ANO IX - Nº 314 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 01 A 07 DE SETEMBRO/2019 SERRA/ES
Um sexto das terras brasileiras é de propriedade desconhecida
Distribuição Gratuita
ANA LUCIA
8 Você sabia que existem vários tipos de depressão? Os sinais e sintomas variam em números, momento de aparecimento Pág. 11
JORGE PACHECO
8 A economia brasileira está batendo um recorde dramático: em 40 anos, é a recuperação econômica mais lenta do País Pág. 5
DAVI MOURRAHY
8 O diferencial do grande Henry Ford. Século XX, tempo que parecia não haver futuro para os automóveis. Entra em cena a gura de Henry Ford Pág. 8
FILIPE FRAZÃO/RF
HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 Última parte da entrevista com o deputado estadual Sérgio Majeski que fala sobre meio ambiente, mobilidade urbana e eleições Pág. 12
LAÉRCIO FRAGA “LAU”
8 Nesta edição um pouco da da trajetória de Dener Vianez. Capixaba que eleva o nome do Espírito Santo no Brasil e no mundo Pág. 14
Exposição à poluição é mais mortal do que se imaginava PIXABAY
A exposição a poluentes presentes no ar causa mais danos à saúde do que se imaginava anteriormente, de acordo com um novo estudo publicado no New England Journal of Medicine Pág. 9
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
e outros. Os resultados do estudo revelam a composição do território. O Brasil tem um total de 850 milhões de hectares. A maior parte dessa
área é composta de propriedades privadas — majoritariamente latifúndios —que ocupam 44% do País. Já as terras públicas somam 36% do território nacional. Pág. 10
Alunos de engenharia Quase metade ganham concurso de do Brasil não tem acesso à construção de pontes rede de esgoto com macarrão
Balneários do município da Serra estão sendo invadidos por esgoto Pág. 14
DIVULGAÇÃO
Documentário quer mostrar a verdadeira “balbúrdia” das universidades brasileiras
Produção tem o objetivo de defender a universidade pública e a ciência no Brasil ao mostrar as diferentes pesquisas realizadas pelas instituições Pág. 10
A ponte vencedora, feita com macarrão e materiais como pedaços de cano de PVC, cola e fita crepe, aguentou 132 quilos de carga Pág. 6
HAROLDO CORDEIRO FILHOI
Descaso
EDUARDO LUZ/DIVULGAÇÃO POLI-UFRJ
O estudo analisou todos os bancos de dados disponíveis sobre o uso de terras no Brasil, como IBGE, Funai, Incra, Ibama, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Exército
HAROLDO CORDEIRO FILHO
16,6% de todo o território brasileiro pode ser chamado de “terra de ninguém”. É isso o que mostra uma pesquisa feita por sete universidades e institutos do País.
As 400 ou 500 casas que formam Alcantil, na Paraíba, não têm água encanada. Nunca tiveram. Pelo menos uma vez por mês, o Exército abastece com um carropipa algumas cisternas comunitárias espalhadas pelo município de 5,3 mil habitantes e, de lá, baldes e latas d'água completam o serviço. Em 2003, um projeto capitaneado pelo governo do Estado prometia nalmente levar água para a cidade no semiárido paraibano. Mais de 15 anos depois, entretanto, ele praticamente não saiu do papel. A obra é a mais antiga da lista de empreendimentos paralisados ou atrasados, nanciados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), hoje a principal fonte de recursos para nanciar o saneamento no País.Pág. 8
2 MEIO AMBIENTE
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É possível recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030 Brasil perdeu 71 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 30 anos GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO
Projeto irriga melancia com palitos de pirulito reaproveitados, no Pará ANDRÉ AFONSO/UFRPE
Os palitos têm a espessura ideal para mear e suavizar o gotejamento da água sobre as plantas, que não podem ser encharcadas ASCOM EMATER PARÁ
O Brasil perdeu 71 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 30 anos – área maior que a ocupada pela Amazônia – em decorrência de desmatamento e queimadas, entre outros fatores, apontam dados do MapBiomas. C omo ess e desmat amento ocorreu sem planejamento ambiental e agrícola, boa parte dessas áreas tornaram-se abandonadas, mal utilizadas ou entraram em processo de erosão, cando impróprias para produção de alimentos ou qualquer outra atividade econômica. A restauração orestal pode diminuir parte desse prejuízo ao p ossibilitar a recup eração estratégica de 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todo o País até 2030, conforme estabelecido no Plano Nacional de Restauração Ecológica. Dessa forma, seria possível sequestrar 1,39 megatonelada (Mt) de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, interligar fragmentos naturais na paisagem e ainda aumentar em 200% a conservação da biodiversidade. As estimativas constam no sumário para tomadores de decisão do relatório temático “Restauração de Paisagens e Ecossistemas”, lançado no último dia 23 de agosto, no Museu do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico, no Rio de Janeiro. “O sumário mostra que as questões ambientais [conservação e restauração ecológica] e a produção agrícola são interdependentes e podem caminhar juntas, sem prejuízo para nenhum dos lados. Pelo contrário, ela só traz benefícios diretos, como a disponibilização de polinizadores para as culturas agrícolas, a conservação da água e do solo e, principalmente, a possibilidade de certi cação ambiental da pro dução, permitindo agregar valor”, disse à Agência Fapesp Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um dos autores do documento. O sumário destaca que o Brasil tem grandes oportunidades para impulsionar a restauração e a recuperação da vegetação e, com isso, aumentar a geração de benefícios socioeconômicos e ambientais, minimizar a competição de orestas com áreas agrícolas e contribuir para combater as mudanças climáticas. No ent anto, para que as oportunidades se tornem realidade, o País não pode retroceder em suas políticas ambientais de redução do desmatamento, conservação da b i o d i v e r s i d a d e e
impulsionamento da recuperação e da restauração da vegetação nativa em larga escala, ponderam os autores. O m da obrigatoriedade da Reserva Legal, as reduções das alternativas de conversão de multas e a extinção dos fóruns de colaboração e coordenação entre atores governamentais e da sociedade seriam perdas irreparáveis para uma política de adequação ambiental, a rmam. Os autores também ponderam que o Brasil tem assumido o papel de líder em negociações ambientais internacionais e qualquer ruptura desse c am i n h o, a l é m d e af a s t ar oportunidades, vai afugentar mercados internacionais consumidores de produtos agrícolas. Isso porque, cada vez mais, esses agentes se pautam pela produção e pelo consumo sustentáveis, incluindo políticas de não consumo de produtos provenientes de áreas desmatadas. “O Brasil não deveria ter nenhuma di culdade de colocar seus produtos agrícolas no mercado internacional, pois o diferencial poderia ser uma agricultura sustentável praticada e m a m b i e nt e s d e e l e v a d a diversidade natural. Isso é um ativo que nenhum outro país tem”, avaliou Rodrigues.
U m e x e m p l o d e sustent abi lid ade, engen ho criativo e aproveitamento de material foi montado pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão R u r a l d o E s t a d o d o Pa r á (Emater) em Nova Ipixuna, no sudeste do estado. No local, foram montados sistemas de irrigação por microaspersão para plantio de melancia com palitos de pirulito. A ideia da Emater é fortalecer a cadeia produtiva da melancia em nível c om e rc i a l. Até e nt ã o, o município precisa importar o fruto nos meses de menor produção. A estrutura-piloto foi colocada sobre três mil covas plantadas
em março. A colheita está prevista para setembro. Os palitos têm a espessura ideal para mear e suavizar o gotejamento da água sobre as plantas, que não podem ser encharcadas. A água é captada de um riacho que existe na propriedade. A idei a dos p a litos, que costumam ser jogados fora dep ois de um pir ulito s er consumido, foi inspirada no que já existe em outra propriedade. “A extensão rural é uma troca intensa e contínua de aprendizado. Na verdade, a gente, extensionista, aprende mais do que ensina. O agricultor é um professor para o cientista. Observamos o que o agricultor criou como solução para um
problema e adaptamos dentro do contexto da engenharia”, disse o chefe do escritório local da Emater em Nova Ipixuna, o engenheiro agrônomo Genival Reis. De acordo com Reis, ainda, o pacote tecnológico utilizado, além de reciclador, considera toda a redução possível de agrotóxico: “Não chegamos ao nível de um método agroecológico, mas podemos dizer que existe uma amenização s i g n i c at i v a d e d e fe n s i v o químico, o que por si só já é um ganho expressivo em termos de impacto ambiental e de qualidade nal do produto”, explicou.
Especialistas fertilizam óvulos de rinoceronte-branco Restam apenas duas fêmeas da espécie. Inseminação artificial foi realizada com amostras do sêmen de macho que morreu em 2018 Quando Sudan, o último macho de rinoceronte-branco-do-norte, teve de ser sacri cado por uma infecção na pata, em 2018, a espécie foi considerada tecnicamente extinta: restavam apenas duas fêmeas no planeta. Contudo, graças à ciência, ainda há esperança. Um grupo de cientistas de diversos países anunciou nesta semana a inseminação arti cial bem-sucedida de sete dos 10 óvulos colhidos das últimas duas fêmeas da espécie, que vivem no Ol Pejeta Conser vancy, no Quênia. Isso só foi possível porque, antes de sacri carem o macho, pesquisadores coletaram sêmen do animal e conservaram o material em hidrogênio líquido. De acordo com um comunicado à imprensa feito pelo projeto, se a
mesmo para os animais que estão em extinção”, a rmou Jan Stejskal, do Zoológico Dvůr Králové. Para os responsáveis pelo DIVULGAÇÃO/OL PEJETA projeto, o fato de terem que tomar atitudes como essa é entristecedora, já que é um "testemunho da maneira como os humanos continuam interagindo com o mundo natural ao nosso redor". C ontudo, eles também se dizem orgulhosos de fazerem parte do plano e esperam salvar a espécie. "Esperamos que isso sinalize o início de uma era onde os poderá estar salvo da extinção. “O humanos nalmente começarão a número de ovócitos colhidos é um entender que a administração sucesso maravilhoso e prova que a adequada do meio ambiente não é cooperação única entre cientistas, um luxo, mas uma necessidade”, especialistas em zoológicos e disse Richard Vigne, diretor ambientalistas em campo pode administrativo do Ol Pejeta. levar a perspectivas esperançosas transferência dos óvulos para o útero de uma das duas fêmeas restantes ocorrer com sucesso, o rinoceronte-branco-do-norte
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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CULTURA 3
01 A 07 DE SETEMBRO DE 2019
O que foi a Guerra de Troia Um dos conflitos mais famosos da antiguidade mistura mitologia com pitadas de realidade WIKIMEDIA COMMONS
Revista especial da Turma da Mônica chama atenção para a epilepsia Personagem Haroldo é portador da doença e foi criado com a orientação de médicos especialistas DIVULGAÇÃO
FOTO: REPRODUÇÃO
Um jogo de xadrez entre deuses mitológicos teve como pano de fundo um campo de batalha que reuniu frente a frente dois exércitos formados por homens e heróis. O motivo? Uma paixão proibida. Contada em versos, em peças de teatro e nos livros, a história da Guerra de Troia é conhecida até hoje. Mas será que ela tem um fundo de verdade? Origem incerta A Guerra de Troia foi um conflito entre gregos e troianos que durou dez anos. Acredita-se que os fatos por trás da lenda podem ter acontecido entre os séculos 12 e 11 a.C. A obra mais conhecida que narra o Cerco à Troia é a Ilíada, de Homero. Mas ainda não há consenso entre os historiadores se Homero foi uma figura histórica ou se simbolizava múltiplos autores da tradição oral. Também não se sabe exatamente em qual época o poema épico surgiu. Apesar disso, outros episódios da Guerra de Troia foram contados na literatura antiga grega e romana. Onde foi? Por muitos anos, era consenso de que a cidade de Troia existia ap enas na mitolog i a. Mas des cob er t as arque ológ icas modernas no século 18 apontam que a Troia histórica está localizada na península da
Anatólia, na Turquia, a sudoeste do Monte Ida. No e nt a nt o, n ã o h á n a d a conclusivo a respeito dos fatos narrados na Ilíada, já que as escavações encontraram evidências de pelo menos nove ruínas de diferentes períodos. Estopim O estopim do conflito armado foi o sequestro de Helena, esposa do rei espartano Menelau, por Páris, príncipe de Troia. Diz a lenda que ela era tão bonita, que o irmão de Menelau, Agamemnon, rei de Micenas, juntou suas tropas para invadir as muralhas de Troia e tentar resgatá-la. Disputa entre deusas Segundo a literatura antiga, a Guerra de Troia começou na verdade por causa de uma birra entre os deuses do Olimpo. Éris, a deusa da discórdia, ofereceu um pomo de ouro a Hera, Afrodite e Atena. A mais justa das três seria merecedora do objeto. Para decidir a questão, Zeus enviou as três a Páris, que escolheu Afrodite como a mais justa. Em troca, a deusa do amor fez com que Helena, a mulher mais b ela do mundo, s e apaixonasse por ele. Principais forças A Guerra de Troia colocou frente a frente deuses, heróis e homens. Do lado grego, além de Menelau
e Agamemnon, estavam os p o d e ro s o s h e rói s Ul i s s e s , Aquiles, Ajax e os Mirmidões, lendários soldados de Aquiles. Do alto do Olimpo, torciam pela v it ór i a d o s g re go s At e n a , Hefesto, Hera, Hermes, Tétis e Posídon. Do lado troiano lutaram: Páris, seu irmão Heitor, Cassandra, Príamo e as Amazonas. O apoio divino veio de Afrodite, Apolo, Ares, Ártemis e Zeus. Quem venceu? Uma guerra de dez anos entre dois exércitos formados por humanos e heróis não poderia terminar diferente. Quase todos os p ers onagens pr incipais morreram. O cerco foi rompido depois que os troianos decidiram aceitar o famoso presente de grego: um cavalo de madeira recheado de soldados inimigos que ficou conhecido como Cavalo de Troia. A cidade foi destruída. Páris, Heitor e os principais campeões morreram em combate, assim c om o o m e l h or d e to d o s , Aquiles, que receb eu uma flechada no calcanhar. Menelau levou Helena de volta para Esparta. A Odisseia da volta de Ulisses para casa rendeu o que talvez seja a primeira sequência em uma obra de ficção. E os deuses continuaram causando problemas aos mortais. (GALILEU.COM)
