuídos a Cristo. Teria sido nas ruas dessa antiga vila de pescadores judaicos que um cego voltou a enxergar e que Jesus multiplicou pães e peixes para alimentar uma multidão de cinco mil famintos, por exemplo. Arqueólogos dos Estados Unidos e de Israel acabam de anunciar que descobriram não apenas o vilarejo bíblico de Betsaida, como também uma pequena igreja que antigas escrituras dizem ter sido construída sobre as ruínas da casa dos irmãos Pedro e André, uns dos primeiros seguidores de Cristo. Depois de quatro anos escavando o local e reunindo evidências, os pesquisadores estão convictos de

que o que encontraram é mesmo Betsaida. Conhecida como Igreja dos Apóstolos, o templo chegou ao conhecimento da civilização ocidental no ano 725 da era cristã, depois de um certo bispo Willibald, proveniente da região da Bavária, visitar o local e relatar detalhes sobre a construção. Conforme escavavam, os arqueólogos já descon avam que encontrariam uma igreja, pois começaram a se deparar com pedaços de mármore esculpidos e mosaicos no chão. A cidade tem uma história muito rica. Devido à proximidade do Mar da Galileia (que na verdade é um lago, abastecido com as águas do Rio Jordão), era um ponto estratégico para a pesca. Na época romana, Betsaida cresceu, prosperou e passou a se chamar Julias. Por 200 anos, após o século 3º d.C., sumiu

dos registros. Acredita-se que tenha sido inundada pelo rio. Mas, do século 6º em diante, foi repovoada pelos bizantinos. Teriam sido eles que construíram a igreja simbólica para a cristandade sobre os restos das casas dos dois apóstolos. O plano dos arqueólogos é prosseguir com escavações ainda mais profundas, na esperança de revelar o templo inteiro ou até mesmo a casa dos seguidores de Cristo. Nem todos concordam, no entanto, com as alegações. Outra equipe também tem procurado por Betsaida desde os anos 80, em outro lugar. Esse segundo sítio, a cerca de 1,6 quilômetros para o interior, é chamado de et-Tell. Steven Notley, um dos responsáveis pelas recentes escavações, a rma que a outra vila é longe demais do lago para servir a pescadores. Por isso, está convicto de que a atual Beit Habek, bem na margem do Mar da Galileia, é Betsaida/Julias. Durante a ocupação islâmica, o local foi abandonado, tendo sido novamente habit ado p elos cruzados nos séculos 12 e 13.

Embriões de maior qualidade interferem positivamente nas taxas de gravidez. Até agora, foi observado um aumento nas taxas globais em 5%. A l é m d e m e l h o r a r, o acompanhamento constante do desenvolvimento embrionário p e r m it iu a o s e sp e c i a l ist as observar detalhes do processos biológicos que até hoje não tinham sido testemunhados de perto. As novas descobertas podem ajudar a medicina a entender detalhadamente a formação do embrião e, no futuro, aperfeiçoar a fertilização in vitro, melhorando ainda mais o sucesso da gestação. “Acredito que a inteligência arti cial associada a este tipo de máquina vai p er mit ir a repro dução assistida chegar muito mais longe”, disse Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva.

Um novo capítulo na história do café na Amazônia pode estar se abr indo este ano, com o l an ç am e nt o p e l a E mpre s a Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) das 10 primeiras cultivares híbridas da espécie canéfora (Coffea canephora), com potencial para ao menos triplicar a produção média da lavoura. Uma cultivar é o resultado de melhoramento genético e só pode ser reconhecida como tal após demonstração de que difere, fenotípica e geneticamente, de outros cultivares existentes. Uma variedade é uma variação da planta da qual descende, mas que não foi submetida a uma seleção. Essas cultivares híbridas resultam do cruzamento de duas variedades diferentes, no caso, os cafés robusta e conilon, p e r te n c e nte s à e sp é c i e C . canephora. A novidade desse lançamento, segundo o pesquisador A l e x s a n d r o Te i x e i r a , d a Embrapa Rondônia, é que as cultivares foram criadas a partir da caracterização individualizada de diferentes clones (cópias genéticas de determinadas plantas, neste caso obt id as p or mu lt iplic aç ã o vegetativa), o que é inédito na cultura do café amazônico. Isso signi ca que cada cultivar tem c ar a c t e r í s t i c a s e s p e c í c a s associadas à produtividade,

qualidade da bebida e resistência a doenças, entre outras. Normalmente, as cultivares de café canéfora são formadas por mais de um clone. Diferentemente do cafeeiro arábica (Coffea arabica), comum nas lavouras do Sudeste, que se autofecunda, as plantas da e sp é c i e c ané for a p o ssu e m fecundação cruzada, isto é, são autoincompatíveis. Para produzirem grãos necessitam de d u a s p l a nt a s d i f e r e nt e s e compatíveis, uma fornecendo pólen para a outra. Assim, tendo características selecionadas para o cl i m a am a z ôn i c o, a s 1 0 cultivares podem ser combinadas de acordo com sua compatibilidade, cruzar entre si, potencializando seu cultivo na região, com maior produção de grãos. A caracterização individual das 10 cultivares clonais permite que o cafeicultor saiba quais devem ser combinados na lavoura – antes, essa combinação era aleatória. Entre as novas c u l t i v a r e s – b at i z a d a s d e Robustas Amazônicos e lançadas após 15 anos de pesquisas com o apoio do Consórcio Pesquisa C afé –, há três gr up os de compatibilidade. Para obtenção de lavouras mais e cientes, recomenda-se o plantio conjunto das mudas de seis clones, duas de cada grupo. Quinto maior produtor nacional

de café, Rondônia tem uma área plantada com a espécie canéfora estimada em 72 mil hectares e uma produção de dois milhões de sacas por ano. Enquanto a variedade conilon tem como característica ser compacta, com plantas menores e resistentes à seca, a robusta é mais tolerante a doença e produz bebida de melhor qualidade. Por fatores históricos, em Rondônia houve muitos cruzamentos de plantas conilon com robusta, resultando em cultivares híbridas. “O que zemos foi direcionar o melhoramento para explorar mais essa hibridação”, detalha Teixeira. “A Embrapa pegou o material mais produtivo de conilon e de robusta e fez o cruzamento entre eles dentro do campo experimental”. De acordo com o agrônomo, as 10 novas cultivares, já registradas no Ministério da Agric ultura, Pec uária e Abastecimento e disponíveis em viveiros credenciados, podem atingir uma produtividade de 80 sacas por hectare (ha) – com irrigação, supera 100 sacas/ha. Hoje, a média do estado gira em torno de 30 sacas/ha. “Todas as propriedades que visitei em Cacoal, já com as novas cultivares, eram irrigadas e produziam uma média de 110 sacas por hectare”, conta Marco Antônio Campos, vicepresidente de Administração e Finanças da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). “Eles conseguiram uma produtividade alta, com um custo baixo”, diz. “Além disso, o produto tem uma qualidade surpreendente”.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Um campeão precisa ser criativo e inovador “A inovação sempre significa um risco. Mas ir ao supermercado de carro para comprar pão também é arriscado. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar, isto é, preservar o passado, é muito mais arriscado do que construir o futuro”, Peter Drucker

P

or que algumas pessoas se destacam entre milhões e conseguem sucesso, se tor nam p ess o as histór icas, grandes personalidades, são respeitadas por todos, mesmo depois de séculos? O que essas pessoas têm de especial? O que elas têm de diferente? Todos têm duas pernas, dois braços, um cérebro como nós. Alguns são musculosos, outros não, alguns estudam nas melhores escolas, outros não, alguns nascem ricos e poderosos, outros pobres e anônimos, mas fazem a diferença na vida e nos negócios e, por isso, se tornam imortais. Michael Jordan, grande astro do basquete mundial, foi o maior jogador de todos os tempos. O que ele tinha de diferente? Segundo ele, errou mais de nove mil cestas na carreira, perdeu quase 300 jogos, em 26 diferentes nais de partidas foi encarregado de jogar a bola que decidiria o jogo... e falhou! Jordan teve uma história repleta de fracassos. Isso fez dele um sucesso. Palavras de Jordan: “Sempre acreditei que se você colocar o trabalho, os resultados virão. Eu não faço coisas com meia vontade porque sei que, se eu zer, então posso esperar resultados de meia qualidade”.

UOL

Martin Luther King, depois de anos e anos de campanha pelo m do preconceito racial, foi assassinado no momento em que sua pregação nalmente sensibilizava a população norteamericana. Suas ideias nunca morreram e os Estados Unidos tiveram um presidente negro graças à luta de King. Os c ar S chmidt, o g rande cestinha brasileiro, quando chamado de mão santa, respondeu ao repórter: “Mão santa uma ova, porque não é tu que ca aqui arremessando bola o t e m p o t o d o ”. O s c a r e r a d i f e r e n c i a d o, i n o v a d o r, pro ssional de um grande caráter. Isso é a prova de que só talento não basta. Santos Dumont, quando

projetou o 14 Bis, certamente foi chamado de louco por muitos. Mas ele acreditou na sua criação e não teve medo de falhar. O medo nos afasta do sucesso. O sucesso de Santos Dumont se deu pela sua ousadia, criatividade e acreditar em seu projeto. Quantas vezes deixamos de realizar algo por medo de errar, deixamos de apresentar uma nova ideia na empresa por medo do que vão pensar os colegas. Os grandes campeões nunca se importaram com isso. Levaram suas ideia à frente, sem temer. Ousaram. Vence hoje quem tem produtividade, quem acredita em si e em Deus. Como entender criatividade e inovação? As duas ferramentas são a mesma coisa? Não. Claro

que não. Ser criativo é ter habilidade de gerar ideias originais, uteis e solucionar os problemas do dia a dia. É olhar para as mesmas coisas como todo mundo, mas ver e pensar algo diferente. Inovação é fazer coisas novas e valiosas. É fazer diferente, ser diferente. Inovação é a implementação de um novo ou signi cativamente melhorado p r o d u t o, b e m o u s e r v i ç o, processo de trabalho ou prática de relacionamento entre pessoas, grupos ou organizações. Só há inovação quando a nova ideia é julgada valiosa e colocada em prática. A inovação é o resultado da combinação original de coisas já existentes, ou seja, para que haja inovação, precisa haver valor

agregado à ideia que foi gerada. Um grande rei, pai de três lhos, queria escolher um deles para ser seu sucessor. A decisão estava muito difícil, porque os três eram muitos inteligentes e corajosos. Além disso, eles eram trigêmeos e o rei não encontrava uma forma d e f a z e r a e s c ol h a . E nt ã o, procurou um sábio que lhe deu uma ideia. O rei foi para casa, chamou os três lhos, entregou a cada um deles um pacote com sementes e avisou que partiria para uma peregrinação religiosa: “Ficarei viajando durante um ou dois anos, talvez mais. Vocês terão de me devolver estas sementes quando eu retornar. E aquele que cuidar melhor delas será o meu sucessor”. O primeiro lho pensou “O que eu deveria fazer com essas sementes?”, então as trancou em um cofre, raciocinando que quando seu pai voltasse, as devolveria como as havia recebido. O segundo lho pensou “Se eu trancar as sementes, como fez meu irão, elas morrerão. E sementes mortas não são mais sementes”. Assim, ele foi ao mercado, vendeu as sementes e guardou o dinheiro. “Quando meu pai voltar, vou ao mercado e compro sementes novas e

melhores do que as que ele me deu”, planejou. O terceiro lho foi ao jardim e atirou as sementes por todos os lugares. Quando o pai voltou três anos depois, o primeiro lho abriu o cofre. As sementes estavam mortas, secas. O pai perguntou “São as sementes que dei a você? Elas tinham a possibilidade de desabrochar, de transformar-se em ores e dar um delicioso perfume, mas agora estão mortas”. O segundo lho correu ao mercado, comprou sementes, voltou e entregou-as ao pai. “A sua ideia foi melhor, mas você não criou nada de especial”, a rmou o rei. Então perguntou ao terceiro lho o que ele havia feito. O rapaz levou-o até o jardim, onde havia centenas de plantas crescendo e ores se abrindo por todos os cantos. O lho explicou “São as sementes que você me deu”. O pai disse então “Você é o meu sucessor. Essa é a maneira correta de proceder com as riquezas”. O criador, que é nosso rei, deixou-nos sementes. Temos aqui uma grande missão. Livro: As 7 Virtudes de um Profissional Campeão Prof. Davi Mourrahy

Sexo pode ajudar a reduzir Poluição do ar pode ser tão avanço de Parkinson, diz perigosa quanto fumar um estudo maço de cigarro por dia REPRODUÇÃO INTERNET

Consegue imaginar como a vida sexual pode ter relação com o P a r k i n s o n ? Um a p e s q u i s a europeia descobriu que o sexo pode in uenciar positivamente quem tem a doença ainda no estágio inicial. O estudo da Academia Europeia de Neurologia (EAN) conclui que a prática sexual regular pode ajudar a reduzir o progresso da doença de Parkinson. A doença degenerativa, que pode deixar a pessoa inválida e levar à morte, já atinge mais de 200 mil pessoas no Brasil. Segundo os pesquisadores, os homens que praticavam atividade sexual exibiam incapacidade motora menos s e vera, uma progressão "mais branda" da doença e melhor qualidade de vida geral do que os que não o

faziam. "Melhorar a função sexual aumenta o prazer, a comunicação e a s at isfação ent re cas ais, aumenta a intimidade nas relações e reduz o estresse e os sintomas de Park i ns on " , e x pl i c ou o D r. Ramirez-Zamora, da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, ao site WebMD. Com a duração de dois anos, o estudo acompanhou os hábitos sexuais e a progressão da doença em 355 pessoas (238 homens e 117 mulheres). As mulheres não tiveram o mesmo resultado de melhora, mas ainda não se sabe o motivo. Por isso, ainda é necessário realizar mais pesquisas sobre essa relação. Isso porque o tratamento padrão realizado para amenizar a doença pode ter sido outro fator

in uenciador da melhora da qualidade de vida. Ainda assim, as descobertas podem auxiliar muito os especialistas em distúrbios do movimento, uma vez que o histórico sexual do paciente diagnosticado com Parkinson funciona como uma ferramenta para prever ou até in uenciar a progressão da doença. Os participantes do estudo tinham cerca de 57 anos quando f or a m d i a g n o s t i c a d o s p e l a primeira vez com Parkinson. E no inícios da análise, todos foram classi cados com doença "em estágio inicial". Eles foram submetidos a testes de incapacidade de habilidades motoras e exames de saúde mental. Depois foram avaliados em relação aos hábitos de sono; sentimentos de fadiga, dor ou apatia; estômago e estado urinário; habilidades de atenção e memória; alterações do peso corporal e condição respiratória. Ao mesmo tempo, quase metade dos homens queixaram-se de disfunção erétil e problemas de orgasmo, e a atividade sexual caiu um pouco para todos durante os dois anos de acompanhamento.