Fafi prorroga prazo de inscrições para oficinas de capoeira, dança e música
A Turma da Mônica apresenta uma nova criança muito especial: Haroldo, um menino d e s e t e a n o s p or t a d or d e epilepsia. O personagem foi criado especialmente para uma revista sobre a doença, que terá o título 'O Que Está Acontecendo' e contará como ele lida com as crises convulsivas causadas pelo distúrbio. O projeto da Maurício de Sousa Produções está sendo feito com a Genom, braço da empresa União Química Farmacêutica. Em entrevista por e-mail à Galileu, Maurício de Sousa disse que todo o processo criativo contou com a supervisão de médicos. "[Os especialistas] forneceram dados e informações imprescindíveis para a criação das personagens e do enredo da história", diz o criador da Turma da Mônica. Ele explica que o personagem foi produzido especialmente para essa revista, mas pode aparecer em outros quadrinhos dependendo da resposta do público. “Esperamos,
sinceramente, que a repercussão seja extremamente positiva e que possa gerar interesse para novos projetos desse tipo”, afirma Maurício. Na história, vemos Cebolinha e Cascão brincando com Haroldo. Quando ele tem uma convulsão, sua mãe entra na história explicando o que é a doença e o que fazer nesses casos. Segundo Vagner Nogueira, diretor executivo da Genom, a ideia de criar um personagem de história em quadrinhos surgiu da necessidade de desestigmatizar a epilepsia, principalmente quando se lida com o público infantil. “Haroldo é importante para mostrar os desafios que todo epilético enfrenta, como sofrer com as crises convulsivas e ainda mante r u ma rot i na d i ár i a normal. Isso significa fazer novos amigos que o tratem de forma natural, sem medo ou discriminação, ir para a escola, ter sonhos e brincar. Enfim, tudo aquilo que uma criança vivencia,
não podendo a doença ser um fator limitante", diz Nogueira. Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo são portadoras de epilepsia, uma doença neurológica com causa desconhecida e caracterizada por descargas elétricas excessivas e recorrentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam três milhões de epiléticos no Brasil. Apesar de não ter cura, 70% dos pacientes conseguem controlar a doença com medicamentos específicos e acompanhamento de um médico neurologista. As revistas da Turma da Mônica estão sendo entregues p e l a Un i ã o Q u í m i c a p ar a médicos neurologistas de todo o País, para que sejam distribuídas aos pacientes e seus familiares. Os interessados podem adquirir exemplares da revista gratuitamente por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da União Química, pelo telefone: 0800 11 15 59. LUCIANO DANIEL
Foto Antiga do ES REPRODUÇÃO/LIVRO 'VITÓRIA ONTEM E HOJE'/G1 ES
LEONARDO SILVEIRA
A Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música Fafi
prorrogou o prazo para inscrições nos cursos de capoeira, dança e
mu s i c a l i z a ç ã o d o s e g u n d o semestre deste ano. As préinscrições estão abertas até o dia 1º de setembro (domingo), no site Vix Cursos. As confirmações, que são presenciais, acontecerão no dia 2 de setembro, na sede da Fafi, no Centro. Estão sendo oferecidas vagas para crianças e adolescentes em of icinas de dança criativa, iniciação à dança clássica, musicalização com canto coral e musicalização com flauta doce barroca. Para maiores de 18 anos, há a oficina de capoeira.
Praia de Camburi antes, sem calçadão e sem a Avenida Dante Michelini
4 EDUCAÇÃO
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As oportunidades de uso da Tecnologia Celular 5G em educação Como a nova tecnologia de comunicação abre novas possibilidades para o ensino e aprendizagem e a realização de tarefas complexas em 3D A rápida evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) viabilizou uma grande diversidade de recursos e soluções de aprimoramento e inovação na educação com o uso da internet, computadores, celulares, tablets, projetores e até ó c ulos de realidade virtual. O acesso a bibliotecas on-line, lmes, mu lt i m í d i a s 3 D, rob ót i c a , ferramentas de simulação e demais vem enriquecendo as aulas e a forma de relacionamento entre professor e estudantes. Com a chegada da tecnologia de comunicação celular 5G, existe um potencial de melhoria signi cativa destas soluções e se abrem novas oportunidades, para as quais temos que estar preparados. A quinta geração de comunicação móvel se diferencia das de terceira e quarta gerações com especial destaque à banda de comunicação, tempo de resposta e con abilidade da rede. Com velocidades de transmissão de m a i s d e u m G i g a by t e p or segundo e tempo de resposta (latência) de um milissegundo, haverá um desempenho na comunicação móvel que antes
estava reservado somente às redes xas de bra ótica. Além de fortalecer recursos já existentes, como lmes em alta de nição e download de grandes quantidades de dados, como acervos de imagens e áudios, a baixa latência da rede e a mobilidade/onipresença dos equipamentos possibilitam novas aplicações e paradigmas de comunicação. Em especial a interatividade à distância do 5G é de grande valor. O paradigma do diálogo e da interação “olho no olho”, que já começa a ser utilizado em videoconferências, será muito mais realista, aproximando pessoas e facilitando o uir de pensamentos e discussões de duas ou mais pessoas interconectadas via rede. A eliminação das latências atuais, ainda perceptíveis, vai viabilizar uma conversação mais natural e uida. O ensino a distância de conteúdos e habilidades de grande dinâmica como música, d an ç a , g i n á s t i c a e d e m ai s aprendizados psicomotores serão facilitados por meio de uma comunicação rápida e
3D à distância para a construção de um prédio, serão passíveis de serem reproduzidas em celulares e óculos 3D portáteis de baixo custo. Com as ferramentas adequadas e a boa conectividade da rede 5G, será possível se estudar um atlas de anatomia, mapas em a l t o r e l e v o, m o l é c u l a s complexas, interagindo e cocriando com outras pessoas independentemente de elas estarem próximas. O conceito que vem sendo utilizado por especialistas em telecomunicação, denominado de “internet tátil”, resume bem estes potenciais. Com a “internet tátil”, conteúdos e informações terão uma resposta tão rápida ao comando de nossos dedos e comandos, que sentimos um feedback como o tato de nossas mãos em um objeto físico. Mesmo ainda havendo investimentos signi cativos a serem realizados para regulamentação e infraestrutura com garantia de cobertura para amplas regiões no Brasil, o 5G também abre oportunidades para o ambiente de educação, por
ALEXSL/ISTOCKPHOTO
tempos de resposta imperceptíveis. Desta forma, a comunicação poderá ir além da escrita e verbal, evoluindo para gestos, mímicas e dinâmicas coordenadas de aprendizado coletivo, de encontro às teorias de neurônios espelho, desenvolvimento da empatia e habilidades sociais. Esta possibilidade de “telepresença” pode ser uma resposta às críticas que vêm sendo feitas à massi cação e unilateralidade de conteúdos na internet, pois, com mentores e orientadores apres entando conteúdos e, ao mesmo tempo,
respondendo a perguntas e dúvidas de seu público, há espaço para discussões e pensamento crítico. Indo além das possibilidades de reprodução da sala de aula à distância por meio de comunicação remota, a banda larga e baixa latência irão viabilizar a interação de indivíduos e grupos com objetos complexos. Assim, o ensino baseado em projetos ganha poderosos recursos de estudo e cocriação. As aplicações de alta tecnologia, como arquitetos e engenheiros criando e interagindo on-line com objetos
não demandar investimentos adicionais no aparelhamento da escola nem da casa de estudantes e professores. Com o acesso à internet sem o, direto em aparelhos móveis, não se faz mais necessária a instalação de rede xa nestes locais. Com a adequada densidade de antenas, até mesmo bair ros com limit açõ es de infraestrutura poderão rapidamente ser atendidos por ser viços de comunicação e educação nas escolas e casas do local. Este cenário de grandes potenciais de aplicação da tecnologia 5G na educação deve ser vir de estímulo para educadores e desenvolvedores de tecnologia, soware e mídias se dedicarem a uma comunicação ubíqua, rápida e interativa. Apesar da importância de canais de comunicação 5G para o futuro, o verdadeiro potencial de educação e protagonismo de professores e estudantes continuará a ser baseado em metodologias consistentes e cuidados com aspectos pedagógicos e éticos do processo de aprendizado e formação dos indivíduos.
(PORVIR.ORG)
Crianças, famílias e educadores Programa Sakura vai têm roda de leitura ao ar livre levar alunos do ensino em Vitória médio ao Japão DIVULGAÇÃO SEME
Além de ser um espaço de ensino e aprendizagem, as escolas municipais de Vitória também são locais de integração e convivência da comunidade escolar. Estudantes, familiares, pro ssionais e moradores participam ativamente dos projetos e atividades propostas pelos educadores da rede. No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ocarlina Nunes Andrade, no b air ro São Cr istóvão, a literatura é um dos motes dessa integração. Todos os meses, a equipe escolar promove uma roda de leitura no pátio da unidade, reunindo alunos, pais e professores. “Temos vivido momentos incríveis de integração entre família, crianças e funcionários, além de ser um incentivo à leitura para os pequenos. Os alunos querem contar histórias
aos pais e, com isso, observamos uma alegria enorme diante dessa interação”, revela a diretora do Cmei, Maria da Penha Coelho DIVULGAÇÃO SEME
dos Santos. A atividade faz parte do projeto institucional “Pé de Livro”, uma
ação pedagógica que envolve todas as turmas da unidade em um momento de contação de histórias, leituras e apresentações lúdicas. “Fa z e m o s e ss e m om e nto debaixo do pé de manga que ca no pátio da escola, com cestinhas penduradas na mangueira, c h e i a s d e l i v r o s i n f a nt i s . Colocamos esteiras no chão, almofadas e tapetes coloridos para acomodação de todos”, c o nt a a e d u c a d o r a Gu i d a Mesquita. “As crianças e as famílias cam sentadas e deitadas nas esteiras fazendo a leitura dos livros. Funcionários e pais interagem o tempo todo, além de também contarem histórias para as crianças”, completa. No Cmei Ocarlina Nunes, é uma prática da equipe incentivar as cr ianças no processo de leitura e escrita. Através das diversas atividades que são realizadas durante o ano, os estudantes são inseridos nos projetos, atividades sequenciais e cam integrados aos muitos eventos que acontecem na escola.
Dez alunos brasileiros de cursos técnicos integrados ao ensino médio terão a oportunidade de conhecer o Japão. A iniciativa é do Programa Sakura de Ciência. Cada um dos 41 institutos da Rede Federal de Educação Pro ssional, Cientí ca e Tecnológica espalhados pelo Brasil pode inscrever um aluno. As i n d i c a ç õ e s p o d e m s e r r e a l i z a d a s at é o d i a 4 d e setembro. O programa é realizado a partir de uma parceria entre a Secretaria de Educação Pro ssional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Pro ssional, Cientí ca e Tecnológica (Conif) e a Agência de Ciência e Tecnologia do Japão. O edital do intercâmbio pode ser acessado no site do Conif e os alunos interessados devem procurar a assessoria internacional de sua instituição da rede de Educação Pro ssional, Cientí ca e Tecnológica Federal. O objetivo do programa é promover intercâmbio de sete dias para estudantes brasileiros na área de ciência e tecnologia avançada, desenvolvidas no Japão, por meio de visitas a centros de pesquisa e universidades daquele país.
De quebra, os alunos ainda participam de aulas especiais com ganhadores de prêmio Nobel, visitam a embaixada do país de origem no Japão, além de participar de outras atividades junto a estudantes do ensino médio japoneses e de outros países participantes. A Setec também vai indicar dois servidores da Rede Federal d e E du c a ç ã o Pro ss i on a l, Cientí ca e Tecnológica para acompanhar os estudantes. Na ú l t i m a e d i ç ã o, A l e x a n d r e Chahad, diretor da agência de inovação do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), embarcou na aventura. “É uma experiência muito válida. Os alunos voltam com out ro ol har”, dest aca Alexandre. De acordo com ele, as aulas no Jap ã o s ã o c o mp l e t a m e nt e d i fe re nt e s . “E l e s n ã o t ê m faxineiros, então os estudantes
brasileiros acompanham os estudantes japoneses limpando as salas, os corredores. Tudo com muito cuidado. É uma troca também de cultura”, ressalta Alexandre. Para participar é necessário ter, no mínimo, 16 anos, comprovar rendimento de 80% nas disciplinas cursadas (média global), possuir certi cação de pro ciência em inglês (nível mínimo B1) e não ter participado de programas de intercâmbio no Japão anteriormente. O programa banca as despesas como passagens aéreas, hosp edagem, aliment ação, transporte terrestre no Japão, seguro-viagem e visto japonês. O processo de escolha do candidato será de responsabilidade de cada instituição da Rede Federal. Os critérios classi catórios incluem a participação em projetos de pesquisa aplicada e de extensão tecnológica e em eventos técnico-cientí cos (nacionais, internacionais, regionais e locais), além da pro ciênci a em língu a inglesa. O resultado sai no dia 16 de setembro e a data provável para a ida ao Japão é 23 de novembro. O retorno ao Brasil está previsto para o dia 30 de novembro.