Pesquisadores dos EUA viram que pessoas expostas a gases poluentes, principalmente ao ozônio, estão mais sujeitas a enfisema pulmonar PIXABAY

Pe s qu is a d ore s d o s E st a d o s Un i d o s c o n c l u í r a m q u e a exposição à poluição do ar pode ser equivalente a fumar uma carteira de cigarros por dia e que ela ainda pode aumentar a chance de se ter en sema pulmonar, uma doença perigosa e sem cura. Os cientistas notaram uma maior incidência da enfermidade em pessoas que estão expostas por muito tempo a gases poluentes, em especial ao ozônio. O en sema é uma doença respiratória grave, que diminui a elasticidade dos pulmões e leva à destruição dos alvéolos pulmonares, causando sintomas como respiração rápida, tosse ou di culdade para respirar. Segundo o estudo, conduzido pela Universidade de Chicago, pela Universidade Columbia e pela Universidade Estadual de Nova York em Buffalo, em áreas com aumento de três partes por milhão (3 ppm) no nível de ozônio ao longo de dez anos, as pessoas têm maior chance de ter en sema. Essa possibilidade é a mesma que tem alguém que fume

uma carteira de cigarros por dia ao longo de 29 anos. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram sete mil pessoas e a poluição a que elas tiveram expostas do ano 2000 até 2018. Os participantes, que foram expostos a exames de tomogra a computadorizada, viviam todos em grandes regiões metropolitanas como Chicago, Baltimore, Los Angeles, Minnesota e Nova York. Os resultados foram publicados na terça (13) no periódico médico JAMA. Os cientistas acreditam que a principal causa para a maior predisposição ao en sema é o

ozônio que ca concentrado na troposfera (camada mais baixa da atmosfera). O gás é produzido especialmente quando a luz ultravioleta age com outros poluentes liberados por combustíveis fósseis. “Conforme as temperaturas aumentam com o aquecimento global, o nível de ozônio troposférico vai continuar a aumentar”, contou R. Graham Barr, professor de epidemiologia na Universidade Columbia. “A não ser que passos sejam tomados para reduzir os poluentes, ainda não é claro qual nível ou sequer se esses gases são seguros para a saúde humana”.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Pesquisas indicam que o açaí pode proteger a retina de diabéticos Após indução ao quadro diabético, ratos wistar que receberam ração misturada ao açaí tiveram os mesmos resultados que os indivíduos saudáveis ALEXANDRE DE MORAES/UFPA

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 11 pessoas tem diabetes no mundo. O diabetes é uma doença metabólica, ou seja, os portadores não conseguem “quebrar” moléculas de glicose de forma correta ou na vel o c i d a d e s at is f atór i a . O acúmulo de glicose no sangue pode trazer diversas consequências negativas para o indivíduo. A retinopatia diabética é causada por danos aos vasos sanguíneos no tecido da retina, o que pode resultar em perda de nitidez da visão, em di culdade de distinguir cores e até mesmo em cegueira. A OMS a rma que a retinopatia diabética é a terceira principal causa da perda total da visão no Brasil. O Projeto de Pes quis a Utilização de produtos naturais da Amazônia na prevenção de disfunções visuais: investigação do efeito antioxidante do açaí (Euterpe oleracea) durante o desenvolvimento de retinopatia diabética em modelos animais acometidos por diabetes induzida teve início em 2014. “O d i ab e t e s provo c a e s t re s s e

oxidativo, e isso causa lesões nos neurônios da retina. Então nosso objetivo foi saber se o açaí, com o seu efeito anti-in amatório e antioxidante, também poderia proteger a retina no quadro do d i a b e t e s ”, a r m a o neurocientista Fernando Allan de Farias Rocha, coordenador do projeto. O estudo é realizado no Laboratório de Neuro siologia Eduardo Oswaldo Cruz, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), em parceria com os Programas de Pós-Graduação em Neurociências e C o m p o r t a m e n t o (PPGNC/NTPC) e em Neurociência e Biologia Celular (PPNB C/ICB). Os animais escolhidos para a pesquisa foram r a t o s Wi s t a r, p o i s s ã o considerados ótimos modelos experimentais. Todo o processo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do Pará (UFPA). “Primeiro, foi necessário induzir um quadro diabético em alguns animais. Em seguida, dividimos a população em três grupos: os ratos saudáveis, ou

'controle'; os ratos com diabetes, que receberam apenas ração padrão; e os que receberam a ração padrão misturada com o açaí”, explica o professor. Para medir o funcionamento da visão dos animais, foi usado um eletrorretinograma. Nesse procedimento, os animais são sedados e os eletrodos são posicionados na região do globo ocular. Estímulos são realizados na forma de feixes de luz liberados por uma fonte luminosa. Ao receberem a iluminação, há uma reação

SUS incorpora novo medicamento contra insuficiência cardíaca Incorporação acontece em menos de dois anos após seu lançamento, tempo considerado recorde para os padrões brasileiros Do arsenal químico existente para o controle da doença, o Entresto é o único que age em duas frentes ao mesmo tempo. Sob a forma de comprimido, tomado duas vezes ao dia, o

BIBLIOFARMA

O Ministério da Saúde decidiu incorporar um novo medicamento contra insu ciência cardíaca ao Sistema Único de Saúde (SUS): o Entresto (sacubitril/valsartana). A incorporação aconteceu em menos de dois anos após seu lançamento, tempo considerado recorde para os padrões brasileiros. O medicamento é indicado para pacientes adultos cujos sintomas são desencadeados por atividades cotidianas, mas que ocorrem também quando estão em repouso. De acordo com o estudo PARADIGM, a terapia reduziu o r is co de mor te p or c aus as cardiovasculares em 20% e a taxa de hospitalizações em 21% em relação ao enalapril, tratamento anterior. A pesquisa, realizada com 8.442 pacientes, mostrou ainda que o Entresto reduziu em 16% o risco de morte por todas as causas e em 20% a probabilidade de morte súbita, uma das principais causas de mor te por insu ciência cardíaca (IC). Os resultados também evidenciaram melhora na qualidade de vida tanto de pacientes que apresentam poucos ou mu it o s s i nt om a s c om o daqueles que sofreram hospitalizações recentes. A consulta pública para a incorporação do produto ao SUS foi aberta em dezembro de 2018 e contou com a sensibilização de agentes externos. Foram mais de duas contribuições de médicos, pacientes, familiares, associações de pacientes e toda a sociedade civil.

remédio bloqueia a ação da angiotensina. Elevada entre os portadores da insu ciência cardíaca, a angiotensina estimula a contração das artérias. Com os vasos mais estreitos, o coração tem de fazer mais força para bater. Essa sobrecarga faz com que o músculo cardíaco vá, aos poucos, perdendo força. A outra frente de ação do medicamento é inibir a enzima neprilisina. Também alterada entre os portadores da insu ciência cardíaca, a neprilisina anula os efeitos de uma substância protetora do coração, com características vasodilatadoras e diuréticas. O único efeito colateral veri cado durante o estudo foi a redução da pressão arterial. A insu ciência cardíaca sistólica – sístole é o movimento de contração do coração, quando ele ejeta o sangue para os outros órgãos e tecidos – é considerada a etapa nal de todos os problemas do coração. Caracterizado pelo enfraquecimento do músculo

cardíaco e, consequentemente, pela di culdade de bombeamento do sangue do coração para o resto do organismo, o distúrbio decorre de alguns dos mais nefastos males da modernidade – infarto, hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade. Cada uma a seu modo, tais condições lesionam o músculo cardíaco, comprometendo o seu funcionamento. O problema atinge cerca de três milhões de pessoas no Brasil e é a principal causa de hospitalização em pessoas acima de 65 anos. Dados do governo, DataSUS 2015, registraram 219.000 internações por insu ciência cardíaca. A prevalência da insu ciência aumenta conforme o passar dos anos. Atinge 0,3% das pessoas entre 20 e 39 anos, mais de 1% de quem tem entre 40 e 59 anos e 6% dos que se situam na faixa dos 60 aos 79 anos. A partir dos 80 anos, a incidência chega a 10%. Os primeiros sintomas da insu ciência cardíaca se manifestam sob a forma de c ans a ç o n a re a l i z a ç ã o d a s atividades cotidianas, o que pode ser confundido com problemas respiratórios. Depois, evolui para a falta de ar em repouso. A retenção de líquido é outro indício de que o coração está funcionado mal. Outros sintomas associados à doença são: depressão ou ansiedade, di culdade para dormir, frios constantes nas mãos e pés e tosse incontrolável.

natural da retina, a qual gera uma corrente elétrica que pode ser lida pelo aparelho. “Assim foi possível conferir se o padrão de resposta gerado pelo indivíduo 'controle' se assemelha ao padrão gerado pelo indivíduo com diabetes alimentado com açaí”, explica Fernando Rocha. A retina é uma membrana ocular que possui milhões de células fotorreceptoras. Sua função é transformar as ondas luminosas em impulso neural. Por meio das variações elétricas geradas pela membrana neural

foi possível medir a amplitude dessas ondas em cada indivíduo estudado. “Em um paciente com diabetes, ocorre uma diminuição da amplitude da onda. Nós observamos que a amplitude de indivíduos com diabetes alimentados com açaí foi similar à do animal 'controle', ou seja, siologicamente a resposta foi semelhante. Já nos an i mais d o e nte s , qu e nã o receberam alimentação com açaí, a resposta foi signi cativamente menor”, revela Fernando Rocha.

Em uma pessoa com diabetes, a quantidade maior de radicais livres pode oxidar e dani car células sadias do organismo. “Os resultados mostram que o açaí agiu como neuroprotetor na retina do animal tratado, por c aus a d a su a propr i e d a d e antioxidante”, revela Fernando. “Houve, no ent anto, um aumento no nível de glicemia dos indivíduos, por isso pretendemos aprofundar a p e s q u i s a ”, a r m a o neurocientista. Fernando Rocha conta que o estudo deve realizar mais testes das funções morfológicas e siológicas dos animais no futuro, além de analisar como a dieta afeta o comportamento dos roedores. “Há algumas questões que devem ser estudadas com c u i d a d o ante s d e re a l i z ar qualquer tipo de teste em humanos. Acreditamos que essa pesquisa é um dos primeiros passos para encontrar um elemento natural que possa proteger a retina frente às injúrias do diabetes, o que pode ajudar diversas pessoas”, conclui Fernando Allan de Farias Rocha.

Beber muito café pode

desencadear enxaquecas, diz estudo Pesquisadores dizem que consumir pelo menos três doses diárias de cafeína está ligado a uma maior probabilidade de ter a dor naquele dia ou no seguinte PEXELS

Nova pesquisa publicada no periódico cientí co American Journal of Medicine analisou se as mudanças diárias na ingestão de cafeína estão ligadas ao aparecimento de enxaqueca. O resultado indicou que sim. Os pesquisadores descobriram que, em casos de pessoas com enxaquecas ocasionais, consumir pelo menos três doses diárias de café por dia está ligado a maior probabilidade de ter a dor naquele dia ou no seguinte. Mas consumir pouco a bebida — apenas uma ou duas doses por dia — geralmente não causa enxaqueca. Segundo os cientistas, o papel do café para causar enxaquecas pode ser complexo, porque seu impacto depende da quantidade e da frequência. Foram analisadas informações de quase 100 adultos diagnosticados com enxaqueca episódica, ou seja, sofrem com o problema pelo menos duas vezes por mês, mas não mais do que 15 vezes – pessoas com 15 ou mais enxaquecas por mês

têm uma condição chamada "enxaqueca crônica". Os participantes responderam a uma pesquisa on-line duas vezes ao dia durante seis semanas para registrar a ingestão de cafeína. Eles disseram o número de porções de café, chá, refrigerante e bebidas energéticas que consumiam, e também se tiveram uma enxaqueca naquela data. Em média, eles relataram sentir cerca de oito enxaque cas durante o período do estudo. To d o s o s p a r t i c i p a n t e s relataram consumir cafeína pelo menos uma vez na época da pesquisa e, em média,

consumiam cerca de oito porções por semana. No geral, eles eram mais propensos a ter enxaqueca nos dias em que c on s u m i a m t rê s o u m a i s bebidas cafeinadas, em comparação com os dias em que não bebiam. Mas não havia uma ligação entre a enxaqueca e o consumo de uma ou duas bebidas cafeinadas. No entanto, s egundo os pesquisadores, entre as pessoas que não b eb em café com frequência, até mesmo uma a duas porções aumentaram as chances de ter uma dor de cabeça naquele dia. O estudo não foi capaz de examinar se fatores como o tipo de bebidas, a quantidade total de cafeína ou a hora do consumo afetaram o risco de e n x a qu e c a . Par a iss o s ã o ne cess ár ias mais aná lis es cientí cas.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Ações de Educação Ambiental Inscrições para a Primavera dos Museus seguem até o tomam conta de Vitória Alunos participaram de formação do projeto Vitória Cidade Limpa com foco em resíduos sólidos e tiveram noções de Educação Ambiental na Trilha do Fundo do Mar

dia 25

O tema deste ano é “Museus por dentro, por dentro dos Museus”

DIVULGAÇÃO SEMMAM

O projeto Vitória Cidade Limpa, desenvolvido pelos Centros de Educação Ambiental (CEAs) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), estão em constantes atividades para levar informação, conscientização e formação para alunos, moradores e grupos organizados da cidade. Na quarta-feira (14), por exemplo, educadores ambientais dos Centros de Educação da Mata da Praia e da Pedra da Cebola estiveram na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Aristóbulo B arb os a L e ão, em B ento Ferreira, para confecção de um jogo de tabuleiro com os alunos dos 8º anos do ensino fundamental. Anteriormente, os CEAs da Mata da Praia e do Parque Pedra da Cebola realizaram na Emef a palestra "Resíduos nas Águas" para alunos do 8º ano A e B. O projeto com foco em resíduos é desenvolvido desde o início do ano em toda a escola. A educadora ambiental Maria

Aparecida Drumond, do CEA da Mata da Praia, e a geógrafa Solange Lins, do CEA do Parque Pedra da Cebola, ressaltam a importância de trabalhar a temática para a mudança de hábitos e valores em relação à questão dos resíduos. "Precisamos fazer com que nossos alunos re itam criticamente sobre uma questão tão importante e que é tão prejudicial ao meio ambiente e compromete a vida do ser humano", disse Maria Aparecida. No d i a 8 , f o i a v e z d o s pequeninos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) João Pedro de Aguiar, em Jardim Camburi, receberem os educadores do CEA da REVIS da Mata Paludosa. Os alunos do grupo 1 também estão trabalhando com o projeto Vitória Cidade Limpa e tiveram a oportunidade de aprender sobre resíduos com atividades lúdicoeducativas. Uma delas foi a Trilha do Fundo do Mar, confeccionada

com reaproveitamento e que possui várias imagens do mar e resíduos. Os pequenos são convidados a caminhar pelo tapete e retirar aquilo que não pertence ao mar. No dia 9, os alunos do 9º ano das Emefs Paulo Reglus Neves Freire, de Inhanguetá, e Heloísa Abreu Júdice de Mattos, de Bela Vista, receberam formação sobre resíduos com a palestra do projeto Vitória Cidade Limpa, na Casa do Cidadão. Os participantes aprenderam a separar os resíduos, como acondicioná-los corretamente e como descartá-los de forma responsável e adequada. Na terça (13), alunos do 3º ano do ensino fundamental do Colégio Renovação zeram plantio de mudas na Unidade de Transbordo de Vitória utilizando o próprio composto orgânico produzido por eles através de composteiras domésticas. A educadora ambiental Osneia Peccoli informa que o trabalho possibilita que estudantes e comunidade possam ter acesso a informações importantes sobre o s re s í du o s , c om o qu a l o caminho percorrido pelo resíduo quando sai da residência, o que são resíduos secos e úmidos, o que são e o que fazem as associações de c at adores, como p o demos reaproveitar os resíduos orgânicos em casa e realização de o cinas para reaproveitamento de materiais, como confecção de pufes com garrafas PET.