POLÍTICA 5
01 A 07 DE SETEMBRO DE 2019
Jorge Pacheco
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Oh! Bendito o que semeia livros, livros, à mancheia e manda o povo pensar...”, Castro Alves Recuperação da economia é a mais fraca em 40 anos INTERNET
nas recessões de 1987 (quando permanecia 3,1% aquém do précrise) e na de 2014 (-5,3%). “É curioso, porque a recessão de 87 teve mais de um período
desde que seja autorizado pelo órgão ambiental competente; nas práticas de prevenção e combate a incêndios; e nas práticas de agricultura de subsistência das populações tradicionais e indígenas.
Sérgio Moro afirma que não vai se candidatar a nada O minist ro d a Just iç a e
abuso de autoridade, aprovado no Congresso e que está na mesa de Bolsonaro para sanção. "Tem de se tomar muito cuidado para que a criminalização do abuso não ADRIANO MACHADO/REUTERS
Operação Verde Brasil
A recessão provocada pelo golpe de 2016 e aprofundada pelo governo Bolsonaro está levando a economia brasileira a um recorde dramático: em 40 anos, é a recuperação econômica mais lent a do País. Economist as apontam que a receita de Paulo Guedes, em vez de ativar a economia, está aprofundando a recessão. “O problema é que a gente trocou diretrizes de política econômica muito focadas pelo lado da demanda, como a do governo Dilma Rousseff, por uma agenda muito focada no lado da ofe r t a”, d i z R af a e l C ag n i n , economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Com a maior crise econômica de sua história, o Brasil recuperou somente 30% dos cerca de R$ 486 bilhões perdidos durante a última recessão econômica, que se entendeu de 2014 a 2016 e faltam cerca de R$ 338 bilhões para que o produto interno bruto (PIB) volte ao patamar pré-crise. Agora, um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) é taxativo: o governo, pela primeira vez, não está contribuindo para a recuperação da economia. Há pouco mais de três anos, Dilma Rousseff sofreu um golpe e o ultraneoliberalismo veio com força no País para impor uma agenda baseada na entrega de setores estratégicos para estrangeiros, corte de direitos e congelamento de investimentos públicos. Atualmente, sete entre as 12 atividades econômicas estão operando abaixo do período précrise: indústria de transformação, comércio, informação e c o m u n i c a ç ã o, c o n s t r u ç ã o, transporte e armazenamento, atividades nanceiras e outros serviços. "Mesmo que estejam crescendo, elas não conseguiram se recuperar”, explicou a economista Juliana Trece, pesquisadora do Ibre/FGV e responsável pelo levantamento. “Das oito atividades que retraíram na recessão, apenas os serviços imobiliários já se recuperaram após 20 trimestres”, completou. Depois de mais de dois anos de crescimento, o PIB continua 5,3% abaixo do nível pré-recessão. Desde 1980, o Brasil esteve em recessão por nove vezes. Passados 20 trimestres desde o início do período recessivo, a economia tinha superado o patamar précrise em todas as ocasiões, menos
recessivo dentro desse período de recuperação de 20 trimestres (a recessão de 1989). Mesmo assim, essa recuperação da recessão que estamos agora é a que está em pior nível”, a rmou Trece. De acordo com analistas, uma das explicações para a di culdade da recuperação é que o baixo consumo do governo, que desde o término da recessão, teve ligeira redução de 0,1%. “Está praticamente estagnado”, resumiu Trece. Na comparação com o patamar pré-crise, houve uma retração de 1,2% no consumo do governo, ou seja, a administração pública ainda não contribuiu para a recuperação econômica desde a última recessão. AJUFE “A a d m i n ist r a ç ã o públ i c a normalmente crescia durante as recessões, porque era uma forma de o governo tentar ativar a economia. Então acabava investindo e ajudando a movimentar um pouco a economia. Só que agora, sem dinheiro, com essa relação dívida x PIB alta, o governo está sem recursos para poder investir”, ponderou Trece.
Com a Amazônia em chamas, governo suspende prática de queimadas no Brasil Após uma crise internacional decorrente dos incêndios florestais que devastam a Amazônia, o governo Jair Bolsonaro determinou a suspensão da prática de queimadas em todo o País por um período de 60 dias As queimadas estão proibidas
A Operação Verde Brasil, que reuniu várias agências em torno do combate aos incêndios na A m a z ôn i a L e g a l , re g i s t rou diminuição nos focos de incêndio nos últimos dias. Embora ainda não haja con rmação de tendência de extinção do fogo nos próximos dias, a avaliação do governo até o momento é positiva. “A avaliação é positiva. Com os parâmetros do Centro Gestor e Op eracional do Sistema de Proteção da Amazônia [Censipam], vimos que os focos de incêndio diminuíram bastante”, disse o vice-almirante Ralph Dias da Silveira, subchefe de operações do Estado-Maior das Forças Armadas, em entrevista à imprensa na terça-feira (28). Segundo os dados do Censipam, havia focos de incêndio espalhados e mais intensos, principalmente, em Rondônia, Amapá, Pará e Maranhão entre os dias 25 e 26 de agosto. Na medição realizada entre os dias 26 e 27 de agosto, o mapa de focos de calor mostrou redução, principalmente em Rondônia, onde houve emprego de reforço no efetivo para combate ao fogo. No último dia 23, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas no combate aos incêndios na região. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal. O efetivo empregado na Amazônia Legal, entre militares e brigadistas, é de 3.912 pessoas, além de 205 viaturas. O Brasil também recebeu ofertas de ajuda internacional. Dentre elas, o Chile ofereceu equipes especializadas e três aviões com capacidade de armazenar 3 mil litros de água e os Estados Unidos duas aeronaves para combate a incêndio. Israel ofereceu 100 metros
UESLEI MARCELINO/REUTERS
em todo o País durante o período de 60 dias, a partir desta quintafeira (29). Decreto determinando a suspensão da permissão do uso de fogo nesse processo está publicado no Diário O cial da União desta quinta (29). A medida não se aplica em casos como de controle tossanitário,
cúbicos (m³) de agente químico retardante de chamas e o Equador disponibilizou três brigadas com esp ecialistas em combate a incêndios orestais. A ajuda internacional ainda não foi posta em prática, o que deve ocorrer, segundo Ralph Dias da Silveira, em breve.
Segurança Pública, Sérgio Moro, a rmou, na quarta-feira (28), que não pretende se candidatar a nenhum cargo político. "Eu não tenho nem o per l. Vim para uma missão técnica e estou focado no meu trabalho como ministro. O candidato para 2022 será o presidente Jair Bolsonaro". O e x - ju i z te nt av a , a ss i m , desmentir as informações publicadas na véspera pela Folha de S. Paulo de que poderia vir a ser candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo governador de S. Paulo, João Doria. Na entrevista, Moro comentou sobre o vazamento de mensagens trocadas entre procuradores da República e que municiaram reportagens do e Intercept B r a s i l . " Eu a c h o qu e e s s a s mensagens do Intercept já não têm muito re exo. O que aconteceu foi... Primeiro: é um hackeamento criminoso, foi obtido por meios criminosos. Não há prova de autenticidade. E foi divulgado com sensacionalismo, faltou pegar um tambor para divulgar essas mensagens. As provas estão lá, as mensagens não revelam nada. Além de não ser demonstrada autenticidade, não demonstra nenhuma fraude ou algo errado neste processo", disse Moro. Ma s o s d i á l o g o s v a z a d o s mostram que Moro interferiu nos processos, orientou investigações da Operação Lava Jato, sugeriu testemunhas, pediu petições adiantadas aos procuradores para formular suas respostas e reclamou da falta de operações. Nas últimas mensagens, publicadas nesta semana, os procuradores fazem chacota com a morte da ex-primeira-dama e esposa de Lula, Marisa Letícia, e de seus outros familiares que morreram. Durante a entrevista, Moro também criticou o projeto de
acabe tendo efeito para evitar que policiais, juízes e promotores façam a coisa certa. Não só a corrupção, mas crime organizado, trá co de drogas, de armas", argumentou.
Delator da Lava Jato diz que lavou dinheiro para Grupo Sílvio Santos
aponta como um dos contatos no grupo o sobrinho dele Daniel Abravanel e o uso da empresa que comercializa a Tele Sena. No m d o s a n o s 1 9 9 0 , o operador diz ter rmado contratos superfaturados de patrocínio entre suas empresas e pilotos da Fórmula Indy e da categoria Indy Lights. Assad contou que o SBT tinha necessidade à época de fazer um caixa paralelo, mas não sabe dizer com qual nalidade —se para remunerar bônus a executivos ou se para pagar propina no setor público. Essa operação movimentou R$ 10 milhões naquele período. Os pilotos patrocinados, contou, "apenas viabilizavam espaços de publicidade" e não sabiam das irregularidades nas transações. Entre os pilotos mencionados no relato do delator estão Hélio Castroneves e Tony Kanaan. A partir de meados dos anos 2000, Assad diz ter feito contratos de imagem e de patrocínio na Fórmula Truck. A rma que transferia aos esportistas uma p e q u e n a p a r t e d o s v a l ore s contratados e devolvia ao SBT o restante do dinheiro. A Liderança Capitalização, empresa responsável pela Tele Sena, pagou ao menos R$ 19 milhões para uma das rmas do operador, a Rock Star, de 2006 a 2011, diz documento elaborado na delação.
Governo negocia LOURIVAL RIBEIRO/SBT
Novos vazamentos do site e Intercept indicam que o operador nanceiro Adir Assad a rma que lavou milhões de reais para o Grupo Sílvio Santos por meio de contratos fraudados de patrocínio esportivo. As a rmações estão em anexos de seu acordo de colaboração premiada rmado com integrantes da Operação Lava Jato. As a rmações estão em anexos de seu acordo de colaboração premiada rmado com integrantes da Operação Lava Jato informa a Folha de S. Paulo. Os depoimentos de Assad foram compartilhados entre procuradores do Ministério Público Federal no aplicativo Telegram. Assad não menciona especi camente o apresentador e empresário Sílvio Santos, mas
indicação de Eduardo Bolsonaro oferecendo vantagens a presidente do Senado O governo de Jair Bolsonaro recorre aos métodos que diz condenar para garantir seus i nt e re s s e s . O Pa l á c i o d o Planalto ofereceu duas diretorias da Eletronorte ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e seus aliados, como parte das negociações para aprovar a indicação de Eduardo Bolsonaro, informa a coluna Painel da Folha de S. Paulo.
6 TECNOLOGIA
01 A 07 DE SETEMBRO DE 2019
Alunos de engenharia Smart Mi Multifuncional ganham concurso de é o assento de vaso construção de pontes sanitário da Xiaomi com macarrão
DIVULGAÇÃO/XIAOMI
A ponte vencedora, feita com macarrão e materiais como pedaços de cano de PVC, cola e fita crepe, aguentou 132 quilos de carga EDUARDO LUZ/DIVULGAÇÃO POLI-UFRJ
Assento traz controle de temperatura e ainda função de bidê para higiene pessoal
instantânea, fita crepe, folha de acetato, pedaços de um tubo de PVC e uma b ar ra de aço, utilizada para testar o peso que a ponte podia aguentar. Ap e s a r d e p a r e c e r u m a brincadeira simples, as pontes de macarrão são criadas para treinar os conhecimentos de engenharia adquiridos em sala de aula e destacam a importância do desenvolvimento de um projeto de construção civil que evite catástrofes. Com o objetivo de construir um protótipo de ponte bem reforçado, a equipe vencedora começou a estudar o projeto um mês antes d a comp et iç ão. Depois, houve uma semana de preparação prévia — foram necessários muitos cálculos e simulações no computador para não errar o corte e a montagem da estrutura de macarrão. “Conseguimos determinar quanto de macarrão seria usado dependendo de quanta carga cada parte da ponte poderia
receber", contou à Galileu a estudante Polyanna Domingues. Segundo ela, menos macarrão teve de ser aplicado em trechos onde havia mais tração, uma f o r ç a q u e a g e perpendicularmente à superfície. Por outro lado, foi colocado mais macarrão nos locais da ponte onde havia mais compressão — ou seja, nos trechos onde poderia ocorrer uma maior pressão exercida no material. Com o trabalho bem elaborado, os alunos não só aprenderam o conteúdo, mas também a importância de serem cuidadosos na profissão. “Quase todas as pontes tinham o mesmo desenho, mas o que diferenciou a nossa foi o fato de que tivemos todo o cuidado possível em sua construção”, disse Domingues. “Eu v i c o m o e s s a s c o i s a s pequenas em uma escala maior podem determinar totalmente o resultado de um projeto”.