Evidências da conquista de Jerusalém pela Babilônia são encontradas no Monte Sião DIVULGAÇÃO

Escavações na montanha revelaram artefatos inéditos que comprovam a tomada da cidade por Nabucodonosor

Ponta de flecha babilônica Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, realizaram uma nova escavação no Monte Sião, em Jerusalém, e encontraram provas contundentes da conquista babilônica da cidade entre 587 e 586 a.C. O material catalogado inclui pontas de echa e camadas de cinzas de combustão, além de fragmentos de cerâmica, lâmpadas, joias de ouro, prata e outros materiais datados da Idade do Ferro. É a segunda grande descoberta da equipe que escava Sião em 2019 – coordenada por Shimon Gibson (UNC Charlotte), Ra Lewis (Ashkelon Academic College) e James Tabor (UNC) – q u e t a m b é m e n c o nt r a r a m vestígios da Primeira Cruzada na região. A novidade instigou os pesquisadores. Isso porque

nu n c a f o r a m e n c ont r a d o s depósitos materiais babilônicos e hebraicos lado a lado de t a m a n h a s p r o p o r ç õ e s . Há também evidências do cerco gerado pela Babilônia contra a cidade. “Nós sabemos onde a antiga linha de forti cação existiu”, observou Gibson, fortalecendo a

descoberta. Não se tratando de uma área de despejo ou uma necrópole, a concentração do material encontrado, é explicada pela guerra ocorrida nas fronteiras de Jerusalém. Os pesquisadores dizem que encontrar evidências de um evento histórico crítico é o que torna a descoberta interessante. Os vestígios são de suma re l e v ân c i a p ar a a h i stór i a levantina, que tem na tomada dos babilônios da região um marco da formação de Israel, mesmo que isso se converta na narrativa mitológica do Êxodo usando o Egito como personagem. O WIKIMEDIA COMMONS

Cerco a Jerusalém

hipótese dos pesquisadores contra explicações anteriores à

evento já era conhecido pelos escritos de Nabucodonosor.

DIVULGAÇÃO

Museus e outras instituições culturais do Espírito Santo podem se inscrever até o dia 25 de agosto para participar da 13ª Primavera dos Museus, co ordenada p elo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A ação, que acontece em nível nacional, vai receber propostas de atividades que devem acontecer entre os dias 23 a 29 de setembro. O objetivo da atividade é convidar a comunidade para r e e t i r, d i s c u t i r e t r o c a r experiências sobre o tema deste ano: “Museus por dentro, por dentro dos museus”. A realização das atividades ca

sob a resp onsabilidade da própria instituição que as i n s c r e v e r, b e m c o m o a viabilização para o seu desenvolvimento. O Instituto B r a s i l e i r o d e Mu s e u s v a i divulgar a programação nacional da Primavera dos Museus e produzir o Guia da Programação Virtual. A inscrição deve ser feita exclusivamente por meio de preenchimento do formulário e l e t r ô n i c o http://eventos.museus.gov.br/ca dastro_museus.asp. 1º Passo: inscrição do museu ou instituição cultural. Mesmo que o museu tenha participado

de outras edições da Primavera dos Museus ou da Semana Nacional de Museus, é necessária uma nova inscrição. 2º Passo: inscrição das atividades a serem desenvolvidas pelo museu ou instituição cultural. Exemplos: seminários, exposições, o cinas, visitas mediadas, exibições de lmes, palestras, entre outras. A efetiva participação do museu dá-se apenas com a inscrição de um ou mais eventos. É importante que, após a realização dos passos acima descritos, o museu imprima o comprovante de inscrição para registro do procedimento.

Projeto de revitalização de bibliotecas de MT é único do Brasil contemplado em edital internacional O prazo para execução do projeto é de 12 meses, a partir do recebimento do recurso DIVULGAÇÃO

O projeto RevitaBibliotecas, do Sistema de Bibliotecas Públicas de Mato Grosso, foi o único do País contemplado no edital do 7º Concurso de Ajudas 2019, conduzido pelo Programa Ibero-Americano de Bibliotecas Públicas (Iberbibliotecas). Com a premiação, quatro bibliotecas públicas receberão investimentos de R$ 127,9 mil para promover ações de revitalização que incluem melhorias de infraestrutura, capacitação de agentes, inclusão e engaj amento s o ci a l nas comunidades. Desse total, R$ 68,68 mil serão destinados pelo Iberbibliotecas e R$ 59,24 mil serão de contrapartida da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). O concurso é realizado anualmente. O prazo para execução do projeto é de 12 meses, a partir do recebimento do recurso. A l é m d o p r o j e t o RevitaBibliotecas, foram contempladas outras 12 que envolvem iniciativas desenvolvidas em bibliotecas da Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Equador, Paraguai, Costa Rica, México e Espanha. O projeto contemplado no edital prevê, ainda, a oferta de capacitações para todos os municípios do Estado, contemplando as 154

bibliotecas públicas inscritas no Sistema Estadual. O cronograma inclui a realização de um encontro com os seguintes temas: 'Diretrizes e Orientações Básicas: Organização e gestão de biblioteca pública', 'Organização de acer vo: classi cação e sinalização' e 'Democratização da Informática'. Além disso, serão oferecidas as o cinas 'Mediação de Leituras em Bibliotecas Públicas', 'Contação de histórias' e 'Leitura e Escrita em Braille'. O RevitaBibliotecas é um projeto do Sistema Estadual e tem um planejamento anual de ações nas bibliotecas de Cuiabá e interior de Mato Grosso. A equipe vai até o local, promove o engajamento da equipe, realiza capacitações, faz orientação técnica sobre o correto funcionamento das bibliotecas e

executa os procedimentos de revitalização e modernização das bibliotecas. É um trabalho de ressigni cação dos espaços, não apenas na estrutura física, mas principalmente na gestão. Como resultado, hoje os agentes municipais reconhecem o papel de transformação social das bibliotecas e atuam com foco ness e obj et ivo pr incip a l”, destaca o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Allan Kardec Benitez. O RevitaBibliotecas foi criado em 2017. Desde então, 17 instituições em Mato Grosso já foram contempl ad as p elo projeto, com recursos da Secel, prefeituras e comerciantes locais. Atualmente, o Sistema Estadual de Bibliotecas de Mato Grosso é composto por 154 bibliotecas públicas, sendo uma estadual, 142 públicas municipais e 11 comunitárias.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Ansiedade O

WUNDERVISUALS/ISTOCK

lá pessoal,

Hoje vamos falar do mal do século: ansiedade. Este texto é de autoria de um dos mais respeitados psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor Augusto Cury. Com certeza, muitos de vocês já ouviram falar de suas obras que, ao todo, chega a um total de 34 livros entre cção e não cção, publicadas em mais de 60 países e vendeu mais de 20 milhões de exemplares, somente no

sustentabilidade das relações sociais. Adoecemos coletivamente e este é um grito de alerta". Esta é apenas uma pequena amostra do qual é importante l e r o l i v r o. P r e c i s a m o s exercitar nossa mente. A leitura nos traz re exões de que somos incapazes de fazêlo sem uma ajuda. Nã o d e i xe p a s s ar e s t a oportunidade você verá como podemos mudar. Mudança é o que o nosso mundo precisa.

Brasil. Reservei este capítulo do livro Ansiedade – como enfrentar o mal do século. Mal do século ou síndrome do pensamento acelerado? Pois bem, qual é o "mal do século"? A depressão? Não há dúvida que a depressão abarca um número assombroso de pessoas na sociedade moderna. De acordo com a Organização da Saúde (OMS), 1,4 bilhão de pessoas, cedo ou tarde, desenvolverão o último estágio da dor humana, o que corresponde a

Rua Italina Motta, 294 - Jd. Camburi Vitória - ES - Tel.: (27) 3026-8545/98837-8545 roupabonitajardimcamburi

20% da população do planeta. Mas a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) provavelmente atinge mais de 80% dos indivíduos de todas as idades, de alunos e professores, de intelectuais e i let rados, de mé dicos e pacientes. Cur y continua o texto falando que, "sem perceber, a

sociedade moderna, consumista, rápida e estressante, alterou algo que deveria ser inviolável: o ritmo de construção de pensamentos, gerando consequências seríssimas para a saúde emocional, o prazer de viver, o desenvolvimento da inteligência, a criatividade e a

Frankie, o gatinho com Síndrome de Jerusalém: quatro orelhas e um olho o transtorno curioso que atinge turistas Frankie foi encontrado nos fundos de uma casa em Melbourne, na Austrália

INSTAGRAM/REPRODUÇÃO

Pacientes passam a ter delírios e ideias obsessivas de que são profetas ou o Messias WIKIMEDIA COMMONS

Frankenkitten – uma mistura de Frankenstein, o monstro do famos o livro da es cr itora britânica Mary Shelley, com kitten (gatinho, em inglês) – é um gatinho que foi encontrado abandonado nos fundos de uma casa em Melbourne, na Austrália. Ao contrário do que o nome sugere, ele é amoroso e muito carismático. Frankie, como é chamado, foi encontrado abandonado junto com outro lhote. Eles foram encaminhados ao abrigo G e e l o n g A n i m a l We l f a r e Society para receberem cuidados. Os veterinários do local examinaram os gatinhos e não acharam nada de errado com um deles, mas, ao examinar Frankie, perceberam que um dos seus olhos estava infeccionado e que ele tinha quatro orelhas.

O irmão saudável foi enviado para adoção e Frankie c o nt i nu o u p re c i s a n d o d e cuidados especiais. Os veterinários tentaram tratar do olho, mas ele precisou ser removido com cirurgia.

AUTOESCOLA

As quatro orelhas não causam nenhum mal ao gato e são resultado de uma alteração genética. Duas delas são de tamanho normal e as outras duas não se desenvolveram completamente. Ele também tem dentes a mais, que são removidos conforme a necessidade. Depois da cirurgia, Frankie c ou s o b o s c u i d a d o s d e Georgia Anderson, voluntária do abrigo, mas os dois se apegaram tanto que ela resolveu adotá-lo de verdade. Meses depois, voluntários do abrigo resgataram a mãe de Frankie da mesma casa onde ele havia sido encontrado. Quando el a che gou na cl í n i c a , o s veterinários perceberam que ela estava grávida. Entre os lhotes, u m t amb é m t i n ha qu at ro orelhas, assim como Frankie. Ele também foi adotado por uma voluntária do abrigo.

Um fenômeno curioso pode acometer turistas que visitam Jerusalém: eles passam a ter delírios e a apresentar psicose religiosa intensa, acreditando, por exemplo, que são profetas ou messias. A síndrome foi descrita pela primeira vez na década de 1930, pelo psiquiatra Heinz Herman, um dos fundadores da pesquisa psiquiátrica em Israel. Sabe-se, porém, que casos da síndrome foram observados desde a Idade Média. Entre 1979 e 1993, o psiquiatra Yair Bar-El examinou quase 500 turistas que estavam "temporariamente insanos". Nos anos 2000, um artigo da revista British Journal of Psychiatry constatou que uma média de 100 turistas é encaminhada todos os anos para uma das principais clínicas de saúde mental de

Jerusalém com sintomas da síndrome. Há três tipos principais de manifestação da síndrome. No tipo 1, o indivíduo já havia sido diagnosticado com uma doença psicótica antes da visita à cidade e provavelmente foi até lá justamente por conta da in uência de ideias religiosas delirantes. No 2, não necessariamente há transtorno mental, mas há obsessão excessiva com a importância da cidade. O terceiro tipo é o mais conhecido, quando uma pessoa mentalmente estável ca psicótica ao chegar a Jerusalém. Os principais sintomas são ansiedade, agitação, necessidade de estar limpo e puro, de gritar salmos ou versículos da Bíblia ou proferir sermões, em geral muito

confusos, em lugares sagrados. Embora tranquilizantes possam ser usados para minimizar o ápice da crise, em geral o transtorno desaparece quando o paciente deixa Jerusalém e retorna à cidade de origem.

Casos famosos Há mu it a s re f e rê n c i a s à síndrome na cultura popular, inclusive um lme de 2008 baseado na história real do turista australiano Michael Rohan, que em 1969 teve um surto ao visitar Jerusalém e colocou fogo em uma mesquita. No ano passado, um turista b r i t â n i c o d e s ap a r e c e u n o deserto de Negev, em Israel, possivelmente acometido pelo transtorno.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer HAROLDO CORDEIRO FILHO

“A educação é a chave da transformação da sociedade, não há outro caminho” F

ormado em Direito, pósgraduado em Segurança Pública e delegado de Polícia Civil do Espírito Santo, atuou nas delegacias de Aracruz, Narcóticos, do Adolescente em con ito com a Lei, Proteção à Criança e ao Adolescente e Corregedoria de Polícia Civil; exauditor de controle externo do Tribunal de Contas do Espírito Santo. Ocupando, hoje, uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado na qual é membro das comissões de Segurança (combate ao crime organizado e proteção à criança e ao adolescente), Educação e Cidadania, o deputado Lorenzo Pazolini falou, em entrevista concedida ao Jornal Fatos & Notícias (coluna Olhar de uma Lente), com uma perspectiva técnica, dos problemas sociais mais agudos que afetam os capixabas como saúde, educação, mobilidade urbana e segurança. Para ele, muitos dos problemas são gerados pelo modelo apresentado pela gestão pública das últimas décadas. Saúde A saúde hoje é o grande desa o, não só para o nosso Estado, mas para o País. A grande questão é garantir o atendimento básico. Por que? Hoje quando nós notamos as unidade de pronto a t e n d i m e n t o ( U PA s ) e a s unidades básicas de saúde (UBS), v i mo s qu e a g r and e p ar te daquelas pessoas, que procuram esses postos, vão porque não tiveram o atendimento preventivo. Então, o grande erro que nós temos na gestão da saúde é que você negligencia e nega o atendimento primário o que, consequentemente, gera sup erlot aç ão. S e a s aúde preventiva não acontece, o resultado é negativo. Hoje, esse é o principal equívoco da gestão dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Precisamos priorizar urgência e emergência e as especialidades, que também, é claro, são importantes, mas e s q u e c e r, a b a n d o n a r o atendimento primário é o grande erro. Vou dar um exemplo: estivemos num bairro de Cariacica, onde nos foi relatado que nem todos os dias há atendimento na UBS. Olha só, a UBS existe, mas falta o pro ssional. Resumindo, quando falha no atendimento primário, re ete lá na frente... outra coisa que

funcionaria bem, seria o atendimento noturno e um sábado de cada mês das UBS. É interessante que o médico conheça o histórico das famílias, isso resultaria num atendimento muito melhor... O recurso existe, acho que ele precisa ser realocado. Os gestores reclamam do excesso de judicialização, porém, ela só acontece porque o Estado falhou. O cidadão vai ao Judiciário não porque ele quer, mas porque precisa. A pessoa tem uma demanda pela vida e essa demanda é negligenciada... Precisamos reforçar o

atendimento, não pela carência ou negligência de pro ssionais, pelo contrário, mas pela ausência de infraestrutura... mas existe projeto de uma novo hospital com recurso do Estado. Educação Precisamos fortalecer vínculos. Tem que haver um engajamento de toda sociedade... eu pertenço a esse local, eu pertenço a essa comunidade, todos os equipamentos públicos estão sob minha responsabilidade... isso é fundamental, a comunidade precisa interagir! Temos um bom exemplo que é a Escola Estadual

local se integre. A gente vê GABRIEL WERNECK

atendimento nas unidades de saúde, com prevenção. Outra preocupação, é em relação ao Hospital Infantil da Reta da Penha, tem muita reclamação de pais no GABRIEL WERNECK