cons eguem identi car s e o usuário está próximo. Desta forma, o assento reduz a temperatura, evitando possíveis irritações ou queimaduras em peles mais sensíveis. Além de tornar o uso do mais confortável, o assento inteligente da Xiaomi pode transformar qualquer vaso sanitário em bidê. O dispositivo conta com um tanque que consegue aquecer a água, para realizar a higiene após o uso do vaso sanitário. Mesmo com os mecanismos de aquecimento presentes em todo o dispositivo, a Xiaomi promete que a instalação do Smart Mi Multifuncional pode economizar energia, já que ele é capaz de armazenar a água, de forma que ela que quente por mais tempo, sem a necessidade de aquecê-la novamente. A l é m d i s s o, o S m a r t M i Multifuncional conta com uma função especial para o uso feminino. Com um bico na lateral do assento, o sistema conta com
Primeira telha solar fotovoltaica é lançada no País A novidade, chamada de Eternit Solar, foi revelada pela primeira vez ao público durante a Intersolar South América A E t e r n i t – c o m p a n h i a e desenvolver o modelo, inédito especializada no fornecimento de no País. A marca Eternit Solar produtos do setor de construção também dará nome à empresa que civil – apresenta a primeira telha está sendo aberta pelo Grupo DIVULGAÇÃO solar fotovoltaica com tecnologia desenvolvida no Brasil e aprovada pelo Inmetro, que capta energia solar para a produção de energia elétrica. A novidade, chamada de Eternit Solar, foi revelada pela primeira vez ao público durante a Intersolar South América, a maior feira da América Latina voltada à Eternit para produzir e área de energia solar, realizada futuramente comercializar as entre 27 e 29 de agosto, no Expo linhas fotovoltaicas. Center Norte, em São Paulo. “O que existe hoje em larga A empresa investiu em sua área escala são placas fotovoltaicas interna de inovação para projetar cujos modelos precisam ser
instalados em cima dos telhados. A nova telha fotovoltaica tem enorme potencial para se tornar um dos grandes negócios do Grupo Eternit por ser um produto disruptivo, de alto valor agregado, de fácil instalação, seguro e mais barato do que as soluções atuais. Além disso, capaz de gerar a energia elétrica necessária para residências e outros locais comerciais e i ndust r i ais d e mane i r a competitiva em performance e e ciência, a partir de um modelo esteticamente avançado”, diz o responsável pela área de Desenvolvimento de Novos Negócios, Luiz Antônio Lopes.
qu at ro níveis de press ão e temperatura, que podem ser regulados nos controles que cam na parte lateral do aparelho. O assento vem com um ltro de algodão, que promete ltrar impurezas como areia, sujeira e ferrugem no vaso sanitário, tornando o seu uso ainda mais higiênico. Ele também traz um bico de esterilização. Como era de se esperar, o Smart Mi Multifuncional conta com iluminação LED para que o usuário consiga encontrar o vaso sanitário mesmo no escuro. O aparelho também tem o corpo à prova d'água e conta também com um sistema de emergência, que d e s l i g a o a s s e nto automaticamente em caso de vazamento. O assento inteligente Smart Mi Multifuncional ainda não está à venda no Brasil. Em sites de importação, o dispositivo é vendido pelo valor médio de R$ 1.200 (sem frete ou possíveis impostos).
Ford diz que seus carros autônomos durarão cerca de quatro anos FORD DIVULGAÇÃO
Quanto peso uma "ponte de macarrão" pode aguentar? Estudantes de Engenharia Civil d a E s c o l a Po l i t é c n i c a d a Universidade Federal do Rio de Janeiro (Poli-UFRJ) criaram uma estrutura que suportou 132 quilos. Com tal feito, eles ganharam o primeiro lugar do 5º Concurso Construtora Queiroz Galvão de Pontes de Macarrão, realizado no último dia 23 de agosto na Semana da Engenharia Civil da Poli-UFRJ. O g r up o M i n e r v a C i v i l , composto pelos estudantes Murillo Queiroz, Armando S obr i n ho, Jonas C have s e Polyanna Domingues, superou outras seis equipes no concurso. No segundo lugar da competição, ficou um grupo que construiu uma ponte de macarrão que chegou a aguentar 80 quilos. Entre os materiais usados pelos estudantes estavam um quilo de macarrão, cola quente, cola
Smart Mi Multifuncional é o assento de vaso sanitário inteligente da Xiaomi. A marca chinesa, famosa no Brasil pelos smartphones de preço acessível, também fabrica soluções inteligentes para a casa. O novo dispositivo pode ser usado com ajuste de temperatura e fechamento automático, além de ser usado também como bidê. Vale destacar que a Xiaomi tem diversos produtos em seu catálogo, que incluem, por exemplo, aspiradores de pó e patinetes. O Smart Mi Multifuncional oferece comandos que permitem que o usuário use o aparelho como assento comum, mas com o diferencial na possibilidade de poder usar o dispositivo com a q u e c i m e nt o c o n s t a nt e . O sistema inteligente do assento sanitário conta com quatro níveis de aquecimento. Na função de aquecimento constante, por exemplo, sensores instalados no dispositivo
A indústria automotiva vem apostando em carros autônomos como a próxima grande inovação tecnológica que resolverá problemas da modernidade, mas você já parou para pensar quanto esses veículos irão durar? Pois John Rich, chefe de operações da Ford Autonomous Vehicles, revela que "o que menos me preocupa neste mundo é a redução da demanda por carros", porque "vamos exaurir e esmagar um carro a cada quatro anos neste negócio". Sim, um carro a cada quatro anos, uma vida extremamente curta se considerarmos a média de 12 anos de permanência de um americano com um veículo
comum. Portanto, qual a grande história por trás dos milhões investidos em carros autônomos? O TechCrunch conversou com John Rich sobre o negócio da Ford e forneceu algumas respostas. Primeiramente, o chefe de operações não quis estipular a d i s t ân c i a qu e e s t e s c ar ro s poderão percorrer a cada ano: "Os veículos estão sendo projetados para utilização máxima", imaginando um mundo nos quais estes veículos não perdem muito tempo estacionados como um carro convencional. Na verdade, a Ford não está planejando vender estes automóveis ao público tão cedo. Em vez disso, planeja usar os
carros em frotas autônomas que serão usadas como serviço por outras empresas, inclusive como veículos de entrega. O Te c h C r u n c h t a m b é m perguntou se a previsão de Rich p ar a a v i d a út i l d e c ar ro s autônomos está de acordo com a expectativa de que os veículos aut ôn om o s d a Ford s e j a m alimentados por motores de combustão interna. Rich diz que a ideia é a transição para veículos elétricos a bateria (BEV), mas a Ford também precisa "encontrar o equilíbrio certo que ajudará a desenvolver um modelo de negócios viável e lucrativo. Isso signi ca iniciar com os híbridos primeiro". Ele também está preocupado com a degradação da bateria, já que, apesar do carregamento diário ser necessário, ela pode estragar mais rapidamente. Quanto à poluição, a não emissão de gases por queima de combustível já ajuda, além disso de 80 a 86% das partes de um carro são recicláveis, o que signi ca que, mesmo com a curta vida, o ambiente pode não sofrer tanto.
CIÊNCIA 7
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Tratamento acessível Software criado no Brasil busca ampliar atendimento em radioterapia oncológica em países em desenvolvimento FÁBIO OTUBO
Um soware criado por uma empresa paulista promete dar mais segurança e agilidade aos procedimentos de radioterapia oncológica em países em desenvolvimento. O Sistema de Informação para Planejamento Radioterápico (Siprad) foi criado pela i-Medsys, empresa de Ribeirão Preto (SP) especializada no desenvolvimento de sistemas médicos, e está em fase de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e na agência norte-americana Food a n d D r u g Ad m i n i s t r at i o n (FDA). A função do soware é realizar o planejamento do tratamento, etapa em que participam diversos pro ssionais, entre eles rádio-oncologista, dosemetrista e físico médico. O planejamento determina a dose e os diferentes ângulos de administração da radiação, que é efetuada por um aparelho afastado do paciente, o acelerador linear. Também de ne limites e volumes da área do corpo humano que receberão
o tratamento, tornando-o mais e c a z e re du z i n d o e fe it o s colaterais. “O planejamento é a etapa mais crítica do tratamento radioterápico”, diz o rádiooncologista Harley Francisco de Oliveira, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia. Ele explica que uma dose administrada de forma inadequada pode provocar danos a tecidos saudáveis. Na ausência de um sistema de planejamento de radioterapia ( T P S ) , c om o o S ipr a d , o s médicos de nem a região-alvo do tratamento e a dose da radiação com base na observação visual de imagens de tomogra a ou ressonância magnética. O risco de erro passa a ser maior. Essa é a situação de muitos serviços de radioterapia do país, principalmente os que atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Dados do Ministério da Saúde indicam que 10,3 milhões de procedimentos radioterápicos foram realizados pelo SUS em 2017. A escassez de
equipamentos para o tratamento, como aceleradores lineares, e de sistemas TPS resulta em um tempo médio de espera entre o diagnóstico e o início da radioterapia de 113 dias. O problema é que a implementação da tecnologia para o tratamento é dispendiosa e o acesso é limitado fora dos grandes centros hospitalares do País. Um acelerador linear custa por volta de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões). O custo da licença de um programa RT P S ( R a d i a t i o n e r a p y Treatment Planning) da norteamericana Varian, uma das líderes do mercado global junto com a sueca Elekta, pode variar de US$ 10 mil a mais de US$ 100 mil, segundo Humberto Izidoro, diretor-geral da empresa na América Latina. O preço nal depende das funcionalidades con guradas e do número de usuários credenciados para cada funcionalidade. A clínica ou hospital também precisa de uma estação de trabalho exclusiva
para operar o RTPS. De acordo com Diego Fiori de Carvalho, sócio-diretor da iMedsys, a proposta do Siprad é se diferenciar pelo menor custo de implementação e manutenção. A licença completa do sistema, cujo desenvolvimento contou com apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da Fapesp, é estimada em cerca de US$ 10 mil, mesmo valor da licença da Varian para uma única funcionalidade e um usuário. Outra diferença é que os
TPS importados demandam estações de trabalho exclusivas, enquanto o Siprad funciona em c omput a d ore s p e ss o ais . O soware brasileiro, segundo Carvalho, possui as mesmas funcionalidades que os sistemas concorrentes e é compatível com os aceleradores lineares produzidos pela Varian e Elekta. O Siprad surgiu a partir de uma demanda do serviço de radioterapia do Hospital das C l í n i c a s d a Fa c u l d a d e d e Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (HCRP-USP), então coordenado por Harley Oliveira. “O alto custo das licenças de TPS limita a expansão dos ser viços de radioterapia, sobretudo os públicos, que demandam investimentos governamentais”, diz o médico. A i-Medsys, empresa graduada no Supera Parque de Ribeirão Preto, já atendia o HCRP com o sistema de gerenciamento de imagens LyriaPacs, também desenvolvido com apoio da Fapesp.
Células da retina são "Plutão é um planeta", mapeadas pela primeira afirma diretor da Nasa vez Corpo celeste foi descrito como "planeta anão" em 2006, mas "rebaixamento" causa debate na comunidade científica até hoje
NASA
Mapeamento inclui fotorreceptores, que detectam a luz e permitem que as pessoas vejam, e células ganglionares da retina, que transmitem mensagens para o cérebro ao longo do nervo óptico ©
KRISZTIN/STOCK
A retina é a primeira parte do olho abordada pelo Atlas de C élu l as Humanas, proj eto internacional lançado em 2016 para mapear e descrever cada célula do corpo humano em uma grande coleção. A etapa atual foi divulgada em estudo publicado recentemente na revista
“European Molecular Biological Organization Journal” e abordada na revista “Cosmos”. O trabalho envolveu cientistas de Austrália, China, Estados Un i d o s e R e i no Un i d o. A liderança foi de três australianos: Raymond Wong, do Centro de Pesquisa de Olhos da Austrália,
Samuel Lukowski, do Instituto de Biociências Moleculares, e Joseph Powell, do Instituto Garvan de Pesquisa Médica. Os pesquisadores investigaram as sequências genéticas por trás das células individuais para desenvolver um per l de todos os principais tipos celulares na retina e os genes que eles “expressam” para funcionar normalmente. Entre as células mapeadas agora estão os fotorreceptores, que detectam a luz e permitem que as pessoas vejam. A lista inclui também as células ganglionares da retina, que transmitem mensagens para o cérebro ao longo do nervo óptico, e outras células que servem de suporte à função e à estabilidade da retina.