“Jones José do Nascimento”, hoje chamada de Novo Jones. Tinha um cenário caótico, quase foi fechada em função da violência, o diretor na época pediu exoneração, os professores não conseguiam dar aula porque eram ameaçados por tra cantes locais e a diretora atual, quando assumiu, diziam que ela só conseguiria entrar e sair do bairro com escolta policial, mas, ao assumir, implantou uma metodologia diferente, remodelou a escola e hoje está entre as dez melhores do Brasil. Ganhou prêmio de nível nacional e até internacional. Precisamos ter pro ssionais quali cados e motivados, que entendam o sentido da palavra servidor, servir ao público, mas também precisa ter respaldo da administração pública... precisamos que a população

pichações em áreas nobres, da capital e, até hoje, o Novo Jones continua com os muros limpos, do mesmo jeito de quando foram entregues, isso prova que quando a comunidade entra no processo da construção social, os resultados são sempre positivos. Temos que engajar, interagir e levar a comunidade para dentro dos equipamentos, c on s e q u e nt e m e nt e e l a v a i perceber sua importância no processo. A educação é a chave da transformação da sociedade, não há outro caminho. Inclusão social só é possível com a educação. Com todo respeito, não vejo sucesso em programas que só trans ram renda... a transferência de renda, pura e simples, por si só, não gera mudança. Mobilidade urbana

Na mobilidade urbana, temos algumas obras que irão ajudar a uir o trânsito na Grande Vitória. Pre c is amo s d o Por t a l d o Príncipe, na saída da 2ª Ponte e temos a promessa que as obras terão início; a 3ª Ponte, também teve anunciadas algumas intervenções; o Contorno do Mestre Álvaro, que vai interligar o posto da Polícia Rodoviária Federal, na Serra, com a Rodovia d o C ontor n o e, é cl aro, a implantação do Aquaviário. Vamos continuar cobrando, mesmo porque, precisamos dar uidez às nossas vias terrestres. Segurança pública Insegurança se tornou uma epidemia... as pessoa hoje têm medo de sair após escurecer. Cada vez mais é menor o uxo de pessoas após às 18h nas ruas, e isso afeta o turismo, afeta o emprego e a qualidade de vida dos cidadãos. Para melhorar esse quadro, precisamos de reforço tecnológico e interagir com as pessoas. O poder público se mantém encastelado, distante das pessoas, ele não dialoga, não interage, não ouve o cidadão e essas ações são fundamentais. Precisamos de investimentos sociais... essa história de que investimentos em segurança pública é compra de viaturas e armamentos, isso é uma falácia, ajuda, mas precisamos ter a

polícia no lugar e na hora certos, a tecnologia à disposição. Há uns anos, a delegacia de proteção à Criança e ao Adolescente, funcionava num prédio totalmente precário, por muito tempo nós camos lá, o prédio não tinha condições nenhuma, estava caindo aos pedaços. Hoje nós temos um prédio novo, um ambiente moderno... existe uma qualidade na estrutura física para o policial desempenhar seu papel dignamente e para o cidadão que vai lá procurar atendimento... É isso que o gestor público precisa entender. Eleição 2020 Perguntado se seria candidato em 2020 a prefeito pela Capital, a resposta foi rme e serena: “Me preparei para o cargo de deputado, me preparei para estar esses quatro anos ao lado da população, fazer um mandato participativo, um mandato quali cado e essa tem sido minha luta. Trazer pautas importantes para essa Casa e debatê-las, fazer a Casa crescer como centro de atendimento ao cidadão... Quero muito continuar esse trabalho, op or tu n i z an d o à s p e s s o a s momentos de serem vistas, trazer uma discussão quali cada e técnica, que efetivamente, eleve essa Casa”.


16 a 23 DE AGOSTO DE 2019

HÉLIO FILHO/SECOM

ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

Rose de Freitas (Podemos-ES) PL Stalker: Senado aprova projeto de Rose que tipifica como crime perseguição ou assédio de maneira continuada A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou na manhã de quarta-feira (14), por unanimidade – 18 votos a favor –, projeto da senadora Rose de Freitas (PODE-ES) que tipi ca como crime a perseguição ou assédio a alguém de maneira continuada, na internet ou presencialmente. A proposta, o PL 1414/2019, é conhecida como PL Stalker – termo normalmente usado para classi car o autor desse tipo de perseguição. Por ser de caráter terminativo, o projeto não precisa ir a plenário e segue direto para análise da Câmara dos Deputados – caso não haja recurso que solicite a ampliação do debate no Senado. “Já não é um so sma se falar em perseguição que acaba culminando em morte. Insidiosamente, essa perseguição tem afetado a luta das mulheres. É uma perseguição persistente e que tem de ser classi cada como crime. (Essa lógica) não pode ser abstraída da realidade e da vida das mulheres, que convivem com a violência todos os dias”, a rmou Rose na CCJ.

Renato Casagrande (PSB-ES)

Fabiano Contarato (Rede/ES)

Governador recebe vereadores de Mimoso do Sul no

Senado aprova punição mais rigorosa para motoristas embriagados que matam ou lesionam

Palácio Anchieta O governador do Estado, Renato Casagrande, recebeu, na tarde de quarta-feira (14), vereadores de Mimoso do Sul em seu gabinete no Palácio Anchieta, em Vitória. O grupo apontou as prioridades de investimentos para o município. Entre as demandas mais solicitadas está a obra de contenção da pedra com risco de deslizamento no Morro do Cristo, intervenção que já está sendo realizada pelo governo do Estado. “Estamos dando sequência às obras da rodovia em Apiacá e Bom Jesus do Norte, que ajuda no desenvolvimento daquela região. Não irei paralisar nenhuma obra que tenha recurso garantido. Queremos priorizar os investimentos estruturantes para toda a região e os vereadores podem nos dar a direção do que é prioridade para a população”, enfatizou o governador. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Lauriete (DEM-ES)

BLOG DO DEPUTADO

Filipe Rigoni (PSBES)

Obras de infraestrutura

Dislexia

LEONARDO TONONI

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14), um substitutivo ao projeto de lei 8.489/2017, que trata sobre a aplicação de provas para pessoas com dislexia. Relatado pelo deputado federal Felipe Rigoni, o novo texto amplia o benefício para outros tipos de transtornos de aprendizagem. “Fomos além das provas para processos seletivos, incluindo a educação para crianças com dislexia, TDAH e outros transtornos de aprendizagem também no contexto da educação especial. Assim, é assegurado que crianças com necessidades diferentes de aprendizagem tenham serviços e processos de avaliação especí cos”, defendeu Rigoni.

Deputada Lauriete solicitou ao Ministro da Cidadania, Osmar Terra, e conseguiu indicar verbas para Vila Velha e Cariacica, para obras de infraestrutura esportiva, para Apae da Serra, Apae de Vila Velha, Pestalozzi de Guarapari, Pestalozzi da Serra e São Mateus. As propostas encaminhadas pelas prefeituras e entidades já foram analisadas e aprovadas pelo Ministério da Cidadania e estão em fase de empenho.