Há pouco mais de 13 anos Plutão foi rebaixado de "planeta" para "planeta anão", e, desde então, essa classi cação comove fãs de astronomia ao redor do mundo. Anualmente, o debate se torna mais intenso perto do dia 24 de agosto, conhecido como "Pluto Demotion Day" ("Dia do Rebaixamento de Plutão", em português). E, para brincar com os "fãs" do astro, o diretor da Nasa, Jim Bridenstine, disse em comunicado à imprensa: "Só para vocês saberem, para mim, Plutão é um planeta". "Vocês podem escrever que o administrador da Nasa declarou Plutão como sendo um planeta de novo. Estou certo disso, é como aprendi e no que acredito". Não é necessário dizer que isso não resolve a questão. Quando Plutão foi formalmente
observado por Clyde Tombaugh em 1930, a descoberta foi manchete em todo o mundo como "o nono planeta além de Netuno". Contudo, em 2006, a União Astronômica Internacional criou uma nova de nição para planetas — que não tinha espaço para o último grande corpo celeste do Sistema Solar. Para ser considerado um planeta, o objeto espacial deve: orbitar ao redor do Sol; ter autogravidade su ciente para ter forma redonda (ou arredondada); e possuir uma órbita não in uenciada diretamente por outros planetas. Sendo assim, como Plutão está rodeado por diversos outros objetos semelhantes a si próprio, ele não se encaixa na de nição — o que acabou causando seu "rebaixamento" para planeta
anão. Fato é que diversos outros objetos se assemelham à Plutão e nem por isso contam com um "fã-clube". Esse é o caso de Éris, um corpo gelado quase esférico um pouco menor que o astro, mas mais massivo. De qualquer forma, a chegada da sonda New Horizons aos arredores de Plutão, em 2015, fez com que os especialistas descobrissem uma série de complexidades antes desconhecidas sobre o objeto e seus satélites. Tanto que Alan Stern, cientista que liderou a missão cientí ca da sonda, assinou um artigo pedindo a reclassi cação de Plutão como planeta. Enquanto os cientistas não entram em acordo, falas como a d e Br i d e nst i n e s e tor n am argumentos para os grupos "próPlutão". Para o resto das pessoas, resta se contentar com as lindas fotos do (até agora) planeta anão.
8 BEM-ESTAR
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DAVI MOURRAHY Professor, palestrante, coach, escritor e hipnoterapeuta
O diferencial do grande Henry Ford “Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo” AGÊNCIA MABU
S
carros. Ford acreditava em si e em todos os seus projetos. Ford lançou o modelo “t”, que foi um sucesso. Foram vendidos 15 milhões em cerca de 20 anos. Ao contrário dos outros modelos, não eram brinquedos quase artesanais para os ricos se exibirem e, sim, um produto em série para usar todos os dias. Ele revolucionou a indústria automobilística com sua inovação e visão fabulosas de um grande negócio. A Ford teve momento de grande di culdade em sua história, mas foram superados, para o sucesso da empresa. Ford sofreu seu primeiro acidente vascular cerebral em 1938, o que o afastou da vida pública. Ele morreu de
éculo XX, tempo que parecia não haver futuro para os automóveis, os carros eram caros e de difícil acesso às pessoas. Entra em cena a gura de Henry Ford, que criou a Ford Motor C omp any e desenvolveu carros mais baratos, acessíveis à classe de trabalhadores e fáceis de usar. Ford foi um grande revolucionário da indústria automobilística e uma lenda da história americana. Em 1903, ele foi um dos fundadores da Ford Motor Co. ele foi fantástico e inovador ao acreditar que poderia tornar o automóvel acessível a todos os trabalhadores. Em 1914, produziu, nos Estados Unidos, aproximadamente 50% dos
Quase metade do Brasil não tem acesso à rede de esgoto GETTY IMAGES
Apenas 52,4% dos brasileiros têm acesso à rede de esgoto
hemorragia cerebral, aos 83 anos. O fordismo teve o seu ápice após a Segunda Guerra e, na década de 70, houve queda da produtividade e dos lucros, o que obr igou a uma re vis ão da loso a produtiva criada e implantada pelo fundador do império. “Para aqueles que con am sem si mesmos, a mudança é um estímulo, porque eles acreditam que uma pessoa pode fazer a diferença e in uenciar o que acontece ao redor deles. Essas pessoas são as realizadoras e motivadoras” Buck Rogers.
Livro: As 7 Virtudes de um Profissional Campeão Profº Davi Mourrahy
Médicos escoceses prescrevem doses de natureza a pacientes AZGEK/ISTOCK
As 400 ou 500 casas que formam Alcantil, na Paraíba, não têm água encanada. Nunca tiveram. Pelo menos uma vez por mês, o Exército abastece com um carropipa algumas cisternas comunitárias espalhadas pelo município de 5,3 mil habitantes e, de lá, baldes e latas d'água completam o serviço. Em 2003, um projeto capitaneado pelo governo do Estado prometia nalmente levar água para a cidade no semiárido paraibano. Mais de 15 anos depois, entretanto, ele praticamente não saiu do papel. A obra é a mais antiga da lista de empreendimentos paralisados ou atrasados, nanciados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), hoje a principal fonte de recursos para nanciar o saneamento no País. O setor representa cerca de 5,5% do orçamento do fundo – que é alimentado pelos depósitos compulsórios do equivalente a
8% da remuneração de todos os trabalhadores com carteira assinada do País – e responde, no entanto, por 52,7% das obras paralisadas ou atrasadas bancadas com recursos do FGTS. O relatório, com dados de 2018, elenca 375 empreendimentos só na área de saneamento, em 25 Estados. Isso representa 22,7% do total de obras de saneamento atualmente na carteira do fundo, seja em fase de retorno (pagamento de prestações) ou de desembolso (construção). Além de projetos que levariam água para o semiárido, também estão listadas uma série de obras de esgotamento sanitário – a nal, apenas 52,4% dos brasileiros têm acesso à rede de esgoto. Entre elas, empreendimentos em parte da Região Metropolitana de São Paulo, com impacto sobre pelo menos 1,6 milhão de pessoas. Conduzidas pela companhia de saneamento paulista, a Sabesp, a maioria é de
2013. No total, esses empreendimentos mobilizaram R$ 13 bilhões em empréstimos do fundo. O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), aprovado em 2007, previa, para 2033, a universalização dos serviços de água e esgoto. No ritmo atual de investimentos, entretanto, esse prazo foi esticado pelo menos para 2060, de acordo com Ilana Ferreira, especialista em infraestrutura da C on fe d e r a ç ã o Na c i ona l d a Indústria (CNI). Quanto maior for esse tempo, maiores os gastos evitáveis do País com Saúde, já que a falta de saneamento está diretamente ligada à incidência de uma série de doenças – como leptospirose, disenteria bacteriana, esquistossomose, febre tifoide, cólera – e a perdas em produtividade do trabalho.
Qualquer pessoa pouco ativa que faça check-up já ouviu de algum médico que é preciso se exercitar. Agora, imagine entrar em um consultório e sair com a recomendação de que é necessário se reconectar à natureza? Pois é isso que uma rede de médicos na Escócia está fazendo. Ent re as recomendações, estão caminhadas e quais rotas seguir para encontrar determinadas espécies de pássaros e plantas pelo percurso. Incentivando passeios na natureza como parte da reabilitação de pacientes, o projeto é chamado “Nature Prescriptions” e é realizado por pro ssionais da NHS (National Health Service) – o sistema público de saúde do Reino Un i d o – , qu e atu am n o arquipélago Shetland. As prescrições foram pensadas em parceria com a organização de proteção aos pássaros Royal Society for Protection of Birds (RSPB) que, tendo como base a realidade local, produziu um p an e t o e c a l e n d ár i o d e atividades sazonais. No verão, por exemplo, a sugestão pode ser fazer uma caminhada na praia pela manhã. A ideia é oferecer uma gama de opções, que respeite qualquer que seja a condição de
saúde do paciente e se a pessoa é mais sociável ou introvertida. “O proj e t o f or n e c e u m a maneira estruturada para os pacientes acessarem a natureza como parte de uma abordagem não medicamentosa para problemas de saúde. Os benefícios são que eles são g r atu ito s , d e f á c i l a c e ss o, permitem uma conexão maior com o entorno, que, esperamos, conduza a uma melhora na
s aúde f ísic a e ment a l dos indivíduos”, a rmou a Dra. Chloe Evans, do Centro de Saúde Scalloway, onde foi realizado o programa-piloto. A ideia não é substituir os médicos – quando estes forem necessários. O ponto é que os passeios podem ser parte do tratamento, como um suplemento à medicina tradicional. Os pro ssionais que integram o projeto partem de evidências de que pessoas com conexão mais forte com a natureza e x p e r i m e nt a m m a i or satisfação com a vida, afeto positivo e vitalidade. Além disso, o grupo reconhece os benefícios da natureza na redução da pressão arterial, redução da ansiedade e aumento da felicidade.
SAÚDE 9
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Governo libera R$ 31,9 mi para promover alimentação saudável Recursos são para custeio dos serviços em 1.259 municípios do País, além de aquisição de equipamentos para ações de alimentação e nutrição MINISTÉRIO DA SAÚDE
O Ministério da Saúde liberou R$ 31,9 milhões para incentivar ações de alimentação e nutrição n o s s e r v i ç o s d e At e n ç ã o Primária. Deste total, são R$ 24,6 milhões para custeio dos serviços em 1.259 municípios do País, alcançando cerca de 158 milhões de pessoas, além de R$ 7,3 milhões para compra de equipamentos. Os recursos são destinados às ações de promoção da alimentação saudável e prevenção de doenças como sobrepeso, obesidade, desnutrição e anemia, além de quali car equipes de pro ssionais que atuam na área. As portarias que autorizam a liberação desses recursos foram publicadas neste mês no Diário O cial da União. Os recursos repassados para custeio dos serviços às secretarias estaduais e municipais de saúde são de nidos pelo porte populacional. De acordo com o Programa de nanciamento das Ações de Alimentação e Nutrição (FAN), cidades entre 30 e 49,9 mil habitantes recebem o valor de R$ 12 mil; entre 50 e 99,9 mil recebem o total de R$ 13 mil; já cidades entre 100 mil e 149,9 mil habitantes recebem R$ 16 mil. Os municípios com população acima de 150 mil habitantes recebem valores proporcionais, com
variação de R$ 20 a R$ 100 mil. “É na Atenção Primária que o cidadão consegue ter atendimento multipro ssional, com um olhar particular às suas necessidades, trabalhando desde a prevenção de agravos nutricionais relacionados à de ciência de micronutrientes, como anemia e hipovitaminose A, até doenças crônicas, como obesidade, hipertensão e diabetes por meio de ações que envolvam a vigilância alimentar e nut r iciona l, a a liment aç ão adequada e o incentivo à prática de exercícios físicos”, avalia Eduardo Augusto Fernandes Nilson, Coordenador-Geral substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde. Para a compra de equipamentos voltados à vigilância alimentar e nutricional, o Ministério da Saúde liberou R$ 7,3 milhões. O recurso permite que Unidades de Saúde da Família de 123 municípios adquiram equipamentos para avaliação das medidas físicas dos pacientes, desde balança pediátrica até pinça para medir com precisão absoluta (paquímetro). A iniciativa permite que os municípios adquiram esses equipamentos antropométricos para a estruturação da Vigilância Alimentar e Nutricional local. Mante r u ma a l i me nt a ç ã o
s audável, acomp an hada da prática regular de atividades físicas evita doenças que muitas vezes podem até levar ao óbito. O consumo excessivo de sal, por exemplo, pode provocar hipertensão arterial que, por sua vez, contribui como fator de risco para mais de 40% das doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais. Também está associado ao câncer gástrico, pedras nos rins e osteoporose. O consumo exagerado de açúcar também apresenta malefícios, como o risco aumentado para o
desenvolvimento de doenças como o diabetes. “Melhorar as condiçõ es alimentares, nutricionais e de vida das pessoas é primordial para deter a prevalência da obesidade no país”, explica Eduardo Augusto Fernandes Nilson. Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas p o r I n q u é r i t o Te l e f ô n i c o (Vigitel), do Ministério da Saúde, apontam o aumento de 67,8% nos últimos treze anos da obesidade
no Brasil, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Para aumentar o hábito da prática de atividades físicas e reduzir as doenças relacionadas ao sedentarismo entre os brasileiros, o Ministério da S aú d e , l a n ç ou e m 2 0 1 1 , o Programa Academia da Saúde. Atualmente, existem 4.838 polos habilitados e 1.475 funcionando em 1.100 municípios. Entre janeiro e junho deste ano, o Ministério da Saúde já repassou R$ 24,2 milhões para custeio dessas unidades.
O mesmo estudo aponta ainda mu d a n ç a s i g n i c at i v a n o s hábitos alimentares dos brasileiros. Em 2018, aumentou em 15,5% o consumo recomendado de frutas e hortaliças pela Organização Mundial da Saúde (cinco porções diárias pelo menos cinco vezes na semana) na comparação com 2008. O Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado pelo Ministério da Saúde, é o principal orientador de escolhas alimentares mais adequadas e s au d áv e i s p e l a p opu l a ç ã o, baseado principalmente no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. As informações também são úteis para a prevenção e controle de doenças especí cas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes. Também para incentivar uma alimentação adequada e saudável, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.
Depressão está relacionada a Exposição à poluição é mais excesso de gordura corporal, mortal que se imaginava, diz pesquisa dizem especialistas Para especialistas, é preciso combater a obesidade sem atitudes gordofóbicas, que podem prejudicar mais do que ajudar PIXABAY
Pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, relacionaram a depressão ao excesso de gordura corporal em um novo estudo. A análise foi feita comparando informações de quase um milhão de pessoas de diversos países. De acordo com a pesquisa, um excesso de dez quilos de gordura já aumenta em 17% o risco de desenvolver depressão. E essa probabilidade pode ser ainda maior se o peso na balança subir. "Um dos pontos fortes do nosso estudo é que conseguimos ampliar e observar a relação especí ca entre a quantidade de gordura corporal e o risco de
depressão", a rmou um dos autores, Søren Dinesen Østergaard, em comunicado. Como explicou o especialista, trabalhos anteriores utilizaram predominantemente o Índice de Massa Corporal (IMC) para medir a obesidade, o que é um problema: como o índice é calculado apenas com base no peso e na altura, não leva em conta, por exemplo, os percentuais de gordura e de massa muscular. Além disso, a análise também indicou que a localização da gordura no corpo não faz diferença no risco de desenvolver a doença, o que
sugere que são as consequências psicológicas do excesso de peso ou obesidade que levam ao aumento do risco de depressão. "Se o contrário fosse verdade, teríamos observado que gordura localizada no centro do corpo aumenta mais o risco, já que tem o efeito mais prejudicial em termos biológicos", apontou Østergaard. Para os especialistas, esse estudo contribui para melhorar os índices globais de obesidade, q u e at i n g e q u a s e 4 0 % d a população mundial. Contudo, eles ressaltam a importância de fazer isso sem comportamentos gord ofóbi c o s , qu e p o d e m prejudicar ainda mais quem sofre com o problema: "Os esforços da sociedade para combater a obesidade não devem estigmatizar, porque provavelmente aumentará ainda mais o risco de depressão. É importante ter isso em mente para que possamos evitar fazer mais mal do que bem no esforço para conter a epidemia de obesidade", explicou o pesquisador.
Brasil é segundo País com maior aumento de mortes relacionadas à contaminação do ar nos últimos 30 anos PIXABAY
A exposição a poluentes presentes no ar causa mais danos à saúde do que se imaginava anteriormente, de acordo com um novo estudo publicado no New England Journal of Medicine. A pesquisa é a maior já feita sobre o assunto e considerou dados coletados durante um período de 30 anos. De acordo com os resultados obtidos, mais poluição do ar signi ca mais mortes, mesmo que os níveis de contaminação sejam baixos e os períodos de exposição, curtos. A questão também está ligada ao aumento das taxas de mortalidade por problemas cardiovasculares e respiratórios. O estudo analisou dados sobre poluição atmosférica e mortalidade em 652 cidades de 24 países e regiões, constatando que o aumento no total de mor tes est á relacionado à exposição a partículas inaláveis (PM10) e a partículas nas
(PM2.5), emitidas por incêndios ou formadas por compostos químicos atmosféricos. “Quanto menores as partículas no ar, mais facilmente elas podem penetrar profundamente nos pulmões e absorver mais componentes tóxicos", disse Yuming Guo, da Un i v e r s i d a d e Mon a s h , n a Austrália, em comunicado. Além disso, os especialistas identi caram os países que registraram o maior aumento nas taxas de mortalidade à
medida que os níveis de poluição do ar cresceram. O Brasil cou em segundo lugar, atrás apenas da Austrália. Como explicam os pesquisadores, os incêndios na Floresta Amazônica geram partículas nocivas que cam presentes no ar, o que pode afetar a população do País inteiro. "Um risco relativamente pequeno que afeta toda a população pode ser tão importante em termos de saúde pública quanto um fator de risco mais forte que nem todo mundo experimenta [como fumar]”, explicou John Balmes, p or t a - vo z d a org an i z a ç ã o American Lung Association, ao site e Verge.
10 GERAL
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Um sexto das terras brasileiras é de propriedade desconhecida Pior: uma mesma área pode ser considerada propriedade privada e reserva ambiental. E isso fomenta o desmatamento ilegal 16,6% de todo o território brasileiro pode ser chamado de “terra de ninguém”. É isso o que mostra uma pesquisa feita por sete universidades e institutos do País. O estudo analisou todos os bancos de dados disponíveis sobre o uso de terras no Brasil, como IBGE, Funai, Incra, Ibama, C adast ro Ambient a l Rura l (CAR), Exército e outros. Os re s u lt a d o s d o e s tu d o r e v e l a m a c o mp o s i ç ã o d o território. O Brasil tem um total de 850 milhões de hectares. A maior parte dessa área é comp ost a de propr iedades privadas — majoritariamente latifúndios —que ocupam 44% do País. Já as terras públicas somam 36% do território nacional. Se você mora em uma cidade, saiba que usufrui de uma parcela muito menor do Brasil. As cidades representam apenas 3% da área total do País. As reservas indígenas e unidades de conservação ambiental somam, respectivamente, 13% e 11% do território brasileiro. O que surpreendeu não foram as informações reunidas e, sim, a falta delas. O Estado brasileiro não tem informações precisas sobre a utilização de um sexto de todo o território, o que equivale a
ULRIKE SCHMITT-HARTMANN/GETTY IMAGES
141 milhões de hectares. No total, a área é três vezes maior que o Paraguai. Isso não signi ca que elas sejam consideradas áreas públicas — elas só não possuem registro nenhum nos bancos de dados. Existem muitas hipóteses sobre o que se faz com essas terras. De acordo com Luís Fernando Guedes Pinto, pesquisador do Instituto de Manejo e Certi cação Florestal e Agrícola (Ima ora) e coautor do estudo, elas podem ser áreas públicas
com defasagem de registro ou privadas sem documentação no CAR. O Nordeste é o local que mais abriga terras não registradas: 42% da região é composta por esse tipo de território. E por incrível que pareça, o Norte é a região mais bem registrada do País: apenas 7,2% do território é de propriedade desconhecida. Isso ocorre porque grande parte da região é destinada à conservação ambiental, ou seja, é área pública.
Caso você esteja pensando, é isso mesmo: é nas reservas ambientais que ocorre grande parte das queimadas ilegais da Amazônia. Segundo o Instituto d e Pe s qu is a Ambi e nt a l d a A m a z ô n i a ( I PA M ) , o desmatamento ilegal em terras públicas está fortemente relacionado aos incêndios. Grande parte dos focos de queimadas também ocorrem em propriedades privadas — muitas das quais não possuem permissão para desmatar.
A fração de terras sem registro não foi a única inconsistência encontrada pelo cruzamento de informações. A sobreposição de terras também é algo latente. Os dados mostram que uma mesma área está sob dois registros ou classi cações diferentes. Ou seja, um mesmo pedaço de terra pode ser classi cado como propriedade privada pelo CAR e como reserva ambiental pelo Ibama. Essas “confusões” de terras representam 41% de todo o território brasileiro, o equivalente a 354 milhões de hectares. A sobreposição entre terras públicas e privadas representa met ade das ambiguidades. Segundo Guedes Pinto, duas coisas podem ocorrer nesses casos. Uma possibilidade é que uma área pública, como uma reserva ambiental, tenha sido demarcada em cima de uma propriedade privada. Nesse caso, algum dos bancos de dados pode estar desatualizado, causando a confusão. No e nt a nt o, o c o nt r á r i o também pode ocorrer — quando a propriedade privada se apropria da área pública. A prática da grilagem é antiga no Brasil. Ela nada mais é do que a falsi cação de documentos de
posse de terra para a venda e compra de propriedades. O próprio nome “grilagem” vem exatamente do inseto que você está pensando. Era comum colocar o documento falsi cado em uma caixa com grilos, que davam um aspecto envelhecido ao papel e passava a impressão de que aquele era um contrato antigo. Essa prática cou no passado. Mas a grilagem segue rme. O mais comum é desmatar um terreno, colocar gado ali, e, depois de alguns anos, reivindicar a posse. Ta m b é m e x i s t e m mu i t a s incongruências entre terras públicas, totalizando 48% de todas as áreas de sobreposição. Uma área que está demarcada como reserva indígena pela Funai pode ser classi cada como um outro tipo de reserva por outro órgão. O mais provável nesse caso é que um dos sistemas de dados esteja defasado ou desatualizado. O último caso é bem mais raro. A sobreposição entre duas propriedades privadas representa os 2% restantes dessa conta. Isso ocorre quando há mais de um registro para o mesmo espaço no Cadastro Ambiental Rural. (Superinteressante)
Documentário quer mostrar a verdadeira “balbúrdia” as universidades brasileiras Produção tem o objetivo de defender a universidade pública e a ciência no Brasil ao mostrar as diferentes pesquisas realizadas pelas instituições ARQUIVO PESSOAL
Em abril deste ano, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que "universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”. O que é essa “balbúrdia” a qual o ministro se referiu não cou claro, mas um documentário quer mostrar o que realmente acontece no inter ior das universidades públicas: muitas pesquisas cientí cas. O projeto foi idealizado por André Gobi e Guilherme Rodrigues, que se conheceram enquanto faziam o curso de Jornalismo Cientí co na Unicamp, local em que surgiu a empresa júnior Pau a Pique Produções, responsável pela produção do lme. omas Knaus será o editor da produção. O documentário recebeu o nome de Balbúrdia, uma referência à declaração de Weintraub, mas os responsáveis pelo projeto a rmam que as di culdades das universidades em dialogarem com as instituições políticas não vêm de
hoje. "Já sentimos o ataque desde as eleições com um discurso do governo para desmoralizar a pesquisa. E depois vieram os cortes", explica Gobi. O objetivo da produção, segundo os idealizadores, não é dialogar apenas com o público acadêmico que compõe as instituições de ensino. "O documentário é feito para que pessoas de for a d a u n ive rs i d a d e conheçam a realidade de d e n t r o, j á q u e e s t ã o passando uma imagem de que a universidade não é produtiva”, diz Gobi. “O público poderá entender que é o papel da universidade não só cientí co e tecnológico, mas também social porque a universidade é um direito de todos”. Para isso, eles entrevistarão estudantes, reitores, professores, p e s qu i s a d ore s , j or n a l i s t a s especializados, diretores de ONGs e outras instituições ligadas à produção cientí ca e de
projetos educacionais. Além disso, eles estão aber tos a sugestões de histórias para contar que podem ser enviadas para contato@pauapiqueproducoes.c om. Para o lme sair do papel, Guilherme e André criaram uma campanha de crowdfunding. “Lançamos uma meta
razoavelmente baixa para a produção de um documentário, mas que cobrem os custos das viagens que planejamos fazer para as entrevistas”, a rma Rodrigues. "Na última semana, nos debruçamos sobre a campanha e nos últimos dias aconteceram coisas incríveis com
pessoas ligadas à educação compartilhando". A meta, de R$ 53 mil, foi batida no dia 2 de agosto, dois dias antes do prazo na l. Mas as d o a ç õ e s nã o pararam por aí e eles acabaram arrecadando R$ 56 mil no total. Os produtores já gravaram uma pequena parte do documentário
no mês de junho para exibir o material durante a campanha de arrecadação. A segunda etapa de gravações começará em setembro, quando eles irão para Brasília lmar entrevistas com políticos e pessoas da Universidade de Brasília (UnB). “O ataque à educação não está somente d e n t r o d a universidade, mas t a m b é m é direcionado a políticos que sofrem os ataques por a p o i a r e m a educação. Isso pode gerar um impacto negativo para o País”, considera Rodrigues. O lme não terá ns lucrativos, portanto toda receita arrecadada será destinada para a produção e distribuição do documentário, que ainda não tem previsão de lançamento.
COMPORTAMENTO 11
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Depressão REPRODUÇÃO INTERNET
psicológica, sendo tratáveis, principalmente, através de psicoterapia. Por outro lado, as depressões somáticas estão associadas a desequilíbrios químicos e são tratadas clinicamente. Estes termos são utilizados pelos pro ssionais de saúde mental. As pesquisas têm demonstrado que a depressão é uma perturbação do humor, ou afetiva, que ocorre em fases. O que signi ca que existem períodos de humor normal que alternam com episódios depressivos. Muitas vezes, ao invés de o correr uma fase depressiva, podem ocorrer
Olá pessoal,
O
assunto desta semana é uma continuidade do texto de Augusto Cury. Você sabia que existem vários tipos de depressão? Ela costuma ser classi cada como um período em que a pessoa apresenta uma a l t e r a ç ã o e m s e u comportamento como transtorno depressivo maior, depressão bipolar, distimia, depressão atípica, depressão sazonal, depressão pós-parto e depressão psicótica. Apesar de comuns, esses tipos de depressão podem tomar diferentes rumos. Os sinais e
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sintomas variam em números, momento de aparecimento, gravidade e persistência, mas, em geral, são bastante semelhantes. Diferentes subtipos de depressão podem requerer tratamentos diferenciados e o seu médico poderá identi car qual tipo especí co está te afetando. Há, também, diferenças na forma como os indivíduos
períodos de euforia, irritabilidade e agitação, que são denominadas mania ou hipomania. Assim, pode-se dizer que se está na presença de depressão unipolar quando não existem fases de mania ou hipomania no histórico clínico e, depressão bipolar, quando fases deste tipo tenham ocorrido no passado. Na próxima semana, falarei sobre "episódio depressivo" que, além de ser um tema complexo, é esclarecedor.