Wanderson Marinho (PSC – Vitória-ES)

Vereador Sandro Parrini (PDT/Vitória/ES)

Ibama define agenda de trabalho para licenciamento de Serra a Ibiraçu

Alexandre Quintino (PSL-ES) Pensar para todos

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Norma Ayub (DEM-ES) Comissão dos Direitos da Mulher

Na quarta-feira (14), a Comissão dos Direitos da Mulher na O deputado Coronel Alexandre Câmara dos Deputados, em reunião Quintino (PSL) teve sua postura ordinária, realizou a Eleição que elegeu a Foi aprovado por unanimidade, nesta questionada por demonstrar aparente deputada capixaba, Norma Ayub (Dem), quarta-feira (14), o parecer favorável do alinhamento de ideias com o governador deputado federal Amaro Neto ao projeto de como 3ª vice-presidente. "Quando fui lei que trata do porte, comercialização, fabricação e importação Renato Casagrande. O deputado esclarece Secretária de Assistência Social em que a busca pelo que é melhor para o Estado e para a de spray de pimenta no País. A votação aconteceu durante Cachoeiro de Itapemirim, implantei o SOS população não deve ser deixada em segundo plano em nome reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Mulher, construí a primeira casa abrigo do da defesa de ideologias. Pensar para todos, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS), na Câmara dos Deputados. A matéria agora segue para votação nas Comissões independentemente de que bandeiras partidárias a população Estado do Espírito Santo para atendimento de Segurança Pública e de Constituição e Justiça (CCJ). levante, é a forma como ele vê o exercício do mandato. pleno às mulheres vítimas de violência. Hoje “Logicamente o spray de pimenta não será uma solução “Não se deve fazer oposição simplesmente por conta de eleita vice-presidente na Comissão das 100% garantida, já que nem a arma de fogo podemos questões ideológicas”, diz o deputado enquanto destaca que o Mulheres darei mais ênfase ainda na defesa e considerar totalmente e caz, entretanto, a vítima poderá ter o seu compromisso com a segurança pública, defendido em proteção das mulheres em âmbito nacional", fator surpresa frente ao seu algoz, além de se tratar de uma campanha, se mantém: “Minha bandeira é a segurança arma de baixo teor letal. Com a regulamentação podemos enfatizou a parlamentar agradecendo a todos pública; é a Polícia Militar; é o Corpo de Bombeiros. En m, é prevenir o comércio ilegal e o uso indiscriminado, já que os deputados da Comissão pelo voto e pela muitas pessoas, especialmente mulheres, estão utilizando como fazer a defesa dos interesses da segurança pública, de seus con ança. pro ssionais e da sociedade capixaba”. meio de defesa” explica Amaro.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

A Lei 9.301, que concede prioridade no atendimento aos usuários portadores de diabetes nos casos da realização de exames médicos em jejum total, completa um ano neste mês de agosto. A Lei foi promulgada pelo presidente da Câmara Municipal de Vitória da época em 01 de agosto de 2018 e já está em vigor desde sua publicação. Se você é portador de diabetes e precisa fazer exames médicos em jejum total nas unidades prestadoras de serviços de saúde à rede pública municipal, você terá prioridade no atendimento. Basta comprovar essa condição mediante apresentação de documento médico.

Sérgio Vidigal (PDT-ES)

A Comissão Externa que scaliza a Concessionária Eco101, que é coordenada pelo deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES), realizou audiência pública, na terça-feira (13), para debater o licenciamento ambiental. “Defendemos imediatamente o licenciamento da BR-101, uma vez que hoje o maior problema no trecho Norte é exatamente entre Serra e Ibiraçu, onde tem um grande congestionamento e um grande número de acidente”, comentou Vidigal.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Vitória o vereador Wanderson Marinho fará um voto de louvor ao Major Paulo Rogério do Carmo Barboza, comandante da Companhia Independente de Missões Especiais (CIMEsp), pelo sucesso na condução da operação realizada para resgatar o bebê de apenas dois meses mantido refém pelo próprio pai no bairro Resistência em 28 de julho.

SITE DO DEPUTADO

Violência Contra a Mulher

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Comissão aprova parecer de Amaro sobre uso do spray de pimenta

Projeto de Lei de autoria da vereadora Cleusa Paixão que institui a semana de conscientização sobre a Fibromialgia, a ser realizado, anualmente, na semana que completa o dia 12 de Maio, data internacional de conscientização sobre a Fibromialgia.

Janete de Sá (PMN-ES)

Essa semana começou a tramitar na Assembleia Legislativa um projeto de autoria da deputada Janete de Sá (PMN) que institui a Semana de Debates, Cultivos de eucalipto Conscientização e Mobilização no Combata à O deputado estadual Sérgio Violência Contra a Mulher no Ambiente Escolar da Majeski (PSB) quer revogar a lei Rede Estadual de Educação. Esse projeto é uma que favorece empresas e grandes iniciativa apresentada pelos alunos da EEEFM proprietários rurais a implantar e/ou expandir cultivos de eucalipto no Espírito Santo. Zenóbia Leão, de Guarapari. “Eu quei muito surpresa com a iniciativa dos Sancionada no governo passado, desde 2015 a Lei estudantes, que me apresentaram a ideia, em forma 10.423 desobriga as elaborações do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto de Projeto de Lei, e não hesitei em encampar a Ambiental (RIMA), passo anterior para a concessão iniciativa. Eu defendo em meu mandato que o Estado precisa ter uma mudança de comportamento para das licenças ambientais, para plantios em enfrentar a violência familiar e doméstica contra as propriedades com até 1000 hectares (ha) de área. mulheres. Entendo que essa mudança começa nas “Na época da aprovação dessa lei fui voto vencido. escolas, para que as crianças possam aprender, desde Agora queremos corrigir um retrocesso ambiental muito novas, a respeitar os mais frágeis de nossa para devolver à legislação regras que garantam sociedade, sobretudo as mulheres”, declarou a maiores controle e segurança dos plantios deputada. comerciais”, destaca o deputado Majeski. REINALDO CARVALHO/ALES

Cleusa Paixão (PMN-Serra-ES)

Cadeia, de fato, para motoristas que matam ou provocam lesões quando dirigem alcoolizados ou sob efeitos de entorpecentes. Essa é proposta do Projeto de Lei 600/2019, do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), do Senado Federal, na quarta-feira (14). Agora, o texto tramitará na Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei visa impedir o uso de dispositivo do Código Penal que substitui a pena privativa de liberdade, em casos de crimes culposos, por outras penas mais brandas. “Hoje, dentro da atual legislação, um motorista que matar alguém estando na direção de um veículo automotor ou lesionar alguém sob a in uência do álcool ou qualquer substância de efeito psicoativo que determine dependência, mesmo condenado à pena de reclusão, não irá car preso nem um dia. É lamentável, é uma injustiça. Com esse projeto, nós vamos corrigir isso”, explica o senador. Para Contarato, com a aprovação, “demos um passo importante para acabar com a impunidade. Mesmo com os inegáveis avanços decorrentes da popularmente conhecida “Lei Seca”, ainda são incontáveis os casos de motoristas que insistem em fazer uso de bebidas alcoólicas ou de outras substâncias psicoativas e deliberadamente assumem o risco de provocar acidentes, aumentando as estatísticas tanto de vítimas fatais, quanto de gravemente lesionadas”, destaca.

TATI BELING/ALES

Sérgio Majeski (PSB-ES)

Amaro Neto (PRB-ES)

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

CÂMARA DOS DEPUTADOS

MOISÉS DE OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

Evair de Melo (PPSES) Política Nacional de Incentivo à Produção de Café de Qualidade

Vitória para a cafeicultura. O Senado Federal aprovou na terça-feira (13), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 41/2017, que tem origem no PL 1713/15 apresentado pelo deputado federal Evair de Melo (PP/ES), que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Café de Qualidade. Vice-presidente da Frente Parlamentar do Café e um dos pioneiros no trabalho pela melhoria da qualidade do grão, Evair de Melo comemorou a aprovação do projeto em meio a um cenário desfavorável aos produtores. “A cafeicultura vive um momento difícil com relação aos preços praticados pelo mercado e precisa de incentivos do governo federal para que continue crescendo. Ver o nosso projeto aprovado no Senado é saber que estamos concluindo mais uma etapa para que os nossos produtores tenham acesso a instrumentos que aumentem ainda mais a qualidade dos grãos e possam garantir uma remuneração cada vez mais justa por seu trabalho”.


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