* Este texto foi sugerido por um leitor da coluna
experenciam a depressão e exprimem os sintomas. Tudo depende da idade, do gênero e da cultura. Muitas nomenclaturas têm sido utilizadas para descrever as várias formas de depressão: depressão neurótica, reativa ou minor, são algumas designações clínicas comuns de perturbações que se dizem ter uma natureza
LBV desenvolve a consciência Homens evitam usar ecobags ambiental por medo de parecerem gays Crianças visitaram o Projeto Tamar e aprenderam a importância da preservação da Natureza
Pesquisa busca entender o que impede as pessoas de se engajarem em comportamentos que poderiam ajudar o meio ambiente
JOSUÉ LIMA
Não é novidade para ninguém que o meio ambiente representa uma peça fundamental para a sobrevivência humana e animal, no entanto, a exploração excessiva dos recursos naturais do planeta Te r r a e s t á p r e j u d i c a n d o a natureza de uma forma irreversível. Portanto, é essencial estarmos conscientes de que preservar o meio ambiente é preservar a vida. Na Legião da Boa Vontade (LBV), as crianças já estão por dentro da importância de valorizar e respeitar a natureza, e d a u rge nt e n e c e s s i d a d e d e mu d ar m o s o n o s s o comportamento. Por meio de ações socioambientais, palestras educativas, o cinas lúdicas e atividades práticas, a instituição desenvolve em seus atendidos a consciência ambiental, conceito que se mostra ser fundamental na atualidade. Prova desse trabalho é que, recentemente, meninas e meninos atendidos pelo Criança: Futuro no Presente! realizaram um tour pelo P roj e t o Ta m a r — t r a b a l h o conservacionista que atua na busca pela preser vação das
tartarugas marinhas ameaçadas de extinção —, um dos parques municipais da capital capixaba. A visitação foi monitorada e prendeu a atenção das crianças, despertando o interesse e a curiosidade por parte delas. Na ocasião, os atendidos conheceram sobre o ciclo de vida das tartarugas, tanto dos lhotes quanto dos adultos; aprenderam a respeito da preservação, quais os principais predadores, presenciaram o momento da alimentação dos animais marinhos e ainda conheceram o funcionamento das ações desenvolvidas pelo Projeto Tamar. Foi uma tarde maravilhosa, com direito a atividades ao ar livre e
contato com a natureza. Além da conscientização e conhecimentos adquiridos ao longo da visita, os pequenos também puderam c ont e mp l a r, d o M i r a nt e , a esplêndida vista da baía de Vitória, da Terceira Ponte e do Convento da Penha. Após a visitação, todos se confraternizaram com um saboroso e merecido lanche. Na oportunidade, a educadora social, Karina Bonelar, destacou que, na O cina do Saber, desenvolvida na LBV com os atendidos, são “realizadas ações para sensibilizar crianças e adolescentes sobre a preservação do meio ambiente, destacando a importância dos animais, das árvores, dos rios; e que precisamos cuidar com muito amor da natureza que é indispensável nas nossas vidas”. A atendida Maria Eduarda Victória Fortunato, de oito anos, esteve presente no Projeto Tamar e aprendeu um pouco mais sobre a importância da preser vação ambiental: “Aprendi que existe tartarugas em extinção e que o lixo prejudica a vida delas, e que não devemos jogar lixo no mar e no rio. Todos nós precisamos cuidar da natureza”.
ISTOCK
Uma pesquisa da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, revelou que homens podem estar evitando fazer compras carregando sacolas reutilizáveis por acharem que elas são itens femininos, passando uma possível mensagem de que eles seriam homossexuais. Durante o estudo, os pesquisadores pediram a 960 homens e mulheres que lessem e avaliassem tarefas especí cas e c ol o g i c ame nte c or re t as – incluindo estender a roupa no varal, separar a reciclagem e carregar sacolas – como “masculino” ou “feminino”. E l e s d e s c o br i r a m qu e a s pessoas classi caram as tarefas de c onsu mo c ons c i e nte c omo femininas, e também que as pessoas são mais propensas a questionar a orientação sexual de um homem quando ele realizava tais tarefas. Os pesquisadores também descobriram que as pessoas eram mais propensas a questionar a orientação sexual de uma mulher se ela se envolvesse em comportamentos pró-
ambientais “masculinos”, como calafetar janelas. Janet K. Swim, professora de psicologia, disse que é importante entender essas consequências sociais porque elas podem impedir as pessoas de se engajarem em comportamentos
que poderiam ajudar o meio ambiente. “As pessoas podem evitar certos comportamentos porque estão gerenciando a impressão de gênero que antecipam que os outros terão”, comentou a professora. “Se ser visto como heterossexual é importante para uma pessoa, essa pessoa pode priorizar os comportamentos pró-ambientais que não estejam em conformidade com o gênero em antecipação de como os outros podem vê-los”, disse Swim. A notícia boa é que em breve as pessoas poderão se sentir cada vez mais confortáveis carregando sacolas, já que diversas cidades e países de todo mundo estão proibindo o uso de sacolas plásticas descartáveis.
Autoescola
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória - Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Faltam políticas públicas para o ES avançar de verdade Finalizando a entrevista, o deputado estadual Sérgio Majeski fala sobre meio ambiente, mobilidade urbana e eleições
PARTE FINAL
REPRODUÇÃO INTERNET
Meio ambiente
A
questão ambiental também é muito preocupante, principalmente agora que está sendo discutida no Congresso Nacional a proposta de mudança das regras de licenciamento ambiental que acaba dispensando uma série de exigências para projetos industriais e de infraestrutura em empreendimentos agropecuários. Se passar essa reforma, ICMbio, Ifam e Funai deixarão de participar do processo de licenciamento. Tu d o iss o é mu ito p e r i go s o, há possibilidade de passar a responsabilidade dos licenciamentos para os municípios onde, acredito, será um desastre total, porque a pressão aos agentes públicos nos municípios é in nitamente maior que às instituições da esfera federal. Aqui no Espírito Santo nós temos o problema do pó preto que não se resolve nunca, uso excessivo dos recursos hídricos, sem uma política de recuperação dos rios que garantam o fornecimento de água por longa data, exemplo disso foi a seca que nos atingiu recentemente, onde os órgãos diziam que não sabiam, mas que a comunidade cientí ca vem alertando há muito tempo... Dizer que ninguém sabia, é uma bobagem... No período, disseram que iam fazer isso e aquilo, as chuvas voltaram e as ações que prometeram não foram feitas até hoje. Inclusive, ações
aqui no Estado como o Re orestar e o Fundágua, cujos recursos seriam fundamentais para tentar precaver essa questão da falta de água futura, re c up e r and o m an anc i ai s e r i o s , contrariamente, o governo tem tirado dinheiro. Recentemente foram tirados R$ 60 milhões no pelo governo Hartung, com aval da Assembleia. Agora, Casagrande está para tirar mais R$ 40 milhões. Nós entramos com recuso no Tribunal de Contas para suspender, porque foi aprovado aqui também pela Assembleia. Na verdade, o que vimos é uma brincadeira com o nosso meio ambiente. Estamos vivendo uma época de clima instável, o aquecimento global está afetando o mundo inteiro, coisa que o Brasil acredita ser um discurso do movimento da esquerda global, a tal ponto de chegar a questionar a ciência. No meu entender, a questão ambiental é muito grave. “A Fundação Renova tem um per l de amenizar umas práticas que talvez não s e j am a d e qu a d a s . . . v am o s e s t ar acompanhando isso mais de perto... En m, a gente sabe que as grandes e mpre s as s e mpre a c ab am s e nd o acobertadas por alguns segmentos políticos ou pelo próprio Judiciário. Devíamos nos preocupar verdadeiramente com as pessoas que foram atingidas, se terão suas vidas minimamente normalizadas de alguma forma. REPRODUÇÃO INTERNET
Mobilidade urbana O deputado diz que é ruim, porque o Espírito Santo é o Estado que só tem transporte rodoviário... “Não temos trem, metrô, transporte hidroviário, e isso é o grande di cultador”. Quando se fala em mobilidade urbana a lógica da resolução é um viés único, que é aumentar o número de ônibus, colocar mais veículo na rua, porém, a meu ver, é tirar veículos da rua. Como tirar carros da rua quando o sistema de transporte é vinculado só a um modal, que é o rodoviário? Talvez a solução seja expandir os serviços para as áreas periféricas, dando mais emprego, lazer, postos médicos... s e g u r am e nte u m a p arc e l a d e ss a população não precisaria se locomover porque essas pessoas teriam as coisas mais próximas delas. As áreas periféricas, onde vivem grande parte da população, não contam com serviço urbano nenhum, praticamente. Então elas são forçadas a se deslocarem em função das necessidades básicas com o transporte. Precisamos diversi car os modais de transporte. Temos uma questão que é o velho problema do transporte hidroviário, se Vitória é uma ilha e pode ser interligada a Serra, Vila Velha e Cariacica... é claro que isso deveria vir de muito tempo. Estou igual a São Tomé, só acredito quando as obras começarem, quando o primeiro píer começar a ser construído, eu vou dizer que agora talvez saia. Penso que existe um lobby muito grande das empresas de ônibus por trás disso.
Procurador-geral Eder Pontes da Silva Q uanto à quest ão envolvendo o deputado e o procurador, ele diz, categoricamente, que se tratou de uma ameaça deliberada, uma forma de intimidar... “de me calar”. Por quê? “O procurador-geral sabe que eu estou
dentro das minhas funções como parlamentar. A lei me garante imunidade parlamentar... eu dei essa entrevista dentro da Assembleia... e o que eu disse, não foi nada além da verdade... Disse que a votação foi de forma atropelada, não deveria ter vindo para cá e que a Assembleia deveria ter reprovado o projeto de aumentar em mais de R$ 28 milhões os gastos, apesar de tentar enganar a opinião pública dizendo não haver gastos porque iam eliminar cargos, cargos não ocupados e que eu digo que parece ter havido uma troca de favores porque cinco dias antes desse projeto ser aprovado, uma representação contra o presidente da Assembleia foi arquivada, onde ele teria di cultado o acesso às informações, ferindo assim, a lei. Acho que o Conselho Superior do Ministério Público deveria voltar os olhos para o Ministério Público do Espírito Santo. Nó s j á c o n h e c e m o s o p e r l d o procurador-geral de Justiça, o sr. Eder Pontes da Silva, pelo seu histórico... em 2015, o Tribunal de Constas ia investigar contratos do Ministério Público, imediatamente, ele começou a ameaçar
são apadrinhadas por alguém que é p arente de deput ado ou a lguém importante... a gente tem visto isso com frequência... Essas práticas antigas precisam ser banidas... se esses cargos são efetivamente necessários, que se faça concurso ou um processo seletivo simpli cado para escolher o melhor, de forma republicana onde todo mundo possa participar com igualdade... então eu acho que existe, sim, excesso de comissionados e excesso de gente des qu a li c ad a que est ão ap enas ocupando cargo por apadrinhamento político... Existiu no governo Hartung e existe muito no atual governo.
Eleição 2020, Prefeitura de Vitória Finalizando a entrevista, Majeski deu a sua opinião sobre o pleito municipal do ano que vem dizendo que tem a intenção de ser candidato a prefeito pela capital. Ele entende que existem modelos que se esgotam e o do Luciano Rezende está e s g ot a d o. Por m a i s q u e s e f a ç a propaganda de Vitória como cidade inteligente, com patinetes e bicicletas, a TATI BELING
os auditores do órgão... en m, o conhecemos”.
Governo Casagrande Segundo ele, quando Casagrande esteve na Assembleia para prestar conta do primeiro trimestre do seu governo ele qu e st i onou o e xc e ss o d e c argo s comissionados pre enchidos s em critérios. “Percebemos que o tempo inteiro pessoas estão sendo nomeadas por ser apadrinhado por alguém e não por mérito... devemos evitar essas práticas. Troca-se pessoas quali cadas por pessoas sem quali cação, só porque
realidade é que, entre as 100 maiores cidades brasileiras, Vitória está na 59ª em tratamento de água e esgoto, o elementar está sendo esquecido. Segurança pública não é de competência municipal, mas levar serviços urbanos para as áreas periféricas é. Dar dignidade aos moradores com recolhimento de lixo, pavimentação de rua, lazer, isso é de competência da prefeitura. Hoje, as periferias estão alijadas de qualquer tipo de serviço... As partes altas dos morros não dispõem desses serviços... temos que ver isso com muita responsabilidade.
BRASIL 13
01 A 07 DE SETEMBRO DE 2019
A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO
ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO
Rose de Freitas (Podemos-ES)
Fabiano Contarato (ES)
A pedido de Rose, Comissão do Senado vai debater a hemofilia
Senador vai à justiça para a União receber recursos do G7
Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou, nesta quarta-feira (28), requerimento de audiência pública da senadora Rose de Freitas (PODE-ES) para debater a hemo lia, doença rara genético-hereditária que se caracteriza pela desordem do mecanismo de coagulação do sangue. A senadora justi cou a importância de entender os tipos de hemo lia – são dois: A E B. Segundo a parlamentar, a doença não tem recebido a devida atenção e é preciso alertar o Governo e as autoridades sobre essa questão e a importância do diagnóstico precoce. No requerimento, Rose solicitou a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; do diretor da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS, Denizar Viana; do representante da Coordenação de Sangue e Hemoderivados do Ministério, Flávio Vormittag; e da presidente da Federação Brasileira de Hemo lia, Tânia Pietrobelli. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o quarto país do mundo em número de pacientes diagnosticados com hemo lia, com 12 mil pessoas nesse quadro. “É um assunto que até hoje não tem sido tratado adequadamente. Precisamos ter a oportunidade de debater essa doença, tratar os tipos de hemo lia que temos, classi cá-las, entendê-las e incluir na pauta do Congresso as enfermidades que passam despercebidas e não têm a atenção devida do Ministério [da Saúde] e dos órgãos públicos”, contestou Rose. INTERNET
Sérgio Vidigal (PDT-ES)
O s e n a d o r capixaba Fabiano Contarato (Rede-ES) ingressou com mais uma ação contra a União. Desta vez, para obrigar que sejam recebidos os valores anunciados pelo G7 a título de cooperação para o combate aos incêndios na região amazônica: US$ 22 milhões. Se a União não receber os recursos, Contarato pede que seja condenada a liberar recursos iguais aos oferecidos pelo G7. A nalidade é a mesma: combater os incêndios na região amazônica. Segundo Contarato, é "patente a violação aos princípios da e ciência administrativa e da supremacia do interesse público". Também, a recusa do Presidente da República "viola o dever de proteção ao meio ambiente e a garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado (Art. 225 da CF)". Ainda, diz o senador que "é absurdo um mero ato de vontade do Presidente da República impedir que o país tenha acesso a recursos para o combate aos incêndios, sendo que o Executivo mesmo reconhece a crise scal enfrentada pelo País".
Evair de Melo (PPES) Programa Future-se A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados (CFT) recebeu nesta quarta-feira (28) o ministro da Educação Abraham Weintraub e o secretário de Educação Superior, Arnaldo Lima, para a apresentação do Future-se. O objetivo do Programa é ampliar a autonomia nanceira das universidades e institutos federais por meio da captação de recursos próprios, do empreendedorismo e aporte extra da iniciativa privada. Evair cita o exemplo dos modelos americano e britânico de universidades e acredita que o Programa Future-se é uma grande oportunidade para abrir as instituições públicas de ensino superior para um diálogo mais franco com o setor produtivo. “As boas universidades no mundo estão na mesma direção do nosso Programa. É preciso que o Brasil saia desse comodismo e crie para os nossos alunos essa chance de ter um contato mais amplo com um Brasil que precisa produzir, competir e ter resultados satisfatórios para a economia e sociedade”.
O governador do Estado, Renato Casagrande, recebeu, na quarta-feira (28), no Palácio Anchieta, em Vitória, a diretoria do Grupo Café Cacique. A empresa vai construir um empreendimento de café solúvel no município de Linhares, com investimento de aproximadamente R$ 300 milhões, gerando mais de 200 empregos diretos e 600 indiretos. Participaram do encontro o CEO do Grupo, Sérgio Pereira, os diretores da empresa, Paulo Ferro e Júlio Grassano, além do prefeito de Linhares, Guerino Zanon, e do secretário de Estado de Desenvolvimento, Marcos Kneip. A pedra fundamental da empresa deve ser lançada no próximo dia 25 de outubro e o início das operações está previsto para o começo de 2021. O governador destacou a importância da instalação de grandes empresas e a geração de empregos no Estado. "O maior problema deste País é a desigualdade e a forma de enfrentar esse desa o é com a geração de empregos, com oportunidades. Ter empresas se instalando em nosso Estado aumenta a renda das famílias e torna o Espírito Santo mais justo, mais igual e mais competitivo", disse Casagrande. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Felipe Rigoni (PSB-ES) Rigoni recebe 550 projetos para emendas
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parlamentares Monitoramento do desmatamento na Amazônia
Vidigal inclui emenda impositiva para obras do Contorno do Mestre Álvaro
MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Vereadores em Pauta
Empreendimen to de café solúvel
O VALE
O deputado federal Sérgio Vidigal solicitou a inclusão de Emenda de Bancada Impositiva ao Orçamento Geral da União (OGU) para as obras do Contorno do Mestre Álvaro. “A inclusão dessa emenda é imprescindível para dar continuidade à obra do Contorno do Mestre Álvaro. Então, o grande objetivo desse investimento é tirar o tráfego pesado e de longa distância na área urbana do município da Serra, principalmente no trecho de Jardim Limoeiro e Carapina, considerado um dos mais perigosos do País”, comentou.
HÉLIO FILHO/SECOM
Governador Casagrande (PSB-ES)
Os senadores da Rede, Fabiano Contarato (ES) e Randolfe Rodrigues (AP), ingressaram com Ação Popular com pedido de tutela de urgênci a p ara impug nar o E dit a l de Chamamento Público nº 01/2019, publicado no Diário O cial da União em 21 de agosto de 2019. O objeto desse edital é a prospecção de empresas especializadas no fornecimento de serviços de monitoramento contínuo. O Ministério do Meio Ambiente, ao publicar o edital, desconsidera que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), já presta relevante número de alertas, emitidos em tempo real pelo Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real). A contratação, portanto, no entendimento dos senadores, não atende ao interesse público. “A administração pública já conta com os serviços do INPE para monitoramento do desmatamento na Amazônia. Contratar uma empresa particular, no mínimo, atentará contra a economicidade. Não vislumbramos conveniência ao Poder Público. Só gasto mesmo, desnecessário. Temos fé que a Justiça vá acolher essa ação para barrar outro absurdo dos atuais gestores do Ministério”, Fabiano Contarato. “Se já existe um órgão público que realiza esse trabalho, que goza de um corpo cienti co extremamente preparado e reconhecido internacionalmente, por que o Governo Federal decidiu lançar esse edital? Por que contratar uma empresa se já temos um órgão que oferta de graça essas informações para quem quiser usar? Não faltam alertas, faltam ações e, isso, vamos cobrar do presidente”, Randolfe Rodrigues.
O edital de emendas parlamentares do deputado federal Felipe Rigoni, criado para tornar a distribuição dos recursos mais transparente e democrática, totalizou 550. Lançado no início de julho, o edital recebeu inscrições de todas as microrregiões do Espírito Santo, com destaque para a Metropolitana, com 167 projetos. Dos 78 municípios capixabas, apenas 11 não enviaram sugestões. Vitória liderou o ranking, com 94 projetos, seguida por Santa Maria de Jetibá (28), São Mateus (26), Cariacica (26) e Linhares (24). Rigoni enalteceu o resultado, que classi cou como expressivo. “Optamos por uma iniciativa inédita no Espírito Santo, que gerou dúvidas e até mesmo um pouco de resistência em alguns poucos municípios. O resultado expressivo mostra que há um grande anseio de participação na sociedade capixaba, o que faltava eram ferramentas que permitissem a inclusão”, detalhou o parlamentar. “A qualidade dos projetos é animadora”, adianta Rigoni. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Cleusa Paixão (PMNSerra-ES)
PORTAL DA CÂMARA
O Projeto de Lei nº 106/2019, de autoria da vereadora Cleusa Paixão, institui o “Junho Vermelho”, dedicado à realização de campanha de incentivo à doação de sangue priorizando a conscientização da população sobre a importância da doação de sangue; o estímulo à realização da doação de sangue e o incentivo aos órgãos da administração pública, empresas, entidades de classe, associações, federações e à sociedade civil organizada a se engajarem nas campanhas de incentivo.
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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Silvanea Paiva (PRB-Alegre-ES) Silvanea Paiva, presidente da Comissão Permanente do Direito da Mulher e do Conselho Municipal de Segurança. “No último dia 22, tive o prazer de realizar, na Câmara de Vereadores do Município de Alegre, o 1° Fórum da Mulher do Município. Essa ideia começou com eventos que aconteceram nesse semestre com a vice-governadora Jaqueline Moraes e a deputada estadual Janete de Sá, nos estimulando a trazer o "projeto" para Alegre. O intuito é apoiar as mulheres empreendedoras, as que sofrem qualquer tipo de violência e, no geral, dar mais autonomia às nossas mulheres.
## ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Derval Moreira (MDBMontanha-ES)
Da Vitória (Cidadania-ES) Espírito Santo vai receber Seminário da Reforma Tributária A Comissão Especial da Reforma Tributária da Câmara Federal con rmou para o próximo dia 20 de setembro o Seminário Regional no Espírito Santo para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2019, que prevê a simpli cação da cobrança tributária no Brasil. O requerimento para a realização do seminário no Estado foi apresentado pelo deputado federal Da Vitória, vice-presidente da Comissão Especial. O cronograma dos seminários regionais nos estados foi apresentado na sessão do colegiado desta terçafeira (27). O local e horário do evento no Espírito Santo ainda serão de nidos. “Apresentamos o requerimento para que os capixabas possam participar deste debate tão importante para o País. Já estamos dialogando com diversos setores, como a indústria, comércio, empresas, especialistas tributários para que possamos debater o texto da PEC 45/19 e colher sugestões para aperfeiçoar a proposta original. O sistema tributário do Brasil é muito complexo e é necessário simpli car esse arcabouço jurídico que existe”, destacou o deputado Da Vitória.
O vereador Derval Moreira, vem se empenhando em aprovar o Projeto de Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico do município de Montanha. Segundo ele, caso esse Projeto não seja aprovado, o município pode perder os investimentos estaduais na área ambiental e os recursos federais, na área de saneamento, por tempo indeterminado. Podendo perder também o serviço da Cesan, já que o contrato vigente expirará em 2022. Com a não aprovação, o município deverá arcar com os serviços da concessionária o que se tornaria inviável para os cofres de Montanha. Mesmo sabendo que a população não é simpática à cobrança de tarifas, para o Derval é necessário a conscientização. Muitos serão os benefícios à saúde humana com a aprovação. Essas tarifas somente serão cobradas após implantação de 100% em todo território municipal. “Somos castigados por sucessivas secas no decorrer de muito anos, perdemos quase todas as usinas alcooleiras que atuava na região, causando enormes prejuízos aos proprietários rurais e desempregos às centenas de trabalhadores. Temos as menores renda per capta do Estado”, diz. O vereador está solicitando também a inclusão cadastramento de 4.920 famílias como pobres e de extrema pobreza no cadastro do governo federal, para serem incluídas na tarifa social da Cesan e consequentemente, terem redução nas tarifas de água e esgoto.
14 SER ESPORTE
01 A 07 DE SETEMBRO DE 2019
LAÉRCIO FRAGA “LAU” Professor, formado em Arte e Educação Física e trabalha nas prefeituras de Serra e Cariacica fracaodesegundo@gmail.com
Bodyboarder, fotógrafo, videomaker, multimídia, vocalista...ufa! Dener Vianez V
FOTOS: VINÍCIUS SANTOS
alorizando desde sempre quem eleva o nome do Espírito Santo no Brasil e no mundo, a coluna Ser Esporte conta um pouco da trajetória de Dener Vianez. Capixaba, 55 anos, Dener iniciou todo o movimento do Bodyboarding no Espírito Santo ao realizar o primeiro evento o cial da modalidade, tornar-se o primeiro pro ssional do esporte e criar uma das primeiras associações no Brasil. Fotógrafo desde os 20 anos de idade, depois de se identi car com a fotogra a de surf decidiu que era o que queria para a sua vida pro ssional. “Comecei a frequentar campeonatos de surf fora do ES, e aí fui conhecendo os editores de diversos jornais e revistas de surf, assim fui ganhando espaço nas revistas e jornais da modalidade. No nal dos anos 80 passei a ser colunista da Hardcore (Revista de surf impressa) e Jornal Now (Extinta publicação mensal sobre a cultura surf), escrevendo sobre o surf capixaba e sempre quando viajava, seja para free surf ou campeonatos, enviava fotos, até
que um dia comecei a fazer parte do Staff de fotógrafos da revista. Contratado e recebendo salário
Circuito Mundial e várias trips de sonhos”. Durante os quinze anos, Dener
de fotografo, quei por quase 15 ano s na e mpre s a , f a z e nd o cobertura do Circuito Brasileiro,
fez matérias em diversos picos de surf: Taiti, Indonésia, El Salvador e praias de Norte a Sul do Brasil.
Dentre essas viagens, uma matéria feita nas Ilhas Maldivas, paraíso do surf, foi recorde de páginas da Revista Hardcore, totalizando um total de 40 páginas. Além da fotogra a ele realizou vários lmes de surf: Território capixaba, Território Noronha, Santo Surf e Circuito Nortão de Surf. Como polivalente que é, trabalha com animação 3D e modelagem, 3D usando programas Daz Studio e VueXstream. Em meados de janeiro de 2013, num momento turbulento da sua vida, foi diagnosticado com depressão. Felizmente, com a ajuda de amigos e da família, descobriu a música e resolveu iniciar um curso de canto. Atualmente Dener tem uma banda, a VNZ, que no momento está em estúdio preparando um single com cinco músicas: quatro autorais e uma cover. A produção será de Adriano Scaramussa Áudio Space Studios. Valeu Dener! Inquieto, criativo e pioneiro.
Contato: 27 992379141 Instagram VNZ: Dener Vianez
Facebook: Dener Vianez E-mail: vianezdener@gmail.com
Poluição toma conta das praias da Serra Por Haroldo Cordeiro Filho
domésticos. Esta semana, o Jornal Fatos
surfe nos picos na localidade, o mau cheiro é insuportável,
(praia). “A Cesan só aparece para
FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO
Balneários do município da Serra estão sendo
acontece”, disse Marcos Paulo, morador da região há 20 anos. Para os praticantes de surf, a situação é ainda mais perigosa, uma vez que o contato é direto com a água. “O mau cheiro é
invadidos por rejeitos humanos de bairros da parte oeste da ES-010. Praias como Jacaraípe, Nova Almeida e Manguinhos sofrem com valas s er v indo de c anais p ara despejo de esgotos
& Notícias, recebeu vários emails denunciando o descaso do poder público municipal. Segundo moradores da Praia de Manguinhos, um dos cartões-postais do Espírito Santo, e sur stas que praticam
além dos riscos de contrair doenças de pele. O Fatos & Notícias foi ao local e constatou um vazamento signi cativo de água preta com mau cheiro correndo em direção ao mar
mascarar a situação, quando Manguinhos não tinha rede de esgoto e era tudo fossa, não tínhamos esses problemas. A Cesan recebe para prestar os serviços contratados pelo município, mas não é isso que
insuportável e as doenças de pele são constantes. Cadê a Secretaria de Meio Ambiente que não vê isso?”, indagou revoltado, um sur sta que preferiu não se identi car.